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EXEMPLAR DE ASSINANTE ISSN 0101-3327 com www.meioemensagem.com.br A partir de janeiro a Y&R terá um novo vice-presiden- te de criação. Rui Branqui- nho, ex-W/, assume o cargo em substituição a Marco Versolato com foco em aju- dar a agência a aumentar as vendas dos clientes. A em- presa fecha 2010 com cres- cimento de 15% em rela- ção ao ano passado.Pág. 39 ANO XXXII N o 1439 R$ 7,50 13 DE DEZEMBRO DE 2010 A 31 a edição do Caboré destacou líderes que con- tribuem para transformar o mercado brasileiro de comunicação em um dos mais admirados do mundo. Petrônio Corrêa, fundador do Conar, recebeu o segun- do Caboré Especial da his- tória do prêmio. Luiz Lara, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade, vencedor na categoria Dirigente, pediu que seu troféu fosse visto também como reconhe- cimento do trabalho da entidade em defesa da liberdade de expressão comercial. Págs. 54 a 77 Como a RBS pretende crescer mais em 5 anos Os ganhadores das 13 categorias do Caboré 2010 celebram os prêmios no palco do Credicard Hall, em São Paulo Julian Marques Vencedores Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação Luiz Lara Agência de Propaganda AlmapBBDO Anunciante Procter & Gamble Profissional de Criação Mario D’Andrea Profissional de Atendimento André Paes de Barros (PB) Profissional de Planejamento Cynthia Horowicz Profissional de Mídia Paulo Gregoraci Profissional de Veículo Gilberto Corazza Profissional de Marketing João Ciaco Veículo de Comunicação – Mídia Eletrônica Globo.com Veículo de Comunicação – Mídia Impressa O Estado de S. Paulo Serviço Especializado Rio 360 Produção Publicitária Dínamo Filmes Caboré celebra avanços da indústria da comunicação A expansão do Grupo RBS — gigante da mídia tradicional no Sul — para o mercado nacional contempla diversas plataformas. Além da sociedade com a histórica parceira Globo para a área de eventos, o grupo entra na seara da educação e investe nas plataformas digitais, com aquisições. Págs. 12 e 13 Mídia Os investimentos da TV na mídia out of home, que já contempla ônibus, metrô e trens, ganham novas pa- ragens, como balsas e até aviões. A Rede Globo mar- cou para o próximo semestre sua estreia na Ponte Aérea Rio–São Paulo. Pág. 42 Out of home agora na água e também no ar Entrevista Agências Profissional atuava como consultor da Etco Ogilvy Branquinho assume criação da Y&R Mercado As vendas de produtos de limpeza subiram 11% e chegaram a R$ 13,5 bilhões, graças ao maior poder aqui- sitivo da população. É a primeira vez que o cresci- mento atinge os dois dígitos – os resultados são medidos desde 2003. Págs. 48 e 49 Produtos de limpeza batem marca inédita Digital Sites de leilões virtuais viraram febre no Brasil, com lances que partem de centavos. Mas os di- versos produtos ofereci- dos, de artigos variados a até um apartamento, requerem atenção redo- brada às condições. Pág. 50 As armadilhas dos leilões online a R$ 0,01 O VP executivo Eduardo Sirotsky Melzer: perpetuando o legado Paulo Múmia Companhias que não têm a moda como cen- tro de suas atividades vêm obtendo bons re- sultados com linhas que vinculam suas marcas ao universo fashion. A Coca-Cola Clothing terá lojas próprias em 2011. Pág. 47 Negócios A Coca-Cola Clothing, fabricada pela ACM Têxtil, recebeu o prêmio de Licensee of The Year Divulgação Empresas investem na moda como atividade paralela e fazem sucesso Paulo Múmia

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A partir de janeiro a Y&R terá um novo vice-presiden-te de criação. Rui Branqui-nho, ex-W/, assume o cargo em substituição a Marco Versolato com foco em aju-dar a agência a aumentar as vendas dos clientes. A em-presa fecha 2010 com cres-cimento de 15% em rela-ção ao ano passado.Pág. 39

ANO XXXII No 1439 R$ 7,50 13 DE DEZEMBRO DE 2010

A 31a edição do Caboré

destacou líderes que con-

tribuem para transformar

o mercado brasileiro de

comunicação em um dos

mais admirados do mundo.

Petrônio Corrêa, fundador

do Conar, recebeu o segun-

do Caboré Especial da his-

tória do prêmio. Luiz Lara,

presidente da Associação

Brasileira das Agências de

Publicidade, vencedor na

categoria Dirigente, pediu

que seu troféu fosse visto

também como reconhe-

cimento do trabalho da

entidade em defesa da

liberdade de expressão

comercial. Págs. 54 a 77

Como a RBS pretende crescer mais em 5 anos

Os ganhadores das 13 categorias do Caboré 2010 celebram os prêmios no palco do Credicard Hall, em São Paulo

Julia

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s

Vencedores

Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação

Luiz Lara

Agência de Propaganda AlmapBBDO

Anunciante Procter & Gamble

Profissional de Criação Mario D’Andrea

Profissional de Atendimento André Paes de Barros (PB)

