UNIFAAT ENGENHARIA CIVIL - 186.251.225.226:8080

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Trabalho de conclusão de curso UNIFAAT ENGENHARIA CIVIL BRUNO GESTERMAYER 4514213 CAIO BEZERRA DE PONTE 4514027 IGOR FELIPE DE OLIVEIRA 4514093 LEONARDO ANTONIO DE MORAIS 4515116 MARCELO ROBERTO MORAIS 4514148 BIM: MELHORIAS NA INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NA ENGENHARIA CIVIL ATIBAIA 2018

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Trabalho de conclusão de curso

UNIFAAT

ENGENHARIA CIVIL

BRUNO GESTERMAYER 4514213

CAIO BEZERRA DE PONTE 4514027

IGOR FELIPE DE OLIVEIRA 4514093

LEONARDO ANTONIO DE MORAIS 4515116

MARCELO ROBERTO MORAIS 4514148

BIM: MELHORIAS NA INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NA

ENGENHARIA CIVIL

ATIBAIA – 2018

Trabalho de conclusão de curso

UNIFAAT

ENGENHARIA CIVIL

BRUNO GESTERMAYER 4514213

CAIO BEZERRA DE PONTE 4514027

IGOR FELIPE DE OLIVEIRA 4514093

LEONARDO ANTONIO DE MORAIS 4515116

MARCELO ROBERTO MORAIS 4514148

BIM: MELHORIAS NA INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NA

ENGENHARIA CIVIL

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado como

exigência parcial para obtenção do

grau de Bacharel em Engenharia

Civil pela FAAT FACULDADES,

sob orientação da professora

Carolina A. C. Raimundo.

ATIBAIA – 2018

Trabalho de conclusão de curso

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaríamos de agradecer a Deus, segundo a nossa

professora e orientadora do TCC professora Carolina Alvares Camillo Raymundo.

Agradecemos também a instituição UNIFAAT pela estrutura e suporte para

podermos realizar esse trabalho.

Trabalho de conclusão de curso

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT NBR Associação Brasileira de Normas Técnicas

ART Anotação de Responsabilidade Técnica

CAD AutoCad

FAAT Faculdades Atibaia,

MD-EB Ministério da Defesa\Exército Brasileiro

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MCTI\IBICT Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Trabalho de conclusão de curso

RESUMO

O sistema BIM vem sendo implantado mundialmente no ramo da construção civil e

sendo uma ferramenta necessária para os profissionais pela qualidade, eficiência e

economia que oferece no desenvolvimento e gerenciamento de projetos. No exterior

já é aplicado a anos, porém, no Brasil existe uma dificuldade em se implantar este

sistema, causando uma ineficiência nos projetos e gerando um retrabalho no

canteiro de obras, maior tempo de finalização e maior custo. Sua utilização consiste

na compatibilização de diversas etapas do projeto, com detalhamentos precisos e a

verificação de interferências construtivas, facilitando assim a execução da obra e

confiabilidade do cliente por meio do enriquecimento dos Projetos. A pesquisa sobre

BIM relacionado as melhorias na integração de projetos de Engenharia Civil consiste

em identificar quais são os maiores obstáculos para a propagação e utilização do

sistema no Brasil. Para isto é necessário identificar o que é o sistema e como

trabalha, analisar sua implementação nacionalmente, assim como seu incentivo por

parte do governo, mercado e instituições, as qualidades que traz sua aplicação na

compatibilização de projetos de Engenharia Civil, os softwares mais difundidos no

mercado com esta tecnologia e sua utilização no Brasil, demonstrar quais são os

obstáculos encontrados para sua implementação no país com respeito a resistência,

dificuldade de entendimento e questão cultural, além de analisar a NBR15965:2015,

norma brasileira em desenvolvimento para normatização do BIM no Brasil. Como

parâmetro para análise dos objetivos, a metodologia baseou-se na pesquisa

exploratória através de revisão bibliográfica, pesquisa em artigos e matérias com a

análise e opiniões de profissionais que utilizam e como compreendem o sistema no

âmbito nacional.

Palavras-chave: BIM; Softwares; Implementação; Projetos Engenharia Civil;

Compatibilização; Modelagem Da Informação Da Construção.

Trabalho de conclusão de curso

ABSTRACT

The BIM system has been implemented worldwide in the field of civil construction

and is a necessary tool for professionals for the quality, efficiency and economy it

offers in the development and management of projects. Abroad is already applied

for years, however, in Brazil there is a difficulty in implementing this system, causing

inefficiency in the projects and generating a rework in the construction site, longer

completion time and higher cost. Its use consists in the compatibility of several

stages of the project, with precise details and the verification of constructive

interferences, thus facilitating the execution of the work and reliability of the client

through the enrichment of the Projects. The research on BIM related to the

improvements in the integration of Civil Engineering projects is to identify the major

obstacles to the propagation and use of the system in Brazil. For this, it is

necessary to identify what the system is and how it works, analyze its

implementation nationally, as well as its incentive by the government, market and

institutions, the qualities that its application brings in the compatibility of Civil

Engineering projects, the most widespread software in the market with this

technology and its use in Brazil, demonstrate the obstacles encountered for its

implementation in the country with respect to resistance, difficulty of understanding

and cultural question, besides analyzing NBR15965: 2015, Brazilian standard in

development for BIM standardization in Brazil. As a parameter to analyze the

objectives, the methodology was based on the exploratory research through

bibliographic review, research in articles and subjects with the analysis and opinions

of professionals who use and how they understand the system at the national level.

Keywords: BIM; Softwares; Implementation; Civil Engineering Projects; Compatibilization;

Building Information Model.

Trabalho de conclusão de curso

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Modelo 4D .............................................................................................. 14 Figura 2: Modelo 6D .............................................................................................. 15 Figura 3: Dimensões Bim ....................................................................................... 16 Figura 4: Comparativo BIM: Brasil e no Mundo ...................................................... 17 Figura 5: Compatibilização de projetos em uma construção .................................. 20 Figura 6: Exemplo de compatibilização .................................................................. 21 Figura 7: Gráfico capacidade de influenciar os custos do empreendimento ........... 22 Figura 8: Clash-Detection ...................................................................................... 23 Figura 9: Autodesk Revit Architecture .................................................................... 24 Figura 10: Bentley Architecture .............................................................................. 25 Figura 11: Graphisoft ArchiCAD ............................................................................. 25 Figura 12: Nemetschek Allplan Architecture ........................................................... 26 Figura 13: Autodesk Revit Structure ....................................................................... 27 Figura 14: Autodesk Robot Structural Analysis ...................................................... 27 Figura 15: Bentley Structural Modeler .................................................................... 28 Figura 16: Bentley STAAD.PRO ............................................................................ 28 Figura 17: Bentley RAM Structural System ............................................................ 29 Figura 18: Graitec Advance Steel........................................................................... 29 Figura 19: Graitec Advance Concrete .................................................................... 30 Figura 20: Graitec Advance Design ........................................................................ 30 Figura 21: Nemetschek Allplan Engineering ........................................................... 31 Figura 22: Nemetschek Scia Engineer ................................................................... 31 Figura 23: TEKLA Structures ................................................................................. 32 Figura 24: Autodesk Revit MEP ............................................................................. 33 Figura 25: Bentley Electrical................................................................................... 33 Figura 26: Bentley Mechanical ............................................................................... 34 Figura 27: AltoQI Eberick ....................................................................................... 35 Figura 28: AltoQI Hidrossanitário ........................................................................... 36 Figura 29: AltoQI Elétrico ....................................................................................... 37 Figura 30: Software TQS ....................................................................................... 37 Figura 31: Ilustração .............................................................................................. 41 Figura 32: Planta baixa .......................................................................................... 49 Figura 33: Vista 3D ................................................................................................ 49 Figura 34: Projeto estrutural ................................................................................... 50 Figura 35: Projeto hidrostático ............................................................................... 50 Figura 36: Exportando para formato IFC ................................................................ 51 Figura 37: Vinculo de IFC ...................................................................................... 52 Figura 38: Executar verificação de interferência ..................................................... 53 Figura 39: Janela de verificação de interferência ................................................... 54 Figura 40: Relatório de interferência ...................................................................... 55 Figura 41: Visualização da interferência................................................................. 56

Trabalho de conclusão de curso

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Demanda por perfis de projeto em um empreendimento típico. .............. 39

Trabalho de conclusão de curso

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 10

1.1. Justificativa ................................................................................... 11

1.2 Objetivos .......................................................................................... 12

1.3 Metodologia ...................................................................................... 12

2. A IMPLANTAÇÃO DO BIM NO BRASIL ............................................ 13

2.1 O que é o BIM? ................................................................................ 13

2.2 Aplicação do BIM na compatibilização de projetos no ramo da

engenharia civil .................................................................................................... 19

2.3 Softwares BIM .................................................................................. 22

2.4.1 Arquitetônico ............................................................................. 24

2.4.2 Estrutural ................................................................................... 26

2.4.3 Hidráulica e Elétrica ...................................................................... 32

2.4.4 Softwares Brasileiros .................................................................... 34

3. OBSTÁCULOS ENCONTRADOS PARA IMPLANTAÇÃO DO BIM. . 38

3.1 Resistências as mudanças ............................................................... 41

3.2 Dificuldade de entendimento do que é BIM. ..................................... 42

3.3 Programas BIM X Metodologia BIM. ................................................ 42

3.4 Questões culturais e particularidades tanto do ambiente quanto do

mercado brasileiro. .............................................................................................. 43

4. A NBR 15965:2015 ............................................................................. 45

5. PROJETO ........................................................................................... 48

5.1 Estudo do projeto ............................................................................. 48

6. CONCLUSÃO ..................................................................................... 57

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 59

Trabalho de conclusão de curso

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1. INTRODUÇÃO

O setor da construção civil nos últimos anos vem passando por um processo

de transformação, tudo isso se deve devido à própria competitividade do setor e

também a situação econômica do país. As mudanças significativas que estão

acontecendo são devido aos desenvolvimentos e lançamentos de novos softwares,

com ferramentas e metodologias modernas para desenvolvimento de projetos,

renovações em técnicas construtivas mais dinâmicas e eficientes, que permitam a

redução de resíduos e até mesmo a reutilização dos mesmos, pensando no meio

ambiente, sustentabilidade e até mesmo nas condições de segurança do trabalho.

