UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CORPO DE ......GOIÂNIA – GO 2013 HÉLIO LOYOLA GONZAGA JÚNIOR O...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA
HÉLIO LOYOLA GONZAGA JÚNIOR – CAP BM
O USO DE SISTEMAS MULTIPLICADORES DE FORÇA NAS OCORRÊNCIAS DE SALVAMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
NO ÂMBITO DO 1º BBM
GOIÂNIA – GO
2013
HÉLIO LOYOLA GONZAGA JÚNIOR
O USO DE SISTEMAS MULTIPLICADORES DE FORÇA NAS OCORRÊNCIAS DE SALVAMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
NO ÂMBITO DO 1º BBM
Artigo científico apresentado em cumprimento às exigências para o término do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO sob a orientação do Professor Me. TC QOCBM Durval Barbosa de Araújo
GOIÂNIA – GO
2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
HÉLIO LOYOLA GONZAGA JÚNIOR
O USO DE SISTEMAS MULTIPLICADORES DE FORÇA NAS OCORRÊNCIAS DE SALVAMENTO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
NO ÂMBITO DO 1º BBM – VANTAGENS E DESVANTAGENS
Artigo científico apresentado em cumprimento às exigências para o término do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO sob a orientação do Professor Me. TC QOCBM Durval Barbosa de Araújo.
Avaliado em ___/___/___
Nota Final: ( )_________
Professor Orientador: Prof. Tenente Coronel QOC Durval Barbosa de Araújo
GOIÂNIA – GO
2013
Hélio Loyola Gonzaga Júnior 1
RESUMO
Este artigo científico tem como objetivo verificar as vantagens e desvantagens do
correto uso de sistemas multiplicadores de força nas ocorrências de salvamento em
altura e terrestre no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, no âmbito do 1º
BBM, visando padronizar procedimentos e materiais operacionais nas ocorrências
desta natureza, com o intuito de aprimorar o conhecimento técnico profissional
relacionado a sistemas multiplicadores de força, conhecendo seus mecanismos de
funcionamento e suas vantagens mecânicas, definindo qual o melhor sistema a ser
utilizado no caso concreto, com vistas a reduzir os riscos de acidentes aos
bombeiros militares e vítimas, contribuindo ainda, para a diminuição do tempo
resposta durante o atendimento na ocorrência. Foi realizado um estudo e revisão
bibliográfica referente aos sistemas multiplicadores de força de escolas de referência
internacional (Americana e Européia) e ainda o catálogo da empresa PETZL, uma
das líderes no mercado mundial, além de doutrinadores de referência no assunto
(França e Espanha), com intuito de padronizar procedimentos e materiais nas
ocorrências que exijam o emprego destes sistemas na Corporação.
PALAVRA CHAVE: Sistemas multiplicadores de força, ocorrências, padronização.
1 Capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e Pós‐graduando do Curso de Gerenciamento em Segurança Pública. Convênio UEG/SSP/Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
ABSTRACT
This research paper aims to determine the advantages and disadvantages of the
correct use of multipliers power systems in instances of rescue at height and land on
the Fire Brigade of the State of Goiás , under the 1st BBM , to standardize operating
procedures and materials in occurrences of this nature , in order to enhance the
professional technician multipliers related to power systems knowledge , knowing its
operating mechanisms and their mechanical advantages , defining what the best
system to be used in this case , in order to reduce the risk of accidents victims to the
military and firefighters , also contributing to the decrease in response time during
treatment in the occurrence . A study and literature review regarding the force
multipliers systems leading international schools ( American and European ) and yet
the company catalog PETZL , one of the leaders in the world market was held , as
well as scholars of reference on the subject (France and Spain) , aiming to
standardize procedures and materials in instances that require the use of these
systems in the Corporation .
KEYWORD: Systems force multipliers, occurrences, standardization.
1
INTRODUÇÃO
O grande número de ocorrências de salvamento em altura e terrestre
no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás - CBMGO faz com que tenhamos
um conhecimento aprofundado sobre o correto uso de sistemas multiplicadores de
força. Dados da 1ª Seção de Estado Maior Geral – BM-1do CBMGO mostram o
aumento de aproximadamente 43% de ocorrências desta natureza do ano de 2011
para o ano de 2012.