Profissional de Planejamento Cynthia Horowicz

Profissional de Mídia Paulo Gregoraci

Profissional de Veículo Gilberto Corazza

Profissional de Marketing João Ciaco

Veículo de Comunicação – Mídia Eletrônica Globo.com

Veículo de Comunicação – Mídia Impressa O Estado de S. Paulo

Serviço Especializado Rio 360

Produção Publicitária Dínamo Filmes

Caboré celebra avanços da indústria da comunicação

A expansão do Grupo RBS — gigante da mídia tradicional no Sul — para o mercado nacional contempla diversas plataformas. Além da sociedade com a histórica parceira Globo para a área de eventos, o grupo entra na seara da educação e investe nas plataformas digitais, com aquisições. Págs. 12 e 13

Mídia

Os investimentos da TV na mídia out of home, que já contempla ônibus, metrô e trens, ganham novas pa-ragens, como balsas e até aviões. A Rede Globo mar-cou para o próximo semestre sua estreia na Ponte Aérea Rio–São Paulo. Pág. 42

Out of homeagora na águae também no ar

Entrevista

Agências

Profissional atuava como consultor da Etco Ogilvy

Branquinho assume criação da Y&R

Mercado

As vendas de produtos de limpeza subiram 11% e chegaram a R$ 13,5 bilhões, graças ao maior poder aqui-sitivo da população. É a primeira vez que o cresci-mento atinge os dois dígitos – os resultados são medidos desde 2003. Págs. 48 e 49

Produtos de limpeza batem marca inédita

Digital

Sites de leilões virtuais viraram febre no Brasil, com lances que partem de centavos. Mas os di-versos produtos ofereci-dos, de artigos variados a até um apartamento, requerem atenção redo-brada às condições. Pág. 50

As armadilhas dos leilõesonline a R$ 0,01

O VP executivo Eduardo Sirotsky Melzer: perpetuando o legado

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Companhias que não têm a moda como cen-tro de suas at ividades vêm obtendo bons re-sultados com linhas que vinculam suas marcas ao universo fashion. A Coca-Cola Clothing terá lojas próprias em 2011. Pág. 47

Negócios

A Coca-Cola Clothing, fabricada pela ACM Têxtil, recebeu o prêmio de Licensee of The Year

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Empresas investem na moda como atividade paralela e fazem sucesso

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EDITORIAL13 DE DEZEMBRO DE 2010 .5

Regina [email protected]

A liberdade de expressão talvez seja hoje o direito

mais caro à sociedade. O episódio envolvendo o Wiki-

Leaks demonstra que isso está na agenda do mundo

e não só na do Brasil. O WikiLeaks irritou os EUA e

outras autoridades ao começar a divulgar detalhes so-

bre 250 mil comunicações diplomáticas confidenciais

norte-americanas.

O mais interessante desse episódio, que figurou

entre os mais comentados e repercutidos globalmen-

te nos últimos dias, é que ao mesmo tempo em que

o digital impôs a transparência como regra básica,

deixando todos extremamente vulneráveis, fica claro

que as instituições, sejam elas públicas ou privadas,

ainda não sabem lidar com essa abertura e exposição

a que estão sujeitas.

Não faz sentido diminuir a reação de algumas

pessoas à prisão do fundador do WikiLeaks, Julian

Assange, a simples ativismo de hackers. Na verdade,

empresas – como Mastercard, Visa e Amazon – que

aceitaram suspender serviços financeiros ou de in-

ternet ao site estão sofrendo as consequências por

suas decisões questionáveis e que põem em xeque a

liberdade de expressão.

A própria ONU classificou como censura a pressão

feita por governos e empresas contra o WikiLeaks,

de informação, o direito de as pessoas saberem e a

necessidade de proteger a segurança nacional ou a

ordem pública. Esse equilíbrio é difícil de encontrar,

só tribunais e a lei podem dizer como ele se enquadra”,

disse, na última quinta-feira, 9, a alta comissária de

Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.

É evidente que Assange foi preso porque incomoda

os governos e não por sua suposta má conduta sexual.

Ao desnudar a diplomacia, criar dilemas para o jorna-

lismo, produzir embaraços e perigos para os governos,

principalmente o americano, e testar o limite das de-

mocracias, ele conseguiu provocar o que está sendo

chamado de “primeira guerra” na web.

Estamos ainda na infância da internet e o que o

WikiLeaks está provando é que os organismos go-

vernamentais e a iniciativa privada têm uma grande

dificuldade em aceitar a vocação e o DNA do ambiente

digital: liberdade e transferência de poder para os

cidadãos.

Boa parte dos documentos que o WikiLeaks tor-

nou público não passa de pura fofoca e comentários

de assuntos diplomáticos sem nenhuma diplomacia.

A questão não é de segurança nacional, mas sim de

exposição indesejada, que demonstrou a necessidade

de uma revisão completa de sistemas de trocas de

informações confidenciais.

Uma demonstração clara de que o poder social,

colaborativo e multiplicador do espaço digital ainda

está subdimensionado por governos e empresas, en-

quanto que os cidadãos, por outro lado, começam a

fazer valer cada vez mais a sua própria voz.

