TYUANA SANDIM DA SILVEIRA Comparação qualitativa e...
Transcript of TYUANA SANDIM DA SILVEIRA Comparação qualitativa e...
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA
TYUANA SANDIM DA SILVEIRA
Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de
tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais
São Paulo 2006
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
TYUANA SANDIM DA SILVEIRA
Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de
tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais
Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia.
Área de Concentração: Neurociências e Comportamento Orientador: Prof. Dr. Koichi Sameshima
São Paulo 2006
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Silveira, Tyuana Sandim. Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais
na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais / Tyuana Sandim da Silveira; orientador Koichi Sameshima. -- São Paulo, 2006.
137 f. : fig.
Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Neurociências e Comportamento) ─ Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
1. Eletrofisiologia. 2. Potenciais evocados. 3. Avaliação audiológica. I. Título
CDD 612.813
FOLHA DE APROVAÇÃO Tyuana Sandim da Silveira
Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais
Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Área de Concentração: Neurociências e Comportamento
Aprovado em: ___/___/___
Banca Examinadora
Prof. Dr.____________________________________________________________________
Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________
Prof. Dr.____________________________________________________________________
Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________
Prof. Dr.____________________________________________________________________
Instituição: ______________________________________Assinatura: ______________________
“Nenhuma grande vitória é possível
sem que tenha sido precedida
de pequenas vitórias
sobre nós mesmos”.
L M Leonov
Aos meus pais,
Cirso Mendes Silveira e Salambô Stilac Sandim da Silveira.
Por serem pais maravilhosos, pelo amor incondicional, pelos exemplos de vida,
pelo incentivo constante ao meu aprimoramento pessoal e profissional, sem os
quais não seria possível alcançar e galgar mais este degrau. Sempre lembrarei de
todos os sacrifícios que fizeram em prol da minha felicidade.
Dedico este trabalho.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
À Deus,
por ter permitido que alcançasse e concluísse mais esta etapa.
Por tudo que Ele me proporcionou na vida.
Aos meus irmãos,
Yorrana Sandim da Silveira Giaxa e Cirsyano Sandim da Silveira.
Pelo amor, paciência e sensibilidade em perceber os momentos de ajudar e incentivar.
Por sempre acreditarem em mim. As palavras nunca seriam suficientes para expressar
a minha gratidão.
Ao meu amor,
Fabiano Nagano Sassi.
Que com paciência e amor soube entender os momentos de preocupação e alegria no
decorrer desta caminhada. Pelo companheirismo, apoio, amizade, incentivo, enfim, por
ser sempre uma pessoa maravilhosa e presente na minha vida.
À minha sobrinha,
Jordana Silveira Giaxa.
Pelo amor, carinho e alegria em todos os momentos. Por me dar forças para continuar.
Por ser um presente de Deus!!!
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Koichi Sameshima, por me aceitar, sem reservas, como sua orientanda e
pela confiança a mim depositada durante esta jornada.
Ao Prof. Dr. Orozimbo Alves Costa Filho, meu eterno professor, por ter me
incentivado desde o início. Por sua disponibilidade em me ouvir e paciência para me ensinar.
Pelo constante bom humor. Por ser um exemplo de conhecimento, dedicação, competência e
humildade.
À amiga e fonoaudióloga Natália Barreto Frederigue, pelo constante apoio, pelos
choros, pelas gargalhadas, por ter me auxiliado inúmeras vezes, pela nossa inabalável
amizade. E, sobretudo, por ser muito mais que uma amiga, uma verdadeira irmã.
À amiga e fonoaudióloga Adriana de Lima Martins, por compreender as minhas
ausências no consultório, por estar sempre disponível e pelo constante apoio.
À amiga e fonoaudióloga Elaine Cristina Moreto Paccola, pelo incentivo e auxílio em
diversas etapas deste trabalho, em especial, na coleta de dados.
Às amigas e fonoaudiólogas do setor de Audiologia do CEDALVI, Eliane Aparecida
Tech Castiquini, Sandra Rossetto Agra, Adriana Sampaio de Almeida Meyer e Daniela
Rodrigues Shayeb, por compreenderem minhas inevitáveis ausências, pela paciência, apoio e
carinho durante toda a realização deste estudo.
À fonoaudióloga e amiga Deborah Viviane Ferrari, pelas sugestões e pelo incentivo
nos momentos em que mais precisei. Por ser uma amiga querida e por estar sempre disposta a
me ajudar.
À fonoaudióloga e amiga Daniela Rossini Dóra Neuber, pela amizade, pelo apoio e
por estar sempre presente.
À fonoaudióloga Cíntia Poloni Meira, pelo auxílio constante e sugestões durante a
realização deste estudo.
À fonoaudióloga Regina Bortoleto Amantini, pela troca de experiências, pela
disponibilidade e pelo incondicional apoio durante a etapa de coleta de dados.
À Dra. Telma Flores Genaro Motti, diretora do CEDALVI, por conceder os
afastamentos necessários para a realização deste estudo.
À Profa. Dra. Kátia de Freitas Alvarenga, pelas valiosas sugestões na elaboração da
metodologia deste estudo, pela humildade e competência profissional.
À amiga e fonoaudióloga Regina Tangerino de Souza Jacob, por não hesitar em me
auxiliar quando a busca por artigos já estava praticamente esgotada.
Ao amigo Arnaldo Cheixas, pela companhia, amizade e apoio constante durante estes
três anos de convivência.
À minha querida prima Liuska Zylis Sandim Tidei, pela auxílio na tradução para a
língua inglesa.
Ao Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris, pela realização do tratamento estatístico
deste estudo.
À professora Darci Naked, pela revisão do português.
Às bibliotecárias Denise Giacheti e Ana Grigolli, da Unidade de Ensino e Pesquisa-
HRAC-USP, campus Bauru, pela realização da normalização técnica das referências
bibliográficas e da ficha catalográfica.
Aos funcionários da pós-graduação Ary, Ronaldo e Idalina, pela atenção e
disponibilidade demonstradas ao longo deste percurso.
Aos meus familiares e amigos, pelo apoio constante.
Aos sujeitos deste estudo, que muito contribuíram para o meu enriquecimento
profissional.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste estudo.
Minha sincera gratidão!!!
RESUMO
SILVEIRA, T.S. Comparação qualitativa e quantitativa entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais. 2006. 137 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
Existem três principais tipos de fones disponíveis comercialmente: supra-aurais, circumaurais e fones de inserção. Embora os fones supra-aurais sejam os mais utilizados nas avaliações audiológicas (fones padrões), há várias limitações na sua utilização: confiabilidade reduzida nas freqüências baixas, atenuação reduzida do ruído ambiental, desconforto durante longos períodos de uso, possibilidade de colabamento do conduto auditivo externo, resposta para freqüência alta limitada, dificuldades na conversão dos resultados audiométricos em características relevantes aos aparelhos de amplificação sonora individuais, atenuação interaural limitada e grande quantidade de artefato do estímulo durante pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE). O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados da pesquisa dos PEATE obtidos por meio dos fones de inserção da Bio-logic e supra-aurais TDH-39 da Telephonics em 40 sujeitos ouvintes normais quanto aos níveis mínimos de respostas (NMR), morfologia das ondas, latências absolutas das ondas, latências interpicos, diferença entre latências interaurais, amplitudes das ondas e conforto. Para a pesquisa dos PEATE foi utilizado o estímulo clique de 100µs na polaridade rarefação; taxa de apresentação de 21,1 estímulos por segundo; estimulação monoaural, registro ipsilateral; ganho do amplificador 75.000; filtro de passa banda de 100 a 3000Hz; sendo promediados 1.000 estímulos. Os fones de inserção permitiram a determinação dos NMR de forma tão confiável quanto os fones supra-aurais, a morfologia das ondas foi semelhante com os dois tipos de fones e não foram observadas diferenças significantes para a diferença entre as latências interaurais. Porém, os fones de inserção apresentaram latências absolutas das ondas significantemente menores em 80 e 60dBnNA, latências interpicos I-III significantemente maiores no ouvido direito e amplitudes da onda V significantemente menores em 40dBnNA. Todos os sujeitos preferiram os fones de inserção no que se referiu ao conforto durante o uso. Embora tenham sido encontradas diferenças entre os fones, os resultados deste estudo indicam que os fones de inserção são adequados à pesquisa dos PEATE.
Palavras-chave: Eletrofisiologia. Potenciais evocados. Avaliação audiológica.
ABSTRACT
SILVEIRA, T.S. Qualitative and quantitative comparison between insert and supra-aural earphones in auditory brainstem response measurement in normal-hearing adult subjects. 2006. 137 f. Dissertation (Master) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
There are three main types of earphones commercially available: supra-aural, circumaural, and insert. Although supra-aural earphones are the most used in hearing assessment (standard earphones), there are several limitations regarding its usage such as: reduced reliability at low frequencies, limited attenuation of environmental noise, discomfort during long usage periods, potential to cause collapse of the external auditory canal, limited high- frequency response, difficulties in converting audiometric data to relevant hearing aid characteristics, limited interaural attenuation, and substantial stimulus artifacts during auditory brainstem response (ABR) measurements. The purpose of this study was to compare ABR thresholds, waveform morphology, absolute latencies, interwave latencies, amplitudes and comfort data obtained with Bio-logic insert earphones and TDH-39 Telephonics supra-aural earphones in 40 normal-hearing adults. The stimuli consisted of 100µs clicks presented monoaurally in rarefaction polarity at a rate of 21,1/s; recorded ipsilaterally; amplified by 75.000; bandpass filtered from 100 to 3000Hz. Each averaged response included 1.000 stimulus´ presentations. The insert earphones allowed threshods determination as reliable as the supra-aural earphones, the waveform morphology was similar with both earphones and there was no significant differences regarding interaural differences. However, the insert earphones presented significantly shorter waves´ latencies in 80 and 60dBnHL; interwaves latency I-III significantly longer in the right ear and significantly smaller wave V amplitude in 40dBnHL. All subjects preferred the insert earphones in what was related to comfort during the usage. Despite earphones´ differences, these findings suggest that the insert earphones are appropriated for clinical ABR measurements.
Key-words: Electrophysiology. Evoked potentials. Hearing assessment.
LISTA DE FIGURAS
Figura1- Fones supra-aurais.................................................................................................. 02
Figura 2- Fones circumaurais................................................................................................ 02
Figura 3- Fones de inserção.................................................................................................. 02
Figura 4- Obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico....... 10
Figura 5- Estruturas geradoras dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico...... 13
Figura 6- Registros dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (morfologia, latência e amplitude das ondas)............................................................................................. 15 Figura 7- Polaridades do estímulo......................................................................................... 20
Figura 8- Equipamentos para obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico................................................................................................................... 49 Figura 9. Posicionamento dos eletrodos............................................................................... 49
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)........................................................................... 55 Gráfico 2- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)........................................................................... 56 Gráfico 3- Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)............................................................................................ 58 Gráfico 4- Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)............................................................................................ 59 Gráfico 5- Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40).... 66 Gráfico 6- Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)............ 67 Gráfico 7- Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)........ 68 Gráfico 8- Médias e desvios padrões para valores de latências interpicos obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)........................ 69 Gráfico 9- Médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latências absolutas da onda V obtidos com os fones de inserção e supra-aurais (n=40)..... 70 Gráfico 10- Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)................................................ 71 Gráfico 11- Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)............................................ 72
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OD.................... 60
Tabela 2- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 60 Tabela 3- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OD................. 61
Tabela 4- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 61 Tabela 5- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OD.................. 61
Tabela 6- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OD................................................................................................................... 61 Tabela 7- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OD.................. 62
Tabela 8- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OD................................................................................................................... 62 Tabela 9- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OE.................... 62
Tabela 10- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 62 Tabela 11- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OE............... 63
Tabela 12- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 63 Tabela 13- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OE................ 63
Tabela 14- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OE................................................................................................................... 63 Tabela 15- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OE................ 64
Tabela 16- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OE................................................................................................................... 64
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AASI Aparelhos de Amplificação Sonora Individuais
AI Atenuação Interaural
CAE Conduto Auditivo Externo
CEDALVI Centro de Distúrbios da Audição, Linguagem e Visão
cm centímetros
DA Deficiência Auditiva
dB decibel
dBNA decibel Nível de Audição
dBnNA deciBel Nível de Audição normal
dBNPS deciBel Nível de Pressão Sonora
dBNS deciBel Nível de Sensação
dBpeNPS deciBel pico equivalente de Nível Pressão Sonora
DP Desvio Padrão
EcochG Eletrococleografia
Estímulos/s estímulos por segundo
GL Grau de Liberdade
Hz Hertz
HRAC Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
IRF Índice de Reconhecimento da Fala
LRF Limiar de Recepção da Fala
ml mililitros
mm milímetros
ms milissegundos
NMR Níveis Mínimos de Respostas
n número de sujeitos
OD Orelha Direita
OE Orelha Esquerda
OM Orelha Média
PEA Potenciais Evocados Auditivos
PEATE Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico
QM Quadrado Médio
USP Universidade de São Paulo
µv microvolts
µs microssegundos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 01
2 REVISÃO DA LITERATURA 08
2.1 Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico 08
2.1.1 Aplicações clínicas 08
2.1.2 Registro dos PEATE 09
2.1.3 Estruturas geradoras dos PEATE 11
2.1.4 Análise dos registros dos PEATE 14
2.1.5 Características do estímulo e parâmetros mais utilizados 16
2.1.5.1 Tipos de estímulo 16
2.1.5.2 Intensidades do estímulo 17
2.1.5.3 Taxas de apresentação do estímulo 19
2.1.5.4 Duração do estímulo 19
2.1.5.5 Polaridades do estímulo 20
2.1.5.6 Modos de apresentação do estímulo e registro dos PEATE 22
2.1.5.7 Promediações 23
2.1.5.8 Tempo de registro 23
2.1.5.9 Filtros 24
2.2 Fones de inserção 25
2.3 Comparações entre os tipos de fones nas avaliações audiométricas 27
2.4 Comparações entre os tipos de fones na pesquisa dos PEA 34
3 MATERIAL E MÉTODOS 46
3.1 Seleção da casuística 46
3.2 Procedimentos 48
3.2.1 Obtenção e registro dos PEATE 48
3.2.2 Determinação da polaridade do estímulo 51
3.2.3 Análise dos registros dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 51
3.3 Análise estatística 52
4 RESULTADOS 54
4.1 Determinação da polaridade do estímulo 54
4.1.1 Níveis mínimos de respostas 54
4.1.2 Morfologia das ondas 55
4.1.3 Latências absolutas das ondas 55
4.1.4 Amplitudes das ondas 57
4.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 65
4.2.1 Níveis mínimos de respostas 65
4.2.2 Morfologia das ondas 65
4.2.3 Latências absolutas das ondas 65
4.2.4 Latências interpicos 68
4.2.5 Diferenças entre latências interaurais 70
4.2.6 Amplitudes das ondas 71
4.2.7 Conforto 73
5 DISCUSSÃO 74
5.1 Determinação da polaridade do estímulo 74
5.1.1 Níveis mínimos de respostas 74
5.1.2 Morfologia das ondas 74
5.1.3 Latências absolutas das ondas 75
5.1.4 Amplitudes das ondas 75
5.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais 77
5.2.1 Níveis mínimos de respostas 77
5.2.2 Morfologia da ondas dos PEATE 78
5.2.3 Latências absolutas das ondas 78
5.2.4 Latências interpicos 79
5.2.5 Diferenças entre latências interaurais 80
5.2.6 Amplitudes das ondas 81
5.2.7 Conforto 82
6 CONCLUSÃO 83
REFERÊNCIAS 84
GLOSSÁRIO 90
ANEXOS 91
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
3 MATERIAL E MÉTODOS
4 RESULTADOS
5 DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
ANEXOS
1
1 INTRODUÇÃO
Uma resposta evocada auditiva é a atividade (“resposta”) dentro do sistema auditivo
(ouvido, nervo auditivo ou regiões auditivas do tronco encefálico) que é produzida ou
estimulada (“evocada”) por sons (estímulo auditivo). As respostas evocadas auditivas são
ondas cerebrais (potenciais elétricos) geradas, quando um sujeito é estimulado com sons.
Estes sons podem variar de cliques a tons e até mesmo sons da fala. As intensidades dos sons
podem ser de fortes a fracas, contudo, sons com maior intensidade produzem maiores
respostas auditivas cerebrais (HALL III, 1992).
Os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) são a representação
do disparo sincrônico de unidades sensíveis de neurônios da primeira à sexta ordem do
sistema nervoso auditivo periférico e central, em resposta a um clique ou toneburst. A
pesquisa dos PEATE é uma avaliação da sincronia da função neural e não um teste de
audição, porém, é possível utilizar essa medida para inferir sobre a sensibilidade auditiva de
um sujeito baseado na presença de respostas aos estímulos apresentados em várias
intensidades (HOOD, 1998).
Nas avaliações audiológicas, os sons são apresentados ao sujeito por meio de um
transdutor o qual converte energia elétrica em energia acústica (som). Na maioria das
avaliações dos potenciais evocados auditivos (PEA), o estímulo é acústico e o transdutor é o
fone. Os PEA eliciados eletricamente, registrados mais comumente em sujeitos com implante
coclear, são uma exceção a essa regra (HALL III, 1992).
Transdutores acústicos (fones) recebem um sinal elétrico e produzem um som que, na
maioria das vezes, é apresentado por condução aérea. Em alguns casos, os PEA são eliciados
por condução óssea através de um oscilador ou vibrador que é posicionado no crânio. Por
meio desse tipo de transdutor uma oscilação mecânica é transmitida aos fluidos do ouvido
2
interno através da vibração, na freqüência testada, do osso temporal dentro do qual está o
ouvido interno (HALL III, 1992).
Existem três principais tipos de fones disponíveis comercialmente (Figuras 1, 2 e 3).
Aqueles com coxins pressionados contra o pavilhão auricular, fones supra-aurais, são os
fones padrões para a avaliação audiométrica. O segundo tipo, fones circumaurais, possui
coxins que envolvem o pavilhão auricular em vez de serem pressionados contra ele. O
terceiro tipo, fones de inserção, é acoplado ao ouvido pela sua inserção dentro do conduto
auditivo externo (CAE).
Figura 1. Fones supra-aurais Figura 2. Fones circumaurais
Figura 3. Fones de inserção
3
A não confiabilidade dos fones durante a avaliação audiológica resulta,
principalmente, da variabilidade associada ao acoplamento acústico entre a fonte sonora e a
membrana timpânica. Nas freqüências baixas, onde o comprimento da onda sonora é maior
comparado às dimensões do sistema fone-CAE, o principal problema é o escape de ar. Desta
forma, a pressão sonora será a mesma, em todos os locais dentro do ouvido, contanto que o
sistema inteiro seja hermético. Nas freqüências altas, os escapes de ar são menos
importantes, mas a pressão sonora produzida na membrana timpânica é altamente
dependente das propriedades da onda do fone e do ouvido externo. Desta forma, a geometria
das cavidades que acoplam o fone à membrana timpânica, afetada por fatores como o
posicionamento do fone na cabeça do ouvinte, torna-se a questão mais importante
(ZWISLOCKI et al., 1988).
Os fones supra-aurais apresentam pouca confiabilidade nas freqüências baixas devido
ao acoplamento variável e instável entre o fone e o ouvido. Escapes de ar ocorridos entre o
coxim do fone e o pavilhão do ouvido provocam quantidades variáveis de perda de pressão
sonora nas freqüências baixas, geralmente abaixo de 500 Hz, acompanhada por pequenas
quantidades variáveis de aumento de pressão sonora nas freqüências mais altas, entre 500 e
1000 Hz. Os efeitos das ondas são importantes acima de 2000Hz, já que o tamanho e a forma
da cavidade envolvida pelo fone, além de variarem de sujeito para sujeito, são
freqüentemente distorcidos pela pressão do coxim (ZWISLOCKI et al., 1988).
Os fones circumaurais reduzem a variabilidade produzida por escapes de ar, são
consideravelmente mais confiáveis nas freqüências baixas, minimizam o ruído fisiológico no
ouvido e possibilitam maior atenuação do ruído ambiental em comparação aos fones supra-
aurais. Entretanto, permitem a menor atenuação interaural (AI) sonora, aumentando assim a
necessidade de mascaramento contralateral, quando os ouvidos possuem sensibilidade
auditiva assimétrica (ZWISLOCKI et al., 1988).
4
Os fones de inserção reduzem ainda mais a variabilidade causada por escapes de ar,
minimizam alguns dos efeitos das ondas, maximizam a AI, reduzem o ruído fisiológico no
ouvido, permitem grande estabilização da pressão sonora no CAE, porém, estão sujeitos à
variabilidade considerável devido às diferenças inter-sujeitos na geometria do CAE,
impedância da membrana timpânica e dificuldades no controle da exata profundidade da
inserção (ZWISLOCKI et al., 1988).
Embora os fones supra-aurais sejam os mais utilizados nas avaliações audiológicas
(fones padrões), há várias limitações na sua utilização: confiabilidade reduzida nas
freqüências baixas, atenuação reduzida do ruído ambiental, desconforto durante longos
períodos de uso, possibilidade de colabamento do CAE, resposta para freqüência alta
limitada, dificuldades na conversão dos resultados audiométricos em características
relevantes aos aparelhos de amplificação sonora individuais (AASI), AI limitada e grande
quantidade de artefato de estímulo durante pesquisa dos PEATE (CLEMIS; BALAD;
KILLION, 1986; COOPER JUNIOR; PARKER, 1981; KILLION, 1984).
Hall III (1992) descreveu sete vantagens clínicas dos fones de inserção, da Etymotic
Research Tubephones modelo 3A (ER-3A), em relação aos fones supra-aurais, da Telephonics
modelo TDH-39, as quais podem solucionar ou pelo menos minimizar as limitações dos fones
supra-aurais nas avaliações audiológicas:
A primeira se refere a eliminação do artefato do estímulo devido ao atraso introduzido
pelo tubo dos fones de inserção. O comprimento do tubo é cerca de 280 mm, o que acarreta
em um tempo de percurso do transdutor até a oliva de cerca de 0,9 ms. Desta forma, a energia
eletromagnética gerada pelos transdutores dos fones de inserção pode ser removida dos
eletrodos de registro, o qual está localizado no lóbulo do ouvido ou na mastóide do lado
estimulado. Em contraste, os fones supra-aurais estão essencialmente apoiados nos eletrodos,
5
como resultado, pode haver uma grande quantidade de artefato do estímulo o que prejudica a
onda I dos PEATE e o potencial de ação da Eletrococleografia (EcochG).
A segunda vantagem dos fones de inserção está relacionada à resposta temporal do
estímulo clique. Os fones de inserção têm limitada ressonância acústica em comparação aos
fones supra-aurais. Devido a isto, as deflexões extras na resposta temporal da onda após a
reposta inicial dos fones ao pulso elétrico retangular, evidente com os fones supra-aurais não
são observadas com os fones de inserção.
A terceira vantagem clínica é a prevenção do colabamento do CAE. A pressão dos
fones supra-aurais e seus coxins pode provocar o colabamento da porção cartilaginosa externa
do CAE e o fechamento de sua entrada. Este problema tende a ser mais prevalente em
crianças e idosos. O efeito do colabamento do CAE é uma piora dos limiares auditivos por
condução aérea nas freqüências altas. Para os PEA que dependem das freqüências altas do
estímulo clique (EcochG e PEATE), os valores de latência das ondas podem ser aumentados e
os níveis mínimos de respostas (NMR) elevados por esta redução de intensidade. Na triagem
auditiva neonatal com um nível de intensidade de 30 a 40 dBnNA, o colabamento do CAE
não reconhecido pode levar a uma falsa falha na triagem.
