UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE … · Monografia apresentada ao Departamento de Química...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TERESA CRISTINA DA SILVA REZENDE
ANÁLISE DO ENSINO E APRENDIZAGEM EM QUÍMICA À PARTIR DO
PROGRAMA DE TUTORIA DE CIÊNCIAS BÁSICAS (PROTUT) DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – CAMPUS VIÇOSA
VIÇOSA – MINAS GERAIS
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TERESA CRISTINA DA SILVA REZENDE
ANÁLISE DO ENSINO E APRENDIZAGEM EM QUÍMICA À PARTIR DO
PROGRAMA DE TUTORIA DE CIÊNCIAS BÁSICAS (PROTUT) DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – CAMPUS VIÇOSA
Monografia apresentada ao Departamento de Química
da Universidade Federal de Viçosa, como parte das
exigências para a conclusão do Curso de Licenciatura
em Química.
ORIENTADORA: Profa Astréa Filomena de Souza
VIÇOSA – MINAS GERAIS
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TERESA CRISTINA DA SILVA REZENDE
ANÁLISE DO ENSINO E APRENDIZAGEM EM QUÍMICA À PARTIR DO
PROGRAMA DE TUTORIA DE CIÊNCIAS BÁSICAS (PROTUT) DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – CAMPUS VIÇOSA
Monografia aprovada em 02 de Julho de 2015
____________________________________ __________________________________
Profa. Wânia Maria Guimarães Lacerda Profa. Ana Paula Guimarães
Departamento de Educação – UFV Departamento de Química – UFV
Avaliadora do Trabalho Avaliadora do Trabalho
_________________________________ _________________________________
Profa. Astréa Filomena de Souza Silva Prof. Vinícius Catão de Assis Souza
Departamento de Química – UFV Departamento de Química – UFV
Orientadora do Trabalho Coordenador da Disciplina
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado primeiramente à Deus, que me fortaleceu durante todos os
períodos desse curso, sendo essencial em minha trajetória à intercessão de todos Anjos e Santos.
À minha mãe Ailma da Conceição Silva, ao meu pai Antônio Carlos Rezende de Souza
e ao meu irmão Carlos Henriques da Silva Rezende, que sempre estiveram ao meu lado me
incentivando e apoiando para minha formação acadêmica.
Dedico também aos colegas de graduação que sempre estiveram ao meu lado, aos
colegas que me ajudaram nas entrevistas e aos meus amigos que torceram por mim a todo
instante dando forças e ânimo, em especial a minha amiga Júlia Milão Rios.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus Criador, que me iluminou durante o decorrer dessa caminhada, à
minha mãe Maria que intercede sempre por mim, me dando forças nos momentos mais difíceis.
À minha Mãe Ailma da Conceição Silva, que sempre ao meu lado me ajudou, dando
alentos e conselhos para enfrentar todas as barreiras e jamais desistir de meus sonhos. Ao meu
Pai Antônio Carlos Rezende de Souza, que se dedicou ao trabalho para me ajudar na realização
desse sonho. Ao meu irmão Carlos Henriques da Silva Rezende, que me incentivou com
sabedoria durante toda a minha graduação.
À minha Orientadora Astréa Filomena de Souza Silva, que disponibilizou grande parte
de seu tempo para me auxiliar na presente monografia. Muito obrigada pela amizade, atenção
e colaboração em minhas atuações na tutoria e neste trabalho.
Ao professor da Disciplina de Monografia de Licenciatura – QUI 447, Vinícius Catão
de Assis Souza, que sempre se dedicou a todos estudantes orientando no que fosse necessário
e incentivando para melhor produção dos trabalhos.
À diretora do Programa de Tutoria Daniela Gonçalves Rodrigues, ao corpo da secretaria
do programa em especial à Mariza e Denise, que sempre estiveram à disposição para auxiliar a
todos tutores nas realizações das sessões de tutoria e também pelo fornecimento de dados para
presente monografia.
Aos colegas de curso que me ajudaram nas disciplinas, me fizeram sorrir nos momentos
mais difíceis, me ensinaram a conviver com e sem obstáculos.
A todos os meus professores, que são os maiores responsáveis por essa vitória, pois me
ensinaram Química e Cidadania, compartilhando seus conhecimentos.
Aos meus colegas de minha cidade, Além Paraíba, que me ajudaram com palavras e
carinhos, me fortalecendo nos estudos e suprindo as saudades.
As “minhas” crianças em especial minha amiga Júlia Milão Rios que jamais esqueceu
de mim, que com seu jeitinho carinhoso me ensinou a suprir qualquer barreira.
Obrigada a todos que direta ou indiretamente me fizeram crescer pessoal e
profissionalmente.
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................................... i
ABSTRACT .............................................................................................................................. ii
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
1.1 Histórico do Programa Tutoria ......................................................................................... 9
1.2 Requisitos para o aluno cursar o Programa .................................................................... 10
1.3 Requisitos para atuação como tutor ................................................................................ 10
1.4 Histórico do envolvimento da aluna Teresa Cristina com o Programa de Tutoria ......... 12
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS ........................................................................................... 14
2.1 Aprendizagem Química .................................................................................................. 14
2.2 Disciplina de Química Analítica Aplicada (QUI112) ..................................................... 15
2.3 Comparação com o Programa de Tutoria de outras Instituições .................................... 17
3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 20
3.1 Objetivos Gerais ............................................................................................................. 20
3.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 20
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 21
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES DO TRABALHO PARA O ENSINO
DE QUÍMICA ......................................................................................................................... 28
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 29
8 ANEXOS .............................................................................................................................. 31
8.1 Anexo I - Questionário para Entrevista dos Tutorandos ................................................. 31
8.2 Anexo II - Questionário para Entrevista dos Tutores ..................................................... 32
8.3 Anexo III -Declaração do Entrevistado .......................................................................... 33
8.4 Anexo IV - Declaração do Pesquisador .......................................................................... 34
9 APÊNDICE .......................................................................................................................... 35
9.1 Questionário aos Estudantes ........................................................................................... 35
9.2 Questionário ao Tutor ..................................................................................................... 37
9.3 Conteúdo Programático de Química Analítica Aplicada ................................................ 39
9.4 Bibliografia de Química Analítica Aplicada................................................................... 40
9.5 Resposta dos Questionários dos Estudantes ................................................................... 41
9.6 Resposta do Questionário dos Tutores ............................................................................ 42
9.7 Questionário para avaliação preliminar proposto pelo Prof. André Fernando de Oliveira,
Avaliação Preliminar – 2010 - disciplina QUI 112 – Química Analítica Aplicada ............. 48
i
RESUMO
REZENDE, Teresa Cristina da Silva. Universidade Federal de Viçosa, 2015. Análise do
Ensino e Aprendizagem em Química à partir do Programa de Tutoria de Ciências Básicas
(PROTUT) da Universidade Federal de Viçosa – Campus Viçosa. Orientadora:Astréa
Filomena de Souza Silva.
O Programa de Tutoria da UFV tem por finalidade dar apoio aos recém ingressantes na
instituição para cursarem disciplinas básicas das áreas de Biologia, Física, Língua Portuguesa,
Matemática, Química e Bioquímica.
O presente trabalho aborda a experiência vivenciada pela aluna Teresa Cristina como
tutoranda e também como tutora em Química Analítica, tendo como perspectiva contribuir para
a divulgação do Programa. Adicionalmente objetivou-se o aprimoramento da prática didática
na disciplina, detectando pontos positivos e negativos, com propostas de direcionamentos para
um aperfeiçoamento da mesma.
Por meio de questionários aplicados a estudantes participantes e não participantes do
Programa e também aos demais tutores de Química Analítica Aplicada, foi possível identificar
os conteúdos teóricos para quais os alunos apresentam maior dificuldade de compreensão e
comparar as estratégias didáticas de cada tutor para apoiar os estudantes durante o processo de
Ensino e Aprendizagem.
As respostas das entrevistas evidenciam que o Programa é muito efetivo. Com auxílio
de dados gráficos houve confirmação da positividade do Programa, pois no decorrer dos anos
houve aumento do número de alunos aprovados participantes da Tutoria.
Por fim, foram apresentadas algumas sugestões para melhoria do Programa de Tutoria.
Dentre elas aponta-se a necessidade de ampliação de espaço, número de tutores e demais
recursos necessários para atender um número maior de estudantes; maior divulgação do
Programa de Tutoria informando aos discentes e docentes sobre a importância do mesmo.
Para a disciplina Química Analítica Aplicada, propôs-se que os tutores apliquem no
início do semestre questionário de avaliação (OLIVEIRA, 2010) que tem por objetivo
identificar o nível de conhecimento prévio do estudante em alguns aspectos fundamentais para
cursar a disciplina. No final do semestre esse questionário seria aplicado novamente e os
resultados comparados para se avaliar a eficiência do processo de Ensino e Aprendizagem.
ii
ABSTRACT
REZENDE, Teresa Cristina da Silva. Universidade Federal de Viçosa, 2015. Analysis of the
Teaching and Learning process in Chemistry from the Basic Sciences’ Mentoring
Program (PROTUT) of the Federal University of Viçosa - Viçosa campus. Orientadora:
Astréa Filomena de Souza Silva.
UFV’s Mentoring Program aims to give support for new entrants in the institution for
some basic disciplines on the areas of Biology, Physics, Portuguese, Mathematics, Chemistry
and Biochemistry.
This paper discusses the experience lived by the student Teresa Cristina as a student and
also as a tutor in Analytical Chemistry, with the perspective of contributing to the disclosure of
the program and also of improving the teaching practice in the discipline, identifying the pros
and cons, with proposals for an improvement of the program.
Through questionnaires applied for the participating and non-participating students in
the program and also for the other tutors of the module Applied Analytical Chemistry, the
research was able to identify the theoretical contents to which students have greater difficulty
in understanding and also to compare the teaching strategies of each tutor to support students
during the Teaching and Learning process.
The answers for the interviews showed that the program is very effective. With some
graphical data, the positivity of the program was confirmed, because over the years there was
an increase in the number of approved students that were participating of the Mentoring
Program.
Finally, some suggestions for improving the Mentoring Program were presented.
Among them, the need to expand the space, the number of tutors and other resources required
to meet a greater number of students; wider disclosure of the Mentoring Program, informing
students and teachers about the importance of it were pointed out.
For the module Applied Analytical Chemistry, it was proposed that tutors should apply
an assessment questionnaire at the beginning of the semester (OLIVEIRA, 2010) in order to
identify the previous knowledge of the students and some fundamental aspects to take the
course. At the end of the semester, the questionnaire should be applied again and the results can
be compared to evaluate the efficiency of the Teaching and Learning process.
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 Histórico do Programa Tutoria
O programa de Tutoria nas Ciências Básicas (PROTUT) foi criado em 2000 na
Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Viçosa, e está vinculado à Pró Reitoria de
Ensino. Apresenta como finalidade dar apoio aos recém ingressantes da instituição nas
disciplinas básicas das áreas de Biologia, Física, Língua Portuguesa, Matemática, Química e
Bioquímica. A matrícula na tutoria é realizada prioritariamente para alunos ingressantes que
obtiveram menor nota no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). No caso de vagas
ociosas, estudantes que não foram inscritos automaticamente no programa e estudantes
regulares anteriormente reprovados também podem solicitar matrícula (UFV, 2014).
A sede do Programa de Tutoria conhecida por Casa Amarela, situa-se no Campus da
UFV, à Avenida Purdue, entre o Pavilhão de Aulas I (PVA) e o Departamento de Economia
Rural. A estrutura é composta por seis salas para sessões, salas de coordenação, secretaria, uma
pequena Biblioteca e um Laboratório de Informática para uso exclusivo dos tutores. Devido à
grande demanda de sessões, salas adicionais foram disponibilizadas no Pavilhão de Aulas II
(PVB). São aproximadamente 330 sessões semanais com duas horas de duração, distribuídas
nos turnos de 8-12 e 14-20:10, onde as reposições, quando necessário, acontecem no horário de
12-14h (UFV, 2014).
A equipe do Programa de Tutoria é constituída por um Coordenador Geral,
Coordenadores Setoriais, sendo um para cada área de conhecimento, uma equipe de
colaboradores e por aproximadamente 70 tutores (UFV, 2014). Segundo dados fornecidos pela
coordenadora do Programa de Tutoria, Daniela Gonçalves, de um total aproximado de 2850
estudantes ingressantes anualmente na UFV, cerca de 706 (24,8%) são atendidos por semestre
pela tutoria. Essa porcentagem poderia ser ampliada com o aumento do número de salas para
sessões, do número de tutores bolsistas e voluntários e demais recursos.
