Trabalho Financiamento

16
Sumário 1. INTRODUÇÃO..........................................................2 2. HOT MONEY...........................................................3 3. CONTA GARANTIDA.....................................................3 4. DESCONTO DE RECEBIVEIS..............................................3 5. FACTORING...........................................................4 5.1 Vantagens da Parceria com uma Factoring....................4 6. VENDOR..............................................................5 7. EMPRESTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO....................................5 8. LEASING.............................................................6 8.1 Tipos de leasing........................................... 6 8.1.1 Vantagem e Desvantagem do Leasing..........................7 9. FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO.......................................7 9.1 Recurso de Capital Próprio.................................8 9.1.1 Empréstimo Bancário........................................ 8 9.1.2 Capital de Risco........................................... 8 10. FINAME..............................................................8 11. CARTÃO BNDES........................................................9 12. CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC.................................10 CONCLUSÃO............................................................. 11 REFERENCIAS........................................................... 12

Transcript of Trabalho Financiamento

Page 1: Trabalho Financiamento

Sumário

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................2

2. HOT MONEY..............................................................................................................................3

3. CONTA GARANTIDA.................................................................................................................3

4. DESCONTO DE RECEBIVEIS...................................................................................................3

5. FACTORING...............................................................................................................................4

5.1 Vantagens da Parceria com uma Factoring............................................................4

6. VENDOR.....................................................................................................................................5

7. EMPRESTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO..............................................................................5

8. LEASING....................................................................................................................................6

8.1 Tipos de leasing......................................................................................................6

8.1.1 Vantagem e Desvantagem do Leasing...................................................................7

9. FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO..................................................................................7

9.1 Recurso de Capital Próprio.....................................................................................8

9.1.1 Empréstimo Bancário..............................................................................................8

9.1.2 Capital de Risco......................................................................................................8

10. FINAME.......................................................................................................................................8

11. CARTÃO BNDES........................................................................................................................9

12. CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC........................................................................10

CONCLUSÃO..................................................................................................................................11

REFERENCIAS................................................................................................................................12

Page 2: Trabalho Financiamento

2

1. INTRODUÇÃO

Para ter retorno que você tanto sonha é preciso acompanhar o ritmo do mercado.

Mas onde conseguir dinheiro para investir em sua empresa? Como obter o financiamento

adequado ao tipo de atividade que você trabalha?

Sem dúvida, um dos requisitos essenciais para o sucesso na expansão de sua

atividade é a habilidade para obter e manter o financiamento apropriado. Levantar capital

é um dos requisitos básicos de um negócio.

A necessidade de financiar está diretamente ligada ao mercado. "Se o seu produto

tem boa aceitação e a demanda é cada vez maior, você precisa investir para não ficar

fora do mercado”. Em função disso, começa a surgir a necessidade de financiamento.

Então vieram as financeiras e “facilitaram” a vida de todos. Os bancos também

tiveram que abrir estas linhas de crédito, pois estavam perdendo terreno para as

financeiras, mas para as empresas e para a população ficou bem fácil, pois com os

financiamentos as empresas conseguem alavancar seus capitais próprios e a população

realiza o sonho da casa própria ou de um carro novo.

Os contratos de financiamentos são utilizados para facilitar a aquisição de bens e

serviços. Nestes contratos o consumidor tem financiada uma determinada quantia em

dinheiro que deverá ser paga à instituição financeira em parcelas com acréscimo de juros.

Em caso de atraso, o valor da parcela será maior, pois serão cobradas multas e outros

encargos. Os contratos mais comuns de financiamentos são de automóveis, motocicletas,

caminhões, máquinas agrícolas, computadores, etc. Porém, o consumidor deve estar

atento as taxas de juros e demais encargos cobrados nos seus financiamentos para

verificar a prática de juros e encargos ilegais e abusivos.

Para escolher a melhor opção para um financiamento de acordo com o projeto

definido e necessário conhecer os vários tipos de financiamentos existentes no Brasil.

