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UD 3 ANÁLISE ESPACIAL

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UD 3

ANÁLISE ESPACIAL

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Conteúdo

• Introdução à análise espacial;

• Análises espaciais sobre dados matriciais;

• Análises espaciais sobre dados vetoriais.

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Tem por objetivo mensurar propriedades e relacionamentos, levando em conta, de forma explícita, a localização espacial do fenômeno em estudo.

A finalidade é a identificação de um modelo inferencial que considere explicitamente os relacionamentos espaciais presentes no fenômeno.

Introdução à análise espacial

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A estratégia de análise depende dos tipos de dados envolvidos na formulação do problema:

• Eventos ou padrões pontuais: fenômenos expressos como ocorrências de pontos localizados no espaço. Procede-se a análise da distribuição espacial dos pontos, testando hipóteses sobre o padrão observado (aleatório, em aglomerados ou regularmente distribuído).

• Superfícies contínuas: estimadas a partir de um conjunto de amostras medidas in loco, em intervalos regulares ou irregulares. O objetivo é reconstruir a superfície da qual se retirou e mediu as amostras a partir da estimação do modelo de dependência espacial que servirá de base para interpolar os demais valores que compõem a superfície.

• Áreas com contagens e taxas agregadas: dados originalmente pontuais, agregados em unidades de análise.

Introdução à análise espacial

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Dependência Espacial: Baseia-se na Primeira lei da Geografia: as distâncias observadas entre as ocorrências de objetos (ou fenômenos) interferem diretamente na relação entre eles.

Autocorrelação espacial: Expressão computacional da Dependência Espacial, mensura o relacionamento entre duas variáveis aleatórias. A preposição auto indica a medição da mesma variável aleatória em locais diferentes.

Inferência Estatística para Dados Espaciais: Dados independentes permitem inferências de melhor qualidade. Havendo dependência espacial, os dados devem ser tratados em um mesmo processo estocástico, onde todos os dados são avaliados em conjunto.

Introdução à análise espacial

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Efeito de 1ª ordem: valor esperado (média) do processo no espaço;

Efeito de 2ª ordem: covariância entre áreas si e sj;

Estacionariedade: em um processo estacionário, os efeitos de 1ª e 2ª ordem são constantes em toda a região estudada;

Isotropia: um processo isotrópico é um caso particular de processo estacionário em que a covariância depende somente da distância (e não da direção) entre os pontos.

Introdução à análise espacial

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Processo Pontual

• Conjunto de pontos distribuídos irregularmente no espaço;• O objetivo é compreender o mecanismo gerador da distribuição;• Divisão da região de estudos, A, em sub-regiões, S, de acordo com a probabilidade de ocorrência de um fenômeno.• O processo é modelado considerando as sub-regiões Si com os valores de esperança E[N(S)] – onde N(S) é o número de ocorrências em S – e a covariância C[N(Si), N(Sj)].

Introdução à análise espacial Modelos Inferenciais Espaciais

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Variação Contínua

• Consideram um processo estocástico, de modo que os valores podem ser conhecidos em todos os pontos da região de estudo;

• Para estimar a superfície pode-se usar o procedimento de krigagem ou a simulação estocástica.

– A krigagem tem como objetivo compor a superfície empregando estimativas pontuais ótimas (minimizando funções dos erros inferenciais);

– A simulação estocástica visa reproduzir a variabilidade espacial da superfície empregando possíveis representações globais do modelo de função aleatória.

Introdução à análise espacial Modelos Inferenciais Espaciais

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Variação Discreta

• Dizem respeito à distribuição de eventos cuja localização está associada a áreas delimitadas por polígonos;

• O objetivo é modelar o padrão de ocorrência espacial do fenômeno em estudo;

• Se o processo é estacionário, o valor esperado para a variável aleatória é a média dos valores que ocorrem na região e a estrutura de covariância depende unicamente da distância entre as áreas.

Introdução à análise espacial Modelos Inferenciais Espaciais

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Sobre atributos alfanuméricos: novos atributos como resultados de operações

• Lógicas: união, interseção, negação e exclusão;

• Aritiméticas: soma, subtração, multiplicação, divisão exponenciação, radiciação, logaritmos;

• Trigonométricas: sen, cos, tan, suas inversas, e transformações graus-radianos;

• Estatísticas: média, desvio padrão, variância, moda, etc;

• Multivariadas: modelos de regressão multivariada, modelos físicos, probabilidade de pertinência a um conjunto, função de pertinência fuzzy, etc.