Tratando de projetos, tanto na construção civil, quanto no setor industrial, é

de suma importância e relevância a qualidade final da construção ou produto,

levando em conta o prazo de execução da obra. As concepções do projeto devem

estar atreladas a sustentabilidade e eficiência do processo construtivo.

Uma das partes mais cruciais no setor da construção civil e até mesmo no

setor industrial, é no momento do desenvolvimento do projeto, pois onde ocorrem

as tomadas de decisões envolvendo custo, prazo sem perder a qualidade. Com o

BIM (Builiding Information Modeling) o setor da construção tem buscado inovar

meios gerenciais que garantam incrementos reais na produtividade e redução de

custos.

Algumas construtoras acabam terceirizando a elaboração dos projetos, onde

acabam gerando certos custos adicionais que não foram previstos em seus

cronogramas. O objetivo é diminuir custos, porém, pode ocorrer negligência de

comunicação ou não haver transparência entre engenheiros projetistas e

engenheiro de obra, desta forma ocorrendo à interoperabilidade. Devidos às

inconsistências e interoperabilidades, o desenvolvimento do projeto pode ser

entendido com custos, sendo que na verdade deveria ser entendida como

“Investimentos que trarão retornos eficientes na execução e qualidade da obra”.

A falta ou falha de comunicação entre projeto e execução afeta diretamente

o processo construtivo, para isso é fundamental o estudo cauteloso e aprimorado

de metodologias e ferramentas eficazes para união e compatibilização desses

processos. Levando em consideração a redução de custos, maior agilidade nos

processos construtivos e integrações entre as equipes envolvidas.

Trabalho de conclusão de curso

11

Tendo em vista a melhoria das etapas do sistema e setor construtivo,

levando em conta a diminuição de erros no processo de execução e revisar

conceitos. O presente trabalho busca apresentar os obstáculos encontrados para

implantação do BIM, benefícios referentes ao uso das ferramentas BIM na

compatibilização de projetos, programas e softwares. Sendo apresentado o

processo de funcionamento do BIM utilizando o software Revit do fabricante

Autodesk.

1.1. Justificativa

Na construção civil o número de retrabalho aumenta principalmente devido à

deficiência de profissionais capacitados em compatibilização de projetos e, muitas

vezes, à negligência na execução do projeto no canteiro de obra.

A falta de projeto traz consequências como a de qualidade na produção,

gerando gastos exagerados e desnecessários em uma construção. Desta maneira, o

BIM permite analisar o projeto como um todo, onde é possível reunir todos os

envolvidos em uma mesa desde empreiteiro, projetista estrutural, arquiteto

proprietário, para discutir assuntos que, normalmente, são debatidos em obra

quando o problema aparece. Com o BIM é possível cumprir as datas estipuladas no

cronograma, testar soluções previamente, atualizar modelos em tempo real, troca de

informações entre profissionais, compatibilizar projetos, simular etapas da

construção, identificar e eliminar conflitos entre processos construtivos ainda no

projeto, diminuindo assim retrabalhos e desperdícios nas obras.

No Brasil isso não é cultural. Geralmente, os problemas são deixados para

serem resolvidos no canteiro. O BIM vem de forma contrária, onde se gasta mais

tempo em projeto e torna-se uma obra mais eficiente, econômica e segura. Mesmo

trazendo as vantagens já mencionadas, o mesmo ainda não está totalmente

implantado no Brasil.

Por isso, o estudo realizado neste trabalho busca apresentar informações

acerca das dificuldades encontradas na construção para implantação do BIM, bem

como as melhorias que esta implantação pode trazer nos setores da construção civil.

O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em

2009 designou uma Comissão especial de estudo da Modelagem de Informação da

Trabalho de conclusão de curso

12

Construção ABNT/ CEE 134. A Comissão designada está desenvolvendo a ABNT

NBR 15965, que será a primeira Norma Brasileira que deve tratar o Sistema de

Classificação das Informações. A norma se divide em sete partes. Sendo que quatro

delas já foram elaboradas e publicadas, conforme pode ser visto a seguir:

• Parte 1: Terminologia e estrutura (ABNT NBR 15965 -1: 2011).

• Parte 2: Características do Objeto da Construção (ABNT NBR 15965 – 2:

2012).

• Parte 3: Processo da Construção (ABNT NBR 15965 -3: 2014).

• Parte 7: Informação da Construção (ABNT NBR 15965 – 7: 2015).

As três restantes ainda encontram-se em desenvolvimento.

1.2 Objetivos

Este trabalho tem como objetivo mostrar quais são as maiores dificuldades

para a difusão do BIM no Brasil no ramo da Engenharia Civil tendo em vista que em

outros lugares do mundo essa tecnologia já é utilizada há anos agregando

qualidade, eficácia e economia em seus projetos.

Mais especificamente, pretende-se:

• Analisar a implantação do BIM no Brasil.

• Pesquisar os softwares mais utilizados e que interagem com esta

metodologia.

• Verificar a aplicação do BIM na compatibilização de projetos no ramo

da engenharia civil.

• Expor os obstáculos encontrados para implantação do BIM.

• Investigar e compreender o amparo que a NBR 15965 traz aos

envolvidos.

• Análise comparativa com auxílio de um projeto de uma residência de

50 m² utilizando o software Revit.

1.3 Metodologia

A base para pesquisa deste trabalho será feita através de revisão

bibliográfica, sendo uma pesquisa exploratória, mostrando o que já está

Trabalho de conclusão de curso

13

implementado no Brasil. Assim como, qual ou quais são os incentivos do governo

para introduzir e expandir cada vez mais a utilização do BIM no País. Também com

base em referências bibliográficas, pesquisas em artigos e matérias serão

analisadas o quanto o Brasil ainda tem que evoluir para chegar próximo dos países

desenvolvidos que já usam essa ferramenta há muito tempo.

Para complementar a pesquisa verificam-se os softwares mais utilizados que

trabalham na plataforma BIM, considerando projetos arquitetônicos, estrutural,

hidrossanitários e elétrico, assim como o desenvolvimento de um projeto estrutural

e hidrossanitário de uma residência de 50 m² afim de verificar interferências usando

o software Revit.

2. A IMPLANTAÇÃO DO BIM NO BRASIL

Neste capítulo é realizada uma pesquisa bibliográfica a respeito das

definições do Building Information Modeling, como ele pode ser implantado e qual o

atual estágio de implementação do mesmo no Brasil.

2.1 O que é o BIM?

O BIM (Building Information Modeling) é uma tecnologia relativamente nova

podendo ser aplicada em diversos setores industriais inclusive no ramo da

Engenharia Civil, permitindo a construção de um modelo virtual em 3D, 4D, 5D, 6D

ou 7D onde se aplicam todos os projetos tanto de arquitetura, hidráulica, elétrica,

instalações e análises em um só, permitindo que se extraia qualquer elemento ou

informação e analisá-los para fins de execução, análise e manutenção do edifício. O

BIM permite então criar um modelo fiel ao que será executado evitando assim

desperdícios e até facilitando a execução no canteiro de obras com a

compatibilização de projetos. (EASTMAN et al. 2011).

Para um software ser considerado como uma tecnologia BIM ele deve se

enquadrar em um modelo virtual que vai do 3D ao 7D podendo utilizar uma ou mais

das informações descritas a seguir.

O modelo em 3D refere-se a parte geométrica sendo o uso mais básico do

modelo BIM, onde aparecem no projeto as dimensões geométricas facilitando ao

Trabalho de conclusão de curso

14

profissional identificar quaisquer incompatibilidades entre os projetos sejam de

estrutura ou instalações; assim como, facilitar na extração de quantitativos para

elaboração de orçamento. No modelo em 4D surge o cronograma da obra, ou seja,

a duração das atividades como mostra a Figura 1, sendo o software Naviswork em

funcionamento com todo o cronograma da obra demonstrado pelo gráfico de Gantt.

