Um modelo de otimização para expansão de portos
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i
Um Modelo de Otimizao para Expanso de Capacidade de
Portos
Rafael Resende de Souza Leo
Projeto de Graduao apresentado ao Curso de
Engenharia Naval e Ocenica da Escola
Politcnica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, como parte dos requisitos necessrios
obteno do ttulo de Engenheiro Naval e
Ocenico.
Orientador: Raad Yahya Qassim
Rio de Janeiro
Agosto de 2014
-
ii
UM MODELO DE OTIMIZAO PARA EXPANSO DE CAPACIDADE DE PORTOS
Rafael Resende de Souza Leo
PROJETO DE GRADUAO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA NAVAL E OCENICA DA ESCOLA POLITCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E
OCENICO.
Examinado por:
______________________________________________
Prof. Raad Yahya Qassim, D.Sc.
______________________________________________
Prof., Luis Felipe Assis, D.Sc.
______________________________________________
Prof., Luiz Vaz, D.Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL
AGOSTO de 2014
-
iii
Pedro Henrique dos Santos Lemos
Pedro Soares Figueiredo
Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de
Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos
Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/
Escola Politcnica, 2014.
VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.
Referncias Bibliogrficas: pxx
1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL
4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e
Informao. III. Ttulo.
Pedro Henrique dos Santos Lemos
Pedro Soares Figueiredo
Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de
Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos
Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/
Escola Politcnica, 2014.
VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.
Referncias Bibliogrficas: pxx
1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL
4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e
Informao. III. Ttulo.
Pedro Henrique dos Santos Lemos
Pedro Soares Figueiredo
Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de
Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos
Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/
Escola Politcnica, 2014.
VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.
Referncias Bibliogrficas: pxx
1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL
4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e
Informao. III. Ttulo.
Leo, Rafael Resende de Souza
Um Modelo de Otimizao para Expanso de
Capacidade de Portos/Rafael Resende de Souza Leo.
Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica, 2014.
viii, 44 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Raad Yahya Qassim
Projeto de Graduao UFRJ/Escola Politcnica/
Curso de Engenharia Naval e Ocenica, 2014.
Referncias Bibliogrficas: p. 28
1. Cadeia de Suprimentos 2. Otimizao 3. Estocagem
4. Portos. I. Qassim, Raad Yahya II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia
Naval e Ocenica. III. Titulo.
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iv
AGRADECIMENTOS
Cursar ENGENHARIA NAVAL no foi, nem de perto, uma misso simples
como eu esperava que fosse h oito anos quando escolhia meu curso de graduao,
ainda em uma sala de aula do ensino mdio. Foi um caminho rduo. Em oito anos
muitas coisas acontecem, vitrias, derrotas, alguns momentos de profunda
desmotivao e vontade de desistir e muitos outros de felicidade, alegria e calmaria.
queles que fizeram parte destes ltimos, segue meu agradecimento.
minha famlia, em especial meus pais, por tudo que fizeram por mim ao longo
desse perodo. Me deram todo apoio financeiro e emocional que puderam, e se no
fosse por eles, com certeza no teria chegado ao final do tnel.
Aos meus companheiros de Naval que, apesar da maioria ter se formado muito
antes de mim, tornaram meus dias na faculdade mais agradveis. Uma pena que
todos os semestres no podem ser como o primeiro. Apesar do distanciamento nessa
reta final, o lugar de vocs est reservado na minha memria com muito carinho.
Fluxo Consultoria e todos os membros que tive o prazer de conhecer nesses
quase oito anos, obrigado! Essa empresa foi minha segunda casa, seus membros
minha segunda famlia e o trabalho nela minha segunda faculdade. Obrigado por ter
me ensinado muitas coisas, dentre elas quem sou e que caminho quero seguir.
Por ltimo, no menos importante, agradeo aos professores da Naval por todo
conhecimento passado durante esse perodo e em especial a meu orientador de
projeto final, Qassim, por estar sempre disponvel para me ajudar, com a calma e
didtica que um bom mestre deve ter.
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v
Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Naval e Ocenico.
Um Modelo de Otimizao para Expanso de Capacidade de Portos
Rafael Resende de Souza Leo
Junho/2014
Orientador: Raad Yahya Qassim
Curso: Engenharia Naval e Ocenica
O estudo visando a otimizao de cadeias de suprimentos tem se tornado vital
no planejamento estratgico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao
cliente final por intermdio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por
todo mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a
necessidade de otimizar os custos de produo tornam imensamente complexa a
logstica desta rede que forma o caminho do produto at o consumidor, como o caso
da indstria de cosmticos e do seu eficiente marketing multinvel.
O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de
suprimentos de trs nveis pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da
expanso de capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.
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vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Naval and Ocean Engineer.
An Optmization Model for the Port Capacity Expansion
Rafael Resende de Souza Leo
June/2014
Advisor: Raad Yahya Qassim
Major: Naval and Ocean Engineering
The study seeking the optimzation in supply chains has become vital to the
strategic planning of worldwide companies that delivers their products to the final
costumer using feeders, shopping centers and markets all around the world as
intermediate. The high variety of products and feeders and the necessity of optimizing
the production costs makes the logistics between the product and the costumer very
complex, as is the case of cosmetics industry and its efficient multilevel marketing.
The present aims to analyse how the three-level supply chain framework can be
adapted to support the decision of expanding storage capacity of bulk cargo from a
port.
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vii
Sumrio
1. Introduo ......................................................................................................... 1
2. Contexto ............................................................................................................ 1
2.1. Operaes porturias ........................................................................... 1
2.2. A cadeia de suprimento de trs nveis .................................................. 3
3. Formulao do Problema .................................................................................. 4
3.1. Premissas adotadas ............................................................................. 4
3.1.1. Condies timas na entrada e sada do porto .............................. 4
3.1.2. Perodo de anlise ......................................................................... 5
3.2. Funo objetivo .................................................................................... 5
3.3. Estrutura de Custo ............................................................................... 5
3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost) ............................................... 5
3.3.2. Custo de manuseio ........................................................................ 6
3.3.3. Custo de instalao........................................................................ 6
3.4. Condies de contorno ........................................................................ 7
3.4.1. Fluxo mdio ................................................................................... 7
3.4.2. Estoque .......................................................................................... 7
3.4.3. Limite de carga em um silo durante um perodo de tempo ............. 7
3.4.4. Oferta e demanda .......................................................................... 9
3.4.5. Variveis no nulas ........................................................................ 9
3.5. Resumo da nomenclatura empregada ................................................. 9
4. Formulao Matemtica .................................................................................. 10
5. Modelo Computacional .................................................................................... 11
5.1. Modelo genrico ................................................................................ 11
5.2. Anlise do resultado do modelo genrico ........................................... 13
6. Estudo de caso ................................................................................................ 15
6.1. Introduo .......................................................................................... 15
6.2. Uma viso geral Soja no Brasil ....................................................... 15
-
viii
6.3. O porto de Itaqui ................................................................................ 16
6.3.1. A exportao de soja pelo Porto de Itaqui .................................... 18
6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui ....................................... 19
6.3.3. Estimativa do fator para o porto de Itaqui ................................. 20
7. Modelo computacional aplicado ao estudo de caso ......................................... 21
8. Anlise do resultado da otimizao do modelo aplicado ao Porto de Itaqui ..... 23
8.1. Alocao do fluxo dentre as reas de estocagem .............................. 23
8.2. A necessidade de abertura de novos silos de armazenagem ............. 24
8.3. Custo total minimizado ....................................................................... 24
9. Outras anlises e ponderaes ....................................................................... 25
9.1. Impreciso dos dados de entrada ...................................................... 25
9.2. Impreciso do modelo ........................................................................ 25
9.3. Algumas outras possveis aplicaes ................................................. 26
10. Consideraes finais ....................................................................................... 27
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1
1. Introduo
O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de
suprimentos de trs nveis pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da
expanso de capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.
A gesto de cadeias de suprimentos (Supply Chain Management SCM) o o
gerenciamento de todo processo produtivo de determinado produto, desde a obteno
da matria prima at o produto entre ao cliente final (Wikipdia, 2013)
O estudo visando a otimizao de cadeias de suprimentos tem se tornado vital
no planejamento estratgico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao
cliente final por intermdio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por
todo mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a
necessidade de otimizar os custos de produo tornam imensamente complexa a
logstica desta rede que forma o caminho do produto at o consumidor, como o caso
da indstria de cosmticos e do seu eficiente marketing multinvel. (Costa, Rodriguez,
& Ladeira, 2005)
Desde o incio deste tipo de anlise, diversos sistemas produtivos tm sido
observados sob este foco. Por exemplo: uma fbrica pode ser interpretada como uma
cadeia de suprimentos, onde o cliente final passa a ser o final da linha produtiva. Alm
disso, ela pode ser tanto muito complexa como simplificada: ao mesmo tempo que
pode-se detalhar o processo em um inmeras etapas, pode-se resumi-lo a trs nveis:
inferior, intermedirio, superior (fbrica, distribuio, consumidor). A primeira forma
mais utilizada quando se deseja uma viso local do processo, enquanto a segunda,
simplificada, quando o foco uma otimizao global, como capacidade produtiva,
nmeros de pontos de distribuio, etc.
2. Contexto
2.1. Operaes porturias
O funo principal de um porto interligar os meios terrestre e martimo de
transporte, em ambos os sentidos. O processo completo de importar determinada
carga est esquematizada na Figura 1.
-
2
Figura 1 Esquema de operaes porturias comuns. (Park & Noh, 1987)
Em geral, o navio chega ao bero de atraque com o auxlio de rebocadores e,
dependendo do congestionamento do porto, pode ter que aguardar que o bero esteja
livre. Aps atracado, a carga pode ou ser diretamente transportada para os terminais
terrestres de transporte (rodovirio ou ferrovirio) ou direcionada para a rea de
armazenagem, onde aguardar o momento de seu carregamento. A Figura 2
apresenta um fluxograma com as etapas deste processo de exportao. O processo
de exportao , obviamente, o reverso do apresentado. (Park & Noh, 1987)
Figura 2 Fluxograma representativo do processo de importao de determinada carga. (Park &
Noh, 1987)
-
3
O presente projeto tem como foco a regio B da Figura 2, ou seja, o manuseio
da carga que est dentro do porto. Ser considerado apenas o processo de
exportao de carga e esta sempre passar pela rea de armazenagem (warehouse).
2.2. A cadeia de suprimento de trs nveis
A principal referncia utilizada para o estudo de uma cadeia de suprimentos de
trs nveis foi a publicao A location-inventory model for large three-level supply chain
(Tancrez, Lange, & Semal, 2012) onde os autores utilizam este framework para
analisar a caminho percorrido pelos produtos de uma fbrica de painis de vidro
europia desde a fabricao at o consumidor. Os trs nveis da cadeia de suprimento
so: a fbrica, o centro de distribuio e o cliente.
O modelo apresentado integra trs decises: posicionamento dos centros de
distribuio, alocao de fluxo de produtos e tamanho dos lotes das viagens. A cadeia
de suprimentos inclui 10 fbricas e cerca de 500 consumidores distribudos por toda
Europa. A Figura 3 apresenta esquematicamente a distribuio de fbricas, centros de
distribuio e clientes.
Figura 3 Esquema de distribuio produtos para os clientes via centros de distribuio (DC)
(Tancrez et al., 2012)
O presente relatrio analisar o processo de armazenagem de carga dentro de
um porto de forma anloga apresentada na referncia (Tancrez et al., 2012) de
forma que a fbrica f, o centro de distribuio d, e o cliente c sero, respectivamente, o
-
4
ponto de chegada da carga no porto por via terrestre, os silos de armazenagem da
carga e o bero de atraque dos navios.
3. Formulao do Problema
Tem-se trs nveis em nossa cadeia de suprimento: superior, intermediria e
inferior, correspondentes aos fornecedores (), rea de estocagem () e terminar de
carregamento dos navios para os clientes (), respectivamente.
O galpo de estocagem do porto formado reas de estocagem (), cada qual
com sua capacidade mxima de armazenamento de gro ().
O fluxo de gro () entre o ponto de chegada () e uma rea de estocagem
() e o fluxo de gro () entre a rea de estocagem () e o terminal de navios (), no
mesmo intervalo, so outputs do modelo. Estes fluxos so dados como contnuos, no
considerando a entrega de lotes em bateladas.
Sero consideradas constantes as taxas de produo e de exportao de gro,
e os fluxos de carga sero balanceados para que toda carga produzida seja
exportada.
Deseja-se, neste problema, minimizar o custo final do porto, num
determinado perodo, se considerando a estrutura de custos apresentada a seguir.
3.1. Premissas adotadas
3.1.1. Condies timas na entrada e sada do porto
O objetivo do modelo estudar a otimizao da expanso do armazm do
porto, tendo importncia secundria os pontos de chegada e de exportao de carga.
Devido a isso, considerou-se que:
Quando a carga chega no porto, ela imediatamente encaminhada para a
rea de estocagem , no havendo fila de espera. Assim, pode-se
desconsiderar a capacidade de armazenagem do ponto .
No momento da exportao, toda carga que sai do armazm
imediatamente embarcado em um navio, sempre havendo navios a espera,
no criando filas de espera. Da mesma forma, pode-se desconsiderar a
capacidade de armazenagem no ponto .
-
5
3.1.2. Perodo de anlise
O presente problema ser analisado por um nico perodo de tempo que ser
estabelecido, posteriormente, no estudo de caso. Por hora, este intervalo de tempo
pode ser um ms, um ano, uma dcada. Com isso, se tem uma anlise global, rpida
e simplificada. Caso fosse do interesse do estudar o problema em uma esfera mais
local, um modelo multi-perodo seria mais adequado.
3.2. Funo objetivo
Como dito anteriormente, se quer minimizar o custo total do porto, logo tem-se:
min (1)
Onde,
= [() + () + ()] (2)
Na expresso 2, observa-se que o custo total igual soma dos custos de
estocagem, instalao e manuseio de cada rea de estocagem.
