TRANSMISS~O DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA · A leishmaniose tegumentar americana e uma zoono...

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ALMtRIO DE CASTRO GOMES DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Monografia apresentada ao D! partamento de Epidemiologia da F a cu 1 da de de Sa ü de Púb 1 i c a da Universidade São Paulo ra obtenção do grau de MESTRE em SaÜde Publica. PAULO 1975 P.IBLIOTECA FACUU1;,,; C OE SAÚiJt PÚBLICA OF Plllll n

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ALMtRIO DE CASTRO GOMES

TRANSMISS~O DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Monografia apresentada ao D! partamento de Epidemiologia da F a cu 1 da de de S a ü de Púb 1 i c a da Universidade São Paulo p~ ra obtenção do grau de MESTRE em SaÜde Publica.

S~O PAULO 1975

P.IBLIOTECA FACUU1;,,; C OE SAÚiJt PÚBLICA UNIVE.R~IDAOF OF ~An Plllll n

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minha esposa, filha e

aos meus irmão~.

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A G R A V E C I M E N T O S

- Ao Professor Oswaldo Paulo Forattini pela orientação e aten çao dispensada na execução deste trabalho.

- Aos Professores Inãcio Costa Leite e Enio Garcia Goulart P! los primeiros incentivos na escolha do Magistério e pesqul sas entomolÕgicas.

- ~Universidade Estadual de Londrina que possibilitou a ob tenção deste titulo.

Ao Professor Dino B. G. Pattoli pelo apoio amigo.

- Aos Professores do Curso de Saüde Publica, em nível de Gra duação e Põs-Graduação, pelos seus ensinamentos.

- Aos colegas do Departamento de Patologia Geral da Universi dade Estadual de Londrina, pela colaboração e incentivo.

- Aos colegas Farmacêuticos Bioqufmicos do Curso de P~-Gradu! ção da Faculdade de Saüde Publica- USP pelo convívio Ütil.

- ~s funcionãrias da Biblioteca da Faculdade de ca-USP pela presteza de seus serviços.

Saüde PÜbli

- ~ Biblioteca Central e do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina pela colaboração na obten çao de inúmeros trabalhos consultados.

- Aos funcionãrios do Departamento de Epidemiologia da Facul dade de SaÜde Pública - USP pela convivência amiga.

- ~ Gertrudes Schwertner pelo serviço datilogrãfico.

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S U M Á 1 o

1. I NTRODUÇXO ..........................••••...•.•...... · 1

2. DISTRIBUIÇAO GEOGRAFICA DAS LEISHMANIOSES • • • • • • • • • • • 3

3. FLEBOTOM!NEOS DA REGIAO NEOTROPICAL ••••••••••••••••• 6

4. MEIOS DE TRANSMISSAO •••••••••••••••••••••••••••••••• 11

5.

6.

7.

·8.

ESPECIES INCRIMINADAS NA TRANSMISS~O 16

5.1. Fatores que incriminam os flebotomineos comove tores ......................................... 23

5.1.1. Fatores epidemiológicos ..........•.... 25

5.1.1.1.

5.1.1.2.

5.1.1.3.

5.1.1.4.

5.1.1.5.

5.1.1.6.

-Biotopos ................... .

Distribuição ecológica ..... .

Preferência alimentar ...... .

Endofi1ia e exofilia .•......

Aspectos meteorológicos •....

Animais reservatórios naturais

25

27

31

33

35

38

5.1.2. Fatores parasitolÕgicos ...•........... 44

5.1.3. Fatores experimentais ................. 48

IMPORTJtNCIA EM PROFILAXIA ••••••••••••••••••••••••••• 51

CONCLUSOES . ........................................ . 53

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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1. INTRODUÇ~O

Este trabalho constitue um esforço no sentido

de sintetizarmos os conhecimentos sobre a transmissão da leish

maiose tegumentar americana, ate 1974, através dos relatos de

inúmeros pesquisadores.

Nossa preocupação maior estã voltada principal

mente ãs espécies de Lei~hmànid responsãveis por afecções hu

manas, motivo pelo qual, tem-se justificado sua importância em

SaÜde PÜblica, particularmente nos países que possuem grandes

ãreas florestais, em cujo ambiente o homem mantem estreita re

lação.

As escassas investigações sobre esta doença ne~

ta Região e demonstrada pela carência de conhecimentos sobre a

biologia das Lei~hmdnid. Informações isoladas apresentam po~

tos de vista divergentes, que resultam na existência de vãrias

etiologias e tipos geogrãficos, (FORATTINI, 1973).

A leishmaniose tegumentar americana e uma zoono

se e como tal, e mantida na natureza entre os animais mamife

ros e flebotomineos, pois o papel do homem como reservatõrio

e reduzido, porque sua infecção e acidental e não reune as con

dições favorãveis ã infecções de vetores.

A L~~hmdnid b4dzilien~i~ b4dZilien~i~ e sub-es

pecies similares são caracterizadas por um maior poder patog!

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nico e difícil isolamento através de técnicas laboratoriais.

Esta infecção apresenta-se com um carãter endêmico baixo ou me1,

mo silenciosa, pois sua elevação estã na dependência de surtot

epidêmicos, que por sua vez e resultante de atividades humanas

em tais ãreas, (FORATTINI, 1973).

Com relação a sistemãtica de Phlebotominae e

Le.-i..6hma.n.i.a., embora não ·haja uniformidade de opiniões, preferj_

mos optar por aquelas propostas por FORATTINI, (1971 e 1973),

respectivamente, pela clareza de sua ~ãlise.

A complexidade .deste estudo exige continuas in

vestigações e periódicas revisões dos novos elementos introdu

zidos na caracterização desta doença. Como exemplo, podemos cj_

tar que as investigações experimentais sobre a infecção de fle

botomineos com Le.i.6hman.i.a, assumem grande importância como ba

ses para estudos epidemiolÕgicos. Assim sendo, abordamos aqui

os aspectos intrínsecos e extrínsecos sobre a transmissão des

ta doença na região Neotropical, na presente data.

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2. DIST~}BUIÇ~O GEOGR~FICA DAS LEISHMANIOSES

As leishmanioses tegumentares estão distribui

das nas faixas tropicais e subtropicais do Globo. Estas doen

ças recebem ~ornes particulares conforme o local de ocorrincia.

Por exemplo: na bacia do Mediterrâneo e conhecida como Botão

do O~ente, Botão de Aleppo, Botão de B~~k4a, enquanto que

nas Américas, E~pund~a, Olce4a de Bau4u, Olce4a do~ Ch~cle4o~,

P~an-bo~, Uta, etc.

Este tipo cutâneo de leishmanioses, no Velho

Mundo, estã bem definido pois a maioria dos autores admitem a

existência de apenas uma especie, a Le~~hman~a t4op~ca (WRIGHT,

1905), da qual YAKIMOFF (1955), criou duas sub-especiesa Le~~~

man~a t~op~ca m~no4, que corresponde ao tipo clínico clãssico

ou sico e a Le~~hman~a t~op~ca majo~ ao tipo Ümido. Quanto -a

distribuição geogrãfica, compreende vãrias regiões da ~frica

Ocidental e Oriental, bacia do Mediterrâneo e do Mar Negr~ ta!

to na Europa Meridional como ao Norte da ~frica, ~sia Menor

Irã, Afganistão, ~sia Central, Paquistão, !ndia e Ceilão, (PE~

SOA, 1961; LYSENKO, 1971; REY, 1973).

As leishmanioses tegumentares da região Neotro

pical se distribuem do Sul do Mexico ao Norte da Argentina,

excluindo o Chile onde ainda não foi relatado nenhum caso. Com

a tendência atual de vãrios pesquisadores de não mais admiti

rem uma Ünica doença - a leishmaniose cutâneo-mucosa mas, -v a

rias outras com manifestações clínicas e aspectos evolutivos

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distintos, evidencia-se uma posição paradoxal ao que se verifi

ca no Velho Mundo. ConseqOentemente, decorre a criação de vã

rias categorias especificas e subespecificas de Le~~hman~a ,

cuja caracterização definitiva parece estar longe de ser alcan

çada frente aos escassos conhecimentos sobre a estrutura e bio

logia desses parasitos, assim como, das precãrias técnicas ate

aqui empregadas.

O QUADRO I mostra os tipos de leishmanioses te

gumentares da região Neotropical de acordo com proposição de

FORATTINI, (1973), assim como, o seu local de ocorrência.

LAINSON & SHAW, (1972) apos investigações epi

demiolÕgicas e laboratoriais, propuseram a criação de uma nova

sub-especie da Le~~hman~a mex~cana que recebeu a denominação

de L. m. amazonen~~~. Esta Le~~hman~a tem como caracteristi

ca clinica a formação de lesões unicamente cutâneas. Conclui

ram tambem que este parasito raramente infecta o homem porque

seu vetor e essencialmente zoÕfilo. Sua distribuição geogrãfi

ca compreende o Brasil (bacia Amazônica e Mato Grosso) e Trini

dad.

Recentemente, LAINSON & SHAW, (1974) revisando

a classificação das Le~~hman~a da região Neotropical sugere

uma outra sub-especie, desta vez, descendente da Le~~hman~a

b~az~l~en~~~. Trata-se da L. b. panamen~~~ que se distribui

na America Central (Panamã e possivelmente ao Norte) e Sul da

Colombia. Clinicamente se caracteriza por uma Ünica Úlcera. Con

tudo, pode propagar-se, as vezes, por via linfãtica sendo este

comportamento muito raro de acontecer.

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QUADRO I - Distribuição das 1eishmanioses tegumentares da re giio Neotropica1 com respectivo agente etio15gico, ate julho de 1974.

TIPO DE LEISHMANIOSE E AGENTE ETIOLOGICO

LEISHMANIOSE TEGUMlNTAR ME XICANA: Leibhmania BIAGI, 1953.

HI~X.-tc.ana.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR CEN TRO SUL-AMERICANA.

n-ta b~azilien~ib guyan~nbib. FLOCH, 1954.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR PE

RUANA. Leibhmania b~azilien

~ib pe~uviana. VtLEZ, 1913.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR CUTA NEO MUCOSA. Leibhmania

b~azilien~i~ b~azitien~i~ . V I ANNA , 1 9 1 1 .

LEISHMANIOSE DIFUSA. Lei~h

mania pi6anoi. I~EuiNA & RO MERO, 1959.

Fonte: FORATTINI, (1973).

LOCAL DE OCORRtNCIA

S U 1 dO I·) e X i C O ( C a m p e C h e , 0 a X a C a , W ui n ta na , R o o , Tabas c o, V e r a Cruz); Norte da Gua tema 1 a, Sa 1 v a dor e Hon duras dritânicas.

Honduras, ~icarâgua, Costa Rica e Panamâ, (GARNHA~, LEWIS, 1959) na América do Sul, destaca-se as Guianas e o V3le Amazônico. Segu~

do FORATTINI (1973) e provãvel que se estenda atê as regiões meridio nais do Brasil.

Vales Andinos da vertente Pacifi co entre 5 a 13° de latitude Sul, no Peru.

América do Sul - Brasil (Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul); Pe rü (vertente Atlântico, alem da Bolivia, Paraguai e Norte da Ar gentina. Segundo FORATTINI (197~,

se estende mais em direção equat~ rial, incluindo o Nordeste e Nor te do Brasil, Equador, Colombia e Venezuela. DIAZ- UNGRIA, (1969).

Bolivia, Brasil, Equador, Mexi co, Panamã e Venezuela, CONVIT et al 1959; CONVIT E KERDEL - VEGAS , 1960; NERY - GUIMARAES, 1965 MARTINEZ, ALVAREZ & BIAGI, 1969 .

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3 • F L E b O T O rÜ ; , t O S u A R. r. G I A O . H O T R O P I C A L

A dlstriDuição geográfica dos -P.tJ: .. c.ou tctn{Jtac e

~astante amplJ conforme apresentamos nos 2UAJROS T T

... l ' !II e IV.

C:stes são os Drecominantes nas regiões tropicais c: suc.-trop_j_

cais onde o l1tdi::e pluviot::êtrico anual alcança nivel superior

a 1 • O O O 1;1 m , ._ ~ ... : S , \ 1 9 7 4 ·' . Je acordo com PERFIL'tV, ( 1 9 6 8)

tais d'ipteros existem anterior ã separaçao dos cont1nentes.

,:, ..; u e l e s -1 u e têm s u a o c o r r ê n c i a no V e 111 o Mundo ,

tendem ser ma1s numerosos •,as zonas sêcas representadas princ.2_

palmente pelo~ desertos do Saara, da Siria, Kara-~um e Kyzyl-

~um \LYSt::~~cu, 1':171), enquanto oue no 1Jovo :·:undo a maioria na

Jita as floresta~ que ainda cobrem a região ou acompannam de

perto ta i s reservas f l o r e s ta i s , ( F O R A T T IN I , 1 9 7 3 e L E IH S, 19 7 4 ) .

Com relaç~o ãs esp~cies encontradas na região

Neãrtica e que foram motivos de estudos por alguns pesquisad~

res, supoe-se como sendo uma extensão da fauna tropical, (ROS~

aAL & MILLER, 1970). TamJ~c considera-se a ausência de fleJoto

mlneos no deserto da Ca1ifÕrnia, como sendo decorrente de uma

distriouição descontínua des:es dipteros no Continente A1;,erica

no.

.es:a grar.de e,\\:ensao terri~orial e'lcontramos

es~~cies q~e ~s~ão present~s ~~quase todas as areas, ass1m co

mo, aquelas cuj~ ocorr~nc1a :~m-se mostrado restrita, (QUADROS .. ' .. , l ! I e : ·. , . P 3 r a e x e m P 1 i := ~ c a r o p r i m e i r c caso, destdcamos

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Lutzomy~a tong~paip~~ e L. ~hannon~. Quanto ao segundo, ser

v e - n os d e e x e m p 1 o o L. v eJt.Jt u c. aJt um , o b s e r v a d a s o me n t e n os v a 1 e s

* interandinos do Peru e Colombia, (MARTINS et al, 1971 e FORAT

TINI, 1973).

Um aspecto. geogrifico que merece destaque, ref!

re-se i distribuição da fau~a flebotomfnica por altitudes. As

sim sendo, as pesquisas têm demonstrado que a maioria deles têm

predominância em baixas altitudes, com o limite miximo de

3 . 3 O O m • L. p e. Jt u e n ~ ~~. t e m h a b i t a t n a t u r a 1 a a 1 t i t u d e m i x i ma a c i

ma descrita, (FORATTINI, 1973).

Um fato interessante refere-se ao encontro de

psicodfdeos no Chile com exceção daquel·es pertencentes a sub-f~

mflia Phie.botom~nae., (DUCKOUSE, 1972). Na Guiana Ex-Inglesa,

* ainda não foi en-contrado flebotomineo, (MARTINS et al, 1971) •

LEWIS, (1971) aponta alguns fatores que influe~

ciam a distribuição destes dfpteros, Trata-se do tipo de solo,

sua natureza, composição ffsico-qufmica e umidade necessirios

ao desenvolvimento das formas imaturas. Contudo, estudos desta

natureza na região Neotropical são inexis~entes, possivelmente . por serem os criadouros locali.zados predominantemente nos am

bientes florestais e não tenha despertado ·interesse dos pesqu1

sadores. Ji no Velho Mundo, os estudos ecológicos tem sido mo

tivo de muitos relatos, principalmente no que concerne a adaE

tação dos flebotomineos a novos ambientes, apõs a destruição do

ecõtopo natural, (PETRISCEVA apud LEWIS, 1971 ).

* Martins, A. V., Lewis O. J. & Theodor, O. - Phlebotomine Sand flies. Trabalho apresentado a O.M.S., 1971.

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QUADRO 111 Eep4elu do glntro PSYCHOOOPYGUS do reqiOo neotroplcol,l974

lOCAl 0( OCOR~ ( " ( I A · :

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P. IT.I •l•c"u ( YARGAS, DIAZ UJE ~A. 19S9 1 .. .. . .. ... ............ ..