Com esse modelo é possível identificar interferências entre as atividades podendo

ser verificadas de maneira visual, quais etapas da obra estão dentro do

cronograma, quais estão adiantadas e quais estão atrasadas pelo uso de cores

diferentes no projeto, por exemplo (Mattos, 2014).

Figura 1: Modelo 4D

Fonte:https://www.360engenhariabrasil.com/single-post/BIM-4D-como-fazer-um-cronograma-

de-obra, acesso em maio de 2018

O 5D adiciona ao projeto a mão de obra, materiais e equipamentos tornando

possível realizar um orçamento mensurando todos os custos do projeto. O software

Trabalho de conclusão de curso

15

também é capaz de indicar quais itens do orçamento ultrapassaram o valor

inicialmente calculado (Mattos, 2014).

O 6D fica responsável pela parte operacional e de manutenção da obra

contendo todas as informações de manutenção e diário de obra dentro do modelo.

Por exemplo, o software YouBim que é capaz de criar programas de manutenção

preventiva de maneira simples por meio de tickets que podem ser atribuídos a

qualquer equipamento da obra e visualizado por meio de uma tabela de recorrência

predefinida como mostra a Figura 2. Esse software fornece única e exclusivamente

a utilização 6D.

Figura 2: Modelo 6D

Fonte: http://www.youbim.com/br/features.html, acesso em maio de 2018

Por último o modelo 7D que se refere a sustentabilidade das ações. É

possível fazer análises energéticas, de iluminação, consumo de água, produção de

resíduos, entre outros. Inserindo as informações dos materiais no software

adequado ele é capaz de fazer essa análise da sustentabilidade e mostrar a

Trabalho de conclusão de curso

16

viabilidade do projeto (Mattos, 2014). A figura 3 resume e traduz de forma simples

a metodologia.

Figura 3: Dimensões Bim

Fonte: Ellen Flávia Weis Leite (adaptado pelo autor)

Atualmente no Brasil o BIM vem ganhando força, porém se comparado com

alguns países como Estados Unidos, Finlândia, Noruega e Holanda, onde o BIM

hoje não é apenas um incentivo, mas sim uma obrigação para todos os projetos

públicos e muitos projetos privados, ainda existe um grande caminho pela frente

(KASSEM; AMORIM, 2015). Observando a Figura 4, pode-se verificar a afirmação

anterior, onde se verifica a real implementação desta ideologia de maneira mais

concreta.

Trabalho de conclusão de curso

17

Figura 4: Comparativo BIM: Brasil e no Mundo

Fonte: http://bimexperts.com.br/contexto-bim-no-brasil-e-no-mundo/, acesso em maio de 2018

No Brasil, o BIM chegou há pouco mais de dez anos e nesse tempo já é

possível notar, por parte das empresas que o utilizam, o quanto de melhoria essa

ferramenta proporciona. Assim como ocorreu no final da década de 80, quando se

iniciou o uso da plataforma CAD no país, com o BIM não foi diferente, há muitos

debates e seminários sobre o desafio da implantação, assim como, o alto

investimento e a qualificação de mão de obra a fim de chegar em formas, incentivos

ou até mesmo novas normas que auxiliem no uso da ferramenta. Grande parte

dessa mão de obra qualificada hoje vem dos jovens, muitos estudantes e também

recém-formados que buscam o conhecimento por conta própria. Também há

Trabalho de conclusão de curso

18

indústrias fornecedoras da construção que já criaram suas próprias bibliotecas

impulsionando, dessa forma, com que outras também tomem o mesmo caminho.

Atualmente, com o nível de conhecimento, investimento e incentivos que existe no

Brasil ainda não é possível extrair todos os benefícios que o BIM pode trazer

(Checcucci, et al., 2011).

Os órgãos que mais investem para a implantação do BIM são o exército

Brasileiro com o Plano Maior – Agenda Estratégica Setorial – Construção Civil, a

ABNT com a implantação da norma NBR 15965 e o governo de Santa Catarina que

estipulou uma data limite para contratação de projetos em BIM.

Mais especificamente, o Plano Maior – Agenda Estratégica Setorial –

Construção Civil criado em parceria entre o Governo Federal e o exército Brasileiro

tem como objetivos principais:

• Promover a interoperabilidade técnica e a construção industrializada;

• Intensificar o uso de tecnologia da informação aplicada à construção;

• Implantação do sistema de classificação da informação da construção

– Normas BIM (NBR);

Esse acordo de cooperação é entre o MD-EB, MDIC, MCTI\IBICT e ABDI

para a difusão e implantação da plataforma BIM no Brasil buscando contribuir para

a modernização industrial da construção civil.

As principais metas dessa do Plano Maior são:

• Modelagem da biblioteca de componentes da construção civil;

• Disponibilização de bibliotecas em Portal Web;

• Desenvolvimento da plataforma Web pra criação, gestão e distribuição

de componentes BIM;

• Apoio a implantação da tecnologia BIM no sistema de obras do

Exército Brasileiro;

• Divulgação e difusão das bibliotecas de componentes BIM;

Alguns papéis importantes para a aplicação dessa cooperação por parte do

governo e das indústrias que são:

Governo:

• Gestão do Portal BIM;

• Incentivos relacionados à inovação ou uso de eficiente de recursos;

• Elaboração e aprovação de legislação e Portarias BIM;

Trabalho de conclusão de curso

19

• Criação do comitê BIM para garantir o elo da cadeia produtiva;

Indústrias:

• Contribuir para contratação de recursos humanos, materiais e serviços

na criação e manutenção do Portal BIM;

• Fomentar capacitação de pessoal em BIM;

No cenário brasileiro atual deve-se também dar atenção ao governo de Santa

Catarina que é o único estado brasileiro a impor uma data limite para execução de

seus projetos com o uso do BIM. Essa data é até abril de 2019 e foi imposta em

meados de 2014.

Santa Catarina também tem um caderno de projetos em BIM disponível para

download em seu site. Esse caderno é uma metodologia de troca e

compartilhamento de informações durante as fases do ciclo de vida de uma

edificação. Foi desenvolvido por um grupo técnico para implementação da

tecnologia BIM em obras do estado de Santa Catarina com participação de

colaboradores segundo a Secretaria de Estado do Planejamento – SPG de Santa

Catarina.

Segundo Teixeira da Silva (2018) são poucos empresários ou investidores

que tem a preocupação com o pós-obra o que acaba gerando um custo muito alto

para o Brasil.

2.2 Aplicação do BIM na compatibilização de projetos no

ramo da engenharia civil

Na construção civil, as fases necessárias para o planejamento e a

construção de um empreendimento envolvem profissionais de áreas distintas com

um objetivo comum (COELHO; NOVAES, 2008).

Antigamente, esse processo era facilitado, pois as relações entre os

variados agentes produtores dos projetos referentes a uma edificação eram mais

restritas. Com o aumento da demanda de profissionais e expansão do setor, os

profissionais passaram a trabalhar cada um em uma disciplina específica, originando

a terceirização dentro desse processo. A complexidade dos projetos gerados pela

evolução da tecnologia e hábitos modernos segmentou as etapas do

desenvolvimento dos projetos e prejudicou ao longo do tempo, a comunicação e a

Trabalho de conclusão de curso

20

integração das equipes que tinha como objetivo proporcionar soluções racionais

(MIKALDO JR., 2006).

Com o crescimento dos diversos setores da construção surgiram muitas

incompatibilidades de projetos que eram descobertas apenas no canteiro de obra, o

que gerava custos e atrasos não previstos. Os erros originados na etapa de

confecção do projeto são apontados por Maciel e Melhado (1996) como

responsáveis por 60% das patologias na construção. Grande parte desses erros é

ocasionada por incompatibilidade entre os projetos de diferentes segmentos.

Segundo o site Sienge (2016) com o surgimento de novos softwares e

ferramentas como o CAD a troca de informações passou a ser mais fácil entre os

diversos setores da construção. A implantação do sistema BIM facilitou ainda mais

esta troca de informações, isso porque, utiliza uma linguagem universal que

possibilita a compatibilização de todos os projetos referentes a obra, não só os

projetos como também as informações referentes a fornecedores de materiais e

manutenção o que reduz as chances de atrasos no canteiro de obras por conta de

erros ou inconsistências de projeto.

Um exemplo de compatibilização é mostrado na Figura 5, que mostra que

utilizando o sistema BIM e sobrepondo os projetos pode-se detectar erros de

compatibilidade, permitindo corrigi-los ainda na fase de projeto.

Figura 5: Compatibilização de projetos em uma construção

Fonte: http://www.taktengenharia.com.br, acesso em: Maio de 2018.

Trabalho de conclusão de curso

21

. Em compensação na figura 6, observa-se que a não compatibilização do

projeto, fez com que a tubulação fizesse muitos desvios para não passar pela viga

de concreto, o que pode gerar inclusive, um aumento de material.

Figura 6: Exemplo de compatibilização

Fonte: http://www.rwengenharia.eng.br/tubulacaoaparente/, acesso em: Maio de 2018.

Para Melhado (1994), o papel do projeto é desenvolver, organizar, registrar e

transmitir as características técnicas e volumétricas do produto para serem utilizadas

em sua execução. É uma representação das características do edifício e seus

processos construtivos que serão interpretados na fase de construção (GOES,

2011).

A Figura 7 retrata algumas considerações do Construction Industry Institute

(1987), a respeito da importância das fases iniciais do empreendimento,

demonstrando como a capacidade de influenciar o custo final de um

empreendimento é maior nas fases de projeto que na execução da obra.

Segundo Melhado (2005), o projeto na fase inicial de um empreendimento

tem que ser priorizado, mesmo que necessário um maior investimento inicial e um

tempo maior para a sua elaboração, pois é com um projeto bem feito que se evita

maior custo mensal no empreendimento.

Trabalho de conclusão de curso

22

Figura 7: Gráfico capacidade de influenciar os custos do empreendimento

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhQzsAH/jose-carlos-bim-na-compatibilizacao-

projetos-tcc2?part=3, acesso em: Maio de 2018.

Assim sendo, é de extrema importância que nessa fase do empreendimento,

sejam focalizados os esforços para otimizar o processo de execução, definindo-se

os custos futuros e gerenciando os projetos a fim de evitar erros. Nesse contexto, a

capacidade de prever e eliminar erros entre os projetos é oferecida pelo processo de

compatibilização, que melhora a qualidade e aumenta a racionalização da obra,

buscando transmitir ao produto final aspecto de eficiência e controle. Com o BIM e

sua ampla gama de ferramentas, torna-se possível reunir todas as informações

necessárias para se desenvolver um projeto completo que englobe a concepção,

execução, uso, manutenção e demolição (MELHADO, 2005).

2.3 Softwares BIM

Os softwares BIM realizam a transformação de desenho arquitetônico para

uma construção virtual, deixando o projeto além da percepção visual, tendo objetos

com parâmetros e atributos específicos da construção. O desenvolvimento na

Trabalho de conclusão de curso

23

plataforma, torna essencial o conhecimento construtivo do profissional responsável.

(ROSSO; SILVANA MARIA, 2011)

Projetos Arquitetônico, Hidráulico, Elétrico, Prevenção de Incêndios,

Acessibilidade, Sustentabilidade, Planilhas de Custo, Cronograma e Estrutural

trabalham entre si e facilitam muito o trabalho de compatibilização onde

manualmente, realizados em softwares padrão em 2D, se torna muito complexo e

improdutivo. (CUNHA; JOÃO RIBEIRO, 2011)

Como forma de tornar o BIM uma plataforma aberta, foi criado em 1994 um

grupo técnico denominado Building Smart, ao qual foi responsável pela elaboração

de um formato de arquivo intitulado IFC (Industry Foundation Classes), essa função

possibilita que arquivos de diversas empresas conversem entre si sem a

dependência específica de uma única fabricante. (ROSSO; SILVANA MARIA, 2011)

Conforme informação do banco de dados da Building Smart, há cerca de 204

softwares disponíveis com a função BIM compatíveis com a função IFC. Porém,

segundo Kein (2011), pode ocorrer interferências no processo de tradução de

informações entre os fabricantes e a melhor maneira de se verificar e solucionar este

problema é a utilização de um software de detecção de interferências, denominado

Clash-Detection (Figura 8).

Figura 8: Clash-Detection

Fonte: http://www.amsbim.com/img/pages/clash-detection/1.jpg. Acesso em: maio 2018.

Segundo Tarrafa (2012), dentre as empresas mais disseminadas no mercado

no ramo de softwares internacionais com a plataforma BIM podem-se destacar:

Autodesk, Bentley, Graitec, Graphisoft, Nemetschek e TEKLA.

Trabalho de conclusão de curso

24

Os softwares BIM podem ser separados em subcategorias, sendo elas

Arquitetônico, Estrutural, Hidrossanitarios e Elétrica. Alguns desses softwares

conseguem unir uma ou mais subcategorias no mesmo software, facilitando a

análise do Projeto.

2.4.1 Arquitetônico

No caso da Autodesk, seu principal software com o recurso BIM é o Revit,

adquirido através da empresa Revit Technology Corporation em 2002, e lançando

em 2004. Esta ferramenta contém módulos para diferentes atividades. Para

profissionais de Arquitetura o “Revit Architecture”.

Segundo a Autodesk, o Revit Architecture (Figura 9) tem a função realizar

projetos arquitetônicos, através do desenho de planta baixa com os parâmetros

devidamente inclusos, o software gera plantas de piso, elevações, cortes, tabelas,

vistas 3D com renderizações e análises de desempenho da construção como

ventilação cruzada, conformo térmico e iluminação.

Figura 9: Autodesk Revit Architecture

Fonte: http://imag.malavida.com/mvimgbig/download-fs/revit-architecture-4848-1.jpg. Acesso em:

maio 2018.

Bentley - O software Bentkley Architecture (Figura 10) foi desenvolvido para

Arquitetos no desenvolvimento de Projetos Arquitetônicos, com planta baixa, cortes,

Trabalho de conclusão de curso

25

quantitativo de materiais, maquete eletrônica e renderização. O programa possibilita

a criação de desenhos de formas complexas. (Bentley, 2018)

Figura 10: Bentley Architecture

Fonte: http://www.plataformabim.com.br/wp-content/uploads/2013/05/Arch2websize.jpg.

Acesso em: maio 2018.

Graphisoft – Disponibiliza o software “ArchiCAD” (Figura 11), utilização BIM

voltada para profissionais de Arquitetura. A empresa não possui nenhum software

dedicado a projeto de estruturas, porém, o sistema pode trabalhar com outros

programas estruturais.

Figura 11: Graphisoft ArchiCAD

Fonte: https://www.aecmag.com/images/stories/201209/holly.jpg. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

26

Nemetschek – Dispõe para Arquitetos o software “Allplan Architecture” (Figura

12), onde é possível desenvolver projeto em planta baixa, maquete eletrônica,

planilha de custos e documentação.

Figura 12: Nemetschek Allplan Architecture

Fonte:https://i.ytimg.com/vi/27-bd3y20Lc/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

2.4.2 Estrutural

Autodesk – A empresa disponibiliza para Engenheiros Civis, os softwares

Revit Structure e Robot Structural Analysis.

O Revit Structure (Figura 13) tem a finalidade de se criar um sistema estrutural

detalhado da construção utilizando a lógica de cálculos, possibilitando ao

profissional a análise do desempenho estrutural, detalhamento dos materiais e

documentação precisa. (Autodesk, 2018)

Trabalho de conclusão de curso

27

Figura 13: Autodesk Revit Structure

Fonte: http://www.cadalyst.com/files/cadalyst/nodes/2006/3417/i3.jpg. Acesso em: maio 2018.

E o software Robot Structural Analysis (Figura 14), consiste na análise estrutural

profissional em diversos tipos de estruturas, que vão além de estruturas de

edificações. “Pode ser um edifício inteiro, com estruturas em Concreto Armado,

Aço ou Madeira. Pode ser apenas um elemento. Pode ser uma conexão de

estrutura metálica, ou análise de cisalhamento, quantidade de aço para reforço

estrutural, usando malha de elementos finitos, combinações de carga, etc.” explica

o Arquiteto e especialista técnico da Autodesk, Ricardo Cardial.

Figura 14: Autodesk Robot Structural Analysis

Fonte:https://www.researchgate.net/profile/A_Miranda/publication/321062060/figure/fig3/AS:5

60689389334528@1510690175769/Figura-5-Interface-do-programa-Autodesk-Robot-Structural-

Analysis-2017-No-presente.png. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

28

Bentley - Structural Modeler e STAAD.PRO. Structural Modeler (Figura 15),

designado para Engenheiros Civis, com a função de modelagem estrutural e

criação de documentos. (Bentley, 2018)

Figura 15: Bentley Structural Modeler

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/T1WClrYQIPc/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

O software STAAD.PRO (Figura 16) designado para análise e

desenvolvimento de sistema de estruturas de aço e madeira e Bentley RAM

Structural System (Figura 16) para concreto armado, com análise de vigas, pilares,

lajes e fundações. (Bentley, 2018)

Figura 16: Bentley STAAD.PRO

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/jWTm9UjvtT4/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

29

Figura 17: Bentley RAM Structural System

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/j-SbKa1EKFY/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

Graitec – Com o mercado voltado para Engenheiro, seus softwares são o

“Advance Steel” (Figura 18) para construções em estruturas metálicas, o “Advance

Concrete” (Figura 19) especializado em concreto, e “Advance Design” (Figura 20)

para cálculo estrutural. (Graitec, 2018)

Figura 18: Graitec Advance Steel

Fonte: http://www.siscad.pt/imgupload/as2012steel3.jpg. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

30

Figura 19: Graitec Advance Concrete

Fonte: https://fr.graitec.com/wp-content/uploads/sites/8/2017/05/rc-customizing-rebar-cages-9-

min.jpg. Acesso em: maio 2018.