Quarta, a inserção do coxim do fone reduz a preocupação com relação ao cruzamento
do estímulo do ouvido testado ao ouvido não testado. Quando os fones supra-aurais são
utilizados, a AI é de aproximadamente 40 a 50dBNA. Quando um estímulo por via aérea
apresentado a um ouvido por meio do fone convencional excede a AI, é possível que alguma
energia do estímulo alcance o outro ouvido (não testado). Embora a energia do estímulo possa
vazar ao redor do coxim do fone e se propagar por via aérea ao outro ouvido, o problema real
do cruzamento é a energia conduzida por via óssea. Como o fone está em contato com a
cabeça, níveis de intensidades moderados a fortes são transmitidos pela vibração do fone à
pele e alcançam a cóclea contralateral por meio de condução óssea (sons transmitidos por via
6
óssea também alcançam a cóclea ipsilateral- ouvido testado). Em contraste, as olivas de
espuma dos fones de inserção entram em contato apenas com a porção cartilaginosa do CAE,
não com a porção óssea, e o cruzamento pode não ocorrer até que a intensidade do estímulo
alcance 70dB ou mais. Desta forma, a AI é aumentada, quando os fones de inserção são
utilizados.
A quinta resulta das propriedades de atenuação do som pela olivas de espuma dos
fones de inserção. Essas olivas são do mesmo tipo daquelas utilizadas para proteger o ouvido
do ruído excessivo do ambiente.
A sexta vantagem é que a localização do transmissor do estímulo do fone de inserção
assegura um adequado posicionamento do fone, considerando que a oliva esteja
adequadamente adaptada dentro do CAE. Uma quantidade moderada de movimentação do
sujeito geralmente não desloca a inserção. O deslizamento dos fones, problema observado
com os fones padrões, é eliminado.
A última vantagem clínica é o conforto. Os fones supra-aurais não são flexíveis e
confortáveis durante um período extenso de uso e, quando se apóiam em eletrodos presos por
clipes, os sujeitos podem reclamar de dor com o passar do tempo. De acordo com o autor, a
maioria dos sujeitos parece preferir as olivas de espuma dos fones de inserção.
Apesar dos fones de inserção existirem há mais de 50 anos e as vantagens serem
conhecidas desde o desenvolvimento, o uso é pouco difundido e poucos estudos têm
avaliado sistematicamente a sua aplicação na pesquisa dos PEATE.
Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi:
Comparar os resultados, na pesquisa dos PEATE obtidos por meio dos fones de
inserção e supra-aurais, em sujeitos adultos ouvintes normais, quanto aos seguintes
aspectos:
níveis mínimos de respostas;
7
morfologia das ondas;
latências absolutas das ondas;
latências interpicos;
diferença entre latências interaurais;
amplitudes das ondas;
conforto durante o uso.
8
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico
2.1.1 Aplicações clínicas
A pesquisa dos PEATE tem duas principais aplicações clínicas: a identificação de
anormalidades neurológicas que afetam o nervo auditivo e as vias auditivas até o tronco
encefálico e a avaliação da sensibilidade auditiva.
Com relação ao neurodiagnóstico, a pesquisa dos PEATE pode ser utilizada para
auxiliar na determinação da presença ou ausência de uma desordem e, de forma limitada, o
local da desordem. É mais sensível na identificação de tumores, no nervo auditivo
(schwannoma vestíbulo-coclear), maiores que 1 cm de diâmetro, enquanto que pouco sucesso
tem sido observado em casos de doenças desmielinizantes difusas como a esclerose múltipla,
sendo necessária a associação dos PEATE com outras avaliações. No sistema auditivo, é
utilizado no diagnostico diferencial entre uma lesão coclear e uma lesão mais central e para a
avaliação da maturação das vias auditivas em prematuros e lactentes. (COSTA FILHO;
CELANI, 1993; HOOD, 1998).
Os PEATE também são utilizados na avaliação da sensibilidade auditiva, na
freqüência ou faixa de freqüência do estímulo utilizado, em sujeitos que não apresentam
limiares auditivos confiáveis na avaliação comportamental e nas triagens auditivas neonatais.
Embora a pesquisa dos PEATE seja uma avaliação da sincronia da função neural e não um
9
teste de audição, é possível utilizar essa medida para fazer inferências sobre a sensibilidade
auditiva baseada na presença de respostas aos estímulos apresentados em várias intensidades
(HOOD, 1998).
Os PEATE também são úteis, em combinação com outras avaliações, na identificação
de desordens não identificáveis radiologicamente, como é o caso da dessincronia auditiva, no
monitoramento intra-operatório da função do nervo auditivo e tronco encefálico e na
confirmação de morte encefálica (HALL III; MULLER III, 1997; HOOD, 1998; SOUZA et
al., 1998).
2.1.2 Registro dos PEATE
A resposta auditiva evocada pelos sons é captada através de eletrodos metálicos,
posicionados sobre a pele, e é transferida por fios condutores até os amplificadores do
equipamento de registro. O eletrodo consiste de um fio com um disco, em um dos lados que
faz contato com a pele, e um pino, no outro lado, que se conecta a um pré-amplificador
(Figura 4).
Em equipamentos monocanais são utilizados três eletrodos. O eletrodo ativo ou
positivo é posicionado na parte central alta da fronte ou no vértice (Fz ou Cz)1, o eletrodo de
referência ou negativo é posicionado no lóbulo ou mastóide do ouvido testado (A1 ou A2)1 e
o eletrodo terra ou massa pode ser posicionado no lóbulo ou mastóide contralateral (M1 ou
M2)1 (HALL III, 1992).
1Os locais de posicionamento dos eletrodos foram denominados de acordo com a International Electrode System nomenclature, sendo Fz correspondente à linha média frontal, Cz ao vértice, A1 ao ouvido esquerdo, A2 ao ouvido direito, M1 à mastóide esquerda e M2 à mastóide direita (JASPER, 1958).
10
Já que as respostas evocadas por sons se originam de estruturas dentro do ouvido,
nervo auditivo e tronco encefálico a uma notável distância dos eletrodos, elas são conduzidas
das estruturas auditivas à superfície dos eletrodos através do tecido e fluidos corporais.
Depois, os fios as enviam a um computador especialmente programado que é capaz de um
processamento de alta velocidade (HALL III, 1992).
Figura 4. Obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico
As respostas originárias de regiões mais altas do sistema auditivo (córtex) envolvem
centenas de milhares, talvez milhões, de células cerebrais e os eletrodos estão relativamente
próximos às origens, desta forma, tendem a apresentar amplitudes grandes. Em contraste, as
respostas geradas pelo ouvido, nervo auditivo e regiões do tronco encefálico, as quais
envolvem poucas unidades neurais e são originadas em locais distantes dos eletrodos,
apresentam amplitudes extremamente pequenas (HALL III, 1992).
Devido à resposta evocada auditiva ser tão pequena, dois processos são essenciais para
a detecção dos PEATE. Um dos processos é aumentar, ou seja amplificar, a voltagem da
atividade. A voltagem da atividade do ouvido, nervo auditivo e tronco encefálico geralmente é
amplificada 100.000 vezes. O segundo processo é chamado signal averaging o qual separa o
11
sinal desejado (PEATE gerados por estímulos idênticos) de outras atividades cerebrais ou
atividades elétricas e musculares com origens fora do sistema auditivo (luzes fluorescentes na
sala de teste, movimentos da mandíbula ou pescoço, entre outros) as quais são denominadas
“ruídos”. Estes processos ocorrem antes de qualquer análise da resposta ser realizada (HALL
III, 1992; HOOD, 1998).
2.1.3 Estruturas geradoras dos PEATE
Jewett e Williston (1971) apresentaram a primeira sistematização dos PEATE em
humanos, descrevendo potenciais rápidos que apareciam graficamente em forma de
multiondas, com cinco a sete picos. Os picos foram marcados por meio de algarismos
romanos e denominados ondas I, II, III, IV, V,VI e VII.
A utilidade dos PEATE depende do conhecimento das origens anatômicas de seus
vários componentes.
As ondas ou picos dos PEATE representam a soma da atividade neural de uma ou
mais origens. Já que a entrada pode ser processada em paralelo, contribuições de diferentes
estruturas podem aparecer com a mesma latência. Registros em campo distante (far-field) ou
com eletrodos superficiais, contribuições individuais de um núcleo específico ou tratos
geralmente são indistinguíveis (HOOD, 1998).
Vários métodos têm sido utilizados para estudar os geradores neurais dos PEATE. Os
mais utilizados incluem: registros simultâneos dos PEATE com eletrodos superficiais e
diretamente sobre as estruturas expostas durante a neurocirurgia, correlação de patologias
12
conhecidas com PEATE anormais e técnicas de registros tridimensionais, utilizadas para
identificar origens bipolares.
A informação sobre a origem anatômica dos PEATE são menos precisas e mais
conflitantes para as ondas III, IV, V, VI e VII.
Atualmente, a classificação mais utilizada foi sintetizada por Hood (1998), a partir da
classificação de Møller (1994) e Moore (1987), ilustrada na figura 5:
Onda I- originária da porção distal do nervo auditivo;
Onda II- originária principalmente da porção proximal do nervo auditivo, com a
possibilidade de uma pequena contribuição da porção mais distal do nervo auditivo;
Onda III- originária, principalmente, dos neurônios do núcleo coclear, com possível
contribuição de fibras que chegam a essa estrutura;
Onda IV- a geração neural desta onda é incerta, apesar dos neurônios de terceira
ordem do complexo olivar superior estarem envolvidos. Outras contribuições incluem o
núcleo coclear e o lemnisco lateral;
Onda V- pode estar relacionada à atividade do lemnisco lateral e do colículo inferior.
13
Figura 5. Estruturas geradoras dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico
Deve-se enfatizar que as ondas IV, V, VI, e VII dos PEATE são complexas, com
mais do que uma estrutura anatômica contribuindo para cada pico e uma estrutura
contribuindo para mais de um pico. Os únicos sítios obrigatórios de sinapse, nas vias
auditivas do tronco encefálico, são o núcleo coclear e colículo inferior e entre essas vias
existe uma série de vias paralelas (HOOD, 1998).
14
2.1.4 Análise dos registros dos PEATE
Os registros dos PEATE apresentam três principais características (Figura 6) a serem
consideradas: morfologia, latência e amplitude das ondas.
A morfologia é o padrão ou forma geral das ondas dos PEATE e é geralmente
descrita em relação à aparência normal esperada para os PEATE (HALL III, 1992). O
registro de PEATE normais em intensidade fortes (por exemplo: 75dBnNA) deve apresentar
picos bem definidos e a presença de no mínimo as ondas I, III e V nos dois ouvidos (HOOD,
1998).
A latência das ondas dos PEATE é a característica mais confiável e o aspecto mais
importante na interpretação dos PEATE. É expressa em millisegundos e é composta por três
parâmetros: a latência absoluta, a latência interpicos e a diferença entre as latências
interaurais.
A latência absoluta é o intervalo de tempo entre o exato momento da apresentação do
estímulo e o aparecimento de uma mudança (um pico ou um vale) nas ondas dos PEATE. As
latências absolutas mais comumente analisadas são as das ondas I, III e V. A latência
interpicos é o intervalo de tempo entre os picos das ondas dos PEATE e utiliza a latência dos
picos das primeiras ondas como referência. As latências interpicos utilizadas na interpretação
clínica das ondas do PEATE são aquelas para ondas I e III (I-III), ondas III e V (III-V) e
ondas I e V (I-V). A diferença entre as latências interaurais compara as latências absolutas da
onda V, obtidas por meio da estimulação do ouvido direito em relação ao ouvido esquerdo em
níveis de intensidades iguais (HOOD, 1998).
15
Legenda: latência amplitude Figura 6. Registros dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (morfologia, latência e amplitude das ondas)
A amplitude, expressa em microvolts, é o terceiro parâmetro de resposta geralmente
analisado. A técnica mais comum de medição é a diferença de voltagem entre o pico de uma
onda e o vale seguinte (HALL III, 1992). A razão da amplitude V-I é obtida dividindo a
amplitude da onda V pela amplitude da onda I. Uma razão da amplitude V-I reduzida pode ser
significativa para o diagnóstico (HOOD, 1998).
Os picos das ondas I e II apresentam amplitudes menores e podem se tornar,
primeiramente, ocultos na presença de ruído de fundo com a onda V, permanecendo visível
em intensidades mais fracas (HOOD, 1998).
A amplitude das ondas não é uma característica diretamente analisada na rotina
clínica, apesar de carregar importantes informações sobre as condições da condução neural
16
das vias auditivas. A principal justificativa para isso é a grande variabilidade do normal,
encontrada no registro das ondas, fato esse que não permite a diferenciação entre os achados
normais e anormais (COSTA FILHO; CELANI, 1993; HALL III, 1992).
É importante enfatizar a necessidade de determinar os valores normais para cada
equipamento, uma vez que podem não coincidir com os valores de outros equipamentos.
2.1.5 Características do estímulo e parâmetros mais utilizados
2.1.5.1 Tipos de estímulo
O estímulo mais utilizado para a pesquisa dos PEATE é o pulso ou transiente acústico,
mais comumente chamado de clique. Esse estímulo tem um início abrupto, rápida duração,
geralmente 0,1ms ou 100µs, e são estímulos de banda larga ajustados à resposta da freqüência
dos fones. Quando transduzidos por meio de fones supra-aurais TDH-39, fones de inserção
ER-3A ou fones semelhantes, permitem estimulação máxima na faixa de freqüências de 2000
a 4000 Hz. Desta forma, o clique reflete principalmente a atividade das regiões mais basais da
cóclea (HOOD, 1998).
O estímulo clique, devido ao seu início abrupto, elicia uma boa sincronia neural para a
produção de grandes amplitudes das ondas componentes dos PEATE (FOWLER; BAUCH;
OLSEN, 2002). A sua utilização na pesquisa dos PEATE é muito útil e, clinicamente prática,
para a avaliação da sensibilidade auditiva na faixa de freqüências de 2000 a 4000 Hz.
Entretanto, informações quanto à sensibilidade auditiva ao longo da faixa audiométrica, na
17
região das freqüências da fala (500Hz até 3000-4000Hz) e, principalmente, nas freqüências
baixas (na região de 500Hz), são extremamente importantes para uma adequada
(re)habilitação de sujeitos deficientes auditivos, principalmente, no que se refere à adaptação
de AASI (HALL III, 1992).
Outro tipo de estímulo utilizado na avaliação clínica é o toneburst, que possui energia
em uma freqüência única de tom puro (por exemplo: 500Hz) sob todas as condições de
apresentação, incluindo níveis fortes de intensidade do estímulo. Quando os PEATE são
eliciados por meio desse estímulo, eles refletem a sensibilidade auditiva em uma freqüência
específica (HALL III, 1992). Porém, é importante ressaltar que apesar do toneburst possuir
maior especificidade de freqüências do que o clique, a sua especificidade não é maior do que
o tom puro, já que eles estimulam a cóclea em regiões ao redor da freqüência alvo tão bem
quanto a desejada.
Quando não é possível a avaliação comportamental para a determinação da
sensibilidade auditiva, é importante a pesquisa dos NMR dos PEATE para os estímulos clique
e toneburst, nas freqüências de 500Hz ou 1000Hz, de modo a refletir a sensibilidade auditiva
tanto na região de freqüências altas quanto na de freqüências mais baixas.
2.1.5.2 Intensidades do estímulo
Todas as ondas do PEATE apresentam um aumento sistemático na latência e uma
diminuição na amplitude, conforme a intensidade do estímulo diminui (PICTON et al., 1974).
É importante ressaltar que, a modificação na latência da onda V com alterações na
intensidade não é linear, ocorrendo mudanças de aproximadamente 0,2 a 0,3ms a cada 10dB
18
em intensidades mais fortes e um aumento mais abrupto em intensidades mais fracas
(STOCKARD et al., 1979).
A intensidade do estímulo pode ser expressa em dB nível de pressão sonora (dBNPS),
em dB pico equivalente nível de pressão sonora (dBpeNPS), em dB nível de sensação
(dBNS), em dB nível de audição (dBNA) e em dB nível de audição normal (dBnNA).
As intensidades expressas em dBNPS e dBpeNPS são medidas físicas do som
realizadas com equipamentos de medição calibrados que utilizam a referência padrão para
0dBNPS. As demais são medidas fisiológicas do som e se referem à média dos limiares
auditivos em um grupo de sujeitos ouvintes normais para o estímulo (dBNA e dBnNA) ou um
limiar auditivo individual para o estímulo (dBNS) (HALL III, 1992).
A prática mais comum para descrever o nível de intensidade do estímulo na pesquisa
dos PEATE é em dBnNA. A determinação do dBnNA é realizada com base na média dos
limiares comportamentais para um estímulo específico determinados em um grupo
relativamente pequeno de sujeitos adultos jovens ouvintes normais (10 a 15 sujeitos) (HALL
III, 1992).
A intensidade do estímulo a ser apresentado dependerá do objetivo da avaliação.
Quando a pesquisa dos PEATE é realizada com o objetivo de avaliar a integridade das vias
auditivas, utiliza-se a intensidade entre 80 e 95dBnNA para permitir a visualização das ondas
I, III e V. Quando o objetivo é a pesquisa do NMR, a intensidade do estímulo pode chegar a
0dBnNA (HALL III; MULLER III, 1997).
19
2.1.5.3 Taxa de apresentação do estímulo
A taxa na qual o estímulo de teste é apresentado afeta tanto a latência quanto a
amplitude dos componentes dos PEATE.
Nas taxas de apresentação acima de 30 estímulos por segundo (estímulos/s), as
latências de todos os componentes dos PEATE aumentam e as amplitudes das ondas I, II e III
diminuem. As latências das ondas não aumentam na mesma proporção para todos os
componentes. A onda V, por exemplo, apresenta maior latência do que as ondas I, II e III, o
que resulta em um prolongamento do intervalo das ondas I-V. O efeito diferencial da taxa de
apresentação do estímulo nos vários componentes dos PEATE sugere a presença de efeitos
centrais e periféricos. Estímulos mais rápidos também tendem a reduzir a nitidez e a
reprodutibilidade das respostas, principalmente para as ondas I, II e III (FOWLER;
NOFFSINGER, 1983; HOOD, 1998).
Hall III e Muller III (1997) sugerem a taxa de apresentação do estímulo de 21,1
estímulos/s.
Rotineiramente, a taxa de apresentação do estímulo encontra-se entre 20 e 30
estímulos/s.
2.1.5.4 Duração do estímulo
A duração do estímulo clique não tem influência importante na latência e amplitude
das ondas dos PEATE. Não há mudança na latência das ondas na faixa de 0,25 a 100µs e um
20
aumento de 0,2ms, no máximo, pode ser esperado para durações variando de 100 a 400µs.
Porém, quando o toneburst é utilizado, quanto maior a duração do estímulo, maior
especificidade por freqüência o estímulo terá (HALL III, 1992; HOOD, 1998).
A duração padrão do estímulo clique utilizado na avaliação clínica dos PEATE é
100µs ou 0,1ms (HOOD, 1998).
2.1.5.5 Polaridades do estímulo
As polaridades do estímulo (Figura 7) utilizadas na avaliação dos PEATE são:
condensação (positiva), rarefação (negativa) e alternada (condensação/rarefação).
Figura 7. Polaridades do estímulo
Quando o estímulo é produzido por um movimento do diafragma do fone em direção à
membrana timpânica, uma onda de pressão positiva é gerada. O movimento na direção
positiva, ou polaridade positiva, é também conhecido como polaridade condensação. Quando
o estimulo é produzido por um movimento do diafragma do transdutor em direção oposta à
condensação
rarefação
alternada
21
membrana timpânica, uma onda de pressão negativa é gerada e a polaridade é denominada
rarefação. Na polaridade alternada as polaridades condensação e rarefação são alternadas em
apresentações do estímulo subseqüentes (HALL III, 1992).
A polaridade do estímulo é a característica mais polêmica e divergente na utilização
clínica. De acordo com Hall III (1992) não há consenso sobre quais componentes dos PEATE
são mais afetados ou mais consistentemente afetados pela polaridade do estímulo.
De acordo com Stockard et al. (1979), em sujeitos ouvintes normais, a latência é
levemente menor e a amplitude é maior para a onda I dos PEATE para cliques de polaridade
rarefação em comparação à condensação, na maioria dos sujeitos. A amplitude da onda V
tende a ser maior em resposta a estímulos de polaridade condensação em comparação à
rarefação. Porém, não há diferença significante entre essas polaridades no que se refere à
latência absoluta da onda V.
De acordo com Fowler; Bauch; Olsen (2002), as polaridades condensação e rarefação
devem ser utilizadas separadamente para aumentar a probabilidade de eliciar todos os
componentes dos PEATE e melhorar a morfologia das ondas, principalmente para a onda I.
Em seu estudo, os resultados obtidos tanto em sujeitos ouvintes normais como em sujeitos
com schwannoma vestíbulo-coclear unilateral foram semelhantes nas duas polaridades e não
houve vantagem diagnóstica de uma polaridade em relação à outra.
Meira (2002) não observou diferenças estatisticamente significantes nas latências
absolutas das ondas I, III e V dos PEATE na intensidade de 80dBnNA, obtidos nas
polaridades condensação, rarefação e alternada em sujeitos ouvintes normais.
A polaridade alternada é muitas vezes utilizada para reduzir o artefato de estímulo,
entretanto, seu uso não é recomendado quando o objetivo é a avaliação das respostas
cocleares (por exemplo, o microfonismo coclear), pois ocorrerá o cancelamento dessas
respostas (HOOD, 1998).
22
Devido ao fato das latências de vários componentes na resposta resultante serem
dependentes da polaridade do estímulo, tanto o uso consistente de uma polaridade específica,
quando comparamos resultados aos dados normativos ou com avaliações anteriores, quanto o
conhecimento dos efeitos da polaridade são críticos.
2.1.5.6 Modos de apresentação do estímulo e registro dos PEATE
O estímulo pode ser apresentado apenas em um ouvido (monoaural) ou nos ouvidos
direito (OD) e esquerdo (OE) ao mesmo tempo (biaural). As latências das respostas obtidas
com estimulação monoaural ou biaural devem ser similares. Entretanto, a resposta biaural não
é igual a soma das respostas monoaurais, ou seja, existem diferenças nas respostas do sistema
auditivo para estimulação biaural em relação à monoaural (HOOD, 1998).
Embora a estimulação biaural possa ser utilizada como parte de uma bateria de testes,
a estimulação monoaural deve ser sempre realizada para avaliar a função de cada ouvido
separadamente.
Os PEATE podem ser registrados do mesmo lado da apresentação do estímulo
(ipsilateral) ou do lado oposto ao estimulado (contralateral). A diferença mais evidente entre
os PEATE registrados ipsilateral e contralateral é a ausência da onda I no registro
contralateral.
A estimulação geralmente ocorre de modo monoaural e é registrada ispsilateralmente
(HALL III; MULLER III, 1997).
23
2.1.5.7 Promediações
A quantidade de promediações (sweeps) necessárias para a realização de uma média
de respostas varia de acordo com a amplitude dos PEATE e a quantidade de ruído de fundo
(artefato muscular, ruído de 60Hz, atividade eletroencefalográfica, entre outros) (HOOD,
1998).