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P. (T.I w&4C..u4 (UTUN(S I COUTINHO, l9J9) .. . ........ ..... r ... .. . .. .

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lrasil (Jittnu Gera i S) lrastl (A•ap.i, Amd : •)n a~ . PHi , if '! '"t\

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Ptrú A•irtca Ctntra1 , 6rastl {Atl'\api . .~ c-·> '•ri, Mtranni o , Rcro .:l tJ nlJ, ),úu l t M.J , . cest, Venez ue 1a

lrastl ( Ac r-e, Ar. .t ;J.i , .:..o,szonH, P .s· ~ loftdOI\ 11 ) , Ci~o~ l ~ IH ;r.t nce s i, Pef ·. · n1dtd. Ve nuue l .a Iras" (Amazon ~o: a:~ n 1c1, M t na} ~ e t

'•ri, Rond ot'l • .s •:llt)l'tD' , •• • .:•1.1 CISI 1 Ptni l'l •• p., .. ~q "'" '· fr "'Ol "

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Iras tI 1 Rondonto )

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Iras ll {Atuzonas}

lras l1 ( 8ahu, ~ln.s Ge:rafs, Ptri, k1o ele J1n1 i ro ) Aritnt'n• ( MIU ÓB), Brl$1l l-'-'rt, r"t 9f1o Centro · C n ~ t •ti reqião Sul1, CÜ loebta, (qutdor . G..,iJnl Fr1nceu

lrastl ( Ac rt, Amo~pi, Ctari, 1-tin.s C.t ' 11, P• ri, lor.oonu ) , GulfRI franci •• ' l"tftt • i

Aair l c• C. t ntnl . "t!•ico (C.hhp1s, Qu'n tan&, Roo , hOJsco 1 -Arten ttn t ( "ns õ eo~ ) . Srastl (iah 11, • ~ • 4t Jlnttro, ~•o Paulo)

ai)(J, Pt fl t Jii

' ' 111 1 {Aauo11a~. Mtto Grosso)

A•ir.l ct Ctntrt1 lrastl ( A•api ). Gul•na Frtnctu

[.U.A., Móatco

A•ir1ct C.entr1l, Co lo11bh, (Qu•dor

lrasii (A•ipi, .Atl i Jonts, p,,.; . Rond~ •it, lo,tiU ) , Gu ian• rr f nCt11

Arttfttlftl (MhSÕt\), Brt~ fl l "tg 1io •ortl~stt, Ctntro•Oe:sh •ti rtt l to S~o~l ).

''"''"'f Aairlct Ce"t,.-11, Coloabh, Mia.f'o ( Chhpu, hbasco)

(qvtdor,

Page 13: TRANSMISS~O DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA · A leishmaniose tegumentar americana e uma zoono se e como tal, e mantida na natureza entre os animais mamife ros e flebotomineos,

QUADRO IV Espécies do gl!nero LUTZOMYIA da regillo Neotroplcal, 1974

Jlly.ia {Lutzcm!l.ia.) allncd1t.( (MARTINS, SOUZA FALCJ.O. 1962 ••••• , • ••

LI aqui.loni.a (FAJRCHilD l HARDWOOD, 1961) ............ ..... ...... .

LI and~na (OSORNO, OSORNO-MESA I HORALES·ALARCDN, 197Z *) ....... .

LI battüt.<.nü ( HERTIG, 1943) ••.•••.••••••••••• • • • .••••••••••••••

L I b<oo•nuta ( BlANCAS & HERRER, 1960) • ••••••••••••• ••• ••••••••• ••

L I b<6ol<ata (OSORNO-HESA, HORAlES·AlARCON, OSORNO & HUNDZ DE HOYOS, 1970) •.••.•....•....•• • ••••• •••. ••.•••• ••.••••• • • • .

LI bouAAoul< (BARRETTO & COUTINHO, 1941) •• ••••. . • •.•••• • • •.• • ••••

1.1 bAachyphalla (MANGABEIRA, 1941) •.•••••• •••••• • ••••. .. •• ..•••..

LI óu••<jouü {FlOCH & ABONNENC, 1944) • •••• ••• • .• ••• • •••• •• .••• •

l.l o•v•'".ioola (liMA, 193Z) .................................. .. ..

l.) oh•ütoph•< (FAIRCH!lD & TRAPIDO, 1950) .... .................. .

1.1 o<po•n•ü (MARTINS, FAlC~O & SilVA, 1964) ... . . .............. ..

LI oolomóüna (RJSTORCELll & VAN TY, 1941) ......... : ............ .

!.I o•uo<ata (COQUILLETT, 1907) ........ ... ........ ... ...... : .... ..

L.! o•uz.i (MANGABEIRA, 193B) ................ .. ...... .. ........ .. ..

1.1 d<aóolüa (HAlL, 1936) ................... . .... .. . ............ .

l.l d<aoantha (MARTINS l SILVA, 1965) ........................... ..

L. I düp<' (MARTINS l SILVA, 1963) ........... .. .. . ............. ..

L. I l!.va.ngel.i4ta..i (MARTINS & FRAIHA, 1911 •) ••• , • • • , •••••••••••. , ..

L. I <vanú (NUREZ-TOVAR, 1924) ................................ .. ..

L. I 6ümato< (BARRETTO, MARTINS & PEllEGRINO, 1956) .... .... ..... ..

I. I g .. <naü (CORDERO, VOGELSANG & COSSJO, 19ZB) ......... ..... .. ..

1.1 ga•p••vi.anna< (MARTINS, GODOY I SilVA, 196Z) ........ ... ...... .

1.1 gom<z.i (NITZULESCU, 1931) ................................ , ... .

L. I i.gna.c.i.o.i. (YOUNG, 1972 •) •• , .... ... . . .......... . . . ........ . .. , •

;L.) <n6Aa4p<no'" {MANGABEIRA, 1941) .. .................. ......... ..

:1. 1 üohnaoantha (MARTINS, FALC~O I SILVA, 196Z) .. .. .. .. ... ...... .

~.I üohyAaoantha (MARTINS, FALC~O & SILVA, 196Z) ................ .

;1.1 lyohy< (FLOCH & ABONNENC, 1950) ........ ...................... .

'1.1 long<6looo•a (OSORNO-MESA, MORAlES·ALARCON, OSORNO l MUNOZ. DE HOYOS, 1970) .................................. ..

il.l long.ipalp.i4 (LUTZ & NEJVA, 1912)

1.1.1 noguohii. ( SHANNON, 1929) ....... ... . ... . , ....... ... ...... ..... . 11.1 odax (FAJRCH!lD & HERTIG, 1961) ........................... .. ..

jl.l opp<dana (DAMPF, 1944) ....................... .. ............. ..

[1.1 oH•ói.a (FAIRCHILD & HERTIG, 1961) .... .... .. .. ... .. .......... .

I!. I oAutu (FAIRCHILO & TRAPIDO, 1950) ...... ...... .. ...... .. .... .

jl.l o•oAno.i (RISTORCELll I VAN TY, 1941J ......................... .

I!. I ottol<na~ (ORTIZ I SCORZA, 1963) ................. .. ......... ..

[!.) ovallu< (ORTJZ, 1952) ....................................... .

I!. I p<Au•n•ü ( SHANNON, 1929) ......... . ...... ...... .. ........ .. .. .

11. 1 pu <e< (HERTJG, 1943) ....................................... ..

11.1 p<6ano< (ORTIZ, 1972 *) .................................. ..

11.1 qua&üownHnd< (OSORNO, OSORND·MESA & MORALES·ALARCDN, 1972 • )

11.1 qu<nqu<6<A (DYAR, 1929) ...................................... .

11. 1 A<nú (MARTINS, FALCAO & SILVA, 1957) .... .... ...... ...... .... .

)l.l •au.a<da (OSORNO-MESA, OS ORNO & MORALES-ALARCDN, 197Z *) ... , ..

{!.I &<Mza~ (ORTIZ, 1965) .... ...................... .... ....... .. ..

ll.) HAAana (DAMASCENO & AROUCK, 1"'9) ............... .. ......... ..

I!. I •h<Alooti (MARTINS, SILVA & FALCAO, 1971 *) .................. .

I_! . I 4ouzalopu< (MARTINS, SILVA & FALCAO, 1970) .................. .

. tl.l •p<ni<Aa"a (MORAlES·AlARCDN, OSORNO·MESA, OSORNO & MUNDZ DE HOYOS, 1969) ••.•.•....••.••.•• • ..••••••••••••••••

I!. I •t<w«ti (MANGABEIRA I GAliNDO, 1944) ........................ .

fl,) t ownHndi (ORTIZ, 19S9) ... ....... ...... . ...... ............... .

11.) ve.\.\UC4Jt.wn (TOWNSEND, 1913) ... • • . . •. •.. •.••. .. • • •••... .. • .. • .•

.11.1 vexatAü (COQUilLETT, 1907) .... ... ........... .. . ............. .

11.) vendüatAü (DAMPF, 1944) ......... .. ........ . ..... .. . . .. ..... .

IC:o~OII!f.i.a} atJt.oc.tavata {KNAB, 1913) •.•...•.•..••• • • • , • • ••• • .• • •••..

IC. I óa<ty~ (rAHASCEôW, CA~SEY & iiROHK, 1945) .... ........... .. .. ..

fC. I b<ltAan< (VARGAS & DIAZ NAJERA, 1951) .......... .. .. . ... ..... ..

)C.) ooAA<al<ma< (MARTINS, COUTINHO & LUZ, 1970) ... .. .. .......... ..

!C.) OOAt•l•zz<,: (BRrTHES, 1923) ........ .. ...... .. . ......... .. .... .

)C . ) tdwa•dü (MANGABEIRA, 1941) .... . .. . .. . ....................... .

!C.) tvandAo i (liMA & ANTUNES, 1936) .............................. .

!C. I go<óitú (BLANCAS, 19S9) .................................... ..

IC:. } üovupeJttit.ionü {FAJRCHILD & HERTJG, 1958) •.•••••.• .••• • • •••

lc.J ltnti (MANGABEIRA, 1938) .......... . . .... ........ .. .. ......... .

)C.) •<gonü (FRANÇA, 19ZO) .. ........ ... ......................... ..

)C.) paoa< (FlOCH & A80NNENC, 1943) .. ...... ...................... ..

IC.I <up<cola (MARTINS, GOOOY I SilVA, 196Z) ...................... .

. )C,) •ttatopyga (FAIRCHILO & HERTIG, 1958) ................. .... .. ..

, )C,) vup<AU.U.onü (FAJRCHilO & HERTIG, 1947) .................... .

, )C, I vüüu (FAIRCHILD & HERTIG, 1958) .......................... ..

, fC.I walhü (NEWSTEAD, 1914) .................................... ..

;·rruchopyg cllny..la ) acanthopha.otynJ: (MARTINS I SilVA, 1962) .. • ..• . . • . • .

: {T,) alphab et.ica (FONSECA, 1936) ................................. ..

,)T.) append.icut.ata (MARTINS, FALC~O & SILVA, 1961) ................ .

LOCAL DE OCORR(NCIA

Brasil (Minas Gerah)

E.U.A .

Colo•bh (Soacha)

PerU

Perü

Colombh

Bras1l {Ptrí, Sio Paulo)

Brasil (Pari), Guiana Francesa

Guiana Francesa

Brasil (Minas Gerais)

Haiti, R~pUblica Dominicana

Brasil (Mtnas Gera h)

Colo•bh

Amtr1ca Central e México (Muzquiz, Coahuila) Brasil {Mato Grosso)

E.U.A. e México

Brasil ('Unas Gerais)

Bns1l (Mato Grosso)

Brasil (Pari)

América Central, Venezuela

Br-asil (M1nas Gerais)

Brastl (hrani), Uruguet

Bras11 (Esp'ir1to !:an!o r Rio dt Janeiro)

América Central e do Sul, até São Paulo

Venezuela (Mer1da)

Brasil (Amapi, Parã). Guia na Fr-ancesa

Brasil (Minas Ger-ats}

Brasil (Minas Gerats)

Bras11 (Roraima). Colombh, Panami, Trinidad. Venezuela

Colo111bta

A~aérica Central. Antérica do Sul (ati Sul do :~:~~~ai. Missões, Argentina e São Paulo},

Colombh, Perü América Central, Brasil (Rondonh)

E.U.A .• México

Pana111i

Cuba, Cayman Brac.

Colombh

Venezueh

América Central. Color~~bia, Méxi~o. Venezuela

PerU

Perü

Venezuela (Território do Amazonas)

Colombia (Socorro. Guepsa e Barbosa)

Argentina {Missões), Brasil (Nor-deste e Leste)

Brasll {Bahla e Minas Gerais)

Colombia {Santa Ana)

.Yc; ;.;zuel•

.:..uo~. io..c~: · ~t::ntr-al e· do Sul (até Rio de Janeiro), México. PerU

Bras t 1 {Mato Grosso)

Brasil (Espirtto Santo}

Cal ombh

E.U . A .• México

Venezuela

Colombia. PerU, Venezuela

E.U.A., México

México

Antilhas (Guad~lupe. Ilhas Virgens, M~rtinica) Colombh, Panamã, Trinidad, Venezuela

Brasil (Parâ, Roraima), Venezuela

México, Honduras

Brasil (Parani)

Argent1na (reg1ão Norte e Buenos Aires) Brasil {Oesde a reguo Nordeste ao Sul), Equador. P! raguai, Uruguai

Brasil (Parnã e Aio de Janeiro)

Brasil (Bahia, Ceari, Espirito Santo, Goiãs e Minas Gerais)

Costa Atca, Panami, PerU

Pana•i

Brasil {Alagoas. Bahia, Cearã. Goiis. Pari, H.! nas Gerais)

América do Sul {desde a Venezuela até o Sul do Brasil), Paraguai e Norte da Argentina

Brasil (Pari), Guiana Francesa

Brasil {Rio de Jane i ro)

México, Honduras Britinica

Al'llérica Central. Colo1111bh, Equador

Costa Rt c a, Panami

Colombia, Brasil (Amazonas, Bahia, Goiãs, Mato Grosso, Pari, Aondonh, Roraima), Panamã, lr.i nidad. Venezuela

Brasil (Goiis)

Argentina (Missões). Brasil {Par-ani, Santa C! tarina, São Paulo

Brasil (Minas Gerais)

, tT.) bHv.iducta. {BARR ETTO, 1950) ................................... Brutl (Esplrito Santo)

lllttt: CHDISTf.'!SP!, 1~7"; FnOATTINI. 1973; YOUPIG, 19P e "!JLLIA114S, 1970 a

• Espécies Novas

** Espécies de posiçio sistemittca incerta

s . p E S

'L. IT.I campb<ll< (DAMASCENO, CAUSEY & AROUCK, 194S) .............. ..

L. IT.I c•ati6« (FAIRCHILO I HERTIG, 1961) .......... ...... .. .. .... .

L. (T.I da4 ipodog<to n (CASTRO, 1939) ................ .............. ..

L. IT.I da•ymHa ( FAIRCHILD I HERTIG, 1961) ....................... ..

L, IT.I d•ndAc phila (MANGABEIRA, 194Z) ......................... .. .. .

L. (T.) d4g<ta ta (DAMASCENO I AROUCK, 1950) ........................ .

L. IT.I 6HA<Üana ( BARRETTO, MARTINS & PELLEGRINO, 1956) ......... ..

L. (T.I lan<< (BARRETTO & COUTINHO, 1941) .......................... .

L. IT.I long<p<nnü (BARRETTO, 1946) ............................... .

L. IT.I longüp<na (MANGABEIRA, 1942) .. ...... ......... ... ......... ..

L. (T.) lutz.<ana (LIMA, 1932) ...................................... .

L. (T.) m<cAopyga (MANGABEIRA, J.94Z) ••••••• •••• ••••••••• •••• ••••••••

L. IT.l oUveüa i ( MARTINS, SILVA & FALCAO, 197D) ... .......... .... ..

L. IT.I o•waldo< (MANGABEIRA, 1942)

L. IT.I p<llon< (SHERLOCK & ALENCAR, 19S9) .... .. . .. ............... ..

l. IT.I P•A<•< (MANGABEIRA, 1942) ................ .. ....... ...... .... .