Figura 20: Graitec Advance Design

Fonte: https://fr.graitec.com/wp-content/uploads/sites/8/2016/12/Screen-Shot-06-25-15-at-

12.jpg. Acesso em: maio 2018.

Nemetschek para Engenheiros, o “AllplanEngineering” (Figura 21) e “Scia

Engineer”(Figura 22), destino a modelação e cálculo, do qual também se permite a

obtenção de desenhos.

Trabalho de conclusão de curso

31

Figura 21: Nemetschek Allplan Engineering

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/_q7LeHx0Cq8/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

Figura 22: Nemetschek Scia Engineer

Fonte: https://www.scia.net/sites/default/files/products/scia-engineer-

comprehensive_eurocode_design_of_1d_members.jpg. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

32

Tekla Corporation – Para estruturas de aço e concreto, a empresa possui o

software “TEKLA Structures” (Figura 23). Não possui programa de cálculo estrutural,

todavia, pode-se trabalhar com outros programas específicos de plataforma BIM.

Figura 23: TEKLA Structures

Fonte: https://images2015.cnblogs.com/blog/536353/201604/536353-20160412100810285-

2041154520.png. Acesso em: maio 2018.

2.4.3 Hidráulica e Elétrica

Autodesk - O Revit MEP (Figura 24), é voltado para projetos de Hidráulica,

Elétrica e Mecânica, sendo possível projetar sistemas construtivos complexos. O

software disponibiliza blocos específicos para cada modelo de projeto onde é

possível modificar parâmetros como dimensões e energia gerada ou perdida por

cada equipamento e analisando todo sistema de Engenharia e apresentando

interferências. Caso seja realizado projetos distintos, o programa detalha a

interposição dos materiais. (Autodesk, 2018).

Trabalho de conclusão de curso

33

Figura 24: Autodesk Revit MEP

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/OtlE2DVmVcg/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

Bentley - Bentley Electrical (Figura 245) e Mechanical (Figura 26) para

projetos Elétricos e Mecânicos respectivamente, desenvolvidos com blocos

inteligentes parametrizados que interagem como sistema. (Bentley, 2018)

Figura 25: Bentley Electrical

Fonte: https://prod-bentleycdn.azureedge.net/-/media/images/website-specific-

graphics/gallery-assets/capabilities-images/design-cable-raceways.png. Acesso em: maio 2018.

Trabalho de conclusão de curso

34

Figura 26: Bentley Mechanical

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/8RCWK_6Kju0/maxresdefault.jpg. Acesso em: maio 2018.

2.4.4 Softwares Brasileiros

De acordo com Cardial (2017), muitos Engenheiros brasileiros preferem não

utilizar o software por não estar de acordo com a ABNT e NBR que apesar de ser

baseada na Eurocode, é única e dificulta a análise de estruturas de concreto

armado. Porém, o programa pode ser configurado para atender a norma brasileira.

A NBR para estruturas, determina de maneira padronizada o cálculo e parâmetros

de projeto de acordo com as condições nacionais relacionadas aos materiais e

agentes específicos do Brasil. Porém, o seguimento pela NBR e sua constatação

nos documentos, não isenta o Engenheiro responsável de responder judicialmente

pelo projeto, o que acaba gerando desconfiança dos profissionais que acabam por

decidir conferir os resultados oferecidos pelo programa com cálculos manuais.

Desta maneira, alguns Engenheiros brasileiros que utilizam o software optam

pela utilizam do programa pela abrangência que o mesmo oferece, consistindo da

análise de estruturas mistas de qualquer de material utilizado na construção, assim

como a liberdade do número de pavimentos, quantidade de nós e formas.

Trabalho de conclusão de curso

35

As empresas nacionais de softwares que trabalham com a plataforma bim são

a AltoQI e a TQS.

A AltoQI oferece o Eberick e a plataforma QIBuilder que integra os softwares

QiHidrossanitário e QiElétrico.

O Eberick (Figura 27) é desenvolvido para a realização de projetos estruturais

em concreto pré-moldado e concreto armado in-loco, com as funções de analise

estrutural, dimensionamento, etapas de lançamento e o detalhamento final dos

elementos, vigas e pilares de outros materiais, aço e madeira, na estrutura de

concreto com o desenho tridimensional da estrutura modelada. Outra função

importante é o algoritmo exclusivo que encontra a seção transversal mais

econômica, fundamental na Engenharia Civil, para cada viga ou pilar da estrutura.

(AltoQI, 2018)

Figura 27: AltoQI Eberick

Fonte: http://eberickv10next.altoqi.com.br/wp-content/uploads/2017/08/EBRICK_INST1.jpg. Acesso

em: junho 2018.

O software QIHidrossanitário (Figura 28) é responsável por projetos

hidráulicos, com a instalação de sistema hidrossanitário adequado a NBR, tendo

Trabalho de conclusão de curso

36

recursos de dimensionamento, cálculos, detalhamentos, compatibilização e

modelagem. Os processos automatizados consistem no lançamento da tubulação

hidráulica através de prédefinição, gerando as peças e o dimensionamento da

tubulação necessárias para o sistema, possibilitando ao profissional decidir a

importância a adequação de um novo traçado. O software realiza cálculo de pressão

na rede hidráulica, definição da declividade, dimensionamento de bombas e listagem

de materiais. (AltoQI, 2018)

Figura 28: AltoQI Hidrossanitário

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/th5B40uXWbU/maxresdefault.jpg.Acesso em: junho 2018.

O QIElétrico (Figura 29), realiza projetos de instalações elétricas prediais de

baixa tensão, configurado para as normas da NBR, tendo os mesmos recursos do

software citado anteriormente da mesma empresa, com dimensionamento,

cálculos, detalhamentos, compatibilização e modelagem. A automatização se

define em lançamento dos eletrodutos, ligando os circuitos elétricos entre si e ao

quadro de distribuição, tendo também, a opção do profissional em ajustar o projeto

ao seu ideal. Conta também com o detalhamento dos circuitos de acordo com a

necessidade do usuário e listagem de materiais. (AltoQI, 2018)

Trabalho de conclusão de curso

37

Figura 29: AltoQI Elétrico

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/fO5bC0alprc/maxresdefault.jpg.Acesso em: junho 2018.

A empresa TQS disponibiliza seu software (Figura 30) para Engenheiros Civis

para o desenvolvimento de projetos estruturais, com analise, dimensionamento e

calculo de concreto armado e protendido. Com ênfase no formato IFC, pode-se

importar arquivos de softwares de outros fabricantes, como Revit e Archicad,

obtendo referencias para a leitura automática de layout vertical, para o lançamento

da estrutura e a conversão de paredes do modelo arquitetônico em cargas lineares

sobre a estrutura. O programa conta também com a integração de BIM e IFC para

gerar furos automáticos nas estruturas onde a tubulação a intercepta. (TQS, 2018)

Figura 30: Software TQS

Fonte: http://www.dalmass.com/images/news/170118020500.png.Acesso em: junho 2018.

Trabalho de conclusão de curso

38

3. OBSTÁCULOS ENCONTRADOS PARA IMPLANTAÇÃO DO

BIM.

Nos últimos anos, o campo da construção civil, vem ganhando força no que

tange o termo BIM - Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da

Construção, não sendo mais modismo como poucas empresas ou entidades, sendo

a peça central no campo da tecnologia na Arquitetura, Engenharia e Construção

(AEC), abrangendo a elaboração de projetos, construção e operação de edifícios.

Grandes empresas líderes mundiais em arquitetura, engenharia e construção,

utilizam o sistema BIM na elaboração e desenvolvimento de seus projetos

(EASTMAN et al., 2011).

Seguindo a tendência internacional e reconhecendo a estratégica da

utilização do sistema BIM, partes dos grandes contratantes brasileiros estão

adotando como exigência nos editais de concorrência, o sistema BIM. Como por

exemplo, a Petrobras - Petróleo Brasileiro S/A; CDURP - Companhia de

Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro; INPI - Instituto

Nacional de Propriedade Industrial (NAKAMURA, 2011).

O sistema BIM engloba a manutenção e aplicação de modelo digital,

integrando as informações do processo da construção em diversas fases do ciclo de

vida do empreendimento, sendo na forma de repositório de informações, dados e

acrescentando informações não geométricas e geométricas (GUet al.,2010).

Além disso, segundo Council (2008), o sistema BIM, permite que todos os

envolvidos e interessados possam acessar o modelo, verificar se há erros de

elaboração. Facilidade de compartilhar informações preciosas e experiências,

fornece estimativas de custos reais do início ao fim da obra, identificar possíveis

erros ou problemas, facilita a visualização da implantação de soluções com base

em dados confiáveis, mesmo antes da construção já é possível apresentar bons

resultados de economia de tempo e dinheiro.

Segundo Wilson (2011), o sistema BIM vem transformando e dando um

sentido mais abrangente as práticas tradicionais de construção, no que tange a

pessoas, culturas, processos e modelos de negócios.