3.3. Estrutura de Custo
3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost)
O custo de estocagem envolve todo custo de manuteno das reas de carga
e dado em unidade monetria por tonelada. O presente modelo analisa o balano
geral de material dentro de um intervalo de tempo t que pode ser uma semana, um
ms, um trimestre, etc. Por isso, esta anlise no trivial, visto que dentro deste
perodo fluxo de gros ocorre em intervalos de tempo desiguais, e em quantidades
tambm diferentes. A anlise feita utilizando o fluxo mdio de gros no perodo
representativo para a multiplicao pelo custo de armazenagem.
Tem-se ento:
= ; (3)
Onde
Custo de estocagem da soja no silo por perodo [$/ton];
Fluxo mdio de carga no silo em determinado perodo [d]
-
6
3.3.2. Custo de manuseio
O custo de manuseio atrelado ao custo de controle, movimentao e logstica
de armazenagem e dado em unidade monetria por gro. Este custo tambm
obtido pela multiplicao de um valor unitrio pelo fluxo mdio de carga em
determinada rea no dado perodo de tempo.
Tem-se ento:
= ( +
) ; (4)
Onde
Custo de manuseio de soja dentro dos armazns [$/ton];
3.3.3. Custo de instalao
O custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem est
diretamente ligado ao processo de deciso do atual estudo. Caso um novo armazm
seja aberto aplicado nele um custo referentes construo e incio da operao no
mesmo. Caso apenas seja instalado mais um silo, o custo estaria relacionado
compra do mesmo e sua instalao no porto.
Faz-se necessrio a identificao da unidade de armazenagem como aberta
ou no. O mais bvio seria a adio de uma varivel booleana que seria 1 se aberta
ou 0 se fechada, e o custo fixo de instalao seria o produto . Porm,
referncias (Tancrez et al., 2012) mostram que este recurso causa grande retardo no
desempenho do cdigo de programao a ser desenvolvido para a aplicao do
modelo matemtico.
A soluo proposta pela mesma referncia se mostra mais interessante.
Consideram-se todas as possveis reas de armazenagens como abertas. Porm, o
custo fixo de instalao s ser aplicado quelas que apresentarem fluxo de soja
maior que zero. Logo, tem-se o custo como:
() =
+
2d ; (5)
Onde
Custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem [$];
Fluxo mdio de carga no silo em determinado perodo [ton];
Fluxo de um ponto a um ponto [ton];
-
7
Fluxo de um ponto a um ponto [ton].
Repare que, caso exista fluxo
o fator dar 1, caso contrrio 0.
3.4. Condies de contorno
3.4.1. Fluxo mdio
O fluxo mdio em uma rea de armazenagem () dado pela mdia
aritmtica do fluxo de entrada e do fluxo de sada desta mesma rea.
=
+
2 (6)
3.4.2. Estoque
Deve-se definir uma varivel de estoque para se aplicar a condio de que este
deve ser sempre menor do que a capacidade mxima do silo. Tem-se que o estoque
ao final de um intervalo de tempo igual ao estoque inicial mais o que entrou no silo e
menos o que foi retirado, como se pode ver na expresso 7.
= +
; (7)
; (8)
3.4.3. Limite de carga em um silo durante um perodo de
tempo
A condio de contorno apresentada no item 3.3.2 estabelece que o estoque
final em um silo aps um determinado perodo de tempo seja menor do que sua
capacidade mxima. Porm, se considerado o seguinte cenrio hipottico:
Um silo de capacidade equivalente 10 mil toneladas com estoque
inicial zero. Analisando ele por 1 ms. Supondo que neste perodo
entraram 1 milho de toneladas e saram 1 milho de toneladas de
gro.
A limitao capacidade mxima do silo permite que esta operao seja
realizada, visto que aplicando as expresses 7 e 8 tem-se:
= 0 + 1.000.000 1.000.000 = 0
0 10.000 =
-
8
Se isso de fato acontecesse, seria necessrio que o silo fosse carregado e
descarregado por completo 100 vezes em menos de um ms, como mostra o seguinte
grfico.
Claramente isso no vivel. Logo, torna-se necessrio definir um limite
aceitvel de carga que permitida entrar em determinada rea de carga.
Este fator, que ser denominado , deve multiplicar o fluxo de entrada na rea
de estocagem e ser menor do que a capacidade mxima do silo.
; (9)
O valor de ir variar de caso para caso. Ele deve ser obtido atravs de uma
anlise do ltimo ano do qual se possui dados sobre a capacidade de estocagem do
porto e o total exportado por ele, admitindo que toda carga exportada necessariamente
passou pela rea de armazenagem do porto.
Exemplo hipottico:
Existe um porto com trs silos de 10.000 toneladas de capacidade de
carga em gros, cada. Em um ano, aquele porto exportou 150.000
toneladas de gro.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Curva de Estoque
-
9
Sabe-se que aquele porto est operando em sua capacidade mxima,
formando filas para entrada na rea de estocagem, das cargas
provenientes das fazendas.
Se h uma capacidade total do porto de 30.000 toneladas (3 silos de
10000 toneladas de capacidade), e uma movimentao total de 150.000
toneladas, possvel sugerir que passaram 50.000 toneladas em cada
silo.
vlido avaliar o fator como sendo
, ou seja:
=10000
50000= 0,2
Avaliando a expresso 9, se teria:
;
50.000 0.2 10.000 =
3.4.4. Oferta e demanda
A oferta de carga saindo do ponto de chegada e a demanda da mesma no
ponto de sada so variveis de entrada do modelo. Porm, deve-se relacionar este
valor com o fluxo de carga entre as estaes da cadeia de suprimentos com a
seguinte condio de contorno:
=
(10)
=
(11)
3.4.5. Variveis no nulas
As variveis de sada e de estado do modelo devem ser limitadas como no
nulas para que o modelo seja executado. Tem-se ento:
0 1019 (12)
0 1019 (13)
0 1019 (14)
3.5. Resumo da nomenclatura empregada
Ponto de chegada do gro do fornecedor
rea de armazenagem
Entrega ao cliente, no caso, aos navios
Fluxo contnuo de gros [toneladas]
-
10
o Fluxo de gros entre e
o Fluxo de gros entre e
Oferta. Total de gros que vieram das fbricas no perodo [tonelada]
Demanda. Total de gros que foi embarcado para os navios no perodo
[tonelada]
Xd Quantidade de gros estocada na rea em dado intervalo de tempo
[tonelada]
o X0 Quantidade de gros estocada na rea antes do dado intervalo de
tempo [tonelada]
Fluxo mdio de gros na rea de estocagem , dada pela mdia entre o fluxo
de chegada e de sada de gros em dado intervalo de tempo [tonelada]
Capacidade mxima de armazenagem de gro da rea [tonelada]
Custo de estocagem total da rea [$]
Custo de manuseio total da rea [$]
Custo de instalao total da rea [$]
Custo de estocagem da soja dos armazns por perodo [$/gro.perodo]
Custo de manuseio da soja no porto por perodo [$/gro.perodo]
Custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem [$]
Fator limitador do fluxo de entrada em uma rea de armazenagem
[adimensional]
4. Formulao Matemtica
min (1)
= [() + () + ()] (2)
= ; (3)
= ( +
) ; (4)
() =
+
2d ; (5)
=
+
2 (6)
= +
; (7)
; (8)
-
11
; (9)
=
(10)
=
(11)
0 1019 (12)
0 1019 (13)
0 1019 (14)
5. Modelo Computacional
5.1. Modelo genrico
Inicialmente foi criado um modelo genrico para a verificao da modelagem
matemtica. Para ele foram considerados valores aleatrios de custo, demanda, oferta
e capacidade. Considerou-se tambm que a rea de estocagem d possui no mximo
15 silos. Tal valor deve ser adaptado para aplicabilidade a um estudo de caso real.
