Thermoelastic Stress Analysis...

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Thermoelastic Stress Analysis TSA Termografia aplicada a Análise experimental de tensões. Renato Vieira/ Vitor Eboli

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Thermoelastic Stress Analysis

TSA Termografia aplicada a Análise experimental de

tensões.

Renato Vieira/ Vitor Eboli

Formas clássicas de medição de Temperatura

• Termômetros à epansão de líquido

• Área de contado muito grande (Bulbo) – não são capazes de medir temperature em uma superfície

• Podem medir com precisão de até 0.1°C

• Difícil leitura e aquisição de dados

• Termopares

• As juntas dos fios podem ser coladas a uma superfície, medindo a temperature da mesma

• Podem medir com precisão de até 0.5°C

• Aquisição de dados bastante simples e automatizável

• Medições pontuais

Formas clássicas de medição de Temperatura

• Sensores resistivos

• Capaz de medir temperaturas em superficies

• Podem medir com precisão de até 0.5°C

• Aquisição de dados bastante simples e automatizável

• Medições pontuais

• A principal diferença para os termopares é a linearidade do sinal com a temperatura.

Termografia Infravermelha

• A radiação infravermelha é a parte com longos comprimentos de onda do espectro eletromagnético

• 9000 – 14000 nm

• A termografia usa a radiação infravermelha para prever a temperatura de superfícies

Princípios da radiação térmica • Um corpo emite radiação térmica de acordo com sua temperatura

• Além de emitir radiação, um corpo reage a radiação de três maneiras: • Absorve,

• Reflete ou

• Transmite.

• A lei da radiação total é então escrita:

1 = α + ρ + τ

onde, α, ρ e τ descrevem a absorção, reflexão e transmissão, respectivemente.

Princípios da radiação térmica • A lei de Kirchoff da radiação térmica, diz que para obedecer o equilíbrio térmico

um corpo deve ter: α = ε

ou seja, a emissividade deve ser igual a absorção.

• Um corpo negro perfeito têm a transmissão e reflexão iguais a zero, e pode-se escrever então:

ε = 1

ou seja, é um emissor perfeito.

• Emissividade é definida como: ε =Φ𝑜𝑏𝑗

Φ𝑏

onde, Φobj e Φb são as energias emitidas por um objeto e por um corpo negro na mesma temperatura.

Princípios da radiação térmica • A lei de Planck descreve a quantidade de energia emitida por um corpo negro

em função do comprimento de onda e da temperatura.

)(exp

C

TCb,

12

5

1

onde C1 é a primeira constante de radiação = 2 c2 h (h é a constante de Planck, c é a velocidade da luz), C2 é a segunda constante de radiação = c h / k (k é a constante de Boltzman), T é a temperatura e λo comprimento de onda.

Princípios da radiação térmica • Através da integração da lei de Planck, chega-se a lei de Steffan-Boltzmann:

• Para um corpo cinza tem-se então:

Corpo cinza é aquele que emite quantidades iguais de energia em todos os comprimentos de onda.

Como na termografia infravermelha são usadas pequenas janelas de λ, pode-se tratar a maioria dos objetos como corpo cinza.

4 b BT Descreve a energia total emitida por um corpo negro. B é a constante de Stefan-Boltzmann

Princípios da radiação térmica • Entre a superfície que deseja-se medir a temperatura e o sensor infravermelho

existe a atmosfera.

• A atmosfera atenua a radiação, uma vez que absorve parte dela.

• Essa absorção é fortemente dependente do comprimento de onda

• As “janelas atmosféricas” ficam então compreendidas entre 3-5μm e 8-14μm

Princípios da radiação térmica • Para se medir a temperatura de um objeto usando um sensor infravermelho

tem-se então:

• Emissão do objeto = τatm*Φobj

• Emissão refletida de outras fontes = (1- εobj)*τatm*Φamb

• Emissão da atmosfera = (1-τatm)* Φatm

• A radiação total é então a soma dessas parcelas.