Page 3: Trabalho Financiamento

3

2. HOT MONEY

São empréstimos de curtíssimos prazos que os bancos fazem às empresas. Estas recorrem a essa fonte de recursos para ajustar seus fluxos de caixa.            A taxa de juros do HOT MONEY apresenta-se “linearizada”, pois é apresentada na forma de taxa mensal ao dia útil ou taxa de OVER, ou seja, a taxa efetiva de um dia útil multiplicada por 30 dias (convenção de mercado).            Para financiamentos de valores elevados, geralmente a operação é contratada por um dia e renovada no dia seguinte, caso haja necessidade. Tal procedimento evita riscos para as partes em períodos de grandes oscilações nas taxas de juros.            É comum, de forma a simplificar os procedimentos operacionais, para os clientes tradicionais da mesa neste produto, criar-se um contrato fixo de hot, estabelecendo as regras deste empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao cliente a partir de um simples telex, telefonema ou fax, garantidos por uma Nota Promissória já previamente assinada, evitando-se assim o fluxo corrido de papéis para cada operação.            Por ser uma operação de curto prazo, o Hot Money tem a vantagem de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma mudança brusca para baixo nas taxas de juros.

A formação de taxa para o Hot Money e definida pela taxa do CDI do dia da operação, acrescido de mais algum custo que deverá ser mencionado no contrato.

3. CONTA GARANTIDA

Abre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor-limite que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação. À medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata para suas emergências. Para o banco, é um instrumento mercadológico forte, mas que, se mal administrado, pode representar uma perda significativa, tendo em vista seu impacto sobre a administração de reservas bancárias, já que é necessário deixar recursos de suas reservas de livre movimentação em Stand by para atender à eventual demanda e, portando, sem aplicação.

Algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora, funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual trabalham com taxas de juros menores.

Os juros sobre esse produto são calculados diariamente sobre o saldo devedor e cobrados normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte ao de movimentação.

O IOF é calculado sobre o saldo devedor na base de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física ( 6% a.a.).

4. DESCONTO DE RECEBIVEIS

É o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre os valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.

O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco e garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, só teria disponíveis no futuro.

Page 4: Trabalho Financiamento

4

O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crédito das duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência.

Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo máximo e mínimo de acordo com a relacionamento Empresa X Bancos. O IOF é calculado sobre o principal, com a alíquota de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física (6% a.a.), limitado aos valores anuais,caso o prazo seja maior do que doze meses.

A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.

Outros tipos de operações de desconto também são feitos sobre os recibos de venda de cartões de crédito e os cheques pré-datados. Estas duas alternativas são uma forma criativa de adiantamento de recursos para as empresas comerciais. Os cheques pré-datados ficam em caução, como garantia do empréstimo.

5. FACTORING

Factoring é uma atividade comercial, mista e atípica, que soma prestação de serviços à compra de ativos financeiros.

A operação de Factoring é um mecanismo de fomento mercantil que possibilita à empresa fomentada vender seus créditos, gerados por suas vendas à prazo, a uma empresa de Factoring. O resultado disso é o recebimento imediato desses créditos futuros, o que aumenta seu poder de negociação, por exemplo, nas compras à vista de matéria-prima, pois a empresa não se descapitaliza.

A Factoring também presta serviços à empresa - cliente, em outras áreas administrativas, deixando o empresário com mais tempo e recursos para produzir e vender. A Factoring é destinado exclusivamente às Pessoas Jurídicas, principalmente as pequenas e médias empresas.

A finalidade principal da empresa de Factoring é o fomento mercantil. Fomentar, assessorar, ajudar o pequeno e médio empresário a solucionar seus problemas do dia a dia, são as finalidades básicas de uma Factoring.

5.1 Vantagens da Parceria com uma Factoring

A empresa recebe à vista suas vendas feitas à prazo, melhorando o fluxo de caixa para movimentar os negócios;

Assessoria administrativa; Cobrança de títulos ou direitos de créditos; Agilidade e rapidez nas decisões; Intermediação entre a empresa e seu fornecedor. O Factoring possibilita a compra

de matéria-prima à vista, gerando vantagens e competitividade; Análise de risco e assessoria na concessão de créditos a clientes.

Processo de Factoring inicia-se com a assinatura de um Contrato de Fomento Mercantil (contrato – mãe) entre a empresa e a Factoring onde são estabelecidos os critérios da negociação e o fator de compra.

