Curso Avançado de Trauma Janeiro de 2014. Trauma Crânio Encefálico Trauma Crânio Encefálico.
Trauma Torac Hr
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TRAUMA TORÁCICOAvaliação Primária
Seminário 20/04/2015
HR
Visão Geral
• Causa importante de morte
• Muitas delas podem ser evitadas com procedimentos simples quando diagnosticada precocemente
• hipóxia, hipercapnia e acidose.
• O atendimento inicial: avaliação primária, normalização dos sinais vitais, avaliação secundária e tratamento definitivo.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
• Começa com avaliação da via aérea cujas lesões críticas devem ser reconhecidas e abordadas neste momento
Vias aéreas
• observando se há permeabilidade de via aérea e fluxo de ar a nível do nariz, da boca e dos campos pulmonares;
• Procura de corpos estranhos e contrações musculares intercostais e supraclaviculares.
• Lesões na parte superior do tórax podem criar um defeito palpável na região da articulação esternoclavicular com luxação posterior da cabeça da clavícula, causando obstrução da VAS.
Ventilação
■ tórax e o pescoço devem ser expostos completamente para avaliar a ventilação e as veias.
■ As características dos movimentos respiratórios e da ventilação devem ser avaliadas pela observação, palpação e ausculta
■ principais lesões torácicas que devem ser reconhecidas e abordadas na avaliação primária: pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, tórax instável com contusão pulmonar e hemotórax maciço.
Pneumotórax Hipertensivo
• vazamento de ar tanto do pulmão como através da parede torácica, para o espaço pleural por um sistema de válvula unidirecional.
• Mediastino deslocado para lado oposto• causa mais comum: ventilação mecânica com
pressão positiva em pacientes com lesão da pleura visceral;
• pode ocorrer como complicação de um pneumotórax simples devido a um trauma penetrante ou fechado do tórax
Pneumotórax Hipertensivo
• diagnóstico é clínico!
• Tratamento não deve ser adiado à espera da confirmação radiológica.
• Dor torácica, dispneia importante, desconforto respiratório, taquicardia, hipotensão, desvio da traqueia, ausência de MV unilateral, distensão das veias do pescoço e cianose tardiamente.
• Diferenciação com o tamponamento
Pneumotórax
• descompressão imediata com inserção de uma agulha de grosso calibre no segundo espaço intercostal na linha medioclavicular do hemitorax afetado.
• O tratamento definitivo é feito com a inserção de um dreno no quinto espaço intercostal (ao nível do mamilo) na linha axilar média, direcionando o dreno para cima.
Pneumotórax Aberto
• Grandes ferimentos da parede torácica, que permanecem abertos.
• Equilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica iguala.
• Se abertura da parede é dois terços do diâmetro da traqueia, nos esforços respiratórios o ar passa preferencialmente pela lesão da parede (menor resistência)
Pneumotórax Aberto
• fechamento com curativo estéril. O curativo deve ser fixado em três pontos para produzir um efeito de válvula unidirecional
• Colocação de dreno longe da lesão
• Geralmente, o ferimento tem que ser fechado através de procedimento cirúrgico.
TÓRAX INSTÁVEL
■ segmento da parede torácica não tem mais continuidade com o resto da caixa torácica (fratura de costela)
■ hipóxia associada que pode ser causada tanto pela dor, quanto pela lesão do parênquima pulmonar (contusão).
■ terapia definitiva consiste em garantir a oxigenação mais completa possível, administrar líquidos e fornecer analgesia para melhorar a ventilação.
HEMOTORAX MACIÇO
• consiste em acúmulo de sangue num hemitorax, compressão do pulmão e o empecilho que a ventilação proceda de forma adequada.
• Pode causar hipotensão e choque.• Redução do murmúrio vesicular em
comum, o pneumotórax tem hipertimpanismo no lado atingido e hemotórax apresenta macicez.
CIRCULAÇÃO
• veias do pescoço devem ser avaliadas (distensão). Pode estar ausente em hipovolêmicos em casos de tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo ou lesão do diafragma.
• Monitor cardíaco e um oxímetro (trauma torácico (sobretudo se por mecanismo de desaceleração brusca) podem ter contusões miocárdicas, hipóxia e acidose, causando arritmias.
HEMOTÓRAX MACIÇO
• Rápido acúmulo de mais de 1.500mL de sangue, ou um terço ou mais do volume sanguíneo na cavidade torácica
• Raramente, o hemotórax pode deslocar o mediastino e causar a distensão das veias cervicais.
• Diagnosticado pela associação de choque + ausência de murmúrio vesicular e/ou macicez à percussão torácica.
■ reposição do volume sanguíneo e descompensação da cavidade torácica simultaneamente.
■ O sangue removido pelo dreno de tórax deve ser coletado de modo que permita a autotransfusão.
• ferimentos penetrantes anteriores e mediais à linha dos mamilos ou posteriores e mediais às escápula
• volume drenado imediatamente for maior que 1.500mL, pode precisar de toracotomia de urgência, assim como os que continuam sangrando mesmo tendo drenado menos de 1.500mL no primeiro momento (200mL/h por 2-4 horas)
TAMPONAMENTO CARDÍACO
• Saco pericárdico humano é uma estrutura fibrosa inelástica e apenas uma pequena quantidade de sangue é suficiente para restringir a atividade cardíaca.
• Tríade de Beck: turgência jugular*, diminuição da PA e abafamento das bulhas cardíacas*.
• métodos diagnósticos: (1) ECG – vários falsos negativos; (2) avaliação USG orientada para o trauma – coração e pericárdio
• abordagem ideal é a cirurgia, quando esta não está disponível, a pericardiocentese pode ser tanto diagnóstica quanto terapêutica, mas não definitiva.
• reposição de volume deve ser feita, pois ajuda a melhorar pelo menos um pouco a pressão venosa e o débito cardíaco.
• punção subxifóide
• todos os doentes com tamponamento agudo e com pericardiocentese positiva precisam de cirurgia para inspeção do coração e reparo.
TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA
• Drenagem de sangue contido no saco pericárdico e que está causando tamponamento
• Controle direto da hemorragia intratorácica
• Massagem cardíaca aberta
• Clampeamento da aorta descendente para reduzir as perdas abaixo do diafragma e aumentar a perfusão ao cérebro e coração.
OUTRAS MANIFESTAÇÕES
■ Enfisema subcutâneo
■ Lesões por esmagamento
• FRATURAS DE COSTELAS, ESTERNO E ESCÁPULAS