Um modelo de otimização para expansão de portos

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i Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos Rafael Resende de Souza Leão Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Naval e Oceânico. Orientador: Raad Yahya Qassim Rio de Janeiro Agosto de 2014

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Projeto final de curso do aluno Rafael Leão na graduação de Engenharia Naval e Oceãnica.

Transcript of Um modelo de otimização para expansão de portos

  • i

    Um Modelo de Otimizao para Expanso de Capacidade de

    Portos

    Rafael Resende de Souza Leo

    Projeto de Graduao apresentado ao Curso de

    Engenharia Naval e Ocenica da Escola

    Politcnica, Universidade Federal do Rio de

    Janeiro, como parte dos requisitos necessrios

    obteno do ttulo de Engenheiro Naval e

    Ocenico.

    Orientador: Raad Yahya Qassim

    Rio de Janeiro

    Agosto de 2014

  • ii

    UM MODELO DE OTIMIZAO PARA EXPANSO DE CAPACIDADE DE PORTOS

    Rafael Resende de Souza Leo

    PROJETO DE GRADUAO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

    ENGENHARIA NAVAL E OCENICA DA ESCOLA POLITCNICA DA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

    NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E

    OCENICO.

    Examinado por:

    ______________________________________________

    Prof. Raad Yahya Qassim, D.Sc.

    ______________________________________________

    Prof., Luis Felipe Assis, D.Sc.

    ______________________________________________

    Prof., Luiz Vaz, D.Sc.

    RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL

    AGOSTO de 2014

  • iii

    Pedro Henrique dos Santos Lemos

    Pedro Soares Figueiredo

    Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de

    Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos

    Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/

    Escola Politcnica, 2014.

    VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

    Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/

    Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: pxx

    1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL

    4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

    Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e

    Informao. III. Ttulo.

    Pedro Henrique dos Santos Lemos

    Pedro Soares Figueiredo

    Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de

    Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos

    Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/

    Escola Politcnica, 2014.

    VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

    Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/

    Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: pxx

    1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL

    4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

    Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e

    Informao. III. Ttulo.

    Pedro Henrique dos Santos Lemos

    Pedro Soares Figueiredo

    Uma Anlise dos Novos Sistemas de Bancos de

    Dados Relacionais Escalveis/Pedro Henrique dos Santos

    Lemos e Pedro Soares Figueiredo. Rio de Janeiro: UFRJ/

    Escola Politcnica, 2014.

    VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

    Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/

    Curso de Engenharia de Computao e Informao, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: pxx

    1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL

    4. NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

    Politcnica, Curso de Engenharia de Computao e

    Informao. III. Ttulo.

    Leo, Rafael Resende de Souza

    Um Modelo de Otimizao para Expanso de

    Capacidade de Portos/Rafael Resende de Souza Leo.

    Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica, 2014.

    viii, 44 p.: il.; 29,7 cm.

    Orientador: Raad Yahya Qassim

    Projeto de Graduao UFRJ/Escola Politcnica/

    Curso de Engenharia Naval e Ocenica, 2014.

    Referncias Bibliogrficas: p. 28

    1. Cadeia de Suprimentos 2. Otimizao 3. Estocagem

    4. Portos. I. Qassim, Raad Yahya II. Universidade Federal

    do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia

    Naval e Ocenica. III. Titulo.

  • iv

    AGRADECIMENTOS

    Cursar ENGENHARIA NAVAL no foi, nem de perto, uma misso simples

    como eu esperava que fosse h oito anos quando escolhia meu curso de graduao,

    ainda em uma sala de aula do ensino mdio. Foi um caminho rduo. Em oito anos

    muitas coisas acontecem, vitrias, derrotas, alguns momentos de profunda

    desmotivao e vontade de desistir e muitos outros de felicidade, alegria e calmaria.

    queles que fizeram parte destes ltimos, segue meu agradecimento.

    minha famlia, em especial meus pais, por tudo que fizeram por mim ao longo

    desse perodo. Me deram todo apoio financeiro e emocional que puderam, e se no

    fosse por eles, com certeza no teria chegado ao final do tnel.

    Aos meus companheiros de Naval que, apesar da maioria ter se formado muito

    antes de mim, tornaram meus dias na faculdade mais agradveis. Uma pena que

    todos os semestres no podem ser como o primeiro. Apesar do distanciamento nessa

    reta final, o lugar de vocs est reservado na minha memria com muito carinho.

    Fluxo Consultoria e todos os membros que tive o prazer de conhecer nesses

    quase oito anos, obrigado! Essa empresa foi minha segunda casa, seus membros

    minha segunda famlia e o trabalho nela minha segunda faculdade. Obrigado por ter

    me ensinado muitas coisas, dentre elas quem sou e que caminho quero seguir.

    Por ltimo, no menos importante, agradeo aos professores da Naval por todo

    conhecimento passado durante esse perodo e em especial a meu orientador de

    projeto final, Qassim, por estar sempre disponvel para me ajudar, com a calma e

    didtica que um bom mestre deve ter.

  • v

    Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica/ UFRJ como parte

    dos requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Naval e Ocenico.

    Um Modelo de Otimizao para Expanso de Capacidade de Portos

    Rafael Resende de Souza Leo

    Junho/2014

    Orientador: Raad Yahya Qassim

    Curso: Engenharia Naval e Ocenica

    O estudo visando a otimizao de cadeias de suprimentos tem se tornado vital

    no planejamento estratgico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao

    cliente final por intermdio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por

    todo mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a

    necessidade de otimizar os custos de produo tornam imensamente complexa a

    logstica desta rede que forma o caminho do produto at o consumidor, como o caso

    da indstria de cosmticos e do seu eficiente marketing multinvel.

    O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de

    suprimentos de trs nveis pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da

    expanso de capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.

  • vi

    Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

    the requirements for the degree of Naval and Ocean Engineer.

    An Optmization Model for the Port Capacity Expansion

    Rafael Resende de Souza Leo

    June/2014

    Advisor: Raad Yahya Qassim

    Major: Naval and Ocean Engineering

    The study seeking the optimzation in supply chains has become vital to the

    strategic planning of worldwide companies that delivers their products to the final

    costumer using feeders, shopping centers and markets all around the world as

    intermediate. The high variety of products and feeders and the necessity of optimizing

    the production costs makes the logistics between the product and the costumer very

    complex, as is the case of cosmetics industry and its efficient multilevel marketing.

    The present aims to analyse how the three-level supply chain framework can be

    adapted to support the decision of expanding storage capacity of bulk cargo from a

    port.

  • vii

    Sumrio

    1. Introduo ......................................................................................................... 1

    2. Contexto ............................................................................................................ 1

    2.1. Operaes porturias ........................................................................... 1

    2.2. A cadeia de suprimento de trs nveis .................................................. 3

    3. Formulao do Problema .................................................................................. 4

    3.1. Premissas adotadas ............................................................................. 4

    3.1.1. Condies timas na entrada e sada do porto .............................. 4

    3.1.2. Perodo de anlise ......................................................................... 5

    3.2. Funo objetivo .................................................................................... 5

    3.3. Estrutura de Custo ............................................................................... 5

    3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost) ............................................... 5

    3.3.2. Custo de manuseio ........................................................................ 6

    3.3.3. Custo de instalao........................................................................ 6

    3.4. Condies de contorno ........................................................................ 7

    3.4.1. Fluxo mdio ................................................................................... 7

    3.4.2. Estoque .......................................................................................... 7

    3.4.3. Limite de carga em um silo durante um perodo de tempo ............. 7

    3.4.4. Oferta e demanda .......................................................................... 9

    3.4.5. Variveis no nulas ........................................................................ 9

    3.5. Resumo da nomenclatura empregada ................................................. 9

    4. Formulao Matemtica .................................................................................. 10

    5. Modelo Computacional .................................................................................... 11

    5.1. Modelo genrico ................................................................................ 11

    5.2. Anlise do resultado do modelo genrico ........................................... 13

    6. Estudo de caso ................................................................................................ 15

    6.1. Introduo .......................................................................................... 15

    6.2. Uma viso geral Soja no Brasil ....................................................... 15

  • viii

    6.3. O porto de Itaqui ................................................................................ 16

    6.3.1. A exportao de soja pelo Porto de Itaqui .................................... 18

    6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui ....................................... 19

    6.3.3. Estimativa do fator para o porto de Itaqui ................................. 20

    7. Modelo computacional aplicado ao estudo de caso ......................................... 21

    8. Anlise do resultado da otimizao do modelo aplicado ao Porto de Itaqui ..... 23

    8.1. Alocao do fluxo dentre as reas de estocagem .............................. 23

    8.2. A necessidade de abertura de novos silos de armazenagem ............. 24

    8.3. Custo total minimizado ....................................................................... 24

    9. Outras anlises e ponderaes ....................................................................... 25

    9.1. Impreciso dos dados de entrada ...................................................... 25

    9.2. Impreciso do modelo ........................................................................ 25

    9.3. Algumas outras possveis aplicaes ................................................. 26

    10. Consideraes finais ....................................................................................... 27

  • 1

    1. Introduo

    O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de

    suprimentos de trs nveis pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da

    expanso de capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.

    A gesto de cadeias de suprimentos (Supply Chain Management SCM) o o

    gerenciamento de todo processo produtivo de determinado produto, desde a obteno

    da matria prima at o produto entre ao cliente final (Wikipdia, 2013)

    O estudo visando a otimizao de cadeias de suprimentos tem se tornado vital

    no planejamento estratgico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao

    cliente final por intermdio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por

    todo mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a

    necessidade de otimizar os custos de produo tornam imensamente complexa a

    logstica desta rede que forma o caminho do produto at o consumidor, como o caso

    da indstria de cosmticos e do seu eficiente marketing multinvel. (Costa, Rodriguez,

    & Ladeira, 2005)

    Desde o incio deste tipo de anlise, diversos sistemas produtivos tm sido

    observados sob este foco. Por exemplo: uma fbrica pode ser interpretada como uma

    cadeia de suprimentos, onde o cliente final passa a ser o final da linha produtiva. Alm

    disso, ela pode ser tanto muito complexa como simplificada: ao mesmo tempo que

    pode-se detalhar o processo em um inmeras etapas, pode-se resumi-lo a trs nveis:

    inferior, intermedirio, superior (fbrica, distribuio, consumidor). A primeira forma

    mais utilizada quando se deseja uma viso local do processo, enquanto a segunda,

    simplificada, quando o foco uma otimizao global, como capacidade produtiva,

    nmeros de pontos de distribuio, etc.

    2. Contexto

    2.1. Operaes porturias

    O funo principal de um porto interligar os meios terrestre e martimo de

    transporte, em ambos os sentidos. O processo completo de importar determinada

    carga est esquematizada na Figura 1.

  • 2

    Figura 1 Esquema de operaes porturias comuns. (Park & Noh, 1987)

    Em geral, o navio chega ao bero de atraque com o auxlio de rebocadores e,

    dependendo do congestionamento do porto, pode ter que aguardar que o bero esteja

    livre. Aps atracado, a carga pode ou ser diretamente transportada para os terminais

    terrestres de transporte (rodovirio ou ferrovirio) ou direcionada para a rea de

    armazenagem, onde aguardar o momento de seu carregamento. A Figura 2

    apresenta um fluxograma com as etapas deste processo de exportao. O processo

    de exportao , obviamente, o reverso do apresentado. (Park & Noh, 1987)

    Figura 2 Fluxograma representativo do processo de importao de determinada carga. (Park &

    Noh, 1987)

  • 3

    O presente projeto tem como foco a regio B da Figura 2, ou seja, o manuseio

    da carga que est dentro do porto. Ser considerado apenas o processo de

    exportao de carga e esta sempre passar pela rea de armazenagem (warehouse).

    2.2. A cadeia de suprimento de trs nveis

    A principal referncia utilizada para o estudo de uma cadeia de suprimentos de

    trs nveis foi a publicao A location-inventory model for large three-level supply chain

    (Tancrez, Lange, & Semal, 2012) onde os autores utilizam este framework para

    analisar a caminho percorrido pelos produtos de uma fbrica de painis de vidro

    europia desde a fabricao at o consumidor. Os trs nveis da cadeia de suprimento

    so: a fbrica, o centro de distribuio e o cliente.

    O modelo apresentado integra trs decises: posicionamento dos centros de

    distribuio, alocao de fluxo de produtos e tamanho dos lotes das viagens. A cadeia

    de suprimentos inclui 10 fbricas e cerca de 500 consumidores distribudos por toda

    Europa. A Figura 3 apresenta esquematicamente a distribuio de fbricas, centros de

    distribuio e clientes.

    Figura 3 Esquema de distribuio produtos para os clientes via centros de distribuio (DC)

    (Tancrez et al., 2012)

    O presente relatrio analisar o processo de armazenagem de carga dentro de

    um porto de forma anloga apresentada na referncia (Tancrez et al., 2012) de

    forma que a fbrica f, o centro de distribuio d, e o cliente c sero, respectivamente, o

  • 4

    ponto de chegada da carga no porto por via terrestre, os silos de armazenagem da

    carga e o bero de atraque dos navios.

    3. Formulao do Problema

    Tem-se trs nveis em nossa cadeia de suprimento: superior, intermediria e

    inferior, correspondentes aos fornecedores (), rea de estocagem () e terminar de

    carregamento dos navios para os clientes (), respectivamente.

    O galpo de estocagem do porto formado reas de estocagem (), cada qual

    com sua capacidade mxima de armazenamento de gro ().

    O fluxo de gro () entre o ponto de chegada () e uma rea de estocagem

    () e o fluxo de gro () entre a rea de estocagem () e o terminal de navios (), no

    mesmo intervalo, so outputs do modelo. Estes fluxos so dados como contnuos, no

    considerando a entrega de lotes em bateladas.

    Sero consideradas constantes as taxas de produo e de exportao de gro,

    e os fluxos de carga sero balanceados para que toda carga produzida seja

    exportada.

    Deseja-se, neste problema, minimizar o custo final do porto, num

    determinado perodo, se considerando a estrutura de custos apresentada a seguir.

    3.1. Premissas adotadas

    3.1.1. Condies timas na entrada e sada do porto

    O objetivo do modelo estudar a otimizao da expanso do armazm do

    porto, tendo importncia secundria os pontos de chegada e de exportao de carga.

    Devido a isso, considerou-se que:

    Quando a carga chega no porto, ela imediatamente encaminhada para a

    rea de estocagem , no havendo fila de espera. Assim, pode-se

    desconsiderar a capacidade de armazenagem do ponto .

    No momento da exportao, toda carga que sai do armazm

    imediatamente embarcado em um navio, sempre havendo navios a espera,

    no criando filas de espera. Da mesma forma, pode-se desconsiderar a

    capacidade de armazenagem no ponto .

  • 5

    3.1.2. Perodo de anlise

    O presente problema ser analisado por um nico perodo de tempo que ser

    estabelecido, posteriormente, no estudo de caso. Por hora, este intervalo de tempo

    pode ser um ms, um ano, uma dcada. Com isso, se tem uma anlise global, rpida

    e simplificada. Caso fosse do interesse do estudar o problema em uma esfera mais

    local, um modelo multi-perodo seria mais adequado.

    3.2. Funo objetivo

    Como dito anteriormente, se quer minimizar o custo total do porto, logo tem-se:

    min (1)

    Onde,

    = [() + () + ()] (2)

    Na expresso 2, observa-se que o custo total igual soma dos custos de

    estocagem, instalao e manuseio de cada rea de estocagem.

    3.3. Estrutura de Custo

    3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost)

    O custo de estocagem envolve todo custo de manuteno das reas de carga

    e dado em unidade monetria por tonelada. O presente modelo analisa o balano

    geral de material dentro de um intervalo de tempo t que pode ser uma semana, um

    ms, um trimestre, etc. Por isso, esta anlise no trivial, visto que dentro deste

    perodo fluxo de gros ocorre em intervalos de tempo desiguais, e em quantidades

    tambm diferentes. A anlise feita utilizando o fluxo mdio de gros no perodo

    representativo para a multiplicao pelo custo de armazenagem.