São 4 as etapas básicas do processo: A empresa vende seu bem, crédito ou serviço à prazo, gerando um crédito

(exemplo: Duplicata Mercantil), no valor correspondente; A empresa negocia este crédito com a Factoring;

Page 5: Trabalho Financiamento

5

De posse desse crédito, a Factoring informa o sacado sobre o fato e a forma de cobrança (carteira ou banco);

Findo o prazo negociado inicialmente, a empresa sacada pagará o valor deste crédito à Factoring, encerrando a operação.

No mercado brasileiro o Factoring é mais atuante na modalidade convencional. Segue abaixo um pequeno resumo das principais modalidades:

Convencional – É a compra dos direitos de créditos das empresas fomentadas, através de um contrato de fomento mercantil;Maturity – A Factoring passa a administrar as contas a receber da empresa fomentada, eliminando as preocupações com cobrança;Trustee – Além da cobrança e da compra de títulos, a Factoring presta assessoria administrativa e financeira às empresas fomentadas;Exportação – Nessa modalidade, a exportação é intermediada por duas empresas de Factoring (uma de cada país envolvido), que garantem a operacionalidade e liquidação do negócio;Factoring Matéria-Prima – A Factoring nesse caso transforma-se em intermediário entre a empresa fomentada e seu fornecedor de matéria-prima. A Factoring compra à vista o direito futuro deste fornecedor e a empresa paga à Factoring com o faturamento gerado pela transformação desta matéria-prima.

6. VENDOR

É uma operação de financiamento de vendas baseadas no princípio da cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista.

A operação de Vendor supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao banco.

A empresa vendedora transfere seu crédito ao banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, paga o vendedor à vista e financia o comprador.

A principal vantagem para a empresa vendedora é a de que, como a venda não é financiada diretamente por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, comissões de vendas e royalties, no caso de licença de fabricação, torna-se menor.

È uma modalidade de financiamento de vendas para empresas na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma param de recorrer aos empréstimos de capital de giro no banco ou aos seus recursos próprios para não se descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.

Como em todas as operações de crédito, ocorre a incidência do IOF, sobre o valor do financiamento, que é calculado proporcionalmente ao período do financiamento.

A operação é formalizada com a assinatura de um convênio, com direito de regresso entre o banco e a empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa vendedora, banco e empresa compradora).

7. EMPRESTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO

São as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contrato específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.

Page 6: Trabalho Financiamento

6

O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das partes e, normalmente, envolve prazo de até 180 dias.

Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral numa relação de 120 à 150% do principal emprestado. Nesse caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando tem outros tipos de garantia, como aval e notas promissórias, os juros são mais altos.

Nos grandes bancos, os contratos podem ter características informais, como “garantia” de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa aplicado em fundo de curto prazo ou CDB.

8. LEASING

A operação de leasing é também conhecida como arrendamento mercantil, tal operação se tornou comum por ser utilizada como uma forma de financiamento, pois seu objetivo e que o proprietário de um bem móvel ou imóvel, conceda o direito de uso do bem em questão e em troca receba uma prestação como se fosse um aluguel.

O leasing é pactuado através de um contrato redigido pelo proprietário do bem, cabendo ao arrendatário apenas acatar suas clausular e firmá-la, ou não acatar, pois esta parte não tem direito a negociação a alterar qualquer clausula contratual.

O contrato pode ser firmado tanto por pessoa física, como por pessoa jurídica. Seu prazo mínimo de vigência é de dois anos, para casos em que o bem objeto do leasing tenha vida útil de até cinco anos, para os demais itens o prazo mínimo é de 3 anos.

Quanto a quitação do leasing, existe um prazo mínimo a ser cumprido, que [e determinado pelo banco central, sendo assim, a operação não pode ser quitada antes desse prazo, salvo se em contrato houver alguma clausula que contrarie tal determinação.

8.1 Tipos de leasing

Existem dois tipos de Leasing, são eles o Leasing Operacional e o Leasing Financeiro, abaixo veja as características de cada um deles.

