UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ... Morais Ferrei… · De acordo com Neves e...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CUSTOS CONJUNTOS: Uma abordagem conceitual de produção conjunta
e principais métodos de apropriação de custos conjuntos.
Alex Morais Ferreira
CUIABÁ-MT
2019
Alex Morais Ferreira
CONTABILIDADE DE CUSTOS: Uma abordagem conceitual de produção
conjunta e principais métodos de apropriação de custos conjuntos.
Monografia apresentada a UFMT/Faculdade de
Administração e Ciências Contábeis para a obtenção
do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Prof. Orientador:
MSc. César Rubens Gonçalves
CUIABÁ-MARÇO/2019
Alex Morais Ferreira
CONTABILIDADE DE CUSTOS: Uma abordagem conceitual de produção
conjunta e principais métodos de apropriação de custos conjuntos.
Monografia defendida e aprovada em 25/03/2019
pela banca examinadora constituída pelos
professores:
Prof. MSc. César Rubens Gonçalves
Presidente
Prof.ª MSc. Manuela Gonçalves Barros
Examinadora
Prof. MSc. Otávio José de Paula Moreira
Examinador
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1. Exemplos de produção conjunta ............................................................................ 13
Quadro 2. Representação gráfica do Ponto de Separação. ...................................................... 13
Quadro 3. Métodos de alocação de custos conjuntos .............................................................. 24
Quadro 4. Resumo dos métodos de distribuição dos custos conjuntos. .................................. 25
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Processo de Produção em uma indústria de frangos. ............................................... 12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Valores do exemplo ................................................................................................. 26
Tabela 2. Alocação de custos conjuntos pelo método do valor de mercado. .......................... 26
Tabela 3. Alocação de custos conjuntos pelo método das quantidades físicas........................ 28
Tabela 4. Alocação de custos conjuntos pelo método da igualdade do lucro bruto. ............... 29
Tabela 5. Alocação de Custos Conjuntos pelo Método do Custo Médio Ponderado. ............. 30
Tabela 6. Comparação entre os valores obtidos pelos métodos de alocação. .......................... 31
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1. Método do Valor de Mercado. .............................................................................. 27
Equação 2. Método das Quantidades Físicas. ......................................................................... 28
Equação 3. Método da Igualdade do Lucro Bruto. .................................................................. 30
Equação 4. Método do Custo Médio Ponderado. .................................................................... 31
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 9
2.1 Produção Conjunta ....................................................................................................... 9
2.2 Custos Conjuntos ......................................................................................................... 10
2.2.1 Ponto de Separação: Coprodutos, subprodutos e sucatas .................................... 12
2.3 Métodos de alocação de custos conjuntos .................................................................. 16
2.3.1 Método de Valor De Mercado ................................................................................. 16
2.3.2 Método das Quantidades Físicas ............................................................................ 17
2.3.3 Igualdade do Lucro Bruto ....................................................................................... 18
2.3.4 Custo Médio Ponderado .......................................................................................... 19
2.4 Custos Conjuntos: auxiliando na Tomada de Decisões ............................................ 20
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 22
4 RESULTADO E ANÁLISE............................................................................................ 24
4.1 Alocação dos custos conjuntos .................................................................................... 25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34
7
1 INTRODUÇÃO
No processo de produção dos diversos bens de consumo, existem diferentes cadeias
produtivas que podem estar ligadas a um sistema de produção comum e contínuo. Partindo-se
deste pressuposto, pode ocorrer de uma única matéria-prima proporcionar produtos finais
diferentes, que participaram de etapas comuns do processo de produção e, consequentemente,
tiveram um custo de produção conjunto. Nestes casos, os produtos finais devem receber a
alocação dos custos referentes a sua participação em cada fase da sua produção (CORRÊA;
VOESE, 2009).
Em muitos casos, devido ao fato de as empresas terem a obrigatoriedade de utilizar o
custeio por absorção para a formação do custo dos produtos que devem ser transferidos para o
estoque, pode ser criado um obstáculo ao setor contábil-financeiro para a alocação dos custos
conjuntos. Todavia, a gestão deve escolher, dentre os métodos disponíveis, o que mais adequa-
se ao seu sistema de produção conjunta, visto que não há especificação sobre qual método deve
ser utilizado.
Martins (2003) diz que, mais difícil do que a apropriação dos custos indiretos aos
diversos produtos elaborados, o grande problema dos custos conjuntos consiste na
arbitrariedade, juntamente com a subjetividade, dos métodos de alocação destes. Sancovschi e
Gomes (2007) concordam quando dizem que o grande problema que deve ser resolvido pelos
sistemas de contabilidade é a distribuição dos custos conjuntos aos produtos conjuntos.
Dada a necessidade de valoração de estoques e apuração dos resultados, a escolha do
método de alocação ganha muita relevância. Quando empresas optam por um determinado
critério de alocação dos seus custos conjuntos, estão atendendo à legislação brasileira. Porém,
tal fato não lhes garante a escolha do método mais adequado para a tomada de decisões
gerenciais.
Em virtude da multiplicidade de modelos teóricos para alocação de custos conjuntos e
do problema a ser resolvido pelos sistemas de contabilidade quanto a distribuição de tais custos
aos produtos, esta pesquisa busca: discutir, com base na literatura, os principais métodos de
alocação de custos conjuntos e as implicações dos diferentes métodos sobre os resultados das
alocações para fins de gestão; comparar exemplos numéricos das alocações dos custos
conjuntos nos métodos abordados. Para isso, foram conciliados neste estudo, através de
pesquisa bibliográfica nos principais meios de acesso, os conceitos e ideias dos principais
autores na área e alguns dos trabalhos já realizados com a temática em questão. Os demais
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objetivos desta pesquisa resumem-se em elucidar o conceito de custos conjuntos, bem como de
produção conjunta, e o reconhecimento dos métodos de alocação mais difundidos na literatura.
As motivações para a elaboração desta pesquisa, e que também indica sua relevância,
deve-se a uma característica própria dos custos conjuntos: a indivisibilidade. A curiosidade de
compreender como diferentes produtos agregam custos distintos ainda que oriundos da mesma
matéria-prima, acredita o autor, é suficientemente relevante à Contabilidade de Custos. Além
do mais, este trabalho agrega caráter complementar a disciplina, pois revela um tema não
explorado no decorrer do curso.
O Referencial Teórico divide-se em quatro seções. A primeira seção apresenta o
conceito de produção conjunta. A segunda seção consiste dos conceitos de custos conjuntos,
enquanto na terceira, são tratados os métodos de alocação mais comumente empregados. Na
quarta seção, aborda-se o auxílio dos custos conjuntos na tomada de decisões e, por fim, na
quinta seção são apresentadas as considerações finais.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Produção Conjunta
Nos diversos setores e atividades econômicas, mais comumente nas agroindústrias,
ocorre a produção conjunta. Quando determinada matéria-prima deriva simultaneamente dois
ou mais coprodutos, está caracterizada a produção conjunta. Concomitante à produção
conjunta, surgem os custos conjuntos.