A implantação de novas tecnologias traz como maior desafio influenciar

engenheiros seniores a mudarem a maneira de aderirem novas práticas. Por

Trabalho de conclusão de curso

39

possuírem muitos anos de experiências adotam métodos singulares, na execução

das atividades e na utilização de ferramentas. O desafio está em utilizar-se da vasta

experiência destes profissionais na transição CAD-BIM, com o conhecimento e

experiência destes profissionais e com a tecnologia BIM, disponibiliza de forma

aumentar a produtividade da empresa (EASTMAN et al., 2011).

Em alguns países o sistema BIM está bem consolidado, enquanto no Brasil

pode ser considerado novidade para grande massa das empresas. Grandes

incorporadores e construtoras brasileiras deram início a inúmeros projetos-pilotos

com objetivo de analisar e avaliar aplicabilidade do sistema BIM, almejando

redução de perdas, aumento de produção, encurtando os prazos, ajustando os

orçamentos e melhorando a qualidade do produto imobiliário. Algumas empresas

identificaram os primeiros desafios e conquistas (NAKAMURA, 2013).

Pode-se considerar como desafio, alteração na maneira de trabalho quanto às

habilidades técnicas. Com mais dedicação de arquitetos e engenheiros seniores nas

fases iniciais do projeto e design, cada vez mais engenheiros juniores e estagiários

são menos solicitados, pois, os softwares BIM fazem todo o trabalho que era feito

manual, é o que mostra a tabela 1 (EASTMAN et al., 2011).

Tabela 1: Demanda por perfis de projeto em um empreendimento típico.

Horas gastas no projeto

Qualificação profissional Antes do BIM Depois do BIM Alteração

Diretor 32 32 0%

Administrador do

empreendimento 128 192 33%

Arquiteto do

empreendimento 192 320 40%

Arquiteto 1 320 192 -67%

Arquiteto interno 320 96 -233%

Total 992 832 -19%

Fonte: EASTMAN et al.(2011) – BIM Hanbook

A implantação do sistema BIM, exige alteração no processo de trabalho atual,

pois, para a elaboração e desenvolvimento de um projeto integrado, requer alta

Trabalho de conclusão de curso

40

interação entre as disciplinas. Serão necessários métodos e processos de

padronização para definição da condução de responsabilidades da revisão e

validação do projeto. Adotar como boas práticas o gerenciamento dos dados

adequados a estrutura da equipe envolvida e necessidade do projeto (GU et

al.,2010).

Considera-se outro ponto de desafios a responsabilidade legal da gestão,

pois, a interoperabilidade exige questionamento, quem e o que fazer. Deverá ter

interação entre a equipe. Quem será responsável pela análise, precisão e

compatibilização? Situações semelhantes, são vivenciados muitas vezes nas

implantações do BIM, para isso, podem ser utilizados o “Manual de Escopo de

Projetos” e melhores definições contratuais. Mesmo com tantas barreiras

encontradas, no momento que proprietários e investidores de empreendimentos

entendem os benefícios do BIM nas operações, renovações e manutenções, esta

maneira de trabalho cada vez mais é solicitada (EASTMAN et al., 2011).

Segundo Souza (2009), grandes e pequenas empresas iniciaram a

implantação do sistema BIM, mas encontram dificuldades na transição da tecnologia

tradicional atual para o BIM, considerando resistência à mudança pela equipe, alto

custo dos softwares e falta de integração entre projetistas.

Na migração do sistema CAD 2D ou 3D para o BIM, não basta aquisição de

software, hardware, treinamentos, vai além disto tudo. Precisa haver mudança

cultural na empresa, considerando um plano de implantação, levando em conta o

conhecimento e domínio da tecnologia (EASTMAN et al., 2011).

A particularidade de cada obra pode ser considerada uma das causas para a

dificuldade de implantação de novas tecnologias (Gehbauer, 2004).

Leusin et.al (2016), acreditam que os obstáculos vivenciados na construção

são:

• A resistência as mudanças tanto por partes das organizações quanto de

pessoas envolvidas;

• A dificuldade de entendimento do que é BIM, e o que ele pode trazer de

benefícios.

Questões culturais e particularidades tanto do ambiente quanto do mercado

brasileiro.

Trabalho de conclusão de curso

41

3.1 Resistências as mudanças

Algumas causas que dificultam a implantação do BIM, tem haver com a

própria mudança que a migração do sistema oferece as empresas e organizações,

ao implantar o sistema BIM, significa realizar mudanças no processo de elaboração

e execução dos projetos que são desenvolvidos atualmente (LEUSIN et.al 2016).

Adotar o BIM eleva o processo de trabalho para outro patamar. Para que

ocorra uma mudança na empresa ou organização, são indispensáveis cinco

elementos: visão, capacitação, incentivos, recursos e o desenvolvimento de um

plano de ação. A falta de um desses elementos acarreta à confusão, à ansiedade, à

resistência, à frustração ou a falsos inícios, como ilustra na figura 31 (LEUSIN et.al

2016).

Fonte: Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras, Acesso em

Junho de 2018.

Implantar mudança na empresa ou organização, não é trabalho fácil, pois

muitas das vezes é tirar pessoas da zona de conforto. Para isso, é fundamental ter

planejamento e gestão (LEUSIN et.al 2016).

Capacidade + = Visão

Incentivos

Recursos

Plano de ação Mudança

+ + + =

Capacidade + Incentivos

Recursos

Plano de ação Confusão

+ + + =

+ Visão

Incentivos

Recursos

Plano de ação Ansiedade

+ + + =

Capacidade + Visão

Recursos

Plano de ação Resistência

+ + + =

Capacidade + Visão

Incentivos

Plano de ação Frustração

+ + + =

Capacidade + Visão

Incentivos

Recursos

Falsos inícios

+ + + =

Figura 31: Ilustração

Trabalho de conclusão de curso

42

3.2 Dificuldade de entendimento do que é BIM.

Ainda segundo Leusin et al. (2016), outro ponto crítico que compromete a

adoção BIM impedindo disseminar mais amplamente, pode estar relacionado ao

entendimento e à correta compreensão da tecnologia com os seus benefícios. Não

é fácil, tampouco intuitivo, entender perfeitamente o que é BIM e o que a sua

adoção pode significar para a indústria da construção civil. Pode-se dizer que a

adoção do BIM não acontece mais rapidamente:

• Porque não é fácil, tampouco simples, entender o que é BIM e qual o seu

significado.

• Porque não é fácil entender os possíveis benefícios que a adoção BIM pode

trazer aos envolvidos num empreendimento, no primeiro momento, não

conseguem perceber que eles já pagam uma conta muito alta devido a falhas,

erros, retrabalhos, atrasos, demandas e processos.

• Porque os empresários e investidores brasileiros ainda não perceberam que

eles seriam os principais favorecidos da adoção BIM (LEUSIN et.al 2016)

3.3 Programas BIM X Metodologia BIM.

Os softwares que interagem através da interface BIM (IFC), permitem ao

usuário conseguir reunir o máximo de informações de um projeto em um único

arquivo tendo assim um modelo real de como será seu produto final, porém isto

tem um alto custo devido a gama de softwares necessários para desenvolver um

projeto completo.

Já a metodologia BIM funciona como um conceito aplicado em um projeto ou

empresa. Ela funciona reunindo o máximo de informações disponíveis e analisando

essas informações de forma separada para obter um projeto o mais completo

possível pensando também em prazo e prevendo os custos utilizando até mesmo

programas que não funcionam na interface BIM, sendo o mais utilizado pois não

possui um custo tão alto quanto os que utilizam os programas BIM. Muitas

empresas já empregam essa metodologia mesmo sem saber, pela necessidade de

ser o mais eficiente e previsível possível.

Trabalho de conclusão de curso

43

3.4 Questões culturais e particularidades tanto do ambiente

quanto do mercado brasileiro.

Nos dias de hoje são encontradas barreiras culturais ou particularidades do

ambiente de trabalho que também podem ser apontadas como dificultadores no

Brasil. Dentre elas, podem-se citar (LEUSIN et.al 2016):

• Não há costume de valorizar o planejamento dos empreendimentos

construtivos.

• Existe uma deficiência em profissionais capacitados em BIM no Brasil.

• Mantêm-se os costumes em soluções ‘rápidas e baratas’.

• A forma de contratação de projetistas no Brasil.

Os maiores favorecidos pela adoção do BIM são os próprios contratantes, que

respondem pelo produto final construído perante os clientes, para isso, o BIM

precisa ser implantado desde a concepção do projeto. A exigência do BIM para os

projetistas e arquitetos, impacta no investimento de qualificação, considerando um

aumento significativo de escopo e responsabilidade, sendo que não há alteração na

remuneração, considerando o grau de complexidade do novo escopo (LEUSIN et.al

2016).

Muitos que atuam no ramo da construção civil no Brasil, não buscam

processos mais eficazes e transparentes. Isso porque, buscam tirar proveito da

indefinição de projetos (LEUSIN et.al 2016).

• Os empreendimentos da construção civil no Brasil, possuem margens de lucros

altas comparadas com outros empreendimentos. O desperdício e erros são

altos, mas já são adicionados nos orçamentos, e a cultura no ramo da

construção civil sempre aceitou.