“Estamos ainda na infância da internet e o que

o WikiLeaks está provando é que os organismos

governamentais e a iniciativa privada não sabem lidar

com a vocação e o DNA do ambiente digital: liberdade

e transferência de poder para os cidadãos”

@ comente este editorial no www.meioemensagem.com.br/opiniao

CAIXA DE RESSONÂNCIA

indicando que apenas tribunais poderão julgar se os do-

cumentos que o grupo divulgou ferem ou não alguma lei

de segurança nacional. Qualquer outra medida contra

o grupo ou seu fundador, segundo as Nações Unidas,

poderia ser considerada como “intimidação e pressão”.

“O caso desperta questões complexas de direitos

humanos a respeito do equilíbrio entre liberdade

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ENTREVISTA12. 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Meio & Mensagem — Você está completando um ano desde

que assumiu o posto de vice-presidente executivo do Grupo

RBS (cargo que antes era ocupado por Pedro Parente). Qual

o balanço que faz da sua gestão e os principais movimentos

deste período?

Eduardo Sirotsky Melzer — 2010 foi de efervescência na

empresa toda. Termino assim o ano com orgulho dos

quase seis mil colaboradores da nossa empresa. E eu

acho que o que realmente pautou este ano foi a relação

das pessoas entre si e com a empresa; construímos um

ambiente de parceria entre os colaboradores e a RBS,

porque a gente entende os desafios e as oportunidades

que se tem pela frente.

M&M — E ficou mais fácil, já que pelo menos o resultado do

primeiro semestre foi de crescimento de dois dígitos.

Melzer — Quando a gente consegue realmente estabe-

lecer as amarras do time, o alinhamento, a motivação, a

energia, isso gera na empresa um ambiente de alinha-

mento e de muita atividade e realização. Então, pode

escrever: vamos crescer este ano mais de 13% em relação

ao ano passado, que já tinha sido um ano de crescimento

muito forte, da ordem de uns 12% também.

M&M — Fora da região Sul, o Grupo se mostra um tanto ou-

sado, eu diria até agressivo para expansão nacional. Como

a RBS pensa isto?

Melzer — Quando o Nelson me convidou para assumir

essa posição — somos dois membros da família, lembre-

se —, sentamos e falamos assim: “O que vamos fazer?

Que empresa a gente vai construir, que cara e que alma

terá esta empresa? E mais do que isso: “Para onde a

gente quer levá-la?” Porque existem vários caminhos e

Eduardo Sirotsky Melzer

Terra de giganteAos 38 anos, ele presenciou, no mês passado, pela primeira vez, um show de Paul McCartney – com o detalhe de ter proporcio-nado isto também a outras 60 mil pessoas no estádio Beira-Rio, na capital gaúcha. O vice-presidente executivo do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, ou Duda, fala com orgulho daquele momento. Relaciona-o

com a própria missão do conglomerado de mídia do qual é, após oito anos de atua-

ção na empresa, o seu principal executivo abaixo do atual presidente executivo e

presidente do conselho de administração, o tio por parte de mãe Nelson Sirotsky. Como todos os demais empreendimentos da família no Sul – TVs, rádios, jornais, internet, eventos – ou em

São Paulo (Geo Eventos, associação com as Organizações Globo), uma nova tacada também é prenúncio de

sucesso: uma sociedade fifty-fifty com a HSM Educação para uma escola de negócios. O grupo gaúcho de

R$ 1 bilhão/ano de faturamento só vislumbra crescimento também para o próximo quinquênio. Para tanto,

cabe agregar novos negócios. E foi após a entrevista, que você lê a seguir, que M&M apurou uma aquisição

em processo avançado no segmento digital sobre a qual o VP do Grupo RBS não falou. Trata-se da Hi-Mídia,

player no segmento de ad-networks, ou venda de inventários, atualmente com portfólio de 450 sites verticais.

Edianez Parente

Fotos: Paulo Múmia

a gente tem que definir qual deles seguir, para depois

decidir como e o que se quer fazer. E assim investimos

bastante tempo pensando: qual era o legado? O meu avô

fundou a empresa, e agora o Nelson e eu definimos que

temos uma causa, uma causa que é muito maior do que

um projeto empresarial! Queremos ter uma perpetuação

do nosso negócio e a gente trabalha para isso.

M&M — Ou seja, a meta não é crescer para vender empresas?

Melzer — Nem estamos trabalhando só para crescer a em-

presa, para ter resultado maior ou para crescer ano após

ano. A gente está fazendo tudo isso porque queremos

perpetuar essa empresa, como ela é hoje: uma companhia

relevante que realmente tem impacto onde opera. Olha

que momento o Brasil está vivendo, um país que terá

uma Copa do Mundo, uma Olimpíada, com estabilidade

econômica e política! Então, temos todas as condições

e o sistema está pronto para quem tiver condições de

aproveitar essas oportunidades. Na RBS, não queremos

surfar a onda; queremos ajudar a construir essa onda

toda. Queremos ser parte do motor que está por trás,

ajudar a formar toda essa geração de novas oportunida-

des, de novos negócios. Então, o momento é único, e a

gente quer aproveitá-lo e olhar daqui a quatro, cinco, dez

anos e ter muito orgulho do que foi construído.

M&M — Vocês têm uma parceria de 40 anos com as Organi-

zações Globo em TV. Qual é a estratégia para os negócios de

mídia tradicional e de novas mídias?

