ThiagoFragosoDono de um talento versátil, o ator, cantor e dublador encara nos palcos um novo desafio

Saúde da mulherAs descobertas do

corpo em cada fase da vida

Hamburgueriastemáticas

Lanchonetes da capital paulista apostam em outras

paixões além da culinária

Ano VIII #Edição 22

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Caros leitores,

Existe uma máxima que diz que nos momentos de crise é que surgem grandes oportunidades. Na própria língua chinesa, o ideograma crise significa a combinação de “perigo” e “oportunidade”. Fazendo uma retrospectiva dos últimos meses, podemos ser contundentes ao dizer que 2015 não foi, para muitos, um ano fácil. O que mais tem se falado nos últimos tempos é sobre a crise em que o Brasil se encontra e que envolve situações complexas e desafiadoras nas esferas política, econômica e social. Marchas anticorrupção, greves bancárias e de professores, “panelaços”, desempregos e inflação, foram alguns dos fatos que marcaram o ano.

Embora o cenário não seja dos mais favoráveis, o Brasil é um país de boas perspectivas e tem muita força para crescer. Temos um povo criativo, sagaz e ambicioso, que não permite que nada enfraqueça a esperança. É justamente neste momento que devemos parar e refletir não apenas sobre a situação do país, mas sobre nossas próprias crises internas. Pensar num futuro mais otimista e acreditar que as coisas boas que estão dentro de cada um de nós, nos faz ter a certeza de que tudo vai mudar.

Constantemente, somos cercados por problemas e notícias negativas. Isso, muitas vezes, faz com que se torne habitual vermos aspetos ruins em situações que não necessariamente são adversas. Já somos vencedores por conseguir superar mais um ano de desafios e soubemos nos reinventar e recomeçar a cada dia. E é assim que devemos olhar adiante. As melhorias no trabalho, em casa, na família, nas relações pessoais, começam com a melhoria de nossas próprias imagens mentais. Afinal, muito do que existe no mundo externo é um reflexo do nosso mundo interno. A mudança que queremos ver começa dentro de cada um de nós.

Portanto, não percamos a chance de fazer planos e de abrir as portas para as oportunidades. Este é o momento de construirmos o futuro!

A todos, um excelente ano!

Uma publicação da

Graiche Construtora e Imobiliária Ltda.

Presidente: José Roberto GraicheConselho Editorial:José Roberto Graiche JúniorLuciana Martins GraicheJosé Rodrigo Martins GraicheEditores:Adriano De Luca (Mtb 49.539)Juliano Guarany De LucaDiagramação e Arte:Pedro Pedrosa C Dias de GouveaGrazieli Cunha (Estagiária) Reportagem: Suênia CardosoRevisão: Jaqueline CoutoComentários e sugestões:viver@graiche.com.brTiragem: 40 mil exemplaresFoto de capa: Pedro Curi

GRUPO GRAICHEMatriz: Rua Treze de Maio, 1.9541o, 2o, 3o e 4o andares01327-002 São Paulo SPTel.: 55 11 3145-1322Filial: Rua Barão de Jaceguai, 1.67308780-100 Mogi das Cruzes SPTel.: 55 11 4728-4359graiche@graiche.com.brwww.graiche.com.br

Esta publicação é produzida por:

redacao@grappa.com.brwww.grappa.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

José Roberto GraichePresidente

Nesta Edição

Thiago Fragoso / 04Artesanato sustentável / 10Saude da mulher / 14Hamburguerias temáticas / 18Saindo um veggie burger! / 22 Trilhas pelo mundo / 24Dos gramados para os museus / 30Lixo domiciliar X Sustentabilidade / 34

04 30

24

1 Globo/Renato Rocha M

iranda | 2 Waldem

ar Niclevicz | 3 M

useu do Futebol

Condomínios - Locações - Vendas

4 ENTREVISTA

Globo/ Renato Rocha Miranda

O Profeta

THIAGOFRAGOSO

Um carioca que esbanja versatilidade. Quem vê o ator Thiago Fragoso, lembra, de imediato, os mocinhos que conquistaram os corações de personagens interpreta-das por atrizes como Camila Pitanga, Paolla Oliveira ou Marjorie Estiano. Mas se engana quem pensa que os papéis vividos pelo galã representam o tipo convencio-nal. Muito pelo contrário. Em sua carreira, constam o ambíguo Márcio Hayalla, de O Astro; o Marcos Oliveira, de O Profeta, no qual teve que lidar com o amor e a ambição; e o soldado Estevão, em A Casa das Sete Mu-lheres, em que onde viveu um romance transcendental com Rosário, personagem de Mariana Ximenes.

Ainda em sua trajetória, o ator coleciona o badala-do beijo gay interpretado pelo personagem Niko, em Amor à Vida, o lado cômico em humorísticos como Sexo Frágil, a participação na segunda edição do rea-lity show “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faus-tão, além de inúmeros trabalhos em peças teatrais, música, cinema e dublagens em filmes como Ratatou-ille e A Origem dos Guardiões.

Satisfeito com a trajetória que conquistou, o ator, fa-moso também por seus cachinhos dourados, faz um overview sobre a carreira e o que já tem planejado para o futuro. Em janeiro, Thiago estará de volta aos palcos em um espetáculo – ainda sem título definitivo – baseado no livro As Benevolentes, de Jonathan Littell. Eis que surge mais um personagem inusitado.

6 ENTREVISTA

Você atuou em produções humorísticas como Sexo Frágil, Ca-sos e Acasos, Toma Lá, Dá Cá, entre outros. Como avalia a sua performance com a comédia?

Me divirto muito fazendo comédia! Não estou preocupado com avaliação. Eu acho que o ator precisa ser completo, esse negócio de ator de comédia, ator de tragédia, ator de teatro, ator de série policial, ator de musical… Nunca quis isso pra mim, sempre busquei a versatilidade.

Os caracóis loiros são sua marca registrada. Gosta de brincar com o visual quando inicia algum projeto?

Na verdade eles são minha marca genética, não tem como resolver [Risos.]. Eu já tive cabelo liso e médio, liso e curtinho, ondulado e curto, preto e cacheado, longo e loiro. Preciso co-meçar a mexer com a cor dos olhos! [Risos.]

Quais os planos para o próximo ano? Cinema, teatro, dublagens, musicais?

Por enquanto tenho As Benevolentes - Uma Anatomia do Mal, que estreia na primeira quinzena de janeiro, no Hebraica (SP), baseado na obra de Jonathan Littell. Tem projeto de fil-me, de série, mas acho chato ficar falando de projeto porque muitas vezes não acontece. Mas musical, não. Vou trabalhar com música, sim, mas com as minhas mesmo. Devagarzinho estou definindo o formato desse meu trabalho.