Maher (2001, p. 333, apud SCARPIN et al., 2008) salienta que “produtos conjuntos
resultam dos mesmos insumos e do mesmo processo de produção” e exemplifica “toras de
madeira podem ser insumos para madeira serrada tipo A (de alta qualidade, com poucas
imperfeições) e madeira serrada tipo B (de baixa qualidade, com nós e outras imperfeições)”.
Vanderbeck e Nagy (2001, p. 303, apud SCARPIN et al., 2008) destacam que “o
processo de manufatura começa com uma ou mais matérias-primas no processo, das quais dois
ou mais produtos distintos são derivados. Exemplos dessas indústrias são refinarias de petróleo,
fábricas de madeira e frigoríficos”.
Conforme Martins (2003), em muitas empresas de produção contínua existe o fenômeno
da produção conjunta que é o aparecimento de diversos produtos a partir da mesma matéria-
prima, como é o caso das agroindústrias, que a partir da soja extrai óleo e farelos; o frigorífico
que, a partir do boi, retira diferentes tipos de carnes etc.
Porém, Martins (2003, p. 162) destaca que a produção contínua não ocorre
exclusivamente em empresas de produção contínua pois “pode ocorrer também na produção
por ordem, em alguns tipos de indústrias, como a de móveis de madeira por encomenda, onde
a partir de uma única tora, podem sair peças de diferentes qualidades, costaneiras etc.”.
Segundo Bruni & Famá (2004), a produção conjunta ocorre quando uma empresa
fabrica diferentes produtos com base em um mesmo conjunto de matérias-primas, sendo
comercializados diferentes tipos de coprodutos ou subprodutos.
Maher (2001, apud SCARPIN et al., 2008), menciona que “o ponto de separação é o
estágio do processo de produção em que dois ou mais produtos são separados”. Deste modo, a
partir do ponto de separação, surgem os diversos produtos que são classificados de acordo com
sua relevância, dentro do processo produtivo de determinada empresa.
Dos produtos conjuntos e de acordo com a relevância, os diversos produtos são
geralmente classificados em três categorias: coprodutos, subprodutos e sucatas. Todos surgem
em decorrência da atividade normal do processo produtivo. Entretanto, nem todos possuem a
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mesma importância para as diferentes empresas. A importância de um produto varia de acordo
com sua capacidade de contribuir para o faturamento global. Nesse sentido, Martins (2003, p.
163) cita que “o que uma indústria considera importante dentro do faturamento total, outra pode
julgar irrelevante”.
2.2 Custos Conjuntos
O registro mais antigo da utilização dos custos, embora rudimentar, na atividade
industrial, é apresentado por Sá (1984, apud ECHEVERRIA, 2015): “As panificadoras da
cidade de Memphis, no Egito, há milhares de anos, já faziam os seus registros de custos,
segundo documentos que chegaram até nós nos dias de hoje e que nos informam sobre tais
providências”.
Não obstante, a Contabilidade de Custos teve seu início com o advento da revolução
industrial no século XVIII, pois na época somente havia a contabilidade financeira ou geral,
voltada às empresas mercantis. Foi uma adaptação da contabilidade à realidade industrial
(ECHEVERRIA, 2015).
Martins (2003) afirma que custo é todo “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens ou serviços”. Para Horngren et al. (2000, apud SCARPIN et al., 2008)
custos são aqueles gastos ativados associados à compra de mercadorias para revenda (quando
empresa comercial) ou associados à aquisição e conversão de matérias-primas em mercadorias
para venda (no caso de empresas produtoras). Segundo Figueiredo & Moura (2002, apud
CARLI et al., 2009), custos referem-se a quaisquer sacrifícios que uma organização tem de
arcar na obtenção de seus objetivos.
O processo produtivo é uma atividade na qual se obtém um ou mais produtos utilizando-
se dos meios de produção (capital e trabalho). Em uma produção por processo contínuo, uma
empresa produz itens iguais, de forma contínua, cuja finalidade é a venda. Nesse processo
contínuo, os custos vão sendo alocados nas unidades produzidas até o final da cadeia de
produção (CARLI et al., 2009).
Em sua fase elaboração, os produtos recebem gradualmente insumos que são
reconhecidos como custos pelas empresas que, por sua vez, podem ser comuns ou conjuntos.
Os custos comuns são acumulados com certas afinidades e são passíveis de apropriação a
diversos produtos calculados sobre bases significativas. Os custos conjuntos ocorrem quando
da mesma matéria-prima resultam-se diversificados produtos.
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De acordo com Neves e Viceconti (2000, apud SOUZA et al., 2007), a produção
conjunta pode ser conceituada como “um fluxo comum de produção até certo ponto,
denominado ponto de cisão, e do qual resulta uma multiplicidade de produtos”. Leone (1989)
corrobora com Backer e Jacobsen (1997) quando diz que os “produtos conjuntos são dois ou
mais produtos provenientes de uma mesma matéria-prima ou que são produzidos ao mesmo
tempo por um ou mais de um processo produtivo”.
Figueiredo e Moura (2002, apud CARLI et al.,2009) definem que “custo conjunto é o
custo advindo de um processo único, gerando simultaneamente, diversos produtos, quando
nenhum item pode ser produzido sem que haja a produção de outros”. Santos (2000, p. 143,
apud SOUZA et al., 2007) define custos conjuntos como “aqueles decorrentes da produção
conjunta, incorridos antes do ponto em que os diversos produtos emergem como unidades
individuais”
Nem todos os tipos de empresa utilizam custos conjuntos. Esses custos normalmente
são caracterizados como custos indivisíveis, pois não é possível identificá-los a cada produto,
tornando a apropriação de custos um tanto arbitrária. Em geral, ocorrem em entidades com
ramos de atividades específicos. A apuração de custos, em empresas com produção conjunta,
mostra-se mais complexa do que a realizada pelos fabricantes de um único produto ou de
produtos fabricados separadamente.
Segundo Horngren et al. (2000, apud SCARPIN et al., 2008), durante o processo de
produção, os produtos conjuntos surgem simultaneamente ou em processos muito próximos.
São diversas as alternativas de produtos finais que podem ser obtidos a partir mesmo insumo.
Dentre eles, alguns possuem valor agregado de maior relevância, outros possuem um valor
apenas intermediário e outros ainda acabam tendo pouca ou nenhuma importância para as
empresas.
Para Corrêa e Voese (2009), a produção conjunta não está restrita a apenas um grupo
específico de atividades. Todo setor produtivo, cuja matéria-prima envolvida seja comum a
mais do que apenas um produto final, pode estar relacionado com a produção conjunta. Segundo
destaca Blocher et al., (2007, apud CORRÊA; VOESE, 2009), o momento em que os custos
passam a ser identificados exclusivamente a um ou outro produto é denominado ponto de
separação. Os gestores precisam reconhecer e identificar em que ponto essa separação ocorre.