O total de promediações pode estar entre 500 e 4000, dependendo das condições de
registro do exame (HALL III; MULLER III, 1997).
Para a pesquisa dos PEATE, geralmente de 1.000 a 2.000 sweeps são adequados para a
obtenção de respostas em pacientes quietos em fortes intensidades de estímulo. Em
intensidades fracas, onde a amplitude da resposta é menor, um maior número de sweeps pode
ser necessário para atingir uma adequada relação sinal-ruído (HOOD, 1998).
2.1.5.8 Tempo de registro
A janela do tempo ou tempo de registro deve ser estabelecida para compreender todos
os componentes da resposta. O tamanho da janela variará de acordo com a idade do sujeito,
intensidade e tipo de estímulo utilizado.
Para a apresentação do estímulo clique em sujeitos adultos, uma janela de 10 ou 12ms
é geralmente suficiente para o registro dos PEATE, pois, a onda V ocorre em sujeitos normais
dentre 5 a 6ms em fortes intensidades e dentre 8 a 9ms em intensidades próximas ao NMR . O
uso de fones de inserção provocará um atraso na resposta de menos de 1ms o que continua
24
dentre um tempo de 10ms. Em bebês, com idade inferior a 12meses, e em crianças, com
suspeita de atraso na neuromaturação, os componentes dos PEATE são atrasados por 1ms ou
mais, desta forma, uma janela de no mínimo 15ms é recomendada (HOOD, 1998).
2.1.5.9 Filtros
Modificações na faixa de freqüência através da qual a resposta fisiológica é filtrada
afetam a latência e a amplitude das ondas. O aumento na freqüência de corte do filtro de passa
alta de 30Hz para 100Hz ou 150Hz resulta em uma diminuição na amplitude e latência da
resposta. Maior informação das freqüências baixas na média das respostas geralmente resulta
em um aumento na amplitude, principalmente para as ondas V, VI e VII, e latências
levemente mais longas. A diminuição da freqüência de corte do filtro de passa baixa de
3000Hz para 1500Hz pode resultar no arredondamento dos picos das ondas, mas tem menos
efeito na amplitude ou latência das ondas (HOOD, 1998).
Na prática clínica, geralmente, utilizam-se filtros de passa alta de 100Hz e filtros de
passa baixa de 3000Hz.
25
2.2 Fones de inserção
Békésy (1948 apud Yacullo, 1996, p. 122) desenvolveu um fone de inserção,
utilizando um receptor de AASI acoplado ao ouvido por meio de um tubo plástico e um
plugue de ouvido perfurado. Ele foi o primeiro a demonstrar que um fone de inserção poderia
ser utilizado para aumentar tanto a AI quanto a atenuação do ruído de fundo quando
comparado ao fone supra-aural.
Utilizando um modelo semelhante, porém melhorado, Killion (1984) desenvolveu
novos fones de inserção denominados Etymotic Research Tubephones. Existem vários
modelos (ER-1, ER-2, ER-3, ER-3A, entre outros) disponíveis, cada um diferindo em suas
características eletroacústicas. Os fones ER-3A, desenvolvidos para reproduzir as
características eletroacústicas dos fones supra-aurais padrões TDH-39, entretanto, são os
mais utilizados e têm sido amplamente pesquisados desde o seu desenvolvimento. O
fabricante recomenda apenas pequenos fatores de correção quando esses fones são utilizados
em um audiômetro calibrado para fones supra-aurais (YACULLO, 1996).
Os fones de inserção ER-3A apresentam três partes: um transdutor para converter
energia elétrica em som, um tubo plástico para conduzir o som para dentro do CAE e um
acoplador conectando o transdutor ao CAE (CLEMIS; BALLAD; KILLION, 1986).
Os transdutores estão contidos dentro de caixas retangulares (uma para cada ouvido)
que são posicionadas sobre os ombros e podem ser presas à roupa do sujeito por meio de
clipes ou grampos. Cada transdutor é acoplado ao CAE por meio de um tubo acústico de
dimensões precisamente definidas (cerca de 280mm de comprimento do tubo número 16) o
BÉKÉSY, G. Vibration of the head in a sound field and its role in hearing by bone conduction. Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v.20, p. 749-760, 1948.
26
que provoca um atraso acústico no trajeto do transdutor à oliva de espuma posicionada dentro
do CAE de cerca de 0,9ms. A oliva de espuma é do mesmo tipo daquela freqüentemente
utilizada como protetor auricular (E-A-R™ modificado da Cabot Safety Corporation) e está
disponível em 3 tamanhos. A oliva ER3-14A é indicada ao uso em sujeitos com CAE de
tamanhos normais, a ER3-14B em sujeitos com CAE pequenos e a ER3-14C é indicada para
sujeitos com CAE muito grandes (HALL III, 1992; YACULLO, 1996).
Em 1990, a Auditory Systems Division of Cabot Safety Corporation desenvolveu
fones de inserção conhecidos como E-A-RTONE™3A. Os fones de inserção ER-3A e o E-A-
RTONE™3A são funcionalmente semelhantes por terem sido construídos com especificações
idênticas. Os fones de inserção E-A-RTONE ™ 3A utilizam olivas de espuma conhecidas
como E-A-RLINKs disponíveis em três tamanhos: 3A, 3B, e 3C. As olivas E-A-RLINKs 3A,
3B, e 3C são funcionalmente equivalentes às olivas da Etymotic Research ER3-14, ER3-14B,
e ER3-14C, respectivamente (FRANK; VAVREK, 1992).
A partir daí, várias empresas desenvolveram seus próprios fones de inserção
seguindo as especificações da Etymotic Research.
27
2.3 Comparações entre os tipos de fones nas avaliações audiométricas
Desde o trabalho original de Békésy (1948 apud Yacullo, 1996, p. 122) as vantagens e
desvantagens dos fones de inserção têm sido observadas por vários pesquisadores.
Killion (1984) relatou que o problema do colabamento do CAE, observado com os
fones supra-aurais, devido à pressão exercida pelos coxins dos fones contra o pavilhão
auricular, pode ser solucionado pelo uso das olivas de espuma dos fones de inserção. No
experimento realizado em seu laboratório, concluiu-se que um tubo de 2,2mm de diâmetro
externo era suficiente para ser acoplado às olivas, as quais mantêm o CAE aberto durante a
avaliação.
De acordo com Killion; Wilber; Gudmundsen (1985), os de fones de inserção (ER-
3A) aumentam a AI na avaliação audiométrica em comparação aos supra-aurais (TDH-39), o
que pode tanto superar o dilema do uso do mascaramento como também eliminar a
necessidade de sua aplicação. E mesmo que ele ainda seja necessário, menos mascaramento é
requerido, reduzindo a chance de erros.
Clemis; Ballad; Killion (1986) relataram a melhora nos limiares audiométricos em
freqüências baixas (média de 4,39dB em 250Hz) obtidos por meio dos fones de inserção (ER-
3A) comparados aos limiares obtidos por meio dos fones supra-aurais (TDH-50P e TDH-49),
em 25 sujeitos portadores de deficiência auditiva (DA) unilateral e bilateral. Os autores
atribuíram este achado à melhora no acoplamento do transdutor ao ouvido. Enfatizaram ainda
que, o fato dos fones de inserção serem calibrados no mesmo acoplador de 2ml, utilizado para
a avaliação das características eletroacústicas dos AASI, possui importantes implicações
clínicas.
28
Hosford-Dunn et al. (1986) observaram valores de AI significantemente maiores
obtidos por meio dos fones de inserção, sendo 2 de fabricação caseira e 2 disponíveis
comercialmente (botão de inserção padrão disponível nos audiômetros e os fones ER-3A),
quando comparados aos fones supra-aurais (TDH-49), nas freqüências de 500, 1000 e
2000Hz, em 22 ouvidos com audição normal. Para a determinação da AI foi apresentado um
ruído mascarador de faixa estreita (narrow-band) contralateralmente à apresentação do tom
puro em cada freqüência.
De acordo com Sklare; Denenberg (1987), respostas de curvas sombras audiométricas
devem ser suspeitadas se os sinais de tons puros transduzidos pelos fones de inserção ER-3A
em um ouvido excederem a sensibilidade auditiva para condução óssea do ouvido oposto em
75dB para estímulos de freqüências baixas e em 50dB para estímulos de freqüências altas.
Quando os fones supra-aurais TDH-49P forem utilizados, este valor será de 45dB em toda a
faixa de freqüência. Desta forma, o uso de fones de inserção pode minimizar e até eliminar a
necessidade de mascaramento na maioria das avaliações audiométricas, entretanto, os autores
não avaliaram crianças e adultos do gênero feminino.
Clark; Roeser (1988) compararam os limiares tonais, nas freqüências de 250 a
8000Hz, obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) e supra-aurais (TDH-50P) em 12
crianças e 12 adultos ouvintes normais. Os autores encontraram limiares tonais obtidos com
os fones de inserção significantemente melhores na freqüência de 250Hz e piores nas
freqüências de 6000 e 8000Hz, em comparação aos fones supra-aurais, nos dois grupos de
sujeitos. Não foram observadas diferenças significantes entre os limiares, em todas as
freqüências avaliadas, obtidos em crianças e adultos tanto com os fones supra-aurais como
com os fones de inserção.
Larson et al. (1988) compararam a variabilidade no teste e reteste durante a obtenção
dos limiares audiométricos nas freqüências de 125 a 8000Hz entre os fones supra-aurais
29
(TDH-50) e os fones de inserção (ER-3A) em 90 sujeitos ouvintes normais, realizados em 3
laboratórios diferentes. Os autores concluíram que os fones de inserção, quando acoplados ao
ouvido por meio de olivas de borracha, permitem avaliações dos limiares auditivos em
sujeitos ouvintes normais de forma tão confiável quanto os supra-aurais.
Com relação ao conforto, os fones de inserção foram bem aceitos e preferidos em
relação aos supra-aurais tanto em crianças quanto em adultos nos estudos de Borton et al.
(1989); Clark; Roeser (1988).
Berger; Killion (1989) relataram que, em ambientes com níveis de ruído menores que
45dBNA, o uso de fones de inserção ER-3A com olivas ER3-14 inseridas profundamente
permite a determinação precisa dos limiares até 0dB na faixa de freqüências de 125 a
8000Hz.
Borton et al. (1989) compararam os limiares audiométricos para tons puros nas
freqüências de 500, 1000, 2000, 4000Hz obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) e
supra-aurais (TDH-39) em 3 grupos de sujeitos adultos, sendo um com 10 ouvintes normais,
um com 10 sujeitos com DA condutiva e um terceiro grupo com 10 sujeitos com DA
sensorioneural. Os autores concluíram que os 2 tipos de fones utilizados neste estudo
apresentaram valores de limiares auditivos confiáveis e semelhantes. Além disso, nem a
presença ou a ausência da DA, nem mesmo o tipo da DA tiveram qualquer efeito diferencial
na medição dos limiares por condução aérea com os dois tipos de fones.
Lindgren (1990) avaliou a confiabilidade dos fones de inserção (ER-3A) e supra-
aurais (TDH-49P) na determinação dos limiares audiométricos nas freqüências de 250 a
8000Hz em 13 sujeitos, avaliados cinco vezes com cada tipo de fone. Os resultados
mostraram que a confiabilidade dos fones de inserção, medida pela variação intra-sujeitos, foi
comparável àquela obtida com os fones supra-aurais, permanecendo dentre 1,3dB em todas
as freqüências avaliadas. Comparações entre os limiares obtidos com ambos os transdutores
30
indicaram que os valores de correção, sugeridos pelo fabricante dos fones de inserção, são
apropriados.
Arlinger (1991) determinou limiares auditivos na faixa de freqüência baixa entre 20 e
500Hz em um grupo de 30 adultos jovens ouvintes normais por meio dos fones de inserção
(ER-3A). Os resultados mostraram que os limiares auditivos para tons puros nas freqüências
de 40Hz até 500Hz podem ser determinados com validação aceitável e confiabilidade por
meio do uso desse tipo de fone de inserção.
Martin; Severance; Thibodeau (1991) recomendaram o uso dos fones de inserção nos
testes de percepção da fala quando houver a possibilidade de cruzamento auditivo com os
fones padrões, já que esses tipos de fones aumentam a AI de 20 a 30dB, o que pode tornar
desnecessário o uso do mascaramento contralateral. E, quando o mascaramento ainda for
necessário, os fones de inserção também diminuem a chance de ocorrer o supermascaramento
pela diminuição da quantidade de ruído mascarador requerida.
Stuart et al. (1991) recomendaram a utilização clínica dos fones de inserção (ER-3A)
em crianças e adultos, já que não oferecem maior variabilidade significante na determinação
dos limiares audiométricos nas freqüências de 250 a 8000Hz, quando comparados aos fones
supra-aurais (TDH-50P).
Tang; Letowski (1992) observaram variabilidade significantemente menor na obtenção
dos limiares de altas freqüências (10000, 12000, 14000 e 16000Hz), obtidos com os fones de
inserção (ER-1), comparada aos fones circumaurais (HD-250 Sennheiser) em 10 sujeitos
adultos ouvintes normais. Os autores concluíram que os fones de inserção são mais adequados
do que os circumaurais na obtenção dos limiares de altas freqüências.
De acordo com os estudos de Berger; Killion (1989); Clark; Roeser (1988); Clemis;
Ballad; Killion (1986); Frank; Williams (1993); Frank; Wright (1990); Wright; Frank (1992),
31
os fones de inserção permitiram maior quantidade de atenuação do ruído quando comparados
aos fones supra-aurais e circumaurais, tanto em crianças quanto em adultos.
Valente; Potts; Valente (1997) avaliaram os níveis de desconforto auditivo (em dBNA
e em dBNPS) nas freqüências de 500, 1000, 1500, 2000, 3000 e 4000Hz em 31 ouvidos com
DA por meio dos fones supra-aurais (TDH-50P) e de inserção (ER-3A). Os resultados não
revelaram diferenças significantes nas avaliações em dBNPS entre os dois fones em todas as
freqüências, o que é de grande interesse aos clínicos que realizam medições in situ da área
dinâmica auditiva para a adaptação dos AASI. Porém, nas avaliações em dBNA, foram
encontrados níveis de desconforto significantemente maiores com os fones supra-aurais em
relação aos fones de inserção nas freqüências de 1500Hz (2,1dB) e 4000Hz (3,1dB).
Hayes (1999) relatou que os fones de inserção (ER-3A) foram superiores aos fones
supra-aurais (TDH-39) em todas as categorias avaliadas em seu estudo (tempo de avaliação,
efeito de oclusão, necessidade de mascaramento e prevenção do colabamento de CAE),
realizadas em 91 sujeitos, sendo que 46 foram testados com os fones de inserção e 45 com os
fones supra-aurais. O autor recomendou que os fones de inserção devem se tornar os fones de
escolha para a avaliação audiométrica.
Landry; Green (1999) não observaram diferenças estatisticamente significantes para os
limiares de tons puros no teste e reteste entre os grupos de 20 sujeitos adultos jovens (22-34
anos), 10 adultos mais velhos (50-63 anos) e 10 idosos (65-81 anos), ou entre os fones de
inserção (ER-3A) e supra-aurais (TDH-50P), nas freqüências de 250, 500 e 1000Hz. Porém,
nas freqüências acima de 1000Hz (2000, 4000 e 8000Hz), ocorreu variabilidade significante
com ambos os fones, principalmente no grupo de idosos.
Munro; Agnew (1999) encontraram valores maiores de AI, quando o fone de inserção
(ER-3A) foi utilizado em comparação aos fones supra-aurais (TDH-39) em sujeitos com DA
assimétrica (anacusia em um ouvido e limiares melhores que 40dBNA no outro ouvido). Os
32
valores de AI obtidos com os fones de inserção, com inserção profunda das olivas, foram de
15 a 20dB maiores do que os valores obtidos com os fones supra-aurais. De acordo com os
autores, a AI para os fones de inserção inseridos profundamente é de 55dB ou mais, porém,
quando não for possível obter uma inserção profunda das olivas, esse valor deve ser reduzido
em 5dB.
Day et al. (2000) relataram que os fones de inserção (ER-3A) são tão eficazes quanto
o campo sonoro, na determinação de limiares auditivos, na audiometria com reforço visual,
em bebês com idade entre 32 e 42 semanas, com razoável expectativa de sucesso.
Dean; Martin (2000) concluíram, em seu estudo com 20 sujeitos, que o efeito de
oclusão, provocado pelos fones durante a pesquisa dos limiares de via óssea, não variou
significantemente com o posicionamento do vibrador (na fronte ou mastóide), mas foi
significantemente menor, quando o ouvido não testado foi ocluído com o fone de inserção
(ER-3A) com inserção profunda das olivas, comparado à inserção superficial e ao fone supra-
aural (TDH-39). Os autores recomendaram a utilização dos fones de inserção, com inserção
profunda, no mascaramento durante a avaliação da via óssea, pois menos mascaramento é
necessário no ouvido não testado o que diminui a possibilidade de supermascaramento.
No estudo de Gil; Borges (2001), todos os 40 sujeitos (adultos do gênero feminino e
masculino) avaliados apresentaram limiares auditivos normais (menores que 25dBNA) com
os fones de inserção (ER-3A) e supra-aurais (THD-39) nos dois ouvidos. Contudo, foram
encontrados limiares significantemente menores nas freqüências de 250, 500, 1000, 2000,
3000 e 4000Hz e maiores nas freqüências de 6000 e 8000Hz, obtidos com os fones de
inserção em comparação aos supra-aurais. As autoras concluíram que os fatores de correção,
sugeridos pelo fabricante, são necessários e foram adequados à população estudada.
No estudo de Schmuziger; Probst; Smurzynski (2004), não houve diferenças
significantes no reteste entre os fones circumaurais (Sennheiser HDA 200) e os fones de
33
inserção (ER-2), em todas as freqüências avaliadas (de 500 a 6000Hz e na faixa de alta
freqüência de 8000 a 16000Hz), nos 138 sujeitos ouvintes normais avaliados. A variabilidade
intra-sessão aumentou significantemente, com o aumento da freqüência, ocorrendo maior
variabilidade na faixa de 14000 a 16000Hz. Em cada freqüência e para os dois tipos de
transdutores, a diferença entre os limiares no teste e reteste intra-sessão não foi maior que
10dB.
Gordon et al. (2005) compararam a confiabilidade no teste e reteste, na determinação
dos limiares audiométricos, nas altas freqüências (2000Hz e de 5000 a 16000Hz), obtidos por
meio dos fones de inserção (ER-4B) e circumaurais (KOSS Pro/4X Plus). Foram avaliados
12 adultos ouvintes normais e 8 adultos com DA sensorioneural em cabinas audiométricas
acusticamente tratadas e em 2 salas de hospitais sem tratamento acústico. O objetivo deste
estudo foi avaliar a eficácia dos fones de inserção no monitoramento da ototoxicidade em
altas freqüências. Os autores concluíram que os fones de inserção são tão confiáveis quanto
os circumaurais, no monitoramento da ototoxicidade das altas freqüências, nos dois locais de
teste deste estudo.
Javarajan; Nandi; Caldicott (2005) concluíram em seu estudo com crianças, que o uso
dos fones de inserção na audiometria com reforço visual é um método confiável para a
obtenção de dados de cada ouvido separadamente e em freqüências específicas. Pegar artigo
34
2.4 Comparações entre os tipos de fones na pesquisa dos PEA
Enquanto os benefícios dos fones de inserção têm sido verificados sistematicamente
para a audiometria comportamental, poucos estudos têm avaliado o seu uso na pesquisa do
PEA.
De acordo com Cooper Júnior; Parker (1981), transdutores audiométricos padrões,
tais como os fones TDH-49, produzem um artefato elétrico o qual interfere no registro dos
PEA precoces. As origens destes artefatos têm sido atribuídas ao acoplamento do transdutor
ao ouvido e sua transmissão aos eletrodos de registro.
Hood; Morehouse (1985) compararam os resultados obtidos na pesquisa dos PEATE
entre os fones de inserção (ER-3A) e os fones supra-aurais (TDH-39) em sujeitos adultos
ouvintes normais. As diferenças entre os limiares comportamentais para o estímulo clique
foram pequenas e não significantes. Com relação aos PEATE, ambos os fones apresentaram
resultados confiáveis no teste e reteste, morfologia global das ondas semelhantes e não
houve diferença significante para valores de latências interpicos e função latência-
intensidade. Porém, os fones de inserção apresentaram um atraso de 0,8 a 1,0ms nas
latências absolutas das ondas, amplitudes da onda I significantemente menores e como
conseqüência razão de amplitude V/I significantemente maior. Os autores observaram ainda
que as ondas I, II e III, mesmo em intensidades fracas e rápidas taxas de apresentação do
estímulo, foram mais identificáveis com os fones de inserção em comparação aos fones
supra-aurais.
Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) compararam as respostas temporais e o espectro
de amplitude entre os fones de inserção (ER-3A) e circumaurais (Beyer DT48) para cliques de
100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s. Os fones circumaurais foram avaliados em
35
acopladores de 6ml e os fones de inserção em acopladores de 2ml. Os autores encontraram
diferenças pequenas tanto nas respostas temporais quanto no espectro de amplitude entre os
dois transdutores, sendo observada uma saída levemente maior nas freqüências mais altas com
os fones circumaurais.
Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) compararam a morfologia das ondas dos PEATE
(I, III, V), os limiares comportamentais e NMR dos PEATE, obtidos por meio dos fones de
inserção (ER-3A) e circumaurais (Beyer DT48) em 10 sujeitos adultos ouvintes normais (um
ouvido de cada sujeito selecionado aleatoriamente). O equipamento utilizado foi o Nicolet
1170. Os estímulos foram cliques de 100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s, sendo
promediados 1024 estímulos, com o ganho do amplificador de 100.000, o filtro de passa
banda de 100-3000Hz, o registro ipsilateral (mastóide) e as ondas foram reproduzidas uma
vez. Na pesquisa dos PEATE a intensidade do estímulo variou de 80dBnNA ao NMR em
intervalos de 10 dB, com exceção próximo ao NMR, onde intervalos de 5dB foram utilizados.
Na avaliação comportamental, foram utilizados intervalos de 2dB. A diferença entre os
limiares comportamentais estiveram dentre 2dB, sendo a média com os fones circumaurais
7,44dB (DP 4,61dB) e com os fones de inserção 6,11dB (DP 5,27dB), confirmando que é
apropriado utilizar uma intensidade comum de referência para estes dois fones. Os NMR dos
PEATE foram levemente maiores com os fones de inserção (média 10,63dB e DP 4,17dB
com os fones de inserção comparado a média de 6,88dB e DP 2,59dB com os fones
circumaurais), entretanto, estas diferenças foram pequenas e, em média, não excederam 5dB.
Os NMR dos PEATE e limiares comportamentais foram similares. A morfologia das ondas
dos PEATE foram semelhantes com os dois transdutores, permitindo componentes facilmente
reconhecidos sobre a ampla faixa de intensidades pesquisadas. Os autores observaram uma
tendência a maior variabilidade em intensidades fracas nos resultados obtidos com os fones de
inserção, principalmente para a onda V. Foram observadas latências (sem correção) das ondas
36
I, III e V mais longas com os fones de inserção, comparado aos circumaurais, com uma
diferença média de 0,81ms (DP 0,23ms), 0,78ms (DP 0,07ms) e 0,99ms (DP 0,11ms),
respectivamente. Essas diferenças não foram dependentes da intensidade, mas foram
atribuídas ao atraso introduzido pelo tubo de 280mm, utilizado para acoplar o fone de
inserção ao CAE. A partir de 30dBnNA, onde comparações foram possíveis, não se
encontraram diferenças nas latências interpicos entre os dois fones. Foi possível medir as
latências interpicos em intensidades mais fracas com os fones circumaurais, comparado aos
fones de inserção, ou seja, as ondas I e III foram mais facilmente registradas com os fones
circumaurais. Os resultados obtidos em um sujeito no qual 5 repetições das medidas foram
realizadas, evidenciaram que as latências da onda V foram reproduzíveis com ambos os
transdutores. Porém, os DP foram maiores com os fones circumaurais (0,04 a 0,22ms),
quando comparado aos fones de inserção (0,03 a 0,16ms), embora em ambos os casos, a
variância tenha sido pequena.