• Os padrões educacionais da maioria das faculdades e universidades brasileiras

possuem barreiras à disseminação da tecnologia BIM. As modificações nas

grades curriculares são difíceis, pois demandam processos longos, não há

incentivos as inovações aos professores. Existem riscos da perda do

profissional após investimento na qualificação e capacitação (LEUSIN et.al

2016).

Existem diversas iniciativas que não se integram. CONFEA, CREA e CAU

devem ser mais participativos nas iniciativas existentes. O momento de crise,

Trabalho de conclusão de curso

44

instabilidade e incertezas na economia brasileira tem dificultado iniciativas de

inovação nas organizações empresariais (LEUSIN et.al 2016).

Segundo Schwark (2006), grandes barreiras encontradas na implantação de

novas tecnologias na construção, são os fatores culturais relacionados às crenças

das pessoas envolvidas.

Segundo Nardelli (2012), a implantação do BIM no Brasil, até o momento não

foi bem-sucedida por falta de incentivo e investimento do Governo Federal, seja por

metas de curto, médio e longo prazo. A questão tributária aplicada sobre os

aplicativos e equipamentos, nunca foram equacionadas, sendo considerados

grandes obstáculos. Nunca foi estabelecida uma política de crédito para subsidiar o

desenvolvimento e implantação dos sistemas necessários para operar o BIM,

contrário na agricultura.

A legislação Brasileira que dá os parâmetros para contratos de projetos e

obras públicas, acaba sendo vaga, pois, permite a contratação de projetos sem

muita qualidade. É o caso da Lei 8666/93, refere-se ao RDC – Regime Diferenciado

de Contratação. Esta Lei foi criada para dar subsidio na contratação de obras de

infra-estruturas para Copa do Mundo, e foi ampliada para as demais obras do

Governo. Logo incluída no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.

Entretanto, o foco da contratação é pelo menor preço e não exige a entrega do

Projeto completo, dando margens para erros. Quanto ao BIM, trabalha com modelos

digitais antecipando os problemas construtivos de obra levando em consideração

todo ciclo de vida. Para que o BIM possa ser implantado como um todo, o Governo

Federal tem que se preocupar mais no ato da contratação de produtos que

corresponde a essa expectativa (NARDELLI 2012).

Em contraposição ao exposto por Nardelli (2012), o governo federal passou a

considerar o que se chama hoje de “democratização do BIM”, para isso, instituiu o

decreto nº 9377, em maio de 2018, por meio do qual ficou definida a estratégia

nacional de disseminação do BIM, que tem entre outros objetivos os de:

• difundir o sistema,

• coordenar a estruturação do setor publico para adoção do mesmo,

• criar condições favoráveis ao investimento;

• estimular a capacitação

• desenvolver normas, guias e protocolos para adoção do BIM

Trabalho de conclusão de curso

45

• criar plataforma e biblioteca nacional

4. A NBR 15965:2015

Em decorrência do avanço tecnológico da humanidade, em todas as áreas de

pesquisas, especialmente no campo da engenharia civil, verifica-se cada vez mais a

necessidade de evolução e aprimoramento de recursos e dados, bem como a

otimização de produção e da mão de obra. Visando aprimorar tal avanço, diversos

pesquisadores começaram a se perguntar: “como produzir mais, com a qualidade

que o mercado atual requer, em menos tempo e com menos custos, sem deteriorar

o meio ambiente? ” (SUCCAR, B, and KA.2016).

A solução encontrada por diversos pesquisadores foi a elaboração do BIM

(Building Information Modeling), que nada mais é do que um conjunto de

tecnologias, processos e políticas que permite que várias partes interessadas

possam projetar, elaborar, construir e operar uma edificação ou instalação.

(SUCCAR, B, and KA.2016).

O BIM atualmente corresponde a sinônimo de inovação para a construção

civil, posto que em alguns países da Europa e da América do Sul, a sua utilização

constitui estratégia nacional, uniformizando os mecanismos de produção e

alavancando toda a cadeia de produção. Todavia, a adoção desse sistema causa

diversos entraves para sua adoção em algumas economias, especialmente no

Brasil, posto que devem ser observadas algumas regras técnicas de padronização

do mesmo (SUCCAR, B, and KA. 2016).

Para se compreender tais regras técnicas, foi elaborado, pelo Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em 2009, a Comissão de

Estudo Especial de Modelagem de Informação da Construção, esta, sob a tutela da

ABNT/CEE-134, encarregada de desenvolver tais normas, abaixo descritas:

1) Tradução da Norma ISO 12006-2;

2) Desenvolvimento de um sistema de classificação para a construção; e

3) Desenvolvimento de diretrizes para criação de componentes BIM.

Tal avanço no Brasil culminou com a elaboração, no ano seguinte (2010), da

NBR ISO 12006-2:2010, divididas em duas partes, estas, que definem a diretrizes e

estruturação para a concepção de sistemas de classificação de informações da

Trabalho de conclusão de curso

46

construção. Visando classificar as informações relativas a normatização de

padronização do setor da construção civil, foram elaboradas por algumas entidades,

padronizações que orientam os profissionais desta área, visando otimizar seus

trabalhos, das quais podem-se citar alguns exemplos a seguir:

• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção

Civil -CAIXA)

• Práticas da SEAP (Secretaria de Estado da Administração e do Patrimônio)

- Normas sobre Práticas de Projeto, Práticas de Construção e Práticas de

Manutenção, hoje vigentes na Administração Pública Federal;

- Atualizadas considerando os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos

anos a respeito de projeto, construção, manutenção e demolição de edifícios

públicos;

- Tem-se uma classificação (hierárquica) orçamentária;

- Deveria ser obrigatória, mas nem o SINAPI usa;

- Muito parecida com o Uniformat.

• SISMICAT (Sistema Militar de Catalogação)

- Compatível com o Sistema OTAN de Catalogação;

- Produtos –inadequado para construção.

• CDCON (Terminologia e Codificação para a construção);

Avançando sobre o tema, pode-se citar, entre as classificações de

normatização internacional, as classificações Masterformat, a Uniformat e a

Omniclass.

A normatização Masterformat consiste em classificação hierárquica, bem

como na listagem de números e títulos sobre os requisitos, produtos e sistema da

construção, bem como representa a evolução na classificação e principalmente, a

visão dominante dos elementos e os componentes necessários a cada nível. Nessa

esteira, a normatização Uniformat, compreende-se pela classificação hierárquica e

se baseia nas partes físicas (sistemas e conjuntos projetados). (SUCCAR, B, and

KA.2016). Por fim, a classificação norte americana Omniclass™, deu início no país

com o sistema de classificação das informações da construção, expressa na ABNT

NBR 15965, a padronização das nomenclaturas utilizadas nos seus processos.

Trabalho de conclusão de curso

47

Embora tal norma encontre-se hierarquizada, tal sistema permite a utilização

de diversos códigos, originados de diversas tabelas, para descrição completa de

recurso, processo ou resultado gerado, composta de 13 (treze) tabelas, sendo

desenvolvidas a partir do texto base da Omniclass™.

Entre as principais inovações trazidas pela ABNT NBR 15965-7:2015, a mais

importante é a utilização de tabelas, onde devem constar o tema (características,

processos, recursos, etc...), o assunto (materiais, propriedades, fases, entre outros)

e a base normativa para utilização de tal tabela (OM, 0P, IF, etc...). Foi possível

ainda, elaborar as tabelas que podem ser produzidas pela construção civil, de

acordo com sua forma e uso, sendo descritos pela tabela de Unidades pela Forma e

a tabela de Unidades pela Função, estas, que serão aprofundadas na elaboração da

pesquisa científica. (SUCCAR, B, and KA.2016)

Tal padronização permitiu ainda, a elaboração de tabelas, por Elementos,

Componentes e de Resultados da construção, abaixo exemplificados:

I – Elementos: Caracteriza-se como componente principal, sendo que seu uso

pode ser efetuado de maneira isolada ou juntamente com outros componentes,

alicerçando a entidade futuramente a ser construída;

II – Componentes: Caracterizam-se pelos produtos ou montagens para

incorporação permanente em entidades construídas (Elementos);

III – Resultados da Construção: São os resultados obtidos pela elaboração do

uso dos elementos, bem como dos componentes, para a finalidade de alteração,

manutenção ou demolição. (SUCCAR, B, and KA.2016)

Como exemplos práticos da normatização da BIM, as mesmas podem ser

utilizadas para a criação e desenvolvimento das EAP’s (Estrutura Analítica de

Projeto), sendo ainda, incorporadas nas HHI (Interações entre Humanos e

Humanos), bem como pelos softwares, através da CCI – Interações entre

Computadores e Computadores. (SUCCAR, B, and KA. 2016)].

Abaixo, constam as principais normas para padronização das informações

relativas ao BIM:

- ABNT NBR ISO 12006-2:2010;

- ABNT NBR 15965-1:2011;

- ABNT NBR 15965-3:2014;0

- ABNT NBR ISO 12006-2:2018 – Revogou a ABNT NBR ISO 12006-2:2010.

