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PAULO JOSÉ BITTENCOURT TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ESTUDO DO COMPOSTO DE MARKETING DA EMPRESA A. BITTENCOURT Trabalho de Conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ – SC, 2008

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PAULO JOSÉ BITTENCOURT

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ESTUDO DO COMPOSTO DE MARKETING DA EMPRESA

A. BITTENCOURT

Trabalho de Conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

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AGRADECIMENTOS

Agradecimentos aos meus pais Paulo e Roseli,

que sempre me incentivaram na minha caminhada

rumo ao conhecimento, minha irmã Isabela, minha

namorada Gabriela, meu amigo e orientador de

estágio, amigos e familiares que fazem parte da

minha história e da trajetória da vida.

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“ O valor de todo o conhecimento está no seu vínculo com as nossas necessidades, aspirações e ações; de outra forma, o conhecimento torna-se um simples lastro de memória, capaz apenas - como um navio que navega com demasiado peso - de diminuir a oscilação da vida quotidiana."

(V. O. Kliutchevski)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Paulo José Bittencourt

b) Área do estágio

Administração Mercadológica

c) Supervisor de campo

Paulo Roberto Bittencourt

d) Orientador de estágio

Caio Cesar Ferrari Santangelo

e) Coordenador de estágio de Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

A. Bittencourt Design Moveis Ltda.

b) Endereço

Rua Brusque, nr 162 – Centro – Itajaí

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Administração Mercadológica

d) Duração do estágio

300 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Paulo Roberto Bittencourt

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 14 de setembro de 2007.

A empresa A. Bittencourt Ltda. ou Antonio Bittencourt Ltda. pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - Univali, a publicar, em sua

biblioteca, o Trabalho de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico Paulo José Bittencourt.

_________________________________

Paulo Roberto Bittencourt

(Gerente Operacional)

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RESUMO

Este trabalho de estágio abordou sobre o estudo do composto de marketing da empresa A. Bittencourt Design. Teve como pergunta de pesquisa: quais possíveis os fatores que interferem no composto mercadológico da empresa A. Bittencourt Design Moveis Ltda? sob a ótica dos clientes, no qual foram definidos os objetivos específicos: Identificar os principais concorrentes da empresa, Identificar o perfil dos clientes e consumidores, demonstrar o composto mercadológico da empresa, avaliar o nível de satisfação dos clientes; e apresentar sugestões para melhoria do serviço. O trabalho caracterizou-se com tipologia de estágio de Pesquisa-diagnóstico, predominante quantitativo, com o uso de questionários para a coleta de dados. A revisão bibliográfica focou a administração de marketing, preço, praça, promoção, clientes, composto mercadológico, mix de marketing. Os resultados demonstraram que, de maneira geral, a empresa atende a satisfação dos clientes, principalmente nas dimensões de confiabilidade e empatia. Permitiu identificar alguns pontos frágeis da empresa e que devem ser tratados imediatamente para a melhoria da qualidade e satisfazer cada vez mais o cliente. Bem como, pode-se identificar os aspectos da qualidade que são importantes para o cliente como a sinalização, resolução de problemas.

Palavras-chave: Serviços; Marketing Escala ServQual; Satisfação dos clientes.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Classificação dos clientes por cidade 56 Gráfico 02: Sexo dos entrevistados 57 Gráfico 03: Profissão dos entrevistados 57 Gráfico 04: Idade dos entrevistados 58

Gráfico 05: Estado Civil dos entrevistados 58 Gráfico 06: Há quanto tempo é cliente da loja 59 Gráfico 07: Habilidade do atendente em solucionar suas dúvidas 60 Gráfico 08: Agilidade em resolver problemas 60

Gráfico 09: Credibilidade 61 Gráfico 10: Facilidade em obter informações 61 Gráfico 11: Garantia 62 Gráfico 12: Conhecimento dos funcionários sobre os produtos 62

Gráfico 13: Postura dos atendentes 63 Gráfico 14: Estacionamento 63 Gráfico 15: Localização 64 Gráfico 16: Sinalização (Identificação da loja) 64

Gráfico 17: Exposição dos moveis 65 Gráfico 18: Comunicação 65 Gráfico 19: Administrativo 66 Gráfico 20: Variedade 66

Gráfico 21: Qualidade 67 Gráfico 22: Preço 67 Gráfico 23: Prazo 68 Gráfico 24: Horário de atendimento 68

Gráfico 25: Rapidez no atendimento (vendas) 69 Gráfico 26: Serviços/Produtos entregue conforme prometido 69 Gráfico 27: Facilidade em resolver problemas 70 Gráfico 28: Cortesia (educação, respeito, consideração e cordialidade) 70

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Tipos de segmentação .................................................................... 40 Quadro 02: Analise dos pontos fortes e fracos da empresa .............................. 50

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Sistemas de informação de marketing .............................................. 45 Figura 02: Processo de decisão de compra ....................................................... 51

Figura 03: Organograma da empresa ................................................................ 53

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 12

1.1 Problema de pesquisa........................................................................... 13

1.2 Objetivo geral e objetivos específicos.................................................... 14

1.3 Aspectos Metodológicos........................................................................ 15

1.3.1 Caracterização da pesquisa................................................................ 15

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa................................................. 17

1.3.3 Coleta de dados.................................................................................. 18

1.3.4 Tratamento e analise de dados........................................................... 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A Administração..................................................................................... 21

2.1.1 Administração Mercadológica............................................................. 23

2.2 MARKETING..........................................................…........…………...... 24

2.3 Mix de Marketing

2.3.1 Produto................................................................................................ 26

2.3.2 Preço................................................................................................... 28

2.3.2.1 Estabelecimento do preço ............................................................... 29

2.3.2.2 Objetivo da determinação de preços ............................................... 30

2.3.2.3 Preço baseado na concorrência ...................................................... 33

2.3.2.4 Preço baseado no valor para o cliente ............................................ 34

2.3.3 Praça................................................................................................... 35

2.3.4 Promoção............................................................................................ 35

2.4 Posicionamento no mercado

2.4.1 Mercado............................................................................................... 38

2.4.2 Segmentação de mercado.................................................................. 39

2.4.3 Participação mercado.......................................................................... 41

2.4.4 Concorrência ...................................................................................... 42

2.4.5 Pesquisa de mercado ......................................................................... 43

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2.4.6 Sistemas de informação de marketing .............................................. 44

2.5 ANALISE AMBIENTAL

2.5.1 Macroambiente.................................................................................... 47

2.5.2 Microambiente .................................................................................... 49

2.5.3 Pontos fortes e fracos ........................................................................ 50

2.5.4 Comportamento do consumidor ........................................................ 51

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

3.1 Caracterização da empresa ................................................................... 52

3.1.1 Histórico da empresa .......................................................................... 52

3.1.2 Organograma ...................................................................................... 53

3.1.3 Mercado de atuação ........................................................................... 54

3.1.4 Concorrentes ...................................................................................... 54

3.1.5 Serviços .............................................................................................. 55

3.2 Resultados da pesquisa

3.2.1 O perfil do cliente ............................................................................... 56

3.2.2 Analise da qualidade dos serviços ..................................................... 59

3.2.3 Dimensão e garantia .......................................................................... 60

3.2.4 Aspectos tangíveis ............................................................................. 63

3.3.1 Composto mercadológico da organização

3.3.2 Composto mercadológico ................................................................... 71

3.3.3 Composto mercadológico de preço .................................................... 71

3.3.4 Composto de promoção ..................................................................... 72

3.3.5 Composto de praça ............................................................................ 72

3.4 Sugestões para a empresa ................................................................... 72

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 74

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................... 75

6. ASSINATURAS ...................................................................................... 81

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Arantes (1998), o século XVIII apresentou o fortalecimento do

capitalismo, e a empresa com uma maior importância como instrumento de

produção e comercialização, diversas foram às inovações técnicas que

aperfeiçoaram as atividades, acumulou-se grandes fortunas que aumentaram o

poder da classe burguesa. Ainda segundo o autor surge nesta época a imprensa

como um novo e poderoso instrumento de comunicação.

O contesto mundial é caracterizado pela grande importância que a

informação e o conhecimento têm para todos, e a velocidade com que essas

informações são emanadas, a comunicação é crucial para o mundo globalizado

como o que vivemos hoje. As distâncias geográficas e culturais encolheram com a

utilização de meio como internet, máquinas de fax, transmissões mundiais de

televisão por satélite e outras técnicas avançadas. As informações passaram a ser

acessadas de forma mais ágil e veloz.

Isso permitiu que as companhias expandissem enormemente sua área de

atuação, compra e fabricação e o resultado foi um ambiente de marketing mais

complexo, tanto para as empresas quando para os consumidores.

Para Rocha e Cristensen (1999), markenting é a função gerencial, que

busca ajustar a oferta da organização a demandas específicas do marcado,

utilizando como ferramental um conjunto de princípios e técnicas.

Na percepção de Kotler (1996, p.31), “marketing é a atividade humana

dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de

trocas”.

A satisfação com relação ao produto ou serviço atendido denota a

eficiência da empresa, e que os anseios do cliente foram supridos.

A atividade comercial de móveis e artigos de decoração é extremamente

competitiva, em face de quantidade, variedade e também da porta dos

estabelecimentos comerciais inseridos no ramo. Uma empresa que preza pelo

crescimento, para sobreviver neste mercado altamente competitivo, as empresas

necessitam conhecer as atitudes dos clientes na escolha da loja, e em diversas

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preferências para fazer suas compras, identificar as ameaças e oportunidades do

mercado, e os pontos fortes e fracos da organização

A organização A. Bittencourt Design Moveis Ltda, está em atuação há mais

de 25 anos, possuindo lojas em Itajaí, Porto Belo e Navegantes, e no mês de

outubro a filial em Joinville será inaugurada, a empresa atua na comercialização de

móveis de alta qualidade e está preocupada com a sua participação no mercado

(market share).

A comercialização de móveis sofre uma concorrência agressiva, aonde

sempre é necessário inovar, só assim garantirá a lealdade do consumidor, aonde

apenas quem se destaca consegue gerar crescimento

O estudo será realizado na área mercadológica, buscando conhecer a

posição de mercado que empresa atualmente ocupa, possibilitando estar

elaborando e desenvolvendo novas estratégias de marketing.

Para a implementação do plano de marketing é necessário identificar o

marketing atual; realizar a análise do ambiente; estabelecer objetivos e metas;

elaborar estratégicas; formular programas de ações e implementar; avaliar e

controlar.

1.1 Problema de pesquisa

Uma coisa é perceber que o ambiente externo muda, outra, é ter

competência para adaptar-se a estas mudanças, da mesma maneira que ocorre

em relação ao ambiente externo, o ambiente interno deve ser monitorado

permanentemente.

Para análise do ambiente será realizada uma pesquisa que se caracteriza

como problema: quais possíveis os fatores que interferem no composto

mercadológico da empresa A. Bittencourt Design Moveis Ltda, segundo Kotler.

Identificar os Aspectos do composto mercadológicos da A. Bittencourt

Design Moveis Ltda, é relevante, pois nenhum tipo de estudo havia sido realizado

dentro da empresa. Através desta pesquisa é possível adquirir conhecimento sobre

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o mercado de atuação, a sua força perante de seus concorrentes utilizando o ponto

de vista do consumidor.

O primeirio passo a ser tomado em qualquer planejamento de marketing é

identificar quem são seus consumidores e qual exatamente é seu mercado-alvo.

Por maior e mais poderosa que seja, dificilmente uma empresa pode fazer um bom

trabalho em todos os mercados e satisfazer todas as suas necessidades

A originalidade deste trabalho se caracteriza por ser o primeiro

realizado na empresa. A viabilidade deste projeto fica caracterizada pelas

condições oferecidas para sua realização pois, a acadêmico terá acesso a todas as

informações e pessoas envolvidas com os processos que serão estudados. Este

projeto também se caracteriza por não ter custos adicionais para a empresa.

Buscar informações sobre a participação no mercado é de grande valor

para a empresa tendo como efetivo interesse por se tratar de um trabalho inédito e

obter informações preciosas que possam aumentar as vendas e sua participação,

tendo seu custo baixo, empresa familiar aonde se pode ter acesso total as

informações e históricos de clientes e fornecedores e etc.