Com uma carreira em ascensão e na pele de vários persona-gens do bem, qual tipo de papel o surpreenderia?

O personagem que estou ensaiando no teatro agora, por exemplo. Max Aue é um ex-oficial nazista que escapou de prestar contas pelos crimes cometidos por ter se passado por um francês. A peça é um estudo sobre a maldade humana. Como pessoas aparentemente comuns podem cometer cri-mes tão hediondos?

Seu último trabalho na TV brasileira foi como o personagem Vinícius de Babilônia, que chamou a atenção pela ótima forma física. O que mudou na sua rotina para poder tirar a camisa sem preocupação?

[Risos.] Eu sempre fiz exercícios. O segredo é fechar a boca. Faço atividades variadas, comecei a treinar em períodos mais curtos, mas com mais intensidade e mais vezes ao dia. Foi bem legal. Agora, para o Max, vai mudar tudo.

Houve um momento na sua carreira em que percebeu que es-tava no caminho certo?

Eu sou um questionador. Acho que é uma trilha pelo meio da floresta, não uma estrada reta, sacou? [Risos.]. Eu preciso fa-zer sempre perguntas que me deixem interessado e me deem motivação para me articular entre os personagens e dentro deles mesmos. Ou seja, não dá para saber se o caminho está certo nessa profissão. Acho que esse seria um olhar externo.

Como foi a experiência em morar no Alabama? O que extraiu dessa vivência e que influenciou na sua vida profissional?

Me influenciou como pessoa. Questionei até se queria mesmo ser ator durante algum tempo, tantas portas se abriram para mim… Eu queria voltar para lá e fazer quatro faculdades: filosofia, história, sociologia e psicologia [Risos.]. Olhando para trás, acho que esse meu entusiasmo adolescente foi uma das coisas mais ingênuas, verdadeiras que vivi. Essa experiência do intercâmbio me ensinou muito sobre a compaixão entre os povos, a empa-tia essencial do ser humano e coisas mais básicas também. Eu aprendi inglês, né? [Risos.]. Fiz teatro na escola, estudei literatu-ra inglesa, Macbeth em inglês. Até hoje eu me lembro de alguns monólogos que eu decorei naquela época. Foi muito precioso.

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O que você mais o atrai na cidade de São Paulo? O que elegeria como a melhor qualidade daqui e por quê?

A melhor coisa de São Paulo, não há dúvida, é o paulistano. É um povo agregador, meio tribal, que gosta de trazer as pessoas para dentro de casa, de cozinhar para os amigos, recebe bem as pessoas de fora. Eu adoro os paulistanos. Sou muito atraído pela efervescên-cia cultural de Sampa, também, é claro. É uma cidade-mundo.

Os vários protagonistas que interpretou fogem do modelo “água com açúcar”. Já viveu um mocinho bipolar, um advogado às voltas com o preconceito racial e o machismo, entre outros. Identificou-se com a história ou a característica de algum deles?

Sempre me doo bastante e acabo me identificando. Mas também gosto muito de ir trabalhando nas diferenças, nos

opostos, acho que é mais complexo. O que eu tenho de simi-lar com eles vai aparecer sem que haja qualquer esforço da minha parte, as diferenças é que vão verticalizar esses per-sonagens, principalmente os mocinhos que, geralmente, são muito planos originalmente.

O que podemos esperar da nova peça que está ensaiando?

Algo que eu nunca fiz. É um tema necessário, complexo e imperativo. A direção é do Ulysses Cruz e ele está pensando tudo como uma instalação artística. Não vamos contar uma narrativa da Segunda Guerra Mundial, vamos fragmentar o fluxo da história à medida que nosso protagonista procura entrar em contato com suas memórias para escrevê-las, e, nisso, mergulhamos na encenação.

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8 ENTREVISTA

10 DECORAÇÃO

Sabe aquela garrafa de vidro de azeite, de vinho ou de qualquer outra bebida que ficou sem utilidade após ter seu conteúdo consumido? E aquela caixa de ovos e as latas de alumínio que estão vazias? Esses objetos são ideais para serem reutilizados, mas em forma de arte! Colocando em prá-tica algumas ideias inusitadas e abusando da criatividade, eles se transformam em peças de decoração, enchendo os lares de personalidade e deixando o ambiente muito mais alegre, colorido e com um toque de sofisticação e delicadeza.

Para compor a sua obra, uma infinidade de materiais pode ser usada. Renda, fiti-nhas, barbante colorido, tinta spray, passa-manaria, renda, tecidos, sisal e o que mais a sua imaginação permitir. A ideia, além de reaproveitar materiais recicláveis, cola-bora com o meio ambiente, já que muito desses objetos, se não tiverem o seu des-carte correto, demoram anos e anos para se decompor. As embalagens PET, por exemplo, demoram cerca de cem anos; o alumínio, de 200 a 500 anos; e um re-cipiente de vidro, cerca de 4 mil anos para se desintegrar pela erosão e pela ação de agentes químicos.

Aproveite então a sua criatividade para transformar esses objetos em peças deco-rativas, de diferentes modelos, cores e es-tampas. Confira as dicas da Viver & Conviver.

Materiais recicláveis podem ser transformados em peças modernas de decoração

ARTESANATO SUSTENTÁVEL

Garrafa de vidro Materiais:

• Garrafa de vidro• Barbante (pode ser colorido)• Cola branca• Tesoura• Flores de plástico

Passo a passo:

Lave bem a garrafa para que não fique nenhuma sujeira. Uma boa dica para que sequem mais rápido é passá-las por água quente depois de lavá-las. Cole a pontinha do barban-te bem perto da base da garrafa. Vá enrolando o barbante na garrafa, colando-o, aos poucos, com a cola branca, para que fique no lugar. Tome cuidado de ir colando o barbante bem coladinho, para que não fiquem espaços livres. Após completar a garrafa com o barbante, deixe que a cola seque bem. Dê o toque final colocando dentro da garrafa as suas flores preferidas.

Luminária com lata de alumínio Materiais:

• Lata de alumínio• Arame• Martelo• Prego grande de aço• Alicate• Velas

Passo a passo:

Retire o rótulo das latas, lave-as e limpe-as bem. Preencha com água o interior e deixe-a no congelador até que a água vire gelo. Esse processo é para não amassar a lata quan-do fizer os furos. Apoie a lata sobre um pano e comece a perfura-la para formar desenhos. Quanto mais furos, mais bonito fica o resultado. Você pode fazer furos aleatórios ou criar desenhos para dar um toque mais especial. Pode ser o desenho de estrelas, lua, flores etc. Faça dois furos nas laterais superiores da lata para passar a alça de arame. Corte o arame no comprimento desejado e passe-os pelos furos feitos nas laterais da lata. Coloque uma vela com o diâmetro grande, daquelas usadas em castiçais, no inte-rior de cada lata. Pendure as luminárias onde achar mais conveniente.

Pisca-pisca com caixa de ovo Materiais:

• Pisca-pisca• Caixa de ovo• Tesoura• Tinta spray (opcional)

Passo a passo:

Peque a caixa de ovos, elimine a tampa e fique somente com a base. Recorte-a de modo que sobre apenas a parte do meio da peça (aquela com “morrinhos” que separam os ovos). Depois, corte entre os “morrinhos”, separando-os. Finalize o trabalho fazendo um pequeno buraco em cima da peça para a passagem da lâmpada. Se quiser, decore as laterais com furinhos ou utilize tinta colorida.

Painel com rolo de papel toalha Materiais:

• Rolos de papel toalha ou de papel higiênico• Cola quente• Tesoura• Cola branca• Caneta• Régua• Tinta spray (opcional)• Miçangas (opcional)

Passo a passo:

Achate os rolos, deixando-os com uma forma oval. Corte-os em tiras de aproximadamente 2,5 centímetros de altura cada. Com o auxílio da caneta e da régua, marque o local do corte, assim evitará que fiquem tortos ou em tamanhos diferentes. Coloque as tiras formando flores de cinco e seis pétalas. Una uma tira à outra utilizando cola quente, com cerca de 1 centímetro do vinco. Após todas as flores prontas, o passo seguinte será uni-las de maneira aleató-ria. Coloque-as sobre uma mesa ou superfície lisa e monte como o painel ficará. Com cola quente, prenda as flores umas às outras. Basta colocá-lo na parede utilizando cola quente, preguinhos ou fira dupla face. Se quiser dar uma cor diferente ao seu painel, pinte os rolos com tinta spray por dentro ou por fora. E, para dar o acabamento final, cole miçangas para imitar o miolo das flores.

Arranjos florais com garrafa PET Materiais:

• Garrafas PET• Cola branca• Cordinha para varal• Pincel• Pistola de cola quente• Passamanaria com a cor e o estilo de sua preferência• Tesoura• Furador de papel• Tecidos variados com tamanho de acordo com o tamanho da garrafa• Flores

Passo a passo:

Corte a garrafa PET ao meio, com a altura que você dese-jar para o vaso. Em seguida, aplique cola branca por toda a garrafa, com o auxílio do pincel. Corte um pedaço de tecido que permita envolver toda a garrafa e encape-a, aplicando novamente a cola branca por todo o tecido com a ajuda do pincel. Logo após, com o furador, faça um furo em cada lado da base da garrafa já encapada com o tecido. Para fi-nalizar a peça, passe a cordinha por um furo, faça dois nós bem firmes, e faça o mesmo do outro lado. Com o auxílio da cola quente, cole a passamanaria ao redor do vaso, em toda a borda, fazendo um belo acabamento na emenda.

12 DECORAÇÃO

O autocuidado permite as descobertas e a adoção de medidas para a prevenção de doenças

SAÚDE DA MULHER:DESCUBRA SEU CORPO

O tempo voa, sobretudo para as mulhe-res, que vivem atarefadas de compromis-sos profissionais, familiares e pessoais. Nessa mesma velocidade vêm o estresse, as horas escassas e as queixas diárias por, muitas vezes, não ter a sensação de dever cumprido. Na correria pelo cumprimento de inúmeras obrigações, dificilmente para-mos para dar atenção aos sinais que o cor-po dá. Aliás, geralmente, só fazemos uma pausa para cuidar da saúde e da mente quando algo vai mal, quando surge alguma dor ou doença.

Conhecer a si mesmo, ter certo do-mínio da saúde e se manter em um es-tado sadio e cheio de vitalidade fazem parte de um processo conhecido como autocuidado. Isso, evidentemente, inclui uma alimentação balanceada, a prática regular de atividade física, o respeito ao organismo em relação aos horários para se alimentar, trabalhar, descansar

e dormir, além da realização de exames periódicos.

Mas será que o corpo dá indícios quando algo vai mal? “Dependendo da faixa etária e do estilo de vida, de um modo geral, podemos dizer que qual-quer sinal ou sintoma diferente do con-siderado habitual merece ser observado e, em caso de limitação das atividades ou dúvidas, a procura por um médico é fundamental”, ressalta o ginecologista Renato de Oliveira.

Quem procura curaA coerência entre corpo e mente man-

tém o equilíbrio saudável de acordo com o estilo de vida de cada pessoa. O que estamos fazendo, então, para manter essa conexão? Independente da idade, em cada fase da vida, é importante que haja o cuidado com a saúde a fim de se-rem evitados fatores que possam causar

prejuízos futuros e permitam que as mu-lheres tenham uma vida e um envelheci-mento saudável. Isso porque, da mesma forma que elas são as únicas a darem a luz, possuem também problemas de saúde típicos da condição feminina.

Embora iniciem cedo as consultas e os exames, elas têm comportamentos bem diferentes em relação aos homens, quando se trata da prevenção de enfer-midades, já que eles costumam prote-lar ao máximo esse momento. “Sem dúvida, as mulheres estão muito mais acostumadas a uma rotina de checkup, pois é comum que na passagem da in-fância para a vida adulta, prossigam os cuidados periódicos com um médico ginecologista. Os homens, por sua vez, também devem ter maior consciência de cuidados preventivos, uma vez que o diagnóstico precoce traz chances muito maiores de tratar os sintomas de uma

14 CUIDE-SE

doença ou retardar sua evolução”, aler-ta o urologista Alfredo Canalini, mem-bro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia.

Em função dos hábitos da vida mo-derna ou até mesmo da predisposição genética, as mulheres são as maiores vítimas de distúrbios femininos em dife-rentes faixas etárias. Fique por dentro de alguns dos principais exames que po-dem ser realizados para o diagnóstico precoce de algumas patologias ou para o autoconhecimento do corpo em todas as fases da vida, desde a infância até a terceira idade.

INFÂNCIA

É nesse momento que começa a pre-venção dos problemas de saúde. O ideal é garantir a visita da menina ao pediatra, pelo menos uma vez ao ano, para revisão.

Foto: pixabay.com

“ “Conhecer a si mesmo, ter certo domínio da

saúde e se manter em um estado sadio e cheio

de vitalidade faz parte de um processo conhecido

como autocuidado

Oftalmológico: Por volta dos 4 anos de idade, recomenda-se fazer a avaliação que identifica possíveis doenças de visão, dentre elas, hipermetropia, astigmatismo, miopia e estrabismo. Quando bebê, ainda na primeira semana de vida, o pediatra realiza o teste do olhinho, também conhecido como Teste do Reflexo Vermelho, com o propósito de pre-venir diversas disfunções oculares.

Audiometria: Indicado para crianças em idade pré-escolar, busca detectar variações da capacidade de percepção auditiva. Por meio de estímulos sonoros, o pediatra analisa o comportamento da criança e identifica variações da audição. No primeiro mês de vida, realiza-se o Teste da Orelhinha, para verificar se o re-cém-nascido ouve normalmente.

Hemograma: Indicado para crianças entre os 2 e 5 anos, avalia as células

vermelhas e brancas e detectam enfer-midades como anemia, infecção bacte-riana ou viral, alergia, baixa imunidade, entre outras.

Teste do Pezinho: Realizado 48 horas após o nascimento do bebê. O sangue do recém-nascido é colhido a partir de um furinho no calcanhar. Detecta distúrbios genéticos que podem se manifestar no futuro, além de verificar a presença de anemia falciforme, hipertireoidismo, mazelas infeciosas, entre outras.

ADOLESCÊNCIA / FASE ADULTA

Cheia de mudanças, nessa etapa da vida, a menina-mulher precisa dar mais atenção ao corpo. É aqui que começam as primei-ras consultas ginecológicas, que devem ser feitas anualmente ou sempre que surgir al-guma dúvida ou sinal de desconforto.

Aos 20 anos ou após a primeira relação sexual, alguns exa-mes devem entrar na lista da rotina feminina. Além disso, qualquer sinal como dores, hemorragias, cólicas fortes, in-chaços, vermelhidão ou cheiro ruim merece atenção.

Papanicolau: Conhecido como preventivo ginecológico ou cito-logia oncótica do colo uterino, é utilizado para verificar infecções e alterações nas células do colo do útero, além de infecções por fungos, herpes e verrugas. O objetivo é prevenir o aparecimento de câncer no colo do útero.

Ultrassom transvaginal: É capaz de detectar problemas gi-necológicos como cistos, miomas e tumores, ovários policís-ticos, além de prevenir o câncer do endométrio e do ovário.

Ultrassom mamário: Avalia as glândulas mamárias e detecta le-sões. Também pode indicar se o nódulo no seio é benigno ou maligno.

Colposcopia: Serve para buscar sinais que podem indicar uma alteração do epitélio ou inflamação, sendo solicitado após um resultado anormal do papanicolau. Pode diagnosti-car HPV, alterações pré-cancerosas do colo uterino, da vulva ou da vagina. Já a Vulvoscopia, que consiste em avaliar as estruturas, a pele e as mucosas do órgão genital feminino, é indicada para complementar a Colposcopia.

A PARTIR DOS 30 ANOS DE IDADE:

Densitometria óssea: Principal elemento de diagnóstico da osteoporose, verifica a possibilidade de futuras fraturas e o nível da patologia.

Cardiológico: A avaliação precoce é importante para mu-lheres com histórico familiar de doenças do coração e para aquelas que não desempenham atividade física intensa.

Mamografia: Para o diagnóstico precoce do câncer de mama, recomenda-se o teste que é o único capaz de identi-ficar microcalcificações. Deve ser realizado anualmente após os 40 anos.

Colonoscopia: Para aquelas mulheres que não pertencem a nenhum grupo de risco ou não tiveram parentes com cân-cer de cólon, devem fazer a primeira colonoscopia a partir dos 50 anos. A principal finalidade é a prevenção e o diag-nóstico do câncer do intestino grosso, a identificação e re-moção de pólipos e a diagnose de colites, ou seja, a inflama-ção do intestino.

TERCEIRA IDADE

Para aquelas que já estão na terceira idade, os cuidados de-vem ser redobrados. “Embora, nos dias atuais, a idade não seja sinônimo de doença, toda queixa deve ser muito bem avaliada, bem como, aspectos relacionados à memória, à depressão, às quedas ou à perda de massa óssea”, ressalta o vice-presiden-te da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, Carlos André Uehara. O checkup contra a osteoporose, a tireoide e a hipertensão arterial deve ser reforçados.

TSH: Indicado para as mulheres acima dos 60 anos, para aque-las que tenham casos de hiper ou hipotireoidismo na família, ou na ocorrência de nódulos no pescoço, cansaço, pelo seca, sensação constante de frio ou de calor, entre outros sintomas.

Laboratoriais: Não diagnosticam a hipertensão arterial, mas são feitos para detectar ou excluir problemas que possam estar causando a patologia. Os exames incluem urinálise, creatinina, cortisol, lipidograma e muito mais. O teste não laboratorial, usa-do com o estetoscópio e um esfigmomanômetro, é uma forma precisa e tradicional para verificar a pressão arterial.

16 CUIDE-SE

Foto: pixabay.com

EXAMES LABORATORIAIS SÃO INDICADOS EM CASOS DE HIPER OU HIPOTIREOIDISMO NA FAMÍLIA.

Decoração retrô, cardápios inovadores e trilhas sonoras memoráveis fazem toda a diferença na hora do sanduíche

HAMBURGUERIAS TEMÁTICAS

Homenagear um artista ou uma era tem sido a grande aposta dos diversos segmentos da gastronomia em São Paulo com a criação dos restaurantes temáticos. As hamburguerias personalizadas, por exemplo, vão muito além da culinária, proporcio-

nando aos clientes uma atmosfera totalmente diferente da realidade ao serem transportados para outra dimensão.

Em São Paulo, essas casas reúnem esportes, filmes, personalidades da música e muito mais. Para Bruno Kobayashi, gerente da lanchonete Zé do Hamburger, “a temática nesses locais atrai os clientes, pois oferece uma experiência diferente e divertida, muito mais do que apenas uma boa refeição”. A revista Viver & Conviver indica cinco lanchonetes para você aproveitar com a

família e os amigos, um ambiente totalmente agradável, moderno e descontraído para comer e beber.

Rock’n’Roll Burger/ Felipe Rau

18 LAZER

Big Kahuna Burger

Todo apaixonado por hambúrgueres e Quentin Tarantino – não necessariamente nessa ordem – deve agendar uma visiti-nha ao local. Logo de cara, é possível ver que a casa, também conhecida como Reino do Bacon, é inspirada no filme Pulp Fiction: tempo de violência, um dos mais célebres do cineasta. Além de receber o mesmo nome da rede de fast-food fictícia do longa, a lanchonete é decorada com itens e pôsteres do fil-me e oferece em seu cardápio uma variedade de lanches que fazem referência à obra cinematográfica, como, por exemplo, o sanduíche Marsellus Wallace e o milk-shake Honey Bunny. Mas quem brilha mesmo no Big Kahuna é o sanduíche Bacon Porn, com hambúrguer 250 gramas, recheado com queijo es-tepe e envolvido em trama de bacon, tomate caqui, picles de pepino, fatias finas de cebola roxa e alface-americana no pão brioche. Tudo isso na boa companhia da maionese da casa. A Big Kahuna Burger já ganhou o prêmio de melhor hambúr-guer de São Paulo pela revista Veja SP Comer e Beber por dois anos consecutivos, 2013 e 2014.

