TRÊS DILEMAS ÉTICOS Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer.

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TRÊS DILEMAS ÉTICOS

Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer.

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DILEMA DOS VALORES

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DILEMA DOS VALORES

Exxon Corporation –

teste de drogas e álcool

Privacidade vs segurança no

trabalho

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DILEMA DOS VALORESEsse caso contribui para verificar que a ética da convicção convive com um dilema congênito,

justamente em função de seus pressupostos axiológicos: como estabelecer uma

hierarquia entre os princípios? Ou entre os

ideais?

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DILEMA DOS VALORES

O que mais importa:Justiça ou respeito a propriedade

privada?Verdade ou lealdade filial?

Honestidade ou sobrevivência física?A mais ampla liberdade de expressão

ou o policiamento das consciências para prevenir atentados contra a vida?

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Caso dos Sites

Liberdade de expressão ou direito de privacidade?

R: o direito a privacidade cessaria quando a ação praticada tivesse

relevância pública. Ex: governantes

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Qualquer uma das morais que se inspira pela ética da convicção embute

uma hierarquia de valores, se não explicita, pelo menos implícita.

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Descoberta cientifica: o que fazer ? Patentear e ganhar dinheiro ou

liberar para a sociedade?

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DILEMA DOS VALORES

A variedade dos valores existentes num dado ambiente é tal que a

hierarquização e a articulação deles se tornam imperativas para a própria

perpetuidade da organização.

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Caso de Francis Bacon

Page 11: TRÊS DILEMAS ÉTICOS Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer.

DILEMA DOS VALORESCaso da Estudante

Nesse caso a ética da responsabilidade apontaria para a

denuncia do professor.

Saída do professor foi uma negociação de soma positiva,

bastante criativa e perfeitamente ética, segundo a vertente da

finalidade.

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Fica provado que pela vertente da ética da convicção, certas questões não seriam solucionadas a não ser

que tivesse uma hierarquia de valores.

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Se uma empresa preza pelos valores da lucratividade e da

responsabilidade social, cabe definir como poderiam ser compatíveis, ou

então qual o mais importante.

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DILEMA DOS VALORES Pesquisa realizada pelo Institute for

Global Ethics via internet. O objetivo era apontar os 5 valores mais importantes de

uma lista

5 mais votados: honestidade, a responsabilidade, o respeito, a

compaixão e quase epatados, a justiça e a liberdade.

5 menos votados: a obediencia, a harmonia social, a generozidade, a

humildade e a honra.

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Os cinco valores menos votados parecem lembranças saudosistas de

uma sociedade não capitalista, hierarquizada e estável.

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Pesquisa realizada no Brasil: Valores que elegeriam como bandeira de luta

de um povo.

Ordem de votos: Igualdade, liberdade, justiça, fraternidade,

solidariedade, dignidade, tolerância, progresso, ordem, comida.

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DILEMA DOS VALORES

A Prevalência dos valores difundidos pela revolução francesa revela o quanto o Brasil permanece dilacerado por suas desigualdades e

pelo desrespeito a direitos civis básicos.

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DILEMA DOS VALORES

“Muitas vezes é mais fácil lutar por princípios do que cumpri-los”

Adlai E. Stevenson

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DILEMA DOS DESTINATÁRIOS

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“Dilema nasce das implicações que decisões ou ações acarretam: a relação moral beneficia quem e

prejudica quem?

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DILEMA DOS DESTINATÁRIOSInúmeras

identidades e lealdades: nacionais, de gênero, étnicas, classistas, sindicais, profissionais, etc.

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DILEMA DOS DESTINATÁRIOSEscopo das morais: devemos lealdade a quem?

AMPLO INTERMEDIÁRIO RESTRITO

humanidade etnia organização

civilização região ou provincia subunidade organizacional

império classe social rede informal de poder

nação categoria social família

religião público indivíduo

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Por que decisões e ações, ainda que consideradas morais e legítimas por alguns, não o são necessariamente por outros?

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Porque ferem interesses alheios;Pões em litígio coletividades diferentes;Despertam velhos rancores, estereótipos e

preconceitos.

“ Quanto menor for a coletividade beneficiada, em detrimento das demais coletividades, mais acirrada serão as divergências e maiores as

distâncias que as separam.”

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DILEMA DOS DESTINATÁRIOSToda ética é

altruísta por definição, mas nem toda moral o é. Ex:

Moral do oportunismo brasileira: preocupada exclusivamente com as competências pessoais.

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Moral do sucesso norte-americana: indiferente por tudo o que não diga respeito ao interesse próprio e narcisista.

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DILEMA DOS DESTINATÁRIOS Os interesses de

uma nação em guerra sempre ensejaram discursos de justificação.

“Perdas justificáveis”

Lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki durante a segunda guerra mundial.

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“Toda ação e decisão, que seja portadora de implicações morais, tende a colocar frente a frente as coletividades cujos interesses divergem e pode provocar verdadeiros confrontos entre eles, que se refletem nos discursos morais pregados.”

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Como resolver dilemas entre as coletividades?

Quem se beneficia com a moral e quem sai prejudicado?

Ética da convicção: sugere que se estabeleça um código convencionado de princípios ou de idéias, tire dúvidas e arbitra as diferenças.