Melzer — Acreditamos em rádio, TV e jornal. Há mais

de dez anos, alguns profetas anteciparam o fim dessas

mídias. A gente não está vendo o fim delas; ao contrário,

os nossos negócios estão se ampliando. A circulação dos

nossos jornais cresce e a audiência de nossa TV aumen-

ta, assim como o faturamento, de forma real, acima de

PIB e acima de inflação. Vai ser assim sempre? Eu não

sei, não tenho como saber, mas também ninguém sabe.

Enquanto não tivermos sinais objetivos de queda desse

negócio, não vamos acelerar qualquer tipo de declínio

na indústria; vamos sim fazer de tudo para manter e

ampliá-los, porque achamos que são bons, e isso tem

muito a ver com a nossa operação no Rio Grande do Sul

e em Santa Catarina. Queremos cada vez mais fortalecer

a nossa relação com os nossos públicos nestes estados

e isto será feito através de TV, jornal, rádio e internet.

Lançamos produtos novos de internet no RS e em SC este

ano, de eventos, e de tudo aquilo que tenha a ver com

a nossa atividade e que tiver interesse e relevância com

os nossos públicos. Temos uma estratégia que é focada

no mundo digital, um segundo braço de atuação da RBS,

que está cada vez mais estruturado e mais independente

da empresa de mídia. Acreditamos que, por uma série de

razões, como avanços tecnológicos, mudança de hábito

do consumidor, enfim, com o surgimento de novas mí-

dias, esse negócio de internet vai crescer cada vez mais.

A RBS quer participar ativamente desse crescimento;

queremos fazer investimentos e movimentos nessa área

que nos tornem um player relevante como somos em

rádio, TV e jornal. Fizemos algumas aquisições e alguns

movimentos nos últimos dois anos e a construção de uma

identidade própria nesse segmento.

M&M — Por onde vai a expansão digital?

Melzer — Dentro de uma outra lógica, de uma indepen-

dência sobre todos os aspectos, estamos construindo

um pilar digital que é de internet e de mobile. Tanto em

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OPINIÃO16. 13 DE DEZEMBRO DE 2010

Uma vez li essa frase que alguém escreveu, pena eu não saber quem: “Se você quer construir um navio, não convoque os homens para irem à floresta apanhar madeira, serrar e pregar tábuas. Em vez disso, ensine o desejo pelo mar.” Lindo pensamento, válido tanto para nossos filhos como para nossos profissionais. Mas existe um problema inerente a esse último target: ele cresceu indo à floresta, apanhando madeira, serrando e pregando tábuas. E de uma maneira ou outra, vem dando certo. Somente uma minoria percebeu que defender o novo é bem mais fácil que verdadeiramente romper hábitos, convicções ou até mesmo zonas de conforto.

Vejo uma analogia perfeita para a tão falada comuni-cação integrada, que ainda encontra barreiras, às vezes inconscientes, nesse mundinho que separa um briefing de uma boa campanha na rua. Se nossa profissão nasceu pra inovar, inquietar, provocar e mobilizar... Alguém pode me explicar por que o processo interno de uma agência funciona exatamente como era há 30 anos, quando entrei nesse mercado?

Eu sei a resposta. Para se praticar o novo (e não apenas discursar a respeito), dependemos de apenas uma coisa: pessoas. Pessoas, por isso tão fácil, por isso tão difícil. Somente as pessoas podem romper os velhos hábitos internos, pessoais e processuais. Comunicação integrada é uma crença e, como sempre, depende apenas da disposição e atitude para que aconteça. Dificuldade para mudar? Aqui vai a sugestão definitiva: top down. Infelizmente, é só assim que funciona.

Tem profissional que ainda sofre em dar um fim aos

MULTIMEIOS

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ANO NOVO, VIDA NOVA? ESTEJA

PREPARADO PARA RUPTURAS

slogans para abrir espaço aos conceitos. Ainda se ouvem muitas explicações de por que resolver o job por meio de soluções analógicas em vez de ideias integradas, que acabam de vez com “linha” que alguns ainda insistem em verbalizar. Leva algum tempo se abandonar o cacoe-te de pensar em roteiro como primeira resposta para determinado problema.

Qualquer evolução traz rupturas, e as rupturas passam por rever conceitos, processos, sistemas, lideranças e pessoas resistentes a ela. Sim, as agências estão cheias de pessoas resistentes a novos processos. Para acontecer de verdade a tão falada comunicação integrada, eu garanto, é preciso obsessão da liderança. E isso vai ficar ainda mais claro no artigo do próximo mês, quando comentarei a visão dos anunciantes sobre essa simples pergunta: como fazer acontecer a comunicação integrada? Foi uma sondagem bastante interessante, com muitos reflexos nas agências, mas também nos próprios anunciantes.

Mas hoje, aproveitando o final e o início de um novo ano, meus melhores desejos vão para felizes atitudes de inovar, renovar, surpreender, inquietar... Tudo aquilo que se espera dos profissionais de marketing e comunicação.

Pensar em inovação como algo necessariamente re-volucionário e de alta tecnologia é uma visão estreita e ultrapassada. Agora a inovação começa a ser encarada como uma tarefa cotidiana. Na maior parte das vezes, ela não nasce de uma inspiração súbita, mas sim de um processo organizado, controlado e medido.

