UMA CONTRIBUIÇÃO À ESTRADA DE FERRO MADEIRA...

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UMA CONTRIBUIÇÃO À ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ RO/BRASIL Ana Carolina Brugnera São Paulo JuLho de 2012

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UMA CONTRIBUIÇÃO À ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ

RO/BRASIL

Ana Carolina Brugnera

São Paulo

JuLho de 2012

OB

JETI

VOS

“Aos trabalhadores da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e às pessoas que a ela dedicaram suas vidas”

• Analisar as técnicas e soluções construtivas das edificações que

surgiram junto às paradas de abastecimento do trem.

• Programa de licenciamento do Projeto UHE Jirau – Documento

Patrimônio Histórico e Cultural - Patrimônio Edificado.

• Pesquisa Científica para subsídio ao TFG – Mackenzie.

Projeto de centro de convivência – Abunã/RO

MET

OD

OLO

GIA

Levantamento de dados

• Pesquisa em arquivos: Arquivo de Porto Velho/RO, Museu da Estrada de

Ferro Madeira Mamoré; Secretaria da Cultura de Porto Velho e IPHAN/RO;

• Pesquisa Bibliográfica: Priorizou-se a bibliografia regional de Porto Velho

e a obra “Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária de São Paulo, reflexões

sobre a sua preservação” de Beatriz Kuhl.

• Pesquisa em Campo: Levantamento das edificações através de fotografias

e croquis. Reconhecimento das técnicas e soluções construtivas

pertencentes à EFMM. Entrevistas com ex-ferroviários e antigos moradores.

HIS

TÓR

ICO

GERAL

EFMM 1808

Abertura dos Portos

Importação de materiais de construção industrializados.

1830

Impulso ferroviário Europa e EUA

Maior influencia da arquitetura Industrial ferroviária.

Estações/Galpões/Armazéns Estruturas de elementos pré fabricados

De montagem simples.

1825

Independência da Bolívia Nova procura para exportação

dos produtos nativos. Sistema hidroviário: Rio Mamoré, Rio Beni,

Rio Madeira e Rio Amazonas

1835

Iniciativa do Governo Imperial

beneficio a empresa que se propusesse a construir a 1ª ferrovia basileira.

GERAL

EFMM 1854

Estrada de Ferro Mauá É inaugurada a 1ª Ferrovia

em solo brasileiro. Irineu Evangelista de Souza

1846

José Augustin Palaces Bacia amazônica seria a melhor

maneira de escoar produtos da Bolívia; Contraponto: transpor a Cordilheira dos

Andes e distância do pacifico da EUR e EUA

1858

E. F. Recife – São Francisco Pernambuco

E. F. D. Pedro II Rio de Janeiro

1851

Tenente Larder Gibbon (EUA) Bolívia-Belém

Ratificou a idéia de Palaces EUA – La Paz demoraria 59 dias.

Contra 180 dias pelo pacifico.

“Uma estrada cortando diretamente através o território brasileiro, da cachoeira de Santo Antonio na

direção sudeste, ate o ponto navegável no Rio Mamoré, não excederia cento e oitenta milhas. Esta

estrada passaria entre morros, vistos de tempos em tempos, para leste, onde os terrenos, com

toda a probabilidade, não são inundados. Sobre uma estrada de animais, tal como vimos na

Bolívia, a carga pode ser transportada em cerca de sete dias de um ponto ao outro”.

GERAL

EFMM 1860

E. F. Bahia ao São Francisco

Bahia

1864

Guerra do Paraguai Comunicação interna com MT.

Nacionalização de meio de transporte para contato com o litoral.

E. F. Santos a Jundiaí.

São Paulo

Tratado de Amizade, Limites, Navegações, Comércio

e Extradição. Entre Brasil e Bolívia

1870

Bolívia na frente de trabalho da EFMM. De 1870 a 1903

Responsável: Coronel Church

Companhia: Madeira and Mamoré Railway

Empreiteira: Public Works Construction (UK)

1872

Companhia Paulista de Estradas de

Ferro. São Paulo

1867

GERAL

EFMM 1873

Dorsay & Caldweel (EUA)

Contratada para construir os 15 primeiros quilômetros da ferrovia. Desistiu em menos de 1 semana.