As industrias frigoríficas ou abatedouros de aves constituem-se em exemplos de
atividades de produção conjunta. Neste caso, todos os produtos principais ofertados no mercado
são oriundos de uma única matéria-prima, o frango vivo.
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A Figura 1 mostra o processo básico de produção em uma empresa frigorífica de
frangos. Observa-se na Figura 1 que o Processo 01 – Abate – gera um novo grupo de produtos
conjuntos.
Figura 1. Processo de Produção em uma indústria de frangos.
Fonte: Adaptado de Cassel et al. (2006).
2.2.1 Ponto de Separação: Coprodutos, subprodutos e sucatas
Uma das formas de classificar os processos de produção que implicam para o projeto de
sistemas de custos é reuni-los em duas categorias, sendo operações de fabricação ou síntese, e
operações de decomposição ou análise. Na primeira, vários materiais são processados para se
obter um produto (por exemplo, indústria automobilística, construção civil, confecções). Na
segunda, um ou vários materiais são processados para dar origem a diversos produtos (por
exemplo, indústria química, indústria de alimentos, e atividades extrativas) (BACKER &
JACOBSEN, 1997). Na constância da produção conjunta é bastante comum o surgimento de
determinada etapa ou ponto do processo produtivo em que o processamento em conjunto é
cessado, como ocorre nas operações de decomposição.
Identificam-se quatro elementos relevantes para o projeto de um sistema de custos nas
operações de decomposição: o processo comum ou conjunto que dá origem aos diversos
produtos; o ponto de separação no qual surgem os diversificados produtos obtidos pelo
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processamento dos materiais; os produtos conjuntos que aparecem no ponto de separação; e,
finalmente, o último são os custos conjuntos obtidos no somatório de todos os custos de
produção incorridos até o ponto de separação.
Do ponto de vista conceitual, Horngren et al. (2000, apud SOUZA et al., 2008) define
ponto de separação como “o momento no processo em que um ou mais produtos se tornam
isoladamente identificáveis [...]”. Demais autores como Hansen e Mowen (2001) também
partilham da mesma conceituação. O Quadro 1 a seguir relaciona alguns processos produtivos
que podem derivar coprodutos, subprodutos e sucatas. O Quadro 2 representa o momento em
que ocorre o ponto de separação.
Quadro 1. Exemplos de produção conjunta
Matéria-
prima
Cana-de-
açúcar
Madeira
Laranja
Gado bovino
Papel
Coproduto
Açúcar e
álcool
Peças,
ripas e
barrotes
Suco
Carnes,
miúdos, couro
Jornais e
revistas
Subproduto
Vinhoto
-
Óleo e
álcool
Ossos, chifres
e casco
-
Sucata Bagaço Serragem Bagaço Sebo Aparas
Fonte: Adaptado de Bruni e Famá (2013).
Quadro 2. Representação gráfica do Ponto de Separação.
Ponto de Separação
Custos Conjuntos Custos Separáveis
Fase anterior a separação Fase posterior a separação
Início Final
Processo de Produção
Produção Simultânea Produto “A”
Produto “B”
Fonte: Adaptado de (SOUZA, SOUZA e FARIA, 2007)
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Os custos conjuntos têm como característica principal a indivisibilidade, pois é
praticamente impossível identificá-los a cada produto ou serviço. Torna-se difícil comparar os
custos conjuntos aos custos comuns, pois estes são de fácil identificação e mensuração, o que
não acontece com os primeiros.
Hansen e Mowen (2001, p. 229) citam que “a contabilidade para custos conjuntos totais
de produção (materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF) não é diferente da contabilidade para
custos de produtos no geral. É a alocação dos custos conjuntos para os produtos individuais a
fonte da dificuldade”. Independentemente da dificuldade supracitada, Leone (2000, p. 223)
afirma que “é necessário atribuir os custos conjuntos aos diversos produtos conjuntos para que
se produzam informações que vão atender a diferentes finalidades gerenciais”.
Entre os diversos motivos para se atribuir os custos conjuntos, Horngren et al. (2000, p.
386, apud SOUZA et al., 2008) destacam os seguintes:
- Custeio dos estoques e apuração do custo dos produtos vendidos, para elaboração
das demonstrações financeiras dirigidas ao público externo e para fins fiscais;
- Custeio dos estoques e apuração do custo dos produtos vendidos, para elaboração de
relatórios financeiros internos, utilizados na análise da lucratividade das divisões,
quando da determinação da gratificação dos respectivos gerentes;
- Reembolso contratual do custo, quando somente uma parte dos produtos ou serviços
é vendida ou entregue ao cliente (como por exemplo, uma agência governamental);
- Análise da lucratividade do cliente, quando clientes específicos adquirem várias
combinações de coprodutos ou subprodutos, assim como outros produtos da
companhia;
- Determinação da indenização do seguro, quando as informações de danos a
coprodutos ou subprodutos estão baseadas nas informações de custo, e
- Controle de preço.
Complementando a questão, Cashin e Polimeni (1982, p. 228, apud SOUZA et al.,
2008) ressaltam que as características dos produtos conjuntos são as seguintes:
a) uma relação física inevitável que requer um processamento simultâneo comum;
b) um ponto de separação no qual surgem produtos distintos a serem vendidos ou
posteriormente processados, e
c) valores de venda individualmente significativos.
Horngren (1986, p. 779, apud SOUZA et al., 2008), por sua vez, destaca que “a distinção
entre produtos conjuntos, subprodutos e sucata é bastante influenciada pelos valores relativos
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de vendas dos produtos em questão”. No entanto, nesse processo de separação, obtêm-se
diversos tipos de produtos. Aos produtos principais, que são o objetivo da produção, dá-se o
nome de coprodutos. Para Horngren et al. (2000, p. 385, apud SOUZA et al., 2008), “os
coprodutos têm valor de venda relativamente alto, mas não são identificáveis isoladamente
como produtos individuais até o ponto de separação”. Segundo esses autores, quando um
processo gera dois ou mais produtos, e origina um único produto com valor de venda
relativamente alto, esse é denominado produto principal.
O que define o que é coproduto e subproduto relaciona-se aos objetivos e políticas da
empresa. Backer e Jacobsen (1997, p. 305) apresentam que:
[...] a diferenciação entre um coproduto e um subproduto tende a basear-se na
importância relativa das vendas dos produtos. Usando esse critério, se as rendas das
vendas de cada um dos dois produtos forem de montante mais ou menos iguais ou,
pelo menos, forem significativas em relação a renda total, esses produtos serão
tratados como produtos conjuntos.
Dessa maneira, percebe-se que o coproduto é o produto principal, ou seja, relaciona-se
ao foco da empresa. Porém, é inevitável no processo a geração de outros produtos, sendo que
esses podem ter um valor de venda menor, quando comparados aos produtos principais. Esses
produtos são chamados de subprodutos. De acordo com Bruni e Famá (2004, p. 190),
subprodutos são “... produtos que decorrem naturalmente do processo produtivo de coprodutos,
que apresentam baixo valor de mercado relativo aos coprodutos”. Desse modo, para poder
determinar se um produto se classifica como coproduto ou subproduto deve-se, primeiramente,
verificar os objetivos da empresa, e depois considerar a relevância das receitas que podem ser
obtidas por meio de cada um destes produtos.