    Tem-se ento:

    = ; (3)

    Onde

    Custo de estocagem da soja no silo por perodo [$/ton];

    Fluxo mdio de carga no silo em determinado perodo [d]

  • 6

    3.3.2. Custo de manuseio

    O custo de manuseio atrelado ao custo de controle, movimentao e logstica

    de armazenagem e dado em unidade monetria por gro. Este custo tambm

    obtido pela multiplicao de um valor unitrio pelo fluxo mdio de carga em

    determinada rea no dado perodo de tempo.

    Tem-se ento:

    = ( +

    ) ; (4)

    Onde

    Custo de manuseio de soja dentro dos armazns [$/ton];

    3.3.3. Custo de instalao

    O custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem est

    diretamente ligado ao processo de deciso do atual estudo. Caso um novo armazm

    seja aberto aplicado nele um custo referentes construo e incio da operao no

    mesmo. Caso apenas seja instalado mais um silo, o custo estaria relacionado

    compra do mesmo e sua instalao no porto.

    Faz-se necessrio a identificao da unidade de armazenagem como aberta

    ou no. O mais bvio seria a adio de uma varivel booleana que seria 1 se aberta

    ou 0 se fechada, e o custo fixo de instalao seria o produto . Porm,

    referncias (Tancrez et al., 2012) mostram que este recurso causa grande retardo no

    desempenho do cdigo de programao a ser desenvolvido para a aplicao do

    modelo matemtico.

    A soluo proposta pela mesma referncia se mostra mais interessante.

    Consideram-se todas as possveis reas de armazenagens como abertas. Porm, o

    custo fixo de instalao s ser aplicado quelas que apresentarem fluxo de soja

    maior que zero. Logo, tem-se o custo como:

    () =

    +

    2d ; (5)

    Onde

    Custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem [$];

    Fluxo mdio de carga no silo em determinado perodo [ton];

    Fluxo de um ponto a um ponto [ton];

  • 7

    Fluxo de um ponto a um ponto [ton].

    Repare que, caso exista fluxo

    o fator dar 1, caso contrrio 0.

    3.4. Condies de contorno

    3.4.1. Fluxo mdio

    O fluxo mdio em uma rea de armazenagem () dado pela mdia

    aritmtica do fluxo de entrada e do fluxo de sada desta mesma rea.

    =

    +

    2 (6)

    3.4.2. Estoque

    Deve-se definir uma varivel de estoque para se aplicar a condio de que este

    deve ser sempre menor do que a capacidade mxima do silo. Tem-se que o estoque

    ao final de um intervalo de tempo igual ao estoque inicial mais o que entrou no silo e

    menos o que foi retirado, como se pode ver na expresso 7.

    = +

    ; (7)

    ; (8)

    3.4.3. Limite de carga em um silo durante um perodo de

    tempo

    A condio de contorno apresentada no item 3.3.2 estabelece que o estoque

    final em um silo aps um determinado perodo de tempo seja menor do que sua

    capacidade mxima. Porm, se considerado o seguinte cenrio hipottico:

    Um silo de capacidade equivalente 10 mil toneladas com estoque

    inicial zero. Analisando ele por 1 ms. Supondo que neste perodo

    entraram 1 milho de toneladas e saram 1 milho de toneladas de

    gro.

    A limitao capacidade mxima do silo permite que esta operao seja

    realizada, visto que aplicando as expresses 7 e 8 tem-se:

    = 0 + 1.000.000 1.000.000 = 0

    0 10.000 =

  • 8

    Se isso de fato acontecesse, seria necessrio que o silo fosse carregado e

    descarregado por completo 100 vezes em menos de um ms, como mostra o seguinte

    grfico.

    Claramente isso no vivel. Logo, torna-se necessrio definir um limite

    aceitvel de carga que permitida entrar em determinada rea de carga.

    Este fator, que ser denominado , deve multiplicar o fluxo de entrada na rea

    de estocagem e ser menor do que a capacidade mxima do silo.

    ; (9)

    O valor de ir variar de caso para caso. Ele deve ser obtido atravs de uma

    anlise do ltimo ano do qual se possui dados sobre a capacidade de estocagem do

    porto e o total exportado por ele, admitindo que toda carga exportada necessariamente

    passou pela rea de armazenagem do porto.

    Exemplo hipottico:

    Existe um porto com trs silos de 10.000 toneladas de capacidade de

    carga em gros, cada. Em um ano, aquele porto exportou 150.000

    toneladas de gro.

    0

    2000

    4000

    6000

    8000

    10000

    12000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Curva de Estoque

  • 9

    Sabe-se que aquele porto est operando em sua capacidade mxima,

    formando filas para entrada na rea de estocagem, das cargas

    provenientes das fazendas.

    Se h uma capacidade total do porto de 30.000 toneladas (3 silos de

    10000 toneladas de capacidade), e uma movimentao total de 150.000

    toneladas, possvel sugerir que passaram 50.000 toneladas em cada

    silo.

    vlido avaliar o fator como sendo

    , ou seja:

    =10000

    50000= 0,2

    Avaliando a expresso 9, se teria:

    ;

    50.000 0.2 10.000 =

    3.4.4. Oferta e demanda

    A oferta de carga saindo do ponto de chegada e a demanda da mesma no

    ponto de sada so variveis de entrada do modelo. Porm, deve-se relacionar este

    valor com o fluxo de carga entre as estaes da cadeia de suprimentos com a

    seguinte condio de contorno:

    =

    (10)

    =

    (11)

    3.4.5. Variveis no nulas

    As variveis de sada e de estado do modelo devem ser limitadas como no

    nulas para que o modelo seja executado. Tem-se ento:

    0 1019 (12)

    0 1019 (13)

    0 1019 (14)

    3.5. Resumo da nomenclatura empregada

    Ponto de chegada do gro do fornecedor

    rea de armazenagem

    Entrega ao cliente, no caso, aos navios

    Fluxo contnuo de gros [toneladas]

  • 10

    o Fluxo de gros entre e

    o Fluxo de gros entre e

    Oferta. Total de gros que vieram das fbricas no perodo [tonelada]

    Demanda. Total de gros que foi embarcado para os navios no perodo

    [tonelada]

    Xd Quantidade de gros estocada na rea em dado intervalo de tempo

    [tonelada]

    o X0 Quantidade de gros estocada na rea antes do dado intervalo de

    tempo [tonelada]

    Fluxo mdio de gros na rea de estocagem , dada pela mdia entre o fluxo

    de chegada e de sada de gros em dado intervalo de tempo [tonelada]

    Capacidade mxima de armazenagem de gro da rea [tonelada]

    Custo de estocagem total da rea [$]

    Custo de manuseio total da rea [$]

    Custo de instalao total da rea [$]

    Custo de estocagem da soja dos armazns por perodo [$/gro.perodo]

    Custo de manuseio da soja no porto por perodo [$/gro.perodo]

    Custo fixo de instalao de uma nova rea de armazenagem [$]

    Fator limitador do fluxo de entrada em uma rea de armazenagem

    [adimensional]

    4. Formulao Matemtica

    min (1)

    = [() + () + ()] (2)

    = ; (3)

    = ( +

    ) ; (4)

    () =

    +

    2d ; (5)

    =

    +

    2 (6)

    = +

    ; (7)

    ; (8)

  • 11

    ; (9)

    =

    (10)

    =

    (11)

    0 1019 (12)

    0 1019 (13)

    0 1019 (14)

    5. Modelo Computacional

    5.1. Modelo genrico

    Inicialmente foi criado um modelo genrico para a verificao da modelagem

    matemtica. Para ele foram considerados valores aleatrios de custo, demanda, oferta

    e capacidade. Considerou-se tambm que a rea de estocagem d possui no mximo

    15 silos. Tal valor deve ser adaptado para aplicabilidade a um estudo de caso real.