Dados de entrada do modelo:
5 silos de armazenagem j existentes
15 silos de armazenagem mximos aps expanso
Custo de estocagem H = 50 $ para todos
Custo de instalao F = 100.000.000 $ para todos
Custo de manuseio M = 10 $ para todos
Beta = 0,3
Estoque inicial = 0 para todos
Capacidade mxima = 10.000 para todos
Oferta = Demanda = 250.000
Segue abaixo o modelo gerado:
MODEL:
!MODELO DE OTIMIZAO DA EXPANSO DE UM PORTO DENTRO USANDO O
FRAMEWORK
DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRS NVEIS DE PERODO NICO;
-
12
SETS:
s/1..15/: HOLD, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de
armazenagem;
H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,
instalao e manuseio);
lambf, lambc, !fluxo;
A, X, Xo, C; !fluxo mdio, estoque, estoque
inicial, capacidade mxima de estoque;
ENDSETS
DATA: !Inputs ao sistema;
H = 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50;
F = 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 100000000 100000000
100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000
100000000 ;
M = 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10;
C = 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000
10000 10000 10000 10000 10000;
Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;
O = 250000; !Oferta;
D = 250000; !Demanda;
Beta = 0.3;
ENDDATA
!funcao objetivo;
MIN = Ct; !(1);
Ct = @SUM(s(i): HOLD(i) + INSTAL(i) + MANUS(i)); !(2);
@FOR(s(i): HOLD(i)=H(i)*A(i)); !(3);
@FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i))); !(4);
@FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)* (lambf(i)+lambc(i))); !(5);
@FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2); !(6);
-
13
@FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i))); !(7);
@FOR(s(i): X(i)
-
14
A( 13) 0.000000 0.000000
A( 14) 0.000000 0.000000
A( 15) 0.000000 0.000000
O principal resultado do modelo o quanto o porto deve expandir sua
capacidade para atender uma futura demanda. Observa-se nos resultados do modelo
que foram necessrios trs silos alm dos cinco j existentes para atender toda a
oferta das fbricas.
O valor 33.333,33 encontrado para fluxo mdio vem da limitao do fluxo de
entrada pelo fator , o que mostra que a condio de contorno est atuando
corretamente.
Observando agora os resultados dos custos de instalao:
INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 7) 0.000000 0.000000
INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 10) 0.000000 0.000000
INSTAL( 11) 0.000000 0.000000
INSTAL( 12) 0.000000 0.000000
INSTAL( 13) 0.000000 0.000000
INSTAL( 14) 0.000000 0.000000
INSTAL( 15) 0.000000 0.000000
Pode-se ver que o valor do custo de instalao para os cinco primeiros silos foi
dado como $ 0,00001, enquanto o dos novos silos foi dado como $ 100.000.000. Isso
nos mostra que o recurso sugerido no item 3.2.3. de fato funcionou adequadamente no
modelo.
O modelo genrico apresentou-se adequado e pronto para ser aplicado a um
caso real.
-
15
6. Estudo de caso
6.1. Introduo
Como apresentado inicialmente, utilizou-se o framework de uma cadeia de
suprimentos de trs nveis no processo de deciso da expanso da capacidade de
estoque de granel de um porto, mais especificamente da capacidade de
armazenamento de soja do porto de Itaqui Maranho.
6.2. Uma viso geral Soja no Brasil
A soja, cujo nome originria da palavra japonesa shoyo, um gro
originalmente oriental, rico em protenas, cultivado tanto para humanos quanto para
animais. Pertencente famlia Fabaceae (assim como feijo, lentinha, ervilha) ela
amplamente empregada na alimentao, principalmente na indstria de leos
comestveis.
O leo de soja o mais utilizado pela populao mundial no preparo de
alimentos. Tambm extensivamente usado em raes animais. Outros produtos
derivados da soja incluem leos, farinha, sabo, cosmticos, resinas, tintas, solventes
e biodiesel.
A soja reconhecida como uma das mais antigas plantas cultivadas no
planeta, sendo conhecida e explorada no Oriente h mais de cinco mil anos. Apesar
disso, foi ignorada pelo Ocidente at a segunda dcada do sculo vinte, quando os
Estados Unidos da Amrica iniciaram sua explorao comercial, inicialmente como
forrageira (destinada para alimentao de gado) e posteriormente como gro. Em
1940, no auge do seu cultivo como forrageira, foram cultivados, neste pas, cerca de
dois milhes de hectares com tal propsito.
Em 1941, a rea cultivada para gros superou a para forragem, cujo cultivo
declinou at desaparecer em meados dos anos 60, enquanto a rea cultivada para
produo de gros crescia exponencialmente no s nos EUA como no Brasil,
Argentina, entre outros.
Em 2003, o Brasil figura como o segundo produtor mundial, responsvel por
52, das 194 milhes de toneladas produzidas em nvel global ou 26,8% da safra
mundial.
Segundo dados da USDA (United States Department of Agriculture), na safra
2011/2012, a produo mundial de soja foi de 236,38 milhes de toneladas, sendo
-
16
desses 65,50 milhes de toneladas produzidas no Brasil. Neste perodo o Brasil
exportou 36,70 milhes de toneladas, se tornando o maior exportador mundial de soja
em gro.
6.3. O porto de Itaqui
O porto de Itaqui um porto brasileiro localizado na cidade de So Luiz, no
estado do Maranho. Ele est localizado no interior da Baa de So Marcos e seu
acesso hidrovirio no conta com formao de barra. O canal de acesso possui uma
profundidade natural mnima de 27 metros e largura de aproximadamente 1,8 km.
Figura 4 Vista superior do Porto de Itaqui (Google Maps)
-
17
Figura 5 Localizao do porto de Itaqui (Google Maps)
Infraestrutura do Porto
Dimenses do Porto
rea Primria Alfandegada: 174.000 m2.
Profundidade do cais: 9m-19m
Comprimento da faixa contnua de cais: 1.197m
Comprimento do bero de exclusivo de derivados: 420m
Infraestrutura operacional
1.616m de cais acostvel com profundidade variando de 9m a 19m;
6 beros de atracao;
Sendo 1 exclusivo para lquidos e 5 tipo multiuso.
Principais cargas embarcadas
Alumnio, cobre, etanol, ferro-gusa, soja e farelo.
Principais cargas importadas
Antracita, arroz, cargas de projeto, calcrio, fertilizante, fluoreto, GLP,
leo vegetal, trigo, trilhos e derivados de petrleo.