Introdução à análise espacial Classes de Operações

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Sobre atributos espaciais

• Inclusão: contém ou está contido em;• Sobreposição: sobrepõe, cruza ou toca;• Vizinhança: à distância de ‘n’ metros, está ligado a (fisicamente ou funcionalmente);• Derivações de superfície: inclinação, é visível a partir de, direções preferenciais no terreno, etc.;

Introdução à análise espacial Classes de Operações

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Análises espaciais sobre dados matriciais

• Fenômenos representados em grades regulares;

• Aquisição por sensores remotos ou pela interpolação de pontos distribuídos de forma irregular;• Algumas informações podem ter sido perdidas de acordo com o espaçamento da grade;• Krigagem: conjunto de técnicas de estimação e predição de superfícies baseada na modelagem da estrutura de correlação espacial. Parte-se da hipótese de que o processo estudado é estacionário;• Modelagem dinâmica: autômatos celulares;

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Operações

• Álgebra de Mapas: operações algébricas envolvendo um ou mais atributos é aplicada a todas as células;• Operações pontuais: operações algébricas envolvendo um ou mais atributos é aplicada a apenas uma célula;• Operações espaciais

– Interpolação: reamostragem em diferentes resoluções;– Filtragem espacial: suavização e realce de bordas;– Derivações de superfície: primeira (inclinação e aspecto),

segunda (convexidades plana e de perfil) e terceira (filtros direcionais) ordens;

– Extração de topologia na superfície: rede de drenagem;– Avaliação de contiguidade (clumping): amostras com

características semelhantes são agrupadas;– Propagação não-linear: presença de resistência (friction) na

propagação dos fenômeno em função de distâncias ou direções;– Visibilidade (viewsheds);– Sombreamento (shading): técnicas de ray-tracing, reflexão difusa,

aspect-based;

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http://www.ceremade.dauphine.fr/~peyre/numerical-tour/tours/introduction_3_image/index_07.png

http://www.fmwconcepts.com/imagemagick/fourier_transforms/images/lena_circle24n_edge.png

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0341816299000089

Shaded Reliefhttp://cartography.oregonstate.edu/pdf/2001_Jenny_Reliefshading.pdf

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Processos Pontuais

• O tipo de dado nestes estudos consiste em uma série de coordenadas de pontos (p1, p2, ...) dos eventos de interesse dentro da área de estudo.• A área dos eventos não é uma medida válida apesar de em muitos casos ocuparem espaço. Mesmo na análise do padrão de distribuição de cidades estas são consideradas como um ponto no espaço do estudo.

• O objetivo da análise é determinar se os eventos observados exibem algum padrão sistemático, em oposição à uma distribuição aleatória.

Análises espaciais sobre dados vetoriais

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Estimador de Intensidade (Kernel Estimation)

Definição de uma função bi-dimensional sobre os eventos considerados, compondo uma superfície cujo valor será proporcional à intensidade de amostras por unidade de área. Esta função realiza uma contagem de todos os pontos dentro de uma região de influência, ponderando-os pela distância de cada um à localização de interesse.

No caso univariado o estimador kernel para uma amostra aleatória X1, . . . , Xn retirada de uma distribuição com densidade comum f, pode ser definido como

n

i

i

h

XxK

nhhxf

1

1);(

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Os parâmetros básicos para o kernel estimator são:

• um raio de influência (τ ≥ 0) que define a vizinhança do ponto a ser interpolado e controla o alisamento da superfície gerada: O raio de influência define a área centrada no ponto de estimação u que indica quantos eventos ui contribuem para a estimativa da função intensidade λ;

• uma função de estimação com propriedades de suavização do fenômeno. A função kernel K pode ser qualquer função de densidade de probabilidade (Gaussiana, Triangular, Retangular, etc.) desde que

• É comum usar funções de terceira ou quarta ordem, como

Nestes estimadores, h representa a distância entre a localização em quedesejamos calcular a função e o evento observado.