    Dados de entrada do modelo:

    5 silos de armazenagem j existentes

    15 silos de armazenagem mximos aps expanso

    Custo de estocagem H = 50 $ para todos

    Custo de instalao F = 100.000.000 $ para todos

    Custo de manuseio M = 10 $ para todos

    Beta = 0,3

    Estoque inicial = 0 para todos

    Capacidade mxima = 10.000 para todos

    Oferta = Demanda = 250.000

    Segue abaixo o modelo gerado:

    MODEL:

    !MODELO DE OTIMIZAO DA EXPANSO DE UM PORTO DENTRO USANDO O

    FRAMEWORK

    DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRS NVEIS DE PERODO NICO;

  • 12

    SETS:

    s/1..15/: HOLD, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de

    armazenagem;

    H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,

    instalao e manuseio);

    lambf, lambc, !fluxo;

    A, X, Xo, C; !fluxo mdio, estoque, estoque

    inicial, capacidade mxima de estoque;

    ENDSETS

    DATA: !Inputs ao sistema;

    H = 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50;

    F = 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 100000000 100000000

    100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000

    100000000 ;

    M = 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10;

    C = 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000

    10000 10000 10000 10000 10000;

    Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;

    O = 250000; !Oferta;

    D = 250000; !Demanda;

    Beta = 0.3;

    ENDDATA

    !funcao objetivo;

    MIN = Ct; !(1);

    Ct = @SUM(s(i): HOLD(i) + INSTAL(i) + MANUS(i)); !(2);

    @FOR(s(i): HOLD(i)=H(i)*A(i)); !(3);

    @FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i))); !(4);

    @FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)* (lambf(i)+lambc(i))); !(5);

    @FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2); !(6);

  • 13

    @FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i))); !(7);

    @FOR(s(i): X(i)

  • 14

    A( 13) 0.000000 0.000000

    A( 14) 0.000000 0.000000

    A( 15) 0.000000 0.000000

    O principal resultado do modelo o quanto o porto deve expandir sua

    capacidade para atender uma futura demanda. Observa-se nos resultados do modelo

    que foram necessrios trs silos alm dos cinco j existentes para atender toda a

    oferta das fbricas.

    O valor 33.333,33 encontrado para fluxo mdio vem da limitao do fluxo de

    entrada pelo fator , o que mostra que a condio de contorno est atuando

    corretamente.

    Observando agora os resultados dos custos de instalao:

    INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 14) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 15) 0.000000 0.000000

    Pode-se ver que o valor do custo de instalao para os cinco primeiros silos foi

    dado como $ 0,00001, enquanto o dos novos silos foi dado como $ 100.000.000. Isso

    nos mostra que o recurso sugerido no item 3.2.3. de fato funcionou adequadamente no

    modelo.

    O modelo genrico apresentou-se adequado e pronto para ser aplicado a um

    caso real.

  • 15

    6. Estudo de caso

    6.1. Introduo

    Como apresentado inicialmente, utilizou-se o framework de uma cadeia de

    suprimentos de trs nveis no processo de deciso da expanso da capacidade de

    estoque de granel de um porto, mais especificamente da capacidade de

    armazenamento de soja do porto de Itaqui Maranho.

    6.2. Uma viso geral Soja no Brasil

    A soja, cujo nome originria da palavra japonesa shoyo, um gro

    originalmente oriental, rico em protenas, cultivado tanto para humanos quanto para

    animais. Pertencente famlia Fabaceae (assim como feijo, lentinha, ervilha) ela

    amplamente empregada na alimentao, principalmente na indstria de leos

    comestveis.

    O leo de soja o mais utilizado pela populao mundial no preparo de

    alimentos. Tambm extensivamente usado em raes animais. Outros produtos

    derivados da soja incluem leos, farinha, sabo, cosmticos, resinas, tintas, solventes

    e biodiesel.

    A soja reconhecida como uma das mais antigas plantas cultivadas no

    planeta, sendo conhecida e explorada no Oriente h mais de cinco mil anos. Apesar

    disso, foi ignorada pelo Ocidente at a segunda dcada do sculo vinte, quando os

    Estados Unidos da Amrica iniciaram sua explorao comercial, inicialmente como

    forrageira (destinada para alimentao de gado) e posteriormente como gro. Em

    1940, no auge do seu cultivo como forrageira, foram cultivados, neste pas, cerca de

    dois milhes de hectares com tal propsito.

    Em 1941, a rea cultivada para gros superou a para forragem, cujo cultivo

    declinou at desaparecer em meados dos anos 60, enquanto a rea cultivada para

    produo de gros crescia exponencialmente no s nos EUA como no Brasil,

    Argentina, entre outros.

    Em 2003, o Brasil figura como o segundo produtor mundial, responsvel por

    52, das 194 milhes de toneladas produzidas em nvel global ou 26,8% da safra

    mundial.

    Segundo dados da USDA (United States Department of Agriculture), na safra

    2011/2012, a produo mundial de soja foi de 236,38 milhes de toneladas, sendo

  • 16

    desses 65,50 milhes de toneladas produzidas no Brasil. Neste perodo o Brasil

    exportou 36,70 milhes de toneladas, se tornando o maior exportador mundial de soja

    em gro.

    6.3. O porto de Itaqui

    O porto de Itaqui um porto brasileiro localizado na cidade de So Luiz, no

    estado do Maranho. Ele est localizado no interior da Baa de So Marcos e seu

    acesso hidrovirio no conta com formao de barra. O canal de acesso possui uma

    profundidade natural mnima de 27 metros e largura de aproximadamente 1,8 km.

    Figura 4 Vista superior do Porto de Itaqui (Google Maps)

  • 17

    Figura 5 Localizao do porto de Itaqui (Google Maps)

    Infraestrutura do Porto

    Dimenses do Porto

    rea Primria Alfandegada: 174.000 m2.

    Profundidade do cais: 9m-19m

    Comprimento da faixa contnua de cais: 1.197m

    Comprimento do bero de exclusivo de derivados: 420m

    Infraestrutura operacional

    1.616m de cais acostvel com profundidade variando de 9m a 19m;

    6 beros de atracao;

    Sendo 1 exclusivo para lquidos e 5 tipo multiuso.

    Principais cargas embarcadas

    Alumnio, cobre, etanol, ferro-gusa, soja e farelo.

    Principais cargas importadas

    Antracita, arroz, cargas de projeto, calcrio, fertilizante, fluoreto, GLP,

    leo vegetal, trigo, trilhos e derivados de petrleo.

    Canal de acesso

    Baa de So Marcos

    Largura: 1.800m

    Profundidade: 30m

  • 18

    Equipamentos

    4 empilhadeiras (reach stackers) para movimentao de contineres;

    4 guindastes multiuso sobre rodas

    40 tomadas para fornecimento de energia eltrica a contineres reefers;

    20 empilhadeiras de garfo.

    Armazenagem

    4 silos verticais para gros com capacidade de 12.000 t;

    1 armazm de gros com capacidade de 8.000 t;

    310 mil m em tanques e esferas para armazenagem de lquidos.

    Dados para anlise:

    Ser considerado que dos 4 silos verticais para gros com capacidade de

    12.000t, 2 so dedicados para a armazenagem de soja.

    6.3.1. A exportao de soja pelo Porto de Itaqui

    A soja que escoa pelo porto proveniente no s de produtores maranhenses

    mas tambm como do norte do Mato Grosso, Tocantins e Piau.

    Os dados abaixo mostram como a exportao via Maranho tem crescido nos

    ltimos anos.

    Tabela 1 Exportaes anuais do Porto Itaqui (fonte: ANEC)

    Ano Exportaes (ton)

    2008 1.440.976,00

    2009 1.750.853,00

    2010 2.063.214,00

    2011 2.514.376,00

    2012 2.750.687,00

    2013 2.974.624,00

    Considerando o crescimento das exportaes linear, estimaram-se as

    exportaes nos anos seguintes. O grfico 1 mostra a regresso linear realizada com

    a ferramenta Excel e a expresso de sua funo linearizada.