Alameda Lorena, 53 – Jardim Paulista. Tel.: (11) 3051-6268. Horário de funcionamento: de terça a quinta, das 12h às 15h e das 19h às 23h; sexta, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite; sábado, das 13h às 00h; domingo, das 13h às 23h. Às segundas-feiras é fechado.

Rock’n’Roll Burger

Na rua Augusta, ponto de encontro consagrado entre os jovens que curtem rock’n’roll, nada faz mais sentido do que ter uma hamburgueria voltada para o gênero musical. Para um dos sócios da casa, Gabriel Gaiarsa, que também atua com produção de shows de rock e tem o estilo musical na veia, o estilo do local fala com o público com naturalidade. “As pessoas buscam muito mais do que alimentação. Elas desejam uma experiência nova. E isso é possível quando a temática tem a ver com o contexto, para que não fique algo apenas caricato”, destaca.

A Rock’n’Roll Burger reúne lanches exclusivos em home-nagem aos astros do rock e uma trilha sonora totalmente voltada para o gênero dos anos 1950. No cardápio, o carro--chefe é o famoso Fat Elvis, que acompanha duas carnes de blend exclusivo da Rock’n’Roll, bacon, cheddar, queijo prato, alface, tomate e maionese. Outra novidade que atrai os ba-ladeiros do local é a máquina de pinball que homenageia a banda Metallica. Na trilha sonora constam 12 clássicos do grupo, entre elas, “One” e “Master of Puppets”.

Rua Augusta, 538 – Consolação. Tel.: (11) 3255-0351. Horário de funcionamento: de terça a quinta, das 12h à 1h; sexta e sábado, das 12h às 5h; domingo, das 12h à meia-noite.

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Jedi’s Burger

Os fãs da saga Star Wars podem reviver as grandes aventuras da série escrita por George Lucas. Na Chácara Santo Antônio, a hamburgueria é toda decorada com objetos, cartazes e pôsteres da série. O som ambiente é composto pela trilha sonora dos filmes, gravuras simulam janelas para o espaço com naves batalhando, luzes coloridas lembram os famosos sabres jedi e até os lanches homenageiam os principais personagens. O sanduíche Pic Darth Vader, inspirado no vilão da saga, é o mais pedido da casa. Servi-do em um pão preto, acompanha hambúrguer de picanha, queijo, alface, cebola e molho especial. A ideia de abrir a lanchonete te-mática partiu do empresário Robson Perez, que desde o começo do projeto queria que o ambiente se parecesse com uma nave espacial, como a Millenium Falcon, comandada por Han Solo. Nas portas dos toaletes constam fotos de Luke Skywalker e da princesa Leia Organa, além de um Darth Vader gigante na parede com um sensor de movimento que faz seus olhos acenderem.

Rua Verbo Divino, 1.194 – Chácara Santo Antônio (próximo à es-tação Granja Julieta). Tels.: (11) 2387-2552 / 2387-2553. Horário de funcionamento: de segunda a domingo, das 11h à meia-noite.

Garage Burger

Os apaixonados por carros podem degustar uma variedade de sabores de hambúrgueres no melhor estilo automobilístico. Nas unidades Anália Franco e na Vila Prudente o estilo rústico-chique remete a uma garagem com calhas aparentes e detalhes em alumínio. Sobre um legítimo balcão de oficina me-cânica, está um revisteiro à disposição dos clientes com mais de 400 títulos, dentre os quais os primei-ros números da Quatro Rodas e da Auto Esporte, dos anos 1960, e títulos estrangeiros, como Quatro Ruotte e Autosprint.

Há também curiosidades como uma lendária moto BSA original, de 1938, um kart, de 1960, um macacão utilizado por Emerson Fittipaldi, flipera-mas com simuladores de carros e telas de LCD transmitindo as principais corridas e competições ao redor do mundo. O cardápio conta com os mais tradicionais sandubas, sendo o Garage Burger o mais pedido pelos clientes.

É composto por hambúrguer de picanha 200 gramas, muçarela de búfala, tomate seco, rúcula, maionese da casa e acompanha um crocante pão ciabata redondo. Segundo Beto Giorgi, piloto e um dos sócios das casas, a abertura da primeira uni-dade foi em um tradicional reduto de revenda de automóveis e concessionárias. “O empreendimen-to logo conquistou os amantes da velocidade, os gourmets e os executivos da região.”

Rua Emilia Marengo, 870 – Jardim Anália Franco. Tel.: (11) 2268-0807. Horário de funcionamento: de domingo a quinta, das 12h à meia-noite; sextas e sábados, das 12h às 2h. Rua Américo Vespucci, 1.200 – Vila Prudente. Tel.: (11) 2274-6968. Horário de funcionamento: de domingo a quinta, das 12h à meia-noite; sextas e sábados, das 12h às 2h.

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Zé do Hamburger

De volta aos anos 1950! A casa tornou-se sucesso na cidade com uma ambientação vintage e rica em detalhes que remetem os clientes aos saudosos anos dourados. Você vai se sentir de volta aos Tempos da brilhantina, como em uma viagem no tempo, que começa ao passar pela porta de entrada. Na TV, filmes de época; na jukebox, muita música e rock’n’roll; e ícones da cultura pop americana, como o astro James Dean. Some a isso o piso quadriculado preto e branco, uma lambreta, quadros e flâmulas, além de outros objetos de época relacionados aos anos dourados. Na filial da rua Itapicuru, há uma mesa dentro da réplica de um famoso Ford 1951. “A mesa é disputadíssima, principalmente pelos mais jovens e pelas crianças. É uma das grandes atrações da casa. Os mais velhos também gostam bastante, pois muitos viram carros como esses nas ruas. Isso, com certeza, torna o ambiente e a refeição mais divertida e agradável”, exalta o gerente do Zé do Hamburger, Bruno Kobayashi. Dos lan-ches, os mais pedidos são o Zé Burger, com hamburgúer picanha 150 gramas, cheddar, cebola crua, alface, tomate e maionese artesanal; e o Diner Burger, que acompanha hambúrguer de picanha 150 gramas, alface, tomate, bacon, molho de queijo, barbecue e onion rings.

Rua Itapicuru, 419 – Perdizes. Tel.: (11) 3868-4884. Horário de funcionamento: de domingo a quinta, das 12h à 1h; sextas, sábados e vésperas de feriado, das 12h às 4h.

Garage Burger

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SAINDO UM

22 GASTRONOMIA

A rodela de carne moída entre duas metades de pão re-dondo e demais acompanhamentos teve seu surgimento no século 19, nos Estados Unidos. Sua evolução e popularidade conquistaram tantos adeptos que, atualmente, é comum en-contrá-los em todos os tipos, para todos os gostos. Por isso, encaixar na dieta aquele irresistível hambúrguer já não é mais algo impossível.

Existe uma variedade de alternativas naturebas para man-ter essa guloseima por perto e comê-la sem culpa nenhuma. Uma receita fácil e bem levinha é o hambúrguer de verdura. Além de ser uma opção mais saudável e menos calórica, é uma boa pedida para não ter que resistir à tentação.

Confira como fazer o seu e aproveite essa delícia!

HAMBÚRGUER DE VERDURA

Ingredientes para 4 hambúrgueres: * 200 gramas de batata* 150 gramas de cenoura* 50 gramas de abobrinha* Azeite de oliva extravirgem* Alecrim picado* Farinha de rosca* Sal e pimenta* Açafrão

Modo de preparo:As verduras na preparação desse hambúrguer podem ser cozidas na água, em uma panela tampada com uma colher de sopa de azeite de oliva, por cerca de 20 mi-nutos, em fogo bem baixo ou no vapor até que estejam bem macias. Com a ajuda de um espremedor de bata-tas ou com um garfo, faça um purê com cada um deles e, em seguida, misture-os em uma tigela, adicione uma colher de chá de açafrão e uma colher de sopa de ale-crim picado e, se precisar, farinha de rosca para obter um composto mais consistente. Antes de formar o seu hambúrguer com as mãos, adicione sal e pimenta. Passe cada um deles em óleo e farinha de rosca e leve ao forno a 180 °C por 20 minutos.

VEGGIEBURGUER!Legumes e vegetais entraram de vez para o rol dos ingredientes da iguaria que conquistou o mundo

Divulgação

Foto de Waldemar Niclevicz

Travessia na Cordilheira de Apolobamba

24 TURISMO

Praticado na natureza, o trekking proporciona uma perfeita e emocionante interação com o meio ambiente

TRILHAS PELO

MUNDOOs primeiros passos da engenheira de computação Isaura Moura, em

trekkings, foi há três anos. A primeira experiência foi com o irmão Jorge, no Pico das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Em meio a tantas histórias pelos caminhos percorridos, Isaura guarda na memória a adrenalina pura ao viver, em março deste ano, uma aventura na Serra do Japi, em Jundiaí, São Paulo.

Na companhia de uma amiga, a engenheira fez uma trilha de bike. “O dia estava perfeito e tudo estava transcorrendo bem. Tivemos a oportunidade de ver belezas naturais inigualáveis, cachoeiras, morros e uma fauna e flora fas-cinantes. A trilha foi repleta de emoção, cansaço e desafios, como toda deve ser. Foi então que, em um determinado momento, em uma descida, perdi o freio da bicicleta. Foram alguns segundos de desespero, mas a organização do evento notou o que estava acontecendo e abriu espaço para eu finalizar a descida e perder a velocidade. Fui muito bem assistida por eles e pelo meu

anjo da guarda que fez com que todas as pedras virassem algodão, evitando uma queda. Finalizei a trilha comovida e faria tudo outra vez!”, relembra.

Aventuras como essa, das mais previstas às mais inesperadas, são vividas por milhares de pessoas em todo o planeta. Além disso, histórias para contar as belezas naturais apreciadas jamais podem ficar de fora do pacote. No Brasil e no mundo, as trilhas surgiram por uma simples necessidade de deslocamento. Mas,

ao longo dos anos, passaram a ser um novo meio de contato com a natureza. Com isso, o trekking, ou a caminhada, como também podemos chamar, conquis-tou um grande número de adeptos que percorrem longas distâncias e enfrentam

inúmeros desafios e obstáculos durante horas ou dias.

Por ser uma das atividades mais seguras ao ar livre, o trekking pode ser praticado por qualquer pessoa, desde que em uma condição física saudável. Dentre os mais variados tipos estão os trekkings de um dia, com um percurso de cerca de 10 quilômetros; os de longa distância, que podem durar vários dias e o objetivo fi-nal é atingir o local proposto; os de regularidade, que tem um caráter mais competitivo e um percurso não conhecido pelos participantes; e os trekkings de ve-locidade, que também são competitivos, mas exigem que os participantes terminem o percurso no menor tempo possível, utilizando os caminhos que melhor se adaptarem.

O esporte, em geral, do ponto de vista financeiro, é mui-to acessível, pois são poucos equipamentos necessários para a sua prática. Para quem vai trilhar pela primeira vez é válido contar com uma agência especializada ou algum grupo organizado, como os clubes excursionistas.

Assim será possível avaliar a forma correta e segura do seu ritmo, de suas necessidades e dificuldades em uma trilha. Vale a pena também ficar atento ao tempo para evitar imprevistos como chuvas, tempestades ou quedas de temperaturas bruscas. Quem passou por uma expe-riência nesse sentido sabe muito bem que o percurso pode ser tornar arriscado. Em Paranapiacaba (SP), o contador Flavio Pereira enfrentou uma forte chuva no caminho. “Apesar de emocionante, a trilha ficou muito mais difícil e tivemos que nos superar para concluí-la. O principal obstáculo foi a lama, pois o percurso era todo de barro. O cansaço foi intenso, mas conseguimos voltar ilesos, sem nenhum problema”, comenta.

O Brasil é um local privilegiado para a atividade, pois exis-tem trilhas espalhadas em todas as regiões com inigualável beleza de chapadas, montanhas, praias ou planaltos. Confi-ra algumas dicas da Viver & Conviver para lançar-se ao ar livre e viver grandes aventuras mundo afora.

26 TURISMO

Monte Roraima:

A montanha fica localizada na América do Sul, na tríplice frontei-ra entre Brasil, Venezuela e Guiana Inglesa. Constitui um tepui, ou seja, um tipo de monte em formato de mesa e que é muito característico do Planalto das Guianas. Foi esca-lado pela primeira vez em 1884 e, com o desenvolvimento da região, sobretudo após a década de 1980, tornou-se um dos destinos mais po-pulares para quem pratica trekking. Além de desafiador, o local propor-ciona uma vista exótica, grandiosa e primitiva. É considerado uma espé-

“ “No Brasil e no mundo, as trilhas

surgiram por uma simples

necessidade de deslocamento.