No mesmo estudo Beauchaine; Kaminski, Gorga (1987) avaliaram os resultados dos
PEATE obtidos por meio dos fones de inserção (ER-3A) em um bebê recém-nascido de 38
semanas (idade gestacional), em um berçário de tratamento intensivo, representando o grupo
de sujeitos no qual os fones de inserção são úteis na prevenção do colabamento do CAE.
Foram utilizados os mesmos parâmetros do estímulo dos sujeitos adultos, sendo necessário
apenas um adaptador para a inserção da oliva dentro do CAE do bebê. Respostas evidentes
foram observadas no mínimo de 80 a 20dBnNA nos dois ouvidos. Após a subtração de
0,83ms, as latências, incluindo as interpicos, foram semelhantes àquelas observadas em bebês
com a mesma idade gestacional obtidas por meio dos fones circumaural (DT48 Beyer), no
estudo de Gorga et al. (1987).
Yang; Henrickson (1988 apud Van Campen et al., 1992, p. 316) compararam os
resultados obtidos na pesquisa dos PEATE com os fones de inserção (ER-3A) e os fones
37
supra-aurais (TDH-39) em sujeitos adultos normais. Após a subtração de 0,9ms nas latências
das ondas obtidas com os fones de inserção, as latências absolutas das ondas I, III e V em
todas as intensidades avaliadas e a latência interpico I-V em 60dBnNA foram
significantemente menores com os fones de inserção, comparadas aos fones supra-aurais. Não
foram observadas diferenças significantes na razão da amplitude das ondas V/I em 60 e
80dBnNA, porém os autores não avaliaram os valores absolutos de amplitude.
De acordo com Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988), semelhanças entre os PEATE
eliciados por meio dos fones circumaurais e de inserção são esperadas dada a semelhança
entre suas respostas temporais e o espectro de amplitude para o estímulo clique. As diferenças
nas latências podem ser atribuídas ao atraso introduzido pelo tubo que é utilizado para acoplar
o fone de inserção ao ouvido. Não há razão para esperar que este atraso seja dependente da
idade.
Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988) realizaram a pesquisa dos PEATE em 89 bebês
(177 ouvidos, pois em um bebê não foi possível avaliar um ouvido devido a sua agitação
durante o teste) que receberam alta de um berçário de tratamento intensivo por meio dos
fones de inserção (ER-3A) e compararam com os resultados de um estudo anterior (GORGA
et al., 1987) no qual os PEATE foram obtidos com os fones circumaurais (DT48 Beyer). O
equipamento utilizado foi o Nicolet 1170 e os PEATE foram eliciados por meio de cliques de
100µs apresentados a uma taxa de 13 estímulos/s, sendo promediados 1024 estímulos, com a
polaridade rarefação, o ganho do amplificador 100.000, o filtro de passa banda de 100-
3000Hz, o registro ipsilateral (mastóide) e cada resposta foi reproduzida uma vez. Os
estímulos foram, inicialmente, apresentados a 80dBnNA, sendo diminuídos em intervalos de
20dB até a intensidade de 20dBnNA, quando o teste era finalizado. Se nenhuma resposta
YANG, E.; HENRICKSON, L. Effect of transducer type on auditory brainstem response in normal hearing adults. In: ANNUAL MEETING OF THE CANADIAN ASSOCIATION OF SPEECH LANGUAGE PATHOLOGISTS AND AUDIOLOGISTS, Proceedings... Banff, 1988.
38
reproduzível fosse obtida nessas 4 intensidades, o nível era aumentado em 10dB. O NMR dos
PEATE foi definido como a intensidade mais fraca na qual a onda V era registrada, ou em
20dBnNA, se a resposta estivesse presente nesta intensidade mínima do teste. Quando os
fones de inserção foram utilizados, o fator de correção (subtração) de 0,83ms foi aplicado em
todas as latências absolutas das ondas. A maioria (aproximadamente 95%) dos bebês
apresentou PEATE em intensidades tão fracas quanto 20 e 30dBnNA e aproximadamente 5%
de todos os ouvidos testados apresentaram limiares maiores que 30dBnNA, o que foi
comparável ao estudo anterior no qual 10% de falha foi encontrado em uma amostra muito
maior (585 bebês) com os fones circumaurais. Desta forma, o uso dos fones de inserção nessa
população não resultou em limiares piores do que aqueles obtidos com os fones circumaurais
e a porcentagem de falha foi aproximadamente 50% do que foi observado com os
circumaurais. Os autores atribuíram esta diferença à eliminação do colabamento de CAE por
meio dos fones de inserção.
Neste mesmo estudo, Gorga; Kaminski, Beauchaine (1988) utilizaram apenas os
resultados daqueles sujeitos com NMR dos PEATE não maior que 30dBnNA referentes ao
ouvido esquerdo, quando a latência foi analisada. Como conseqüência deste critério de limiar,
a amostra total foi reduzida para 77 bebês, divididos em 6 grupos de acordo com a idade
concepcional (definida como a soma da idade gestacional com a idade cronológica) a qual
variou de 33 a 44 semanas, com intervalo de 2 semanas em cada grupo. As médias das
latências absolutas das ondas I e V em função da intensidade, em cada um dos 6 grupos
avaliados, ficaram dentro da faixa dos valores obtidos com os fones circumaurais. As médias
das diferenças nas latências interpicos em função do grupo, em 80 dBnNA, mostraram
valores que se aproximaram daqueles obtidos com os fones circumaurais. As médias das
diferenças interaurais foram pequenas, 0,02ms (DP 0,18ms) para a onda V e 0,02ms (DP
0,20ms) para o intervalo I-V, e não pareceram ser dependentes do grupo. Estes valores foram
39
comparáveis ao estudo anterior, utilizando os fones circumaurais e sugerem que 95% da
diferença interaural normal não deve exceder 0,35 e 0,40 ms para onda V e intervalo I-V,
respectivamente. Os autores concluíram que os fones de inserção são transdutores úteis para a
avaliação em bebês, além do fato de que o colabamento de CAE é menos provável de ocorrer,
quando ele é utilizado.
Van Campen; Sammeth; Peek (1990) avaliaram a AI durante a pesquisa dos PEATE
com fones de inserção ER-3A e com dois tipos de fones padrão, o TDH-39P e TDH-49P.
Foram avaliados dois sujeitos adultos portadores de DA profunda unilateral (anacusia no
ouvido direito), congênita ou adquirida na infância de etiologia desconhecida, sendo um do
gênero feminino com 25 anos e o outro do masculino com 36 anos. Os estímulos foram
cliques de 100µs, de polaridade rarefação, apresentados a uma taxa de 21,1 estímulo/s, com o
ganho do amplificador 100.000, o filtro de passa banda de 30 a 3000Hz, o tempo de análise de
12ms (incluindo a pré-estimulação de 1,2ms), com 512 pontos por sweep, o registro ipsilateral
(lóbulo do ouvido) e todas as respostas foram reproduzidas. O equipamento utilizado foi o
Nicolet CA-1000. Na pesquisa dos NMR dos PEATE, três avaliações foram realizadas com
cada tipo de fone. A primeira foi realizada com a apresentação do estímulo no ouvido normal,
com a intensidade do estímulo inicial de 60dBnNA, sendo diminuída em intervalos de 20dB,
até que nenhuma resposta reproduzível pudesse ser obtida e, então, a intensidade foi
aumentada em intervalos de 5dB, até que a resposta fosse novamente observada. A segunda
foi realizada com o estímulo apresentado no ouvido com DA profunda, com o ouvido normal
ocluído, mas não mascarado, sendo o estímulo inicialmente apresentado a 90dBnNA,
diminuído em intervalos de 10dB com exceção de próximo aos NMR, onde foram utilizados
incrementos de 5dB. Quando a resposta não estava presente em 90dBnNA, a intensidade era
aumentada em intervalos de 4dB até a saída máxima do equipamento (98dBnNA). Após a
determinação dos NMR, o ruído mascarante (ruído branco) foi apresentado ao ouvido normal
40
e dois PEATE adicionais foram pesquisados na intensidade do NMR. A terceira avaliação do
NMR foi realizada com estímulo apresentado no ouvido com DA e com o ouvido normal não
ocluído pelo fone. A AI para os PEATE foi definida pela diferença entre os NMR dos PEATE
para o ouvido normal e os NMR dos PEATE não mascarados para o ouvido com DA. As
médias dos NMR dos PEATE, no ouvido normal do indivíduo 1, foram 5dB com o TDH-39 ,
10dB com o fone TDH-49 e 15dB com o fone ER-3A e, no indivíduo 2, foram 10dB com o
fone TDH-39, 15dB com os fones TDH-49 e ER-3A. As médias da AI, na situação ocluída,
obtida por meio dos fones TDH-39, TDH-49 e ER-3A, no indivíduo 1, foram 70, 70 e 79dB e,
no indivíduo 2, foram 80, 75 e 83dB, respectivamente. Na situação não ocluída, foram 80, 75,
75 no indivíduo 1 e 80, 75 e maior que 83dB no indivíduo 2, respectivamente. Os autores
concluíram que, nos dois casos estudados, os fones ER-3A não eliminaram a necessidade de
mascaramento contralateral para o estímulo clique na avaliação dos PEATE e sugeriram que a
ausência de um aumento substancial na AI pode ser devido à alta freqüência de estimulação
do clique utilizado neste estudo, já que os fones ER-3A permitem maior isolamento entre os
ouvidos em regiões abaixo de 2000Hz.
Van Campen et al. (1992) analisaram o espectro de amplitude e as respostas temporais
dos fones TDH-39P, TDH-49P e ER-3A para o estímulo clique de 100µs com taxa de
apresentação de 21,1 estímulos/s, em 10 sujeitos ouvintes normais. As medidas acústicas do
estímulo foram realizadas pelo acoplamento do fone direito de cada transdutor ao ouvido de
um Knowles Electronic Mannikin for Acoustic Research (KEMAR). Os equipamentos
utilizados foram o Nicolet CA-1000 modelo 1007A, o medidor de amplificação da Bruel e
Kjaer 608 e o analisador de espectro da Hewlett Packard 3561A. Os autores observaram
maior ressonância acústica com os dois fones supra-aurais em intensidades do estímulo até
15dBnNA e maior energia nas freqüências baixas no espectro de freqüências do fone de
inserção.
41
Van Campen et al. (1992), antes do início da coleta dos PEATE, compararam os
limiares comportamentais para cliques de 100µs e taxa de apresentação de 21,1 estímulos/s
em 19 sujeitos ouvintes normais para a determinação do dBnNA. Foi utilizado um
procedimento ascendente com incrementos de 2 dB. Os sujeitos foram orientados a apertar o
botão de resposta durante o tempo que estivessem escutando o estímulo e a soltá-lo quando
deixasse de ouvi-lo. O equipamento utilizado foi o Nicolet CA-1000 modelo 1007A. A média
dos limiares comportamentais no gerador de estímulo foi 4,8 dB com o TDH 39 (DP 4,8 dB),
6,2 dB com o TDH 49 (DP 4,7dB) e 6,9 dB com o ER-3A (DP 5,5 dB). Apesar da diferença
entre os fones de inserção e fones supra-aurais TDH-39 ser significante, a diferença em dB
entre os valores médios foi relativamente pequena (2,1 dB) e, geralmente, é utilizado um
intervalo de no mínimo 5 dB para a testagem dos PEATE. Desta forma, o 5dB no indicador
do equipamento foi selecionado como o 0dBnNA para todos os tipos de fones utilizados neste
estudo.
Van Campen et al. (1992) compararam os resultados de latência, amplitude e NMR na
pesquisa dos PEATE por meio dos fones de inserção ER-3A com inserção profunda das
olivas e fones supra-aurais TDH-39P e TDH-49P em 10 sujeitos adultos ouvintes normais,
com faixa etária de 22 a 35 anos. O equipamento utilizado foi o Nicolet CA-1000 modelo
1007A e os estímulos foram cliques de 100µs apresentados a uma taxa de 21,1 estímulos/s, na
polaridade rarefação, com o ganho do amplificador de 100.000, o registro ipsilateral (lóbulo),
o filtro de passa banda de 30 a 3000 Hz, o tempo de análise de 12ms e com 512 pontos de
dados por sweep. Foram promediados 2.000 estímulos em intensidades até 40dBnNA,
enquanto que em intensidades superiores foram promediados 1.000 estímulos. Os estímulos
foram apresentados inicialmente a 80dBnNA, sendo diminuídos em intervalos de 20dB com
exceção de próximo ao NMR quando foram utilizados intervalos de 5dB. Os PEATE foram
registrados apenas no ouvido direito porém, os dois ouvidos dos sujeitos foram ocluídos com
42
os fones durante a avaliação. Os autores observaram que a média dos NMR dos PEATE com
os fones ER-3A foi maior em comparação aos fones supra-aurais, porém, esta diferença foi
significante apenas em comparação aos fones TDH-39 (cinco dos dez sujeitos) e não foi
observada diferença significante entre os fones supra-aurais. Os fones ER-3A apresentaram
latências (sem a correção) das ondas I, III e V significantemente maiores do que os fones
TDH e a diferença média entre os fones aumentou com a diminuição da intensidade do
estímulo. Após a subtração de 0,8ms nas latências absolutas obtidas por meio dos fones de
inserção (comprimento do tubo de 278mm), esses fones continuaram produzindo latências da
onda V significantemente maiores, em todos os sujeitos, em 60 e 40dBnNA comparado aos
fones TDH, todavia, não existiram diferenças significantes em 80dBnNA. Também não foram
encontradas diferenças significantes nas latências absolutas entre os fones TDH-39 e TDH-49
em todas as intensidades do estímulo. A latência interpico I-V foi estatisticamente equivalente
para os três fones em 80dBnNA. Não foram observadas diferenças significantes na média de
amplitude do pico ao vale da onda V entre os tipos de fones em 80, 60, e 40 dBnNA, mas em
80 dBnNA os fones ER-3A produziram amplitudes da onda I significativamente menores do
que os fones TDH. Como resultado das amplitudes menores da onda I, os fones ER-3A
também produziram uma razão de amplitude V/I maior em 80 dBnNA, contudo, não foi
estatisticamente significante. Os autores também verificaram que os fones de inserção
reduziram o artefato do estímulo, quando comparados aos fones supra-aurais.
No mesmo estudo, Van Campen et al. (1992) compararam os limiares
comportamentais e o nível de sensação (NS), ou seja, a diferença entre o NMR dos PEATE e
o limiar comportamental, entre os 3 tipos fones (TDH-39P, TDH-49P e ER-3A) para o
estímulo clique em cada um dos 10 sujeitos avaliados. Os autores não observaram diferenças
significantes entre nenhum dos níveis médios de sensação.
43
Sobhy; Gould (1993) realizaram um estudo que teve com objetivo confirmar os
achados anteriores obtidos por Van Campen; Sammeth; Peek (1990). A AI para o clique foi
avaliada na EchoG, que é uma avaliação com registro em campo próximo (near field) da
atividade coclear ipsilateral, por meio dos fones de inserção ER-3A. Participaram deste estudo
10 sujeitos ouvintes normais, sendo 9 do sexo feminino e 1 do sexo masculino com idade
entre 22 e 46 anos. O ouvido testado foi selecionado aleatoriamente. Os estímulos foram
cliques apresentados a uma taxa de 9 estímulos/s, na polaridade rarefação, com o filtro de
passa banda entre 10 a 1000Hz e foram promediados 2000 estímulos. Todos os registros
foram reproduzidos em cada nível de intensidade do estímulo. O eletrodo ativo constituiu-se
de uma oliva de espuma ER3-14B, introduzida profundamente no CAE e um fio de prata. O
eletrodo ativo foi conectado a um receptor ER-3A através de um tubo de 25cm, o qual
provocou um atraso de 0,8ms, e foi referenciado a mastóide ispilateral ao estímulo. O eletrodo
terra foi posicionado na fronte. O estímulo foi apresentado sob duas condições: ipsilateral e
contralateralmente ao ouvido de registro. Na condição ispsilateral, a intensidade inicial foi
90dBnNA, sendo diminuída em intervalos de 10dB e então aumentada 5dB até que o NMR
fosse alcançado. Um procedimento ascendente foi utilizado na condição contralateral para
evitar exposição a níveis fortes de estímulos indesejáveis o que poderia resultar em mudança
temporária no NMR. A AI foi calculada pela diferença em dB entre os NMR contralateral e
ipsilateral. A média dos NMR ipsilaterais foi 20dBnNA (DP 3,33nNA) e contralaterais foi
87,63dBnNA (DP 6,72nNA). Os valores para AI variaram de 55 a 76nNA e a AI média foi
68,88nNA (DP 7,57nNA) em oito dos 10 sujeitos. Nos demais, não foi possível a obtenção
dos NMR na saída máxima do equipamento (96dBnNA). Embora os resultados tenham sido
mais conservadores do que os obtidos no estudo anterior, os autores também concluíram que
para o estímulo clique os fones de inserção não parecem ser vantajosos, no mínimo para a AI.
Além disso, enfatizaram que o mascaramento no ouvido não testado é essencial quando se
44
utilizam intensidades superiores ou iguais a 70dBnNA e quando a latência absoluta da onda V
ou a diferença na latência interaural exceder o valor esperado em cerca de 1,40ms ou mais.
Galambos; Wilson (1994) compararam os NMR dos PEATE obtidos duas vezes em
cada ouvido avaliado, sendo uma por meio dos fones supra-aurais (TDH-39) e a outra por
meio dos fones de inserção (TM-3430-22 da Tracor Northern). Foram avaliados 31 ouvidos
de bebês recém-nascidos, com idade concepcional variando de 32 a 43 semanas, em um
berçário de tratamento intensivo e foram utilizados 3 equipamentos para a avaliação dos
PEATE: o Nicolet CA1000, o Cadwell 5200 e o Tracor Nomad 3400. Os estímulos foram
cliques de 100µs, com a apresentação monoaural, o registro ipsilateral, sendo promediados de
1000 a 2000 estímulos. Os autores consideraram como padrão de normalidade o NMR de
30dBnNA e foi subtraído 0,7ms das latências obtidas com os fones de inserção devido ao
atraso provocado pelo tubo desse fone. Dos 31 ouvidos avaliados, 15 apresentaram NMR
entre 5-20dBnNA, 10 entre 25-35dBnNA e 6 entre 40-50dBnNA. Quando os fones supra-
aurais foram utilizados, 20 ouvidos apresentaram respostas normais. Com os fones de
inserção, 23 ouvidos apresentaram respostas normais. Os autores encontraram NMR
significantemente menores obtidos por meio dos fones de inserção, porém esta diferença foi
de apenas 5 a 10dB. Os fones de inserção foram 5dB melhores em 3 ouvidos com NMR entre
25-35dBnNA e em 2 ouvidos com NMR entre 40-50dBnNA. Os fones de inserção foram
10dB melhores em 9 ouvidos com NMR entre 5-20dBnNA, em 2 ouvidos com NMR entre
25-35dBnNA e em 1 ouvido com NMR entre 40-50dBnNA. Os autores atribuíram esta
diferença a três possíveis causas: acoplamento inadequado entre os fones supra-aurais e os
pavilhões auriculares, colabamento do CAE com os fones supra-aurais e variabilidade na
avaliação sucessiva dos NMR.
De acordo com Hood (1998) quando os PEATE são obtidos com os fones de inserção
(ER-3A), ocorre um atraso de 0,9ms nas latências absolutas das ondas, menor amplitude da
45
onda I e melhor visualização das respostas cocleares (microfonismo coclear e potencial de
somação) em comparação aos fones supra-aurais (TDH-39). A autora justifica a ocorrência
disso pela maior inclusão de artefato de estímulo nas respostas obtidas com os fones supra-
aurais, onde há menos tempo de separação entre o estímulo e a resposta, ou seja, maior
isolamento do artefato do estímulo é obtido por meio dos fones de inserção.
46
3 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Distúrbios da Audição, Linguagem e
Visão (CEDALVI) do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da
Universidade de São Paulo (USP), campus Bauru e em uma clínica particular. Foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos sob o parecer nº127/2005-UEP-CEP
(Anexo A).
A coleta de dados foi iniciada em maio de 2005 e finalizada em outubro de 2005.
3.1 Seleção da casuística
Os participantes deste estudo foram voluntários selecionados com base nos seguintes
critérios:
-Quanto à idade: entre 18 e 35 anos.
-Quanto à sensibilidade auditiva: limiares auditivos na audiometria tonal menores ou
iguais a 20dBNA nas freqüências de 250 a 8000Hz nos ouvidos direito e esquerdo.
-Quanto à ausência de alterações de ouvido médio (OM): timpanograma normal (tipo
A) e presença de reflexos estapedianos contralaterais.
Os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B), após
leitura da Carta de Informação ao Sujeito da Pesquisa (Anexo C) e antes do início do
protocolo de avaliação.
47
O protocolo de avaliação constituiu-se nos seguintes procedimentos:
-Inspecão do CAE: para verificar a existência de corpo estranho e excesso de cerúmen, foi
utilizado o otoscópio da marca Heidji.
-Audiometria tonal limiar: realizada por meio do audiômetro AD-28 da Interacoustics com
fones supra-aurais TDH-39P da Telephonics em coxins MX-41/AR, em cabina acústica da
marca Vibrasom, com a finalidade de verificar se a audição dos sujeitos nos dois ouvidos
estava dentro dos padrões da normalidade (SILMAN; SILVERMAN, 1997). O método
descendente-ascendente foi utilizado para a obtenção dos limiares auditivos nas freqüências
de 250 a 8000Hz (CARHART; JERGER, 1959).
-Logoaudiometria: o limiar de recepção da fala (LRF) e o índice de reconhecimento da fala
(IRF) foram pesquisados por meio da voz da avaliadora em cabina acústica da marca
Vibrasom, utilizando o audiômetro AD-28 da Interacoustics e fones supra-aurais TDH-39P da
Telephonics em coxins MX-41/AR. O LRF foi determinado como a intensidade mínima na
qual cada sujeito repetia corretamente 50% das palavras (trissílabas) apresentadas e este
procedimento foi realizado com o intuito de confirmar a média dos limiares tonais nas
freqüências de 500 a 2000Hz. Para a pesquisa do IRF, foram utilizadas 2 listas de palavras
monossílabas foneticamente balanceadas, contendo 25 palavras cada, propostas por Lacerda
(1976), apresentadas a 30dBNS a partir da média dos limiares tonais nas freqüências de 500 a
2000Hz, sendo considerados normais os índices iguais ou superiores a 92% (JERGER;
SPEAKS; TRAMMELL, 1968).
-Medidas da imitância acústica: realizada por meio do imitaciômetro AZ-7 da Interacoustics
com sonda de 226Hz e o fone supra-aural TDH-39P da Telephonics em coxim MX-41/AR.