  • 19

    Grfico 1 Tendncia linear das exportaes de soja do Porto de Itaqui

    O grfico 2, por sua vez, apresenta a estimativa das exportaes, segundo esta

    anlise de linear, at o ano de 2018.

    Grfico 2 Estimativa da exportao do porto para 2018

    Esta aproximao nos d uma estimativa de aproximadamente 4,63 milhes de

    toneladas exportadas em soja em 2018. Este valor ser a base do nosso estudo de

    expanso do porto.

    6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui

    Custo de estocagem

    O custo de estocagem , para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo a

    taxa para armazenagem de mercadorias embarcadas em navegaes de longo curso

    por tonelada, no primeiro ms ou frao.

    -

    500.000,00

    1.000.000,00

    1.500.000,00

    2.000.000,00

    2.500.000,00

    3.000.000,00

    3.500.000,00

    4.000.000,00

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

    Exportao de soja por ano

    2.974.624,00

    4.631.743,95

    -

    500.000,00

    1.000.000,00

    1.500.000,00

    2.000.000,00

    2.500.000,00

    3.000.000,00

    3.500.000,00

    4.000.000,00

    4.500.000,00

    5.000.000,00

    2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

    Exportao de soja por ano

  • 20

    Para tal, foi considerado que nenhuma carga ficou mais do que um ms nos

    silos de armazenagem.

    Foi obtido na referncia [x] o seguinte valor, em reais:

    = 0,98 R$/ton

    Custo de manuseio

    O custo de manuseio , para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo o

    somatrio das seguintes taxas, todas por tonelada:

    Utilizao da infraestrutura de proteo e acesso aquavirio: 1,93

    R$/ton

    Utilizao da infraestrutura terrestre: 1,88 R$/ton

    Utilizao do descarregador pneumtico de 200 ton/hora: 0,99 R$/ton

    Estes valores foram obtidos no site do Porto de Itaqui (Porto de Itaqui, 2014)

    somando, em reais:

    = 4,80 R$/ton

    Custo de instalao

    Segundo uma construtora de armazns graneleiros apud Renata Ferrari

    [FERRARI, 2006], o preo padro adotado pelo mercado para construo de armazm

    de US$ 45,00 por tonelada. Convertendo para real, segundo valor do dlar comercial

    de 27/03/2014 de 2,26 R$, tem-se o custo de R$ 101,70 por tonelada de soja a ser

    armazenada.

    Logo, para o silo de 12.000 toneladas:

    = 1.220.400,00 R$

    6.3.3. Estimativa do fator para o porto de Itaqui

    Em 2013, a exportao de soja pelo porto totalizou 2.974.624 toneladas de

    soja. Considerando 2 silos como dedicados a armazenagem de soja, supe-se que

    cada silo armazenou 1.487.312 de toneladas.

    Como cada silo possui 12.000 t de capacidade, calcula-se que o fator ser:

    =12.000

    1.487.312= 0,00807

  • 21

    7. Modelo computacional aplicado ao

    estudo de caso

    Baseado nas informaes obtidas no item 5 do presente relatrio, o modelo

    computacional genrico criado foi adaptado para a realidade a ser estudada. Este

    apresentado abaixo.

    MODEL:

    !MODELO DE OTIMIZAO DA EXPANSO DE UM PORTO DENTRO USANDO O

    FRAMEWORK

    DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRS NVEIS DE PERODO NICO;

    SETS:

    s/1..15/: HOLDING, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de

    armazenagem;

    H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,

    instalao e manuseio);

    lambf, lambc, !fluxo;

    A, X, Xo, C; !fluxo mdio, estoque, estoque

    inicial, capacidade mxima de estoque;

    ENDSETS

    DATA: !Inputs ao sistema;

    H = 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98

    0.98 0.98 ;

    F = 0.00001 0.00001 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400

    1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 ;

    M = 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 ;

    C = 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000

    12000 12000 12000 12000 12000 ;

    Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;

    O = 4631744; !Oferta;

    D = 4631744; !Demanda;

    Beta = 0.00807;

  • 22

    ENDDATA

    !funcao objetivo;

    MIN = Ct; !(1);

    Ct = @SUM(s(i): HOLDING(i) + INSTAL(i) + MANUS(i)); !(2);

    @FOR(s(i): HOLDING(i)=H(i)*A(i)); !(3);

    @FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)*(lambf(i)+lambc(i)));

    !(4);

    @FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i))); !(5);

    @FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2); !(6);

    @FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i))); !(7);

    @FOR(s(i): X(i)

  • 23

    8. Anlise do resultado da otimizao do

    modelo aplicado ao Porto de Itaqui

    O relatrio completo gerado pelo LINGO encontra-se no Anexo II.

    A anlise do relatrio ser feita sob trs aspectos:

    Alocao de fluxo dentre as reas de estocagem

    A necessidade da abertura de um novo silo de estocagem

    Custo total minimizado

    8.1. Alocao do fluxo dentre as reas de estocagem

    O fluxo de entrada e sada das reas de estocagem so:

    Tabela 2 Fluxo de entrada e sada de carga nos silos

    rea de

    estocagem

    = LAMBF

    (toneladas)

    = LAMBC

    (toneladas)

    1 1486958,0 1486958,0

    2 171149,6 171149,6

    14 1486958,0 1486958,0

    15 1486958,0 1486958,0

    Pode-se notar que as condies de contorno de balano de material no silo (7,

    8), junto com a imposio da oferta e demanda como somatrio dos fluxos de entrada

    e sada (10, 11) e da impossibilidade de existir estoque negativo (14) condicionaram

    os fluxos de entrada e sada de cada rea de carga a serem iguais, gerando um

    estoque final zero. Isto s ocorreu pois foi estabelecido como dado de entrada que a

    oferta e a demanda possuam valores iguais.

    O fluxo de 1.486.958 toneladas de soja nos silos 1, 14 e 15 deve-se condio

    de contorno 9, que estabelece um limite mximo de entrada de soja durante o perodo

    de 1 ano por meio do fator , que foi definido como 0,00807 para o porto de Itaqui.

    Outra observao pertinente o fato do silo 2, que j existia no porto, ter sido

    subutilizado enquanto os dois silos novos terem sido utilizados at seu limite mximo.

    Como nem a funo objetivo nem as condies de contorno estabelecem uma

    diferena de custo na utilizao de um silo ou outro, para o modelo indiferente a

  • 24

    quantidade de carga movimentada em cada um, desde que o somatrio seja o mesmo

    e a mesma quantidade de novos silos sejam abertos.

    8.2. A necessidade de abertura de novos silos de

    armazenagem

    Como pode ser facilmente observado no relatrio do modelo e na Tabela 2, a

    demanda superou a capacidade mxima dos dois silos j existentes fazendo

    necessria a abertura de dois novos silos. Este o principal resultado do estudo.

    Como ser discutido posteriormente neste relatrio, a impreciso das

    estimativas realizadas na obteno dos dados de entrada, assim como a falta de

    meios de obteno de uma estimativa mais segmentada dos custos operacionais e de

    instalao das reas de estocagem, no permitem que se afirme com segurana que o

    Porto de Itaqui deve, realmente, expandir sua rea de estocagem em dois silos de 12

    mil toneladas de capacidade.

    Porm, considerando que o estudo tem como objetivo apresentar o modelo da

    cadeia de suprimentos como um framework para a otimizao da expanso da rea de

    armazenagem de um porto, pode-se afirmar que este objetivo foi atingido.

    8.3. Custo total minimizado

    O modelo apresentou o seguinte resultado para a varivel a ser minimizada: o

    custo total.

    = $ 51.440.000,00

    O valor de aproximadamente 51,5 milhes de reais representa a soma do custo

    de armazenagem e manuseio de 4,63 milhes de toneladas de soja no ano de 2018

    somados do custo de instalao de dois silos de 12 mil toneladas de capacidade.