L. (T.I puta na< (BARRETTO i. COUTINHO, 1941) ........ .. ............ ..

L. (T.) pia (FAIRCHILD & HERT!G, 1961) ...... ........ ........ . .. . .. ..

l. (T.j pAatt.<. (VARGAS & DIAZ N~JERA, 1951) ....................... ..

L. (T.I punct..i.g<nüulata (FlOCH & ABONNENC, 1944) •••••••••••.•••••.

l. IT.I <ang<liana (ORTIZ, 1952) .............................. .. .. ..

L. IT.) •ondonú n•ü (MARTINS, FALC~O l SILVA, 1965) .............. ..

L. (T.I &ca66< (DAMASCENO & AROUCk, 1956) ..... .. ............ ... .... .

l. IT.I &hannon< (DYAR, 1929) ..................................... ..

l. IT.I •oc cula (FAIRCHilD & HERTIG, 1961) ........ .......... ....... .

t. (T.I .6ouzaca.6.tlto..i {OAMASCENO I CAUSEY. 1944} ...... • . , , .. . • • • • .••.

L. IT.I tAühopyga ( FLOCH & ABOHNENC, 1945) ...... .. . .. .... ...... .. ..

l. IT.I t<.in<daden&ü (NEWSTEAD, 19ZZ) .......... ... . ...... ........ ..

l. IT.l tA.iAamula (FAIRCHILD I HERTIG, 19S2) .... .......... ....... .. .

L. IT.I undulata (FAIRCHILD & HERTJG, 1950) . ....... . .. ... ...... .. .. .

· t.. (T.) volcanut-b.Ü {F AI RCHILD I HERTIG, 1950) ... .... ............ . ..

L. IT.I wagley< (CAUSEY l DAMASCENO, 1945) ......................... .

L. IT.I züan< (BARRETTO, 1950) ................................... ..

L. [Oamp6omy.ia) a,thophoJta (ADDJS, 1945) ........ ..... .... ........ .. .

L. (O . ) d<l<on< (FAIRCHILD & HERTIG, 1947) .. ...... .... .. .. ..... .... .

L. (O.) dodgu (VARGAS & DIAZ N~JERA, 1953) .......... .... ...... ... ..

L. (0.1 <n&ol<ta (FAIRCHILD & HERTIG, 19S6) .... ......... .. . .... .... .

L. (0.) pe.m<Aa (FAIRCHILD & HERTIG, 19S6) ...... . .................. .

L. 10 .1 &amutli (DEANE, 195S) ...................................... .

L, {0 . ) 6auh.n6Ü ( FLOCH & ABONNENC, 1944) . .... . , . • . .. , .•.. , ... ... , .

L. IP.I vuü<6«a (FA!RCH!lD & HERTIG, 194;)

L. !M.icltopvgomy.i.a.) c.a.ti6on.n.ic.a (FAJRCHILO & H!::RTIG, 1957) ..•..••....

L. (N . I oaye nn<n&ú (FLOCH & ABDNNENC, 1941) ...... ...... ..... ... .. ..

L. (M.I oha.,,:g_.t.i ( FLO CH ABONNENC, 1944) .................. .. .. ..

L. !M.) c.h.iapa.nrn-llü (DAMPF, 1947) .... ............... . ........ . .... .

L. IM.) ot<n<dophoAa rFA!RCHILD & HERTIG, 1948) .................. ..

L. IN.I cuó'"'ü (FAIRCHILD & TRAPIDO, 1950) .. .... .... .. .... ..... . ..

L. IN .( duppyo•um (FAJRCHILD I TRAPIOO, 1950) ....... .... ..... .. .... .

L. (M.J duAani ( VARGAS & OIAZ N~JERA, 1952) .............. .......... .

L. IN.I mangab<üana (MARTINS, FALC.AO & SilVA, 1963) .... ....... . .. ..

l. (M.I p<lo'" (DAMASCENO & CAUSEY, 1944) ................ . .. .. .. . .. .

t.. (8a-\lte. .tomy.i.al bahú~n6.i.6 (MANGABEIRA & SHEALOCK, 1961) , .. • . . • , ... .

L. (B.I oalUpyga 1•ARTINS & SILVA, 1965) .................... . ..... .

L. !B.) c.o6.t.aUif!a.i. (MANGABEIRA, 1942) .......... . ..... . .......... , •..

l. (8.1 p•tAopolüana (MARTINS & SILVA, 1968) ..................... ..

L. (B.I tupynamba< (MANGABEIRA, 1942) ............................. ..

t.. ba.euta (MARTINS, FALCAO & SILVA, 1965 **) . . . ·• ..... . . . . . . . . . .. . . .

L. c.at.i.ga.ta. (MARTINS, FALC~O & SILVA, 1965 **) ............. ... ... . . .

L. c.aJtvalhoi (DAMASCENO, CAUSEY & AROUCK. 1945 **} ...... . . ........ ..

L. ea-b.tltoi (BARRETTO & COUTINHO, 1941 **) .................... . ..... .

L. ee.6e.Jt.ino.i (ORTIZ & ALVAREZ, 1963 u) . , ......................... . .

t.. ce.Jtque..i.Jta..i. (CAUSEY & OAMASCENO, 1945 **} .. . . . . ....... .. . .. .. . . . . .

L. 6laó <llata (MARTINS & SILVA, 1964 **) ........................... .

L. 6on.6e.ca..i. {LIMA, 1932 **) .....•..•......••..•.• , .. • . . .. , ...••.. • ..

L. gut.i (SHERLOCK, 1962 **) ......... ........... . .. ......... .. .... ..

L. .i.mpe1t.at1t.i.x. (ALEXANOER, 1944 **)

L. m.i.6.i.o ne.n.6 -Ü (Castro, 1959 **) ........ . ... .. . . . ....... . ..... . ... ..

L. u:Jt.i.ce.a (FLOCH & ABONNENC, 1944 **) .... . , ..• , . • .. • ..•.....•......

L. 6Vt.vutol.i.ma.i. (DAMASCENO & CAUSEY, 1945 **) ..................... ..

l. &pathotAüh<a (MARTINS, FAltAO & SILVA, 1963 **) ................ .

L. te. Jtmi.to phi.la (MARTINS, FALCAO I SILVA. 1964 **) ....• .. • . • • • .....

L. vaJtga.6.i (FAIACHJLO & HERTJG. 1961 **) ....... . ................... .

L. w..i.ll.i.am~.i. (DAMASCENO, CAUSEY & AROUCK. 1945 **) ..•. , • • . •.. •.. • ...

L. wH4oni (DAMASCENO I CAUSEY, 1945 **) .............. ... ... .. .... ..

lOCAL DE OCORR(NCIA

Brasil (Acre, Amazonas, Pari. Roraima), Gui! na Francesa

Honduras, Méxtco, Pana•i

Brasil (Pari, Aorat•a)

~ilombia, Costa Rica, Mixtco. N1carigua, Pan!

Brasil (Acre, Amapi, Amazonas, Pari, Rondonh, Roraima), Guiana Francesa, Ptrú

Bruil (Bahia)

Bras11 (Minas Gera1s)

Brasil (Parani, Ato de Janeiro, Sio Paulo),P! rag:uat

Brasil (Acre. Bahia, Gotis)

Brastl (A11azonas, Bahia, Pari, Pernambuco), Y! nezuela

Brasil (Amazonas, Bahia, Minas Gerais. Pari, Rio de Janeiro, São Paulo), Guiana Francesa

Brasil (região Norte até o Ato de Janetro),Co 1omb1a, Guiana Francesa, Panami, Venezuela -

Brasil (Minas Gera1s)

Brasil (Amapi, Bahia, Ceari, Mtnas Gerah, Pa ri, Pernambuco), Guiana Francesa, Venezueh"'; Panami

Brasil (Bahia)

Argentina (Salta), Brasil (Mtna.\ Gerah}

Brast1 (Acre, Pari. Aondonh, São Paulo)

Colomb1a, Costa Rica, Pana~ni

México

Brasil (Acre. Amazonas, Gotis. Pari, Rorai111), Guiana Francesa. Venezuela, Panami

Trtntdad, Venezuela

Brasil {Aondonta}

Bras t1 (Maranhão, Pari, Rondonh). Guhna Francesa

América Central e Sul, México

Pana•i

Bras f1 (Am&zonas), Guiana Francesa

Brasil (Amapã), Guiana Francesa

México. América Central, Colombh, Venezuela, Trinidad, Brasil (Bahia e Go1is)

Colo111bh. Panami e Honduras Brttin1ca

América Central e Méxtco

Pana11i

Brasil (An~azonas)

Brasil (Esplrito Santo)

E.U.A., México

América Central

América Central, Mix1co

Panami

México, Honduras Britânica

Bras 11 (Ceari)

Brasil (Acre, Amazonas, Pari, Rondonh, Ro raima). Colombh, Costa Rtca, Guiana franc! sa, Panamã

Costa Rica. Nicarãgua, Panami

E. U.A.

América C entra 1. Ant ;lhas. Col ombh, Guiana Francesa, Jamaica, México. PerU, Trintdad Venezuela

Brasil (Pari), Guiana francesa

América Central, México, E.U.A.

Mixico

C oba

Ja~t~aica

México. Salvador

Brasil (Roraima)

Brasil (Pari). Costa Rica, Panami, Trintdad, Ven•,.uela

Brasil (Bahh)

Brasil (Minas Gerats)

Brasil (Bahia, Espirito Santo. Rio de Janeiro)

Brasil {Rio de Janeiro)

Brasil (Bahia, Minas Gerais, Aio de Janeiro)

Bras f1 (Rondonh)

Brasil (Rondonh}

Brasil (Amapi, Pari). Guiana Francesa

Brasil (São Paulo)

Venezuelo

Bras i1 (Bahia, Pari, Rondonh)

Brasil (Acre)

Bol ivh Colombh, Panami

Perii

Argentina (Mt ssões)

Brasil (Acre, Amapi, Behh, Pari), Francesa

Brasil (Bahia, Parã, Rondonh)

Brasil (Rorai1111)

Brasil (Minas Gerais, Sio Paulo)

México

Brasil (Pari)

Brasil (Amazo!"'as, Aondonh)

Guiana

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4. MEIOS DE TRANSMISSAO

Muitas especies de flebotomineos tem sido encon

tradas naturalmente parasitadas em seu tubo digestivo, por pr~

tozoirios, cujos reconhecimentos nao foram ainda totolmente

elucidados. Particularmente, nos interessà· conhecer aqueles

sob a forma flagelada para que possamos, entre os mesmos, iden

tificar os pertencentes ao gênero Le~~hman~a.

Os primeiros relatos sobre o assunto, surgiram

com a descoberta da infecção de flebotomineos com parasitos

que julgaram tratar-se, possivelmente, de Lu.~:hmania (SEB.

GENT & WENYON, 1921 apud ARAGAO, 1927). ADLER & THEODOR,

(1926) assinalaram a existência de promastigotas na probõsci

da, faringe e esôfago de f1ebotomineos capturados em Jericõ.

Tais flagelados foram capazes de infectar experimentalmente

três voluntirios humanos.

Nas Américas, ARAGAO, (1922) ao estudar um sur

to de leishmaniose no Rio de Janeiro, detectou a infecção de

P4ychodopygu~ inte~mediu~ com tais parasitos. Isto induziu o

autor a suspeitar que a doença em curso tinha, possivelmente,

como vetor, a especie supracitada.

Estas observações representaram, sem duvida, os

primeiros passos ã elucidação do mecanismo de transmissão das

leish·manioses. Assim e, que durante algum tempo, a associação

destes conhecimentos com a simu1tinea incidência de flebotomi

neos e de leishmanioses, cuja ocorrência da segunda estava di

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- 1 2-

retamente relacionada com a variação sazonal dos primeiros, as

-s i m c o mo , sua a c e n tu a da a n t r o p o f i 1 i a , se r v i r a m de a r g u 111" n to a

incriminação epidemiolÕgica de muitos desses dípteros.

Tal procedimento era justificado por um escasso

conhecimento sobre as relações flagelado-transmissor, decorre~

te, provavelmente, de uma reduzida prevalência de infecçõ0s n~

turais de flebotomineos e da falta de um modelo experi1:1ental

adequado que somente surgiu com McCONNEL, (1963) e desenvolvi

do por AULER, (1964) e COELHO et a1,(1964). Sobre o Índice de

infecção desses dípteros na natureza sabe-se que Lutzcl·iiJ-<a m.{

gon.e.-<.- 0,2L~; P.6ydtOdopygu..6 wh-<.tman.t- 0,20?;; P.6 . .tntctz.mc.d.tu..6

- 0,14%; P.6, welcome.t - 0,18%; P.tn.tomy.ta pe.6.6oa-<. - 0,29%; P.6.

pan.ame.n.,~-<..6 - 0,50~; e P.6. olme.cu..6 - 0,70% (PESSOA & VIANflA, 1974;

FORATTINI, 1973; LAINSON et al, 1973; DISNEY, 1968 & WILLIAMS,

l970b) e outros, são muito baixos, permanecendo ainda obscuras

-as razoes pelas quais i~t_o acontece.

As investigações atuais englobam, al~m dos as

pectos epidemiológicos, a natureza leishmaniõtica das promasti

gotas identificadas como Le..tJhman.-<.a. Assim, uma vez detectada

a infecção natural, decorre o isolamento e identificação do p~

rasito e o estudo do comportamento dessas formas no tubo dige~

tivo do flebotomineo. O ~ltimo fato, se prende no inter0sse de

se conhecer o local de desenvolvimento representado, principd_l

mente, pela e..6taçao an.te.~.to~ e e.6taçao po.6te.~.tc~; FORATTINI,

(1973). Alguns pesquisadores tentam, desta forma, estabelecer

uma relação entre o local de colonização das promasti9otas e

sua identificação com os hospedeiros vertebrados existentes ~a

natureza. Em conseqUência, procura-se determinar sua patogen~

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cidade ao nomem e a outros mamíferos. Entretanto, a conclusão

destas observações estã ainda na dependência de outros recur

-sos laboratoriais e experimentais, recomendados a identifica

çao das Le.-i...õiunaH-i..a de interesse medico.

Emoora GARNHAM, (197lb) chame a atenção para

uma freqUente confusão entre as Le.-i..~hmanla de mamlferos e la

certideos, vãrios autores da região Neotropical, são u11:~nimcs

e m a d m i t i r , c o m g r a n d e p r o o a b i 1 i d a d e , q u e a c o 1 o n i z a ç ã o 11 ~~ "- -~

ã parte anterior e ãs peças oucais, corresponde -a

de mamiferos. Este fato explicaria a transmissão das lc-isiLYna

nia, de vertebrado a outro, inclusive ao homem atrav~s da pie!

da. Com relação ãs Le.i.õhmanla desenvolvidas na e~taç~o post!

4io4, corresponderiam àquelas, cuja transmissão ocorre pela i~

gestão do flebotomíneo infectado, FORATTINI, (1973). Todavia,

a comparação entre o encontro de flebotomíneos naturalmente

infectados com promastigotas, acompanhada de uma pesquis0 sub

seq~ente sobre a localização de tais parasitos em seu tubo di

gestivo e as ooservações experimentais de McCONNEL, (1963) e

COELHO et al, (1967), não demonstraram um comportamento uni co,

mesmo em se tratando de uma espécie comprovadamente patog~11ica

ao homem, mas uma variação que compreende um desenvolvimento,

ora na e..õtaç.ão ante.ttio4, ora na e..õtaç.ão poJ.Jte.tt-i..olt ou ei;~ amt)as.