1876

Central da Bahia Bahia

1889

E. F. Central do Brasil São Paulo

Rio de Janeiro Minas Gerais

1877

P&T Collins (EUA)

Abandona a região após seis meses de trabalho.

“As mudanças socioeconômicas e tecnológicas ocorridas na segunda metade do século XIX implicaram, no

Brasil, em profundas transformações nos modos de habitar e construir. As novas condições de transporte criadas

com as instalações das ferrovias e linhas de navegação fluvial, vieram permitir o aparecimento de um fenômeno

completamente novo na arquitetura, os edifícios importados, produzidos pela indústria. Fabricados no países

europeus, vinham desmontados em partes nos porões dos navios. A importação era completa pois

compreendiam de estruturas e vedações até coberturas, escadas e peças de acabamento, que eram aqui

montadas coforme as instruções e desenhos que as acompanhavam”

Nestor Goulart ReisFilho

1883

E. F. Paranaguá a Curitiba

Paraná

1884

E. F. POA a Novo

Hamburgo Rio Grande do Sul

E. F. Dona Teresa Cristina

Santa Catarina

GERAL

EFMM 1903

Tratado de Petrópolis

Madeira Mamoré Railway Percival Farquar

Empreiteira: May Jekyll & Randolph

1907

50 anos após inaugurada a primeira ferrovia em solo Brasileiro se dá inicio as obras da

EFMM, uma ferrovia sem ramais, parecendo ligar o nada a lugar nenhum.

GERAL

EFMM

Madeira Mamoré Railway

1907

Madeira Mamoré Railway

1912

A documentação registrada nas fotografias de Danna Merril, o “official photographer” da

Madeira Mamoré Railway.

GERAL

EFMM

Madeira Mamoré Railway

1907

Madeira Mamoré Railway

1912

A documentação registrada nas fotografias de Danna Merril, o “official photographer” da

Madeira Mamoré Railway.

GERAL

EFMM

Madeira Mamoré Railway

1907

Madeira Mamoré Railway

1912

Trabalhadores da EFMM. Hindu, norte-americanos, chineses, antilhanos, espanhóis,

alemães, italianos franceses, bolivianos, colombianos, japoneses, gregos, russos,

venezuelanos, ingleses, irlandeses, canadenses, turcos, tchecos, árabes, dinamarqueses,

húngaros, austríacos e noruegueses.

GERAL

EFMM

Madeira Mamoré Railway A decadência do sistema

1913

EFMM Desativada

1972

Fatores implicantes:

• Queda do preço da borracha

• Alto Custo

• Manutenção exaustiva devido ao clima local, quente e umido

1930

Governo Federal

1950

Edificações em alvenaria

1965

Trechos desativados

GERAL

EFMM

IPHAN Abaixo assinado para

tombamento

1987

IPHAN Tombamento dos sete primeiros quilômetros

2008

BEN

S IM

ÓVE

IS Via Permanente

Inicio: Porto Velho

Término: Guajará-Mirim

Extensão: 364 km

Estado de conservação: ruim, em muitos

trechos os trilhos foram retirados.

Caixas d'água Uso: Reservatório de água para abastecimento do

“tender”, vagão reservatório.

Técnica Construtiva: Reservatório em chapas

metálicas, retangular ou redondo, estrutura de

concreto.

Estado de conservação: médio

Pontes: Uso: Vencer vãos onde a via férrea cruzava rios e

igarapés.

Técnica Construtiva: Estrutura metálica pré-fabricada.

Estado de conservação: médio

BEN

S IM

ÓVE

IS

Pinho de Riga Uso: Diversos, desde hospitais até igrejas, entre eles

hotéis, moradias, armazéns etc.

Técnica Construtiva: Estrutura em madeira pre

fabricada coberta com telhas de zinco.

Estado de conservação: ausente

Edificações metálicas: Uso: Galpões, armazéns de carga e oficinas de

manutenção das locomotivas

Técnica Construtiva: Estrutura metálica pré-fabricada

coberta com chapas de zinco corrugadas.

Estado de conservação: médio/bom

Edificações locais do inicio do século XX. Uso: moradia para trabalhadores da EFMM.

Técnica Construtiva: madeira serrada, presa com

cipó titica, coberta com palha de babaçu.