1)(

dhhK

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A distribuição normal pondera os pontos dentro do círculo de forma que os pontos mais próximos tenham maior peso comparados com os mais afastados.

A função quártica pondera com maior peso os pontos mais próximos do que pontos distantes, mas o decrescimento é gradual.

A função triangular dá maior peso aos pontos próximos do que os pontos distantes dentro do círculo, mas o decréscimo é mais rápido.

A função exponencial negativa pondera os pontos próximos com peso muito mais intenso do que os pontos distantes.

A função uniforme pondera todos os pontos dentro do círculo igualmente.

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Estimadores de Dependência Espacial

Método do Vizinho Mais Próximo

O método do vizinho mais próximo estima a função de distribuição cumulativa Ĝ(h) baseado nas distâncias h entre eventos em uma região de análise. Esta função pode ser estimada empiricamente:

n

huudhG ji )),((#)(

onde o valor normalizado acumulado para uma distância h corresponde à soma dos vizinhos mais próximos de cada evento cuja distância é menor ou igual a h, dividido pelo número de eventos na região.

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Teste de Significância

A distribuição de eventos observados é comparada com distribuições teóricas ou simulações que representem a Completa Aleatoriedade Espacial (Complete Spatial Randomness – CSR): processo de Poisson homogêneo sobre a região estudada.

A estimação simulada para a distribuição G’(h) assumindo-se CSR é calculada como a média das simulações.

Para calcular a condição de aleatoriedade, calculam-se os envelopes de simulação superior e inferior, respectivamente, valores máximos e mínimos de Gi(h).

Observando o gráfico Ĝ(h) X G’(h), conclui-se que distribuições são aleatórias quando se aproximam de uma linha a 45º. Curvaturas acima dessa linha indicam agrupamentos enquanto curvaturas abaixo dessa linha indicam regularidade na distribuição espacial.

01)(2

wehG h

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Função K

Embora o método do vizinho mais próximo forneça uma indicação inicial da distribuição espacial, ele considera apenas escalas pequenas. O método da função K é o mais indicado para se ter informação mais efetiva para o padrão espacial em escalas maiores.

Também denominada medida de momento de segunda ordem reduzido, a função K é definida, para o processo univariado, como

λK(h) = E(# eventos contidos a uma distância h de um evento arbitrário)

onde

# está associado ao número de eventos,

E() é o operador de estimativa, e

λ é a intensidade ou número médio de eventos por unidade de área, assumida constante na região.

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n

i

n

jijh dIn

RhK

1 12

)()(ˆ

R é a área da região, n é o número de eventos observados, Ih(dij) é uma função indicatriz cujo valor é 1 se (dij) <= h e 0, em caso contrário.

hhK

hL )(ˆ

)(ˆ

A função auxiliar L permite fácil interpretação da distribuição espacial dos pontos:

a) atração espacial entre eventos ou agrupamentos para valores positivos, sendo o agrupamento mais forte em picos positivos;

b) repulsão espacial ou regularidade em pontos de valores negativos.

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Processos Agrupados por Áreas

• São analisados eventos agregados por municípios, bairros ou setores censitários, onde não se dispõe da localização exata dos eventos, mas de um valor por área;• São indicadores úteis: contagens, proporções, médias e medianas;• Limita-se o uso de dados agrupados em SIG a operações de visualização, tirando conclusões intuitivas a partir das colorações atribuídas a cada polígono (mapas temáticos);• A hipótese mais comum é supor que área apresente uma distribuição de probabilidade distinta das demais, o chamado modelo espacial discreto.• O objetivo principal da análise é construir uma aproximação para a distribuição conjunta de variáveis aleatórias, estimando sua distribuição.

Análises espaciais sobre dados vetoriais

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Análise exploratória: Visualização de Dados

O uso de diferentes pontos de corte da variável induz a visualização de diferentes aspectos. Os SIGs dispõem usualmente de três métodos de corte de variável: intervalos iguais, percentis e desvios padrões.