Este procedimento teve a finalidade de verificar a presença de alterações de ouvido médio na
timpanometria e a presença de reflexo acústico contralateral nas freqüências de 500 a 4000Hz
e ruído de banda larga (Wide Band). Foram consideradas alterações de OM presença de
48
curvas timpanométricas tipo B e C em cada ouvido avaliado associada à ausência de reflexos
estapedianos (JERGER, 1970).
Todos os 40 sujeitos, que se apresentaram voluntariamente para a participação deste
trabalho, se enquadravam nos critérios de inclusão. Desta forma, a casuística foi constituída
de 40 sujeitos, sendo 20 do gênero feminino e 20 do gênero masculino, com idade variando
entre 18 anos e 4 meses e 35 anos e 7 meses.
3.2 Procedimentos
3.2.1 Obtenção e registro dos PEATE
A pesquisa dos PEATE foi realizada por meio do equipamento Navigator Pro™ da
Bio-logic Systems Corporation, acoplado a um microcomputador (sistema operacional
Windows 98) (Figura 8) e a uma impressora Deskjet 695C da Hewlett Packard.
Para registro dos PEATE foram utilizados eletrodos (microporosos) de espuma
descartáveis da marca SKINTACT®, afixados com gel eletrolítico Lectron II da
Pharmaceutical Innovations Inc., após limpeza da pele com álcool e esfoliação com uma
solução levemente porosa da marca Nuprep.
49
Figura 8. Equipamentos para obtenção e registro dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico
O eletrodo ativo foi posicionado no alto da fronte (Fz), o eletrodo de referência na
mastóide do ouvido testado (A1 ou A2) e o eletrodo terra na mastóide contralateral (M1 ou
M2) (Figura 9). A impedância dos eletrodos não excedeu 5000ohms e a diferença da
impedância entre os eletrodos não foi maior que 2000ohms.
Figura 9. Posicionamento dos eletrodos
50
Durante todo o procedimento, os sujeitos permaneceram deitados confortavelmente
em uma maca posicionada dentro de uma sala com tratamento acústico.
Os estímulos foram apresentados em um dos dois tipos de fones: supra-aurais TDH-
39P da Telephonics e fones de inserção da Bio-logic Systems Corporation (Figuras 1 e 3).
O posicionamento dos fones foi realizado pela mesma avaliadora em todos os sujeitos.
Os fones supra-aurais acoplados aos coxins MX-41/AR foram posicionado pelo alinhamento
do centro do diafragma dos fones com a entrada do CAE. Os fones de inserção, acoplados às
olivas de espumas, foram inseridos profundamente de forma que a sua extremidade externa
ficasse ao nível da entrada do CAE. O tamanho das olivas foi selecionado de acordo com o
tamanho do CAE do sujeito (olivas de 10 ou 13mm de diâmetro).
A escolha dos fones e ouvidos a serem avaliados primeiramente foi aleatória e
balanceada, sendo avaliados os dois ouvidos com os dois tipos de fones.
Os PEATE foram pesquisados por estimulação monoaural, com o estímulo clique de
100µs, a taxa de apresentação de 21,1 estímulos/s, o registro ipsilateral, o ganho do
amplificador de 75.000, o filtro de passa banda de 100 a 3000Hz, com 256 pontos de dados e
o tempo de análise de 10ms. Foram promediados 1.000 estímulos e as ondas foram
reproduzidas uma vez em cada intensidade.
Foram pesquisadas as intensidade de 80, 60, 40 e 20dBnNA e, quando não era
observada uma resposta reproduzível em 20dBnNA, a intensidade era aumentada em
intervalos de 5dB até que ela fosse novamente observada.
O NMR obtido durante a pesquisa dos PEATE foi definido como a intensidade
mínima na qual a onda V era medida, ou em 20dBnNA, se a resposta estivesse presente nessa
intensidade.
51
De acordo com Hall III (1992); Hood (1998), quando os fones de inserção foram
utilizados, aplicou-se o fator de correção de 0,9ms nas latências absolutas das ondas para
compensar o atraso acústico provocado pelo tubo destes fones (280mm de comprimento).
A análise dos PEATE foi realizada sempre pelos mesmos dois avaliadores, sendo que
as respostas foram medidas apenas quando ambos estivessem de acordo.
3.2.2 Determinação da polaridade do estímulo
Os PEATE foram pesquisados nas polaridades condensação, rarefação e alternada em
10 sujeitos, sendo 5 do gênero feminino e 5 do gênero masculino, com idade variando entre
19 anos e 8 meses e 31 anos e 1 mês. Estes sujeitos foram incluídos posteriormente na
amostra deste estudo.
Para a seleção da polaridade do estímulo a ser utilizada na continuidade da coleta dos
dados, foi realizada a comparação entre as latências absolutas das ondas I, III, V na
intensidade de 80dBnNA e da onda V na intensidade de 20dBnNA; os NMR para os PEATE;
as amplitudes das ondas I, III, V na intensidade de 80dBnNA e da onda V em 40dBnNA; a
morfologia das ondas nos dois ouvidos com cada tipo de fone.
3.2.3 Análise dos registros dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais
52
As latências absolutas das ondas I, III e V foram analisadas na intensidade de
80dBnNA e da onda V nas intensidades de 60, 40 e 20dBnNA. Na intensidade de 80dBnNA,
estes dados foram utilizados para realizar medidas das latências interpicos nos intervalos I-III,
III-V e I-V. A diferença interaural entre as latências absolutas da onda V em 80dBnNA
também foi analisada. O NMR foi determinado na intensidade mínima em que a onda V foi
registrada e reproduzida.
As amplitudes da ondas I, III e V foram avaliadas na intensidade de 80dBnNA e a
amplitude da onda V também foi avaliada na intensidade de 40dBnNA.
A morfologia das ondas foi analisada nos dois ouvidos e com cada tipo de fone
Os sujeitos foram questionados quanto ao fone de preferência em relação ao conforto
durante o uso.
3.3 Análise estatística
Para a análise estatística foi utilizado o programa Statistic for Windows (versão 5.1) da
StatSoft Inc..
A estatística descritiva, média e desvio padrão, foi realizada para permitir a
comparação entre os fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos PEATE para todos os
aspectos avaliados.
Para verificar possíveis diferenças entre os fones de inserção e supra-aurais e as
polaridades do estímulo (condensação, rarefação e alternada), quanto às latências absolutas e
amplitudes das ondas dos PEATE, foi utilizada a análise da variância a dois critérios com
53
repetição (ANOVA). Quando necessário, a análise post hoc foi realizada com o teste de
Tukey para comparações individuais.
Para avaliar possíveis diferenças entre os fones de inserção e supra-aurais, quanto às
latências absolutas, interpicos, diferenças entre latências interaurais e amplitudes, foi
utilizado o teste paramétrico de Student (teste- t pareado).
Em todos os casos, o nível de rejeição para a hipótese da nulidade foi fixado em um
valor menor que 0,05 (5%). Níveis descritivos inferiores a este valor, foram considerados
significantes e foram assinalados com um asterisco (*) para caracterizá-los.
54
4 RESULTADOS
4.1 Determinação da polaridade do estímulo
É importante ressaltar que a média de tempo utilizado para a realização deste
procedimento, em cada sujeito, foi de 3 horas e 30 minutos já que se fez necessária a
realização da pesquisa dos PEATE em 12 situações diferentes (com os fones de inserção e
supra-aurais nas três polaridades do estímulo e nos dois ouvidos dos sujeitos). Desta forma,
foi realizada a escolha de uma das polaridades para dar continuidade à coleta dos dados
devido ao tempo despendido para esta avaliação ser inviável.
4.1.1 Níveis mínimos de respostas
Todos os dez sujeitos avaliados apresentaram NMR para os PEATE em 20dBnNA,
nas três polaridades pesquisadas, com os fones de inserção e supra-aurais nos ouvidos direito
e esquerdo.
55
4.1.2 Morfologia das ondas
A morfologia das ondas obtidas por meio dos dois tipos de fones, nos dois ouvidos, foi
semelhante (ondas facilmente reconhecidas) nas três polaridades avaliadas.
4.1.3 Latências absolutas das ondas
As médias e desvios padrões das latências absolutas das ondas I, III e V em 80dBnNA
e onda V em 20dBnNA nas polaridades alternada, condensação, rarefação com os fones de
inserção e supra-aural, no ouvido direito, são mostrados no gráfico 1.
Latências absolutas (OD)
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
I 80 III 80 V 80 V 20 I 80 III 80 V 80 V 20
ondas/intensidades (dBnNA)
latê
ncia
s (m
s)
alternada
condensação
rarefação
inserção supra-aural
Gráfico 1. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)
56
Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para
latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,51ms (DP 0,14 ms), 3,51ms (DP 0,15 ms),
5,55ms (DP 0,19 ms), respectivamente, nas três polaridades. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 7,56ms (DP 0,21ms) para a polaridade alternada e 7,55ms (DP
0,21ms) para as polaridades condensação e rarefação.
Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para
latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,55ms (DP 0,15ms), 3,54ms (DP 0,14ms),
5,59ms (DP 0,20ms), respectivamente, para as três polaridades. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 7,52ms (DP 0,22ms) também para as três polaridades.
As médias e desvios padrões das latências absolutas das ondas I, III e V em 80dBnNA
e onda V em 20dBnNA nas polaridades alternada, condensação e rarefação com os fones de
inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, são mostrados no gráfico 2.
Latências absolutas (OE)
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
I 80 III 80 V 80 V 20 I 80 III 80 V 80 V 20
ondas/intensidades (dBnNA)
latê
ncia
s (m
s)
alternada
condensação
rarefação
inserção supra-aural
Gráfico 2. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)
57
Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para
latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,39ms (DP 0,08ms), 3,61ms (DP 0,17ms),
5,45ms (DP 0,11ms) para a polaridade alternada; 1,40ms (DP 0,08ms) , 3,60ms (DP 0,16ms)
e 5,45ms (DP 0,11ms) para a polaridade condensação e 1,39ms (DP 0,08ms), 3,60ms (DP
0,16ms) e 5,44ms (DP 0,11ms) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA,
a média dos valores para a onda V foi 7,56ms (DP 0,22ms) nas três polaridades.
Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para
latências absolutas das ondas I, III e V foram 1,46ms (DP 0,11ms), 3,61ms (DP 0,14ms) e
5,49ms (DP 0,12ms) para a alternada; 1,46ms (DP 0,11ms), 3,62ms (DP 0,14ms), 5,51ms (DP
0,13ms) para a condensação e 1,46ms (DP 0,11ms), 3,63ms (DP 0,14ms), 5,50ms (DP
0,11ms) para a rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos valores para a onda
V foi 7,53ms (DP 0,21ms) nas três polaridades.
A análise da variância a dois critérios (fones e polaridades) com repetição (ANOVA)
não revelou diferença estatisticamente significante para valores de latências absolutas das
ondas tanto à direita quanto à esquerda. Não houve interação entre os efeitos.
4.1.4 Amplitudes das ondas
As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda
V em 40dBnNA nas polaridades alternada, condensação e rarefação com os fones de inserção
e supra-aural, no ouvido direito, são mostrados no gráfico 3.
58
Amplitudes (OD)
0,00
0,30
0,60
0,90
1,20
1,50
1,80
I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40
ondas/intensidades (dBnNA)
ampl
itude
s (µ
V)
alternada
condensação
rarefação
inserção supra-aural
Gráfico 3. Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido direito, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)
Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para
amplitudes das ondas I, III e V foram 0,27µv (DP 0,17µv), 0,45µv (DP 0,15µv), 0,76µv (DP
0,25µv) para a polaridade alternada; 0,18µv (DP 0,10µv), 0,21µv (DP 0,12µv), 0,40µv (DP
0,12µv) para a polaridade condensação e 0,14µv (DP 0,08µv) 0,28µv (DP 0,14µv) e 0,31µv
(DP 0,12µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 0,33µv (DP 0,11µv) para a polaridade alternada, 0,15µv (DP
0,09µv) para a condensação e 0,17µv (DP 0,07µv) para a rarefação.
Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para
amplitudes das ondas I, III e V foram 0,30µv (DP 0,14µv), 0,44µv (DP 0,17µv), 0,85µv (DP
0,31µv) para a polaridade alternada; 0,14µv (DP 0,15µv), 0,23µv (DP 0,07µv)e 0,44µv (DP
0,24µv) para a polaridade condensação e 0,17µv (DP 0,14µv), 0,27µv (DP 0,11µv) e 0,40µv
(DP 0,12µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 0,39µv (DP 0,19µv) para a alternada, 0,18µv (DP 0,10µv) para a
condensação e 0,30µv (DP 0,20µv) para a rarefação.
*
*
**
*
**
*
59
As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda
V em 40dBnNA nas polaridades condensação, rarefação e alternada com os fones de inserção
e supra-aurais, no ouvido esquerdo, são mostrados no gráfico 4.
Amplitudes (OE)
0,00
0,30
0,60
0,90
1,20
1,50
1,80
I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40
ondas/intensidades (dBnNA)
ampl
itude
s (µ
V)
alternadacondensação
rarefação
inserção supra-aural
Gráfico 4. Médias e desvios padrões dos valores de amplitudes das ondas obtidos com o fone de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, nas polaridades alternada, condensação e rarefação (n=10)
Com o fone de inserção em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para
amplitudes das ondas I, III e V foram 0,48µv (DP 0,14µv), 0,55µv (DP 0,22µv), 1,16µv (DP
0,47µv) para a polaridade alternada; 0,24µv (DP 0,08µv), 0,27µv (DP 0,15µv), 0,59µv (DP
0,30µv) para a polaridade condensação e 0,30µv (DP 0,17µv), 0,34µv (DP 0,09µv) e 0,59µv
(DP 0,25µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 0,42µv (DP 0,26µv) para a polaridade alternada, 0,24µv (DP
0,11µv) para a condensação e 0,24µv (DP 0,16µv) para a rarefação.
Com o fone supra-aural em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores para
amplitudes das ondas I, III e V foram 0,50µv (DP 0,30µv), 0,63µv (DP 0,36µv), 0,98µv (DP
0,34µv) para a polaridade alternada; 0,26µv (DP 0,13µv), 0,32µv (DP 0,21µv) e 0,40µv (DP
**
*
** *
*
*
60
0,18µv) para a polaridade condensação e 0,22µv (DP 0,10µv), 0,39µv (DP 0,21µv) e 0,51µv
(DP 0,20µv) para a polaridade rarefação, respectivamente. E em 20dBnNA, a média dos
valores para a onda V foi 0,58µv (DP 0,21µv) para a alternada, 0,25µv (DP 0,11µv) para a
condensação e 0,25µv (DP 0,09µv) para a rarefação.
A análise da variância (ANOVA) a dois critérios (fones e polaridades) com repetição
revelou diferença estatisticamente significante (p<0,05) para valores de amplitudes das ondas
tanto à direita quanto à esquerda. Não houve interação entre os efeitos. Os valores das análises
são mostrados nas tabelas 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13 e 15.
A análise post hoc , realizada com o teste de Tukey para comparações individuais, não
revelou diferença estatisticamente significante entre as polaridades condensação e rarefação.
Porém, mostrou que as médias dos valores de amplitude foram significantemente maiores
(p<0,05) com a polaridade alternada do que com as demais polaridades (condensação e
rarefação). Os valores das análises são mostrados nas tabelas 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16.
Tabela 1- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,000167 18 0,029524 0,005645 0,9409369
Polaridades* 2 0,109805 36 0,013141 8,355721 0,0010451*
Interação 2 0,7752 36 0,13141 0,589871 0,5596679
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 2- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,004003* 0,002664*
Condensação 0,987483
Rarefação 0,987483
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
61
Tabela 3- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,000135 18 0,011724 0,011515 0,9157318
Polaridades* 2 0,280712 36 0,019581 14,33584 0,0000263*
Interação 2 0,000995 36 0,019581 0,050814 0,9505232
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 4- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000152* 0,001185*
Condensação 0,462276
Rarefação 0,462276
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 5- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,076327 18 0,060208 1,267713 0,2749846
Polaridades* 2 1,173702 36 0,34339 34,18014 0,0000000*
Interação 2 0,003702 36 0,034339 0,107799 0,8980970
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 6- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000128* 0,000127*
Condensação 0,469105
Rarefação 0,469105
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
62
Tabela 7- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OD GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,079935 18 0,03047 2,623416 0,1226847
Polaridades* 2 0,194807 36 0,012759 15,26787 0,000016*
Interação 2 0,01406 36 0,012759 1,101945 0,3431694
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 8- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OD Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000135* 0,003904*
Condensação 0,129931
Rarefação 0,129931
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 9- Análise da variância (ANOVA) para a onda I em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,004682 18 0,031139 0,150345 0,7027
Polaridades* 2 0,381127 36 0,026714 14,26669 0,0000274*
Interação 2 0,017047 36 0,026714 0,638107 0,5341617
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 10- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda I em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000224* 0,000285*
Condensação 0,98697
Rarefação 0,98697
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
63
Tabela 11- Análise da variância (ANOVA) para a onda III em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,048167 18 0,063993 0,752687 0,3970460
Polaridades* 2 0,469805 36 0,0411437 11,33785 0,0001518*
Interação 2 0,001032 36 0,0411437 0,024897 0,9754269
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 12- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda III em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000282* 0,00374*
Condensação 0,5421187
Rarefação 0,5421187
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 13- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 80dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,334507 18 0,158986 2,103997 0,1641181
Polaridades* 2 2,040687 36 0,061914 32,95998 0,0000000*
Interação 2 0,021527 36 0,061914 0,347686 0,7086660
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 14- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 80dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000127* 0,000127*
Condensação 0,794685
Rarefação 0,794685
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
64
Tabela 15- Análise da variância (ANOVA) para a onda V em 40dBnNA no OE GL efeito QM efeito GL erro QM erro F p
Fones 1 0,048735 18 0,054461 0,894862 0,3566900
Polaridades* 2 0,444682 36 0,01526 29,13964 0,0000000*
Interação 2 0,038265 36 0,01526 2,507475 0,0956061
Legenda: GL: grau de liberdade QM: quadrado médio *p< 0,05: estatisticamente significante
Tabela 16- Teste de Tukey para comparações entre as polaridades para a onda V em 40dBnNA no OE Polaridades Alternada Condensação Rarefação
Alternada* 0,000128* 0,000127*
Condensação 0,995665
Rarefação 0,995665
Legenda: *p< 0,05: estatisticamente significante
Apesar da diferença significante observada na comparação entre a polaridade alternada
com as demais para valores de amplitude, optou-se por selecionar a polaridade rarefação para
a análise dos PEATE obtidos com os dois tipos de fones, devido às desvantagens
anteriormente citadas (HOOD, 1998) em relação à polaridade alternada e por não haver
diferença significante entre as polaridades condensação e rarefação.
65
4.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais
4.2.1 Níveis mínimos de respostas
Todos os sujeitos apresentaram NMR para os PEATE em 20dBnNA, com os fones de
inserção e supra-aurais nos ouvidos direito e esquerdo.
4.2.2 Morfologia das ondas
A morfologia das ondas obtidas por meio dos dois tipos de fones foi semelhante
(ondas facilmente reconhecidas) nos dois ouvidos.
4.2.3 Latências absolutas das ondas
As médias e desvios padrões das latências absolutas para as ondas I, III e V em
80dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo, são
mostrados no gráfico 5.
66
Latências absolutas em 80dBnNA
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
I III V I III V
ondas
latê
ncia
s (m
s)
inserção
supra-aural
OD OE
Gráfico 5. Médias e desvios padrões dos valores de latências absolutas das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)
Em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores das latências absolutas com o
fone de inserção e supra-aural para a onda I foram 1,52ms (DP 0,12ms) e 1,59ms (DP
0,13ms), para a onda III foram 3,50ms (DP 0,16ms) e 3,53ms (DP 0,13ms)e para a onda V
foram 5,53ms (DP 0,16ms) e 5,60ms (DP 0,15ms), respectivamente. E para a onda V em
60dBnNA foram 5,88ms (DP 0,17ms) e 5,92ms (DP 0,20ms); em 40dBnNA foram 6,65ms
(DP 0,27ms) e 6,63ms (DP 0,28ms) e em 20dBnNA foram 7,67ms (DP 0,24ms) e 7,65ms (DP
0,31ms), respectivamente.
Em 80dBnNA no ouvido esquerdo, as médias dos valores das latências absolutas das
ondas com os fones de inserção e supra-aural para a onda I foram 1,42ms (DP 0,08ms) e
1,49ms (DP 0,09ms), para a onda III foram 3,56ms (DP 0,13ms) e 3,61ms (DP 0,12ms) e para
a onda V foram 5,44ms (DP 0,13ms) e 5,50ms (DP 0,12ms), respectivamente. E para a onda
V em 60dBnNA foram 5,79ms (DP 0,17ms) e 5,83ms (DP 0,18ms); em 40dBnNA foram
*
*
*
*
*
*
67
6,63ms (DP 0,24ms) e 6,61ms (DP 0,25ms) e em 20dBnNA foram 7,65ms (DP 0,26ms) e
7,63ms (DP 0,28ms), respectivamente.
As médias e desvios padrões das latências absolutas para a onda V em 80dBnNA,
60dBnNA, 40dBnNA e 20dBnNA (função latência intensidade) com os fones de inserção e
supra-aurais, no ouvido direito e esquerdo, são mostrados nos gráficos 6 e 7, respectivamente.
Função latência-intensidade OD
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
80 60 40 20 80 60 40 20
intensidades (dBnNA)
latê
ncia
s (m
s)
dp+1dp-1média
supra-auralinserção
Gráfico 6. Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)
*
*
*
*
68
Função latência-intensidade OE
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
80 60 40 20 80 60 40 20
intensidades (dBnNA)
latê
ncia
s (m
s)
dp+1dp-1média
inserção supra-aural
Gráfico 7. Médias e desvios padrões para valores de latência em função da intensidade (onda V) obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)
Para valores de latências absolutas das ondas, o teste- t pareado revelou a existência de
diferença significante (p<0,05) entre os fones para as ondas I, III e V em 80dBnNA e para a
onda V em 60dBnNA, nos ouvidos direito e esquerdo. Os fones de inserção apresentaram
latências absolutas dessas ondas significantemente menores em comparação aos fones de
supra-aurais.
4.2.4 Latências interpicos
As médias e desvios padrões dos valores de latências interpicos I-III, III-V e I-V em
80dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, no ouvido direito e esquerdo, são
mostrados no gráfico 8.
* *
* *
69
Latências interpicos em 80dBnNA
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
I-III III-V I-V I-III III-V I-Vinterpicos
latê
ncia
s (m
s)
inserção
supra-aural
OD OE
Gráfico 8. Médias e desvios padrões para valores de latências interpicos obtidos com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo (n=40)
No ouvido direito, as médias dos valores para latências interpicos com os fones de
inserção e supra-aural para o interpico I-III foram 1,98ms (DP 0,11ms) e 1,94ms (DP
0,10ms), para o interpico III-V foram 2,03ms (DP 0,13ms) e 2,07ms (DP 0,10ms) e para o
interpico I-V foram 4,01ms (DP 0,10ms) e 4,01ms (DP 0,07ms), respectivamente.
No ouvido esquerdo, as médias dos valores para latências interpicos com os fones de
inserção e supra-aural para o interpico I-III foram 2,15ms (DP 0,11ms) e 2,12ms (DP
0,12ms), para o interpico III-V foram 1,87ms (DP 0,12ms) e 1,89ms (DP 0,09ms) e para o
interpico I-V foram 4,02ms (DP 0,10ms) e 4,02ms (DP 0,08ms), respectivamente.