1.2 Objetivo geral e objetivos específicos

Este trabalho possui como objetivo geral identificar possíveis fatores que

interferem no composto mercadológico da à empresa A. Bittencourt Design Moveis

Ltda, segundo Kotler.

Os objetivos específicos são:

� Identificar os principais concorrentes da empresa. � Identificar o perfil dos clientes e consumidores; � Levantar a satisfação dos clientes quando à política de preços � Demonstrar o composto mercadológico da empresa

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Não basta satisfazer os consumidores, se isso não for feito de uma

maneira lucrativa. A estratégia de marketing deve, portanto, identificar, atrair e

manter clientes rentáveis. Ou seja, aqueles que geram um fluxo de receita que

excede o fluxo de custo de se atrair, vender e serví-los.

1.3. Aspectos metodológicos

Neste item apresentaram-se as características do estudo, referentes à

tipologia, população e amostra e seus instrumentos de pesquisa.

De acordo com Salomom (1996), metodologia é a pesquisa de estratégia e

táticas indicadas para diversas fases do processo: da problematização, da coleta de

dados e informações, da mensuração da formação do macro teórico de referência,

da formulação de hipóteses do levantamento das variáveis e seu relacionamento, da

análise de dados da prova ou da comprovação.

Segundo Roesch (2005) “a metodologia descreve como o projeto será

realizado, partindo dos objetivos do projeto para definir que tipo de projeto é mais

apropriado”.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

Este trabalho possui o estudo predominante quantitativo, com

delineamento qualitativo.

De acordo com Richardson (1999), o método quantitativo, caracteriza-se

pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações

quanto no tratamento por meio de técnicas estáticas.

Se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar o melhor meio possível de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados.

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A metodologia qualitativa, segundo Richardson (1999), descreve a

complexidade de um determinado problema, analise a interação de certas

variáveis, compreender e classificar processos de mudanças de determinado grupo

e possibilitando o entendimento das particularidades do comportamento dos

indivíduos.

Ainda de acordo com autor, o método quantitativo, como o próprio nome

indica, caracteriza-se pelo emprego da qualificação tanto nas modalidades de

coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas

estatísticas.

Para o estudo quantitativo será utilizada informações coletada através dos

questionários para identificar os objetivos específicos. No delineamento qualitativo

serão analisadas as sugestões e criticas, fornecidas pelo questionário.

Para avaliar a qualidade dos serviços será utilizado o método SERVQUAL,

desenvolvido pelos pesquisadores Parasuraman, Zeitham e Berry (1988), visando

captar critérios para avaliação da qualidade em serviços. Serão aplicados de

maneira a representar as diferenças entre as expectativas dos clientes e o que é

realmente oferecido, uma vez que os clientes avaliam a qualidade do serviço

comparando o que desejam ou esperam com aquilo que obtêm.

A escala SERVQUAL, objetiva identificar cinco componentes da qualidade

dos serviços: confiabilidade, receptividade, segurança, empatia e tangibilidade.

• Confiabilidade: habilidade de prestar o serviço com exatidão;

• Presteza: disposição em ajudar os clientes e fornecer o serviço com

presteza e prontidão;

• Garantia: conhecimento dos funcionários e suas habilidades em

demonstrar confiança;

• Empatia: grau de cuidado e atenção pessoal dispensado aos

clientes;

• Aspectos Tangíveis: aparência das instalações, equipamentos,

pessoal envolvido e material de comunicação.

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A pesquisa utilizará a escala Likert de Muito Insatisfeito, Insatisfeito,

Parcialmente Satisfeito, Satisfeito e Muito Satisfeito, definidos abaixo, além da

escala SERVQUAL, que dará ênfase nos principais pontos classificados pelos

clientes.

I – o cliente considerou os serviços prestados deficientes, não

atendendo suas expectativas.

PS - o cliente considerou os serviços prestados regulares, atendendo

parcialmente suas expectativas.

S - o cliente considerou os serviços bem realizados, atendendo suas

expectativas.

MS- o cliente considerou os serviços muito realizados, atendendo e

superando suas expectativas.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Segundo Roesch (1999, p.128), “O estágio pode estar concentrado em um

departamento da empresa, como geralmente ocorre com propostas que visam a

diagnósticos, planos ou sistemas em determinados setores”.

Para realizar a pesquisa contará com a participação dos clientes

cadastrados no sistema da empresa A.Bittencourt Design Móveis Ltda, através de

um questionário, só assim poderá se extrair a informação necessária do ambiente

mercadológico.

Para Richardson (1999), população é o conjunto de elementos que

possuem determinadas características. Usualmente refere-se a população, todos

os habitante de determinado lugar, ou seja, o conjunto de indivíduos que trabalham

em um mesmo lugar, os alunos de uma mesmo curso, etc.

Segundo Mattar (1990, p.28), a “a amostra é uma parcela

convenientemente selecionada do universo (população), é um subconjunto do

universo.”

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A população necessária ao estudo desde trabalho consiste em 300 clientes

cadastrados em 2007 no sistema da empresa com freqüente compras no últimos 6

meses, cujo dados serão coletados através de uma amostra de 122 clientes. A

Amostra foi definida pela formula crida por Barbetta (1999) conforme abaixo. O erro

amostral é de 7%.

n°= 1 = 1 = 204 E² 0,07²

n°= N x n° = 300 x 204 = 122 N = n° 300 x 204

Onde:

n°= aproximação do tamanho da amostra

E = erro amostral tolerável.

N = tamanho da população.

N = tamanho da amostra.

1.3.3 Coleta de dados

A coleta de dados será feita através de questionário, que para Lakatos e

Marconi (1991), é um instrumento de coleta de dados constituído por uma serie

ordenada de perguntas que devem sem preenchidas por escrito sem a presença do

entrevistador, assim os entrevistados expressarão suas opiniões da forma mais

abrangente possível.

Será feito um questionário usando perguntas fechadas, que segundo Ria e

Parker (2000), possuem um conjunto de alternativas de repostas uniformes, tendo

uma lista fixa de possibilidades de respostas tornando a pergunta mais clara para o

entrevistado e facilitando comparações entre os mesmos.

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Conforme Ria e Parker (2000), serão utilizadas perguntas abertas fazendo

com que os entrevistados expressem suas opiniões da forma mais abrangente

possível.

Os dados coletados são de fontes primárias e secundárias.

Conforme Mattar (1996), dados primários são aqueles que não foram antes

coletados, entanto ainda em posse dos pesquisadores e que são coletados com o

propósito de atender necessidades especificas do trabalho.

Ainda de acordo com o autor, todos os dados já coletados, tabulados,

ordenados ou ate mesmo analisados com propósitos básicos de atender as

necessidades da pesquisa que esta em andamento e que estão catalogados a

exposição dos interessados podem ser considerados dados secundários.

Para realizar o trabalho, será utilizado questionários como instrumentos de

dados primários, identificando o perfil dos clientes e consumidores, a performance

da comunicação da empresa, satisfação dos clientes e principais concorrentes.

Luna (1996), define os dados secundários como aqueles que já foram

sistematizados e organizados.

Os dados secundários serão coletados na empresa consultando

documentos que possibilitam ser analisados para elaboração da pesquisa, como

cadastro de clientes.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Os dados desta pesquisa serão coletados através de um questionário

estruturado com perguntas fechadas aplicados aos clientes da empresa A.

Bittencourt Design, no qual serão recolhidos pelo estagiário, tabulados e analisados

quantitativamente através de gráficos onde estarão representados os resultados. Em

seguida, serão analisados para dar base à execução dos objetivos: geral e

específico aos quais esta pesquisa se dispõe: será tabulados estatisticamente e

apresentados em gráficos e quadros, visando facilitar a visualização e explicação

dos resultados obtidos pelo acadêmico.

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De acordo com o Chiavenato (2000, p.192), “o objetivo principal da análise é

permitir ao pesquisador o estabelecimento das conclusões a partir dos dados

coletados”.

A pesquisa foi desenvolvida através de um questionário com (quantidade

de pergunta) questionamentos ao todo, sendo que uma pergunta foi de caráter

sugestivo.

Os dados foram analisados de forma estatística conforme Mattar (1996,

p.181), “o processamento dos dados compreende os passos necessários para

transformar os dados brutos coletados em dados trabalhados, que permitirão

realização das análises e interpretações”.

Após os dados serem devidamente interpretados e analisados foram

expostos de maneira clara e explicativa através de programas como Microsoft Word

e Microsoft Excel, onde foram montadas tabelas e gráficos com demonstração.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capitulo é fundamentada a teoria, tendo como objetivo o

embasamento na administração que durante muito tempo adotou uma aborgadem

rígida necessária para as questões relacionadas ao posicionamento

mercadológico da empresa no mercado aonde atua.

2.1 Administração

A tarefa administrar nada mais é que coordenar esforços, ou seja, conduzir

um grupo de pessoas para um objetivo preestabelecido pela empresa. No entanto,

essa coordenação de esforços pode ter vários conceitos, vista de diferentes

maneiras pelas correntes teóricas.

A economia e o local de trabalho sofreram mudanças fundamentais que

reformularam significativamente o trabalho. Sendo assim, é preciso considerar que

cada abordagem sobre o trabalho administrativo é condicionada teórica e

metodologicamente por diferentes correntes do Pensamento Administrativo.

Frederick W. Taylor, considerado o fundador da Teoria Administrativa, se

preocupa em tentar eliminar o desperdício e as perdas sofridas pelas industrias e

elevar os níveis de produtividade, aplicando métodos da engenharia industrial. Ele

prevê melhoras no desempenho com a padronização de movimentos, uso de

ferramentas e instrumentos e ainda sistemas de pagamento de acordo com o

desempenho.

Segundo Chiavenato (2000) a Administração é constituído através do

planejamento, da organização, da direção e do controle dos recursos

organizacionais para alcançar os objetivos de maneira mais eficiente e eficaz.

Para Megginson et al (1998, p.13) consideram que “a finalidade da

administração é estabelecer e alcançar o objetivo, ou objetivos, da organização”.

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Conforme Chiavenato (2000, p.3) “A palavra Administração tem sua origem

do latim, Ad = direção para, tendência, minir = comparativo de inferioridade, e o

sufixo ter = subordinação ou obediência. Isto é, aquele que realiza a função abaixo

do comando de outrem”.

Para Robbins (2003) administração são quatros funções nas quais são o

planejamento, organização, liderança e controle. Planejar inclui fixar metas e

estabelecer a estratégia da organização. Para organizar é preciso identificar tarefas

a serem executadas, quem deve realizá-las, como devem ser agrupadas, quem se

reporta a quem e em que nível devem ser tomadas as decisões na organização.

Liderar refere-se a dirigir e coordenar pessoas e controlar é o processo de monitorar,

comparar e corrigir o desempenho.

Planejar é especificar os objetivos a serem atingidos e decidir

antecipadamente as ações apropriadas que devem ser executadas para atingir

esses objetivos. Para Megginson et al (1998, p.17), umas das principais funções é

planejar, ou seja, “escolher ou estabelecer a missão da organização, seu propósito e

objetivos, e depois determinar diretrizes, projetos, programas, procedimentos,

métodos, sistemas, orçamentos, padrões e estratégias”.

Segundo Kotler (1999, p. 23) “o planejamento estimula a administração a

pensar adiante de forma sistemática, força o empenho a aguçar seus objetivos e

políticos, leva a melhor coordenação de esforços e fornece padrões mais claros de

desempenho”.

Organizar é reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros, físicos, de

informação e outros necessários à potencialização do cumprimento dos objetivos

propostos.

Segundo Hampton (1992, p. 8) “uma organização é uma combinação

intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo

pessoas, dinheiro e matérias que compõem ao recurso que ingressam na

organização.”

A terceira função da administração é liderar, conforme Megginson et (1998,

p.18), isto é, “conseguir influenciar os funcionários para alcançar seus objetivos, o

que envolve a qualidade, o estilo e o poder do líder, e também suas atividades

relacionadas à comunicação, motivação e disciplina”.

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Segundo Hampton (1992, p. 386) “a liderança é definida em administração

como o processo interpessoal, pelo qual os gerentes tentam influenciar os

empregados a realizar objetivos de trabalhos estabelecidos”.

A quarta função é controlar, e segundo Megginson et al (1998, p.18) seria

“delinear meios para se ter certeza que o desempenho planejado seja realmente

atingido”.

Segundo Hampton (1992, p. 473) “controlar significa obter informações

sobre o desempenho e com elas realimentar os tomadores de decisão, de forma que

estas possam comparar os resultados reais com os planejados e decidir o que fazer.

Com relação a quaisquer discrepâncias ou problemas aparentes”.

Administração Geral apresenta ramificações aplicadas a áreas especificas

como, por exemplo: administração de recursos humanos, administração de

materiais, administração sociológica entre outras, contudo iremos conceituar nesta

pesquisa a administração mercadológica.

2.1.1 Administração Mercadológica

A Administração Mercadológica chegou ao Brasil em 1954 sob o nome inicial

de mercadologia ou mercadização. Esta ciência vem evoluindo com o tempo e seu

significado modifica constantemente. Uma das primeiras definições utilizadas foi a

de que mercadologia era um conjunto de instrumentos que contribuíam para

aumentar a produtividade e a rentabilidade das empresas.

Para Guerreiro (1978, p13) “mercadologia é o estudo sistemático das

atividades que encaminham o fluxo de bens e serviços do produtor aos

consumidores finais industriais e comerciais.”

Conforme Guerreiro (1978, p. 16) “administração mercadológica é antes de

mais nada, administração aplicada a uma área especifica. Para que um

administrador de desincumba da tarefa que lhe cabe é necessário que exerça

diversas funções”:

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• Planejamento; consiste no estabelecimento dos objetivos a serem

alcançados e na determinação do que deverá ser feito para que esses

objetivos sejam colimados.

• Organização; uma vez elaborado o planejamento, é necessário distribuir,

entre os membros da organização, as atividades que integram o plano.

• Controle; o estabelecimento de um plano cuidadoso e a montagem de

uma organização adequada não assegura o sucesso dos

empreendimentos. Podem surgir discrepâncias entre o planejado e o

acontecido, por efeito de causas imponderáveis, falhas ou mal-

entendidos.

De acordo com Guerreiro (1978, p17) “As funções descritas acima são

exercidas por qualquer administrador, independemente do setor que esteja sob sua

responsabilidade.”

2.2 Marketing

Os princípios de consumo, há anos, têm se pautado em valores

sedimentados, a partir do atendimento às necessidades do ser humano desde

condição básica e, em seguida, a satisfação dos seus desejos e expectativas como

complementação posterior.

Marketing é o processo de criar distribuir, promover e apreçar bens, serviços

e idéias para facilitar relações de trocas satisfatórias com clientes em um ambiente

dinâmico (PRIDE, 2001).

Segundo Kotler (2000), Marketing pode ser definido como o processo social

e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e

que desejam, criando e trocando produtos e valores com outros, baseia-se nos

seguintes conceitos centrais; � Necessidades: é um estado de privação de alguma satisfação básica. � Desejos: são carências pro satisfações especificas para atender as

necessidades.

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� Demandas: são desejos pro produtos específicos respaldados pela

habilidade e disposição de comprá-los.

Um Mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo especifico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo (KOTLER, 2000, p.31).

Uma visão mais especifica de Marketing segundo Mcdonald (2004) define

como uma compatibilização entre capacidades de uma empresa e os desejos dos

consumidores de modo a atingir os objetivos de ambas as partes.

Conforme Cobra (1985), o marketing é aplicável em quase todas as

atividades humanas. Desempenhando um papel importante na integração das

relações sócias e nas relações de trocas lucrativas e não lucrativas. Entre elas:

• Marketing societal: aquele em que a qualidade das relações sócias é

avaliada por indicadores sociais, como índice de natalidade e mortalidade,

dados de saneamento básico e de qualidade de vida em geral, etc.

• Marketing político: o político num regime democrático é um produto e para

conquistar votos utiliza todas as técnicas de marketing.

• Marketing de serviço: nos serviços em geral, é aplicável o conceito de

marketing. Sejam em serviços de lazer como clubes, hotéis, motéis, seja

em serviços em geral, desde os serviços públicos de profissionais liberais

até de consertos, reparos, instalações, como oficina de automóveis,

bancos, seguros, etc.

• Marketing agrícola: a venda de produtos e serviços agropecuários pode

ser regida por técnicas mercadológicas como, pesquisas, serviços ao

cliente, etc.

• Marketing industrial: a especificação do produto, no processo de pré-

venda, a instalação do produto ou serviço e as garantias de pós-venda

fazem parte das técnicas de marketing que podem ser adotadas para

produtos e serviços industriais.

• Marketing de serviços de saúde: os serviços médicos, odontológicos, e de

saúde em geral, como hospitais, começam a compreender que o

marketing não administra a demanda de doenças, mas pode orientar a

população sobre o melhor uso de serviços preventivos e de saúde em

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particular.

Marketing de instituições que não visam o lucro: uma empresa que não visa o

lucro muitas vezes transfere a posse de um produto ou serviço como uma posse

lucrativa, mas não recebe dinheiro em troca. Os serviços públicos em geral hoje

fazem marketing, sobretudo pesquisa da aceitação de seus serviços, publicidade do

uso e da importância dos seus serviços, etc.

2.3 Mix de Marketing

O composto mercadológico trata do conjunto de pontos de interesse para os

quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de

marketing. O composto é dividido em 4 secções freqüentemente chamadas dos

"quatro pês".

Conforme Kotler (2000), o mix de marketing é o grupo de ferramentas

táticas controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta

que deseja no mercado-alvo. Consiste em todas as ações que a empresa pode

empreender para influenciar a demanda pelo seu produto. As várias possibilidades

podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis, conhecidos como os quatro

P’s: produto, preço, praça e promoção, descritos a seguir.

2.3.1 Produto

Conforme Kotler (2000), produto é algo que pode ser oferecido em um

mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade. É muito mais do que apenas

um objeto físico, sendo assim é um pacote completo de benefícios ou satisfação

que os compradores percebem que eles vão obter na aquisição do produto. É a

soma de todos os atributos físicos, psicológicos, simbólicos e de serviço.

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Kotler (2000) afirma, que produto é qualquer coisa que possa ser oferecida

a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer

um desejo ou necessidade.

Para Las Casas (1997), os produtos podem ser definidos com o objeto

principal das relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para

pessoas físicas ou jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou

consome.

Segundo Kotler (2000), os produtos vão além de bens tangíveis. De forma

mais ampla, eles incluem objetos físicos, serviços, pessoas, locais, organizações,

idéias ou misturas desses elementos. Serviços são produtos que consistem em

atividades, benefícios ou satisfações a serem vendidos, como serviços bancários,

serviços de hotelaria, preparação de imposto de renda e consertos domésticos.

São essencialmente intangíveis e, embora sejam pagos, não resultam em

propriedade.

De acordo com Guerreiro (1978, p19) “a utilização desse instrumento para

adaptação da empresa a conjuntura das forças externas ocorre pela modificação

das características do produto que visem à sua melhor adequação a demanda

existente, ou enfrentar melhor a concorrências.”

Para Mccarthy (1997), produto significa a oferta de uma empresa que

satisfaz a uma necessidade. A idéia de um Produto como satisfação de

consumidores potenciais ou de benefícios para eles é muito importante.

Não são apenas os bens tangíveis, ou bens materiais os produtos, pois

como, por exemplo, um show de um artista, um serviço de lavação de carros ou

uma assessoria são considerados produtos.

Na classe dos produtos de consumo, estes estão subdivididos em produtos

de conveniência, comparação, especialidade e não-procurados.

* produtos de conveniência: são produtos e serviços de consumo que os consumidores compram com freqüência, imediatamente, e com um mínimo de comparação e trabalho. Exemplos: balas, jornais, sabonetes, etc. * produtos de comparação: são os produtos de consumo comprados com menos freqüência, e comprados cuidadosamente em termos de adequação, qualidade, preço e estilo. Exemplos: móveis, roupas, carros usados e eletrodomésticos, etc. * produtos de especialidade: são os produtos de consumo com características únicas ou identificação de marca, em função das quais um

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grupo significativo de consumidores dispõe-se a fazer um esforço especial de compra. Exemplo: Rolls-Royce. * produtos não-procurados: são os produtos de consumo que o consumidor não conhece ou, se conhece, normalmente não pensa em comprar. Exemplos: seguros de vida, doação de sangue, etc (KOTLER, 2000, p.130).

2.3.2 Preço

Atualmente grande parte dos consumidores decide suas compras

baseando-se exclusivamente no preço. Computa-se no preço, não apenas o valor

monetário de um produto, mas tudo aquilo que o consumidor tem que sacrificar ao

adquirir um bem.

O verdadeiro preço de alguma coisa é o trabalho e a dificuldade para

adquiri-la. Por isso incluem em suas considerações os custos indiretos, custos de

manutenção, a necessidade de recompra, o tempo e o custo emocional de se

adquirir uma oferta e etc.

Para Kotler (2000), o preço é o elemento do mix de marketing que produz

receita; os demais produzem custos. Ele também é um dos elementos mais

flexíveis: pode ser alterado com rapidez, ao contrário das características de

produtos e dos compromissos com canais de distribuição.

Conforme Cobra (1985), preço é o valor justo pela posse de um bem ou de

um serviço. Na verdade, cada indivíduo tem sua escala de valores para classificar

a utilidade do bem e o preço que ele se dispõe a pagar pela sua posse.

De acordo para Moreira (2005. p.9), “o preço para muitos clientes são

selecionados apelas pela variável, que é decisório no processo de compra.

Entretanto, dentre produtos de mesmo preço, será selecionado aquele que

apresentar melhor qualidade.”

Para Boone (1995), preço é valor de troca de um bem físico ou serviço, em

outras palavras, é o que se poderia dar em troca no mercado. Preço não envolve

necessariamente dinheiro. No passado, o preço de um acre de terra podia ser uma

certa quantidade de fardos de trigo, três cabeças de gado ou um barco. Este

processo, conhecido como escambo, ainda é utilizado em algumas partes do

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mundo. Em um sistema monetário como o nosso, no entanto, preço refere-se à

quantidade de fundos necessários para se comprar um item.

2.3.2.1 Estabelecimento do preço

O processo de estabelecimento de preços é, segundo Sandhusen (2003)

complexo e desafiador, envolvendo o estabelecimento de objetivo realistas, como

também de políticas, estratégias e táticas para alcançar os objetivos, que devem

considerar a natureza e do comportamento de custos, clientes e concorrentes,

restrições econômicas, legais e políticas a respeito dos preços.

Para Kotler (2000) os preços são estabelecidos em 3 ocasiões: quando do

desenvolvimento do produto, em uma introdução do mesmo em um novo canal de

distribuição ou área geográfica ou quando na participação de licitações de contratos.

Kotler (2000) afirma que a determinação preços ocorre de várias maneiras.

Nas pequenas empresas, os preços costumam ser determinados pelo seu dirigente

e nas grandes é realizada por gerentes de divisão e de produto. E até mesmo

nessas organizações a alta administração determina os objetivos e as políticas

gerais de determinação de preços e freqüentemente aprova os preços determinados

pelos níveis mais baixos na hierarquia gerencial.

Segundo Nagle (2002) a estratégia para a determinação do preço deve

apoiar-se em dois fatores: (1) o desenvolvimento de uma estrutura de preços

baseada no valor para o cliente, nos custos e na posição competitiva e (2) uma

comunicação eficaz desse valor. Nagle trata a formação de preços como um

processo e o descreve da seguinte forma: (1) entender o ambiente no qual se

desenvolve o negócio: os clientes, os custos e a concorrência. Quase todos os

executivos se concentram nesses três temas, mas formulam as perguntas erradas.

Ao pensar nos clientes a maioria diz: “Quanto quer pagar?”, quando na verdade o

que teriam que de se perguntar é: “Qual é o valor de nossos produtos ou serviços

para o cliente?”. Por adotarem uma perspectiva errônea, as empresas costumam

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fixar preços baixos. Estimam que, do ponto de vista do cliente, quanto menos pagar,

melhor. Se comunicassem adequadamente o valor do produto ou serviço, os clientes

se sentiriam satisfeitos e dispostos a pagar mais por isso. (2) Custos –

freqüentemente as empresas consideram o custo unitário, quando o fundamental é

entender toda a estrutura de custos e (3) Entender a concorrência. Segundo Nagle,

muitas empresas elaboram sua estratégia a partir do preço de vendas dos rivais,

com o objetivo de ganhar participação de mercado à custa dos demais, quando a

meta deveria ser maximizar os lucros.