Table 6.1: Typical emissivity values

Material Typical

Copper polished 0.02-0.05

oxidised 0.60-0.78

Aluminium polished 0.04-0.05

oxidised 0.10-0.31

anodised 0.55-0.72

Steel polished 0.07-0.08

oxidised 0.79

rolled sheet 0.60

Paint white enamel 0.92

green enamel 0.82

matt black lacquer 0.97

white lacquer 0.80-0.92

aluminium 0.27-0.60

oil 0.89-0.97

PVC 0.91-0.93

Plastic, general black 0.95

white 0.84

Insulating tape black 0.97

Sources: AGEMA; CIBSE Guide C; ASHRAE

Sensores de radiação infravermelha • Os sensores podem ser divididos em Quânticos e não-Quânticos

• Cada sensor, dependendo de sua constituição e fabricação será adequado a uma das “janelas atmosféricas”

• Os sensores Quânticos fazem uso do efeito fotoelétrico

• Já os sensores não-Quânticos fazem uso do efeito Bolométrico

Sensores de radiação infravermelha

• Sensores Quânticos (Photon Sensors) • São feitos de materiais que respondem a

radiação infravermelha absorvendo fótons.

• Ao absorver um fóton, um elétron do átomo vai para um estado de energia maior.

• Isso causa uma mudança na condutividade do material, que é então medida

• São muito caros (Centenas de milhares de USD),

• Necessitam de resfriamento,

• São muito sensíveis e precisos,

• Podem usar as duas “janelas atmosféricas” dependendo de sua constituição.

• Sensores não-Quânticos (Microbolometers)

• São feitos de materiais que respondem a radiação infravermelha através de um aumento de temperatura.

• Esse aumento da temperatura causa uma mudança na resistência do material, que é então medida.

• São muito mais baratos (Milhares de USD ),

• Não necessitam de resfriamento,

• Menos sensíveis,

• Ficam restritos a janela de 8-14μm.

Sensores de radiação infravermelha

• Câmera infra-vermelha FLIR A655sc;

• Um array de sensores de 640x480;

• Frequência de aquisição 50Hz;

• Funciona a base de micro-bolômetros.

Técnicas termográficas

Termografia Ativa - PT

• Técnica de simples aplicação;

• Usa-se uma fonte de calor para excitar o

corpo de prova;

• Monitora-se o decaimento ou aumento de

temperatura da superfície;

• Usada na detecção de defeitos.

TSA – Thermoelastic Stress Analysis

• Técnica de análise experimental de tensões baseada no efeito termoelástico

• Técnica relativamente nova de medição de campo de tensões.

O Efeito Termoelástico

• Descoberto ainda no século 19 por William Thomson – Lord Kelvin.

• Descrito pela equação

𝚫𝐓 =−𝛂𝐓𝐨

𝛒𝐜𝐩∆𝛔𝟏 + ∆𝛔𝟐

onde, α é o coeficiente de expansão térmica linear, T0 é uma temperature de referência, ρ é a densidade do material e cp é o calor específico sob pressão constante.

Dedução simplificada do efeito termoelástico

0 ij

ij

T QT

C T C

Assumindo a variação de temperature como isoentrópica

Onde: T é temperature, To é a temperature de referência, ρ é a densidade, Cε é o calor específico em deformação constante, σij é o tensor das tensões, εij é a taxa de variação do tensor das deformações e Q é a taxa de calor produzido por unidade de volume.

2 ( )ij ij kk ijT 1 for

0 forij

i j

i j

Delta de Kronecker

)23( 2(1 )

E

(1 )(1 2 )

E

Onde:

Relação Tensão-Deformação-Temperatura

2ij

ij kk ijTT T T T

Derivando:

Assumindo que as propriedades elásticas não variam com a temperatura

ij

ijT

0kk

TT

C

Substituindo

0kk

TT

C

0

2

1 2

3kk

TT

C E

Usando a relação anterior

Cε pode ser escrito em função de Cp:

2

03

(1 2 )p

E TC C

0kk

p

TT

C

)(C

TT

p

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Detecção de defeitos por Termografia Ativa

Aplicação prática de TSA

• Um sistema para a aplicação da técnica TSA em um experimento de laboratório consiste basicamente de:

• Máquina capaz de realizar esforços cíclicos no corpo de prova;

• Célula de carga; • Câmera infravermelha; • Computador para sincronização dos

dados da célula de carga e da câmera.

Aplicação prática de TSA

TeBT 34Derivando

)(C

TT

p

210

𝑆 =−α4𝑒𝐵𝑇4

ρ𝐶𝑝Δ(σ1 + σ2)

𝐴 𝑆 = Δ(σ1 + σ2)

Calibração do ensaio

• O coeficiente de calibração A é normalmente determinado experimentalmente para cada ensaio.

• Cola-se um extensômetro em uma região da superfície onde o estado de tensões é bem conhecido, é correlaciona-se com o sinal S da câmera diretamente.

• Usa-se um corpo de provas de mesmo material e mesmo revestimento, porém com campo de tensões simples e conhecido (espécime de tração).

Preparação do CP

• Uma preparação especial deve ser feita levando em conta a teoria de radiação térmica

• A fim de se maximizar a emissividade do corpo de provas, pinta-se o corpo de provas com

uma tinta fosca preta, aproximando seu comportamento de um corpo negro.

• Deve-se tomar cuidado com possíveis reflexos na superfície a ser medida, evitando-se a proximidade de objetos quentes.

Interpretação dos dados termoelásticos

Os dados termoelásticos podem ser entendidos como uma magnitude `R` e um ângulo de fase `Phase` entre o sinal de temperature e o sinal de carregamento.

Ensaio de calibração para policarbonato

Separação de tensões e determinação de Kt

Determinação de limite de fadiga - Risitano

A metodologia proposta por Risitano, diz que, analisando a temperatura da superfície externa durante aplicação de um carregamento cíclico, é possível avaliar o comportamento dinâmico do componente e determinar o limite de fadiga do material.

Essa metodologia possui as seguintes características:

• Não necessita de qualquer máquina de

ensaio particular; • Permite obter resultados confiáveis

utilizando um número muito limitado de espécimes;

• Tempo de ensaio relativamente curto.

Determinação de limite de fadiga - Risitano

• A fase 1 é referente ao aumento de temperatura no início da aplicação do carregamento. A taxa de aquecimento é proporcional à carga aplicada, assim carregamentos mais elevados apresentam maiores taxas de aquecimento.

• A fase 2 é referente à temperatura estabilizada

para o carregamento aplicado.

• A fase 3 é referente ao aumento súbito da temperatura, quando o material esta na eminência da fratura.

Quando o componente é ciclicamente carregado, o perfil de temperatura pelo número de ciclos tem forma similar

Determinação de limite de fadiga - Risitano

Área crítica

Referência

Variação da temperatura do corpo com carga cíclica acima do limite de fadiga para níveis constantes de carregamento

Determinação de limite de fadiga - Risitano

Cada nível de tensão resulta em um patamar diferente, compensado pela temperatura inicial do primeiro teste como referência.

* * * *

* *

*

* - temperatura de estabilização

Determinação de limite de fadiga - Risitano

Determinação de limite de fadiga - Risitano

• Risitano reportou erros de até 15% na aplicação desse método.

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

45.00 65.00 85.00 105.00 125.00 145.00 165.00 185.00 205.00

ΔT

de

Est

abili

zaçã

o (

⁰C)

σa (MPa)

CP1 - 5hz(R=0.1)CP2 - 5hz(R=0.1)CP3 - 5hz(R=0.1)CP4 - 5hz(R=0.1)CP5 - 15hz(R=0.1)CP6 - 15hz(R=0.1)CP7 - 15hz(R=0.1)CP8 - 15hz(R=0.1)

CP Se (MPa)

1 165,2

2 178,3

3 196,27

4 182,65

5 161,34

6 164,3

7 161

8 181,12

9 177,93

10 179,46

11 180,15

12 178,01

13 177,33

Média 175,62

Determinação da curva SN de fadiga - Risitano

Determinação da curva SN de fadiga - Risitano

Determinação da curva SN de fadiga - Risitano

Determinação da curva SN de fadiga - Risitano

Cálculo de ΔK por TSA

Cálculo de ΔK por TSA

Cálculo de ΔK por TSA