Destaca-se no entanto, uma tendência acentuada da Le,ésftm(uz,(a

b4azilie.nJ.Ji4 em se colonizar na e.J.Jtaç.ão ante.ttlo4 de dez f iebo

tomíneos pertencentes aos gêneros Lutzomyia e Póycltodopu~;:.é~,

C O E L H O e t a 1 , ( 1 9 6 7 ) . P a r a H E R T I G e t a 1 , ( 1 9 6 9 ) o d e s -~ n v o l v i

mento das Le.iJ.Jhmanla de mamíferos em f1ebotomíneos do novo r·iun

do ê tipicamente na e.J.Jtaç.ão ante.tt-i..ctt, mas muitas infecções da

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L. bna.z<.L<-eiz~ i.~ no Panamã desenvolvem-se na e-6ta.ç.ão po-6ten.ioJr.

e s p e c i a 1 me n te n o Vci.. â.Hg u..t c p o~ te Jt.i o Jt , c o m o u s em c r e s c i me n to

no intestino m~dio. Contudo, JOHNSON & HERTIG, (1970) acredi

tam que este fato não significa indicar uma transmissão atra

ves das fezes. A descooerta em meio de cultura de dois tipos

morfol6gicos de promastigotas isolados de P~. tJr.a.p.ido.i, denomi

nadas formas curtas e formas longas, McCONNELL, ( 1963) repr!

senta uma importância muito grande frente aos estudos exper..:!_

mentais que comprovaram a colonização das formas curtas na e~

tação a.nt~Jtü·'í., assim como, sua infectibilidade ao hamster. Em

que pese as variações no comportamento das Le.i~hma.n.ia. nos fle

i) o tom in e os e a i n da a c r e s c i dos de fato r e s de s c o n h e c i dos, as ex

periências com as formas longas têm induzido alguns pesquisad~

res a agrupã-las entre as espécies de Le.i-6hma.n.ia. pertencentes

aos rêpteis ou a cepas que perderam sua patogenecidade a mami­

feros, (McCONNELL, 1963; SHERLOCK & PESSOA, 1966; PESSOA, 1967,

FORATTINI, 1973).

Uma nova oDservação pertinente ao assunto supr!

citado, tem despertado interesse de vãrios pesquisadores, pri~

cipalmente no Velho Mundo. Trata-se da membJr.a.na. peJr..itJr.Õ6ica.que

para LEWIS, (1971), impede o desenvolvimento da Lei~hma.n.ia., e~

bora nao se saiba como e quando os tais parasitos são bloque!

dos. Supõe-se que a invasão do intestino posterior dependa da

conduta intrinseca e da estrutura da membrana de cada fleboto

mineo em particular ou individual, estando ainda, a mesma, na

dependência de vãrias condiçÕes fisiol6gicas que podem influe~

ciar a infectioilidade dos flebotomineos, LEWIS, (1974). FENG,

(1951) e FORATTIIn, (1973), admitem que esta membrana possa in

tervir na especificidade Lc.i6:u!tania.-Pitlebotom.ina.e. Estudos re

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centes sobre a morfologia do tubo digestivo de Phlebozom~ lo~

g~pe~, incluindo a inconstante membrana pertitrõfica, mostrou

que nesta espécie, os parasitos da Le~~hmdn~d podem desenvol

ver-se na e~tação ante~o4 com a transmissão destes na subse

qUente alimentação sanguínea, GEMETCHU, (1974) • Ressalte-se

ainda que P~. 6lav~~cutellatu~, L. c4uc~dZd, L. long~pdlp~~ ,

L. 4ene~ e P~. pe~~oanu~ têm sido experimentalmente capazes de

transmitir a Le~~hman~a atravês da picada, CHRISTENSEN et al,

(1972).

Por outro lado, a dinâmica que envolve as bioc~

noses da região Neotropical não e bem conhecida, em conseqUê!

cia das escassas investigações ecolÕgicas dos flebotom1neos e

animais reservatõrios. Assim sendo, e de acordo com as inform!

ções anteriores, acreditamos que não existe um sõ aspecto da

transmissão das leishmanioses que esteja inteiramente elucida ....

do. Em que pese existir tais d~vidas, acreditamos juntamente

com in~meros autores que esta doença e veiculada pelos flebot~

mineos. ConseqUentemente o mecanismo de transmissão em condi

ções ~turais, inicia-se com a ingestão de poucas formas amas

tigotas, a partir de um hospedeiro vertebrado. Se estas formas

estiverem bem adaptadas, ocorrerã uma infecção progressiva e

localizada, LEWIS, (1971), ,ou seja, uma rãpida multiplicação

sob a forma promastigota, que apõs poucos dias invadem as pa~.

tes bucais, através das quais sao depositadas no local da pie!

da, ADLER & THEODOR, (1957), pois a possibilidade de transmis

são extra flebotomineo na natureza continua sendo pr~ticamente

desconhecida.

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5. ESPECIES INCRIMINADAS NA TRANSMISS~O

CHRISTENSEN et al (1969) relatam que 16 especies

de flebotomineos compõem a lista daqueles que têm função defini

da ou apenas suspeitada na transmissão da leishmaniose tegume!

tar americana e que atualmente elevou-se a 23. Observamos tam

bem, que um aspecto de grande importância e o encontro de infec

ção natural com promastigotas. Todavia, e necessãrio determinar

a natureza leishmaniõtica destes flagelados, assim como, identi

ficar aquelas pertencentes ao "complexo mexicana" ou "complexo

braziliensis". '

No estado atual, nove especies de flebotomineos

são consideradas vetaras da doença na região Neotropical. São

eles: P~ychodopygu~ t~~pidoi, P~. ylephileto~, P~.6l~vi~cutell~

~U4, P~. olmecU4, P~. p~namen~i~, P~. welcome~, Lutzomy~~ gom~

z~, P~. in~e~mediU4 e P~n~omyi~ pe~~oai, (CHRISTENSEN et al ,

1969; LEWIS, 1974 e FORATTINI et al, 1972c).

A seguir, procuraremos enfocar individualmente

os flebotomineos incriminados na transmissão da leishmaniose te

gumentar americana, tanto nos ciclos silvestres quanto no ciclo

domestico. Esboçaremos, dentro do possível, os principais aspe~

tos de incriminação utilizados pelos autores.

L. co4telezzii - tem sua importância baseada na

coincidente distribuição da leishmaniose-flebotomineo situada

ao Norte da Argentina. Esta suspeita, estã reforçada pela sua

freqDência domiciliar, onde demonstra ter antropofilia paral!

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-17-

lamente a uma associação com outros animais {ROMANA & ABALOS,

1949).

L. c~uc~~4 - por ser uma espécie de um ecletis

mo alimenta·r atentuado, FORATTINI, (1973) e ter demonstrado ca

pacidade de transmitir experimentalmente a L~~~hmanla ao homem,

WILLIAMS, (1970b), acrescido de sua predominância em Honduras

Britânicas, suspeita-se que ela possa exercer o papel principal

na transmissão da L~i~hmania m~xicana ao homem e, secundariamen

te, entre os roedores, (LEWIS, 1974). Finalmente, embora a iden

tificação laboratorial da L~~~hmania ainda não tenha ocorrido

entre os exemplares capturados com promastigotas, permanece a

opinião de que lhe seja atribuído a responsabilidade de transm~

são em Honduras Britânicas e léxico, (WILLIAMS, 1970b; BIAGI,

BELTRAN & BIAGI, 1966}.

L. gom~zi - promastigotas isoladas deste flebot~

mTneo foram caracterizadas em laboratõrio como sendo L~l~hmanl~

Sua suscetibilidade a cepas humanas e de animais o incrimina co

mo vetor da L. b. panam~n~~ na América Central, ( LAINSON &

SHAW, 1974}.

L • .t.ong~pai..pi~ - o encontro cte promastigotas sem

a determinação exata da natureza destes flagelados, (LAINSON &

SHAW, 1974), principalmente na Venezuela, necessita de maiores

investigações para que possamos incluf-lo entre os vetores da

leishmaniose tegumentar americana. Todavia, a sua infecção em

laboratõrio com cepas causadoras desta doença, (COELHO et al,

1967) tem algum significado mas precisa de maior comprovaçao

epidem1o1Õgica, para lhe atribuirmos tal papel, (FORATTINI,1973}.

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L. m~gone~- estã incluída entre as vetoras, por

ter sido encontrada naturalmente infectada com promastigotas ,

embora a caracterização destes flagelados ainda não tenha sido

possível. Esta suspeita e reforçada pela coincidente superposi

ção do agente e vetor, em ãreas do Estado de São Paulo, sendo

ainda dotada de antropofilia acentuada, (FORATTI.NI, 1973). Sua

infecção com flagelados também foi observada na Venezuela, (LAI~

SON & SHAW, 1974).

L. pe4m~4a - esta espécie tem sido suspeitada c~

mo transmissor secundãrio da L. mex~cana em Honduras Britânica~

(DISNEY, 1968).

L. pe4ue~~~ - possui ecletismo alimentar e an

tropofilia embora demonstre ser mais freqUente no ambiente ex

tradomiciliar, (FORATTINI, 1973). Contudo, LEWIS, (1974) relata

que ele pode estar implicado na transmissão da U~a ao homem e

entre cães. Mas este raciocínio é posto em duvida ao se consta

tar uma relação não constante entre sua distribuição e a da en

demia, (FORATTINI, 1973).

L. ~hannon~ - observações ocorridas em ãreas en

dêmicas do México e Venezuela, onde este flebotomíneo -e muito

antropofílico, levou alguns autores a pensar que este pudesse

veicular a parasitose ao homem. Sua infecção com promastigotas

observada em Costa Rica, não caracterizou a natureza leishmani~

tica suspeitada por ZELEOON & ALFARO, (1973}.

L. ve~uca4um - as evidências epidemiolÕgicas

são os fatores principais de sua incriminação como vetor da

U~4. {FORATTINI, 1973). Para LEWIS, (1974), este flebotomíneo

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transmite a L. b. pe~uviana ao homem e entre os caes.

P4ychodopygu4 anduzei - atribui-se-lhe o papel

de transmissor da leishmaniose tegumentar na região setentrio

nal da América do Sul, Venezuela e Guiana Francesa, ( FORATT.!.

NI, 1973). Em doze exemplares capturados com infecção, em

ãreas endêmicas do Surinam não foi confirmada a presença de

Lei4hmania, (WIJERS & LINGER, 1966). LAINSON & SHAW, (1974) re

latam que este flebotomineo pode transmitir a L. b. b~azilien

4i4 na Venezuela e L. b. guyanen4i4 no Surinam.

P4. 6lavi4CU~ella~U4 - e a espécie mais zoofíli

ca do Estado do Parã e raramente foi observada picando o ho

mem, (WARD et al, 1973b). Formas promastigotas isoladas destes

dipteros foram identificadas como L. m. amazonen4i4, (LAINSON

et al, 1973). ConseqUentemente, e incriminada como a principal

responsãvel pela enzootia naquela ãrea, ficando a transmissão

ao homem como uma forma acidental, por não ser o P4. ólavi~c~

~elldU4 uma espécie antropofílica, (LAINSON & SHAW, 1974). Pa

rece que a Lei4hmania descoberta em Trinidad seja idêntica a

L. m. amazonen4i4 e seu vetor provavelmente seja o P4. ólavi!

cu~ella~U4, (TIKASINGH, 1969).

P4. in~e~mediU4 - a suspeita de transmissão da

L. b. b~azilien4i4 teve inicio com ARAG~O, (1922), mas duran

te algum tempo, este papel baseou-se apenas nas evidências epi

demiolÕgicas. Atualmente, apõs a caracterização do agente leis~

maniÕtico em exemplares capturados no Estado de São Paulo, cn~

firma-se a sua participação na transmissão da leishmaniose ~~

gumentar americana, {FORATTINI et al, 1972c).

P4. olmecU4 - este flebotomineo ê transmissor de

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Le.iJ)hma.n.ia. do "complexo mexicana" entre os reservatõrios ani

mais silvestres, (DISNEY, 1968). No que pese haver duvida qua~

to o seu papel na transmissão da OtceAa. doJ) Ch.icteAo~ ao homem

em Honduras Britânicas, (CHRISTENSEN et al, 1972 e LAINSON & -SHAW, 1974), dada a sua pouca antropofilia naquela area, e con

siderado o principal veiculador do parasito ao homem, no Mexi

co, (BIAGI et al, 1965). Contudo, os achados de infecção natu

ral com subseqUente caracterização da Le.i~hma.n.ia. na primeira

ãrea, confirmam sua participação normal na zoonose entre os

roedores, (LEWIS, 1974). Finalmente, parece ser este flebotomi

neo o vetor da Le.iJ)hma.n.ia. entre os roedores de Sasardi, no Pa

-nama, (CHRISTENSEN et al, 1972), onde foi considerado como P~.

olmec~ b.icoloA, (FAIRCHILD & THEODOR, 1971) • ..

P4. pa.na.men4.i4 - e considerado o transmissor da

leishmaniose tegumentar em ãreas da America Central e Venezue

la, (FORATTINI, 1973). Na Venezuela, os exemplares encontrados

com promastigotas foram considerados como sendo L. b. pana.me~

J)Ú, {LAINSON & SHAW, 1974). Em Honduras Britânicas e a esp~

cie que mais pica o homem, (WILLIAMS, 1970b)e secundariamente

tem sido suspeitada como participante da zoonose entre os roe

dores, (DISNEY, 1968). No Panamã, esta espécie e a mais antro

pofilica. Contudo, a ausência da leishmaniose humana em Sasar

di, diminue sua importância epidemiolÕgica, mas ao mesmo tempo,

e considerado um vetor potenci,l por excelência, (CHRISTENSEN

et al, 1972).

P 4 • p a.Aa. e nJ) .iJ) - f o i e n c o n t r a d o n a t u r a 1 me n te i n

fectado no Estado do Parã, sem os flagelados pertencerem ao g~

nero L~hma.n.ia.. Todavia, LAINSON & SHAW, (1974) admitem ser

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esta espêcie, tambêm um provãvel vetor da L. b. b~azlllen~l~ na

região Norte do Brasil.

P~. ~quamlvent4l~ - com base em sua antropofilia ~· ·.

e predominância no Amapã (Brasil), {FORATTINI, 1973), tambêm e

comum em areas do Surinam, sendo ai encontrado com infecção na ·\ -tural, (WIGERS & LINGER, 1966). Estas observaçoes induziram al

guns pesquisadores a colocã-la entre as espêcies de flebotomi

neos que transmitem as Lel~hmanla na região Neotropical. Tais

espêcies sao consideradas por alguns autores como P~. ma~pae~

~ l~ , { F RA I H A e t a 1 , 1 9 71 ) •

P~. ~ang~na4l~ - o encontro de alguns exempl!

res contendo promastigotas em seu tubo digestivo, sem contudo,

ser possível relacionã-las ã Lei~hmania, (JOHNSON et al, 1963),

não i m p e d i u q u e s e s u s p e i t as se de s e_u pape 1 t r a n s m i s s o r da L e i s .b.

maniose ao homem, no Panamã, {CHRISTENSEN et al, 1973 e LAINSON

& SHAW, 1971). Por outro lado, a antropofilia e a infecção em

ãreas endêmicas constituem evidências que nao podem ser despr~

zadas, {FORATTINI, 1973).

P~. t4apidoi - ê uma espêcie muito antropofílica .

no Panamã, {TESH et al, 1972). Foram encontradas infectadas com

promastigotas cuja identificação revelou ser L. b. panamen~l~,

(LAINSON & SHAW, 1974). Por fim,CHANIOTIS et al, (197la) rela

tam ser esta espêcie a maior vetora de Lel~hmania no Panamã.

