Trovadorismo

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Seminário sobre a Escola Literária Trovadorismo, feito por alunos da E.E Irene Dias Ribeiro.

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Disciplina de Língua PortuguesaProfa. Maria Inês

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ERA MEDIEVALSéculo XII a XIV - 1189 a 1434

Sociedade Feudal: as relações entre os nobres baseavam-se nos conceitos de suserania e vassalagem: o suserano (senhor feudal) concedia feudos (terras) e proteção a seus vassalos (súditos). Em retribuição, estes lhe eram submissos e fiéis, devendo ainda pagar-lhe tributos e ajudá-lo em tempos de guerra.

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FEUDALISMO

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PIRÂMIDE FEUDAL

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Península Ibérica

A Península Ibérica fica situada no Sudoeste da Europa. Politicamente, três países localizam-se nesta península: Portugal, Espanha e Andorra, além de um enclave território britânico ultramarino, Gibraltar.

Formando quase um trapézio, a Península liga-se ao continente europeu pelo istmo constituído pela cordilheira dos Pirenéus, sendo rodeada a Norte, Oeste e parte do Sul pelo oceano Atlântico, e a restante costa sul e leste pelo mar Mediterrâneo. O seu ponto mais ocidental é o Cabo da Roca e o mais oriental o Cabo de Creus.

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A Luta da Reconquista Os muçulmanos não conseguiram ocupar a região montanhosa

das Astúrias, onde resistiram muitos refugiados; aí surgiria Pelágio (ou Pelaio) que se pôs à frente dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento para reconquistar o território perdido.

A guerra tinha um objetivo: reapoderarem-se das terras e de tudo o que nelas existia. A ocupação das terras conquistadas fazia-se com um cerimonial: cum cornu et albende de rege, isto é, com o toque das trombetas e a bandeira desfraldada.

A ideia de «cruzada» só veio a surgir na época das Cruzadas (1096). A reconquista de todo o território peninsular vai durar cerca de oito séculos, só ficando concluída em 1492 com a reconquista do reino muçulmano de Granada pelos Reis Católicos. Em Portugal, a reconquista terminou com a conquista definitiva de Silves pelas forças de D. Afonso III, em 1253. Mais tarde, a expansão marítima portuguesa, precedida pela conquista das praças africanas foi considerada, em parte, como uma continuação da Reconquista.

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Condado Portugalense Afonso VI de Leão e Castela, (autodenominado

Imperador de toda a Hispânia), entregou por mérito a um cruzado o governo do Reino da Galiza ao Conde Raimundo de Borgonha, juntamente com a sua filha Urraca para que estes formassem uma aliança. A partir daí, as chamadas terras de Portucale passam a ser um Condado (Condado Portucalense) dependente do Reino da Galiza, que por sua vez prestava vassalagem a Afonso VI de Leão e Castela, Imperador de toda a Hispânia Cristã.

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Dinastia de Borgonha D. Afonso Henriques, fundador da Nação e da dinastia

borgonhesa A designação Dinastia de Borgonha aplica-se às

casas reais de Portugal, Leão e Castela, e que governaram estes países, respectivamente, entre 1096 e 1385, 1126 e 1230 e 1126 e 1368, ainda que não tenham uma origem comum. Com efeito, a Dinastia da Borgonha reinante em Portugal deriva da casa ducal da Borgonha, por via do conde D. Henrique, e a dinastia da Borgonha reinante em Leão e em Castela derivada da casa condal da Borgonha, por via do conde D. Raimundo, pai do imperador Afonso VII de Leão e Castela.

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A Dinastia de Borgonha, também chamada Afonsina (pelo elevado número - quatro - de soberanos com o nome de Afonso) foi a primeira dinastia do Reino de Portugal. Começou em 1096, ainda como mero condado (autonomizado em reino em 1139-1143) e terminou em 1383-1385. D. Afonso Henriques tornou-se Príncipe de Portugal depois de vencer os nobres galegos, os Peres de Trava, aliados de sua mãe, D. Teresa, na batalha de São Mamede em 1128. Foi apenas em 1179 que o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como um Estado independente, o que na época era fundamental para a aceitação do reino no mundo cristão.

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Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques, com o apoio da nobreza portuguesa, arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses por parte de sua mãe, D. Teresa, originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques.

A luta entre D. Afonso Henriques e sua mãe desenrola-se, até que a 24 de Junho de 1128 se trava a Batalha de São Mamede (Guimarães) e D. Teresa é expulsa da terra que dirigira durante 15 anos. Uma vez vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado, declarando-o reino independente, dado que ele era neto de Afonso VI, Imperador de toda a Hispânia, passando a assinar todos os documentos oficiais não como Conde, mas sim como Rei.