• Adotando intervalos iguais, os valores máximo e mínimo são divididos pelo número de classes;• O uso de percentis para definição de classes obriga a alocação dos polígonos em quantidades iguais pelas cores; isto pode mascarar diferenças significativas em valores extremos e dificultar a identificação de áreas críticas. • O uso de desvios padrões supõe que a distribuição da variável é apresentada em gradações de cores diferentes para valores acima e abaixo da média, faz a suposição da normalidade da distribuição da variável;

Análises espaciais sobre dados vetoriais

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Análise exploratória: Matrizes de Proximidade Espacial

• também chamada matriz de vizinhança•Esta medida de proximidade pode ser calculada a partir de um dos seguintes critérios:

– wij = 1, se o centróide de Ai está a uma determinada distância de Aj; caso contrário wij = 0;

– wij = 1, se Ai compartilha um lado comum com Aj, caso contrário wij = 0;

– wij = lij/li, onde lij é o comprimento da fronteira entre Ai e Aj e li é o perímetro de Ai.

• Recomenda-se normalizar suas linhas, para que a soma dos pesos de cada linha seja igual a 1.

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Análise exploratória: Média Móvel Espacial

• A fim de explorar a variação da tendência espacial dos dados, calcula-se a média dos valores dos vizinhos. Isto reduz a variabilidade espacial, pois a operação tende a produzir uma superfície com menor flutuação que os dados originais (explicita as tendências).

•A média móvel associada ao atributo zi, relativo à i-ésima área, pode ser calculada a partir dos elementos wij da matriz normalizada de proximidade espacial W(1), tomando-se simplesmente a média dos vizinhos:

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Análise exploratória: Indicadores Globais de Autocorrelação Espacial

• A Auto-correlação espacial é a correlação de uma certa variável (atributo) z numa área i com os valores dessa mesma variável em áreas vizinhas.• Dada uma matriz de vizinhança normalizada, o índice global de Moran I é a expressão da autocorrelação considerando apenas o primeiro vizinho:

O índice de Moran nulo indica independência espacial, enquanto valores positivos indicam correlação direta e negativos, correlação inversa.

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Análise exploratória: Indicadores Globais de Autocorrelação Espacial

• A hipótese implícita do cálculo do índice de Moran é a estacionariedade de primeira e segunda ordem, e o índice perde sua validade ao ser calculado para dados não estacionários (pois cada valor é comparado à média global);

• O teste C de Geary difere do teste I de Moran por utilizar a diferença entre os pares, enquanto que Moran utiliza a diferença entre cada ponto e a média global.

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Análise exploratória: Variograma

• Consiste na demonstração gráfica da relação entre as distâncias entre as áreas em estudo, no eixo X, e a média dos desvios do atributo Z entre as áreas (dz), no eixo Y;

• A dependência espacial se evidencia quando maiores desvios são obtidos entre áreas mais afastadas;• Semelhança com teste de Geary;

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Análise exploratória: Correlograma

• Consiste na demonstração gráfica da relação entre as distâncias utilizadas para a vizinhança e o respectivo coeficiente de auto-correlação espacial para cada distância;

• A dependência espacial se evidencia quando maiores correlações são obtidos entre áreas mais próximas e diminuem com a distância;

• Semelhança com teste de Moran;

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Análise exploratória: Diagrama de Espalhamento de Moran

• Construído com base nos valores normalizados (valores de atributos subtraídos de sua média e divididos pelo desvio padrão);• É construindo um gráfico bidimensional de z (valores normalizados do atributo em uma área) por wz (média dos vizinhos, também normalizada);

• Os quadrantes podem ser interpretados como:– Q1 (valores positivos, médias positivas) e Q2 (valores negativos, médias

negativas): indicam pontos de associação espacial positiva, no sentido que uma localização possui vizinhos com valores semelhantes.

– Q3 (valores positivos, médias negativas) e Q4 (valores negativos, médias positivas): indicam pontos de associação espacial negativa, no sentido que uma localização possui vizinhos com valores distintos.

Análises espaciais sobre dados vetoriais

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O diagrama de espalhamento de Moran também pode ser apresentado na forma de um mapa temático bidimensional, no qual cada polígono é apresentado indicando-se seu quadrante no diagrama de espalhamento: “Alto-Alto”, “Baixo-Baixo”, “Alto-Baixo” e “Baixo-Alto” indicando, respectivamente, os quadrantes Q1, Q2, Q3 e Q4.

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