Para valores de latências interpicos, o teste- t pareado revelou a existência de diferença
significante (p<0,05) entre os fones para o interpico I-III apenas no ouvido direito. Os fones
de inserção apresentaram valores maiores em comparação aos fones supra-aurais.
*
70
4.2.5 Diferenças entre latências interaurais
As médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latência
absoluta da onda V em 80dBnNA, com os fones de inserção e supra-aurais, são mostrados no
gráfico 9.
Diferenças interaurais em 80dBnNA (onda V)
0
0,1
0,2
0,3
fones
(ms)inserção
supra-aurais
Gráfico 9. Médias e desvios padrões das diferenças interaurais para valores de latências absolutas da onda V obtidos com os fones de inserção e supra-aurais (n=40)
A média dos valores de diferença interaural entre as latências absolutas da onda V foi
0,12ms (DP 0,09ms) com os fones de inserção e 0,11ms (DP 0,10ms) com os fones supra-
aurais.
Para valores de diferenças interaurais das latências absolutas da onda V, o teste- t
pareado não revelou a existência de diferença significante (p<0,05) entre os fones.
71
4.2.6 Amplitudes das ondas
As médias e desvios padrões das amplitudes das ondas I, III e V em 80dBnNA e onda
V em 40dBnNA com os fones de inserção e supra-aurais, nos ouvidos direito e esquerdo, são
mostrados nos gráficos 10 e 11, respectivamente.
Amplitudes OD
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40
ondas/intensidades (dBnNA)
ampl
itude
s (µ
v)
dp+1
dp-1
media
inserção supra-aural
Gráfico 10. Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido direito (n=40)
* *
72
Amplitudes OE
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
I 80 III 80 V 80 V 40 I 80 III 80 V 80 V 40
ondas/intensidades (dBnNA)
ampl
itude
s (µ
v) dp+1
dp-1
media
supra-auralinserção
Gráfico 11. Médias e desvios padrões para valores de amplitudes das ondas obtidos com os fones de inserção e supra-aural no ouvido esquerdo (n=40)
Em 80dBnNA no ouvido direito, as médias dos valores para amplitudes com os fones
de inserção e supra-aural para a onda I foram 0,13µv (DP 0,07µv) e 0,14µv (DP 0,10µv); para
a onda III foram 0,27µv (DP 0,14µv) e 0,30µv (DP 0,13µv) e para a onda V foram 0,38µv
(0,18µv) e 0,42µv (DP 0,15µv), respectivamente. Em 40dBnNA foram 0,17µv (DP 0,10µv) e
0,22µv (DP 0,11µv), respectivamente.
No ouvido esquerdo, em 80dBnNA, as médias dos valores para amplitudes com os
fones de inserção e supra-aural para a onda I foram 0,26µv (DP 0,14µv) e 0,23µv (DP
0,12µv); para a onda III foram 0,35µv (DP 0,15µv) e 0,34µv (DP 0,17µv) e para a onda V
foram 0,56µv (DP 0,23µv) e 0,51µv (DP 0,17µv), respectivamente. Em 40dBnNA foram
0,23µv (DP 0,14µv) e 0,28µv (DP 0,14µv), respectivamente.
Para valores de amplitudes das ondas, o teste- t pareado revelou a existência de
diferença significante (p<0,05) entre os fones para a onda V em 40dBnNA nos ouvidos direito
* *
73
e esquerdo. Os fones de inserção apresentaram amplitudes dessa onda significantemente
menores em comparação aos fones supra-aurais.
4.2.7 Conforto
Com relação ao conforto, todos os sujeitos preferiram os fones de inserção aos supra-
aurais, devido à pressão exercida pelos coxins dos fones supra-aurais.
74
5 DISCUSSÃO
5.1 Determinação da polaridade do estímulo
5.1.1 Níveis mínimos de respostas
Todos os sujeitos avaliados neste estudo apresentaram NMR na intensidade mínima
pesquisada de 20dBnNA, ou seja, não houve diferença entre os NMR obtidos nas polaridades
condensação, rarefação e alternada com os fones de inserção e supra-aurais.
Os estudos pesquisados não avaliaram as diferenças entre as polaridades no que se
refere aos NMR.
5.1.2 Morfologia das ondas
A morfologia das ondas dos PEATE foram semelhantes nas três polaridades do
estímulo obtidas com os fones de inserção e supra-aurais. Estes achados estão em
concordância com o estudo de Fowler; Bauch; Olsen (2002), onde os resultados dos PEATE
obtidos nas polaridades condensação e rarefação foram semelhantes, porém a polaridade
alternada não foi avaliada.
75
5.1.3 Latências absolutas das ondas
A análise estatística revelou que não houve diferença significante para valores de
latências absolutas das ondas entre as polaridades alternada, condensação e rarefação nos dois
ouvidos com os fones de inserção e supra-aurais. Estes achados estão em concordância com
os estudos de Meira (2002), onde também não foram encontradas diferenças significantes
entre as três polaridades do estímulo para valores de latências absolutas das ondas I, III e V e
Fowler; Bauch; Olsen (2002), no qual foram avaliados os PEATE tanto sujeitos com
schwannoma vestíbulo-coclear unilateral como sujeitos ouvintes normais nas polaridades
condensação e rarefação, porém a polaridade alternada não foi avaliada.
Embora Stockard et al. (1979) tenham encontrado valores maiores de latência absoluta
da onda I em resposta a estímulos de polaridade condensação em relação à rarefação, tais
achados não foram observados no presente estudo. As diferenças entre o estudo de Stockard et
al. (1979) e o presente estudo são esperadas, já que de acordo com Hall III (1992) não há
consenso sobre quais componentes dos PEATE são mais afetados ou mais consistentemente
afetados pela polaridade do estímulo.
5.1.4 Amplitudes das ondas
A análise dos gráficos 3 e 4 mostrou valores maiores de amplitudes de todas as ondas
obtidos com a polaridade alternada em comparação à condensação e rarefação, sendo esta
diferença estatisticamente significante. As barras de desvio padrão indicam que houve
76
variação da amplitude entre os sujeitos, sendo esta maior para a polaridade alternada do que
para a condensação e rarefação, principalmente para a onda V em 80dBnNA.
Embora Stockard et al. (1979) tenham encontrado valores de amplitudes menores da
onda I e maiores da onda V em resposta a estímulos de polaridade condensação em relação à
rarefação, tais achados não foram observados no presente estudo. As diferenças entre o estudo
de Stockard et al. (1979) e o presente estudo também são esperadas, já que de acordo com
Hall III (1992) não há consenso sobre quais componentes dos PEATE são mais afetados ou
mais consistentemente afetados pela polaridade do estímulo.
77
5.2 Resultados dos PEATE obtidos com os fones de inserção e supra-aurais
5.2.1 Níveis mínimos de respostas
Todos os sujeitos avaliados neste estudo apresentaram NMR na intensidade mínima
pesquisada de 20dBnNA, ou seja, não houve diferença entre os NMR obtidos com os fones de
inserção e supra-aurais. Hood; Morehouse (1985) também não encontraram diferenças
estatisticamente significantes entre os fones de inserção e supra-aurais para limiares
comportamentais com o estímulo clique, porém, não avaliaram NMR para os PEATE.
Os achados do presente estudo não corroboram os resultados dos estudos de Van
Campen; Sammeth; Peek (1990); Van Campen et al. (1992), onde foram encontrados NMR
significantemente maiores, obtidos com os fones de inserção, em comparação aos fones
supra-aurais e com o estudo de Galambos; Wilson (1994) no qual foram encontrados NMR
significantemente menores (de 5 a 10dBnNA), obtidos com os fones de inserção em
comparação aos fones supra-aurais.
A diferença entre os achados de Galambos; Wilson (1994) e o presente estudo pode
ser justificada pelas diferentes populações avaliadas, sendo que no presente estudo foram
avaliados sujeitos adultos e no estudo desses autores foram avaliados apenas bebês. De fato,
Galambos; Wilson (1994) sugeriram que as diferenças encontradas entre os fones podem ter
ocorrido em função do colabamento do CAE nos PEATE obtidos com os fones supra-aurais,
comum em bebês.
Acredita-se ainda que a diferença entre os achados do presente estudo e os estudos de
Van Campen; Sammeth; Peek (1990); Van Campen et al. (1992) pode ter ocorrido em função
78
dos NMR terem sido pesquisados em intensidades inferiores a 20dBnNA, utilizada no
presente estudo.
5.2.2 Morfologia da ondas dos PEATE
A morfologia das ondas dos PEATE foram semelhantes com os fones de inserção e
supra-aurais. Este achado também foi observado por Hood; Morehouse (1985).
5.2.3 Latências absolutas das ondas
Para os dois tipos de fones, as barras de desvio padrão indicam que houve maior
variação da latência absoluta da onda V em 40 e 20dBnNA entre os sujeitos, tanto no ouvido
direito (gráfico 6) quanto no ouvido esquerdo (gráfico 7), em comparação às demais
intensidades.
A comparação entre os fones de inserção e supra-aurais tanto no ouvido direito quanto
no ouvido esquerdo mostrou que, nas intensidades de 80 e 60dBnNA, os valores de latências
absolutas de todas as ondas foram menores com os fones de inserção do que com os fones
supra-aurais. Esta diferença foi estatisticamente significante. Yang; Henrickson (1988 apud
Van Campen et al., 1992, p. 316) também encontraram latências absolutas das ondas I, III e V
em todas as intensidades avaliadas significantemente menores com os fones de inserção.
79
Pode ser verificado que, nos dois ouvidos, os valores de latência absoluta da onda V
em 40 e 20dBnNA foram levemente maiores com os fones de inserção em comparação aos
supra-aurais, no entanto, esta diferença não foi estatisticamente significante. Van Campen et
al. (1992) encontraram em seu estudo latências da onda V em 60 e 40dBnNA
significantemente maiores com os fones de inserção comparados aos supra-aurais, porém, o
fator de correção utilizado nas latências das ondas quando os fones de inserção foram
utilizados foi de 0,8ms, diferente do utilizado no presente estudo (0,9ms).
5.2.4 Latências interpicos
Para o ouvido esquerdo, a comparação das latências interpicos nos intervalos I-III, III-
V e I-V entre os fones de inserção e supra-aurais mostrou que não houve diferença
estatisticamente significante entre os fones. Estes achados estão em concordância com os
estudos de Hood; Morehouse (1985); Van Campen et al. (1992), onde também não foram
encontradas diferenças significantes nas latências interpicos entre os dois tipos de fones.
Para o ouvido direito, a comparação das latências interpicos nos intervalos III-V e I-V
entre os fones de inserção e supra-aurais mostrou que não houve diferença estatisticamente
significante entre os fones. Porém, para o intervalo I-III, os valores das latências interpicos
obtidos com os fones de inserção foram, em média, 0,04ms maiores do que os encontrados
com os fones supra-aurais. Esta diferença foi estatisticamente significante. É importante
ressaltar que, apesar de significante, a diferença entre as médias para o intervalo I-III, obtidos
com os dois tipos de fones, é de apenas 0,04ms, o que na prática não tem implicações clínicas.
80
Embora Yang; Henrickson (1988 apud Van Campen et al., 1992, p. 316) tenham
encontrado valores de latências interpicos I-V significantemente menores com os fones de
inserção, em 60dBnNA, tal achado não foi observado no presente estudo. Esta diferença pode
ter ocorrido em função do número e/ou característica da amostra e devido ao fato das latências
interpicos, no presente estudo, terem sido avaliadas na intensidade de 80dBnNA.
5.2.5 Diferenças entre latências interaurais
A análise do gráfico 9 mostra que, tanto para os fones de inserção como para os supra-
aurais, houve variação dos valores de diferenças interaurais entre os sujeitos, como pode ser
visto pelas barras de desvio padrão.
As diferenças interaurais entre as latências da onda V foram, em média, 0,12ms com
os fones de inserção e 0,11ms com os fones supra-aurais. A análise estatística não revelou
diferença significante entre os fones. Estes achados estão em concordância com o estudo de
Gorga; Kaminski; Beauchaine (1988), os quais encontraram diferenças interaurais pequenas
(0,02ms), obtidas com os fones de inserção e sugeriram que a diferença interaural normal não
deve exceder 0,35ms.
81
5.2.6 Amplitudes das ondas
A análise dos gráficos 10 e 11 mostra que, tanto para os fones de inserção como para
os fones supra-aurais, houve variação da amplitude das ondas entre os sujeitos, sendo esta
maior para a onda V em 80dBnNA com o fone de inserção nos dois ouvidos.
Pela comparação dos dados obtidos entre os fones de inserção e os supra-aurais,
verificou-se que as amplitudes da onda V na intensidade de 40dBnNA foram
significantemente menores com os fones de inserção nos ouvidos direito e esquerdo. Não
foram observadas diferenças significantes entre os fones para as demais ondas e intensidades
do estímulo.
Hood; Morehouse (1985); Van Campen et al. (1992) encontraram em seus estudos
amplitudes da onda I menores com os fones de inserção em 80dBnNA. Este achado não foi
encontrado no presente estudo. Esta diferença pode ter ocorrido devido a características
específicas das populações avaliadas, devido ao número da amostra (maior no presente
estudo) ou ainda a tendências de variação das amplitudes observadas entre os sujeitos com os
dois tipos de fones.
Para o ouvido direito, os valores de amplitudes de todas as ondas foram menores com
os fones de inserção do que com os supra-aurais na intensidade de 80dBnNA, contudo, esta
diferença não foi estatisticamente significante. Para o ouvido esquerdo, os valores de
amplitude de todas as ondas foram levemente maiores com os fones de inserção do que com
os supra-aurais na intensidade de 80dBnNA, porém, esta diferença também não foi
estatisticamente significante.
82
5.2.7 Conforto
No presente estudo, todos os sujeitos avaliados preferiram os fones de inserção aos
supra-aurais no que se refere ao conforto durante o uso. Esses achados estão em concordância
com os estudos de Borton et al. (1989); Clark; Roeser (1988) nos quais os fones de inserção
foram bem aceitos e preferidos em relação aos supra-aurais tanto em crianças como em
adultos. Hall III (1992) também descreveu o conforto como uma das vantagens clínicas dos
fones de inserção sobre os supra-aurais.
83
6 CONCLUSÃO
-Os fones de inserção permitiram a determinação dos NMR de forma tão confiável
quanto os fones supra-aurais.
-A morfologia das ondas dos PEATE foi semelhante, permitindo ondas facilmente
reconhecidas, tanto com os fones supra-aurais como com os fones de inserção.
-Os fones de inserção apresentaram latências absolutas das ondas I, III e V na
intensidade de 80dBnNA e da onda V na intensidade de 60dBnNA significantemente menores
do que os fones supra-aurais.
-As latências interpicos I-III, apenas no ouvido direito, foram significantemente
maiores com os fones de inserção do que com os fones supra-aurais, porém, esta diferença
apesar de significante foi pequena (0,04ms), o que na prática não tem implicações clínicas.
-As diferenças entre as latências interaurais foram semelhantes com os dois tipos de
fones. Não houve diferença estatisticamente significante entre os fones de inserção e os supra-
aurais e os valores médios ficaram dentro da faixa de normalidade.
-As amplitudes da onda V, na intensidade de 40dB, foram significantemente menores
com os fones de inserção do que com os fones supra-aurais. Houve uma tendência a maior
facilidade no reconhecimento das ondas em intensidades próximas aos NMR com os fones
supra-aurais.
-Os fones de inserção foram considerados, pelos sujeitos deste estudo, mais
confortáveis durante o uso do que os supra-aurais. Isto pode ser útil quando são necessárias
sessões de avaliação longas.
-Embora tenham sido encontradas diferenças entre os fones, os resultados deste estudo
indicam que os fones de inserção são adequados à pesquisa dos PEATE.
84
REFERÊNCIAS*
ARLINGER, S.D. Normal hearing thresholds levels in the low-frequency range determined by an insert earphone. The Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v. 90, n. 5, p. 2411-2414, Nov. 1991. BEAUCHAINE, K.A.; KAMINSKI, J.R.; GORGA, M.P. Comparison of Beyer DT48 and Etymotic insert earphones: auditory brain stem response measurements. Ear and Hearing, Baltimore, v. 8, n. 5, p. 293-297, Oct. 1987. BERGER, E.H.; KILLION, M.C. Comparison of the noise attenuation of three audiometric earphones, with additional data on masking near threshold. The Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v. 86, n. 4, p.1392-1403, Oct. 1989.
BORTON, T.E. et al. Clinical applicability of insert earphones for audiometry. Audiology, New York, v. 28, n. 2, p.61-70, 1989. CARHART, R.; JERGER, J.F. Preferred method for clinical determination of pure-tone burst thresholds. The Journal of Speech and Hearing Disorders, Danville, v. 24, p 330-345, 1959. CLARK, J.L.; ROESER, R.J. Three studies comparing performance of the ER-3A tubephone with the TDH-50P earphone. Ear and Hearing, Baltimore, v.9, n. 5, p. 268-274, Oct. 1988.
CLEMIS, J.D.; BALLAD, W.J.; KILLION, M.C. Clinical use of an insert earphone. The Annals of Otology, Rhinology, and Laryngology, St Louis, v.95, p.520-524, Sept./Oct. 1986. COOPER JUNIOR, W.A.; PARKER, D.J. Stimulus artefact reduction systems for the TDH-49 headphone in the recording of auditory evoked potentials. Ear and Hearing, Baltimore, v. 2, n. 6, p. 283-293, Nov./Dec. 1981. *De acordo com: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
85
COSTA FILHO, O.A., CELANI A.C. Audiometria de respostas elétricas do tronco cerebral. Folha Médica, v. 107, n. 1, p. 43-48, jul. 1993. DAY, J. et al. Evidence on the efficacy of insert earphone and sound field VRA with young infants. British Journal of Audiology, London, v. 34, n. 6, p. 329-334, Dec. 2000. DEAN, M.S; MARTIN, F.N. Insert earphone depth and occlusion effect. American Journal of Audiology, Rockville, v. 9, n. 2, p. 131-134, Dec. 2000.
FOWLER, C.G.; BAUCH, C.D.; OLSEN, W. O. Diagnostic implications of stimulus polarity effects on the auditory brainstem response. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 13, n. 2, p. 72-82, Feb. 2002. FOWLER, C.G.; NOFFSINGER, D. Effects of stimulus repetition rate and frequency on the auditory brainstem response in normal, cochlear-impaired, and VIII nerve/brainstem-impaired subjects. Journal of Speech and Hearing Research, Washington, v. 26, n.4, p. 560-567, Dec. 1983. FRANK, T.; VAVREK, M.J. Reference threshold levels for an ER-3A insert earphone. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 3, n. 1, p.51-59, Jan. 1992.
FRANK, T.; WILLIAMS, D.L. Effects of background noise on earphone thresholds. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 4, n. 3, p. 201-212, May 1993.
FRANK, T.; WRIGHT, D.C. Attenuation provided by four different audiometric earphone systems. Ear and Hearing, Baltimore, v. 11, n. 1, p.70-78, Feb. 1990. GALAMBOS, R.; WILSON, M. Newborn hearing thresholds measured by both insert and earphone methods. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 5, n. 2, p. 141-145, Mar. 1994.
GIL, D.; BORGES, A.C.L.C. Fones de inserção: um estudo em indivíduos audiologicamente normais. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, São Paulo, v. 67 ,n. 4 ,p. 480-487, jul./ago. 2001.
GORDON, J.S. et al. Evaluation of insert earphones for high-frequency bedside ototoxicity monitoring. Journal of Rehabilitation Research & Development, Washington, v. 42, n. 3, p. 353-362, May/June 2005.
86
GORGA, M. P.; KAMINSKI, J. R.; BEAUCHAINE, K. A. Auditory brain stem responses from graduates of an intensive nursery using an insert earphone. Ear and Hearing, Baltimore, v. 9, n. 3, p. 144-47 , June 1988.
GORGA, M.P. et al. Auditory brainstem responses from graduates of an intensive care nursery: normal patterns of response. Journal of Speech and Hearing Research, Washington, v. 30, n. 3, p. 311-318, Sept.1987.
HALL III, J. W. Handbook of auditory evoked responses. Needham Heights: Allyn Bacon, 1992. 871p. HALL III, J.W.; MULLER III, H.G. Audiologists’ desk reference. San Diego: Singular, 1997. 865p. HAYES, D. Testing time occlusion effects, and required masking for insert earphones versus supra-aural headphones. The Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v. 106, n. 4, p. 2209, Oct. 1999. HOOD, L. J. Clinical applications of the auditory brainstem response. San Diego: Singular, 1998. 285p.
HOOD, L. J.; MOREHOUSE, C. R. Clinical application of insert earphones in auditory brainstem response testing. In: AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION CONVENTION, 27., 1985,Washington. Proceedings… Washington, 1985. p. 74. HOSFORD-DUNN, H. et al. Solving audiometric dilemmas with an insert masker. Archives of Otolaryngology-Head & Neck Surgery, Chicago, v. 112, n. 1, p. 92-95, Jan. 1986. JARAVAN, V.; NANDI, R.; CALDICOTT, B. An innovation in insert visual reinforcement audiometry in children. The Journal of Laryngology and Otology, London, v. 119, n. 2, p. 132-133, Feb. 2005. JASPER, H.H. The ten-twenty electrode system of the International Federation. Eletroencephalography and Clinical Neurophysiology, Amsterdam, v. 10, p. 371-375, mês. 1958. JERGER, J. Clinical experience with impedance audiometry. Archives of Otolaryngology, Chicago, v. 92, n.4, p. 311-324, Oct. 1970.
87
JERGER, J; SPEAKS, C.; TRAMMELL, J. A new approach to speech audiometry. The Journal of Speech and Hearing Disorders, Danville, v. 33, n. 4, p. 318-328, Nov. 1968. JEWETT, D.L., WILLISTON, J.S. Auditory evoked far fields averaged from the scalp of humans. Brain: a journal of neurology, London, v.94, n. 4, p. 681-696, 1971. KILLION , M.C. A new insert earphone for audiometry. Hearing Instruments, Duluth, v. 35, n. 7, p. 28-29, 1984. KILLION, M.C.; WILBER, L.A.; GUDMUNDSEN, M.A. Insert earphones for more interaural attenuation. Hearing Instruments, Duluth, v. 36, n.2, p. 34-36, 1985. LACERDA, A.P. Logoaudiometria. In: ______. Audiologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1976. p. 60-75. LANDRY, J.A.; GREEN, W.B. Pure-tone audiometric threshold test-retest variability in young and elderly adults. Journal of Speech-Language Pathology and Audiology, v. 23, n. 2, p.74-80, June 1999.
LARSON, V.D. et al. Reference threshold sound-pressure levels for the TDH-50 and ER-3A earphones. The Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v. 84, n. 1, p. 46-51, July 1988. LINDGREN, F. A comparison of the variability in thresholds measured with insert and conventional supra-aural earphones. Scandinavian Audiology, Copenhagen, v. 19, n. 1, p. 19-23, 1990. MARTIN, F. N.; SEVERANCE, G. K.; THIBODEAU, L. Insert earphones for speech recognition testing. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 2, n. 1, p. 55-58, Jan. 1991. MØLLER, A.R. Neural generators of auditory evoked potentials. In: JACOBSON, J.T. Principles and applications in auditory evoked potentials. Boston: Allyn Bacon, 1994. MOORE, J.K. The human auditory brain stem as a generator of auditory evoked potentials. Hearing Research, Amsterdam, v. 29, n. 1, p. 33-43, 1987.