Canal de acesso
Baa de So Marcos
Largura: 1.800m
Profundidade: 30m
-
18
Equipamentos
4 empilhadeiras (reach stackers) para movimentao de contineres;
4 guindastes multiuso sobre rodas
40 tomadas para fornecimento de energia eltrica a contineres reefers;
20 empilhadeiras de garfo.
Armazenagem
4 silos verticais para gros com capacidade de 12.000 t;
1 armazm de gros com capacidade de 8.000 t;
310 mil m em tanques e esferas para armazenagem de lquidos.
Dados para anlise:
Ser considerado que dos 4 silos verticais para gros com capacidade de
12.000t, 2 so dedicados para a armazenagem de soja.
6.3.1. A exportao de soja pelo Porto de Itaqui
A soja que escoa pelo porto proveniente no s de produtores maranhenses
mas tambm como do norte do Mato Grosso, Tocantins e Piau.
Os dados abaixo mostram como a exportao via Maranho tem crescido nos
ltimos anos.
Tabela 1 Exportaes anuais do Porto Itaqui (fonte: ANEC)
Ano Exportaes (ton)
2008 1.440.976,00
2009 1.750.853,00
2010 2.063.214,00
2011 2.514.376,00
2012 2.750.687,00
2013 2.974.624,00
Considerando o crescimento das exportaes linear, estimaram-se as
exportaes nos anos seguintes. O grfico 1 mostra a regresso linear realizada com
a ferramenta Excel e a expresso de sua funo linearizada.
-
19
Grfico 1 Tendncia linear das exportaes de soja do Porto de Itaqui
O grfico 2, por sua vez, apresenta a estimativa das exportaes, segundo esta
anlise de linear, at o ano de 2018.
Grfico 2 Estimativa da exportao do porto para 2018
Esta aproximao nos d uma estimativa de aproximadamente 4,63 milhes de
toneladas exportadas em soja em 2018. Este valor ser a base do nosso estudo de
expanso do porto.
6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui
Custo de estocagem
O custo de estocagem , para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo a
taxa para armazenagem de mercadorias embarcadas em navegaes de longo curso
por tonelada, no primeiro ms ou frao.
-
500.000,00
1.000.000,00
1.500.000,00
2.000.000,00
2.500.000,00
3.000.000,00
3.500.000,00
4.000.000,00
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Exportao de soja por ano
2.974.624,00
4.631.743,95
-
500.000,00
1.000.000,00
1.500.000,00
2.000.000,00
2.500.000,00
3.000.000,00
3.500.000,00
4.000.000,00
4.500.000,00
5.000.000,00
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Exportao de soja por ano
-
20
Para tal, foi considerado que nenhuma carga ficou mais do que um ms nos
silos de armazenagem.
Foi obtido na referncia [x] o seguinte valor, em reais:
= 0,98 R$/ton
Custo de manuseio
O custo de manuseio , para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo o
somatrio das seguintes taxas, todas por tonelada:
Utilizao da infraestrutura de proteo e acesso aquavirio: 1,93
R$/ton
Utilizao da infraestrutura terrestre: 1,88 R$/ton
Utilizao do descarregador pneumtico de 200 ton/hora: 0,99 R$/ton
Estes valores foram obtidos no site do Porto de Itaqui (Porto de Itaqui, 2014)
somando, em reais:
= 4,80 R$/ton
Custo de instalao
Segundo uma construtora de armazns graneleiros apud Renata Ferrari
[FERRARI, 2006], o preo padro adotado pelo mercado para construo de armazm
de US$ 45,00 por tonelada. Convertendo para real, segundo valor do dlar comercial
de 27/03/2014 de 2,26 R$, tem-se o custo de R$ 101,70 por tonelada de soja a ser
armazenada.
Logo, para o silo de 12.000 toneladas:
= 1.220.400,00 R$
6.3.3. Estimativa do fator para o porto de Itaqui
Em 2013, a exportao de soja pelo porto totalizou 2.974.624 toneladas de
soja. Considerando 2 silos como dedicados a armazenagem de soja, supe-se que
cada silo armazenou 1.487.312 de toneladas.
Como cada silo possui 12.000 t de capacidade, calcula-se que o fator ser:
=12.000
1.487.312= 0,00807
-
21
7. Modelo computacional aplicado ao
estudo de caso
Baseado nas informaes obtidas no item 5 do presente relatrio, o modelo
computacional genrico criado foi adaptado para a realidade a ser estudada. Este
apresentado abaixo.
MODEL:
!MODELO DE OTIMIZAO DA EXPANSO DE UM PORTO DENTRO USANDO O
FRAMEWORK
DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRS NVEIS DE PERODO NICO;
SETS:
s/1..15/: HOLDING, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de
armazenagem;
H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,
instalao e manuseio);
lambf, lambc, !fluxo;
A, X, Xo, C; !fluxo mdio, estoque, estoque
inicial, capacidade mxima de estoque;
ENDSETS
DATA: !Inputs ao sistema;
H = 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98
0.98 0.98 ;
F = 0.00001 0.00001 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400
1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 ;
M = 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 ;
C = 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000
12000 12000 12000 12000 12000 ;
Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;
O = 4631744; !Oferta;
D = 4631744; !Demanda;
Beta = 0.00807;
-
22
ENDDATA
!funcao objetivo;
MIN = Ct; !(1);
Ct = @SUM(s(i): HOLDING(i) + INSTAL(i) + MANUS(i)); !(2);
@FOR(s(i): HOLDING(i)=H(i)*A(i)); !(3);
@FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)*(lambf(i)+lambc(i)));
!(4);
@FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i))); !(5);
@FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2); !(6);
@FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i))); !(7);
@FOR(s(i): X(i)
-
23
8. Anlise do resultado da otimizao do
modelo aplicado ao Porto de Itaqui
O relatrio completo gerado pelo LINGO encontra-se no Anexo II.
A anlise do relatrio ser feita sob trs aspectos:
Alocao de fluxo dentre as reas de estocagem
A necessidade da abertura de um novo silo de estocagem
Custo total minimizado
8.1. Alocao do fluxo dentre as reas de estocagem
O fluxo de entrada e sada das reas de estocagem so:
Tabela 2 Fluxo de entrada e sada de carga nos silos
rea de
estocagem
= LAMBF
(toneladas)
= LAMBC
(toneladas)
1 1486958,0 1486958,0
2 171149,6 171149,6
14 1486958,0 1486958,0
15 1486958,0 1486958,0
Pode-se notar que as condies de contorno de balano de material no silo (7,
8), junto com a imposio da oferta e demanda como somatrio dos fluxos de entrada
e sada (10, 11) e da impossibilidade de existir estoque negativo (14) condicionaram
os fluxos de entrada e sada de cada rea de carga a serem iguais, gerando um
estoque final zero. Isto s ocorreu pois foi estabelecido como dado de entrada que a
oferta e a demanda possuam valores iguais.
O fluxo de 1.486.958 toneladas de soja nos silos 1, 14 e 15 deve-se condio
de contorno 9, que estabelece um limite mximo de entrada de soja durante o perodo
de 1 ano por meio do fator , que foi definido como 0,00807 para o porto de Itaqui.
Outra observao pertinente o fato do silo 2, que j existia no porto, ter sido
subutilizado enquanto os dois silos novos terem sido utilizados at seu limite mximo.