Mas, ao longo dos anos,

passaram a ser um novo meio

de contato com a natureza

Foto:ShutterStock

cie de elo perdido e um dos lugares mais antigos do planeta, pois já era antigo ainda na época dos dinossau-ros. Possui 2.875 metros de altitu-de e é um dos pontos mais altos do nosso país. O trajeto mais utilizado é pelo lado sul da montanha, por meio de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. Por outros pontos, a escalada exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.

Cordilheira de Apolobamba:

Na fronteira do Peru com a Bo-lívia, a cadeia montanhosa dos

Andes integra os picos Chaupi Orco, Cololo, Palomani Grande, Nubi, Canisaya, Montserrat Nor-te, Cuchillo, Katantica Central, As-carani e Akamani. Foi explorada pela primeira vez durante o ano de 1911 por uma expedição orga-nizada pela Royal Geographic So-ciety. Nessa trilha estão algumas das paisagens mais fascinantes de todos os Andes, com montanhas nevadas gigantescas e uma infi-nidade de subidas e descidas. O trekking possui mais de 100 quilô-metros, sendo essencial uma acli-matação de três dias. A travessia completa é feita em cinco dias.

Monte Roraima

Foto: FTB Media Center

Serra Fina

Serra Fina:

A serra marca a divisa dos estados de São Paulo, Mi-nas Gerais e Rio de Janeiro e é descrita por aventu-reiros como uma das travessias mais duras do país. Possui um dos maiores desníveis topográficos do ter-ritório brasileiro, faz parte da Serra da Mantiqueira e tem como vizinhos o Maciço de Itatiaia, onde se situam o Parque Nacional de Itatiaia e o Pico das Agulhas Ne-gras. São mais de 2.200 metros da base da serra no lado paulista ao topo da Pedra da Mina. Para quem já é mais experiente, pode ser um desafio interessante fa-zer a trilha de forma autônoma. Porém, fazer sozinho, só para quem é muito experiente, tem total noção dos riscos envolvidos e é capaz de lidar com eles. Embora seja uma travessia difícil, com fortes exigências física e técnica, o número de pessoas no local pode ser gran-de, principalmente nos feriados do inverno.

Overland Track:

Esta é a trilha mais famosa de toda a Austrália e fica situada no Parque Nacional de Cradle Mountain, na Tas-mânia. É também conhecida como a trilha que todo aus-traliano promete percorrer pelo menos uma vez na vida.

Para fazer a caminhada completa, é preciso um bom pla-nejamento, pois será necessário fazer reserva no Parks & Wildlife Service da Tasmânia, além de levar barraca de acampamento e saco quente de dormir, pois embora a rota possua oito cabanas básicas com aquecedor, não há garantia de espaço. O melhor período para fazer a trilha é de novembro a abril, quando o clima é mais ameno e os dias são mais longos com o horário de verão. São seis dias de caminhada em uma distância de aproximadamente 65 quilômetros. Pelo caminho os aventureiros encontram la-gos, florestas, gargantas, montanhas, pântanos, cachoei-ras e picos íngremes e rochosos.

Overland Track

28 TURISMO

30 CULTURA

PARA OS MUSEUSOs detalhes do início do futebol no Brasil contados por meio de livros,

relíquias e painéis dos museus da capital paulistana

Uma parte da cultura do país está presente nos gra-mados, em taças e dribles, em títulos de campeonatos ou nos feitos dos grandes craques da bola. O futebol é, sim, uma das maiores manifestações culturais brasileiras. E o paulista também faz parte disso. Afinal, a presença do esporte no cotidiano pode ser notada nos estádios, nos bares sempre lotados em dias de jogos, nas discussões acirradas entre os torcedores ou nos pés das crianças brincando nas ruas.

A paixão pelo esporte teve início em 1894, quando o bra-sileiro Charles Miller retornou da Inglaterra – terra natal

do futebol – e trouxe consigo uma bola, um uniforme, um par de chuteiras e um livro de regras. Ele as levou à co-munidade de expatriados britânicos, apresentou o futebol e ajudou a criar o time do São Paulo Athletic Club (Spac) e a Liga Paulista de Futebol, a primeira do esporte no Brasil.

Desde aquela época foram registrados inúmeros mo-mentos e que até hoje estão eternizados nas mentes, nos livros, no cinema e nos jornais. Então, que tal desvendar um pouquinho de toda a riqueza da história do futebol paulistano pelos museus da cidade, além das curiosidades do esporte no Brasil?

DOS GRAMADOS

Museu do Futebol - Sala das Copas do Mundo

Museu da Federação Paulista de Futebol

No quinto andar do prédio da Federação Paulista, na Bar-ra Funda, está o Museu Paulo Machado de Carvalho e a va-riedade de relíquias da entidade que organiza o Campeonato Paulista – a competição mais antiga do futebol brasileiro, rea-lizada desde 1902.

O acervo reúne lembranças e peças como as bolas das fi-nais da Copa do Mundo de 1958 (Brasil 5 x 2 Suécia) e 1962 (Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia); uma réplica da Taça Jules Ri-met, que foi a primeira da Copa do Mundo, cuja original foi conquistada pelo Brasil no Tricampeonato no México e já não existe mais; e a camisa azul que foi usada pelo jogador Didi, na final do Mundial da Suécia, competição da qual foi eleito o melhor jogador.

O tamanho do acervo não é exato, pois, frequentemente, o museu recebe doações. Além disso, todos os anos, na final do Campeonato Paulista, as bolas são recuperadas e colocadas em exposição. Documentos, livros e jornais presentes no lo-cal também retratam a história do futebol. “Nos preocupamos em manter, recolher e preservar materiais sobre a modali-dade, principalmente do estado de São Paulo. Aqui é possível encontrar bastante informação, tanto para os apaixonados pelo esporte quanto para os estudantes, que vêm em busca de material para a realização de trabalhos acadêmicos”, de-clara Rubens Ribeiro, responsável pelo Museu da Federação Paulista de Futebol.

Rua Federação Paulista de Futebol, 55 – Barra Funda. Tel.: (11) 2189-7000. Segunda a sexta, das 10h às 19h (as visitas são gra-tuitas e devem ser agendadas. O museu só funciona até as 18h).

Museu do Futebol

O mais tradicional estádio paulistano, o Pacaembu, sedia, desde 2008, o Museu do Futebol. Localizado logo abaixo das arquibanca-das, o espaço dedica-se a contar a história do futebol como parte da vida dos brasileiros de forma totalmente interativa. Instalado em uma área de 6.900 metros quadrados e ocupando três andares do Pacaembu, o museu reproduz a história do esporte como em uma cápsula do tempo. No primeiro eixo, fala-se do esporte a partir da emoção que ele desperta; no segundo, o eixo história, são mais de mil fotografias e 21 vídeos que retratam a trajetória do futebol bra-sileiro; e no último eixo, o destaque é o futebol como jogo, brinca-deira, rivalidade entre as torcidas e atividade lúdica. Cada sala deixa aparente a estrutura de concreto do teto, que são as arquibancadas, e conta com um acervo que transmite ao visitante uma experiên-cia emocionante, histórica e divertida. A exposição de longa duração ocupa 15 salas, com 1.500 imagens e 5 horas de vídeos.

A Sala das Origens conta a história do futebol no Brasil; a Sala das Copas do Mundo traz vídeos, imagens e recortes de jornais sobre os mais importantes campeonatos de futebol; a camisa 10, usada por Pelé na copa de 1970, possui um lugar de honra no museu; a Sala dos Números e Curiosidades reúne cerca de cem painéis e vídeos com estatísticas do esporte, além de apelidos estranhos dos jogado-res e hinos dos clubes brasileiros; e a Sala Jogo de Corpo, oferece ao visitante a chance de fazer um gol contra um goleiro virtual e saber a velocidade que a bola atinge. O passeio termina na Sala Pacaembu, que celebra o estádio, um dos mais antigos do país.

Estádio do Pacaembu, praça Charles Miller, s/n. Tel.: (11) 3664-3848. Terça a domingo, das 9h às 17h, com permanência até as 18h. O ingresso custa R$ 6, com direito a meia-entrada para estudantes, idosos e professores. A entrada é gratuita aos sá-bados e para pessoas com deficiência.

32 CULTURA

Centro Histórico e Cultural da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Na vanguarda das universidades que se destacaram no futebol brasileiro está a Mackenzie. No Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM) é possível conhecer as memó-rias que fizeram parte da instituição e sobre a fundação, em 1898, da Associação Atlética Mackenzie College, a primeira equipe criada por brasileiros para praticar futebol. Na aber-tura do Campeonato Paulista de 1902, o time foi o vencedor do primeiro jogo oficial da história do futebol paulista, contra o Clube Germânia, atual Esporte Clube Pinheiros. Em 1920 houve, então, a união do Mackenzie com a Associação Portu-guesa de Desportos, o que deu origem ao Mack-Port. A nova equipe durou três anos. Foi quando a Portuguesa desligou--se do parceiro e o Mackenzie deu por encerrada as ativida-des em campo. De acordo com Luciene Aranha, curadora do CHCM, na exposição Isto é Mackenzie! há uma vitrine sobre o futebol. “Temos uma mostra permanente falando sobre a história do Mackenzie e, em efemérides anuais, realizamos

exposições temáticas. Já tivemos uma exibição sobre fu-tebol e basquete e outra específica sobre futebol durante a Copa do Mundo, realizada no país, no ano passado.”

Rua Maria Antônia, 307 – Prédio 1 – Higienópolis. Tel.: (11) 2114-8661. Segunda a sexta, das 10h às 21h. Sábado, das 10h às 16h.

ponsabilizando moradores (definidos na lei como pessoas físicas) a separarem e acondicionarem corretamen-te seus resíduos. E o condomínio (definido na lei como pessoa jurídica) tem a obrigação de implantar o sistema de coleta seletiva para garantir a destinação correta de todos os resíduos gerados, não só nas residências, mas em toda a área do condomínio.

A seguir, um passo a passo para ajudar os condomínios a implantarem o Sistema de Coleta Seletiva:

Passo 1 – Levar o assunto para o conselho, assembleia ou administradora (a depender de cada condomínio), para que seja aprovada a implantação do sistema;

Passo 2 – Fazer um diagnóstico do condomínio, avaliando as condições que dispõe para receber o novo sistema (espaços para colocação dos coletores, para armazenamento dos resíduos, fluxo dos resíduos etc.);

Passo 3 – Implantar o Sistema de Coleta Seletiva propriamente dito.

Alguns pontos importantes para a implantação correta desse sistema:

1. Separação dos resíduos – A separação (ou segregação) dever ser feita tanto dos resíduos comuns (reciclá-veis, orgânicos e rejeitos) quanto dos diferenciados (óleo de cozinha, pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes).

2. Armazenamento dos resíduos – O armazenamento deve ser feito em coletores apropriados, colocados em locais permitidos pelo corpo de bombeiros. O local deverá ser coberto e arejado, para evitar a proliferação de vetores;

3. Destinação dos resíduos – Os resíduos devem ser disponibilizados separadamente (recicláveis devem estar separados dos não recicláveis) para a coleta da prefeitura. Para confirmar se o condomínio já está con-templado na coleta dos recicláveis, verifique no site da concessionária de limpeza (em São Paulo temos dois – Loga e Ecourbis). Caso o condomínio ainda não possua esta coleta de recicláveis, os mesmos devem ser encaminhados aos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), espalhados pela cidade.

4. Comunicação/Educação – Para garantir o efetivo funcionamento do sistema, é extremamente importante duas coisas: comunicar bem e educar. A boa comunicação acontece por meio de placas, adesivos, folders etc. E a educação acontece por meio de treinamentos (para os funcionários da limpeza e funcionárias domésticas) e palestras ou vídeos para os moradores.

Adriana Jazzar

Geógrafa com MBA em gestão ambiental e mestre em tecnologia ambiental pelo IPT (Ins-tituto de Pesquisas Tec-nológicas). Especializada em gerenciamento de resíduos sólidos e gestão para a sustentabilidade, dá aulas e palestras sobre o assunto e atua na consultoria Ecoação.

Mais informações: adriana.jazzar@ecoacao.eco.br

Foto: Adriana Barros

Quando pensamos em sustentabilidade em condomínios, os primeiros assuntos que surgem à cabeça são: uso racional da água e da energia. Mas a sustentabilidade vai muito além desses assuntos. Um condomínio que busca a sustentabilidade, precisa in-cluir, além desses assuntos já mencionados, outros, tais como: uso de materiais, ilumi-nação e gerenciamento de resíduos sólidos. A sustentabilidade surge da necessidade de utilizarmos os recursos naturais de forma mais responsável, com menos impactos ambientais e sociais, garantindo, assim, que as gerações futuras possam ter acesso aos recursos da mesma maneira que as gerações presentes. Nesta matéria, focaremos no último assunto mencionado, o gerenciamento de resíduos sólidos em condomínios.

Com a aprovação da nova lei de resíduos sólidos, a Política Nacional de Resíduos Só-lidos (PNRS) – Lei 12.305/2010, todos os condomínios e os seus moradores passaram a ter a responsabilidade sobre seu lixo gerado. A nova lei traz algumas mudanças, res-

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34 ARTIGO

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