Thomas kuhn

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Thomas Kuhn A Estrutura das Revoluções Científicas

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Thomas Kuhn

A Estrutura das Revoluções Científicas

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Principais conceitos

• Paradigma.

• Incomensurabilidade do paradigma.

• Ciência Normal.

• Anomalia.

• Ciência Extraordinária.

• Revolução científica.

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Paradigma: Teoria ou conjunto de teorias que formam uma visão do mundo e diz o

que é a ciência

• Para Kuhn, o termo Paradigma possui vários aspectos, entre os quais:

– Lógicos: modo como estão organizadas as principais equações e os principais pensamentos. Ex.: para Newton f=m.a, para Einstein e=m.c2.

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– Metafísicos: modo como se concebe a realidade. Para Newton a natureza é um conjunto de partículas sob a acção de forças.

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- Axiológicos: Um paradigma consiste numa interpretação que revela simplicidade e coerência na forma como as teorias resumem a realidade. Aliás, estas características contribuem para a sua aceitabilidade por parte dos cientistas.

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• Aspectos técnicos: O paradigma também reflecte modelos de resolução dos problemas e promulga técnicas e métodos adequados de investigação. Além disso, o paradigma transporta consigo determinados aspectos conceptuais muito próprios. Ex. A teoria da evolução das espécies de Darwin possui uma manta de conceitos muito específicos.

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• Aspectos sociológicos: O paradigma reflecte um acordo consensual por parte da comunidade científica. Para tal, o defensor do paradigma terá de apresentar uma proposta, uma visão do mundo, de forma convincente e persuasiva.

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Incomensurabilidade dos Paradigmas

• Dois paradigmas não se comparam um com o outro. São duas visões antagónicas da realidade. Entre dois paradigmas não existe continuidade. Por ex.:

Paradigma ptolemaico/Paradigma copernicano

Não se pode viver com dois paradigmas de forma simultânea.

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Ciência Normal

• Institucionalização do paradigma. Quando o paradigma se torna aceite pela comunidade científica é aplicado a todos os momentos das investigações, promovendo-se no ensino e apresentando-se de forma natural no quotidiano da ciência. Por isso , quando se fala em pesquisas científicas estas são nomeadas: Temos a óptica ondulatória, a óptica corpuscular e a óptica onda-partícula. Actualmente a óptica física diz-nos que a luz é composta por fotões. Assim, toda a pesquisa é condicionada por este paradigma. Quando o paradigma passa a ser ensinado nas escolas é porque já é considerado ciência normal.

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Objectivo da Ciência NormalResolução de quebra-cabeças (enígmas)

• O papel fundamental da ciência normal não é de mostrar novidades. Pretende, acima de tudo, explicar algum facto pelo paradigma existente. Imagine-se que se encontra um novo planeta com vida, embora só possua gases. O paradigma dominante diz que a vida exige a presença de certas condições que não se encontram nesse planeta. Qual o papel da ciência normal? Arranjar forma de explicar este novo facto a partir das teorias já existentes.

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Objectivos da Ciência Normal (cont.)

• É isto que confere à ciência a ideia de que consiste num quebra-cabeças. Quando partimos para a resolução de algum jogo partimos com a convicção que tem uma solução. Também a ciência quando parte para um problema encara-o como enigma que, à partida tem solução dentro das regras do paradigma. Qualquer problema que não seja explicado pelo paradigma é suspenso até melhor oportunidade.

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Anomalia• Uma anomalia consiste na constatação de que a natureza violou as

expectativas paradigmáticas que governam a ciência normal.• Por exemplo, a descoberta do oxigénio. A palavra descoberta

sugere que houve um momento único e uma única pessoa que processaram a descoberta. Ora, Kuhn diz que a descoberta é um processo moroso. A descoberta oxigénio tanto se ficou a dever a Priestley como a Lavoisier ou até a todos aqueles que contribuíram para a descoberta. Além disso, a própria constatação da existência de oxigénio não foi rapidamente aceite. Durante o séc. XVIII havia a ideia paradigmática de que todas as substâncias que se queimam têm um elemento comum: o flogisto. Foi somente com Lavoisier que se concluiu que o fenómeno da combustão deveria ser interpretado ao contrário do que ensinava a teoria flogística: em lugar de perder flogisto, elemento imaginário que não deveria existir, os corpos quando se queimam, ou se oxidam, absorvem oxigénio.

• Temos, desta forma uma anomalia que desencadeou uma crise do paradigma.

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Crise do Paradigma

• Se as anomalias se tornarem fecundas e com tendência perene, originam-se determinadas condições que levam à mudança de paradigma.

- Fracasso do paradigma dominante em resolver os seus próprios problemas;

- Insegurança dos cientistas;

- Pressões sócio-culturais.

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A Ciência Extraordinária: ou a resistência ou a mudança

• A ciência extraordinária consiste num acto suspensivo da teoria. Os cientistas, perante uma anomalia, tentam a todo o custo manter o paradigma.

• Caso isso não seja possível, começa-se a pensar numa alternativa. Aparece um novo paradigma que, depois de se tornar aceite pela comunidade científica, apresenta-se como ciência normal.