Os subprodutos são os itens que nascem normalmente durante o processo de produção,
possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de
compradores quanto ao preço. São itens que têm comercialização tão normal quanto os
coprodutos da empresa, mas que não representam muito valor em relação ao faturamento total.
Para Neves e Viceconti (2000, p. 123, apud SOUZA et al., 2008),
[...] os subprodutos são caracterizados por apresentarem um mercado de
comercialização normal, de forma similar ao mercado dos coprodutos. Sua
participação percentual no valor do faturamento total, porém, é tão pequena que não
compensa o esforço de atribuir-se custos aos seus estoques.
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Não se pode esquecer que, além dos coprodutos e subprodutos, num processo de
produção conjunta, ainda se têm as sucatas. Bruni e Famá (2002, p. 190) definem sucatas como
“produtos que podem ou não surgir do processo produtivo convencional ou de coprodutos e
subprodutos rejeitados que podem ser vendidos ou reciclados, como combustível para caldeiras
e outros”. No entanto, a classificação em coprodutos, subprodutos e sucatas, pode variar em
cada tipo de entidade, e também, em atividades.
Para Martins (2003), as sucatas não recebem nenhum custo, mesmo que elas sejam
inerentes ao processo, e surjam como itens normais em uma produção contínua, exatamente
pelos problemas relativos à sua potencialidade de geração de receitas. As sucatas são aqueles
itens cuja venda é esporádica, e realizada por valor não previsível, e geralmente irrelevante, no
instante em que surgem na fabricação. Por isso, não recebem custos, assim como também não
têm sua receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em
quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na Contabilidade. São
consequências inevitáveis do processo produtivo, e por possuírem valor irrelevante em
comparação com os coprodutos e os subprodutos, as sucatas recebem um tratamento
diferenciado.
Após a apresentação de várias opiniões a respeito de custos conjuntos, coprodutos,
subprodutos e sucatas, apresentam-se a seguir os métodos existentes para atribuição de custos
conjuntos. De acordo com Horngren et al. (2000, apud SOUZA et al., 2008), existem duas
abordagens básicas a respeito dessa atribuição, que são: 1) a que leva em consideração a
atribuição de custos que empregam dados de mercado, por exemplo, receitas brutas, e 2) a que
contempla a atribuição dos custos que empregam dados físicos, tais como peso e volume.
2.3 Métodos de alocação de custos conjuntos
2.3.1 Método de Valor De Mercado
A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.170/2009, NBC TG 16, traz
uma curta abordagem do método de valor de mercado identificando o momento em que a
alocação pode ser realizada. Segue:
[...] Quando os custos de transformação de cada produto não são separadamente
identificáveis, eles devem ser atribuídos aos produtos em base racional e consistente.
Essa alocação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo da receita de venda de
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cada produto, seja na fase do processo de produção em que os produtos se tornam
separadamente identificáveis, seja no final da produção, conforme o caso[...]
O método de valor de mercado relaciona o preço de venda (mercado) e o custo incorrido
no processo produtivo, levando em conta que os preços diferem em razão da maior ou menor
dificuldade de elaboração. Dessa maneira, atribui-se o maior custo aos produtos que tiverem
maior preço de venda. Os custos são distribuídos aos vários produtos em função das unidades
produzidas de cada um, observando o preço de venda dos produtos no ponto em que surgem
como unidades individuais, ou no ponto de separação, supondo-se que possam ser vendidos
nesse estado.
Nem sempre é possível encontrar os valores de mercado para todos os produtos no
estágio de acabamento ou ponto de separação. Dessa forma, tem-se que utilizar um valor incerto
no ponto de separação, e tomar por base o valor de mercado do produto final, subtraindo os
custos adicionais de cada produto para torná-lo em condições de venda (SOUZA et al., 2008).
Horngren et al. (2000, p. 387, apud SOUZA et al., 2008) observam que, “este método é direto
e intuitivo. O critério de alocação do custo (valor das vendas no ponto de separação) é expresso
em termos de um denominador comum, que é sistematicamente registrado pela contabilidade e
bem entendido por todas as partes”. Martins (2003, p. 179) critica este método relatando que,
“[...] é o mais utilizado na prática, mais em função de inexistência de outros melhores do que
por méritos próprios [...]”.
2.3.2 Método das Quantidades Físicas
Por sua vez, no método das quantidades físicas, também nomeado como método do
volume produzido na concepção de Martins (2003), a atribuição dos custos conjuntos ocorre
utilizando como base uma medida física de produtos ou qualquer outra de característica física.
Essa atribuição é feita a partir da proporção relativa dos coprodutos ou subprodutos, em relação
à quantidade física utilizada no processo produtivo. Para Horngren et al. (2000, apud SOUZA
et al., 2008), o método da medida física realiza a atribuição dos custos conjuntos com base em
suas proporções, de acordo com o ponto de separação. Utiliza-se, assim, uma medida física
comum, tal como peso ou o volume de produção geral de cada produto. Quando se utiliza esse
método, normalmente o custo por unidade é igual para todos os coprodutos.
Maher (2001, p. 340, apud SCARPIN et al., 2008) define o método das quantidades
físicas como “método de rateio dos custos conjuntos, em que a base de rateio é o volume, o
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peso ou outra medida física dos produtos conjuntos, no ponto de separação”. Esse autor relata
que este método é utilizado quando os preços dos coprodutos são muito voláteis, ou ainda,
quando o custo do processamento adicional (entre o ponto de separação em relação ao primeiro
ponto em que os produtos são vendidos) é elevado. Ou, então, quando os preços de venda são
estabelecidos pelo mercado, como por exemplo, quando o preço é estabelecido por entidades
reguladoras.
Hansen e Mowen (2001, p. 229) afirmam que “se os produtos conjuntos não partilham
a mesma medida física (por exemplo, um produto é medido em litros e outro em quilos), algum
denominador comum pode ser usado”. Os autores relatam, como exemplo, o caso da
contabilidade para viniculturas, em que as várias quantidades (toneladas, litros, caixas e outros)
são reduzidas a um denominador comum, a graduação alcoólica por galão.
2.3.3 Igualdade do Lucro Bruto
Outro método é o da margem bruta percentual ou igualdade do lucro bruto, como
nomeado por Martins (2003), em que se realiza a atribuição dos custos conjuntos, de maneira
que a porcentagem da margem seja igual para todos os produtos. Por esse método é atribuída
uma margem bruta de contribuição ou lucro bruto igual para todos os produtos,
independentemente se tiveram ou não custos adicionais após o ponto de separação. Martins
(2003, p. 181) argumenta que “já que qualquer critério é arbitrário, poder-se-ia distribuir o custo
conjunto de tal forma que cada produto tivesse o mesmo lucro bruto por unidade”.