Assim, é de grande importância um maior investimento no programa, pois observa-se
que os alunos ingressantes não estão apresentando um conhecimento prévio e básico necessário
para iniciar o estudo no Ensino Superior, provavelmente, dentre outras causas, devido à redução
do número de horas-aula de disciplinas no Ensino Médio. Desta maneira, o Programa de Tutoria
10
tem como finalidade reduzir a defasagem dos estudantes nas disciplinas básicas e assim reduzir
os índices de reprovação e evasão dos cursos.
1.2 Requisitos para o aluno cursar o Programa
Os estudantes matriculados no Programa devem presenciar no mínimo 75% das sessões.
Essa frequência corresponde a um conceito S (presença satisfatória), frequência inferior a 75%
corresponde a um conceito N (presença insatisfatória). O comparecimento dos alunos era
contabilizado com a assinatura de listas de presença pelos mesmos, porém à partir de maio de
2015 foram introduzidas modificações, havendo apenas chamada oral, não sendo necessário a
assinatura dos tutorandos.
1.3 Requisitos para atuação como tutor
Para ser tutor do Programa (voluntário ou bolsista), o estudante não pode ter obtido
conceito N se já foi um tutorando, deve disponibilizar quatro horas semanais (tutor voluntário)
ou doze horas semanais (tutor bolsista) e ter cursado algumas disciplinas básicas com nota
mínima de 70% comprovada com apresentação do histórico escolar como etapa inicial. No caso
de tutor bolsista, em seguida o mesmo é selecionado a partir de uma prova escrita (nota mínima
de 70%), acompanhada de uma avaliação oral realizada por uma banca constituída por três
professores das disciplinas as quais irá lecionar.
Na química, desde 2013, o concurso para seleção é dividido em duas áreas: Química
Analítica + Química Geral ou Química Orgânica + Química Geral. Essa mudança teve por
objetivo levar em consideração a maior afinidade do candidato por Química Analítica ou
Química Orgânica, porém todos os candidatos, se necessário, atuam também em Química Geral.
De acordo com o descrito na Cartilha dos estudantes do Programa de Tutoria “Os
candidatos chamados devem assinar um Termo de Compromisso junto à secretaria do
Programa, documento no qual estão escritas algumas normas para atuação e permanência do(a)
estudante enquanto tutor(a)” (UFV, 2014). No início do período os Coordenadores Setoriais
juntamente com a diretoria, fazem a distribuição dos estudantes e tutores nas diversas turmas
oferecidas, a partir da disponibilidade de horários de ambos.
Tanto o tutor voluntário como o bolsista recebem certificados que podem ser usados na
11
contabilização de créditos para Atividades Complementares ou estágios obrigatórios. Um
aspecto importante é que a participação em Tutoria é valorizada em concursos.
A remuneração dos bolsistas passou de R$ 360,00 para R$ 400,00 no primeiro semestre
de 2015. Os Coordenadores Setoriais estão observando dificuldade crescente na seleção de
tutores pois os melhores alunos têm optado por participar de outros Programas, como Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e o Programa Ciência sem Fronteiras.
Como este é um programa relacionado ao ensino, ao longo dos semestres são aplicados
questionários aos estudantes (Apêndice 9.1) e aos tutores (Apêndice 9.2), visando o
aprimoramento da prática didática e avaliando o Programa como um todo. A Coordenação da
Tutoria é responsável pela análise das respostas (Apêndices 9.5 e 9.6, de tutorandos e tutores,
respectivamente) e encaminhamento para os tutores e Coordenadores Setoriais para
implementação de medidas e aperfeiçoamentos.
Com objetivo de enriquecer a prática didática, os tutores voluntários e bolsistas devem
frequentar ao longo do semestre alguns cursos de capacitação (Figura 01) e palestras educativas
que promovem a interação entre os tutores de todas as áreas. No encerramento é oferecido um
coffee break, durante o mesmo ocorrem trocas de conhecimento muito positivas que auxiliam
a todos como tutores e estudantes.
Fonte:<http://www.tutoria.ufv.br/docs/CARTILHA%20-%20TUTOR.pdf1.3>
Figura 01: Imagem de um curso de capacitação- retirada da cartilha ao tutor.
12
1.4 Histórico do envolvimento da aluna Teresa Cristina com o Programa de Tutoria
A aluna ingressou no curso de Química da UFV em 2011, quando se deparou com
disciplinas complexas do curso, como exemplo cálculo 1. Foi apresentada ao Programa de
Tutoria por veteranos e se inscreveu na Tutoria de Cálculo 1 (MAT 093). A estudante
considerou a experiência muito positiva, pois foi aprovada sem exame final e com boa nota. No
semestre seguinte foi tutoranda em Física I (FIS 097), também obtendo sucesso.