P~. welc.omei - observou-se predomi ninei a em ãreas

silvestres do Estado do Parã, onde a leishmaniose cutânea u

cutânea-mucosa ê comum, (WARD et al, 1973a). Foi encontrada con

tendo promastigotas em seu tubo digestivo, cuja caracterização

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demonstrou ser em todos os aspectos semelhantes a L. b. b~azl

l-i e. nl, .{.l, , ( L A I N S O N e t a 1 , 1 9 7 3 ) • A c r e s c e- s e a i n da , o fato de

ser este díptero atraído indiferentemente pelo homem e roedores.

Pl,. wh.itman.i - sua suspeita e mantida em face

das evidências epidemiológicas observadas no Estado de São Pau

lo, tais como, densidade, freqUência domiciliar, antropofilia,

(FORATTINI, 1973) e infecção natural com promastigotas (PESSOA

& PESTANA, 1940).

P~. yle.phl.teto~- o papel de vetor eadmitido na

America Central, em especial no Panamã, (FORATTINI, 1973). As

formas promastigotas isoladas destes flebotomíneos demonstra

ram ser L. b. paname.n~.i~, (LAINSON & SHAW, 1974), conseqUent~

mente, tem sua incriminação assegurada. Fatos como a utiliza

ção do homem na alimentação, embora tenha preferência por des

dentados, (TESH et al, 1972), constitue uma evidência epidemia

lÕgica importante. Em ãreas endêmicas de Costa Rica, correspo~

dentes a bacia do Pacífico, foram encontradas com promastig~

tas que revelaram ser Lell,hman.ia b~az.ille.n~l~ ~ • .tat., Zt

LEDON & ALFARO, 1973).

P.intomyla 6-il,che~.i. - sua baixa densidade no am

biente florestal coloca-a em duvida quanto a transmissão da

Leishmaniose. Todavia, sua antropofilia e domesticidade, ( FO

RATTINI, 1973), tem sido os aspectos que induziram os autores

a colocã-la entre as possíveis vetaras.

P.intomy.ia pel,l,Oa.i - a infecção natural destes

flebotomíneos relatada por PESSOA & PESTANA, foi identificada

por aqueles autores como sendo a L. b. b~az.illenl,ll,. Recente

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mente, FORATTINI et al, (1972c}, isolaram estes parasitos e o

caracterizaram como Lei~hmania. Assim sendo, fica confirmado o

papel vetor desenvolvido por esta espécie no Estado de São Pau

1 o.

Vãrios trabalhos sobre a suscetibilidade do fle

botomíneo ãs Lel~hmanla., causadoras de afecções humanas, tem sj_

do levados a cabo por alguns pesquisadores. Contudo, a importã!!.

cia dos resultados obtidos estão restritos, parcialmente, ao

reconhecimento dos vetores em potencial, deste parasito. Obse!

vamos também, haver pouco esclarecimento sobre a transmissão das

Lel~hmanla do "complexo braziliensis", decorrente de escassas

investigações para a elucidação dos reais vetores destes par!

sitos, onde o maior obstãculô reside na dificuldade de seu iso

lamento em condições laboratoriais, (LAINSON & SHAW, 1972}.

5. 1. Fatores que incriminam os flebotomíneos como vetores

A leishmaniose tegumentar americana é prevale!!.

te em quase toda a América tropical, com características de

uma zoonose típica, que somente atinge o homem em determinadas

circunstâncias, a qual apresenta aspectos clínicos diversos. A

infecção ~ mantida na natureza em mamíferos silvestres como hos

pedeiros e flebotomineos como vetores. Exceção é feita com a

U~a, que tem o cão como fonte de infecção e estã situada em

ãreas de grande altitude no Peru.

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Vimos em capitulo anterior, que o flebotomíneo e o responsãvel pela transmissão das leishmanioses, conseqUent!

mente, participa das diferentes biocenoses, que nesta região

t~m a predominincia nos ambientes florestais. Teoricamente, a

infecção d~stes dípteros com Lei~~~a.deve ser freqUente, da

do o estre1to contato com os reser~or1os naturais. Todavia, :~ .. ~

as dissecções de flebotomineos capt~ados na natureza, tem re ' '

velado um índice de infecção muito baixo, cuja contribuição ao

conhecimento dos reais vetores tem sido ainda limitado. Mesmo

assim, o numero de flebotomineos que os diversos autores tem

incriminado ê grande, haja visto serem as evidências epidemi~

lÕgicas, o fato que mais vem contribuindo ã incriminação des

tes dipteros. Esta situação tem caracterizado uma condição es

pecial da leishmaniose tegumentar, pois, ao contrãrio, o Cala

zar Americano parece ter somente como vetor, L. longipalpi~ ' (DEANE, 1954). Todavia, admite-se que haja distintas gradações

entre os vetores habituais e os secundãrios, {LEWIS, 1974} p~

-rem, praticamente sem serem estudadas.

A metodologia empregada na identificação dos

transmissores da leishmaniose tegumentar na região Neotropical,

apresenta ainda aspectos obscuros, mas, em detrimento a esta

situação, tem-se estabelecido uma conduta, através da qual são

apontados os provãveis vetores. Tal procedimento, estã baseado

na anãlise dos fatores epidemiolõgicos.

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-25-

5. 1.1. Fatores epidemio1Õgicos

Ao observarmos a distribuição e prevalência das

leishmanioses no mundo, durante algumas decadas, observamos q~

esta doença não tem mantido uma posição estãtica, mas ao contr!

rio, uma tendência a aumentar sua distribuição, pelo menos em

algumas ãreas, onde novos aspectos epidemiolÕgicos são descri

tos. Para LEWIS, (1974) a 1eishmaniose varia com a

tempo.

-area e o

Com relação a leis~maniose tegumentar americana,

assunto especifico deste trabalho, constitue um estudo compl! • xo e ainda com pontos de vista diyergentes, entre aqueles aut~

res que se dedicam a sua investigação. A estrutura epidemiol~ \:

gica desta doença, envolve a associação ecolÕgica dos fleboto

mlneos com todos os elementos fa4nísticos das ãreas endêmicas,

cujo estudo se reveste de grandr import~ncia na determinação

das condições de transmissão e manutenção dos focos naturais.

Desse modo, procuraremos abordar todos os aspectos que possam

contribuir a elucidação de se~ papel na epidemiologia desta

doença.

5.1.1.1. Biõtopos

A natureza criptozoica destes dfpteros e oseccs ·-

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sistemas aos quais pertencem na região Neotropical, têm possf

bilitado uma diversificação acentuada em seus criadouros ou lu

gares de abrigos. Assim e, que nos ambientes florestais os ha

bitãculos são mais comumente representados pelo solo, tronco de

ãrvores, ocos de ãrvores, frinchas de casca de ãrvores, folha

gem sobre o solo, tocas de animais, enquanto que nos ambientes

descampados ou desérticos esses locais são buracos de animais,

fendas no solo ou rocha. Jã com relação a seus habitats, CHA

NIOTIS et al (1974), ao estudarem a distribuição vertical e ho

rizontal dos flebotomineos do Panamã, consideraram o habitat

arbõreo como distinto dos existentes ao nível do solo, por s~

rem os componentes físicos e biolõgicos do primeiro, bem dife

rentes dos outros. Todavia, a determinação especifica dos abri

gos preferenciais destes díptéros permanece desconhecida , ob

servando-se que L. ve~pe~~!~on~~ e L. ~~ove~pe~!ion~~ sao

encontrados com muita freqüência em ocos de ãrvores onde se

alimentam, exclusivamente sobre morcegos, (CHANIOTIS et al ,

1972), assim como, espécies do gênero B~umpzomy~a que vivem em

buracos de tatu onde aparentemente se alimentam sobre esses ani

* mais, (MARTINS et al, 1971} • Pelo exposto, percebemos que so

mente mediante um conhecimento bem sistematizado dos biÕtopos

dos flebotomíneos incriminados como vetor~s ~ possível eviden

ciar seu papel epidemiolõgico, (SCORZA et al, 1968a}.

* Jã citado na pãgina 7.

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5. 1. 1.2. Distribuição ecolÕgica

A dispersão e distribuição dos insetos na nature

za sao de grande interesse na transmissão de doenças. Contudo,

tais estudos são ainda restritos, principalmente no que concer

ne aos flebotomineos. De um modo geral, a dispersão destes dÍR

teros na região Neotropical tem demonstrado ser reduzida, visto

que sua atividade de locomoção mais freqUente e através de movi

mentos saltitantes, (CHANIOTIS et al, 1974). Estes mesmos auto

res tambem assinalaram, que este aspecto toma feições indeter

minadas quando são perturbados em seus locais de abrigo. Parale

lamente a esta observação e, supostamente relacionada ãs neces

sidades fisiolÕgicas, verificou-se que os flebotomineos abando

nam estes locais, embora na dependincia de condições ambientais

particulares, pois jã teriam sido capturados em lugares bem di!

tantes do seu habitat natural. Assim sendo, investigações rela

tivas ao assuntos, levaram alguns autores a admitir que nesta

area seu alcance de vôo e de ate 200 metros, (FORATTINI, 1973).

- -Acresce-se ainda, que esta atividade nao e acentuada, pois o e1

tudo da atividade sugadora destes dipteros dentro da floresta e

ã distância de 50 metros, em ambiente descampado, apresentou a

proporção de l/5 e 1/15, respectivamente, CHANIOTIS et al (1974~

Em relação ã sua distribuição, defrontamo-nos com

a existincia de escassos conhecimentos sobre o assunto. Sabemos

contudo, que este estudo envolve uma complexa associação de clf

ma, condições edãficas e humanas ou do animal, no meio ambient~

(HAUFE, 1970) e ainda não mereceu muita atenção por parte dos

pesquisadores. As únicas investigações na região Neotropical são

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referentes ao Panamã. t obvio então, que a determinação da dis

tribuição dos vetores de doença, parte importante da epidemi~

logia da leishmaniose tegumentar, seja conseqUentemente compl!

xa e pouco conhecida, alem de requerer uma ênfase acentuada no

relacionamento das populações de insetos e animais reservatõ

rios, aspecto tambem pouco explorado. O que existe, no entanto,

e o relato de uma tendência associativa destes dípteros com o

local de abrigo onde satisfazem suas necessidades hematõfagas

ou de postura, (FORATTINI, 1973) e ainda se protegem contra as

agressões ambientais das quais as condições climãticas assumem

papel relevante.

Na seqUência das observações ecolÕgicas dos fle

botomineos surgem os níveis preferenciais de atividades das

formas adultas, no ambiente florestal. Tal distribuição verti

cal, guarda estreita relação com a diversificidade d~ habitats

ali existentes. Investigações pertinentes ã característica de

acrodendrofilia destes dípteros e reduzida, sem padronização e

ainda afetada por ~teres, tais como, o metodo de captura e a

estação do ano, (FORATTINI, 1973), os quais não foram suficie~

temente estudados. Em que pese tais circunstâncias, tem-se de

terminado a estratificação dos flebotomíneos do Panamã, com su~

seqUente indicação de es~ecies acrodendrÕfilas Assim, P4. t~~

p~do~, P~. yleph~leto~, L. gomez~, tem sido considerados como

tal, (FAIRCHILD & HERTIG, 1952; JOHNSON et al, 1963 e LAINSON

& SHAW, 1969), embora as duas primeiras espécies tenham sido

encontradas repousando sobre tronco de ãrvore, prÕximo ao so

lo, (CHANIOTIS et al, 1972). Jã no nível do solo temos P.! .•

olmec.u.6, (CHRISTENSEN et al, 1972a); P4. ~anameM~4, (FA~~.

CHILD & HERTIG, 1951 e THATCHER, 1968). Esta ultima -esp!

cie demonstrou um comportamento oposto em Sasardi onde foi

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nitidamente acrodendrÕfila, (CHRISTENSEN et al, 1972). Final

mente, na faixa intermediãria de distribuição encontramos ate

0,6 metros - L. t~~n~daden~~~ e L. ~hannon~; 0,6 a 2,0 L.

t~n~daden~~~ e P~. t~ap~do~; ate 15 metros - L. t~n~daden~~~

e L. o~waldo~, (CHANIOTIS et al, 1972). A especie acrodendrÕfi

la de Honduras Britânicas e L. t~~n~daden~~~, embora L. ~hann~

n~, L. e~ue~ata e L. ovalle~~ tenha preferincia de atividade ao

nivel arbÕreo, (DISNEY, 1966, 1968 e WILLIAMS, l970a). Ao

vel do solo, P~. panamen~~~, L. deleon~, (WILLIAMS, 1970a), L.

pe~m~~a tem atividade entre 4 e 8 metros enquanto P~. olmeeu~

ate 8 metros de altura, (SHAW et al, 1972).

Por outro lado, a distribuição estacional dos

flebotomineos tem importância na caracterização epidemiolÕg_!

ca da leishmaniose tegumentar americana, pois o numero de no

v as i n f e c ç õ e s 1 e i s h ma n i õ t i c as em ma m i f e r os s i 1 v e s t r e s e s t ã r e

lacionada a flutuação sazonal da população vetara do parasito,

(SHAW et al, 1972). Assim, este estudo contribue ao reconheci

menta dos vetores, que em certa epoca do ano, mantem uma den

sidade populacional favorãvel ou desfavorãvel a possibilidade

de t r a n s m i s s ã o de s s a do e n ç a • C o mo e x e mp 1 os , tem os q u e a c o i n

cidência de novas infecções em O~yzom~~ com L. m. amazonen~~~,

na bacia Amazônica, indicam que o fator mais expressivo deste

fato foi a abundância de P~. 6lav~~eutellatu~, (SHAW & LAIN \

SON, 1972). Observações levadas a cabo nas regiões tropicais

quentes e Ümidas, com indice pluviométrico regular, mostraram

que as oscilações de densidade são pouco variãveis durante o

ano inteiro, (CHANIOTIS et al, l97la). ConseqUentemente, par!

ce que as espécies adaptadas a tais condições climãticas sao

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mais sensíveis ãs pequenas alterações meteorolÕgicas ambientais,

(CHANIOTIS et al, 197la).

Na América Central, tudo indica que de uma forma

geral, as populações de flebotomíneos são elevadas na estação

seca, (CHANIOTIS et al, 1971a). L. .tJr.i..ni..da.de.n.ó.i-6, L. .6ha.nnoni..,

P~. y.ie.phi...ie..toJr. e L. ca.Jr.pe.n.te.Jr.i.., (FAIRCHILD & HERTIG, 1948,1950,

1952, 1953) parecem ser comuns por todo o ano, Jã P~.pa.na.me.n~i..~

e P-6. o.ime.cu.-6 são predominantemente de estação Ümida, (FAIRCHILD

& HERTIG, 1951; BIAGI & BIAGI, 1953; DISNEY, 1968 e CHANIOTIS

et al, 197la). L. pe.Jr.mi..Jr.a. parece ser essencialmente de estação

seca, (SHAW & LAINSON, 1972). DISNEY, (1968), capturou L.cllu.ci..a.

.ta. durante todo o ano, porem sua maior densidade ocorreu

meio da estação seca. Em Honduras Britânicas, DISNEY, (1966)

no

' usando armadilha com roedores, notou que P-6. o.ime.cU-.6 desaparece

na estação seca e reaparece na estação Ümida. P-6. 6.ia.vi...6cu..te..i.i~

.tU-.6 na região Amazônica tem seu maior pico de densidade na esta

çao seca e declina na estação chuvosa, (SHAW & LAINSON, 1972).

L. gome.zi.. Jllrece ser de estação seca e P-6. pe..6.6oa.nu..6, ê JTBis abun

dante no princípio da estação Ümida, ao passo que, P~ • .6a.ngu.i..n~

Jr.i..U-.6, P-6 • .tJr.a.pi..doi.. e P-6. y.ie.phi...ie.toJr. são do final da mesma esta

ção. (CHANIOTIS et al, 197la~ Alem disto, estes autores fazendo

investigações sobre a dinâmica populacional dos flebotomineos

do Panamã assinalam que este estudo envolve o produto de uma

complexa interação entre potencial biÕtico de vãrias espécies e

a resistência ao meio ambiente, constituído por diversas variã

veis físicas e abiÕticas.