Segundo Horngren et al. (2000, p. 390, apud SCARPIN et al., 2008), esse método pode
ser segregado em três etapas:
Etapa 1: cálculo da percentagem da margem bruta total;
Etapa 2: emprego da percentagem da margem bruta total e dedução da margem bruta
do valor final das vendas, para obtenção dos custos totais que cada produto deve
suportar, e
Etapa 3: dedução dos custos separáveis esperados dos custos totais, para a obtenção
da alocação do custo conjunto.
Dessa maneira, esse método distribui o custo conjunto, de tal forma que cada produto
tenha o mesmo lucro bruto por unidade.
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Por sua vez, contrapondo a ideia anterior, no método dos índices técnicos é levada em
consideração a necessidade de que os produtos conjuntos deveriam receber os custos conjuntos
de acordo com as dificuldades encontradas para sua obtenção. Sobre esse método, Martins
(2003, p. 167) comenta que “uma forma subjetiva, mas, às vezes, de bons resultados, é a de
ponderar-se cada coproduto em termos de grau de dificuldade, importância, facilidade de venda
etc. de cada um”. Assim, seriam atribuídas ponderações aos fatores de produção, que poderiam
ser: peso, tamanho, grau de dificuldade na elaboração, tempo necessário para fabricação, mão-
de obra, materiais utilizados etc.
No entanto, Santos (2005, apud SCARPIN et al., 2008) relata que este método merece
maiores reflexões, pois as ponderações a que os produtos seriam submetidos são subjetivas e
arbitrárias, e deveriam ser bem dimensionadas. Se os produtos apresentassem composição de
custos e processos de fabricação diferentes, seria preciso determinar um fator de ponderação
entre eles. Nesse método, o número de unidades de cada produto é multiplicado pelo fator de
ponderação correspondente, e em seguida, é multiplicado pelo custo médio unitário para
determinar-se à apropriação dos custos.
2.3.4 Custo Médio Ponderado
Os fatores ponderados podem incluir elementos diversos como a quantidade de material
usado, dificuldade de manufaturar, tempo consumido, diferença no tipo de mão-de-obra
consumida e o tamanho da unidade. Esses fatores e seus pesos relativos normalmente são
combinados em um único valor, que pode ser chamado de fator de ponderação (HANSEN e
MOWEN, 2001).
Hansen e Mowen (2001, p. 31) destacam que “o uso de fatores de ponderação
cuidadosamente construídos habilita o contador de custos a dar mais atenção para várias
influências e, portanto, resulta em alocações mais justas”. Garrison e Noreen (2001, apud
SCARPIN et al., 2013) admitem a existência dos diversos modelos de alocação dos custos
conjuntos pela contabilidade de custos, contudo, sustentam que o modo habitual é aplicar os
custos conjuntos em função do valor de venda dos produtos finais. Jiambalvo (2002, apud
SCARPIN et al., 2013) argumenta que uma melhor maneira de alocar os custos conjuntos é
utilizar o método das receitas relativas dos produtos no ponto de separação.
20
2.4 Custos Conjuntos: auxiliando na Tomada de Decisões
Dois tipos de decisão podem ser tomados baseadas em análises realizadas nos custos
conjuntos, conforme Shillinglaw (1982, apud CORRÊA; VOESE, 2009). A primeira está
relacionada aos produtos conjuntos considerando-os como um grupo de produtos e a segunda
está ligada ao custo do reprocessamento a ser aplicado a cada um dos produtos conjuntos.
Shillinglaw (1982, apud CORRÊA; VOESE, 2009) complementa que, em se tratando
de produtos em grupos, é irrelevante conhecer os pormenores dos custos individuais de cada
produto. Ainda segundo o autor (op. cit.), escolhas radicais, tais como fabricar todos os produtos
ou não fabricar nenhum dos produtos de um grupo devem ser tomadas com base na natureza do
processo de produção e nas operações de decomposição. Para corroborar com esta afirmativa,
em cada situação é necessário que seja verificado se as receitas totais de comercialização do
grupo de produtos são maiores que os custos que foram incorridos para produzi-lo e vendê-lo.
Outra linha de pensamento fundamentada por Horngren et al. (2004, apud CORRÊA;
VOESE, 2009) está ligada à decisão de se processar ou não um produto após o ponto de
separação. Em caso positivo, os custos incorridos até o ponto de separação são considerados
irrelevantes para as decisões de processamento adicional. Esta decisão de incorrer em custos
após o ponto de separação deve se basear no lucro operacional incremental, que é dado pela
receita total incremental (receita de venda depois do processo deduzida da receita do produto
no ponto de separação) menos o custo total incremental (o custo do processo adicional que é
realizado).
No que tange a decisão gerencial, Horngren et al. (2004, apud CORRÊA; VOESE,
2009) segue dizendo:
Nenhuma técnica de alocação de custos conjuntos deve orientar as decisões gerenciais
a respeito da venda de um produto no ponto de separação ou de ser processado além
dele. Quando um produto é o resultado inevitável de um processo conjunto, a decisão
de prosseguir o processamento não deve ser influenciada nem pelo tamanho dos
custos conjuntos totais nem pela parcela dos custos conjuntos alocados aos produtos
particulares.
Para as decisões relacionadas com o reprocessamento, deve-se levar em consideração
que em alguns casos, produtos considerados impróprios para a comercialização no ponto de
separação podem ganhar valor por meio de etapas complementares de processamento, sendo
posteriormente vendidos como produtos perfeitos. Nestes casos, cabe à contabilidade medir o
21
custo deste novo ou complementar processamento para que seja possível determinar o custo
final dos produtos e o valor dos recursos que poderiam ser economizados se as unidades não
tivessem passado por uma etapa adicional de processamento.
Há três formas distintas, segundo Horngren et al. (2004, apud CORRÊA; VOESE,
2009), para serem tratados os custos de etapas adicionais de processamento. A primeira é o
reprocessamento normal que pode ser atribuído a uma ordem específica de produção. Assim,
os custos do processamento adicional somente devem afetar os produtos integrantes da ordem.
A segunda forma é o reprocessamento normal atribuído a todas as ordens de produção, em que
os custos do processamento adicional são alocados como custos indiretos de fabricação e são
distribuídos às unidades em todas as ordens de produção. E, por fim, a terceira forma é aquela
em que o processamento adicional é anormal, sendo os custos resultantes destes procedimentos
alocados a uma conta de prejuízo.
Nesta última forma de reprocessamento, os sistemas de contabilidade devem sofrer
ajustes para que possam considerar o custo das perdas que acontecem em locais alheios aos do
processo de produção na apuração do custo dos produtos, nas avaliações da rentabilidade do
negócio e nas análises para novos investimentos. O não reconhecimento destes custos futuros
que resultam de produtos que são produzidos no presente pode levar alguns administradores a
terem em mente que produtos com resultados negativos são rentáveis e vice-versa (CORRÊA
e VOESE, 2009).