Conforme dados do IBGE (CENSO 2010 E PNAD1) a paisagem urbana
de mais de 1500 municípios do país está cada vez mais cortada pelos prédios. Série
histórica desde 1981 mostra que o aumento da parcela de brasileiros que moram em
apartamentos quase que dobrou em uma década, chegando a 8,8% da população.
Esta verticalização cada vez mais constante dos grandes centros urbanos, da
prática dos esportes radicais que envolvem altura e principalmente no grande
número de resgate de vítimas e animais em poços, espaços confinados, cisternas,
galerias, etc, faz com que tenhamos o aprofundamento técnico-profissional nas
ocorrências que envolvam sistemas multiplicadores de força.
No Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, as guarnições de
salvamento são as responsáveis para atender ocorrências envolvendo sistemas
multiplicadores de força, porém cumpre ressaltar que informalmente, ocorrem
comentários de que estes sistemas às vezes são incompatíveis com o caso concreto
nas ocorrências, fazendo com que se tenha perda de tempo, em virtude da
desmontagem dos referidos sistemas, à qual acabam sendo utilizados de forma
equivocada, comprometendo o tempo resposta e consequentemente submetendo as
vítimas a um risco maior.
Assim, o artigo ganha relevância quando se pretende demonstrar a
eficácia do uso do sistema multiplicador de força 3:1, em relação ao sistema 4:1, em
ocorrências que envolvam o resgate de vítimas. Um dos maiores problemas que
enfrentamos em sistemas deste tipo, é o tamanho da corda, assim se tomarmos
como exemplo uma ocorrência à qual se tenha de descer em um poço de 30 (trinta)
1 PNDA: (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
2
metros de profundidade, ao utilizarmos uma corda de 100 (cem) metros, em tese
poderíamos fazer no máximo uma multiplicação de força com um sistema de
vantagem mecânica 3:1, considerando que somente dentro do poço teríamos a
utilização de 90 (noventa) metros de corda, onde caso fosse montado o sistema 4:1,
o mesmo se tornaria inviável.
Dessa forma, este artigo possui como objetivo geral apresentar as
vantagens e desvantagens do sistema multiplicador de força 3:1 em relação ao 4:1
nas ocorrências de salvamento realizadas pelo Corpo de Bombeiros do Estado de
Goiás. Nesse contexto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: verificar
os sistemas de multiplicação de forças existentes no CBMGO e confirmar os
sistemas mais utilizados, em específico no 1º Batalhão Bombeiro Militar – 1º BBM.
Espera-se, desta forma, contribuir para a melhoria no atendimento de
ocorrências desta natureza a toda população goiana, através da padronização de
procedimentos e materiais que serão apresentados ao final do trabalho como
sugestão.
REVISÃO DA LITERATURA
Ocorrências de salvamento em altura e terrestre no CBMGO
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás tem atendido nos
últimos anos inúmeras ocorrências de salvamento em altura e terrestre em todo o
Estado. Do ano de 2011 até o mês de novembro de 2013 foram atendidos
591(quinhentos e noventa e uma) ocorrências, entre tentativas de auto-extermínio e
buscas e salvamentos de pessoas e animais em poços e cisternas. (BM/1 –
CBMGO, 2013).
Conforme descrição anterior, o uso de sistemas multiplicadores de
força, para atendimento de ocorrências desta natureza, tem se demonstrado cada
vez mais necessário, vez que conforme dados da seção de estatísticas do CBMGO
(BM/1 – CBMGO, 2013), tem se dividido da seguinte forma:
-Resgate altura – Tentativa de autoextermínio;
-Busca e Salvamento de pessoas – poço e cisterna;
3
-Busca e Salvamento de animais – lugar e cisterna (bovinos, equinos, bens materiais
e outros animais).
Multiplicadores de força
O homem, desde seus primórdios, tem sido o maior transformador da
natureza, com suas invenções e espírito empreendedor. Com o passar dos anos tem
demonstrado profundo conhecimento que ligados à tecnologia, tem contribuído de
forma significativa para as mais diversas descobertas.
Seria quase impossível ter que levantar grandes pesos, acima de sua
capacidade muscular, sem que tivéssemos meios eficazes para facilitar a ação do
homem. Com isso para levantar e locomover pesos acima de sua capacidade, criou
mecanismos para ampliar a força aplicada.
As máquinas simples, que são dispositivos multiplicadores de força,
estão presentes no nosso dia-a-dia, que sem os quais, seria muito difícil realizar
tarefas do nosso cotidiano. Podemos tomar como exemplo o simples fato de
abrirmos uma torneira, o uso de alicates, pinças, chaves de fenda, saca-rolhas,
macacos hidráulicos, dentre outros, de modo que as tarefas fáceis como trocar o
pneu do carro ou tirar um parafuso seriam difíceis de realizar se não tivéssemos
essas ferramentas para ampliar a força. (CB-PMESP, 2006).
Estes mecanismos consistem na ampliação da força manual humana
através de motores, catracas, hidráulicos, pneumáticos e por meio de sistemas
conjugados de roldanas, polias, moitões, etc. (Araújo, 2007).
O emprego dessas máquinas simples é de fundamental importância
nas ações do Corpo de Bombeiros, principalmente nos salvamentos, vez que
necessitamos muitas vezes deslocar um peso que não suportamos, como ocorre
rotineiramente nas mais diversas ocorrências, na qual podemos citar, a retirada de
animais em poços e galerias, no içamento de materiais de grande porte, como vigas,
carros ou vítimas.
O Manual Técnico de Bombeiros - 03, Salvamento Terrestre, do Corpo
de Bombeiros de São Paulo, conceitua Multiplicadores de Força como:
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“Multiplicadores de Força, são mecanismos utilizados com o intuito de multiplicar a força, aumentando a vantagem mecânica de modo a facilitar o deslocamento de um peso.” (CB‐PMESP, 2006, p. 59)
A relação entre a força que temos que aplicar para mover uma carga
que queremos elevar e o peso desta se denomina vantagem mecânica. A Vantagem
mecânica real leva em conta os atritos com os mosquetões, polias, etc, e a abrasão.
Influenciará muito na vantagem mecânica o material a ser usado, se o material está
muito usado ou em mal estado, o tamanho das polias, etc. Uma boa razão para
decidirmos por um sistema ou outro, é verificando o comprimento da corda
disponível e compará-la com a distância que teremos de elevar a carga. (Delgado,
2010).
Em regra, somente polias móveis proporcionam vantagem mecânica.
As polias fixas somente desviam a força. Contudo, essa regra geral não é a melhor
maneira para se determinar à vantagem mecânica na prática, porque variáveis
podem acontecer e uma roldana posicionada em um ponto fixo pode gerar
multiplicação de força de acordo com o local da resistência em relação ao sistema.
Como foi dito anteriormente, o que multiplica força é o conjunto e não a roldana
propriamente dita, assim é preciso atentar também aos cabos ou cordas
empregadas. (CB-PMESP, 2006). Dessa forma a seguir descreve-se com mais
detalhes sobre polias.
Polias
O Manual Técnico de Bombeiros - 03, Salvamento Terrestre, do Corpo
de Bombeiros de São Paulo, conceitua polias como:
“São as máquinas simples mais usadas nas ocorrências do Corpo de Bombeiros que envolvem salvamentos. Porquanto permitem combinações entre si e possibilitam a obtenção de diversos graus de vantagem”. (CB‐PMESP, 2006, p. 82)
Todas essas máquinas possuem o mesmo princípio de funcionamento
e, consequentemente, as regras para o cálculo da vantagem mecânica é única, no
entanto, é importante esclarecer que são conceitos muitas vezes controversos, mas
5
que em nada comprometem o princípio de funcionamento, que é padrão. (CB-
PMESP, 2006).
Função das polias (roldanas) dentro de um sistema
Entenda-se por polias as peças de formato cilíndrico, dotadas de um ou
mais gornes, sendo metálicos ou sintéticos, de diversos diâmetros que trabalham
(giram) sobre um eixo ou rolamento com laterais fixas ou móveis, razão essa que as
leva a serem denominadas, respectivamente, como roldanas fixas e oscilantes.
(Araújo, 2007).
Um sistema de polias ou roldanas é empregado sempre que há
necessidade de se elevar a carga, normalmente em locais em que a vítima se
encontre abaixo da equipe de resgate e a única opção é trazê-la para cima. (Aguiar,
2013).
Empregamos roldanas fixas, as quais têm por finalidade principal
apenas alterar o sentido da força aplicada. Utilizamos as roldanas móveis com a
finalidade de multiplicar a força humana, reduzindo, gradualmente, a carga de
acordo com a quantidade de roldanas móveis aplicadas dentro do sistema. (Araújo,
2007).
