UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI...
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
RONALDO DILNEI DAROS
A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV
Caxias do Sul 2015
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
RONALDO DILNEI DAROS
A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV
Monografia de Conclusão de Curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, desenvolvida sob a orientação da Professora Orientador(a): Ma. Adriana dos Santos Schleder
Caxias do Sul 2015
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RONALDO DILNEI DAROS
A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV
Monografia de Conclusão de Curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, desenvolvida sob a orientação da Professora Orientador(a): Ma. Adriana dos Santos Schleder Aprovada em ____ de _______ de 2015
Banca Examinadora
_____________________________________________ Prof. Ma. Adriana dos Santos Schleder Universidade de Caxias do Sul - UCS
_____________________________________________ Prof. Me. Jacob Raul Hoffmann Universidade de Caxias do Sul - UCS
_____________________________________________ Prof. Ma. Marliva Vanti Gonçalves Universidade de Caxias do Sul - UCS
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Resumo Este estudo tem por objetivo investigar se o programa Redação Sportv, exibido no canal por assinatura SporTV I, da Globosat, é observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu programa. O método utilizado foi a Análise de Conteúdo, juntamente com as técnicas de revisão bibliográfica, entrevista e observação. Após o desenvolvimento do processo metodológico, percebe-se que o programa utiliza o formato de debate idealizado no rádio, somado ao recurso da imagem, e reproduz o que a mídia esportiva divulga nos diferentes meios de comunicação do jornalismo diário. Palavras-Chave: Jornalismo Esportivo. Produção de Conteúdo. TV. Redação SporTV.
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Abstract
This study has as objective to investigate if the Redação Sportv tv show, displayed in the pay-channel SporTV I, from Globosat, is an observatory from the press and their content or if it picks the press to produce the tv show. The methodology used was the Content Analysis, along with techniques of literature review, interview and observation. After the development of the methodological process, it shows that the program uses the discussion format, idealized in radio, plus the image feature, and reproduces what the sports media publishes in the different media of communication from daily journalism..
Keys words: Sports Journalism. Content Production. TV. Redação SporTV.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
2 HISTÓRIA DO JORNALISMO ESPORTIVO NO BRASIL................................ 10
2.1 O INÍCIO DA COBERTURA ESPORTIVA ...................................................... 10
2.2 O ESPORTE NO RÁDIO BRASILEIRO ......................................................... 11
2.3 O JORNALISMO ESPORTIVO DEPOIS DA CHEGADA DA TV NO BRASIL.16
2.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV POR ASSINATURA .............................. 23
2.5 MUDANÇAS ESTRUTURAIS E TECNOLÓGICAS ........................................ 25
3 GÊNEROS DE PROGRAMA NA TV ................................................................ 28
3.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS ............................................................ 28
3.2 ESPORTES - INFORMAÇÃO E ENTRETERIMENTO ................................... 31
3.3 HIBRIDISMO .................................................................................................. 34
4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NA TV .............................................................. 38
4.1 PROCESSOS DE PRODUÇÃO DA NOTÍCIA NA TV .................................... 38
4.2 A PAUTA ........................................................................................................ 40
4.3 A REPORTAGEM .......................................................................................... 41
4.4 O TEXTO ........................................................................................................ 43
4.5 A EDIÇÃO ...................................................................................................... 46
4.6 APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 47
4.7 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM PROGRAMAS ESPORTIVOS ................ 49
4.7.1 Pauta........................................................................................................... 51
4.7.2 Entrevista ................................................................................................... 52
4.7.3 Edição ......................................................................................................... 52
3.7.4 Ancoragem ................................................................................................. 53
5 METODOLOGIA ............................................................................................... 55
5.1 MÉTODO ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................ 55
5.2 TÉCNICAS ..................................................................................................... 58
5.2.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................ 58
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5.2.2 Observação ................................................................................................ 60
5.2.2.1 Corpus da pesquisa ............................................................................... 62
5.2.2.2 Diário de campo...................................................................................... 63
5.2.2.3 Decupagem ............................................................................................. 65
5.2.3 Entrevista ................................................................................................... 66
5.2.3.1 Realização das entrevistas .................................................................... 69
6 ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................................... 81
6.1 FORMATO ..................................................................................................... 81
6.2 PAUTA ........................................................................................................... 85
6.3 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO ....................................................................... 89
6.4 ANCORAGEM ................................................................................................ 93
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 98
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 101
ANEXO A – DECUPAGEM DOS PROGRAMAS ............................................... 106
ANEXO B - GRAVAÇÃO DOS PROGRAMAS ................................................... 222
ANEXO C – PROJETO DE PESQUISA ............................................................. 223
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1 INTRODUÇÃO
O futebol é considerado uma paixão para grande parte dos brasileiros.
Dificilmente encontra-se alguém que não tenha um time de sua preferência. No ano
de 2014, o Brasil recebeu a Copa do Mundo FIFA. Esse fenômeno colocou em
evidência o futebol brasileiro no cenário mundial. Milhares de pessoas vieram de
diferentes partes do mundo para o país. Mas não somente de Copa do Mundo
sobrevive o futebol, os campeonatos nacionais movimentam torcedores e a
economia. No Rio Grande do Sul, os dois principais times possuem cerca de
duzentos mil sócios, pagantes de mensalidades. A televisão com sinal aberto
transmite semanalmente eventos esportivos; as por assinatura possuem canais
exclusivos com programação 24 horas, voltadas ao esporte, além de pacotes
exclusivos com transmissões de jogos.
Para a maioria dos torcedores que assiste eventos esportivos e, por
consequência, a cobertura jornalística esportiva, o acompanhamento não termina no
tempo de duração do espetáculo. O pré-jogo e o pós-jogo fazem parte da cultura do
público. É neste momento que entra a cobertura esportiva e o papel dos jornalistas,
tanto no rádio, quanto na televisão e nos jornais, impressos ou online.
O Redação Sportv é um desses programas que fazem a cobertura esportiva.
Exibido de segunda a sexta-feira, das dez horas da manhã ao meio dia, no canal por
assinatura Sportv, e eventualmente reprisado nos canais Sportv 2 e Sportv 3,
pertence à Rede Globosat, que é o grupo de canais por assinatura da Rede Globo.
O programa é apresentado pelo jornalista André Rizek, e conta com a participação
de convidados que debatem sobre os mais diversos assuntos, mas o tema central é
o futebol e a cobertura esportiva. E tem por característica utilizar jornais para
introduzir suas matérias.
O programa Redação Sportv está há 13 anos na grade de programação da
Sportv, transmitindo debate e informação a partir da mídia. Analisar esse processo é
importante para o pesquisador no que diz respeito ao jornalismo esportivo, pois
ainda é visto por muitos como entretenimento. Além disso, colabora para a
compreensão do formato e suas as características.
Neste sentido surgiu a questão norteadora desta pesquisa: o programa
Redação Sportv é observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se
pauta dela para produzir seu programa? Como objetivo geral segue na mesma linha,
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com a proposta de investigar se o programa Redação Sportv é um observatório da
imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu programa.
Os objetivos específicos são: definir o conteúdo do programa Redação Sportv;
analisar o conteúdo do programa Redação Sportv; Caracterizar como se dá a
produção de conteúdo nos programas esportivos na televisão; Caracterizar a
produção de conteúdo nos programas esportivos no rádio; e Oesquisar a história do
jornalismo esportivo no rádio e na televisão.
Para o desenvolvimento da pesquisa foram levantadas as seguintes
hipóteses: o Redação Sportv é pautado por outras mídias e não produz conteúdo
próprio; O Redação Sportv, por fazer parte dos canais por assinatura Globosat, tem
acesso aos conteúdos produzidos pela rede; O programa não tem uma equipe
suficiente para cobrir todas as notícias do jornalismo esportivo; o programa adota o
modelo de debate esportivo do rádio, mas com imagem.
O estudo resultou em sete capítulos que serão descritos a seguir. O capítulo
2, História do Jornalismo Esportivo, descreve o início do Jornalismo Esportivo no
Brasil, as dificuldades enfrentadas, as mudanças que ocorreram nos veículos de
comunicação e, por consequência, nas transmissões até o alcance do modelo atual.
O capítulo 3, Gêneros dos programas de TV, conceitua categorias, gêneros e
formatos voltados à base desta pesquisa, que são os diferentes formatos que
constituem o Jornalismo Esportivo na televisão.
O capítulo 4, Produção de conteúdo para TV, aborda o papel da pauta e o
processo de produção em programas esportivos. Já o quinto capítulo, Metodologia,
apresenta os procedimentos metodológicos que foram necessários para fazer a
análise desta pesquisa. O trabalho utilizará o método Análise de Conteúdo, as
técnicas serão a revisão bibliográfica, a entrevista e a observação.
No Capítulo 6 será feita a Análise de Conteúdo, constituída por meio da revisão
bibliográfica, entrevistas e observação dos programas pelo pesquisador. O sétimo e
último capítulo é dedicado às Considerações Finais.
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2 HISTÓRIA DO JORNALISMO ESPORTIVO NO BRASIL
Para entender o modelo de Jornalismo Esportivo que temos nos dias de hoje,
este capítulo fará um resgate histórico dos principais fatos da cobertura esportiva no
Brasil, no seu início com a abordagem tímida no jornal impresso, com a
consolidação do rádio como veículo de massa, e sua chegada à televisão.
O capítulo também evidencia as transformações das formas de linguagem
utilizadas nas transmissões das partidas de futebol e na divulgação das notícias
esportivas.
2.1 O INÍCIO DA COBERTURA ESPORTIVA
A história do Jornalismo Esportivo relaciona-se com a história do Jornalismo e
dos veículos de comunicação. A evolução da notícia e a evolução dos esportes
andaram lado a lado ao passar dos anos. No livro Jornalismo Esportivo, de Paulo
Vinícius Coelho (2003), o autor destaca que o inicio do Jornalismo Esportivo no
Brasil foi em 1910, em São Paulo, no Jornal Fanfulla. Neste jornal havia duas
páginas dedicadas ao assunto. Não era voltado para as elites, não era formador de
opinião, mas chegava cada vez mais a um público numeroso em São Paulo.
A Fanfulla, segundo Coelho (2003), ainda é uma fonte de pesquisa para
consulta de arquivos sobre o início do esporte e Jornalismo Esportivo no Brasil. O
termo Jornalismo Esportivo não era denominado para referir-se a este gênero, mas
sem esses relatos dificilmente seria descoberto o início da história do esporte.
Em 1931, segundo o autor, no Rio de Janeiro, nasceu o primeiro jornal
totalmente dedicado aos esportes: o Jornal dos Sports. A Gazeta foi criada em 1928,
mas só se tornou um caderno esportivo em 1947. “No início do século XX, o Rio de
Janeiro pulsava e impulsava o Brasil. E no Rio os jornais dedicavam também cada
dia mais espaço ao futebol” (COELHO, 2003, p. 9).
O futebol era um esporte de elite, segundo Coelho (2003), um dos motivos da
popularização do futebol, era a inclusão dos negros no esporte, liderada pela
primeira vez no time do Vasco da Gamma.
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Durante todo século passado, dirigir uma redação esportiva queria dizer tourear a realidade. Lutar contra o preconceito de que só os de menor poder aquisitivo poderiam tornar-se leitores desse tipo de diário. O preconceito não era infundado, o que tornava a luta ainda mais inglória. De fato, menor poder aquisitivo significava também menor poder cultural e consequentemente, ler não constava de nenhuma lista de prioridades. E se o futebol – como os demais esportes – dela fizesse parte, seria necessário ao apaixonado ir ao estádio, isto é, ter menos dinheiro para comprar boas publicações sobre o assunto (COELHO, 2003, p. 9)
O autor afirma que por esse motivo revista e jornais sobre o esporte foram
surgindo e desaparecendo. Ainda no Rio de Janeiro, a Revista do Esporte viveu
seus melhores dias entre os anos de 1950 e 1960, com a conquista dos títulos
mundiais do Brasil no futebol e o surgimento de Pelé. Mas foi só no fim da década
de 1960, segundo Coelho (2003), que os jornais dedicaram suas páginas para as
notícias esportivas. Nesse período surgia em São Paulo o Caderno de Esportes que
originou o Jornal da Tarde, um dos mais importantes veículos do jornalismo
brasileiro.
2.2 O ESPORTE NO RÁDIO BRASILEIRO
No início da década de 1930, o futebol e o rádio tinham uma semelhança, os
dois queriam se profissionalizar e tirar o elitismo que marcou sua chegada ao Brasil.
As notícias esportivas no rádio eram justamente repetindo as notas dadas
pelos jornais. Segundo Edileuza Soares (1995), no livro A Bola no Ar, somente
depois do ano de 1931, que o rádio marcou a criação de um novo formato, com a
primeira transmissão de uma partida ao vivo, feita em São Paulo, com a transmissão
da A Rádio Sociedade Educadora Paulista. A locução da partida feita pelo Nicolau
Tuma1, no campo da Chácara da Floresta, no bairro Ponte Grande, em São Paulo.
O jogo reuniu as seleções de São Paulo e do Paraná. A partir desse dia foi criada
uma maneira de transmitir partidas e uma interseção entre o futebol e o
radiojornalismo.
É possível encontrar na literatura da história do rádio registros de 1925 como
a primeira transmissão de jogos de futebol no país. Mas, segundo Soares (1995),
eram apenas telegramas lidos e não transmissão de jogos na íntegra. Embora a
1 Nicolau Tuma, locutor da Rádio Educadora Paulista. Sua voz, dicção e capacidade de improvisação
foram sempre elogiadas, ficou conhecido como “O locutor Metralhadora.” http://www.museudatv.com.br/biografias/Nicolau%20Tuma.htm, acessada em 15 de set. de 2015.
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Rádio Educadora Paulista tenha sido a pioneira nas transmissões de um jogo direto,
a Rádio Record foi a que mais se destacou no começo das transmissões de jogos
em São Paulo. A emissora decidiu noticiar esportes, depois que passou a ser
comandada por Paulo Machado de Carvalho2, o Marechal da Vitória, que dirigiu a
Seleção Brasileira vencedora da Copa do Mundo de 1952 e 1962.
No começo das transmissões, segundo Soares (1995), os narradores
esportivos passavam por dificuldades, devido a falta de recursos técnicos, suas
irradiações raramente saiam perfeitas. Não existia transmissão de micro-ondas e as
linhas telefônicas eram precárias. Às vezes, o locutor subia em postes para pegar
uma linha telefônica, que poderia ser em determinados momentos, clandestina. A
persistência em transmitir jogos provocou uma melhoria nos equipamentos e ajudou
no desenvolvimento do jornalismo radiofônico do Brasil. A prova disso foi a
transmissão de Gagliano Neto3, em cinco de outubro de 1938, direto da França para
o Brasil, o jogo entre Brasil e Polônia, pela Copa do Mundo daquele ano. Gagliano
narrou todos os jogos do Brasil na competição para a cadeia de transmissão de
Byington, que era formada no Rio de Janeiro pelas rádios Clube do Brasil e
Cruzeiro, em São Paulo pelas rádios Cosmos e Cruzeiro do Sul. Tinha associação
com o Jornal do Sports e O Globo, com patrocínio exclusivo do Cassino da Urca. “A
irradiação chegou com alguns chiados, mas foi possível entender bem o som que
ligava Brasil e França” (SOARES, 1995, p. 33). A ação foi celebrada como um
grande passo para a radiodifusão brasileira.
Quando o rádio passou a fazer corriqueiramente as transmissões ao vivo dos
esportes, o público nos locais dos eventos diminuiu. Segundo Soares (1995), foi
porque as pessoas preferiam escutar de suas casas ao invés de pegar chuva, frio,
sol e vários outros fatores que favoreciam o conforto do lar.
2 Inaugurou a TV Record. Constituiu um grupo de empresas que incluía TV Record e as emissoras de
rádio Excelsior, São Paulo e Panamericana, atualmente pertence às Organizações Globo. http://acervo.estadao.com.br/noticias/personalidades,paulo-machado-de-carvalho,670,0.htm, acessada em 15 de set. de 2015. 3 Leonardo Gagliano Neto fundou a Rádio Continental, a primeira emissora brasileira a fazer do
esporte sua atração principal. http://www.museudatv.com.br/biografias/Gagliano%20Neto.htm acessada em 15 de set. de 2015.
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Desde 1993, diretores de clubes mostravam seu desagrado pelas transmissões diretas. Naquele ano, segundo Edith Gabus Mendes, a Rádio Record recebeu uma carta da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), entidade que representava os clubes do futebol de São Paulo, informando que as narrações dos jogos pelo rádio estavam prejudicando as arrecadações (SOARES,1995, p.39).
Esta carta era um prenúncio da futura proibição que passou a vigorar em
1934. Todas as rádios foram proibidas de transmitir qualquer partida esportiva,
exceto a Rádio Cruzeiro do Sul. Segundo Soares (1995), a Rádio Cruzeiro do Sul,
era de um grupo de grande poder aquisitivo, as Organizações Byington. O grupo
possuía duas estações de rádio em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, além da
Byington & Cia, precursora da indústria eletrônica nacional.
Soares (1995) conta que a Radio Cruzeiro do Sul tentou até monopolizar a
radiodifusão da cidade, oferecendo salários muito maiores que os radialistas das
outras emissoras ganhavam. A autora afirma que a concorrência contra a Rádio
Cruzeiro do Sul, aumentou no ano de 1934, quando entraram no ar as rádios São
Paulo, Cosmos que pertencia ao grupo Byington, Cultura, Difusora e Excelsior. Em
1937 entraram no ar Rádio Tupi e a Rádio Bandeirantes.
O mercado de trabalho para locutores e comentaristas foi ampliado, existiam
mais profissionais para enfrentar o monopólio das organizações Byington. Ao ponto
das emissoras que não tinham o direito de transmissão, alugar uma casa, e fazer a
transmissão de cima dela.
Como essa situação se repetia na Record e na Tupi, as emissoras decidiram irradiar a partida em rede. As empresas alugaram uma casa na Rua Turiassu. Retiradas as telhas, dava para, de cima do teto da casa, ver o campo. Ficou combinado que Geraldo José de Almeida (da Rádio São Paulo) narraria o jogo e três outros locutores (Murillo Antunes Alves, dá Rádio São Paulo; Renato Macedo, da Record. Ribeiro Filho, da Tupi) leriam os anúncios, iluminados por uma lanterna, já que o jogo seria à noite (SOARES, 1995, p 40).
Renato Macedo e Ribeiro Filho ficaram irritados, segundo Soares (1995), pela
falta de condição de trabalho e desistiram. Deixando a transmissão somente para
Geraldo José de Almeida e Murilo Antunes Alves, que levaram a jornada até o fim.
Afirma Soares (1995), que no ano de 1940 o monopólio das Organizações
Byington sofreu um abalo com a inauguração do Estádio Municipal do Pacaembu,
primeiro estádio que tinha cabines de imprensa aberta a todas as rádios. Como um
símbolo da resistência ao monopólio, cada locutor de uma rádio fez a narração de
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uma parte do jogo; que começou com Nicolau Tuma, da Rádio Cultura; depois Blota
Júnior, da Rádio Cruzeiro do Sul: Oduvaldo Cozzi pela Cosmos; Rebello Júnior, da
Difusora e Aurélio Campos, da Tupi.
No Parque Antártica e no Parque São Jorge, a Cruzeiro do Sul e a Cosmos
continuavam com suas cabines privativas e não permitiam a entrada de locutores de
outras emissoras. Ocorre que os principais jogos passaram a ser disputados no
Estádio Municipal do Pacaembu.
Soares (1995) explica que existem diversas fontes e informações que
divergem sobre a data do fim do monopólio das Organizações Byington. “Em, 1970,
a Byington foi absorvida pela multinacional Motorola, onde não se conseguiu obter
esclarecimentos sobre o período do monopólio das transmissões esportivas de
rádio” (SOARES, 1995, p.44).
A autora explica que Blota Júnior considera o fim da exclusividade ao fato de
Paulo Machado de Carvalho ter instalado uma torre no lado de fora do Parque
Antártica, e a contratação de um dos principais locutores do grupo, Geraldo José de
Almeida, para Rádio Record. Essas medidas enfraqueceram a ideia de
exclusividade.
Blota Júnior, locutor da Rádio Cruzeiro do Sul de 1940 a 1943 (portanto, um dos privilegiados que podiam fazer sem problemas narrações nas cabines do Parque São Jorge e do Parque Antártica), sustenta que os direitos para transmissão de esportes da Byington ainda continuaram depois da inauguração do estádio do Pacaembu (em 1940), mas por pouco tempo (SOARES, 1995, p.44).
A autora lembra que a Rádio Cruzeiro do Sul, fazia a cobertura de todos os
esportes, na ocasião chamada de Estação do Esporte, por jornais da época. Em
1942, era fundada pelo teatrólogo Oduvaldo Viana a Rádio Panamericana, mas só
iniciou suas transmissões em 1944. A rádio nasceu com a intenção de ser uma
emissora de novelas. O projeto não teve sucesso e, em 1946, foi vendida para Paulo
Machado de Carvalho.
A Panamericana foi a primeira emissora brasileira a se especializar com perfeição na transmissão esportiva. Sua especialização é anterior à tentativa no mesmo sentido feita pela Rádio Continental do Rio de Janeiro, em 1950, então dirigida pelo locutor esportivo Gagliano Neto (SOARES, 1995, p.44).
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A autora relata que a emissora foi incluída na rede de Emissoras Unidas do
grupo Machado de Carvalho, formada pelas rádios Record, Bandeirantes, São Paulo
e Excelsior. A proposta era especializar a Rádio São Paulo em novelas e a
Paranericana em a Emissora do Esportes.
No artigo Da emoção à discrição, o autor Carlos Guilherme Lima (2011),
constata que as narrações esportivas ganharam mais espaço a partir do ano de
1945. Segundo o autor, a Rádio Panamericana modificou a maneira de transmitir,
criando duas novas funções: o comentarista e o repórter. Até o momento cabia só ao
narrador contar o que acontecia durante os 90 minutos de partida.
No artigo A derrota do Brasil para o Uruguai no jogo final da Copa do Mundo
de 1950 pelas páginas do jornalismo de revista brasileiro, os autores Júlio César
Penariol e José Carlos Marques (2015) lembram que em 1950 o Brasil ficou
responsável pela organização de um evento esportivo de representação mundial, a
Copa do Mundo FIFA4. Na época, o Brasil vinha de um abalo do fim do Estado Novo
e do governo de Getúlio Vargas, período de renovação política e econômica no país.
Segundo os autores, o evento era tratado como uma oportunidade do Brasil mostrar
para o mundo que era uma nação civilizada, moderna e em forte desenvolvimento. A
autora do artigo O rádio e as Copas do Mundo, Patrícia Rangel (2012), assegura
que já no ano de 1950 o rádio era o principal veículo de comunicação de massa no
Brasil. A Copa do Mundo de 1950, serviu para a consolidação dos programas
esportivos no rádio. Até aquele momento, as emissoras que não cobriam esportes
passaram a abrir espaços para este gênero, e as que faziam cobertura passaram a
qualificar seus programas e transmissões. Segundo a autora, a Rádio Nacional,
mais conhecida e escutada no país, concentrou uma atenção especial à competição.
Lima (2011) afirma que no ano de 1958 a Rádio Bandeirantes entrou nesse
mercado. No ano de 1960, o autor destaca que as rádios cariocas começaram a
copiar o formato de transmissão dos paulistas.
O maior trunfo da Panamericana contra os concorrentes, segundo Soares
(1995), foi a criação do primeiro Plantão Esportivo ”[...] de que se tem conhecimento
no Brasil, idealizado como uma atração a mais para seus ouvintes [...]” (SOARES,
1995, p.49). Narciso Vernizzi comandava uma equipe de repórteres que
4 A Federação Internacional de Futebol é uma associação de direito suíço criada em 1904 e com
sede em Zurique. Possui 209 associações. http://www.fifa.com/about-fifa/who-we-are/index.html, acessada em 16 de set. de 2015.
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acompanhava e transmitia durante a partida as informações de outros jogos.
Repórteres de outras cidades que passavam as informações por telefone. “A criação
do Plantão Esportivo modernizou a maneira de coletar resultados dos jogos. Antes
da iniciativa da Panamericana esse trabalho era feito de maneira muito precária”
(SOARES, 1995, p.44).
No ano de 1960, as rádios do Rio de Janeiro, destaca Lima (2011),
começaram a ganhar força e copiar o formato de transmissão paulista. As rádios
cariocas tinham profissionais como João Saldanha, Mario Viana, Valdir Amaral,
Fernando Solera, Silvio Santos, entre outros, que qualificaram as transmissões,
colocando vinhetas e inserções sonoras que permanecem no modelo radiofônico de
cobertura esportiva.
Em sua obra Rádio, o autor Luiz Artur Ferrareto (2000) afirma que as
coberturas da Copa do Mundo de 1958 e 1962, impulsionaram a difusão do
jornalismo pelo rádio, pois a cobertura era recheada de opiniões, crônicas e relatos
diários de setoristas nos principais times.
A Rádio Bandeirantes, segundo Soares (1995), começou seus preparativos
para a Copa de 1958 com antecedência. Depois de contratar Pedro Luís e Mário
Moraes, criou uma rede de rádio chamada Cadeia Verde Amarela. Idealizado pelo
locutor esportivo e diretor artístico da emissora, Edson Leite, tinha a intenção de
promover a Bandeirantes com a Copa do Mundo. A emissora transmitia sua
cobertura para diferentes rádios de todo Brasil, que retransmitiam seu sinal.
2.3 O JORNALISMO ESPORTIVO DEPOIS DA CHEGADA DA TV NO BRASIL
Pouco tempo depois da sua inauguração em 1950, a TV Tupi já transmitia
jogos de futebol realizados em São Paulo e cidades próximas. Na obra O
Almanaque da TV, os autores Ricardo Xavier e Rogério Sacchi (2000),afirmam que
em 10 de outubro de 1950, foi feita a primeira transmissão de um evento esportivo
pela televisão. A TV Tupi transmitiu a partida de futebol disputada entre São Paulo e
Palmeiras no Pacaembu.
Os autores identificam que em 1952 a TV Paulista, posteriormente
denominada TV Globo, passou a concorrer nas transmissões dos jogos. Xavier e
Sacchi (2000) afirmam que a TV Paulista enviava seus poucos equipamentos para
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fazer a transmissão das partidas. Quando a partida acabava, a emissora ficava um
tempo fora do ar até que os equipamentos pudessem retornar aos estúdios.
A crítica, segundo os autores, não gostou dos exageros das locuções nas
primeiras partidas transmitidas. Os narradores usavam a forma das locuções do
rádio para detalhar a partida. Mas como a televisão mostrava boa parte dos
detalhes, alguns comentários e observações eram desnecessários. Atentos a essa
mudança, os narradores optaram por somente identificar os jogadores, deixando o
público analisar a partida.
Raul Tabajara, da TV Record ganhou o troféu Roquette Pinto em 1955 por ter encontrado um meio-termo entre os dois estilos. Já em 1955, o compositor Ary Barroso, que também era locutor esportivo, adotou uma forma de narração de partidas de futebol na TV Tupi carioca: apenas comentava com naturalidade os lances, como se fosse um amigo sentado no sofá ao lado do torcedor, em casa (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 175).
Em 1956, segundo o artigo Futebol na TV do autor Igor José Siquieri
Savenhago (2011), a TV Rio e a Record entraram em cadeia para mostrar ao vivo
um amistoso no Rio de Janeiro da Seleção Brasileira no Maracanã. Neste ano, as
transmissões de futebol, para o autor, impulsionavam a venda de novos aparelhos
televisores. Mas a estrutura das empresas de televisão para transmitir jogos ainda
era precária e muitas pessoas não possuíam televisão em suas casas. O rádio
naquele momento era o principal veículo para acompanhar as partidas de futebol.
No ano de 1959 foi criado o recurso de vídeo chamado de Tira-Teima. Xavier
e Rogério Sacchi (2000) explicam que era a exibição dos lances mais discutidos e
polêmicos da partida por várias vezes. Este é o mesmo modelo que prendeu a
atenção do público por muitos anos.
Conta Soares (1995), que, na Copa do Mundo de 1962, a Rádio Bandeirantes
criou um mecanismo diferente para que seus ouvintes pudessem visualizar as
jogadas. No meio da Praça da Sé em São Paulo, foi instalado um painel de
lâmpadas que simulavam um campo de futebol, cercado de alto-falantes. Um
operador acendia e apagava as lâmpadas conforme a bola se movia no campo do
jogo. Tudo isso acompanhado da narração dos locutores da rádio idealizadora. A
inovação atraiu milhares de pessoas.
Em 1963, Xavier e Rogério Sacchi (2000) afirmam que os juízes de futebol
tentaram delimitar as transmissões de futebol pela televisão. “Não deu em nada: o
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público continuou exigindo, no mínimo, o videoteipe dos jogos e criticando qualquer
mancada dos árbitros” (XAVIER E SACCHI, 2000, p.178).
No ano de 1965, segundo o portal Memória Roberto Marinho5, a Rede Globo
transmitiu sua primeira partida de futebol, foi um jogo do Brasil contra a União
Soviética, no Maracanã.
A primeira mesa redonda, segundo Xavier e Sacchi (2000), foi criada pela TV
Rio em 1963, com o nome de Grande Revista Esportiva. A mesa era formada por
Armando Nogueira, que se tornaria diretor da Central Globo de Jornalismo, Nelson
Rodrigues, João Saldanha, José Maria Scassa, Hans Henningsen o Marinheiro
Sueco, Vitorino Vieira, ex-jogador Ademir e o âncora Luiz Mendes. No final do ano
de 1963 o nome mudou de Grande Revista Esportiva para Grande Resenha Facit,
devido ao patrocínio que teve da empresa Facit, fabricante de máquinas de
escrever. Em 1966, a mesa redonda transferiu-se para Rede Globo onde ficou até o
ano de 1969.
Chico Anysio, lembram Xavier e Sacchi (2000), além de ser comediante
sempre foi apaixonado por futebol. Em 1948 foi reprovado nas peneiras do Botafogo
e São Cristóvão. “Chico acabou se empregando profissionalmente como repórter de
campo, participando da equipe do locutor Raul Longras na Rádio Guanabara, em
1948” (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 176). Em 1965, Chico Anysio trabalhava como
comentarista esportivo da TV Excelsior, e a cobertura era em parceria com o
narrador Geraldo José.
Em 1968, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, também assinou com a TV
Excelsior. Segundo, Xavier e Sacchi (2000) no mês de novembro daquele ano, o
atleta passou a ser ator da emissora. O pagamento de Pelé, girava em torno de 22
mil cruzeiros novos, o jogador que pertencia ao Santos precisava trabalhar somente
quatro dias por mês. Sua participação ficou restrita as novelas e alguns programas
da emissora. O contrato tinha validade até o ano de 1970, mesmo ano que o Brasil
foi Campeão Mundial, com o Rei do Futebol.
Coelho (2003) afirma que no ano de 1970 as principais rádios do país
dedicavam seus domingos ao esporte.
5 http://www.robertomarinho.com.br/obra/tv-globo/decada-de-1960/esporte.htm, em acessada em 15
de set. de 2015
19
Em São Paulo, por exemplo, o que não faltava era opção. Sem contar as tradicionais Globo, Jovem Pan, Tupi, Record e Bandeirantes, havia ainda emissoras como a Difusora e Capital. A Excelsior, afiliada Globo, transmitia todos os domingos o segundo jogo mais importante (COELHO, 2003, P 28)
No ano de 1970, segundo Coelho (2003), o fenômeno do rádio esportivo foi
Osmar Santos. Seu sucesso seguiu por toda década, até que em 1997 trocou a
Globo pela Jovem Pan, em uma negociação milionária. Na ocasião passou a ser o
locutor mais bem pago do país, e o repórter de campo que o acompanhava nas
transmissões era Fausto Silva, que em 1989 chegou a TV Globo. No artigo Da
emoção à interação, o autor Giordano Bruno Medeiros e Oliveira (2015), afirma que
no ano de 1970 a Embratel transmitiu em cores os jogos da Seleção Brasileira na
Copa do Mundo do México, mas essa transmissão não era aberta, somente exibida
para alguns convidados.
Já no artigo De Léo Batista a Tadeu Schmidt, o autor Alexandre Alves da
Silva (2010) conta que foi a partir dos anos 1970, com a conquista do tricampeonato
pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo sendo transmitido para uma grande
parcela do país, que o jornalismo esportivo ganhou maior destaque definitivamente
na televisão.
Em 1971 chegava ao Brasil, primeiramente na TV Tupi, o slow-motion,
conhecido como câmera lenta, que permitiu analisar mais detalhadamente a partida.
Na obra Esportes no Rádio, os autores Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009)
lembram que neste mesmo ano, no Rio Grande do Sul, a Rádio Gaúcha iniciou uma
tentativa de sair da obviedade do rádio, com um programa diferente até mesmo para
televisão. O programa era o Sala de Redação, que tinha por características a leitura
de notícias do Jornal Zero Hora, direto da sua redação, e os debates entre os
participantes sobre estas notícias. Os integrantes do programa eram Ruy Carlos
Ostermann como mediador, Lauro Quadros, Paulo Sant’Ana, Adroaldo Guerra Filho,
entre outros. Afirmam Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009) que, posteriormente a
isso, a Rádio Gaúcha transformou-se em uma rádio exclusivamente jornalística.
No ano de 1972,em Caxias do Sul, segundo Xavier e Sacchi (2000), foi feita a
primeira transmissão em cores na América do Sul. A partida foi entre a Associação
Caxias e o Grêmio de Futebol Portoalegrense, no estádio Baixada Rubra. Quem
narrou a partida foi Luiz Mendes pela TV Rio.
20
Ganhar na Loteria Esportiva era um sonho para os brasileiros da época.
Xavier e Sacchi (2000) apontam que a Zebrinha da Loteca havia feito participações
nas edições de segunda-feira do Jornal Hoje, na TV Globo . E no ano de 1972 ela
transferiu-se para o Jornal Nacional, ano em que o telejornal tinha edições no
domingo.
Desenhado por Borjalo, o simpático quadrúpede funcionava com o mais simples dos truques - um cartão por trás movimentando a boca e as pálpebras. O locutor do telejornal anunciava o resultado de 13 jogos de futebol do fim de semana, e a zebrinha indicava a coluna válida: “coluna 1”, “coluna do meio”, (empate) ou “coluna 2” (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 176).
Depois de cancelada a edição de domingo do Jornal Nacional, em 1973 a
zebrinha foi para o Fantástico. O sucesso do personagem foi tão grande que a
personagem recebeu o título de cidadã carioca. Em 1986, a zebra saiu de cena,
voltando em outra versão no programa Super Técnico e Sorte Grande na TV
Bandeirantes.
Em 1974, nascia na Rádio Jovem Pan de São Paulo o programa Plantão de
Domingo passou a ser comandado por Milton Neves. O programa abria as jornadas
esportivas nas manhãs de domingo e também prestava serviços à comunidade. O
apresentador fazia entrevistas com personagens do jogo, contava histórias das
equipes e jogadores do passado. Por meio do programa Milton Neves tornou-se uma
celebridade no rádio paulista.
O modelo criado pela Pan e por Milton Neves contagiou todas as rádios do país. As do Rio, que já haviam adotado no passado, continuaram a usá-lo. As emissoras paulistas tentaram imitá-lo, cada uma de seu modo. O paulista de Ribeirão Preto Márcio Bernardes criou o seu programa na rádio Globo. Durou pouco mais de dois anos como apresentador. A Globo ainda mantém seus programas de entrevistas, mas nunca conseguiu emplacar um âncora que persistisse na função por muito tempo. Tentou também Juarez Soares, que exerceu por pouco mais de um ano (COELHO, 2003, p. 33).
Soares (1995) conta que no de 1980 a Rádio Excelsior criou um novo formato
de programa de Jornalismo Esportivo no rádio, com o programa Balancê, idealizado
por Osmar Santos. O programa tinha música, humor, entrevistas debates e notícias.
A apresentação era ao vivo e com auditório, contava com a coordenação do
jornalista Fausto Silva. “Foi no Balancê que o jornalista esportivo Fausto Silva, o
“Faustão”, se revelou como animador de auditório” (SOARES, 1995, p. 85). O
21
programa ficou oito anos no Sistema Globo Rádio Excelsior, e no começo de 1988 a
ser apresentado na Rádio Gazeta.
No artigo Da emoção à interação, o autor Giordano Bruno Medeiros Oliveira
(2015) afirma que do início das transmissões da televisão brasileira até o ano de
1980, problemas técnicos era frequentes, como distância de câmeras do jogo, falha
nos equipamentos, atraso nas transmissões e narrações que ainda copiavam o
modelo radiofônico. A partir da década de 1980, com o aperfeiçoamento das
transmissões televisivas, com transmissões em cores e um novo modelo de
narrações com Luciano do Valle, Silvio Luiz e Galvão Bueno que o Brasil inteiro
passou a acompanhar definitivamente as partidas esportivas pela televisão.
No artigo As mudanças no formato de linguagem do Globo Esporte Nacional,
o autor Fidel Lucas de Carvalho Nunes (2011), identifica que no ano de 1978, foi
criado o principal programa de Jornalismo Esportivo do país, o Globo Esporte,
apresentado por Léo Batista, usando terno e gravata, em uma bancada com pouca
transição de câmeras.
Coelho (2003) afirma que nos anos 1980 as tvs Bandeirantes e Record
disputavam a audiência do público que acompanhava o esporte. Nesse período, a
TV Bandeirantes se intitulou O Canal do Esporte. Entre os anos de 1986 e 1993
transmitiu exclusivamente a maioria dos jogos do Campeonato Brasileiro.
A Rede Globo, lembra Coelho (2003), mesmo sem transmitir esses jogos,
mostrava os lances das partidas no seu jornal esportivo, Globo Esporte. Em 1982,
Xavier e Sacchi (2000) lembram que o Globo Esporte da TV Globo, colocou um
microfone escondido no uniforme do juiz da partida. A matéria falava da tensão,
palavrões e bate-bocas que aconteciam durante o jogo de futebol. Jose Roberto
Wright apitava o jogo entre Vasco e Flamengo pela final da Taça Guanabara no Rio
de Janeiro. Foi suspenso por 40 dias por este fato.
Em 1986, o Tira-Teima estava remodelado na TV Globo. “Os lances
polêmicos e duvidosos das partidas eram processados no computador para uma
análise precisa e milimétrica” (XAVIER E SACCHI, 2000, P. 178).
Soares (1995) destaca que a Rádio Bandeirantes, em 1991, fez uma tentativa
de criar um programa que misturava humor e jornalismo esportivo, o programa não
fez sucesso e saiu do ar.
Aponta Oliveira (2015), que as transmissões esportivas não teriam evoluído
de maneira significativa neste período, se não fosse o fato de a TV Cultura transmitir
22
um campeonato estrangeiro no Brasil. Em 1991, o Campeonato Alemão foi
transmitido ao vivo e em cores para todo país. Impressionava pelos recursos e pelas
tecnologias usadas na sua difusão, o que fazia da partida um espetáculo para quem
assistia. Posterior a este fato, Oliveira (2015) lembra que a TV Bandeirantes passou
a investir significativamente em suas transmissões esportivas. Oliveira (2015) cita o
autor Carlos Fernando Schinner para afirmar que a grande mudança da evolução
das transmissões esportivas, foi quando a Rede Globo percebe o futebol como um
evento lucrativo.
No ano de 1995, com a aquisição dos direitos de transmissão do Campeonato
Brasileiro pela Rede Globo, Coelho (2003) afirma que ocorreram mudanças na
maneira de abordagem dos jornalistas. O autor lembra que na época que os direitos
das transmissões não eram vendidos os repórteres faziam as imagens do interior do
estádio e mostravam em seus telejornais. Depois da compra dos direitos, o acesso
foi limitado para alguns profissionais.
Na Copa do Mundo de 1998, Coelho (2003) sustenta que a Rede Globo
comprou os direitos de transmissão pelo valor de 220 milhões de dólares, pagou
esse preço para não perder os direitos para as televisões concorrentes no Brasil. No
artigo Copa de 98, Paulo Sérgio Pinto (2009) destaca que o valor para as rádios
transmitirem a Copa do Mundo da França de 1998 era 150 mil dólares. Já Coelho
(2003) conta que os direitos de transmissão para rádio na Copa do Mundo do Japão
e da Coréia do Sul, em 2002, custavam cerca de 20 milhões de reais.
Na televisão, segundo o autor, a Rede Globo pagou pela exclusividade da
Copa de 2002 e cedeu apenas 90 segundos de imagens para as emissoras que não
tinham o direito de transmissão; as imagens só podiam ser exibidas depois que o
telejornal Globo Esporte fizesse a sua cobertura.
Coelho (2003) menciona que no ano de 2002, na competição chamada Copa
dos Campeões, disputada nas cidades de Belém, Fortaleza, Teresina e Natal, a
filiada do SBT, a TV Alterosa, enviou seus repórteres para fazer a cobertura, mas
foram barrados pela TV Globo, com o argumento que ela possuía os direitos e
nenhuma outra equipe poderia fazer a cobertura, inclusive produzir material
jornalístico. Nessa mesma competição, a Rede Globo cedeu os melhores momentos
para as televisões do Norte e Nordeste, onde a competição estava sendo disputada,
a única restrição é que eles não poderiam repassar para emissoras do Rio de
Janeiro e de São Paulo.
23
Que a Globo comprou os direitos e que isso lhe dá direito exclusivo de mostrar as partidas na íntegra, não há dúvida. A questão é tolher o jornalismo, castrar o direito à informação do resto dos telespectadores exclusivamente por ter feito a opção de compra dos direitos de transmissão do evento. E mais: saber se tem o direito de comprar o torneio e limitar-se a mostrar gols e melhores momentos em vez de transmitir os jogos na íntegra, como acontece sempre que um clube de fora do eixo Rio-São Paulo consegue sucesso na Copa Libertadores da América. O torneio de caráter continental é apresentado com toda pompa usual da TV Globo. Mas, quando um clube sem tanto pelo comercial chega às finais, sua torcida fica privada de assistir os jogos (COELHO, 2003, p. 66).
Oliveira (2015) lembra, que mesmo pertencendo à Rede Globo a
exclusividade da transmissão, determinando o horário dos jogos para enquadrar-se
na sua grade, a emissora fez com que a publicidade para os clubes e verbas de
direitos televisivos aumentasse.
2.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV POR ASSINATURA
Coelho (2003) lembra que em 1991, as transmissões de televisão por
assinatura no Brasil iniciaram com a Globosat e a TVA??. Para o autor, a TVA fez
uma opção errada na escolha técnica, enquanto a Globosat distribuiu sua rede por
cabos nos grandes centros, a TVA tentava vender suas antenas parabólicas e
assinaturas.
O primeiro reflexo disso na programação esportiva foi apenas o número de assinantes. O Sportv, criado em 1992, contou rapidamente com quantidade muito maior deles do que o TVA Esportes, fundado em 1993. Com mais assinaturas havia mais chance de conseguir patrocinadores. Mas o que determinou de vez o caminho dos dois canais foi um contrato para a transmissão dos principais jogos do futebol brasileiro por três anos, assinado em 1994 pela TVA Esportes e pelo Clube dos Treze, a entidade que reúne os principais clubes do país (COELHO, 2003, p. 69).
O autor informa que a Globosat, nesse mesmo período, também assinou um
contrato para a transmissão com a Confederação Brasileira de Futebol, o órgão que
organiza o campeonato. Na prática, os dois contratos tinham vigências legais. A
briga começou já no início das transmissões do campeonato na televisão por
assinatura no Brasil. Coelho (2003) afirma que no ano de 1994 a TVA Esportes
transmitiu todos os jogos do campeonato. Foi no ano de 1995, quando a TVA mudou
24
seu nome para ESPN Brasil, devido a uma sociedade entre o grupo Disney, dono do
Grupo Abril e dono da TVA, que as restrições começaram.
A direção da Rede Globo não permitia a entrada de profissionais da ESPN
nos jogos do Campeonato Brasileiro. A única maneira que a concorrente tinha para
entrar era por meio de liminares pouco tempo antes dos jogos, que na maioria das
vezes eram caçadas na segunda-feira. O resultado, lembra Coelho (2003), era a não
utilização do material produzido naquele dia. Para tentar amenizar as disputas foi
feito um acordo no qual a Rede Globo ficou com os principais jogos da rodada e
para ESPN os jogos de menor expressão. “Enquanto o Sportv transmitia Corinthians
e Flamengo, a ESPN podia apenas mostrar uma partida entre Goiás e Paraná
Clube” (COELHO, 2003, p. 70).
O autor afirma que a situação piorou com o fim desse contrato e com a
assinatura de um novo, onde a ESPN perdeu todo o direito de transmissão do
campeonato, ficando apenas com alguns estaduais. Mas para o autor, isso não
diminuiu a força da emissora que continuou investindo em jornalismo esportivo e
programas que deram credibilidade no noticiário esportivo. No ano de 1998, a
emissora ganhou um prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte pela
Cobertura da Copa do Mundo de 1998.
Mas Coelho (2003) aponta, que por não ter jogos importantes para mostrar,
os anunciantes não permaneceram na emissora. “O problema maior da ESPN Brasil
foi pequeno diante da perspectiva que se criou com a entrada no ar do canal PSN”
(Coelho, 2003, p. 70)
A PSN, fundada em 1999, iniciou suas transmissões, segundo o autor, em
fevereiro de 2000, deixando sua marca por comprar os direitos da transmissão da
Copa Libertadores da América daquele ano. Transmitia todos os jogos, ao vivo ou
por videoteipe, além do Campeonato Italiano e jogos da NBA.
O canal nasceu da parceira entre a milionária Traffic – agência de marketing esportivo do ex-jornalista José Hawilla – e do fundo de investimentos americano Hicks, Muse, Tate & Furst. Dinheiro era o que não faltava. Especialmente nos primeiros tempos, quando a expectativa era fazer cada campeonato adquirido valer milhões de dólares e gerar milhões de assinaturas (COELHO, 2003, p. 71).
O autor afirma que o primeiro ano da empresa foi uma festa. Teve a
contratações de profissionais de destaque no mercado, muitos se mudaram para a
25
sede em Miami nos Estados Unidos. No ano seguinte, em 2001, o dinheiro começou
a sumir, os pagamentos de alguns profissionais tiveram atrasos. No fim do ano de
2001, os donos do canal buscaram novos investidores e sócios, mas não obtiveram
parcerias. Aos poucos, a PSN vendeu seus direitos, um deles foi para a Fox
americana. Por fim, os profissionais que estavam em Miami voltaram para o Brasil.
Em meio a processos trabalhistas a emissora fechou suas portas em janeiro de
2002.
2.5 MUDANÇAS ESTRUTURAIS E TECNOLÓGICAS
No artigo Futebol, Transmissão Televisiva e Tecnologia, os autores Tatiana
Zuardi Ushinohama e José Carlos Marques (2015) afirmam que em 1998 ainda eram
feitas transmissões analógicas na televisão. A partir da Copa do Mundo da França,
em 1998, iniciou-se a inclusão e os testes de equipamentos digitais para difusão
televisiva. A alteração foi intensa na Copa do Mundo de 2002 e consolidou-se na
Copa do Mundo de 2010. Segundo os autores, o plano de câmeras seguem os
mesmo das transmissões de 1970. Com uma câmera principal mostrando todo
campo, mas sem detalhes específicos, e uma câmera auxiliar para mostrar detalhes
da partida. Outras câmeras foram sendo introduzidas para auxiliar no detalhamento
da partida e nos aspectos que compõem uma transmissão esportiva.
Silva (2010) aponta que nos anos 1980, o Fantástico da Rede Globo, exibia o
quadro Gols do Fantástico, a nota coberta era bem detalhada e a narração era
parecida com a do rádio. A locução era monótona, com pouca emoção e tom de
seriedade. A falta de tecnologia limitava os recursos de edição e execução do
quadro.
Já a partir dos anos 1990, segundo o autor, a narração ainda tinha um ar de
seriedade, mas não era monótona, pois o narrador conseguia fazer pausas curtas na
locução com um ritmo coerente para televisão. Os recursos tecnológicos ainda não
eram avançados, não utilizava-se trilhas sonoras na exibição das notas, apenas
som ambiente do estádio, o que incluiu imagens de torcedores na exibição dos gols.
Silva (2010) afirma que as mudanças significativas ocorreram depois dos
anos 2000, a forma de narração ficou mais objetiva sem detalhes sobre as imagens
e sem repetição de palavras. A introdução de jargões futebolísticos, narrações mais
26
emotivas e entonação no texto trouxeram maior integração de Léo Batista com o
telespectador.
Segundo o autor, em 2008, Tadeu Schmidt mudou significativamente a
maneira de exibir o quadro Gols do Fantástico, o tom de locução era de conversa, o
ritmo de narração não tinha definição especifica, a contextualização era de acordo
com as imagens. Além de exibir os gols, os detalhes da partida como gols perdidos,
peculiaridades dos torcedores, camisetas dos times, cabelos exóticos dos jogadores
e vários outros aspectos que envolvem uma partida esportiva foram incluídos na
exibição do quadro. Silva (2010) lembra que os recursos visuais de edição e
execução, tiveram uma evolução significativa do período da criação do quadro até o
ano que Tadeu Schmidt assumiu a apresentação, os recursos visuais foram
bastante explorados pelo apresentador e pela produção. A inclusão de trilhas
auxiliam na demonstração de humor, drama, ironia e emoção, executadas de acordo
com a proposta da contextualização do apresentador.
Nunes (2011) destaca quem em 2008 o Globo Esporte estava perdendo
audiência e ficando diversas vezes em segundo lugar na pesquisa IBOPE6, atrás do
programa do Chaves exibido no mesmo horário no SBT. O apresentador Tiago
Leifert foi procurado para criar mudanças no programa. Nunes (2011) cita que o
apresentador acreditava que o problema era forma de linguagem criada pela própria
emissora. O autor afirma que mudança aconteceu em 12 de janeiro de 2009, Tiago
Leifert apresentou em pé o programa, com uma linguagem mais leve e descontraída,
sem bancada e com o cenário amplo, de maneira que o apresentador pudesse
circular por ele. Outras mudanças importantes aconteceram na mistura do gênero
informativo e entretenimento na exibição das matérias e a exclusão do teleprompter7
para tornar a linguagem mais conversada e dinâmica.
No ano de 2014, o Brasil sediou sua segunda Copa do Mundo FIFA. No artigo
O futebol midiatizado e identidade cultural brasileira de 1950 a 2014, o autor Pedro
Vasconcelos Costa e Silva (2015) reconhece que na Copa do Mundo de 2014 a
televisão teve maior destaque entre os veículos de comunicação. O autor cita
Galeano para argumentar que a televisão mudou a maneira de transmitir partidas de
6 IBOPE: Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística. No Brasil, adquiriu grande notoriedade pela
medição de audiência de TV e pelas pesquisas eleitorais e de opinião pública. http://www.ibope.com.br/pt-br/ibope/quemsomos/Paginas/default.aspx, acessada em 25 de set. de 2015. 7 Equipamento óptico que reproduz o texto que será lido pelo apresentador (CURADO, 2002, p. 55).
27
futebol. Pois segundo ele, o estádio é um gigantesco estúdio de televisão, e joga-se
para a televisão, para o público que está em casa.
Ao longo do desenvolvimento do Jornalismo Esportivo no Brasil, muitos
profissionais buscaram diferentes modelos de divulgação na mídia. Uma
característica marcante neste processo de consolidação destinou-se a hibridação de
formatos e gêneros, que é a proposta de abordagem do próximo capítulo.
28
3 GÊNEROS DE PROGRAMA NA TV
Este capítulo irá abordar os diferentes gêneros e formatos televisivos,
conceituando os de maior importância para o desenvolvimento deste trabalho.
3.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
No artigo O formato televisual, a autora Marie-France Chambat-Houillon
(2007) indica que o gênero televisivo remete em seu início a um princípio
constitutivo. Uma espécie de arquitetura textual “que tem relação direta com o
domínio da prática social, o que significa o entendimento de um espaço, um lugar
onde circulam os saberes das pessoas” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p. 133).
Para a autora, o gênero é da ordem da abstração, que se atualiza em categorias,
que em combinação com outras indicam diferentes manifestações. “Interrogando o
formato, atualizamos três lógicas que estruturam a mídia televisão: a produção, a
programação e a recepção. Essas três perspectivas não são exclusivas:
frequentemente elas interagem” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.142).
Para a autora a noção de formato não é exclusivamente um termo do mundo
da produção televisiva.
Ela atravessa outros campos de aplicação, como o da informática e o da computação, bem como atualiza o debate em torno do que é conveniente chamar de interoperabilidade, levado pela questão do domínio da informática e da eletrônica. (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.142).
A autora cita Jost, para afirmar que é preciso distinguir o conceito de emissão
e de formato. “O formato é então o regime de representação audiovisual do
conceito da emissão” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.141). Segundo ela, o formato
permite consolidar o inteligível para uma direção audiovisual do conceito de
emissão. Mas a autora entende que a relação entre conceito e formato não é
intransigível e, sim, ao contrário; um conceito pode originar vários outros formatos.
Chambat-Houillon (2007) destaca alguns pontos importantes nesta relação: O
formato não remete exclusivamente em estabilizar um número de elementos
estruturais, serve também para distinguir os telespectadores. Nada impede que um
formato seja inovador e diferente de outros já existentes; o formato tem atribuição
29
de um conceito enunciativo; o formato denota, consigna a produção audiovisual,
enquanto a emissão é uma execução audiovisual das propriedades prescritas.
No artigo Reflexões sobre os gêneros e formatos televisivos, a autora Elizabeth
Bastos Duarte (2006) afirma que inicialmente os gêneros em um programa de
televisão são um plano inicial de comunicabilidade. “Os gêneros são então
categorias discursivas e culturais que se manifestam sob a forma de subgêneros e
formatos” (DUARTE, 2006, p 20). Para a autora, a limitação por gênero impede o
melhor entendimento de sua função, sua orientação metodológica, que é ser o ponto
inicial para entendimento de formatos televisivos.
Na obra A televisão levada a sério, o autor Arlindo Machado, explica que a
televisão tem sofrido com muitos questionamentos em relação aos seus gêneros.
Para o autor, o gênero tem o sentido de orientar o uso da linguagem, “pois é nele
que se manifestam as tendências expressivas mais estáveis e mais organizadas da
evolução de um meio, acumulada ao longo de várias gerações enunciadoras”
(MACHADO, 2000, p. 67).
Na obra Gêneros e formatos na televisão brasileira, o autor José Carlos
Aronchi de Souza (2004), afirma que os gêneros de programas de televisão são um
conjunto de formatos que apresentam características em comum. “A separação dos
programas em categoria inicia o processo de classificar os gêneros
correspondentes” (SOUZA, 2004, p.37).
O autor explica que a divisão por categorias dá início a um processo de
identificação do programa e faz com que ele se encaixe ao mercado, além de tornar
familiar o formato no imaginário de vários grupos de pessoas. Na televisão, o
formato é a característica que define o gênero. Sua forma remete as possibilidades
sobre suas limitações.
Há muita semelhança entre gêneros e formatos na televisão no que se refere ao estudo de gênero no campo da biologia. Assim como na biologia existem gêneros e espécies, em televisão coexistem os gêneros e formatos. Pode-se fazer uma analogia, com as devidas diferenças, entre as espécies da biologia e os formatos da televisão. Na biologia, árias espécies constituem um gênero e os gêneros agrupados formam uma classe. Em televisão, vários formatos constituem um gênero de programa, e os gêneros agrupados formam uma categoria (SOUZA, 2004, p, 45).
30
O autor afirma que existem três categorias que envolvem a maioria dos
gêneros televisivos: entretenimento, informativo e educativo. E as outra são
categoria, tratadas como especiais, além da publicidade.
No Brasil, os “especiais” são produções exclusivas e inéditas apresentadas pelas emissoras como produções diferenciadas, que podem ser vários gêneros. Musicais, minisséries e entrevistas são algumas dessas produções chamadas “especiais” pelas redes brasileiras (SOUZA, 2004, p, 45).
A finalidade de um programa de televisão, para o autor, é entreter e também
pode informar; por outro lado pode ser informativo e também de entretenimento.
Souza (2004) lembra que no rádio antes da chegada da televisão, os
programas de auditório faziam sucesso. E que no início das transmissões
televisivas, os programas de auditório foram incorporados à televisão. Na televisão
eles também ganharam uma grande audiência, e um dos motivos era a mistura de
gêneros que os programas tinham.
Para Machado (2000), os formatos podem ser chamados de enunciados. Já
os gêneros, para o autor, são categorias variáveis e hibridas, “não apenas no
sentido de que são diferentes entre si, mas também no sentido de que cada
enunciado pode estar “replicando” muitos gêneros ao mesmo tempo” (MACHADO,
2000, p.71). O autor identifica que riqueza e a pluralidade dos gêneros são infinitas,
pois a criatividade humana também é ilimitada e cada segmento de atividade possui
um repertório de gêneros e discursos que se modificam e estende-se para novos
formatos.
A televisão tem programas de vários gêneros e formatos em diferentes
horários. Souza (2004) entende que a divisão por categorias na televisão é
necessária para classificar os gêneros correspondentes. Por isso, o autor classifica
em cinco categorias os formatos de exibição dos programas apresentados no Brasil.
a) Categoria entretenimento, classificados em gênero de: Auditório,
colunismo social, culinário, desenho animado, docudrama, esportivo, filme,
game show competição, humorístico, infantil, interativo, musical, novela,
quis show perguntas e respostas, reality show TV realidade, revista, série,
série brasileira, sitcom, comédia de situações, talk show, teledramartugia,
ficção, variedades, faroeste;
31
b) Categoria informação, divididos entre os gêneros: Debate, documentário,
entrevista, telejornal;
c) Categoria educação, divididos entre os gêneros educativos e instrutivos;
d) Categoria Publicidade, classificada entre os gêneros: Chamada, filme
comercial, político, sorteio, telecompra:
e) Categoria Outros que estão inseridos os gêneros: Especial, eventos,
religioso.
Para o autor, o gênero esportivo está na categoria informação, embora ele
encontra-se em outras categorias, como será abordado na sequência.
3.2 ESPORTES - INFORMAÇÃO E ENTRETERIMENTO
Souza (2004) explica que o processo de produção e o formato dos gêneros
esportivos influenciam de maneira direta a classificação de suas categorias. Embora
classifique o gênero esportivo na categoria entretenimento, o autor salienta que o
esporte pode estar inserido tanto no entretenimento quanto na categoria informação
ou, em algumas poucas experiências, também pode ser educativo.
As emissoras fazem seus programas esportivos, segundo Souza (2004), por
meio de uma paixão brasileira que é o futebol. Isso faz com que tenha pouca
diferença no processo de produção e, por consequência, exista certa semelhança
entre os programas deste segmento. Geralmente, a única diferença entre um
programa e outro é o tempo que ele tem de exibição.
O autor afirma que os programas de maior abrangência acabam exibindo
outros esportes, como vôlei, automobilismo, basquete, provas de atletismo, mas o
futebol acaba predominando, com jogos nacionais, regionais e jogos da Seleção
Brasileira, que além de competições oficiais participa de amistosos durante o ano.
Para Souza, a necessidade dos jornalistas utilizarem equipamentos para gravação
32
externa e também de infra-estrutura de estúdio em horários alternados, os
programas do gênero esportivo, utilizam a estrutura dos demais departamentos de
jornalismo.
Souza (2004) afirma que é comum o torcedor acompanhar jogos que
começam às 22 horas, de qualquer dia da semana, isto porque as empresas que
compram os direitos de transmissão encaixam os programas na maneira que
preencham melhor sua grade de programação. Neste caso, a definição de gênero
vai além dos interesses do público
O gênero esportivo e o gênero de telejornalismo estão muito próximos,
segundo Souza (2004), os dois mantêm apresentadores, repórteres, entrevistas em
estúdio em modelos adotados pelos telejornais da emissora. O autor afirma que o
formato documentário e o debate estão inseridos no gênero esportivo, que Souza
(2004), classifica na categoria informação. No gênero debate, para Souza (2004), o
principal elemento é o número de entrevistados e entrevistadores, que podem
aparecer ao mesmo tempo no vídeo. Para o autor, o gênero debate não necessita
de grandes investimentos e pode ser uma alternativa para emissoras que querem
fazer programas de baixo investimento. Cenário e convidados são elementos
básicos, os próprios entrevistados e convidados atuam como comentaristas.
Os assuntos e os convidados variam conforme a proposta da emissora: pode-se debater um único tema, com vários convidados opinando e respondendo às indagações dos entrevistadores e apresentadores fixos; pode-se realizar um debate sobre vários temas num único programa, dando-lhe também um tom de atualidade e variedade. Os programas de natureza definida – esportivo, político, educativo, entre outros – também usam a mesma fórmula para aprofundar o tema e apresentar especialistas em assuntos, criando segmentos (SOUZA, 2004, p.144).
Afirma o autor, que o gênero debate pode de ser um programa de grande
duração, sua principal intenção é esgotar o tema debatido com opiniões diferentes.
Sua dinâmica é que determina o tempo de exibição do programa, que ainda pode
apresentar reportagens que tenham sentido com o assunto debatido. Por este
motivo, pode preencher uma espaço grande na grade da emissora.
O formato conhecido como mesa-redonda de origem do rádio é o mais
comum no gênero esportivo, segundo Souza (2004). O apresentador debate com
seus convidados os lances mais recentes. Geralmente os convidados são
esportistas, jogadores, dirigentes e até torcedores.
33
No gênero entrevista, classificado por Souza (2004) na categoria informação,
a principal preocupação é o local em que ela será feita, que podem ser em estúdios
ou em locais externos, transmitidas ao vivo ou gravadas. Em alguns casos,
reportagens são exibidas para ilustrar as entrevistas e auxiliar no desenvolvimento
do assunto. Se a entrevista for mais descontraída e mais leve, ela pode se encaixar
em outro gênero televisivo conhecido com talk show. Os dois gêneros se
aproximam, mas com algumas diferenças que definem o que é jornalismo e o que é
show. No jornalismo, o compromisso com a verdade é uma atribuição, em talk
shows o entrevistador pode fazer perguntas e observações de diferentes
abordagens.
Uma composição cenográfica que permita ao apresentador andar pelo cenário e entrevistas os convidados de pé é utilizada pelos programas de talk show. Nesse caso, o apresentador percorre o cenário em busca das atrações do programa: apresentações musicais, entrevistas etc. Já os cenários dos programas do gênero entrevista permitem ao convidado e ao apresentador ficar sentados durante todo tempo. Isso permite uma apresentação mais longa do que aquelas normalmente realizadas em programas do gênero talk show (SOUZA, 2004, p.148).
Para o autor, na categoria informação existe um gênero que pode incluir todos
em um único formato, que é o telejornalismo. Os programas deste gênero são
voltados exclusivamente para a transmissão de informação para os telespectadores,
pois apresentam características próprias, como, por exemplo, ser apresentado de
um estúdio e o apresentador anuncia as matérias para apresentação, que podem
ser gravadas ou ao vivo.
A conquista de importância na grade horária da programação fez as redes de televisão investirem no telejornalismo tanto quanto em outros gêneros. As grades podem deixar de apresentar um ou outro gênero, mas o telejornalismo ocupa espaço e visibilidade fundamentais para o conceito de rede de televisão. Nessa ótica, os objetivos traçados por um dos pioneiros do telejornalismo no Brasil, Gontijo Teodoro, o citado apresentador do Repórter Esso e diretor de telejornalismo da TV Tupi do Rio de Janeiro, são claros e ainda atuais: “os deveres do telejornal são: informar, educar, servir, interpretar, entreter” (SOUZA, 2004, p. 151).
Recorda o autor que o início do gênero telejornal foi com um noticiário, os
textos eram lidos pelo apresentador para a câmera, sem ilustrações de imagens.
Este recurso ainda é utilizado em alguns telejornais com a inclusão de mais um
34
apresentador para dividir a leitura das notas. Mas o telejornalismo, segundo Souza
(2004), empenhou-se em ser hibrido, como programas de debate, entrevistas,
documentários, reportagens especiais que ocuparam os departamentos de
jornalismo das emissoras. Este hibridismo será abordado no próximo capítulo.
3.3 HIBRIDISMO
No artigo Convergência tecnológica e os novos formatos híbridos de produtos
audiovisuais,, a autora Elizabeth Bastos Duarte (2007) afirma que construção da
imagem audiovisual inicia com a invenção do cinema. A possibilidade de dar
movimentos às imagens estáticas permitiu reconhecer pessoas, objetos, natureza.
“A referencialidade da imagem cinematográfica nos permitiu desvendar aspectos
antes não percebidos no mundo à nossa volta” [...] (DUARTE, 2007, p. 166).
Na televisão, a introdução da linguagem audiovisual própria inicia com a
criação do videotape8. Duarte (2007) explica que esta criação proporcionou
tentativas de dar movimentos às câmeras, enquadramentos, e permitiu edição de
imagens. Para a autora, a característica maior na televisão é a fragmentação, a
distribuição dos blocos na programação, intercalados com produtos audiovisuais e
VTs publicitários.
Duarte aponta (2007) aponta que a concorrência aumentando, cresce a
fragmentação e o ritmo.
“A tevê vai-se tornando um emaranhado de produtos e programas, onde diferentes linguagens se cruzam, se disputam, se completam. Num mesmo espaço televisivo, pode haver telejornal, tele-esporte, teledramaturgia, telecinema, publicidade, cada uma dessas formas demandando um tipo de atenção, de interação (DUARTE, 2007, p. 173).
Para a autora, os telespectadores têm mais de um século de experiência, e
por este motivo, é familiar visualizar imagens projetadas, tanto em casa na televisão,
quanto no cinema ou pela internet. A ideia que uma imagem visual é clara não se
confirma quando fizemos uma relação de especificidades, suas diferenças e
aproximações variam em diversos veículos que elas são divulgadas.
8 Equipamento eletrônico que grava sinais de áudio a vídeo gerados por uma câmera. PATERNOSTRO, 2006,
p.226.
35
Duarte (2006) entende que os meios de comunicação televisivos se
constituem em textos, e sua principal característica é a complexidade e a hibridação,
que se apropriaram de diversas articulações de linguagens sonoras e visuais. A
autora considera que definir se um programa tem características ser de
entretenimento ou de informação é não informar nada sobre ele, pois a maioria dos
programas hoje exibidos na televisão trazem entretenimento e informação.
[...] Afinal, que programa não traz informações? Que programa não tem como meta o entretenimento? Nenhum subgênero dito informativo escapa à especularização, do magazine ao debate, passando pelos telejornais ou documentários, sejam ele transmissões diretas em tempo real ou não. O que pensar então, nesse contexto, da tradicional oposição real/ficção. As emissões televisivas são produções discursivas, não são jamais o real (DUARTE, 2006, p. 21).
As classificações de gêneros e formatos, segundo a autora, devem ter sim
uma razão para sua existência, apesar de existir em diferentes estilos de processo
de produção de conteúdo na televisão, os gêneros televisivos abrigam vários
formatos que constituem um grupo com poucas categorias em comum. Duarte
(2006) lembra que ao longo de sua história a televisão foi adaptando-se aos meios
de produção e as condições que são oferecidas. Esta adaptação reage ao próprio
funcionamento formando estratégias, possibilidades, princípios lógicos e até
restrições.
O gênero funcionaria, então, em cada caso, como substância de uma forma que sobre ele se projeta, decorrente da articulação entre subgênero (s) e formato (s), e não teria outra existência possível além dessa ser substância “em-formada”. Dita de outro modo, a noção de gênero em televisão deve ser compreendida, esta é a proposta, como feixe de traços de conteúdo da comunicação televisiva que só se atualiza e realiza quando sobre ele se projeta uma forma de conteúdo e de expressão – representada pela articulação entre subgêneros e formatos, esses sim procedimentos de construção discursiva que obedecem a uma série de regras de seleção e combinação (DUARTE, 2006, p.22).
Souza (2004) entende que uma combinação de formatos televisivos reunidos
definem novos resultados e formam o hibridismo. “O formato de um programa pode
apresentar-se de forma combinada, a fim de reunir elementos de vários gêneros e
assim possibilitar o surgimento de outros programas” (SOUZA, 2004, p. 46).
Duarte (2006) alerta que estamos em um processo de revolução tecnológica,
esta revolução altera a maneira que as pessoas se relacionam com a televisão. A
tecnologia, segundo a autora, está ao alcance de todos e este fator está tirando a
televisão do centro das atenções. As pessoas não querem receber conteúdos
36
prontos e engessados. A comunicação está em uma via de mão dupla, e os veículos
que não dão voz ao telespectador estão perdendo público.
[...] se vê (no mercado audiovisual, uma grande confusão de formatos, o que tanto pode representar um avanço, como um atraso na produção audiovisual. Há documentários que, em vez de beber na fonte do mais puro flyonthewall (explicar – rodapé), bebem equivocadamente na fonte mais pobre do jornalismo declaratório. Assim, em vez de mostrar a realidade nua e crua transformam o meio em um palanque, onde a palavra – não a imagem – é o elemento fundamental. Assim, são considerados documentários as entrevistas ilustradas de personalidades sobre assuntos diversos, numa linha de produtos audiovisuais característica da Europa dos anos 70 (DUARTE, 2006, p. 185)
A autora explica que por outro lado existe um enriquecimento em reportagens
e obras documentárias. As obras têm em comum o que se chama de evidências
visuais. Para Duarte (2006), o principal fator que faz com que um programa,
independente do gênero, entre na grade de programação é a audiência que ele irá
trazer para a emissora.
Na obra Manual do Jornalismo Esportivo, escrita por Heródoto Barbeiro e
Patrícia Rangel (2006), os autores apontam que embora o Jornalismo Esportivo seja
tratado como gênero de entretenimento, sua essência jornalística não muda e está
ligada aos princípios éticos da profissão.
Outro aspecto levantado no artigo Das utilidades do conceito de modo de
endereçamento para análise do telejornalismo, autora Itânia Maria Mota Gomes
(2006), explica que o gênero televisivo é um modo de orientar a audiência; em
relação aos assuntos do programa com o modo que ele apresenta-se para o público.
Os gêneros são formas reconhecidas socialmente a partir das quais se classifica um produto dos media. Em geral, os programas televisivos individualmente pertencem a um gênero particular, como a ficção seriada ou o programa jornalístico. E é a partir desse gênero que ele é socialmente reconhecido. No caso da recepção televisiva, por exemplo, os gêneros permitem relacionar as formas televisivas com a elaboração cultural e discursiva do sentido (GOMES, 2006, p.117).
Ainda nesta mesma linha, o autor compreende que os programas
telejornalísticos são considerados uma variação dentro da programação de
televisão, “enquanto “gênero programa jornalístico televisivo”, obedecendo a
formatos regras próprios do campo jornalístico em negociação com o campo
televisivo.”(GOMES, 2006, p.117). Segundo o autor, os programas esportivos são
variações dentro do gênero e podem ser chamados de subgêneros. Necessitam ser
37
abordados em categorias que impliquem classificá-lo como um produto de
jornalismo televisivo. É primordial ter uma linguagem televisiva com os elementos
próprios do jornalismo.
A concepção dos gêneros e formatos televisivos passa por um processo de
produção antes de sua consolidação e categorização. Que é o próximo tema a ser
abordado no capítulo seguinte desta pesquisa.
38
4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NA TV
Este capítulo irá abordar a produção de conteúdo na televisão, passando pela
transformação da informação, construção da notícia e emissão ao telespectador.
Com destaque para a produção de conteúdo em jornalismo esportivo na televisão.
4.1 PROCESSOS DE PRODUÇÃO DA NOTÍCIA NA TV
No livro Manual de Telejornalismo (2002), os autores Heródoto Barbeiro e
Paulo Rodolfo de Lima explicam os processos de produção na televisão. Segundo
eles, o produtor é o principal profissional que irá encaminhar as pautas do programa.
Os autores consideram que o processo de produção inicia, geralmente, no dia
anterior com a reunião de pauta, com a participação de todos na redação, é neste
momento que os assuntos são expostos e discutidos, para concluir-se qual deles
será mostrado no dia seguinte.
Na obra A Notícia na TV, a autora Olga Curado (2002), esclarece que a
notícia é importante de acordo com sua abrangência, a informação primária é a
matéria-prima de uma produção jornalística, as matérias de segundo nível
geralmente chegam para a redação por meio de outros veículos de comunicação.
Na produção, ela é avaliada, verificada e editada antes de ser divulgada. A autora
afirma que uma reportagem de televisão é o resultado da produção feita em equipe.
O que vai ao ar acontece porque várias pessoas trabalharam juntas e não apenas por obra e graça de algum super-homem, que na TV, nasceu morto. O mais talentoso dos repórteres, editores, pauteiros, cinegrafistas não põe sozinho um reportagem no ar (CURADO, 2002, p. 21).
Para a autora, a notícia é a informação que tem relevância para o público. O
fato da semana, do dia, da hora ou do momento é avaliado pelo jornalista que julga
se é notícia e se deve ser divulgado. E alguns departamentos de Jornalismo,
segundo Curado (2002), além do jornalista, outras pessoas também se encarregam
da responsabilidade de avaliar a importância e a vinculação da notícia, nesses casos
a avaliação final passa pelo editor chefe, ou o chefe da redação e até mesmo por
diferentes opiniões.
39
A importância da notícia é geralmente julgada de acordo com a sua abrangência, isto é, segundo o universo de pessoas às quais pode interessar. Esse é o critério mais utilizado em jornalismo de televisão que, dando ênfase ao aspecto da amplitude, pode tender a transformar a notícia em entretenimento ou em espetáculo, tratando apenas de questões amenas ou desprovidas de polêmica (CURADO, 2002, p. 16).
Para notícias de segunda linha, Barbeiro e Lima (2002) afirmam é importante
a verificação dos conteúdos dos programas anteriores, os temas podem ser
retomados no dia seguinte, cabe ao produtor avaliar a importância de o fato ser
aprofundado novamente. Os autores apontam que a produção deve prevenir-se
para falta de notícias nos finais de semana e feriados. Além de permanecer atenta
as informações de outras emissoras, o apoio informativo é essencial, resumos de
notícias de outros veículos podem elucidar o produtor na construção da matéria.
Curado (2002) indica que a notícia precisa chegar ao telespectador de forma
clara e sem tropeços, a notícia não tem finalidade lúdica. A forma em que a notícia é
passada não pode gerar dúvidas, se ela gerar dúvidas é porque não foi divulgada
corretamente.
A produção deve procurar, segundo Barbeiro e Lima (2002), o contato
imediato com as fontes e sempre ouvir os dois lados da notícia. Isso é prioritário
para o bom jornalismo. Nesses contatos, notícias interessantes podem surgir até
mesmo em conversas informais e nos bastidores de uma produção. Caso o
entrevistado adiante uma notícia, ela deve ser levada ao repórter ou apresentador
que irá entrevistar essa pessoa.
Os autores indicam que no momento que a produção tenha marcado com
uma fonte, mas encontrou outra melhor para o desenvolvimento da matéria, é
obrigação da produção avisar e desmarcar com a fonte descartada. É melhor
cancelar o compromisso ao invés de deixar o entrevistado esperando.
Barbeiro e Lima (2002) indicam que as entrevistas feitas durante a exibição
de programa devem ser gravadas e encaminhadas ao editor, os responsáveis pela
matéria devem avaliar quais trechos mais importantes podem ser utilizados em
futuros programas. É importante a fonte ter novas e importantes informações para
acrescentar e justificar sua presença. Convidar uma pessoa para participar de um
programa apenas para preencher um espaço vazio é desaconselhável.
40
4.2 A PAUTA
A pauta representa o assunto que será abordado em um programa. Barbeiro
e Lima (2002) afirmam que na televisão ela tem mais importância que nos outros
veículos de comunicação, pois a TV exige cuidado no planejamento de todos os
detalhes, isso resulta em uma importância maior de elaboração.
Já Curado (2002) entende que a pauta é a soma de dados que dão início a
uma matéria, a pauta não está pronta no momento que alguém lhe indica. Quando
surge a ideia de reportagem em uma redação, está se criando uma proposta para
ela ser discutida e viabilizada. Na maioria das vezes as indicações geram
discussões e pensamentos sobre o assunto, cada profissional com seu ponto de
vista emite uma opinião, até que todos entrem em um consenso.
Barbeiro e Lima (2002) recomendam que os pauteiros pensem na matéria por
inteiro e indiquem os caminhos que ela deve seguir. Os pauteiros têm papel decisivo
na elaboração da matéria sugerindo questionamentos e caminhos para o repórter.
O elaborador de conteúdo tem a liberdade de mudar a matéria no meio do
caminho se achar necessário, ou até mesmo cancelar em seu desenvolvimento, se
por algum motivo ele entender que não é aconselhável a construção.
Os autores Barbeiro e Lima (2002) aconselham que para um bom
desenvolvimento de uma reportagem na televisão é preciso não se limitar nos
assuntos do dia, não buscar somente o imediato como justificativa de informação. É
preciso criar, apresentar contexto e avançar. Para isso são necessários alguns
cuidados:
a) Preocupação com as imagens, pois elas estão sempre presentes em toda a
produção de reportagem;
b) Tudo que for relevante para sociedade, desde política, cultura, economia,
religião, ciência, meio ambiente, comportamento, esportes, problemas
urbanos entre outro;
c) A notícia precisa ser apurada, tratada e elaborada;
d) A pauta surge por busca em agências de notícias, Internet, jornais,
reclamações de telespectadores, acompanhando outros veículos de
comunicação. Nenhum pauteiro consegue acompanhar tudo que está
acontecendo, por isso o repórter deve sugerir pautas em uma redação;
41
e) Acontecimentos sociais aparecem a todo o momento, é importante ter
atenção para a mudança de pauta durante a elaboração de uma reportagem;
f) O tempo é importante em uma produção, cabe ao pauteiro informar
endereços, telefones, informações sobre o entrevistado. No jornalismo
sempre é aconselhável ouvir as duas ou mais partes de um assunto, quando
tiver, cabe ao pauteiro fazer a logística da reportagem;
g) Entrevistados importantes como Presidente da República, Governador,
prefeitos e personalidades de renome não necessitam de pautas para
participarem do programa;
h) Assessorias de Imprensa são fontes indispensáveis, mas não são fontes
primárias de informação. Elas são a ponte entre o jornalismo e o entrevistado.
i) Releases podem ser fontes de informação, cabe ao pauteio verificar se as
informações recebidas por este recurso são verdadeiras;
j) Assuntos que não utilizados na pauta do dia podem ser retomados no
decorrer da semana, por isso é indispensável um bom arquivo.
k) Um grande assunto pode valer uma pauta temática. Pode ser retomada por
vários dias, mas com enfoques e ângulos diferentes obre o tema.
Para a elaboração e desenvolvimento de uma boa pauta é preciso bons
profissionais. Curado (2002) acredita que um dos profissionais mais raros do
mercado jornalístico é o pauteiro. Para a autora, este profissional precisa ter faro
para notícia, ser atento aos detalhes que podem levar a uma grande história,
sensibilidade para criar conexões imprevisíveis e reveladoras. Ela ainda destaca que
o pauteiro precisa desligar-se da agenda e calendários e ficar atento a novos fatos.
4.3 A REPORTAGEM
A reportagem está diariamente incluída em programas de televisão. Curado
(2002) entende que a reportagem é a maneira de contar uma história. Na televisão
depende de vários recursos técnicos. Para a autora, assim como uma história, a
reportagem também tem começo, meio e fim, mas sua exibição não necessita dessa
ordem. Para Barbeiro e Lima (2002), a reportagem é principal fonte de matérias
exclusivas no jornalismo. O repórter deve preservar suas fontes, pesquisar, manter
suas próprias fontes de informação e acompanhar os assuntos por todos os meios
42
de comunicação. Os autores Barbeiro e Lima (2002) entendem que o repórter deve
receber do entrevistado respostas curtas, para facilitar a edição da reportagem. Para
eles, as sonoras, nesse tipo de matéria, duram em média 20 segundos.
Para uma reportagem conseguir contar uma história simples, direta, clara,
didática, objetiva, equilibrada e isenta, os autores Barbeiro e Lima (2002) indicam
que é preciso seguir algumas ou dicas, entre elas:
a) O desenvolvimento da compreensão da imagem fica de responsabilidade do
repórter. Imagens e palavras devem andar juntas;
b) O contraplano é um recurso do repórter, que faz a pergunta para o
entrevistado se mantendo no mesmo lugar sendo filmado simultaneamente,
após a pergunta o cinegrafista desloca o foco da imagem somente para o
entrevistado;
c) A reportagem deve manter o som ambiente juntamente com as imagens
feitas;
d) Antes de iniciar uma reportagem é preciso ver as imagens e o som do
material bruto colhido na rua;
e) O repórter deve escrever a reportagem logo após a decupagem para não
esquecer a história;
f) Não deve ser utilizadas mais palavras que a duração das imagens e nem
redigir frases que expliquem exatamente o que está sendo ilustrado com
imagens;
g) O repórter deve planejar suas falas, para que elas sejam suficientes para
contar a história no tempo estabelecido;
h) Em matérias mais elaboradas é preciso contar com o auxílio da produção;
i) O repórter deve pedir para o cinegrafista fazer cenas livres, elas serão
importantes na edição;
j) O cinegrafista deve pensar anteriormente em todas as tomadas de imagens e
verificar se os equipamentos estão em condições de gravação. O cinegrafista
também deve opinar na reportagem em todo processo de produção e
execução;
k) O repórter deve anotar corretamente o nome do entrevistado e todas as
informações necessárias que serão usadas na edição;
l) Não é função do repórter mudar comportamentos;
43
m) O repórter deve confirmar os números que serão utilizados na reportagem. No
cálculo de multidões, é aconselhável perguntar para autoridades presentes,
caso tenha divergência com outras informações é correto citar as duas fontes;
n) Detalhes não fundamentais para o entendimento devem ser retirados,
excessos de dados podem confundir o telespectador;
o) A reportagem deve ser iniciada com um assunto novo mesmo que o tema
seja conhecido;
p) Entradas ao vivo exigem do repórter um controle emocional, capacidade de
improviso se adquire com treinamento e prática. O tom de voz deve ser de
acordo com cada acontecimento;
q) O repórter deve entrar em contato com a redação mesmo fora do horário de
trabalho se souber de algum fato de interesse público;
r) O trabalho do repórter não termina depois que ele colhe as sonoras, grava o
off e a equipe volta para redação. O repórter deve ficar sempre atento as
notícias;
s) O rigor da apuração dos fatos é determinante para a qualidade da
informação. A reportagem deve ser completa em si, com começo, meio e fim.
O telespectador não tem a obrigação de conhecer os antecedentes para
entender a informação que está sendo transmitida. Mesmo que ela esteja
sendo divulgada com insistência;
t) Não generalizar com fatos isolados, evitar julgar o todo pela parte.
Uma reportagem tem em média um minuto e meio de duração, afirma Curado
(2002). Esse tempo é dividido entre a introdução ou chamada da reportagem,
conhecido como cabeça o texto inicial do repórter, as falas dos entrevistados,
passagem do repórter e narração final. A estruturação fica a critério de cada
reportagem.
4.4 O TEXTO
O texto jornalístico, para Barbeiro e Lima (2002), deve ser objetivo e claro. As
modificações em cada veículo como rádio, televisão, jornal e internet, devem
obedecer cada particularidade. A intenção é sempre prender o telespectador no
programa e fazer a notícia ser entendida pelo receptor.
44
Para os autores, assim como no rádio, a televisão deve usar textos coloquiais,
os dois veículos têm características da instantaneidade. É importante na televisão
que os textos acompanhem o que as imagens estão transmitindo. “É a sensibilidade
do jornalista que vai fazer essa “união” atingir o objetivo de levar ao ar uma
informação fácil de ser compreendida pelo telespectador” (BARBEIRO E LIMA,
2002, p. 97).
Os autores compreendem que para conseguir bons textos jornalísticos é
preciso seguir algumas recomendações, entre elas:
a) O primeiro passo para a redação de um texto na TV é conhecer as imagens
que poderão ser usadas na edição. É preciso saber se existe imagens para a
ilustração das falas;
b) O texto deve começar com o lead, e a preocupação deve ser com a novidade.
O fato atualizado torna a notícia atraente;
c) É importante ter atenção na pontuação, por meio da pontuação se consegue
a entonação necessária e os momentos de respiração do apresentador;
d) Os adjetivos precisam ser adequados para o momento, usados de forma
excessiva podem desqualificar a informação;
e) O texto é recomendado ser coloquial, mas sem apelos de linguagem e nem
vulgarização;
f) Devem ser evitadas frases longas, isso dificulta o entendimento do
telespectador e a respiração do apresentador;
g) Palavras como continuam e permanecem devem ser evitadas no começo do
texto. É necessário criar alternativas para retomar uma notícia superada;
h) Palavras com o mesmo efeito sonoro na sua terminação devem ser evitadas
na mesma frase. Assim como a cacofonia.
i) É aconselhavam usar o presente do indicativo quando for falar do futuro ou
algo que vai acontecer;
j) Os números devem ser redigidos por extenso para facilitar a leitura.
k) O uso do estrangeirismo é desaconselhável, mesmo que a palavra mesmo de
língua estrangeira seja conhecida;
l) O uso excessivo de que, principalmente na mesma frase prejudica o ritmo do
texto;
45
m) Os termos técnicos quando pronunciados devem ser explicados. Há
expressões que são conhecidas apenas por profissionais da área da
televisão.
Na obra o Texto na TV, a autora Vera Íris Paternostro (2006) destaca, que por
causa do avanço da tecnologia, a imagem está presente em todos os momentos,
mas boas imagens precisam ter bons textos em programas jornalísticos de televisão.
A autora explica que a televisão depende da combinação dos dois sentidos do
ser humano, a visão e a audição. A notícia pode causar emoções nas pessoas,
dependendo da intensidade das palavras e das imagens, o fato pode permanecer
por muito tempo na memória de uma pessoa.
Paternostro (2006) caracteriza alguns aspectos importantes para o
desenvolvimento do texto na TV:
a) Informação visual: a TV possui uma linguagem que independe do
conhecimento de um idioma ou da escrita. A imagem é o signo mais acessível
à compreensão humana. A TV mostra o telespectador vê: ele entende, se
informa e amplia o conhecimento;
b) Imediatismo: a TV transmite informação atualizada quando mostra o fato no
momento exato em que ocorre. A alta tecnologia permite que a informação
imediata chegue por meio da imagem. Os satélites mostram fatos ocorridos
do outro lado do mundo;
c) Instantaneidade: a informação na TV requer hora certa para ser vista e
ouvida: a mensagem é instantânea. A informação é captada de uma só vez,
no exato momento em que é emitida. Não tem como voltar atrás e ver de
novo;
d) Alcance: a TV é um veículo abrangente, de grande alcance, não distingue
classe social ou econômica, atinge a todos. Uma informação na TV pode ser
vista e ouvida de várias maneiras diferentes;
e) Envolvimento: a TV exerce um fascínio porque transporta o telespectador por
dentro de suas histórias. Por meio da forma pessoal de constar uma
informação, repórteres e apresentadores se tornam reconhecidos pelo
público;
f) Superficialidade: a TV tem um timing, um ritmo, que torna suas informações
superficiais. Há programas específicos de maior densidade;
46
g) Audiência: a TV mede o interesse do telespectador para orientar a
programação. As medições da audiência, quantitativa e qualitativamente,
podem ser usadas na busca do estilo do jornalismo de uma emissora.
4.5 A EDIÇÃO
A edição é o processo de composição dos elementos. Para Barbeiro e Lima
(2002), o processo de edição é trabalhoso, dá pouca visibilidade ao jornalista, mas
de muita importância. Os autores afirmam que é neste momento que a matéria
começa ganhar clareza e tudo que foi produzido começa ganhar forma, seu tamanho
real é diminuído para transformar-se em uma reportagem de TV, por isso é
importante sempre a objetividade.
Editar uma reportagem para a TV é como contar uma história, e como toda a história a edição precisa de uma seqüência lógica que pelas características do veículo exige a combinação de imagens e sons. Em algumas emissoras de TV o repórter chega com a matéria bruta, vai logo para a ilha de edição e finaliza a reportagem. Contudo, a produção de notícias na maioria das redações está organizada de forma industrial, ou seja, ao terminar uma matéria o repórter não volta para a redação, vai para a outra matéria enquanto as gravações são enviadas para a edição (BARBEIRO E LIMA, 2002, p. 103).
Barbeiro e Lima (2002) explicam alguns processos e cuidados que são
levados em consideração na hora da edição da reportagem, entre eles:
a) A edição começa com a decupagem do material. O material gravado, antes
de ser editado é colocado no papel;
b) O tempo de reportagem é determinado pela importância do assunto;
c) A edição é que vai deixar o programa mais atrativo, modificando as
reportagens para que não fiquem todas iguais;
d) A cobertura de off deve ser feita pelo editor de texto e editor de imagens
juntos, para dar uma melhor construção na matéria;
e) O tempo de 20 segundos por sonora é considerável razoável. Mas há
exceções dependendo da declaração e da síntese do entrevistado;
f) A edição deve evitar pulos de imagem, para que a transição de movimentos
seja agradável ao telespectador;
47
g) Os créditos devem orientar a matéria. Nome de pessoas, cidades e cargos
devem ser escritos corretamente. Assim como a identificação do repórter em
sua passagem, para individualização da matéria;
h) Só em casos excepcionais devem ser usadas imagens de arquivo para
ilustrar uma matéria;
i) As sonoras devem ser extremamente opinativas, pois elas dão contundência
à matéria;
j) O editor deve ficar atento aos créditos que orientam a matéria. Os enganos
prejudicam a reportagem, o ideal é que além do editor outra pessoa confira o
material;
k) A edição de um debate dele levar em consideração o princípio e a
neutralidade de um conteúdo.
Paternostro (2006) acredita que a edição é uma arte, pois o editor deve usar
imagem, informação e emoção na narração de uma história no momento certo. Para
a autora, o tempo da reportagem depende da relevância do assunto e da força das
imagens. A autora ressalta que a característica de cada programa determina o estilo
de edição.
4.6 APRESENTAÇÃO
A grade de programação de uma televisão é dividida em blocos, a duração de
cada bloco depende do modelo pré-estabelecido pela produção. Para Barbeiro e
Lima (2002), essa divisão permite a inclusão da publicidade em seus intervalos e
transmissão em rede para outras emissoras. Na saída e entrada de cada bloco, são
inclusas as vinhetas, elas constituem e caracterizam o enunciado do programa.
Cabe à produção cuidar das ilustrações do programa, assim como as indicações
técnicas no texto e preparação do material de arquivo, que pode ser usado nas
notas cobertas ou em reportagens.
Os autores Barbeiro e Lima (2002) observam que é compromisso da
produção cuidar das vestimentas e acessórios dos entrevistados, para que na
retomada das gravações eles estejam sempre com as mesmas peças e não
prejudiquem a edição da entrevista. Da mesma forma é responsabilidade do
produtor anotar corretamente o nome do entrevistado. É a produção que vai ditar o
48
ritmo do programa, “nada acontece num estúdio de gravação a não ser que um
produtor providencie para que aconteça” (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 91).
Para os autores, é importante a produção visitar o local da reportagem e
conversar com mais fontes envolvidas com o fato. Barbeiro e Lima (2002) lembram
que para tomadas externas é preciso conhecer o local e saber quais equipamentos
são necessários e adequados para produzir a reportagem. No local, a produção
deve cuidar para que não tenham de fundo objetos, frases ou pinturas que irão
prejudicar ou atrapalhar a reportagem. O cinegrafista também é responsável por
essa função.
Em transmissões ao vivo de eventos públicos, sujeitas a imprevistos de toda a ordem, inclusive meteorológicos, deixe-se a mão material stand by. Reportagens pré-gravadas com informações acessórias sobre o evento podem ser usadas em caso de emergência (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 93).
Um aspecto importante para os autores, que deve ser considerado em
transmissões ao vivo é o som. Manifestações, palavras de ordem devem ser
observadas para que não entrem sem ser desejadas na reportagem. Indicam os
autores que a produção deve sempre estar em contato com a equipe técnica.
Outro profissional importante é o apresentador, conhecido no telejornalismo
como âncora. Curado (2002) explica que o apresentador é o profissional
responsável pela locução dos textos diante das câmeras. Ele reconhece as notícias,
dá a elas o ritmo e a entonação de leitura conforme o tema da reportagem.
Barbeiro e Lima (2002) afirmam que na maioria das vezes o âncora não emite
opinião e nem comentário sobre o temas expostos, Segundo os autores, o
apresentador não é um artista, ele é apenas mais uma parte de um processo que
apresenta a informação. Para Barbeiro e Lima (2002), existem algumas orientações
que os apresentadores devem seguir durante a sua participação:
a) A postura do apresentador deve ser levada em consideração. Ele deve
transmitir a sensação de uma pessoa calma, segura e confiante;
b) Os objetos, como papel, caneta e outros devem estar ao alcance do
apresentador, não é aconselhável o âncora sair do seu ponto para ir buscá-
los;
c) A movimentação das câmeras não é de responsabilidade do apresentador;
49
d) Imprevistos mas ao vivo acontecem com frequência, cabe ao âncora dar
sequência ao programa, improvisos como chamar outras reportagens e até
mesmo anunciar o intervalo podem ser utilizados. Não é aconselhável usar a
expressão ‘problemas técnicos’, isso pode gerar desentendimento com a
equipe técnica;
e) Cabe à produção avisar o âncora o tempo do programa. Não deixe
entrevistado ultrapassar o tempo do programa. Quando o apresentador for
interromper a fala de um entrevistado é necessário esperar uma pausa de sua
fala;
f) O apresentador no momento que for chamar o repórter deve falar sobre o
assunto e o local que ele está;
g) O âncora não deve cumprimentar o repórter se a matéria for gravada;
h) Nas saídas de bloco o apresentador deve chamar o próximo assunto;
Curado (2002) destaca que o apresentador precisa ter uma voz limpa, assim
como a pronúncia correta dos nomes de pessoas e lugares, isso demonstra a
compreensão e conhecimento da notícia. Ela ainda lembra que a roupa do
apresentador e dos repórteres, deve ser adequada ao padrão do telejornal.
4.7 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM PROGRAMAS ESPORTIVOS
A produção de conteúdo em programas esportivos segue os moldes do
jornalismo tradicional, com uma diferença importante, o esporte está ligado
diretamente com a emoção de quem acompanha. Na obra Manual do Jornalismo
Esportivo, os autores Barbeiro e Rangel (2006) afirma que existem várias formas de
linguagem no jornalismo esportivo. Souza (2004) afirma que a proximidade com
gênero telejornalismo já sugere a forma de produção do gênero esportivo; com
apresentadores, entrevistas, entrevistados em estúdio, documentários e debates.
Segundo o autor, o programa de debate mais conhecido no jornalismo esportivo é o
formato mesa-redonda. Ferrareto (2000) afirma que os programas de debate estilo
mesa-redonda, são tradicionais do rádio. A intenção deste programa é aprofundar
temas da atualidade interpretando-os.
50
A diferença para canais de TV Aberta e TV fechada, Paternostro (2006)
afirma, que em canais por assinatura o espectador paga um determinado valor e
escolhe o que vai assistir. O que provoca mudanças no comportamento do público,
que passou a buscar canais segmentados e qualificados em determinados assuntos.
Barbeiro e Rangel (2006) consideram que a figura de linguagem esportiva
nunca teve uma definição, o surgimento de estilos dentro das transmissões
dependia do acerto de quem criava.
Algumas tvs adotam o estilo de jornalismo personagem, em que a função não é só passar a informação, relatar o fato. É preciso “viver” aquela emoção para o telespectador. O repórter faz o papel, escala a montanha, mergulha, desce corredeiras, luta, chora, sofre e vive até a última gota a emoção do esporte. Ele é tão protagonista quanto o atleta (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 55).
Entendem os autores que o repórter é o elemento mais importante do ciclo de
produção. Para eles, é necessário não confundir pequenas notas de informativo de
clubes com jornalismo esportivo.
Os autores destacam que os repórteres precisam ter algumas posturas
padronizadas durante as reportagens, entre elas;
a) não usar roupas ou objetos com patrocínios. Apesar de conviver no meio
de empresários que possuem grande poder financeiro, o repórter nunca
vender sua credibilidade:
b) ter sempre em mãos os regulamentos e regras do esporte que está
cobrindo, estudar regras e conhecê-las é obrigação do jornalista.
c) é ter cuidado em dar notícias em primeira mão, checar se está correto,
fugir da mesmice e divulgar a notícia mais aprofundada. Um repórter
esportivo deve estar em contato constante com a as fontes, mas nunca na
base de troca de favores;
d) é preciso ter cuidado em dar notícias em primeira mão, checar se está
correto, fugir da mesmice e divulgar a notícia mais aprofundada. Um
repórter esportivo deve estar em contato constante com a as fontes, mas
nunca na base de troca de favores;
51
e) reportagem não é apenas notificação do fato, é necessário o
detalhamento, a escolha de um ângulo não explorado para descobri o
impacto da informação no tema escolhido;
f) é pejorativo usar o termo cartola, a palavra remete a desonestidade e
pode prejudicar pessoas inocentes;
g) Mais do que qualquer outro assunto, no jornalismo esportivo deve se evitar
o uso excessivo de adjetivos;
h) É preciso ver e rever os números citados na reportagem, erros irritam o
público e desqualificam a reportagem.
Mas Coelho (2003) explica que não é tarefa fácil conviver com jogadores, a
aproximação mais fácil geralmente ocorre nos centros de treinamento. Um
comportamento comum dos atletas é na saída dos treinos, geralmente para
televisão eles são mais solidários, participam e fazem até brincadeiras frente às
câmeras, dificilmente dizem não a uma reportagem de TV.
Barbeiro e Rangel (2006) destacam que o repórter nunca deve privilegiar um
atleta de sua preferência, falar para o público geral, não somente reportagens para o
público que acompanha diariamente as noticiam esportivas. Os autores alertam que
o jornalista não deve arriscar sua integridade física, jamais deve cobrir brigas dentro
da própria torcida. Ao entrar ao vivo de um estádio é preciso tomar cuidado com as
palavras de ordem e cânticos dos torcedores.
4.7.1 Pauta
A produção do jornalismo esportivo começa na pauta, ela que vai indicar para
o jornalista o que deve ser feito. Para Barbeiro e Rangel (2006), uma armadilha
comum no jornalismo esportivo é pautar matérias em cima da instantaneidade,
especulações são muito comuns nessa área, exemplo típico são as quedas de
treinadores que depois continuam no cargo. A pauta esportiva, afirmam Barbeiro e
Rangel (2006), em jogos de futebol virou refém de datas e horários, os jogos são
nas quartas-feiras, quintas-feiras, sábados e domingos. A televisão transmite a
maioria desses jogos, e em televisão por assinatura a transmissão é integral. Em
resumo, para Barbeiro e Rangel (2006), o jornalismo esportivo se limita a informar o
que acontece antes do jogo, o que aconteceu depois do jogo, e as entrevistas
52
coletivas dos personagens. Não existe diferença de método de trabalho entre os
diferentes veículos de comunicação. Para os autores um erro comum é ver jornais
copiar a pauta da TV, a TV copiar a notícia do jornal, o rádio copiar a nota da TV e a
TV copiar a nota do rádio. Em resumo, para os autores, isso é frequente dentro do
jornalismo esportivo. Ter ideias diferentes é cada vez mais raro neste segmento.
4.7.2 Entrevista
As entrevistas são uma das principais estrelas do jornalismo esportivo, é com
ela que se descobrem grandes furos de reportagens. Coelho (2003) afirma que
nenhum jornalista pode trabalhar sem um furo de reportagem, isso é de propriedade
da profissão. Barbeiro e Rangel (2006) explicam que no rádio e na televisão a
entrevista é quase um diálogo entre o atleta e público. Algo corriqueiro no jornalismo
esportivo são as perguntas comuns que os repórteres fazem, para diferentes
esportistas, que devolvem com as mesmas respostas.
Uma das piores práticas que já se apareceu no jornalismo esportivo é a tal da entrevista coletiva. Na verdade ela só interessa ao entrevistado, quase que nunca ao entrevistador. Geralmente o assessor de imprensa que escolhe o atleta ou técnico que participará da entrevista, e em alguns casos conduz a coletiva. As perguntas acabam sendo repetidas (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 38).
Para os autores, o jornalista que faz as perguntas está no papel que muitos
torcedores gostariam de estar. Questionando fatos sobre seus clubes.
4.7.3 Edição
A edição é outro processo importante na produção de conteúdo do jornalismo
esportivo. Barbeiro e Rangel (2006) indicam que é a edição que vai selecionar e
organizar de que maneira o produto vai ser mostrado para o público. Para eles,
editar um programa de televisão é como contar uma história, para isso é necessário
uma sequência lógica dos fatos. Em nenhuma outra área do jornalismo a informação
e o entretenimento estão tão próximos, alguns narradores caem no gosto popular,
simplesmente porque narram com mais emoção as partidas. Para os autores, a
53
televisão cria histórias comoventes em partidas que não têm tanto significado
emotivo para o público.
Coelho (2003) conta que geralmente na televisão nada está errado em uma
partida de futebol, não é falado que o estádio está vazio, que o nível técnico é baixo,
tudo sempre está lindo.
Por outro lado, Barbeiro e Rangel (2006) comentam que nem sempre no
esporte acontece o gol decisivo ou o momento histórico de uma jornada esportiva, o
mais comum é o acontecimento de partidas monótonas e de poucos acontecimentos
relevantes. O texto, nesses dois casos, precisa ser criativo. “Um texto atraente
contém o máximo de informações relevantes distribuídas de maneira clara e criativa”
(BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 52).
Mas Coelho (2003) afirma que além de captar a informação é preciso
transmitir ao receptor a informação com qualidade.
Os autores afirmam que dentro do jornalismo esportivo, além da cobertura da
partida, existe o repórter que faz a prestação de serviço, esse repórter geralmente
está em meio aos torcedores informando os portões de acesso e saída do estádio,
valores de ingresso, horário e data das partidas, algum problema e também busca a
opinião do torcedor para ilustrar a reportagem.
3.7.4 Ancoragem
Segundo Barbeiro e Rangel (2006), os ancoras dos programas de jornalismo
esportivo, devem tratar o assunto com a mesma importância dos jornalistas de
economia, política etc. Mas os autores orientam alguns aspectos para a o bom
desenvolvimento da cobertura esportiva, entre elas:
a) mudanças no modelo exibido, o jornalismo esportivo ainda está agarrado a
métodos antigos de formato;
b) o âncora na transmissão esportiva tem o papel de condutor, é ele que dá
ritmo a condução do programa;
c) as transmissões baseadas somente no improviso da equipe, não são capaz
de transmitir notícias mais importantes. Faltam reportagens especiais, os
repórteres pegam carona em entrevistas coletivas, jornadas esportivas
54
intermináveis e telespectadores não conseguem entender o assunto. Os
comentários são mediúnicos e as entrevistas são entediantes;
d) As jornadas não planejadas e nem pautadas não atingem o público alvo. No
rádio ainda há o modelo de narrativa com a bola rolando e pouca informação.
Para os autores, é importante o ancora deixar claro quando seu texto é
informativo, opinativo e interpretativo.
Após a revisão bibliográfica, será apresentado os outros procedimentos
metodológicos que servirão de auxílio para responder a questão norteadora e
confirmar ou não as hipóteses desta pesquisa.
55
5 METODOLOGIA
O objetivo deste trabalho é investigar se o programa Redação Sportv é um
observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para
produzir seu programa. O método da investigação será por meio da Análise de
Conteúdo. A referência aplicada será a obra bibliográfica da socióloga francesa
Laurence Bardin (2011), Análise de Conteúdo. Para autora, a Análise de Conteúdo
enriquece a tentativa exploratória, aumenta a orientação à descoberta. Outra obra
de referência para a abordagem deste tema e também para as técnicas será
Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação, dos autores Jorge Duarte e
Antonio Barros (2005).
5.1 MÉTODO ANÁLISE DE CONTEÚDO
A Análise de Conteúdo passa por três processos de estruturação de análise,
segundo Bardin (2011), são eles: a pré-análise; a exploração do material; o
tratamento dos resultados obtidos, inferência e interpretação.
A pré-analise, explica Bardin (2011), é a fase de organização propriamente
dita, o pesquisador utiliza a intuição para reunir os materiais necessários, de
maneira flexível, podendo incluir novos documentos no decorrer da investigação.
Tem como objetivo tornar operacional e sistemático as ideias, para seguir uma linha
de desenvolvimento do trabalho, no plano da análise. Nesse ponto existem três
objetivos: a escolha dos documentos a serem submetidos à analise, a formulação
das hipóteses e dos objetivos e a elaboração dos indicadores que comprovam o
resultado final. A autora explica, que a escolha dos documentos e a leitura flutuante
são os primeiros contatos com os documentos a serem analisados, o pesquisador
deve orientar-se pelas impressões e indicações dos textos. Em seguida, a
formulação das hipóteses e dos objetivos, nessa fase o pesquisador faz afirmações
provisórias, podendo ou não se confirmar no decorrer do trabalho. No processo de
pré-analise, a referenciação dos índices e a elaboração dos indicadores são
importantes para considerar os textos como instrumentos de análise e orientar a
organização.
Depois de concluído esse processo, Bardin (2011) entende que a exploração
do material deve ser feita de maneira manual, codificando e transformando os dados
56
em unidades classificadas por categorias. Por fim, o tratamento dos resultados
obtidos e interpretação, que para a autora são os resultados brutos a serem
validados. Esses dados são submetidos a testes de validação e provas estatísticas
para maior rigor na soma de resultados. A análise, possuindo resultados relevantes
pode adiantar interpretações, sugerir inferências.
Na segunda fase, entra a codificação, Bardin (2011) justifica a importância de
existir hipóteses e técnicas adequadas dentro de um quadro teórico. Para a autora, a
codificação é uma transformação dos materiais dos dados brutos dos textos. Nessa
fase é necessário definir se a pesquisa será qualitativa ou quantitativa.
O sociólogo Roberto Jarry Richardson (1999) explica, em seu livro Pesquisa
Social, as diferenças entre pesquisas qualitativas e quantitativas. Para o autor, as
pesquisas quantitativas representam a possibilidade de alcançar a garantia de
precisão dos resultados, “amplamente utilizado na condução da pesquisa, o método
quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão de
resultados, evitar distorções de análise e interpretação” (RICHARDSON, 1999, p.
70).
Já as pesquisas qualitativas se diferenciam por não utilizarem um recurso
estatístico, não tem e intenção de classificar por números ou quantidades a análise
do problema e sim pela qualificação do problema apresentado. “A abordagem
qualitativa de um problema, além de ser uma opção do investigador, justifica-se,
sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno
social” (RICHARDSON, 1999, p. 79). É possível que se possam extrair informações
qualitativas, por meio de estudos necessariamente quantitativos.
Bardin (2011) entende que tanto a análise quantitativa quanto a qualitativa
são válidas. A escolha deve partir do olhar clínico e da compreensão do observador,
para utilizar o meio mais favorável e de maior transparência no alcance do resultado.
No plano metodológico, a querela entre a abordagem quantitativa e qualitativa absorve certas cabeças. Na análise quantitativa, o que serve de informação é a frequência com que surgem certas características do conteúdo. Na análise qualitativa é a presença ou ausência de uma dada característica de conteúdo ou de um conjunto de características num determinado fragmento de mensagem que é tomado em consideração (BARDIN, 2011, p. 26-27).
57
Observando essas particularidades e a intenção do trabalho, conclui-se que
abordagem para a exploração do problema será por intermédio da pesquisa
qualitativa.
O terceiro passo é a categorização. Para Bardin (2011), tratando-se desses
estudos, a maioria deles se utiliza de categorização. Mas não é uma etapa
obrigatória em qualquer análise de conteúdo. A categorização é o processo de
classificação dos elementos, organizados por princípios em comum. A autora
destaca que os critérios de categorização podem ser divididos em: semântico,
divididos por categorias temáticas; verbos sintáticos, adjetivos; léxicos, classificados
por palavras conforme seus sentidos, sinônimos e sentidos próximos; expressivos,
por exemplo, categorias que classificam perturbações da linguagem.
Existem várias categorias disponíveis para estudo. Para a realização de um
bom trabalho é necessário escolher boas categorias. Para Bardin (2011), um
conjunto de boas categorias precisa ter algumas particularidades, entre elas: a
exclusão mútua, que significa que cada componente não pode existir em mais de
uma divisão; a homogeneidade, a base da categoria anterior depende da
homogeneidade das categorias; a pertinência, ela só é considerada pertinente
quando está adequada ao material de análise escolhido ou pertence ao quadro
teórico definido; a objetividade e fidelidade, os diferentes fragmentos de um mesmo
objeto ao qual se aplica a mesma linha classificatória, devem ser codificados da
mesma maneira. As variáveis devem ser definidas claramente pelo organizador da
análise; a produtividade, que deve oferecer dados exatos, resultados férteis em
índices de inferências, e novas hipóteses, só assim esse conjunto será considerado
uma categorização produtiva.
A penúltima etapa é a inferência, Bardin (2011) entende como um processo
de indução para chegar às causas inferidas. Semelhante ao mecanismo que é
utilizado na comunicação, de um lado: a mensagem, e significado de código e seu
suporte; do outro: o emissor e o receptor, representando os pólos da inferência.
A última fase é o tratamento informático. Para Bardin (2011), o mais comum em
métodos quantitativos. A autora destaca quatro pontos fundamentais para essa
abordagem. O primeiro ponto é a utilidade do ordenador para a análise de conteúdo:
a) -O ordenador pode ser solicitado em caso de a unidade de análise for a
palavra, o indicador será frequente;
58
b) A análise é complexa e comporta um grande número de variáveis; quando
pretende-se utilizar uma análise que tenha duas ou mais variáveis na mesma
unidade de registro;
c) O estudo necessita de várias análises frequentes;
d) A análise precisa no seu término da investigação de operações estatísticas e
numéricas complexas.
No segundo ponto, são análises feitas por ordenadores. Para a autora, são
procedimentos feitos sem nenhuma categorização anterior. Geralmente é realizado
por meio de entrevistas, divididos em grupos específicos. Em seguida a frequência
de cada palavra em cada segmento, para uma definição fatorial e descobrimento de
fatores comuns propensos a uma interpretação da matriz associada. O terceiro é o
tratamento dos dados codificados, que completa os procedimentos analíticos, feitos
manualmente pelo ordenador. Por fim, a autora destaca que a orientação atual das
investigações, tem importância o diálogo, a adaptação, interação e atualização dos
componentes informáticos.
5.2 TÉCNICAS
Para este procedimento serão utilizadas as seguintes técnicas de pesquisa:
revisão bibliográfica, entrevista por meio de questionário e observação.
5.2.1 Revisão Bibliográfica
No artigo Pesquisa Bibliográfica, a autora Ida Regina Stumpf (2005)
argumenta que, num sentido amplo, todo trabalho científico necessita de uma
pesquisa bibliográfica. A autora lembra que se trata da única técnica utilizada tanto
na elaboração de um trabalho científico como na entrega de uma apresentação final
de uma disciplina.
A pesquisa bibliográfica, para Gil (2008), apesar de todos os estudos exigirem
a natureza deste método, é a possibilidade do investigador ampliar sua pesquisa
para diversos meios, além daquela que ele iria pesquisar diretamente. O autor
59
entende que os registros, na sua grande maioria livros e artigos científicos são a
melhor forma de guardar informações e a fonte mais indicada de pesquisa.
Destaca Stumpf (2005), que é importante a revisão para o pesquisador
conhecer algo que já existe e estabelecer bases com a literatura existente sobre o
tema. A autora lembra que durante toda a vida acadêmica a revisão bibliográfica é
utilizada continuamente.
A autora entende que a revisão deve ser feita por meio de um conjunto de
objetivos para identificação, seleção, localização e obtenção de documentos. Nessa
etapa, ela explica que a escolha do tema necessita ser precisa e ainda limitar o
campo geográfico que o pesquisador irá desenvolver o trabalho.
Para a autora, a primeira fonte a ser pesquisada para indicar a bibliografia é o
seu orientador. O orientando deve ser alguém que tenha conhecimento na área de
pesquisa desejada e também conhecimento das fontes bibliográficas secundárias.
Ela entende que essas fontes podem ser impressas, ou em CD-ROM, ou em
consultas via redes eletrônicas. Stumpf (2005) explica quais são as principais fontes
secundárias.
a) Bibliografias especializadas possuem ligação direta com o tema publicado e
sobre o determinado assunto em um período especifico;
b) Índices com resumo possuem correntes de artigos periódicos, em seu
conteúdo existe a referência e o resumo de cada item;
c) Portais são à entrada de acesso em vários serviços e buscas, inclusive
bibliográfica, disponíveis em sites que tem base de arquivos permanentes;
d) Resumo e teses de dissertações possuem nessas publicações indicação do
autor, título, orientador, ano e o nome da dissertação e tese defendida nos
programas de pós-graduação realizados e outros países;
e) Catálogos de bibliotecas é a relação da obra de uma biblioteca, com autor,
título e assunto;
f) Catálogos das editoras, pois editoras especializadas publicam livros em
diferentes áreas do conhecimento.
60
Depois de identificados os itens de interesse que farão parte da bibliografia o
próximo passo, para a autora, é a localização dos documentos. para isso, indica a
consulta a biblioteca local e a utilização dos catálogos.
A leitura e transição de dados é a última etapa, segundo Stumpf (2005).
Depois de o estudante adquirir os documentos, ele precisa estabelecer suas
prioridades e os interesses dos mesmos para cada tema. Os temas abordados
poderão ser registrados em fichários. Por isso é aconselhável utilizar-se de palavras-
chave, principalmente aqueles assuntos que são temas básicos.
A revisão bibliográfica resultou em três capítulos nesta pesquisa: História do
Jornalismo Esportivo, contextualizando a evolução da mídia na cobertura esportiva;
Gêneros de Programa de TV, classificando os gêneros e formatos da televisão;
Produção de Conteúdo na TV, orientando as formas de produção de conteúdo na
televisão. Com referência de autores dos temas escolhidos, a pesquisa bibliográfica
sustenta a análise. A outras técnicas citadas também são importantes para orientar
o desenvolvimento e validar esta monografia.
5.2.2 Observação
A observação é parte da natureza. Para o autor Antônio Carlos Gil (2008), em
seu livro Como Elaborar Projetos de Pesquisa, a observação pode ser uma técnica
se ela obedecer algumas regras de estruturação, organizando elementos
fundamentais para a pesquisa. Começando pela construção do problema, seguindo
pela formação da hipótese, coleta e interpretação dos dados. O autor entende que,
embora a observação seja apenas um dos sentidos para adquirir entendimento, ela
pode ser considerada como instrumento cientifico à medida que sirva para um
formulário de pesquisa, tenha um sistema de planejamento e seja submetido à
verificação, controle de validades e precisão. Para ele, essa técnica tem vantagem
sobre as outras, pois não utiliza de intermediários e a subjetividade social da
investigação tende a ser reduzida.
Gil (2008) indica que a observação pode ter formas não estruturadas e adotar
algumas classificações; entre elas a observação simples, que o pesquisador é mais
um espectador do que um autor fica afastado da situação em que pretende estudar,
analisa de maneira voluntária os fatos que acontecem. Este meio pode ser chamado
61
também de observação-reportagem, pois apresenta técnicas semelhantes às
utilizadas por jornalistas.
Para o autor, as vantagens de utilizar a observação simples é ter a
possibilidade de obter elementos para a definição de problemas de pesquisa. A
técnica facilita a construção de hipóteses em torno do problema pesquisado, oferece
a obtenção de dados sem produzir persuasão ou suspeitas nos membros das
comunidades. Gil (2008) indica que, em contrapartida, a observação simples
apresenta algumas desvantagens, como o encaminhamento das preferências do
pesquisador, na maioria das vezes sua atenção é desviada para um lado diferente, o
registro da observação é sujeito da memória do pesquisador, abre a possibilidade de
uma interpretação subjetiva ou superficial do problema pesquisado.
A pesquisa de observação simples, para o autor, é mais bem direcionada a
estudos qualitativos, principalmente a estudos exploratórios. Apesar de ser muito útil
em pesquisas de caráter público, somente essa técnica não é suficiente para testar
hipóteses ou descrever com clareza as características de uma população ou de um
grupo pesquisado.
A observação participante, como o próprio nome já sugere, Gil (2008) aponta,
que o pesquisador interage realmente com a comunidade pesquisada. Nesse caso,
o pesquisador assume, de algum modo, um papel de membro do grupo. “Daí por
que se pode definir observação participante como a técnica pela qual se chega ao
conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo” (GIL, 2008, p.
103).
No artigo Observação Participante e Pesquisa-ação, a autora Cecília Maria
Krohling Peruzzo (2005) explica que a pesquisa participante consiste em inserir o
pesquisador no ambiente em que ocorre o fenômeno, além de interligar com a
situação investigada. A pesquisa participante pode ser um dos recursos mais usados
na área da Comunicação Social, seguindo duas situações. A primeira é a realização
de uma pesquisa inovadora e qualitativa, que permita chegar ao nível elevado de
profundidade. A segunda é a iniciativa de ir além, em relação aos estudos críticos,
isso significa ultrapassar a constatação crítica em relação à manipulação da mídia e
seu poder.
Peruzzo (2005) lembra que a pesquisa participante tem algumas finalidades,
como observar acontecimentos relevantes na área das comunicações ligadas com o
desenvolvimento social, realizar estudos de absorção de conteúdos da mídia, que
62
transcendam os meios existentes, e a utilização de resultados a partir da pesquisa,
para retornar ao grupo pesquisado em seu próprio benefício.
A observação sistemática, Gil (2008) cita que a é usada em pesquisas que
necessitam de precisão, na apresentação dos resultados das teses de hipóteses ou
fenômenos estudados.
A observação sistemática pode ocorrer em situações de campo ou de laboratório. Nestas últimas, a observação pode chegar a certos níveis de controle que permitem defini-la como procedimento quase experimental. Muitas das pesquisas realizadas no campo da psicologia experimental foram na realidade desenvolvidas a partir de observação sistemática (GIL, 2008, p. 103).
O autor lembra que nesses estudos o pesquisador já sabe previamente os
aspectos do grupo, que são relevantes para seu estudo alcançar o objetivo
pretendido. Por esse motivo, previamente o observador traça um plano a ser
seguido. Inicialmente foi elaborada a entrevista por meio de questionário para ser
enviada por e-mail à produção do programa. Com a intenção de qualificar o trabalho
e a disponibilidade do pesquisador ir até o local da emissora, a pesquisa participante
também foi realizada, no canal Sportv, que será apresentado a seguir.
5.2.2.1 Corpus da pesquisa
O Sportv9 foi um dos primeiros canais da Globosat, inaugurado em 19 de
outubro de 1991. No início chamava-se TopSports, nome que foi substituído em
1994 para o atual. No Brasil, o Sportv está entre os canais exclusivos destinados a
conteúdo esportivo e desde então transmite eventos e programas próprios. A
emissora ainda possui outros dois canais o Sportv 2 e Sportv 3.
Em 2003, a TV Globo assumiu a responsabilidade editorial dos programas
SporTV. O diretor escolhido foi Emanoel Mello Mattos. Iniciou por Mattos a produção
de programas diários ao vivo. O Redação Sportv foi o primeiro programa criado com
apresentação ao vivo no canal. O Redação Sportv vai ao ar de segunda a sexta-
feira, às dez horas da manhã, com duas horas de duração no Sportv, e reprisado em
horários alternados no Sportv 2 e Sportv 3.
9 Fonte http://repositorio.unesp.br/handle/11449/89517/ Acessada em 10 de setembro de 2015.
63
Em seu formato, apresentador e dois outros convidados debatem sobre os
assuntos noticiados pelos meios de comunicação, especialmente jornais impressos
diários de todo o país e do mundo. Outra característica é a participação de
repórteres de várias cidades do Brasil.
Inicialmente o Redação Sportv foi apresentado pelo narrador da Rede Globo,
Luís Roberto. O atual apresentador por André Rizek, que já foi editor da Playboy,
editor da Veja, trabalhou na Placar. Em 2005 tinha contrato com a Editora Abril, mas
participava de programas e comentava jogos pelo Sportv. Em 2009, Rizek passou a
ser funcionário da Rede Globo. Em 2010, assumiu como apresentador o editor chefe
do Redação Sportv.
André Rizek e a produção do programa viabilizaram a pesquisa no local de
apresentação e produção do Redação Sportv, no Rio de janeiro. Que é o assunto
apresentado na sequência deste capítulo.
5.2.2.2 Diário de campo
A possibilidade de visitar o Redação SporTV iniciou em um contato com a
Mariana Ozzelame. Mariana trabalha no núcleo do SporTV que fica na redação da
RBS TV em Porto Alegre. Após o primeiro contato, a coordenadora do núcleo me
passou o telefone do canal SporTV, e me disse para falar com o Eduardo Nunes ou
a Bete Fernandes, produtores do programa.
Na primeira ligação que fiz, atendeu-me Bete Fernandes. Passei o motivo do
meu contato. Prontamente me indicou para falar com o Eduardo Nunes, segundo
ela, o produtor seria a melhor fonte para esclarecer a minhas dúvidas. Bete copiou
meu endereço de e-mail e no mesmo dia me retornou a conversa, encaminhada
também para Eduardo Nunes e o André Rizek. Combinamos a visita.
No dia 8 de outubro, às seis da manhã, embarquei no Aeroporto Salgado
Filho para o Rio de Janeiro, cidade local do SporTV. Cheguei ainda pela manhã, um
dia antes da data da visita estipulada. Ao chegar mandei um e-mail avisando da
minha chegada e reafirmando a visita na data prevista.
Na sexta-feira, dia 9 de outubro, às oito horas da manhã, cheguei ao prédio
da Globosat, que fica na Barra da Tijuca. Na entrada do prédio fui recebido pela
recepcionista. Atrás dela, no hall de entrada, existia um painel com
64
aproximadamente 20 televisores grandes de ultima geração, cada um deles em um
canal diferente de exibição da Rede Globosat, existentes no prédio.
Apresentei-me a ela e solicitei para falar com a Bete ou o Nunes. Ela entrou
em contato com eles e me avisou que a entrada estava autorizada. Entregou-me um
crachá de visitante e me indicou o caminho que tinha que seguir até chegar ao
SporTV. Ao chegar, encontrei a porta fechada, abri e estava na redação do SporTV.
Logo Nunes apareceu, nos apresentamos, em seguida me mostrou um pouco do
espaço. A Redação era grande, vários computadores enfileirados em ilhas, mas
poucas pessoas estavam trabalhando. Avistei André Rizek conversando com um
produtor e pude perceber que discutiam, a entrada de uma matéria ao ar.
Nunes e eu sentamos em uma dessas mesas da ilha de produção e logo
iniciei a entrevista. Rizek continuou em seu computador olhando sites e discutindo
com a produção o andamento do programa. Após a entrevista concluída, Nunes me
indicou para fazer as perguntas para Rizek, depois do término do programa, pois,
segundo ele, aquele momento não era o ideal, o apresentador estava ocupado
preparando o programa.
Notei que depois das 9h os repórteres e a produção do canal chegaram em
maior número na redação. Aproximadamente 9h15 os convidados do programa, Xico
Sá e André Loffredo chegaram na redação. Apenas cumprimentaram o apresentador
e alguns integrantes da produção e logo se dirigiram ao camarim. Não notei
nenhuma conversa sobre as pautas e demais assuntos que seriam discutidos no
programa. André Rizek logo desceu e juntou-se a eles no camarim. Nesses
momentos que acompanhei, pouco notei de preparação para o programa que iria
entrar logo no ar. A comunicação entre os colegas era pouca, nenhuma orientação
especifica foi passada antes da ausência do apresentador na redação.
Em seguida, Eduardo Nunes me encaminhou para o Suíte de Produção para
acompanhar de lá a exibição do programa. Na produção tinha o editor de imagens, o
controlador de artes, o editor de GC, o técnico de áudio, o responsável pelas
entradas ao vivo, e a diretora do programa responsável pela produção e
comunicação com o estúdio..
A comunicação entre apresentador e produção era feita durante a exibição do
programa. Em determinados momentos, Rizek falava com a produção ao vivo. Os
detalhes, ajustes e conversas que antes eu não tinha notado entre produção e
apresentador eram feitos durante a exibição do programa. As entradas ao vivo foram
65
testadas durante a exibição do Redação. No segundo bloco, a participação ao vivo
do repórter André Hernan, direto do Chile, não pode ir ao ar por problemas técnicos.
O repórter gravou um Stand Up10e enviou para a produção. Em outra entrada ao
vivo, de Barcelona, o repórter Fernando Kallás pediu o nome dos convidados da
bancada, momentos antes da entrada ao vivo. A maioria dos quadros e reportagens
era alterada no ar, ao vivo, conforme a conversa ia se desenrolando no estúdio. Em
um momento a classificação da Eurocopa foi citada pelo apresentador que solicitou
para mostrar o gráfico. O gráfico estava errado e foi solicitado pelo mediador a
alteração. No momento que a alteração do gráfico estava sendo feita, outra matéria
entrou no ar e o mesmo profissional que estava alterando o gráfico era o que fazia
os GCs. A matéria ficou sem identificação das pessoas e quando a imagem voltou
para bancada o apresentador deu os devidos créditos.
No decorrer do programa, próximo das 11h20, questionei se não poderia falar
com o primeiro apresentador do programa Marcelo Barreto, pois ele tinha recém
chegado. A produção entrou em contato com Barreto que aceitou, me desloquei até
a redação e fiz algumas perguntas a ele. Após concluída as perguntas com Barreto,
me dirigi até o camarim, para realizar o questionário com André Rizek. Ao entrar
camarim, Rizek me informou que estava com compromisso marcado, e que as
perguntas deveriam ser rápidas. Inicie o questionário, mas o tempo não foi suficiente
pra conclusão. Por isso o apresentador me deu o número do seu telefone celular
para a conclusão das perguntas, via telefone.
Subi até a redação do canal e informei que estava de saída. Agradeci a
oportunidade e me despedi de todos. Logo depois telefonei para Rizek e finalizei o
questionário por telefone, concluindo todas as perguntas previstas. Além da
observação participante, a observação simples foi realizada, que é o tema do
próximo capítulo.
5.2.2.3 Decupagem
A observação simples ocorreu por meio da decupagem de três programas de
duas horas, resultando em seis horas de programação observados. A pesquisa
transcreveu os principais detalhes e todas as falas reproduzidas nos programas.
10Quando o repórter faz uma gravação no local do acontecimento. PATERNOSTRO, 2006, p. 221.
66
O critério de escolha levou em consideração diferentes dias da semana em
diferentes semanas: o programa de segunda-feira, dezessete de agosto de 2015,
representava o conteúdo de pós-rodada do final de semana; de quarta-feira, nove
de setembro de 2015, representava a pré-rodada do meio de semana; dois de
outubro de 2015, sexta-feira, a pré-rodada de final de semana e apanhado geral de
todas as informações exibidos naquela semana. Os programas decupados
encontram-se nos anexos ao final desta monografia.
5.2.2.4 Entrevista
Segundo Gil (2008), a entrevista é a técnica de investigação que o
pesquisador faz para o entrevistado por meio de perguntas, preferencialmente
objetivas, referentes à obtenção de dados para sua pesquisa. A entrevista nesse
caso funciona como um diálogo, uma interseção social. O pesquisador faz a coleta
de dados e a outra parte se dispõe como fonte de pesquisa.
A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada no âmbito das ciências sociais. Psicólogos, sociólogos, pedagogos, assistentes sociais e praticamente todos os outros profissionais que tratam de problemas humanos valem-se dessa técnica, não apenas para coleta de dados, mas também com objetivos voltados para diagnóstico e orientação(GIL, 2008, p. 109).
Muitos autores, lembra Gil (2008), consideram a técnica da entrevista como
semelhante ao que é o tubo de ensaio na Química e o microscópio na Microbiologia.
-O autor destaca, que, por ser uma técnica flexível, adotada como fundamental na
investigação dos mais diversos campos de estudo. Para o autor parte importante no
desenvolvimento das Ciências Sociais na última década. Gil (2008) divide as
entrevistas em:
a) Entrevista formal: é a de menor estruturação, se diferencia de uma simples
conversa, pois tem por trás dela a intenção de coletar dados para a pesquisa;
b) Entrevista focalizada: é tão livre quanto a formal, a diferença é que nessa
existe um tema especifico;
c) Entrevista por pautas: se orienta por uma relação de aspectos que interessam
ao pesquisador;
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d) Entrevista estruturada: também chamada de questionário, é criada por meio
de uma relação fixa de perguntas iguais para todos os entrevistados.
No artigo Entrevista em Profundidade, o autor Jorge Duarte (2005) classifica
três tipos de entrevista: a aberta, a semi-aberta e a fechada. A entrevista aberta,
para o autor é exploratória e flexível, não existe uma determinação de parâmetros ou
questões de resposta. Seu início geralmente é uma questão ampla ou tema de
escolha livre, a profundidade é determinada a partir dos aspectos identificados pelo
entrevistador. “A capacidade de aprofundar as questões a partir das respostas torna
esse tipo de entrevista muito rico em descobertas.” (DUARTE, 2005, p 65).
Outra definição é a entrevista semi-aberta, esse modelo surge a partir de um
roteiro de questões definidas, adequadamente ao interesse do pesquisador. “A lista
de questões desse modelo tem origem no problema de pesquisa e busca tratar da
amplitude do tema, apresentando cada pergunta da forma mais aberta possível”
(DUARTE, 2005, p 66).
O autor entende que o roteiro de questionamento necessita de poucas
perguntas, mas elas precisam ser suficientes para dar profundidade às dicções. A
relação das perguntas principais pode ser adaptada e alterada no transcorrer das
entrevistas.
A entrevista fechada, para Duarte (2005), é a entrevista feita por intermédio de
questionários estruturados, com perguntas iguais para todos os entrevistados, para
que dessa forma ocorra uma ligação com as comparações das respostas. A autora
explica que dessa forma é possível fazer rapidamente análises, diminuir as
interpretações e fazer uma comparação com outras entrevistas equivalentes
(DUARTE, 2005).
O questionário estruturado, muitas vezes, é utilizado para dar subsídio inicial ou para aprofundar resultados obtidos em entrevistas em profundidade. Pode ser empregado como item complementar de uma entrevista semi-estruturada, por exemplo, buscando traçar o perfil dos respondentes (DUARTE. 2005, p. 67).
A entrevista por meio de questionário, entende Gil (2008), é a técnica em que
o pesquisador formula perguntas a partir das pesquisas objetivas, no que diz
respeito à obtenção de elementos que contribuam para a formação do trabalho
68
científico. Algumas das contribuições da entrevista são as possibilidades de obter
dados referentes aos mais diversos aspectos sociais. A técnica é muito eficaz para
agregar resultados do âmbito social, a eficiência para obter dados que envolvem o
comportamento humano. As informações coletadas são propensas para a
classificação e quantificação de análise.
A definição de questionário, considera Gil (2008), é a técnica de investigação
utilizada a partir de uma soma de perguntas, objetivas às pessoas para adquirir
informações sobre seus comportamentos, crenças, interesses, projeções,
conhecimentos, preferências e etc.
[...] A construção de um questionário precisa ser reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para verificação dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das questões; quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do questionário e pré-teste do questionário (GIL, 2008, p.122).
O questionário técnico também tem limitações, identifica Gil (2008), a
exclusão de pessoas que não sabem ler nem escrever, algumas vezes apresentam
graves distorções nos resultados das investigações. Há uma falta de auxilio nos
esclarecimentos de dúvidas, não tem alcance amplo do número total de pessoas
que deveriam ser entrevistadas.
O autor conclui que as vantagens de utilizar a entrevista por questionário são
as possibilidades de alcançar um grande número de pessoas, mesmo que estejam
longe geograficamente. O questionário pode ser enviado por diversos sentidos: a
diminuição de gastos com o projeto, o anonimato das pessoas, as entrevista pode
ser respondida no momento que o entrevistado achar mais conveniente, não existe a
influência de respostas de outros entrevistados.
As entrevistas, para Gil (2008), na maioria das vezes podem ser face a face
ou por telefone. Para o autor, a vantagem da entrevista por telefone é a agilidade, a
redução de custos, o fácil agendamento e maior aceitação. As desvantagens são a
possibilidade de interrupção pelo entrevistado, menor número de informações e
impossibilidade de descrever as características do entrevistado.
Gil (2008) indica que as entrevistas devem ser realizadas individualmente,
mas em alguns casos elas são feitas em grupo, essa técnica é conhecida como
focus group, o número de pessoas no grupo varia entre 6 e 12 pessoas e o tempo
69
dura em média 2 a 3 horas. O autor argumenta que não existe uma maneira correta
para se determinar o desenrolar de uma entrevista, a entrevista depende muito dos
objetivos e dos aspectos que envolvem a pesquisa
Antes de ser feita a entrevista, orienta o autor, a necessidade de um contato
inicial, uma conversa amigável e de muita cordialidade. As perguntas só devem ser
feitas quando o entrevistado estiver preparado para dar a informação desejada.
Outro aspecto importante é o estimulo para respostas completas, isso auxilia
no melhor entendimento das questões respondidas (GIL 2008). Trabalhos em grupo,
o autor explica que é preciso impedir discussões de política, religião e outros
assuntos que desvirtuam a entrevista.
Os registros das questões podem ser feitas por uso de gravador ou anotação,
fundamental para a garantia de confiabilidade da entrevista a documentação das
respostas. Por questões éticas, o entrevistado deve responder ao questionário sem
pedir nada em troca. (GIL 2008).
5.2.2.5 Realização das entrevistas
Foram elaborados dois questionários para esta pesquisa; um para produção e
outro para o apresentador do programa. As entrevistas inicialmente tinham sido
desenvolvidas para ser encaminhadas por e-mail. Como houve a possibilidade do
pesquisador acompanhar o programa ao vivo, o questionário foi aplicado
presencialmente. Com o apresentador, a pesquisa iniciou pessoalmente e encerrou
por telefone. As entrevistas foram realizadas com Eduardo Nunes, produtor do
programa; Marcelo Barreto, ex-apresentador do programa; André Rizek, atual
apresentador do programa.
a) Produtor do programa Redação Sportv, Eduardo Nunes.
1) Qual a sua experiência no Jornalismo, em especial, do Jornalismo
Esportivo?
Pra mim começou de uma maneira diferente, porque eu comecei como atleta, eu
joguei profissionalmente 11 anos, futebol. Minha formação foi na Universidade da
Região da Campanha (URCAMP) Fiz uma especialização na Irlanda em Jornalismo
Esportivo, quando ainda jogava lá, foi na Universidade Nacional da Irlanda. Depois
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que eu canalizei para essa área do Jornalismo Esportivo. Comecei trabalhando no
COB (Comitê Olímpico Brasileiro), aqui no Rio de Janeiro, nos jogos Pan-
Americanos em 2007. Depois eu comecei na TV Globo como prestador de serviço,
aqui. Depois fui efetivado na Globo, no SporTV. A experiência é continua e diária
evoluindo a cada dia. O que me ajudou muito, que já tinha experiência na prática.
Por ter participado de muitos eventos esportivos. Joguei na Europa por um bom
tempo, e aí isso me ajuda a conciliar essa parte do Jornalismo Esportivo, do esporte
e a comunicação.
2) Como surgiu o programa Redação SporTV?
Essa ideia foi do pessoal do SporTV, quando nem era aqui (Rio de Janeiro)ainda,
não era aqui na Barra, era lá na Itapiru, outro local, com outro apresentador, o
Marcelo Barreto. O pessoal sentia uma carência de como enxergar a imprensa
dentro do jornalismo esportivo. Aí tiveram essa ideia, inicialmente era apanhado de
jornais de todo país, que gerava um debate muito interessante no dia-a-dia. Nisso foi
evoluindo e hoje um dos principais programas do canal.
3) Qual o perfil do programa? Ele foi inspirado em algum outro?
Não, por isso que demorou um pouquinho para conseguirem um formato exato. Ele
foi um programa elaborado inicialmente para ser uma apresentação de jornais na
televisão. Mas aí acabou tomando uma proporção muito grande pela questão do
debate que propôs. Foi então, que ele tomou identidade própria. Ele hoje ele tem um
perfil mais crítico, um programa que tem um debate com a crítica, com a opinião
mais contundente.
4) O que você diferencia o programa das outras mesas-redondas esportivas
das TVs e do rádio?
A opinião, a opinião crítica e principalmente vinculada à imprensa. Nunca no
Redação tem uma pauta especifica que não seja vinculada à imprensa, sempre é
vinculada à imprensa, algo que tenha saído no rádio, na TV e no jornal.
5) De que maneira os usuários da internet contribuem com o programa?
Hoje em dia é uma ferramenta fundamental, principalmente a interatividade com os
convidados, com os participantes, com público. A gente tem o Twitter, tem a questão
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dos e-mails que chegam muitos, muitas pautas, muitas perguntas, reclamações e
sugestões também. Isso hoje em dia, é uma via de mão dupla com o telespectador.
6) Quais os desafios de fazer um programa diário?
A cada dia tem que se pensar algo diferente, isso não é uma tarefa fácil, porque são
vários assuntos, várias questões a serem abordadas, principalmente na questão da
evolução da informação. Para a gente, a informação chega muito rápido, todo
mundo tem acesso. Então, é um desafio diário de não deixar passar nada
importante, principalmente pinçar as coisas mais relevantes que possam ser
contundentes para poder manter um êxito nessas duas horas que ele fica no ar.
7) O Redação possui uma equipe própria exclusiva pro Redação? Quem faz
parte desta equipe?
Existem aproximadamente 12 pessoas que participam da produção do Redação,
divididos entre editores de imagem, câmeras, pessoal da exibição, diretor do
programa, controle e produção de entradas ao vivo. Durante a semana geralmente
são as mesmas pessoas que trabalham no horário do Redação, mas não exclusivos.
Fizemos também produção para os outros programas. No final de semana que não
tem a exibição do Redação, acabamos fazendo de tudo um pouco
8) Como são definidas as pautas e de que maneira é feita a produção?
A equipe faz uma reunião logo de manhã cedo, pelas umas seis 6h30 e 7h,
discutindo o espelho: o que vai tratar, o que vai ser tratado, como que vai conduzir o
programa no dia, porque sempre tem uns assuntos primordiais. Por exemplo, hoje
vão falar da Seleção Brasileira, da derrota, da derrota de ontem. Sempre tem algum
assunto que é o carro chefe do dia. E aí vai vendo alterações que podem ser feitas,
como isso pode atingir de maneira mais efetiva o público em casa. A pauta geral do
programa passa pelo André Rizek, e a equipe que estará com ele.
9) Como são utilizadas as produções de outras praças?
Caso forem afiliadas da Rede Globo não temos nenhuma restrição para utilização do
material. Podemos editar e reproduzir da maneira que acharmos melhora para o
Redação.
72
10) Como são definidas as entradas ao vivo do programa?
Elas funcionam através de links com praças, a gente geralmente tem São Paulo pra
abordar os clubes de lá. A gente tem bastante entrada de Porto Alegre falando da
dupla Grenal. E também de Belo Horizonte pra falar de Atlético Mineiro e Cruzeiro. A
gente negocia, consegue toda a infraestrutura, a gente faz todo nosso trabalho, o
link e fica ao vivo e agente exibe por aqui. consegue um participante lá para abordar
os temas que o Rizek propôs. E aí eles debatem, né. É uma interatividade dentro do
programa.
11) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no
programa?
A amostragem de jornais é para ter integração com os veículos. Destacar a
imprensa de uma maneira geral. Hoje, por exemplo, vai ter várias manchetes
abordando a derrota do Brasil, mostrando como os jornais enxergam essa derrota. É
uma forma de diversificar o espelho, mostrar outras linguagens e outras visões
12) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?
É o principal, no caso por ser o editor chefe responsável pelo programa, ele que
cuida dessa parte específica de que forma vai ser tratado cada assunto e de que
forma vai ser abordado. Para não ter ruídos na questão do debate, porque o debate
cada um tem a sua opinião, mas o centralizador é sempre o Rizek.
13) O tempo de duas horas é adequado para esse perfil de programa?
Isso é uma determinação da grade do canal, de ter uma sequência de eventos ao
vivo, programas e eventos. Como o É Gol só entra ao meio-dia e o Redação
começava às 10h da manhã e acabava um pouco antes do meio-dia, acabou sendo
esticado mais um pouquinho, por mais 20 a 30 minutos com mais um intervalo e
entrega direto para o É Gol. E o É Gol entrega direto para o Seleção e fica uma
cadeia de eventos ao vivo.
14) Por que ele era de 1h45?
Na verdade é uma questão de grade, recebia de manhã e tinha 90 minutos pra
reprodução. Às vezes, o final do programa entregava pra um evento gravado, ou
para reprisar de jogos. E aí sempre tinha certa diferença para entregar para o É Gol.
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E aí essa ideia de fazer a grade de programação, de eventos ao vivo. E aí isso que
aconteceu, o Redação ficou um pouquinho esticado para entregar direto para o É
Gol.
15) O que precisou ser modificado durante os anos de programa, além do
cenário?
Eu acho que principalmente a questão da participação de uma maneira geral da
redação, até a ideia de trazer o programa pra cá, a questão da visualização da
redação, tu visualizar uma redação de jornalismo. Isso faz que o público em casa
visualize de uma maneira geral o que é uma redação de jornalismo. Isso evoluiu
com a passagem aqui para o segundo andar, para que o pessoal que acompanha o
Redação pudesse ver toda redação de fundo e aquele ambiente de produção do
jornalismo. Acho que isso foi o primordial para o aumento de audiência. O Redação
sempre foi boa a audiência, mas agora aumentou muito. O pessoal fez uma
pesquisa de campo, isso se deve muito a evolução por parte do estúdio, do cenário.
16) Enviados especiais são exclusivos do Redação Sportv ou do canal?
Por exemplo, gente tem 13 enviados especiais que ficam durante período
correspondente. Eles participam do programa conforme a demanda deles porque,
tem questão do funcionário, é claro, e tem também a questão de pauta. Por
exemplo, a gente tem dois na Europa agora porque tem a questão da Fifa, que está
muito forte na Suíça. O Felipe Diniz está lá inclusive vai participar do programa hoje,
também tem o Bruno Cortes nos Estados Unidos. E também o Brizola que está na
Europa. A gente tinha um na Ásia foi pra Europa também pela questão da FIFA. Isso
se deve muita questão da pauta, se, por exemplo, esses problemas na FIFA, o
correspondente da FIFA o Felipe Diniz, é o que mais participa. Por outro lado, mês
que vem tem a questão do NBA no Estados Unidos o Bruno Cortes também entrará
bastante. É uma questão muito discutida. A gente entra em contato com eles
viabiliza a disponibilidade do estúdio e os recursos da Globo Internacional. O que
atrapalha às vezes é a questão do fuso horário, alguma entrevista marcada ou uma
matéria justamente no horário do programa.
17) Muitos jogos acontecem no fim de semana. Como é a rotina da equipe do
programa nestes dias?
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Acompanhar, mesmo estando de plantão ou de folga tem que acompanhar, os jogos
de sábado e domingo geralmente o pessoal anota, mando e-mail, se fala por e-mail,
no sentido de ideias. Por exemplo, bom aconteceu tal coisa na série B no sábado,
“será que fica velho para segunda ou não”? Como a gente pode abordar na
segunda. Será que a gente faz o link ao vivo, o debate é constante. Geralmente na
sexta-feira já planeja a rodada, tem uma planilha com a rodada e já se projeta para
ver o que pode precisar. Por exemplo, hoje muito provavelmente já vão pedir que a
gente pode precisar na segunda-feira: de praça, questão específica de abordagem,
aí já facilita o trabalho que a gente pede pros coordenadores das praças as entradas
de outras cidades Como não tem rodada de final de semana isso dificulta um pouco
o trabalho, mas como a Seleção vai jogar em Fortaleza, sabemos que tem uma
praça em Fortaleza. E vamos solicitar material dessa praça para o Redação.
18) O foco do programa é apenas no futebol?
Principalmente, a gente tenta fugir com a questão internacional, com ideias, com
visões, como a gente tem um produto muito bom que a NBA. Por exemplo, a gente
tenta muito abordar a liga americana. Agora começa a Superliga de Vôlei, que tem
uma audiência muito boa do canal. No Brasil o futebol vende mais, mas a gente
tenta abordar os outros esportes de uma maneira geral, diferentes. Abordando de
como a imprensa internacional está tratando a gente repercute aqui. Agora como eu
te falei, a gente tenta explorar nosso correspondente lá, pra tentar assuntos novos,
situações novas que gostaríamos de incluir no espelho do programa. Não fica
aquela questão chata de só se fazer o registro, Não, tentamos abordar debates, isso
tem funcionado, tem ajudado bastante. Claro que não é a mesma demanda do
futebol, mas de alguma maneira corresponde à realidade do esporte mundial.
b) Entrevista com o apresentador do programa Redação Sportv, André Rizek.
1) Qual a sua experiência dentro Jornalismo e, em especial, do Jornalismo
Esportivo?
Entrei por acaso, porque eu era estagiário de cultura, queria seguir essa área. Era
estagiário do Jornal da Tarde, e a página para onde eu escrevia que era o SP Por
Aí, eu não recebia nada, não era remunerado, ela foi fechada E tinha uma vaga
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remunerada em esportes, me indicaram. Eu não queria, tinha muito preconceito com
a área de esportes, achava que era um jornalismo menor, queria fazer cultura, tinha
essas questões... E fui a contragosto, mas muito rapidamente eu vi que não, que era
aquilo que eu gosto mesmo, que estava na veia e fiquei. Já saí algumas vezes, fui
editor da Playboy, fui editor da Veja, mas sempre tive saudade de voltar pro esporte.
E eu tinha esse preconceito, mas eu acho que ele diminuiu pela qualidade do
jornalismo esportivo que é feito hoje.
Então a minha trajetória iniciou no Jornal da Tarde de 94 a 97. Aí fui para primeira
turma do Jornal o Lance, fiquei lá de 97 a 2000; aí fui pro IG, fiquei 2000 lá; aí fui pra
Placar, fiquei 2001 lá; aí 2002 a 2004 na Playboy;2004, 2005 na Veja. Pedi
demissão da Veja (o acordo era fazer a matéria da máfia do apito e ir embora),
queria voltar para a área de esportes, mas a Abril me ofereceu voltar para a Placar.
E durante este processo, o SporTV me convidou para vir ao Redação (com Luís
Roberto) falar da matéria. Eu vim como convidado/entrevistado. No final do
programa, me chamaram para fazer participações fixas no canal campeão, comentar
jogos, fazer o Arena, com cachê. Eu topei. E a relação com o canal foi se estreitando
até que, em 2009, me convidaram para ser chefe de redação em SP. Deixei a Abril e
virei funcionário Globo. Em 2010, o diretor Raul Costa Júnior teve a ideia de eu
apresentar e editar o Redação. E aqui estou até hoje...
2) Qual o perfil do programa?
Não definiria como um programa de debate na TV, e sim um programa de TV que
tem debate. Eu não gosto de ficar conversando, comentando, debatendo no
programa. Ele tem um roteiro, e o que diferencia ele das outras mesas redondas é
que, no nosso caso, a gente não parte da opinião dos comentaristas, do que ele
pensa na mesa, claro que eles vão dizer o que eles pensam. Mas o ponto de partida
do programa é o que é publicado, o que é vinculado pela mídia do Brasil e do
mundo. E esse é diferencial do Redação.
3) Como é a rotina do apresentador?
É uma rotina dos sonhos pra quem gosta jornalismo. Ler, acompanhar notícias, pra
quem gosta de ouvir rádio. Porque a gente tem que estar ligado no que acontece no
mundo inteiro. Nas abordagens da imprensa brasileira, mundial, o tempo inteiro, e a
partir dessa abordagem que a gente monta o nosso espelho. Então isso é feito
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naturalmente ao longo do dia, nos finais de semana todo mundo tem que ler muito,
consumir muito rádio, muita televisão, muito jornal, muita revista pra trabalhar aqui.
Nossa equipe entra as seis da manhã; e das seis as sete é o período de muita
leitura, de ficar fuçando; e daí, das sete até umas nove e meia, a gente monta o
espelho os assuntos.
4) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no
programa?
Os jornais impressos, embora sua leitura seja cada vez menor, eles ainda são,
segundo todas as pesquisas, a fonte mais confiável pro público. Então eles têm
muita relevância, muita credibilidade e eles traduzem muito o que a imprensa local
está falando, o jornal local da essa dimensão. Então é por isso, é a forma que a
gente tem pra mostrar, o que várias pessoas de todo Brasil e do mundo estão
publicando, estão falando. E tentar entender o que a imprensa pensa sobre o tema.
5) De que maneira os usuários da internet contribuem com o programa?
A interação ainda tem que melhorar muito, interação através do Twitter, eu lendo os
twittes no programa, eu e minha equipe, eu basicamente lendo ao vivo ali, não
consigo ler todas as mensagens, não dá tempo, mas a contribuição é muito rica, nos
corrigem muitas vezes nos alertam de erros. Pra quem acha que a internet só tem
ódio e bobagem nas redes sociais, Twitter do Redação desmente isso, tem
contribuído muito para o programa. Inclusive o quadro o prêmio troféu Alberto
Roberto surgiu do uma sugestão de um internauta, ele que fez a sugestão a gente
gostou e colocamos em prática. Então é assim que é feito. A gente está tentando
melhorar a forma de interagir com o público, conseguir mostrar mais na tela alguns
tweets, algumas coisas. Mas a participação deles é muito importante.
6) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?
Eu sou apresentador diferente, porque eu sou editor chefe do programa, isso me
permite estar com programa todo na cabeça e poder comandar toda a equipe. Então
pra mim é uma facilidade e vai mais fácil apresentar o Redação do que eu Troca de
Passes. No Troca de Passes eu fico mais relaxado, porque um erro no Troca de
Passes, não necessariamente uma falha minha, azar do editor. Um erro no Redação
é minha responsabilidade, então por esse lado eu relaxo menos. Mas por outro lado
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eu tenho programa inteiro na minha mão, na minha cabeça né, isso me dá uma
facilidade maior. E como fui primeiro comentarista antes de ser apresentador, eu
tento ser além de conduzir o programa, ser um de batedor a mais também.
7) Como são definidas as pautas e convidados? Quem produz?
É feito em conjunto, com a equipe do Redação, claro que eu dou a palavra final, e a
gente vê isso diariamente, a gente discuti quais os convidados, nós temos um
casting já tradicional que está sempre no programa. E a gente sempre ao lado de
uma personalidade tradicional, tenta trazer alguém diferente. Não conseguimos
trazer alguém diferente todos os dias, mas estamos sempre olhando e buscando
nomes diferentes. Geralmente nomes da mídia mesmo.
8) O que precisou ser modificado durante os anos de programa, além do
cenário?
A grande modificação foi o cenário ir pra redação, que era um sonho antigo desde
2010. Já pensamos em fazer na redação da TV Globo de São Paulo, já pensamos
em fazer na redação do Globo Esporte online. E começamos a fazer programas
visitando a redação do Estadão, redação da Abril, redação do Jornal O Globo, e
sempre quando a gente fazia, pensava: o programa tem que ser apresentado numa
redação, aí quando a redação do SporTV ficou bonita como é hoje, mudamos para
nossa redação, esse foi o processo.
9) A equipe utiliza conteúdos de outras praças? Como se dá esse processo?
Ele é fundamental. Quando assumi o Redação em 2010, nós tínhamos duas linhas
centrais numa, é que o programa seria um debate sobre a mídia, partilha da mídia,
cumprimos. E o outro era nacionalizando programa, nacionalizar o programa quer
dizer trazer convidados de vários estados é claro, mas estar com a gente todo dia de
vários lugares do Brasil. E isso hoje dá esse ar nacional, acho que o Redação é um
programa de esportes mais nacional, não só do SporTV, mas do Brasil, por causa da
interação com as outras praças.
10) Como sair da pauta do futebol?
78
É difícil, porque se é um programa que reflete o que está na mídia, nossa mídia é
90% futebol. Mas a gente tenta, a gente tenta sair do futebol quando a mídia tenta
sair... Como a gente reflete o que está na mídia, quando tem assuntos relevantes de
outros esportes vai estar no Redação. Só que a mídia no Brasil e na América do Sul
repercute muito mais futebol. É difícil sair desta pauta, vai ter que acontecer alguma
coisa relevante nos outros esportes, para ganhar espaço na mídia, para nós sairmos
desse tema. E eu adoraria sair mais vezes, mas lamento que a gente tenha uma
cultura meio mono-esportiva no futebol.
11) O tempo de duas horas é adequado para esse perfil de programa?
Olha, ele já teve 2h30, ele já teve 1h30, agora ele tem 2h00. Essa é uma decisão
que não é tomada pela equipe, mas pela programação do SporTV. E isso foi
ajustado nessa última mudança, pra gente ter 24 horas de programação ao vivo. Eu
acho que é possível ser feito 2h30, 1h30, 2h00, a gente adéqua o tempo do
programa, a gente adéqua a decisão, a produção do programa ao tempo que a
gente recebe. Mas isso geralmente uma decisão dada, não sou eu que decido. Eu
acho 2h é um bom tempo, me sinto confortável com 2h.
c) Entrevista com Marcelo Barreto um dos primeiros apresentadores do
programa Redação Sportv.
1) Como surgiu o programa Redação SporTV?
Em 2003, a Rede Globo assumiu a responsabilidade e editorial dos programas do
canal SporTV. O diretor que foi escolhido pra tocar esse projeto foi Emanoel Mello
Mattos, que até hoje trabalha na Globo, não está mais no SporTV. E quando ele
chegou ele tinha em mente mudar a grade do canal com programas diários ao vivo.
O Redação foi o primeiro deles, baseado num programa da TV americana chamado
Meet The Prees, que não é sobre esporte, é sobre política, mas é baseado na leitura
de jornais. Um programa na verdade semanal, exibido nos finais de semana. Em
que os comentaristas fazem uma análise da cobertura dos jornais. A ideia era fazer
uma adaptação desse modelo, para cobertura diária de esportes.
79
2) O que você diferencia o programa das outras mesas-redondas esportivas
das TVs e do rádio?
O Redação mudou de característica por causa da mudança de importância dos
jornais no cenário da comunicação. Os jornais hoje estão vivendo um processo de
crise. Então hoje fala-se também da internet, do rádio. Mas eu acho que, de
qualquer forma, a diferença é que o Redação fala sobre a cobertura esportiva. Ele
não fala necessariamente sobre os jogos, dos treinos, ele fala sobre como a
imprensa tratou de determinados assuntos. Eu acho que isso traz pra ele um ângulo
diferente das outras mesas redondas.
3) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no
programa?
O esporte e a mídia tem uma ligação muito íntima, acho que hoje em dia um não
vive mais sem o outro. Então, assim, boa parte da reação do torcedor, ao que
acontece com seu clube, por exemplo, quando a gente fala futebol, passa, é
mediada pela cobertura dos jornais, das rádios, usados pela cobertura da imprensa
de uma forma geral. Então, debater essa cobertura me pareceu sempre uma ideia
muito original, é interessante. Essa cobertura não pode se encerrar nela mesma,
também pode ser discutida, precisa ser discutida, eu acho que é a alma do
Redação.
3) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?
O papel do âncora no debate primeiro é tentar manter o espelho de alguma maneira,
e os editores chefes ficam loucos com a gente. Porque muitas vezes os
comentaristas se entusiasmam por determinado assunto e não se entusiasmam por
outro, a gente tem a mediação do público. Hoje muita coisa é mandada pelo Twitter,
no meu tempo era feita pelo chat. Eu acho que tentar manter o debate vivo, tentar
manter o interesse, zelar pela variedade de assuntos, mas sem que cada assunto vá
esfriando, vá perdendo interesse da própria mesa e, por consequência, o
telespectador.
80
Após a aplicação dos métodos e das técnicas, será possível fazer a análise
do conteúdo, que contribuirá para responder a questão norteadora e confirmar ou
não as hipóteses desta pesquisa.
81
6 ANÁLISE DE CONTEÚDO
Depois de apresentada a revisão bibliográfica, o corpus da pesquisa, a
decupagem dos programas e a entrevista participante, será possível fazer a análise
do conteúdo para responder a questão norteadora: O Redação Sportv é observatório
da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu
programa? E confirmar ou não as hipóteses do estudo. Para realizar a análise, foram
elencadas as seguintes categorias: Formato, Pauta, Produção de Conteúdo e
Ancoragem.
6.1 FORMATO
O programa Redação Sportv, que será abreviado com a sigla RSTV neste
capítulo, é apresentado de uma bancada, com a presença dos convidados,
característico dos programas de debate. Os convidados não discutem anteriormente
os assuntos que serão tratados no programa, apenas são avisados sobre quais
temas irão falar. Suas participações são por escolhas sem relação com o assunto
discutido. O apresentador André Rizek, não define o RSTV como um programa de
debate na TV, para ele é um programa de TV que tem debate. O apresentador
explica que não gosta de ficar conversando, comentando, debatendo no programa.
Segundo ele, o programa tem um roteiro, e o que diferencia ele das outras mesas
redondas é que no caso do RSTV não parte da opinião dos comentaristas da
bancada, do que eles pensam na mesa. Segundo o apresentador, o ponto de partida
do programa é o que será publicado, vinculado pela mídia do Brasil e no mundo.
Rizek afirma que esse é o diferencial do RSTV. Porém, isso não parece ser
novidade. Edileuza Soares (1995) aponta, no capítulo dois desta monografia, que o
inicio das transmissões de notícias esportivas no rádio era justamente repetindo as
notas dadas pelos jornais.
O debate é constante. Na observação, a principal finalidade dos convidados
não é trazer informações relevantes, e sim debater e ocupar o tempo do programa
com suas opiniões. No primeiro programa observado, no dia 17 de agosto de 2015,
o próprio convidado traz uma matéria de sua autoria para debater. E a partir desta
matéria iniciou um debate que durou quase uma hora. Nenhuma matéria jornalística
foi introduzida durante a primeira metade do primeiro programa, somente gráficos
82
com números e registros dos jogos. Para Ferrareto (2000), no terceiro capítulo desta
monografia, o programa de debate mais conhecido no Jornalismo Esportivo é o
formato mesa-redonda. O autor afirma que os programas de debate estilo mesa-
redonda, são tradicionais do rádio. A intenção deste programa é aprofundar temas
da atualidade interpretando-os. No capítulo dois desta pesquisa, os autores Xavier e
Sacchi (2000) afirmam que a primeira mesa criada na televisão, tem autoria da TV
Rio em 1963, com o nome de Grande Revista Esportiva. A mesa era formada por
Armando Nogueira que se tornaria diretor da Central Globo de Jornalismo. No final
do ano de 1963 o nome mudou de Grande Revista Esportiva para Grande Resenha
Facit. Em 1966, a mesa redonda transferiu-se para Rede Globo onde ficou até o ano
de 1969.
Portanto, o que o Rizek argumenta sobre a ausência de debate não é
verdadeiro. Em muitas vezes o RSTV é idêntico ao modelo de mesa-redonda do
rádio. E o telespectador não precisa de imagens para interpretar o que está sendo
discutido.
A presença do apresentador no debate é constante, argumenta em vários
momentos “na minha opinião”. Os convidados que entram no programa de diversas
partes do Brasil raramente trazem assuntos novos. Suas participações são
baseadas em opiniões por meio de manchetes de jornais. Ao referirem-se sobre este
assunto no capítulo quatro desta pesquisa, Barbeiro e Lima (2002) sustentam que é
essencial à fonte ter novas e importantes informações para acrescentar e justificar
sua parecença. Convidar uma pessoa para participar de um programa apenas para
preencher um espaço vazio é desaconselhável.
Os diálogos ocupam a maior parte do programa, e permanecem por muito
tempo no mesmo assunto. No primeiro RSTV observado, o tema arbitragem esteve
em discussão durante todo tempo de exibição. Os próprios participantes e o
apresentador usam a palavra debate para classificar suas conversas.
No segundo programa observado, o assunto que envolveu boa parte do
programa foi a vitória da Seleção Brasileira sobre os Estados Unidos na noite
anterior. Sempre seguido de manchetes de jornais, o apresentador e os convidados
mantinham um debate constante. Mesmo sem assistir a partida, o convidado Chico
Maia opinou sobre o jogo disputado pela Seleção Brasileira, “o David Luiz tá sempre
envolvido em lances assim”. O convidado Sergio Xavier fez a maioria das
observações sobre a partida, acompanhado pelo âncora.
83
O cenário dos entrevistados e participantes de outras cidades eram as
redações das televisões locais, com somente uma câmera, e um plano de imagem.
Os autores Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009), no capítulo dois desta
monografia, identificam que no ano de 1917, no Rio Grande do Sul, a Rádio Gaúcha
iniciava uma tentativa de sair da obviedade do rádio, com um programa diferente até
mesmo para televisão. O programa era o Sala de Redação, que tinha por
características a leitura de notícias do Jornal Zero Hora, direto da sua redação. A
intenção da leitura dessas notícias era gerar debates entre os participantes.
Já o ex-apresentador Marcelo Barreto afirma que Redação Sportv, foi
inspirado num programa da TV americana chamado Meet The Prees, que não é
sobre esportes, fala sobre política e pautado na leitura de jornais. Em cima das
manchetes os comentaristas fazem uma análise da cobertura dos jornais. O
programa é exibido aos finais de semana. A ideia era fazer uma adaptação desse
modelo para cobertura diária de esportes.
No quarto capítulo desta pesquisa, Curado (2002), afirma que a reportagem
está diariamente incluída em programas de televisão, que a reportagem é a maneira
de contar uma história. Na televisão depende de vários recursos técnicos. Para a
autora, assim como uma história, a reportagem também tem começo, meio e fim.
Para Barbeiro e Lima (2002), a reportagem é principal fonte de matérias exclusivas
no Jornalismo. O repórter deve preservar suas fontes, pesquisar, manter suas
próprias fontes de informação e acompanhar os assuntos por todos os meios de
comunicação.
Para a introdução do jornalista de São Paulo, Carlos Cereto, inicialmente foi
apresentado o Jornal o Lance com a manchete do jogo que aconteceria ente o time
do São Paulo e Santos. Rizek questiona o participante sobre a matéria do jornal,
“mas você não falou da manchete do lance, Vêm Freguês”. A participação do
convidado de São Paulo ficou restrita a comentários sobre os times paulistas. Outros
jornais foram introduzidos para o debate, entre eles o Estado de S. Paulo e Jornal O
Lance.
O programa consegue preencher o seu espaço com informações de diversas
mídias e a conversa que é criada em cima dessas pautas. O debate fica em
evidência. Mas entre informativo e entretenimento, o entretenimento é um ponto
forte do RSTV.
84
Souza (2004), no terceiro capítulo desta pesquisa, salienta que o esporte
pode estar inserido tanto no entretenimento quanto na categoria informação, embora
classifique o gênero esportivo na categoria entretenimento. O processo de produção
e o formato dos gêneros esportivos influenciam de maneira direta a classificação de
suas categorias.
Além do debate constante, as atrações do terceiro programa observado
foram: o quadro Redação AM, com a narração de Ivan Carlos, da Rádio Super
Condá de Chapecó, sobre classificação da Chapecoense; Redação AM, com a
narração Uruguaia da Rádio Maldonado, sobre classificação do Defensor; e
entrevista como o técnico do Sampaio Correia. Lima (2011), no capítulo dois desta
monografia, constata que as narrações esportivas ganharam mais espaço a partir do
ano de 1945. Segundo o autor, a Rádio Panamericana modificou a maneira de
transmitir eventos esportivos, criando duas novas funções: o comentarista e o
repórter. O que evidencia novamente a participação das características do rádio no
RSTV.
O que lembra Ferrareto (2000), no segundo capítulo desta pesquisa, que o
rádio e suas características de transmissão, impulsionaram a difusão do Jornalismo
Esportivo no Brasil.
No terceiro programa analisado, na primeira uma hora de exibição a única
matéria exibida foi de produção da EPTV, afiliada da Rede Globo em Campinas. A
reportagem anunciada pelo apresentador, investigava a venda ilegal de ingressos
por parte dos cambistas. A matéria tinha cerca de dois minutos de exibição.
A EPTV transmite com sinal aberto, ao contrário do Sportv que é um canal por
assinatura, onde as pessoas que assistem o Redação pagam pelo conteúdo e
esperam reportagens qualificadas. Não existe lógica pagar por um conteúdo que já
está disponível de graça para o público. Paternostro (2006), no quarto capítulo desta
pesquisa, entende que a diferença de canais de TV Aberta e TV fechada, é que em
canais por assinatura o espectador paga um determinado valor e escolhe o que vai
assistir. O que provoca mudanças no comportamento do público, que passou a
buscar canais segmentados e qualificados em determinados assuntos.
O público que paga pelo conteúdo, opta pela qualidade. Não é aceitável um
programa de canal por assinatura, com todos os recursos disponíveis para
produção, limitar-se a ter características do rádio. Por mais que o programa queira
ter um perfil lúdico do rádio, ele está na televisão e precisa justificar sua presença.
85
6.2 A PAUTA
No primeiro programa observado, a pauta sobre a arbitragem ficou em
evidência durante toda a exibição. Já no começo da exibição do RSTV o
apresentador comemora o fato de estar há dois minutos no ar e ainda não terem
falado do assunto arbitragem. Aos 30 minutos de exibição, o apresentador exclama
“nós estamos há meia hora só falando de arbitragem”! Durante os 50 primeiros
minutos de exibição do programa, o assunto arbitragem esteve constantemente em
debate. Não foram exibidas reportagens sobre o tema, somente imagens de jogos e
a conversa em cima das ilustrações.
André Rizek, além de discutir o assunto arbitragem com os participantes da
bancada, com o integrante de São Paulo, Carlos Cereto, convida os telespectadores
para participar da discussão via internet. Rizek comenta o número de mil e
oitocentas pessoas que enviaram mensagens, a maioria falando de arbitragem. Em
quase todo tempo de exibição, poucas imagens foram usadas para cobrir os
assuntos discutidos. Barbeiro e Lima (2002), no terceiro capítulo desta pesquisa,
afirmam que na televisão é preciso ter um cuidado maior na elaboração das
matérias, pois as imagens precisam estar sempre presentes.
Mesmo com o programa utilizando a maioria do tempo para falar somente de
um assunto, o produtor Eduardo Nunes afirma que informação chega muito rápido, e
a produção do programa está atenta para passar informações com êxito durante as
duas horas de apresentação do programa. Mas de todas as mensagens enviadas
pelo público durante este tema, nenhuma foi lida pelo apresentador. O que
demonstra que o discurso é diferente da prática, as informações podem até chegar,
mas nos três programas observados os assuntos permanecem os mesmos. E por
mais que Rizek chame a todo o momento a participação do público, ela não é
explorada e passa despercebida.
No segundo programa observado, o problema de insistência na mesma pauta
também é notado. O tema era a vitória da Seleção Brasileira, em um jogo amistoso,
na noite anterior sobre a Seleção dos Estados Unidos, com transmissão do Sportv.
A primeira matéria pautada foi por meio do Jornal a Folha de S. Paulo, que destacou
a atuação de Hulk e Lucas. O apresentador André Rizek identificou que os Jornais
Zero Hora e Estado de S. Paulo destacaram a atuação de Neymar. Depois de
apresentada as matérias o assunto permaneceu em pauta por cerca de 40 minutos.
86
A imprensa internacional também foi citada na cobertura da partida entre Brasil e
Estados Unidos, o âncora anunciou algumas matérias de jornais americanos, entre
eles o Boot Mobile, Washington Post, New York Times e o Sports Illustrated, todos
eles destacando a derrota da Seleção dos Estados Unidos. Na França, a Seleção
Brasileira sub 21 também tinha jogado no dia anterior. O Sportv fez a transmissão da
partida, mas o programa preferiu pautar os jogos a partir da mídia francesa. Para a
produção, isto é a característica do programa; segundo o produtor, no RSTV todas
as pautas estão vinculadas à imprensa. Nenhuma pauta especifica surge se não
estiver vinculada à imprensa, um jornal, TV ou rádio. No primeiro programa
observado, o convidado Jaime Júnior, de Minas Gerais, iniciou sua participação
falando da Manchete do Jornal O Estado de Minas com a reportagem De Mal a Pior.
Outros assuntos levantados pelo convidado eram sobre Apito Inimigo, também do
Estado de Minas e Derrota e Bronca com o Apito, do Jornal o Tempo. No mesmo
programa, o participante George Guilherme, do Recife, traz suas informações
pautadas por meio do jornal O Diário de Pernambuco, ele cita o jornal para dizer que
a torcida estava vaiando a arbitragem. Por isso, Barbeiro e Rangel (2006) explicam,
no quarto capítulo desta monografia, que o Jornalismo Esportivo se limita a informar
o que acontece antes do jogo, o que aconteceu depois do jogo, e as entrevistas
coletivas dos personagens. Não existe diferença de método de trabalho entre os
veículos de comunicação. Para os autores, um erro comum é ver jornal copiando a
pauta televisão, que copia do rádio, e todos acaba copiando uns aos outros. Em
resumo, para os autores, isso é frequente dentro do Jornalismo Esportivo.
E no RSTV é normal as pautas surgirem por meio da imprensa,
principalmente de jornais. Na manhã, horas antes da exibição do programa, os
produtores procuram matérias de outros jornais para exibi-las. A pauta não é
discutida, ela é procurada, depois ela é avaliada se entra ou não no espelho. E o
próprio apresentador Rizek afirma que é a partir da abordagem da imprensa
brasileira e mundial que o espelho do programa é elaborado.
Dessa maneira que os assuntos internacionais foram introduzidos no
programa, todos por meio da mídia internacional. Somente assuntos pautados pela
mídia de outros países ganharam destaque no RSTV. A partida entre Djokovic e
Murray pelo torneio Masters Mil de Toronto foi exibida por meio do jornal canadense
Lê Journal de Québec. A reportagem do jornal era: Djokovic Número Um do Mundo.
O apresentador lembrou que a partida foi transmitida pelo canal Sportv, mas
87
nenhuma entrevista ou reportagem foi feita. A pauta ficou por conta do Jornal e o
comentário de Rizek enquanto eram mostrados os lances da partida. Outra pauta
internacional chegou por meio da mídia espanhola, o programa mostrou os jornais
Mundo Deportivo, La Razion e a versão on line do El Pais, que tratavam da atleta
espanhola Carolina Marim, campeã de badminton. Um vídeo da TV Espanha RTVE
também foi exibido. Outro tema internacional exposto foi do Jornal L'Equipe da
França, que destacava a derrota do Olympique de Marseille com destaque para o
brasileiro Tiago Silva. Paternostro (2006) lembra, no capitulo três desta pesquisa,
sobre o imediatismo da TV, que tem a vantagem de transmitir a informação
atualizada quando mostra o fato no momento exato em que ocorre. A alta tecnologia
permite que a informação imediata chegue por meio da imagem. Os satélites
mostram fatos ocorridos do outro lado do mundo.
E mesmo com este recurso, de poder estar no local da informação, o
programa prefere esperar pela cobertura dos jornais para pautar assuntos
internacionais. O apresentador Rizek afirma que o Brasil é um país de cultura única
no esporte, o futebol predomina a pauta esportiva. Segundo o apresentador, o
programa reflete só o que está na mídia, quando têm assuntos relevantes de outros
esportes a pauta entra no RSTV. Ainda sobre isso, apresentador entende que a
mídia no Brasil e na América do Sul trata com maior destaque o futebol, somente
quando acontece algum fato relevante no esporte, que ganha espaço na mídia, entra
na pauta do programa.
E realmente todas as reportagens, sobre outros esportes, internacionais, só
estiveram em pauta porque outros veículos divulgaram.
O que se repetiu no terceiro programa observado, os assuntos internacionais
também inseridos com a matéria dos jornais de outros países: na França o France
Football com a matéria sobre Michel Platini, Jornal L’Equipe sobre o mesmo tema.
Mundo Deportivo da Espanha e La Gazzetta dello Sport da Itália sobre a indicação
ao prêmio Bola de Ouro da FIFA.Sports Illustrated sobre o premio Muhammad Ali.
Barbeiro e Lima (2002) orientam no quarto capítulo, que a pauta não deve se
prender aos assuntos do dia. É preciso criar, analisar e avançar. O aprofundamento
do assunto incentiva a reflexão crítica. Todos os assuntos pautados no segundo
programa observado tinham a referência pautas dos jornais do mesmo dia da
exibição do programa O apresentador anunciou a matéria sobre o jogador Diego
Costa com as manchetes dos jornais espanhóis Marca e Mundo Deportivo. Para
88
falar sobre os times de Minas Gerais foram apresentadas as manchetes dos jornais
Estado de Minas, Hoje em Dia e O Tempo, que leva a assinatura de um dos
participantes da bancada. Para falar sobre os times do Rio Grande do Sul, a
referência foi o Jornal Zero Hora; o Jornal Aqui de Pernambuco foi citado para
introduzir a reportagem do Íbis, Mirror da Inglaterra introduziu o assunto Roney, o
Miami Herald foi citado para falar sobre o jogo de tênis entre as irmãs Serena
Williams e Vênus. Ao final de cada apresentação os participantes debatiam sobre os
temas expostos. O ex-apresentador Marcelo Barreto entende que o esporte e a
mídia têm uma ligação muito íntima. Barreto acredita que um não vive sem o outro.
Então boa parte da reação do torcedor ao que acontece com seu clube quando o
programa fala de futebol passa e, é mediada pela cobertura dos jornais, das rádios,
usados pela imprensa de uma forma geral. E debater essa cobertura sempre lhe
pareceu uma ideia muito original, a reportagem não pode se encerrar nela mesma,
também pode ser discutida e precisa ser discutida. Barreto acredita que essa é a
alma do RSTV. Já Barbeiro e Rangel (2006), no capítulo quatro desta pesquisa,
afirmam que a pauta pode se diferenciar da concorrência sobre o mesmo tema.
Basta para isso dar um enfoque novo, criativo e inteligente sobre o acontecimento.
O que não ocorreu, por mais que o ex-apresentador entenda que a cobertura
não pode acabar nela mesma, o programa não se aprofunda nas matérias. É muito
superficial a abordagem, apenas citam a manchete da reportagem e iniciam um
debate em torno do assunto central. As fontes não são procuradas, não existe um
novo enfoque, não existe uma criatividade para retomar o assunto sem que ele fique
repetitivo.
Curado (2002), no capítulo quatro, entende que o critério de abrangência
também classifica uma informação.
A importância da notícia é geral julgada de acordo com a sua abrangência, isto é, segundo o universo de pessoas às quais pode interessar. Esse é o critério mais utilizado em jornalismo de televisão que, dando ênfase ao aspecto da amplitude, pode tender a transformar a notícia em entretenimento ou em espetáculo, tratando apenas de questões amenas ou desprovidas de polêmica (CURADO, 2002, p. 16).
O apresentador André Rizek, entende que um dos motivos para o programa
ser pautado por meio dos jornais é que os jornais impressos, embora sua leitura seja
cada vez menor, ainda é a fonte mais confiável para o público. Por este motivo, no
89
RSTV os jornais têm muita relevância, muita credibilidade e eles traduzem muito
sobre o que a imprensa local está falando.
O discurso do apresentador coloca em dúvida a credibilidade dos outros
veículos de comunicação. É lógico que a credibilidade não é somente do veículo e
sim do jornalista que faz a apuração da informação e usa todos os recursos para
que ela seja uma notícia de qualidade e de relevância para o público.
Um programa de televisão pautado por jornais é a característica principal
RSTV. A informação está chegando cada vez mais rápida ao público, o próprio
apresentador identifica que a leitura de mídia imprensa está diminuindo, devido ao
imediatismo da notícia. Então se o interesse por jornais está menor, o público não
procura um programa de televisão em um canal por assinatura, para saber o que os
jornais estão informando.
6.3 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
No processo de produção de conteúdo de todos os episódios observados é
possível notar que o material utilizado não é de autoria do programa, o conteúdo
somente era editado pela equipe do RSTV. A produção tem livre acesso aos
conteúdos de outras emissoras afiliadas do grupo Rede Globo e GLOBOSAT. O
produtor Eduardo Nunes afirma que utilizam todos os recursos destes canais, e não
existem restrições para tomar posse de matérias geradas. Olga Curado (2002),
explica no capítulo quatro desta pesquisa que a notícia é a informação primária, é a
matéria-prima de uma produção jornalística, as matérias de segundo nível
geralmente chegam para a redação por meio de outros veículos de comunicação.
Na produção, ela é avaliada, verificada e editada antes de ser divulgada. A autora
afirma que uma reportagem de televisão é o resultado da produção feita em equipe.
Este fator torna mais fácil a reprodução de matérias, pois algumas
reportagens estão prontas e a produção só precisa exibi-las. O resultado é a falta de
interesse para produzir matérias próprias, exclusivas para o RSTV, em nenhum
momento existe uma preocupação em gerar conteúdo novo. A identidade de um
programa de televisão, muito é baseado pelo que ele produz, apenas reproduzir
conteúdos não se caracteriza como Jornalismo. Pois entre as essências do
90
Jornalismo está a apuração, investigação e tratamento da informação para que ela
vire notícia.
No primeiro programa observado, no segundo e no terceiro foram exibidos
gráficos narrados pelo o apresentador, que informavam sobre números do
Campeonato Brasileiro: média de público, gols marcados, artilheiros, gols sofridos,
trocas de técnicos, classificação etc. Barbeiro e Rangel (2006) afirmam, no capítulo
quatro desta monografia, que a reportagem não é apenas notificação do fato, é
necessário o detalhamento, a escolha de um ângulo não explorado para descobrir o
impacto da informação no tema escolhido.
Mais uma vez fica evidenciado a falta de tratamento da informação e apenas
a reprodução de um fato, que na maioria das vezes está à disposição de todos, em
outras mídias. Nenhum telespectador acompanha somente o RSTV para se
informar, principalmente sobre dados referentes aos jogos, que geralmente são
informados no fim das transmissões, ao vivo. Apenas lembrar uma informação, não
é Jornalismo.
O conteúdo do segundo programa observado, no dia 9 de setembro de 2015,
tinha o embasamento das matérias que outros veículos de comunicação produziram.
O RSTV apresentava o conteúdo e iniciava um debate entre os participantes. A
produção exibiu as reportagens dos jornais: Jornal Mundo Deportivo, da Espanha
com a reportagem Diego Costa Não Vinga na Seleção; Jornal o Tempo com a
matéria É Preciso; Estado de Minas, Derrota Até no Apito; Zero Hora, Titi vs Roger;
Jornal Extra e o Lance destacando o jogador Sassá do Botafogo. No primeiro
episódio observado, dia 9 de setembro de 2015, o convidado Carlos Eduardo
Mansur expôs a sua matéria no jornal O Globo, sobre o balanço do Campeonato
Brasileiro, este assunto permaneceu em discussão durante toda a duração do
programa.
O motivo desta abordagem é ter conteúdo para o debate, já que o programa
não tem conteúdo próprio, e se não tem conteúdo próprio não existe assunto para
ser discutido. A única maneira de ter argumentos é por meio de outros veículos de
comunicação. Para quem não conhece a emissora, diria que o motivo de o programa
adotar este estilo é pela falta de recursos, mas ocorre que o SPTV pertence a um
dos maiores grupos de mídia do Brasil e do mundo, possivelmente teriam recursos
para produzir matérias de acordo com o seu interesse.
91
Fato semelhante acontece com os convidados de outras cidades. No segundo
programa observado, a entrada do jornalista Jaime Júnior de Minas Gerais, ficou
restrita a comentários, o apresentador mostrou o Jornal Estado de Minas para iniciar
seu comentário, e suas falas eram cobertas com imagens dos jogos a que ele se
referia. Rizek anunciou que por problemas técnicos a participação de Diogo Oliver
de Porto Alegre não ia ser possível naquele dia, mas que o comentário de Jaime que
estava em Minas Gerais poderia ser utilizado para a fala do comentarista gaúcho.
George Guilherme, jornalista do Recife, participou do primeiro, segundo e
terceiro programa observado; em um deles falou que as imagens que estavam
sendo mostradas eram da Globo Nordeste. A participação do convidado ficou restrita
aos times do Nordeste, e suas falas eram cobertas com ilustrações geradas pela
equipe do RSTV do Rio de Janeiro. O repórter falou sobre o fato do time do Sport
estar há cinco jogos sem ganhar, e que isso era a capa do Jornal Super Esportes. O
repórter usou o exemplo do Jornal o Diário de Pernambuco, justificando sua fala. O
jornalista de São Paulo, Carlos Cereto, teve presença marcante. Participou do
primeiro e terceiro programa observado. Mas suas participações foram
principalmente comentando sobre os times da cidade de São Paulo.
O produtor Eduardo Nunes explica que as entradas dos convidados
funcionam por meio de links, na maioria das vezes de São Paulo, Porto Alegre e
Belo Horizonte. É acertado com as equipes locais a infra-estrutura, e todo suporte
operacional é realizado pela equipe do Rio de Janeiro. O participante aborda os
temas que o Rizek propôs.
A participação dos convidados em outras cidades do Brasil é mais justificada
pelo fato de ir até a cidade, criar uma integração com outros locais. Ao invés de ir
com um link até a cidade porque tem uma nova informação,
A primeira notícia, apresentada por George Guilherme, em uma hora e
quarenta minutos de programa, informava sobre o árbitro que iria apitar a partida
entre Bahia e Sport pela Sul-Americana, Gérman Delfino, da Argentina. Barbeiro e
Rangel (2006) afirmam que principalmente no Jornalismo Esportivo, onde todos os
métodos de divulgação são muito parecidos, o jornalista precisa fugir da mesmice e
divulgar a notícia mais aprofundada.
Rizek afirmou que, ao assumir o RSTV em 2010, seu foco tinha duas linhas
centrais: uma era que o programa seria um debate sobre a mídia, partindo da
mídia; a outra era nacionalizar o programa, com a participação de convidados de
92
vários estados, e ter presença de repórteres e debatedores de vários locais Brasil.
Segundo Rizek, o RSTV é um programa de esportes mais nacional, não só do
SporTV, mas do Brasil, por causa da interação com as outras praças.
Mas fica evidente, a nacionalização pelas participações e pelo modelo de
Jornalismo Esportivo feito por todas as equipes afiliadas do grupo. Todos os
modelos são parecidos e se encaixam no RSTV, que por sua vez torna-se
semelhante por reproduzir o conteúdo.
O futebol é uma paixão nacional, a respeito disso Souza (2004) lembra no
capítulo quatro desta pesquisa que as emissoras produzem seus programas
esportivos por meio de uma paixão brasileira. Isso demonstra pouca diferença no
processo de produção, por consequência, tenha uma certa semelhança entre os
programas deste segmento. Geralmente a única diferença entre um programa e
outro é o tempo que ele tem de exibição.
Segundo o apresentador, o tempo do programa não foi adaptado pela
necessidade de espaço e, sim, por determinação do canal. Por muitas vezes o
debate fica longo e as conversas entre os participantes monótonas. Rizek comenta
que a decisão de ampliar o programa para duas horas partiu da produção do canal
para preencher a grade.
O segundo programa observado mostrou os melhores momentos do jogo
entre Brasil e Estados Unidos, que tinha sido transmitido na noite anterior pelo canal
Sportv. Os participantes debateram sobre a partida com a ilustração do jogo exibido
pela produção. As reportagens da partida eram de autoria do Sportv. Não foram
produzidas matérias exclusivas para o programa. O problema inicial foi percebido
por André Rizek, quando perguntou ao convidado Chico Maia sobre a partida da
Seleção Brasileira e o convidado respondeu que não tinha assistido ao jogo.
Prontamente o apresentador passou a palavra para Sergio Xavier que tinha
acompanhado a disputa e iniciou o comentário. Com gráficos, comentários e
reportagens somente reproduzidas, o assunto permaneceu por cerca 35 minutos de
exibição.
André Rizek explica que a escolha dos convidados é feito em conjunto, com a
equipe do RSTV, mas a palavra final é do apresentador. A discussão sobre a
escolha dos convidados é diária. O programa tem uma lista de convidados que
geralmente participam do programa. O critério de escolha, segundo Rizek, é por um
participante que sempre está presente, e uma personalidade diferente, geralmente
93
relacionada à mídia em geral. O âncora explica que existem dificuldades para trazer
personalidades não tradicionais no programa.
O que demonstra que a escolha dos convidados é por afinidade não pela
qualidade de conteúdo que o convidado terá. Não somente pela informação, até
para o próprio debate, que na ocasião o convidado não sabia da principal pauta do
programa. Talvez se soubesse no dia anterior, teria assistido a partida para
enriquecer o debate, ou até mesmo buscado informações com outros jornalistas
para divulgar para o público.
Curado (2002) explica, no quarto capítulo deste trabalho, que a notícia é a
informação que tem relevância para o público. O fato da semana, do dia, da hora ou
do momento é avaliado pelo jornalista que julga se é notícia e se deve ser divulgado.
Em alguns departamentos de jornalismo, segundo a autora, além do jornalista,
outras pessoas também se encarregam da responsabilidade de avaliar a importância
e a vinculação da notícia, nesses casos a avaliação final passa pelo editor chefe, ou
o chefe da redação e até mesmo por diferentes opiniões. Para o produtor Eduardo
Nunes, existem assuntos que são os principais do dia, eles que vão conduzir o
programa. Estes assuntos são escolhidos pelo apresentador André Rizek.
No capítulo quatro desta monografia os autores Barbeiro e Lima (2002),
afirmam que é responsabilidade do produtor avaliar a importância de o fato ser
aprofundado novamente. Os autores apontam que a produção deve prevenir-se para
falta de notícias. O apoio informativo é essencial, resumos de notícias de outros
podem elucidar a construção da matéria.
Em uma produção de jornalismo, se todos os produtores tiverem a
mentalidade de apenas reproduzir matérias e não produzir, o material vai ser
limitado e quem perde com isso é o público. Principalmente em um canal de
assinaturas que as pessoas compram pelo conteúdo, talvez nem todas tenham um
senso crítico para saber o que é produção própria ou reprodução. Mas o certo é que
esse público paga para ter qualidade no serviço adquirido.
6.4 ÂNCORAGEM
A autora Olga Curado (2002) explica, no capítulo quatro desta pesquisa, que
o âncora é o profissional responsável pela locução dos textos diante das câmeras.
Ele reconhece as notícias, dá a elas o ritmo e a entonação de leitura conforme o
94
tema da reportagem. O âncora do RSTV, André Rizek, encarrega-se de fazer as
apresentações do programa, convidados, matérias, atrações e passar informações.
Por diversas vezes é um dos debatedores, em alguns momentos não fica claro para
o público identificar quando é opinião e quando é informação. Mas Coelho (2003)
afirma, no capítulo dois desta pesquisa, que além de captar a informação é preciso
transmitir ao receptor a informação com qualidade. A conversa entre a produção e o
âncora do programa é permanente, “vejam só, coloca de novo ali, por favor a tela, só
tira essa manchete para eu explicar quem é a Carolina Marin”, foram algumas frases
que Rizek dirigiu à produção nos três programas observados. Barbeiro e Lima
(2002), no quarto capítulo desta pesquisa, apontam que a produção é quem dita o
ritmo do programa, “nada acontece num estúdio de gravação a não ser que um
produtor providencie para que aconteça” (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 91).
Erros e dúvidas que acontecem no programa são questionados pelo âncora
com a produção, ao vivo. Horas antes do programa entrar ao ar, nos momentos que
estive presente, percebi pouca conversa entre os colegas de trabalho. Durante o
intervalo do programa, o apresentador questionou se os gráficos da ilustração do
grupo da Eurocopa estavam prontos. Barbeiro e Rangel (2006) afirmam que antes
de uma notícia ser divulgada é preciso ver e rever as informações citadas. Segundo
eles, erros irritam o público e desqualificam a reportagem.
Na pesquisa participante, foi possível notar uma preocupação em alguns
momentos que o apresentador solicitava o material e a produção não tinha naquele
exato momento. Os problemas eram solucionados durante a exibição do RSTV. A
conversa entre o apresentador e a equipe, que não presenciei nos momentos que
acompanhei a produção, era feita durante o programa.
Para o ex-âncora do Redação Sportv, Marcelo Barreto, a função do
apresentador é primeiro tentar manter o espelho de alguma maneira. Segundo ele,
por muitas vezes os comentaristas se entusiasmam por determinados assuntos e
não se entusiasmam por outro. Barreto entende as principais funções do âncora no
RSTV é tentar manter o debate vivo, manter o interesse do público pelo assunto,
zelar pela variedade de assuntos, mas sem que cada assunto vá esfriando,
perdendo interesse da própria mesa e, por consequência, do telespectador. No
quarto capítulo, Barbeiro e Lima (2002) compreendem que no Jornalismo, na maioria
das vezes, o âncora não emite opinião e nem comentário sobre o temas expostos.
Segundo os autores, o apresentador não é um artista, ele é apenas mais uma parte
95
de um processo que apresenta a informação. Nos primeiros dez minutos do primeiro
programa observado, Rizek deu uma opinião sobre o Joinville: “E o Joinville é um
time que meio que saiu ali com o nariz pra fora d’água e deu uma esperada.” E logo
em seguida anunciou uma notícia: “o Atlético Mineiro anunciou ontem que entraria
com uma representação na CBF”. Neste sentido, no capítulo quatro, Barbeiro e
Rangel (2006) identificam que o ancora deve deixar claro quando seu texto é
informativo, opinativo ou interpretativo. O apresentador esclarece que como foi
primeiro comentarista antes de ser apresentador, sua tentativa, além de conduzir o
programa, é ser um debatedor a mais na bancada.
O que é algo contraditório, pois o Rizek entende que o RSTV não é um
programa de debates, mas afirma que é um debatedor. E realmente, em alguns
momentos fica confuso saber se é informação ou opinião, pelo motivo do
apresentador tomar o papel de debatedor e comentarista.
No segundo programa observado, Rizek solicita a sua equipe de produção
para exibir uma reportagem que não estava prevista naquele momento, “deixa eu
até conversar com minha equipe aqui no ar. A gente tinha preparado para o próximo
bloco um clipe de manchetes da imprensa mineira que abraçaram a briga do Galo
contra a arbitragem, se a gente tiver pronto para esse bloco ainda”. Segundo
Barbeiro e Rangel (2006), no capítulo quatro desta pesquisa, um programa de
televisão é como contar uma história, para isso é necessário uma sequência lógica
dos fatos. Em nenhuma outra área do jornalismo a informação e o entretenimento
estão tão próximos.
A conversa do apresentador com a produção cria uma sensação de falta de
organização. Não é possível imaginar um grande jornal de notícias de apresentação
nacional, onde o âncora está apresentando uma informação e decide trocar por
outra do último bloco. Isso criaria um transtorno para a equipe toda e para o público
de casa. Isso aconteceu em alguns momentos do RSTV nos programas observados.
Em todos os programas observados o apresentador relata as notícias, todas
em formato do rádio. Por exemplo, os textos dos jornais são lidos pelo âncora,
mesmo expostos no vídeo, os gráficos são lidos. A locução RSTV é muito parecida
com a do rádio, em muitos momentos o telespectador não precisa de imagens para
acompanhar e entender a proposta do programa. O texto jornalístico, para Barbeiro
e Lima (2002) ,no segundo capítulo desta monografia, deve ser objetivo e claro. As
modificações em cada veículo como rádio, televisão, jornal e internet, devem
96
obedecer cada particularidade. A intenção é sempre prender o telespectador no
programa e fazer a notícia ser entendida pelo receptor. Para o produtor Eduardo
Nunes, André Rizek é o principal responsável pelo programa, o âncora orienta de
que maneira vai ser tratado cada assunto ou em qual formato será abordado.
Segundo o produtor, em um debate cada participante tem a sua opinião, mas o
centralizador é sempre o apresentador, e assim evita o ruído na transmissão do
debate.
No segundo programa apresentado, o âncora fez as leituras dos gráficos,
mediou e participou do debate que durou quase todo o programa de duas horas. As
informações que eram expostas por Rizek tinham tom de debate. Entre os termos
mais comuns usados pelo apresentador para referir-se aos diálogos estavam:
“venha debater conosco, entre nessa discussão, falaremos sobre o assunto, na sua
opinião, na minha opinião, eu não concordo, concorda, eu acho”.
André Rizek, no primeiro bloco do terceiro programa observado, é mediador e
participante de um debate que durou cerca de uma hora. Seu embasamento e
conteúdo do debate exposto eram por meio dos jornais que ele apresentava. Na
outra metade, além de conduzir as matérias, o âncora ficou responsável pela leitura
de gráficos e mediar uma entrevista com o técnico do Sampaio Correia, Léo Condé,
que durou 12 minutos. Entende Barbeiro e Rangel (2006), no quarto capítulo desta
pesquisa, que as transmissões baseadas somente no improviso, não são capazes
de transmitir notícias mais importantes. Faltam reportagens especiais, os repórteres
pegam carona em entrevistas coletivas, jornadas esportivas intermináveis e
telespectadores não conseguem entender o assunto. Para os autores os
comentários são monótonos e as entrevistas são entediantes. Mesmo com a falta de
conteúdo próprio, no quesito tempo, o apresentador entende que é possível o
programa ser feito em duas horas e meia, uma hora e meia, duas horas. Para o
apresentador não existe problema na adaptação do tempo disponível, sente-se
confortável com as duas horas que o programa tem de duração, acredita que este
tempo seja ideal para o conteúdo do RSTV.
Quantidade não define qualidade, um programa jornalístico de duas horas de
duração, precisaria de uma grande equipe para manter um conteúdo de qualidade
neste tempo disponível. O âncora tem o papel fundamental em manter a dinâmica
do programa, por isso Rizek tem a obrigação de desempenhar diversas funções no
97
decorrer da apresentação do RSTV. Isso ajuda no quesito entretenimento, mas
atrapalha na transmissão das informações.
A partir da análise de conteúdo do programa Redação Sportv, será possível,
no próximo capítulo, responder a questão norteadora e confirmar ou não as
hipóteses desta pesquisa.
98
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O principal questionamento desta pesquisa era saber se o Redação Sportv é
observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para
produzir seu programa.
Nos aspecto pauta, a primeira hipótese levantada era: o Redação Sportv é
pautado por outras mídias e não produz conteúdo próprio. A observação e as
entrevistas deixam claro que a intenção do programa é ser pautado pela mídia em
geral. Todos os assuntos que surgiram nos programas observados vieram por meio
da mídia. O problema maior na definição das pautas é o tempo que o assunto
permanece em evidência. O assunto arbitragem persistiu por 50 minutos no primeiro
programa observado.
E quando convidados de outras cidades do Brasil participam do programa,
suas falas também são pautadas pelos jornais locais. O fato preocupante é que o
apresentador acredita que esta é a melhor fonte de notícias para dar credibilidade às
discussões do programa. Os assuntos internacionais são reproduzidos pelo
programa, caso estejam em pauta nos noticiários. Rizek confirma que gostaria de ter
mais informações sobre notícias de outros países, mas isso só é possível se tiver
algum assunto relevante na mídia de outros países.
Isto esclarece que o programa é pautado não somente pela mídia nacional,
mas também pela mídia internacional.
A apresentação inicial do programa é um apanhado de notícias de jornais de
circulação do dia. Não existe uma preocupação com novas visões e novas fontes
para as matérias. O que é produzido por outras mídias é tomado como verdade no
RSTV. Não há profundidade na divulgação da matéria, o programa não observa o
conteúdo, o RSTV toma posse do conteúdo pautado por outras mídias e monta seu
espelho. O próprio apresentador confessa, em entrevista, que dessa forma o
programa é pautado toda manhã.
A produção do programa e a observação evidenciaram que o programa busca
um assunto principal para o seu desenvolvimento. Este assunto é tratado
exaustivamente, e todo seu conteúdo é sustentado e inserido por manchetes de
outras mídias, principalmente jornais.
Os participantes que entram no decorrer do programa interagem com o tema
exposto pelo apresentador. Estes participantes não necessitam ter conhecimento ou
99
ligação com a notícia para pontuar suas observações, apenas a tradicional
participação justifica as presenças.
A segunda hipótese levantada, O Redação Sportv, por fazer parte dos canais
por assinatura Globosat, tem acesso aos conteúdos produzidos pela rede, pode ser
confirmada. Na pesquisa, foi possível observar que a produção do RSTV pode
escolher todo o conteúdo da Rede Globo e Globosat, e ainda pode editar da maneira
que se adapte ao programa. As entradas ao vivo de participantes de todas as partes
do Brasil no RSTV, são feitas com os recursos das TVs afiliadas à Rede Globo. A
produção só tem o trabalho de entrar em contato com as praças e solicitar o link.
Todo suporte técnico é feito pela emissora local, além do repórter que participa do
RSTV. O que gera uma acomodação por parte da produção de conteúdo
A terceira hipótese levantada afirmava que o programa não tem uma equipe
suficiente para cobrir todas as notícias do jornalismo esportivo; a hipótese foi
confirmada. Não existe produção exclusiva para o RSTV, todas as reportagens
exibidas nos programas observados tinham sido utilizadas em outros veículos de
comunicação. O próprio produtor declara, na entrevista, que a maioria dos recursos
de outras cidades, precisa ser negociada com as emissoras locais. No RSTV
existem quadros, como o Redação AM, que é a reprodução de um áudio de uma
locução de rádio dentro do programa; o quadro Abre Aspas, que mostra entrevistas
gravadas e reproduzidas.
Nos três dias de exibição observados, não considerando os gráficos, o quadro
Redação AM e as pautas dos jornais, o restante do conteúdo somou 35 minutos de
produção. Destes 35 minutos, 20 minutos ficaram por conta de duas entrevistas
coletivas, e cinco minutos de uma entrevista por telefone, e dois minutos de uma
reportagem da EPTV de Campinas. Os oito minutos que sobraram, uma boa parte
dividiu-se para o quadro Abre Aspas, e para duas reportagens do canal Sportv. É
preocupante um conteúdo de 6 horas observado sem nenhuma produção de
conteúdo, apenas reproduzindo trabalhos de outras equipes.
André Rizek é o editor chefe do RSTV, apresentador e, principalmente, um
debatedor. Por todas essas funções exercidas, não fica claro para o público qual a
principal finalidade de sua presença. O âncora é o responsável por interligar os
telespectadores que participam pela internet com o programa. Algumas mensagens
são lidas ao vivo, mas a participação do público fica limitada a um único canal de
100
mídia on line, o Twitter. O próprio apresentador reconhece que esta interação
precisa melhorar.
O programa Redação Sportv é um programa de debates com entretenimento
e informação. Seu formato é muito semelhante às mesas redondas do rádio. A
opinião e a conversa são o ponto forte do programa, as matérias que são expostas
têm a função de instigar o debate, ser o ponto de partida para iniciar o assunto. Fato
que confirma a quarta hipótese levantada, de que o programa adota o modelo de
debate esportivo do rádio, mas com imagem.
Uma das principais dificuldades enfrentadas por jornalistas é a falta de
espaço e oportunidades para estes profissionais nos veículos de comunicação.
Mesmo assim, e com todos os recursos que o RSTV tem, os produtores a o
apresentador estão contentes em fazer um programa de debate esportivo idêntico
ao do rádio apenas com a imagem e reprodução de conteúdo.
Por fim, esta pesquisa chega a conclusão de que o Redação Sportv é um
programa de debates pautado pela mídia. O modelo não tem por característica ser
um observatório da imprensa esportiva, pois não aprofunda a análise no conteúdo
das reportagens, apenas toma as manchetes como ponto inicial dos assuntos e as
coloca em evidência.
Esta pesquisa foi de extrema importância, não somente pelo o conhecimento
adquirido com tema pesquisa, mas na compreensão do Jornalismo e principalmente
do Jornalismo Esportivo. Este trabalho serviu para enriquecer ainda mais a minha
formação acadêmica e a preparação para o mercado de trabalho.
Esta pesquisa teve o foco na produção de conteúdo do Redação Sportv, mas
pode ser ampliada, para investigar de que maneira a participação dos
telespectadores consegue ser melhor aproveitada. Uma vez que este problema foi
evidenciado na pesquisa e o apresentador também entende que isto precisa ser
aperfeiçoado.
101
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106
ANEXOS
ANEXO A – DECUPAGEM DOS PROGRAMAS
a) Redação Sportv. Primeiro programa observado - 17 de agosto de 2015,
segunda-feira.
Primeiro bloco:
Roda vinheta e trilha sonora do programa.
Plano geral da bancada que fica na frente da redação do canal SporTV. Nela está o
apresentador André Rizek e os convidados Carlos Eduardo Mansur e Carlos
Eduardo Eboli. O programa altera os planos de imagens em plano aberto, fechado e
médio, que serão expostos no corpus da decupagem conforme sua relevância.
André Rizek : olá, bom dia, está no ar o Redação Sportv, hoje com Carlos Eduardo
Mansur e Carlos Eduardo EboIi. Bom dia, bem vindos ao Redação, tudo bem?
Carlos Eduardo Mansur: bom dia! Como sempre final de brasileirão tOdo mundo
faz balanço, né? Do que foi o campeonato, né? Eu tive que fazer um também para o
Jornal O Globo, chamei esse campeonato também de sobrevivente. Porque muita
coisa joga contra o campeonato, né? Você tem o problema do calendário que não
para quando a Seleção se reune, você tem nosso desenfreado comércio quem tira,
nossos jogadores que muda nosso elencos ao longo do ano, você tem uma série de
problemas que joga contra o campeonato, mas ao mesmo tempo.
Imagem coberta com o Jornal o Globo, na reportagem do Carlos Eduardo
Mansur.
É um campeonato muito bom, talvez um dos melhores dos últimos anos e um dos
melhores campeonatos da era dos pontos corridos tem bons times têm grandes
jogos, tem uma média de público boa nos estádios. Tem outro sintoma que eu acho
importantíssimo, que é o surgimento de muitos jogadores jovens com papel
importante nos times, no momento que a gente busca mais opções no futebol
brasileiro, pensando em seleção. Você tem a tendência dos melhores times do
107
campeonato em jogar um futebol ofensivo, propondo o jogo. O que inclusive é um
paradoxo na liderança do campeonato. O Corinthians que termina como líder o
primeiro turno com uma certa folga, é um time que é protagonista dos seus jogos
quando joga em casa mas as vezes é muito conservador quando joga fora com um
perfeito num perfil um pouco diferente dos que ocupam as primeiras posições. Mas
ele tem uma outra diferença em relação aos demais. Talvez seja um dos poucos
times do campeonato que a oscilação foi muito pequena. A diferença é que o melhor
Corinthians do campeonato e o pior Corinthians ela é muito pequena. Enquanto
outros times tiveram variações muito maiores talvez isso explique os quatro pontos
de vantagem na frente.
Câmera a bancada em André Rizek.
Rizek: Queremos anunciar que tivemos um recorde, nesta segunda-feira, dezessete
de agosto, batemos um recorde. Estamos no ar há dois minutos e não falamos de
arbitragem.
Mansur: mais vai falar.
Risos
Rizek: Carlos Eduardo Eboli: bom dia, bem vindo ao Redação! Tudo bem?
Eboli: tudo bem André, bom dia, bom dia! Falaremos, falaremos... À arbitragem
também é um capítulo né? O capítulo nesse primeiro turno com muitas polêmicas,
com orientações novas que causaram muitas confusões em campo. Mas eu acho
que o balanço é positivo no aspecto técnico. Eu fiz muitas críticas ao campeonato,
no início em que tinha times ainda estavam se acertando os jogos não estavam me
agradando. Mas a partir de um determinado momento, com as equipes mais
arrumadas. Com alguns trabalhos mais consolidados, como por exemplo, o que está
fazendo o Milton Mendes no atlético paranaense, o Adilson Batista no Sport, a
chegada do Roger no grêmio. O Levir Cupi, já com um trabalho mais sólido no
Atlético Mineiro. O Tite nesse processo de reconstrução, e agente falava aqui:
- Olha o Corinthians se não arrumar o ataque dificilmente vai alcançar o título. Vai
chegar à parte alta, mas não vai dar o pulo do gato pra conquistar o título. E o Titi
conseguiu esse ataque. É inclusive uma solução caseira né. Encontrou no Luciano
essa opção do cara que empurra a bola pra dentro. E aí vêm os outros fatores que
108
podem influenciar nesse segundo turno, como também citou o Mansur, como por
exemplo, a seleção olímpica que vai desfalcar o Corinthians com o Luciano.
Rizek: Flamengo com o Jorge.
Enboli: Flamengo o Jorge. O Luan sai do Grêmio.
Rizek: O Luan, talvez seja se não o melhor, mas entre os cinco melhores do
primeiro turno, jogador do qual o Grêmio depende muito, Luciano o Corinthians
também depende muito dele. O Jorge é um fundamental, talvez o melhor da defesa
do flamengo.
Mansur: sai 16 jogadores da Série A, nas duas seleções durante suas datas FIFA.
Pega duas rodadas da seleção olímpica, três da principal.
Rizek: isso ai não da né.
Eboli: isso não existe, isso não existe, André! Até quando a CBF vai continuar
estagnado o campeonato? Até quando os clubes vão permitir que isso aconteça?
Porque no momento que o campeonato está engrenado com bons jogos, quando
está todo mundo contente com a qualidade dos jogos. É lógico que sempre tem
algum jogo ou outro em que a qualidade não vai ser boa, até pela diferença das
equipes. Mas de um modo geral hoje, nós temos jogos com intensidade, times bem
arrumados no qual você consegue fazer uma leitura tática. Flamengo e Palmeiras
ontem fizeram um jogo interessantíssimo, seis gols, o público voltando, a descoberta
desse novo horário às 11 horas da manhã, que foi um sucesso mais tem prazo de
validade curto. Porque com a mudança de temperatura, mudança de clima, vai ser
muito difícil jogar às 11 horas da manhã. Tem uma série de acertos, que ao meu
entender, fazem esse campeonato ainda mais emocionante dos últimos anos, talvez
o mais emocionante da era dos pontos corridos. Você não tem aquilo, do time que
arrancou pronto! Tá aqui o título. Não, é difícil. Mesmo agora o Corinthians tenha
aberto quatro pontos, é difícil você agora cravar, o Corinthians vai ser campeão
brasileiro!
Você tem outras equipes que mostram um bom futebol. O próprio Flamengo, se
conseguisse acertar, não estou falando de título pelo amor de Deus, ainda não estou
ficando maluco. Mas o próprio Flamengo se conseguir acertar o sistema defensivo,
hoje do meio pra frente mostra um futebol muito melhor do que ele apresentou no
inicio do campeonato. O São Paulo também, se conseguir conciliar bom futebol com
resultado, pode voltar a figurar no pelotão da frente. Então é um campeonato com
109
muitas alternativas. Muito interessante, agora a CBF, tem que deixar o campeonato
correr naturalmente e não atrapalhar.
Rizek: falaremos muito do campeonato mudança do primeiro turno, a gente vai
mostrar inclusive, quem foram os melhores líderes do campeonato do primeiro turno,
desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, com 20
equipes e também os piores lanternas. Será que o Vasco é o pior lanterna? Vasco
que está na zona do rebaixamento a 14 rodadas. Será que o Vasco é o pior
lanterna na era dos pontos corridos com 20 clubes? Falaremos também dos eventos
testes que aconteceram nesse final de semana no Rio de Janeiro. Falaremos
também de uma gafe que aconteceu no campeonato mundial de badminton e que
agora um pouco o esporte espanhol. E também com a sua participação pela internet,
o nosso site é o sportv.com/redação. Lá você manda foto, vídeo. Você que está
bravo com a arbitragem cuidado com o linguajar, pois só o que é publicável vai para
o ar. E hoje via Twitter no @redacao_sportv você é convidado, venha fazer o
programa comigo com o Carlos Eduardo Mansur e o Carlos Eduardo EboIi. Interaja
pelo Twitter, e a gente chama agora... O Carlos Eduardo Mansur falou do balanço
que ele publicou no Globo, e a gente chama agora o nosso balanço. Como a equipe
do Redação resume o primeiro turno que acabou ontem do campeonato brasileiro da
série A.
Na tela imagens e GC ilustram a nota.
Rizek: a média do Campeonato Brasileiro é boa pros nossos pagantes até aqui. É
de 17.237 pagantes por jogo. Para nossa média é uma boa média nesse primeiro
turno. Média de gols por jogo 2,22 por jogo. Da pra aumentar Não é espetacular,
Mas também não é ruim.
Mansur: Menor que a do ano passado.
Eboli: menor que a do ano passado.
Rizek : Melhor ataque do Atlético Mineiro 33 gols marcados. Ilustra Atlético. A
melhor defesa, Corinthians 14 gols sofridos. Artilheiro é o Ricardo Oliveira, 10 gols.
Ricardo Oliveira. Maior média de público, São Paulo 3Coritiba 1. 59.482 pagantes.
Mansur: Jogo de 11 da manhã.
Flamengo e Santos tiveram o maior público presente. Porque muitas gratuidades
aconteceram e acontecem no Rio de Janeiro. Mais se 60 mil. Flamengo e Santos.
110
Flamengo 2,Santos 2 ,maior público presente 61.421. O time com melhor público
como mandante é o Palmeiras. Mais de 34 mil pagantes por jogo.
Foram 17 trocas de técnicos, meus amigos, não incluindo aí o Nilton Cruz que era
interino no São Paulo, já entrou sabendo que seja trocado.
Quem mais liderou? O Atlético Mineiro liderou por sete rodadas, Sport cinco, Atlético
Paranaense três, Corinthians três e São Paulo uma vez. Isso não quer dizer nada,
porque se o time liderar por uma vez e se ela for à última vai bastar.
Risos...
Mas prova que estes foram os times consistentes e o São Paulo talvez fosse a
grande incógnita quando você acha que ele vai engrenar tem um jogo em casa
contra o Goiás, supostamente tranquilo o São Paulo vinha numa boa sequência.
Agora vai, e aí o São Paulo vai lá e é goleado pelo Goiás em casa, com direito ainda
a erros de arbitragem contra o Goiás.
Eboli: houve um pênalti né? Poderia ser maior o estrago. E aí vem uma outra
característica do campeonato, que a gente provavelmente vai ver também nessa
edição. O segundo turno a partir do momento que os times já têm um objetivo
traçado, é mais difícil é mais equilibrado e mais sujeito a surpresas, como por
exemplo, essa vitória do Goiás em cima do São Paulo. Porque muitas vezes o
desespero de quem tá lá em baixo acaba movendo montanhas. E protagonizando
grandes zebras no campeonato. Então agora os times com o objetivo mais bem
traçado. Eles vão encontrar obstáculos mais complicados para atingir essa meta.
Rizek: E o Joinville é um time meio que saiu ali com o nariz pra fora d'agua e deu
uma esperada.
Eboli: o Joinville mostrou uma reação...
Interrompe Rizek: Continua, empatou com o Vasco fora de casa ganhou do
Cruzeiro muito bem em casa e ontem quando complicou a vida do Grêmio em Porto
Alegre.
Mansur: dos times de baixo é o que está jogando melhor.
Eboli: o Coritiba também.
Rizek: Concordo. Bem lembrado, o Coritiba que venceu o Palmeiras e venceu
numa tacada só. O Palmeiras em casa e o Vasco fora.
Os resultados das rodadas, às declarações, as manchetes, as imagens você confere
agora no nosso clipe com as melhores imagens frases, manchetes da rodada.
111
Rodou clipe de 3 minutos com os destaques da rodada.
Rizek: Tudo isso será esmiuçado daqui a pouquinho. E quero dar uma informação
que acaba de chegar até aqui a nossa produção, o Atlético Mineiro anunciou ontem
que entraria com uma representação na CBF por causa dos erros de arbitragem
conta o clube recentemente. Especialmente essa semana. E o Flamengo acaba de
tomar uma decisão também, da qual ficamos sabendo agora, o Flamengo também
vai entrar com uma representação na CBF por causa deveria de arbitragem
cometida ontem em São Paulo na derrota para o Palmeiras. Verdade que o
Flamengo levou quatro gols, mas a arbitragem, ontem foi mais uma arbitragem muito
ruim do nosso campeonato brasileiro. E o Flamengo acabou pagando o pato disso.
É o que falou o Enderson Moreira, de que o Marlon não deveria ter admitido que foi
pênalti. Poxa Enderson como não? Primeiro o que você falou da intenção, a
intenção não é mais hoje em dia característica de pênalti. Hoje em dia é uma
recomendação da Internacional Burch, é uma recomendação internacional e pelo
que eu tenho visto ela só tem sido adotada de forma radical no Brasil. Agora é
pênalti, esqueçam a intenção, se ele teve ou não de botar a mão na bola. Isso não
determina mais pênalti. Agora cabe ao árbitro muito mais complexo, na minha
opinião. Cabe ao árbitro avaliar se o atleta aumentou o corpo dele, com um
movimento. Ai natural, não sei se naquele carrinho, da pra dar o carrinho se por a
mão pra traz.
Eboli: Pra mim impossível.
Rizek: Mas a arbitragem deu pênalti, mas o Gaciba comentarista de arbitragem da
Globo entende que aquilo infelizmente, pela nova determinação é pênalti, ele
aumenta o espaço. Você pode até achar absurdo, você pode até achar absurdo a
nova determinação, mas segundo os árbitros e comentaristas de arbitragem aquilo é
pênalti, o juiz acatou.
Eboli: É, aí vai a discussão vai entornar do que é ou não é movimento natural.
essa é a questão.
Falam juntos: (Eboli: Pra mim a ali o jogador do Atlético Paranaense. Rizek,
perfeito por isso que fica muito mais amplo).
Eboli: Onde ele colocaria o braço, me da o lugar que ele colocaria o braço?
(Gesticula olhando para câmera em plano fechado).
112
Rizek: e o Apodi no lance que determinou a vitória da Chapecoense? Ali a intenção
que determina o movimento não natural?
Mansur: O lance do Apodi é um lance tão claro que ela foge dessa determinação
nova. Esse é um lance clássico da condição de bola com a mão. A grande questão é
que agente com todos os árbitros aprendam de maneira uniforme a lidar com essa
nova determinação, pra muitos ainda está um desafio de interpretação, que no Brasil
especialmente está essa discussão.
Interrompe Eboli: Está confuso!
Mansur: Está mais confuso aqui no Brasil do que no resto do mundo, embora a
determinação seja a mesma. O que mais me preocupa é a maneira, é a maneira
com que a gente lida com a questão da arbitragem. Porque no momento... A
entrevista do Henderson ela é reveladora pra mim! Mais preocupado com o critério
que o árbitro tem de conduzir a partida, todo mundo tem preocupação em se
manifestar sobre a arbitragem, provocando um climão para que no próximo jogo ele
seja beneficiado. Por isso a uma reprovação dele com o rapaz em admitir que é
pênalti. Porque todo mundo agora assumiu um papel de coitadinho e colocar
pressão para que na próxima rodada seja eu o beneficiado. A vontade de mudar
tudo que os dirigentes têm com a arbitragem, ela dá e passa. Ela passa assim que
sei time é beneficiado. A atitude como a do Tite, na outra rodada de admitir que ouve
um erro favorável a ele. Você conta nos dedos de uma mão. Ninguém vai à CBF
numa situação de estabilidade de calmaria no seu clube pedir reforma de nada. É o
árbitro continua sendo o único, entre aspas, não profissional da história, menos
preparado. Ninguém sabe o clube que manda seus jogadores a campo com
investimentos milionários, não sabe a preparação do árbitro, qual o nível de
preparação, como ele é formado, qual a qualidade do curso, mas todo mundo se
preocupa quando seu time é beneficiado, digo prejudicado. Nem seria ruim se essa
preocupação fosse constante, continua, mas ela desaparece, mas ela desaparece o
quando você tem uma...
Interrompe Rizek: Torcedores do Cruzeiro por exemplo. Essa coisa do futebol os
torcedores viram militantes nas redes sociais. Torcedores do Cruzeiro, eles estão
lembrado que o Atlético Mineiro foi campeão estadual, pró Galo, com um erro de
arbitragem contra a Caldense. Mas eu me coloco na pele de um dirigente do Atlético
nessa segunda-feira. Sei como jornalista eu vi todos os debates da casa ontem à
noite de outras emissoras, no rádio nos portais, sei que como jornalista... Sei como
113
jornalista o nosso papel em tese manda falar. Olha falar de esquema agora é
leviano. Dirigente tem que ter um pouco de calma nessa hora em vez de atacar a
credibilidade do campeonato brasileiro. Esse em tese é o nosso papel. Mas aí eu
também me coloco na pele do dirigente do Atlético Mineiro, que essa semana viu
seu time perder a liderança sob circunstâncias muito ruim porque na minha opinião o
Galo foi prejudicado, contra a Chapecoense ontem e contra o Grêmio em casa. E ai,
como não protestar? Como não ficar quieto? Como o Flamengo vai ver os erros de
ontem e não vai falar nada? Então ao longo do programa teremos muita lenha para
queimar.
E o Carlos Cereto que está em São Paulo, já me cantaram aqui que ele está louco
para entrar na conversa.
Tela dividia com os dois apresentadores, lado esquerdo Cereto direito Rizek.
Rizek. Bom dia Carlos Cereto, bom dia ao amigo!
Cereto: Bom dia André Rizek. Bom dia Carlos Eduardos.
Tela mostra os convidados sem o Rizek em plano aberto dividida com Cereto.
Lino e Eboni. Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo Eboni, e o Lino que deve
certamente nos assistindo.
Parabéns a Fernanda Kalache e o Marcelo Ferreira pela edição do clipe.
Agora é o seguinte, como não protestar respondendo a essa pergunta André.
Sai à tela dividida e fica somente a tela em Cereto, o cenário é a redação do
SporTV em São Paulo.
É partindo do princípio que todo mundo é honesto até que provem o contrário. Você
participou, alias brilhantemente, há dez anos da reportagem da revista Veja, sobre
máfia do apito. Denunciando o Juiz Edilson Pereira de Carvalho. Juiz ladrão,
confessadamente ladrão. Ele confessou ser juiz ladrão e pagou por isso. Então ouve
na história do futebol juiz ladrão. Até que prove o contrato todo mundo é inocente.
Você tem partir do princípio que todo mudo é inocente. Porque a gente erra, os
114
árbitros erram. Como eu erro entrando aqui ao vivo, falo um monte de bobagens.
Você erra!
Rizek: eu não.
Divide entre Rizek e Cereto. Rizek faz sinal que não rindo ironicamente.
Em tela dividida Cereto continua a fala.
Cereto: Ninguém, ninguém no futebol contribui.
Volta à tela somente no Cereto.
Cereto: Contribui no futebol para que o árbitro tenha tranquilidade. Parte da
imprensa faz pressão, os diretores fazem pressão, eu acho que chega sim os
diretores do Atlético serem irresponsáveis falar o que falaram ontem. Na minha
opinião, foi uma irresponsabilidade do diretor colocando em cheque toda a
arbitragem do futebol brasileiro, colocando todo mundo no mesmo saco,
generalizando a questão, jogadores que simulam pra mim o Guerreiro simulou, o
Guerreiro preferiu cavar o pênalti do que fazer o gol. No jogo do Palmeiras com o
Flamengo. Quer dizer... Os técnicos que ficam o tempo todo gritando pressionando a
arbitragem, os torcedores. Todo campeonato, esse.
Campeonato é um dos melhores campeonatos dos últimos anos.
O público está voltando aos estádios, os jogos do primeiro turno, pelo menos 10
bons jogos. Pelo menos que eu tenha assistido. O futebol está se, menos faltas, o
jogo está mais corrido e a gente só fala em arbitragem. Toda rodada a rodada a
gente só fala em arbitragem.
Nós também da imprensa também contribuirmos para que o árbitro não tenha
tranquilidade. O árbitro não tem tranquilidade, se coloca no lugar do árbitro? Não
tem jeito de entrar e apitar só pensando no jogo. É muita pressão a semana inteira
só no disse me disse. E só pra citar, Rizek, essa nova orientação: bola na mão, mão
na bola, não adianta questionar. É que nem a nova orientação aqui em São Paulo
pra você passar 50 por hora na Margina. Eu não gosto, eu discuto. Só que é o
seguinte, se eu passar de 50 por hora eu vou ser multado. Então não adianta
questionar, tem que obedecer.
115
Tela divide com Rizek novamente.
Rizek: no caso do Edilson Pereira de Carvalho em 2005, ele apitou onze jogos,
naquele campeonato brasileiro.
Tela somente em Rizek, plano fechado.
Só um daqueles onze jogos, foi realmente um escândalo um roubo descarado, que
foi o Vasco contra o Figueirense em São Januário. Naquele jogo até as escutas
telefônicas que estavam sendo monitoradas pelo Ministério Público e pela polícia
Federal de São Paulo. Ele vai para o intervalo e telefone, e liga para os apostadores
e fala: podem apostar o que vocês quiserem, podem vender carro vendem casa que
eu garanto. É aquele jogo foi de fato um escândalo. Na época eu monitorava a
imprensa e os dirigentes, e o Milton Neves na época na rádio Bandeirantes chegou
até a brincar: tem que anular esse jogo é uma vergonha.
Os outros entraram na conta de erros banais, quando o árbitro queria roubar no caso
do Edilson, a tática dele era não chamar a atenção. Era dar amarelo pros "becks"
que ele queria prejudicar pros volantes. Não era o roubo aquele que chama atenção,
e geralmente no mundo é assim o árbitro que quer fazer o resultado ele tenta ser
discreto.
Eboli: Até pra ir minando a parte psicologia do time que ele quer prejudicar.
Rizek: eu venho falando até aqui, portanto, como eu não tenho prova nenhuma de
esquema de arbitragem, eu venho falando aqui de má arbitragem eu acho que os
nossos árbitros, além de ter uma histeria natural com nossos árbitros, os nossos
árbitros apitam mal, não são preparados.
Eboli: a gente tem uma obsessão com a arbitragem, a gente tem uma histeria.
Concordo plenamente contigo. Uma coisa que faz parte do futebol faz parte, você
ser prejudicado com um erro grosseiro. Você tem o direto de ficar nervoso
chateado, raivoso, faça mesmo sua reclamação. Mas transformar a sua reclamação
num instrumento de que aquilo é um esquema muito mais complexo, para prejudicar
essa ou aquela equipe, é uma distância muito grande, muito grande.
Rizek: Vamos ver o que o presidente do Flamengo tem a dizer sobre a
representação do clube.
116
Bom dia presidente Eduardo Bandeira de Mello. Muito obrigado ao senhor pela
gentileza aqui com o Redação. Bem vindo ao programa, nos conte como será a
representação do Flamengo, presidente?
Entra o presidente ao vivo por telefone.
Câmera filma Rizek com o GC do presidente e um ícone de um telefone celular,
enquanto o presidente fala. Após alguns segundos, roda ilustração de lances
do jogo em questão do Flamengo.
Câmera volta ao estúdio e Rizek faz perguntas ao presidente, na resposta do
presidente a produção roda novamente ilustração de imagens do jogo.
Em seguida Rizek se despede do convidado.
Rizek. Como eu disse na transmissão o Maurício Noriega entendeu que estava na
transmissão. Eu respeito muito a opinião do Noriega, agora tem uma questão nesse
lance nesse lance Cereto.
Divide tela com Cereto
Se o juiz acha que não foi pênalti, no mínimo ele tinha que dar cartão amarelo para o
Guerreiro.
Mansur: Ele não teve convicção.
Rizek: Ele não teve convicção, e se ele dá o o pênalti ele tinha que explicar o Pras.
Mansur: tem uma parte que o Cereto falou que vai na linha do que eu disse antes.
Eu acho absolutamente normal, natural que na emoção do jogo aja reclamação, pós
jogo, dos dirigentes. É o que eu vou dizer agora não é uma crítica aos dirigentes do
Atlético ou do Flamengo. A questão é saber, os clubes investem nesse campeonato,
na formação dos seus elencos milhões de reais. E colocam o resultado esportivo,
sujeito em parte, a atuação de árbitros que ninguém sabe ao certo como se
preparam para isso que são hoje o ponto mais fraco do espetáculo. E as
reclamações hoje elas cessam, no momento em tese que as decisões prejudiciais à
seu clube, elas também cessam. Então não há uma proposta conjunta de melhorar
essa preparação, melhorar a formação desses árbitros. Existe apenas uma solução
casuísta.
117
Rizek: a gente tem hoje, acho que vocês vão concordar comigo, a gente hoje uma
safra de dirigentes de clubes, talvez seja a melhor safra.
Eboli: Mais centrados.
Rizek: Mais centrados, mais responsáveis. Como é o caso do Flamengo pensando
em pagar as contas. Eu tenho muita esperança que no futuro venha dos clubes a
esperança de melhorar a arbitragem do futebol brasileiro, que da CBF eu não espero
muita coisa. Essa representação do Flamengo e do Atlético Mineiro ela não vai
solucionar o campeonato.
Musur: Ela é natural, mas ela não soluciona.
Rizek: Ponha-se na pele de quem é hoje representante do Atlético Mineiro e
Flamengo. Você não vai falar nada na segunda-feira depois de uma rodada tão ruim
de uma arbitragem.
Eboli: Tem que falar sim.
Mansur:Tem que falar, é normal que fale, o que eu to cobrando é uma ação,
construtiva de fato.
Rizek: Diga lá Cereto.
Divide tela com Rizek e Cereto.
Cereto: Ai é jogar pra torcida, esse tipo de representação. Eu acho sim que a gente
passa por uma safra boa de dirigente. Eduardo bandeira de Mello é um dos que são
diferentes mesmo.
Imagem somente em Cereto, plano fechado.
Está trazendo uma nova mentalidade para o futebol brasileiro, gosto muito do
Eduardo bandeira de Mello é um bom dirigente. Na minha opinião, esse tipo de
representação é jogar para torcida. Quando um dirigente faz isso imagina o próximo
árbitro que vai apitar um jogo do Flamengo, que vai apitar um jogo do Atlético
Mineiro. Isso é pressionar a arbitragem e a gente não leva em consideração que a
arbitragem brasileira é apenas ruim que podem ser cometidos como todos nós
cometemos ou que o árbitro pode ter acertado, que sai lances de interpretação,
como esse lance do Guerreiro, tem gente que acha que foi tem gente que acha que
118
não foi. Ai o Flamengo vai lá e vai fazer uma representação. Pra mim é pressionar
ainda mais a arbitragem e não contribui para que o problema seja resolvido.
Volta câmera para o estúdio.
Mansur: O protesto pós-erro ele contribui para o ambiente para o próximo jogo, que
é justamente o que o Cereto falou. Para que a arbitragem seja pressionada,
justamente pelo anteriormente.
Rizek: Eu vou cortar vocês, por nós estamos à meia hora e só falamos de
arbitragem. Estávamos comemorando que nos dois minutos iniciais não falamos de
arbitragem. Acho que já cumprimos um papel aqui mostrando imagens.
Eboli: eles erram, eles erram. Também não da pra gente ficar toda hora aqui
passando a mão na cabeça, e achar que o árbitro não pode atuar sob pressão.
Todos nós trabalhamos sob pressão, todos nós estamos sujeitos a pressão, tem que
resistir à pressão basta começar a aceitar.
Tela dividida. Cereto e Eboli.
Cereto: Uma coisa é atuar sob pressão, Outra coisa é atuar sob suspeita o tempo
todo.
Eboli: Concordo contigo.
Cereto: Eu trabalho sob pressão.
Eboli: É legítima.
Cereto: Eu trabalho sob pressão diariamente. Mas não trabalho sob suspeita.
Trabalhar sob suspeita é diferente.
Tela somente em Cereto.
Cereto: Então eu acho que a atitude do dirigente tem que ser mais responsável
nesse sentido.
Eboli: Nós concordamos!
Tela dividia Cereto e Rizek.
119
Rizek: Note que no calor do jogo, o Levir Cupi nem foi dar entrevista ontem. Que
falou domino diretor do Galo Eduardo Maluf, no calor do jogo ele laçou suspeita sob
arbitragem.
Tela somente em Rizek.
O presidente só Flamengo, está mais calmo, até o porquê não falou no calor do
calor do jogo, está falando quase 24 horas depois da partida. Ele não lançou
suspeita, ele está reclamando da arbitragem técnica dos árbitros. Se eu tivesse na
pele de um diferente no Flamengo ou do Atlético, nessa segunda-feira o que eu faria
era ir até a CBF com um papelzinho timbrado, olha ai ó tá aqui CBF, não gostei do
que aconteceu com meu clube, estou protestando. O dirigente do Flamengo não
lançou suspeita sob os árbitros, lançou suspeita sob a qualidade deles. E agora
vamos falar do jogo?
Cereto meu amigo foi um jogado. Infelizmente ofuscado pelos erros de arbitragem,
mas foi um jogaço.
Tela dividia Cereto/Rizek.
Como diria Avalone: Palmeiras um, dois, três, quatro, Flamengo dois.
Cereto de São Paulo comenta o jogo enquanto mostra lances da partida.
Rizeque e convidados também comentam a partida do estúdio.
Após os lances da partida, e mostrada a tabela do campeonato.
Rizek lê a classificação e faz breves comentários sobre os times. Sai a tabela e
a imagem volta para Rizek.
Rizek: E a novidade desse campeonato brasileiro que são os jogos das 11 horas
que tem levado tanto público aos estádios. Tem feito do Palmeiras um dos grandes
líderes, o líder de público. Porque os jogos das 11 horas o Palmeiras esteve muito
presente nele, e sempre lotando sua arena como ontem. Ontem esse horário
começou a dar polêmica, porque o valor estava muito forte em São Paulo.
Ilustra de imagens do jogo Flamengo e Palmeiras.
120
O nosso inverso não foi o nosso inverno que estamos acostumados a ter, e São
Paulo e Rio, por exemplo, tivemos temperaturas na casa dos 30 graus. E ai,
jogadores passaram mal, das duas equipes. Luas e Everton passaram mal. O juiz de
tempo técnico para o pessoal se hidratar, e mesmo assim, o jogo foi disputado e
uma intensidade muito alta. E depois da partida o técnico Marcelo Oliveira comentou
sobrenome horário. E não estava muito feliz não, veja:
Roda vinheta característica do quadro Abre Aspas. Após é roda a entrevista do
técnico do Palmeiras Marcelo Oliveira.
Câmera volta em Rizek.
Rizek: Bom o horário das 11 horas é uma novidade levou bastante gente aos
estádios, levou família aos estádios é uma novidade bacana.
Eboli: Acho que o Palmeiras é o time que mais jogou nesse horário das 11 da
manhã.
Rizek: Palmeiras é o que mais jogou.
Eboli: Desde a época do campeonato Paulista, por questões de segurança das
manifestações, ouve dias sitiados no campeonato paulista e no campeonato
brasileiro é o que mais vem jogando.
Rizek: Começou assim, por causa das manifestações, a polícia de São Paulo fez o
pedido para que não se disputassem jogos às quatro da tarde. Ai o jogo foi às 11
horas.
Eboli: Ontem foi por isso.
Rizek: Ontem também foi por isso, o jogo do Palmeiras foi antecipado para ás 11
horas.
Mansur: Tem dois jogos na próxima rodada, na próxima rodada.
Rizek: Ponte Preta e...
Mansur: Ponte Preta e Grêmio. Coritiba e Chapecoense.
Rizek: Ponte Preta e Grêmio. Coritiba e Chapecoense.
Eboli: E tem um jogo também das 11 horas da manhã na Série B. Botafogo e
Paysandu, porque o Paysandu joga na quinta na Copa do Brasil e não poderia jogar
no sábado então foi para as 11 da manhã de domingo.
121
Rizek: O clube reclamar: a isso altera a rotina. Os jogadores estão acostumados a
levantar as nove, agora tem que levantar as seis... Isso é bobagem, mas o calor
realmente é um fator que tem que ser estudado e levado a sério nesse horário.
Às nove da noite de sábado, Cereto, como você me explica
Tela dividida
essa derrota do São Paulo no Morumbi para o Goiás?
Cereto:Olha dessas coisas que só o futebol pode explicar. Porque o seguinte eu
tenho
tela somente no Cereto com plano fechado.
Ouvido o técnico Osório ser criticado, pela formação na partida contra o Goiás, só
que o mesmo esquema ele usou o esquema (ilustração dos lances da partida)
com três zagueiros contra o Corinthians também.
Cereto continua a análise com imagens da partida rodando. A tela é dividida
entre Cereto e Rizek.
Rizek: Vou botar também na conta do técnico entre outros fatores essa liderança do
Corinthians. Conheço melhor o Tite do que o Osório, posso avaliar melhor o trabalho
dele. O trabalho do Tite é mais uma vez espetacular. E a gente mostra aqui os
líderes do campeonato brasileiro por pontos corridos, com 20 clubes. A pontuação
de cada clube e que lugar chegou cada time.
A tela mostra um gráfico com a pontuação de cada time e ordem decrescente
de acordo com a pontuação. Rizek faz a leitura de cada clube e um breve
comentário sobre cada time.
Eboli: Não imagino esse Corinthians tendo uma sequência (câmera volta para o
estúdio em uma imagem aberta de todos os convidados e apresentador)
desastrosa de derrotas.
122
Rizek: Ontem jogou mal (imagem volta em Rizek e segue intercalando entre
aberta em fechada nas falas do apresentador e convidados).
Mansur: quando eu falei no início que a distância entre o melhor e o pior Corinthians
não é tão grande, ontem até tenha sido um dos piores Corinthians do campeonato.
Rizek: uma partida burocrática sonolenta, mas contou com vários fatores. Inclusive
uns erros de arbitragem, num lance dificílimo anulando um gol legítimo do Avaí,
rodem os melhores momentos:
Tela mostra os lances da partida entre Avaí e Corinthians, enquanto Rizek e
convidados, quando termina os lances, a imagem volta com Cereto falando
com a câmera em plano médio. Em seguida Rizek entra no assunto e a tela é
dividida.
Rizek: Nós mostramos ai que o gol anulado, mal anulado do Avaí é um lance de
"tira-teima". (tela somente em Rizek) Você só consegue identifica se o árbitro, se o
bandeira acertou ou errou, no caso a bandeira, com os recursos de edição na ilha.
Agora o Luciano é um caso sério, porque ele surgiu muito bem ai teve uma queda
vertiginosa.
Eboli: Se deslumbrou um pouquinho.
Rizek: Totalmente, mascarou. Ai foi pro Pan, e é um caso raro hoje em dia, o
jogador que volta melhor da Seleção, não é? Ultimamente os jogadores voltam pior
da seleção. Ele voltou melhor da seleção, um jogador extremamente útil.
Mansur: e o aproveitamento dele ontem no jogo foi impressionante (som de um
telefone toca ao fundo) teve pouca ajuda quase o tempo inteiro. Corinthians não
conseguia ter volume de jogo, ele jogou solitário a maior parte do jogo. E ele
aproveitou praticamente todas as bolas que caíram no pé dele, e conseguiu dar
sequência das jogadas. Jogador que até pouco atrás tinha mais aproveitamento de
gols do que de produção. Ontem ele produziu muito pro time, todas as bolas que
pararam no pé dele ele conseguiu da sequência. Num jogo que o Corinthians tinha
tanta dificuldade de ser ofensivo. O lance do segundo gol, o gol do Luciano que
decide o jogo. Existe uma jogada de fundo, Corinthians finaliza retoma a bola, foi a
primeira vez no jogo que o Corinthians conseguiu ocupar o campo do Avaí por um
tempo, fazer uma finalização, recuperar a segunda bola no rebote e continuar
123
produzindo ofensivamente. Corinthians não tinha volume de jogo e isso prejudicava
inclusive Luciano e ele teve um aproveitamento excepcional no jogo.
Rizek: rapaz, quantas mensagens já foram disparadas desde que começou o
programa aqui, mais de mil. Umas oitocentas deem ser sobre arbitragem (risos) eu
não estou conseguindo ler o ritmo das mensagens. (Gc @redacao_sportv com o
ícone característico do Twitter) é óbvia que há revolta contra a arbitragem, ela
toma conta por enquanto do nosso fórum.
O Cereto nos conte (tela dividida entre Ceretoc e Rizek) sobre o Bem Amigos de
hoje à noite, por favor?
Cereto: Aliais, muito obrigado pelo carinho das mensagens, sempre copio o André
Rizek nas redes sociais, eu sempre fico muito feliz com a mensagem dos amigos.
Hoje tem Bem Amigos, por falar em amigos (imagem somente em Cereto, ao lado
dele um Gc com as informações de horário e apresentação do programa Bem
Amigos)
hoje com Luís Roberto, Galvão está de folga, merecidas folgas, viajando pela
Europa, aquela coisa toda. Hoje Luís Roberto apresenta o Bem Amigos com Elias do
Corinthians e Lucas Lima do Santos. Os dois convocados para a seleção brasileira
Dunga. Elias do Corinthians e Lucas Lima do Santos. E o Diogo Nogueira é o nosso
a nossa atração musical do Bem Amigos de hoje. A partir das nove da noite com
Luís Roberto, não perca! Eu gostaria de saber como é que o Mansur faz para assistir
todos os jogos? É um negócio inacreditável né? Ele vê simplesmente (tela dividida
entre Cereto e Mansur) todos os jogos,
Mansur: Eu gravo, pode gravar e ver depois.
Cereto: A sua esposa realmente é uma santa.
Rizos...
Rizek: Inclusive no final do ano a gente vai dar um presente especial a Senhora
Mansur. Ela merece de todo mundo aqui que trabalha conosco, a que mais merece
é a mulher do Mansur.
Rizek: Carlos Cereto um grande abraço a você a Diogo Nogueira que vai estar com
você, que é atração musical e é torcedor do Flamengo, flamenguista roxo, que vai
estar ali debatendo com os amigos. Grande abraço a você Cereto e até a próxima
aqui no Redação.
Cereto: Até a próxima, bom dia Redação!
Rizek:Valeu Carlos Cereto.
124
A defesa do Cássio não foi a única impressionante na rodada, então a gente vai
para o intervalo com um clipe das grandes defesas da décima nona rodada do
campeonato brasileiro. E no próximo bloco a gente vai a Minas Gerais conversar
sobre a atuação dos mineiros, e falar também sobre a estreia de Argel Fukcsno
Internacional. Redação volta já.
Em seguida rodou um clipe com as defesas mais bonitas da última rodada.
A câmera volta para o interior da redação do canal Sportv no Rio de Janeiro e
trilha característica é rodada informando a saída de bloco.
Após 57 minutos de programa é feito o primeiro intervalo.
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia a volta do intervalo.
Segundo bloco:
Rizek: o Redação está de volta hoje com Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo
Eboli. E vocês que interagem conosco pela internet. (Gc do Twitter) No intervalo o
Mansur o homem que vê todos os jogos falou: poxa! Não deu pra eu falar do meu
tema preferido. Qual foi o seu tema preferido do fim de semana? São Paulo e Goiás.
Por que foi seu tema preferido?
Mansur: Eu estou fascinado, com a questão Osório, num país que tem tão pouca
paciência para esperar trabalhos acontecerem. Esse é um desafio a cultura
brasileira em diversos aspectos de uma só vez. Eu estou muito curioso pra ver como
esse assunto vai ser conduzido. De uma só vez é a questão do rodízio, que de vez
em quando eu até acho que tem um certo exagero, tentei achar (ilustra com
imagens do jogo entre São Paulo e Goiás) em times europeus que tinham mexido
em mais de meio time por rodada, e não consegui encontrar essa metodologia
similar à essa. A questão dos três zagueiros, a questão da defesa alta, da tentativa
da manutenção da posso de bola, a exigência da qualidade técnica dos zagueiros
pra fazer a saída de bola. É muita transformação, como num carro andando. E a
questão é a seguinte, ele não enganou ninguém, porque quando ele chegou e foi
visitado, toda essa filosofia de jogo toda essa maneira de trabalhar ela foi dita a
diretoria do São Paulo, então quem o contratou de cera forma tem o compromisso
de dar a ele um tempo de implantar esse trabalho. Agora em que estágio esse
trabalho irá chegar? É do tempo será capaz de dizer. É uma ousadia e eu acho
125
fascinante o sujeito que mantém sua filosofia mesmo diante de enormes
dificuldades, é uma série de ousadias que estão sendo cometidas de um treinador
de uma filosofia extremamente interessante. Agora é minha dúvida, até que ponto o
futebol brasileiro vai dar tempo a ele de produzir esse trabalho. Achou tema
absolutamente fascinante pra gente ficar atento.
Rizek:É, seria muito mais fácil de a gente digerir e entender se ele tivesse desde o
começo do ano no São Paulo montando elenco com s maneira que ele gostaria, pra
trabalhar com as ideias dele.
Eboli: Quantos jogadores não surgem no meio do campeonato e jogadores que
modificam a maneira de um time jogar. Como por exemplo, a chegada do Emerson
no meio, é um jogador que dá a entender que vai trazer qualidade a equipe do
Flamengo. Você muda a engrenagem você muda a maneira de jogar. É o Cristóvão
tem que saber trabalhar isso sem deixar o time frágil lá atrás, sem deixar de proteger
seus zagueiros. Perdeu o Cárceres, por exemplo, o Cárceres era esse volante alto
que ajudava na marcação pelo alto. Ai o Cárceres foi servir a copa do América, foi
negociado e o Flamengo começa a tomar gols pelo alto. É importante que agente
faça essa associação de fatos.
Mansur:O caso do São Paulo é emblemático. Qual o principal risco dessa maneira
que o Osório coloca o São Paulo pra jogar? Claramente é os contra-ataques com
bolas longas nas costas dos dois laterais. Foi aí que o Goiás vitimou o São Paulo.
Só que por time conseguir jogar dessa forma minimizando o risco. Você precisa
primeiro da implantação da cultura, do time inteiro aderir à preção imediatamente
depois da perda da bola.
Rizek: Time esse que não foi ele quem formou, diga-se de passagem.
Mansur: time que não é dele, que ele começou a formar com uma saída de bola de
qualidade, com jogadores que ele perdeu, perdeu Denilson, perdeu o Souza, perdeu
jogadores, o elenco foi perdendo jogadores de qualidade na saída de bola, muito
próxima da chegada do treinador. Ou seja, é uma filosofia de construção de jogo
saudável para o futebol brasileiro, excepcional que de certo, tomara que dê tempo
dele concluir esse trabalho.
Rizek: Olha, hoje a gente tem uma grande expectativa pela chegada de um técnico
que a gente já sabia que era um cara diferente que traria ideias novas. Já foi o
tempo que a gente tem expectativa, acho que não é culpa dele o momento do
Cruzeiro, longe disso, mas a gente tinha a expectativa que quando Vanderlei
126
Luxemburgo chegasse num clube de futebol, aonde ele encostasse virava ouro. Já
foi assim no futebol brasileiro. Vanderlei ainda é um dos grandes técnicos do futebol
brasileiro, mas não tá conseguindo transformar esse Cruzeiro. Não é isso meu caro
Jaime Junior, bom dia a você, bem vindo ao Redação! Tudo bem?
Tela dividida entre Jaime Junior e Rizek .
Jaime Junior entra com um link ao vivo de Minas Gerais.
Junior: Bom dia, Rizek! Abraço a todos que nos acompanham, amigos de bancada,
olha realmente o Cruzeiro realmente vive uma fase muito ruim, com o Vanderlei
Luxemburgo ainda não consegui arrumar a equipe (tela plano médio somente em
Junior) nesse. Campeonato Brasileiro. Hoje o jornal Estado de Minas traz em sua
manchete. (Junior mostra o jornal) De Mal a Pior. Diga meu caro Rizek.
Rizek: Passou atrás de você o Márcio Rezende de Freitas, né? Márcio é
comentarista de arbitragem da TV Globo Minas, vai ter trabalho hoje né?
Junior: É chegou mais cedo hoje o Márcio para poder analisar todos os lances da
rodada. Daqui a pouco ele vai estar no Globo esporte, analisando lance a lance
todas as polêmicas da rodada, e que tem deixado a torcida do Atlético tão revoltada
nesse campeonato brasileiro.
Mas a gente falava aqui do Cruzeiro né Rizek, foi a pior campanha do primeiro turno
do Cruzeiro nos pontos corridos. A campanha realmente ruim, o Cruzeiro a três
pontos da zona de rebaixamento e o Luxemburgo não conseguiu (imagens do jogo
rodam na tela de ilustração) arrumar a equipe nesse Campeonato Brasileiro. E se
a gente observar Rizek, o Cruzeiro tem boa jogadores em seu elenco. O Maike é um
lateral direito, mas não tá vivendo uma boa fase esse ano. Se você pegar ali a dupla
de zagueiros o André e o Manuel não dai zagueiros ruins. Se você vai lá pra lateral
esquerda você tem o Mena que foi campeão com o Chile na Copa América, tem o
Fabricio ali também pra jogar na lateral esquerda que é um bom jogador. No meio de
campo você tem o Willians que é um volante de boa marcação, o Henrique que foi
importante no campeonato do ano passado, se tem ali o marinho que chegou do
Ceará, fez boas partidas ao já caiu de produção, tem o Marquinhos que ano
passado era uma peça tão importante do Cruzeiro, esse ano caiu de produção
depois que o Luxemburgo chegou. Se agente pegar o Willian xodó da torcida do
Cruzeiro nos dois últimos anos. Torcedor adorava o Willian e agora tá vendo ele com
más atuações, está no banco de reservas não era entrando, o Leandro Damião
127
chegou bem aqui no Cruzeiro, fazendo gols no campeonato Mineiro, (volta a
câmera em plano médio para Junior) fazendo gols na Libertadores., chegou o
Campeonato Brasileiro e nada mais da certo pro Leandro Damião. O Arrascaeta no
início do ano fazendo umas boas partidas, se destacando no clássico contra o
Atlético Mineiro, aliás, nos clássicos ele teve boas atuações, mas no campeonato
brasileiro começa a cair de produção. O Gabriel Xavier chegou teve algumas boas
atuações começou virar o xodó da torcida, cai de produção também o Gabriel
Xavier. O Marcus Vinicius chegou no início começou a ter um bom momento, cai de
produção. Tá esquisito, tá estranho o time do Cruzeiro, não é um time pra estar na
posição que está. Não é um time eu concordo, porque as mudanças que
aconteceram da temporada passada pra cá, não é um time pra ser campeão
brasileiro, mas não é pra estar na décima quarta posição a três pontos da zona
rebaixamento. E olha o torcedor do Cruzeiro tá muito preocupado, vou te dizer um
negócio, Rizek, próximo jogo do Cruzeiro, Copa do Brasil, Palmeiras, lá em São
Paulo, e depois abertura do returno do campeonato brasileiro no fim de semana
contra o Corinthians em São Paulo e depois volta pra casa pra pegar o Palmeiras o
jogo da volta da Copa do Brasil aqui no Mineirão. São três jogos complicadíssimos,
dificílimos e o Cruzeiro depois de empatar com o Internacional, se tiver novos
insucessos contra o Palmeiras em São Paulo, depois Corinthians e se por acaso
acontecer um desastre de ser eliminado da Copa do Brasil, a pressão vai aumentar
de mais pra cima do Vanderlei Luxemburgo. É fundamental para maior tranquilidade
do Vanderlei e também maior tranquilidade da torcida. Que o Cruzeiro consiga um
bom resultado nessas três partidas, porque se não vai virar um turbilhão a toca da
raposa aqui em Minas Gerais, Rizek.
Rizek: olha infelizmente não teremos o Diogo Oliver direto de Porto Alegre por
problemas técnicos. Mas se você pegar o comentário do Jaime tem um bom time,
tem bons jogadores.... E trocar Cruzeiro por Internacional...Mas não entendo como
está nessa classificação... E os dois estão próximos, o Cruzeiro é o décimo quarto e
o Inter é o décimo primeiro. O Inter tem três pontos a mais que o Cruzeiro,o mesmo
comentário do Jaime pode ser aplicado ao Internacional. É difícil a gente entender
como um time, que pode até ter perdido jogadores importantes no primeiro
semestre. Mas como o Inter está tão mal das pernas.
Mansur: É por que o elenco do Inter que foi projetado no início do ano, alguns
jogadores não funcionaram, ou pelo menos demoraram a funcionar. O Inter precisou
128
achar soluções urgentes porque tinha uma classificação de Libertadores a resolver.
E agora é um recomeço completo de trabalho, Você precisou mexer na sua base
titular, mexeu no comando técnico, busca uma nova solução, está iniciando um
trabalho. É muita descontinuidade num ano só.
Eboli: Priorizou a Libertadores. Ai entrou aquela história do rodízio, que deu certo
num determinado momento, mas depois recebeu muitas críticas, inclusive foi um dos
pontos que causaram a demissão do Diego Aguirre. Que foi um erro, eu acho que o
Diego Aguirre tinha que ser mantido. Assim como eu acho que o Cruzeiro tinha que
ter mantido o Marcelo Oliveira, não tinha que ter demitido o Marcelo Oliveira, porque
ele poderia ter encontrado soluções, o elenco foi montado, ele participou da
reconstrução desse elenco, foi uma mudança muito radical. É normal que o
resultado não aconteça de uma maneira imediata. Mas nada melhor quero técnico
que está naquele ambiente, que ajudou trazer os jogadores.
Rizek: Apenas seis clubes tiveram os treinadores que estreiam no Campeonato
Brasileiro: o Atlético Mineiro, o Atlético Paranaense, o Corinthians, a Chapecoense,
o Sport.
Eboli: falta um.
Rizek: Os dois Atléticos, Corinthians, a Chapecoense, o Sport. E tá faltando um...
Eboli: daqui a pouco alguém da internet vai ajudar a gente ai.
Mansur: Atlético.
Rizek: Já foi. Os dois Atléticos, Corinthians, a Chapecoense, o Sport, tá faltando
um... Bom, ou será que foram cinco? Sei lá! Cinco uma pequena parte.
Eboli: Argel no Figueirense.
Mansur: Talvez seja o Argel no Figueirense, e ai nem foi uma opção do clube.
Rizek: É então foram cinco que não trocaram os técnicos que estreitaram. Dois dele
se enfrentaram ontem em Chapecó. Atlético Mineiro um, Chapecoense dois.
E Jairo, as manchetes em Minas Gerais, elas falam mais da arbitragem (tela
dividida entre Junior e Rizek) mais da reclamação do Galo ou falam mais do jogo?
Junior: Olha essa aqui Rizek (Junior mostra o jornal Estado de Minas) manchete:
“Apito Inimigo" é o destaque do jornal Estado de Minas.
Já aqui no Jornal o Tempo (Junior mostra o jornal o Tempo) Derrota e bronca com o
apito.
As manchetes dos jornais retratando aqui, a revolta do torcedor do Atlético com a
arbitragem neste campeonato brasileiro. A gente conversa com torcedores na rua
129
(na tela lances do jogo entre Atlético e Chapecoense)chegando na empresa a gente
já começa conversar com torcedores do Atlético, o torcedor, realmente essa é a
palavra, muito revoltado em relação aos erros de arbitragem.
O que eu gostaria de destacar Rizek, ai tentando sair um pouco dessa polêmica, o
Atlético nos últimos três jogos, o Atlético jogou, por exemplo, contra o Goiás, lá em
Goiânia e fez um jogo muito ruim naquela oportunidade, poderia ter vencido lá em
Goiânia, acabou voltando com um empate quando poderia ter vencido a partida.
Contra o Grêmio o atlético até fez uma boa partida, na minha opinião, de uma boa
partida, mas a estratégia do Grêmio foi muito boa, o torcedor do atlético até reclama
do pênalti, cometido pelo Erazo que o árbitro não marcou. E no jogo de ontem num
erro do Dátolo, esse detalhe eu acho importante citar. Ele recua a bola, e acaba
gerando a questão da falta cometida pelo Leonardo Silva e tudo que desenrolou
depois. Dátolo que já tinha errado na Libertadores, quando ele recuou mal uma bola
pro Victor, e o Internacional fez o terceiro gol que selou ali a classificação do Inter
pra fase seguinte da Libertadores da América. É o Atlético a gente tem observado
Rizek, o atlético com relação às opções pra entrar ali no segundo tempo, ontem, por
exemplo, o Dodô entrou teve uma oportunidade pra marcar e não fez. E ai (imagem
volta para Junior) o Atlético não tem conseguido fazer grande atuações nesses
últimos jogos. Contra o Goiás não foi bem, ontem de novo contra um time verde
vacilou, então tem essa questão técnica que é importante destacar. Existe sim a
revolta da torcida com a arbitragem, mas o torcedor do Atlético tem neste momento
de não deixar de olhar também, para que a equipe caiu um pouquinho de produção.
O ataque por exemplo. A gente sempre falando do melhoro ataque, mas nos últimos
três jogos apenas um gol. É o Gol marcado ontem, foi num lance que o Prato
cabeceou e pega num jogador da Chapecoense e entra, foi um gol contra. Então
houve essa queda de rendimento, da eficiência do ataque atleticano nas
finalizações, isso é bem verdade.
Câmera volta para Rizek que lê em seu computador na bancada.
Rizek: Rogério Abraão, Gabriel remédio, Evandro, Rodrigo Brito me lembram que o
outro time que não trocou de técnico é o Avaí do Gilson Kleina. (Em Gc o Twitter).
Então temos 14 clubes que trocaram se técnicos e seis que mantiveram aqueles que
estreitaram no campeonato brasileiro durante todo primeiro turno, diga?
Mansur: Só uma observação, o Atlético em relação aos resultados recentes ele não
jogou mal o jogo contra o Grêmio. O Atlético teve uma produção ofensiva,
130
principalmente no segundo tempo muito grande. O Atlético chegou a finalizar 16
vezes no fim do Grêmio, que não é fácil. E ontem caiu, em circunstâncias
evidentemente que ele foi prejudicado, mas também num estádio em que quase
todo mundo perdeu. Perder pra Chapecoense em Chapecó não chega constituir
nenhuma novidade.
Rizek: Só o São Paulo venceu a Chapecoense, durante todo turno.
Eboli; Chapecoense faz o dever de casa.
Rizek: Chapecoense é a nona colocada, e a minha curiosidade com o Galo, não ‘to’
preocupado com esse momento do time agora, pra ‘mim-oscilação’ mínima. Minha
preocupação é saber como o Atlético vai reagir emocionalmente, porque se criou
esse clima quero Galo está sendo prejudicado, e essa semana ele foi. Foi contrato
Grêmio, foi contra a Chapecoense. Minha expectativa é saber como o Galo vai
reagir diante dessa situação. Se ele vai manter os nervos, vai retomar sua trajetória.
Eboli: Não pode se perder nisso né? Perder o foco nessa onda de reclamação.
Rizek: Exatamente, acho que é o grande desafio do Levir essa semana. E fazer a
cabeça dos jogadores não ir pra outro lugar a não ser o campeonato brasileiro
dentro de campo.
O Jaime, vou me despedir de você porque Jorginho se apresenta (tela dividida
entre Junior e Rizek) nesse momento, em São Januário, como novo técnico do
Vasco da Gamma. Até a próxima Jaime!
Junior: Até a próxima!
Rizek: Vamos (tela somente em Rizek plano médio) vamos ouvir o que o Jorginho
tem a dizer diante de sua (tela dirigida entre Jorginho e Rizek) difícil é importante
à frente do Vasco.
Tela somente em Jorginho.
É feita transição ao vivo da entrevista coletiva, de apresentação do novo
técnico contratado pelo Vasco, no Rio de Janeiro. As perguntas são feitas por
diferentes veículos de comunicação e todas transmitidas pelo Redação.
Em Gc: Jorginho, novo técnico do Vasco e o símbolo do clube.
Após oito minutos de entrevista coletiva, a tela é dividida mais uma vez entre
Jorginho e Rizek.
:
131
Rizek: O Jorginho citou a virada espetacular da Copa Mercosul, a vitória espetacular
do Vasco, mas aquele time do Vasco tinha: Romário, Juninho Paulista, Juninho
Pernambucano, Euler...
Mansur: Jorginho.
Rizek: Jorginho.
Risos.
Mansur: Foi à saída dele do Vasco e agora ele encontra um Vasco numa realidade
totalmente diferente.
Eboli: É não da pra fazer comparações, por favor, não dá pra fazer comparações.
Rizek: Vamos esquecer aquele time?
Eboli: O time atual é extremamente limitado, que assim como a gente, serve de
exemplo de times que recebem jogadores no meio só campeonato. Tem o Jorge
Henrique e o Nenê que precisam se adaptar ao campeonato e se adaptar ao Vasco
da Gamma. Num ambiente de muita pressão, porque vai ser assim, o retorno para o
Vasco. O Vasco tem treze pontos, então mais de que a questão técnica é a condição
emocional que vai pesar, porque a matemática vai estar precisando o Vasco o
tempo todo.
O Vasco num cenário otimista tem que triplicar os pontos que ele tem. Trinta e nove
prontos, trinta e nove pontos pela matemática simples cai, não fica. Ano passado
acho que com trinta e nove teria se livrado, acho que o primeiro que caiu foi com
trinta e oito, agora me escapou da memória, mas trinta e nove ainda é um número
arriscado ainda para se manter na primeira divisão. E a gente está falando de
triplicar os pontos que o Vasco tem. E ter um rendimento de time que está brigando
pelo G4. É muito difícil a missão é muito complicada. É impossível? Nada é
impossível no futebol! Mas a missão é complicada.
Rizek: Jorginho, quando a gente falou que é o maior desafio dele na vida como
técnico, porque a vida dele como técnico ainda é de pouca experiência. Ele foi
auxiliar do Dunga, durante toda a era Dunga na primeira passagem na seleção
brasileira, mas ele era auxiliar.
Na tela um gráfico da trajetória de Jorginho como auxiliar.
Rizek: Trabalhos marcantes dele: ele foi mal no Goiás, deixando o time em décimo
nono no campeonato brasileiro.
132
Ai trabalhos que ficou marcado positivamente. O sétimo lugar com o Figueirense,
que ele teve.
No Flamengo ele foi vice-campeão Carioca, não deixou assim muita saudade.
Na Ponte Preta ele foi vice-campeão da copa Sul-americana no ano em que a Ponte
estava sendo rebaixada no brasileiro. Foi um trabalho que chamou a atenção.
E agora ele vai ter uma grande chance de destaque. Por que ninguém espera muito
do Vasco. Pior que está dificilmente fica. E ele vai ter a chance agora, de se afirmar
agora como treinador. A situação é a seguinte, como eu prometi a gente ia comparar
o desempenho de lanternas, do primeiro turno, do campeonato brasileiro, desde que
ele é disputado por pontos corridos por vinte clubes. Veja só se o Vasco tem a pior
campanha.
Gráfico aparece na tela com os dez piores lanternas da competição.
Santa Cruz e a pior campanha, depois o Ipatinga foi pior, o Vitória foi pior,
Figueirense foi pior, o Sport foi pior. Agora todos meus amigos que terminaram na
lanterna, continuaram assim, o Vitória foi lanterna do primeiro turno em 2014
terminou em décimo sétimo. Então todo mundo que fez a campanha à altura que o
Vasco fez, terminou na melhor das hipóteses em décimo sétimo. Desde que
campeonato é disputado por vinte clubes nos pontos corridos. O Vasco vai ter que
desafiar agora a história.
Imagem aberta da bancada.
Mansur: Só América de Natal e náutico fizeram menos pontos que o Vasco, no
primeiro turno do campeonato brasileiro na era dos pontos corridos, acho que isso já
diz bastante.
Eboli: Mas também não tá ruim não, Vitória ano passado com 38 pontos, foi o
décimo sétimo.
Mansur: Mas foi um campeonato de exceção. Foi a pior zona de rebaixamento da
história do campeonato.
Rizek: Olha lá! (gráfico dos dez lanternas na tela)
Mansur: Só América de Natal e náutico fizeram menos pontos que o Vasco, no
primeiro turno do campeonato brasileiro na era dos pontos corridos, fizeram dez
pontos e o Vasco fez treze.
133
Eboli: É o que pesa ai é a incapacidade de fazer gols, é o pior ataque do Vasco em
campeonatos brasileiros, o saldo de gols é terrível, menus 23. O cenário não é
animador, não dá pra gente falar nada diferente. O Vasco vai ter que jogar muito,
com uma força de vontade... (Tela volta para a bancada)
Rizek: Vejam só, coloca de novo ali, por favor a tela. O Santa Cruz (gráfico na tela)
ele fez, dos times da lanterna a melhor pontuação. 18 pontos terminou na lanterna.
O Ipatinga fez 16, Figueirense fez 14, o Sport fez 13 junto com Goiás e Vasco. E
melhores que o Vasco como destacou Mansur, aqui, só o América de Natal e o
Náutico. Na história dos pontos corridos com 10 clubes. A situação do Vasco é
desesperadora
.
Tela volta para bancada.
Vamos agora ao Recife conversar com George Guilherme, e hoje a conexão com
George é via internet. Bom dia George, (tela dividida entre George e Rizek)
Rizek: não? É a conexão boa mesmo? Ok. Achei que fosse via internet, peço
desculpas. George, bom dia! E então a imagem fica melhor, podemos bater um papo
melhor. Bem vindo ao Redação George.
George: Olá Rizek, olá amigos do Redação. Bom dia meu amigo Mansur, Eboli,
bom dia Redação! Eu chamo aqui com Recife de fundo, está um dia bonito. Dá pra
falar tranquilo contigo, sem esperar 5 segundos, Rizek.
Rizek: Então conta pra gente esse cenário de fundo na bela cidade do Recife.
George: aqui é o coração do recife, (imagem de Recife na tela) essa imagem é
colocada na antena, da Globo Nordeste.
(Câmera para e plano aberto mostra o recife) Fica na Rua da Aurora, lá ao fundo
daqueles prédios pequenos Boa Viagem, aqui o coração centro do Recife, as pontes
da cidade de rio Capovarive, então esse o coração da cidade, viu Rizek.
Rizek: Conta (tela dividida) o que aconteceu com o coração rubro-negro ontem, o
time voltando a ilha do retiro. Jogou tão bem o Sport no meio da semana perdendo
para o Corinthians, quatro a três. Ai recebia a ponte preta, a lógica, todo mundo que
faz bolão a maioria cravou a vitória do Sport. Por que o Sport não venceu a macaca
ontem no recife?
George: É derrubou muita gente ontem, porque a perspectiva era de uma vitória do
Sport. Mas o Sport começou também avassalador, (ilustra da partida)
134
pressionando. Com nove minutos de jogo uma bela troca de passes do André com
Diego Souza. Diego Souza faz um a zero logo com nove minutos, ai o script estava
desenhado né. Até achei que tinha pouca gente na ilha, quinze mil torcedores. Mas
bem quinze mil torcedores festa feita, fera completa, só que o Sport vem padecendo
em alguns desses jogos, viu Rizek, de uma acomodação inexplicável, podemos
dizer assim. O time poderia ter crescido no jogo. Muita gente falando de uma do
esperma tático. Conseguem descobrir, o Sport já não tem o fator surpresa, foi assim
no início do campeonato e fez com que o Sport frequentasse o G4, liderar o
campeonato. Liderou por cinco rodadas uma grande surpresa. O Sport ainda faz
uma boa campanha é sétimo colocado. Ai a gente vê a Ponte Preta cresceu e não
seria... O Badi perdeu um gol inacreditável o André perdeu outro gol
inacreditável .Até que o Borges empata a partida aos trinta e seis do segundo
tempo, um resultado até injusto era pra Ponte Preta ter saído daqui com um
resultado melhor. O Sport ao (imagem em George) fim do jogo foi muito vaiado pela
torcida, a torcida não esperava isso, especialmente depois daquele jogo contrato
Corinthians né? Jogou muito bem, jogo bem contra o Atlético Paranaense, mas o
fato é que são cinco jogos sem vitória e a capa hoje do Super Esportes, vou mostrar
aqui. (imagem do jornal impresso) tá aqui ‘ó’: Alerta Ligado. Porque e sem dúvida
o pior momento do Sport na competição. E olha que a gente ‘tá’ falando dum time
que a na sétima posição, empatado com trinta e um pontos, não tá longe do G4, só
que os últimos resultados só uma vitória, o time é acho frequentar o campeonato por
muitas rodadas liderar o campeonato por muitas rodadas você faz com que a
pressão aumente. Então assim, ficou o coração do torcedor do Sport um pouco
frustrado depois desse empate ontem aqui viu, Rizek.
Rizek: O George, o curioso é que o começo do jogo a torcida começou a vaiar a
arbitragem, fazendo um protesto com a arbitragem e acabou vaiando o time depois.
A gente debatia sobre o Atlético Mineiro aqui, a nossa preocupação com o Galo é a
seguinte: será que o Galo vai sair do prumo? Tá reclamando tanto de arbitragem
que vai pensar mais no apito do que na bola? Isso aconteceu com o Sport ontem?
Ou foi mérito da macaca, técnico mesmo, pra arrancar esse empate no Recife?
George: Olha Rizek, ontem a arbitragem passou completamente despercebida. É
era um tri pernambucano. O Sandro Meira Ricci é ligado à Federação
Pernambucana. Não apitou ontem nenhum lance polêmico a única polêmica foi vaiar
o hino nacional. A torcida do Sport, a torcida do Sport, parte da torcida, assassinou o
135
hino a CBF, uma associação que não faz muito sentido. Boa parte da torcida cantou
aqui uma música de um bloco de carnaval conhecido aqui como Madeira do
Ruzarino que fala, "queira ou não queiram os juízes o nosso bloco é campeão”. Ai a
alusão que independente dos juízes, ninguém vai tirar o título do Sport. Só que
dentro de campo foi muito bem o time marcou em cima, pressionou, contou também
com uma tarde apagada do Hélder, do Rena na lateral esquerda, o Ferrugem
também não teve bem. Então contou com peças que não funcionaram bem no Sport.
Muita vontade muito fôlego da Ponte Preta, quarenta minutos o time pressionando,
marcando a saída de bola, quarenta do segundo tempo. Então a arbitragem, ainda
bem, não foi assunto aqui pra gente.
Rizek: O Mansur que não gosta de troca de técnico, vai ter que admitir que a Ponte
subiu depois que o Doriva assumiu a macaca.
É muito cuidado enquanto você for fazer o seu dossiê de arbitragem, porque vários
torcedores do Sport acharam uma vergonha, ficaram indignados pelo fato de um trio
paulista ter apitado o jogo Corinthians e Sport na casa do Corinthians, eles foram
para sorteio não é a primeira vez que isso acontece. Não a mais aquele
impedimento de árbitros do mesmo estado apitarem jogos de futebol, isso vem
acontecendo desde o início do campeonato e ontem o Sport teve, portanto um trio
Pernambuco quando jogou em casa. E há uma coincidência nos dois casos: juízes
FIFA. Sandro Meira Ricci no jogo de ontem, e o Luiz Flávio Oliveira no jogo de
semana passada contra o Corinthians. George, grande abraço ai amigo muito
obrigado pela participação, até a próxima aqui no Redação.
George: Valeu Rizek, só uma última informação, A Conmebol divulgou agora uma
última informação, o juiz, já que estamos falando de arbitragem, o juiz será o
argentino Germán Delfino, pra Bahia e Sport na sul América de quarta-feira. Então
não vai ter essa desculpa de arbitragem, pelo menos arrumaram um argentino para
ser crucificado.
Risos.
Rizek: No próximo bloco a gente fala da vitória do Fluminense, da vitória do Grêmio,
a gente fala também dos eventos testes que aconteceram no Rio de Janeiro e a
gente fala também de uma gafe se aconteceu no mundial de badminton. Você não
viu o mundial de badminton?
Mansur: Não tive a oportunidade.
136
Rizek: Então no próximo bloco você ai ver Manzur, e também a vitória de Andy
Murray sobre o Djokovic, no Master mil de Toronto. Redação volta já.
Roda vinheta e trilha caraterística do programa.
Terceiro bloco:
Rizek: O Redação está se volta com Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo Eboli
e vocês pela internet, como fazem aqui o augusto Sérgio, o Fernando Fumago (gc
twitter) o Saulo Johnson Araújo. Retificando uma informação que o protótipo
George Junior nos passou e pediu pra gente corrigir. O Sandro Meira Rocci apitava
pela federação pernambucana até o mês passado, esse ano ele apita por Sana
Catarina, mas os dois auxiliares são da federação de Pernambuco e o árbitro da
federação Catarinense. A gente fala agora, não teve polêmica de arbitragem entre
Fluminense dois, Figueirense um né? Ou teve?
Mansur: Ao que ensaiou acabou no intervalo, ao Marlon dizer que tinha colocado a
mão na bola. Então não houve bem uma necessária de se estabelecer uma
polêmica.
Rizek: ufa, falaremos então de futebol, então o Mansur estava no Maracanã. E nos
conta tudo de Fluminense dois, Fluminense um. (ilustra do jogo)
Mansur: A primeira vez de Fred e Ronaldinho juntos. E ai o Fluminense que vinha
de resultados ruins, esse jogo serviu para deixar claro qual é o desafio do
Fluminense que é escolher seu caminho. O grande desafio é: incorporar esse
grande jogadora de desafio técnico como o Ronaldinho, com o Fred, agora chegou o
Cícero também. Ai é o lance do pênalti que vai resultar no primeiro gol do jogo. Ele
abre o braço e acaba tocando a bola. Embora repreendido pelo Enderson, colocou
claramente a situação, ai o Figueirense abriu o placar. Os dois foram dois times
diferentes, o Figueirense recebeu o adversário de maior qualidade técnica, sem
perdeu sua característica de conduzir a bola. O fluminense no primeiro tempo era
previsível, era lento. Numa tentativa do Enderson de reduzir a faixa de campo, o
Ronaldinho e o Frese precisavam cobrir. (GC: Fluminense 2 x Figueirense 1). Os
dois fizerem uma espécie de dupla de ataque num quatro, quatro, dois. Os volantes
tiverem uma saída de bola lente. O Ronaldinho com pouca mobilidade,
principalmente o Ronaldinho. O Fred e ainda tentando sair da área para compensar.
Tanto que saiu esgotado fisicamente. O Cícero também muito lento no jogo.
137
Rizek: E muita categoria do Frede no segundo gol do Fluminense.
Mansur: Ai no segundo tempo, curiosamente o Fluminense cresce. Fluminense
perde o Osvaldo por contusão, entra o Welinton Paulista (câmera plano aberto no
estúdio). Que está sendo uma característica, o Welinton muitas vezes no
Fluminense tem jogado aberto. Começa a ter o Fluminense os dois jogadores na
área. Fred é o Ronaldinho sendo os dois atacantes do time, Welinton paulista
fazendo a infiltração também, para ser mais um homem na área. Fluminense ganhou
o corredor pelos lados. Fluminense mais veloz, mais vibrador e conseguiu ganhar o
jogo. Cresceu de mais o Cícero, fez o primeiro gol e deu o passa para o segundo. Ai
sim o Fluminense solidário, brigador com sua qualidade consegui ganhar o acho...
Rizek interrompe.
Rizek: Mas o Fluminense passou a ser solidário sem o Ronaldinho? É isso?
Mansur: Não, o Ronaldinho continuou no jogo, mas o Fluminense mudou de
postura. Acho que o que preocupa nesse Fluminense é o Ronaldinho. O Ronaldinho
nesse início de Fluminense lembra um pouco o Ronaldinho no fim de Atlético
Mineiro. Jogador de muita pouca mobilidade, participações esparsas no jogo, índice
de participação baixa. Havia uma expectativa depois da estreia de um crescimento
do Ronaldinho, esse crescimento. Esse crescimento ainda não aconteceu. Ele com
o Frede na frente, montar um time competitivo com esses dois jogadores é uma
tarefa difícil, ontem o Frede se desdobrou em campo, além de participar da bela
finalização em gol, foi um jogador que se movimentou de mãos em campo, pra fazer
esse time do Fluminense funcionar. Terminou muito cansado.
Rizek: E dentro da área o Frede é muito bom que categoria.
Agora a gente roda os gols da vitória (ilustra e GC) do Grêmio sobre o Joinville, um
jogo que não foi o que muita gente esperava. Porque o Grêmio vinha sendo taxado
de o melhor time dos tempos da semana passada. Vinha de um cinco a zero no
Grenal, vinha de um dois a zero na casa do Atlético Mineiro. Ai contra o Joinville: "a
vai passear". Mas nesse campeonato brasileiro meus amigos, quase ninguém
passeia. Pelo menos quando agente espera que eles passem. O Grêmio passou
sobre o Inter, mas foi surpreendente. O jogo foi bem mais difícil, na arena. Dois a
zero para o Grêmio.
O Grêmio agora tem a mesma pontuação do Atlético Mineiro, está a quatro pontos
do (imagem estúdio) líder.
138
Mansur: E diferença não ter o Luan, que é aquele jogador, que embora comece o
jogo numa posição de nove. Mas se mexe o jogo todo se abrindo espaços. Você
teve o Bobo. Que é um jogador de característica bem diferente, naturalmente o time
sente essa diferença.
Eboli: Mais um que ai pra seleção olímpica, vai se preparar para o amistoso contra a
França, e um desrespeito. Ai é dureza cara, eu. Eu não me conformo com isso. Ai é
dureza!
Mansur: A seleção olímpica precisa jogar, é o campeonato que precisa parar.
Eboli: Lógico! É o campeonato que precisa parar. É ruim quando a gente cria esse
sentimento que a seleção atrapalha. E ruim isso. Mas tem que ter espaço para os
dois, isso não se cruzar, "pô"!
Rizek: Agora a ideia da CBF, se você pensar só em seleção ela é ótima. Você pega
data FIFA e convoca as duas seleções. A olímpica e principal. Pensando só em
seleção ela é ótima. Mas como o campeonato não para, os clubes pagam o pato.
Eboli: Prejudica duas vezes o time.
Rizek: Como Mansur lembrou aqui dezesseis jogadora da série A só no brasileirão
foram convocado. Dezesseis! Para amistosos para a seleção principal e olímpica.
Olha, quebrou a cara também quem apostou na vitória de Djokovicsobre Murray. Até
porque nós dois anos, ou oito jogos da competição sempre vinha dando Djokovic,
número um do ranking (na tela jornal canadense) esse é o destaque do jornal
canadense "Lê Journal de Québec", e os Masters Mil de Toronto, mas a gente
pegou o jornal canadense de Québec, o marem vendendo o Djokovic.
Vamos aos (ilustra da partida) lances da partida. Foi um lance em três setes e o
Sportv transmitiu ontem. O primeiro sete foi do Murray. O Djokovic entrou num ritmo
alucinante no segundo set, abriu dois a zero e depois administrou. O jogo foi para o
terceiro set, normalmente é de você esperar uma supremacia do Djokovic,
emocional fisicamente. Mas este ano o Murray é um tenista diferente, ele tá muito
consistente e entrou com tudo no terceiro sete e levou a partida por seis três no
último sete. Com lances belíssimos. Entre o número um é agora o número dois do
ranking que é o Andy Murray.
Eboli: E tudo isso serve de preparação para o ATP dos Estados Unidos.
Gráfico na tela do ranking.
Rizek: O Djokovic se mantém na liderança. O Murray agora sobe uma posição, é o
número dois. O Federer caiu uma posição agora é o número três. O Nishikori se
139
mantém na quarta colocação e o Wawrinka se mantém em quinto. O Berdych é o
sexto, o Ferrer o sétimo. Nadal sobe uma é o oitavo, o Cilic caiu pra nono, o Raonic
fecha o top ten do ranking.
(Câmera no estúdio)
O Tomhas Bellut é o trigésimo terceiro do ranking nessa segunda feira. O ideal é
que ele consiga subir mais uma posição, estar entre os trinta e dois. Para no Aberto
dos Estados Unidos não pegar logo de cara o Murray ou o Djokovic. Se ele ficar
entro os trinta e dois primeiro, no aberto se Cincinati, ele vai ter uma vida mais
tranquila no Aberto dos Estados Unidos.
Vamos falar agora dos eventos testes que estão acontecendo no Rio de Janeiro.
Acontecem alguma eventos testes, como vela e ciclismo e agente fala aqui do
evento de ciclismo na estrada, que teve uma quilometragem menor, que aquele que
executada nos jogos olímpicos. Mais serviu para apresentar as belas paisagens da
cidade olímpica, testar várias coisas da competição. E agente mostra agora a nossa
reportagem sobre o assunto.
Em seguida rodou uma reportagem a reportagem sobre ciclistas. Duas
entrevistas, alguns gráficos na tela. Uma passagem do repórter Ben-Hur
Correia, com GC Rio de Janeiro. Logo após a passagem teve uma entrevista
com o case Gustavo Nascimento, diretos de gestão de instalações comitê Rio
2016. À reportagem durou cerca de um minuto e quarenta segundos.
Câmera de volta ao estúdio.
Rizek: É difícil falar de um sucesso de um evento. Que teve a própria equipe da
cidade olímpica assaltada. Imagina que você e um jornalista de qualquer
nacionalidade do mundo. E você tem que fazer uma matéria sobre o evento teste.
Você não vai abrir a matéria com isso a sua matéria. Eu abriria com isso e a primeira
linha seria isso.
Mansur: É o que foge da normalidade, é notícia, é notícia. E principalmente quando
a gente fala em legado, é o legado para quem vai viver na cidade depois. Não é só
você ter um esquema de segurança fora do seu padrão normal, uma estrutura de
segurança que garanta a segurança das pessoas ao longo de evento. Quando se
fala em legado é o resto das pessoas que vão viver por ali por um grande tempo.
Rizek: Agora me diga uma coisa Mansur, quem é Carolina Marin?
140
Mansur: Me diz alguma coisa esse sobre nome mas eu não....
Rizek: Quem é Carolina Marin?
Eboli: Também, só o sobrenome me diz alguma coisa, mas...
Rizek: Isso que da ter um país se monocultura esportiva.
(Risos)
Mansur: E uma espanhola que ganhou alguma competição.
Rizek: Não vem colar não.
(Risos)
Na tela imagem da versão online do Jornal El País.
Rizek: Não vem colar, não vem colar aqui não! (Risos)
Rizek: Carolina Marin, meus amigos. Só tira essa manchete para eu explicar quem é
a Carolina Marin.
(Câmera em Rizek)
Rizek: Já, já agente vai para ela.
A Carolina Marin é a primeira atleta não asiática, bi campeão de badminton!
Só asiáticas haviam vencido por duas vezes o campeonato mundial de badminton.
Que é inclusive modalidade olímpica.
A Carolina Marin é espanhola. É nessa reportagem (jornal novamente na tela) do El
País, ela talha reclamando "ó": quem pensava que na Espanha, é... Peçam
autógrafos pra ela como acontece na Ásia.
Então mesmo num país de cultura esportiva maior como a nossa, de mais para
outros esportes. Tem disso se o atleta falar: eu sou reconhecido mais lá fora do que
aqui.
Nessa segunda-feira, por exemplo, o bicampeonato dela ganha enorme destaque na
Espanha. Mais que i futebol em vários jornais, veja só!
Na tela o jornal impresso Mundo Desportivo.
Rizek: A aqui o Mundo Deportivo, as tem final da Super Copa da Espanha. Mas ela
teve ali o seu destaque. O Doblete de ouro.
Na tela o La Razon.
Rizek: O La Razon decidiu não colocar futebol na capa e sim o feito da Caroline
Marin. Doblete histórico.
Na tela o jornal o El Mundo.
Rizek: no El Mundo a manchete. Ela ai com a bandeira da Espanha.
Tela vota ai estúdio.
141
Rizek: Só que o hino espanhol que foi tocado na competição, acabou
protagonizando uma gafe.
Então muito cuidado Brasil o ano que vem porque esse assunto de hino é coisa
séria. O hino nacional da Espanha que é uma marcha real, foi composto em mil
setecentos e sessenta e um. Ele não tem letra, ele não tem letra. Na verdade em
novena e sete o comitê olímpico espanhol colocou uma letra ali, que quando a letra
é usada ele pode ser tocado. Mas o hino nacional não tem letra, ele já teve letra da
ultima letra dele foi composta em mil novecentos e vinte oito. E foi uma letra que
ficou muito associado a ditadura franquista e ao regime franquista na Espanha.
Então ele foi abolido é sem letra.
Só que na execução do hino ontem, acabaram tocando esse hino que para os
espanhóis é considerado uma gafe. Olha só na transmissão da TV espanhol.
Imagens da RTVE com os devidos créditos na tela.
Imagem volta para Rizek em plano médio.
Rizek: A gente cortou um pouco, mas deu pra ver que ela riu os comentaristas
ficaram ali sem reação.
Então muito cuidado Rio 2016, hino nacional é coisa séria. Parede um erro banal
mas hino é coisa séria.
Todo mudo erra inclusive as zagas erraram de mais nessa rodada do campeonato
brasileiro. A gente vai fazer agora mais uma passagem de bloco com um clipe, com
as lambanças das defesas do brasileirão e o Redação volta já.
Em seguida rodou um clipe de um minuto, com os erros citados. Duração de
aproximadamente dois minutos.
Roda trilhar e vinheta características. Fim do Bloco.
Quarto Bloco
Roda trilhar e vinheta características.
Rizek: Redação está de volta com Carlos Eboli e Carlos Mansur, e vocês pela
internet.
A gente fez um balanço do campeonato brasileiro, que entre outras coisas serviu
para desmoralizar os títulos estaduais. Quer ver ó? O internacional (ilustra das
equipes) campeão gaúcho com muita festa, faz uma campanha pífia no canos
142
brasileiro é o décimo primeiro. Tá aí o Inter. Muita festa no estadual é um
desempenho muito ruim no brasileirão.
O Figueirense que é o campeão estadual de Santa Catarina e jogou A final contra o
Joinville é o décimo quinto no brasileirão. Joinville está na zona de rebaixamento.
O Santos campeão paulista derrotando o Palmeiras na final, e passando pelo São
Paulo na semi. É só o décimo segundo no brasileirão.
O Goiás é outro campeão estadual. E a posição dele é de rebaixamento é o décimo
sétimo colocado. E não precisa nem citar o Vasco né? Que é o grande exemplo
disso. O respeito voltou, mas foi só no estadual. No estadual o Vasco mandou foi
campeão, levantou a taça e faz a pior campanha de um clube grande no brasileirão
em qualquer formato.
É um bom tema para o programa de amanhã, estaduais versos brasileiro. Já que
amanhã é o dia de a galera eleger qual será o tema do último bloco. Outro assunto
possível de amanhã, é o Tiago Silva (na tela o jornal o jornal impresso L'Equipe)
preterido pelo Dunga, no PSG ele segue mandando. Foi destaque inclusive na
última vitória do time. O L'Equipe destaca mais uma derrota do Olímpic de Marse e
a vitória do PSG em casa sobre o Ajoccio e o Tiago Silva(lustra jogo na tela) foi um
dos nomes. Fez inclusive um gol, foi muito elogiado por sua atuação.
Mansur: Ele está muito bem na pela parte técnica. A seleção é questão de
confiança, foi quebrado um ele de confiança, nos momentos de pressão, que ele
tinha que mostrar e não mostrou.
Eboli: Ele ainda não mostrou total equilíbrio emocional na seleção, pra que ele
tenha a segurança que ele tem no PSG.
Rizek: Tem o momento ternura (ilustra do Di Maria) esse é o que mais amigos?
Mansur: esse é a apresentação Di Maria no Paris Sant Germn.
(Câmera no estúdio)
Queria aproveitar esse momento ternura de Dom Diego Armando Maradona. Postou
nas redes sociais, (foto em ilustra) escalou o seguinte time. Momento ternura são
craques pequeninos. Então você tem o Messi, Tevis, Ramos Rodrigues, Cristiano
Ronaldo, Polo Maldine, Riquelme, Neymar, Garit Bale, Ronaldinho Gaúcho e Pelé e
Maradona. Os jogadores que estão em pé. Agachados, Del Pinheiro, Alexandre
Sanches, Cacilhas, Alan Cruf, Franchescole, Saviola,Chicharro Ernando e Falcão
Garcia.
143
Foi o próprio Maradona que publicou essa foto. Momento ternura do Maradona
escalando Pele e Ronaldinho Gaúcho, desejando feliz dia das crianças. Porque foi
dia das crianças na Argentina nesse domingo.
Então nesse momento ternura de Maradona, a gente fecha o programa de hoje.
muito obrigado Mansur até a próxima.
Mansur: Valeu até a próxima.
Rizek: Valeu, Eboli. Grande abraço.
Eboli: Valeu.
E agora vem o É Gol com a Domitila Becker. (Tela dividida entre redação e o E
Gol)
Rizek: Domitila, bom programa.
Tela vai para o É gol e encerra o Redação Sportv.
Tempo total do programa: duas horas.
b) Redação Sportv. Segundo programa observado - 9 de setembro de 2015,
segunda-feira.
Programa começa com a vinheta característica de abertura do programa.
Imagem panorâmica da bancada com o apresentador e os dois convidados,
que em seguida fecha em plano médio no apresentador André Rizek.
Rizek: Olá bom dia! Está no ar o Redação SporTV, hoje com Sérgio Xavier Filho
diretor da Revista Playboy e o Chico Maia colunista do jornal O Tempo de Minas
Gerais. Vamos às manchetes do programa dessa quarta-feira.
Rodou um clipe de um minuto e vinte com as manchetes do programa. E
câmera voltou ao estúdio.
Rizek: Muito bem amigos venham fazer o Redação conosco nosso site é o
sportv.com/redação.
Lá você encontra vídeos, confere como foram os programas recentemente, vota nas
nossas enquetes e via Twitter @redaçao_sportv
Você participa do debate e faz a resenha comigo Chico Maia e o Sérgio Xavier.
144
O que eu mais vejo na galera do Twitter que segue o Redação, que está todo dia
conosco, é a reclamação que: "a esse programa defende os times do eixo Rio-São
Paulo, ele não dá voz a quem está indignado.
Pois bem, hoje temos aqui um jornalista que é gaúcho o Sérgio Xavier, e um que é
mineiro que é o Chico Maia, para debater com vocês. Vamos também ao Recife,
vamos também a Porto Alegre conversar com Diogo Olivier. Recife com o George
Guilherme. E vamos fazer um programa nacional como fizemos todos os dias. Chico
Maia, bem vindo ao Redação! Tudo bem?
Maia: Prazer em revelo, André! Tudo bem?
Rizek: Tudo ótimo.
Maia: Você falou ai de quem reclama de arbitragem, os mineiros e os gaúchos são
chorões, reclamam muito da arbitragem?
Rizek: Não, vamos separar os mineiros em dois lados. Os cruzeirenses nas últimas
duas rodadas não tem o que reclamar de arbitragem.
Chico Maia: é verdade
Rizek: e os atleticanos nas últimas 3 rodadas tem muito o que reclamar.
Chico Maia: é verdade, sem dúvida alguma no Brasil quando um time começa a
reclamar muito de arbitragem, começa a chamar ele de chorão. Mas é tradicional, o
Atlético tradicionalmente é maior prejudicado pelas arbitragens. E quando você não
tem um time 100% acima da média, a arbitragem faz diferença quando tem muitos
erros seguidos contra o seu time.
O Cruzeiro foi campeão Brasileiro, e teve muitos erros de arbitragem contra o seu
time, nesses dois títulos consecutivos que o Cruzeiro teve, porém o Cruzeiro tinha
um time acima da média. O Marcelo Oliveira conseguiu montar um time acima da
média que superava as arbitragens e erros sucessivos.
Só que esse ano a situação ficou muito complicada, viu André? Complicada de mais.
Rizek: Não, eu concordo.
Inclusive, deixa eu até conversar com minha equipe aqui no ar. A gente tinha
preparado para o próximo bloco um clipe de manchetes da imprensa mineira que
abraçaram a briga do Galo contra a arbitragem, se a gente tiver pronto para esse
bloco ainda... Ainda não tem pronto!
Mas vamos mostrar aqui os jornais mineiros, O Tempo aonde trabalha o Chico Maia,
O Estado de Minas, eles têm rechaçado a reclamação do Atlético Mineiro.
E você Sérgio Xavier, concorda com isso?
145
Xavier: A notícia de ontem não tem a ver com o apito, acho que tem a ver com a
toga, os auditores o STJD. Essa história do Dudu, que a gente vai falar daqui a
pouco é um absurdo, é um absurdo. A gente às vezes reclama de mais do erro
humano, da linha de impedimento, dos 5 centímetros, eu sempre desculpo o
bandeirinha que erra por pouquinho porque eu acho que tá faltando arbitragem
eletrônica. Eu acho possível você cobrar de um cara que numa jogada muito rápida
que inventar pra cá e outro vai pra lá, esse é o ponto.
Agora decisões muito diferentes de tribunal, ai não, ai não! Ai acho que a gente tem
que chiar e deve existia uma certa isonomia.
Acho que o Palmeiras foi extremamente beneficiado pelo... Pelo que o Rizek vai
falar daqui a pouco.
Rizek: Os jornais, quem abriu os jornais quem leu os portais... Viu a notícia de que o
Palmeiras fez um acordo com o STJD trocando a suspensão de 180 dias, que era
aquela, em qual o Dudu estava denunciado e condenado em primeira instância, por
uma suspensão de seus jogos a cumprir. Já cumpriu dois vai ter mais quatro a
cumprir. O que os portais, os jornais não explicaram é as bases desse acordo.
Como assim houve um acordo entre o clube e o tribunal? A gente também está em
busca dessa explicação. Nós tentamos contato com a diretoria do Palmeiras com
pessoas do tribunal, que possam aqui no Redação por telefone explicar esse
acordo, inusitado. Eu não lembro de ter visto um outro acordo dessa natureza. É
justo, não é? Acho que a gente vai ter mais detalhe depois de saber do acordo
anunciado ontem, que também teve o Emerson Sheik com uma punição branda em
relação à expectativa daquilo que ele podia pegar. Por ter ofendido o árbitro na
partida entre Flamengo e Vasco, transmissão da TV Globo.
O Sérgio Xavier tem um trabalho para muitos, dito dos sonhos. Porque de manhã e
à tarde ele cuida disso aqui “ó”!
Rizek: mostra uma revista Playboy.
Da revista playboy. Das matérias das entrevistas. Essa é a capa da última. E a noite
ele vai comentar futebol na radio Band News, aliás, comentou a seleção ontem à
noite. Mulher de dia futebol à noite.
Risos.
146
Então me explica Sergio Xavier Filho o que um frei está fazendo na capa da revista
Playboy. É a entrevista com o Frei ao lado da menina da capa.
Xavier: A mulher da capa. É bom a gente explicar, ela tem tudo a ver aqui com o Rio
de Janeiro. É aquela gari que fez muito sucesso, tudo mundo queria conhecer
melhor a gari gata, Rita. E a gente vai mostrar um pouco ela. Vamos fazer um perfil,
podemos dizer assim Rizek?
Rizek: Eu “to” olhando o trabalho dela por enquanto aqui na capa.
Sergio Xavier: é o perfil dela, a gente conta como ela é de uma forma mais integral,
digamos assim.
O Frei Beto, tem tudo ver com isso de uma maneira geral. Ele fala de desejos, ele
fala de sexo, de charutos com Fidel Castro. Umas das melhores entrevistas dos
últimos têm. Recomendo.
Maia: Mineiro, mineiro Frei Beto.
Xavier: Você tava falando da mãe do Frei Beto que e muito conhecida, como a
rainha da culinária mineira.
Chico Maia: a rainha, a saudosa Estela Olibania, mãe do Frei Beto, famosíssima,
tem até livros sobre a colunaria mineira, especificamente. E o Frei Beto é uma das
joias mineiras, da intelectualidade mineira.
Rizek: Tem também uma entrevista com o Ray, contou alguma coisa de bom o Ray
nessa entrevista?
Xavier: Olha, a gente perguntou inclusive de uma fama: olha porque dizem que o
Ray é gay, ele fala concretamente sobre isso, mas só lendo eu não vou falar mais
detalhes.
Rizek: Tá bom. Olha a gente vai contar em detalhes como a imprensa brasileira,
olha que coincidência, como a imprensa brasileira tem uma maldição, em tudo que
ela fala o que vai acontecer, faz projeções e acontece o contrário.
A gente abriu o Redação ontem falando como é chato, como tem sido chato
acompanhar os jogos da seleção brasileira. Não sai gol, não tem notícia, não tem
ideia nova de jogo, foi uma partida modorrenta contra a Costa Rica no Sábado. Ai a
seleção ontem fez uma partida divertidíssima que teve as seguintes manchetes no
Brasil.
Na tela jornal A Folha de São Paulo.
147
A Folha de São Paulo preferiu destacar o retorno em alta do Hulk e do Lucas Moura
que entrou no segundo tempo e participou muito bem da goleado por quatro a um
sobre os Estados Unidos.
Ilustra jogo na tela.
Esse é o gol do Hulk, e algumas jogadas do Lucas que a gente separou pra vocês
no comecinho, depois tem mais detalhes. Como essa assistência para o gol do
Rafinha.
Os outros jornais como Estado de S. Paulo, Zero Hora e como Estado de Minas.
Preferiram tratar do Neymar. Que o Neymar é o cara que muda o jogo, dizendo que
quando ele entra o jogo muda, vira uma aula um show.
A Folha de São Paulo foi para um lado, os oitos grandes jornais do País, outros dos
grandes jornais do País foram para Neymar.
Tela imagens dos jornais.
A gente roda aqui os melhores momentos, a gente mostra para que lado vai Chico
Maia e Sérgio Xavier, ao analisar Brasil quatro Estados Unidos um.
Enquanto rodava os melhores momentos na tele. Rizek e convidados
comentavam a partida.
Rizek: Sérgio Xavier qual seria sua manchete de Brasil 4 Estados Unidos 1.
Xavier: eu acho que o Brasil perdeu uma ótima oportunidade de testar o time das
eliminatórias.
Rizek: O Dunga sempre apanha cara. Ganha de 4 é a manchete é o que o Dunga
não fez!
Xavier: Isso, isso. Olha sinceramente eu to muito tranquilo para elogiar o Dunga,
acho que em 2010 ele fez um ótimo trabalho. A gente elogiou muito ele na época da
placar, né. Eu gaito muito do Dunga, acho que ele fez certo em não convocar o
Neymar na Copa do Mundo de 2010. Discordamos eu acho né?
Rizek:Não é que ele levou o grafite. Grafite ou Neymar?
148
Sérgio Xavier: preferiu o grafite. Na época eu preferia o Grafite.
Então assim, eu gosto do jeito que o Dunga arma os times de traz pra frente, e etc...
O único problema que o Dunga não tá evoluindo e ele tá muito dependente do
Neymar. Ontem era jogo pra ele não usar o Neymar em nenhum momento.
Rizek: Mas se tá esquecendo que tem um acordo comercial.
Sérgio Xavier: então eu sou contra
Na tela lances da partida.
Rizek: Embora a CBF negue, é público e notório que nos contratos de jogos da
seleção brasileira, você se compromete a levar o time A. É o time A hoje é o
Neymar, o Neymar tem que jogar ele tem que entrar em campo.
Sérgio Xavier: Isso.
Maia: Até convocação do Kaka.
Rizek: Sim, o Kaka também muito óbvio ... Embora a CBF negue. Porque o contrato
ele não diz, o contrato tem que convocar o Neymar. O contrato diz se você tem que
levar suas principais estrelas. E a CBF já foi contada, não exatamente a CBF, ela
vendeu a uma empresa estrangeira os direitos dos amistosa. E ela que negocia é
ela que decide, o Brasil joga aqui, o Brasil joga ali, joga acolá. E nos contratos que
essa empresa faz, nos contratos estão lá: queremos o time A, e o time A tem
Neymar. Se o Neymar não joga a empresa é cobrada e a cota do Brasil pode
diminuir.
E o Neymar entrou em campo sem dúvida nenhuma por isso.
Xavier: deixa eu só pegar um ponto táticos nisso. No primeiro tempo o Brasil é o
Brasil de verdade. É o Brasil das duas primeiras partidas das eliminatórias que não
terma o Neymar. E o Brasil foi se virando. O Willian apareceu mais, o Douglas tentou
alguma coisa, o Luiz Gustavo, que você destacou foi muito bem e etc. Ai o
aconteceu o Brasil ganhou de um a zero não deu chance para os americanos, era
um time organizado mas sem grande brilho. Ai entra o Neymar, o Neymar, entre
aspas, ele dá uma bagunçada na equipe. Porque todos os jogadores ficam
procurando: "cadê o Neymar, cadê o Neymar, deixa eu pegar a bola e tocar pra ele.
Então a criatividade do resto do time quase que vai embora, vira tudo Neymar. É o
time inclusive, fica mais aberto deixa os Estados Unidos atacar mais, etc.
149
Rizek: Mas é natural, né? A gente critica o Messi porque ele não faz isso ai que o
Neymar faz: bagunçar o jogo partir pra cima, jogar sozinho. O Messi é criticado por
isso.
Xavier: Eu acho ótimo Rizek, se você tem um time bem organizado e você tem um
jogador que bagunça perfeito! A gente não um time bem organizado, e não
consegue organizar.
Maia: Ficar dependendo só de um jogador complica né? Ai como aconteceu na
Copa América do Chile. O Neymar saiu do time o time murchou.
Xavier: Chico, volta pra 2010, eu elogiei o Dunga, acho sensacional, mas em 2010 o
Dunga não tinha um plano B. Se aquele jeitinho de jogar não desse certo não tinha o
que fazer. Tomou um gol da Holanda, não sei o que, se desestruturou e foi embora.
E de novo, o plano B é jogar sem o Neymar. E a gente não sabe.
Rizek: E agora, que bom que a gente depende de um Neymar, ruim era depender,
sei lá de um perna de pau. Não quero citar nomes aqui.
Não, não é um perna de pau, é um bom jogador. Mas ruim era depender de um
Firmino. Um atacante de razoável pra bom, o Brasil depende de um jogador
fantasiado que é o Neymar, que bom.
Maia: Agora, qualquer treinador ele vai ter que de surpreender por essas questões
comerciais com a CBF e as parceiras dela. A mas a CBF nega? Vai negar sempre.
Vai negar como nesses depoimentos que a gente vê na lava jatos e outros, o
acusado sempre nega.
Xavier: Chico, vamos lá! No primeiro jogo Neymar jogou dez, quinze minutinhos,
né? Pouquinho!
Se existe alguma coisa no contato e um dez minutos, pelo menos tem que entrar em
campo. Então deixa o Neymar entrar no fim, mas deixa o time tentar de achar
sozinho. Mas não, bota o Neymar, fica legal, a gente fica feliz, vê uns golzinhos. Só
que quando chegar a hora de jogar contra o Chile, não vai ter o Neymar e ai, como
faz?
Maia: E todo mundo fala isso hoje, que o Neymar entrou o Brasil deslanchou,
bagunçou o jogo e o Brasil goleou depois que Neymar entrou no jogo.
Rizek: Agora é duro ser técnico do Brasil, até quando o time joga bem goleia, a
gente faz críticas porque jogo não devia ser tão fácil, era melhor testar o Brasil sem
o Neymar. Os Estados Unidos, pra quem se i pressionou com a baba que foi, que
foram os Estados Unidos, algumas informações: os 4 melhora jogadores da Copa
150
não estavam em campo. O goleiro Tim Howard não estava, o Donavam não estava,
o Dobson não estava e um jogador de pouco fama, o lateral direito Johnson. Você
gostou muito desse jogador? (Apontou para Xavier)
Xavier: muito, muito. Botei na minha seleção na Copa.
Rizek:Na minha também. Não estava, entre outros.
Foi um time diferente daquele que esteve na Copa do Mundo. Mas é mais ou menos
a base que venceu esse ano a Holanda.
Xavier: Alemanha.
Rizek: Alemanha.
Xavier: Quer dizer, pra baba não serve.
Rizek: É que ontem foi uma baba.
Xavier: Jogou muito mal. Vamos dizer, uma coisa é você jogar mal, outra coisa é
você ser ruim. Eu acho que os Estados Unidos não são ruins. Jogaram mal, é
diferente.
Rizek: Vou abrir aspas para dois personagens que viveram... Para alguns
personagens da seleção Brasileira na verdade. Vamos ouvi-los depois de Brasil 4,
Estados Unidos 1.
Rodou vinheta característica do quadro abre aspas.
Sonora dá entrevista do técnico Dunga. Que foi concedida depois do jogo.
Durou cerca de um minuto.
Após, entrevista com o zagueiro Miranda, também realizada depois do jogo.
Durou cerca de 30 segundos.
Por último, entrevista com o atacante Rafinha, feita depois do jogo. Durou cera
de 15 segundos.
Imagem volta para o estúdio.
Rizek: Olha A Folha destacou Hulk, Lucas Moura, os outros jornais destacaram
Neymar, e eu serei o editor do contra, eu queria destacar o Rafinha. A minha notícia
do jogo foi o Rafinha. Vamos rodar imagens dele.
Na tela imagens do Rafinha no jogo.
151
Rizek: Que entrou no segundo tempo. O Luiz Gustavo e Elias estavam jogando
bem. Mas o Rafinha entrou e deu outra dinâmica no jogo.
Tudo bem que ele já entrou com o time desfalcado, com o jogo aberto é outra
história. Mas é um jogador que apareceu na área para concluir, que marcou, que
correu o campo inteiro. Estou muito animado com o Rafinha.
Xavier: Tem um lance no segundo tempo que foi que foi quando ele entrou, que lá
no canto, lá na lateral direita ele dá uns três carrinhos pra roubar a bola e até
consegue. Quer dizer, a garra dele, a vontade dele de avisar o Dunga.
Ilustra do jogo na tela.
Eu quero estar na próxima Copa do Mundo, foi flagrante. Jogador com espírito de
Seleção Brasileira, gostei bastante.
Maia: jogador que jogou solto parecia que já era veterano em convocações.
Xavier: E eu acho que o outro é melhor, o irmão dele o Tiago.
Rizek: Mas que coisa, o Mazinho, foi um excelente jogador de futebol, Mazinho foi
excelente, alguém discorda?
Maia: Não. Ele era um operário.
Todos falam juntos:
Xavier: Eu concordo com o Rizek.
Maia: Era um jogador de conjunto.
Rizek: Eu discordo. Foi lateral direito, lateral esquerdo, volante.
Maia: Onde o colocavam ele jogava bem. Fazia um feijão com arroz. Eu colocaria no
meu time, agora crack....
Rizek: Não, não disse se ele é crack. Tomei bastante cuidado. Falei que ele era um
excelente jogador de futebol, excelente. E produziu dois jogadores de futebol.
Jogadores que podem passá-lo. Tiago Alcantara se joga no Bayer e preferiu ser
espanhol e o Rafinha que joga na seleção e no Barça.
Xavier: a gente lembra aquele gol do Bebeto em 94, que ele começara com o
Bebeto embalando, os que deram certo foi o que o Mazinho embalou né?
Risos.
Que maldade, vou retirar o que eu disse.
Rizek: É verdade, o filho do Bebeto não virou bom jogador, pelo menos Te agora.
Maia: Pior que uma safra só não dá tempo de fazer bons jogadores.
152
Rizek: falar de bons jogadores que entram bem ontem, o Lucas Moura, entrou bem
ontem né?
Xavier: Eu acho que o Lucas confirmou a convocação dele para as eliminatórias.
Ilustração na tela lances do Lucas.
Às vezes a gente tinha uns takes dele no banco, e ele tava com uma cara de
incomodado de que queria entrar. E entrou querendo jogo.
Xavier: Esse lance é polêmico, o Neymar sai do impedimento, ele tá impedido
naquele lance que o Lucas pega a bola, mas ele participa ou não participa do lance?
É um corta-luz ou não é um corta-luz?
Rizek: Eu fiquei com essa mesma dúvida, e o Rafael Rezende participou da nossa
transmissão e na opinião do Rafael foi um gol ilegal.
Xavier: Eu também concordo eu também to com ele. Mas essa nova leitura de
arbitragem se o cara não toca na bola ele não participa. Eu não concordo, o Neymar
ao vir pra cá ele desconcerta o zagueiro, porque acha que ele vai tocar bola e ele
não toca.
Maia: Ai que entra a dificuldade da arbitragem na questão da interpretação, essa ai
bem os meios tecnológicos que eu defendo também que sejam adotados pela FIFA,
nem os meios tecnológicos vão conseguir consertar ou resolver os problemas de
arbitragem, é uma questão de interpretação.
Rizek: Se tiver como mostrar de novo, é o primeiro lance das últimas imagens que a
gente mostrou do Lucas, o corta-luz que o Neymar faz para que o Lucas possa
passar.
Na tela a imagem do lance.
Xavier: Ai ó essa jogada, ele vai tocar e o Neymar tá voltando do impedimento.
Rizek: Não, tocou para o Neymar.
Não, mas a regra ainda fala de atrapalhar o campo visual, claramente o Neymar
atrapalha o campo visual. E ai tem mais imagens do Lucas.
Câmera volta ao estúdio.
153
A gente fala agora do jogador que é o patinho feio da imprensa brasileira. A
imprensa brasileira custa a elogiar esse jogador, porque no nosso imaginário de
atacante brasileiro, a gente imagina um jogador insinuante, habilidoso, driblador.
Não é o caso do Hulk, que é um jogador de grande utilidade tática...
Na tela imagens do Hulk na partida.
Mas não tem essas características, que historicamente fez a gente se encantar por
vários jogadores da seleção brasileira. Mas os dois amistosos do Brasil deixou boa i
pressão o Hulk.
Xavier: A ele renova e esse gol é bacana porque ele bate muito bem com a perna
ruim.
Imagem de volta ao estúdio.
Maia: É interessante, há jogadores que não caem nas graças de modo geral. Tanto
da mídia quanto dos treinadores, da seleção.
Xavier: As pessoas criticam o traseiro do Hulk.
Maia: Eu cito aqui o goleiro Cassio do Corinthians. O Cássio pra mim há algum
tempo é o melhor goleiro do futebol brasileiro. O Cássio nunca é lembrado nem por
treinadores nem por a mídia.
Rizek: Você acha ele superior ao Jeferson.
Maia: Acho muito superior.
Rizek: É?
Maia: Cássio por exemplo, no jogo, no clássico de domingo, a defesa que ele fez no
finalzinho do jogo, aquela cabeçada do Leandro Almeida. Ele contrariou a física. Nós
costumamos dizer que raramente o goleiro consegue se recuperar e pegar no
contrapé aquela defesa. Eu só vi uma vez um goleiro fazer aquela defesa que ele
fez, que foi o Manga. Que foi o jogo do Internacional.
Xavier: Internacional e Cruzeiro em 75.
Maia: Internacional e Cruzeiro lembra? Chutaso do Nelinho, que a bola foi pra um
lado o Manga foi para o outro, voltou e conseguiu tirar aquela bola que seria o gol do
Cruzeiro em 75. E o Cássio fez isso, coisa raríssima de acontecer.
154
Rizek: Eu acho o Cássio um grande goleiro porque ele se destaca nos grandes
jogos, mas eu acho o Jeferson mais regular que o Cássio. E também e um cara que
se destaca em grandes jogos, mas aí é gosto, goleiro é muito de gosto.
Xavier: E ai no gol dos Estados Unidos tinha o Marcelo Grohe, acho que é uma
pequena falha, não chega a ser uma grande falha, porque ele é atrapalhado de fato
pelo David Luiz. Que tenta cortar a bola, não corta, a bola passa muito próximo a
cabeça dele da uma enganada. Mas era uma bola defensável.
Maia: O David Luiz tá sempre envolvido em lances assim, né? E esse é sempre
lembrado por treinadores, pela imprensa. Poxa vida, esse David Luiz é muito forte.
Rizek: Everton Moreira, como a gente acha elogiando os filhos do Mazinho que
jogaram no Barcelona, ele escreve assim aqui no nosso Twitter: "todos os jogadores
que passam pelo Barça ficam muito melhor".
Não sei se todos. Ai ele sita o Laitue.
Melhorou no Barça?
Xavier: eu acho que quando... Depois ele vai jogar no futebol inglês ele tá melhor
mesmo.
Rizek: E cita o Masquerano, que de fato melhorou muito no Barcelona.
Xavier: Verdade concordo com ele.
Rizek: Então o Everton Moreira, no caso do Davi seja jogar no Barcelona. Umas
duas ou três temporadas.
Maia: Pra poder evoluir um pouquinho.
Rizek: Agora Chico Maia, sabe que Flamenguista é uma raça observada pelo clube,
como poucos são no mundo. Flamenguistas aqui do canal campeão, foram achar
em 2011 um Twitter do Rafinha Alcantara, ou seja há 4 anos, com os seguintes
dizeres:
Na tela o Twitter
Para todos os brasileiros! Sou flamenguista! E meu sonho é jogar um dia no
Flamengo!
Rizek: Tá aí, belo achado aqui da nossa equipe, faz mais de 4 anos.
Maia: tinha que vir agora
Xavier: E se jogasse mal, iam achar isso?
Rizek: Acho que não.
155
Risos.
Tela de volta ao estudo em plano aberto na bancada.
Tela em plano médio em Rizek.
Rizek: Que legal, que boa lembrança. Que sem citar nomes, parabéns aos
flamenguistas que acharam esse tuíte pra gente.
Nos Estados Unidos como futebol a ficando popular por lá, a imprensa já cobra
resultados e critica a atuação da seleção do técnico Klinsmann depois da partida de
ontem. Que ver?
No diário da região que sediou a partida o Boost Mobile,
Ilustração na tela imagens de jornais
O abre do texto é o seguinte, foi um pesadelo revivido, dez caras de amarelo sem
sobrenome, dançando por noventa minutos como sempre foi.
Nossos jogadores não tem sobrenome mesmo.
Ai outro jornal que eu mostrei agora.
Brasil brincou com os Estados Unidos, como se os americanos fossem peladeiros.
Esse domínio texto do Washington Post. Que considerou a seleção do seu país de
inofensiva.
O New York Times pergunta o que Klinsmann queria com tantas experiências na
defesa. Se na véspera ele disse que não daria para experimentar nada contra um
time como o Brasil. Atuações de Willian, Neymar e Rafinha foram elogiadas no New
York Time.
E na Sports Illustrated também preocupação com o desempenho dos Estados
Unidos antes da partida conta o México. Que define quem será o represente na
Conmcacaf na Copa das confederações.
Tela de volta ao estúdio.
Os últimos campeões da Concacaf se enfrentam e vão decidir quem será o
representará da América na Copa das Confederações.
156
O time dos estados unidos que foi bem nos amistosos foi muito mal na última Copa
Ouro, que é o torneio da Concacaf, e ontem deixou uma péssima impressão. Eu não
vi os amistosos que ele fez com Holanda e Alemanha, eu confesso. Mas ontem foi
muito mal, muito.
Xavier: Eu vi contra a Holanda e jogou muito. Jogou muito. Gol pra lá gol pra cá. E
ontem foi absolutamente decepcionante.
Maia: Agora, que bom que a imprensa americana esteja dando essa importância ao
futebol, e com críticas muito semelhantes a imprensa brasileira, a imprensa
argentina, a imprensa europeia, a seleção deles. Porque a algum tempo o espaço
deles, ao soccer, ao futebol deles era mínimo.
É o que eles quiseram dizer, Andre, a essa frase, sem ironia, jogadores de amarelo
sem sobrenome?
Rizek: Não, é porque nossos jogadores são Neymar, Firmino, Robinho.
Maia: não são nomes compostos.
Rizek: Não são nomes compostos. Pelé.São a fama de chamar por apelido o
jogador.
Xavier: Mas tá mudando.
Rizek: Está mudando.
Xavier: O que tem de Rafael Correia...
Maia: Giovane Augusto.
Rizek: Luiz Otávio.
Maia: Rafael Carioca.
Rizek: Rafael Marques. Tá mudando.
Mas você falou, em 98 eu tav anos Estados Unidos pra cobrir... No Diário O Lance.
Serginho tava também.
Xavier: Estudamos juntos.
Rizek: Na época Sérgio Xavier diretor da placar, e eu repórter do Lance. Estava
também lá Chico em 98 pela Copa Outo.
Maia: Não, pela Copa Ouro não.
Rizek: Zagalo dirigia o time, e o Brasil enfrenta os Estados Unidos em Los Angeles.
O estádio tava vazio não tinha ninguém no jogo e você abria os jornais pra ver sobre
a partida não tinha nada nem uma linha é igual sei lá uma seleção de pelota basca
de algum país europeu tivesse viesse jogar contra a Seleção Brasileira ia sair duas
notinhas. Se saísse, no Lance.
157
Maia: espaço que tem o futebol Brasileiro, futebol americano aqui no Brasil, por
exemplo.
Rizek: Os Estados Unidos ganhou pela primeira vez na história da Seleção
Brasileira uma eliminou Brasil da competição, inclusive foi pra final foi pra final contra
o México. Comprei o jornal no dia seguinte, tinha cinco linhas, we won the Brazil,
ganhamos do Brasil informando. E o destaque era Lakers vence Boston. Então de
98 pra cá cobertura mudou muito, então primeiro passo pra você ver que uma
seleção está grande É que as críticas estão fortes.
Maia: É o famoso fale mal, mas fale de mim você não está chamando eu sei que
ninguém não está nem aí e já que está sendo criticada é porque o público lá está
dando interesse e a própria média de público do campeonato norte-americano
excelente é maior que a nossa.
Rizek: é maior que a nossa
Maia: é maior que a nossa que futebol brasileiro está em torno de 28 a30 mil
pagantes a média do campeonato norte-americano
Rizek: E ontem foi um dia de seleção porque Seleção Olímpica Brasileira entrou
mais cedo contra França, a França no campeonato sub 21 e o Brasil perdeu de
virada perdeu (na tela imagens da partida) de virada o esporte ver mostrou o Brasil
saiu na frente no placar com gol conta de Kimpembe.
Xavier: Uma partida estranha.
Rezek: E aí o gol de empate de Amavi.
Xavier: E o azar de bola na trave bate nas costas do goleiro
Haller, fez o gol da vitória francesa quero mostrar quem estava em campo na vitória
do Brasil foi um esquema 4-3-3.
Na tela imagem gráfico de um campo de futebol com escalação do Brasil,
Rizek: Goleiro é o Ederson do Benfica de Portugal o Maicon do Livorno da Itália é o
lateral-direito o Walace do Mônaco e o zagueiro Dória do Marcele zagueiro e o
Wendel do Bayer livre, é o lateral esquerdo. Formando a defesa do meio campo
Rodrigo Caio do São Paulo, o Lucas Silva do Olympique atualmente, Felipe
Anderson do Lazio da Itália, no ataque o Kennedy do Chelsea e o Luan do Grêmio
que desfalco Grêmio por causa desse jogo.
158
Os gremistas devem ter adorado ver o Luan em campo ontem à tarde, pela Seleção
Olímpica.
Rizek: Sem dúvida.
Maia: O Alisson, o Alisson é uma das revelações do Cruzeiro é um grande jogador
faz falta hoje é o time do Cruzeiro e pegando sequência de jogos sem contusões uai
o seu nome aí que o Brasil vai ouvir falar demais nesse atacante do Cruzeiro.
Xavier: Mas no caso do Corinthians que você comentou do Luan né o Luan com
Seleção Olímpica e o Elias está na seleção principal que é que faz mais falta? Acho
que o Luan né acho que não é mais representativo
Rizek: Luan e Grohe São dois jogadores. Sérgio Xavier o grêmio acaba perdendo se
bem que o Corinthians se bem que o Corinthians perder e o Luciano né você não
deveria estar nessa seleção também só não está porque machucou
Rizek: E o prejuízo do grêmio e a cada lance que eu sofreu uma entrada sofreu foi
um carrinho, eu vendo no Twitter os gremistas desesperados
Pelo amor de Deus será que ele se machucou não ele não se machucou olha
Vamos à Brasília agora falar com nosso repórter André Barroso que vai trazer
noticias sobre a CPI do Futebol, direto da capital federal. André, bom dia, bem vindo
ao Redação! Tudo bem?
Barroso: Bom dia Rizek, aos amigos do Redação. Pois é, estamos aqui com mais
informações da CPI, a comissão tinha uma reunião programada para amanhã, só
que foi adiado esse encontro para próxima quinta-feira. De acordo com o
comunicado do assessor Romero Jucá, não conseguiu viabilizar a tempo a ida dos
convidados a essa sessão. Os convidados para essa sessão são ex jogadores de
futebol, e ai ninguém menos que Pelé, Cafu, Zico, Roque Júnior os nossos
companheiros aí do Sportv Carlos Alberto Torres, Ricardo Rocha o Juninho
Pernambucano comentarista da tv Globo e também o Paulo André esse ainda está
em atividade. E deve ser chamado como representante do bom senso é FC. Os
auditores querem escutar esses profissionais sobre o cenário do futebol brasileiro
atualmente e antigamente e claro, perguntar pra eles se eles tem conhecimento de
alguma mazela, alguma suspeita de irregularidade envolvendo aí a Confederação
Brasileira de futebol, Rizek. Portanto esse encontro está marcado para quinta-feira o
senadores esperam que possam viabilizar a presença desses ex atletas. E atletas
no caso o e o Paulo André na CPI do futebol aqui em Brasília
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Câmera dividida entre Rizek e o repórter de Brasília.
Rizek: E tudo indica que vai ser uma entrevista mesmo vai ser um bate-papo.
Xavier: Uma sessão de autógrafo talvez
Rizek: É verdade como já foi.
Xavier: Vamos lá fotografar pegar uma camisa pro meu filho.
Rizek: Já vimos várias vezes
Maia: Olha aqui é só uma expressão que a gente gosta de usar muito lá em Minas é
o famoso nas gastar a vela com mal defunto.
Risos
Maia:A CPI Romero juncar Fernando Collor de Mello na CPI e algumas outras
figuras aí a esse país não tem jeito de dar certo não viu.
Rizek: Calma, Chico um dia vai dar certo. E o André muito obrigado pela sua
participação.
Tela dividida entre Rizek a direita e André esquerda.
Bom trabalho pra ti, bom trabalho a todos aí em Brasília até a próxima
Até a próxima Rezek um grande abraço pra vocês.
Tela só em André Rizek no estúdio.
Rizek: E se deixar e o Ricardo Rocha contar histórias ele vai ficar ele fica dois dias
lá contando histórias
Xavier E vão rir muito.
Rizek: Vão rir muito, ele é uma das personalidades mais engraçadas com quem já
conversei no futebol se deixar homem falar ele vai tomar conta da CPI e vai dar
muito autógrafo também porque merece o nosso Ricardo Rocha.
Bom quem não tem dado muito autógrafo é Diego Costa na Espanha eu sei que o
Sérgio Xavier adora o Diego Costa acho que o Brasil perdeu um grande atacante etc
etc etc...Vamos falar da Espanha agora.
E lembrar a primeira manchete do Marca na segunda-feira. O Marca empolgados
com uma vitória sobre a Checoslováquia (na tela espaço imagens do Marca)
160
Rizek: Toque de Campeão, porque celebrava volta do tique-taque 75% de posse de
bola. David Silva Iniesta e Fabregas com muitos passes geniais em campo beleza
só que ontem (na tela imagens do jornal marca espaço) eles ganharam de uma zero
com gol contra da Macedônia e aí o texto é pesado o texto de hoje é o seguinte: má
partida da Espanha sem criar chances de gol sem soluções e sem Diego Costa.
Um Churro
Xavier: Não é aquilo que a gente está pensando doce de leite?
Rizek: Não, não é comida...
Maia: Fiasco...
Rizek: Um churro é uma expressão em espanhol.
Tela volta em Rizek.
É um termo meio chulo para falar aqui nesse horário na tradição, um acaso uma
sorte a gente pode mostrar gol (na tela imagens do gol).
Olha só um churro é isso aí meus amigos.
Quando acontece no jogo de futebol isso aí é um Churro esse foi o gol da vitória da
Espanha que agora fica só um empate da classificação para euro. E o mundo
Deportivo de Barcelona hoje fazer uma conta, É só um show mesmo galera
podemos tirar as imagens que o jogo foi bem fraco. E aí o mundo Deportivo (na tela
imagens do jornal mundo Deportivo).
Rizek: Ele faz a manchete com Diego Costa, Diego Costa não vinda na seleção.
Disse que ele não se encaixa nessa seleção de, Disse que ele não se encaixa nessa
seleção de toque de bola que a Espanha está retomando o time toca ,toca a bola e a
bola para nele porque ele não é um jogador de toque refinado, e traz a marca do
artilheiro. Um gol em 586 minutos em.
Xavier: Eu vou tentar defender o meu ídolo Diego Costa. Que deveria estar jogando
pela Seleção Brasileira, de verdade. Não estou fazendo ironia alguma. É a Seleção
Espanhola tem grande dificuldade para encaixar um centroavante, David vila que foi
sucesso, sempre teve alguma dificuldade de adaptação.
Rizek: Mas ele não era centroavante, foi insano essa situação de centroavante,
porque eu Torres não deu conta do recado o Torres não deu conta do recado.
Xavier: Eu ia chegar no Fernando Torres, Fernando Torres supervalorizado sobre
contratação Liverpool, não sei o que fracasso total. A seleção espanhola quando ela
161
está bem ela já tem dificuldade para abastecer o centroavante, É um time de muita
rotação né. Quando a seleção já não é mais aquilo tudo, e já não é mais aquilo tudo
a copa do mundo foi a prova. Acho que o centroavante, ele fica mais exposto acho
que assim... E essa nova dificuldade, então acho que o Diego Costa sofre muito com
a questão prática.
Chico: Mas você considera que ele acertou optar pela Espanha ao invés de optar
pelo Brasil na copa do ano passado
Xavier: Aí eu se pudesse faria mesma escolha porque ele estava ali o que ele
queria do Felipão na época.
Maia: Uma garantia.
Xavier: O Brasil não deu essa garantia, e a seleção espanhola fez o contrário meio
que deu essa garantia.
Imagem volta para o estúdio
Xavier:Poxa, você tem duas seleções que são favoritos ao título. Uma oferece: olha
eu te dou aqui a ficha número um; a outra te diz onde você entra lá no fim da fila que
de repente te chamam.
Maia: E ainda foi crucificado.
Rizek: Sim virou… olha quero elogiar o Artur Sandovália, Luís Antonio Júnior que
acertaram com precisão o que quer dizer churro em espanhol quando a gente fala
de futebol. (Em GC @ redação_sportv)
Rizek: O que vocês escreveram exatamente é o que o Christopher Lima, escreve
aqui pra gente: respeitem a pátria que não tem culpa das mazelas que vem vivendo
futebol e a política jornalista gosta de denegrir. Olha Christopher eu acho que a
melhor maneira de respeitar a pátria, sendo crítico com as coisas que acontecem
com ela eu não vi nenhum desrespeito do Chico Maia pelo contrário ser crítico com
as coisas da pátria é que respeitar esse país. Fechar os olhos é que seria um
grande desrespeito. É o que eu penso do assunto.
E convido os amigos… Se o Chico Maia quiser falar algo.
Maia: Não acrescentar algo depois da uma defesa dessa ai, poxa vida!
E aqui convido os amigos, nesta quarta tem futebol campeão na tela do canal
campeão, a partir das 8h30 da noite, a gente vai mostrar os jogos em andamento,
não os jogos na integra, Mas os jogos que estão passando na rodada do
162
Campeonato Brasileiro. O que isso muda na tabela, time sobe time desse, time Caio
é um hoje às 8h30 da noite. Futebol campeão ao vivo aqui na tela do canal
campeão.
A gente faz agora nosso primeiro intervalo, no próximo bloco Campeonato Brasileiro
em destaque aqui na redação a gente volta já já.
Vinheta característica do intervalo do programa Redação Sportv.
Segundo bloco.
Vinheta característica do programa anuncia volta do intervalo comercial.
Rizek: O Redação está de volta hoje com o Chico Maia colunista do jornal o Tempo
de minas gerais, o Sérgio Xavier filho diretor da revista Playboy e comentarista da
rádio Band meus.
E vocês conosco na internet fazendo o Redação diariamente(em GC o Twitter na
tela)
Olha, a rodada do Campeonato Brasileiro Série A,que começa hoje, a gente coloca
os jogos na sua tela:
Na tela ilustração de imagens da rodada do Campeonato Brasileiro.
Rizek: E às 7h30 da noite, a transmissão começa 6h30 com Internacional e
Palmeiras.
O canal campeão mostrar para todo Brasil menos para Rio Grande do Sul que
acompanha esse jogo no canal premier. Ai tem Ponte Preta e Vasco, Atlético Mineiro
e Havaí Figueirense Atlético paranaense, Corinthians e Grêmio na arena do
Corinthians transmissão do premier, Santos e São Paulo na Vila Belmiro, e Curitiba
e Fluminense no Couto Pereira. Amanhã tem Goiás esporte, Flamengo e Cruzeiro
para todo Brasil menos para o Rio de Janeiro, Joinville e Chapecoense. Esse jogo
seria hoje Joinville Chapecoense, mas foi adiado para amanhã. A classificação do
Campeonato Brasileiro até pra vocês entender o que está em jogo desses jogos São
o seguinte são seguinte não é a seguinte. O Corinthians é o líder o galão Segundo o
grêmio terceiro. Se o grêmio derrotar o Corinthians hoje a diferença entre os dois cai
para 3 pontos. E o Atlético Mineiro pode ter essa diferença diminuída para 2 pontos.
163
Ou seja, rodada de hoje pode colocar o Atlético Mineiro, dependendo apenas disse
para ser campeão
Xavier: O Atlético se vencer então vai para 49.
Rizek: Vai para 48, você está dizendo que uma vitória vale quatro pontos, para
compensar os erros e arbitragem.
Risos...
Xavier: É que eu estou enxergando mal daqui, perdão perdão. Não mas Atlético
Mineiro não merece um pontinho a mais.
Rizek: Pode ser seria uma boa compensação pelos últimos erros
Maia: vamos defender isso no tribunal.
Rizek: Mas com o atlético vai receber o Corinthians em Belo Horizonte aí se o
Corinthians perder aí o Galo passa a depender apenas de suas forças para ser
campeão. O São Paulo fecha dia quatro aí ele é seguido pelo Atlético paranaense,
Flamengo tem chance de entrar no G4 já nessa rodada. Aí tem o Palmeiras, o
Santos, o Fluminense e o esporte na primeira página. Depois vem o Internacional
ainda tentando se decidir para onde vai nesse campeonato brasileiro, acha que
conhece, Cruzeiro do técnico Mano Menezes. A ponte preta Figueirense o Coritiba.
E na zona do rebaixamento Goiás, Avaí Joinville e o último colocado um capítulo à
parte, o Vasco da Gama.
Olha essa questão de arbitragem, olha só em Minas Gerais como jornais tem
abraçado a causa da Atlético. As informações do Atlético. Então no dia 17 o Estado
de Minas estampava.
Na tela imagens do jornal impresso Estado de Minas
Rizek: ‘Apito inimigo’. O Galo foi claramente prejudicado contra Chapecoense, na
derrota para Chapecoense, aconteceu um gol irregular do Apodi, Uma expulsão
muito mal feita de Eduardo Silva, essa é a manchete do estado de minas. Aí quando
Atlético enfrentou o Atlético paranaense.
Na tela imagens do jornal do Hoje em Dia.
164
Rizek: Hoje em dia da afirmava que o filme se repetiu. De novo um erro quanto
Atlético Mineiro. E na foto não era uma imagem do jogo não, era uma foto da reação
dos atleticanos no Independência. E no jornal O Tempo onde trabalha o Chico Maia.
Imagina a tela o jornal O Tempo.
Ainda sobre a derrota do Atlético, para o Atlético Paranaense na semana passada
dava o destaque para o árbitro do jogo, o Marcelo de Lima Henrique. Não tinha foto
de personagem que marcou gol, personagem fez uma grande defesa o personagem
era juiz. E com a manchete: É preciso. Tanto para o Cruzeiro como pro Atlético
Mineiro, e que na avaliação do jornal também vinha sendo prejudicado. Aí depois,
tem Atlético Mineiro e Figueirense Copa do Brasil, também muita reclamação.
Na tela o Estado de Minas.
Rizek: Derrotado até no apito, a imprensa mineira Chico Maia vem abraçando a
revolta?
Maia: O André, e com razão, e com razão porque foram os demais sabe, esse jogo
contra o Atlético do Paraná. Essa expulsão do Marcos Rocha foi inaceitável, o
Marcos Rocha ele balbuciou com árbitro e tomou cartão. E durante as partidas sabe
intimidação, se reportam aos jogadores do Atlético, um negócio estranho. Agora por
outro lado, o Atlético contra o Atlético do Paraná perdeu muitos gols, por exemplo,
perder oportunidades, e é preciso que a gente se lembra disso também. Então a
muitos erros contra Atlético, mas o time também dentro de campo andou deixando a
desejar. Contra o Goiás para exemplo, o Atlético fez uma péssima partida perdeu o
jogo em Goiânia e o time ficou usando como desculpa, o fato da umidade relativa do
ar, o gramado que tem dimensões maiores também tem isso, mas as arbitragens
andar o pesando e muitos jogos pesaram sim.
Rizek: E considere-se um privilegiado que a gente tem uma vinha aqui não sei se
você já viu, que um apito ecoa aqui no estúdio,
Se… O Apito soar no estúdio… Se alguém na opinião dos nossos diretores, que
hoje Fernando Alves diretora do programa sinal pinhão dela o assunto arbitragem
começar a ficar chato, e com apito e a gente tem que mudar de assunto. Mas você
165
foi um privilegiado então entendeu que seu comentário foi justo com relação Atlético
Mineiro…
Maia: Obrigado, Fernanda!
Rizek: E Sérgio Xavier, você que editou atacado por tanto tempo por tantos anos, e
ler jornais diariamente o que você acha desse casamento de imprensa mineira e
volta atleticano. A imprensa mineira abraçando a revolta do Atlético nas manchetes.
Xavier: Eu acho que a gente teve aí uma, série de coincidências, a gente tem que
usar essa palavra porque, se isso for uma conspiração, se tiver algo, algum truque
alguma coisa alguém marcou alguma coisa, enfim a gente tem que provar, se não
pode provar tem que falar em coincidência não dá para passar disso. No caso do
Atlético olha foi uns três ou quatro jogos muito, uma situação muito complicada de
explicar. Eu não consigo explicar, por exemplo, porque a CBF escala bandeira que
só tinha, auxiliar, eles não gostam de ser chamado de bandeiras. O ciliar que você
tinha apitado série D. No jogo do vice-líder, do Atlético Mineiro na rodada passada.
Eu acho isso estranhíssimo, estranhíssimo. Assim como no jogo contra o
Corinthians, a história toda do Atlético não é só Atlético, eu Atlético e o Corinthians,
cruzando a combinação do líder e vice-líder. Nessa briga o Corinthians estaria sendo
favorecida. Eu acho que a CBF, perdeu uma chance enorme na escala de colocar o
juiz de Corinthians e Grêmio O juiz que não está em suspeito juiz em grande fase.
Rizek: Existisse ainda…
Xavier: Não, não existe, mas pelo menos o juiz FIFA.
Aí você coloca o juiz André Luiz Castro, que é um juiz que veio,tava aí dois meses
na geladeira, não é FIFA, você pede pra se incomodar né. Aí eu acho que tem uma
história de escala também. Na escala você acaba às vezes aumentando a suspeita,
aí eu acho que a CBF vai mal nisso.
Maia: O árbitro de hoje entre Atlético Mineiro e Havaí está de independência, que é
um caldeirão é a primeira vez que ele apita um jogo da séria.
Rizek: E é isso que o Levir reclamava, o Levir Culpi ter reclamado de árbitros
inexperientes, árbitros e assistentes, em profusão nos jogos do Atlético Mineiro. Eu
vou fazer contato agora com o Diogo Olivier, direto de Porto Alegre, Que para que
ele entre na discussão e faça o Redação conosco direto de Porto Alegre. Bom dia
Diogo Olivia seja bem-vindo Redação, tudo bem?
Tela dividida entre Rezek e Diogo Olivier.
166
Oliver: Tudo joia, bom dia Rizek, bom dia Serginho, bom dia Chico. Estou tentando
me lembrar da última vez que eu vi pessoalmente, que eu que eu encontrei com os
dois aí na bancada. Serginho, foi no lançamento do livro dele aqui em Porto Alegre e
o Chico olha, a última vez que a gente se viu, Olha só foi indo para o Mineirão no set
a um no ônibus aquele da FIFA, que a todos os meus da listas credenciadas.
Precisamos nos encontrar numa situação melhor em Chico?
Maia: Maior prazer te ver e Diogo.
Rizek: Meta a sua colher na cumbuca aqui no de Campeonato Brasileiro.
Oliver: Eu te confesso que eu até imaginei que o Grêmio, como instituição fosse até
reclamar mais da indicação do André Castro para indicação para este jogo. Ouvi sim
por parte dos dirigentes, o presidente Romildo Bolzan o vice de futebol César
Pacheco, que ele é inexperiente. Já passou dos 40 anos, tá um tempão sem apitar
Série A, e mais do que isso lá em 2011 teve um episódio entre Grêmio e
Corinthians, que o Corinthians venceu por três a dois, que o Grêmio foi prejudicado
com um pênalti mal marcado a favor do Corinthians. Então essa é a confusão toda,
mas eu te confesso que até fiquei satisfeito, porque é muito em função do Roger dos
jogadores, o Grêmio acabou ficando um pouquinho de lado, inclusive na mídia
mesmo ele ficaram tratando mais do jogo em si. Hoje a Zero Hora por exemplo trata
do duelo Titi e Roger, o criador e criatura, são muito amigos conversaram sobre
futebol então fala mais de futebol do que arbitragem. Então esse é um ponto
positivo. Muito em função do Roger, isso eu acho bacana. O Roger entrevistas
coletivas ele acabou não trazendo esse assunto quando vi uma pergunta ele tirava
um pouco de arbitragem e falava do jogo. E olha que o grêmio tem muitos
problemas, vai jogar com cinco desfalques. Mas então, eu acho expositivo. Com
relação às questões do sorteio esse é um ponto fundamental, porque o jogo lá entre
Atlético e Avaí decide também a disputa do título, o árbitro é o Luís Teixeira que o
Chico citou aí, gaúcho é a primeira vez que ele apita Séria A. Então não sei se é isso
que ela foi feita antes do feriado da CBF não sei se pensar na importância dos jogos,
mas o fato é que é bom não dar chance pro azar, colocaram árbitro em suspeita, ou
escudo FIFA ele escudo para isso também, né? Para evitar imaginar comprou, etc.
Eu acho que isso aí, foi o erro da comissão de arbitragem não ter colocado árbitros
FIFA nos jogos que disputam título
167
Xavier: Só pra completar Diogo Oliver, o que você está falando, eu acho que a regra
de escala, tem que ser muito cristalina. O jogo é grande tem que ser árbitro ciente,
tem árbitro de suspeito? Não tem! A gente sempre suspeita de todo mundo, é assim
que funciona.
Rizek: A gente suspeita pelo menos pra mim e da qualidade deles.
Xavier: é da qualidade deles, que seja, mas a gente nunca está satisfeito, a gente
não tem torcida organizada para juízo né? Heber, Heber, Heber!. Não tem isso,
certo? Heber Roberto Lopez que eu estou citando. Então assim, a gente sempre tem
algo contra o juiz. Então se pega aqueles que são menos criticados, aqueles que
têm um escudo FIFA, aqueles que já apitarem um jogo de copa do mundo, faz isso
pelo menos. E a CBF não tem feito.
Rizek: E olha natural que usar os com escudo FIFA, embora o Edilson Pereira de
Carvalho fosse árbitro FIFA, deixar isso claro. É que como o árbitro no Brasil não é
profissional, o cidadão que vai apitar um jogo, eu tomo muito cuidado para cobrar-lo
para que todo mundo que está ali é profissional. Jogador profissional, o técnico
profissional, o massagista profissional, o árbitro não! Então no sábado ou sexta-feira
ele trabalhou no emprego dele, ele vai pro jogo, tem que se condiciona sozinho,
arrumar um preparador físico sozinho se ele se machuca ele tem que estar sozinho,
tem que tratar de alimentação dele sozinho. E ele tem que se informar com a
comissão Nacional de arbitragem com as comissões sobre as novas
recomendações sozinho. E se aprimorar sozinho. É esse cara que a gente está
massacrando, e cobrando semana após semana. Um amador quando é árbitro FIFA
ele apita mais vezes ele ganha mais dinheiro e ele pode se dedicar mais arbitragem.
Então eu acho que isso também vai que a gente olhe para o árbitro FIFA com mais
rigor, tem menos condição de se preparar para grandes jogos. Agora falando de
futebol eu quero mostrar o que o Roger falou sobre Tite. E depois o que Tite falou
sobre jogo de hoje, vejam só:
No ar reportagem com entrevista e de técnico Titi e Roger Machado técnico
sobre. Durou cerca de um minuto.
Voltou à tela emAndré Rizek de volta estúdio.
Rizek: O Titi está se referindo a entrada do Edilson que hoje joga no Fagner que
está suspenso além do Elias que o outro desfalque do Corinthians.
168
Eu acho que eu sou um dos poucos jornalistas que acho Fagner um bom lateral.
Xavier: Eu também acho.
Rizek: Eu também acho que.
Xavier: para mim foi melhor lateral do campeonato paulista é, mas o Titi tem um
outro desfalque importante. O Gil, Gil faz muita falta.
Rizek: Sim esse faz muita falta.
Xavier: Talvez seja grande de ficção do Corinthians…
Rizek: Porque o Dracena não tá legal não é.
Xavier: Ele não está numa grande face.
Rizek: Concordo contigo.
Maia: Até porque eu Dracena ainda não conseguiu explicar por que foi o
Corinthians, né. Até hoje ele não conseguiu se firmar lá e já jogadores, por exemplo,
vocês estão falando do Fagner. Jogam futebol que precisa ser jogado, é prático, ele
afetivo, rende, A relação custo benefício é muito boa do Fagner é.
Rizek: E o Corinthians, o Grêmio está falando.?
Imagem dividida entre André Rizek e Diogo Oliver.
O Diogo está trazendo essas informações aqui pra gente dar uma atualização do
Grêmio desde a rodada do fim de semana o Grêmio está falando em fazer o jogo
perfeito e, pra ganhar do Corinthians. Retrospecto do Corinthians Itaquera A mostra
muito disso ele perdeu um jogo que disputou a contra palmeiras.
Na tela gráfico com as informações do Corinthians.
E depois como mandante ele venceu todas as suas partidas e venceu intervenção
Figueirense ver se eu conte preta, vence o Atlético paranaense e, vence o Atlético
Mineiro, e o seu Vasco, venceu Sport, vence o Cruzeiro, venceu Fluminense. Ele
teve um jogo comandante fora da arena que foi contra Chapecoense, Em
Araraquara e venceu também e narina perder um jogo atenção todos os demais ele
é o melhor mandante do Campeonato Brasileiro, e aí o Edinho do grêmio fala sobre
o sofrimento que o grêmio tem que ter para sair de São Paulo com bom resultado.
169
Quadro Abre Aspas. Rodou vinheta característica do quadro. Em seguida
entrevista do volante Edinho do grêmio. Duração cerca de um minuto a
entrevista.
Imagem volta para Rizek em plano médio,
Rizek: Não confundir com sofrência né o Diogo, que é um ritmo de músicas não
muito alegres que falam de amor .
Tela dividida entre Diogo e André Rezek.
Diogo: Eu acho que a gente pode dizer muito claramente sobre o Grêmio, a primeira
assim, Corinthians e Grêmio da montagem e os times são muito semelhantes, o
Roger e o Tite, eles montaram e remontarão tendo sempre que é montar seu time a
partir dos desfalques, Então tem uma semelhança dos dois. Mas eu tenho dito muito
aqui no Rio Grande do Sul que não dá, o Roger nos tirou direito de duvidar do
Grêmio.5 a 0 no Grenal, ninguém imaginava que fosse daquela maneira sem
problemas e arbitragem sem as porções do rival, com qualidade. Aí depois venceu
Atlético Mineiro daquela maneira jogando muito bem no Mineirão. Um dos melhores
times do campeonato e agora o grêmio está numa situação muito semelhante,
porque vai para um jogo muito importante fora de casa com cinco desfalques muito
desfalque é bastante gente. De última hora o Maicon e o Fernandinho não viajaram
Sentir as suas lesões. Edinho que a gente vai falando não tem muitos perfis do
Maicon, é um jogador eminentemente de defesa e. Marcar um jogador que faz a
transição ofensiva é o cara que mais toca na bola no grêmio, É o cara que mais toca
na bola no grêmio pra você ter uma ideia. O Bobo se movimenta, o Luan que a joia
do grêmio. Então assim os desfalques são muito fortes no Grêmio. Marcelo Grohe o
menino Tiago da base, a torcida reclama que não tem saído mal do gol e. Tem saído
afobado do gol. . Erazo é mais jogador que Bresan. Então grêmio tem muitos
desfalques, mas o Grêmio do Roger, acho que a gente não tem mais direito de
duvidar do time, em função do que ele conseguiu fazer. É claro que o Corinthians é
favorito, primeiro que é líder do campeonato, segundo porque tem o melhor treinador
do Brasil É, Titi de separadamente o melhor treinador do Brasil. Consegue resolver
os seus problemas de reforços jogo em casa fator local. Fator local é fundamental no
170
futebol. Então é claro que o Corinthians é favorita por tudo isso, inclusive o meu
juízo tem menos desfalques importantes que o Grêmio desses cincos que eu falei aí.
Mas não dá pra duvidar do grêmio estou Roger né, quando você menos imagina ele
consegue se reagrupar e fizer o enfrentamento importante. Então eu acho que é isso
aí, o Corinthians é favorito, mas é difícil duvidar do que o Roger conseguiu mostrar
nos momentos mais difíceis ele sempre consegue tirar um coelho da cartola e regras
para o Grêmio.
Tela dividida entre Rezek e Diogo Oliver.
Rizek: O Diogo citou umas quatro vezes que o Corinthians é favorito vocês
concordam?
Maia: Pelo que ele está falando, por tudo que a gente tem visto é um jogo pra
empate. Porque praticamente dois times se parecem, o pupilo contra o mestre, em
termos técnicos as equipes também sei que valem, o jogo está parecendo um
empate, pro Galo não é ruim um empate segura os dois…
Rizek: É uma previsão com cara de torcida aqui do Chico Maia. Sérgio Xavier você
também vai comentar o jogo hoje?
Xavier: Sim também vou comentar hoje pela Band News o jogo, e o jogo vai ser
interessante pelo seguinte o Corinthians tem essa força toda Itaquera, o Corinthians
está vendi uma invencibilidade boa, são vários jogos.
Rezek: 15 jogos dois pontos…
Xavier:15 jogos dois pontos, é bastante coisa o Corinthians em relação ao Grêmio
é, o Diogo citou jogo contra Atlético Mineiro. Mas eu atestado e o outro jogo contra
Fluminense, um time grande que o grêmio conseguiu jogar. O grêmio estou com um
a menos quanto Fluminense perdeu de um a zero mas até conseguir jogar, quer
dizer então crime contra os grandes fora tem ido bem, tem ido...
Rizek: Derrotou Galo.
Maia: É verdade.
Xavier: A grande a grande lição é contra o São Paulo. Esse foi um jogo muito ruim
do grêmio né aí tem que perguntar pro Diogo quem é quem é que vai ser o
companheiro de ataque bobo, se vai ser mesmo o Rocha ou sentir repente é O
mamute, jogador de mais força Não sei, se ele tem condição de jogo?
171
Diogo: os treinos indicou que vai ser o Pedro Rocha, jogando como meio extrema, o
Grêmio joga no 4-2-3-1. Ali pelo lado esquerdo Fernandinho como eu disse vinha
sendo titular nos dois últimos jogos, mas sentiu lesão e não jogo quem treinou foi o
Pedro Rocha, o mamute ele vem de uma lesão, e volta de uma lesão ele entrou no
último jogo bem mesmo, mas ele está sem ritmo ele fica para o segundo tempo
como alternativa até porque o Roger precisa disso também né precisa de um
jogador em segundo plano que possa mudar a partida, e Mamute conseguiu fazer
isso no último jogo. Então o Mamute fica no banco, O Pedro Rocha ficou lado do
Bobo (tela dividida)
Rizek: E hoje paulistas e gaúchos se enfrentam em dose dupla mais cedo na pelo
canal campeão tenha se jogasse Internacional e Palmeiras para todo Brasil menos
para o Rio Grande do Sul. E aí tem muita gente no Twitter me perguntando se esse
é um divisor de águas para o Internacional, eu já cansei de ver de jogos divisores de
águas para o Internacional.
Diogo: O Inter está como Moisés, assim dividindo águas. Não, acho ao contrário, é
um jogo meio melancólico, para o Inter só pra gente ver assim o parâmetro a
diferença do Inter para o líder que o Corinthians é de nove pontos a gente está
recém virando turma é muito. O Inter está muito atrasado. De novo que eu entrava
enfrentar o adversário muito desfalcado, foi assim que eu entre em frente ao São
Paulo com 11 ou 12 ausências, somando titulares e reservas. É o caso agora do
jogo contra palmeiras como palmeiras não tem todo não tem Gabriel Jesus, não tem
Lucas. Não tem Arouca, não tem um monte de gente. E o Inter vai praticamente o
time titular, só não tenho a lição que está com a Seleção Brasileira, o da Alessandro
volta. Então é um time praticamente, é a sua força máxima, o seu time titular.
Ermando zagueiro vai ser preservado jogou a 14 jogos não tem condições. Mas de
qualquer maneira quase que eu força máxima, Vitinho volta. Mas o Inter, ele vive,
Rizek e amigos, meio que uma fase da adolescência. Em casa consegue correr e
consegue até ganhar os jogos, mas fora de casa o enfrentamento do Iinter é de
22%. Mas enquanto então não vai ser adversário fora de casa do seu tamanho, que
seja um rival, sei lá pensar no dia quatro, porque a vitória fora de casa que ela deu
nota consistência, mecânica viva padrão de ver, Esse comportamento fora.
Enquanto não acontecer isso o Inter vai ser meio… Essa coisa, lá em cima e
embaixo, então o Inter não inspira confiança nos seus torcedores, o jogo é um jogo
um pouco melancólico, porque o Inter não pode pensar em dia G4 agora. O Inter
172
tem sete times entre ele, e o último colocado que o São Paulo entre eles no meio
tem santo Flamengo então não pode pensar G4 agora. Eu então o Inter entra na
verdade pra vencer e não namorar lá na zona do rebaixamento, o Inter está mais
perto da zona do rebaixamento com seis pontos do que 27 pontos G4. Então esse é
o contexto do Inter, uma certa melancolia, tem que vencer pra daqui a pouco não se
incomodar, com Z4. É um time instável, e ele só vai recuperar essa estabilidade, ou
dar um mínimo de confiança pro torcedor quando ele conseguir ter um padrão
mínimo de fora de casa porque até agora o time fora e dentro de casa são muito
diferentes nos dois casos.
Tela dividida entre Rizek e Diogo Oliver.
Rizek: Duelo entre Palmeiras duelos em duas frentes porque eles são adversários
na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. E esse é o destaque da Zero Hora.
Na tela imagem do jornal Zero Hora versão impressa.
Rizek: É a prévia da Copa do Brasil, o primeiro de três encontros. Fico pensando se
os técnicos já usa uma partida como essa.
Imagem de novo no estúdio em plano aberto na bancada.
Rizek: Tudo bem o Inter tem que somar. Mas se o Argel está certo, Marcelo também
está em não fazer esse um jogo com um laboratório, ou será que não fazem?
Xavier: Eu acho que o Palmeiras não pode se dar o luxo de desprezar o
Campeonato Brasileiro, não eu quero Copa do Brasil eu vou jogar o campeonato
brasileiro só pra olhar. É que não só pra olhar o adversário,
Xavier: Mas você não vai poupar um jogador.
Rizek: Não dá pra fazer isso.
Xavier: Ainda que na copa do Brasil, é a prioridade dos dois né o jeito mais fácil de
acabar o ano melhor, mas os dois tem chances de buscar G4. E o Inter tem 22% de
aproveitamento, só tente lembrar que nessas as 22% tem uma vitória contra
Joinville. Que é que certamente levou percentual, então natalidade se a gente for ver
o resto o percentual e mais baixo ainda o Internacional está indo muito mal fora. Mas
173
em casa vai bem, não sei se você tem um número mais em casa chegar perto de
70%. Então é, quer dizer dar pro Internacional, eu acho que o Inter favorito hoje por
exemplo quando Palmeiras jogando em casa, palmeiras muito desfalcado linha e
uma batalha contra o Corinthians que unicamente não foi legal , Era pro palmeiras
ter vencido coríntios. E agora vai jogar contra o Inter que precisa mesmo que vou de
uma vitória se não se afunda mesmo e fica mais próximo do rebaixamento.
Maia: E essa diferença de Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, às vezes o
torcedor e depois alguma coisa na cabeça, lá em Belo Horizonte o torcedor do
Cruzeiro era cismado com Marcelo Oliveira: que não sabia jogar competições mata-
mata. Quer dizer uma grande bobagem. O jogador às vezes falho num lance e o
treinador que é culpado, então Marcelo fazia uma ótima campanha no Brasileiro, aí e
a mão na Copa do Brasil, está vendo não sabe jogar mata-mata, uma grande
besteira.
Rizek: Olha vamos falar agora da punição do Dudu, o Dudu não joga hoje porque
ele está suspenso com três cartões amarelos, por isso não jogar hoje, e ontem o
STJD julgou o atacante Palmeirense, porque ele tinha uma pena em primeira
estância de 180 dias, e essa punição foi reduzida para seis jogos roda nossa vinheta
de quando falamos do STJD
Rodou uma vinheta do desenho animado da Super Liga da Justiça.
Rizek: As forças poderosas jamais vencidas, fizeram acordo com Palmeiras pra não
acontecer um julgamento que estava marcado para amanhã. Então foi feito um
acordo E a pena de 180 Dias foi reduzida para apenas seis jogos, a gente tentou
contato com palmeiras que nos informou que não tem interesse de se manifestar
sobre o assunto. Ao que informar o Palmeiras é que decisão de tribunal se cumprir e
não se discute e o Palmeiras não quer explicar esse acordo. E repito como jornalista
eu nunca tinha visto isso pode ser que têm acontecido várias vezes, eu nunca não
me lembro.
Xavier: Desde que a decisão seja favor né, porque quando a decisão encontra o dia
gente se manifesta sinta mesmo então vamos deixar claro, não dessa história gente
não fala’. Inclusive o Palmeiras costuma se manifestar abre a boca, mas como a
decisão é bem favorável ao Palmeiras, dessa vez gente não vai falar.
174
Rizek: Agora vou dizer uma coisa pra vocês, eu acho que ele exagerado, uso do
que já comprei dois jogos vai cumprir mais quatro sem contar o de hoje que ele está
estava suspenso. A gente roda imagens que levou a suspensão do Dudu.
Na tela imagem do que levou suspensão Dudu.
Rizek: Foi no campeonato paulista, Eu acho que 180 dias sem poder jogar para mim
exagero não sei o que vocês pensam disso.
Maia: Mas nem ser julgado.
Rizek: É o que eu queria entender e você cair de forma tão abrupta de 180 para
sem jogos. Ele pegou muito mal mas 180 dias me parece um pouco chato demais.
Xavier: Eu não sei, essa é uma agressão muito clara, muito clara ao contrário
aquela das pedras, ao contrário não, aquela do pé atrás É menos clara do que ele
tentou fazer ele tentou dar um empurrão no juiz. É agressão. E o código é claro
agressão é no mínimo 180 dias.
Maia: É terrível. Ele saiu de onde ele estava para ir atrás do árbitro.
Xavier: Olha só.
Rizek: Mas vocês entender o que se jogos ficou barato…
Xavier: Muito barato…
Rizek: E você Diogo Olivier?
Diogo: Eu acho que seis jogos ficaram barato também, pegando esse gancho aí eu
acho que ele tem uma questão educativa. Como assim, vendo a imagem como
espectador, poucas cenas são tão agressivos como essa. Porque o árbitro ele
autoridade dentro do campo. Fique imaginando assim você explicar pra uma criança
que o jogador agride um hábito dessa maneira e depois ele continua jogando porque
ele é uma agressão. Porque a criança jogando lá na escolinha ela aprende que não
pode bater no arbítrio, que tem que obedecer ao que ele disse. Inclusive professoras
vez que é o hábito ali em primeira estância na escola como você disse uma criança
de nove anos que o árbitro agredido e depois jogador continuar jogando. Então
tenho sentido educativo aí nesse episódio. Eu acho que nesses casos a gente pode
até discutir além depois, mas com cancele essa liberdade democrática é isso se
cumpra a lei 180 dias e 130 dias. Você vai mudar ou não, mas você tem que cumprir
a lei o fato é que agredir o arbitro é um precedente muito perigoso, muito perigosa e
um dos problemas do Brasil não é nem do futebol é justamente a falta de punição.
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Se você pode uma vez duvido que isso se perpetue. Então eu acho que é muito
simples comprasse a lei, e é algo gravíssimo agredia autoridade do hábito diz não
sou mesmo no futebol mas por essa questão educativa. Futebol é praticado por
meninos do Brasil inteiro. Todo mundo quer ser jogador de futebol e tal quando a
gente foi piar como se diz aqui no Rio Grande do Sul e ele precisa educar também,
esse é um caso clássico de educação.
Maia: O Diogo lembrou muito bem hoje usar dutos tem orientação de expulsar
qualquer abordagem, chega seja de treinador, jogador O camarada falou opa já está
expulso. Marcos Rocha nesse penúltimo jogo. E poxa, o Dudu xingou na expressão
labial dá pra notar que ele falou monte de palavrão, e agrediu quase que impune.
Uma vez defende aqui no Redação não sei se você se lembra André, que o tribunal
não tive existir aqui te via seguir O que ocorre no Europa na Inglaterra por exemplo
tem um código comprasse aquele código tudo mais e pronto.
Rizek: Tribunal de pequenas causas.
Maia: Tribunal de pequenas, nós temos tribunais as federações e o STJD está
completamente desmoralizado por causa de situações como essa.
Xavier: Mas o negócio absurdo não é nem sexy seis jogos, 12 15 um mês dois
meses. E ter um acordo, não tem julgamento isso é muito doido, nunca tinha visto
isso…
Rizek: A gente está buscando informações, pelo menos o Palmeiras não se
pronunciou a gente está tentando contato com membros do tribunal. E depois, no
próximo bloco a gente fala sobre julgamento do Émerson sheik que podia pegar até
seis jogos e vou pra ofender o árbitro da partida Flamengo e Vasco transmissão da
TV Globo. E pegar um jogo. Diogo Oliver um grande abraço (tela dividida) A gente
se encontra amanhã aqui na redação combinado?
Diogo: está bem um abraço Chico vamos se encontrar no jogo que não seja 7 a1
abraço, Rizek...
Maia: Valeu Diogo Belo Horizonte está sentindo sua falta…
Rizek: No próximo bloco a gente vai Recife falar de Série B, rodada fantástica,
infelizmente mais uma vez selvageria as torcidas organizadas no Recife. E mais
Séria A. Tudo isso na Redação, o Redação volta já, já. E lembrar vocês, hoje às
9h30 da noite tem futebol campeão na tela do Sportv. Os gols que foram saindo ao
longo dos jogos das dez horas, como fica a classificação em tempo real, se seu time
176
subiu desceu, tudo isso ao vivo a partir das 9h30 da noite futebol campeão, e
Redação volta já.
Roda vinheta e trilha característica anunciando o intervalo
Terceiro bloco
Roda vinheta e trilha característica anunciando a volta do intervalo.
Rizek: O Redação está de volta hoje com o Chico Maia, e o Sérgio Xavier Filho
vocês participam conosco pela internet e agora nós vamos começar com George
Guilherme ao vivo conosco direto do Recife. Bom dia George, bem-vindo Redação,
Tudo bem por aí?
Tela dividida entre George e Rezek.
George: Bom dia Chico bom dia Sérgio Xavier. Quarta-feira cheia de assuntos.
Rizek: Cheia de assunto. Eu quero começar talvez perguntando, uma menos
relevante delas, que o assunto bem divertido o Íbis. George, pra quem não é de
Pernambuco tem aquele imaginário cheio de piada, só serve como piada nacional,
conta pra gente como é a relação da imprensa pernambucana com Íbis George
Guilherme.
George: Olhe dizer assim, durante muito tempo o time dos pernambucanos era o
América. E com altos e baixos, fechou as portas, e o Íbis assumiu isso até por conta
desse tom de piadas, por ser engraçado se assumir o pior time do mundo quem faz
a direção do Íbis lá, que é o presidente um cara muito experiente, ele não gosta
muito dessa história. Ele entra pra subir pra primeira divisão e assim ele joga a
segunda divisão do estadual e sobe ocasionalmente. Torcedor pernambucano tem
curiosidade sobre o Íbis. E por conta disso a imprensa sempre embarcar nessa
história, a própria imprensa que criou isso no final dos anos 70 início dos anos 80
que eles ficou quatro anos sem vencer um jogo, e aí foi surgiu, foi batizado de o pior
time do mundo. E aí o apelido pegou, a camisa que venda nas lojas, está escrito em
cima do escudo o pior time do mundo, e isso assim mesmo time realmente disso e
com esses torcedores. E com isso os torcedores aqueles que gostam do Íbis e
aqueles que acompanham o Íbis. E curiosamente nesse final de semana O Íbis
177
consegue a maior goleada da história, venceu por oito a dois então vocês imaginam,
foi o assunto do domingo da segunda-feira todo mundo comentando a vitória do Íbis.
E a gente viu, Rizek, a gente foi até a cidade de Timbaúba, na zona da mata aqui
fica 100 quilômetros do Recife, e a cidade ‘tá’ balada por que perder de oito pro Íbis,
imagina né?
Rizek: E o jornal de Pernambuco que é um jornal popular?
George: Depois dessa derrota do Timbaúba pela Séria A Dois do Pernambucano
cutucou esporte: Na moral esporte até o Íbis venceu. E o clube, todo mundo já teve
um apelido maldoso na infância sabe que a melhor maneira de lidar com ele abraçar
o apelido. Não tem como você brigar com esse apelido
Xavier: Isso é que eu só queria perguntar uma coisa por George, que é o seguinte,
isso é um treinador começa empilhar as vitórias, ele fica instável né ele vai, se
começou ganhar muito olha você vai cair.
Rizek: Você está criticando nosso marketing é isso George.
George: Tem isso né. O maior ídolo do Íbis, o Mauro shampoo, já participou
documentários pra vários programas, e o Paulo shampoo tem um hora orgulho de
nunca ter marcado um gol por uma década no Íbis, e assim é o maior ídolo por isso
que perdeu gol incrível, ele é cabeleireiro. E o Íbis tem essa de ter jogadores que
trabalham e que não vivem apenas do futebol. Mas sem esquecer a gente falou
treinador começa ganhar muito tem essa de ser demitido, e quanto mais é perdido
gol melhorar o atacante. Pelo menos por torcedores esses que está movimentando
redes sociais, que vão os jogos tem os torcedores aí chamados íbis mania,
acompanhou o ìbis. E assim o pessoal da direção do Íbis, ele não gosta muito pra
ele e ele leva sério, ele é íbis mesmo, não que os outros não seja. Mas ele quer
subir de divisão, quer jogar a primeira divisão mas o torcedor quando O técnico
começa empilhar vitórias, por exemplo vai ter jogo de novo do Íbis, já pensou se o
time coloca oito de novo, já balançando cargo.
Rizek: E aí seu Íbis começa ganhar fica ruim de fazer piadas como esse. Como
clube fez no seu Twitter.
Imagens da charge do Íbis no Twitter.
Maia: O George, avisa pro pessoal de Timbaúba rir pra não ficar tão triste, que afinal
a seleção brasileira tomou de sete da Alemanha o que é tomar de oito do Íbis?
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George: Chico, o mais incrível. É o seguinte a gente foi lá ontem com a reportagem
mostrar como está a cidade de Timbaúba né e foi no treino do Timbaúba jogadores
envergonhados. Mais incrível foi o goleiro que levou os oito gols, O Arlindo era o
goleiro reserva a história pitoresca demais, o treinador de goleiros isso que eu filmo
voz de Deus que era pra colocar o goleiro reserva, Aí vai goleiro reserva tomar oito
gols. O goleiro reserva o Arlindo resolvi abandonar o futebol não quero mais jogar,
tomar oito gols do Íbis não dá. O argumento, do empresário dormindo, ele tem
empresário O Arlindo. ‘ O Júlio César tomou sete caras, tomar oito não é o fim do
mundo.’ Imagina como futebol é maravilhoso.
Rizek: Olha e vamos falar agora de times que jogam pra ganhar. O Paysandu ontem
conseguir um resultado excepcional para sua intenção de voltar a Série A. Ele
venceu sentindo Recife e assumiu segunda posição conta pra gente o George
quanto rodamos os gols.
Na tela os melhores momentos da partida.
George: É verdade isso é que eu jogo muito bom de ver Santa Cruz teve várias
oportunidades o Marcelo, técnico do Santa falou durante o jogo, depois entrevista
coletiva na verdade, que foi uma das melhores parte do Santa Cruz em casa, e foi
mesmo. Mas o Paysandu foi muito eficiente, fez uma zero e depois um pênalti
comente de cima do João Paulo o grafite fez para empatar um a um. E é curioso que
quando santa criou boas chances tava ali pressionando o Paysandu fez dois a um.
Vou pedir ajuda aqui dos universitários pra quem fez o segundo gol, Betinho ele
mesmo. O Betinho jogo aqui foi campeão pelo Santa Cruz, e ele entrou e fez esse
gol aí na saída do Tiago Cardoso. Uma vitória importantíssima pro Paysandu que ele
está lá na parte de cima da tabela. E o Santa Cruz que tinha uma boa campanha,
leva cervejas aí e fica aí agora as seis pontos do G4, da uma esfriada ir no ânimo
tricolor pra subi, viu o Rizek.
Rizek: Sem dúvida e a anima muito Paysandu. Agora o desânimo mesmo George,
que Recife está sofrendo demais com a guerra das organizadas. Talvez nesse
momento seja capital mais crítica com as organizadas. E ontem a capital
pernambucana viveu mais um dia triste? Conta pra gente?
George: É verdade Rizek, porque antigamente durante muito tempo na verdade, as
guerras das torcidas é era em dia de clássicos. Uma torcida, de três grandes clubes
179
aqui da capital, está virando moda isso a torcida do Paysandu, essa coisa de ser
adiada da torcida organizada do Náutico, atos e tudo Náutico recebeu a torcida do
Paysandu e depois do jogo foram lá pra frente dos aflitos fica a 3 km do Arruda e eu
estou seguindo Santa Cruz, fui até a casa do Náutico nos aflitos na sede do Náutico
ficar lá. E começou uma chuva de pedras muitas confusões, briga generalizada os
pontos 20 minutos de pancadaria, quebrar um vidro de carros, um bairro de classe
média alta, destruíram de lojas padarias. Não faz muito tempo, um ano aquele
aconteceu parecido com o mesmo tipo de situação o torcedor do Sport estava na
torcida do Paraná e aqueles torcedores, torcedores não, bandidos maloqueiros de o
Santa Cruz jogar um vaso sanitário E não era um jogo de Santa e Sport, era Santa e
Paraná. Foram presos, felizmente um vai passar 28 anos na cadeia o outro 25 e o
outro 22. Mas, ou seja, agora abriga não é mais entre os clubes. A gente a torcida
aliada do clube rival, qual é o próximo passo ninguém né, porque todo jogo agora
virou jogo de risco. Porque todos os clubes têm torcidas aliados em todos os cantos,
todo jogo é um motivo pra te quebra pau pancadaria é uma situação, lamentável. E
assim programa de esporte tem que ficar falando de polícia assunto de polícia, mas
é preocupante quando está na frente de um clube, e aí a diretoria do Náutico
existem imagens sendo repercutidas tem pra todas dentro do clube dentro do
Náutico durante o dia estavam... Uma das bandeiras desse grupo que assumiu
náutica dois anos que a romper com as torcidas organizadas. E por enquanto, só
quem rompeu com as torcida foi o diretor e do Sport. Rompeu, embora tenham sidos
expulsos dos quadros de sócio. E agora estou no jeito que essas torcidas
organizadas do Sport não assista jogo do Sport, lá quando Sport jogar fora porque já
teve agora no jogo contra o Coritiba torcedores do Sport brigando ,lá não torcedores,
digo bandidos, maloqueiros que vão para outros lugares para brigar. Então assim,
Sport de fato está rompendo mais outros dois. O Náutico prometeu e não se fala
nisso. No Santa Cruz está tudo bem, nada de errado, mas a gente fica refém né. O
negócio é quatro quilômetros no estádio às 10 horas da noite numa avenida principal
aqui da cidade 20 minutos fechadas 40 policiais que deveria estar nas ruas agora
estavam lá no estádio da cidade.
Rizek: O Sport chegou até a ter, torcida jovem, De uma salinha na ilha do retiro, E
agora o esporte cortou todo relação que tinha acontecido jovem aí eu note que vai lá
e abre as portas do seu clube pra receber organizada do Paysandu, e aí deu no que
deu inacreditável! Agora voltando a falar de futebol. América ontem conseguiu um
180
feito. Sampaio Correia estava invicto em casa e perdeu ontem do América. Vamos
rodar gols.
Imagens da partida na tela.
Aqui o Rodrigo Souza fez o primeiro do América e o Richarlison fez o segundo,
grande feito do América. Briga pra subi.
Maia: É fantástico, o América teve uma queda de produção nas últimas cinco
rodadas, perdendo inclusive em casa para Luverdense, que foi uma ducha fria
também na semana passada. E ontem surpreendentemente, casa cheia aniversário
de São Luís 17 mil pagantes, América surpreendeu dois a zero. O Sampaio Corrêa
dirigido pelo Leo Condé, que foi vice-campeão mineiro com a Caldense este ano.
Excelente treinador. É um técnico emergente no Campeonato Brasileiro. América
conseguiu esse feito fantástico, para dar um novo fôlego, um novo ânimo ao
América, que começa brigar de novo por uma das quatro posições, visando a Séria
A.
Rizek: E George os dois times baianos venceram, conta pra gente das vitórias, do
Vitória primeiro e depois da vitória do Bahia.
Lances da partida.
George: Vitória importantíssima do Vitoria porque foi lá em Criciúma. O Vitória abril
dois a zero com gol de Rainer. O Rainer jogo aqui no Náutico passou um ano e não
fez um golzinho. Desencantou no Vitória e estava no Fluminense também não
conseguiu fazer muitos gols, mas o Vitória está aí de bem com as redes. O Vitória
fez dois a zero com Rainer e o Criciúma empatou jogo, conseguiu um empate, um
pouco mais de 22 minutos do segundo tempo. E quando parecia que time não ia
conseguir reagir, faz três a dois no final com belo chute, no final do jogo, 31 poucos
minutos. Uma vitória importantíssima porque faz com que o Vitória fica na parte de
cima da tabela. E como disse, ganhar do Criciúma lá em Santa Catarina não tem
sido fácil, aí o belíssimo gol, terceiro gol. Eu perdi o gol perdi o terceiro gol e Rizek...
Rizek: Tenório…
George: Isso terceiro gol do Vitória, canta pra mim aqui Rezek. Isso é um belíssimo
gol terceiro gol do Vitória. E o Bahia é uma vitória chorada, um gol chorado sobre
181
Macaé uma zero. Mas também uma vitória importantíssima porque o tricolor da boa
terra continua ali na parte de cima, importante viu, Rizek. Sampaio também está
bem apesar de ter perdido em casa no dia do aniversário de São Luís 403 anos se
não me engano, o estádio tava cheio. O jogo foi mais cedo. Mas o importante mais
importante é que o panorama que vários clubes Nordeste têm chance, Vitória Bahia
Sampaio Corrêa, Santa Cruz e Náutico mais distante, mas ainda tem chance de
subir, então é legal por futebol aqui da região, Rizek.
Tela dividida.
Rizek: valeu George grande abraço pra você até a próxima aqui no Redação.
George: Abraço Rizek, abraço Sérgio estou esperando ele vim lançar um livro aqui
no Recife abraço Chico.
Rizek : A classificação do campeonato da Série B está na sua tela
Na tela classificação da Série B.
Rizek: A manchete do Botafogo ou as manchetes Botafogo para Sassá.
Na tela Jornal Extra.
Rizek: No finzinho do jogo de novo o Sassá salvo o Botafogo
Na tela Jornal o Lance.
Rizek: Sassá gol de novo.
Rizek: Vamos aos gols da vitória do Botafogo sobre o Paraná que sai na frente com
Gustavo abrindo o placar um a zero.
Na tela imagens dos gols entre Botafogo e Paraná.
Rizek: E aí vem os dois golaços, esse é o primeiro e daí o segundo. Botafogo líder
da Série B do Campeonato Brasileiro. E isso acalma muito o Botafogo. Botafogo que
viveu tempos turbulentos, que ficou bem ameaçado de ser no dia quatro e volto a ter
182
uma sequência, na qual respira aliviado. Vamos fazer aqui, mais um intervalo
comercial rápido e no próximo bloco a gente vai falar mais de Campeonato
Brasileiro, vamos falar também de tênis, O Redação volta já, já.
Roda trilha característica anunciando o intervalo.
Quarto Bloco
Roda trilha característica anunciando a volta do intervalo.
Rizek: Redação está de volta hoje com o Chico Maia, Sérgio Xavier filho na
bancada. E agora o repórter Bem-Hur Correia falar com a gente ao vivo da
exposição de 20 anos do comitê para olímpico do Rio de Janeiro bom dia Bem-
Hurbem-vindo Redação.
Uma entrevista ao vivo do repórter Bem-Hur Correia ao vivo da praia de
Copacabana entrevista com André Brasil sete vezes campeão para olímpico.
Câmera plano aberto na bancada volta ao estúdio.
Rizek: Valeu Ben-Hur Correia grande abraço, pra você e o André até a próxima aqui
no Redação. Agora Chico Maia, hoje o Atlético Mineiro joga quanto Avaí que é o
décimo oitavo colocado e a manchete para qual você escreve o tempo é uma
manchete preocupada com o desempenho do Galo quando enfrenta times na parte
de baixo da tabela.
Na tela imagens do Jornal o Tempo.
Rizek: Então a reportagem cita que ele sofreu pra derrotar o Joinville, em casa por
um a zero na nona rodada, aí derrotou o Coritiba e o Figueirense também com
sofrimento.
Na tela imagem da dos confrontos do Atlético Mineiro.
183
Rizek: Depois ele teve um empate com Goiás, ele perdeu pra Chapecoense, e pela
Copa do Brasil ele perdeu pro Figueirense em casa. E contra o Vasco ele atropelou
como todo mundo vem fazendo contra o Vasco. Mas eu te pergunto, o Galo,na sua
opinião, vai pior contra times da parte de baixo? Você tem sentido isso?
Maia: André faz sentido porque parece que eu tive dar uma relaxada, e acha que o
jogo vai sair naturalmente contra o Vasco, por exemplo, o Atlético fez um jogo
horrível, venceu por dois a um, mas entrou com aquela preguiça semelhante ao jogo
dele contra Goiás, quando inadmissível mente o Atlético andou em campo. Ficou
satisfeito com zero a zero, foi permitido que o Corinthians fosse gostando, e
Corinthians acabou passando o Atlético na busca pelo título brasileiro. Hoje contra o
Avaí e mais um jogo desses que fica essa expectativa, porque tem aquela história o
time está numa briga agora não, não pode mais perder mais pontos, principalmente
dentro de casa e hoje certamente haverá uma postura diferente. Desse jogo contra
vai. Contando com o apoio da torcida, e está de dependência faz muita diferença a
favor do Galo.
Rizek: Sérgio Xavier, olha só esse gráfico na folha de São Paulo, que ilustra muito
bem a situação de Santos e São Paulo no campeonato brasileiro, justamente o
gráfico não tem.
Na tela imagem do jornal Folha de São Paulo imagem da matéria.
Rizek: Eu penso que a gente refaça essa página porque eu queria o gráfico que
mostra a trajetória do Santos e do São Paulo, na Folha de São Paulo. E o Santos
subindo e o São Paulo irregular, eu queria grafou quando a gente tiver pronto por
favor a gente mostra. Depois então a gente fala do jogo do clássico da Vila Belmiro.
Falar agora do Émerson sheik enquanto a gente faz essa página, o Sheik foi
denunciado pelo que ele fez no jogo contra o Vasco pela Copa do Brasil vamos
refrescar a sua memória veja.
Rodou a matéria do jogador Sheik.
Rizek: O árbitro é o Wilton Pereira Sampaio, isso foi no intervalo jogo de volta entre
Flamengo e Vasco transmissão da TV Globo, Copa do Brasil. Ele foi denunciado ele
podia pegar até seis jogos extensão, ele pegou um jogo, e Flamengo entrou com o
184
efeito suspensivo para que ele possa amanhã enfrentar o Cruzeiro. Antes de eu te
dar uma lição para você comentar sobre o tribunal, o cheque falou seguinte no
julgamento se explicou da seguinte forma.
Rodou vinheta do quadro Abre Aspas.
Rodou julgamento do Émerson Sheik no tribunal.
Rizek: Segundo Sheik não faltou com respeito com o juiz.
Xavier: Poxa vida, se alguém vier falar comigo, me elogiando dessa forma eu acho
que eu vou me sentir desrespeitado, eu não sei se é uma coisa pessoal minha, mas
o juiz acredita que tenha sido mesmo. Acho que só tem um detalhe, existe uma lei,
existe o regulamento existe jurisprudência. O Sheik por um acaso, ele não é
reincidente nessa história, de falar coisas para arbitragem. Acho que é né.
Rizek: E outra coisa que não tem na Europa, No Tribunal de penas é o efeito
suspensivo. O Tribunal vai lá aplica pena aí o clube, tendo efeito suspensivo para
que essa pena seja cumprida e lá na frente ou até no ano seguinte. Eu que
Flamengo tentar nesse momento com Emerson Sheik.
Maia: Eu acho assim, um absurdo esse negócio de efeito suspensivo também. A
impunidade continua prevalecendo. E a fisionomia do auditor do Sheik, lá com
aquela cara de sério nunca aparece uma múmia paralitica.
Xavier: Não foi respeitoso, foi você que entendeu mal. Que coisa legal né?
Rizek: Já temos a folha de São Paulo redação, ainda não? OK, então a gente vai
falar agora dos times que estão garantidos da Eurocopa. Vamos mudar
completamente de assunto aqui. Contando com a França são cinco os times que
estão garantidos na Eurocopa do ano que vem.
Gráfico na tela da Eurocopa.
Rizek: Estão a Islândia, República Tcheca, Inglaterra, Áustria. Quase lá, País de
Gales ele se classifica como a vitória na próxima rodada, uma derrota caso Israel
não venço Chipre. A Espanha se classifica se vencer Luxemburgo na próxima
rodada, ou até com derrota se é o Chipre não vencer a Macedônia. E Alemanha se
185
classifica assim vencer Irlanda na próxima rodada. Irlanda do Norte está quase lá,
Itália está muito perto, Portugal está muito perto também.
Xavier: Islândia está dentro?
Rezek: Está dentro.
Maia: Está tirando Holanda, está tirando Holanda.
Xavier: Sensacional essa história
Rizek: A gente contou essa história ontem.
Xavier: Incrível, né?
Maia: Islândia e Turquia no grupo que estão quase.
Rizek: Vamos falar da Inglaterra do time que não tenha Eurocopa no seu currículo,
só tem uma Copa do Mundo e faz muito tempo, foi em 66. A Inglaterra está
celebrando o fato do Roney ser o maior artilheiro da história da seleção inglesa. Ele
marcou contra Suíça e os jornais lá no país de Tim Vickery, estão assim The Sun:
Na tela imagens do jornal The Sun. Um sonho verdadeiro Roney.
Rizek: É um trocadilho como a gente faz os jornais aqui esportes.
Naquela imagem do jornal o Roney com 50 gols no nome é. 50 gols dele o
maior do artilheiro da história da seleção inglesa.
Dayle Express: Roney quebra recorde enfim.
Rizek:É, mas entra Copa e sai Copa, e os ingleses são muito críticos, mas o resto
do mundo sempre espera muito da Inglaterra e ela nunca entrega.
Xavier: Nunca entrega até, a gente confunde um pouco né o bom campeonato deles
com os jogadores que são medianos, tá bom Roney não é um jogador mediano, um
ótimo jogador, mas sozinho não consegue fazer nada.
Maia: É sempre foguete molhado, você esperar. E tu não ter história de jeito
nenhum.
Rizek: Você acha o Roney um ótimo jogador?
Xavier: Eu acho eu teria no meu time.
Rizek: No meu também qualquer time do Brasil ele jogaria.
Xavier: Ele é perfeito é um ótimo jogador
186
Maia: Craque não né?
Xavier: Não, craque não.
Rizek: O bom jogado Roney fez um discurso depois para seus próprios
companheiros depois da marca veja só:…
Na tela VT com tradução em legenda.
Imagens FA TV creditado.
Imagem da bancada de Rezek convidados imagem panorâmica.
Rizek: Agora eu vou até a redação conversar com Edgar Alencar apresentador do
Planeta SporTV sobre um outro assunto em destaque.
Rizek se levanta e uma câmera de trás da bancada entre a bancada e a
redação,câmera mostra o deslocamento de André Rizek até o convidado Edgar
Alencar.
Em seguida de Edgar Alencar fala sobre os destaques do programa Planeta
SporTV.
De volta a bancada imagem panorâmica.
Rizek: Olha gente vai falar de tênis agora, o Miami Heraldnos Estados Unidos
destaca o jogo de ontem (na tela imagens do jornal Miami Herold) entre as irmãs
Williams, a Vênus contra Serena, depois de terror estar lá por dois sets. É um jogo
muito mediático.
Na tela imagens do jogo.
E a Serena como já era esperada venceu o jogo mais em três sets a um. E segue na
batalha para fechar o ano vencendo todos os grandes lances a Serena Williams se
ela vencer o aberto dos Estados Unidos ela fecha um ano histórico na carreira dela.
Imagino estúdio.
187
Rizek:e o Cilic atual campeão Croata, passou pelo Tsonga ontem, a gente tem as
imagens, (na tela as imagens) pra vocês no pique rapidinho e foi um jogo no qual
ele teve várias chances pra fechar, ele teve cinco time-break, cinco met poit,
desperdiçou quatro e no cinco ele fechou. Tsonga a partir do segundo set já jogou
meio baleado pediu o tratamento. A gente pode tirar desse jogo da tela e falar do
Djokovicque também venceu. Perdeu primeiro set para o espanhol Feliciano Lopez,
e avançou Djokovic. São os dois que vão se enfrentar já na semifinal definidas no
Aberto dos Estados Unidos transmissão do canal campeão.
Rizek: A gente vai ficando por aqui já deixo um grande abraço com você meu caro
Chico Maia, até a próxima!
Maia: Prazer, André muito obrigado até próxima!
Rizek: E um pedido tomara que amanhã no programa gente possa falar de futebol e
não de apito.
Maia: Ótimo! Tomara que o Galo vença, sem problema de arbitragem.
Rizek: Sérgio Xavier Filho um abraço pra você e até a próxima.
Xavier Abraço até a próxima.
Rizek:O que eu queria mostrar, que ficou faltando é um gráfico do São Paulo que
mostra a situação.
Na tela o gráfico do jornal a folha de São Paulo.
Rizek:O gráfico que mostra a situação de Santos e São Paulo, olha como Santos ao
longo do campeonato foi se aproximando do São Paulo, hoje eles se enfrentam na
Vila Belmiro. E amanhã a gente contar tudo para vocês. E o É Gol ver agora com
Domitila Becker, aqui em desejo um bom programa Domitila.
Encerra o Redação SporTV com tela dividida com o programa É Gol.
Tempo total do programa: duas horas.
c) Redação Sportv. Terceiro programa observado - 2 de outubro de 2015, sexta-
feira.
Primeiro bloco:
Roda vinheta e trilha sonora do programa.
Plano geral da bancada que fica a frente da redação do canal SporTV. Nela
está o apresentador André Rizek e os convidados Jorge Luiz Rodrigues do
canal Sportv, e Sérgio Xavier filho diretor da revista Playboy.
188
André Rizek: Olá, bom dia! Está no ar o Redação SporTV, hoje com o Jorge Luiz
Rodrigues do Canal Campeão e Sérgio Xavier filho, diretor da revista Playboy.
Vamos às manchetes do programa desta sexta-feira rodou as manchetes da
semana
Rodou as manchetes da semana com e imagens de jornais:
De voltas ao estúdio Rizek:
Estes são alguns destaques do programa de hoje. Venha participar conosco pela
internet o nosso site é o sportve.com/redação. É nele que você vota nas nossas
enquetes, incluindo as frases da semana de hoje, e via Twitter @redação_ sportv, lá
você interage e vem fazer o programa conosco.:
Bom dia, Sérgio Xavier! Bem-vindo ao Redação, tudo bem?
Xavier: Bom dia! Estou tranquilo!
Rizek: tudo tranquilo ensino por aqui. Jorge Luiz Rodrigues bom dia, muito bom ter
de novo na Redação.
Jorge: Bom dia Rizek! Bom dia Sérgio Xavier, meu ex-companheiro de Placar. Foi
meu chefe na Placar.
Rizek: Foi seu chefe? Um bom chefe?
Jorge: Bom chefe, muitas revistas especiais com Serginho, né?
Sérgio: Não precisa nem falar do Jorge.
Jorge:É uma coisa espetacular foi a Chapecoense. Antes do encontro com
Barcelona o River Plate vai ter que enfrentar a Chapecoense na Arena Condá. E o
índio Condá.E o futebol é maravilhoso porque nos proporciona histórias como essa.
Boca e Paysandu de 2003, River e Paulista de Jundiaí em 2007, agora em 2015
Chapecoense e River na Copa sul-americana nas quartas de final a partir de 21 de
outubro.
Rizek: Contra o Liberta, o primeiro jogo internacional da Chapecoense em seu
estádio, agora contra o River o segundo. E olha, ontem eu abri o programa como
informação e sobre a Liga Sul Minas, da delegação de 13 pessoas que veio da CBF,
foi pleitear a organização da Liga Sul Minas, e eu passei informação de que para
acontecer uma liga no Brasil a CBF, ou as federações elas tem que autorizar, tem
que estar no estatuto e no regulamento Geral de competições da CBF. Um dos
189
integrantes dessa delegação que veio ontem, ao Rio de Janeiro conversar com os
dirigentes da CBF pediu pra acrescentar uma informação. Eles ficaram muito
satisfeitos com encontro que tiveram com a CBF, na segunda-feira, até segunda-
feira a entidade que comanda o nosso futebol vai soltar uma nota por escrito, sobre
a posição oficial dela sobre a liga. Lembrando que essa liga Sul Minas é tida como
um embrião para aliga nacional de clubes, é assim que ela é encarada pelos
dirigentes. Só que pediram para eu acrescentar o seguinte: a lei Pelé ela reza, ela
determina que podem ser formadas liga independentes, então os membros desta
liga estão muito tranquilos caso a CBF, essa versão deles, caso a CBF não apoia
criação da liga e, eles vão para uma batalha jurídica, de um a da Lei Pelé que eles
entendem estar acima do regulamento Geral de competições, do estatuto da CBF e
com a entidade comando futebol. Essa é uma informação que eu acrescento em
relação àquilo que a gente informou ontem aqui no Redação. E como é que você ver
essa possível relação dessa criação de uma liga, Jorge?
Jorge: Olha Rizek, ontem pela entrevista que eu vi no News de ontem, Sportv News
de ontem, do Valter Felldman, e me passou a clareza de que havia possibilidade,
isso não foi discutido, o que foi discutido lá no encontro foi apresentação do projeto e
que o projeto está na rua, os clubes querem colocar na rua esse projeto. E agora
muita coisa vai acontecer, eu me lembro de uma entrevista do Alexandre Kalil, a
coisa de um ano e meio no premier, ele disse que o ideal para os clubes é que a
CBF tivesse uma sala pra representar a atividade dos clubes. Que os clubes
estejam ali, pra comandar uma linha. E agora o Alexandre Kalil está de novo na
frente desse projeto. Então eu quero ver os próximos capítulos pra ver onde vai
chegar. Porque o seguinte, o Campeonato Carioca, Flamengo realmente for disputar
o campeonato com time misto, vai ter perda de arrecadação, não só de bilheteria,
mas perda de arrecadações em outras arrecadações que tem .Por exemplo, venda
de pacotes pay per view. O Campeonato Carioca é transmitido no pay per view .
Então se você escalou o time misto a sua torcida não vai comparecer, não vai se
interessar por esse produto. Então eu acredito que a força do Campeonato Carioca,
com a rivalidade, que existe muito grande interesse do torcedor dos clássicos. O que
eu acredito deveria estar fazendo era mobilizar, se fortalecer também pela redução
da data dos estaduais, para ter um estadual mais bem construído. Em vez de serem
19 datas poderia trabalhar com 14. Com melhores confrontos, um formato melhor,
190
eu acredito que essa seria a melhor saída, até para construção de um Campeonato
Brasileiro de uma liga na Série A, e de uma Serie B ainda mais forte.
Xavier: Interessante aí Jorge, o seguinte: a liga em si, essa Copa regional que no
nordeste um sucesso a. Mas é que aqui ela não tem o mesmo interesse dos clubes,
aqui tem Libertadores, Copa do Brasil, tem essas coisas...
Rizek: Aqui aonde cara pálida?
Xavier: aqui na região Sudeste.
Rizek: Mas o Redação está aqui para todo Brasil e o mundo.
Xavier:É verdade, mas não é só Sudeste eu acrescento Sul. Porque são clubes do
Sul e Sudeste, são os clubes que basicamente comando o futebol brasileiro,
Nordeste criou uma ótima solução pra ganhar força e etc. Parece que essa Copa
Sul-Rio que é uma confusão toda que ela quer fazer, ela está atacando outras duas
coisas indiretamente. Que é primeiro: os campeonatos estaduais que estão quase
todos falidos e que são enormes, e nem sei se de 19 pra 15 seria suficiente, e eu
acho que tinha que ser de 19 pra cinco, pra sete datas. Tinha que ser o campeonato
muito curto pra valer a pena.
Rizek: São dois, são oito datas na Sul-Minas.
Xavier: Estou falando a diminuição em relação estadual, o estadual que deveria ter
uma sete ou oito datas. Que é o interesse máximo do torcedor pelo estadual.. Dá pra
ser oito datas, na minha opinião. E é outra história aqui essa copa regional está
tentando fazer é criar e a liga, essa dos clubes. Então, no final das contas eu acho
que não é objetivo de se ver. Mas conseguir esvaziar o estadual conseguir criar uma
liga de clubes.
Rizek: Perfeito é exatamente isso! E a criação dessa liga agora, primeiro que assim
eles anunciaram a essas oito datas, E eles vão cumprir a promessa do Alexandre
Kalil, ea promessa cumprir todos os compromissos calendário dos estaduais e ter
essas oito datas da Liga Sul Minas .Mas como disse o Sérgio Xavier ela é apenas
um embrião. A ideia formar uma Liga Nacional de clubes o próximo passo da
delegação que esteve ontem no Rio de Janeiro. É procurar os clubes de São Paulo
para fazer um acordo com eles. Eles ainda estão ausentes, mas é um embrião do
que os clubes pretendem formar como liga. O Jorge, e hoje coincidentemente, o
Jorge é o nosso jornalista que conhece olimpíada. Quantas coberturas de
olimpíadas?
Jorge: Seis olimpíadas.
191
Rizek: Seis olimpíadas.
Jorge: Desde Barcelona em 92.
Rizek: Hoje 2 de outubro coincidentemente é aniversário do anúncio do Rio de
Janeiro como sede olímpica. Rodemos o nosso quadro memória no Redação.
Em seguida rodou quadro Memória Redação.
Na tela imagem do jornal Folha de S. Paulo
Rizek: E a Folha de S. Paulo publicava na capa do jornal quando foi feito o anúncio
e…
Xavier: Em outubro.
Rizek: Em outubro de 2009.
Jorge: Em 2 de outubro de 2009.
Rizek: São seis anos certinhos.
Jorge: Quero ver se vai... Essa aí essa aí me arrepia…
Rezek: Por quê?
Jorge: Porque essa eu ajudei a fazer. Foi uma maratona pra gente, uma coisa
incrível assim, deu trabalho mas deu satisfação e alegria por fazer o produto.
De volta imagem na bancada..
Cara você vai organizar uma olimpíada no seu país na sua cidade. Na sua cidade
natal eu já cobri em seis e outros países. Como é a construção desse evento, em
Londres eu morei cinco meses antes da Olimpíada de Londres a partir de março de
2012.Enviado pelo jornal o Globo. Agora gente está vendo a construção desse
evento em casa, as dificuldades os erros e acertos, mas é incrível como é a
sensação, dessa energia que nos deu a gente uma coisa totalmente inesperada. O
Rio de Janeiro um ano antes tinha recebido a pior nota de avaliação, e só se
classificou entre os finalistas por que Doha propôs a organização dos jogos
Olímpicos em outubro e o COI não concordo, outubro de 2016. Então o Rio entrou
em último lugar. E acabou virando o jogo, construiu sua candidatura. Trabalho de
várias equipes nisso. E pra nós ainda assim foi uma surpresa.
Rizek: O legal é que a capa do Globo…
192
Na tela imagem do Jornal O Globo.
Rizek: É aquela que você ajudou a fazer, é que ela destacava “Sete Anos”, já o
sono que vem que faltavam para fazer: estação de metro, Despoluir as baías e as
lagoas.
Xavier: Opa parece que não deu certo.
Rizek: Não é não deram certo.
Jorge: Reformar 33 instalações esportivas.
Rizek: E foi uma capa legal, porque ela comemorava e também alertava: Olha
precisa fazer muita coisa!
Imagem volta na bancada.
Jorge: Não adianta fazer o ufanismo você tem que dar os caminhos, e o Globo deu
um caderno especial sobre os Jogos Olímpicos. Um trabalho assim de mobilização
incrível da redação, pra entregar aquele produto…
Xavier: A história que eu mais gosto de todas dessas Olimpíadas foi o seguinte: o
primeiro que é uma disputa Brasil, era se não era um Underdog, um azarão, era
quase... Tinha por exemplo Chicago e com voo do Obama chegando a Copenhague,
Obama presença dos Estados Unidos, lá pra fazer lobby. E aí o Brasil se preparou
como poucas vezes se viu o Brasil trabalhar. E também na captação e do evento.
Pra minha melhor história, é o Brasil ter levado Paulo Coelho o escritor, pra
Copenhague. E ele conseguiu, a editora conseguiu os livros dele nas línguas natais
das mulheres que iriam votar. Paulo Coelho autografou no idioma de cada uma, né.
E presenteou né. Isso é lobby puro né. Isso é ilícito? É legal? Não é! O que não
pode, parece é presentear com alto valor. Então Brasil fez de tudo pra vencer.
Rizek: E vale lembrar o Brasil, o Brasil vivia um momento econômico muito melhor
do que viver hoje. A Copa do mundo já estava assegurada que seria realizada aqui.
Então era pegar o embalo de Copa do Mundo e dois anos depois as Olimpíadas.
Durante a Copa do Mundo, para Copa do Mundo não houve economia tudo o que a
Fifa pediu foi feito. Brasil gastou muito dinheiro, tudo que o comitê organizador local,
com 12 sedes que foi uma ideia nossa, foi feito. Prefeituras, governos gastaram
estão muito dinheiro. Uma realidade diferente para o Brasil, o país enfrenta
dificuldades financeiras e com a gente viu recentemente, a prefeitura do Rio
193
anunciar que não vai mais fazer a Arena das competições de natação nos moldes
que a Federação Internacional gostaria. Com a marina para 17 mil lugares caíram
pra 13 mil, sem cobertura, será uma cobertura provisória. O pessoal da natação não
está gostando muito. E argumentação é a crise econômica, estão tentando
economizar, não dá pra gastar tanto. E hoje mais uma notícia nessa linha que é
sobreo centro de televisões para o mundo inteiro chamado de IBC/
Rizek pega um jornal impresso e mostra a notícia.
Rizek: E de lá, vai sair o sinal para transmissão para o mundo inteiro. É o que a
reportagem do Globo está mostrando, é que o Governo Federal não está aceitando
o alto custo de geradores, e vai atrasar um pouco a entrega. E o Globo está
preocupado com isso, que afinal a transmissão das Olimpíadas são tão importante
quanto as arenas. Para que as pessoas do mundo inteiro possam ver, me diz uma
coisa Jorge, o quanto preocupante é os cortes nos custos que o Brasil está
começando a tornar público, para os Jogos Olímpicos?
Jorge segurava o jornal O Globo enquanto começava discurso.
Jorge: Isso é importante, Rizek. Essa discussão sobre o que envolve...Inclusive a
Light a companhia de energia .Essa discussão é antiga, isso já havia sido dado
alerta, eu me lembro de uma entrevista, que o então presidente da Light deu ao
Globo na página de economia, e um dos detalhes era ele falando que o comitê
Olímpico Internacional que queria uma construção de uma subestação dentro do
Parque Olímpico, e que eles não tinham o custo, não tinha verba para que isso fosse
feito pela Light, eles precisavam de uma ajuda. E essa discussão já se arrasta há
dois anos, para procurar uma nova solução para os geradores, mas o custo disso é
muito alto. Você imagina cerimônia de abertura Maracanã 70 mil pessoas começa
festa, Todo mundo chegou e de repente "bum", apaga luz! Como é que fica? Como
é que fica pro mundo inteiro vendo isso? É aquela história que a gente contava na
Copa do Mundo né, você pensa no estádio, pensa que é só o estádio que existe na
Copa do Mundo, mas existe o aeroporto aonde essas pessoas chegam, existem os
hotéis, pega transporte público, segurança. O estádio é o sexto elo da cadeia.
194
Estádio Olímpico e o Parque Olímpico é o último é ponto final da cadeia, para que
tudo dê certo. Espetáculo encantamento, fantasia aconteçam.
Xavier: A questão do que é supérfluo e o que é essencial. Acho que essa separação
que não está muito clara. Não sei se tá pra você? Mas pra mim não está.
Jorge: E há muito tempo essa discussão está sendo travada. Você está a menos de
um ano dos jogos, jogos começam no dia 5 de agosto. O centro de mídia, centro de
imprensa ele chega exatamente um mês antes, então vai abrir 5 de julho. O IBC
que se posiciona praticamente pertinho, praticamente ao lado do Centro
Internacional de rádio, televisão e de transmissão, eu acho que começa chegar dois
meses antes dos jogos, as equipes de televisão do mundo inteiro detentoras de
direitos, elas já começam enviar suas equipes para preparar o terreno, preparar as
suas equipes, pontos de vivo estúdios, tudo dois meses antes. Então, isso aí tem
que estar pronto dois meses antes, e a gente está falando do local que vai mandar
para o mundo inteiro, com uma audiência global, com cerca de seis a sete bilhões
de pessoas, é audiência global das Olimpíadas, as imagens dos jogos. Então, isso
tem que ser tratado com muito carinho muita atenção, porque qualquer falha nisso
compromete a visibilidade dos jogos e o sucesso dos jogos.
Rizek: É, agora suspeito que a gente vá ver essas notícias e como, na natação
como no IBC com mais frequência. Porque a realidade do Brasil em 2009 era uma e
agora é outra. Então, tudo aquilo que o Brasil, "a gente paga, a gente gasta ". É um
outro momento, então aguardemos próximos passos.
No nosso Twitter o Bruno Prado pergunta: em quantos lugares do mundo existem
uma Liga independente de clubes? Independente das federações? Olha Bruno, na
Europa essa discussão não acontece. Porque as federações cuidam das seleções
locais e as Ligas .Os clubes organizam os campeonatos nacionais. Que na Europa
nem são chamadas de campeonatos, mas de Ligas mesmo.
Xavier: Premier Ligue na Inglaterra, né.
Jorge: A segunda, terceira, e a quarta divisão da Inglaterra tem o gerenciamento do
próprio. Pego aí...Tem nomes até curiosos: Championship que a segunda divisão, o
nome pomposo, parece até aqueles campeonatos antigos. Campeonato Série D
carioca, era segunda divisão na verdade é. E a League One é a terceira divisão, e a
League To e é a quarta divisão da Liga inglesa. Mas aí cada um encontra sua
fórmula.
Xavier: Mas é tudo liga.
195
Jorge: E têm estádios, todos os estádios e incríveis, eu já fui estádios da terceira
divisão inglesa, e realmente a maneira como é gerido é importante. E vale lembrar o
seguinte: agente teve duas oportunidades grandes de clubes comandarem o
Campeonato Brasileiro, de 87 até hoje a gente discute de que é o título de campeão
se é Flamengo ou do Sport.
Rizek: Mas o campeonato é um sucesso, a média de público é a maior média de
público do Campeonato brasileiro.
Jorge: Exatamente, mas até hoje. E quem foi campeão não foi pra Libertadores em
88. Em 2000 tivemos a Copa João Havelange com aquele momento trágico na final,
Vasco e São Caetano. Então, muito tem que ter cuidado na administração. Não é só
o campo de jogo, não é só o comportamento, não é só o chapéu, o balão golaço, gol
de letra, jogada de efeito, jogada de craque, é administração. E o dirigente brasileiro
ele não está acostumado a dar um bom exemplo, ele quer sempre entrar na lei de
Gerson, "aí eu me dou bem", e é por isso que os clubes brasileiros não conseguiram
nada até hoje. Falta essa união, falta essa visibilidade, falta esse momento que o
dirigente ele está ligado na construção do mecanismo do evento. Ele só está
preocupado com produto final, a parte final do evento
Rizek: A gente vai agora a Chapecó conversar com o Cleiton César. Cleiton, bom
dia! Bem-vindo ao Redação!
Tela dividida entre André Rizek eCleiton César.
Rizek: É exagero e se referir à classificação da Chapecoense como feito histórico?
Bem-vindo, Cleiton!
Cleiton: Não é exagero não, Rizek. Bom dia pra você, bom dia Serginho, bom dia
Jorge, amigos ligados no Redação. Não é exagero não, 42 anos de história,
Chapecoense participando pela primeira vez da Copa Sul-Americana, de uma
competição internacional. E chegando as quartas de final e tendo pela frente agora o
River o campeão da Libertadores da América. Vou te contar né, muita coisa pra
comemorar. Mas a cidade Chapecó, Rizek e amigos, olha, amanheceu assim:
Cleiton aponta pata tela com a imagem da cidade com a câmera da televisão
local.
196
Bem calma bem tranquila, é a ressaca da comemoração de ontem. Essa aqui
imagem da principal avenida da cidade Avenida Getúlio Vargas em Chapecó. Por
ser apenas a principal, deveria ter mais movimento, mas o torcedor resolveu
descansar porque saboreou, e como saboreou o resultado positivo de ontem à noite.
E existe um pé atrás aí por parte torcedor, a Chapecoense não vem bem na
segunda metade do Campeonato Brasileiro são 12 jogos nove jogos sem vencer. E
ontem o significado do resultado positivo foi à volta da confiança também, logo aos
os três minutos a Chapecoense acabou levando o primeiro gol, e o torcedor ficou
meio que assustado nove mil e quinhentas pessoas, mas a sorte é que a
competência também veio logo aos cinco minutos depois com gol marcado por Tulio
de Melo na cobrança de falta do Cléber Santana. Aí deu tranquilidade mas
tranquilidade até um certo ponto porque uma unha para os pênaltis aí o goleiro
Danilo começou aparecer. A Chapecoense lá no início do segundo tempo teve o seu
volante expulso, e o Libertad claro que com um a mais em campo pressionou. A
jogada aérea do Libertad é bastante forte. A Chapecoense não conseguiu chegar no
segundo gol, tanto que essa decisão foi para os pênaltis. Competência das
cobranças, a Chapecoense converteu todos os cinco pênaltis batidos, todos para
rede e ir última através do Thiago Luiz. Um a um no tempo normal, cinco a três nos
pênaltis. Libertad nem precisou comprar o seu quinto pênalti, então a Chapecoense
garantiu essa classificação.
E agora? Comemora a vaga na Sul-Americana, ou se dedica exclusivamente ao
Campeonato Brasileiro? Porque na Sul-Americana a Chapecoense não vem
utilizando o que tem de melhor, seus principais jogadores muitos estão sendo
poupados porque a intenção é a continuidade do Campeonato Brasileiro, onde está
neste momento, está na zona do rebaixamento. Mas a gente sabe como que é sentir
o gostinho de uma competição internacional. Tem o River pela frente, primeiro jogo
em Buenos Aires, o jogo da volta em Chapecó, ai pode ter certeza que aqui em
Chapecó o torcedor, mais a direção, os jogadores e comissão técnica, enfim, todos
sentiram gostinho e agora querem mais, viu, Rezek.
Tela dividida.
197
Rizek: Tanto que o Twitter oficial da Chapecoense está ablando espanhol. Não está
falando de Campeonato Brasileiro não, está desafiando o River, no bom sentido.
Vamos dar uma olhada:
Na tela imagem do Twitter.
Rizek: Olá River Plate estamos chegando (em espanhol).
Cleiton: A Chapecoense que lá no jogo e em Assunção no Paraguai, teve problema
de logística.
Tela somente Cleiton.
Teve de viajar de ônibus de Assunção até Chapecó. Agora lá em Buenos Aires é
claro que a logística será de forma bem antecipada, para que não tenha todo esse
desgaste de viagem. Também Buenos Aires fica 17 mil quilômetros daqui de
Chapecó não 700 como Assunção. Então a viagem bem longa e bem mais
desgastante.
Mas vem por aí o River é campeão de Libertadores dá sim pra fazer, escrever uma
nova página no cenário internacional, também né?
Rizek: E o chaveamento da Copa Sul-Americana, confira os confrontos já definidos.
Na tela o gráfico da chave da Copa Sul-Americana.
Rezek acompanha falando sobre chaveamento.
Tela dividida entre André Rizek e Cleiton César.
Rizek: Cleiton, grande abraço e suas considerações finais, destacando a próxima
rodada da Chapecoense no Brasileirão.
Cleiton: O jogo da Chapecoense, domingo, seis da tarde, contra o time do
Palmeiras. Palmeiras que no meio de semana garantiu classificação para próxima
fase da Copa do Brasil. Palmeiras que o pessoal não sabe, se vem com força
máxima ou não, mas independentemente da situação do Palmeiras, que está
motivado, Chapecoense também está motivada, e precisa na rodada do final de
semana uma vitória e combinação de resultados. Ou até empate contra Palmeiras e
198
combinação de resultados e pode sair da zona de rebaixamento. Bom dia a todos,
um forte abraço, Rizek!
Imagens de volta estúdio.
Rizek:Vamos mostrar que o Lance de São Paulo.
Na tela na tela do Jornal o Lance.
Rizek: Que hoje trouxe uma manchete abusada pra falar e projetar o confronto
contra o São Paulo: “Vem freguês”. Porque o São Paulo não perde do rival e mata
mata desde 2000. Santos não perde do São Paulo.
Bom dia, Cereto! Por falar em abusado, bom dia, Cereto! Bem vindo ao Redação!
Carlos Cereto da redação de São Paulo.
Cereto: Um bom dia, André Rizek! Prometo que hoje terei uma participação
absolutamente comportada e serena hoje para não arrumar confusão. Muito
obrigado pelo carinho e a audiência, das mensagens, nunca esqueço de copiar
André Rizek. Um beijo pra Maria Clara que está muito feliz com as mensagens que
tem recebido, depois da participação no Redação.
Jorge Luiz Rodrigues o jornalista que mais conhece de FIFA no mundo. Duvido que
tenha um jornalista que mais conhece de Fifa no mundo que o Jorge Luiz Rodrigues,
Sérgio Xavier, bom dia Redação!
Rizek: Mas você destoou e não falou da manchete do Lance sobre “Freguês”
Cereto: Não vou falar, não vou falar. Santos e São Paulo não tem esse negocio de
freguês. "A não ganha desde 2000 ". É só um número, os números no futebol não
dizer muita coisa. Eu acho que é só pra gerar manchete de jornal mesmo, claro que
a gente tem que mostrar, é o número é um fato, mas Santos e São Paulo não tem
história de freguês, não tem história de favorito. O que eu posso dizer com certeza,
Rizek, é que teremos um paulista na final da Copa do Brasil por quê? Porque Santos
e São Paulo vão se enfrentar no dia 28...No dia 20... 21 e 28 de outubro. E do outro
lado tem Palmeiras e Fluminense, com boas chances de ter três paulistas na
Libertadores. Corinthians classificado pra Libertadores, e para se classificar
199
Palmeiras, Santos e São Paulo na semifinal da Copa do Brasil. São Paulo, Santos e
Palmeiras disputando uma vaga no G4. E claro que numa maneira otimista de se
olhar, pelo ângulo do futebol paulista, não é possível não imaginar quatro paulistas
na Libertadores. É um sonho? Claro que é um sonho, não é impossível de se
imaginar, dando Copa do Brasil, dando quatro, enfim... Futebol paulista está muito
forte nas duas competições, André
Rizek: Agora Sérgio Xavier, voltando a falar de freguês, nesse ano por exemplo, os
Santos derrotou o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista, mas o grande
mata-mata de 2000 pra cá, foi o Campeonato de 2002 mesmo. Santos foi oitavo
colocado, na geração de Robinho e Diego. São Paulo do Kaka era o líder com a
melhor campanha, se enfrentaram logo na primeira disputa do mata-mata e o Santos
atropelou o São Paulo, e foi atropelando todo mundo até o título.
Xavier: O Kaká e o Renato, Renato está jogando até hoje, Engraçado né? E o
Robinho até poderia estar nesse bolo também, se não tivesse ido pegar o dinheiro
na China.
Rizek: E o Elano também…
Xavier: E o Elano também. A questão é a seguinte, hoje eu acho que o Santos só
não é mais time de futebol, evidente que eu não concordo com essa frase freguês,
porque ela é toda baseada em estatísticas, estou olhando hoje. Hoje, o Santos está
jogando mais que São Paulo, hoje o Santos está jogando de uma forma mais
instável que o São Paulo. Porque o São Paulo até de uns picos, fez umas partidas
muito boas, por exemplo, o clássico que o São Paulo fez contra Palmeiras foi muito
bom.
Rizek: Está mais instável?
Xavier: O clube está mais estável, pelo incrível que pareça, tem as questões de
dívidas, mas está estabilizado. E pra completar eu acho que é uma questão de
encaixe de time, contra time. A rapidez do Santos, não é muito legal quando pega
uma equipe que o meio campo não é tão trancador quanto o do São Paulo é. Então
assim, eu acho que se tivesse que apontar um pequeno favorito ao apontaria o
Santos. " Mas o São Paulo é mais maior, Ou super clube ". Hoje o Santos está
melhor.
Rizek: Carlos Cereto ,mas não foi fácil para Santos contra Figueirense, não. Conta
pra gente.
200
Tela dividida.
Cereto: É, não foi fácil contra o Santos, passou pelo Figueirense e deu a lógica .
Santos tem mais time que o Figueirense. E o que se imaginava, pelo menos nós
imaginávamos, nós da crítica, e a torcida do Santos, que fosse mais fácil.
Na tela rodou imagens do jogo.
Carlos Cereto comenta a partida com imagens do jogo na tela.
Tela volta a Cereto que encera o comentário e a tela é dividia novamente com a
bancada do Redação.
Xavier: Cereto só uma dúvida, por acaso Gabriel chegou dar alguma declaração, se
ele cruzou ou chutou aquela bola, naquele primeiro gol? A minha impressão é que
ele cruzou pro Ricardo Oliveira ,ele não levanta cabeça. Ele chegou a falar alguma
coisa depois do jogo?
Cereto: Olha eu não sei, eu não vi ele falar, não sei se ele falou. Agora
perguntado... Dorival Júnior perguntado sobre a atuação do Gabriel, sobre o
crescimento do Gabriel. Gabriel todo mundo dizia que era mascarado, e era um
pouco mascarado sim. Mas já conversei com Gabriel sobre isso, ele passava aquela
imagem de menino marrento , aquela coisa toda. Mas está jogando muita bola e o
Dorival Júnior pegou e disse seguinte: " o Gabriel começou a pensar de maneira
coletiva ". O que vai de encontro a tua pergunta, de repente ele tentou passar
mesmo. Mas ele está pensando mais no time e você está pensando de maneira
mais coletiva.
Na tela rodou imagens do jogo em questão..
Individualmente ele nem está se destacando, apesar de estar pensando de maneira
mais coletiva. Ele está jogando muita bola, fez o gol e o passe que ele dá pro gol do
Marquinhos, Gabriel é um negócio fantástico. Então é bacana que o Gabriel, que foi
protagonista de tanta polemica no Santos, vários técnicos passaram e não
colocaram o Gabriel pra jogar e foram demitidos, também por causa disso. Legal
que o Gabriel se destaque e seja opção para Seleção Olímpica, se continuar
201
jogando que está jogando tem condição de ser titular da Seleção Olímpica, eu não
tenho menor dúvida em relação a isso.
Rizek: Todo mundo dizia, todo mundo dizia, está certo.
Risos...
Cereto: Todo mundo dizia que.. .Eu dizia que era mascarado, eu dizia sim que ele
era mascarado. Queria uma participação sem problemas hoje, mas eu dizia que ele
era mascarado. Ele era marrento, eu mesmo dizia, já conversei com ele achava
marrento, achava mascarado. E o Ederson Moreira por exemplo, foi demitido por
causa do Gabriel, não adianta dizer que não foi. Oswaldo de Oliveira teve problemas
também por causa do Gabriel, também. Outros técnicos tiveram problemas por
causa do Gabriel, e porque a diretoria entendia o que o Gabriel tinha que jogar, tinha
que ser titular e os técnicos achavam que não. Gallo por exemplo, que está na
Seleção Olímpica, chegou levar o Gabriel e depois não levou mais, porque o Galo
acha que o Gabriel é marrento, que o Gabriel é mascarado. Quanto à qualidade
técnica dele, não tem a menor dúvida em relação a isso. E pessoas ligadas ao
Gabriel já me ligaram dizendo: olha só você tem uma imagem do lado do Gabriel
que não corresponde à realidade. Eu já conversei com Gabriel pessoalmente sobre
isso, ele passa um pouco dessa imagem .Isso é um pouco dessa nova geração
também, que passa essa imagem de um cara meio marrento. Que ele joga muita
bola não tenha dúvida, e agora parece que está pensando também no coletivo e não
só no individual. O que é bom pra todo mundo né, André?
Rizek:Mas não precisa se explicar tanto não porque você tem razão. Agora ó: tem
dois comentaristas que adoram uma sarna pra se coçar. Um é o Cereto e o outro é o
Sérgio Xavier, soltou a pouco aqui, ele achou que ninguém ouviu "ao São Paulo
clube maior e tal ".O Santos tem o mesmo número de títulos mundiais o mesmo
número de...Aliás, tem dois mundiais, Santos dois mundiais, São Paulo tem um
mundial a mais, mas os dois tem o mesmo número de libertadores, e o Santos tem
mais títulos nacionais, com a unificação dos títulos recentemente. Mas no mata-mata
só deu Santos. De lá pra cá... Aí a gente coloca na tela as competições as quais ele
se enfrentaram nesse período levantado pelo Lance.
Na tela o gráfico que ilustra a matéria do Jornal O Lance.
202
Rizek: São quatro Campeonatos Paulistas uma Sul-Americana, a de 2004, e quatro
confrontos pelo Paulistão. São essas competições que de 2000 pra cá o Santos
sempre levou vantagem.
E do lado do Figueirense, você falou, eu vi você falar que São Paulo é um clube
maior, você acha que ninguém ouviu? Eu ouvi...
Xavier: Você é o incendiário. Você pra pagar incêndio, apaga com gasolina.
Jorge: O Rizek não pegou uma coisa que eu falei aí.
Rizek: Mas esse é o barato, é colocar vocês na fogueira. Em Santa Catarina oJornal
Hora de Santa Catarina já previa eliminação do Figueirense, mas elogiou time.
Na tela Jornal Hora.
“Dava pra imaginar”, mas se você ler o texto, eles colocam que desempenho do
Santos no Pacaembu anima o Figueirense para escapar e do rebaixamento do
Campeonato Brasileiro. Tinha mais de 25 mil pagantes no Pacaembu ontem o
Santos. Na Vila Belmiro está com públicos bem menores até pela capacidade do
estádio mais. Mas só de só ter botado nem a metade na Vila Belmiro nesse
Campeonato Brasileiro. Ele teve 11 vitórias seguidas, mas quando ele joga em São
Paulo ele sempre coloca público bom.
Cereto o Estado de S.Paulo, os corintianos eles acham o que esse tipo de coisa...
Torcedor ele detesta projeção para o time dele, ele acha que dá azar. Mas as
projeções estão assim para o Corinthians olha só
Na tela a imagem do jornal Estado de S.Paulo com a matéria da projeção do
Corinthians.
O Estado de S.Paulo na capa do caderno dos esportes:“ Falta pouco para o título do
Corinthians”. O Estadão fez à estatística, do jornal Estadão coloca a chance de título
do Corinthians. Em vermelho mais forte a chance de título em vermelho mais claro a
chance de Libertadores. Nas contas do jornal o Corinthians tem 90% de chance de
levantar o caneco e de Libertadores 99%. Atlético Mineiro teria nas contas do estado
dão 7,7,uma diferença grande. E na libertadores o Galo já está 99%. O grêmio 99%
de chance da Libertadores e 2,1% de chance título.
Xavier: 96.
203
Rizek: 96. E o Palmeiras 0,1% de chance de título, 46% de chance de Libertadores.
E do lado do rebaixamento Joinville com 97% de cair e o Vasco 86% de chance de
cair, o Figueirense 74.
Jorge: O Vasco a cinco rodadas tinha 99,9% de chance de cair, agora já está com
85%.Ganhou 15, Vasco em 18 dias, o Vasco duplicou, dobrou os pontos e os
números de pontos, que tinha passando de 13 para 26. Com quatro vitórias, um
empate em 15 pontos disputados, ganhou 13.
Xavier: O detalhe da estatística eu acho que o Cereto vai comentar aí. Um jogo, ou
dois jogos, eles são responsáveis por catapultar os números, e os números estão aí
pra isso mesmo. E aí quando a gente vai dar não as estatísticas, mas o
desempenho em campo mesmo, o esportivo, eu acho que o Corinthians tem até
mais que 90% tem de chances de título, porque se a gente olhar o jeito que o
Corinthians joga, que é uma coisa instável e avaliação do Corinthians é muito
pequena. Quando o Corinthians joga mal o adversário tem que jogar muito bem,
mesmo assim para ganhar do Corinthians, quando Corinthians joga bem dificilmente
vai deixar de fazer os três pontos. Dificilmente os outros concorrentes o Atlético
Mineiro, não vou nem contar o grêmio porque aí realmente o percentual muito
pequeno, mas o Atlético Mineiro ele varia muito, então às vezes não consegue
ganhar do Joinville.
Rizek: Agora tem a matemática e tem o sentimento de comentarista, você alinha o
sentimento com os dois números? Você acha que 90% na sua visão de jornalista,
você acha que é 90% pro Corinthians mesmo?
Xavier: Pra mim é mais Rizek:
Rizek: Mais?
Xavier: Eu acho que assim, na minha estatística não que não leve em conta só
questão de matemática, eu estou olhando jeito que os times estão jogando, pra mim
o Corinthians está com os 99% de chance, pra mim.
Rizek: O que eu vejo no Vasco, e não vejo Vasco assim com 86%rebaixado.
Xavier:Eu vejo…
Rizek: Você vê? Cinco pontos pra sair?
Xavier: Eu vejo, e o Vasco está vindo daquele momento como se diz o francês uma
mámaguca. Que aquele momento que deu tudo certo.
Jorge:É, mas vem de resultado que é importante a beça, no íntimo do jogador do
Vasco e dentro do clube, que a vitória sobre Flamengo. A vitória de virada.
204
Xavier: É tudo certo.
Jorge: Quatro vitórias seguidas, e você ver como as coisas mudam a gangorra do
campeonato, Flamengo a três rodadas passadas atrás ele vinha de uma sequência
de seis vitórias, agora está numa sequência de três derrotas, então você vê a
gangorra do campeonato é interessante. E nessa gangorra a gente vê um
Corinthians linear, e agente ver um Corinthians que joga mal às vezes, mas não
perde. Eu estou contigo eu acho que a gente assim, tem mais chances e
possibilidades, analisando essa parte do campeonato 10 rodadas finais. Dos últimos
Campeonatos Brasileiros com 20 clubes a gente teve uma grande virada que foi em
2009. O Flamengo arrancou do sétimo lugar, era uma distância menor que o tem o
Corinthians no momento que eu Flamengo começou arrancada. A distância do
Palmeiras era menor, era de oito pontos e não de 13 quando começou aquela
arrancada, voltando três rodadas atrás tudo. Mas o Corinthians, a gente vê um
Corinthians linear, e o Palmeiras teve um problema físico, o próprio César Sampaio
já contou uma história nos nossos programas aqui, Redação no Seleção, sobre o
que cansou aquela time do Palmeiras. E o que a gente vê, é exatamente ao
contrário no Corinthians
Rezek: O ”data-Cereto” mãe nas estatísticas.
Tela dividida.
Cereto: Nesse ano o Palmeiras chegou abrir para o segundo colocado 11 pontos de
diferença por para o Flamengo. Realmente foi uma virada histórica. Eu acho que no
futebol as estatísticas não funcionam. O Fluminense provou há um tempo atrás, e o
Flamengo mostrou isso lá atrás, o Vasco está quase provando, tem matemático com
dor de barriga em.
Jorge: Fluminense é um caso que até hoje, lanterna nessa fase decisiva, nesse final
de campeonato e que conseguiu escapar do rebaixamento, é o único que conseguiu
até hoje. Vasco está lutando e está consegui uma recuperação, não sei se vai
conseguir, mas até hoje Fluminense foi o único que conseguiu.
Cereto: E eu esperaria o dia 2 de novembro que é o jogo entre Atlético e
Corinthians, se enfrentam. Até lá eu teria mais cautela até mais calma em relação a
matemática acho que está tudo bem encaminhado pro título do Corinthians até pelo
aproveitamento, como disse o Serginho, pelo aproveitamento e pelo desempenho.
205
Até mais pela estatística matemática de projeção e com a gente tem que ver
aproveitamento e desempenho. Porque na conta do Titi, e aí na conta do Titi. São 10
jogos que faltam e até os jogos que faltam pra acabar o campeonato, o atual
desempenho do Corinthians, o atual aproveitamento do Corinthians é de 71%,
71,4% o Corinthians precisaria de cinco vitórias em 10 jogos para ser campeão.
Cinco vitórias são 15 pontos, o Corinthians teria 75 pontos.Com 75 pontos vai ser
campeão, dificilmente não será com 75 pontos. 15são a metade dos pontos, hoje o
Corinthians tem 70% de aproveitamento e o Corinthians teria que fazer 50% de
aproveitamento .Ou seja, como a gente está muito próximo, o título está
encaminhado, mas eu esperaria Atlético Mineiro e Corinthians, que é a final do
campeonato.
Rizek: Estou com você, para pontuar, a gente aqui está dando palpite dando nossas
opiniões.
A gente mostrar agora como os amigos da EPTV, afiliada da tv Globo Campinas
fizeram bom jornalismo. A Ponte Preta recebe o Corinthians final de semana e eles
foram lá na fila, de quem estava comprando ingresso para denunciar a prática de
cambismo, que no Brasil é crime confira
No ar um VT produzido pela EPTV
2 minutos
Imagem de volta a bancada.
Rizek: A lei existe, cambismo no Brasil e crime mas muitas vezes não é colocada
em prática. E parabéns aos colegas da EPTV que fizeram baita serviço.
Principalmente com as pessoas que quer assistir o jogo.
Xavier: Até porque casualmente essa matéria lá é de Campinas né?
Rizek: Sim.
Xavier: Mas essa matéria é nacional, se fizeram em qualquer lugar do Brasil vai ser
muito parecida, e tem que fazer, eles fizeram muito bem feita,
Jorge: E às vezes com a conivência, com os funcionários dos clubes também né.
Os clubes muitas vezes facilitam gente de dentro do clube, às vezes facilita, muitas
vezes facilita tem várias denúncias. E ai a EPTV vem prestando serviço, mostrando.
Rizek: Vamos falar agora de uma coisa boa agora. Durante discussão a discussão
de ontem do Fluminense aqui vários torcedores do tricolor carioca começaram a
206
Twittar, e chamar atenção aqui da gente, para o fato que o Fluminense terminou a
partida contra o Grêmio com sete jogadores formados em Xerém, sete!, Cinco como
titulares e dois que entraram no decorrer jogo.
Esse é o tema, pode ser que tenha pautado inclusive a edição de hoje do O Globo,
trazendo essa informação aqui falando do: Jovem Flu.
Rizek com a versão impressa no estúdio do jornal O Globo.
Rizek: Aqui o Escarpa e o Fred, e vocês vão ver que a juventude tricolor não está
presente só na hora de jogar não. O Fluminense, algo que o Cereto adora, divulgou
as preleções dadas antes.
Põe o Cereto aí. O Cereto adora as preleções! Antes do duelo contra o Grêmio.
Cereto: O Fluminense classificou isso? Pra próxima fase? Então tá bom, eu queria
sabe por que o Grêmio, então, não divulgou a preleção?
Rizek: Cobra do grêmio, o Fluminense divulgou a dele.
Cereto: Só divulga quando vence, só divulga quando se classifica.
Xavier: Não, é que o Roger de uma gaguejada e só por isso não foi divulgada, não
tem nada ver com resultado.
Rizek: É, mas quem sabe um dia veremos a preleção do time que perdeu
divulgada? Vocês vão ver que o jovem Marlon, no jogo de ida. Não se confunda o
que o Ronaldinho está na imagem. Pediu a palavra e falou grosso, então a
juventude não está fazendo diferença só no campo não, participar ativamente do
time.
Imagens da TV Fluminense .
Rizek: Nota-se pelos azulejos azuis, preto e branco que a segunda parte, o antes e
o depois do jogo em Porto Alegre. E vocês são chatos, que não gostam de ver isso
aí, é muito legal ver o Marlon falar o que falou, Cereto.
Cereto:É, eu fico imaginando o seguinte como deverá, como deveria ter sido a
preleção do Luiz Felipe Scolari antes do jogo da Alemanha. Se alguém tiver esse
vídeo, por favor, vamos divulgar aqui no Redação, vamos mostrar o Luiz Felipe
Scolari falando com jogadores do Brasil antes do jogo contra Alemanha, ou sei lá, o
capitão da seleção David Luiz conversando com jogadores, ou o Thiago Silva que
207
não jogou mas devia estar na preleção. Como é que foi? Alguma coisa deu errado
nessa preleção do Felipão.
É uma bobagem isso aí! André, divulga também atua preleção antes da entrada do
programa, "vamos lá, vamos lá, coloca esse vt no ano ar, coloca essa imagem ali,
fecha o espelho, vamos lá"!
Risos...
Rizek:Olha só, sabe que em janeiro nós vamos fazer uma loucura aqui, o Cereto vai
comandar o programa, ele não sabe que aqui tem preleção antes do programa, a
gente se reúne "aqui a redação, vamos mostrar como que"! Se prepara Cereto ,aqui
tem prevenção.
Cereto: O André Rizek é completamente maluco, se tiverem o vídeo, vídeo do
Felipão dando preleção.... Você imagina, por exemplo, a preleção do Real Madrid,
você imagina o Real Madrid do Cristiano Ronaldo fazendo isso. A preleção do
Barcelona você imagina o Messi .
Rizek: "Toca aqui para mim sempre, toca para mim" essa preleção.
Cereto: Eu não entendo isso aí, eu entendo que faz parte do futebol. Lembro até
que ficou famoso o Zé Roberto esse ano " O Palmeiras é grande ". Zé Roberto.
Alguém precisa dizer que Fluminense é grande? Os jogadores lembrarem que eu
Fluminense é grande? O Zé Roberto precisa lembrar que o Palmeiras é grande?
São bem remunerados, recebem em dia. Deveriam estar completamente motivados
por jogarem em um clube gigante como é o Fluminense. Entendo que faz parte do
futebol, do Folclore do futebol, mas acho bobagem.
Jorge: Eu acho que é muito do momento que eu tive atravessa. Fluminense ficou
oito jogos sem ganhar, perdeu sete jogos empatou um brasileiro. E você ver o
momento também dos dois treinadores. Eu gostei muito da postura dos técnicos de
Grêmio e Fluminense. Roger e o Eduardo, técnico gremista e fluminense. Dois
jovens treinadores foi um jogo emocionante.
Rizek: Não tem valor jornalístico ver um garoto como Marlon, a gente não tem
acesso aos vestiários a não ser que eu vencedor mostre a prelação. Você ver um
garoto como Marlon falar o que ele falou, não é lega? Eu acho muito legal.
Xavier: Tudo bem, mas ele pegou dicionário mundial do clichê e foi falando, foi
encaixando coração mão, coração na ponta da chuteira.
Jorge: Mas o torcedor gosta, parece comum pra gente, mas o torcedor ele gosta
disso, isso aí bombou na rede sociais e incendiou. O cara mostra pro torcedor do
208
Fluminense, e o torcedor do Grêmio fica com uma pulga atrás da orelha em: “será
que meu time fez isso”? Será que os caras entraram motivado?
Xavier :Mas eu falei esse negócio que ele vai pegando vários clientes e vai
encaixando, mas eu gostei do discurso do Fred. O Fred pegou uma coisa que me
chamou a atenção uma frase que eu acho que é frase da preleção dele, podemos
assim dizer: "Vale a pena hein, vale a pena ". Como quem diz: olha isso aqui vai te
reverter bicho, pode vim contrato melhorar, era isso que eu falei só falando.
Rizek: Cereto, um abraço, agora aqui no intervalo vou fazer uma preleção com
Serginho com o Jorge para projetar no próximo bloco porque aqui "é Redação
amigo". Grande abraço, meu amigo.
Cereto: "Vamos lá vamos chamar o intervalo depois intervalo demais"
Nem pensar em pegar o controle remoto, bom dia redação! E até segunda-feira
ouaté nunca mais, bom final de semana!
Rizek: Bom final de semana Cereto.A gente vai pro intervalo mostrando a
transmissão da rádio Super Condá, na voz de Ivan Carlos para classificação da
Chapecoense e o redação volta já:
No ar quadro Redação AM.
Com a narração do rádio AM no programa.
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia o intervalo.
Segundo bloco:
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia o intervalo.
Rizek: O Redação está de volta com o Jorge Luiz Rodrigues e Sérgio Xavier Filho,
com vocês participando conosco pela internet. Esse tema preleção dividiu opiniões
no nosso Twitter. Qualquer coisa dividi as opiniões opostas, não tem mais ou
menos. Ou é muito legal ou é um lixo. E as pessoas debateram isso durante o
intervalo.
209
E a gente debate agora Série B colocando na tela primeira rodada é o complemento
da rodada que começou na terça-feira do Campeonato Brasileiro Série B.
Na tela o gráfico da imagem do campeonato brasileiro Série B.
Rizek: E temos que Criciúma e Paraná Clube com transmissão do premier. Sampaio
Correia recebendo o Botafogo no Castelão e com a transmissão do Canal Campeão
para todo Brasil, menos para o Maranhão a partir de 8h30 da noite. Bahia e Vitória
na Fonte Nova, Macaé e ABC lá no Moacirzão, jogos com transmissão do canal
Premiere. Boa Esporte e CRBD, Atlético Goiâniense e Paysandu, Oeste e Náutico e
Moji-Mirim e América Mineiro.
E a classificação:
Na tela classificação.
E agente tem o Botafogo na liderança do campeonato 56 pontos, seis a mais em
relação segundo colocado. O Vitória com 49, e o Santa Cruz com 48, e o Paysandu
com 47 fecham G4. O Bahia com 47, o América com 45pode entrar no G4, Sampaio
Correia que pode entrar no G4, o Naútico 43, Bragantino 42, Luverdense com 42 e.
A gente vê o CRB, Paraná e o Criciúma. Atlético Goianiense ,Oeste, o Macaé fora
zona do rebaixamento. O Ceará numa situação desesperadora porque já tem 29
jogos ,está cinco pontos do Macaé e pode terminar a rodada a oito pontos do
primeiro colocado fora da zona do rebaixamento. O Boa Esporte, ABC e Mogi-Mirin,
completam a zona do rebaixamento da Série B.
Em São Luís do Maranhão que é para onde agente vai agora, palco do jogo de hoje
entre Sampaio e Botafogo, a gente tem o Werton Araújo ao lado do técnico, do
jovem técnico o Léo Condé. Que se meu arquivo não estiver errado tem apenas 37
anos. Bom dia Werton!Bom dia Leo Condé. Bem vindo ao Redação!
Werton: Olá,Rizek! Bom dia pra você, bom dia os amigos ligado no Redação. Um
jogo importantíssimo expectativa grande esse jogo inclusive Rizek, ganhou uma
importância ainda maior, porque o Sampaio Correia pode voltar ao G4. E tem pela
frente Botafogo que é líder. E como você mesmo falou a gente recebe o técnico Léo
Condé, como você antecipou, jovem técnico mineiro que chegou no Sampaio Corrêa
e está comandando essa campanha maravilhosa, muito boa, uma campanha... A
gente até diz histórica do Sampaio Correa, uma grande chance de ir pra Séria A,
chegar à zona de acesso. O Léo Condé o ano passado, esse ano na verdade foi
210
vice-campeão com a Caldense do Campeonato Mineiro fez um brilhante trabalho,
chegou no Sampaio Correa praticamente na segunda rodada, está desde o começo.
Fez o Sampaio ter uma das melhores campanhas comandante jogando aqui em São
Luís como mandante, No Castelão como mandante foram 14 jogos. Eu tenho até
aqui André Rizek ,foram 10 vitórias três empates e apenas uma derrota contra o
América Mineiro. Bom dia! É um prazer ter você aqui com pessoal do Redação,
também!
Após a apresentação uma entrevista aconteceu com o técnico, onde todos
dirigiram perguntas.
A entrevista durou cerca de 10 minutos.
Rizek: Werton, hoje o Lance está chamando, o segundo milagre.
Rizek com jornal impresso na mão.
Rizek: Segundo milagre depois levar a Caldense a final do estadual, uma possível
classificação do Sampaio, segundo milagre está difícil de ler aqui, mas a manchete é
essa.
Jorge: Está a dois pontos do G4, em sétimo, mas a dois pontos do G4.
Rizek:Mas eu queria que o Wilton contasse a quantos tempo o Sampaio não joga na
seriar hoje Wilton?
Werton: Olha só Rizek, o Sampaio você sabe né: De 2012 pra cá conseguiu dois
acessos, da Série D pra série C e da série C pra série B. Em 72 viu Brasileirinho,
agente até já falou isso aqui no Redação, vai algum tempo que eu Sampaio não
participa de uma Séria. Inclusive era um campeonato diferenciado com outro
formato, e realmente é um feito histórico para o time se conquistar esse acesso à
Série A .Agora com o comando aqui do Léo. A torcida está empolgadíssima. Só pra
você ter uma ideia, Rizek, a média de público do Sampaio está em sexto lugar, mais
ou menos uns 10 mil torcedores, inclusive acima do Botafogo. Botafogo vem logo
atrás com cerca de 9mil torcedores, é o sétimo em média de público. É pra você ver
o tamanho dessa torcida, o tamanho da expectativa dessa torcida que quer ver o
Sampaio de volta à Séria A. Claro hoje seria a primeira vez com esse formato, com
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esse formato que a gente tem agora de Séria A. Mas com certeza a expectativa é
grande viu, André Rizek.
Rizek: Maravilha, grande abraço Wilton. Mais uma vez meu agradecimento ao Leo
Condé, e até a próxima meus amigos aí em São Luís. Valeu turma!
O legal do Redação é isso, a gente viaja pelo Brasil inteiro. Já fomos à Chapecó já
fomos a São Luís, e o próximo bloco a gente vai mostrar como foi à apresentação do
Cristiano Ronaldo, apresentação não, a festa que o Real Madrid fez hoje para
Cristiano Ronaldo superando a marca de 500 gols. Vai ter um vídeo também
espetacular dos franceses antes da final da Copa do mundo de 98, planejando,
imaginando como seria marcar Ronaldo. Aí eu jogo essa pergunta é " Cristiano
Ronaldo ou Ronaldo? Para o ímpar, você ganhou! Você que escolhe para o seu time
". Mas daqui a pouquinho. Agora eu mostro o que o Jeferson falou da situação do
Botafogo.
No ar o quadro Abre Aspas, sonora do goleiro Jeferson. 50'.
De volta ao estúdio.
Rizek: Um degrau atrás do outro. E para Maitê Proença ficar nua, a promessa feita
aos Extraordinários, caso o Botafogo subisse. Segundo os matemáticos ouvidos na
reportagem publicada hoje no jornal O Lance, faltam três vitórias para o Botafogo
dar uma olhada nos jogos que restam O desafio não parece muito difícil não
Na tela gráfico dos jogos do Botafogo.
O Botafogo em frente o Sampaio, depois enfrentar o Ceará, aí recebe o Bragantino,
visita o Náutico, recebe o Bahia e depois visite a Luverdense, recebe o Santa Cruz,
visito ABC e recebe o América.
Três vitórias é mamão com açúcar pra subir né?
Xavier: Não, se agente está dizendo que a chance do Corinthians ser campeão é
enorme, a gente vai ter que no mínimo pegar esses números do Botafogo e dizer
algo parecido, né?
Rizek: Então os Extraordinários vão conseguir aquilo que a Playboy não consegue
há muito tempo e vão tirar a roupa de Maitê Proença
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Xavier: Como assim? A Playboy já tirou a roupa de Maitê Proença.
Rizek: Não consegue há muito tempo.
Xavier: Não, a gente deixou para turma do Chico Sá, resolver essa parada agora,
mas a gente já fez isso, não venha diminuir aqui esse trabalho.
Rizek: Não, eu tenho versão de colecionador, diga-se de passagem.
A gente vai fazer mais uma parada e mostrando um clipe com as melhores imagens,
narrações, e manchetes da semana aqui no Redação. A gente volta já.
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia o intervalo.
Terceiro bloco:
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia a volta do intervalo.
Rizek:O Redação está de volta hoje com Sérgio Xavier filho e o Jorge Luiz
Rodrigues na bancada, e você participando conosco pela internet. A gente fala
agora da reação dos franceses com as acusações feitas a Michel Platini supondo
que ele tenha recebido dinheiro, e um bom dinheiro devido de Joseph bater e de
quem ele era opositor, ainda opositor. Estou confusa agora Jorge e?
Jorge: Era aliado nessa época que pegou em 2011, ele recebeu esse dinheiro vivo
em fevereiro de 2011, exatamente dois meses depois da eleição do Catar para a
sede da Copa do Mundo de 2022.A eleição foi feita e realizada em dezembro de
2010. E três meses antes da reeleição do Blatter em maio de 2011, que se reelegeu
mandato anterior.
Rizek: São 2 milhões de Francos suíços que apareceram na conta do Platini.
Jorge: Cerca de 10 milhões de reais, cerca de 8 milhões é...Cerca... Aí tem que ver
o câmbio que muda toda hora, mesma gente até se confunde quase aí pouco mais
de 9 milhões de reais...
Rizek: E a explicação muito confusa, lembra de políticos brasileiros,. A FIFA não
tinha como pagar então Blater fez o depósito. ...
Jorge: Pelo trabalho que ele tinha feito e 99 e 2002. Ora a FIFA 2002 estava em
crise, de 2002 para o 2006 o pós-escândalo da ISL. A FIFA já deu um lucro com
aquela Copa, já avaliou o lucro de 450 bilhões de dólares em ponto de um prejuízo
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em 2002 no Congresso de 2002, feito na Coréia. Até o congresso de 2006 na
Alemanha a FIFA já deu lucro de 450 milhões de dólares. Como que não tem
dinheiro pra pagar? Ai de 2006 passou a ser um mandato de cinco anos né, trocou
mandato Para cinco anos, para não coincidir com o ano da Copa para não ter
aquelas brigas e direitos e vou ir aí atrapalhar a preparação da copa. Do cinco de
2006 da Alemanha até 2010 e na África do Sul a FIFA já chegou lucro de um bilhão
de dólares, de saldo em caixa. E da Copa de 2010 até a copa de 2014 a FIFA fez
uma projeção de ganhar com a Copa do Mundo do Brasil algo em torno de três
bilhões de dólares, ela ganhou exatamente um bilhão a mais de dólares do que ela
estimava ganhar em 2010 com a copa de 2014, fechando em 4,4 bilhões de dólares
arrecadação com a Copa, Isso em suma. Um ciclo de 2002 a 2006 ela passou a dar
lucro gastronômico pela administração do Blater. Blater ele paga o preço o ônus, de
ter se afastado de qualquer condição de combater a corrupção. Mas a gestão
financeira dele na FIFA, não resta dúvida, que foi excelente. Tanto dele como do
secretário-geral. Agora corrupção, os pagamentos, Deixar o Jaques Bauer fazer o
que queria, ele fazia o que queria o presidente da Concacaf, com presidente da
FIFA. Acordos de venda de direitos por valores menores. É isso que está sendo
investigado nesse momento pela procuradoria geral da justiça. A gente tem uma
investigação geral nos Estados Unidos e várias investigações nascendo e momentos
pala paralelos como se fosse uma Lava Jato. Fase 18, fase sete, a fase 61, você
descobriu vários falcatruas vários ilícitos cometidos contra a administração da FIFA.
Então, o que se isso se chega conclusão, lucro seria até muito maior do que é se
não fossem esses ilícitos.
Xavier: Nesse caso do Platini, com Lava Jato né, seria uma espécie de, sei lá a
Concacaf na fazer operação batom na cueca. Que é o que aconteceu com Platini,
um cara praticamente crítico e etc., que daqui a pouco no mínimo no mínimo no
mínimo, ele aceita o dinheiro por uma consultoria, tentando entrar no raciocínio dele,
crédulo do cara que ele fazer oposição. Muito, muito estranho, acho que está
completamente comprometido inchado.
Rizek: Concordo e para os franceses é um baque, e porque o Platini é um símbolo
nacional. Platini nos anos 80, foi o melhor jogador de uma geração que chegou a
uma semifinal de copa do mundo de 82 venceu a Eurocopa de 84, depois ele
comandou processo da sede da França da Copa do Mundo de 98 que foi um
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sucesso. E as manchetes estão assim ó os franceses em choque com Platini a
FranceFootball
Na tela imagem do jornal.
A maior revista de futebol da França trouxe essa matéria, na manchete você a
imagem trincada .Na França e a primeira vez que a imagem dele é trincada na
França.
Jorge:A France Football que fez a cerca de dois anos uma reportagem de capa,
com oito páginas, no interior, Catar Gate, sobre a participação do Platini na eleição
do Cartar 2022. Uma participação decisiva dele na eleição. Toda a manobra que ele
fez. Então eu me lembro, logo que estourou escândalo de 27 de maio, me lembra
uma das participações aqui no Redação eu falei, lembrei essa reportagem do France
Football lá, falando " isso vai chegar ao Platini "? Como ele vai mostrar a lisura dele
como candidato à presidência da FIFA e atual presidente da Uefa, toda a
mobilização que ele fez, será que a imagem dele vai chegar algum momento essa
participação dele no Catar, toda a participação dele que ele tem na FIFA decisiva,
desde o inicio e dos anos 2000?
Rizek: Na quarta-feira o maior jornal de esportes da França oL'équipe trouxe a
manchete Platini em perigo.
Na tela a imagem do jornal L'équipe.
Rizek: Então a gente vai ouvir agora o procurador Geral da Suíça que está à frente
dessa investigação. E o jornalista escocês Andrew Jennings, que é uma peça chave
no combate à corrupção na FIFA, e porque é muito do que acontece hoje na justiça
Suíça e no FBI é baseado nas investigações e apurações desse jornalista.Então os
dois lados sobre essa relação de Michel Platini
"Quadro abre aspas"
Primeiro o procurador reportagem internacional.
Segundo jornalista Andrew Jennings. Crédito para Omnisport Grã-Bretanha
De volta estúdio Rizek.
215
Rizek: Eu fico pensando a satisfação desse jornalista, ele estava ali ao lado do livro
dele, FIFA o jogo sujo, e hoje, são dois livros que ele fez sobre corrupção na FIFA e
está vendo tudo isso que ele denunciou nos livros, nas reportagens, nos
comentários que ele fez, sendo comprovado, deve tá vivendo momento de êxtase
este jornalista.
Xavier: Mas o Jorge falou tudo que o Andrew Jennings, o Jorge e já tinha matado
antes.
Jorge:Mas o que mais me chamou atenção no Andrew Jennings, é que ele tem uma
maneira linear de falar, e ele não se exalta ele não sai do tom. E a frase final dele eu
achei espetacular, “não podemos pré-julgar, mas o Michel Platini tem que se explicar
pra saber de vida realmente comprovar que não tenha suas mãos um pouco sujas’”.
Risos .
Rizek: Dois jornais europeus vazaram e dão essa notícia com exclusividade hoje, a
lista dos 59 indicados pela FIFA ao prêmio de melhor jogador do mundo, O Bola de
Ouro, são o mundo Deportivo.
Na tela mundo Deportivo na tela.
Que destacou Barcelona brilhando né, aliás, o Barcelona e o Real Madrid...Só que é
claro que o mundo Deportivo da Catalunha só fala do Barcelona, e com mais
número de representantes que, entre aqueles que têm jogadores indicados. E a
Gazeta dela esporte da Itália
Na tela Gazeta do Esporte.
Trouxe uma manchete muito divertida “Buffonata"
Sabe o que é Buffonata, Sérgio Xavier filho?
Xavier: Não só sei o que é um trocadilho com o nome do Buffon.
Rizek: Buffonata é uma fanfarronice, o Buffon não estar entre os 59. E os italianos
defendendo que isso é uma fanfarronice, portanto. Jogou muito na Liga dos
Campeões, foi vice-campeã perdeu para o Juventus. A gente vai mostrar aqui os
indicados por clubes então veja só os clubes que mais tiveram jogadores indicados.
Real Madrid.
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Gráfico da imagem da tela.
É um bom retrato do futebol mundial Real Madrid, Barcelona, Bayer, Chelsea e City
dominando os indicados.
Xavier:Já fica pergunta quem é que vai subir ao palco, dois a gente tem certeza que
obviamente: o Cristiano Ronaldo e o Messi, me parece que o Messi já ganhou esse
ano. Eu acho que o Cristiano Ronaldo pode fazer 500 gols pelo primeiro semestre já
atropelou, na minha opinião. Aí mas quem vais er o terceiro né? Eu acho que tem
uma vaga aberta e não me parece ter um jogador assim que de pra dizer com
certeza.
Rezek: Eu acho que o Neymar pelo que ele fez na Liga dos Campeões.
Xavier: Eu acho Neymar, eu colocaria o Neymar, mas não sei se o mundo pensa da
mesma forma.
Rizek: Tem o Teves também, Mas aí o Teves foi vice-campeão.
Xavier: O Noier, as pessoas lembram muito do Noier como goleiro. Eu não sei…
Rizek: Mas eu colocaria o Neymar.
Xavier: Eu também, mas acho que essa vaga está aberta, acho que o Neymar vai
chegar entre os cinco, isso não tem muita dúvida não…
Rizek:E dos 59 a lista cai depois para 30. E quando tiver parcial dos 30 a gente
mostra. Dá uma olhada: Felipe Coutinho do Liverpool está entre eles, o Neymar
obviamente está.
Xavier: Eu colocaria o Diego Costa, também. Rezek que é Espanhol.
Rizek: Aí no futebol Sul-Americano tem três indicados o Tévez é indicado pelo que
fez no Juventus, o Sanches do River Plate e o Guerreiro pelo que ele fez na Copa
América, na qual ele foi artilheiro. Então são três indicados do futebol Sul-Americano
estão entre os 59. Então de 59, futebol Sul-Americano tem três.
Jorge: Têm duas fases você falou que a lista diminui pra 30 quando começa
votação. Jornalista, um jornalista de cada país é convidado a votar tanto para o
feminino. É um jornalista diferente para um prêmio masculino e outro para um
prêmio feminino de cada país. E a cerimônia vai acontecer no dia 11 de janeiro em
Zurique, numa segunda-feira, na segunda-feira do ano de 2016, será Zurique a
escolha do prêmio da Bola de Ouro.
Xavier: Quem vota no Brasil, você sabe?
217
Jorge:O rapaz, eu não sei do masculino. Do feminino eu fui convidado a voltar da
última vez, vou tentar feminino. No masculino não sei por que eles não revelam,
para um jornalista não influenciar o outro. Eu votei no premio do ano passado no
feminino. Nos últimos dois, aliás, eu votei na Bola de Ouro feminina, fui convidado a
voltar. Só essas do mundo inteiro de cada país e um diferente para o masculino e o
diferente para o feminino. Pessoas que já participaram já cobriram Copas do Mundo
Rizek: Da nossa turma sei que o Cléber Machado já votou.
Jorge:Então seguramente é um dos um do masculino, é um só de cada país pra
não ficar uma força proporcional.
Xavier: Esão interessantes os pesos hoje então parecidos, você tem um treinador,
um capitão de cada seleção e mais um jornalista. É quase que um “30 a 30”.
Jorge: É uma cerimônia muito bonita né. Em meio todos esses escândalos FIFA,
mas a organização, protocolo, a maneira como ela é construída o prêmio. Desde o
começo é uma cerimonia muito bonita
Rizek: Hoje na nossa manhã aqui e tarde na Espanha o Cristiano Ronaldo foi
homenageado no Santiago Bernabéu, o estádio do Real, pela marca que ele
superou essa semana. Já mais de 500 gols, 501 na carreira. A gente separa um
trecho da homenagem que os Madrilenos prestaram ao seu astro.
No ar VT da homenagem de uma televisão da Espanha. Lá Tertulla
Rizek: “Tudo certo da minha parte”.
Xavier: Está divertida a frase de boa frase.
Rezek: Par ou impar? Você ganhou! Quem você quer ter no seu ataque, Cristiano
Ronaldo ou Ronaldo?
Xavier: Se for o critério de gol eu quero Túlio, se for por jogar bola eu quero
Ronaldo, não Cristiano.
Rizek: Ronaldo?…
Xavier: O Ronaldo fit, né.
Jorge: Um dos seus melhores momentos né, Ronaldo sem dúvida.
Rizek: Ronaldo sem dúvida né! Eu vou dar o crédito, eu vi esse vídeo na no site
Trivela, que é um belo site futebol. É um vídeo antigo, mas o site publicou aqui no
Brasil, e chamou a atenção da equipe do Redação . É um site, é um vídeo que
mostra jogadores da França, entre eles o Thuram e o Trézéguet, formando aquela
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defesa espetacular da França campeã do mundo de 98. E que atuavam no futebol
italiano o Thuram do Juventus, e o Trézéguet do Milan enfrentavam Ronaldo que era
atleta do Internacional de Milão, Internacionaile de Milão. E eles estavam
conversando ali no treino antes da final, sobre como parar o fenômeno, ele já tinha
esse apelido de fenômeno. Dá uma olhada do respeito que eles mostravam com o
jogador que infelizmente por problemas que você já sabe, na final não pode fazer
nada. Mas dá uma olhada:
Rodou o Vídeo.
O baixinho ali é o lateral-esquerdo Lizarazu, o careca é o Leboeuf,
E estava também o técnico Jacquet,de óculos.
Até hoje me pergunto, até hoje eu acho que se não fosse o problema do Ronaldo sei
não aquela final em?
Xavier:O bacana desse vídeo do site Trivela e que mostra, primeiro que é uma
descontração estão todos eles brincando rindo, mas tem um fundo de verdade eles
estão preocupados com a marcação, uma conversa séria de um jeito descontraído.
E uma jogada que ninguém conseguia marcar nessa época o Jorge também estava
na França. O apelido do Ronaldo era TGV, que é o trem de grande velocidade. E era
isso, ninguém conseguia parar o TGV. Único que conseguiu parar foi uma
convulsão, só não sei se o Brasil ia ganhar mas ia ser um outro jogo.
Jorge: Em 2002 o Ronaldo ganhou a Copa junto com Rivaldo pro Brasil né, e
aquela atuação fenomenal na final.
Rizek: E já era um outro jogador: Não era aquele jogador de arranques.
Xavier: Não era mais o TGV, era mais cerebral.
Rizek: Era mais cerebral.
Jorge: Jogador de vários momentos grandes…
Rizek: Um grande jogador, foi um grande atacante. A gente vai pra mais intervalo
comercial. Agora mostrando uma narração uruguaia.
É porque o Defensor também se classificou, e se classificou nos pênaltis contra o
Lanuz. Empatou zero a zero, venceu por cinco a três nos pênaltis. E a gente vai com
a narração uruguaia para a classificação do Defensor na Copa Sul-Americana a
rádio Maldonado do Uruguai. E a gente volta já, para já no próximo bloco mostrar as
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frases da semana e falar um pouco mais do nosso momento memória que vai ser de
boxe mais uma vez. Redação volta já
Rodou o quadro Redação AM.
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia o intervalo.
Último bloco.
Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa
anuncia a volta do intervalo.
Rizek: Redação está de volta com o Jorge Luiz Rodrigues e com o Sérgio Xavier
filho e com você na sua participação conosco pela internet.
Quem assistiu o nosso programa de ontem viu que a gente mostrou no quadro
Memória o aniversário de 40 anos da luta que Muhammad Ali... Foi a última grande
luta que ele fez contra Joe Frazier, nas Filipinas. O aniversário de 40 anos ontem.
Coincidentemente nessa semana revista Sports Illustrated, dos Estados Unidos, que
a maior revista de esportes dos Estados Unidos. E se não for a maior é uma das
maiores do mundo, resolveu batizar o seu prêmio de legado esportivo. Por exemplo,
eles entregam premio a Ronaldo por tudo aquilo que ele fez na carreira, Messi... E
eles anunciaram essa semana, que esse prêmio de legado esportivo chama-se
Muhammad Ali. E o editor da revista explicar porque o genial pugilista batiza o
premio dele.
Rodou entrevista de Sports Illustrated.
Paul Fichtenbaum Editor Sports Illustrated.
De volta a bancada.
Rizek: Eu sempre ouvi falar, com você, que não se faz foto com fundo preto. Xavier:
É depende.
Rizek: Não é uma regra de revista?
Xavier: Tudo depende…
Jorge: É toda regra tem uma exceção.
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Xavier: Exatamente!
Rizek: E entre as homenagens que a revista fez a Mohammed Ali . Eles
entrevistaram fotógrafo muito competente que cobriu a luta, nas Filipinas a luta que
completou ontem 40 anos, contrato Joe Frazier. Veja só como foi o relato do repórter
sobre o trabalho dele:
Vídeo do repórter a Revista.
Rizek: Bom em 80, anos depois já muito machucado por causa dessa luta. O Ali fez
uma luta contra o spahr dele , e era oito anos mais jovem que ele, sua última grande
luta.
No ar vinheta Memória Redação, imagem do jornal Sports Illustrated.
E por isso essa capa foi o Último Hurra, tomou uma surra do Larry Ramos. Depois
disso o Ali fez mais uma luta sem muita importância, essa capa também é
dramática, é bonita.
Xavier: Dramaticamente ela é forte, ela não tem elegância, mas ela é forte.
Rizek: E correndo para fechar o programa eu chamo aqui às Frases da Semana.
No ar o quadro, Frases da Semana.
Uma compilação das frases mais relevantes da semana, segundo a equipe, no
esporte, veiculadas na Rede.
Rizek: Bom, eu acho que a frase do técnico turco Eduardo, e tudo parece
indiscutivelmente imbatível. Mas já me despedindo de vocês. Qual seu voto para
frase da Semana?
Xavier: O eu quero esse treinador apitando o jogo do meu time, esse árbitro, esse
juiz. Esse juiz é a grande frase do esporte.
Rizek: Grande abraço, Serginho. Até a próxima!…
Xavier: Obrigado.
Rezek: Jorge qual sua frase?
Jorge: Eu voto com o relator.
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Rizek: Quem elege a frase da semana é você. Fica ligado no Redação, nosso site
cujo endereço está aqui. Redação volta na segunda-feira. Tenham todos um ótimo
final de semana e agora o É Gol com a Domitila Becker. Domitila bom programa!
Tela dividida entre Redação SporTV e o É Gol. Assim encerra o programa.
Tempo total do programa: duas horas.
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ANEXO B- GRAVAÇÃO DOS PROGRAMAS
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ANEXO C – PROJETO DE PESQUISA