Como nem a funo objetivo nem as condies de contorno estabelecem uma
diferena de custo na utilizao de um silo ou outro, para o modelo indiferente a
-
24
quantidade de carga movimentada em cada um, desde que o somatrio seja o mesmo
e a mesma quantidade de novos silos sejam abertos.
8.2. A necessidade de abertura de novos silos de
armazenagem
Como pode ser facilmente observado no relatrio do modelo e na Tabela 2, a
demanda superou a capacidade mxima dos dois silos j existentes fazendo
necessria a abertura de dois novos silos. Este o principal resultado do estudo.
Como ser discutido posteriormente neste relatrio, a impreciso das
estimativas realizadas na obteno dos dados de entrada, assim como a falta de
meios de obteno de uma estimativa mais segmentada dos custos operacionais e de
instalao das reas de estocagem, no permitem que se afirme com segurana que o
Porto de Itaqui deve, realmente, expandir sua rea de estocagem em dois silos de 12
mil toneladas de capacidade.
Porm, considerando que o estudo tem como objetivo apresentar o modelo da
cadeia de suprimentos como um framework para a otimizao da expanso da rea de
armazenagem de um porto, pode-se afirmar que este objetivo foi atingido.
8.3. Custo total minimizado
O modelo apresentou o seguinte resultado para a varivel a ser minimizada: o
custo total.
= $ 51.440.000,00
O valor de aproximadamente 51,5 milhes de reais representa a soma do custo
de armazenagem e manuseio de 4,63 milhes de toneladas de soja no ano de 2018
somados do custo de instalao de dois silos de 12 mil toneladas de capacidade.
No item 8.2 j foi citada a impreciso dos dados de entrada e esta discusso
ser aprofundada posteriormente. Porm, j fica claro que este resultado possui pouco
valor de anlise para o presente estudo. Alm disso, este valor agregado de custo
operacional e de instalao dos silos dificilmente encontrado na literatura, de modo
que uma comparao do valor obtido pelo modelo com um real.
Entretanto, ele deve ser citado como um resultado importante. Se fosse o caso
de um projeto de consultoria, onde o desenvolvedor do estudo tivesse acesso a
informaes, tais como, o fluxo de caixa detalhado do porto durante certo perodo,
certamente um valor preciso poderia ser obtido.
-
25
9. Outras anlises e ponderaes
9.1. Impreciso dos dados de entrada
No item 1 Introduo do presente relatrio, apresenta-se como objetivo do
estudo a anlise de como o framework de uma cadeia de suprimentos de trs nveis
pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da expanso de capacidade de
armazenamento de carga granel de um porto.
Tendo em vista este objetivo e o carter acadmico do projeto, certa liberdade
para a estimativa superficial de dados de entrada do modelo foi considerada aceita.
Entre tais aberturas, tem-se:
O valor da demanda de soja em Itaqui foi estimado desconsiderando
fatores macroeconmicos que podem influenciar numa reduo de
crescimento da exportao da soja brasileira;
Os valores do custo de armazenagem e de manuseio foram obtidos a
partir de taxas cobradas aos proprietrios da carga movimentada pelo
porto. Valores estes que, obviamente, possuem uma porcentagem
desconhecida destinada para o lucro do porto;
O fator estimado sem considerar a taxa de ocupao, que
desconhecida, dos silos de soja existentes neste ano;
O custo de instalao foi determinado utilizando uma relao obtida em
e cuja base estatstica usada para gerao de tal valor desconhecida.
Fica claro que, praticamente todos os valores utilizados como dados de entrada
so frutos de uma estimativa fraca, consequente do no acesso a informaes mais
reais por parte do autor. Assim, quantitativamente os resultados do estudo podem ser
considerados invlidos, contudo continua vlida a proposta do estudo e sua
relevncia.
9.2. Impreciso do modelo
No desenvolvimento de um modelo matemtico de otimizao, faz-se
necessrio ter em mente que tipo de informaes estaro disponveis para anlise.
Pouco adianta desenvolver um modelo cujos inputs so impossveis de serem obtidos
ou at mesmo estimados. Por outro lado, o modelo deve se aproximar o tanto quanto
vivel da representao da realidade, mesmo que isso envolva certo esforo na
obteno/estimativa de certos dados de input.
-
26
No presente projeto, a falta de acesso a informaes detalhadas dos custos
operacionais do porto exigiram que o projetista considera-se estes como uma
composio de custo de estocagem e de manuseio, o que como visto no item 9.1
agrega um erro quantitativo ao resultado.
No caso de acesso total s informaes financeiras do porto, uma composio
do custo como a da Figura 6 poderia ser apresentada como mais interessante.
Figura 6 Composio financeira de receita e custos de um porto (Park & Noh, 1987)
9.3. Algumas outras possveis aplicaes
O princpio da aplicao de uma cadeia de suprimentos na otimizao de um
processo interno de um porto pode ser adaptado para outros estudos de casos, como:
Otimizao da expanso dos beros de atracagem de navios () ou da
rea de recepo da carga por via terrestre ();
Minimizao do custo de operao da oficina de pintura de blocos
curvos de um estaleiro;
Otimizar a distribuio de espao reservado para a armazenagem de
diferentes tipos de carga granel no porto, visando maximizao do
lucro;
-
27
Estas so trs, dentro de um infinito de possibilidades de aplicao do princpio
apresentado dentro das diversas reas da industrial naval e de transporte martimo. O
importante ter em mente que para cada aplicao, um novo modelo com novas
condies de contorno devem ser planejado.
Alm disso, dentro do mesmo contexto do presente relatrio, diferentes
objetivos poderiam ser alcanados como pequenas modificaes no modelo. Entre
elas, a considerao de mltiplos perodos de tempo, aplicar o balano de fluxo de
carga tambm nas estaes e da cadeia de suprimentos, e aumentar o nmero de
nveis de trs para cinco, seis, ou at mais. Estas alteraes dependendo
principalmente do nvel de detalhamento desejado para o estudo e do conjunto de
dados disponveis para a anlise.
10. Consideraes finais
O estudo das aplicaes do framework de cadeia de suprimentos torna-se cada
vez mais importante com o aumento da complexidade do processo de distribuio de
produtos industrializados em todo mundo. Junto, cresce o estudo por novos mtodos
de otimizao visando reduo de custos de transporte, armazenagem e etc.
Este apenas um caso de tecnologia desenvolvida para uma certa indstria
que pode ser adaptada e utilizada para a aplicaes na indstria de construo naval
e de transporte martimo.
O autor considera o objetivo do presente projeto alcanado, visto que mesmo
com as incertezas provenientes das estimativas necessrias, os resultados
encontrados encontram-se coerentes com o esperado, ratificando a validade do
estudo.
-
28
Reviso Bibliogrfica
COSTA, J. C., RODRIGUEZ, J. B., LADEIRA, W. J., 2005. A gesto da cadeia de
suprimentos: teoria e prtica. In XXV Encontro Nacional de Engenharia de
Produao (pp. 691698). Porto Alegre, RS, Brasil.