Princípio de funcionamento do sistema de polias
Para Araújo (2007) o princípio de funcionamento do sistema de polias
está ligado com:
a) Potência: é a força aplicada no sistema de tração para que ocorra o
deslocamento da carga;
b) Resistência: é o ato ou efeito de resistir. É a força que se opõe àquela que
realiza o deslocamento da carga.
6
Influência do número de polias dentro de um sistema de tração
Para Araújo (2007) quanto maior for o número de polias utilizadas com
a carga, menor será a força aplicada pelo operador do sistema, porém será menor o
deslocamento realizado pela carga e o tempo de realização da operação será maior.
A deficiência desses sistemas é a morosidade e o número de repetições que o torna
cansativo. Traz ainda que quanto menor for o número de polias, maior será a força
aplicada, maior será o deslocamento da carga e menor será o número de repetições.
A eficiência desses sistemas é a agilidade e o ganho de tempo na realização das
operações.
Tipos de sistemas multiplicadores de forças
Para Aguiar (2013) cada sistema tem suas vantagens e desvantagens
senão vejamos:
Sistema 1:1- é o mais simples de todos, é utilizado sempre que a carga é leve e há
várias pessoas para puxar, é o mais indiciado por ser o mais eficiente.
Sistema 2:1- na montagem de um sistema 2:1, arma-se a ancoragem e amarra-se a
ponta da corda, conduzindo esta até a carga, onde se coloca uma polia móvel junto
à carga. A corda retorna a ancoragem e outra polia fixa direciona a corda para o
local onde seja mais fácil realizar a tração. Um blocante progressivo é colocado na
ancoragem para segurar a carga.
Sistema 3:1- este é o sistema mais usado em equipes de resgate por ser de simples
montagem, pois parte de um sistema 1:1, além de fornecer uma vantagem mecânica
considerável de 3:1 e gastar menos corda em relação ao sistema 4:1.
Sistema compacto pré-montado 4:1 ou 5:1 – sistemas que oferecem grande
vantagem mecânica, podendo ser previamente estabelecidos, porém gastam
grandes quantidades de corda, caso não sejam montados de forma reduzida.
Variáveis de um sistema multiplicar de força
Várias são as variáveis que podem influenciar em um sistema
multiplicador de forças, onde às vezes um sistema simples poder ser o diferencial
para o sucesso na ocorrência.
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Aguiar (2013) aponta algumas das variáveis que devem ser levadas em
conta na decisão para o estabelecimento de sistemas multiplicadores de força,
como: -se há necessidade de velocidade, um sistema simples é o mais prático;
-poucas pessoas numa equipe precisam de uma vantagem mecânica maior,
considerando um sistema mais complexo;-quando há muitas pessoas, um sistema
simples, é aconselhável;-cargas pesadas, sistemas complexos;-cargas leves,
sistemas simples;-se não há muito equipamento disponível, sistemas simples são
mais propícios;-espaços pequenos dificultam a operação de sistemas complexos,
pois sempre há a necessidade de reiniciar o sistema;-a forma que o resgatista
segura na corda para puxar a carga, influencia na força que ele é capaz de aplicar
(em geral, a puxada simples resulta em força aplicada de 60% do peso da pessoa, já
a puxada pelo ombro, é capaz de gerar uma força de até 120%;-um sistema
complexo é mais sensível, ou seja, se ocorrer uma dificuldade na elevação, todos os
membros da equipe devem estar cientes de que precisam parar, em vez de puxar
com mais força;-sistemas complexos na vertical, gastam grandes quantidades de
corda;-quanto maior o número de polias móveis, menor será o esforço a ser exercido
(vide figura 1);-a redução teórica do esforço nas polias, está diretamente relacionada
à sua posição (fixa ou móvel).