88
MUNRO, K.J.; AGNEW, N.A Comparison of inter-aural attenuation with the Etymotic ER-3A insert earphone and the Telephonics TDH-49 supra-aural earphone. British Journal of Audiology, London, v. 33, n. 4, p. 259-262, Aug. 1999. PICTON, T.W. et al. Human auditory evoked potentials: I Evaluation of components. Eletroencephalography and Clinical Neurophysiology, Amsterdam, v. 36, n. 2, p. 179-190, Feb. 1974. SCHMUZIGER, N.; PROBST, R.; SMURZYNSKI, J. Test-retest reliability of pure-tone thresholds from 0,5 to 16 kHz using Sennheiser HDA 200 and Etymotic Research ER-2 earphones. Ear and Hearing, Baltimore, v. 25, n. 2, p. 127-132, Apr. 2004. SILMAN, S.; SILVERMAN, C.A. Basic audiologic testing. In: ______. Auditory diagnosis: principles and applications. San Diego: Singular, 1997. p. 10-67 SKLARE, D. A.; DENENBERG, L. J. Interaural attenuation for tubephone™ insert earphone. Ear and Hearing, Baltimore, v. 8, n. 5, p. 298-300, Oct. 1987. SOBHY, O.A.; GOULD, H.J. Interaural attenuation using insert earphones: electrocochleographic approach. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 4, n. 2, p. 76-79, Mar. 1993. SOUZA, L.C.A. et al. Associacão do BERA ao escore de Glasgow (índice GB): novo método de auxílio na decisão de predição de óbito em UTI. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p. 156-164, 1998. STOCKARD, J.J. et al. Brainstem auditory evoked responses: normal variation as a function of stimulus and subject characteristics. Archives of Neurology, Chicago, v. 36, n. 13, p. 823-831, Dec. 1979. STUART, A. et al. Test-retest variability in audiometric thresholds with supraaural and insert earphones among children and adults. Audiology, New York, v. 30, n. 2, p. 82-90, 1991. TANG, H.; LETOWSKI, T. High-frequency threshold measurements using insert earphones. Ear and Hearing, Baltimore, v. 13, n. 5, p. 378-379, Oct. 1992. VALENTE, M.; POTTS, L.G.; VALENTE, M. Differences and intersubject variability of loudness discomfort levels measured in sound pressure level and hearing level for TDH-50P
89
and ER-3A earphones. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 8, n. 1, p. 59-67, Feb. 1997. VAN CAMPEN, L. E. et al. Comparison of the Etymotic insert an TDH supra-aural earphones in auditory brainstem response measurement. Journal of the American Academy of Audiololgy, Burlington, v. 3, n. 5, p. 315-323, Sept. 1992. VAN CAMPEN, L. E.; SAMMETH, C. A.; PEEK, B. F. Interaural attenuation using Etymotic ER-3A insert earphones in auditory brain stem response testing. Ear and Hearing, Baltimore, v. 11, n. 1, p. 66-69, Feb. 1990. WRIGHT, D.C; FRANK, T. Attenuation values for a supra-aural earphone for children and insert earphone for children and adults. Ear and Hearing, Baltimore, v. 13, n. 6, p. 454-459, Dec. 1992. YACULLO, W.S.; The use of insert earphones. In:_______.Clinical masking procedures. Needham Heights: Allyn Bacon, 1996. p. 121-151. ZWISLOCKI, J. et al. Earphones in audiometry. The Journal of the Acoustical Society of America, Lancaster, v. 83, n. 4, p. 1688-1689, Apr. 1988.
90
GLOSSÁRIO
Anacusia: ausência de audição
Área dinâmica auditiva: é a região compreendida entre os limiares de audibilidade e os níveis de desconforto auditivo.
Atenuação interaural: é a perda de energia sonora quando um som apresentado a um ouvido atinge o ouvido oposto.
Curvas sombras audiométricas: são respostas no audiograma que imitam os limiares do ouvido melhor, porém, são elevados pela quantidade de atenuação interaural em cada freqüência.
Cruzamento auditivo: ocorre quando um estímulo apresentado ao ouvido testado é percebido no ouvido não testado.
Efeito de oclusão: é a necessidade de uma menor intensidade do estímulo para a obtenção dos limiares de via óssea quando o ouvido está ocluído por um fone.
Mascaramento: é a elevação artificial dos limiares do ouvido não testado, por meio da apresentação de ruídos mascaradores (de banda larga ou estreita), para este não interferir nas respostas do ouvido testado.
Razão sinal-ruído: refere-se à diferença entre a energia do sinal e a energia do ruído.
Supermascaramento: ocorre quando o ruído mascarador apresentado ao ouvido não testado atinge o ouvido testado interferindo nas respostas (falsa piora) do ouvido testado.
92
Unidade de Ensino e Pesquisa
Rua Silvio Marchione, 3-20 Bauru SP Brasil caixa postal 1501 cep 17.012-900 tel. 55 14 3235 8421 fax: 55 14 3235 8162 e-mail: [email protected]
ANEXO B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o Sr. (a)
______________________________________,portador da cédula de identidade ____________,* responsável pelo paciente_____________________________________ após leitura minuciosa da CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA, devidamente explicada pelos profissionais em seus mínimos detalhes, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO concordando em participar da pesquisa: “Comparação qualitativa e quantitativa entre fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais", realizada por: Tyuana Sandim da Silveira nº do Conselho: CRFª 8274, sob orientação do Dr Koichi Sameshima, nº do Conselho: CRM____.
Fica claro que o sujeito da pesquisa ou seu representante legal pode a qualquer momento retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e deixar de participar desta pesquisa e ciente de que todas as informações prestadas se tornaram confidenciais e guardadas por força de sigilo profissional (Art. 29º do Código de Ética do fonoaudiólogo).
Por estarem de acordo assinam o presente termo. Bauru-SP, ________ de ______________________ de .
_____________________________ ____________________________ Assinatura do Sujeito da Pesquisa Assinatura do Pesquisador Responsável
ou responsável
* A SER PREENCHIDO, SE O SUJEITO DA PESQUISA NÃO FOR O PACIENTE.
Nome do Pesquisador Responsável: Tyuana Sandim da Silveira
Endereço do Pesquisador Responsável: Olímpio de Macedo nº 4-64
Cidade: Bauru Estado: São Paulo CEP: 17012-533
Telefone: (14) 3223-3061 E-mail: [email protected]
Endereço Institucional: Benedito Moreira Pinto nº 8-81
Cidade: Bauru Estado: São Paulo CEP: 17011-110
Telefone: (14) 3234-7884 Ramal: 220
93
Unidade de Ensino e Pesquisa
Rua Silvio Marchione, 3-20 Bauru SP Brasil caixa postal 1501 cep 17.012-900 tel. 55 14 3235 8421 fax: 55 14 3235 8162 e-mail: [email protected]
ANEXO C
CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA
Nome do sujeito: ___________________________________________________________ Nome do responsável (em caso de criança): ______________________________________ Você está sendo convidado a participar da pesquisa: “Comparação qualitativa e quantitativa entre fones de inserção e supra-aurais na pesquisa dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em sujeitos adultos ouvintes normais" O objetivo deste trabalho é comparar dois tipos de fones, um posicionado sobre a orelha e o outro posicionado dentro da orelha, na pesquisa dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico, que é uma avaliação da audição que não depende da resposta do paciente e que avalia as vias auditivas desde a orelha até algumas estruturas do cérebro. Os indivíduos deverão permanecer deitados em uma maca e não necessitarão responder ao exame. A avaliação é simples e não oferece qualquer perigo ao indivíduo. Será aplicada em uma única sessão de 45 minutos de duração.
Tal estudo permitirá ao clínico conhecer profundamente as vantagens e desvantagens de cada tipo de fone e a partir disso, escolher qual o tipo mais adequado para a realização desta avaliação, primando pela melhora na qualidade da avaliação auditiva dos indivíduos. Você tem a liberdade de questionar ou esclarecer qualquer dúvida com relação aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados a esta pesquisa em qualquer momento da avaliação.
Esta pesquisa será realizada pela fonoaudióloga Tyuana Sandim da Silveira e constitui sua pesquisa de Mestrado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) com vinculação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC). As avaliações serão realizadas no Centro de Atendimento aos Distúrbios da Audição, Linguagem e Visão (CEDALVI) do HRAC-USP na rua Benedito Moreira Pinto nº 8-81 e em uma clínica particular situada na rua Prof. Gerson Rodrigues nº 2-15, em data e horário previamente agendados. Suas informações fornecidas, bem como os resultados das avaliações realizadas são sigilosos e confidenciais. Portanto, serão divulgados apenas a você que tem a liberdade de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento. Se houver gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Caso você queira apresentar reclamações em relação a sua participação, poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, do HRAC-USP, pelo endereço Rua Silvio Marchioni, 3-20 na Unidade de Ensino e Pesquisa ou pelo telefone (14) 3235-8421.
Bauru, ______________________________________. Nome do sujeito ou responsável: ________________________________________________ Assinatura do sujeito ou responsável: ____________________________________________ Nome do pesquisador responsável: Tyuana Sandim da Silveira Assinatura do pesquisador responsável: __________________________________________
94
ANEXO D- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido, esquerdo de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE DE INSERÇÃO NO OE
80dBnNA 20dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,35 1,39 1,35 3,43 3,39 3,39 5,43 5,43 5,43 7,34 7,34 7,34 2 1,31 1,31 1,31 3,51 3,51 3,51 5,30 5,30 5,30 7,26 7,26 7,26 3 1,39 1,39 1,39 3,56 3,56 3,56 5,47 5,47 5,47 7,59 7,59 7,59 4 1,52 1,52 1,52 3,81 3,81 3,81 5,51 5,51 5,51 7,76 7,76 7,76 5 1,35 1,35 1,35 3,39 3,39 3,39 5,30 5,30 5,30 7,55 7,55 7,55 6 1,43 1,43 1,43 3,72 3,72 3,72 5,43 5,43 5,39 7,68 7,68 7,68 7 1,43 1,43 1,43 3,85 3,85 3,85 5,60 5,60 5,60 7,76 7,76 7,76 8 1,31 1,31 1,31 3,47 3,47 3,47 5,39 5,39 5,39 7,26 7,26 7,26 9 1,52 1,52 1,52 3,76 3,68 3,68 5,64 5,64 5,64 7,89 7,89 7,89
10 1,31 1,31 1,31 3,60 3,60 3,60 5,39 5,39 5,39 7,47 7,47 7,47 Média 1,39 1,40 1,39 3,61 3,60 3,60 5,45 5,45 5,44 7,56 7,56 7,56
DP 0,08 0,08 0,08 0,17 0,16 0,16 0,11 0,11 0,11 0,22 0,22 0,22 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
95
ANEXO E- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido direito, de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE DE INSERÇÃO NO OD
80dBnNA 20dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,47 1,47 1,47 3,56 3,56 3,56 5,55 5,55 5,55 7,59 7,51 7,51 2 1,31 1,31 1,31 3,31 3,31 3,31 5,30 5,30 5,30 7,18 7,18 7,18 3 1,39 1,39 1,39 3,31 3,31 3,31 5,43 5,43 5,43 7,51 7,51 7,51 4 1,52 1,52 1,52 3,51 3,51 3,51 5,51 5,51 5,51 7,64 7,64 7,64 5 1,52 1,52 1,52 3,35 3,35 3,35 5,60 5,60 5,60 7,68 7,68 7,68 6 1,56 1,56 1,56 3,68 3,68 3,68 5,60 5,64 5,64 7,76 7,76 7,76 7 1,76 1,76 1,76 3,68 3,68 3,68 5,89 5,89 5,89 7,80 7,80 7,80 8 1,39 1,39 1,39 3,51 3,51 3,51 5,30 5,30 5,30 7,43 7,43 7,43 9 1,72 1,72 1,72 3,72 3,72 3,72 5,80 5,80 5,80 7,72 7,72 7,72
10 1,47 1,47 1,47 3,47 3,47 3,47 5,47 5,47 5,47 7,26 7,26 7,26 Média 1,51 1,51 1,51 3,51 3,51 3,51 5,55 5,55 5,55 7,56 7,55 7,55
DP 0,14 0,14 0,14 0,15 0,15 0,15 0,19 0,19 0,19 0,21 0,21 0,21 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
96
ANEXO F- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE SUPRA-AURAL NO OE
80dBnNA 20dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,50 1,50 1,50 3,50 3,50 3,58 5,58 5,58 5,58 7,41 7,41 7,41 2 1,37 1,37 1,37 3,54 3,54 3,54 5,37 5,37 5,37 7,20 7,20 7,20 3 1,37 1,37 1,37 3,58 3,58 3,58 5,45 5,45 5,45 7,50 7,50 7,50 4 1,50 1,50 1,50 3,83 3,83 3,83 5,58 5,58 5,58 7,66 7,66 7,66 5 1,37 1,37 1,37 3,46 3,46 3,46 5,37 5,37 5,37 7,54 7,54 7,54 6 1,42 1,42 1,46 3,54 3,58 3,58 5,37 5,45 5,45 7,60 7,60 7,60 7 1,50 1,54 1,50 3,87 3,87 3,87 5,62 5,62 5,62 7,87 7,87 7,87 8 1,46 1,46 1,46 3,54 3,54 3,50 5,45 5,45 5,45 7,29 7,29 7,29 9 1,71 1,71 1,71 3,71 3,71 3,71 5,70 5,79 5,70 7,79 7,79 7,79
10 1,37 1,37 1,37 3,54 3,62 3,66 5,45 5,45 5,45 7,41 7,41 7,41 Média 1,46 1,46 1,46 3,61 3,62 3,63 5,49 5,51 5,50 7,53 7,53 7,53
DP 0,11 0,11 0,11 0,14 0,14 0,14 0,12 0,13 0,11 0,21 0,21 0,21 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
97
ANEXO G- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) FONE SUPRA-AURAL NO OD
80dBnNA 20dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 1,62 1,62 1,62 3,58 3,58 3,58 5,70 5,70 5,70 7,58 7,58 7,58 2 1,37 1,37 1,37 3,37 3,37 3,37 5,37 5,37 5,37 7,16 7,16 7,16 3 1,42 1,42 1,42 3,37 3,37 3,37 5,45 5,45 5,45 7,41 7,41 7,41 4 1,58 1,58 1,58 3,50 3,50 3,50 5,54 5,54 5,54 7,62 7,62 7,62 5 1,50 1,50 1,50 3,37 3,37 3,37 5,62 5,62 5,62 7,62 7,62 7,62 6 1,50 1,50 1,50 3,62 3,62 3,62 5,58 5,58 5,58 7,70 7,70 7,70 7 1,79 1,79 1,79 3,79 3,79 3,79 5,95 5,95 5,95 7,83 7,83 7,83 8 1,42 1,42 1,42 3,50 3,50 3,50 5,37 5,37 5,37 7,37 7,37 7,37 9 1,79 1,79 1,79 3,71 3,71 3,71 5,87 5,87 5,87 7,70 7,70 7,70
10 1,50 1,50 1,50 3,54 3,54 3,54 5,45 5,45 5,45 7,25 7,25 7,25 Média 1,55 1,55 1,55 3,54 3,54 3,54 5,59 5,59 5,59 7,52 7,52 7,52
DP 0,15 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,20 0,20 0,20 0,22 0,22 0,22 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
98
ANEXO H- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) FONE DE INSERÇÃO NO OE
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,66 0,38 0,38 1,02 0,23 0,24 0,73 0,28 0,62 0,14 0,15 0,10 2 0,52 0,12 0,37 0,39 0,18 0,28 1,30 0,68 0,63 0,34 0,38 0,30 3 0,35 0,29 0,12 0,45 0,24 0,29 1,50 0,40 0,73 0,80 0,27 0,38 4 0,63 0,32 0,27 0,59 0,29 0,38 1,38 0,66 0,84 0,65 0,27 0,56 5 0,45 0,14 0,43 0,36 0,57 0,32 1,65 0,61 0,43 0,70 0,41 0,11 6 0,48 0,24 0,20 0,59 0,14 0,27 1,75 0,84 1,03 0,25 0,24 0,32 7 0,45 0,20 0,13 0,40 0,15 0,28 0,81 0,30 0,15 0,33 0,04 0,07 8 0,68 0,27 0,67 0,47 0,11 0,44 1,40 1,27 0,47 0,70 0,33 0,28 9 0,26 0,28 0,24 0,42 0,44 0,54 0,29 0,59 0,60 0,10 0,15 0,11
10 0,36 0,20 0,20 0,83 0,35 0,37 0,83 0,31 0,35 0,22 0,19 0,15 Média 0,48 0,24 0,30 0,55 0,27 0,34 1,16 0,59 0,59 0,42 0,24 0,24
DP 0,14 0,08 0,17 0,22 0,15 0,09 0,47 0,30 0,25 0,26 0,11 0,16 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
99
ANEXO I- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone de inserção, no ouvido direito, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) FONE DE INSERÇÃO NO OD
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,17 0,21 0,23 0,21 0,51 0,51 0,72 0,47 0,23 0,29 0,04 0,17 2 0,20 0,13 0,10 0,55 0,11 0,29 0,65 0,34 0,26 0,35 0,05 0,22 3 0,55 0,14 0,11 0,37 0,12 0,38 0,75 0,48 0,54 0,51 0,29 0,10 4 0,04 0,09 0,04 0,44 0,25 0,35 0,92 0,49 0,47 0,37 0,23 0,22 5 0,31 0,15 0,26 0,55 0,23 0,38 0,56 0,42 0,27 0,32 0,27 0,22 6 0,14 0,16 0,21 0,44 0,12 0,38 1,02 0,53 0,34 0,29 0,17 0,28 7 0,48 0,12 0,03 0,43 0,20 0,14 0,63 0,31 0,19 0,16 0,12 0,06 8 0,38 0,38 0,18 0,43 0,26 0,15 0,71 0,35 0,38 0,51 0,13 0,16 9 0,39 0,33 0,06 0,32 0,10 0,12 1,25 0,13 0,21 0,31 0,11 0,13
10 0,08 0,10 0,18 0,75 0,24 0,11 0,39 0,50 0,19 0,19 0,11 0,15 Média 0,27 0,18 0,14 0,45 0,21 0,28 0,76 0,40 0,31 0,33 0,15 0,17
DP 0,17 0,10 0,08 0,15 0,12 0,14 0,25 0,12 0,12 0,11 0,09 0,07 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
100
ANEXO J- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) FONE SUPRA-AURAL NO OE
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,50 0,45 0,44 1,22 0,49 0,50 0,70 0,43 0,49 0,56 0,32 0,24 2 0,45 0,13 0,20 0,33 0,08 0,08 1,22 0,67 0,74 0,59 0,19 0,19 3 0,59 0,08 0,25 0,73 0,27 0,32 1,15 0,63 0,53 0,70 0,43 0,37 4 0,80 0,23 0,23 0,64 0,26 0,44 1,50 0,55 0,49 1,03 0,34 0,40 5 1,05 0,37 0,07 0,36 0,29 0,64 0,70 0,37 0,53 0,56 0,33 0,30 6 0,12 0,30 0,16 1,16 0,21 0,26 0,81 0,45 0,46 0,48 0,26 0,26 7 0,65 0,29 0,10 0,24 0,13 0,30 0,78 0,29 0,27 0,52 0,15 0,12 8 0,49 0,18 0,18 0,42 0,81 0,81 1,05 0,23 0,23 0,68 0,18 0,18 9 0,08 0,42 0,25 0,31 0,26 0,23 1,43 0,12 0,93 0,49 0,09 0,26
10 0,30 0,12 0,28 0,84 0,41 0,29 0,50 0,26 0,44 0,20 0,19 0,14 Média 0,50 0,26 0,22 0,63 0,32 0,39 0,98 0,40 0,51 0,58 0,25 0,25
DP 0,30 0,13 0,10 0,36 0,21 0,21 0,34 0,18 0,20 0,21 0,11 0,09 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
101
ANEXO K- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos nas polaridades alternada, condensação e rarefação por meio do fone supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) FONE SUPRA-AURAL NO OD
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos A C R A C R A C R A C R 1 0,16 0,20 0,24 0,58 0,20 0,21 0,91 0,54 0,50 0,44 0,15 0,69 2 0,48 0,12 0,06 0,19 0,34 0,28 1,13 0,57 0,58 0,69 0,29 0,63 3 0,49 0,02 0,16 0,50 0,21 0,42 0,95 0,56 0,40 0,60 0,29 0,30 4 0,11 0,09 0,08 0,37 0,31 0,28 0,98 0,56 0,50 0,56 0,14 0,23 5 0,35 0,04 0,10 0,68 0,31 0,26 0,63 0,22 0,28 0,48 0,09 0,22 6 0,21 0,03 0,16 0,50 0,19 0,07 1,41 0,65 0,44 0,17 0,37 0,24 7 0,21 0,07 0,06 0,36 0,20 0,21 0,57 0,16 0,30 0,27 0,05 0,16 8 0,38 0,51 0,54 0,48 0,18 0,15 0,36 0,81 0,34 0,32 0,17 0,22 9 0,43 0,26 0,21 0,60 0,12 0,34 0,58 0,13 0,45 0,12 0,13 0,26
10 0,15 0,05 0,08 0,18 0,20 0,43 0,93 0,22 0,18 0,26 0,11 0,07 Média 0,30 0,14 0,17 0,44 0,23 0,27 0,85 0,44 0,40 0,39 0,18 0,30
DP 0,14 0,15 0,14 0,17 0,07 0,11 0,31 0,24 0,12 0,19 0,10 0,20 Legenda: A: alternada C: condensação R: rarefação
102
ANEXO L- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OE
80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V
Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra
01 1,35 1,50 3,39 3,58 5,43 5,58 5,64 5,70 6,26 6,37 7,34 7,41 02 1,31 1,37 3,51 3,54 5,30 5,37 5,51 5,58 6,35 6,33 7,26 7,20 03 1,39 1,37 3,56 3,58 5,47 5,45 5,76 5,70 6,55 6,50 7,59 7,50 04 1,52 1,50 3,81 3,83 5,51 5,58 6,05 6,04 6,97 6,87 7,76 7,66 05 1,35 1,37 3,39 3,46 5,30 5,37 5,76 5,75 6,51 6,50 7,55 7,54 06 1,43 1,46 3,72 3,58 5,39 5,45 5,80 5,83 6,68 6,54 7,68 7,60 07 1,43 1,50 3,85 3,87 5,60 5,62 6,05 6,04 6,72 6,70 7,76 7,87 08 1,31 1,46 3,47 3,50 5,39 5,45 5,68 5,62 6,39 6,33 7,26 7,29 09 1,52 1,71 3,68 3,71 5,64 5,70 6,18 6,29 6,89 6,91 7,89 7,79 10 1,31 1,37 3,60 3,66 5,39 5,45 5,72 5,75 6,39 6,29 7,47 7,41 11 1,35 1,54 3,54 3,71 5,51 5,62 5,76 5,91 6,30 6,29 7,43 7,25 12 1,35 1,42 3,39 3,41 5,10 5,25 5,55 5,58 6,51 6,29 7,59 7,58 13 1,31 1,37 3,39 3,41 5,26 5,29 5,60 5,54 6,39 6,25 7,59 7,29 14 1,47 1,54 3,60 3,66 5,55 5,50 5,85 5,95 6,64 6,83 7,76 7,87 15 1,56 1,54 3,76 3,71 5,51 5,54 5,85 6,04 6,39 6,66 7,51 7,54 16 1,52 1,58 3,68 3,66 5,60 5,58 5,93 6,12 6,80 6,91 7,72 7,91 17 1,39 1,37 3,47 3,62 5,39 5,45 5,55 5,75 6,68 6,66 7,76 7,79 18 1,47 1,50 3,39 3,46 5,43 5,50 5,85 5,75 6,68 6,62 7,64 7,79 19 1,39 1,58 3,39 3,68 5,39 5,50 5,85 5,87 6,93 6,79 7,93 7,75 20 1,47 1,54 3,51 3,75 5,55 5,50 5,97 5,83 6,60 6,66 7,76 7,62 21 1,39 1,42 3,68 3,67 5,51 5,54 5,89 5,87 6,51 6.41 7.59 7,50 22 1,35 1,54 3,56 3,58 5,14 5,45 5,39 5,66 6,43 6,41 7,26 7,16 23 1,39 1,33 3,43 3,58 5,30 5,37 5,68 5,75 6,76 6,50 7,55 7,58 24 1,43 1,50 3,60 3,50 5,22 5,25 5,51 5,45 6,10 5,95 7,01 6,95 25 1,52 1,54 3,64 3,62 5,47 5,54 5,76 5,79 6,89 6,79 7,72 7,87
103
Continuação...