Kotler (2000) argumenta que os erros mais comuns cometidos pelas

empresas na hora de determinar seus preços são: a determinação de preços é

orientada de forma demasiada nos custos, os preços não são revistos com

freqüência para gerar mudanças de mercado, os preços são determinados

independentemente dos outros elementos do mix de marketing, em vez de ser um

elemento intrínseco da estratégia de posicionamento de mercado e não ocorre

variação dos preços de acordo com diferentes itens de produtos, serviços,

segmentos de mercado e situações de compra.

2.3.2.2 Objetivo da determinação de preços

O fator primordial segundo Kotler (2000) é a decisão do posicionamento do

produto ou serviço no mercado, pois se houver clareza nos objetivos da empresa, a

determinação de preços ocorrerá com maior facilidade, onde estes objetivos podem

ser: sobrevivência, maximização do lucro atual, maximização da participação de

mercado, desnatamento máximo do mercado ou liderança na qualidade do produto.

Churchill (2005), afirma que após os profissionais de marketing definirem os

objetivos, o processo de precificação começa. Como esses objetivos servirão de

guia para a estratégia de preços escolhida, eles devem dar suporte ao esforço de

criar valor para os mercados-alvo identificados. Devem, portanto, ajudar a alcançar

os objetivos gerais de marketing.

Segundo Kotler (2000), uma empresa que busca a sobrevivência como seu

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principal objetivo é quando esta está com excesso de capacidade, enfrentando

concorrência intensa ou por mudanças nos desejos dos consumidores.

Os lucros tornam-se menos importantes que a sobrevivência. Desde que os preços cubram os custos variáveis e alguns custos fixos, a empresa continua a funcionar. Entretanto, a sobrevivência é um objetivo de curto prazo; no longo prazo, a empresa terá que aprender a agregar valor, se não quiser falir. (KOTLER, 2000, p.478)

Algumas empresas, afirma Kotler (2000) determinam preços que visam

maximizar o lucro corrente, onde para se utilizar desta prática, deve-se ter

conhecimento da demanda e dos custos. Porém, ao enfatizar o desempenho

financeiro corrente, a empresa pode sacrificar o desempenho de longo prazo,

ignorando os efeitos de outras variáveis do mix de marketing, as reações dos

concorrentes e as limitações legais em relação aos preços.

Nos casos onde o objetivo seja o de maximização da participação do

mercado, Kotler (2000) cita que as empresas acreditam que um maior volume de

vendas levará a custos unitários menores e a maiores lucros no longo prazo. Assim,

determinam o menor preço possível, pressupondo que o mercado seja sensível a

preço.

Segundo Boone (1995), com relação a maximização das vendas, as

empresas estabelecem um nível mínimo aceitável de lucro e então procuram

maximizar as vendas

Para Cobra (1985), em decorrência de um elevado volume de vendas, há

uma redução de custos que favorece o lucro. Outras empresas menos favorecidas

por essa relação de lucro e participação adotam a política de reduzir os preços, para

conquistar mercado. Essa hipótese certamente é conflitiva com os objetivos de lucro,

mas pode estimular o rápido crescimento da empresa no mercado (participação no

mercado), até atingir níveis interessantes de redução de custos baseada na

economia de escala de produção. Outra vantagem da política de preços baixos que

é quase intuitiva é o desencoraja mento da entrada de concorrentes potenciais.

E quando o objetivo é o de fazer o desnatamento do mercado, pratica-se a

alta dos preços para se extrair o máximo da camada mais alta antes de baixar os

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preços para atender aos demais níveis (Kotler, 2000).

Para exemplificar o desnatamento, Cobra (1985) diz que os consumidores

inovadores, via de regra, estão mais dispostos a pagar um preço alto por um produto

novo ou exclusivo. O rádio transistor e a máquina de calcular pequena quando foram

lançados custavam caro, e poucas pessoas os compravam; hoje, são produtos de

largo consumo.

Para Churchil (2005), quando o objetivo de marketing é recuperar

rapidamente os custos de desenvolvimento de um novo produto, pode ser definido

um preço de desnatamento, um preço relativamente alto para conquistar a “nata” do

mercado. É provável que uma organização utilize uma precificação por

desnatamento quando a demanda é inelástica e a organização tem um monopólio

temporário do produto, como quando ela detém uma patente.

Uma estratégia de preços para a nata do mercado, segundo Boone

(1995), algumas vezes é chamada de abordagem de “market-plus” de determinação

de preços, por envolver o uso de preços relativamente alto quando comparados aos

dos produtos concorrentes. Uma empresa pode usar uma estratégia de nata para

um preço de entrada no mercado ao introduzir um bem ou serviço diferenciado, com

uma concorrência pequena ou inexistente.

De acordo com Kotler (2000), outras estratégias podem ser adotadas para a

fixação dos preços, pois as empresas podem praticar preços diferenciados, de forma

a refletir as variações na demanda, os custos geográficos, as exigências

estabelecidas pelo segmento de mercado, oportunidades de compra, níveis de

pedidos, freqüência dos pedidos, garantias e outros fatores. Com isso, é possível

aplicar várias estratégias para a variação dos preços, como:

a) preço geográfico - adequação do preço em função da localização

geográfica da prestação do serviço ou entrega do produto, de acordo com os

custos e despesas adicionais ou valor percebido pela região;

b) preço com descontos e concessões - para pagamento antecipado ou

venda de grandes volumes fora de temporada;

c) preço promocional - preço isca para estimular maior movimento e venda

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de outros produtos; preço de ocasião ou abatimento em dinheiro para atrair

mais clientes e estimular as vendas em determinadas épocas; financiamento

a juros baixos; prazos de pagamento mais longos para reduzir o valor das

prestações e diminuir a preocupação dos clientes com o custo total;

garantias e contratos de serviços, para agregar valor ao produto ou serviço e

descontos psicológicos;

d) preço discriminatório - preços diferenciados de acordo com segmento de

mercado, podendo ser cobrado preços diferenciados para grupos diferentes

de clientes, versões e/ou imagem do produto, locais de venda, localização

(exemplo: poltronas em teatros) e período (temporada);

e) preço do mix de produtos - preços diferenciados para produtos ou

serviços que fazem parte de um conjunto. A empresa busca maximizar os

lucros através de um conjunto de preços.

2.3.2.3 Preço baseado na concorrência

Neste método, leva-se em conta a concorrência para a tomada de decisão

nos preços, fugindo da limitação da precificação baseada em custos.

Segundo Churchill (2005), os profissionais de marketing podem definir

preços abaixo, no mesmo nível ou acima dos preços dos concorrentes. Os preços

abaixo da concorrência podem aumentar as vendas quando a elasticidade-preço é

alta. Logo, novos clientes podem ser atraídos com reduções de preço ou mantendo-

se os preços inalterados quando os concorrentes elevaram os preços. Ademais,

definir preços abaixo da concorrência pode ser um modo eficaz de atrair

compradores preocupados com o preço, em particular quando a empresa tem custos

mais baixos do que os concorrentes.

Para Kotler (1998), no preço de mercado, a empresa baseia seu preço em

função dos preços cobrados pelos concorrentes, dedicando menor atenção a seus

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próprios custos ou à demanda.

Conforme Santos (1995) qualquer método de determinação de preços deve

ser comparado com os preços das empresas concorrentes, que porventura existam

no mercado.

Para Las Casas (1997), os administradores ao invés de se preocuparem

inicialmente com os custos que incorrerão para produzir seus produtos e retornos

esperados, poderão estar principalmente preocupados com os preços de seus

concorrentes, considerando estes como ponto de partida para determinar a forma

mais econômica de produzi-los e obter os lucros desejados.

2.3.2.4 Preços baseados no valor para o cliente

Neste método, a chave para a determinação do preço é a percepção do

cliente em relação ao valor de oferta. Segundo Kotler (2000), para que a empresa

possa determinar preços com precisão é essencial que realize pesquisas de

mercado buscando evidências do real valor que seu produto representa.

O preço estipulado em um produto deve levar em conta, segundo Churchill

(2005), as percepções dos clientes sobre o valor de uma troca. Isso significa que

uma pesquisa de marketing é necessária para descobrir as percepções de valor e

preço dos clientes, onde os profissionais de marketing devem tentar descobrir o que

os clientes esperam pagar por um produto e que faixa de preços é considerada

aceitável, sendo as respostas às vezes surpreendentes.

Para Koltler(1998), um número crescente de empresas está baseando seu

preço no valor percebido do produto. Elas vêem as percepções de valor dos

compradores, não seus custos, como fatores-chave para determinar preço. Este

preço ajusta-se bem à idéia de posicionamento do produto, onde a empresa

desenvolve um conceito de produto para um mercado-alvo específico com qualidade

e preços planejados.

Nagle e Holden (2003) destacam que atualmente as empresas reconhecem

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as falhas que podem ser geradas pela utilização de métodos de precificação

baseados apenas nos custos, portanto sentem a necessidade de um apreçamento

consciente das condições reais do mercado. Para eles, a pretensão do método

baseado no valor não é apenas determinar preços para satisfazer os clientes, mas

também elaborar preços e estratégias que indiquem mais valor aos produtos sem a

necessidade de aumento nas vendas. Destacam também que o objetivo deste

método é “maximizar a capacidade de uma empresa em capturar, sobe a forma de

lucros ganhos, o valor econômico que ela cria”. Para a utilização deste método, é

importante que a empresa conheça o real valor de seu produto e assim possa

defendê-lo através de uma comunicação eficaz. Nagle e Holden (2003) lembram que

os clientes percebem o valor do produto de diferentes maneiras e que para o

desenvolvimento de táticas de comunicação é crucial compreendê-las.

2.3.3 Praça

Para Moreira (2004), a palavra praça, no âmbito das vendas, pode ter dois

sentidos. Pode estar ligado à maneira com que o consumidor tem acesso aos

produtos ou serviços de uma empresa, denominado canais de distribuição, ou a

forma com que o estoque é movimentado na empresa, denominado logística, onde

este segundo, implica diretamente no custo do produto.

É a disponibilização do produto ou serviço ao cliente da forma mais fácil e

conveniente de adquiri-lo Kotler (2000).

2.3.4 Promoção

As atividades realizadas pela empresa, que têm como objetivo comunicar

os atributos do produto ou serviço, e persuadem os consumidores-alvos a adquiri-

lo.

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Na percepção de (Moreira 2004, p.37)

Promoção refere-se a informar, persuadir e influenciar as pessoas na escolha dos produtos, conceitos ou idéias. O composto promocional envolve propaganda – com seus anúncios impressos (outdoors, revistas, jornais) e eletrônicos (rádio, televisão) -, promoção de vendas, relações públicas e venda pessoal. Propaganda é a técnica de criar opinião pública favorável a um determinado produto, serviço, instituição ou idéia, visando a orientar o comportamento humano das massas num determinado sentido.

O composto promocional é a parte do marketing que mais se destaca, sendo

muitas vezes confundido com marketing. Este é composto basicamente por cinco

ferramentas promocionais: propaganda, promoção de vendas, relações-públicas e

publicidade, força de vendas e marketing direto.

• Promoção de vendas: as ferramentas de promoção de vendas são:

cupons, concursos, prêmios, entre outras, e possuem três características

distintas: de comunicação, que visa atrair a atenção dos consumidores; de

incentivo, que visa estimular o consumo; e de convite, que objetiva

convidar para uma transação direta;

“Promoções de vendas consiste em incentivos a curto prazo para encorajar a experimentação ou compra de um produto ou serviço.” (Kotler 1998, p. 526)

• Propaganda: é toda veiculação de informação paga pela empresa;

Propaganda é como uma comunicação não-pessoal, paga, utilizando-se de várias mídias, feitas por empresas comerciais, organizações sem fins lucrativos ou indivíduos, que, de algum modo, são identificados na mensagem da propaganda, e cuja expectativa é informar ou persuadir os componentes de uma audiência particular. (Boone, Kurtz, 1995. p.397).

• Relações públicas e publicidade: desenvolvimento de apelos junto ao

consumidor utilizando-se de histórias e dramatizações;

“Relações públicas e publicidade é uma variedade de programas preparados para promover e/ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos individuais.” (Kotler, 1998, p.526)

• Força de vendas: ferramenta mais eficaz em termos de custos de estágios

finais do processo de compra, particularmente no desenvolvimento da

preferência, convicção e ação do consumidor. A venda pessoal envolve

relacionamento ao vivo, imediato e interativo com o consumidor,

permitindo uma relação duradoura;

“Venda pessoal é a interação face a face com um ou mais compradores potenciais com o propósito de fazer apresentações de vendas, responder as dúvidas e tirar pedidos.” (Kotler, 1998, p. 526)

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• Marketing direto: ferramentas utilizadas para atingir consumidores em

potencial, atingindo grupos específicos, sendo estas: mala direta, tele

marketing, catálogo, cuponagem e Internet.

“Uso dos correios, telefone, fax, e-mail e outras ferramentas de contato impessoal para comunicar ou solicitar resposta direta de consumidores ativos e potenciais, chamamos de marketing direto.” (Kotler, 1998, p.526).

2.4 Posicionamento no Mercado

Em marketing, posicionamento é a técnica na qual os mercadólogos tentam

criar uma imagem ou identidade para um produto, marca ou empresa. É o espaço

que um produto ocupa na mente do consumidor em um determinado mercado.

Segundo Cobra (1992, p.321) Posicionamento é uma arte de configurar a

imagem da empresa e o valor oferecido do produto em cada segmento de marcado,

de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a empresa proporciona

em relação a concorrência

De acordo com Rocha (1999. p,51) “posicionamento é a imagem obtida pelo

produto na mente do consumidor, como resultado de três dimensões:”

• O tipo de oferta que a empresa faz;

• A que grupo de consumidores no mercado;

• Com relação às ofertas dos concorrentes.

Segundo Rocha (1999, p.51), “posicionamento orienta as decisões de

marketing, definindo a resposta esperado dos consumidores com relação aos

benefícios.”

Conforme Kotler (2000), os consumidores enfrentam vasta variedade de

produtos, marcas, preços, fornecedores, estimam qual oferta entregará o maior valor

a ser superada ou não.

De acordo com Cobra (1992, p.323) muitas são as maneiras de uma

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empresa posicionar os seus produtos no mercado. Ela pode escolher a posição de

“preços baixos” ou posição de “alta qualidade”, ou ainda a posição de “bons

serviços”

Posicionar marcas ou produtos nos tempos atuais, onde somos

bombardeados por todo tipo de estímulos publicitários, só é possível quando

trabalhamos para fazer a conexão do posicionamento desejado para a marca ou

produto, com a percepção, os valores e desejos ou anseios já existentes nas mentes

do público alvo.

Segundo Kotler (2000), consiste na análise de oportunidade,

desenvolvimento de estratégias, planejamento de programas e administração dos

esforços para atingir seus objetivos.

Para Richard J. (1998, p.312), Há diversas estratégias estruturadas

disponíveis para auxiliar os tomadores de decisão, que se destaca por três aspectos

básicos da decisão de posicionamento:

• Posicionamento competitivo: Aqui o ponto central da estratégia de

posicionamento refere-se a identificação de uma posição para o produto

da empresa, baseada estritamente nos produtos na concorrência.

• Posicionamento no mercado alvo: O principal critério dessa estratégia

não é a concorrência, mas sim o mercado-alvo e suas preferências.

• Posicionamento por categoria de produto: Os produtos de uma

determinada categoria apresentam características similares.

Richard J. (1998, p.314), “ A marca pode torna-se uma representação de

satisfação que vai influenciar o consumidor a optar repetidamente por um produto

especifico em detrimento dos outros produtos concorrentes.”

2.4.1 Mercado

Um mercado é um mecanismo que permite às pessoas realizar trocas,

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normalmente reguladas pela lei da oferta e da procura.

Segundo Kotler (2000), um mercado consiste de todos os consumidores

potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo especifico, dispostos e

habilitados para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo.

Para Lima (1978, p213), mercado significa ajustas a ação administrativa, de

forma dinâmica, no sentido de servir ao consumidor, dentro dos limites de

lucratividade – estipulados pelos objetivos da empresa e pela condições de

mercado.

Para Rocha (1999. p,30), termo mercado pode ser visto de varias formas:

mercado potencial e mercado existente; mercado sob o ponto de vista estratégico e

sob ponto de vista tático.

Assim podemos definir as três condições básicas para que exista um

mercado:

• Que o consumidor perceba a existência de uma necessidade;

• Que exista pelo menos um produto para satisfaze-a;

• Que exista capacidade de compra.

2.4.2 Segmentação de mercado

De acordo com Moreira (2005. p,44) segmentação é o processo de dividir

um grupo heterogêneo de cliente em grupos homogêneos entre si, formando

segmentos com as mesmas característica, comportamento e necessidades.

Para Kotler (1996, p.88) é o reconhecimento básico de que cada mercado é

composto de segmentos distintos, consistindo em compradores com diferentes

necessidade, estilos de comprar e resposta a variações na oferta.

Segmentar o mercado é o resultado da divisão de um mercado em

pequenos grupos. Este processo é derivado do reconhecimento de que o mercado

total representa o conjunto de grupos com características distintas, que são

chamados segmentos.

Segundo Kotler (2000), a segmentação de mercado representa um esforço

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para o aumento de precisão de alvo de uma empresa.

Em função das semelhanças dos consumidores que compõem cada

segmento, eles tendem a responder de forma similar a uma determinada estratégia

de marketing. Isto é, tendem a ter sentimentos e percepções semelhantes sobre um

rol de marketing, composto para um determinado produto.

Conforme Kotler (2000), segmentação pode ser adotada em quatro níveis:

segmentos, nichos, áreas locais e indivíduos.

Para Moreira (2005. p,47) “As informações nos processos de segmentação

podem ser agrupadas de acordo com vários critérios. O quadro abaixo traz alguns

deles.”

BASE PARA SEGMENTAÇÃO EXEMPLO

Geográficas Continentes, países, estados cidades ou regiões importantes para i negócio; clima.

Demográficas/socioeconômicas Idade; sexo; renda; estado civil; classe social; nacionalidade; raça; educação; ocupação; ciclo familiar; religião

Psicográficas Personalidade; estilo de vida, atitudes, percepção

Comportamentais Influencia na compra; hábitos de compra; intenção.

Aspectos do produto Uso do produto; sensibilidade ao preço; lealdade. Benefícios.

Canal de distribuição Impessoal. auto-serviço; pessoal; personalizado; virtual

Quadro 1: Tipos de segmentação Fonte: Moreira (1995, p.47)

Moreira (2005. p,48) “cada segmento responde diferentemente aos

elementos do composto de marketing, devendo o profissional verificar qual a

combinação melhor se adapta.

Para Cobra (1994. p,133) existem requisitos para a segmentação do

mercado são as seguintes:

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• Um segmento precisa ser edificado e medido: A obtenção de dados

demográficos, sociais e culturais dos membros do segmento permite

determinar o tamanho, o potencial e a importância do mesmo.

• Um segmento precisa ser economicamente acessível: não basta um

segmento de mercado possuir um potencial atraente; é preciso que ele seja

acessível do ponto de vista econômico.

• Um segmento precisa evidencia um potencial adequado: para que um

segmento represente uma oportunidade de marketing é preciso que o seu

potencial seja atraente.

• Um segmento precisa ser razoavelmente estável; as mutações do

segmento poderão tornar as oportunidades de marcado desinteressantes. É

preciso, portanto, identificar com clareza qual segmento-alvo é atualmente o

melhor.

2.4.3 Participação mercado

A participação no mercado e designa a fatia de mercado detida por uma

organização. Sua medida quantifica em porcentagem a quantidade do mercado

dominado por uma empresa.

Segundo Cobra (1992, p.77) “O segredo para obter a máxima participação

de mercado é entrar em novos mercados com produtos diferenciáveis. Desse modo,

é possível praticar preço melhores e, por conseguintes, obter lucros.”

Conforme Kotler (2000), enquanto estiver tentando expandir o mercado total,

a empresa deve continuamente defender seus negócios contra ataques rivais.

O valor de um produto ou serviço as vezes aumenta exponencialmente com

o market share, pois quanto mais útil ele se torna, mais essencial será para os

consumidores ou comunidades de usuário. Porém, esta equação nem sempre é

verdadeira, principalmente quando analisamos mercados rígidos por uma política de

guerra de preços.

Segundo Kotler (2000), em geral a empresa deve procurar novos usuários,

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novos usos e intensificação do uso de seus produtos.

Nagle (2000) reforça a ânsia das empresas em aumentar a participação no

mercado através da negociação de preços com seus clientes, fazendo com que os

clientes ignorem o valor do produto, pensando apenas se é o melhor preço ou a

melhor negociação.

2.4.4 Concorrência

Segundo Kotler (2000), Concorrência de mercado alerta a empresa para um

conjunto mais amplo de concorrentes reais e potenciais e estimula mais o

planejamento estratégico de mercado a longo prazo.

É um tipo de mercado em que há um grande número de empresas, de tal

sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante não afeta os níveis de

oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado

"atomizado", pois é composto de um número expressivo de empresas, como se

fossem átomos. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes

premissas:

• Produtos homogêneos: Não existe diferenciação entre produtos

ofertados pelas empresas concorrentes.

• Não existem barreiras para o ingresso de empresas no mercado.

• Transparência do mercado: Todas as informações sobre lucros, preços

etc. são conhecidas por todos os participantes do mercado.

Para Richard (1998, p.423), “A estratégia da concorrência deve ser

acompanhada como uma questão de boa pratica de negócios, ligada a observação

do meio ambiente.”

O melhor é simplesmente estar atento à concorrência para poder determinar

a estratégia com base na necessidade do mercado e do produto.

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De acordo com Cobra (1992, p.127), “graças à atuação da concorrência que

uma empresa tende a organizar-se, adaptar-se e até mesmo inovar para poder

vencer a batalha do mercado.”

2.4.5 Pesquisa de mercado

Segundo Arantes (1978, p.402) “pesquisa de mercado é usada para

determinar as características quantitativas e qualitativas de um mercado, tais como:

• Localização geográfica;

• População e sua divisão em grupos, por idade e sexo;

• Crescimento vegetativo;

• Renda per capita e renda disponível;

• Nível cultural e religião

• Vida social, hábitos de compra e etc.

Conforme Arantes (1978, p400) “pesquisa de mercado é a obtenção,

registro, análise e interpretação objetiva de todos os fatos a respeito dos elementos

constituintes de um mercado.”

“ A pesquisa de mercado é entendida por muitos autores de marketing como sendo qualquer esforço planejado e organizado para obter fatos e conhecimentos novos que facilitem o processo de decisão de mercado. Ou ainda, a coleta, o registro e a analise de todos os fatos referentes aos problemas relacionados à transferências e venda de mercadorias e serviços, desde o produtos até o consumidor.” (Cobra. 1992, p.155)

Para Cobra (1992, p.155) a pesquisa de mercado só é compreendida como

tal se exercida de forma planejada e organizada, há uma serie de ocasiões nas

quais a pesquisa é necessária como ferramenta de tomada de decisão;

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1. Há mercado para o produto ou serviço? Qual a dimensão do

mercado? Que características esse produto ou serviço deveria ter

para atender às necessidades, desejos e expectativas dos

consumidores potenciais? ? Qual seria a previsão de vendas para os

primeiros meses e anos?

2. Que apresentação deveria ter o produto?

3. A que preço lançar o produto ou sérico?

4. Qual seria a participação do mercado factível?

2.4.6 Sistema de informações de marketing – (S.I.M)

Executivos modernos dependem de um fluxo de informações, a fim de tomar

decisões. Segundo Kotler (1996, p186) Existem três tendências, especificamente,

tornam a necessidade de informações de marketing mais intensa

1. Mudança do marketing local para nacional e internacional; os executivos de

marketing são removidos fisicamente de seus mercados, tornando-se

altamente dependentes de fluxo de informações para tomadas de decisão

2. Transição das necessidades do comprador para desejos do comprador; os

vendedores precisam de mais informações sobre como os compradores irão

gastar suas rendas discricionárias

3. Transição da concorrência de preço para a de não-preço; A medida que os

vendedores aumentam a sua dependência sobre as armas de concorrência,

como determinação de marcas, diferenciação de produto, propaganda e

promoção de vendas

A informação é vista como um recurso fundamental, que deve ser

desenvolvida e administrada de forma organizada

Segundo Richard J. (1998, p.88) “sistemas de informações é um complexo

estruturado e interativo de pessoas e máquinas, projetada para gerar informações

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pertinentes numa base continua e a partir de fontes internas e externas da empresa.

Para Kotler (1996, p.487) “ é um complexo estruturado de pessoas, máquinas

e procedimentos em interação, projetados para gerar um fluxo ordenado de

informações pertinentes, coletadas de fontes internas e externas.

Mattar (apud Cox e Good, 197, p.35) “é um complexo estruturado e

interagente de pessoas, maquinas e procedimentos destinados a gerar um fluxo

ordenado e continuo de dados, coletados de fontes internas e externas a empresa.”

De acordo com os autores citados sistema de informações de marketing são

dados coletados tanto internamente e externamente podendo servir como base para

tomada de decisões na empresa.

Macroambiente

Economia

Tecnologia

Legislação

Cultura

Ambiente-tarefa

Compradores

Canais

Concorrentes

Fornecedores

Meio Ambiente

Fluxo deDados de marketing

Sistema de contabilidade interna

Sistema de inteligência de marketing

Sistema de pesquisa de marketing

Sistema cientifico da administração de marketing

Armazenagem

e

distribuição

Disseminação

Avaliação

Fluxo deInformação

de marketing

Planejamento

Execução

Controle

FLUXO DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING

Coleta Processamento Coleta

Descrição

Alerta

Decisão

Figura 1: O sistema de informações de marketing (SIM). Fonte: Richard J. (1998, p.88)

Conforme Mattar (2005) As vantagens advindas da adoção de uma sistema

de informação de marketing compreendem em:

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• Proporciona mais informações dentro das limitações de tempo exigidas

pela empresa. Concomitantemente, a empresa toda poderá conseguir melhor

desempenho;

• Permite a grandes empresas descentralizadas usar informações que

se achavam dispersas, reunindo-as e integrando-as de forma mais adequada;

• Permite maior exploração do conceito de marketing

• Proporciona a recuperação seletiva de informação – os usuários

recebem apenas o que querem e o que necessitam;

• Proporciona reconhecimento mais rápido das tendências em

andamento.

• Permite muito melhor uso das informações dos históricos das

atividades da empresa,

• Permite melhor controle de plano de marketing;

• Evita que informações importantes sejam ignoradas

• Reduz o numero de decisões tomadas intuitivamente, pois leva a

informação de forma conveniente e precisa;

• Depura o fluxo, as vezes esmagador, de informações de marketing,

que chega aos executivos transformando-o num volume razoável, adequado e

enxuto

2.5 Análise Ambiental

A análise do ambiente interno da empresa deve considerar assuntos como a

disponibilidade e a alocação dos recursos humanos, a idade e a capacidade dos

equipamentos e da tecnologia, a disponibilidades de recursos financeiros e o poder

e as lutas políticas no interior da estrutura da empresa.

Importantes forças fora do âmbito dos concorrentes e dos mercados

imediatos de uma organização determinarão sua operação sua ofensiva estratégica.

Segundo Sandhusen (2003), os profissionais de marketing sistematicamente

examinam em detalhe os ambientes internos e externos para descobrir ameaças e

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oportunidades importantes à construção e revisão das estratégias de marketing.

Para que os vendedores, profissionais de vendas e de marketing possam atender o mercado (consumidores e compradores organizacionais) da melhor forma possível, eles devem oferecer e comunicar um produto ou serviço, para que no sentido oposto, o mercado possa oferecer em troca dinheiro e feedback sobre a empresa e seus produtos (MOREIRA, 2004, p.28).

Segundo Moreira (2005. p11) “para que a empresa possa sobreviver e se

desenvolver é preciso que monitore o ambiente constantemente e se antecipe aos

acontecimentos.”

2.5.1 Macroambiente

Segundo Moreira (2005. p,11) “macroambiente é o composto de forças que a

empresa não pode controlar diretamente, como variáveis econômicas, sociais,

sindicais, demográficas políticas, tecnológicas, legais, ecológicas, culturais e

mercadológicas.”

De acordo com Kotler (1996. p63), “o ponto fundamental do macro ambiente é

que ele se modifica e, e que é mais importante, em ritmo acelerado obrigando as

empresas as se adaptarem as mudanças rapidamente.”

Conforme Moreira (2005. p,11) “variáveis atuam de uma maneira integrada,

sendo que a variação de uma delas pode influenciar bastante ou quase nada as

outras.”

Tipos de empresas:

• Passiva: enfrenta e extinção

• Adaptável: sobreviverá e, provavelmente, terá um crescimento

modesto.

• Inovadora: prosperará e até contribuirá para as mudanças que estão

ocorrendo no ambiente externo.

Segundo Kotler (1996, p64) “à medida que o ambiente muda, ele requer uma

adaptação rápida criativa ou reação por parte do organismo que com ele interagem.”

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Para Moreira (2005, p.11) “para que a empresa possa sobreviver e se

desenvolver é preciso que monitore a ambiente constantemente e se antecipe aos

acontecimentos.”

De acordo Kotler (1996, p.66), “existem cinco grandes componentes do macro

ambiente, suas ameaças e oportunidades, como uma implicação para administração

do sistema de marketing”. Segundo o autor, as cinco grandes componentes do

macro ambiente, são

• Demografia: estudo das características da população mundial.

• Economia: o poder aquisitivo total

• Lei e política: opinião publica e política governamental

• Tecnologia: força mais dramática.

• Cultura: cada indivíduo cresce com cultura especifica

Conforme Moreira (2005. p.12), “todos os cenários estão interligados e

existe influencia de um em relação ao outro.”

O ambiente externo interfere no cenário das organizações, as ameaças e

oportunidades são fatores externos que podem afetar direta ou indiretamente todas

as organizações.

Oportunidades e ameaças

Conforme Kotler (1996. p63), “existem forças que afetam a estrutura, a

conduta e a atuação dos sistemas de marketing da empresa, as quais formam o

macroambiente tendo grande impacto sobre a empresa.

Essas forças que afetam de forma incontrolável as empresas, são

caracterizadas por ameaças e oportunidades.

Segundo Kotler (1996, p.64), “uma ameaça ao meio ambiente é um desafio

por uma tendência desfavorável ou um distúrbio específico ao meio ambiente e que

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levaria a ausência de uma ação objetiva de marketing, a estagnação ou falência.”

À medida que o ambiente organizacional sofre mudanças, as empresas

necessitam adaptar-se a essas alterações, de forma coesa e criativa para não serem

ultrapassadas ou vencidas por suas concorrentes.

As oportunidades são fatores do ambiente em geral que, se bem

aproveitadas, podem fornecer uma vantagem competitiva para a empresa.

Na percepção de Kotler (2000), a chave de oportunidades se uma empresa

repousa sobre a questão de se pode fazer mais por essa oportunidade que os

concorrentes.

As falhas apresentadas pelos concorrentes podem ser aproveitadas pela

empresa como uma oportunidade para melhorar o seu produto e ganhar em

diferencial.

2.5.2 Microambiente

O sucesso do marketing é afetado pelo restante da empresa e pelos

intermediários, concorrentes e os vários tipos de públicos, pertencentes ao

microambiente.

Para Kotler (2000), o microambiente é composto por forças próximas a

empresa que afetam a sua habilidade para servir os seus clientes, os canais de

marketing, os mercados consumidores, os concorrentes e o público.

De acordo com Kotler e Armstrong (1998), o microambiente consiste em

forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes – a

empresa, os fornecedores, os canais de marketing, os mercados de clientes, os

concorrentes e os públicos.

Segundo Moreira (2005. p,15), “microambiente são forças próximas à

empresa que afetam sua habilidade de servir seus clientes, seus canais de

marketing e todos os públicos relacionadas a ela, mas que podem ser controladas

pela empresa.”

As expectativas externas são geradas pela comunidade, clientes e

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fornecedores, sendo que as expectativas internas são resultantes do publico interno

da empresa.

Expectativas Externas:

• Comunidade

• Clientes

• Fornecedores

Expectativas internas:

• Acionistas

• Alta administração

• Funcionários

2.5.3 Pontos fortes e fracos

As empresa devem estar sempre analisando a concorrência para saber

quais são suas vantagens e suas desvantagens.

De acordo com Moreira (2005. p,19) Algumas empresas preferem analisar

seus pontos fortes e fracos por áreas, em ambos os casos, a empresas pode atuar

sobre seus pontos fortes e fracos mudando a situação da empresa em relação a

concorrência.

Empresa Produção e Tecnologia

Marketing e vendas

Recursos Humanos Finanças

Pontos Fortes

Imagem que a empresa desfruta no mercado Liderança de mercado

Produtividade Tecnologia de processo

Venda pessoal Presença geográfica Mix de produtos Abastecimento e distribuição

Ambiente de trabalho Definição de objetivos Informática Qualidade de recursos humanos

Resultado econômico Controle de custos operacionais

Pontos Fracos

Lentidão e timidez nas decisões Dificuldade na comunicação

Limitação da capacidade produtiva Localização

Administração das filiais Política comercial Embalagem

Falta de recursos humanos Política de remuneração

Falta de participação nas decisões financeiras

Quadro 2: Analise dos pontos fortes e fracos da empresa. Fonte: Moreira (2005. p,19)

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Avaliação

de alternativas

Reconhecimento do problema ou

necessidade

Busca de informações

Decisão de compra

Avaliação da compra

2.5.4 Comportamento do consumidor

De acordo com Cobra (1992, p.201) O consumidor é largamente

influenciado pela idade, renda, nível de educação, pelo padrão de mobilidade e

gosto dos consumidor. Isto tudo tem levado administradores que atuam em

marketing a compreender o comportamento dos consumidores, buscando agrupá-

los em segmentos homogêneos de consumo.

“Entender o comportamento do consumidor do mercado-alvo PE a tarefa essencial do administrador de marketing, pois o mercado de consumo é constituído de todos os indivíduos e domicílios que compram ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoa.” (Kotler apud Cobra, 1992, p.21).

Segundo Moreira (2005, p.112) O consumidor é caracterizado por receber

estímulos das mais variadas fontes e formas no período em que ele esta aberto à

possibilidade de compra.

Figura 2: Processo de decisão de compra Fonte: Moreira (2005. p,113)

Para Moreira (2005, p.113) o potencial comprador cumpre algumas etapas

para firmar a sua decisão de compra, adequando sua estratégia de atuação e

abordagem à fase na qual o seu cliente encontra.

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3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste capítulo, será apresentado a empresa, o desenvolvimento da

pesquisa e considerações relativas aos objetivos.

3.1 Caracterização da empresa Nesse capítulo será feita uma breve apresentação da empresa que foi

desenvolvido este trabalho de conclusão de estágio. As informações utilizadas para

a apresentação dessa organização foram retiradas de relatórios gerenciais da

própria organização A. Bittencourt Ltda. E através do conhecimento dos seus

fundadores e colaboradores.

3.1.1 Histórico da empresa

A empresa A. Bittencourt foi fundada em 1978, pelo senhor Antônio

Bittencourt, para atender a cidade de Itajaí e proximidades, com seus produtos

direcionados a construção.

O primeiro passo para o nascimento da empresa, investiu numa pequena

loja de madeira com menos de 50 metros quadrados na esquina das avenidas Sete

de Setembro com a Joca Brandão, na cidade de Itajaí, onde iniciaram as atividades

comerciais de vendas de materiais de construção.

A princípio os trabalhos eram realizados em um ambiente pequeno e

humilde diante de seus principais concorrentes na época, os esforços foram de toda

família, principalmente dos irmãos que passaram a fazer parte da empresa.

Com a conquista de novos clientes o proprietário decidiu aumentar a mão de

obra e investir na estrutura do estabelecimento para melhor atender a demanda

crescente. Foi então que seus filhos, Edilio Bittencourt, Celso Bittencourt, Izilindo

Bittencourt, Antonio Bittencourt Junior e Paulo Roberto Bittencourt, começaram a

participar das atividades comerciais.

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A empresa A. Bittencourt tem o objetivo de continuar a ampliar seus

negócios, conquistando novos horizontes, clientes e amigos. Além disso prezamos

sempre a qualidade no atendimento, prestação de serviços com excelência e ter a

certeza de uma relação de amizade para com os nossos amigos, clientes e

colaboradores.