Leasing Operacional: é aquele em que o cliente utiliza o bem, mas o arrendatário é quem se responsabiliza pela manutenção do bem; as parcelas contemplam o custo do arrendamento do bem e os gastos para o bem ficar a disposição, não podendo o total das prestações ultrapassar 75% do valor de bem; caso haja opção de compra o valor de esta é fixada pelo valor de mercado do bem, arrendatário pode rescindir o contrato a qualquer momento, sendo para tanto necessário, prévio aviso.

Leasing Financeiro: é uma operação de financiamento, que pode ser de médio à longo prazo; o valor da prestação manterá o bem durante o prazo da vigência contratual, adicionando um valor referente ao retorno dos recursos investimento; despesas com manutenção são de responsabilidade do arrendatário; no caso de compra o valor é livremente combinado entra as partes; .

Ao final do contrato de Leasing Financeiro a arrendatária tem as opções abaixo:1. Comprar o bem: adquirir o bem pagando apenas o valor residual já previamente

definido em contrato;2. Renovar o contrato: firmar continuidade na utilização do bem, normalmente com

taxas mais atrativas;3. Devolver o bem a arrendadora.

Neste tipo de Leasing despesas como seguro, manutenção, registro de contrato, imposto sobre serviço, e outro encargos ficam sob a responsabilidade do arrendatário.

Page 7: Trabalho Financiamento

7

8.1.1 Vantagem e Desvantagem do Leasing

Vejamos algumas vantagens do leasing financeiro, como financiamento de 100% do bem. O leasing financeiro permite agregar ao custo do bem objeto do contrato diversas despesas, como:

Impostos diversos – IPI, ICMS, ISS etc.; Instalações para o funcionamento do bem; Software; Custos com frete, embalagens, cargas etc.; Seguros; Comissões, taxas, reservas de capital; Custos de despachante para licenciamento de veiculo, IPVA etc.;

Quanto às desvantagens, como em todo em qualquer ato negocial, o contrato de leasing oferece um risco inerente, próprio de toda a transação comercial. No leasing, o empresário deve considerar com atenção o tipo de equipamento a ser arrendado, pois que alguns oferecem maior risco que outros, durante e no final do contrato. È o caso dos bens eletrônicos em geral, pois, como se sabe, o que se compra hoje como ultima novidade em pouco tempo será superado. Em um contrato de prazo longo, já estariam suplantados, e se substituídos por novos, para evitar a diminuição tecnológica, acarretariam grave prejuízos.

A principal desvantagem do Arrendamento Mercantil é o fato de que o equipamento arrendado não pertence ao arrendatário. Isto anula, parcialmente, a vantagem de que o arrendamento não aparece do lado do passivo como um exigível.

Em um financiamento comum poderá ser conseguidos 80% de uma instituição financeira, mediante um penhor. O remanescente levantará em outra instituição financeira, com a garantia de títulos, duplicatas, por exemplo. O financiamento do Leasing é mais caro, por via de conseqüência.

O que o Leasing propicia poderá ser obtido contrariamente por endividamento à longo prazo. Embora o Leasing aumente o capital de gira, poderá aumentar os custos.

O benefício fiscal em operação de Leasing comparativamente à compra de uma máquina só é bem claro se for por um prazo menor ao da depreciação. Isto do ponto de vista fiscal. Se os prazos de Leasing e da depreciação forem iguais, pode ocorrer benefícios se os pagamentos de Leasing forem divididos ao longo do tempo, de forma que sejam mais elevados nos anos iniciais de locação do que nos últimos.

Vias de regra, as despesas com o objeto de Leasing ocorrem por conta do arrendatário, o que encarece a operação.

Conclui-se que para a arrendatária a decisão deve ser tomada olhando-se á frente e sentir (feeling) se o bem a se locado será vantajoso durante e no final do contrato.E, a arrendante, ter em mãos uma ficha cadastral que mostre com clareza a condição econômica financeira da empresa que pretende ser arrendatária.

9. FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO

Para financiar a aquisição de bens duradouros de equipamentos e imobiliários e quando o recurso a capitais próprios não é possível ou não é suficiente, as empresas recorrem a diferentes formas de financiamento de médio e longo prazo designadamente:

Recurso a capitais próprios; Empréstimos bancários; Capital de risco.