Continuou, no entanto, a lutar contra as forças de Afonso VII de Leão e Castela (inconformado com a perda das terras portuguesas, pois à semelhança de seu pai, Afonso VI, ele também se intitulava como Imperador), enquanto paralelamente travava lutas contra os muçulmanos. Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques afirma-se como Rei de Portugal, e com o apoio dos chefes portugueses, é aclamado como Rei soberano.

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Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques). Só a 5 de Outubro de 1143 é reconhecida a independência de Portugal pelo rei Afonso VII de Leão e Castela, no Tratado de Zamora, assinando-se a paz definitiva. Desde então, D. Afonso Henriques (Afonso I) procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos Conventos. Dirigiu-se ao Papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Em 1179 o Papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, reconhece a existência de Portugal como país independente e vassalo da Igreja Católica Apostólica Romana.

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Revolução de Avis – 1383 - 1385

A Dinastia de Avis, ou Dinastia Joanina, foi a segunda dinastia a reinar em Portugal, entre 1385 e 1581-1582 (1). Teve início no final da crise de 1383-1385, quando o Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho natural de el-rei D. Pedro I, foi aclamado Rei nas Cortes de Coimbra

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Apesar de as Cortes de Coimbra terem escolhido, em 1385, um novo rei, João, Grão-Mestre de Avis, o rei D. João I de Castela não desistiu de seus direitos e invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais numeroso mas, mesmo assim, foi derrotado na batalha de Aljubarrota. Os exércitos portugueses foram comandados, mais uma vez, por D. Nuno Álvares Pereira, nomeado por D. João I, Condestável do Reino.

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D.PEDRO I E INÊS DE CASTRO

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Túmulo de Inês de Castro

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PANORAMA PORTUGUÊS Consolidação do Estado Português . A partir da segunda metade do séc. XII,

Portugal começava a afirmar-se como reino independente, embora ainda mantivesse laços econômicos, sociais e culturais com o restante da Península Ibérica. Desses laços surgiu, próximo à Galícia (região ao norte do Rio Douro), uma língua chamada galego-português

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Origem e Evolução da Língua Portuguesa

A formação e a evolução da Língua Portuguesa estão ligadas ao domínio romano; a língua falada pelos conquistadores – o latim – se impôs a quase toda a região, apresentando-se em duas modalidades: o latim clássico, gramaticalizado, usado pelas pessoas cultas nas formas oral e escrita; e o latim vulgar, usado pelo povo, que era apenas falado. Foi do latim vulgar que se originou a língua portuguesa.

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O galego-português era um falar geograficamente limitado à faixa ocidental da Península, que corresponde aos atuais territórios da Galiza e do norte de Portugal. Cronologicamente, esse dialeto restringiu-se ao período compreendido entre os séculos XII e XIX, coincidindo com a época das lutas da reconquista. Em meados do século XIV, houve uma maior influência dos falares do sul, notadamente da região de Lisboa, aumentando, assim, as diferenças entre o galego e o português.

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CARACTERÍSTICAS- O Homem voltado para o céu e para Deus- Teocentrismo- Espiritualismo- Espírito de Renúncia- Cristianismo- Preocupação com a salvação da alma- Submissão à Igreja e ao senhor feudal- O Evangelho – fonte de inspiração artística- A expressão mística do rosto

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Castelo do Período do Feudalismo

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AS GRANDES CRUZADAS Chama-se cruzada a qualquer um dos movimentos

militares, de caráter parcialmente cristão, que partiram da Europa Ocidental e cujo objetivo era colocar a Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e a cidade de Jerusalém sob a soberania dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos.

Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados pelas Cruzadas. O termo é também usado, por extensão, para descrever, de forma acrítica, qualquer guerra religiosa ou mesmo um movimento político ou moral.

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AS GRANDES CRUZADAS

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SANTO GRAALDiz a lenda que José de Arimatéia recolheu o sangue de Jesus, quando este estava na cruz, no "Cálice Sagrado" ou "Santo Graal", e o levou até um misterioso castelo na Inglaterra. Após sagrar-se rei da Inglaterra, Artur reuniu os melhores cavaleiros do reino na "Távola Redonda" e os teria incumbido de encontrar o "Santo Graal". A lenda dessa busca, ou "demanda", é narrada na novela de cavalaria portuguesa A Demanda do Santo Graal. 