Atualmente contando com 7 lojas em Santa Catarina, sendo quatro lojas em

Itajaí , uma loja em Navegantes, uma loja em Porto belo e uma em Joinville. Tudo

isso devido ao excelente trabalho de todos, que hoje chegam a mais de 100

Colaboradores..

Missão: “Nossa missão é comercializar, com excelência, produtos e serviços

para atender e satisfazer, as necessidades dos clientes, colaboradores e

fornecedores; a fim de assegurar resultados que permitam a expansão e o

aprimoramento das nossas atividades”.

3.1.2 Organograma

A empresa A. Bittencourt, é uma empresa familiar o administrativo da

empresa é composto por seus sócios- proprietário. A empresa ainda não possui seu

organograma definido.

Figura nº3: Organograma Fonte: Dados primários

53

Gerente Operacional

Gerente Financeiro

Fiscal Controladoria

Gerentes Filiais

Vendedores

DiretoriaDiretoria

GerenciaGerencia

Recursos Humanos

Caixa

Almoxarifado

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O organograma é uma representação gráfica simplificada da estrutura

organizacional de uma instituição, especificando os seus órgãos, seus níveis

hierárquicos e as principais relações formais entre eles. É o instrumento mais usado

para representar a formalização de uma estrutura (Lacombe; e Heilborn, 2003).

3.1.3 Mercado de atuação

A empresa atua na comercialização de produtos focada a decoração de

interiores. As principais empresas do ramo de materiais de construção em Santa

Catarina são familiares.

Atualmente a empresa lida com um público diversificado tanto com

construtoras como também com pessoas físicas. Um fato relevante para o mercado

da construção e decoração é a sazonalidade de muitos dos seus produtos,

principalmente os que se referem à construção.

Como temos a estações do ano bem definidas na região Sul, produtos como

tinta e demais acabamentos tem grande giro nos meses de novembro, dezembro e

janeiro, ao contrário dos meses de julho a outubro que as vendas estão voltadas a

reparos de forma geral.

3.1.4 Concorrentes

Os seus principais concorrentes na atividade de comercialização de móveis

são: Liberato Móvel Shop, Móveis Masotti, Attraktiva Design, Dell Anno, Tuty Móveis

e Decoração, todas essas empresas já estão atuando algum tempo no mercado.

• Liberato Móvel Shop: Atua no mercado há mais de 35 anos com

projetos de moveis e ambientes.

• Móveis Masotti: Atua há 50 anos no mercado, fabricando

54

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- 56 -

artesanalmente moveis rústicos e atualmente clássico e

contemporâneo.

• Attraktiva Design: Trabalha com moveis clássicos e fibras naturais e

decoração.

• Dell Anno: Atua há 23 anos no mercado e trabalha com a linha de

moveis planejado.

• Tuty Móveis e Decoração: Atua há 2 anos com moveis e decoração de

interiores.

O mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá

novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o

aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os

preços de mercado tenderão a cair, e conseqüentemente os lucros extras, até

chegar-se a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de

novas empresas nesse mercado.

3.1.5 Serviços

A empresa atua na comercialização de produtos para construção, e também

uma linha de móveis e artefatos para decoração de interiores. Possui frota próprio

de caminhões, que realizam as entregas dos produtos comercializados.

55

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- 57 -

Cidades

20%

13%

67%

Itajaí

Balneário Camboriu

Navegantes

3.2 Resultados da pesquisa

Este item demonstra como a pesquisa foi realizada na empresa A.

Bittencourt Design., buscando informações através de questionários para analisar a

qualidade dos serviços.

As informações colhidas e interpretadas foram demonstradas através de

números expostos nos gráficos a seguir, possibilitando uma melhor

visualização dos resultados obtidos.

A pesquisa foi aplicada de forma aleatória numa população de 300 clientes

ativos do cadastro da empresa no período de 2008 e tendo como amostra de 122

clientes entrevistados, considerando um erro amostral de 7%.

A seguir demonstra-se os resultados da pesquisa classificados pelo perfil

dos clientes e as análises da qualidade.

3.2.1 O perfil do cliente

Neste item serão apresentadas características dos respondentes da

pesquisa e que representarão nos gráficos.

Gráfico 1: Classificação dos clientes por cidades Fonte: Dados primários

Verifica-se no Gráfico 1 que os clientes que responderam a pesquisa são

classificados em cidades 67% clientes são de Itajaí, enquanto que, 20% dos

56

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- 58 -

Sexo

29%

71%

Feminino

Masculino

56%

20%

13%11%

Aposentado(a)

Profissional liberal

Funcionário

Servidor

clientes são de Balneário Camboriu e apenas 13% dos clientes são de Navegantes.

Este número é representativo do cadastro de clientes da empresa.

Esta diferença decorre entre as cidades o fato que Itajaí está a localizada a

empresa e também se concentra a grande parte dos clientes e publico alvo.

Ainda, em relação ao perfil dos clientes, foi levantado o sexo do cliente,

situação representada no Gráfico 2 a seguir.

Gráfico 2: Sexo dos clientes Fonte: Dados primários

No Gráfico 2 observa-se que predominantemente 71% dos entrevistados é

do sexo é feminino, enquanto que 36% dos são do sexo masculino.

Gráfico 3: Profissão Fonte: Dados primários

Podem-se observar no Gráfico 3, que 56% dos clientes são

funcionários(publico), 20% são profissionais liberais, 13% são aposentados e

apenas 11% são servidores públicos.

57

58

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Gráfico 4: Idade Fonte: Dados primários

O gráfico 4 demonstra a idade dos clientes aonde 29% a maioria possuem

mais de 36 anos, logo em seguida 27% possuem idade ente 26 a 30 anos, 23%

possuem entre 31 e 25 anos, 14% possuem entre 21 a 25 anos e apenas 7%

possuem 20 anos.

Gráfico 5: Estado civil Fonte: Dados primários

O gráfico 5 demonstra o estado civil dos clientes, sendo que 47% a maioria

são casados, 31% são solteiros, 13% são separados e apenas 9% são divorciados.

Idade

23%

27%

14%

7%

29%Até 20 anos

Entre 21 a 25 anos

Entre 26 a 30 anos

Entre 31 a 25 anos

Acima de 36 anos

Estado Civil

47%

9%

13%

31%

Casado

Solteiro

Separado

Divorciado

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Gráfico 6: Há quanto tempo é cliente Fonte: Dados primários

O gráfico 6 demonstra a quanto tempo o cliente efetua compras na loja,

34% dos clientes compram ente 1 ano a 2 anos, 25% compram acima de 3 anos,

21% compram entre 1 a 2 anos e 20% compram em menos de 12 meses.

3.2.2 Análise da qualidade dos serviços

Os gráficos apresentados a seguir são resultados da análise da

qualidade dos serviços da empresa, utilizando as dimensões da SERVQUAL e

escala de Likert para avaliação da satisfação dos clientes, descrita a seguir:

I (insatisfeito) - o cliente considerou os serviços prestados deficientes,

não atendendo suas necessidades.

PS (parcialmente satisfeito) - o cliente considerou os serviços prestados

regulares, não atendendo parcialmente suas necessidades.

S (satisfeito) - o cliente considerou os serviços bem realizados, atendendo

suas expectativas.

MS (muito satisfeito)- o cliente considerou os serviços muito realizados,

atendendo e superando suas expectativas.

Há quanto tempo é cliente

34%

21%

20%25%

Menos de 12 meses

Entre 1 ano a 2 anos

Entre 2 anos a 3 anos

Acima de 3 anos

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Habilidade do atendente em solucionar suas dúvidas

60%

40%

S

M.S

Agilidade em resolver problemas

35%

65%

S

M.S

3.2.3 Dimensão e garantia

Na dimensão garantia, foram considerados os aspectos da qualidade:

agilidade em resolver os problemas; credibilidade, facilidade em obter informações,

garantia dos moveis e conhecimento dos funcionários.

Gráfico 7: Habilidade do atendente em solucionar suas dúvidas Fonte: Dados primários

No gráfico 7 podemos observar a habilidade do atendente em solucionar as

duvidas dos clientes, demonstra que atualmente 60% estão muito satisfeitos sendo

que o outros 40% estão satisfeitos com a habilidade. Durante a compra alguns

clientes podem ficar com duvidas em relação a alguns produtos e qualidades.

Gráfico 8: Agilidade em resolver problemas Fonte: Dados primários

60

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Credibilidade

66%

34%

S

M.S

Facilidade em obter informações

74%

26%

S

M.S

O gráfico 8 demonstra a agilidade dos atendentes em resolver problemas,

aonde podemos observar que 65% está muito satisfeito, e 35% está satisfeito.

Demonstra que as atendentes possuem conhecimento sobre determinado produto

ou assunto.

Gráfico 9: Credibilidade Fonte: Dados primários

O gráfico 9 demonstra a credibilidade da empresa e do atendente, aonde

67% estão muito satisfeito e 34% estão satisfeitos, podemos observar a capacidade

do atendente e empresa em transmitir ao clientes a confiança e honestidade.

Gráfico 10: Facilidade em obter informação Fonte: Dados primários

Observamos no gráfico 10 a facilidade do cliente em obter informações,

onde 74% estão muito satisfeitos e 26% estão satisfeitos, isso demonstra a

capacidade da atendente em repassar as informações ao cliente de forma clara e

coerente.

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Conhecimento dos funcionário sobre os produtos

28%

72%

S

M.S

Garantia

45%

55%

S

M.S

Gráfico 11: Garantia Fonte: Dados primários

Podemos observar no gráfico 11 a garantia, em que 45% estão muito

satisfeitos e 55% estão satisfeitos com a garantia que a empresa fornece ao cliente.

Gráfico 12: Conhecimentos dos funcionários sobre os produtos Fonte: dados primários

O Gráfico 12 forma considerados os conhecimentos dos funcionários sobres

os produtos comercializados na empresa, aonde 72% estão muito satisfeitos e 28%

estão satisfeitos. Demonstrando a capacitação e treinamento que foi dada aos

funcionários sobre os produtos da loja.

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Postura dos atendentes

36%

64%

S

M.S

Estacionamento

2%

26%

72%

P.S

S

M.S

3.2.4 Aspectos tangíveis

Nos aspectos tangíveis foram considerados os aspectos da postura dos

atendentes, estacionamento, localização, sinalização (identificação da loja),

exposição dos caminhões, comunicação (fax, e-mail, site), administrativo

(cadastro, caixa e cobrança), variedade, qualidade, prazo e preço.

Gráfico 13: Postura dos atendentes Dados primários

Podemos observar que no gráfico 13 a postura dos atendentes em relação

aos clientes, onde 36% estão muito satisfeitos e 64% estão satisfeitos,

demonstrando que os atendentes possuem uma boa postura e atendente com

educação e atenção.

Gráfico 14: estacionamento Dados primários

63

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Localização

23%

77%

S

M.S

Sinalização

61%

35%

4%

P.S

S

M.S

Observamos no gráfico 14 a satisfação dos clientes em relação ao

estacionamento da empresa, demonstra que 72% estão muito satisfeitos, 26%

estão satisfeitos e apenas 2% estão parcialmente satisfeitos, sendo a única

empresa no centro de Itajaí a fornecer estacionamento privativo aos clientes.

Gráfico 15: Localização Dados primários

Podemos observar no gráfico 15 a satisfação do cliente em relação a

localização da empresa, aonde 77% estão muito satisfeitos, onde 23% estão

satisfeitos com a localização, isso demonstra o alto grau de satisfação dos clientes

em relação a localiza a empresa que fica situada no centro de Itajaí.

Gráfico 16: Sinalização Dados primários

No gráfico 16 demonstra a satisfação dos clientes referente a sinalização da

empresa, aonde 61% estão satisfeitos, 35% estão muito satisfeitos e apenas 4%

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- 66 -

Comunicação

14%

47%

39%P.S

S

M.S

estão satisfeitos. A empresa passou por uma recente reformam, aonde não são

utilizados letreiros iluminados.

Gráfico 16: Exposições dos moveis Dados primários

Podemos observar no gráfico 17 a exposição de moveis, onde 72% dos

clientes estão muitos satisfeitos, 28% estão satisfeitos. Como se trata de uma loja

de design existem ambientes recriados para mexer com a idéia ou imaginação dos

clientes.