Estado de conservação: ausente

BEN

S IM

ÓVE

IS Edificações em alvenaria.

Uso: Diversos, desde hospitais até igrejas, entre eles

hotéis, moradias etc.

Técnica Construtiva: alvenaria de tijolos com

cobertura de telhas cerâmicas, estilo capa canal..

Estado de conservação: médio

CO

NTR

IBU

IÇÕ

ES • PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA E DE CARTILHAS

• CADASTRO DE PATRIMÔNIO CULTURAL

Nesta etapa do trabalho foram feitas as entrevistas com moradores

da região. Em busca da historia oral e dos modos de vida hoje existentes,

remetendo ou não a ferrovia.

Anexo Entrevistas Anexo Edificado

CO

NTR

IBU

IÇÕ

ES • DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS EM MÍDIAS SOCIAIS - BLOG :

http://documentoculturaljirau.ning.com

CO

NTR

IBU

IÇÕ

ES • EXPOSIÇÕES MUSEOLÓGICAS – MODOS DE VIDA

Implantação de Museu a Céu Aberto. Um legado sobre a memória

histórica da região.

Pesquisas em Museus de Território pela Europa

Centro de Resiliência

Slide 1 – Foto aérea de Abunã: Fonte: Acervo Documento Arqueologia e Antropologia Slide 6 – Mapa Hidrografia America do Sul: Fonte: http://www.guiageo-americas.com/mapas/americasul-politico.htm Acesso: 13/06/2012 Slide 8 – Mapa EFMM e Região Circunvizinha. Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br Acesso: 10/01/2012 Slide 9 – Fotos da construção da EFMM, por Danna Merril. Fonte: Fundação Cultural de Porto Velho em Janeiro de 2011. Slide 10 – Fotos da construção da EFMM, por Danna Merril. Fonte: Fundação Cultural de Porto Velho em Janeiro de 2011. Slide 11 – Trabalhadores da EFMM, por Danna Merril. Fonte: Fundação Cultural de Porto Velho em Janeiro de 2011. Slide 12 – Mapa EFMM esquema de linhas Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br. Acesso: 10/01/2012.

FON

TES

IMA

GEN

S

Slide 14/15/16 – Bens Imóveis Fonte: Acervo Documento Arqueologia e Antropologia Fonte: Documento Arqueologia e Antropologia, Programa de Gestão de Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural do AHE Jirau. Slide 18 – BLOG UHE JIRAU

Associação Brasileira de Preservação de Ferrovias - Regional de São Paulo. Disponível em: <http://www.abpfsp.com.br/ferrovias.htm>. Acesso em: 10 de jan. 2012. BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2003. BOLETIM SPHAN. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Brasília, n. 4, p. 6-7. Jan- Fev. 1980. _______________. Seminário discute Madeira-Mamoré. Brasília, n. 8, p 11-12. Set- Out 1980. _______________. Ferroviários e comunidade pedem reativação da “ferrovia do diabo”. Brasília, n. 9, p 11-12. Nov- Dez 1980. _______________. Madeira-Mamoré a velha ferrovia está de Volta. Brasília, n. 12, p 1-6. Mai- Jun. 1981. _______________. Meta de ex-ferroviários é levar a Madeira-Mamoré até Guajará-Mirim. Brasília, n. 12, p 1-6. Mai- Jun. 1981. BORZACOV, Yêdda Pinheiro. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, uma história em fotografias. 2. ed. Porto Velho: Instituto de Pesquisa Dr, Ary Tupinambá Penna Pinheiro. Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia. Academia de Letras de Rondônia, 2004. _______________________. Porto Velho, 100 anos de história 1907-2007. Porto Velho: Instituto de Pesquisa Dr, Ary Tupinambá Penna Pinheiro. Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia. Academia de Letras de Rondônia, 2007. CARVALHO, Júlio César. Um olhar sobre o urbanismo e a arquitetura de Porto Velho. Porto Velho: Fundação Iaripuna de Cultura, 2009. Centro Oeste Brasil, Ferreomodelismo, trens e Ferrovias do Brasil. Disponível em: <http://vfco.brazilia.jor.br> Acesso em: 25 de nov. 2011. FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio Histórico e Cultural. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2009.

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