    No item 8.2 j foi citada a impreciso dos dados de entrada e esta discusso

    ser aprofundada posteriormente. Porm, j fica claro que este resultado possui pouco

    valor de anlise para o presente estudo. Alm disso, este valor agregado de custo

    operacional e de instalao dos silos dificilmente encontrado na literatura, de modo

    que uma comparao do valor obtido pelo modelo com um real.

    Entretanto, ele deve ser citado como um resultado importante. Se fosse o caso

    de um projeto de consultoria, onde o desenvolvedor do estudo tivesse acesso a

    informaes, tais como, o fluxo de caixa detalhado do porto durante certo perodo,

    certamente um valor preciso poderia ser obtido.

  • 25

    9. Outras anlises e ponderaes

    9.1. Impreciso dos dados de entrada

    No item 1 Introduo do presente relatrio, apresenta-se como objetivo do

    estudo a anlise de como o framework de uma cadeia de suprimentos de trs nveis

    pode ser adaptado para apoiar o processo de deciso da expanso de capacidade de

    armazenamento de carga granel de um porto.

    Tendo em vista este objetivo e o carter acadmico do projeto, certa liberdade

    para a estimativa superficial de dados de entrada do modelo foi considerada aceita.

    Entre tais aberturas, tem-se:

    O valor da demanda de soja em Itaqui foi estimado desconsiderando

    fatores macroeconmicos que podem influenciar numa reduo de

    crescimento da exportao da soja brasileira;

    Os valores do custo de armazenagem e de manuseio foram obtidos a

    partir de taxas cobradas aos proprietrios da carga movimentada pelo

    porto. Valores estes que, obviamente, possuem uma porcentagem

    desconhecida destinada para o lucro do porto;

    O fator estimado sem considerar a taxa de ocupao, que

    desconhecida, dos silos de soja existentes neste ano;

    O custo de instalao foi determinado utilizando uma relao obtida em

    e cuja base estatstica usada para gerao de tal valor desconhecida.

    Fica claro que, praticamente todos os valores utilizados como dados de entrada

    so frutos de uma estimativa fraca, consequente do no acesso a informaes mais

    reais por parte do autor. Assim, quantitativamente os resultados do estudo podem ser

    considerados invlidos, contudo continua vlida a proposta do estudo e sua

    relevncia.

    9.2. Impreciso do modelo

    No desenvolvimento de um modelo matemtico de otimizao, faz-se

    necessrio ter em mente que tipo de informaes estaro disponveis para anlise.

    Pouco adianta desenvolver um modelo cujos inputs so impossveis de serem obtidos

    ou at mesmo estimados. Por outro lado, o modelo deve se aproximar o tanto quanto

    vivel da representao da realidade, mesmo que isso envolva certo esforo na

    obteno/estimativa de certos dados de input.

  • 26

    No presente projeto, a falta de acesso a informaes detalhadas dos custos

    operacionais do porto exigiram que o projetista considera-se estes como uma

    composio de custo de estocagem e de manuseio, o que como visto no item 9.1

    agrega um erro quantitativo ao resultado.

    No caso de acesso total s informaes financeiras do porto, uma composio

    do custo como a da Figura 6 poderia ser apresentada como mais interessante.

    Figura 6 Composio financeira de receita e custos de um porto (Park & Noh, 1987)

    9.3. Algumas outras possveis aplicaes

    O princpio da aplicao de uma cadeia de suprimentos na otimizao de um

    processo interno de um porto pode ser adaptado para outros estudos de casos, como:

    Otimizao da expanso dos beros de atracagem de navios () ou da

    rea de recepo da carga por via terrestre ();

    Minimizao do custo de operao da oficina de pintura de blocos

    curvos de um estaleiro;

    Otimizar a distribuio de espao reservado para a armazenagem de

    diferentes tipos de carga granel no porto, visando maximizao do

    lucro;

  • 27

    Estas so trs, dentro de um infinito de possibilidades de aplicao do princpio

    apresentado dentro das diversas reas da industrial naval e de transporte martimo. O

    importante ter em mente que para cada aplicao, um novo modelo com novas

    condies de contorno devem ser planejado.

    Alm disso, dentro do mesmo contexto do presente relatrio, diferentes

    objetivos poderiam ser alcanados como pequenas modificaes no modelo. Entre

    elas, a considerao de mltiplos perodos de tempo, aplicar o balano de fluxo de

    carga tambm nas estaes e da cadeia de suprimentos, e aumentar o nmero de

    nveis de trs para cinco, seis, ou at mais. Estas alteraes dependendo

    principalmente do nvel de detalhamento desejado para o estudo e do conjunto de

    dados disponveis para a anlise.

    10. Consideraes finais

    O estudo das aplicaes do framework de cadeia de suprimentos torna-se cada

    vez mais importante com o aumento da complexidade do processo de distribuio de

    produtos industrializados em todo mundo. Junto, cresce o estudo por novos mtodos

    de otimizao visando reduo de custos de transporte, armazenagem e etc.

    Este apenas um caso de tecnologia desenvolvida para uma certa indstria

    que pode ser adaptada e utilizada para a aplicaes na indstria de construo naval

    e de transporte martimo.

    O autor considera o objetivo do presente projeto alcanado, visto que mesmo

    com as incertezas provenientes das estimativas necessrias, os resultados

    encontrados encontram-se coerentes com o esperado, ratificando a validade do

    estudo.

  • 28

    Reviso Bibliogrfica

    COSTA, J. C., RODRIGUEZ, J. B., LADEIRA, W. J., 2005. A gesto da cadeia de

    suprimentos: teoria e prtica. In XXV Encontro Nacional de Engenharia de

    Produao (pp. 691698). Porto Alegre, RS, Brasil.

    DAMBROSIO, M. A., REDIVO, A., 2009. Custos Da Padronizao E Armazenagem

    Da Soja Em Armazm Prprio No Municpio De Sorriso/Mt. Revista

    Contabilidade & Amaznia, 118133.

    FERRARI, R. C., 2006. Utilizao de modelo matemtico de otimizao para

    identificao de locais para instalao de unidades armazenadoras de soja no

    estado do Mato Grosso. Universidade de So Paulo.

    GIOVINE, H., 2010. Estudo sobre processos de armazenagem de gros um estudo

    de caso - regio de francisco Beltro - PR, 139152.

    LOPES, H., PONTES, J., 2009. Problemas logsticos na exportao brasileira da soja

    em gro, 4.

    MARTINS, R. S., PRATI, C. A., CONTE, H., 2005. Decises Estratgicas na Logstica

    do Agronegcio: Compensao de Custos Transporte-Armazenagem para a

    Soja no Estado do Paran, 5378.

    PARK, C. S., NOH, Y. D.,1987. An interactive port capacity expansion simulation

    model. Engineering Costs and Production Economics, 109124.

    Porto de Itaqui. (2014). Tarifas. Disponvel em:

    Acesso em: 12 de Abril, 2014.

    TANCREZ, J. S., LANGE, J. C., SEMAL, P., 2012. A location-inventory model for

    large three-level supply chains. , 48(2), 485502.

    Wikipdia. (2013). Gesto da cadeia de suprimentos. Disponvel em: <

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestao_da_cadeia_de_suprimentos.> Acesso em: 12

    de Janeiro, 2014.

  • 29

    Anexo I Resultado da otimizao do modelo

    genrico

    Local optimal solution found.