Figura 1 - Redução teórica do esforço nas polias
Fonte: Manual de Salvamento –DF, 2007
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Vantagens e desvantagens dos sistemas multiplicadores de forças
O Manual Técnico de Bombeiros - 03, Salvamento Terrestre (2006), do
Corpo de Bombeiros de São Paulo, traz considerações sobre vantagens mecânicas:
a) A polia por si só não multiplica força, ela deve ser utilizada em conjunto com
cabos ou cordas e equipamentos para ancoragem, tais como mosquetões,
lingas e manilhas;
b) Nem toda polia disposta no sistema se presta a multiplicar a força, algumas
apenas mudam a direção;
c) Em regra, somente polias móveis proporcionam vantagem mecânica. As
polias fixas somente desviam a força;
d) Deve-se ficar atento para que o ponto de ancoragem e os equipamentos
empregados suportem todo o sistema de multiplicação de força;
e) Quanto mais se multiplica a força, mais fácil se torna à movimentação da
carga de resistência, de modo que deve haver equilíbrio entre a capacidade
do sistema, a vantagem mecânica e a força empregada na tração;
f) Para melhor aproveitamento da multiplicação de força, o ângulo entre os dois
ramais que saem de uma roldana deve ser igual a zero, pois quanto maior o
ângulo entre os ramais, menor será a vantagem mecânica.
Para Aguiar (2013) a polia móvel é a que se movimenta com a carga,
sempre que ocorrer um deslocamento no sistema, esta também irá se deslocar. Ela
serve para dividir a carga em duas partes iguais, facilitando a puxada, e pode estar
presa diretamente na carga, ou na corda, através de um blocante. O aumento da
vantagem mecânica (VM) pode ser efetuado de duas maneiras: somando-se as
polias ou multiplicando-se. Para somar, junta-se aos sistema mais polias e
consequentemente mais polias fixas (para redirecionar a corda para as móveis).
Para multiplicar a vantagem mecânica junta-se dois sistemas de polias, como
resultado ter-se-á a multiplicação da VM dos dois sistemas.
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Sobre o tema, Aguiar (2013, p. 184), ainda afirma:
“Desta forma, utilizando-se da multiplicação se consegue elevar a carga de maneira mais fácil? Levando-se em consideração a VM sim, mas quando se observa outras variantes verifica-se que não. O uso de dois sistemas necessita mais material e leva mais tempo para ser montado. Com dois sistemas montados existe maior chance de erro e um sistema pode acabar atrapalhando o outro.”
Por outro lado, o Manual Técnico de Bombeiros – 03 do CB-PMESP,
2006, traz:
“Um dos maiores problemas que enfrentamos no sistema simples é o tamanho da corda, assim se tomarmos como exemplo uma ocorrência que se tenha que descer num poço de 30m de profundidade, ao utilizarmos uma corda de 100m, podemos fazer no máximo uma multiplicação de força de até 3X, pois só dentro do poço seriam consumidos 90m de corda”.
Dessa forma, para melhor embasar o assunto, o tópico a seguir contém
a montagem de sistemas multiplicadores de força.
Montagem de sistemas multiplicadores de força
A Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros 26 do CB-PMESP
(2006), Manual de Salvamento em Altura, classifica os sistemas de vantagem
mecânica como simples ou combinados:
Sistemas simples: chamamos de sistemas simples aqueles em que a
força de tração incide diretamente sobre a carga ou sobre a corda a que a carga
encontra-se ancorada. Os sistemas simples de acordo com sua montagem são
divididos em estendidos, reduzidos ou independentes. Para o cálculo da vantagem
mecânica nos sistemas simples, basta somar o número de ramais de corda que
saem da carga ou do bloqueador.
Simples estendido: nos sistemas estendidos, a corda percorre todo
espaço entre o ponto fixo e o ponto móvel (carga). Apesar de sua simplicidade,
verifica-se que quanto maior a vantagem mecânica adquirida, maior a quantidade de
corda empregada.
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Figura 2 – Sistema simples 4:1
Fonte: MTB – 26 - CB-PMESP, (2006).
Simples reduzido: nos sistemas reduzidos utilizamos bloqueadores,
como cordins ou bloqueadores estruturais ancorados à corda, sobre a qual incide a
força de tração e não diretamente sobre a carga, como no sistema estendido, o que
nos possibilita empregar uma extensão menor de corda para executar o serviço.
Para efetuar a tração, devemos avançar o bloqueador em direção a carga cada vez
que o mesmo se aproxima da polia fixa, impedindo a tração.
Figura 3 – Sistema Reduzido 3:1
Fonte: MTB – 26 - CB-PMESP, (2006).
Simples independente: os sistemas independentes não empenham a
corda do sistema para a realização da tração, isto é, utiliza-se uma corda auxiliar
para tracionar o sistema já existente.
Figura 4 – Sistema Independente 2:1
Fonte: MTB – 26 - CB-PMESP, (2006).
