Universidade Federal de São Paulo Departamento de Fonoaudiologia
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Grupo de Pesquisa CNPq – Transtornos da LinguagemGrupo de Pesquisa CNPq – Transtornos da Linguagem
Análise do uso da conduta Análise do uso da conduta justificativa e explicativa na justificativa e explicativa na
narrativa oral de pré-escolares narrativa oral de pré-escolares
Autora: Beatriz Lopes Porto Verzolla
Orientadora: Profª Dra. Jacy Perissinoto
Co-Orientadora: Profª Dra. Selma Mie Isotani
Método: CEP/UNIFESP nº 0204/09 - parceria com o “Programa de Integração
Universidade-Escola: Fonoaudiologia Escolar”.
-Foram analisadas narrativas orais de 58 pré-escolares.
1) Etapa pré-estimulação (Momento 1): narrativa autônoma a partir da sequência de
figuras “A pedra no caminho” (Furnari, 1988) tutela do adulto segunda narrativa
autônoma; 2) Etapa de estimulação: leitura de histórias infantis (Silva e cols., 2006)
durante dez semanas; 3) Etapa pós-estimulação (Momento 2): o procedimento foi o
mesmo realizado na primeira etapa.
-Análises: ocorrência de eventos centrais e secundários (Melo, 2005); conduta
justificativa/ explicativa (causas físicas, regras morais/ sociais e estado interno) (Melo et
al, 2006); expressão e retificação de falsas crenças segundo a ocorrência da conduta
justificativa/ explicativa de estado interno.
-Método estatístico: teste de análise de variância com medidas repetidas em dois
fatores de repetição; teste de Bonferroni; Equação de Estimação Generalizada (EEG) e
teste não paramétrico de Friedman, adotando nível de significância de 5%.
Objetivo: Verificar uso da conduta justificativa e explicativa na narrativa oral de pré-escolares antes e após estimulação.
Resultados comentados:
Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no aumento da ocorrência
de eventos centrais comparando-se os Momentos 1 e 2 (p< 0,001), bem como após a
tutela do adulto (p <0,001), com decréscimo de eventos secundários comparando-se os
dois momentos (p = 0,068), e a presença da tutela (p = 0,915). Na análise do uso da
conduta justificativa/ explicativa, não foram observadas diferenças estatisticamente
significantes para as justificativas do tipo físico (p = 0,892), regras sociais/morais (p =
0,532) e estado interno (p = 0,096), apesar de os percentuais sugerirem diferença, o
que pode ser explicado pelo o fato de as crianças em idade pré-escolar não serem
capazes de relacionar as ações entre os personagens e estabelecer relações de causa
e efeito, apesar de atribuírem estados mentais a si e a outras pessoas (Melo, 2005).
Conclusões:
A tutela do adulto e a estimulação por meio de histórias infantis contribuíram para o
aumento da ocorrência de eventos nas narrativas autônomas, com valorização dos
eventos centrais em relação aos eventos secundários. Os resultados percentuais
sugerem aumento da ocorrência da mesma, principalmente após tutela do adulto,
apesar de não ter sido evidenciada diferença estatística.