22
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de coletar
material científico a ser usado como apoio argumentativo, ajudando a embasar o referencial
teórico, bem como outros pontos do trabalho. Para isso, recorreu-se a diversas fontes de
pesquisa como:
• Meio físico, através de livros, monografias, artigos, etc.;
• Meio digital como: artigos, revistas e bibliotecas digitais.
A pesquisa bibliográfica é, assim, o primeiro momento de reflexão sobre a viabilidade
da pesquisa, pois pode indicar a existência de dados disponíveis a serem pesquisados, ou
identificar que o proposto tema em questão receberá resposta tão ampla que, se não delimitada,
poderá trazer dificuldade de interpretação e, portanto, imprestabilidade científica da pesquisa.
(VELOSO, 2011, p. 46)
Quanto à abordagem de pesquisa, o estudo foi desenvolvido com base no meio
qualitativo, que é aquele que permite maior acessibilidade do autor em expressar sua opinião
tomando como base suas análises. Segundo Pereira (1999, p.21)
Ocupa-se da investigação de eventos qualitativos, aqueles representados por dados
qualitativos com referenciais teóricos menos restritivos e com maior oportunidade de
manifestação para a subjetividade do pesquisador.
Quanto aos objetivos de indagação, a pesquisa é descritiva. A pesquisa descritiva
configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou
seja, não é tão preliminar como a primeira e não tão aprofundada como a segunda. Nesse
contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros.
Em relação à natureza, caracteriza-se como pesquisa aplicada que pode ser expressa no
que afirma Gerhardt e Silveira (2009, p.35): “objetiva gerar conhecimentos para aplicação
prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.”
No referencial teórico foi feito o levantamento da literatura. Os autores escolhidos para
a conceituação dos custos conjuntos e seus métodos foram selecionados, em sua grande parte,
pelo volume de citações às suas obras e relevância doutrinária. Para desenvolvimento, análise
e comparação de resultados foram selecionados artigos com estudos de caso específicos a custos
conjuntos.
23
Esta pesquisa se delimitou a abordagem dos custos conjuntos quanto aos produtos e, nas
tabelas apresentadas para cada método de alocação, não foram considerados os custos
adicionais que, por sua vez, podem ocorrer na produção.
A análise dos resultados se deu de forma comparativa, relacionando em quadros e
tabelas a informação colhida. Os exemplos numéricos das aplicações dos principais métodos
de alocação foram expostos e posteriormente relacionados em tabela comparativa, estando
todas as informações vinculadas e tendo por base os mesmos dados. Sendo assim, a divergência
entre os resultados individuais de cada método deve-se, exclusivamente, as suas metodologias
de cálculo distintas.
24
4 RESULTADO E ANÁLISE
Há duas abordagens básicas de alocação dos custos conjuntos: (1) alocação dos custos
empregando dados de mercado (receitas brutas, por exemplo); e (2) alocação dos custos
empregando dados físicos, (como peso e volume). É necessário, do ponto de vista de custos
para avaliação de estoques, definir um critério para apropriação a fim de valorar ativos e
resultados (MARTINS, 2003).
O Quadro 3, apresentado a seguir, evidencia os métodos de alocação dos custos
conjuntos de forma comparativa, propostos pela literatura contábil.
Quadro 3. Métodos de alocação de custos conjuntos
Autores Métodos
HORNGREN; FOSTER; DATAR
(2000)
Valor de Venda no Ponto de Separação;
Valor Líquido Realizável Estimado (VLR);
Margem Bruta Percentual do VLR;
Medida Física;
LEONE
(2000)
Valor Líquido das Vendas;
Características Físicas dos Produtos;
Unidades Produzidas;
MARTINS
(2003)
Valor de Mercado;
Volumes Produzidos;
Igualdade do Lucro Bruto;
Ponderações;
VICECONTI; NEVES
(2010)
Valor das Vendas;
Volume Produzido ou Custo Unitário Médio;
Volume Produzido Ponderado;
Igualdade do Lucro Bruto;
BRUNI; FAMÁ
(2010)
Método do Valor de Mercado;
Método dos Volumes Produzidos;
Método da Igualdade do Lucro Bruto;
PEREZ JR; OLIVEIRA; COSTA
(2011)
Valor de Mercado;
Volumes Produzidos;
Ponderações;
Igualdade do Lucro Bruto;
Fonte: Adaptado de Scarpin et al. (2013).
Como pode ser verificado no Quadro 3, há que se inferir duas considerações: (1) não há
total uniformidade entre os diversos autores em relação aos métodos de alocação dos custos
conjuntos; e (2) cada método apresenta aspectos favoráveis e desfavoráveis, permeados de
subjetividade e certa dose de arbitrariedade, o que enseja cautela na aplicação e na análise dos
resultados gerados. Ainda, pode-se afirmar que existe uma convergência entre os autores a
respeito da alocação dos custos, visto que a maioria utiliza dos mesmos métodos.
25
O Quadro 4 apresenta uma comparação entre os métodos de unidades físicas, valor de
venda e média ponderada, identificando a base de rateio, os princípios, vantagens e
desvantagens de cada um.
Quadro 4. Resumo dos métodos de distribuição dos custos conjuntos.
Fonte: Adaptado de Cassel et al. (2006).
A comparação e análise dos principais métodos de alocação de custos conjuntos tem por
objetivo proporcionar à gerência de produção e tomadores de decisões, alternativas para optar
entre um ou outro método de alocação para custear os produtos, possibilitando avaliação dos
estoques, custo dos produtos vendidos, formação dos preços de venda etc. (SCARPIN et al,
2008).
Todavia, em relação ao uso de qualquer um desses métodos de custeamento para
formação do preço de venda, pode ser subjetivo e inócuo, em vista da ação do mercado pela
pressão da competitividade, resultado da dicotomia da ‘oferta e procura’.
4.1 Alocação dos custos conjuntos
Utilizando os métodos de alocação de custos conjuntos abordados nesta pesquisa, foram
elaboradas tabelas demonstrando suas aplicações mediante exemplos. Dados fictícios e tabelas
extraídos de Costa (2004).
DESCRIÇÃO UNIDADES FÍSICAS VALOR DE VENDA MÉDIA PONDERADA
BASE RATEIO Quantidades/Pesos Preços/Receitas Índices/Misto
PRINCÍPIO
Pressupõe que o custo
de aquisição é o mesmo
para todos os produtos.
Quanto maior o preço de
venda maior será o custo
absorvido pelo produto.
Há uma relação entre o
volume de produção, o preço
de venda, a facilidade de
venda e a facilidade de
obtenção do produto.
VANTAGENS
Qualquer produto
originado de forma
conjunta terá o mesmo
custo unitário.
Evita que determinado
produto apresente margem
de contribuição negativa.
Possibilita que os custos
individuais não sofram
oscilação pelas alterações nos
preços de venda.
DESVANTAGENS
Produtos mais nobres
recebem o mesmo custo
de produtos simples e
com pouca aceitação
pelo mercado.
Os custos unitários sofrem
as mesmas variações do
preço de venda. Não
demonstra os ganhos reais
obtidos por determinados
produtos.