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5. 1. 1.3. Preferência alimentar

Todos os Phlebotom~nae, provavelmente, alimen

tam-se de açucares de plantas (LEWIS & DAMONEY, 1966), e de

sangue. Todavia, a alimentação sangu1nea e fisiologicamente ne

cessãria aos exemplares femininos e facultativos aos masculi

nos, pois, estes sõ raramente foram surpreendidos praticando

* a hematofagia, (MARTINS et al, 1971) . Esta caracter1stica bi~

lÕgica, assume grande importância epidemiológica, por aprese~

tar o mecanismo de circulação da Le~4hman~a entre mamiferos e

flebotom1neos. ConseqUentemente, e 11cito admitir que as esp!

cies que praticam a hematofagia, por diversas vezes durante o

ciclo gonotrõfico, desenvolverão papel mais significativo na

transmissão do parasito, (ADLER & THEODOR, 1957).

Tudo leva a crer, que os vetores da leishmanio

se nao constituam um grupo muito grande de espécies, mas a ide~

tificação dos transmissores requer o estudo do relacionamento

deste inseto, com os animais apontados como poss1veis fontes da

Le~4hman~a. Investigar a conduta alimentar e tentar descobrir

a preferência hospedeira, sempre que poss1vel, em todos os

veis de atividade, no ambiente florestal constituirã um grande

passo na descoberta dos vetores da leishmaniose. Todavia, a a~

sociação hospedeiro-parasito, bem como a viabilidade e acessi

bilidade a diversas fontes alimentares, podem depender indire

tamente das condições meteorológicas do meio ambiente, (HAUFE,

1970). Pesquisa desta natureza foi realizada apenas no Panamã,

* Jã citado na pãgina 7.

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mesmo assim, encontra-se ainda em fase especulativa, (CHANIOTIS

et al, l97la). Como exemplo, temos que o estudo comparativo en

tre Tndice de sugar em cada nivel de atividade do P~. t~ap~do~,

PL pc.~~oanu.~ e PL panamc.H~~~, apresentou um resultado não con

clusivo, (TESH et al, 1972).

Embora este assunto nao tenha ainda uma defini

ção, acredita-se que, de uma forma geral, os flebotomTneos te

nham habites ecléticos, cujas variações estão na dependência

dos mamlferos que compõem cada ãrea em particular e também da

influência direta da viabilidade hospedeira, (TESH et al, 1972).

O reconhecimento da preferência alimentar e de

terminado por mêtodos que analisam a natureza do repasto do tu

bo digestivo do flebotomTneo. Entretanto, apesar de existir mui

tos problemas na identificação deste material, devido a pequena

alimentação sanguinea; dificuldade na obtenção de uma amostra

significativa e a grande diversificação de hospedeiros silves

tres, TESH et al, (1970, 1972), determinaram que naquela area

P~. t~ap~do~ preferiram primatas em 21%, e 6% em roedores e

desdentados.

L. ~lta.nnon~ so em 2"6 preferiram primatas. Com r!

lação a PL yf.eph~.t.c.to~. este prefere primariamente desdentados,

mas representaram 97~ dos flebotomineos capturados sobre cava

los. Nesta area do Panama, o cavalo ê parte integrante da fauna

local, (TESH et al, 1972). Outras observações apontaram na Amê

rica do Norte, L. d~abo.t~c.a, L. ~ha.nnon~, como antropofílica,

* (MARTINS et al, 1971). No r~exico, P.õ. of.mec.u..h e antropofilico,

* Jã citado na pagina 7.

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(BIAGI et al, 1965), embora em Honduras Britânicas seja zoÕfilo,

(DISNEY, 1966); neste pais, L. c.Jtu.c.ia.ta., L. ova.lle.-6-i., L. J.>ha.nno

ni e Pó. pa.na.me.n.6i.6 atacam o homem, (WILLIAMS, 1970b); no Panamã,

L. ve..6pe.Jttilioni.6 e L. i.6ove..6pe.Jttilioni.6 preferem morcegos e

P~. tJta.pidoi, P.6. pe..6.6oa.nu..6 e P.6. pa.na.me.n.6i.6 sio considerados

antropofilicos sendo que em P.6. pe..6.6oa.nu..6 nunca foram detecta

dos protozoãrios do gênero Le.-i..tJhma.n-i.a., (CHANIOTIS et al, 1974 )

e ainda outras espécies desta ãrea, tais como L. tJt-i.nida.de.n.6-i..6,

L. o.6wa.ldoi, L. mic.Jtopygu..6 e P.6. noJtde..6tinu..6, parecem preferir

animais de sangue frio, (TESH et al, 1972). No Perü, L.nogu.c.hii

também preferem morcegos, (HERRER, 1942); na Venezuela, L. town

.6e.ndi sõ ataca o homem quando este estã prõximo ao seu abrigo

natural, mas a <J~ãlise de seu conteúdo intestinal revelou ter

maior preferência por V-i.de.lphy.6 ma.Jt.6u.pia.l-i..6, (SCORZA et al, l968a)Q

Jã L. lic.hyi, P.6. 6la.v-i..6c.u.te.lla.tu..6, dificilmente suga o homem

pois tem nitida preferência por pequenos roedores, (LAINSON et

al, 1968). L. longipa.lpi-6, L. migone.i, P.6. inte.Jtme.diu..6, P.6.whi~

ma.n-t , Pintomyia. pe..6.6oa.-i., apresentam elevado grau de antropofl

lia, embora tenham hãbito ecletico, (DEANE, 1956; BARRETO, 1943

e FORATTINI, 1973).

5.l.L4. Endofilia e exofilia

A maioria dos flebotomineos da regiio Neotr~pical

vive nos ambientes florestais, como muitos insetos, sem ne:lrPJ\'116

associação especial com o homem, Entretanto, a edificação de ca

rrnuoTECA f;' C;.;: io , : JE SA':::..;: PÚBLICA UNIVER::)IOADE DE SAO PAULO

SP- 8

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sas prõximas as matas, seguida geralmente de alterações .. sens1

veis dos elementos faunísticos locais, contribuem para que al

gumas espécies freqUentem os domicílios. Alem deste aspecto

existem outros fatores implicados no comportamento dos flebot~

míneos, tais como, a preferência por hospedeiro, domicílios si

tuados nas proximidades dos criadouros de formas imaturas, a

falta de alternativa de abrigo e a possibilidade de alcance das

habitações e fototropismo positivo, (LEWIS, 1971 e FORATTINI ,

1973). Assim, algumas espécies que freqUentam as habitações h~

manas, o fazem no crepúsculo e as deixam nas primeiras horas

da manhã, com nítida preferência pelos abrigos naturais. A sua

permanência em abrigos artificiais, apõs o repasto sanguíneo ,

pode depender do local onde os indivíduos dormem e do fototro

pismo negativo depois da alimentação, {LEWIS, 1971). Na maio

ria das vezes, sua estada se restringe ao tempo necessãrio ao\

repouso ~pôs-alimentar, o qual satisfeito inicia-se o retorno \

aos abrigos naturais ou a locais adequados a postura, em ambien

tes extradomiciliar. Uma exceção a este hãbito ocorre com o

P. papa~a~~. no Velho Mundo, que permanece na casa ate o final

da digestão, somente a abandonando no momento da oviposição

(DOLMATOVA apudLEWIS, 1971).

Por outro lado, o encontro nos domicílios de

Lu~zomy~a ve~~uca~um, no Peru, L. d~abÕl~ca, no Texas, P~ych~

dopygu~ ~n~e~med~u~ e P. wh~~man~ no Brasil, (FORATTINI, 1973)

se reveste mais de um carãter de acidentalidade do que domestl

cidade. Porem, L. long~palp~~ dado o seu aspecto ecolÕgico par

ticular, verificado no Nordeste brasileiro (DEANE, 1957), guar

da uma estreita associação com o homem, conseqUentemente ê con

siderada a espécie das Américas que possui maior grau de endo

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* filia, (MARTINS et al, 1971).

Embora a endofilia na região Neotropical ainda

nao seja um fato consumado, e importante conhecer as observa

ções de PETRISCEVA,(l954} que apõs presenciar uma rãpida colo

nização de flebotomineos, em ambientes desérticos, concluiu ser

possfvel explicar a exist~ncia de espécies "domesticas". Toda

via, a permanência do homem por um tempo mais ou menos longo,

em algumas ãreas, e existindo condições geogrãficas especiais

pode elevar o nfvel de adaptabilidade dos flebotomfneos ao

meio artificial, (FORATTINI, 1973), a qual é favorãvel ã ocor

rência de uma densidade elevada, a ponto de assumir

cia epidemiolÕgica.

importâ.!!_

As espécies endofflicas são aparentemente mais

numerosas na região Paleãrtica e Oriental do que na Neotrop!

cal. Por exemplo, o Phlebo;tomu..6 po.po.;t<U..i. e P • .6eJ1.genti, são bem

conhecidos como espécies endÕfilas, embora para a segunda haja

diversificação desse comportamento em ãreas distintas, mas ad

mite-se que esta alternância esteja relacionada a variações g!

néticas, (LEWIS, 1971). Concluindo, os dados disponfveis sao

insuficientes para apontar uma espécie endofflica no Continen

te Americano.

5.1.1.5. Aspectos MeteorolÕgicos

Desde longa data, que as condições climãticas

* Jã citado na pãgina 7.

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vem sendo apontadas como influentes no desenvolvimento, ativi

dade, longevidade e fecundação, funções essenciais a sobrevi

vência e propagação dos insetos, (HAUFE, 1970). Assim, algumas

funções biolõgicas são dependentes de condições ambientais t

cujas variações especificas são decorrentes do carãter estenó

topo e estenotermico das espécies. Investigações com Anopheie~

~pp. mostraram que o tempo exerceu fator mais limitante do que

os fatores biÕticos, especialmente em curto periodo de tempo,

( H A U F E , 1 9 7 O ) • F o i de t e r m i n a do t a m bem , q u e os f 1 e b o tom i n e os po~

suem caracteristicas de estenoidricidade, detectada ao se ob

servar que o abandono do abrigo, sõ ocorria em condições macro

climáticas similares ao microclima, (FORATTINI, 1973) e ainda

a atividade sugadora destes, sofre a influência dos fatores

climãticos, (CHANIOTIS et a~, 1974). Tentativa de correlação

entre atividade de sugar e condições climãticas, realizadas no

Panamã, indicaram que eles não foram inteiramente relacionados,

(CHANIOTIS et al, 1971 b.).

O estudo da influência dos fatores meteorolõg~

cos relativos aos flebotomineos tende a ser mais qualitativo do

que quantitativo, pois BARRETO, (1943), se limitou a dizer que

os abrigos naturais dos flebotomineos se caracterizam por lum~

nosidade escassa ou ausente; baixa temperatura; umidade relati

va elevada; ar estacionãrio, enquanto, ADLER & THEODOR, (1957),

somente assinalaram, de forma geral, as necessidades ambien

tais dos flebotomineos. A Ünica investigação quantitativa das

condições microclimãticas dos abrigos destes dipteros nas Ame

ricas, foi realizado na Venezuela, onde chegou-se a conclusão

que a umidade relativa nestes microambientes oscilou entre 91

a 94% e a temperatura mostrou-se mais estãvel durante o ano ,

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(SCORZA et al, l968a). Estes mesmos autores estudando a relação

do g ã s c a r b ô n i c o c o m os f l e boto mine os , c o n c l ui r a m que esta s u b ~

tância exerce ação limitante no tamanho da população. Segundo

DOLMATOVA, (1949) e DERGACHEVA, (1959), a presença de fleboto

mineo em uma ãrea estã condicionada fundamentalmente no clima,

mas sua ampla distribuição corre por conta do carãter estenõto

po e estenotermico.

A intensidade de luz, assim como, sua composl

çao espectral são fatores que indubitavelmente afetam os inse

tos fototãxicos, (SCORZA et al, 1968a). Por outro lado, a alter

nância de atividade e repouso estão limitados a certas condi

çoes termohidrogrãficas, (HAUFE, 1970), que sao regulares para

cada estação. ConseqUentemente, existem as variações sazonais

de populações flebotominicas definidas para cada estação e P!

riodos, cuja chance de transmissão da leishmaniose se mostra

mais favorãvel. Alem disto, a radiação solar, pressão atmosfe

rica e estado~ eletricidade da atmosfera funcionam como freio

a atividade dos insetos, dentro evidentemente, dos limites ter

mohidrogrâficos permitidos, (HAUFE, 1970). Um outro aspecto,

e o excesso de âgua do solo decorrente de chuvas que provocam

o encharcamento deste, e a radiação solar que o atinge, no P!

riodo normal da queda das folhas, tornando-o ressecados; sao

ambos mal~ficos ao desenvolvimento das formas imatura~ e refle

te na densidade populacional dos flebotomineos florestais, (CH~

NIOTIS et al, 197la). SHAW & LAINSON, (1972), verificaram que

o indice pluviométrico de 200 a 250 mm foi prejudicial a~ for

mas imaturas de P~. 6lavi~eutellatu~, pois traduziu num decres

cimo da população naquela estação chuvosa.

Sob o ponto de vista epidemiolÕgico, o estudo

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comparativo das condições micro e macroclimãticas e importante,

pois contribui ao conhecimento das atividades das formas adul

tas. Alem disso, exercem influência na determinação do carãter

endêmico dos flebotomíneos, (FORATTINI, 1973). O mesmo autor,

chama a atenção para as possíveis modificações do teor da umi

dade, as quais tem induzido o aparecimento de alterações morfo

lÕgicas nos flebotomíneos, com subseqUente alteração do

ter ~te~topo destes dípteros, possibilitando adaptações

novos ambientes distintos dos naturais.

5. 1. 1.6. Animais reservatórios naturais

-cara

aos

Os conhecimentos atuais sobre a leishmaniose te

gumentar americana indicam que esta doença e essencialmente zoo

nõtica, pois ocorre na natureza entre populações de animais

silvestres. Contudo, com a dizimação e afugentação da fauna de

roedores silvestres, com o descobrimento de zonas desérticas se

guido de povoamento, estabelecem-se os focos leishmaniÕticos~

cundãrios denominados ciclo rural ou antropo1Õtico, (NERY-GUl

MARAES et al, 1968). Assim, fica provado que os roedores das

florestas sao primariamente reservatõrios da Lei~hmania e que

outros animais, tais como, marsupiais desempenham papel secun

dãrio, (MACKENZIE, 1972). Investigações levadas a cabo na re

gião Neotropical, detectaram infecções deste parasito em marsu

piais primatas, desdentados, roedores e carnívoros, que, conse

qUentemente, estão implicados na epidemiologia da leishmaniose.

Uma comprovação do papel de reservatõrio foi evidenciado ao se

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observar que a existência de um foco zoonõtico do qual particl

pam os roedores, depende sobretudo do grau de estabilidade des

tes animais e flebotomineos, para manter a enzootia, (SHAW &

LAINSON, 1972). t evidente, que na interação hospedeiro-parasl

to-vetor, vãrios fatores estão inclusos, entre eles a dependê~

cia indireta das condições meteorolÕgicas, (HAUFE, 1970).

Em relação aos animais domésticos, hã muito se

investiga sua infecção natural. Entretanto, o encontro de cães,

gatos e equinos na Argentina com infecções de natureza leishma

niÕtica, (PEOROSO, 1923; MELLO, 1940 e ROMANA et al, 194~ apud

PESSOA, 1972), tem mostrado reduzida importância como reserva

tõrios, (FORATTINI, 1973). Ao contrãrio. os achados desta in

fecção em Ra~~u~ ~a~tu~ alexand~inu~, cães, no Cearã, (ALENCAR

et al, 1960), e ainda dos mesmos animais no Panamã, (GORGAS Mf

MORIAL LA~ORATORY, 1971), sugerem ser estes animais possíveis

reservatõrios da Lei~hmania b~azilien~i~ guyanen~i~, a qual te

ve origem a partir dos animais selvãticos, (FORATTINI, 1973 ).