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Ética da responsabilidade: utiliza 2 critérios:

1 – O critério da eficácia (fazer o bem), através do fator intensidade. Ex:

Máximo de bem para um maior número de beneficiados

Máximo de bem para um menor número de beneficiados

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Ética da responsabilidade: utiliza 2 critérios:

2 – O critério da equidade (abrangência da população alcançada), através do fator quantidade (maior/menor número). Ex:

Mínimo de bem para um maior número de beneficiados;

Nada para ninguém.

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Como não existe critérios para fazer o mínimo de bem para o menor número de pessoas, ocorre um embate de legitimação entre os critérios da eficácia e o critério da equidade, portanto não há uma solução universal ao dilema dos destinatários, cujo o encaminhamento prático só se faz via intervenção política.

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DILEMA DOS MEIOS

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DILEMA DOS MEIOS

“Para cumprir prescrições (leis morais e ideias) ou para levar adiante

propósitos (fins e consequências) é preciso lançar mão de meios.”

Legítimos e aceitos virtualmente por todos, principalmente por aqueles a

quem se aplicam, ou ilegítimos, rejeitados principalmente por aqueles

a quem se aplicam.

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DILEMA DOS MEIOS Ética da responsabilidade:

Os meios “ilegítimos” podem ser utilizados para alcançar ideais, implementar princípios ou até alcançar o

máximo de bem para o maior número. Os meios, mesmo não sendo lícitos, são então justificáveis pelo fim. Como exemplos

Hitler, Stalin, Talibã, kamikazes, sacrifícios humanos.

Ética da convicção:Na ética da convicção seguimos valores ou princípios

absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante do que o

resultado concreto das nossas ações. É a ética da moralidade do indivíduo.

“...não se pode atingir o bem fazendo o mal nem ser pode lançar mão de meios imorais para guiar os povos para o

bem”. (Srour, Ética Empresarial, pág. 207)

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DILEMA DOS MEIOS

Ética da responsabilidade:

Para que sejam alcançados resultados altruístas (mas restritos), a ética da responsabilidade pode aceitar vários

comportamentos que não seriam aceitos pela da convicção.

A ética da responsabilidade, leva em consideração as conseqüências dos atos dos agentes, geralmente políticos.

É por isso que, em política, as boas intenções não justificam o fracasso. Daí a se dizer, em tom de piada, que “de boas

intenções, o inferno está cheio”. A subjetividade pouco importa, mas sim a aparência externa dos atos (“Não basta a mulher de César ser honesta; é preciso parecer honesta). Não há, nessa ética, desculpa para o fracasso “Mais do que

um crime, foi um erro”, dizia Talleyrand.

Exemplos: • Agente do FBI(Donnie Brasco).

• Tortura de terroristas em Guantánamo para encontrar Bin Laden.

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Ética da convicção:

Nenhuma causa é justa se os métodos para defendê-la forem injustos. Na ética da

convicção seguimos valores ou princípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. É a ética da moralidade do

indivíduo. 

Exemplo: • Suprema Corte de Israel, proibindo tortura a

prisioneiros de guerra

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A ética da responsabilidade pode ser cultivada em um ambiente politicamente

aberto, caso as salvaguardas fossem previamente estabelecidas por rigorosos limites

legais e controles sociais contra possíveis atrocidades.

Exemplo: • Declaração de Direitos norte-americana, promulgada para assegurar proteção contra

possíveis abusos do poder da maioria

Dessa forma, a ética da responsabilidade adota princípios e valores, aliando-se assim a

ética da convicção.

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DILEMA DOS MEIOS

"O critério da ética da convicção é geralmente usado para julgar as ações individuais,

enquanto o critério da ética da responsabilidade se usa ordinariamente para julgar ações de

grupo, ou praticadas por um individuo, mas em nome e por conta do próprio grupo, seja ele o povo, a nação, a Igreja, a classe, o partido etc. Poder-se-á também dizer, por outras palavras,

que, à diferença entre moral e política, ou entre ética da convicção e ética da responsabilidade,

corresponde também à diferente entre ética individual e ética de grupo."

(Norberto Bobbio, Política como ética de grupo, in Dicionário de Política)

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DILEMA DOS MEIOS Stuart Mill:

Visão utilitarista normativa : Normas sociais de conduta podem compatibilizar o respeito aos direitos

humanos com o utilitarismo. Princípio do dano: as pessoas podem fazer tudo o que

quiserem, livres da intervenção governamental, até o limite de não prejudicar alguma outra pessoa. Governo não pode interferir na vida de alguém para protegê-lo

contra si mesmo.

Exemplo: Fumar deve ser legal, mas proibido em lugares fechados

Jeremy Bentham: Visão utilitarista de ato: Os fins justificam os meios

Exemplo: Experiência com 10 bebês para encontrar a cura que mata

10 mil bebês/ano

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DILEMA DOS MEIOS Hegel:

Todos os crimes são justificáveis, desde que sejam cometidos pelo vencedor.

(Totalitarismo)

Importância de alcançar os “fins bons” Adotar meios de indiscutível eficácia

Exemplos:• Faz sentindo praticar um mal menor para evitar um mal maior (amputação de membro

gangrenado)• Semear o bem para a maioria em detrimento

da minoria (segregar doentes contagiosos)

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VÍDEO

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DINÂMICA

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No Brasil, trair um amigo,um parente, um compadre aparece no

mais das vezes como uma ignomínia (uma desonra extrema), por causa

da relevância que as relações pessoais assumem no contexto

social.

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO :D