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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRANSTORNO DE DEFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE NA PRÉ-ESCOLA COM
UMA PALAVRA AOS PAIS E PROFESSORES
Por: Aracy Cristina Kenupp Bastos Marcelino
Orientador
Prof. Luiz Claudio Lopes Alves D.Sc.
Rio de Janeiro
2003
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
NA PRÉ-ESCOLA COM
UMA PALAVRA AOS PAIS E PROFESSORES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Psicopedagogia.
Por: . Aracy Cristina Kenupp Bastos Marcelino
3
AGRADECIMENTOS
À Deus, ao meu esposo, aos meus
pais, a Dra. Cláudia, responsável pelo
Setor da Saúde Mental de Teresópolis
e aos professores que carinhosamente
responderam a pesquisa.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos Erich e Thaís, que por
amor, são objeto de minhas observações
e a todas as crianças que fazem parte
deste universo.
5
RESUMO
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um distúrbio bio-
psicosocial que atinge de 3% a 5% da população, e dura toda uma vida, e deve
ser visto muito mais, como um transtorno de adaptação do que como uma
doença estática irreversível.
Problemas biológicos e psicológicos contribuem para a manifestação
dos sintomas. Repetência, evasão escolar, baixo rendimento , dificuldades
emocionais e de relacionamentos sociais são alguns dos problemas
apresentados por pessoas com TDAH.
Um diagnóstico precoce e tratamento adequado ajudam pais e
professores na educação para que este indivíduo tenha sucesso na sua vida
profissional e social.
6
METODOLOGIA
Com o objetivo de conhecer um pouco mais sobre o TDAH, e de
sublimação do trauma sofrido ao ter o filho convidado a se retirar de uma
escola, uma pesquisa de campo de como as escolas estão lidando com o
TDAH foi iniciada no Município de Teresópolis, porém, por falta de
compreensão das instituições escolhidas com o prazo de entrega da pesquisa,
a mesma teve seu percentual reduzido em 50%.
Sendo assim, das 10 (dez) creches mantidas pelo Município, apenas 5
(cinco) entregaram a contendo o questionário/informativo, elaborado sobre o
assunto.
Esta investigação foi de natureza quanti-qualitativa; quantitativa porque
se fizeram necessários dados numéricos, que ajudam melhor a descrever o
perfil da sala de aula. Foi qualitativa porque esteve orientada para a solução de
problemas sociais e nesse entendimento de caracteriza como uma pesquisa
participante, onde o pesquisador orienta sobre as características do TDAH e
busca no grupo de estudo as melhores formas de intervenção.
Os sujeitos do estudo foram 20(vinte) professores, regentes das turmas
de berçário, maternal, jardim I e II, pré-escolar I e II e de seus alunos com
idade compreendida entre 6 (seis) meses e 6 (seis) anos.
Após a pesquisa, em uma abordagem geral (bibliográfica) e simplificada
(observações do autor) conselhos/dicas são dadas aos pais e professores de
como melhor interagir com o transtorno.
7
Uma abordagem geral então foi realizada sobre o tema com base nas
observações e experiências do autor com o TDAH.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I – Dados sobre o Município de Teresópolis 11 CAPÍTULO II – A Pesquisa 14 CAPÍTULO III – Conceito e Causas do TDAH 19 CAPÍTULO IV – Tipos de TDAH 22 CAPÍTULO V – Como é uma criança com TDAH 25
CAPÍTULO VI – Como adaptar a criança na Escola 30 CAPÍTULO VII – A necessidade do Tratamento 35
CAPÍTULO VIII – Uma Palavra aos Pais e Professores 40
CONCLUSÃO – 45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48
ANEXOS 49
ÍNDICE 77
FOLHA DE AVALIAÇÃO 79
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo questionar e dar algumas diretrizes
aos pais e professores de como lidar com o TDAH a partir da prática dos
professores da pré-escola e das observações do autor.
A criança com TDAH quando bebê é tida pela família como esperta,
pois mexe em tudo. A medida em que vai crescendo já se torna uma criança
desobediente, e chegando a escola é a criança que não tem limites, a que não
recebeu educação em casa, assumindo assim um estereótipo de aluno
problema.
Neste trabalho é transmitida a visão de uma prática não repressiva,
mas, afetiva e respeitadora, centrada na busca do ponto de maior atenção da
criança e não de seu déficit, transformando assim o aluno problema na criança
com potencial a ser investido.
Cabe lembrar que gênios como Albert Einstein não falou antes dos 4
anos de idade, e não leu antes dos 7 anos. Seu professor o descreveu como
mentalmente lento, insociável e eternamente mergulhado em seus sonhos
imbecis, e sua admissão na Escola Politécnica de Zurich foi recusada pela
mesma. Louis Pasteur foi apenas um aluno medíocre nos estudos de 1°grau,
sendo que de 22 alunos de química foi o 15°. Thomas Edison , segundo seus
professores, era burro demais para aprender alguma coisa.
Por mais incapaz que uma pessoa possa ser, ela é importante.
Celebrar e aproveitar as diferenças de cada um é uma atitude sábia.
As pessoas são diferentes, pensam e agem diferentemente, mas são
capazes.
10
O capítulo I dá uma visão geral (histórico/ geográfica/ social/
demográfica) do Município de Teresópolis e de suas ações à respeito do
TDAH.
O capítulo II apresenta os resultados da pesquisa de campo com uma
breve discussão.
O capítulo III procura conceituar o TDAH de acordo com a classificação
do Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais-DSM-IV-TR
produzido pela Associação Psiquiátrica Americana, como também suas
causas.
O capítulo IV tem como alvo descrever os tipos de TDAH conforme o
DSM-IV-TR.
O capítulo V analisa como é uma criança com TDAH através de um
Relato de Caso e a descrição de comportamentos por ela apresentados.
O capítulo VI aborda alguns pontos de necessidade de preparo da
escola na visão construtivista de Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky .
O capítulo VII procura analisar a necessidade do acompanhamento
dessas crianças por uma equipe multidisciplinar e sobre a administração de
medicamentos
Dando um fechamento às idéias apresentadas, uma conclusão do
autor sugere alguns procedimentos aos pais e professores para um melhor
relacionamento com o TDAH.
11
CAPÍTULO I
DADOS SOBRE O MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS
“Cidade de Teresa”
12
HISTÓRICO/SOCIAL
A cidade de Teresópolis está a aproximadamente 800 metros do
nível do mar, localizada no topo da Serra dos Órgão e com isto cercada
de uma grande área verde, rios e cascatas. Sua fauna e flora são ricas e
com muitas espécies pertencentes a Floresta Atlântica.
Seu nome significa “cidade de Teresa”e foi dado em homenagem a
Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II, que encantou-se profundamente
com as belezas naturais e com o clima (temperatura média l7 graus).
Teresópolis segundo o IBGE 1 tem uma população de 138.810
habitantes, sendo 7.522 na faixa de 4 a 6 anos.
O Município mantém 79 escolas com Ensino Fundamental, 10
creches e um Polo de dependência.
O estado mantém 3 unidades de CIEP com Ensino Fundamental, 6
colégios com Ensino Fundamental e Médio e mais dois colégios com
Ensino Médio.
Não existem unidades escolares específicas para a Educação
Especial, só Instituições filantrópicas, como a APAE (Associação de Pais
e Amigos do Excepcional), que através de convênio com a Prefeitura
mantém professores em suas unidades.
Através do Departamento de Educação Especial da Prefeitura é que
as escolas tem apoio para tratar a criança especial de acordo com suas
necessidades, encaminhando-a à APAE ou ao Setor de Saúde Mental,
1 Anexo 2
13
conforme a necessidade do tratamento, o que para a demanda é muito
pouco.
14
CAPÍTULO II
A PESQUISA
“A pesquisa é uma investigação minuciosa e
sistemática com o fim de descobrir conhecimentos
novos no domínio científico, artístico, etc.”
Dicionário Aurélio
Ed. 2001
15
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
2.1.1 Apresentação
A amostra constou de 20 professores que atuam nas turmas do berçário,
maternal, jardim I e II, pré escolar I e II.
2.1.2 Quanto ao número de alunos por turma os resultados foram:
- Média de 28 alunos por turma;
- Maior índice das características da TDAH em meninos;
- Uma média de 5 alunos em cada turma com as características do
TDAH.
2.1.3 Quanto aos procedimentos pedagógicos:
Número de
professores
Procedimentos
4 Dá orientação quanto às regras do grupo
2 Conta histórias com temas de boas maneiras
3 Usa a tática “ajudante do dia”
3 Realiza atividades constantes e interessantes, sem o sentido
de obrigação
2 Elogia suas tarefas, dando reforço positivo
1 Muda a criança de grupo constantemente
16
2.1.4 Quanto a outros tipos de comportamento:
Número de
professores
Comportamentos
1 Autoritário
1 Mentiroso
1 Hipocondríaco
2 Agressivo
1 Resistente ao grupo
1 Isolado
1 Depressivo
2.1.5Quanto à solução do problema:
Número de
professores
Solução
1 Solicita orientação da equipe pedagógica
3 Procura integrá-lo no grupo
2 Procura dar atenção individualizada
2 Pede ajuda aos familiares
1 Sente a necessidade dessas crianças terem
atendimento diferenciado do grupo, com recursos
específicos
1 Pede acompanhamento psicológico
17
2.2 Discussão dos resultados
O número de alunos em sala de aula é um fator que prejudica o
atendimento individualizado do aluno. Um professor relata que se sente como
babá da criança, não conseguindo dar atenção a todo o grupo.
Os procedimentos pedagógicos devem ser intensificados, só dois
professores indicaram como procedimentos pedagógico o elogio e o reforço
positivo, item de suma importância para melhorar a auto-estima da criança com
TDAH.
Para evitar a conversa, um professor, tem como procedimento pedagógico
mudar a criança constantemente de grupo. Isso atrapalha o seu
desenvolvimento, a criança fica sem referencia, não consegue ter um amigo.
Outros tipos de comportamento foram apresentados como se fossem
originados de outras causas, o professor desconhece que podem ser as
chamadas co-morbidades do TDAH.
Os professores apresentaram algumas soluções, porém, só um mostrou
preocupação para que elas tenham acompanhamento psicológico.
Quatro professores não relataram nenhum caso em suas turmas, sendo
turma do berçário e jardim I e II, onde essas características dão as crianças os
rótulos de “esperta” e não de “problema” como no pré I e pré II.
Foi relatado a existência de um aluno com deficiência auditiva e a falta de
estrutura da creche, está fazendo com que ele tenha comportamentos
agressivos.
18
As creches, fazem o que podem para melhorar o convívio dessas crianças
no grupo, porém uma atitude de maior participação da Prefeitura, através da
Secretaria de Saúde e Educação deve ser cobrado, para que uma equipe
multidisciplinar seja formada e dê assistência as crianças, professores e seus
familiares.
Se pré-escola der o suporte necessário ao desenvolvimento das crianças
com TDAH, certamente os sintomas serão mais amenos nos outros
segmentos.
19
CAPÍTULO III
CONCEITO E CAUSAS DO TDAH
Quando lhe perguntaram o que é mais difícil para o homem , o filósofo grego
Thales respondeu: “conhecer a sí próprio”.
20
3.1CONCEITO
A característica essencial do Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade consiste num padrão persistente de
desatenção/hiperatividade, mais freqüente e grave do que aquele tipicamente
observado nos indivíduos equivalentes de desenvolvimento, conforme o DSM-
IV-TR.
Na visão da biologia, a hiperatividade é quando um único estímulo gera
vários caminhos (respostas) na rede neural.
O TDAH pode levar a dificuldades emocionais, de relacionamento
familiar e social, bem como um baixo desempenho escolar.
O CID-10 elaborado pela OMS editado em 1993 classifica o TDAH
dentro do código F90 Transtornos hipercinéticos2 .
2 Conforne página da Web www.cid10.hpg.ig.com.br em anexo.
21
3.2 CAUSAS
Cada caso deve ser estudado e analisado separadamente. As causas
do TDAH podem ser Biológicas e Psicológicas. Crianças que sofreram
traumatismo, craniano, infecções do sistema nervoso, falta de oxigenação no
momento do parto são algumas das causas Biológicas que prejudicam o
funcionamento adequado do cérebro contribuindo para a manifestação do
TDAH.
É preciso esclarecer, em cada caso o quanto existe de componente
neurológico, o quanto de emocional. As causas emocionais são frequentes.
Crianças com TDAH são geralmente fruto de pais ansiosos e desencontros
familiares contornáveis.
Uma gravidez difícil, cheia de ansiedade, uso de álcool ou outras
substâncias pela mãe, e a hereditariedade são outras causas do TDAH.
22
CAPÍTULO IV
TIPOS DE TDAH
“O importante não é o que fazem de nós,
mas o que nós próprios fazemos daquilo
que fazem de nós”.
Nietzsche
23
4. TIPOS DE TDAH
O TDAH foi descrito pela 1ª vez pôr pesquisadores em 1902, e tem
sido denominado de várias maneiras. A 4ª edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria
classifica em 3 tipos, sendo necessário que a criança apresente a pelo
menos seis meses um mínimo de seis entre os nove sintomas citados em
cada tipo.
4.1 Desatento:
- Incapacidade de reconhecer detalhes ou erros freqüentes de
atenção nas tarefas escolares.
- Dificuldade de manter atenção nas tarefas e nos jogos.
- Freqüentemente parece não escutar o que lhe é dito.
- Dificuldade de seguir as instruções dadas, apesar de tê-las
entendido; pôr isso não consegue terminar seus trabalhos.
- Tem dificuldade de organizar suas tarefas ou atividades.
- Com freqüência perde material escolar ou brinquedos.
- Distrai-se com facilidade diante de estímulos irrelevantes.
- Esquece facilmente as coisas que deve fazer rotineiramente.
4.2 Impulsivo:
- Movimenta sem parar as mãos e os pés.
- Levanta-se freqüentemente de seu lugar sem permissão.
- Corre, salta, ou sobre em lugares e em situações impróprias.
24
- Tem dificuldade de relaxar e de ficar quieto.
- Parece que tem um motor dentro de sí.
- Fala excessivamente.
- Responde verbal ou fisicamente antes que as perguntas se-
jam totalmente formuladas.
- Não consegue esperar a sua vez.
- Interrompe as conversas ou atividades dos outros.
4.2 Impulsivo:
A criança apresenta os dois conjuntos de critérios acima.
25
CAPÍTULO V
COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA COM TDAH
“ O propósito de toda a civilização é
converter o homem, uma fera de
rapina, num animal dócil e civilizado”
Nietzsche
26
5.1RELATO DE UM CASO
Para melhor entendermos como é uma criança com TDAH, vejamos o
caso de um menino que chamaremos de Yago.
A gravidez de Yago transcorreu com muita ansiedade, pois foi fruto de
um tratamento de vários anos, além do risco diário de aborto.
O parto foi por cesariana, pois o útero materno era dividido pelo feto
com um mioma e transcorreu com algumas dificuldades como já era esperado.
Até os cinco meses Yago foi cuidado por sua mãe. Quando sua mãe
voltou ao trabalho seus cuidados ficaram por conta de uma babá, que após
três meses adoeceu e Yago teve então outra babá que não de adaptou. Yago
então foi para uma creche-escola aos oito meses.
Seu comportamento então começou a ser observado em grupo, e
constantes reclamações surgiram , como: -“ele quase não dorme e não deixa
as outras crianças dormirem”. As reclamações continuaram na pré-escola, “ele
é muito brigão”, dizia professora. Na classe de alfabetização a situação ficou
ainda mais complicada, pois Yago não parava quieto na carteira na carteira,
qualquer barulho tirava sua atenção das atividades, às vezes parecia que ele
estava no “mundo da lua”- relatava a professora.
Na primeira série, foi necessária uma troca de colégio. Yago já com
sete anos conversava muito na sala, se levantava da carteira, iniciava brigas
com os colegas, não prestava atenção à professora e então foi convidado a se
retirar da escola.
Seus pais achavam que ele era apenas uma criança desobediente, que
não teve uma única referência em sua educação. Um neurologista e um
27Psicólogo foram consultados, Yago não tinha nenhum distúrbio biológico, seu
comportamento foi diagnosticado como TDAH do tipo combinado.
Os pais e familiares foram orientados em como lidar com o TDAH e
uma psicoterapia foi iniciada.
Yago trocou de escola e encontrou uma professora já mais experiente
em lidar com o TDAH, que o incentivava a todo o momento fazendo com que
ele se sinta amado e respeitado. Seu comportamento melhorou e seus pais
estão mais tranqüilos quanto ao seu futuro.
28 5.2COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA COM TDAH
Como uma criança na fase pré-operatória3 ( 4-8 anos) de que fala
Piaget, a criança com TDAH tem extrema dificuldade em se colocar no ponto
de vista do outro, fato que a impede de estabelecer relações de reciprocidade.
O TDAH faz com que a criança tenha interesse pulverizado,
impulsividade, excesso de atividade motora, falta de obediência de
autocontrole e de resolução de problemas, desatenção e distração, inteligência
abaixo da média, falta de consciência do próprio comportamento, ausência de
perspectiva em relação a conseqüências futuras de seu comportamento, baixa
auto-estima, baixa resistência a frustração, humor imprevisível e variável,
crescimento ósseo imaturo, aumento de infecções respiratórias e alérgicas, má
coordenação motora, são comportamentos apresentados por crianças com
TDAH.
Um sono intranqüilo de um bebê de 2,3 meses já deve ser algo de
atenção dos pais. O bebê deve se sentir amado nesta hora, pois ele chora se
sentindo inseguro, perdido num ambiente desconhecido, diferente do útero
materno. Um aconchego e uma palavra de carinho são os melhores remédios
neste momento.
Crianças com TDAH não devem ouvir palavras duras, pois despertam a
sua raiva levando a atitudes de rebeldia. Os pais e professores devem ficar
muito atentos com a influência e a força que a palavra traz em sí.
A criança pode ficar muito magoada com o que um colega tenha dito,
ou até um desconhecido, mas quando certas coisas são ditas pelos pais ou
professores, a força é extremamente maior. Não se deve dizer à criança que
ela é má , burra , bagunceira, etc., isso só vai
3 Fases do desenvolvimento na teoria de Jean Piaget.
29
provocar revolta e agressividade. Não se deve agir impulsivamente, é preciso
buscar informação sobre o assunto e agir conscientemente.
A casa e a escola não devem ser um campo de batalhas. A criança
com TDAH deve aprender a respeitar os pais e professores, ás vezes por
dificuldade de se resolver uma situação, por medo de perder o controle, para
não permitir que o poder seja ameaçado, cria-se um clima de guerra,
provocando e humilhando, gerando rancores e mágoas.
Compreender e reconhecer os sintomas do TDAH são princípios para
pais e professores educar com autoridade e firmeza.
Formar futuros homens e mulheres responsáveis, que saibam tomar
decisões e fazer escolhas, é ajudar a formar sua personalidade.
O bom aluno não é aquele que fica bem quieto na sala e em casa, que
não reclama, faz tudo o que pais e professores querem, não briga por nada e
não perturba ninguém, pois ele não questiona, não procura mostrar a sua
opinião, não se preparando assim para enfrentar a sociedade. Mas o bom
aluno é aquele que fala, briga por suas opiniões, e que muitas vezes é
considerado “aluno problema”, pois ele está exercitando a sua cidadania. Cabe
aos educadores (pais e professores) orientar até onde e em que momento ele
pode fazer isto.
30
CAPITULO VI
COMO ADAPTAR A CRIANÇA COM TDAH NA
ESCOLA?
“Não ensine os meninos a aprender pela
força e severidade, mas leve-os por
aquilo que os diverte, para que possam
descobrir melhor a inclinação de suas
mentes “
Platão, A República, VII
31
6 A NECESSIDADE DE UMA VISÃO AMPLA DAS
TEORIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Rubens Alves questiona em seu livro 4Histórias de quem gosta de
ensinar sobre o mundo de artifícios de psicologia e de didática para tornar a
aprendizagem mais eficiente, e fala da necessidade da criança de brincar, e
que a escola não trabalha isso de forma eficiente, pois é difícil , as escolas são
instituições que estão destruindo as crianças e algumas de forma brutal, outras
mais delicadas mas em todas se encontra o moto:
“A criança que brinca é nada mais que um meio para o adulto
que produz”.
Jean Piaget centrou sua teoria na gênese do conhecimento, os
processos mentais que a criança utiliza para atuar de determinada maneira,
possibilitando-a nas resoluções de problemas. Ele tem uma visão interacionista
(interação entre organismo/ambiente), onde o homem herda além das
estruturas biológicas básicas, o seu funcionamento intelectual, sua forma de
interagir com o ambiente, levando a construir um conjunto de significados. O
sujeito herda capacidade para a aprendizagem e o desempenho, mas, o
desenvolvimento e a realização plenas destas capacidades dependerão das
condições que o meio ambiente oferece. A criança constrói seu crescimento
mental a partir de quatro determinantes básicos: Maturação, estimulação do
ambiente físico, aprendizagem social e tendência ao equilíbrio.
Podemos dizer que crianças com uma forte tendência hereditária
ao TDAH, estão sujeitas a desenvolvê-lo ou não, caso a família ou a escola o
favoreçam.
4 Editora Cortez,Autores Associados, Coleção Polêmicas de Nosso Tempo.página 8.
32
Lev Semenovich Vygotsky em sua teoria da psicogenética nos dá
algumas diretrizes para o trabalho em sala de aula, como:
• A aprendizagem e o desenvolvimento são entendidos como
atividades sociais e colaborativas que não podem ser “ensinadas” a
alguém.
• Cabe ao estudante construir a compreensão do mundo em sua
própria mente.
• A zona de desenvolvimento proximal pode ser usada para desenhar
situações apropriadas, durante as quais o estudante deve receber o
suporte adequado para assegurar uma aprendizagem ótima.
• Na criação de condições apropriadas, deve-se ter em mente que a
aprendizagem deve acontecer em contextos significativos.
• As experiências fora da escola devem ser relacionadas às
experiências tidas no interior da escola. Fotos, recortes de notícias e
histórias pessoais incorporadas às atividades de sala de aula dá aos
estudantes um senso de unidade entre a comunidade a que
pertencem e a aprendizagem.
• É preciso respeitar as diferenças entre os seres humanos, mas não
se pode deixar que a defasagem entre eles cresçam a ponto de se
tornarem irrecuperáveis.
• Estímulo e motivação são importantes e devem ser mantidos em
níveis elevados todo o tempo.
Ter um comportamento reforçando o negativo na criança com TDAH,
vai torná-la cada vez mais alienada, sem vontade de participar e de entender o
grupo sócio-cultural no qual está inserida.
Alícia Fernandez diz em uma entrevista e revista Educação que
33
5 “Nos reconhecemos por aquilo que nos consideram:se
estou num meio onde não me acham capaz, me conformo”.
Ela continua dizendo que existe uma modalidade de aprendizagem que
tona por base o que as pessoas não podem fazer, que as avaliações
diagnosticas são feitas nas dificuldades, na impossibilidade, e que isto não
resolve o problema do diagnosticado.
Continua ela citando o problema do distúrbio de hiperatividade, como
um diagnóstico que está na moda. A criança é rotulada, e seu problema de
aprendizagem não é resolvido. Ela afirma que a nossa sociedade é desatenta e
hiperativa, que medica o que produz, em vez de resolver o real problema, e
que a escola não está criando condições para que os alunos reconheçam-se a
si mesmos.
Sendo assim, o material didático deve ser adequado e diversificado.
Tarefas variadas que busquem o interesse do aluno, estratégias cognitivas que
facilitem a auto-correção, regras bem claras de comportamento, com reforço
positivo, combinando ganho e perda e uma rotina estruturada na sala de aula e
no ambiente escolar, são formas de adaptar a criança com TDAH.
A criança com TDAH tem habilidades que devem ser descobertas pelos
pais e profissionais que a acompanham, facilitando sua adaptação na escola,
para que ela não se sinta como “1um prego redondo em um buraco quadrado”.
A palavra tem um poder muito grande nas pessoas, podendo dar a cura
e até a morte. A forma com que o professor lida com a
5 Revista Educação, Agosto de 2002, página 8. 1 GOLDSTEIN, S.-GOLDSTEIN, M.,HIPERATIVIDADE Como desenvolver a capacidade de atenção da criança,Papirus,2000, ítem 6, parte II.
34
hiperatividade e a desatenção da criança com TDAH significa o seu sucesso ou
o seu fracasso na vida acadêmica.
Profissionais que não foram orientados em como lidar com o TDAH,
contribuem para p crescimento do índice de repetência e evasão escolar.
Ressaltar sempre o que a criança faz de certo, valorizá-la pelo que ela
é, não pelo que ela consegue produzir e ensiná-la a interagir com os outros
são os grandes desafios de pais e professores.
35
CAPÍTULO VII
A NECESSIDADE DO TRATAMENTO
“O risco causa ansiedade, mas não
arriscar é perder o nosso próprio eu no
mais alto sentido, arriscar é
precisamente, estar cônscio do próprio
eu”.
Kierkegaard
36
7 TIPOS DE TRATAMENTO
Os tipos de tratamento podem ser, Psicológicos, Farmacológicos e
psicopedagógicos. O importante é ser feito por profissionais conhecedores do
TDAH.
A saúde e educação devem estar integradas para que se possa obter
um diagnóstico correto, observando a presença (ou não) de alguma
comorbidade como:
• Transtorno Opositivo Desafiador
• Problemas de Aprendizagem
• Transtorno de Conduta
• Depressão
• Ansiedade
• Transtorno Bipolar
• Síndrome de Tourette
Após um diagnóstico preciso feito por uma equipe multidisciplinar , a
criança com TDAH deve ter seu tratamento iniciado com aconselhamento
individual e dos pais a fim de evitar o aumento de conflitos.
Os profissionais precisam conhecer a família e a escola, o passado e o
presente, o afetivo, o intelectual e o psicomotor da criança.
Melhorar o convívio social desta criança, fazer com que ela reconheça
que existe um próximo, que a sociedade impõe regras a todos, que deveres
37
e obrigações fazem parte do cotidiano, são alguns dos valores a serem
trabalhados no tratamento.
Algumas crianças necessitam do uso de psicoestimulantes como o
metilfenidato (Ritalina), que são bastante eficazes no equilíbrio da dopamina e
da norodrenalina, substâncias chamadas de neurotransmissores, responsáveis
pela interligação de um neurônio com o outro, para permanecerem mais
receptivas às normas, lidando melhor com suas frustrações e mais
concentradas, aptas a um rendimento maior na área da cognição. No entanto
podem causar irritabilidade e alterações de sono, que devem ser observadas e
relatadas ao médico.
Antidepressivos tricíclicos, também são administrados, porém este com
mais cautela. Efeitos colaterais como, dor de cabeça, mal-estar, náuseas,
vômitos e tontura são observados. As crianças geralmente tendem a
apresentar diminuição de apetite, sendo às vezes necessário a diminuição da
dose. Outros efeitos adversos ao uso dessas substâncias são chamados
efeitos anticolinérgicos, boca seca e constipação. Neste momento ‘e
importante oferecer à criança uma dieta rica em fibras vegetais, ameixa,
mamão, que estimulam o trânsito intestinal até que esses efeitos diminuam,
conforme o uso continuado da substância.
A maior atenção ao uso de anti-depressivos deve ser com o aparelho
cardiovascular, pois o aumento do número de batimentos do coração e/ou
alterações da condução dos estímulos das fibras nervosas do coração são
observadas, o que deve ser acompanhado por exames periódicos para que se
tenha um modo seguro de tratamento.
Dificuldades de aprendizagem e problemas fonoaudilógicos também
são encontrados em crianças com TDAH e devem ser tratadas como:
38
Dislalia- Transtornos na emissão do fonema. Troca de letras na fala.
Disgrafia- Distúrbio na escrita por dificuldade na execução motora dos
símbolos gráficos. Letra feia.
Disortografia- Transtorno da escrita, caracterizado por substituições ,
omissões, etc de fonemas. Troca de letras na escrita.
Dislexia- É a dificuldade de combinar elementos literais, para leitura de
palavras, frases, textos. Dificuldade na leitura, alterando a interpretação.
A criança com TDAH, geralmente é taxada pelo professor inexperiente
como dislexa.
Um psicopedagogo deve acompanhar o tratamento e trabalhar essas
dificuldades.
Os jogos ajudam no tratamento da criança com TDAH pois desenvolve
sua atenção nas habilidades físicas e intelectuais, sua vivência em grupo, o
trocar idéias, o saber ouvir e participar, a descobrir coisas novas, a interiorizar
regras de convívio em grupo.
Atividades físicas, fora do contexto escolar como: natação, ajuda a
criança na concentração e a seguir instruções, pois para nadar ‘e necessário
um sincronismo nos movimentos. Esportes marciais também tem grande
contribuição no tratamento da criança com TDAH, pois trabalha a necessidade
de se seguir regras, de observação e de espera pela sua vez.
39
A música e a dança trazem ritmo à essas crianças. Ouvir uma música e
mexer o corpo conforme o ritmo requer um alto grau de atenção/concentração.
A pintura e a modelagem é outra forma excelente de terapia, pois dá a
criança a chance de expressar-se sem palavras, o que lhe dá segurança,
conforto.
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CAPÍTULO VIII
UMA PALAVRA AOS PAIS E PROFESSORES
Não há família que possa ostentar o
cartaz “Aqui não temos problemas”.
- Provérbio Chinês
41
8.1AOS PAIS
Madre Tereza de Calcutá escreveu a seguinte reflexão:6
“Qual é ?
...o dia mais belo? Hoje
...a coisa mais fácil? Equivocar-se
...o maior obstáculo? Medo
...o maior erro? Abandonar-se
....a raiz de todos os males? O egoísmo
...a distração mais bela? O trabalho
...a pior derrota? O desalento
...os melhores prfessores? As crianças
...a primeira necessidade? Comunicar-se
...o que nos faz mais felizes? Ser útil ao próximo
...o maios mistério? A morte
...o pior defeito? O mau humor
...a pessoa mais perigosa? A mentirosa
...o sentimento mais ruim? O rancor
...o presente mais bonito? O perdão
...o mais imprescindível? A oração
...o caminho mais curto? O correto
...a melhor sensação? A paz interior
...o resguardo mais eficaz? O sorriso
...o melhor remédio? O otimismo
...a maior satisfação? O dever cumprido
...a força mais necessária? Os Pais
...a coisa mais bela de todas? O amor”
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• se o seu filho apresenta sintomas do TDAH, converse com um
pediatra e peça a ele que recomende um profissional especializado.
• Exija que seu filho seja observado na escola e em casa.
• Problemas neurológicos e psicológicos devem ser descartados.
• Olhe para sua família e atente para problemas de suas relações que
possam estar afetando a criança.
• Leia sobre o assunto, converse com outros pais que tem o mesmo
problema.
• Trate a criança com carinho e respeito. Os pais são como um
espelho para as crianças. Converse com elas, ensine-as a respeitar
e a amar o próximo.
• Caso o uso de medicamento seja necessário, uma terapia também
deve ser realizada concomitantemente.
• Você é responsável por seu filho, ame-o pelo que ele é, não pelo
que você gostaria que ele fosse.
• Mantenha contato direto com o professor, acompanhando o seu
desenvolvimento e comportamento após iniciado o tratamento.
6 Extraído da revista Escola de Pais do Brasil, Março 2003 – seção – Teresópolis – RJ – página 35.
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8.2 AOS PROFESSORES
A criança com TDAH para se desenvolver necessita de Ter rotina, de ter
regras a seguir, sem surpresas ou improvisos na sala de aula, por isso:
• Procure informações a respeito do transtorno
• Não rotule a criança
• Planeje suas aulas
• Tenha um diálogo direto com a criança sobre o que ela tem mais
facilidade de aprender.
• Elogie sempre, nunca diga que o trabalho ficou mais ou menos, pois
seu esforço é sempre total
• Tenha sempre um contato direto com os pais sobre o seu
desempenho.
• Tenha as regras de conduta na sala afixada em local visível e de
forma clara.
• Procure avaliar mais pelo seu progresso individual e não pela turma.
• Incentive a interação da criança com a turma, através de jogos.
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• Não a sobrecarregue de atividades longas e de muito raciocínio,
faça várias atividades simples e rápidas.
• Utilize recursos visuais sempre que possível para passar conteúdos,
pois geralmente ela vai assimilar com mais facilidade e ter mais
• Evite que a criança sente perto da janela.
• Não facilite sua distração, fixando vários cartazes na sala
• Respeite sua individualidade.
• Supere-se, você é capaz.
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CONCLUSÃO
“Em vez de insistir no que se perde, é
importante ver também o que se cria e
encarar o processo como um ciclo eterno
de vida e morte, que não é bom nem
mau, apenas é”.
Robert M. Persig
46
AJUDA MÚTUA
Intervenções precoces minimizam o impacto negativo que o TDAH traz a
vida das crianças.
Pais e professores orientados, trabalhando juntos, com
acompanhamento de um especialista, fazem com que a criança com TDAH
seja respeitada e tenha sua individualidade preservada, trazendo um novo
rumo à vida da criança.
O produto desejável de uma educação bem sucedida é uma criança
feliz, saudável, empreendedora, feliz numa família feliz.
Rótulos como “boazinha ”, má”, “burra”, abertamente ou não, podem se
constituir profecias que acabam se realizando.
Toda criança é complexa, e os rótulos dificultam a compreensão.
Deve-se ter sempre em mente que o que importa para o sucesso desta
criança é o que existe de certo, e não o que está errado.
Educar uma criança com TDAH não é, querer controlar seus impulsos,
pois eles são inconscientes, e sim direcioná-los para uma atividade que lhe dê
mais prazer, de forma que ele se sinta amado.
Por mais incapaz que uma pessoa possa ser, ela é importante num
grupo.
Celebrar e aproveitar as diferenças de cada um é uma atitude sábia. As
pessoas são diferentes, tem ritmos diferentes, pensam e agem diferentemente,
mas são capazes, basta serem estimuladas nas suas
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potencialidades de forma correta que a incapacidade se tornarão qualidades
das quais elas e toda a sociedade serão beneficiados.
Com amor podemos vencer todas as barreiras que nas são impostas
pela vida.
Com o sentimento de afeto vem a segurança, a confiança, e então o
processo da educação acontece.
Uma solução: Turmas pequenas, Pais, Escola e Comunidade
consciente que o TDAH atinge a criança, o adolescente e vai até a vida adulta,
busquem soluções para vencer este transtorno através de seminários,
reuniões, escola de pais e maior participação do governo na área da Saúde
Mental.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
RODHE, A Luis; MATTOS, Paulo. Princípios e Práticas em TDAH.
Artmed, s/d.
CYPEL, S. A Criança com Déficit de Atenção e Hiperatividade: Atualização
para Pais, Professores e Profissionais de Saúde. Lemos Editorial, s/d.
GOLDSTEIN, Sam; GOLDSTEIN, Michael. A Hiperatividade: Como
Desenvolver a Capacidade de Atenção da Criança. São Paulo, Papirus, 1994.
RHODE, A Luis; BENEZIK, B P Edyleine. Transtorno de Deficit de
Atenção/Hiperatividade: O que é? Como ajudar? Artes Médicas Sul, 1999.
COSTA, A. L. Maria Piaget e a Intervenção Psicopedagógica. Olho D'Água,
2002.
SHINYASHIKI, Roberto. Revolução dos Campeões.São Paulo, Gente
1994
CUNHA, Maria Auxiliadora Versiani. Didática Fundamentada na Teoria de
Piaget, Rio de Janeiro, Forense-Universitária, 1980
RICHMOND, Peter Graham, Piaget Teoria e Prática, São Paulo, Ibrasa, 1981
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I – Dados sobre o Município de Teresópolis 11
- 1.Histórico Social 11 CAPÍTULO II – A Pesquisa 14
- 2.1 1.Apresentação 14 - 2.1.2 Quando ao número de alunos por turma 14 - 2.1.3 Quanto aos procedimentos pedagógicos 15 - 2.1.4 Quanto aos tipos de comportamento 16 - 2.1.5 Quanto a solução do problema 16 - 2.2 Discussão dos resultados 17
CAPÍTULO III – Conceito e Causas do TDAH 19
- 3.1 Conceito 19 - 3.2 Causas 21
CAPÍTULO IV – Tipos de TDAH 22
- 4.1 Tipo desatento 23 - 4.2 Tipo impulsivo 23 - 4.3 Tipo combinado 24
CAPÍTULO V – Como é uma criança com TDAH 25
- 5.1 Relato de um caso 25 - 5.2 Comportamentos da criança com TDAH 28
CAPÍTULO VI – Como adaptar a criança na Escola 30
50- 6.1 A necessidade de uma visão ampla das teorias de ensino aprendizagem 30
CAPÍTULO VII – A necessidade do Tratamento 35
- 7.1 Tipos de tratamento 35
CAPÍTULO VIII – Uma Palavra aos Pais e Professores 40
- 8.1 Aos Pais 40 - 8.2 Aos Professores 43
CONCLUSÃO – 45
- Ajuda Mútua 45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48
ANEXOS 49
ÍNDICE 77
FOLHA DE AVALIAÇÃO 79
51
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título da Monografia: Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade na Pré Escola com uma
Palavra aos Pais e Professores
Data da Entrega: 28 de Junho de 2003
Avaliado por: ___________________________________ Grau:______________________
_____________________, _________de_____________de________
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