Trabalho de Português

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Apresentação Bom dia, o nosso grupo é constituído por mim, pelo Pedro e pelo Luís. Neste trabalho iremos fazer uma análise acerca dos Chás e do jantar na casa do Conde Gouvarinho. Para quem leu a obra e ficou a conhecer um pouco mais acerca de Eça de Queiroz, sabemos que o autor nesta sua obra nos remete para a caracterização da sociedade portuguesa, assumindo de forma de crítica e de sátira social. Eça mostra-nos uma sociedade onde os defeitos sociais impedem o progresso e renovação da mentalidades portuguesa e onde ninguém parece ter inteligência ou vontade suficiente para alterar esta situação. A primeira etapa do nosso trabalho teve por base ler individualmente os dois episódios e sublinhar aquilo que achávamos mais importante. Após isto, reunimos toda a informação e assim começamos a organizar o nosso trabalho com apoio de alguns sites e livros. Esperemos que gostem e que se divirtam, obrigado. Integração do episódio na estrutura da obra O episódio que aqui estamos a analisar, ocorre após o episódio da corrida de cavalos no hipódromo, e a seguir ao jantar surge a declaração de Carlos da Maia a Maria Eduarda. FALTA O NÚMERO DO CAPÍTULO O episódio dos chás dá-se no final do capítulo IX, em que Carlos na companhia de Dâmaso foi tomar chá à casa dos Gouvarinho. Carlos e condessa de Gouvarinho estavam seduzidos um pelo outro e num momento a sós trocaram afetos “Insensivelmente, irresistivelmente, Carlos achou-se com os lábios nos lábios dela.” (pág.219 VI) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA NA EDIÇÃO DO VOSSO LIVRO ‘OS MAIAS’ Imediatamente antes deste episódio, Ega parte para Celorico, porque se encontrava triste devido ao fim do romance com Raquel Cohen “-Sinto-me como se a alma me tivesse caído a uma latrina! Preciso de um banho por dentro!”. (pág.214 VI) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA Depois deste episódio dos Chás a condessa de Gouvarinho e Carlos

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Apresentação

Bom dia, o nosso grupo é constituído por mim, pelo Pedro e pelo Luís.

Neste trabalho iremos fazer uma análise acerca dos Chás e do jantar na casa do Conde Gouvarinho.

Para quem leu a obra e ficou a conhecer um pouco mais acerca de Eça de Queiroz, sabemos que o autor nesta sua obra nos remete para a caracterização da sociedade portuguesa, assumindo de forma de crítica e de sátira social.

Eça mostra-nos uma sociedade onde os defeitos sociais impedem o progresso e renovação da mentalidades portuguesa e onde ninguém parece ter inteligência ou vontade suficiente para alterar esta situação.

A primeira etapa do nosso trabalho teve por base ler individualmente os dois episódios e sublinhar aquilo que achávamos mais importante. Após isto, reunimos toda a informação e assim começamos a organizar o nosso trabalho com apoio de alguns sites e livros. 

Esperemos que gostem e que se divirtam, obrigado.

Integração do episódio na estrutura da obra O episódio que aqui estamos a analisar, ocorre após o episódio da corrida de cavalos

no hipódromo, e a seguir ao jantar surge a declaração de Carlos da Maia a Maria Eduarda.

FALTA O NÚMERO DO CAPÍTULO

O episódio dos chás dá-se no final do capítulo IX, em que Carlos na companhia de Dâmaso foi tomar chá à casa dos Gouvarinho.

Carlos e condessa de Gouvarinho estavam seduzidos um pelo outro e num momento a sós trocaram afetos “Insensivelmente, irresistivelmente, Carlos achou-se com os lábios nos lábios dela.” (pág.219 VI) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA NA EDIÇÃO DO VOSSO LIVRO ‘OS MAIAS’Imediatamente antes deste episódio, Ega parte para Celorico, porque se encontrava triste devido ao fim do romance com Raquel Cohen

“-Sinto-me como se a alma me tivesse caído a uma latrina! Preciso de um banho por dentro!”. (pág.214 VI) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINADepois deste episódio dos Chás a condessa de Gouvarinho e Carlos continuam com os seus encontros escaldantes, mas Carlos farto, começa a pensar como se livrar dela.

Entretanto, a condessa vai de viagem com o marido para o Porto, deixando Carlos livre deste compromisso:

“ele ia pensando como se poderia desembaraçar da sua tencidade, do seu ardor, do seu peso.. É que a condessa ia-se tornando absurda… como se o primeiro beijo trocado tivesse unido não só os lábios de ambos um momento, mas os seus destinos também e para sempre” (pág.222 VI) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA

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Resumos do episódio do jantar na casa do Conde Gouvarinho e respetiva integração na obra

O episódio do jantar na casa dos Gouvarinhos encontra-se no capítulo XII.

Ega volta de Celorico com a condessa de Gouvarinho, que lhe falava constantemente de Carlos.

Depois Carlos e Ega dirigem-se a casa dos Gouvarinho e Ega aproveita para lhe perguntar sobre o seu romance com a brasileira, dizendo a Carlos que soube do romance através de Dâmaso. Carlos conta-lhe a verdade sobre o romance, no entanto não se abre muito em relação aos seus verdadeiros sentimentos por ela.

Durante este jantar, o Conde, Sousa Neto e Ega discutem qual o lugar da mulher na sociedade e a sua educação.

Entretanto, a Condessa pede a Carlos para examinar Charlie que não parece sentir-se muito bem. Enquanto Carlos seguia a Condessa, ela pára bruscamente e beija-o.

Aparecem também Teles da Gama e o conde Steinbroken. O resto da noite passou-se no salão, ao som de fados e de melodias da Finlândia.Carlos da Maia lamentava-se “desesperado com a condessa, sobretudo consigo mesmo, tão fraco, tão passivo, que assim se deixara retomar por aqueles braços exigentes, cada vez mais pesados, e já incapazes de o comover…”. (pág. 43 VII) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA

No dia seguinte, Carlos encontra-se com Maria Eduarda e ela pergunta-lhe se não conhece nenhuma casa onde ela pudesse ir com a sua filha Rosa. Carlos lembrou-se logo da Casa de Olivais, resolvendo comprá-la.

Estes encontram-se completamente apaixonados um pelo outro, confessam o seu amor:

“É que um amor como o nosso não pode viver nas condições em que vivem outros amores vulgares…”. (pág. 48 VII) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA e “-O bastante para a adorar acima de tudo, e sem querer mais nada na vida!”. (pág.49 VII) CONFIRMAR O Nº DA PÁGINA

Depois, Carlos confessa abertamente a Ega o seu romance com Maria Eduarda e a sua intenção de fugir com ela. Eles falam do regresso de Castro Gomes de Brasil e Carlos diz que ele “não era um esposo a sério”.

Carlos fala também de seu avô, Afonso, e diz que “o avô tem de se afligir um pouco para eu poder ser profundamente feliz” / “O mundo é assim, Ega… E eu, nesse ponto, não esstou decidido a fazer sacrifícios.” (pág.54 VII).

Ega pensa para ele próprio que esta mulher seria para sempre, o seu irreparável destino “-É de arromba!”.

O excerto que escolhemos é sobre a crítica que fazem às mulheres durante o jantar:

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“ e de repente calou-se, embaraçado, levando a chávena aos lábios. Depois, lentamente, voltou-se para escutar melhor o Ega, que ao lado discutia com o Gouvarinho sobre mulheres. Era a propósito da Secretária das Legações da Rússia, com quem ele encontrara nessa manhã o conde conversando ao Calhariz. O Ega achava-a deliciosa, com o seu corpinho nervoso e ondeado, os seus grandes olhos garços… E o conde, que a admirava também, gabava-lhe sobretudo o espírito, a instrução. Isso, segundo Ega, prejudicava-a: porque o dever da mulher era primeiro ser bela, e depois ser estúpida… O conde afirmou logo com exuberância que não gostava também de literatas; sim, decerto o lugar da mulher era junto do berço, não na biblioteca…

- No entanto é agradável que uma senhora possa conversar sobre coisas amenas, sobre o artigo de uma revista, sobre… Por exemplo, quando se publica um livro… Enfim, não direi quando se trata de um Guizot, ou de um Jules Simon… Mas, por exemplo, quando se trata de um Feuillet, ou de um… Enfim, uma senhora deve ser prendada. Não lhe parece, Neto?

Neto grave murmurou:

- Uma senhora, sobretudo quando ainda é nova, deve ter algumas prendas…

Ega protestou, com calor. Uma mulher com prendas, sobretudo com prendas literárias, sobretudo dizer coisas sobre o sr. Thiers, ou sobre o sr. Zola, é um monstro, um fenómeno que cumpria recolher a uma companhia de Cavalinhos, como se soubesse trabalhar nas argolas. A mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem. “