Alem disto, e fato notõrio, o conhecimento do papel de reserva

tõrio desenvolvido pelo cão no caso da U~a, pois as pesquisas

de L. b. pe~uviana em animais silvestres tem sido infrutíferas.

Continuando a apresentação dos aspectos silves

tres da enzootia nas Américas, sabe-se que a descoberta deste

tipo de reservatõrio teve início com o encontro de P~oe~himy~

~emi~pino~u~, no Panamã, com infecção, (GORGAS MEMORIAL LABORA

TORY, 1957). Desde então, inúmeros assinalamentos foram feitos,

os quais culminaram com uma lista dos animais incriminados epl

demiologicamente e que consta no QUADRO V. Convem frizar, que

apesar da escassez de conhecimento sobre os causadores da leish

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maniose no Hemisfério Ocid:ental, ser uma das razões pelas quais

esta doença e misteriosa, ~LAINSON & SHAW, 1974), parece defi

nido que a L. b~azilien6i6 6. lat. tenha como reservat5rio Cho !

loepu..ó ho66manni; L. mexic.ana tem o O~yzomtJ.ó c.apito e ainda L.

he~tigi o Coendu. ~oúhc.hildi, na ãrea de SASARDI (Panamã), (HEB

RER et al, 1973). Durante o periodo de 1959 a 1962, em Hondu

ras Britinicas, LAINSON & STRANGWAYS-DIXON tentaram elucidar o

ciclo biol5gico da L. mexic.ana, concluindo que este parasito

foi isolado de Ototylomy4, Hete~omtJ.ó e Myc.tom1J6. Contudo, Oto

:tylomiJ.ó phylloti6 parece ser o principal reservatõrio, (DISNEY,

1968). Acresce-se ainda, na mesma ãrea, H. de.óma~e.õtianu..ó e

Sigmodon hi.õpidu..ó adquiriram a infecção ao nivel do solo, por

ser ai seu habitat preferido, logicamente, N. 6u.mic.h~a.õti pod!

rã ter sua infecção no nivel arb5reo, (WILLIAMS, 1970b). No

Brasil, destaca-se o encontro recentemente de O~yzomlj.ó nig~~

pe.ó, O. c.api:to la:tic.ep.ó e ARodon a~vic.u.loide.ó, no Estado de

São Paulo, com L. b. b~azilien.ói.ó, (FORATTINI et al, l972b '

l973d).

As informações supracitadas demonstram que os

roedores sao os animais mais importantes no ci elo da Lei.õhmania.

no Novo Mundo. ConseqUentemente, necessitamos conhecer sua eco

logia para a compreensão epidemiol5gica da doença. O QUADRO VI

representa uma tentativa deste tipo de conhecimento, esboçando

dados fundamentais, que poderão possibilitar a detecção de po~

siveis associações ecol5gicas entre flebotomineos e esses ani

mais, em todos os niveis de estratificação na natureza. Na de

corrência deste interrelacionamento estã a manutenção dos fo

cos naturais e, em se tratando de flebotomineo antropofilico ,

sua transmissão ao homem.

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Como exemplo do primeiro caso, temos que em Sa

sardi (Panamã) o P. ~emi~pino~u~, M. ~obin~oni vivem ao nivel

do solo e O~yzomy~ capi~o em buracos, os quais mantem um provã

vel relacionamento com P~. olmecu~, responsãvel pela transmis

sao da infecção naquela ãrea, (HERRER et al, 197lb e 1973b).

Estudos etiolÓgicos sobre a Lei~hmania pi~dnoi,

ainda sao indefinidos, (FORATTINI, 1973), permanecendo assim,

a necessidade da elucidação de todos os aspectos que possam C!

racterizã-la como uma entidade especifica, distinta das outras

Lei~hmania. Todavia, para LAINSON & SHAW, (1974) este parasito

pertence ao "complexo mexicana" e possivelmente possa ter o ZK

goddn~omy~ mic~o~nu~ e P~oechimy~ guyannen~i~ como reservatõ

rios ~lvestres. Se este fato for provado, ficarã restando a

determinação do vetor e conseqUentemente, as condições de trans

missão.

Finalmente um fato curioso, foi o aparecimento

da Lei~hmania en~e~~ em cobaias de laboratório, em Curitiba,

(MUNIZ & MEDINA, 1948), a qual permanece enigmãtica.

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V Animais reservatórios naturais silvestres de Le.ühman.(.a do "complexo mexicana" e "complexo braziliensis" com respectiva distribuição geogrifica na região Neotr! pica!.

RESERVATORIOS NATURAIS I PAISES I AUTORES

Ma1Lmo~a 'l.ob.in~on.<. HERRER, CHRISTENSEN & BEUMER Agou.t.<. pac.a Panamã 1973 b P!t.oec.h.<.rny~ ~.imüp.ino~u~ -

V.iptomyó iab.it.ió Panamã LAINSON & SHAW, 1974

Oto.tytornlJó phytto.t.i~ ·-

I •

Hete.Jtomy~ dejma1Le6.t.ianu.6 Honduras LAINSON & STRANGWAYS-DIXON, 1962. Nyc..tornyó ~ um.ic/t .'f.ct6 .ti Britãnicas 1964 e OISNEY, 1964 S.igmodon hi•p.idu.•

Hete.JLomy~ anamatou.6 TIKASINGH, 1969 e LAINSON & Ma1Lrno6a 6u.~ca.ta Trinidad SHAW, 1974 Ma!t.mo~a 1Lob.in6on.i

Va• ypJto c ta 6p. Bras i 1 BRUMPT & PEDROSO, 1913 (Be1êm)

P!t.oec.h.irny~ guyannen6.i6 Brasil LAINSON & SHAW, 1974 Me..tac.h.i1Lu6 nu.d.ic.au.da.tu~ (Mato Grosso)

01Lyzomy6 c.onc.otoJL 0JLyzomy6 mac.c.onnelt.i Ne.a.tomyó 4quam.ipe6 Bras i1 LAINSON & SHAW, 1968, 1969, 1970 MaJtmoóa mu.Jt..ina (Mato Grosso) e 1974 MaJt.moóa Jt.ob.in~on.(. Calu.Jtomy• philande.Jt.

Panamã HERRER, CHRISTENSEN & BEUMER . 01r.y zo my~ c.ap.i.to Brasil 1973 b; LAINSON & SHAW, 1969

Tl"'i n i dad e TIKASINGH, 1969

' Aotu.6 tJL.iv.i.Jt.ga.tu.~ 8Jt.ad.ipu.~ .in6u.6c.a.tu.6 Panuã HERRER, CHRISTENSEN & BEUMER • Cholo epu.• ho 6 6rnann.i 1973 b llu ua na6 u.a

Plr.oech.i.my~ 6e.m.i~p.ino~u.6 Panamã HERRER, THATCHER & JOHNSON, 1966 Hoplomy6 gyrnnu.Jtu.6

Coe.ndu. 1LO.t4hc.hild.<. Pana~aã HERRER, 1971

Poto• 6lavu.6 HERRER, THATCHER & JOHNSON, 1966; THATCHER, EISENMANN & HERTIG,

Sangu..inu.~ geo661Loy.<. Panamã 1965; HERRER, CHRISTENSEN & BEU 8a66aJt.ic.yon gabb.i MER, 1973 b

Zygodon.torny~ m.ic.JLo.t.(.nu.~ Venezuela KERDEL - VEGAS & ESSENFELD-YAHR, P!r.oec.h.imy~ ~u.yannen~.ió 1966

Phyllo6.tomu.6 ha~.ta.tu~ Venezuela PONS & LONDRES, 1963

Va~yplloc..ta azaJLae Bras i1 Agou..t.(. pac.a (Sio Paulo) FORATTINI, 1960 Kannaba.teomy4 amblyoni.x.

Brasil NERY-GUIMARAES & AZEVEDO, 1964 ;

0Jt.y zom y~ c.a.p.i.to (Amazonas) NERY-GUIMARAES & COSTA, 1964 e NERY-GUIMARAES, AZEVEDO & DAMAS CENO, 1966

Plloe.c.h.imyt. gu.yannen~.i• Bras i1 LAINSON & SHAW, 1968

Brasil FORATTINI, 1960; BARBOSA, MELLO & 011.yzomy~ n.igll.ipe~ (R. de Janeiro) COURA, 1970; FORATTINI, PATTOLI,

(São Paulo) RABELLO & FERREIRA, 1972 b

Aiodon a.lr.v.ic.ulo.ide~ Brasil FORATTINI, PATTOLI, RABELLO & ·FER

(São Paulo) REIRA, 1972 b -

0Jt.ljZOIII!J4 c.a.p.i..to la.t.ic.ep• Bras f1 FORATTINI, PATTOLI, RABELLO & FER (Sio Paulo) REIRA, 1973 d

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G[N[RO

Coendu

Sig111odon

Hotochilu6

Clllo•IJ&

ll}godbntOMIJ6

O ·\ljZOJIIIj6

ijellCOrrtlj&

Ab:odon

Agouti

ll:llnnllbllteo'"IJ'

Hoplo•rJ&

NOME COMUM

R1to de buraco

Porco espinho

Cobaia

Rato do algodão

Rato do pântano

Rato do ano i te cer

Rato da cana

Rato i!o erroz

Rato er'lç•do

Rato d' igua

Rato do ca111po

Paca

Rato espinho

Rato encoura çado

Fonte : MACKENZIE, (1972)

OISTRJBUIÇAO GEOGR~FJCA

Colo•bia, Equador, Venezuela

Parte do Norte da América do Sul

Da Colo•bia t Venezuela 10 Norte da Argentlnt

Rato do capl• e capoeira da zona tropical do Norte da América do Sul

Venezuela, Guianas, Brasil, Per~ Colo111bia e Norte da Argentina

Argentina, Paraguai, Brasil, Ve nezuela, Uruguai Bollvia e Peru-

Colombia, Equador, Venezuela f Guianas, Brasil, Parag»ai e Bol via -

A•erlca do Sul

Colo•bia, Brasil, Equador', Peru, Guiana Inglesa (Surina•)

Parte Central e ao Norte da A111é ri-::a do Sul

Maior parte da A111erica do Sul

Da Colombia ao Sul do Brasil

D.a Colombla ao Sul do Brasil

Parte Central e Norte da América do Sul

Sudeste do Brasil, Paraguai e Ar gentlna

Colo•bia, Equador e Oeste Andes

dos

AL TITUOE (•)

o 2.500

o 2.500

Desconhecida

o 1. 500

o 5 . 000

o 5. 000

o 1. 200

Desconhecida

o 2.000

o 1.500

1.050· 5.000

o 3.000

o 3,000

o 1. zoo

Desconhecida

Desconhecid•

PREFERrNCIA DE HABITATS

Pastagem, terrestre, entrando e• casas de fazendas e celeiros

Silvestre e arbóreo

Pastege111, regiões rochosas , 111argens das florestas e brejo, facilmente d! •esticivel

Pastagem, associado co111 ninhos de ratos

Pastage111, associado co• ninhos de ratos

Pastage• e capoeiras, orlas de flores tas, social e co111ensal co• outres esp! eles

Pastage111, de areas descampadas ou capo eiras com u•• espess• camada de solo -

Silvestre e pastage•, grande veriaçio de hibitos e referência de hebit1ts

Silvestre, terrestre, prefere flor'es tas co• elevada u•idade

Pintano ou aquitico, as vezes são en contrados dentro de casas

Virlos habltats dos ca111pos, seco Ü111ido, 1tê florestas

ou

Silvestres, terrestres, noturnos, !a drão de frutas e vegetais

Silvestres, terrestres, adaptado grande varleção de habltats natural artifici1l, f1cllmente do•estlcivel

a e

Silvestres, terrestres, i o predo111inan te dos pequenos 111a111lferos e• •ultos 1~ cais

Prefer'e ••tas de ba111bu

Silvestres e terrestres

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-44-

5.1.2. Fatores parasitolÕgicos

A identificação de protozoirf~s parasitos de

Phlebotominae em animais silvestres, obedecendo-se a tentativa

de defini-los como pertencentes ao gênero Lei4hmania, consti

tue uma técnica metodolÕgica bastante problemãtica e ainda com

pontos obscuros. Tal aspecto, e mais evidenciado ao observar

mos que a elucidação das diferenças especificas e subespecif!

cas das Lei4hmania produtoras dos tipos cutâneo, cutâneo-muco

sa e difusa, existentes na regiio Neotropical, tem sido quase

impossivel devido a sua grande variaçio, que decorre do tipo

de cepa, dos hospedeiros vertebrados, fatores epidemiolÕgicos

e t a 1 v e z d e c o n d i ç õ e s d e t r a n s.m i s s i o , ( A Z E V E O O e t a 1 , 1 9 6 9 ~

Acresce-se ainda, a existência, possivelmente, de um processo

de especiaçio entre estes parasitos, (FORATTINI, 1973). Conse

qUentemente, estio distribuidos em dois grandes grupos, o 11 COm

plexo mexicana .. e "complexo braziliensis". No primeiro caso,

as Lei4hmania sio caracterizadas principalmente por terem um

notãvel crescimento na pele do hamster e em meio de cultura,

permitindo assim facilidade no isolamento, tanto de vetores co

mo de reservatõrios naturais, enquanto que no s~gundo grupo,

as espécies crescem pobremente na pele do hamster e no meio

de cultura, alem de poderem ter periodos de incubaçio mais

prolongados, (LAINSON & SHAW, 1973). Logicamente, estas têm

sido as razões que denotam a dificil tarefa de isoli-las e

ate mesmo, o maior obstãculo na elucidação do seu diagnõstico.

No que se refere a L. mexicana, (BIAGI & VALASCO, 1967), ch!

mam a atençio para a grande tendência que tem este parasito

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de visceralizar em animais de laboratõrio, fato que nao ocorre

no homem.

As informações supracitadas nos impõe relatar os

recursos laboratoriais utilizados no diagnõstico das Lel~hmanla.

Recomenda-se então, que as formas promastigotas detectadas em

flebotomineos, sejam inoculadas em hamster, cuja finalidade re

side na reprodução da infecção e subseqüente comparaçao com os

quadros clinicas classicamente determinados. Como este aspecto

estã sujeito a vãrias limitações de ordem biolÕgica do parasi

to, tornou-se necessãrio a utilização de técnicas sorolÕgicas

especiais. Para exemplificar a importância desta técnica que

atualmente ela serve ã distinção de Lel4hmanla de mamiferos e

répteis, assim como, para aquelas que pertencem ao "complexo

mexicana" e "complexo braziliensis", (ADLER, 1964). SAF'JANOVA

& ALIEV, (1973) e NADIM et al, (1973), também estabeleceram a

diferenciação sorolÕgica entre L. t. mlno~ e L. t. majo~. WA1

LACE & HERTIG, (1968), introduziram a ultramicroscopia como um

processo capaz de diagnosticar as diferentes promastigotas. SAF'

JANOVA & AKAJAN, (1973) acham promissora a técnica de anticor

pos marcados com "ferretin" para o diagnõstico das Lel4hmania.

CHANCE et al, (1973), estudando os ADN destes agentes, relatam

ser possivel, a distinção entre Lel4hmania do "complexo mexica

na" e "complexo braziliensis".

Embora o encontro de promastigotas em flebotomi

neos sob condições naturais não prove que a espécie seja um ve

t~r, mas apenas satisfaz um importante pré-requisito, investi

gaçoes tem sido freq6entes diante da possibilidade de se reco

nhecer os agentes parasitãrios da leishmaniose, através da me

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todologia anteriormente descrita. Tanto assim ~' que de 504 fle

botomíneos com promastigotas foi possível em 18 deles caracte

rizar como sendo Lei~hmania, (LAINSON & SHAW, 1974). P~. pan~

men~~~, P~. t~ap~do~, L. gomez~ e P~. yleph~leto~, (apud CHRIS

TENSEN et a1, 1969); P~. welcomei ,

(LAINSON & SHAW, 1970 e 1974); P~. inte~medlu~ e Pintomyia pe~

~oai, (FORATTINI et al, 1972c) e P~. olmecu~, (WILLIAMS,1970b),

são espécies cuja Lei~hmania tem sido isolada em laboratório.