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A ARTE GÓTICA

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CANTIGAS DE AMIGO

- Autoria: masculina- Eu lírico feminino – mulher camponesa- A mulher é um ser mais real e concreto- A mulher sofre pelo amigo (namorado, amante) ausente- Origem:galego-portuguesa- Presença do – paralelismo (construção que se repete

com pequenas alterações em cada verso); - musicalidade das idéias- Amor natural e espontâneo- Ambiente: rural (popular)- Influência provençal atenuada- Presença da tradição oral ibérica

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Cantiga de amigo 1º Par ’’ Vaiamos,irmã vaiamos dormir ___verso A nas ribas lago, u eu andar vi __verso B a las aves meu amigo ___ refrão

Vaiamos, irmã vaiamos folgar __ verso A’ nas ribas do lago, u eu vi andar __verso B’ a las aves meu amigo ___ refrão

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2º Par Nas ribas do lago, u eu andar vi __ verso B seu arco na mão as aves ferir ____verso C a las aves meu amigo. ___ refrão

Nas ribas do lago, u eu andar vi __ verso B seu arco na mão as aves tirar _____verso C a las aves meu amigo. ___refrão

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3º Par Seu arco na mão as ferir ____verso C a las que cantavam leixá-las guarir verso __ D a las aves meu amigo. ___ refrão

Seu arco na mão as ferir ____verso C a las que cantavam non nas quer matar verso D a las aves meu amigo’’. ___ refrão

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Traduções

vaiamos:vamos ribas:margens u:onde,quando; no caso,significa ‘onde’. Existe também a forma hu folgar:descansar tirar:o mesmo que atirar leixá-las:deixá-las guarir:no caso o sentido de viver tambem

significa livrar-se

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CANTIGAS DE AMOR

- Autoria: masculina- Eu lírico masculino- O homem presta vassalagem amorosa- Predomínio Motivo literário principal:o

lamento, coita d’ amor (sofrimento amoroso)

- A mulher é um ser idealizado, superior- Ambiente palaciano (aristocrático)- Forte influência provençal- Ausência do paralelismo e refrão

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Cantiga de amor "A dona que eu am'e tenho por Senhor amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for, se non dade-me-a morte

A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus e porque choran sempr(e) amostrade-me-a

Deus, se non dade-me-a morte.

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Essa que Vós fezestes melhor parecer de quantas sei, ay Deus, fazede-me-a veer, se non dade-me-a morte.

Ay Deus, que me-a fezestes mais ca min amar , mostrade-me-a hu possa con ela falar, se non dade-me-a morte."

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CANTIGA DE ESCÁRNIO

- Crítica indireta;

- Normalmente a pessoa não é identificada- Linguagem trabalhada cheia de: Sutilezas, trocadilhos e ambigüidades- Ironia

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CANTIGA DE ESCARNIO

Ai!dona fea,fostes-vos queixar porque vos nunca louv*em meu cantar, mais ora* quero fazer um cantar , em que vos loarei toda via*; e vedes como quero vos loar: dona fea, velha e sandia!

[Ai!]dona fea, se deus me perdom, e pois avedes tam gram coraçom

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que vos loe em esta razom, vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçom*: dona fea, velha e sandia! Dona fea,nunca vos eu loei em meu trobar, muito trobei; mas ora já um bom cantar farei;

em que vos loarei toda via; e direi-vos como loarei: dona fea, velha e sandia!

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Vocabulário

*louvei *louvação *mas agora *vida

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CANTIGAS DE MALDIZER

- Crítica direta:- Geralmente a pessoa satrizada é

identificada- Linguagem agressiva,direta,por

vezes obscena- Zombaria

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Cantiga de maldizer Maria Mateu, daqui vou desertar. De cona não achar o mal me vem. Aquela que a tem não ma quer dar e alguém que ma daria não a tem. tão desejosa sois de cona como eu!

Quantas conas foi Deus desperdiçar quando aqui abundou quem as não

quer!

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E a outros, fê-las muito desejar: a mim e a ti, ainda que mulher . Maria Mateu, Maria Mateu tão desejosa sois de cona como eu!

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PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS

- Cancioneiro da Ajuda (310 cantigas)- Cancioneiro da Biblioteca Nacional (1647 cantigas)- Cancioneiro da Vaticana (1205 cantigas)- Novelas de cavalaria do ciclo bretão ou

arturiano :- José da Arimatéria- A demanda do Santo Graal- História de Merlin

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A DEMANDA DO SANTO GRAAL

A novela de cavalaria é o principal gênero

em prosa da Época Medieval e o único noCampo da ficção. Era organizada em trêsCICLOS:*Bretão ou Arturiano como:a Távola

Redonda*ciclo carolíngio como: Carlos Magno e os

doze pares da França*ciclo clássico como:a guerra de Tróia