Explicitação da relação do episódio com o título e subtítulo; Identificação de elementos que demonstrem o retrato da sociedade burguesa.A família Maia distribui-se ao longe de três gerações: Afonso, Pedro e Carlos. O episódio do jantar na casa dos Gouvarinhos gira em torno da última geração, Carlos da Maia. O romande d’Os Maias, título que nos remete para o estudo desta família fidalga, apresenta como intriga principal os amores incestuosos entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. Tudo começa com as visitas de Carlos e casa de Maria Eduarda, visto que Rosa estava doente (bronquite). Depois do jantar na casa do Conde Gouvarinho, Carlos declara-se a Maria Eduarda. Após isto, Maria Eduarda pergunta a Carlos se não conhece uma casa onde ela pudesse ir “Não me seria possível arranjar por aí uma casinhola, um cottage, onde eu fosse passar os meses de Verão?”, lembrando-se ele de imediato da casa de Olivais, a Toca, sendo lá o local dos seus encontros amoroso, onde preservam a intimidade da sua relação, e praticam o incesto, indo de acordo à intriga principal desta obra.Há ainda outras açoes secundárias que ajudam a compreender a ação principal e contribuem para a realização dos objetivos de crítica social, tais como: os relacionamentos amorosos adúlteros de Ega e Raquel Cohen e entre Carlos e a Condessa de Gouvarinho, estando este último presente tanto no episódio dos Chás como no episódio do jantar na casa dos Gouvarinhos.O subtítulo “Episódios da vida romântica” remete-nos então para os episódios e ações secundárias que retratam os costumes, gostos, tradições, divertimentos, aspetos sociais e políticos que é critica pela apatia e ociosidade em que a sociedade portuguese viva e pela ausência de espírito crítico.

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Indicar o objectivo deste espaço social: (observar e criticar)A ação decorre na casa dos Gouvarinhos, remetendo-nos os elementos textuais para uma casa requintada, tais como: “A sala, forrada de um papel severo, verde e ouro, com retratos de família em caixilhos pesados, abria por duas varandas sobre a folhagem do jardim. Em cima das mesas havia cestos de flores.” (pág.216 VI)Esta decoração da casa remete-nos para uma família culta, pacífica e com valores sociais e culturais. Porém, há um conjunto de pessoas que desfilam pela casa e nos mostram a degradação dos valores sociais, o atraso intelectual do país e a medriocidade mental de algumas figuras da alta sociedade lisboeta.

O objetivo deste espaço social é, então, reunir a alta burguesia e a aristocracia e radiografar a ignorância das classes dirigentes que revelam incapacidade de diálogo por manifestar falta de cultura.As conversas permitem observar problemas relativos à vida política, social e cultural: a crítica literária, a literatura, a história de Portugal, as finanças nacionais, etc. Todos estes problemas denunciam uma fragilidade moral dessa sociedade que pretendia apresentar-se como civilizada.

Caraterização de PersonagensCarlos da Maia

Protagonista da obra, é filho de Pedro da Maia mas, após o suicídio do pai, vai viver com o avô que lhe proporciona uma educação à inglesa. Apesar de ter sido educado para ser capaz de enfrentar todas as contrariedades, a sua vida fracassou, devido a ter tido uma educação baseada apenas em valores físicos e espirituais. Mas também devido ao meio onde se instalou – uma sociedade parasita, ociosa, fútil e sem estímulos, e por outro lado devido a aspectos hereditários – a fraqueza e cobardia do pai, o egoísmo, a futilidade e o espírito boémio da mãe.

Maria Eduarda

Ignorando a sua verdadeira identidade, entra na sociedade lisboeta pela mão de Castro Gomes, com quem partilhava a sua vida, havia três anos. É em Lisboa que se dá o infortunado encontro com Carlos que consuma a desgraça predita por Vilaça, quando Afonso resolve habitar de novo o Ramalhete, ignorando as suas lendas e agouros. A súbita revelação da verdadeira identidade da sua deusa vai provocar em Carlos estupefacção e compaixão, posteriormente o incesto consciente, e depois deste a repugnância. A separação é a única solução para esta situação caótica a que se junta a morte de Afonso. No final da obra, parte para Paris onde mais tarde se casa com Mr. de Trelain.

João da Ega

É o grande companheiro e confidente de Carlos da Maia. É o responsável pela apresentação de Carlos à sociedade lisboeta (através do jantar que organiza no Hotel Central)

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e tem, também, um papel fundamental na intriga principal, visto que é ele a que Guimarães entrega o cofre com a verdade. Tal como Carlos, é um dândi e um diletante, sendo, no entanto, muito mais exuberante e excêntrico. Desenvolve uma paixão avassaladora com Raquel Cohen, que termina com a sua expulsão de casa da amante, pelo seu marido.

Condessa de Gouvarinho

É uma mulher fútil que despreza o marido pelo seu fraco poder economico e desenvolve uma paixão por Carlos (até este se enfastiar e resolver abandoná-la). É uma personagem-tipo, simbolizando as mulheres adúlteras. É uma aristocrata que corporiza a decadência moral e a ausência de escala de valores da alta sociedade.

Sousa Neto

É representante da Administração Pública. É um homem ignorante, desconhece o sociólogo Proudhon, defende a imitação do estrangeiro, acompanha as conversas sem intervir, acatando todas as opiniões alheias, mesmo que absurdas. É uma personagem-tipo da burocracia, tacanhez intelectual e ineficácia da Administração.

Abordagem dos temas: Os temas discutidos no jantar centraram-se nos seguintes temas: A educação das mulheres;A falta de cultura dos homens que ocupam cargos políticos;O deslumbramento pelo estrangeiro.

Ega diz que a mulher tem dois deveres: o primeiro de ser bela e em segundo o de ser estúpida.

O Conde apoia esta afirmação, acrescentando que o lugar da mulher era a cuidar das crianças e não nas bibliotecas, mas contradiz-se ao dizer que era agradável uma senhora poder falar de literatura ou acontecimentos sociais. Neto concorda dizendo “…uma senhora, sobretudo quando ainda é nova, deve ter algumas prendas.” (pág. 40 VII) Mas Ega discorda fervorosamente dizendo que uma mulher culta é uma aberração e apenas necessita de duas e só duas prendas: cozinhar e amar bem, desprezando assim a capacidade das mulheres.

Sousa Neto é representante da administração pública e demonstra-se superficial nas suas intervenções. Eça usa Sousa Neto para mostrar como se encontra a cultura dos altos funcionários do estado, “E de repente calou-se, embaraçado, levando a chávena aos lábios”. O exemplo disso é quando Sousa Neto demonstra que desconhece o sociólogo Proudhon, o que revela uma falta de cultura por parte dele “-Não me recordo textualmente, mas…” e finalmente, perante a insistência de Ega, sintetiza a sua ignorância, afirmando que não sabia que "esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos escabrosos", como o amor, acrescentando que era seu hábito aceitar "opiniões alheias, pelo que dispensava as discussões" (pag.40 VII). Sousa Neta manifesta a sua curiosidade em relação aos países estrangeiros, fazendo perguntas e observações tais como “-Encontra-se por lá, em Inglaterra, desta literatura amena, como entre nós, folhetinistas, poetas de pulso?” e “Povo prático, povo essencialmente prático." (pág.41).

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A educação das mulheres; A falta de cultura dos homens que ocupam os cargos

políticos; O deslumbramento pelo estrangeirismo;

A mulher

Na obra “Os Maias” a educação e o comportamento da mulher são temas bastante

criticados.

Na sociedade daquela época as mulheres não tinham poder de opinião, não era bem visto uma

mulher falar dos assuntos intelectuais e políticos de que os homens falavam ou até mesmo

discutir com estes sobre qualquer assunto da atualidade; a mulher era apenas educada para

“ser prendada”, Ega diz mesmo: “a mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar

bem!”, Uma visão muito machista.

No jantar podemos apreciar duas concepções opostas sobre a educação das mulheres:

salienta-se o facto de ser conveniente que "uma senhora seja prendada, ainda que as suas

capacidades não devam permitir que ela saiba discutir, com um homem, assuntos de carácter

intelectual" (Ega, provocador, defende que "a mulher devia ter duas prendas: cozinhar bem e

amar bem").

O homem

A falta de cultura dos indivíduos que são detentores de cargos que os inserem na esfera social do poder – Sousa Neto (oficial superior de um cargo de uma grande repartição do Estado, da Instituição Pública), desconhece Proudhon, começando por responder a Ega que, provocante, lhe pergunta a sua opinião sobre o socialista, que não se recorda textualmente, depois "que Proudhon era um autor de muito nomeada", e finalmente, perante a insistência de Ega, sintetiza a sua ignorância, afirmando que não sabia que "esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos escabrosos", como o amor, acrescentando que era seu hábito aceitar "opiniões alheias, pelo que dispensava as discussões". Posteriormente, perguntará a Carlos se existe literatura em Inglaterra.

Estrangeirismo

Sousa Neto manifesta a sua curiosidade em relação aos países estrangeiros, interrogando Carlos, o que revela o aprisionamento cultural de Sousa Neto, confinado às terras portuguesas.

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A família Maia distribui-se ao longe de três gerações: Afonso, Pedro e Carlos. O episódio do jantar na casa dos Gouvarinhos gira em torno da última geração, Carlos da Maia. 

Conclusão

(Façam uma conclusão individual pf)

Com este trabalho, conseguimos obter a completa perceção do que Ega pretende criticar na sociedade portuguesa, destacando-se a falta de visão histórica e cultural, a ausência de espírito critico, apatia e ociosidade e a importação de modas estrangeiras. A crítica que Eça faz à sociedade do século XIX caracteriza-a como uma sociedade corrupta, fútil, superficial, ignorante, procurando agitar as ideias sociais, políticas e literárias, constitui uma verdadeira caricatura da sociedade portuguesa da época, conservando-a até à actualidade, apesar dos contextos serem um pouco diferentes.