Page 8: Trabalho Financiamento

8

9.1 Recurso de Capital Próprio

Constitui a forma menos cara de uma empresa se financiar e, simultaneamente, uma forma de garantir a manutenção da sua atividade e, deste modo, garantir o seu crescimento. Os capitais próprios são os capitais da própria empresa, tais como, o capital social, reservas, resultados e/ou prestações suplementares. Os resultados acumulados retidos na empresa são também denominados de autofinanciamento.

Sendo este tipo de recursos normalmente escasso, pode, contudo vir a ser utilizado caso os sócios ou acionistas tenham disponibilidade para aumentar o capital social da sociedade ou realizar entradas em dinheiro ou espécie, em volume suficiente para sustentar as necessidades de investimento requeridas, as quais poderão, posteriormente, vir ou não a ser transformadas em capital.

9.1.1 Empréstimo Bancário

Destinam-se a financiar investimentos em curso ou no seu início. A empresa tem que negociar as condições de concessão do empresário com a entidade bancária a quem o solicita designadamente o prazo, o período de carência de juros e/ou de amortização de capital e a taxa de juro.

9.1.2 Capital de Risco

As Sociedades de Capital de Risco (SCR) têm um modelo que assenta na partilha do risco do negócio com as empresas em início de atividade ou aquelas que necessitam, em determinada altura da sua vida, de injetar mais capital de modo a sustentar o seu crescimento ou a entrar em novos negócios.

Tal partilha assenta na participação das SCR no capital das empresas que solicitam o seu apoio através de um contrato ou acordo que determina as formas de relacionamento entre a SCR e a empresa participada e estipula igualmente o período, previsto na lei, durante o qual aquela permanecerá no capital bem como a mais valia que deseja obter quando da sua saída no final do período estabelecido no contrato.

O financiamento através de Sociedades de Capital de Risco é uma forma de financiamento barata, já que não obriga à liquidação de quaisquer encargos financeiros, mas a obtenção de apoio de uma SCR obriga à análise rigorosa e aprovação prévia de um plano de negócios detalhado da empresa.

10.FINAME

Financiamentos, sem limite de valor, para aquisição isolada de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES e para capital de giro associado, através de instituições financeiras credenciadas.

A taxa de juro é composta de Custo Financeiro + Spread Básico + Spread do Agente.

Custo Financeiro:

TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo Cesta de Moedas Variação do dólar norte-americano acrescido da Libor, exclusivamente em

concorrências internacionais.

Page 9: Trabalho Financiamento

9

Spread do Agente:

A ser negociado entre a instituição financeira credenciada e o cliente; nas operações garantidas pelo Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade - FGPC (Fundo de Aval) até 4% a.a.

Prazo Total

Financiamentos até R$ 7 milhões: até 60 meses Transporte de passageiro: até 48 meses; Transportadores autônomos de carga: até 72 meses.

Financiamentos acima de R$ 7 milhões ou que necessitem de prazo superior ao acima estabelecido: definido em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.

No caso de aquisição de ônibus que faça parte de Sistema Integrado de Transporte Urbano de Passageiros: definido em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.

11. CARTÃO BNDES

O Cartão BNDES é um instrumento que fornece crédito rotativo de até R$ 500 mil para que micro, pequenas e médias empresas possam realizar investimentos produtivos. Por meio do Cartão as MPMEs podem ter acesso a uma linha de crédito pré-aprovada e de uso automático.

A anuidade é definida pelo banco emissor, a taxa de juros é definida em percentual ao mes, em função da taxa a termo divulgada pela ANDIMA, calculada com base nas Letras do Tesouro Nacional.

O prazo de amortização é de 3 a 48 prestações mensais, fixas e iguais. As garantias são negociadas entre o banco emissor e o cliente, na análise de credito para concessão do cartão.

Os fornecedores são empresas fabricantes de máquinas, equipamentos e outros bens de produção, que tenham fabricação total ou parcial no Brasil. O Cartão BNDES poderá ser usado nas modalidades descritas abaixo:

Indireta: é a compra tradicionalmente realizada mediante a negociação entre fornecedor e cliente, mas finalizada pelo fornecedor no Portal de Operações do BNDES e quitada com o Cartão BNDES.