    Objective value: 0.3150000E+09

    Total solver iterations: 595

    Variable Value Reduced Cost

    O 250000.0 0.000000

    D 250000.0 0.000000

    FATOR 0.3000000 0.000000

    CT 0.3150000E+09 0.000000

    HOLDING( 1) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 2) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 3) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 4) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 5) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 6) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 7) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 8) 1666667. 0.000000

    HOLDING( 9) 833333.3 0.000000

    HOLDING( 10) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 11) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 12) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 13) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 14) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 15) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000

    INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

  • 30

    INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 14) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 15) 0.000000 0.000000

    MANUS( 1) 333333.3 0.000000

    MANUS( 2) 333333.3 0.000000

    MANUS( 3) 333333.3 0.000000

    MANUS( 4) 333333.3 0.000000

    MANUS( 5) 333333.3 0.000000

    MANUS( 6) 333333.3 0.000000

    MANUS( 7) 0.000000 0.000000

    MANUS( 8) 333333.3 0.000000

    MANUS( 9) 166666.7 0.000000

    MANUS( 10) 0.000000 0.000000

    MANUS( 11) 0.000000 0.000000

    MANUS( 12) 0.000000 0.000000

    MANUS( 13) 0.000000 0.000000

    MANUS( 14) 0.000000 0.000000

    MANUS( 15) 0.000000 0.000000

    H( 1) 50.00000 0.000000

    H( 2) 50.00000 0.000000

    H( 3) 50.00000 0.000000

    H( 4) 50.00000 0.000000

    H( 5) 50.00000 0.000000

    H( 6) 50.00000 0.000000

    H( 7) 50.00000 0.000000

    H( 8) 50.00000 0.000000

    H( 9) 50.00000 0.000000

    H( 10) 50.00000 0.000000

    H( 11) 50.00000 0.000000

    H( 12) 50.00000 0.000000

    H( 13) 50.00000 0.000000

    H( 14) 50.00000 0.000000

    H( 15) 50.00000 0.000000

    F( 1) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 2) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 3) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 4) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 5) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 6) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 7) 0.1000000E+09 0.000000

  • 31

    F( 8) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 9) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 10) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 11) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 12) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 13) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 14) 0.1000000E+09 0.000000

    F( 15) 0.1000000E+09 0.000000

    M( 1) 10.00000 0.000000

    M( 2) 10.00000 0.000000

    M( 3) 10.00000 0.000000

    M( 4) 10.00000 0.000000

    M( 5) 10.00000 0.000000

    M( 6) 10.00000 0.000000

    M( 7) 10.00000 0.000000

    M( 8) 10.00000 0.000000

    M( 9) 10.00000 0.000000

    M( 10) 10.00000 0.000000

    M( 11) 10.00000 0.000000

    M( 12) 10.00000 0.000000

    M( 13) 10.00000 0.000000

    M( 14) 10.00000 0.000000

    M( 15) 10.00000 0.000000

    LAMBF( 1) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 2) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 3) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 4) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 5) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 6) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 7) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 8) 33333.33 0.000000

    LAMBF( 9) 16666.67 0.000000

    LAMBF( 10) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 11) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 12) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 13) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 14) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 15) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 1) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 2) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 3) 33333.33 0.000000

  • 32

    LAMBC( 4) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 5) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 6) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 7) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 8) 33333.33 0.000000

    LAMBC( 9) 16666.67 0.000000

    LAMBC( 10) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 11) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 12) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 13) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 14) 0.000000 0.000000

