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Ano III Número 10 GRAICHE 3

E D I T O R I A L

Presidente:José Roberto Graiche

EXPEDIENTEJornalista responsável:

Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771)Produção Gráfica:

Décio SonciniFYI Comunicações

R. Helena, 280 – Conj. 712Tel.: (11) 3525-7407

[email protected]

VIVER & CONVIVERTiragem 20.000 exemplares

Grupo GraicheRua Treze de Maio, 19541º, 2º, 3º e 4º andares

CEP: 01327-002 – São [email protected]@graiche.com.br

Tel.: +55 (11) 3145-1322

Eu me lembro bem quando, no ano passado, fazí-amos votos, neste mes-

mo espaço, de que 2009 preci-sava ser um ano promissor, de-pois da surpreendente revira-volta na economia mundial,provocada, entre outros fato-res, pelo especulativo merca-do imobiliário norte-americanoe inesperadas fraudes.

E, passados 365 dias daque-la data, torna-se interessante aanálise de alguns fatos, previ-sões ou confirmações de tudoo que foi dito sobre o futuro.Ninguém poderia, por exem-plo, esperar que justo o presi-dente da bolsa de valores deNova Iorque, Nasdaq (NationalAssociation for Securities DealersAutomated Quotation), BernardMadoff, fosse dar o maior des-falque da história econômica

americana, passando a mão emUS$65 bilhões. Lá, como a Jus-tiça é rápida, ele foi condenadoa 150 anos e com bom ou maucomportamento, terminaráseus dias atrás das grades.

Também não imaginávamosque o presidente Lula teria ra-zão ao dizer que o “tsunami”internacional, no Brasil, seriaapenas uma “marolinha”; queemprestaríamos US$10 bilhõesao FMI; que passaríamos a serdonos de gigantescas reservaspetrolíferas localizadas no pré-sal do litoral brasileiro; que pro-moveríamos a Copa do Mundode 2014 e que seríamos esco-lhidos para sediar os JogosOlímpicos de 2016.

O que podemos dizer emrelação aos nossos votos deque 2009 precisava ser um anopromissor? Parece que fomosatendidos e que vamos ser,pelo menos do ponto de vistada economia internacional, aoitava, a sétima, a sexta ou tal-

vez a quinta economia mundi-al, em 5 anos.

As perspectivas são boaspara todos nós, brasileiros dasmais diversas classes sociais,pois, estamos gastando mais,comendo melhor, elevandonosso padrão de moradia, nos-sa idade média de vida já estáacima dos 70 anos, o númerode analfabetos está caindo, asaúde pública vem progredin-do e cada vez mais o brasileiroestá conseguindo seu lar, docelar, ou pelo menos seu automó-vel. Alguém imaginaria há algumtempo atrás que a indústria au-tomobilística nacional estariaproduzindo e vendendo tanto,a ponto de ajudar as matrizesamericanas a sair da crise?

Sem medo de errar pode-mos dizer que teremos um fe-liz e farto Natal, abrindo as por-tas para um próspero e espe-rançoso Ano Novo. Ao dizeradeus a 2009 que se acaba saú-do 2010 que vai começar formu-

lando votos de duradoura felici-dade de sonhos realizados, so-nhos regados por muita saúde,no aconchego de suas famílias.

José Roberto GraichePresidente

FELIZ NATAL

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4 GRAICHE Ano III Número 10

E N T R E V I S T A

Uma temporada de Cauby Peixoto que começou em 2004 e que não tem data paraterminar. Todas as segundas-feiras, os 260 lugares do Bar Brahma continuam ocupados.

Cauby Peixoto já fez 40, 50, 60 anos ou mais, pouco importa, para este aquariano nascido em Niterói, filho demúsicos que tocavam violão (Cadete) e bandolim (Alyce), sobrinho de pianista (Nono), primo de grandecantor (Ciro Monteiro). De quebra, Cauby foi irmão do excelente pianista Moacir e o simpaticíssimo

pistonista, Araquém (todos os nomes tirados do romance Iracema de José de Alencar).Começou sua vida cantando no coral do colégio salesiano e no programa de calouros da antiga Rádio Tupi (1949).

Depois de tentar a vida no Rio, mudou-se em 52 para São Paulo fazendo temporadas nas boates Oásis e Arpege e naRádio Excelsior. Em 54 voltou para o Rio cantando ao lado de Emilinha Borba e Orlando Silva na Rádio Nacional. Empouco tempo, tornou-se ídolo, de roupas extravagantes e com trinados na voz, moldando um tipo diferente decantor. Aliás, sua voz é como se fosse uma entidade à parte, que Cauby, com raro brilho, coloca para fora de seusprivilegiados pulmões.

Seu primeiro grande sucesso foi o “fox” “Blue Gardenia”. Em 56, gravou seu maior “hit”, Conceição. Depois deaparecer na revista “Time”, foi convidado para fazer uma excursão aos EUA, gravando com a orquestra de PaulWeston. Também gravou em inglês, Maracangalha, que recebeu o titulo de “I Go”. Em 1970, venceu o Festival de SanRemo, na Itália, com “Zíngara”. Sua carreira estava fadada a atingir o sucesso que até hoje o mantém como a voz maisbonita do Brasil, como a seguir contamos, nesta entrevista para Viver&Conviver.