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Sistema combinado: chamamos de sistemas combinados os sistemas
onde a vantagem mecânica incide sobre outro sistema de vantagem mecânica,
tendo como vantagem final a multiplicação dos fatores. Para o cálculo da vantagem
mecânica obtida a partir de sistemas combinados, devemos multiplicar cada um dos
fatores para chegar ao resultado final.
Figura 5 – Sistema Combinado (2 : 1) x (3 : 1) = 6 : 1
Fonte: MTB – 26 - CB-PMESP, (2006).
Aguiar (2013, p.188), estabelece a relação entre o número de pessoas
puxando a corda com a vantagem mecânica imposta:
“A regra do número 18 em um sistema de vantagem mecânica estabelece que a relação entre o número de pessoas puxando a corda multiplicado pela vantagem mecânica nunca deve ser maior que 18. Assim, em um sistema 3:1 o número máximo de pessoas é 6 (3 x 6 = 18) e num sistema 5:1 o máximo é de 3 pessoas (5 x 3 = 15).”
Sistema de captura de progresso
É de fundamental importância por um critério de segurança, que se
adote um sistema de captura de progresso (cordins ou bloqueadores mecânicos),
para prevenir que a corda escape e/ou aja o retorno da carga.
Fatores que determinam a escolha de um tipo ou outro de sistemas multiplicadores de força.
Para (Delgado, 2010), existem fatores que determinam a escolha de
um tipo ou outro de sistemas multiplicadores de força:
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• Metragem da corda disponível. Se Colocarmos polias em paralelo
com a carga, teremos que utilizar mais corda;
• Resgate na vertical em espaços confinados. Em função da altura
necessitaremos de mais ou menos corda para fazer certos sistemas
multiplicadores de força;
• O material que dispomos, especialmente o número de polias, limitará
o tipo de sistemas a se realizar;
• Número de resgatadores tracionando a carga. Se somos poucos,
devemos montar o sistema para obter maior vantagem mecânica, e
só somos muitos pude ser que com uma polia móvel seja suficiente;
• Peso e número de pessoas e resgatadores a se elevar. Quanto mais
pesada a carga, mas vantagem mecânica, ou mas pessoas
tracionando, necessitaremos;
• Rapidez com que queremos que o sistema funcione. Quanto maior o
número de polias, também teremos maior lentidão na manobra, Se
tirarmos diretamente com uma corda atada a uma carga que se
encontra dentro de um espaço, a carga se elevará exatamente cada
metro de corda que recuperarmos, mas se montarmos um sistema
6:1, para cada 6 metros de corda que recuperado, a carga somente
se elevará um metro;
METODOLOGIA
A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir
hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento
bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o
problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão
(GIL, 2008). Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica
e estudo de caso (GIL, 2008).
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Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizadas pesquisas
bibliográficas e pesquisas através de questionários realizados com o serviço
operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
A pesquisa foi qualitativa, sendo realizada com militares do serviço
operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, objetivando
conhecer a realidade atual dos procedimentos que estão sendo adotados em
ocorrências que envolvam sistemas multiplicadores de força.
Quanto à abordagem, o método utilizado foi o dedutivo, pois partiu de
uma abordagem ampla das diversas doutrinas e normatizações que envolvem o
tema, até a sua particularização utilizando-se, para isso, da revisão bibliográfica.
A pesquisa foi realizada no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás, no 1º BBM, seguindo as seguintes etapas:
-Etapa1: definição do tema e objetivos;
-Etapa 2: pesquisa bibliográfica;
-Etapa 3: elaboração e aplicação de questionário;
-Etapa 4: tabulação dos resultados do questionário;
-Etapa 5: análise dos resultados;
-Etapa 6: redação do artigo.
Assim, descreve-se a seguir os resultados da pesquisa realizada com o
serviço operacional do 1º BBM e as devidas considerações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o intuito de contemplar os objetivos propostos no artigo foi
realizada a aplicação de um questionário, sendo que os resultados das perguntas
respondidas por 32 militares do serviço operacional do 1º BBM foram transformados
em gráficos com os respectivos comentários analíticos, descritos a seguir.
-Você saberia definir o que são sistemas multiplicadores de força?
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Gráfico 1 – Definição de sistemas multiplicadores de força
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O gráfico 1 confirma que oitenta e um pontos percentuais dos militares
tem pleno conhecimento da definição de sistemas multiplicadores de força e que
dezenove pontos percentuais dos entrevistados não conhecem sua definição. O
resultado mostra-se satisfatório quanto ao conhecimento da tropa, mesmo tendo
uma porcentagem de militares que desconhecem sobre o tema.
- Atualmente você se sente seguro (confiável) para realizar a montagem de sistemas
multiplicadores de força em ocorrências de salvamento no CBMGO?
Gráfico 2 – Segurança na montagem de sistemas multiplicadores de força
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O gráfico 2 evidencia sessenta e dois pontos percentuais dos militares
que se sentem seguros (confiantes) na montagem de estabelecimentos de sistemas
multiplicadores de força nas ocorrências de salvamento do CBMGO, sendo que
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trinta e oito pontos percentuais, ou seja, uma porcentagem relativamente alta,
demonstram ainda, certa insegurança durante a ocorrência.
- Você considera que os ensinamentos repassados em seu curso de formação e/ou
aperfeiçoamento foram suficientes para o atendimento de ocorrências que envolvam
sistemas multiplicadores de força?
Gráfico 3 – Ensinamento nos cursos de formação
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O resultado ilustrado no gráfico 3 contempla o questionamento sobre
os ensinamentos repassados aos militares sobre o tema, durantes os cursos de
formação, ficando claro que a maioria dos militares, entende que tais conhecimentos
foram insuficientes para o atendimento de ocorrências que envolvam sistemas
multiplicadores de força, enquanto que trinta e um pontos percentuais, acreditam ser
satisfatório os conteúdos ministrados.
-Você saberia dizer se atualmente as ocorrências envolvendo sistemas
multiplicadores de força (resgate de vítimas/animais) em poços, cisternas, etc, são
utilizados cabos de segurança para os resgatistas, além do cabo principal de
trabalho?
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Gráfico 4 – Utilização de cabos de segurança nas ocorrências
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O gráfico 4 ilustra o resultado da utilização de cabos de segurança para
os resgatistas, além do cabo principal de trabalho, sendo que cinquenta pontos
percentuais afirmam que existe a sua utilização, porém mostra-se preocupante a
resposta de trinta e um pontos percentuais dos militares em não saberem precisar a
informação e de dezenove pontos percentuais de afirmarem que durante o
atendimento de ocorrências desta natureza, não são utilizados cabos de segurança
para os resgatistas, o que gera uma insegurança e risco aos respondentes dentro do
cenário operacional.
- Os equipamentos/materiais existentes em sua unidade estão ultrapassados, em
relação às atuais tecnologias que envolvam sistemas multiplicadores de força?
Gráfico 5 – Equipamentos e materiais ultrapassados
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
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O gráfico 5 traz um resultado altamente preocupante, considerando que
oitenta e sete pontos percentuais afirmam que os equipamentos e materiais da
unidade pesquisada, encontra-se ultrapassados em relação à tecnologia atual, onde
somente treze pontos percentuais, acreditam que os mesmos atendem às atuais
necessidades, o que demonstra a necessidade de aquisição de novos
equipamentos, visando suprir e substituir os equipamentos e matérias atualmente
existentes no 1º BBM.
- Através de seus conhecimentos atuais você seria capaz de estabelecer sistemas
multiplicadores de força com vantagem mecânica 2:1; 3:1; 4:1; 5:1 e 6:1, ou ainda a
montagem de sistemas reduzidos?
Gráfico 6 – Capacidade de estabelecer sistemas
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O resultado do gráfico 6 mostra que a maioria dos militares
pesquisados não têm a capacidade de estabelecer sistemas multiplicadores de força
com vantagens mecânicas diversas ou ainda sistemas reduzidos, o que pode
comprometer a atuação de guarnições do CBMGO, durante o atendimento de
ocorrências sobre o tema, bem como a qualidade dos serviços prestados a toda
sociedade goiana.
- Você é a favor de uma recapacitação (curso, estágio, PAP, etc) sobre sistemas multiplicadores de força no CBMGO?
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Gráfico 7 – Recapacitação sobre sistemas multiplicadores de força
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O gráfico 7 deixa claro a necessidade de recapacitação dos militares
sobre sistemas multiplicadores de força no CBMGO, onde todos foram unânimes em
afirmar, do desejo e anseio de formação específica na área.
- Você saberia definir e diferenciar quais as principais características, vantagens e
desvantagens de utilização do sistema com vantagem mecânica 3:1 em relação ao
4:1?
Gráfico 8 – Definição e diferenciação do sistema 3:1 em relação ao 4:1
Fonte: o autor, GONZAGA (2013).
O resultado ilustrado no gráfico 8 contempla o questionamento que
gerou a realização da pesquisa, ficando claro que a maioria dos militares
pesquisados não sabem definir e diferenciar quais as principais características,
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vantagens e desvantagens de utilização do sistema com vantagem mecânica 3:1 em
relação ao 4:1 e que somente vinte e dois pontos percentuais destes entrevistados
seriam capazes de entender a diferenciação da vantagem mecânica e demais
características entre os dois sistemas. Este resultado evidencia o foco principal do
artigo, retratando a necessidade de aprimoramento técnico-profissional, conforme
pode ser constatado nos demais questionamentos.
Dessa forma, os resultados descritos por meio dos gráficos anteriores,
demonstram o desconhecimento da tropa em relação ao real domínio de sistemas
multiplicadores de forças no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, bem
como a necessidade de recapacitação dos militares (gráfico 8), pois a não
observância do correto uso destes sistemas, aliados a falta de procedimentos de
segurança (gráfico 2 e 4) e materiais ultrapassados (gráfico 5) acabam por trazer
insegurança para as atividades desenvolvidas e podem gerar riscos aos militares e
vítimas dentro do contexto de um cenário operacional.
Os resultados e a contextualização anterior, contemplam de forma
direta o que foi proposto para realização da pesquisa e obviamente o
desenvolvimento do presente artigo.
Conclusões e Recomendações
A apresentação das vantagens e desvantagens de sistemas
multiplicadores de força em ocorrências de salvamento no Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás foi abordada na revisão bibliográfica e estudo de caso,
evidenciando a utilização do sistema com vantagem mecânica 3:1 em relação ao 4:1
para ocorrências relativas a resgate de vítimas, onde de fato se tenha o uso de
sistemas multiplicadores de força, sobretudo em locais com grandes profundidades,
conforme discutido na revisão da literatura. Oportuno ressaltar que no CBMGO, a
utilização destes sistemas, mostra-se duvidosa, conforme mencionado
anteriormente na discussão dos resultados. Neste contexto, a pesquisa foi realizada
e os resultados apresentados com seus respectivos comentários, contribuindo para
o cumprimento dos objetivos propostos neste artigo.
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Dessa forma, conclui-se pelos resultados da pesquisa aplicada junto
aos militares do serviço operacional do 1º Batalhão Bombeiro Militar, que a não
observância de padrões mínimos de segurança (vide gráfico 2 e 4) e da falta de
equipamentos atuais (vide gráfico 5) estão relacionados à necessidade de
recapacitação dos militares da Corporação (vide gráfico 3, 7 e 8), fatos que podem
influenciar na qualidade de serviços prestados pelo CBMGO a toda sociedade
goiana. Destaca-se em virtude da pesquisa apresentada, que o desconhecimento
dos militares em relação a definição e diferenciação do sistema 3:1 em relação ao
4:1(vide gráfico 8), podem trazer graves transtornos para o atendimento de vítimas
relacionadas ao correto uso de sistemas multiplicadores de força.
Diante dos resultados e da contextualização anterior, sugere-se que
seja adotado nas ocorrências de salvamento do CBMGO, a utilização do sistema de
vantagem mecânica 3:1 para o atendimento de vítimas, principalmente em locais
com grande profundidade, ou nestes casos a utilização de sistemas reduzidos, como
forma de evitar infortúnios relacionados ao comprimento dos cabos nas ocorrências.
É relevante destacar, a importância da aquisição de equipamentos de tecnologias
atuais, que atendam a padrões técnicos de normativas internacionais, bem como a
sugestão de recapacitação dos militares da Corporação, através de cursos ou
estágios em sistemas multiplicadores de força. Essas ações com certeza irão
propiciar melhores resultados nos atendimentos de ocorrências desta natureza e a
busca pela excelência na formação e no atendimento a toda sociedade goiana
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Task College, 2011.
SISTEMA MULTIPLICADORES DE FORÇAS – POLIAS, disponível em: http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2012/11/capitulo-16-sistema-de-polias.html.
Acessado em 25/09/2013.