Trabalho de conclusão de curso

48

As normas em desenvolvimento pela ABNT/CEE – 134 visam organizar o

aspecto chave para a adoção de BIM no Brasil, bem como otimizar a produção na

construção civil, bem como a adoção de diversas formas de reutilização de recursos

naturais e otimização da mão de obra.

5. PROJETO

Este capítulo tem como objetivo, mostrar através de uma demonstração

pratica os conceitos do sistema BIM aplicados em um projeto de uma residência. O

foco principal do projeto não são os cálculos de estrutura ou dimensionamento de

hidráulica e elétrica, mas sim uma visão geral do projeto com todas essas etapas

reunidas. Isso permite uma visualização, de modo geral, podendo identificar

possíveis interferências entre os diversos sistemas e corrigindo-os tornado a idéia

de compatibilização algo relevante durante a concepção de um projeto, seja ele

pequeno ou grande.

Mais fatores são considerados durante a compatibilização de um projeto, tais

como: tempo, matéria prima, custo, entre outros Entretanto, este não é o objetivo

do trabalho. Para o projeto foi utilizado o programa Revit, já descrito anteriormente.

5.1 Estudo do projeto

Foi criado um projeto de uma casa de 50 m², composta por com dois

dormitórios, um banheiro, uma sala e uma cozinha, como mostra a figura 32 planta

baixa e figura 33 sendo uma vista 3D do projeto. Esse projeto conta com o

desenvolvimento da parte arquitetônica, estrutural e a parte hidráulica com a

finalidade única de mostrar como o software Revit auxilia na criação de projetos

executivos acusando quaisquer interferências existentes no projeto estudado.

Trabalho de conclusão de curso

49

Figura 32: Planta baixa

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 33: Vista 3D

Fonte: Elaborado pelo autor.

Trabalho de conclusão de curso

50

Nas figuras 34 e 35 observam-se duas vistas, projeto estrutural e projeto

hidrossanitário respectivamente, desenvolvidas para a verificação de interferências.

Figura 34: Projeto estrutural

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 35: Projeto hidrostático

Fonte: Elaborado pelo autor.

Trabalho de conclusão de curso

51

Primeiramente foi feito o projeto arquitetônico com toda a parte estrutural e

logo após foi executado o projeto de hidráulica usando uma extensão do software

Revit chamado de Revit MEP, em um arquivo separado, sendo essa extensão

responsável apenas pelo desenho do projeto hidrossanitário, não tendo funções

para dimensionamento da tubulação. Para ser possível a compatibilização, o arquivo

do projeto de hidráulica teve que ser exportado para um formato IFC, como mostra a

figura 36.

Figura 36: Exportando para formato IFC

Fonte: Elaborado pelo autor.

Trabalho de conclusão de curso

52

Depois de criado o arquivo em formato IFC, foi aberto o arquivo do projeto

arquitetônico e estrutural, que está salvo em formato rvt, e na aba “inserir”

selecionou a opção “Vínculo de IFC”, como mostra a figura 37.

Figura 37: Vinculo de IFC

Fonte: Elaborado pelo autor.

O software Revit, com essa opção, é capaz de integrar os dois projetos em

um projeto só, unindo toda a parte arquitetônica e estrutural com o projeto de

hidráulica desenvolvido pela extensão do software Revit, o Revit MEP. Dessa forma

foi criado um novo arquivo em formato rvt permitindo executar quaisquer analises,

seja visualmente ou usando ferramentas específicas do próprio Revit.

Essa integração de dois projetos diferentes pode ser feita também unindo

projetos de elétrica, bombeiro, água quente, projeto de acabamentos, entre outros.

Contendo mais de um tipo de projeto dentro do software Revit ele permite a

opção de verificação de interferência, que é o foco da elaboração desse projeto,

Trabalho de conclusão de curso

53

fazer uma verificação de interferência em qualquer parte da construção e assim

permitir o reparo antes do início da obra.

Para iniciar a verificação deve-se clicar na aba “Colaborar”, depois na opção

“Coordenar”, “Verificação de interferência” e por último na opção “Executar

verificação de interferência”, como mostra a figura 38.

Figura 38: Executar verificação de interferência

Fonte: Elaborado pelo autor.

Após clicar na opção de executar a verificação de interferência, abre-se uma

nova janela contendo duas colunas de informações, como mostra a figura 39, sendo

que uma coluna deve-se selecionar o projeto salvo em IFC, e na outra coluna deve-

se selecionar a opção do projeto de arquitetura e estruturas que foi salvo em rvt.

Nessa janela também há a opção de selecionar quais são os pontos que o software

deve fazer a verificação, como por exemplo, acessórios de tubos de um projeto com

portas e janelas do outro ou tubulações com pilares estruturais.

Trabalho de conclusão de curso

54

Figura 39: Janela de verificação de interferência

Fonte: Elaborado pelo autor.

Após selecionadas as áreas onde deseja-se fazer a verificação, clica-se em

“OK”. O software Revit executa toda a verificação selecionada e em seguida abre-se

uma nova janela contendo todas as interferências encontradas pelo software,

mostrado na figura 40.

Trabalho de conclusão de curso

55

Figura 40: Relatório de interferência

Fonte: Elaborado pelo autor

Além de uma lista detalhada com cada interferência, é possível também

selecionar a verificação visual em várias vistas diferentes. Nesse caso foi

selecionado a visualização da interferência de uma tubulação passando dentro de

uma viga baldrame. O software Revit, ao clicar na opção “Exibir”, mostra a

interferência na coloração laranja sendo possível verificar o que realmente está

errado no projeto tornando muito mais ágil e fácil fazer as alterações necessárias. A

figura 41 mostra a visualização da interferência da tubulação atravessando o meio

de uma viga baldrame.

Trabalho de conclusão de curso

56

Figura 41: Visualização da interferência

Fonte: Elaborado pelo autor.

Também na figura 41 é possível perceber que o software fornece uma lista

contendo o nome das propriedades que estão em interferência, no caso analisado

seria de uma tubulação de esgoto atravessando o quadro estrutural de concreto.

O Revit não fornece a opção de correção de qualquer interferência, apenas

a indicação dos pontos em conflito, mesmo assim, o software é um dos mais usados

da plataforma BIM, contendo muitas outras opções de compatibilização como por

exemplo relação de tipos de materiais usados no projeto, o que não foi o foco desse

estudo.

Trabalho de conclusão de curso

57

6. CONCLUSÃO

Buscou-se nesse trabalho avaliar a potencialidade da metodologia BIM como

ferramenta de compatibilização de projetos, redução de custos nos processos de

elaboração execução prevendo dificuldades não processo de concepção,

apresentando o processo de projeto dentro um software BIM e as incompatibilidades

encontradas, além de levantar possíveis motivos que dificultem a adoção do BIM

pelas empresas e profissionais.

O trabalho de modelagem foi desafiador devido à inexperiência do grupo, às

diferentes disciplinas a serem modeladas. Mesmo assim, o objetivo proposto foi

alcançado através do estudo de caso, onde as incompatibilidades encontradas,

classificadas por tipologia, mesmo sendo poucas, contribuíram positivamente para

esse resultado, expondo a facilidade como um programa com interface BIM pode

detectar interferências entre diferentes projetos. Além de detectar as interferências

automaticamente e gerar o relatório, a modelagem em 3D permite a rápida

visualização da interferência, facilitando a tomada de decisões para resolver os

problemas encontrados

Avalia-se essa metodologia como positiva para a construção civil, visando

um futuro onde todos os profissionais estejam adaptados a trabalhar com a mesma.

O alto custo dos softwares e treinamentos também deve ser amenizado com o

tempo, à medida que esse sistema se popularize entre esses profissionais.

O BIM pode ser utilizado como ferramenta para diminuir o tempo gasto no

projeto, seja na elaboração inicial, quanto nos retrabalhos. Isso porque, além de

detectar as interferências já no início, facilita a correção dos desenhos finais. Além

disso, auxilia não só na compatibilização, mas em todas as etapas do

desenvolvimento da edificação, desde o seu projeto, até a geração de quantitativos,

orçamentos, gerenciamento das etapas de construção, organização do canteiro de

obras, entre outras características que só somam para a qualidade final da

edificação.

E além de tudo, para que o BIM seja responsável por um aumento da

qualidade das obras com, é preciso que sua utilização venha acompanhada de uma

mudança no pensamento não só do projetista, como do próprio cliente, que tem de

começar a ver a etapa de projeto como a mais importante para o desempenho final

Trabalho de conclusão de curso

58

da edificação. É nessa fase que deve ser dedicado maior tempo e é nela que devem

ser resolvidos todos os problemas relativos à obra, para que a execução não tenha

de esperar a solução de um problema inesperado para sua conclusão.

Para que o BIM seja aceito pela sociedade brasileira, é preciso que haja

uma expansão do pensamento de que localizar erros de execução ainda fase de

projeto e investir tempo para consertá-los, reduz custos futuros e garante qualidade

aliada a custo e prazo.

Trabalho de conclusão de curso

59

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