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FERRARI, R. C., 2006. Utilizao de modelo matemtico de otimizao para
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-
29
Anexo I Resultado da otimizao do modelo
genrico
Local optimal solution found.
Objective value: 0.3150000E+09
Total solver iterations: 595
Variable Value Reduced Cost
O 250000.0 0.000000
D 250000.0 0.000000
FATOR 0.3000000 0.000000
CT 0.3150000E+09 0.000000
HOLDING( 1) 1666667. 0.000000
HOLDING( 2) 1666667. 0.000000
HOLDING( 3) 1666667. 0.000000
HOLDING( 4) 1666667. 0.000000
HOLDING( 5) 1666667. 0.000000
HOLDING( 6) 1666667. 0.000000
HOLDING( 7) 0.000000 0.000000
HOLDING( 8) 1666667. 0.000000
HOLDING( 9) 833333.3 0.000000
HOLDING( 10) 0.000000 0.000000
HOLDING( 11) 0.000000 0.000000
HOLDING( 12) 0.000000 0.000000
HOLDING( 13) 0.000000 0.000000
HOLDING( 14) 0.000000 0.000000
HOLDING( 15) 0.000000 0.000000
INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 7) 0.000000 0.000000
INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000
INSTAL( 10) 0.000000 0.000000
INSTAL( 11) 0.000000 0.000000
-
30
INSTAL( 12) 0.000000 0.000000
INSTAL( 13) 0.000000 0.000000
INSTAL( 14) 0.000000 0.000000
INSTAL( 15) 0.000000 0.000000
MANUS( 1) 333333.3 0.000000
MANUS( 2) 333333.3 0.000000
MANUS( 3) 333333.3 0.000000
MANUS( 4) 333333.3 0.000000
MANUS( 5) 333333.3 0.000000
MANUS( 6) 333333.3 0.000000
MANUS( 7) 0.000000 0.000000
MANUS( 8) 333333.3 0.000000
MANUS( 9) 166666.7 0.000000
MANUS( 10) 0.000000 0.000000
MANUS( 11) 0.000000 0.000000
MANUS( 12) 0.000000 0.000000
MANUS( 13) 0.000000 0.000000
MANUS( 14) 0.000000 0.000000
MANUS( 15) 0.000000 0.000000
H( 1) 50.00000 0.000000
H( 2) 50.00000 0.000000
H( 3) 50.00000 0.000000
H( 4) 50.00000 0.000000
H( 5) 50.00000 0.000000
H( 6) 50.00000 0.000000
H( 7) 50.00000 0.000000
H( 8) 50.00000 0.000000
H( 9) 50.00000 0.000000
H( 10) 50.00000 0.000000
H( 11) 50.00000 0.000000
H( 12) 50.00000 0.000000
H( 13) 50.00000 0.000000
H( 14) 50.00000 0.000000
H( 15) 50.00000 0.000000
F( 1) 0.1000000E-04 0.000000
F( 2) 0.1000000E-04 0.000000
F( 3) 0.1000000E-04 0.000000
F( 4) 0.1000000E-04 0.000000
F( 5) 0.1000000E-04 0.000000
F( 6) 0.1000000E+09 0.000000
F( 7) 0.1000000E+09 0.000000
-
31
F( 8) 0.1000000E+09 0.000000
F( 9) 0.1000000E+09 0.000000
F( 10) 0.1000000E+09 0.000000
F( 11) 0.1000000E+09 0.000000
F( 12) 0.1000000E+09 0.000000
F( 13) 0.1000000E+09 0.000000
F( 14) 0.1000000E+09 0.000000
F( 15) 0.1000000E+09 0.000000
M( 1) 10.00000 0.000000
M( 2) 10.00000 0.000000
M( 3) 10.00000 0.000000
M( 4) 10.00000 0.000000
M( 5) 10.00000 0.000000
M( 6) 10.00000 0.000000
M( 7) 10.00000 0.000000
M( 8) 10.00000 0.000000
M( 9) 10.00000 0.000000
M( 10) 10.00000 0.000000
M( 11) 10.00000 0.000000
M( 12) 10.00000 0.000000
M( 13) 10.00000 0.000000
M( 14) 10.00000 0.000000
M( 15) 10.00000 0.000000
LAMBF( 1) 33333.33 0.000000
LAMBF( 2) 33333.33 0.000000
LAMBF( 3) 33333.33 0.000000
LAMBF( 4) 33333.33 0.000000
LAMBF( 5) 33333.33 0.000000
LAMBF( 6) 33333.33 0.000000
LAMBF( 7) 0.000000 0.000000
LAMBF( 8) 33333.33 0.000000
LAMBF( 9) 16666.67 0.000000
LAMBF( 10) 0.000000 0.000000
LAMBF( 11) 0.000000 0.000000
LAMBF( 12) 0.000000 0.000000
LAMBF( 13) 0.000000 0.000000
LAMBF( 14) 0.000000 0.000000
LAMBF( 15) 0.000000 0.000000
LAMBC( 1) 33333.33 0.000000
LAMBC( 2) 33333.33 0.000000
LAMBC( 3) 33333.33 0.000000
-
32
LAMBC( 4) 33333.33 0.000000
LAMBC( 5) 33333.33 0.000000
LAMBC( 6) 33333.33 0.000000
LAMBC( 7) 0.000000 0.000000
LAMBC( 8) 33333.33 0.000000
LAMBC( 9) 16666.67 0.000000
LAMBC( 10) 0.000000 0.000000
LAMBC( 11) 0.000000 0.000000
LAMBC( 12) 0.000000 0.000000
LAMBC( 13) 0.000000 0.000000
LAMBC( 14) 0.000000 0.000000
LAMBC( 15) 0.000000 0.000000
A( 1) 33333.33 0.000000
A( 2) 33333.33 0.000000
A( 3) 33333.33 0.000000
A( 4) 33333.33 0.000000
A( 5) 33333.33 0.000000
A( 6) 33333.33 0.000000
A( 7) 0.000000 0.000000
A( 8) 33333.33 0.000000
A( 9) 16666.67 0.000000
A( 10) 0.000000 0.000000
A( 11) 0.000000 0.000000
A( 12) 0.000000 0.000000
A( 13) 0.000000 0.000000
A( 14) 0.000000 0.000000
A( 15) 0.000000 0.000000
X( 1) 0.000000 30.00000
X( 2) 0.000000 30.00000
X( 3) 0.000000 30.00000
X( 4) 0.000000 30.00000
X( 5) 0.000000 30.00000
X( 6) 0.000000 30.00000
X( 7) 0.000000 30.00000
X( 8) 0.000000 30.00000
X( 9) 0.000000 30.00000
X( 10) 0.000000 30.00000
X( 11) 0.000000 30.00000
X( 12) 0.000000 30.00000
X( 13) 0.000000 30.00000
X( 14) 0.000000 30.00000
-
33
X( 15) 0.000000 30.00000
XO( 1) 0.000000 0.000000
XO( 2) 0.000000 0.000000
XO( 3) 0.000000 0.000000
XO( 4) 0.000000 0.000000
XO( 5) 0.000000 0.000000
XO( 6) 0.000000 0.000000
XO( 7) 0.000000 0.000000
XO( 8) 0.000000 0.000000
XO( 9) 0.000000 0.000000
XO( 10) 0.000000 0.000000
XO( 11) 0.000000 0.000000