    LAMBC( 15) 0.000000 0.000000

    A( 1) 33333.33 0.000000

    A( 2) 33333.33 0.000000

    A( 3) 33333.33 0.000000

    A( 4) 33333.33 0.000000

    A( 5) 33333.33 0.000000

    A( 6) 33333.33 0.000000

    A( 7) 0.000000 0.000000

    A( 8) 33333.33 0.000000

    A( 9) 16666.67 0.000000

    A( 10) 0.000000 0.000000

    A( 11) 0.000000 0.000000

    A( 12) 0.000000 0.000000

    A( 13) 0.000000 0.000000

    A( 14) 0.000000 0.000000

    A( 15) 0.000000 0.000000

    X( 1) 0.000000 30.00000

    X( 2) 0.000000 30.00000

    X( 3) 0.000000 30.00000

    X( 4) 0.000000 30.00000

    X( 5) 0.000000 30.00000

    X( 6) 0.000000 30.00000

    X( 7) 0.000000 30.00000

    X( 8) 0.000000 30.00000

    X( 9) 0.000000 30.00000

    X( 10) 0.000000 30.00000

    X( 11) 0.000000 30.00000

    X( 12) 0.000000 30.00000

    X( 13) 0.000000 30.00000

    X( 14) 0.000000 30.00000

  • 33

    X( 15) 0.000000 30.00000

    XO( 1) 0.000000 0.000000

    XO( 2) 0.000000 0.000000

    XO( 3) 0.000000 0.000000

    XO( 4) 0.000000 0.000000

    XO( 5) 0.000000 0.000000

    XO( 6) 0.000000 0.000000

    XO( 7) 0.000000 0.000000

    XO( 8) 0.000000 0.000000

    XO( 9) 0.000000 0.000000

    XO( 10) 0.000000 0.000000

    XO( 11) 0.000000 0.000000

    XO( 12) 0.000000 0.000000

    XO( 13) 0.000000 0.000000

    XO( 14) 0.000000 0.000000

    XO( 15) 0.000000 0.000000

    C( 1) 10000.00 0.000000

    C( 2) 10000.00 0.000000

    C( 3) 10000.00 0.000000

    C( 4) 10000.00 0.000000

    C( 5) 10000.00 0.000000

    C( 6) 10000.00 0.000000

    C( 7) 10000.00 0.000000

    C( 8) 10000.00 0.000000

    C( 9) 10000.00 0.000000

    C( 10) 10000.00 0.000000

    C( 11) 10000.00 0.000000

    C( 12) 10000.00 0.000000

    C( 13) 10000.00 0.000000

    C( 14) 10000.00 0.000000

    C( 15) 10000.00 0.000000

    Row Slack or Surplus Dual Price

    1 0.3150000E+09 -1.000000

    2 -0.9400537E-08 -1.000000

    3 0.000000 -1.000000

    4 0.000000 -1.000000

    5 0.000000 -1.000000

    6 0.000000 -1.000000

    7 0.000000 -1.000000

    8 0.000000 -1.000000

  • 34

    9 0.000000 -1.000000

    10 0.000000 -1.000000

    11 0.000000 -1.000000

    12 0.000000 -1.000000

    13 0.000000 -1.000000

    14 0.000000 -1.000000

    15 0.000000 -1.000000

    16 0.000000 -1.000000

    17 0.000000 -1.000000

    18 0.000000 -1.000000

    19 0.000000 -1.000000

    20 0.000000 -1.000000

    21 0.000000 -1.000000

    22 0.000000 -1.000000

    23 0.000000 -1.000000

    24 0.000000 -1.000000

    25 0.000000 -1.000000

    26 0.000000 -1.000000

    27 0.000000 -1.000000

    28 0.000000 -1.000000

    29 0.000000 -1.000000

    30 0.000000 -1.000000

    31 0.000000 -1.000000

    32 0.000000 -1.000000

    33 0.000000 -1.000000

    34 0.000000 -1.000000

    35 0.000000 -1.000000

    36 0.000000 -1.000000

    37 0.000000 -1.000000

    38 0.000000 -1.000000

    39 0.000000 -1.000000

    40 0.000000 -1.000000

    41 0.000000 -1.000000

    42 0.000000 -1.000000

    43 0.000000 -1.000000

    44 0.000000 -1.000000

    45 0.000000 -1.000000

    46 0.000000 -1.000000

    47 0.000000 -1.000000

    48 0.000000 -60.00000

    49 0.000000 -60.00000

  • 35

    50 0.000000 -60.00000

    51 0.000000 -60.00000

    52 0.000000 -60.00000

    53 0.000000 2940.000

    54 0.000000 -60.00000

    55 0.000000 2940.000

    56 0.000000 5940.000

    57 0.000000 -60.00000

    58 0.000000 -60.00000

    59 0.000000 -60.00000

    60 0.000000 -60.00000

    61 0.000000 -60.00000

    62 0.000000 -60.00000

    63 0.000000 30.00000

    64 0.000000 30.00000

    65 0.000000 30.00000

    66 0.000000 30.00000

    67 0.000000 30.00000

    68 0.000000 30.00000

    69 0.000000 30.00000

    70 0.000000 30.00000

    71 0.000000 30.00000

    72 0.000000 30.00000

    73 0.000000 30.00000

    74 0.000000 30.00000

    75 0.000000 30.00000

    76 0.000000 30.00000

    77 0.000000 30.00000

    78 10000.00 0.000000

    79 10000.00 0.000000

    80 10000.00 0.000000

    81 10000.00 0.000000

    82 10000.00 0.000000

    83 10000.00 0.000000

    84 10000.00 0.000000

    85 10000.00 0.000000

    86 10000.00 0.000000

    87 10000.00 0.000000

    88 10000.00 0.000000

    89 10000.00 0.000000

    90 10000.00 0.000000

  • 36

    91 10000.00 0.000000

    92 10000.00 0.000000

    93 0.000000 0.000000

    94 0.000000 0.000000

    95 0.000000 0.000000

    96 0.000000 0.000000

    97 0.000000 0.000000

    98 0.000000 0.000000

    99 10000.00 0.000000

    100 0.000000 0.000000

    101 5000.000 0.000000

    102 10000.00 0.000000

    103 10000.00 0.000000

    104 10000.00 0.000000

    105 10000.00 0.000000

    106 10000.00 0.000000

    107 10000.00 0.000000

    108 0.000000 0.000000

    109 0.000000 60.00000

  • 37

    Anexo II Resultado da otimizao do modelo

    aplicado ao Porto de Itaqui

    Local optimal solution found.

    Objective value: 0.5144465E+08

    Total solver iterations: 27

    Variable Value Reduced Cost

    O 4631744. 0.000000

    D 4631744. 0.000000

    BETA 0.8070000E-02 0.000000

    CT 0.5144465E+08 0.000000

    HOLDING( 1) 1457219. 0.000000

    HOLDING( 2) 167726.6 0.000000

    HOLDING( 3) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 4) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 5) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 6) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 7) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 8) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 9) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 10) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 11) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 12) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 13) 0.000000 0.000000

    HOLDING( 14) 1457082. 0.000000

    HOLDING( 15) 1457082. 0.000000

    INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

    INSTAL( 3) 0.000000 1.000000

    INSTAL( 4) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 5) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 6) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 8) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 9) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

  • 38

    INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

    INSTAL( 14) 1220400. 0.000000

    INSTAL( 15) 1220400. 0.000000

    MANUS( 1) 0.1427480E+08 0.000000

    MANUS( 2) 1643036. 0.000000

    MANUS( 3) 0.000000 0.000000

    MANUS( 4) 0.000000 0.000000

    MANUS( 5) 0.000000 0.000000

    MANUS( 6) 0.000000 0.000000

    MANUS( 7) 0.000000 0.000000

    MANUS( 8) 0.000000 0.000000

    MANUS( 9) 0.000000 0.000000

    MANUS( 10) 0.000000 0.000000

    MANUS( 11) 0.000000 0.000000

    MANUS( 12) 0.000000 0.000000

    MANUS( 13) 0.000000 0.000000

    MANUS( 14) 0.1427346E+08 0.000000

    MANUS( 15) 0.1427346E+08 0.000000

    H( 1) 0.9800000 0.000000

    H( 2) 0.9800000 0.000000

    H( 3) 0.9800000 0.000000

    H( 4) 0.9800000 0.000000

    H( 5) 0.9800000 0.000000

    H( 6) 0.9800000 0.000000

    H( 7) 0.9800000 0.000000

    H( 8) 0.9800000 0.000000

    H( 9) 0.9800000 0.000000

    H( 10) 0.9800000 0.000000

    H( 11) 0.9800000 0.000000

    H( 12) 0.9800000 0.000000

    H( 13) 0.9800000 0.000000

    H( 14) 0.9800000 0.000000

    H( 15) 0.9800000 0.000000

    F( 1) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 2) 0.1000000E-04 0.000000

    F( 3) 1220400. 0.000000

    F( 4) 1220400. 0.000000

    F( 5) 1220400. 0.000000

    F( 6) 1220400. 0.000000

    F( 7) 1220400. 0.000000

  • 39

    F( 8) 1220400. 0.000000

    F( 9) 1220400. 0.000000

    F( 10) 1220400. 0.000000

    F( 11) 1220400. 0.000000

    F( 12) 1220400. 0.000000

    F( 13) 1220400. 0.000000

    F( 14) 1220400. 0.000000

    F( 15) 1220400. 0.000000

    M( 1) 4.800000 0.000000

    M( 2) 4.800000 0.000000

    M( 3) 4.800000 0.000000

    M( 4) 4.800000 0.000000

    M( 5) 4.800000 0.000000

    M( 6) 4.800000 0.000000

    M( 7) 4.800000 0.000000

    M( 8) 4.800000 0.000000

    M( 9) 4.800000 0.000000

    M( 10) 4.800000 0.000000

    M( 11) 4.800000 0.000000

    M( 12) 4.800000 0.000000

    M( 13) 4.800000 0.000000

    M( 14) 4.800000 0.000000

    M( 15) 4.800000 0.000000

    LAMBF( 1) 1486958. 0.000000

    LAMBF( 2) 171149.6 0.000000

    LAMBF( 3) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 4) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 5) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 6) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 7) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 8) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 9) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 10) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 11) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 12) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 13) 0.000000 0.000000

    LAMBF( 14) 1486818. 0.000000

    LAMBF( 15) 1486818. 0.000000

    LAMBC( 1) 1486958. 0.000000

    LAMBC( 2) 171149.6 0.000000

    LAMBC( 3) 0.000000 0.000000

  • 40

    LAMBC( 4) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 5) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 6) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 7) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 8) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 9) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 10) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 11) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 12) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 13) 0.000000 0.9999990E+30

    LAMBC( 14) 1486818. 0.000000

    LAMBC( 15) 1486818. 0.000000

    A( 1) 1486958. 0.000000

    A( 2) 171149.6 0.000000

    A( 3) 0.000000 0.000000

    A( 4) 0.000000 0.000000

    A( 5) 0.000000 0.000000

    A( 6) 0.000000 0.000000

    A( 7) 0.000000 0.000000

    A( 8) 0.000000 0.000000

    A( 9) 0.000000 0.000000

    A( 10) 0.000000 0.000000

    A( 11) 0.000000 0.000000

    A( 12) 0.000000 0.000000

    A( 13) 0.000000 0.000000

    A( 14) 1486818. 0.000000

    A( 15) 1486818. 0.000000

    X( 1) 0.000000 5.290000

    X( 2) 0.000000 5.290000

    X( 3) 0.000000 5.290000

    X( 4) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 5) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 6) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 7) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 8) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 9) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 10) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 11) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 12) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 13) 0.000000 0.4999995E+30

    X( 14) 0.000000 5.290000

  • 41

    X( 15) 0.000000 5.290000

    XO( 1) 0.000000 0.000000

    XO( 2) 0.000000 0.000000

    XO( 3) 0.000000 0.000000

    XO( 4) 0.000000 0.000000

    XO( 5) 0.000000 0.000000

    XO( 6) 0.000000 0.000000

    XO( 7) 0.000000 0.000000

    XO( 8) 0.000000 0.000000

    XO( 9) 0.000000 0.000000

    XO( 10) 0.000000 0.000000

    XO( 11) 0.000000 0.000000

    XO( 12) 0.000000 0.000000

    XO( 13) 0.000000 0.000000

    XO( 14) 0.000000 0.000000

    XO( 15) 0.000000 0.000000

    C( 1) 12000.00 0.000000

    C( 2) 12000.00 0.000000

    C( 3) 12000.00 0.000000

    C( 4) 12000.00 0.000000

    C( 5) 12000.00 0.000000

    C( 6) 12000.00 0.000000

    C( 7) 12000.00 0.000000

    C( 8) 12000.00 0.000000

    C( 9) 12000.00 0.000000

    C( 10) 12000.00 0.000000

    C( 11) 12000.00 0.000000

    C( 12) 12000.00 0.000000

    C( 13) 12000.00 0.000000

    C( 14) 12000.00 0.000000

    C(