É extremamente subjetivo,
permitindo que determinados
gestores definam qual produto
deverá absorver maior
volume de custos.
26
Dados:
Matéria-prima: Boi de 200kg a R$ 3,00. 600,00
Mão-de-obra e custos ind. (abate, cortes, etc...) 200,00
Custos Conjuntos Totais 800,00
Tabela 1. Valores do exemplo
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
▪ Método do valor de mercado
Apresentados os dados, a alocação do custo conjunto pelo método do valor de mercado
ficaria da seguinte forma:
Tabela 2. Alocação de custos conjuntos pelo método do valor de mercado.
Coprodutos Qtde.
Produzida
Valor de
Venda Total
Percentual
de
Participação
Valor do
Custo Distr.
Custos p/kg
Carne 1ª 50 500,00 41,32% 330,58 6,61
Carne 2ª 80 560,00 46,28% 370,25 4,63
Órgãos 30 90,00 7,44% 59,50 1,98
Outras Partes 10 20,00 1,65% 13,22 1,32
Sucata 20 40,00 3,31% 26,45 1,32
Perdas 10 - 0,00% - -
TOTAL 200 1210,00 100% 800,00
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
Coprodutos Qtde. Produzida Valor de
Venda/kg
Valor de
Venda Total
Carne 1ª
Carne 2ª
Órgãos
Outras partes
Sucata
Perdas
50
80
30
10
20
10
10,00
7,00
3,00
2,00
2,00
-
500,00
560,00
90,00
20,00
40,00
-
TOTAL 200 1.210,00
27
A alocação dos custos conjuntos pelo método do Valor de Mercado exposto na Tabela
2 demonstra o valor do custo unitário (kg) atribuído a cada um dos coprodutos. O rateio se dá
entre valor total de vendas do coproduto x dividido pela somatória do valor total de vendas dos
coprodutos, que, em seguida, multiplicasse pelo resultado da divisão entre o valor do custo
conjunto total pela quantidade do coproduto x.
Observa-se que, como previsto na literatura, atribui-se o maior custo aos produtos que
tiverem maior preço de venda. Porém, nem sempre é possível encontrar os valores de mercado
para todos os produtos no estágio de acabamento ou ponto de separação, que é o momento em
que esses custos são distribuídos aos produtos. Dessa forma, tem-se que utilizar um valor
incerto no ponto de separação, e tomar por base o valor de mercado do produto final, subtraindo
os custos adicionais de cada produto para deixá-lo em condições de venda.
O modelo de cálculo dos custos conjuntos pelo método de valor, pode ser representando
matematicamente da seguinte forma:
Equação 1. Método do Valor de Mercado.
Onde:
CJx = Custo Conjunto unitário do coproduto x
VTx = Valor Total de vendas do coproduto x
q x = Quantidade do coproduto x
CT = Valor do custo conjunto total
▪ Método das Quantidades Físicas
Abaixo partindo ainda dos mesmos dados da Tabela 1, segue a alocação dos custos
conjuntos pelo método das Quantidades Físicas:
28
Tabela 3. Alocação de custos conjuntos pelo método das quantidades físicas.
Coprodutos Qtde. Produzida Percentual
Participação
Valor do
Custo Distr.
Custos p/kg
Carne 1ª
Carne 2ª
Órgãos
Outras Partes
Sucata
Perdas
50
80
30
10
20
10
26,32%
42,11%
15,79%
5,26%
10,53%
0,00%
210,53
336,84
126,32
42 ,11
84 ,21
-
4,21
4,21
4,21
4,21
4,21
-
TOTAL 200 100,00% 800,00
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
Neste cálculo, o custo conjunto do coproduto é calculado no valor do custo conjunto
total pela somatória da quantidade total dos coprodutos extraídas as perdas.
Os custos conjuntos são distribuídos para os produtos com base em alguma medida
física, neste caso, o quilograma (kg). Este método aloca o total dos custos conjuntos na mesma
proporção de unidades físicas produzidas e esses custos são iguais para todos os coprodutos.
Porém pode ocorrer que um produto final, embora menos pesado, necessite de um maior esforço
de produção para ser fabricado. Neste sentido, deveria absorver um maior valor em termos dos
custos do que os rateios realizados puramente por peso. Sendo assim, é possível observar
distorções nos resultados obtidos.
A representação matemática deste método é:
Equação 2. Método das Quantidades Físicas.
Onde:
CJ x = Custo conjunto unitário do coproduto x
CT = Valor do custo conjunto total
q x = Quantidade do coproduto x
29
▪ Método da Igualdade do Lucro Bruto
Para a alocação dos custos conjuntos pelo método da Igualdade do Lucro Bruto deve-se
considerar, além dos dados iniciais do exemplo, as seguintes informações abaixo relacionadas:
Dados:
Utilizando os dados dos exemplos anteriores, tem-se:
Receita Total 1.210,00
(-) Custos Conjuntos Totais 800,00
(=) Lucro Bruto 410,00
Lucro Bruto por kg 410,00 / 190 = 2,16 p/kg
Sendo assim, pelo método da igualdade do lucro bruto, obtém-se:
Tabela 4. Alocação de custos conjuntos pelo método da igualdade do lucro bruto.
Coprodutos Valor de
Venda/kg (A)
Lucro Bruto
(B)
Custo p/kg
(A-B)
Custo Total
Alocado
Carne 1ª
Carne 2ª
Órgãos
Outras partes
Sucata
Perdas
10 ,00
7 ,00
3 ,00
2 ,00
2 ,00
-
2,16
2,16
2,16
2,16
2,16
-
7,84
4,84
0,84
(0,16)
(0,16)
-
392,10
387,36
25,29
(1,57)
(3,18)
-
TOTAL 800,00
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
Por esse método, o lucro bruto total é dividido pelo total de unidades vendidas, apurando
um lucro bruto unitário que seria aplicado para todos os coprodutos. Deduzindo-se do preço de
venda o lucro bruto unitário, obtém-se o custo de produção de cada coproduto.
A crítica que vale ser ressaltada para este método é que ele atribui uma margem bruta
de contribuição ou o lucro bruto igual para todos os produtos, independente se tiveram ou não
custos adicionais após o ponto de separação, podendo assim causar distorções nos resultados.
A representação gráfica deste método é:
30
Equação 3. Método da Igualdade do Lucro Bruto.
Onde:
CJ x = Custo conjunto unitário do coproduto x
VT x = Valor total de vendas do coproduto x
CT = Valor do custo conjunto total
q x = Quantidade do coproduto x
PV x = Preço de venda do produto
▪ Método do Custo Médio Ponderado
Seguindo os dados e abordagem utilizados nos métodos anteriores, demonstra-se a
alocação dos custos conjuntos pelo método do Custo Médio Ponderado:
Tabela 5. Alocação de Custos Conjuntos pelo Método do Custo Médio Ponderado.
Coprodutos Fator de
Ponderação
Quantidade
kg
Ponderação
Total
Participação Custo Conjunto
Total Unitário
Carne 1ª
Carne 2ª
Órgãos
Outras Partes
Sucata
Perdas
90
100
60
40
30
0
50,00
80,00
30,00
10,00
20,00
10,00
4.500,00
8.000,00
1.800,00
400,00
600,00
-
29,41%
52,29%
11,76%
2,61%
3,92%
0,00%
235,29
418,30
94,12
20,92
31,37
-
4,71
5,23
3,14
2,09
1,57
-
TOTAL 200,00 15.300,00 100,00% 800,00
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
Neste método, o custo conjunto unitário se dá na seguinte forma: custo conjunto total /
somatória dos fatores de ponderação dos coprodutos X quantidade do coproduto. Em seguida,
o resultado da divisão é multiplicado pelo fator de ponderação.
n
x
n
x x x
q
CT VT
PV CJ
1
1
31
As alocações dos custos conjuntos, neste método, levam em conta o fator de ponderação
de acordo com a classificação (extra, especial, padrão). As imprecisões oriundas deste método
são consequência da utilização de ponderações que não são apropriadas, ou que se tornam não
apropriadas com o passar do tempo. Se taxas arbitrárias forem usadas, os custos resultantes dos
produtos individuais apresentarão imprecisões em termos dos custos calculados dos produtos.
A representação matemática deste método ficaria:
Equação 4. Método do Custo Médio Ponderado.
Onde:
CJ x = Custo conjunto unitário do coproduto x
CT = Valor do custo conjunto total
q x = Quantidade do coproduto x
FP = Fator de ponderação do produto x
Por fim, a Tabela 6 demonstra um comparativo dos métodos de alocação de custos
conjuntos abordados no decorrer do trabalho, com base nos exemplos apresentados
anteriormente. Segue abaixo:
Tabela 6. Comparação entre os valores obtidos pelos métodos de alocação.
Custo Conjunto Unitário
Coprodutos Valor de
Venda (kg)
Valor de
Mercado
Quantidades
Físicas
Igualdade do
Lucro Bruto
Médio
Ponderado
Carne 1ª 10,00 6,61 4,21 7,84 4,71
Carne 2ª 7,00 4,63 4,21 4,84 5,23
Órgãos 3,00 1,98 4,21 0,84 3,14
Outras Partes 2,00 1,32 4,21 (0,16) 2,09
Sucata 2,00 1,32 4,21 (0,16) 1,57
Perdas - - - - -
Fonte: Adaptado de Costa (2004).
32
Nota-se que ao analisar os custos conjuntos unitários em relação ao seu preço de venda
unitário nos métodos apresentados, existiram situações onde a lógica imediatista levaria a
decisão de não produzir este ou aquele coproduto em função de seu custo ser superior ao seu
preço de venda. Tal fato ocorreu, por exemplo, no método das quantidades físicas, pois como
dito por Horngren et al. (2000, apud SOUZA et al., 2008) e verificado na Tabela 6, quando se
utiliza esse método, normalmente o custo por unidade é igual para todos os coprodutos.
No entanto, como abordado anteriormente, não pode ater-se apenas ao custo de um
produto, mas ao conjunto oriundo da matéria-prima, pois estes produtos e custos do exemplo,
existiriam enquanto se utilizasse o boi como matéria-prima e os cortes como coprodutos.
Por fim, a comparação da análise demonstra diversificação dos custos em cada um dos
métodos adotados, fato que poderá levar gestores a tomarem decisões equivocadas em relação
ao mix de produtos (produzir ou deixar de produzir), vender ou deixar de vender a determinado
preço, em razão dos custos obtidos versus receitas e resultados.
33
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O método do Valor de Mercado é o mais utilizado na prática, segundo Martins (2003),
mais em função da inexistência de outros melhores do que de méritos próprios, já que a alegação
de que produtos de maior valor são os que recebem ou têm condições de receber maior custo
carece de mais racionalidade. Talvez seu grande mérito esteja no fato de distribuir o resultado
de forma homogênea aos coprodutos.
Enfim, quaisquer que sejam os critérios de alocação, pode-se sempre dizer que são muito
mais arbitrários do que aqueles vistos em termos de rateios de Custos Indiretos. E, neste rateio
dos Custos Conjuntos, entram até os custos diretos (matéria-prima e mão-de-obra direta,
principalmente).
A escolha do método de alocação pode ficar condicionada à atividade de empresa. Para
promover uma distribuição lógica dos custos, cabe ao gestor decidir qual métrica gera
informações mais relevantes para a tomada de decisão e, logo, o que mais se adequa à sua
operação.
Parafraseando Backer e Jacobsen (1984, apud COSTA, 2004), do ponto de vista
administrativo, quer gerencial ou de controle, essas alocações são de todo irrelevantes, já que
para decisões interessam apenas os valores de receita total dos coprodutos contra o custo total
de obtê-los, pois não se consegue normalmente chegar a um coproduto sem obter o outro, e
para controle são mais importantes os custos por operação, atividade, centro de custo etc., do
que por produto. Porém, do ponto de vista de Custos para Avaliação de Estoques, se faz
necessário possuir um critério para a apropriação a fim de que se possam valorar os ativos e os
resultados.
Os autores convergem ideias a respeito dos principais métodos para alocação de custos
conjuntos, dentre os quais afere-se uma maior menção aos termos aplicados por Martins, e, por
sua vez, também foram os mais utilizados neste trabalho. Ao mesmo tempo, encontra-se
dificuldade em promover e aprimorar novas técnicas de alocação para estes custos dado o
reconhecido fato de que não há método que seja plenamente eficaz.
Outros métodos aplicáveis à distribuição de custos conjuntos aos coprodutos são
desenvolvidos no mundo da literatura contábil, cujas aplicações poderiam dar resultados
diferentes, razão pela qual, pode-se afirmar que o presente estudo, de forma alguma, esgota o
assunto e a metodologia aplicada.
34
REFERÊNCIAS
BACKER, M.; JACOBSEN, L. E. Contabilidade de Custos: um enfoque para
administração de empresas. São Paulo: Mcgrawhill, 1997.
BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. Custos e Agronegócio On
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CARLI, S. B. et al. Métodos de atribuição de custos conjuntos aplicados ao setor de
laticínio: estudo de caso no laticínio Boa Esperança do Iguaçu Ltda. Custos e Agronegócio
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CASSEL, R. A.; VALLE ANTUNES JR., J. A.; OENNING, V. Maximização da
lucratividade em produção conjunta: um caso na indústria frigorífica. Associação
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CFC-CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.170/09: NBC
TG 16 - Estoques. Brasília: 2009.
CORRÊA, M. D.; VOESE, S. B. Custos conjuntos aplicados à atividade vinícola: um estudo
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COSTA, M. A. Os custos conjuntos e de oportunidade na Tomada de Decisões. XI
Congresso Brasileiro de Custos – Porto Seguro, BA, Brasil, 27 a 30 de outubro de 2004.
Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/download/2254/2254>
Acesso em 12 de Março de 2019.
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