XO( 12) 0.000000 0.000000
XO( 13) 0.000000 0.000000
XO( 14) 0.000000 0.000000
XO( 15) 0.000000 0.000000
C( 1) 10000.00 0.000000
C( 2) 10000.00 0.000000
C( 3) 10000.00 0.000000
C( 4) 10000.00 0.000000
C( 5) 10000.00 0.000000
C( 6) 10000.00 0.000000
C( 7) 10000.00 0.000000
C( 8) 10000.00 0.000000
C( 9) 10000.00 0.000000
C( 10) 10000.00 0.000000
C( 11) 10000.00 0.000000
C( 12) 10000.00 0.000000
C( 13) 10000.00 0.000000
C( 14) 10000.00 0.000000
C( 15) 10000.00 0.000000
Row Slack or Surplus Dual Price
1 0.3150000E+09 -1.000000
2 -0.9400537E-08 -1.000000
3 0.000000 -1.000000
4 0.000000 -1.000000
5 0.000000 -1.000000
6 0.000000 -1.000000
7 0.000000 -1.000000
8 0.000000 -1.000000
-
34
9 0.000000 -1.000000
10 0.000000 -1.000000
11 0.000000 -1.000000
12 0.000000 -1.000000
13 0.000000 -1.000000
14 0.000000 -1.000000
15 0.000000 -1.000000
16 0.000000 -1.000000
17 0.000000 -1.000000
18 0.000000 -1.000000
19 0.000000 -1.000000
20 0.000000 -1.000000
21 0.000000 -1.000000
22 0.000000 -1.000000
23 0.000000 -1.000000
24 0.000000 -1.000000
25 0.000000 -1.000000
26 0.000000 -1.000000
27 0.000000 -1.000000
28 0.000000 -1.000000
29 0.000000 -1.000000
30 0.000000 -1.000000
31 0.000000 -1.000000
32 0.000000 -1.000000
33 0.000000 -1.000000
34 0.000000 -1.000000
35 0.000000 -1.000000
36 0.000000 -1.000000
37 0.000000 -1.000000
38 0.000000 -1.000000
39 0.000000 -1.000000
40 0.000000 -1.000000
41 0.000000 -1.000000
42 0.000000 -1.000000
43 0.000000 -1.000000
44 0.000000 -1.000000
45 0.000000 -1.000000
46 0.000000 -1.000000
47 0.000000 -1.000000
48 0.000000 -60.00000
49 0.000000 -60.00000
-
35
50 0.000000 -60.00000
51 0.000000 -60.00000
52 0.000000 -60.00000
53 0.000000 2940.000
54 0.000000 -60.00000
55 0.000000 2940.000
56 0.000000 5940.000
57 0.000000 -60.00000
58 0.000000 -60.00000
59 0.000000 -60.00000
60 0.000000 -60.00000
61 0.000000 -60.00000
62 0.000000 -60.00000
63 0.000000 30.00000
64 0.000000 30.00000
65 0.000000 30.00000
66 0.000000 30.00000
67 0.000000 30.00000
68 0.000000 30.00000
69 0.000000 30.00000
70 0.000000 30.00000
71 0.000000 30.00000
72 0.000000 30.00000
73 0.000000 30.00000
74 0.000000 30.00000
75 0.000000 30.00000
76 0.000000 30.00000
77 0.000000 30.00000
78 10000.00 0.000000
79 10000.00 0.000000
80 10000.00 0.000000
81 10000.00 0.000000
82 10000.00 0.000000
83 10000.00 0.000000
84 10000.00 0.000000
85 10000.00 0.000000
86 10000.00 0.000000
87 10000.00 0.000000
88 10000.00 0.000000
89 10000.00 0.000000
90 10000.00 0.000000
-
36
91 10000.00 0.000000
92 10000.00 0.000000
93 0.000000 0.000000
94 0.000000 0.000000
95 0.000000 0.000000
96 0.000000 0.000000
97 0.000000 0.000000
98 0.000000 0.000000
99 10000.00 0.000000
100 0.000000 0.000000
101 5000.000 0.000000
102 10000.00 0.000000
103 10000.00 0.000000
104 10000.00 0.000000
105 10000.00 0.000000
106 10000.00 0.000000
107 10000.00 0.000000
108 0.000000 0.000000
109 0.000000 60.00000
-
37
Anexo II Resultado da otimizao do modelo
aplicado ao Porto de Itaqui
Local optimal solution found.
Objective value: 0.5144465E+08
Total solver iterations: 27
Variable Value Reduced Cost
O 4631744. 0.000000
D 4631744. 0.000000
BETA 0.8070000E-02 0.000000
CT 0.5144465E+08 0.000000
HOLDING( 1) 1457219. 0.000000
HOLDING( 2) 167726.6 0.000000
HOLDING( 3) 0.000000 0.000000
HOLDING( 4) 0.000000 0.000000
HOLDING( 5) 0.000000 0.000000
HOLDING( 6) 0.000000 0.000000
HOLDING( 7) 0.000000 0.000000
HOLDING( 8) 0.000000 0.000000
HOLDING( 9) 0.000000 0.000000
HOLDING( 10) 0.000000 0.000000
HOLDING( 11) 0.000000 0.000000
HOLDING( 12) 0.000000 0.000000
HOLDING( 13) 0.000000 0.000000
HOLDING( 14) 1457082. 0.000000
HOLDING( 15) 1457082. 0.000000
INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000
INSTAL( 3) 0.000000 1.000000
INSTAL( 4) 0.000000 0.000000
INSTAL( 5) 0.000000 0.000000
INSTAL( 6) 0.000000 0.000000
INSTAL( 7) 0.000000 0.000000
INSTAL( 8) 0.000000 0.000000
INSTAL( 9) 0.000000 0.000000
INSTAL( 10) 0.000000 0.000000
INSTAL( 11) 0.000000 0.000000
-
38
INSTAL( 12) 0.000000 0.000000
INSTAL( 13) 0.000000 0.000000
INSTAL( 14) 1220400. 0.000000
INSTAL( 15) 1220400. 0.000000
MANUS( 1) 0.1427480E+08 0.000000
MANUS( 2) 1643036. 0.000000
MANUS( 3) 0.000000 0.000000
MANUS( 4) 0.000000 0.000000
MANUS( 5) 0.000000 0.000000
MANUS( 6) 0.000000 0.000000
MANUS( 7) 0.000000 0.000000
MANUS( 8) 0.000000 0.000000
MANUS( 9) 0.000000 0.000000
MANUS( 10) 0.000000 0.000000
MANUS( 11) 0.000000 0.000000
MANUS( 12) 0.000000 0.000000
MANUS( 13) 0.000000 0.000000
MANUS( 14) 0.1427346E+08 0.000000
MANUS( 15) 0.1427346E+08 0.000000
H( 1) 0.9800000 0.000000
H( 2) 0.9800000 0.000000
H( 3) 0.9800000 0.000000
H( 4) 0.9800000 0.000000
H( 5) 0.9800000 0.000000
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