V&C – Como é Cauby Peixotofora dos palcos?CP – Sou uma pessoa acessível, sim-ples, disciplinada, carinhosa, de hábitosmodestos. Apesar de nascido emNiterói, sempre me identifiquei muitocom São Paulo. Quando vim aqui pelaprimeira vez, me impressionei com suagrandiosidade, seu estilo de vida, com opaulistano. Fiquei até um poucointimidado com a imponência dacidade. Abandonei minhas roupassimples e parti para os modelosextravagantes. Às vezes, estou vestidocom uma roupa sofisticada, mas nofundo sou uma pessoa simples. Quan-do me apresento no palco, procuro,naturalmente, colocar roupas bonitas.Agora, fora dele, o chinelinho e opijaminha são básicos...”

V&C – Seu público acredita quese tivesse permanecido nos

Estados Unidos seu nome esta-ria, hoje, no mesmo nível dosgrandes cantores americanos.Arrependeu-se em voltar?

CP – Devia ter ficado por lá, depoisde temporadas tão bem sucedidasnos Estados Unidos. Não me esque-ço daqueles tempos e do encontrocom ídolos do porte de Nat KingCole e Frank Sinatra. Acho que teriasucesso, apesar das diferenças entremim e eles. Canto diferente eprocuro sempre buscar uma inter-pretação própria.

V&C – Como surgiu a idéia degravar Roberto Carlos, de quemvocê se confessa fã? Como vocêescolheu as músicas deste seunovo álbum?CP – Em primeiro lugar, preciso meidentificar com a melodia e com oconteúdo de seus versos, para que ainterpretação se torne harmoniosa. Se

4 GRAICHE Ano III Número 9

CAUBY PEIXOTO,HÁ MAIS DE 60 ANOS OS PALCOS DO MUNDO

ESTÃO ABERTOS PARA A MAIOR VOZ DO BRASIL

...sua voz é comose fosse uma entidade

à parte, que Cauby,com raro brilho,

coloca para fora deseus privilegiados

pulmões...

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Ano III Número 10 GRAICHE 5

bem que, no fundo mesmo, tudodepende da sensibilidade, da formacomo ela vai repercutir junto ao públicoe não em relação aos sentimentos dointérprete. É sempre bomcantar os problemas da vida,o amor, o ciúme, a paixão,como as situações que osautores, Roberto e Erasmo,conceberam.

V&C – Sendo RobertoCarlos quem é, comoforam os entendimentospara que você fosseautorizado a gravar essenovo álbum?CP – Normalmente,Roberto autoriza apenasErasmo Carlos gravar suasmúsicas. Uma exceçãoaconteceu em 1993 quandoMaria Bethânia lançou oálbum “As Canções quevocê fez prá Mim”. Quandodecidi gravar Roberto, oprodutor Thiago MarquesLuiz procurou RobertoCarlos para conseguirliberação. E, quando ele soube quegostaria de gravar suas composições,autorizou rapidamente. O Rei fezapenas dois pedidos: que gravasse amelodia “Olha” (no lugar de “Vocênão Sabe”) e trocasse o nome doálbum “Cauby canta Roberto” para“Cauby interpreta Roberto”.

V&C – E qual foi sua reação aoreceber o sim e os dois pedidos?CP – O Roberto é uma criaturaboníssima, sensata, e sou seu fãcomo cantor e pessoa. Entendi eatendi seus pedidos no ato. Para ele,Cauby é intérprete. Por essa razão,ficou melhor Cauby interpreta doque Cauby canta.

V&C – Você é muito exigentequando analisa seu trabalho?CP – Sou cuidadoso ao extremo,tenho um passado a zelar. Neste

novo álbum, minha responsabili-dade tornou-se dupla: o compro-misso do intérprete e meu res-peito em relação ao repertório de

Roberto Carlos. As melodiasgravadas foram “Sentado à Beirado Caminho”, “Não se esqueçade mim”, “De Tanto Amor”, “A

Volta”, “As Flores doJardim da Nossa Casa”,“À Distância’, “Proposta”,“Olha”, “Os Seus Bo-tões”, “O Show Já Termi-nou”, “Música Suave” e“Desabafo”. Eu me preo-cupo muito com o resul-tado e é fundamentalaprovar o trabalho reali-zado. Julgo a voz, osgraves, a modulação, adicção, a impostação, aemoção...

V&C – Você continuasendo um intérpretedisciplinado, cuidadoso,intransigente com suainterpretação?CP – O fato de ser profis-sional há tantos anos nãosignifica que possa descui-dar da minha voz. Gravomeus shows, analiso o

resultado e ao ouvir minhas inter-pretações, sei que pontos possoalterar ou melhorar. Como disse,por ser uma pessoa muito simples,de hábitos modestos, por nãofumar nem beber, tenho tranqüili-dade para decidir os caminhos aserem seguidos.

Cauby Peixoto já é personagemde um livro biográfico, “Bastido-res”, escrito pelo pesquisador,Rodrigo Faour. Deverá ser tambémo centro de um filmedocumentário, de Nelson Hoineff,“Cauby – Começaria Tudo OutraVez”. E é assessorado em seutrabalho e na divulgação, comgrande eficiência, por Nancy Lara.

...gravo meusshows, analiso o

resultado e ao ouvirminhas interpretações,

sei que pontosposso alterar ou

melhorar...

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6 GRAICHE Ano III Número 10

I N F Â N C I A

Antigamente, as crianças tinham pou-co acesso a brinquedos prontoscomo hoje, razão pela qual podiam

usar muito mais suas imaginação e criatividadepara produzir, por exemplo, caminhõezinhos(feitos de caixa de fósforo e rodinhas comtampinha de guaraná) e telefones (com duaslatinhas de ervilha, furadas no meio, para pas-sar um barbante, e falar com o amigo, a al-guns metros de distância). Com certeza, sa-biam brincar muito mais, não ficando estáti-cas frente à TV ou videogames.

E tudo começava na escola. Eram en-sinadas a usar madeiras para fazer carri-nhos ou barquinhos, barbantes para ces-tas, pedras para brincar de Amarelinha,fazer “birocas” no chão de terra para jo-gar bolinha de gude. Sabiam rodar pião,empinar papagaio, brincar de pique, ca-bra cega, passa anel ou cantar cantigas deroda. Tudo era muito divertido, especial-mente nas brincadeiras no fim da tarde,quando, sob a luz amarelada das ruas, cor-riam à vontade e seguras.

A criança de hoje, comparada com ade ontem, perdeu muito. Com a televisão,a publicidade maciça, vieram os brinque-dos automáticos, elétricos, de tração, quenão precisam nenhum empenho para fa-zer prodígios. E isto deve servir de adver-tência: não se pode esquecer das brinca-deiras do passado, como Cinco Marias (5saquinhos de estopa com areia e pedrinhas.A criança segurava um dos saquinhos namão, jogava para o alto e pegava um dos 4saquinho do chão. A idéia era repetir o ges-to até ficar com todos os 5 saquinhos. A

segunda fase a criança deveria pegar duaspedrinhas de uma vez; na terceira vez e naúltima, jogar uma pedrinha para o alto epegar todas as que ficaram no chão).

Nas brincadeiras de roda, eram canta-das músicas como ciranda-cirandinha, ati-rei o pau no gato, galinha do vizinho, a ca-noa virou, pirulito que bate bate, samba lelêtá doente, se esta rua fosse minha e serraserra serrador serra o papo do vovô. Ou-tra muito interessante e que exigia agilida-de e atenção da criançada sentada em umamesa era “Escravos de Jó jogando caxangá,tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guer-reiros fazem zigue, zigue zá”...

A conhecida Amarelinha eram 9 qua-drados riscados na calçada sendo o últi-mo em forma de meia lua, o chamado céu.As crianças pulavam com um pé só semqueimar as riscas. Já o pião de madeira eraenrolado numa fieira e jogado no chãopara rodopiar. Havia ainda o “jogo de piãona roda”. Cada competidor jogava o piãocontra o pião do companheiro, para tirá-lo do círculo e ficar com ele.

A brincadeira de passar anel era assim:uma das criança tinha entre as mãos fe-chadas um anel e as passava no meio dasmãos de todos os que estavam na roda eacabava deixando o anel em uma delas. Abrincadeira era adivinhar com quem tinhaficado o anel. Era uma brincadeira quaseinocente pois já era meio caminho paraum namorico se o anel fosse deixado nasmãos de uma admiradora.

Também famosos mas que praticamen-te desapareceram das rodas de amigos eescolares foram os jogos com as bolinhasde gude. Eram várias formas de jogar: oscinco boxes ou birocas, o triângulo, a bar-ca e jogo do papão para acertar as caçapas.As bolinhas eram de um maravilhoso colo-rido que hipnotizava a criançada.

As pipas, geralmente empinadas no mêsde setembro, por causa dos ventos da pri-

mavera, precisavam de um local amplo, lon-ge dos fios, especialmente, de energia elé-trica. Infelizmente, e isso já não é coisa degente bem educada, algumas crianças pas-sam cerol na linha para roubar ou derrubarum outro papagaio. Essa mistura crimonosade cola com caco de vidro tem ferido mui-tos motoqueiros que inadvertidamente cru-zam com essas linhas, cortam a garganta ousão vítimas de graves acidentes.

Voltando aos dias de hoje, observamosainda que pular amarelinha ou jogar boli-nha de gude são nomes de brincadeirasconhecidas em São Paulo mas que temdenominações totalmente diferentes emoutros estados. Variam juntamente comregras, objetos usados e o número departicipantes das brincadeiras.

Recentemente, pesquisadoras da In-fância, Renata Meirelles, mestre em edu-cação da USP, e Adriana Friedann, douto-ra em antropologia e consultora em vári-as instituições, sentenciaram, em encon-tro promovido pela Folha de São Paulo,que as crianças precisam de mais contatocom a natureza e que os espaços de brin-car necessitam ser repensados. Para res-taurar nossas infâncias, o jornal criou umsite com 550 brincadeiras das cinco regi-ões geográficas brasileiras. Felizmente,apesar da televisão, dos videogames e dainternet, as crianças estão sendo incenti-vadas a manter contato com conhecidasbrincadeiras que estão passando por umprocesso de reinvenção.