Então em 2012, cursando o terceiro período, prestou o concurso para ser tutora. Na
época a seleção consistia em provas escritas de Química Orgânica, Geral e Analítica, sendo que
o candidato aprovado teria que dar aulas das três disciplinas. A aluna foi aprovada e iniciou o
trabalho com cinco turmas de Química Geral (QUI 096, apoio para a disciplina QUI 100),
ponderou ser uma experiência ótima, pois os tutorandos eram atenciosos e dedicados, com
quase 100% de presença ao longo das sessões.
Uma dificuldade observada pela autora em relação à tutoria de Química Geral a qual
permanece atualmente é a questão da disciplina ser cursada por um grande número de
estudantes (conhecida como disciplina de “massa”), em determinados semestres (normalmente
os semestres ímpares) há vários professores atuando, devido à maior demanda de turmas.
Mesmo que o conteúdo programático da disciplina seja padronizado, cada professor opta por
seguir um cronograma ou planejamento próprios. As turmas de tutoria em Química Geral são
mistas em relação aos cursos e professores. A combinação dessas características acaba
dificultando algumas vezes o planejamento das sessões por parte do tutor e também por vezes
afeta a capacidade de compreensão de alguns tutorandos. Mas este não é um empecílio para os
tutores, pois eles sempre procuram motivar e ajudar a todos os estudantes.
Nos semestres seguintes a aluna atuou na tutoria de Química Orgânica (QUI 098, apoio
para a disciplina QUI 138) e tutoria de Química Analítica Aplicada (QUI 097, apoio para a
disciplina QUI 112). Desde 2012 foi analisado dificuldades crescentes e decréscimo no
rendimento dos alunos ingressantes.
Em alguns casos, verificou-se que o processo seletivo acaba acolhendo alunos que não
cursaram a disciplina de Química no Ensino Médio; esse desafio contribui para maior
valorização do programa pelos tutorandos e tutores. Um exemplo foi relatado esse semestre,
onde uma estudante do curso de Agronomia ingressou na Universidade sem ter feito Química
13
no Ensino Médio, a mesma foi tutoranda em Química Geral e conseguiu ser aprovada na mesma
com sucesso. Assim, muitos estudantes reconhecem a importância do tutor no processo de
Ensino e Aprendizagem e na realização do sonho que é concluir o Ensino Superior.
No decorrer de três anos de atuação da estudante como tutora, experiências importantes
foram adquiridas, como preparo adequado das sessões, estudos direcionados para melhor
compreensão dos conceitos, organização dos horários de estudo e lazer, entre outros. Logo a
estudante confirma ter adquirido muitas experiências proveitosas.
Um aspecto importante reconhecido por vários professores é que para alguns alunos é
mais fácil compreender e aprender o conteúdo ministrado em sala de aula mediante a atuação
do tutor. Uma pontuação observada pela autora que provavelmente explique tal fato seria a
proximidade entre os tutores e tutorandos, pois ambos são estudantes, apresentam idades
próximas. A convivência não se restringe apenas ao ensino e se prolonga em outras situações
no ambiente acadêmico . Outro aspecto importante é que a linguagem do tutor é mais próxima
da linguagem do aluno.
Os resultados obtidos com a presente monografia aliados a conhecimentos didáticos
adquiridos pela tutora poderão ser de grande valia para trabalhos futuros da mesma, que tem
como objetivo atuar como professora em escolas de segundo grau e, se possível, implantar
Programas semelhantes, nos quais estudantes com melhor nível de conhecimento possam apoiar
aqueles com dificuldades de aprendizagem.
14
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS
2.1 Aprendizagem Química
Segundo Fernandes (2011), “aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias
já existentes na estrutura mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar novos conteúdos”.
Os estudantes atualmente já entram na escola com diversas informações, pois as tecnologias
estão cada vez mais abrangentes e disponíveis para a grande maioria. Então, é importante que
os professores procurem conhecer e compreender o conhecimento prévio do aluno e procurem
interligá-lo ao conteúdo que deve ser ensinado. Desta maneira pode-se diminuir dificuldades
apresentadas pelos estudantes, como as Concepções Alternativas e Obstáculos
Epistemológicos.
Concepções Alternativas são pontos de vista apresentados por estudantes cujo
significado é diferente do significado científico. São opiniões coerentes e de fácil entendimento
para os estudantes, mas de acordo com a ciência é um equívoco. Essas Concepções existem
porque os estudantes já “carregam uma bagagem intelectual” devido à cultura, interesses,
necessidades, aprendizados em séries anteriores. Assim, eles utilizam tais Concepções ou por
considerarem uma maneira mais fácil para o entendimento da disciplina ou por não
compreenderem totalmente determinado conceito que lhes foi apresentado. Por exemplo
concluem que o ferro vira ferrugem porque “o ferro tem uma tendência natural a se enferrujar”
e não porque ocorre uma reação de oxidação (MORTIMER & MIRANDA, 1995).
Obstáculos Epistemológicos são empecilhos para a construção do pensamento científico
e contribuem para o retrocesso na aprendizagem. São divididos em sete categorias, sendo elas:
A experiência primeira (ocorre um encantamento com o experimento e não ao conceito
científico), O Conhecimento Geral (generalização dos conceitos), Obstáculos Verbais
(associação de conceitos abstratos a fatos concretos), Conhecimento Unitário e Pragmático
(generalização de um único conceito para algo complexo), Substancialismo (comparação da
teoria com substâncias do dia a dia), Realismo (consideração das teorias como algo totalmente
verídico) e Animismo (analogia do características humanas as teorias).
De acordo com Lopes (1996), “os conhecimentos fornecidos são repensados a partir de
uma linguagem interpessoal”. Com isso, pode-se concluir que o ser humano recebe de
mediadores, livros, internet, entre outros meios educativos, o conceito, porém baseado em seu
conhecimento prévio compreende de sua maneira. Como a disciplina de química é um pouco
abstrata e complexa, muitos estudantes criam barreiras e concluem ser uma matéria complicada.
15
Várias pesquisas feitas sobre dificuldades dos estudantes relatam que alguns se esforçam
para aprender química, mas não conseguem porque a maioria não compreende adequadamente
conceitos e fundamentos químicos. Pois nas escolas atualmente a ênfase tem sido apresentar
aos estudantes todo conteúdo do planejamento em pouco tempo, logo aprendem de maneira
“mecânica” sem ao menos entender e compreender a finalidade dos conceitos científicos. Com
isso, seria interessante que os professores abordassem mais assuntos relacionados ao dia a dia
e tornando o Ensino de Química mais interessante e significativo para aprendizagem. Como
exemplo: utilizando jogos; meios de comunicação próximo entre alunos e professores, como a
internet; orientando os estudantes a estudar em espaços não formais, entre outros.
2.2 Disciplina de Química Analítica Aplicada (QUI112)
A disciplina é oferecida na UFV a partir do segundo período para os alunos dos cursos
de Agronomia, Engenharias Agrícola, Florestal, de Alimentos e Ambiental, Bioquímica e
Tecnologia de Laticínios. No primeiro período os estudantes cursam o pré-requisito, que para
a maioria dos cursos é QUI 100 (Química Geral) exceto para Bioquímica (QUI 102, Química
Fundamental). Essa disciplina é necessária para fornecer ao estudante um maior embasamento
com os conceitos químicos.
O objetivo da disciplina de Química Analítica Aplicada, segundo o Plano de Ensino
da disciplina é:
Desenvolver no estudante habilidades para avaliar sistemas químicos qualitativos,
semiquantitativo (pelo princípio de Le Chatelier) e quantitativamente (balanço de
matéria e balanço de carga), aplicando-os principalmente às técnicas analíticas
selecionadas e a problemas ambientais, florestais, agrícolas, bioquímicos, de
alimentos e industriais. Assim, considerando a importância na comunicação técnica
entre o futuro profissional e seus interlocutores técnicos, é dada grande ênfase na
linguagem química e matemática (UFV, 2015, Sistema Virtual de Aprendizagem da
UFV, PVANet)..
Os conteúdos apresentados na Química Analítica Aplicada são de grande importância
também para a disciplina de Laboratório de Química Analítica Aplicada, cursadas em regime
de correquisito, pois ajuda o estudante na associação dos conceitos teóricos aos experimentos
realizados no laboratório.