Direta: é a compra realizada diretamente pelo cliente (on-line) no Portal de Operações do BNDES e quitada com o Cartão BNDES. Esta modalidade está disponível apenas para os produtos cujo fornecedor tenha optado por vender desta forma.

Em ambas as modalidades, o custo para o fornecedor é a taxa de desconto, de até 3% deduzida do valor de cada operação.

É a instituição financeira autorizada, pelo BACEN, a operar cartão de crédito, aprovada pelo BNDES e responsável pela emissão do Cartão BNDES e pelo risco da operação. É a empresa responsável pela afiliação de fornecedores e pela gestão de transações comerciais através de cartões de crédito ou outros meios de pagamento.

Page 10: Trabalho Financiamento

10

12.CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC

É o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes.

Sua maior utilização é normalmente para a aquisição de veículos e eletrodomésticos.

O bem assim adquirido, sempre que possível, serve como garantia da operação, ficando à financeira vinculada pela figura jurídica da alienação fiduciária pela qual o cliente transfere a ela a propriedade do bem adquirido com o dinheiro emprestado, até o pagamento total de sua dívida.

O prazo dos CDC varia normalmente de três à 24 meses e, normalmente, financia de 50 a 80% do valor do bem.

As taxas são prefixadas para operações acima de 30 dias, vinculadas à TR no caso de operações acima de quatro meses, não podendo ser vinculadas à variação cambial.

O Funding (troca) das operações de CDC eram, até 1988, as letras de câmbio colocadas no mercado pela Financeira e resgatáveis nos seus respectivos vencimentos. Com a criação dos Bancos Múltiplos e com a crescente diminuição dos índices de liquidez das letras de câmbio, o Funding dessas operações passou a ser feito com os CDB da carteira comercial e os CDI.

Page 11: Trabalho Financiamento

11

CONCLUSÃO

Dados recentes de uma pesquisa realizada no setor empresarial do país, revelam que no prazo de um ano 50% das micros e pequenas empresas fecham por falta de capacitação gerencial. No Brasil, esse número chega a 75%. E imprescindível que o empresário esteja estruturado tanto nos aspectos administrativos como gerenciais para que possa fazer um bom uso dos recursos que demandou e não utilizar o dinheiro aleatoriamente.

Antes de adquirir o financiamento é importante o empresário elaborar um planejamento dos gastos anuais, e não diários como geralmente ocorre. Alguns cuidados que o cliente deverá ter ao optar por um financiamento:

1 - Carência: Veja se o empréstimo possui carência necessária para que se tenha tempo de investir num produto e obter retorno. Há dois tipos de carência: a relativa que agrega juros e correções, e a absoluta que não agrega nada. O dinheiro é do próprio cliente. Nesta última a carência é menor chegando a três meses, na carência absoluta o prazo é de até um ano. Se o financiamento não tiver nenhuma carência, pare e pense se será viável.

2 - Prazo: O prazo para o pagamento é outro ponto importante. Quanto maior for o prazo melhor para pedir o financiamento. A lógica do mercado é: pagar mais longe, receber mais rápido. No capital de giro o prazo varia de 12 a 24 meses com taxas de juros de 3% ao mês. Nos demais empréstimos o prazo pode chegar até 60 meses com taxa mensal que até 12%.

3 - Taxa de juros: Quanto menor a taxa de juros, menos será o custo financeiro. As taxas variam de 1% a 4% ao mês.

4 - Garantias: Ficar atento as garantias expostas no financiamento.Para não cair em armadilhas e importante ficar atento a todos os detalhes por

menores que seja.

Page 12: Trabalho Financiamento

12

REFERENCIAS

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 15. Ed. – Rio de

Janeiro: Qualitymark, 2002.

NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5º Ed. – Editora Atlas.

http://www.endividado.com.br/faq_det.php?id=9 acesso em 19 de março de 2009.

www.bndes.gov.br acesso em 17 de março de 2009.

http://www.capitalis.com.br acesso em 23 de março de 2009.