Veja se lhe vêm à lembrança as brinca-deiras ou os nomes de Amarelinha (ouacademia, avião, macaca, sapata), bolinhade gude, construção (avião, barco, bone-ca, carro, casinha e outros) , de palmas,de roda (cantadas), elástico, estátua, JoãoBobo, Pião, Pipa (ou barraca, cação,capucheta, jerequetinha, raia, rabiola),pula corda, pique, esconde-esconde.(www.blogdafolhinha.folha.blog.uol.com.br).

SERÁ QUE OS MENINOS E MENINAS DEHOJE SABEM BRINCAR COMO ONTEM?

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L I B E R D A D E S I N D I V I D U A I S

CONDÔMINOS E PRINCIPAIS QUESTÕESSOBRE A APLICAÇÃO DA LEI ANTIFUMO

Decorridos quatro meses da entrada em vigor da LeiAntifumo de São Paulo, os moradores e usuários de con-domínios residenciais e comerciais continuam cheios de

dúvidas. Em resumo, a lei diz que os condôminos residenciais sópodem fumar no interior de seus apartamentos ou nas áreasabertas do edifício. Entretanto, fica proibido fumar nas áreas deuso coletivo, total ou parcialmente fechadas, onde haja circula-ção de pessoas.

Já nos condomínios comerciais, a proibição é total, extin-guindo-se os fumódromos e as antigas áreas exclusivas para fu-mantes. Estão inclusos os ambientes de trabalho, de estudo, decultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entreteni-mento e áreas comuns de condomínios, de casas de espetácu-los, de quaisquer tipos de bares, restauran-tes e praças de alimentação, hotéis, cen-tros e estabelecimento comerciais, bancos,supermercados, repartições públicas, es-colas, museus, bibliotecas, veículos públi-cos ou privados de transporte coletivo, vi-aturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

Algumas construtoras, aproveitandoexceção contida no parágrafo V, do Art.6º,da Lei Antifumo, estão lançando condomí-nios com salas exclusivas para fumantes.Desde que essa condição seja anunciada deforma clara na respectiva entrada do con-domínio, pode-se fumar em determinadasáreas, exclusivamente destinadas ao con-sumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, ca-chimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ounão do tabaco. Esses locais, entretanto, deverão oferecer con-dições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impe-çam a contaminação de ambientes protegidos por esta lei.

Quando da entrada em vigor da lei, surgiram muitas dúvidasdevido a brechas e diferentes interpretações. Cada condomíniovem realizando assembléias, escolhendo formas de como im-plantar a nova legislação, circulares explicativas para os morado-res e placas de proibição. Isto se torna necessário para que oscondôminos não aleguem ignorância e nem o condomínio sejaobrigado a pagar pela infração de terceiros. A idéia é evitar quea eventual multa de infrator recaia sobre o condomínio ou sejarateada entre os condôminos.

Ressalte-se, de outro lado que, dependendo de decisão daassembléia do próprio condomínio, há possibilidade de se proi-bir o fumar até mesmo em áreas abertas. Por causa dessas dúvi-

das, o Governo do Estado de São Paulo vem oferecendo ao pú-blico respostas oficiais sobre as questões mais freqüentes ou maisconflitantes através do site http://www.leiantifumo.sp.gov.br/faq.php

Estando afixados os avisos de proibido fumar e deixada claraa proibição relativa às áreas comuns do condomínio, não há comoo infrator alegar desconhecimento. A indagação mais freqüenteno site do Governo do Estado é para saber o que é proibido noscondomínios residenciais: englobando as áreas fechadas de usocomum como halls de entrada ou corredores, salões de festa ede ginástica. Entretanto, nas áreas ao ar livre, como piscinas,jardins ou quadras abertas, é permitido.

Outra reclamação constante é contra o morador que fumana sacada do seu apartamento. Infelizmen-te, para o não fumante, a lei autoriza o fumoem qualquer local dentro dos respectivosapartamentos. Todos esperam, também,que os fumantes de apartamentos não jo-guem bitucas pela janela. Do ponto de vis-ta jurídico, a maioria dos fumantes e algunsnão fumantes entendem que a lei antifumoacabou com a liberdade individual de cadapessoa, com sua capacidade de decidir sequer ou não fumar. Como pondera o Go-verno Paulista, a lei não proíbe o cigarroque segue liberado em áreas ao ar livre oudentro da própria casa. O objetivo da lei éevitar, simplesmente, que a saúde de quemnão fuma seja prejudicada.

Como foi explicitado desde o começo, o condomínio só serápenalizado se não houver a observância do que diz a lei. Como apena não recai sobre o infrator, é necessário que se faça perma-nente vigilância. Os síndicos de condomínios residenciais ou co-merciais deverão cuidar para que os ambientes estejam 100%livres de tabaco. A legislação do consumidor e da vigilância sani-tária define que é obrigação dos síndicos e donos dos estabele-cimentos garantir ambientes saudáveis para seus clientes.