Outro risco constante dos inovadores é a crença de que as regras do jogo permanecerão as mesmas. Não são

R&Ds que inovam, mas sim a ambição de abrir novos caminhos e não aceitar a inércia da marca, o maior risco num mercado competitivo como o nosso.

Aí eu pergunto: sua agência tem inovado na entrega? E sua empresa, tem inovado na forma de envolver a agên-cia num novo projeto? Inovação depende da coragem de desaprender. O maior desafio em inovar não é inventar o novo, é se desligar do antigo, como bem diz Julio Ribeiro. É inevitável existir certa tensão entre o novo e o compro-vadamente adequado. Por isso a necessidade de desa-prender, antes que você seja obrigado pela concorrência.

Para a inovação fluir, é vital ter uma crença genuína, cor-retamente disseminada, para que uma nova ideia se espalhe como uma epidemia, provocando mudanças rápidas. Mas só crença não basta. Ela depende de contínua lembrança, estímulo e monitoramento. Sempre existirão ambientes internos resistentes a mudanças, e é só martelando as ideias e a própria cúpula da empresa, que se renova.

Questione e reinvente seu negócio sempre que puder. A empresa inovadora não reage, mas antecipa. Mude antes que seja necessário mudar.

Dois outros gurus da comunicação já escreveram: “O questionamento constante é uma grande fonte de crescimento. E o crescimento, por sua vez, é uma fonte de satisfação.” A outra: “A persistência é o caminho do êxito.” Os gurus de comunicação se chamam Bernardi-nho e Charles Chaplin, respectivamente.

Tenham um lindo Natal e um ótimo 2011, repleto de alegria, saúde, rupturas e inovações.

Cyber-leitor, antigamente se falavam de multiplatafor-mas, hoje isso é coisa do passado. Hoje são multimeios. Primeiro, vamos falar sobre esse tipo de mercado e sobre resultados financeiros. Segundo, podemos falar sobre métricas, porque temos que saber o resultado, ou seja, quem assiste, o quê e quando. Nossas plataformas não são apenas para celular, também são para web TV, IPTV e agora estamos criando um novo canal de televisão que vai ser transmitido por cabo e por DTH. Esperamos também chegar à TV aberta, não para concorrer com a Rede Glo-bo, mas para fazer uma diferençazinha no caminho, para criar um ponto fora da curva. Nossa ideia é “liberar geral”, sem censura, e colocar o veículo à disposição de vocês.

O produtor que tiver conteúdo pode entregar para a M1ND e receberá uma interface web para acompanhar os acessos. Nesse primeiro momento não vai ganhar dinheiro, porque agora o que temos de fazer é criar novos concei-tos, formar opiniões e medir o público. Até o fim de 2010 haverá 1,5 celulares por habitante no Brasil, dos quais 87% aptos a assistir à TV. Esse futuro é o nosso presente.

Por isso é que, na minha opinião, o conteúdo deve ser feito para multimeios, não mais para multiplataformas. Podemos disponibilizar um canal só para a exibição de filmes curtos e traçar gráficos e parâmetros métricos, para que todos possam acompanhar os acessos e dis-ponibilizar a venda on demand de todos os produtos. Aí sempre pinga e, como dizia meu pai, onde pinga nunca seca. Esse é o tipo de negócio que pode ser feito hoje, a @ comente este artigo no www.meioemensagem.com.br/opiniao

menos que exista algum patrocinador.Já temos alguns cases. Sete grandes anunciantes

acreditaram na gente aqui no Brasil e hoje somos líde-res absolutos no mercado. Estamos expandindo para América Latina, África, Leste Europeu e Oriente Médio. A princípio só queremos trabalhar no Terceiro Mundo. Nossos primeiros patrocinadores foram IBM, Xerox, Johnny Walker, Nike, Campari, Itaú e Omo.

O mundo móvel se tornou tão importante que, além de transmitirmos a Copa do Mundo da África do Sul em 3D para o mundo todo, a Nike, um dos principais pa-trocinadores deste evento, escolheu os devices móveis (celulares) para lançar o filme da Copa, de três minutos, antes de lançá-lo em qualquer outro veículo. Esse mundo é o do IP, no qual podemos falar com cada um.

Quando entregamos publicidade para alguém, é uma publicidade um-a-um. Segmentada. Pelo IP, sabemos exatamente quando a pessoa está assistindo, o quê e por quanto tempo. Não é preciso sentar todo mundo e ver a mesma coisa. Além disso, todos podem opinar, progra-mar e formar seu line-up, porque é tudo digital. Além de chats, interação, essas coisas todas que só estarão por aqui nas TVs abertas em 2014, com a TV digital, no mundo móvel já acontece.

Então, meu conselho como cientista — e fui o único que deu errado na família, o resto todo é artista — é o seguinte: busquem patrocínio apresentando todas as plataformas de exibição. Nós conseguimos oferecer os

dados da quantidade de acesso, o tempo de acesso e ainda, no mundo móvel, a pessoa que assiste e o tempo médio de visualização.

Nosso modelo de negócio atualmente é igual ao de uma TV por assinatura. Oferecemos vários pacotes de canais para exibição nessa televisão que tem duas ou três polegadas — a tela do celular. O cliente compra um pacote e nós também oferecemos canais gratuitos para degustação, com o objetivo de mostrar essa diversidade cultural por meio dos filmes curtos. Nesse caso, não há dinheiro envolvido, nem da operadora, nem da dona da solução (que é a M1ND), nem do usuário final. É uma pla-taforma que serve para medir a aceitação dos produtos.

Além das plataformas da M1ND, estamos lançando um canal de televisão chamado HUMM! TV. Montamos uma equipe de 585 profissionais voluntários — roteiris-tas, atores, câmeras, iluminadores, palhaços e piratas — que durante 180 dias vão trabalhar de graça, acreditando num sonho. Vamos passar esses 180 dias experimentan-do e ver o que dá certo. Se der audiência, vai receber a partir dessa audiência. O que estamos propondo é um estudo de viabilidade. Estamos disponibilizando um veí-culo para que se possa testar, ver se vai ter audiência, que tipo de público iremos atingir. Vamos precisar segmentar, ter horários específicos para o público feminino, para o público jovem. A partir do momento que der audiência, vira dinheiro. Todo mundo ganha, é uma cadeia.

Comunicação integrada

Antonio FadigaCEO da [email protected]

Alberto MagnoCEO da [email protected]

Convergência

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.21EM PAUTA13 DE DEZEMBRO DE 2010

Taxi no Brasil

Mais uma agência internacional badalada irá desembarcar em breve no Brasil. A canadense Taxi, que foi adquirida recentemente pelo WPP, está esperando o momento certo para abrir seu escritório no País. O CEO Rob Guenette disse ao Meio & Mensagem que a agência sempre teve essa intenção e o acordo com o WPP tornou a vinda ao Brasil muito mais próxima. Ligada ao braço Y&R Brands dentro do WPP, a Taxi tem escritórios em Toronto, Vancouver, Calgary, as três no Canadá, além de Nova York e Amsterdã. Na semana passada, Martin Sorrell, CEO do WPP, afirmou que ajudará a agên-cia a expandir seus negócios para outros países.

Patrocínios lotados

É grande o volume de patro-cínios já fechados para a grade de programação de 2011 da Rede Globo. Até para o Rock in Rio, que acontece em setembro, a emissora já fechou cotas. São elas: Banco do Brasil (máster), Heineken, Coca-Cola, Claro, Volkswagen e Alpar-gatas. Todas as novelas do horário nobre já estão negociadas, assim como as principais atrações da linha de shows, jornalismo e eventos es-portivos. Para o Big Brother Brasil, destaque para as cotas de merchan-dising. Além dos patrocinadores da atração (Ambev, Johnson, Fiat, Nie-ly e Unilever), também garantiram ações no programa as marcas Chili Beans, Brastemp, Bont’s, Grendene, Honda, Luckscolor, Kibon, Rossi Residencial e Samsung. Vaga para patrocínio só no Domingão do Faustão, mesmo assim o programa já tem dois cotistas de merchan garantidos: Claro e Credicard.

Meta agressiva

A Loducca conquistou a conta da Epson, marca japonesa de im-pressoras, projetores e scanners que tem fábrica em Barueri, na Grande São Paulo. Desde o início de 2005 o cliente era atendido pela Fabra & Quinteiro. A missão da nova agência será a de ajudar a fortale-cer a imagem da marca, além de trabalhar seus novos lançamentos. O gerente de marketing da Epson do Brasil, Sérgio Villa, revela que a empresa tem uma meta agressiva: dobrar de tamanho em três anos.

Wave 2011

O Wave Festival in Rio já prepara sua edição de 2011. Como nas três anteriores, o evento será realizado no Copacabana Palace. Entretanto, como o hotel passará por reformas no ano que vem, o Wave teve de ser adiantado de maio, mês em que normalmente acontece, para abril, entre os dias 18 e 20. Dois presidentes de júris já estão confirmados: Mario D’Andrea, que acaba de conquistar o Prêmio Caboré de Profissional de Criação (ler mais a partir da pág. 54), irá comandar o julgamento da área de Film, enquanto Rodrigo Grau, diretor-geral de criação da BBDO Ar-gentina, capitaneará a avaliação dos trabalhos inscritos em Press.

Lisboa em Buenos Aires

Carlos Lisboa, indicado ao Cabo-ré 2010 como Profissional de Marke-ting, estará de casa nova em janeiro. Com 17 anos de companhia, o exe-cutivo pernambucano deixa o cargo de vice-presidente de marketing da Ambev no Brasil para assumir o co-mando da operação latina, com base na Argentina e atuação em outros

quatro países: Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. Seu substituto no Brasil será o executivo argentino Jorge Mastroizi. Antes da mudança para Buenos Aires, Lisboa preten-de concluir a escolha da agência que atenderá a conta brasileira da Budweiser: Africa ou DM9DDB. A transferência do executivo é apenas um dos mais de 50 descolamentos de cargos e funções planejados pela Ambev para a virada do ano.

Oriente Express

O jornal Zero Hora terá circu-lação especial em Abu Dhabi e em Dubai nesta semana, entre 13 e 19 de dezembro, para acompanhar seu público leitor torcedor do Interna-cional de Porto Alegre, que disputa o Mundial de Clubes. Serão cinco mil exemplares diários distribuídos em hotéis e em outros pontos de concentração de brasileiros nas duas cidades. Nos dias de jogos, também haverá entregadores uniformizados levando os exemplares aos portões dos estádios. O Zero Hora enviou 21 jornalistas para os Emirados Árabes e a impressão do jornal será feita por gráficas de Dubai.

Prazo para os argentinos

O governo do Brasil solicitou à Argentina que as produções publi-citárias brasileiras voltem a circular sem restrições no país vizinho ainda em 2010. O pedido foi feito pelo embaixador Enio Cordeiro e o presidente da Ancine Manoel Ran-gel aos executivos da Autoridade Federal de Serviços de Comuni-cação Audiovisual da Argentina, em encontro realizado semana passada, em Buenos Aires. “Mani-festamos nosso estranhamento em relação à lei e colocamos a nossa

urgência e expectativa de que até o final do ano o governo argentino adote medidas que reestabeleçam a normalidade”, afirma Rangel, sobre o trecho da Ley de Medios, que res-tringe, na Argentina, a veiculação de comerciais produzidos fora do país.

Corra, Asics, corra

A marca esportiva Asics, que foca sua comunicação em produtos para praticantes de running, redefi-niu sua estratégia de relacionamen-to com agências para 2011. Antes concentrada na Energy, a conta do anunciante será dividida entre Babel (publicidade) e Razorfish (digital). Não por acaso, as duas agências têm maratonistas no seu corpo diretivo: Ricardo Chester, na Babel, e Fernando Tassinari, na Razorfish. A MKT Mix (RP) e Aktuel (PDV) foram mantidas pela Asics.

Naming rights

O projeto de uma nova emisso-ra de rádio que levará o nome de uma marca internacional tirou, na

semana passada, Marcelo Braga da vice-presidência do Grupo Mix de Comunicação, onde atuou por 12 anos. Ele também deve anunciar em breve sua saída da sociedade da Dial Brasil, que controla a FM SulAmé-rica Paradiso, no Rio de Janeiro. O novo projeto de Braga, a ser lançado em março, será suportado por um grupo investidor e quer unir rádio e internet.

Novos leitores via iPad

A Veja, que estreou no iPad em 4 de setembro, contabiliza uma média de 2.500 downloads por edi-ção. Na semana passada, quando o mercado recebeu os primeiros lotes oficiais do tablet no Brasil, a revista colocou no ar uma edição gratuita, repleta de recursos interativos, inclusive na publicidade. A Editora Abril estima que o total de downloa-ds, desta vez, chegará a 15 mil. Uma pesquisa feita com as pessoas que baixaram esse número trouxe uma boa notícia: dos que responderam, 32% disseram não ser assinantes. Ou seja, são leitores novos.

Colaboraram Edianez Parente, Felipe Turlão, Jonas Furtado e Renato Pezzotti

Alexandre Zaghi Lemos – [email protected]

Simples.

PEGAMOS GERAL.

Giovanni+Draftfcb. Nove contas novas em 2010.www.facebook.com/giovannidraftfcb www.twitter.com/giovanni_dfcb

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Page 6: TESTE ISSUU

MIX 13 DE DEZEMBRO DE 201024.

42 mil exemplares, é o único que não é bilíngue

dentre os anuários da editora, uma vez que circula

somente no Brasil. Deste total, 30 mil exemplares

são voltados para distribuição gratuita.

Com versões eletrônicas (em PDF) dos

anuários antigos, a maior parte da receita da

editora fica por conta da publicidade, visto que

só uma fração dos exemplares é voltada para

venda. Mas, para Silvana, o mercado ainda

precisa enxergar melhor este segmento: “Um

dos desafios que enfrentamos é o de catequi-

zar o mercado, levando-o a perceber o valor

que tem uma publicação com um conteúdo

diferenciado”, afirma.

Mesmo assim, a editora apresenta bons

resultados em 2010. “É preciso ver que o que

fazemos é efetivamente novo e não tem no

mercado brasileiro. A Análise Editorial não faz

mais do mesmo. Este é um diferencial nosso”,

finaliza Silvana.

Bruno Borin

Dentro de campo a festa foi do Flumi-nense, que conquistou seu segundo título brasileiro na Série A de 2010. Já no que diz respeito à receita de patrocínio, quem ficou na ponta da tabela foi o Corinthians. Se não levantou a taça no centenário, o alvinegro investiu forte em ações de marketing e fechou o ano com receita de patrocínio da ordem de R$ 59,5 milhões, aponta o estudo Patrocinadores do Fu-tebol Brasileiro, realizado pela Trevisan Gestão do Esporte.

Na sequência aparecem Flamengo, com R$ 57 milhões, e São Paulo, com R$ 46 milhões. O Fluminense é apenas o décimo, com R$ 18,5 milhões. (ver

tabela). O levantamento leva em conta os rendimentos oriundos de patrocínio máster (que dá direito de estampar a marca no peito e nas costas do uniforme), patrocínios complementares (que envolve outras partes do uniforme e propriedades do time) e de fornecedores de material esportivo.

De acordo com a Trevisan, os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro arrecadaram mais de R$ 374 milhões em patrocínios ao longo de 2010. Deste total, R$ 175 milhões vieram de patrocínios máster, R$ 85,53 milhões de comple-mentares e R$ 113,6 milhões foram pro-venientes de fornecedores de materiais

Com 25 edições sobre diversos temas, a Aná-

lise Editorial comemora cinco anos no

mercado com boas perspectivas para

os próximos cinco. Segundo Silvana

Quaglio, sócia-diretora da editora,

a Análise “colou o ovo em pé” nestes

cinco anos: “Neste período nós não só

identificamos um mercado, mas também

nichos, e trabalhamos com eles. Além disso,

olhamos para uma segmentação ainda maior

dentro destes nichos, que são os anuários

voltados para profissionais. Faço um balanço

bastante positivo da nossa trajetória”, afirma.

Surgida em 2005, quando publicou seu pri-

meiro anuário (Comércio Exterior e Negócios

Internacionais), a empresa é fruto da sociedade

entre três jornalistas (Silvana, Eduardo Oine-

gue e Alexandre Secco) que, ao perceberem

uma certa carência por informação estatística

no Brasil, resolveram abrir uma editora que

abordasse melhor este segmento. Com o pú-

blico identificado (formadores de opinião e to-

madores de decisão), nasceu a Análise, editora

voltada para anuários temáticos e estatísticos

com um enfoque de cunho mais jornalístico.

Sempre com uma abordagem do ponto de

vista da economia e do ambiente de negócios,

a editora ampliou suas publicações para outras

áreas logo em seu segundo ano, quando lançou

o anuário de Advocacia. Este chegou como novi-

dade no País, tendo garantido grande importância

dentro do setor. Com uma tiragem em torno de

O comércio eletrônico está em franco crescimento no País. Com o objetivo de buscar mais informações sobre o motor deste movimento, o público, o Ibope Mídia desenvolveu uma pesquisa para traçar o perfil do consumidor de e-commerce. Feito exclusivamente com internautas, por meio da metodologia TG.net, o levan-tamento analisou dados demográficos e comportamentais da amostra, suas preferências, opiniões e atitudes e o que pretendem comprar.

De acordo com os resultados, o consumidor eletrônico está inseri-do, predominantemente, na classe AB, tem alto grau de escolaridade, compra produtos de uso pessoal e gasta, em média, R$ 118 por mês. A classe AB é responsável por 61% do total do público consumidor, enquanto a classe C responde por 35%. Já a classe DE representa 4% desse universo.

Em termos de faixa etária, aqueles com idade entre 25 e 44 anos representam a maioria: 48%. Os adolescentes e jovens adultos também estão bem representados: 15% dos consumidores têm entre 15 e 19 anos e 17% entre 20 e 24 anos. Na outra ponta da pirâmide demo-gráfica, 13% têm de 45 a 54 anos e apenas 6% têm entre 55 e 64 anos. A idade média do consumidor das lojas virtuais é de 33 anos.

Em termos de gênero, os homens estão mais habituados a comprar pela internet: 54% ante 46% das mulheres. O percentual de solteiros também é maior em relação aos casados: são 49% contra 41%. O estudo mostrou também que 36% dos pesquisados estão matriculados em instituições de ensino e até 32% falam uma segunda língua. Por fim, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo reúnem 37% do total dos compradores.

Os resultados apontam ainda que cerca de 80% dos internautas usam a internet para comparar preços; 25% buscam um carro novo; e 18% realizam compras profissionais. Já cerca de 43% dos internautas costumam recorrer à internet antes de realizar compras e, se o produto tiver valor superior a R$ 1,5 mil, é na web que buscarão mais informações. Mais de 66% dos con-sumidores realizaram de uma a cinco compras nos últimos seis meses e 30% gastaram, pelo menos, R$ 224.

Dentre os produtos preferidos estão livros (30%), telefones e acessórios para celulares (20%), eletrodomésticos (18%) e produtos de tecnologia pessoal (17%), como câmeras digitais e leitores de MP3. Nos próximos seis meses, 25% pretendem comprar uma câmera digital; 17% um telefone celular 3G; 17% um telefone celular com câmera; e 15% um iPhone.

esportivos. Os maiores investidores foram os bancos, responsáveis por 30% deste volume, seguidos pelas organizações de assistência médica e pelas indústrias de bebidas, ambas com 14,2%.

No que tange ao patrocínio máster, o BMG se destacou como o principal patro-cinador do futebol brasileiro na tempora-da, respondendo por 22,5% dos aportes aos times. O banco esteve presente em seis equipes da Série A e em três da Série B. Na segunda posição apareceu a Hyper-marcas — cujo contrato de R$ 38 milhões com o Corinthians é o maior do futebol brasileiro —, com 10% dos investimentos. As marcas da empresa estão em quatro times da primeira divisão.

Patrocínio

Clubes de futebol faturaram R$ 374 milhões em 2010

Os 10 clubes com maior valor de patrocínio na temporada 2010

Corinthians R$ 59,5 milhões

Flamengo R$ 57 milhões

São Paulo R$ 46 milhões

Palmeiras R$ 27,7 milhões

Santos R$ 24,5 milhões

Cruzeiro R$ 23 milhões

Grêmio R$ 22,1 milhões

Vasco R$ 21,2 milhões

Atlético Mineiro R$ 21 milhões

Fluminense R$ 18,5 milhõesFonte: Patrocinadores do Futebol Brasileiro/Trevisan Gestão do Esporte

Anuários

Análise Editorial aposta em segmentação

Internet

Ibope traça perfil do público do e-commerce

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