Gráfico 18: comunicação Dados primários

No gráfico 18 refere-se a satisfação do cliente em relação a comunicação da

empresa, aonde 47% estão satisfeitos, 39% estão muitos satisfeitos e apenas 14%

estão parcialmente satisfeitos. Atualmente foi criada uma pagina na internet para

melhor acesso e conhecimentos dos clientes em relação a loja e seus produtos.

Exposição dos moveis

28%

72%

S

M.S

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Administrativo

24%

76%

S

M.S

Variedade

21%

79%

S

M.S

Gráfico 19: administrativo Dados primários

O gráfico 19 demonstra o grau de satisfação do cliente em relação ao setor

administrativo, aonde 76% estão muito satisfeitos e 24% estão satisfeito.

Demonstra que a empresa está bem estruturada administrativamente

Gráfico 20: Variedade Dados primários

Podemos observar no gráfico 20 o grau de satisfação do cliente referente a

variedade dos produtos comercializados na loja, onde 79% estão muito satisfeitos

e 21% estão satisfeitos. Isso demonstra o alto grau de satisfação dos clientes em

relação a variedade, como trata-se de uma loja de moveis e artigos para

decoração.

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Qualidade

17%

83%

S

M.S

Preço

19%

55%

26%

P.S

S

M.S

O gráfico 21 é avaliado a qualidade dos produtos

Gráfico 21: Qualidade Dados primários

O gráfico 21 demonstra a qualidade dos produtos comercializados na loja,

onde a maior parte 83% estão muito satisfeitos e 17% estão satisfeitos. Demonstra

que os produtos possuem um fino acabamento gerando uma grande qualidade.

Gráfico 22: Preço Dados primários

No gráfico 22 podemos observar a satisfação do cliente em relação a política

de preços adotada pela empresa, onde 55% estão satisfeitos, 26% estão muito

satisfeitos e 19% estão satisfeitos. Como trata-se de produtos com alta qualidade

acaba gerando um determinado impacto no cliente que para muitos torna-se algo

‘salgado’.

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- 69 -

Prazo

2%

39%

59%

P.S

S

M.S

Horario de atendimento

2%

47%51%

P.S

S

M.S

Gráfico 23: Prazo Dados primários

O gráfico 23 refere se a satisfação dos clientes na questão do prazo para

pagamento, onde 59% estão muitos satisfeitos, 39% estão satisfeitos e apenas 2%

estão parcialmente satisfeitos. Atualmente a empresa trabalha como forma de

pagamento cartão de crédito, cheques, ou parcelamento com pagamento para

daqui a 5 meses.

Gráfico 24: horários de atendimento Dados primários No gráfico 24 podemos observar a satisfação dos clientes em relação ao

horário de atendimento da empresa, onde 51% estão muito satisfeitos, 47% estão

satisfeitos e apenas 2% estão parcialmente satisfeitos. Muitos clientes gostariam

que a empresa trabalha-se sábado até as 18:00 horas

.

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Rapidez do atendimento

6%

41%53%

P.S

S

M.S

Serviços/produtos entregue conforme prometido

18%

49%

33%

P.S

S

M.S

Gráfico 25: rapidez do atendimento Dados primários

Podemos observar que no gráfico 25 demonstra a satisfação do cliente em

relação a rapidez do atendimento. Onde 53% dos clientes estão muitos

satisfeitos, 41% estão satisfeitos e apenas 6% estão parcialmente satisfeitos.

Atualmente trabalha-se com apenas 5 vendedoras, e na alta temporada pode

ocorrer que o atendimento seja um pouco mais demorado que o habitual.

Gráfico 26: Serviços/produtos entregue conforme prometido Dados primários

Podemos observar no gráfico 26 a satisfação dos clientes em relação a

entrega dos produtos conforme prometido na compra da mercado. Onde 49%

estão satisfeitos, 33% estão muito satisfeitos e 18% estão parcialmente satisfeitos.

A entrega depende muito da pronta entrega, pois se no momento da venda não

tem o produto em estoque é necessário buscar em outras filias assim gerando

certa demora na entrega.

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Facilidade em resolver problemas

48%

52%

S

M.S

Cortesia

37%

63%

S

M.S

Gráfico 27: facilidade em resolver problemas Dados primários

Observamos no gráfico 27 o grau de satisfação dos clientes em relação a

facilidade do atendente em resolver problemas. Onde 52% estão muitos satisfeitos

e 48% estão satisfeitos. Isto deve se ao grau de instrução dos atendentes, que

realmente estão preparados para determinadas situações que possam surgir no

dia a dia.

Gráfico 28: cortesia Dados primários

Observamos no gráfico 28 a cortesia dos atendentes em relação aos

clientes. Onde 63% estão muito satisfeitos e 37% estão satisfeitos. A cortesia na

hora de atender o cliente pode influenciar muito na suas percepções e decisões de

compra.

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3.3.1 COMPOSTO MERCADOLÓGICO DA ORGANIZAÇÃO

Neste item serão apresentados itens que compõem o composto

mercadológico da organização e que foram identificados a partir desta pesquisa

3.3.1.1 Composto mercadológico

Atualmente a empresa A. Bittencourt Design trabalha exclusivamente com

móveis e artigos para decoração de interiores de qualidade e garantida com fino

acabamento tornando-se umas das melhores opções para a decoração e

personalização de ambientes

3.3.1.2 Composto mercadológico preço

Por tratar-se de uma loja especializada em moveis e artigos para decoração,

onde algumas marcas se destacam por nomes e símbolos, pagar caro em um

móvel é o melhor "custo-benefício" onde este não precisa ser de marca e sim de

boa qualidade.

Atualmente a empresa busca o publico A e B, sendo que não vendem

apenas os móveis e artigos e sim as idéias, os serviços e os sonhos do

consumidor.

3.3.1.3 Composto promoção

A empresa A. Bittencourt Design promove as suas vendas através de

propagandas em televisão, outdoors, anúncios em jornais locais, adesivos em

carros, panfletos e rádio local.

Atualmente a empresa proporciona aos clientes uma forma de pagamento

bem diferenciada das demais concorrentes, você pode optar o parcelamento em 15

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vezes ou parcelamento mínimo com entrada para daqui a 5 meses.

3.3.1.4 Composto Praça

A forma de comercialização dos moveis é através das lojas, então o cliente

vem até as empresas para efetuar a compra dos seus bens. Como podemos

observar nas pesquisas os maiores clientes se concentram em Itajaí

3.4 SUGESTÕES PARA A EMPRESA

Com a conclusão deste trabalho, cumpre o acadêmico a fazer sugestões a

empresa, através das análises feitas sobre os resultados da pesquisa, ficando a

critério da A.Bittencourt aplicá-las.

- Ampliar os canais de comunicação com os clientes; quanto maior o acesso

a informações o cliente obtiver melhor será a sua decisão sobre as suas compras,

aumentar os canais de comunicação através de e-mail e telefone.

- Tornar o estacionamento de uso único e exclusivo para os clientes; houve

reclamações de alguns clientes, pois no momento que foram efetuar compras ou

até mesmo conhecer a loja o estacionamento estava sendo utilizado por outras

pessoas.

- Mudar o horário de atendimento nos finais de semana; até o momento a

loja funciona aos sábado até as 13:00 horas e muitos clientes gostariam que o

horário fosse expandido até as 16:00 horas.

- A contratação de mais atendentes para que não haja demora. Na alta

temporada o movimento é muito intenso, atualmente possuem 4 atendentes sendo

que um atendimento pode demorar minutos e até horas.

- Implementar um setor de logística dentro da empresa para auxiliar nas

demandas das entregas. A maior despesa é na hora da entrega, pois atualmente

não existe um setor especifico para roteirizar as rotas de entregas das

encomendas.

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4. Considerações finais

O trabalho de conclusão de estágio foi muito importante para o acadêmico e

para a empresa, aproveitando a oportunidade de contribuir com ferramentas para

a melhoria da gestão de serviços da empresa A Bittencourt Design.

Através da estudo/analise do composto de marketing da empresa A.

Bittencourt design, foi possível diagnosticar várias necessidade dos clientes e

avaliar o nível de satisfação e a importância de cada dimensão da estudada, o que

possibilitou o acadêmico sugerir melhorias, para busca da excelência nos serviços.

Os objetivos foram alcançados, identificaram-se os clientes, descreveu-se

os processos da empresa e avaliou-se a qualidade dos serviços, utilizando a escala

ServQual, na percepção dos clientes. Apresentaram-se sugestões para melhoria dos

serviços da empresa.

Os aspectos metodológicos foram importantes para o desenvolvimento da

pesquisa e conclusão deste estágio. Foram definidos estratégias de pesquisa e o

questionário utilizado, aplicado de forma direta pelo acadêmico que permitiu o

sucesso na quantidade e nas respostas completas.

Os resultados demonstram que, de maneira geral, a empresa está

atendendo a satisfação dos clientes. Permitiu identificar alguns pontos frágeis da

empresa e que devem ser tratados imediatamente para a melhoria da qualidade.

Até o momento, não existia nenhuma estudo/analise do composto de

marketing da empresa A. Bittencourt design. Para empresa foi muito importante,

sendo assim, com os resultados os diretores da empresa e o acadêmico,

tiveram como avaliar cada item da pesquisa feita com os clientes, e planejar

novas estratégias para organização.

O acadêmico ampliou o seu conhecimento na área de administração de

empresa e para a empresa o estudo realizado foi muito gratificante, pois

identificou seus clientes, o nível de satisfação, e o composto de marketing da

empresa.

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para pesquisa, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1999. ROCHA, A.; CRISTENSEN, C. Marketing: teoria e prática no Brasil. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 1999. SALOMON, D. Como fazer uma monografia. 4ª ed. São Paulo: M. Fontes, 1996. SANDHUSEN, Richard L. Marketing básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

SEMENIK, Richard J. Princípios de marketing: uma perspectiva global.São Paulo: MAKRON Books, 1995. ZEITHAML,V., PARASURAMAN A.; BERRY, L. Delivering quality service. New York: Free Press,1990.

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APÊNDICES

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Prezado Cliente,

Está é uma pesquisa de marketing que esta sendo realizada pela empresa A. Bittencourt, localizada na rua Brusque, 162, centro. A empresa agradece a preferência por comprar os nossos produtos sua decisão é altamente gratificante e nos impõe grande responsabilidade de conquistar definitivamente seu entusiasmo em relação à empresa. Por isso é absolutamente necessário obtermos suas impressões através desta pesquisa.

Este questionário faz parte do trabalho de conclusão de estágio, do curso de Administração Univali/Itajaí, e as informações de uso exclusivo e confidencial

1) Qual a cidade onde você reside? R: _________________________ 2) Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 3) Profissão: ( ) Aposentado(a) ( ) Profissional Liberal ( ) Funcionário ( ) Servidor 4) Idade: ( ) Até 20 anos ( ) Entre 21 a 25 anos ( ) Entre 26 a 30 anos ( ) Entre 31 a 35 anos ( ) Acima de 36 anos 5) Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Separado Casado ( ) Divorciado 6) Há quanto tempo você compra na loja? ( ) Menos de 12 meses ( ) Entre 1 ano a 2 anos ( ) Entre 2 anos a 3 anos ( ) Acima de 3 anos

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LEGENDA: I - insatisfeito, PS- parcialmente satisfeito, S - satisfeito, MS – muito satisfeito

0 = Nenhuma importância; ...; 4 = Muita Importância

Obrigado, pela sua colaboração!

Paulo Bittencourt E-mail: [email protected]

ASPECTOS DA QUALIDADE I PS S MS 0 1 2 3 4 GARANTIA Habilidade do atendente em solucionar suas dúvidas Agilidade em resolver problemas Credibilidade (Transmite confiança e honestidade) Facilidade em obter informações Garantia Conhecimento dos funcionários sobre os produtos TANGIVEIS Postura dos Atendentes Estacionamento Localização Sinalização (Identificação da loja) A exposição dos moveis Comunicação (telefone, fax, e-mail) Administrativo (cadastro, caixa e cobrança) Variedade Qualidade Preço Prazo PRESTEZA Horário de atendimento Rapidez no Atendimento (vendas) CONFIABILIDADE Serviços/produtos entregue conforme prometido Facilidade em resolver problemas EMPATIA Cortesia (educação, respeito, consideração e cordialidade)

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6 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

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Estagiário

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Supervisor de campo

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Orientador de estágio

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Responsável pelo Estágio Supervisionado

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