Desmistificando as críticas sobre a lei, o site do Governo doEstado informa que nas cidades onde foram adotadas medidas se-melhantes, não houve diminuição de empregos em bares e restau-rantes. Ao contrário, em alguns casos houve até aumento. Fumarsó é permitido se a área for, primeiro, aberta e, segundo, com al-gum tipo de barreira, como janelas fechadas ou parede, que impeçaa fumaça de entrar no estabelecimento. As laterais e a frente dotoldo devem estar livres para que haja circulação do ar.

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8 GRAICHE Ano III Número 10

T U R I S M O

Os brasileiros estão aprendendo a ex-plorar as inúmeras op-

ções que as viagens nacionais e in-ternacionais diferenciadas ofere-cem. É a forma de aproveitar bemas férias ou feriados prolongados. Calordo deserto, frio polar, verde das matas,gastronomia, enologia são nomes que pro-vocam nossos viajantes que, em resposta,se lançam à procura de novidades.

Pertinho do Rio de Janeiro, por exem-plo, pode-se visitar uma cidade totalmen-te suíça, fundada em 1819. É NovaFriburgo, onde se compra, se vê ou seaprende a arte de transformar o leite emverdadeiras delícias. A Queijaria Escola deNova Friburgo, fundada em 1987, é im-portante atração turística. Geralmenteproporcionam cursos rápidos de três dias,durante todo ano, onde os interessadospodem aprender a fazer queijos de leitede vaca, de leite de cabra, chocolateartesanal e cursos superiores de produ-ção de queijos.

Ali se podem degustar queijos de sa-bores delicados, salgados, picantes, gor-durosos, mais duros e até os que desman-cham na boca. E compatibilizar queijos e

vinhos. Aprende-se também que os

queijos moles, comoo minas e a ricota, de-

vem ser guardados emgeladeira, embrulhados

em papel alumínio ou emsaquinhos plásticos.Nova Friburgo, na Serra dos

Órgãos, é passagem obrigatóriapara quem cruza o estado pela BR-

116, distante 136 kms do Rio. É tam-bém a capital nacional da lingerie. A

Queijaria Escola, o destino ideal paraapreciar o legítimo queijo suíço, promo-ve cursos paralelos sobre toda a fabrica-ção da iguaria de acordo com as normas,receitas e controle de qualidade dos ori-ginais europeus. (Veja no site da Graichereceita de um raclette de batatas)

Outro ponto curioso do turismo, quepode ser explorado nas férias, são as visi-tas às pequenas fábricas do interior, comoa de Cerveja Artesanal, em Campinasonde se aprende a lidar com a chamada“loira” ou conhecer o Centro de Produ-ções Técnicas, em Viçosa, Minas Gerais,onde se aprende a produzir sorvete, io-gurte ou leite em pó.

E se você quiser conhecer o vinho, suasorigens, tipos e variedades, basta dar umpulo a Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.Ali você pode fazer cursos de degustação,sommelier, degustação tradicional e de-gustação de espumantes. Pode acompa-nhar a fabricação do vinho e provar umainfinidade de boas bebidas gaúchas.

E que tal, saindo da mesmice, enfren-tar praias desertas de água salobra,igarapés e um rebanho de 700 mil búfa-

los? Que tal um passeio pela Ilha deMarajó – maior que a Suíça – com seupassado de civilização pré-colombiana,seus pássaros e uma mata incompará-vel? O Museu Histórico do Marajó pos-sui peças arqueológicas encontradas pelopadre Giovanni Gallo, criador da institui-ção. O artesanato, a cultura e as comi-das como “frito do vaqueiro” e o “filé àmarajoara” refletem um pouco o costu-me do peão local. A carne de búfalo temmenos colesterol do que a bovina. (Vejaas receitas no site da Graiche)

Ali também você convive comguarás, corelheiros, garças azuis (emextinção), gaviões de diversos tipos,além de macacos bugios e muitos tiposde peixes. Diversas cabanas ficam nabeira d’água esperando pelo turista. Sen-te, relaxe, tome uma cerveja e coma opeixe, o caranguejo e o caldo de turu.Se tiver sorte, é possível ver garças pes-cando na beira da praia.

E que tal voar de balão? Se você gos-ta de acordar cedo, basta estar pronto as6h30 da manhã em Piracicaba. Encher obalão já é uma aventura. Uma vez a bor-do, é só seguir com suavidade o sabor dosventos em um vôo panorâmico quase jun-to ao céu. Ar puro não vai faltar para osviajantes com mais de 6 anos.

Por fim, outra sugestão, o rafting deJuquitiba através do rio Juquiá o de SãoLuis do Paraitinga, pelo rio Paraibuna. Du-rante três horas, o viajante pode ter to-dos os tipos de emoção, entre corredeirase remansos. O passeio inclui o mergulhoem águas calmas e cristalinas. A grandeemoção é no trecho chamado de ”tobo-gã”, através de uma longa corredeira.

PASSEIOSEXTRAVAGANTES EMLOCAIS RARAMENTE

VISITADOS

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Ano III Número 10 GRAICHE 9

P R I M E I R O S S O C O R R O S

Com a vida atribulada da cidade de São Paulo, o paulistanoprecisa ter na cabeça formas práticas para enfrentaremergências. Cresce dia a dia o número de infartos e

derrames, enfermidades que necessitam de atendimento imedi-ato para evitar morte ou seqüela. E nem sempre o socorro mé-dico, a ambulância, chegam a tempo, com o trânsito que opaulistano enfrenta sempre. Como resolver parcialmente pro-blemas graves de saúde com receitas domésticas?

Ataque ao CoraçãoO infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido como

ataque cardíaco, pode necrosar parte do músculo cardíaco porfalta de nutrientes e oxigênio. Provoca a obstrução da artériacoronária, formando um coágulo. Já o AVC - acidente vascularcerebral - vulgarmente chamado de “derrame cerebral”, é ca-racterizado pela perda rápida de função neurológica, com o en-tupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais.

Geralmente, o infartado desconhece como agir, para evitarque o pior aconteça. Depois de um dia tenso de trabalho, o ci-dadão chega em casa cansado, indisposto, com uma forte dor nopeito, que se espalha pelo rosto e pelo braço. Está sozinho, pen-sa que não é nada, mas precisa de ajuda urgente. Seu coraçãoestá descompassado, a vista escurecida. No caso de infarto, opaciente tem apenas alguns segundos para ser socorrido antesde perder a consciência total ou a chegada de um especialista.Segundo consta, a solução doméstica é relativamente fácil:

Atacando o Infarto1-Mantenha a calma e comece a tossir forte e repetidamente.2-Entre uma tossida e outra, respire prolongadamente sem parar.3-Em pouco tempo, o coração volta a bater normalmente. Agrande vantagem desse método caseiro é que as inspirações pro-fundas oxigenam os pulmões e as tosses, com movimentos decontração, comprimem (bombeiam) o coração e mantém a cir-culação do sangue. A pressão exercida sobre o coração ajuda anormalizar o ritmo cardíaco.

Sobre infarto ou derrame, são sugeridas outras soluções do-mésticas que podem salvar vidas, como por exemplo, ter emcasa uma agulha, de seringa ou costura, para usar em uma pes-soa que sofre um ataque. O uso é fácil e, segundo a medicinachinesa, deve resolver. Em primeiro lugar, se for socorrer umpaciente não o mova do lugar, para não romper os vasos capila-res. E siga, passo a passo, os conselhos chineses: 1 – Esterilize aagulha e com ela alfinete as pontas de todos os dedos da pessoaenfartada, bem próximo da unha, até começar a sair sangue. Senecessário, dê uma apertadinha nos dedos. Depois que os 10dedos estiverem sangrando, puxe as orelhas do paciente paraque fiquem bem vermelhas e sanguíneas. Em seguida, pique tam-

bém os lóbulos das duas orelhas para sair mais sangue. Em pou-cos minutos, o paciente deverá recuperar seu estado normal epoderá ser removido para o hospital.

De outra maneira, se fosse levado às pressas, os vasos capilaresno cérebro poderiam se romper agravando o estado do paciente.O derrame é a segunda maior causa de morte. Os primeiros socor-ros são importantes para evitar danos irreparáveis e permanentes.

Remedinhos de CabeceiraFalando ainda de coração, muitas pessoas conservam aspirinas

na cabeceira da cama, para não serem surpreendidas por um ata-que cardíaco, denunciado por dor no braço, no peito, por náusease suores abundantes. Muitas vezes essas manifestações não apa-recem, tanto é que 60% das pessoas foram enfartadas durante osono. Em todo caso, se sentir uma dor profunda no peito, dissolvaimediatamente duas aspirinas na boca e engula-as com um poucode água. Em seguida, peça ajuda a parente ou ligue para o 192(SAMU) ou 193 (BOMBEIROS), diga que teve um ‘ataque cardía-co’ e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se no sofá e espere pela che-gada do socorro médico. Sentado, não deitado!

E as massagens cardíacas resolvem? 1. Coloque o pacientedeitado de costas, numa superfície plana e sem travesseiro. 2.Com as mãos espalmadas, uma sobre a outra, pressione a regiãobem no meio do tórax. Os dedos devem ficar para cima, toda aforça é concentrada na palma das mãos. 3. Faça movimentoscom forte compressão do coração a cada segundo.

Emergências InfantisCasos corriqueiros: para o dedo de criança preso na porta,

coloque gelo para evitar hematoma e diminuir o inchaço. Sódepois, forçar a sua retirada. No caso de queimaduras térmicas,lavar o local com bastante água fria ou gelada. Não tente tirarroupas grudadas no corpo da vítima, nem utilizar pomadas, man-teiga, pó de café, pasta de dente ou óleo de cozinha. Para asqueimaduras químicas, enxágüe o local em água corrente porpelo menos 20 minutos. Retire a roupa contaminada. Não colo-que óleos ou cremes sobre a queimadura.

Nas torções e fraturas, o jeito é improvisar uma tala commadeira ou uma revista grossa, aplicar gelo, não massagear edeixar o paciente imobilizado até o socorro médico chegar. Nocaso de desmaios ou crises de convulsão, deixe a pessoa deita-da, pescoço esticado e vias aéreas livres.

E os engasgos? Nunca bata nas costas ou levante os braços do pacien-te, para não empurrar ainda mais o alimento para as vias respiratórias.Abrace a pessoa pelas costas, colocando a mão esquerda fechada, com opolegar voltado para dentro, na altura do umbigo. A direita por cima damão fechada. Com movimentos fortes, golpeie a barriga para dentro, atéexpelir o alimento e a pessoa voltar a respirar normalmente.

SABER LIDAR COM EMERGÊNCIASENQUANTO O MÉDICO NÃO CHEGA

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10 GRAICHE Ano III Número 10

S A Ú D E

As frutas, verduras e vegetais chegam em profusão nestaépoca do ano, absolutamente cheirosos e totalmentefrescos. É a melhor e a mais completa maneira de se

alimentar, diante do calor que envolve o Brasil, durante overão. Muitas pessoas sabem que é uma boa alimentação,saudável, mas talvez não consigam explicar o porque. Até ai, tudobem. Desconhecem que as frutas, verduras e vegetais frescosdevem ser ingeridos antes dos demais alimentos da refeiçãodiária. Invertida a ordem, começando pelos pratos quentes, asfrutas, verduras e vegetais ficam impedidos de prosseguir viagematé o intestino delgado e dão início a um processo de fermenta-ção de seus açúcares, atrapalhando a boa digestão.

Com o estômago vazio, eles, por, sua constituição, passamdireto, rumo ao intestino delgado, onde são digeridos, liberan-do seus nutrientes e imediatamente absorvidos pela correntesanguínea. Não se trata, portanto, de nenhuma simpatia oupreferência. É a constituição do aparelho digestivo que, porsinal, vem sendo “atacado” pela atual e deturpada alimentaçãomoderna, cheia de “fast foods”, pré-cozidos, embutidos,aditivados, condicionados, “fatness products”, e “free sugar”.

De nada adianta se alimentar de frutas, verduras e vegetaisse os produtos forem processados. Tudo deve ser natural, namedida do possível. Até mesmo os sucos de frutas. Os enlata-dos ou acartonados, por exemplo, vêm com conservantes, oque deturpa completamente suas funções. Esses produtosindustrializados passam por um processo de aquecimento paravedação das embalagens e o calor altera a estrutura doalimento. O ideal para a boa alimentação chama-se“processadora” ou “centrifugadora”, aparelhos que permitem

a produção de um alimento absolutamentenatural, preservadas todas as vitaminas.

A maioria das frutas, verduras e vegetaistem, além dos açúcares, propriedades

como os bioflavinóides, que protegem o ser humano contradistúrbios cardíacos evitando a obstrução das artérias efortalecendo os vasos capilares e a circulação. A glicosecontida nesses alimentos se constitui na melhor energia quefaz o cérebro trabalhar.

A grande maioria das frutas, chamadas de carnudas,como a maçã, o pêssego, pêra ou manga são valiosos para aalimentação humana, especialmente quando consumidosfrescos. Essas frutas também fornecem sumos comovitaminas ou bebidas, como o vinho. Muitos legumesentram na categoria de frutos botânicos, como o tomate, aberinjela, o pimentão, a abóbora, o feijão verde ou opepino. Não podemos nos esquecer de algumas especiariascomo a baunilha, a paprika, a pimenta da Jamaica e pimentapreta, que se originam de vagens ou bagas.

Os frutos possuem um grande valor nutritivo, altos índicesde fibras, água e vitaminas. Contém diversos fotoquímicos,fundamentais para a saúde, preservação dos tecidos celularese prevenção de doenças relacionadas com a má nutrição. Oconsumo regular de fruta está associado à redução do risco decâncer, de doenças cardiovasculares, da doença de Alzheimer,cataratas e de alguns males ligados com o envelhecimento.

As frutas hidratam, são ricas em vitaminas e fibras e pobresem calorias. A melancia, por exemplo, é muito refrescante,doce e nutritiva, rica em caroteno (que é convertida em nossocorpo em vitamina A), licopeno (protege nosso organismocontra o câncer), glutationa (substância com propriedadesanti-envelhecimento), vitamina C e vitaminas do complexo B.Contém apenas 30 calorias em 100 gramas. O melão, com asmesmas propriedades e características da melancia, funcionaainda como laxante e calmante.

A fruta caju é dividida em duas partes: a castanha e a partecarnosa. Seu valor em vitamina C é maior que o da laranja,sendo rico também em ferro e niacina. A acerola é rica em

vitaminas B1, B2 e C e nos minerais cálcio, fósforo e ferro.A fruta pode ser consumida in natura ou como suco. Amanga contém mais calorias do que a melancia, o melãoe o caju, uma vez que é mais rica em açúcares (200

calorias, rica em vitaminas, minerais e fibras).Outra sugestão é não ingerir quaisquer tipos de

líquidos gelados antes ou durante a refeição. Comofazem muitas raças árabes, o ideal é beber cháquente (chá verde preferencialmente), que impede asolidificação das gorduras contidas nos alimentos,

facilita seu processamento, apressa sua expulsão e impedeo retardamento da digestão.

FRUTAS, VERDURAS E VEGETAIS SÃOA BOA ALIMENTAÇÃO DESTE VERÃO

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Ano III Número 10 GRAICHE 11

COMO O CEP PODE INFLUENCIARNA SUA VIDA FINANCEIRA

Dependendo do bairro onde você mora, o seguro de seu carro poderá ser mais caro, as dificuldades para obter emprésti-mo bancário mais complicado e ter de enfrentar maiores dificuldades para qualquer tipo de financiamento. Essesparâmetros são fixados por dados colhidos pelos tradicionais serviços de proteção ao crédito, como o Serviço Central de

Proteção ao Crédito – SCPC, da Associação Comercial de São Paulo ou o SERASA ou pesquisas do Datafolha. Tudo isso tem aver com segurança, ocorrências policiais, volume de população, nível cultural e levantamentos obtidos pelo cruzamento de dadosdas entidades do comércio em geral.

É dessa forma que os dados disponíveis por essas entidades mostram, por exemplo, que no Jabaquara se encontra o maiorpercentual de devedores listados no SCPC (13,5%). Influenciando no perfil, o mesmo bairro apresenta maior número de assala-riados sem registro em carteira (26%), cuja renda média é de R$1.709. Já no outro extremo da cidade, os moradores de Pinhei-ros, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi e Jardim Paulista são os que apresentam maior dívida per capita mas menor índice deinadimplência (4,6%). As pesquisas indicam, entretanto, uma tendência para que a situação sofra uma reversão, pois, a retomadafinanceira do país, particularmente em São Paulo, tem permitido maior oferta de emprego.

A cidade de São Paulo, segundo o SCPC, está dividida em16 regiões “de crédito”. No momento de qualquer empréstimo serconcedido, figuram como fatores de análise de risco o local de moradia do tomador, cujo CEP é incluído entre os dados avalia-dos, de um modelo estatístico, que aponta maior ou menor risco de inadimplência. A possibilidade de recusa de concessão deum empréstimo está, portanto, diretamente relacionada ao local de moradia do interessado. Não pense, entretanto, que nãohaja fatores favoráveis: profissão, idade, estado civil, filhos e salário.

Analistas da Associação Comercial de São Paulo sabem que a inadimplência atinge todas as classes sociais, variando, apenas,quantitativamente, segundo o bairro e o perfil do tomador. Assim, o valor do calote é proporcional à renda da pessoa, isto é, serámaior ou menor de acordo com o valor dos bens adquiridos, como também será maior o valor da dívida registrada. As principaiscausas da inadimplência são, além do desemprego, o descontrole de gastos, a chamada compulsão e o emprestar o nome, para oamigo fazer compras (geralmente, perde-se o dinheiro e o amigo...)

Se tudo correr bem, no começo do próximo ano, bem ao lado do “metrô” de superfície, a chamada linha da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - abrigará uma linha paralela, a primeira ciclovia ligando Interlagos ao Parque VillaLobos, com 22 quilômetros de extensão. A construção, feita em etapas, ligará no primeiro lance a Vila Olímpia e o Autódro-

mo. Servindo-se da antiga estrada da antiga Empresa Estadual de Energia Elétrica de São Paulo, a ciclovia irá margear o leitoferroviário sem prejuízos sociais, como desapropriações de casas e terrenos entre os dois pontos.

O mais difícil, entretanto, não será aprontar a ciclovia, mas, permitir o acesso dos ciclistas ao seu leito, pois, entre a MarginalPinheiros e a estrada há o bloqueio da própria Marginal, exceto nas estações do Metropolitano. Por exemplo, no trecho inicial, oacesso terá que ser feito através das estações do Autódromo, Jurubatuba e Vila Olímpia. Futuramente, as ligações planejadasserão na Cidade Jardim junto ao Parque do Povo, Cidade Universitária na USP e Parque Villa Lobos.

O projeto atual está sendo desenvolvido pelo arquiteto Ruy Ohtake. Além da Ciclovia de Lazer do Pinheiros, as seis novaspistas para carros na Nova Marginal do Tietê também ficarão prontas no começo do próximo ano. A única forma de integrar afutura ciclovia à malha urbana será a construção de acessos elevados até as pontes existentes ou construir pontes exclusivas parabicicletas em intervalos regulares, “desembarcando” o ciclista que vem da ciclovia em ruas adequadas.

A idéia de preservar as margens do Rio Pinheiros com a construção de um grande parque linear, cortado por uma ciclovia comacessos em cada ponte que atravessa o Rio, é formidável. Uma das políticas públicas que define os rumos das cidades é o PlanoDiretor. De acordo com a lei em vigor, a cidade de São Paulo teria 275kms em 2006 e estaria rumando para os 367km, até 2012.

C U R I O S I D A D E S

LOGO, LOGO CICLISTAS PODERÃO IR DEBICICLETA DO VILLA LOBOS A INTERLAGOS

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