Observa-se entretanto, que o índice de infecção por estes par!

sitos em flebotomineos vem sendo muito baixo e nao corresponde

com o numero destes dipteros incriminados, mas como existem li

mitações de natureza metodolÓgica, assim como, de informações

ecológicas, permanecerã a confirmação da maioria destes, na de

pendência de futuras invest~gações. Podemos exemplificar esta

situação ao citar que L. migonei, na Venezuela e Brasil, L.

gong~palpi~, na Venezuela, P~. whitmani, no Brasil, (PIFANO,

1940, 1943; FORATTINI, 1959; FORATTINI & SANTOS, 1952), foram

encontradas infectadas sem diagnosticar a Lei~hmania. Al~m dis

to, existem aquelas que são incriminadas somente por serem do

minantes e antropofilicas, numa determinada -area. Entre eles

temos P~. ~quamiven~i~ no Surinam, P~. panamen~i~ na Venezue

la, (WIJERS & LINGER, 1966).

Convem ressaltar que os parasitos da leishmanio

se tegumentar nas Américas, têm sido capazes de se desenvolver

em 23 espécies de flebotomíneos e provavelmente isto -ocorrera

com outras espécies, quando forem testadas, (CHRISTENSEN et al,

1972). Todavia, acreditamos que nem todas as espécies sao es

senciais ã existência da doença na natureza e a descoberta de

uma possível associação ecolÕgica entre mamíferos infectados e

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flebotomlneos, constituiri um fator fundamental no entendim~n

to da epidemiologia desta doença.

A aceitação de que os agentes parasitãrios des

ta doença estejam confinados, em sua forma original, nos mami

feros e flebotomlneos silvestres, induziu muitas investigações

no sentido de esclarecer tal situação. Sobre a infecção dos

vetores, jã nos referimos anteriormente e quanto aos animais

passaremos a relatar. As Lei~hmania nos animais tem localiza­

ção dérmica superficial e disseminada, apresentando-se, as ve

zes, pontos esbranquiçados com aspecto de ulceração discreta,

descamativa, (FORATTINI, 1973) e lesões ricas em histiõcitos

com abundantes formas amastigotas, (NERY-GUIMAR~ES et al, 1968).

No QUADRO V mostramos todos os animais considerados reservatõ

rios naturais de Le~~hmania.

Por outro lado, a infecção natural dos animais

domest.icos, principalmente do cao, reveste-se de um cariter

particular, dada a fixação do homem prõximo aos ambientes flo

restais onde existe condições de uma estreita associação do

flebotom1neo e estes animais, possibilitando, conseq6entemente,

ao cao desempenhar o papel de reservatõrio dos parasitos, em di versas ãreas da região Neotropical. Um outro aspecto refere-se

ao homem, que tem demonstrado não ter condições de ser uma boa

fonte de infecção, devido a conduta de desenvolvimento da Lei~h

mania sobre a derme deste hospedeiro, a qual não favorece a in

fecção de vetores, alem de ser acidental ou esporãdica sua par

ticipação no ciclo enzoõtico natural.

Finalmente, a utilização de animais de laboratõ

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rio, domésticos e silvestres, que possam tornar ou estão asso

ciados ecologicamente com vetores da leishmaniose, tem provado

ser uma técnica vantajosa na avaliação da atividade leishmaniõ

tica, numa ãrea endêmica, (HERRER et al, 197lb e 1973b; CHRIS

TENSEN & HERRER, 1973). Acresce-se ainda, o fato de que os dois

Últimos isolaram Le .. ühma.ni.a. de Choloepu..t> ho66ma.nni. através do

xenodiagnõstico, utilizando-se para isso o L. gomez~,

TENSEN & HERRER, l972a).

5. 1.3. Fatores experimentais

(CHRI~

Os flebotomíneos sao encontrados na natureza fre

qUentemente infectados com diversos agentes patogênicos. Toda

via, no que diz respeito aos protozoãrios do gênero Le~.t>hma.ni.a.,

permanece a tentativa de um esclarecimento definitivo. Fazem

parte do processo de identificação, os estudos experimentais

que se iniciam a partir da detecção de formas flageladas em seu

tubo digestivo. Tais experimentos tem procurado esclarecer a

identidade, a especificidade e o equilíbrio hospedeiro-parasi

to-vetor, assim como, a conduta de desenvolvimento dos parasi

tos no tubo digestivo dos flebotomíneos, aspecto que parece evi

denciar diferenças significativas entre Le~.~>hma.ni.a. de mamíferos

e de répteis, (FORATTINI, 1973).

ma.ni.a.,

Sobre a suscetibilidade destes dipteros

COELHO et al, (1967a e b), apõs estudos desta

ã Le~.t> h

natureza

em dez flebotomíneos, concluiu claramente que a suscetibilidade

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- ·t ·: ·-

e inexistente, pois citou como exemplo, que L. tongipatpi~ e L.

~enei foram suscetíveis a L. b~azitien~i~ ~. tat., L. mexicana,

L. donovan~ e L. en4ietti. Agora, com relação a colonização dos

parasitos no tubo digestivo, a partir da alimentação em hamster

infectado e por meio de infecção artificial, embora não ocorra

de modo Ünico, verifica-se uma predominância preferencial pelas

partes anteriores, subseqHentemente, agrupadas entre as Lei~hm!

nia de mamíferos, (HERTIG & McCONNELL, 1963; JOHNSON et al, 1962,

1963; McCONNELL, 1963; STRANGWAYS-DIXON & LAINSON, 1966; COELHO

et a1, 1966, 1967a; JOHNSON & HERTIG, 1970). P~. 6tavi~cutett!

tu~, L. c~uciata, L. tongipatpi~, L. ~enei e P~. pe~~oanu~ tem

sido experimentalmente capazes de transmitir a Lei~hmania atra

vés da picada, (CHRISTENSEN et al, 1972). Acresce-se ainda, que

os estudos biológicos em laboratório, tais como a colonização

de L. ~4inidaden~i~ e L. ve~pe~titioni~ e a preferência alimen

tarde P~. ~apido~ por determinados açúcares, (CHRISTENSEN ,

1972 e CHANIOTIS, 1974a), tem importância, pois fornece subsi

dias a criação de flebotomineos antropofilicos, os quais tor

nam necessãrios a alguns tipos de experimentos.

Por outro lado, a reprodução experimental da

leishmaniose tegumentar em animais de laboratório, domésticos

e silvestres, representa importantes informações sobre a susce

tibilidade destes animais ã Lei~hmania, os quais servirão ã P!

dronização do comportamento evolutivo da infecção leishmaniõti

ca; poderão caracterizar os reservatórios em potenciais das

Lei~hmania e ultimamente tem sido utilizados como animais sen

tinelas na detecção da atividade do parasito -em areas endêmi

cas, (HERRER et al, 197lb e 1973b; CHRISTENSEN & HERRER, 1973).

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Sobre a especificidade destes agentes aos animais tem-se demons

trado ser muito baixa, principalmente ao se observar que as i!

fecções de mamiferos e homens ter sido relatada em lacertideos,

(ADLER, 1964). Exemplificando, hã evidências de que o parasito

de mamiferos, mesmo passando por lacertideos, mantêm sua infe~

tibilidade aos primeiros, assim como, o fato de Le~~hm~ni~ de

lacertideos desenvolverem em mamiferos indique tratar-se de ce

pas atenuadas, (DOLLAHON et al, 1974; BELOVA, 1971 e MEDINA,

1966). Apõs este relato e fãcil admitir que mamiferos como ma

cacos, caes e animais silvestres, sejam experimentalmente sus

cetiveis a Le~~hm~n~~, conforme jã foi demonstrado por alguns

autores, (PESSOA, 1972). S~gmodon ~~p~du~ inoculados com L.

mex~c~n~ de Honduras Britânicas, adquiriram a infecção, embo

ra houvessem espécimes refratãrias, (LAINSON & STRANGWAYS- DI

XON, 1964). Cepas de L. b~~z~t~en~~~ ~. t~~. reproduziram le

soes cutâneas em P~oech~my~ ~em~~p~no~u~, Tytomy~ p~n~men~~~,

Po~o~ 6t~vu~ e B~~~~Jt.icyon g~bb~, (THATCHER et al, 1965). O

hamster mostrou-se o mais sensivel dos animais de laboratõrio

e o rato branco com um mutante alopecico, tambem foram susce

tiveis a infecção leishmaniõtica, (GARNHAM & LEWIS, 1959; MA

TA .et a1, 1968 e CAMPO-AASEN, 1970).

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6. IMPORTANCIA EM PROFILAXIA

A leishmaniose ê uma zoonose cuja participação do

homem no ciclo epidemiológico primitivo tem ocorrido de forma

acidental, assim como, seus aspectos epidemiológicos são simila

res em toda a região Neotropical, onde a maior prevalência da

doença ocorre na zona rural, explicado pela fixação do homem nes

ta ãrea. Dessa forma possibilita-o entrar em contato estreito

com os ambientes florestais. Exceção se faz ã U~a por ser carac

terizada como urbana. Do comportamento dos grupos populacionais

representado pelos movimentos migratórios, com maior ou menor i!

tensidade, determinam a ocor.rência de epidemias ou surtos epidê

micos. Como a elevação da incidência da doença estã na decorrên

cia de atividades humanas relacionadas com as florestas, tal fa

to se reveste de importância econômica, conseqüentemente, estã

colocada no grupo das doenças profissionais. Assim, assume par

ticular importância no Brasil, com o interesse do Governo em fo

mentar o desenvolvimento do pais, mediante a exploração e desco

berta de extensas ãreas florestais virgens, para exploração

agricola, mineral e construção de estradas. Sob o ponto de vista

de Saúde Publica, como a infecção humana pode assumir formas

graves que determinam mutilações e defeitos sérios, as vezes per

'anentes; ter decurso lento, tornando a cura dificil, longa e

dispendiosa e ainda ser mais freqUente na faixa etãria de 20 a

30 anos, (PESSOA, 1972), constitue também um problema que merece

atenção.

Por outro lado, as medidas profilãticas como o

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E R R A T A

Pãg. 11 e 19

Onde se lê ARAG~O, (1922); leia-se ARAG~O, (1927)

Pãg. 34

Onde se lê após-alimentar; leia-se pós-alimentar

Pág. 40

Onde se lê Myctomy&i leia-se Nyctomy~

Pâg. 42

Onde se lê ~~m~~p~no~u~i leia-se ~em~~p~no~u~

Pâg. 51

Completar o ultimo parãgrafo com: combate a vetores em seu

habitat natural, quando esta doença tem um

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comportamento zoonõtico, representa um recurso impraticãvel.

Diante disto, deduz-se que o controle da doença estã baseado em

medidas paliativas, pois permanecerã sendo uma ameaça aos colon1

zadores, operãrios e visitantes das ãreas florestais. Todavia,

o uso de medidas de proteção individual, embora com eficiência

discutivel, deve ser adotada, motivo pelo qual se impõe o desen

volvimento de técnicas modernas para o preparo de vacinas de bom

poder protetor. Em relação ao combate dos flebotomineos, no que

concerne seu controle biológico, na região Neotropical, e prati

camente desconhecido, sabendo-se apenas que os fungos -do genero

Coelomomyce~ foram observados parasitando e destruindo ovos de

* L. long.i.pa.lp.ü, em Minas Gerais, (MARTINS et al, 1971) . Jã no

combate ãs formas adultas, te~-se verificado que o rociamento

dos domicilias com DDT parece oferecer resultados animadores,

pois no caso da leishmaniose tegumentar peruana, e de certos

focos de Leishmaniose Cutâneo-Mucosa ou Leishmaniose Centro Sul

Americana foram suficientemente controlados, (FORATTINI, 1973).

Finalmente, dever-se-ia enfatizar que a seleção

de agentes a serem usados na campanha de controle da leishmanio

se, através de vacinas, sempre depende das condições locais e

sobre a circulação dos agentes causais, em cada foco endêmico,

em particular. Sob este ponto de vista, a efetividade desta me

dida profilâtica estã na dependência do conhecimento da estrutu

ra do foco e dos processos epizo~ticos ou epidêmicos, (SAF'JANQ

VA, 1971 ).

* Jã citado na pâgina 7

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7. CONCLUSOES

1. Apesar de existir duvidas quanto ã elucidação do meca

nismo de transmissão da leishmaniose tegumentar, os co

nhecimentos atuais evidenciam, com certa clareza, que

os flebotomineos desempenham o papel de vetores desta

doença, nos ciclos silvestres, semidomesticos e domesti

cos.

2. A coincidente superposição das leishmanioses e fleboto

mineos; o encontro dos últimos com flagelados que de

monstraram ser Lei~hmania de mamiferos; sua estreita as

sociação ecolÕgica com os animais reservatõrios da Lei~h

mania e a participação acidental do homem nas bioceno

ses desta doença, caracterizam uma estrutura epidemiolõ

gica, na qual o flebotomineo, através do seu hãbito he

matõfago, estã seriamente incriminado como veiculador

da parasitose ao homem.

3. Infecções experimentais dos flebotomineos, por meios na

turais e artificiais, com cepas patogênicas ao homem,

oriundas da região Neotropical e do Velho Mundo; a capa

cidade destes quando infectados transmiti-las ao homem,

denotam uma baixa especificidade dos parasitos, assim

como, confirma o ponto de vista o item anterior.

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4. Finalmente, o carãter esten6topo e estenot~rmi~o dos fle

botomineos são resultantes de adaptações a certas con

dições climáticas, que indubitavelmente apresentam va

riações constantes, nas diferentes -areas geográficas

da região Neotropical. Acresce-se ainda que o excesso

de chuvas e a radiação solar são prejudiciais ao desen

volvimento das formas imaturas, refletindo assim dire

tamente na redução da densidade populacional dos flebo

tomineos. Obviamente, fica provado que as condições de

transmissão são tamb~m dependentes dos fatores meteoro

lÓgicos.

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R E S U M O

Tem-se atribuído ao flebotomineo o papel de transmissor das leishmanioses. Com relação a leishmaniose te gumentar americana, 23 espécies parecem estar incriminadas na transmissão. Contudo, somente em P~ychodopygu~ ~4pidoi, P~.

ylephilezo~, P~. inze~mediu~, P~. welcomei, P~. 6l4vi~cutell~

tu~, P~. pan4men~i~, P~. olmecu~, Lutzomyid gomezi e Pinzomy4 pe~~o4i, foi possível o isolamento da Lei~hm4nid.

O carãter zoonõtico desta doença denota uma si tuação ainda complexa devido aos escassos conhecimentos sobre os hospedeiros, vetores e epidemiologia das diversas Lei~hmd

nid.

A presente revisão confirma que esta função desempenhada por dipteros da subfamilia Phlebozomin4e.

A B S T R A C T

.. e

The function of transmitting Leishmaniasis is generally attributed to phlebotomine sandfly. In relation to American Cutaneous Leishmaniasis, 23 species appears to be in volved in the transmission process. However, L~~hmdnid org! nisms could be isolated from only P~ychodopyg~ tAdpidoi, P~.

ylephileto~, P~. inte4mediu~, P~. welcomei, P~. 6ldvi~cutell!

tu~, P~. pdndmen~i~, P~. olmec~, Lutzomyi4 gomezi and Pinzo myi.d pe~~o4i.

The zoonotic charater of this disease is yet a complex situation due to lack of adequate knowledge about host, vector and epidemiology of various Lei~hm4ni4.

The present revision confirms that the function is perfomed by diptera of sub-family, Phlebozominde.

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