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OE
80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V
Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra
26 1,39 1,42 3,72 3,75 5,47 5,50 5,93 5,87 7,01 7,12 8,26 8,12 27 1,47 1,67 3,56 3,50 5,55 5,66 5,89 5,83 6,80 6,79 8,01 7,95 28 1,35 1,37 3,47 3,54 5,30 5,50 5,72 5,87 6,35 6,50 7,51 7,50 29 1,39 1,42 3,43 3,46 5,43 5,41 5,72 5,70 6,80 6,70 7,89 7,91 30 1,56 1,62 3,51 3,62 5,55 5,58 5,76 5,83 6,60 6,62 7,76 7,83 31 1,39 1,58 3,64 3,54 5,43 5,54 5,68 5,87 6,68 6,70 7,55 7,70 32 1,47 1,62 3,64 3,75 5,47 5,76 5,97 6,22 6,76 7,05 7,97 7,99 33 1,43 1,37 3,47 3,54 5,43 5,37 5,60 5,62 6,43 6,50 7,22 7,25 34 1,64 1,54 3,81 3,66 5,64 5,62 5,97 6,00 6,93 6,70 7,76 7,54 35 1,39 1,46 3,43 3,46 5,39 5,45 5,76 5,70 6,43 6,45 7,49 7,41 36 1,43 1,54 3,56 3,58 5,51 5,54 5,93 5,91 7,22 7,01 8,18 8,16 37 1,43 1,46 3,60 3,72 5,60 5,62 5,89 5,91 6,85 6,75 7,97 7,83 38 1,43 1,62 3,72 3,87 5,55 5,70 6,14 6,12 6,89 6,95 7,76 8,08 39 1,35 1,42 3,51 3,58 5,43 5,50 5,80 5,91 6,68 6,58 7,64 7,70 40 1,31 1,50 3,51 3,62 5,30 5,50 5,80 5,87 6,64 6,50 7,64 7,45
Média 1,42 1,49 3,56 3,61 5,44 5,50 5,79 5,83 6,63 6,61 7,65 7,63DP 0,08 0,09 0,13 0,12 0,13 0,12 0,17 0,18 0,24 0,25 0,26 0,28 p *<0,01 *<0,01 *<0,01 *0,01 0,18 0,29
104
ANEXO M- Resultados dos PEATE para valores de latências absolutas das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OD
80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V
Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra
01 1,47 1,62 3,56 3,58 5,55 5,70 5,85 5,95 6,47 6,62 7,51 7,58 02 1,31 1,37 3,31 3,37 5,30 5,37 5,72 5,75 6,47 6,45 7,18 7,16 03 1,39 1,42 3,31 3,37 5,43 5,45 5,89 5,83 6,64 6,50 7,51 7,41 04 1,52 1,58 3,51 3,50 5,51 5,54 5,97 5,95 6,72 6,70 7,64 7,62 05 1,52 1,50 3,35 3,37 5,60 5,62 5,83 5,87 6,76 6,70 7,68 7,62 06 1,56 1,50 3,68 3,62 5,64 5,58 5,89 5,87 6,60 6,62 7,76 7,70 07 1,76 1,79 3,68 3,79 5,89 5,95 6,39 6,37 6,85 6,95 7,80 7,83 08 1,39 1,42 3,51 3,50 5,30 5,37 5,80 5,83 6,47 6,41 7,43 7,37 09 1,72 1,79 3,72 3,71 5,80 5,87 6,10 6,20 6,97 6,91 7,72 7,70 10 1,47 1,50 3,47 3,54 5,47 5,45 5,85 5,62 6,51 6,54 7,26 7,25 11 1,43 1,58 3,51 3,50 5,43 5,62 5,85 5,79 6,39 6,33 7,55 7,41 12 1,35 1,42 3,31 3,38 5,10 5,25 5,60 5,58 6,35 6,45 7,64 7,79 13 1,31 1,46 3,37 3,37 5,45 5,50 5,72 5,75 6,55 6,54 7,68 7,20 14 1,60 1,58 3,51 3,50 5,64 5,54 5,93 6,04 6,89 6,62 7,70 7,72 15 1,43 1,62 3,51 3,54 5,43 5,54 5,72 5,79 6,35 6,66 7,64 7,45 16 1,64 1,58 3,74 3,46 5,60 5,62 5,89 6,04 6,72 6,83 7,80 7,99 17 1,47 1,67 3,41 3,58 5,51 5,70 5,97 5,95 6,85 6,66 7,68 7,54 18 1,52 1,67 3,31 3,41 5,51 5,62 5,89 5,87 6,60 6,79 7,72 7,75 19 1,47 1,58 3,39 3,41 5,47 5,54 5,93 5,87 7,05 6,87 7,84 7,70 20 1,72 1,67 3,60 3,62 5,80 5,70 6,10 6,08 6,76 6,75 7,63 7,83 21 1,64 1,71 3,64 3,58 5,64 5,70 5,85 5,95 6 ,85 5,79 7,68 7,66 22 1,43 1,43 3,51 3,58 5,30 5,50 5,76 5,75 6,35 6,37 7,30 7,29 23 1,43 1,50 3,31 3,46 5,30 5,37 5,68 5,75 6,64 6,45 7,76 7,66 24 1,47 1,42 3,39 3,41 5,22 5,37 5,55 5,58 6,05 5,83 7,01 6,83 25 1,60 1,79 3,56 3,54 5,51 5,79 5,97 6,20 6,85 6,87 7,80 7,99
105
Continuação...
LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms) OD
80dBnNA 60dBnNA 40dBnNA 20dBnNA I III V V V V
Sujeitos inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra inserção supra
26 1,56 1,62 3,72 3,66 5,72 5,75 6,01 6,29 6,89 6,91 8,09 8,08 27 1,64 1,67 3,39 3,46 5,60 5,66 5,85 5,95 6,80 6,79 8,01 8,16 28 1,52 1,54 3,35 3,54 5,55 5,58 5,85 5,83 6,55 6,50 7,72 7,66 29 1,39 1,37 3,22 3,37 5,43 5,45 5,72 5,87 6,85 6,79 7,93 7,91 30 1,60 1,58 3,35 3,37 5,51 5,50 5,76 5,70 6,72 6,37 7,58 7,91 31 1,60 1,79 3,60 3,62 5,64 5,75 5,97 6,08 6,89 6,87 7,76 7,99 32 1,56 1,54 3,64 3,75 5,68 5,70 6,14 6,29 7,22 7,16 8,05 8,16 33 1,40 1,67 3,31 3,50 5,55 5,58 5,76 5,75 6,30 6,45 7,30 7,29 34 1,64 1,67 3,56 3,62 5,64 5,62 5,85 5,91 5,85 6,58 7,76 7,41 35 1,43 1,54 3,39 3,46 5,47 5,50 5,68 5,70 6,39 6,33 7,43 7,20 36 1,47 1,71 3,55 3,71 5,64 5,79 6,18 6,16 6,89 7,08 7,97 8,12 37 1,47 1,62 3,64 3,46 5,55 5,62 5,80 5,91 6,72 6,75 7,93 7,99 38 1,81 1,92 3,93 3,91 5,80 5,91 6,22 6,37 6,97 6,87 7,99 7,83 39 1,43 1,71 3,56 3,62 5,55 5,70 5,93 6,08 6,76 6,75 7,80 7,83 40 1,47 1,67 3,51 3,62 5,51 5,62 5,93 5,87 6,68 6,62 7,64 7,58
Média 1,52 1,59 3,50 3,53 5,53 5,60 5,88 5,92 6,65 6,63 7,67 7,65 DP 0,12 0,13 0,16 0,13 0,16 0,15 0,17 0,20 0,27 0,28 0,24 0,31 p *<0,01 *0,02 *<0,01 *<0,01 0,45 0,48
106
ANEXO N- Resultados dos PEATE para valores de latências interpicos nos intervalos I-III, II-V e I-V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
LATÊNCIAS INTERPICOS (ms) OE
80dBnNA I-III III-V I-V
Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural
01 2,04 2,08 2,04 2,00 4,08 4,08 02 2,20 2,17 1,79 1,83 3,99 4,00 03 2,17 2,21 1,91 1,87 4,08 4,08 04 2,29 2,33 1,70 1,75 3,99 4,08 05 2,04 2,09 1,91 1,91 3,95 4,00 06 2,29 2,12 1,67 1,87 3,96 3,99 07 2,42 2,37 1,75 1,75 4,17 4,12 08 2,16 2,04 1,92 1,95 4,08 3,99 09 2,16 2,00 1,96 1,99 4,12 3,99 10 2,29 2,29 1,79 1,79 4,08 4,08 11 2,19 2,17 1,97 1,91 4,16 4,08 12 2,04 1,99 1,71 1,83 3,75 3,83 13 2,08 2,04 1,87 1,88 3,95 3,92 14 2,13 2,12 1,95 1,84 4,08 3,96 15 2,20 2,17 1,75 1,83 3,95 4,00 16 2,16 2,08 1,92 1,92 4,08 4,00 17 2,08 2,25 1,92 1,83 4,00 4,08 18 1,92 1,96 2,04 2,04 3,96 4,00 19 2,00 2,10 2,00 1,82 4,00 3,92 20 2,04 2,21 2,04 1,75 4,08 3,96 21 2,29 2,25 1,83 1,87 4,12 4,12 22 2,21 2,04 1,58 1,87 3,79 3,91 23 2,04 2,25 1,87 1,79 3,91 4,04 24 2,17 2,00 1,62 1,75 3,79 3,75 25 2,12 2,08 1,83 1,92 3,95 4,00 26 2,33 2,33 1,75 1,75 4.08 4,08 27 2,09 1,83 1,99 2,16 4,08 3,99 28 2,12 2,17 1,83 1,96 3,95 4,13 29 2,04 2,04 2,00 1,95 4,04 3,99 30 1,95 2,00 2,04 1,96 3,99 3,96 31 2,25 1,96 1,79 2,00 4,04 3,96 32 2,17 2,13 1,83 2,01 4,00 4,14 33 2,04 2,17 1,96 1,83 4,00 4,00 34 2,17 2,12 1,83 1,96 4,00 4,08 35 2,04 2,00 1,96 1,99 4,00 3,99 36 2,13 2,04 1,95 1,96 4,08 4,00 37 2,17 2,26 2,00 1,90 4,17 4,16 38 2,29 2,25 1,83 1,83 4,12 4,08 39 2,16 2,16 1,92 1,92 4,08 4,08 40 2,20 2,12 1,80 1,88 4,00 4,00
Média 2,15 2,12 1,87 1,89 4,02 4,02 DP 0,11 0,12 0,12 0,09 0,10 0,08 p 0,20 0,27 0,87
107
ANEXO O- Resultados dos PEATE para valores de latências interpicos nos intervalos I-III, III-V e I-V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito
LATÊNCIAS INTERPICOS (ms) OD
80dBnNA I-III III-V I-V
Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural
01 2,09 1,96 1,99 2,12 4,08 4,08 02 2,00 2,00 1,99 2,00 3,99 4,00 03 1,92 1,95 2,12 2,08 4,04 4,03 04 1,99 1,92 2,00 2,04 3,99 3,96 05 1,83 1,87 2,25 2,25 4,08 4,12 06 2,12 2,12 1,96 1,96 4,08 4,08 07 1,92 2,00 2,21 2,16 4,13 4,16 08 2,12 2,08 1,79 1,87 3,91 3,95 09 2,00 1,92 2,08 2,16 4,08 4,08 10 2,00 2,04 2,00 1,91 4,00 3,95 11 2,08 1,92 1,92 2,12 4,00 4,04 12 1,96 1,96 1,79 1,87 3,75 3,83 13 2,06 1,91 2,08 2,13 4,14 4,04 14 1,91 1,92 2,13 2,04 4,04 3,96 15 2,08 1,92 1,92 2,00 4,00 3,92 16 2,10 1,88 1,86 2,16 3,96 4,04 17 1,94 1,91 2,10 2,12 4,04 4,03 18 1,79 1,74 2,20 2,21 3,99 3,95 19 1,92 1,83 2,08 2,13 4,00 3,96 20 1,88 1,95 2,20 2,08 4,08 4,03 21 2,00 1,87 2,00 2,12 4,00 4,00 22 2,08 2,15 1,79 1,92 3,87 4,07 23 1,88 1,96 1,99 1,92 3,87 3,87 24 1,92 1,99 1,83 1,96 3,75 3,95 25 1,96 1,75 1,95 2,25 3,91 4,00 26 2,17 2,04 2,00 2,09 4,17 4,13 27 1,75 1,79 2,21 2,20 3,96 3,99 28 1,83 2,00 2,20 2,04 4,03 4,04 29 1,83 2,00 2,21 2,08 4,04 4,08 30 1,75 1,79 2,16 2,13 3,91 3,92 31 2,00 1,83 2,04 2,13 4,04 3,96 32 2,08 2,21 2,04 1,95 4,12 4,16 33 1,84 1,83 2,24 2,08 4,08 3,91 34 1,92 1,95 2,08 2,00 4,00 3,95 35 1,96 1,92 2,08 2,04 4,04 3,96 36 2,03 2,00 2,09 2,08 4,17 4,08 37 2,17 1,84 1,91 2,16 4,08 4,00 38 2,12 1,99 1,87 2,00 3,99 3,99 39 2,13 1,91 1,99 2,08 4,12 3,99 40 2,04 1,95 2,00 2,00 4,04 3,95
Média 1,98 1,94 2,03 2,07 4,01 4,01 DP 0,11 0,10 0,13 0,10 0,10 0,07 p *0,03 0,08 0,46
108
ANEXO P- Resultados dos PEATE para valores de diferenças interaurais entre as latências da onda V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural em cada sujeito
DIFERENÇAS INTERAURAIS LATÊNCIAS ABSOLUTAS (ms)
80dBnNA V
Sujeitos inserção supra-aurais
01 0,12 0,12 02 0,00 0,00 03 0,04 0,00 04 0,00 0,04 05 0,30 0,25 06 0,25 0,13 07 0,29 0,33 08 0,09 0,08 09 0,16 0,17 10 0,08 0,00 11 0,08 0,00 12 0,00 0,00 13 0,19 0,21 14 0,09 0,04 15 0,08 0,00 16 0,00 0,04 17 0,12 0,25 18 0,08 0,12 19 0,08 0,04 20 0,25 0,20 21 0,13 0,16 22 0,16 0,05 23 0,00 0,00 24 0,00 0,12 25 0,04 0,25 26 0,25 0,25 27 0,05 0,00 28 0,25 0,08 29 0,00 0,04 30 0,04 0,08 31 0,21 0,21 32 0,21 0,06 33 0,12 0,21 34 0,00 0,00 35 0,08 0,05 36 0,13 0,25 37 0,05 0,00 38 0,25 0,21 39 0,12 0,20 40 0,21 0,12
Média 0,12 0,11 DP 0,09 0,10 p 0,63
109
ANEXO Q- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido esquerdo, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) OE
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural
01 0,38 0,44 0,24 0,50 0,62 0,49 0,12 0,25 02 0,37 0,20 0,28 0,08 0,63 0,74 0,30 0,19 03 0,12 0,25 0,29 0,32 0,73 0,53 0,38 0,37 04 0,27 0,23 0,38 0,44 0,84 0,52 0,56 0,41 05 0,43 0,07 0,32 0,64 0,43 0,55 0,11 0,46 06 0,20 0,16 0,27 0,26 1,03 0,47 0,32 0,26 07 0,13 0,10 0,28 0,30 0,36 0,28 0,28 0,13 08 0,67 0,18 0,44 0,81 0,47 0,65 0,39 0,56 09 0,24 0,25 0,54 0,23 0,70 0,93 0,56 0,65 10 0,20 0,28 0,37 0,29 0,35 0,44 0,15 0,14 11 0,23 0,15 0,12 0,10 0,21 0,24 0,16 0,20 12 0,27 0,44 0,32 0,43 1,02 0,52 0,27 0,35 13 0,39 0,42 0,67 0,50 0,38 0,54 0,31 0,35 14 0,24 0,22 0,46 0,35 0,38 0,44 0,15 0,34 15 0,14 0,51 0,31 0,40 0,88 0,50 0,24 0,28 16 0,06 0,12 0,46 0,31 0,36 0,73 0,20 0,35 17 0,22 0,43 0,27 0,20 0,73 0,56 0,10 0,21 18 0,09 0,18 0,51 0,39 0,43 0,33 0,13 0,24 19 0,49 0,39 0,51 0,54 0,77 0,57 0,12 0,15 20 0,16 0,20 0,30 0,21 0,42 0,30 0,13 0,21 21 0,23 0,27 0,24 0,13 0,21 0,25 0,17 0,23 22 0,51 0,07 0,64 0,64 0,89 0,62 0,14 0,57 23 0,20 0,16 0,28 0,33 0,54 0,22 0,15 0,18 24 0,40 0,47 0,44 0,47 1,02 0,84 0,57 0,60 25 0,39 0,31 0,48 0,36 0,32 0,64 0,18 0,44 26 0,37 0,13 0,36 0,19 0,30 0,43 0,27 0,25 27 0,30 0,13 0,25 0,32 0,48 0,34 0,05 0,23 28 0,17 0,09 0,51 0,24 0,87 0,69 0,27 0,35 29 0,14 0,28 0,36 0,51 0,48 0,49 0,26 0,22 30 0,07 0,30 0,22 0,29 0,37 0,47 0,10 0,19 31 0,23 0,19 0,08 0,04 0,42 0,72 0,20 0,20 32 0,19 0,12 0,28 0,36 0,34 0,28 0,04 0,07 33 0,10 0,23 0,34 0,35 0,54 0,47 0,07 0,13 34 0,28 0,38 0,34 0,53 0,70 0,57 0,33 0,23 35 0,14 0,16 0,18 0,38 0,82 0,73 0,39 0,24 36 0,09 0,13 0,06 0,10 0,44 0,56 0,32 0,28 37 0,16 0,11 0,19 0,08 0,54 0,51 0,11 0,11 38 0,27 0,18 0,77 0,44 0,51 0,51 0,11 0,17 39 0,41 0,24 0,34 0,28 0,50 0,42 0,28 0,29 40 0,49 0,19 0,33 0,37 0,55 0,30 0,23 0,16
média 0,26 0,23 0,35 0,34 0,56 0,51 0,23 0,28 DP 0,14 0,12 0,15 0,17 0,23 0,17 0,14 0,14 p 0,33 0,75 0,11 *0,01
110
ANEXO R- Resultados dos PEATE para valores de amplitudes das ondas I, III e V obtidos por meio dos fones de inserção e supra-aural, no ouvido direito, de cada sujeito
AMPLITUDES (µv) OD
80dBnNA 40dBnNA I III V V
Sujeitos inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural inserção supra-aural
01 0,23 0,24 0,51 0,21 0,23 0,50 0,17 0,24 02 0,10 0,06 0,29 0,28 0,24 0,58 0,20 0,12 03 0,11 0,16 0,38 0,42 0,54 0,41 0,19 0,24 04 0,04 0,08 0,35 0,28 0,42 0,50 0,22 0,23 05 0,26 0,10 0,38 0,26 0,27 0,28 0,21 0,24 06 0,21 0,16 0,38 0,07 0,33 0,48 0,20 0,34 07 0,03 0,06 0,14 0,21 0,19 0,30 0,06 0,16 08 0,18 0,54 0,15 0,15 0,38 0,34 0,16 0,22 09 0,06 0,21 0,12 0,34 0,21 0,44 0,13 0,26 10 0,18 0,08 0,11 0,43 0,19 0,36 0,13 0,07 11 0,11 0,07 0,18 0,23 0,44 0,27 0,12 0,19 12 0,12 0,18 0,38 0,57 0,37 0,47 0,13 0,29 13 0,15 0,22 0,24 0,37 0,58 0,42 0,30 0,39 14 0,07 0,24 0,31 0,34 0,51 0,52 0,12 0,44 15 0,17 0,24 0,40 0,60 0,37 0,32 0,18 0,29 16 0,10 0,08 0,14 0,27 0,53 0,21 0,12 0,27 17 0,10 0,09 0,23 0,38 0,25 0,46 0,16 0,24 18 0,19 0,09 0,37 0,39 0,25 0,34 0,09 0,12 19 0,24 0,13 0,42 0,46 0,47 0,62 0,23 0,18 20 0,17 0,11 0,14 0,21 0,33 0,49 0,12 0,19 21 0,13 0,02 0,10 0,27 0,17 0,33 0,13 0,15 22 0,09 0,16 0,63 0,71 0,99 0,77 0,38 0,47 23 0,11 0,08 0,07 0,16 0,22 0,17 0,08 0,14 24 0,24 0,36 0,49 0,34 0,96 0,78 0,66 0,55 25 0,12 0,14 0,40 0,31 0,44 0,43 0,14 0,10 26 0,28 0,19 0,31 0,34 0,38 0,45 0,29 0,38 27 0,10 0,04 0,07 0,32 0,29 0,14 0,11 0,09 28 0,06 0,06 0,21 0,16 0,40 0,51 0,13 0,17 29 0,09 0,17 0,29 0,24 0,37 0,17 0,21 0,10 30 0,12 0,07 0,28 0,25 0,40 0,31 0,11 0,14 31 0,09 0,05 0,08 0,10 0,39 0,34 0,16 0,11 32 0,10 0,11 0,17 0,42 0,35 0,49 0,10 0,20 33 0,18 0,03 0,34 0,28 0,28 0,34 0,19 0,15 34 0,28 0,09 0,38 0,25 0,68 0,39 0,22 0,23 35 0,10 0,07 0,31 0,38 0,47 0,63 0,13 0,19 36 0,08 0,09 0,06 0,11 0,30 0,68 0,12 0,26 37 0,06 0,06 0,14 0,18 0,34 0,32 0,16 0,11 38 0,14 0,05 0,27 0,20 0,36 0,27 0,14 0,12 39 0,05 0,32 0,10 0,30 0,26 0,51 0,20 0,28 40 0,14 0,16 0,37 0,25 0,24 0,33 0,08 0,12
média 0,13 0,14 0,27 0,30 0,38 0,42 0,17 0,22 DP 0,07 0,10 0,14 0,13 0,18 0,15 0,10 0,11 p 0,91 0,13 0,24 *<0,01
Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo