O trabalho consiste em uma pesquisa de caráter urbano no centro de São Paulo, ensaiando a proposta na região da Barra Funda. Um olhar sobre os sistemas de infra estruturas, ocupação do solo e a geografia do lugar buscando o desenho que é essencialmente espaço público para dema rcar a várzea do rio Tietê adensado uma região em plena transformação urbana.

Como uma régua que vai o rio Tietê ao memorial da América Latina, o plano busca através do desenho das diversas águas demarcar a várzea alegável do rio, que deve ser caracterizada como equipamento público, infra-estruturar paisagístico e hídrico

Demarcar a várzea do Tietê tem, antes de tudo, o caráter histórico e ambiental de ressaltar aos paulistanos seu lugar no espaço, na natureza, revelando a cidade que se instalou dentro de uma grande bacia aluvial.

A intervenção tem como limite dois canais existentes, Sumaré e Quinho dos Santos, entendendo que o plano é um modelo de ocupação, portanto dialoga com toda a várzea dentro da região central de São Paulo.

Considerando propostas existentes, Operação Urbana Água Branca e o Plano Integrado de Transportes Metropolitanos, o projeto tem como premissa adensar a região, mas entende que o déficit habitacional pode ser suprido naturalmente de forma gradual, promovido por diferentes iniciativas, contando que a cidade qualifique a habitação. O desenho da rua, dos espaços públicos e infra-estrutura, serão promotores do adensamento desejado.

A qualificação dos equipamentos preexistentes visa não desperdiçar o investimento público histórico depositado em uma determinada região, com este intuito são propostas três ações: Parque da Água Branca, Memorial da América Latina e Estação Barra Funda.

O Parque da Água Branca tem desde sua origem o caráter de parque agrícola, representante da cultura caipira, 16 hectares dentro da metrópole onde se pode montar a cavalo e andar entre galinhas, endereço de festas regionais e feiras das comunidades do interior paulista. Uma grande área reservada para alojamento de visitantes, escolas agrícolas técnicos e responsáveis pela manutenção, pertencente à fazenda que deu origem ao parque, foi ao longo do tempo sendo convertida em espaço privado. Esse processo, interrompido somente com o tombamento em 1985, foi responsável pela retirada de metade do perímetro de contato com a cidade escondendo entre os fundos de lotes também o Complexo Olímpico da Água branca (antigo DEFE) centro esportivo estadual.

“A história da América Latina tão desarticulada e oprimida. Agora urge reajustá-la, uni-la, transforma- La em num monobloco intocável, capaz de fazê-la independente.” Oscar Niemayer o memorial da América latina integração das artes.

A intervenção no Memorial da América latina visa ressaltar os edifícios projetados por Niemeyer, conectando todos os pequenos espelhos d’água em duas grandes praças, com proporções respeitosas à conformação do projeto original para refletir o peso e a carga dramática dos edifícios que se confrontam com a cidade.

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ESCOLA DA CIDADE DEZEMBRO 2009 ALUNO PEDRO IVO FREIRE ORIENTADOR FERNANDO VIEGAS ENSAIO SOBRE A BARRA FUNDA 1

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ESCOLA DA CIDADE DEZEMBRO 2009 ALUNO PEDRO IVO FREIRE ORIENTADOR FERNANDO VIEGAS ENSAIO SOBRE A BARRA FUNDA 2 N

E S C O L A D A C I D A D E T R A B A L H O F I N A L D E G R A D U A Ç Ã O O U T U B R O 2 0 0 9 A L U N O P E D R O I V O F R E I R E O R I E N T A D O R F E R N A N D O V I E G A S E N S A I O D E T R A N S P O S I Ç Ã O N A B A R R A F U N D A

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