O conteúdo programático da disciplina é bastante amplo, e devido à defasagem do
Ensino Médio e da Química Geral, muitos estudantes apresentam dificuldades e reprovam mais
de uma vez. Por ser uma disciplina que não é pré-requisito de nenhuma outra, muitos estudantes
16
deixam para realizá-la somente ao final da graduação, assim podem esquecer assuntos vistos
anteriormente de Química e ter maior dificuldade; com isso alguns deixam de cumprir o curso
no período correto devido a Química Analítica Aplicada. Então seria importante os estudantes
cursarem a disciplina no tempo certo e caso tenham dificuldades, procurem a Monitoria ou até
Tutoria. Com auxílio das mesmas os estudantes provavelmente serão aprovados, pois por mais
complexa que seja a disciplina é possível o aprendizado de todos.
No apêndice são apresentados o Conteúdo Programático (apêndice 9.3) e a Bibliografia
adotada (apêndice 9.4) para a disciplina. Embora a Bibliografia sugerida seja ampla poucos
estudantes a utilizam, sendo que a maioria baseia seus estudos nas aulas teóricas, material
disponibilizado pelos professores no PVANet (ambiente virtual de aprendizagem oferecido
pelo sistema da UFV para disponibilização de aulas e materiais necessários para às disciplinas)
e em listas de exercícios.
Uma característica comum entre estudantes que fazem essa disciplina é questionar o
porquê de realizá-la, uma vez que não conseguem compreender as relações multidisciplinar
entre a Química e as demais áreas da Ciência. Por exemplo, para os agrônomos, a compreensão
de características que ocorrem nos solos é de fundamental importância. Para a concepção destes
fenômenos é imprescindível o entendimento de conceitos químicos como processos de troca
iônica e equilíbrio ácido-base. Essa disciplina é um embasamento para o aprofundamento dos
estudantes em disciplinas específicas de diversos cursos.
Com o intuito de procurar responder esse questionamento apresentado pelos estudantes
o material de estudo proporciona contextualização. Como exemplo o seguinte exercício:
O ácido tartárico é um composto presente em algumas frutas, tais como a uva, e
utilizado indústria de alimentos e bebidas para redução do pH, ou seja, capaz de tornar
o sabor mais ácido, como por exemplo, em vinhos, na produção de diversas
sobremesas, sucos artificiais, caramelos, geleias (usualmente associados ao sabor de
uva). Na indústria farmacêutica utilizado em antiácidos, hidratantes corporais e
xampu. Nesses dois últimos, por aumentar a irrigação sanguínea na derme. Todos
estes processos descritos são dependentes do comportamento ácido-base do ácido
tartárico que é apresentado no diagrama de distribuição de espécies desse sistema
(Figura 4)”.a) Escreva as reações que podem ocorrer em uma solução aquosa de ácido
tartárico (utilizar a fórmula estrutural nas reações b) Em que valor(es) de pH é possível
encontrar 90% da concentração analítica como base conjugada totalmente
desprotonada? c) Em que valor(es) de pH é possível encontrar 25% da concentração
17
analítica como base conjugada monodissociada (ou seja, com apenas um próton). d)
Estime os valores de pKa do ácido tartárico (Oliveira et al, 2015, p.22).
Os professores atualmente são a Dra. Astréa F. de Souza Silva (Coordenadora), o Dr.
André Fernando de Oliveira e a Dra. Renata Pereira Lopes, ministram muito bem suas aulas, com
a utilização de data show, do quadro de giz e do PVANet. As aulas consistem na apresentação
de conceitos teóricos e resolução de exercícios nos quais é oferecida ao aluno oportunidade para
esclarecer suas dúvidas e questionamentos.
2.3 Comparação com o Programa de Tutoria de outras Instituições
Poucos são os lugares no Brasil que contenham em pauta o Programa de Tutoria. Porém
em determinados locais do país ao menos uma Faculdade ou Universidade realiza algo com
mesmo objetivo. O mais encontrado são as Monitorias, que também apresentam grande
validade, porém são voltadas mais para estudantes que obtêm dúvidas e já estudaram algo da
matéria.
Um dos lugares que oferece o Programa é na Universidade Federal Fluminense (UFF),
conhecido como Programa de Tutoria UFF. Este consiste em orientar calouros e discentes
reprovados, porém a diferença em relação a UFV é que as sessões são ministradas por pós-
graduandos strictu sensu. Segundo descrito no site da UFF, “As vagas são distribuídas pela
Prograd (Pró- Reitoria de Graduação), privilegiando os cursos que enfrentam altas taxas de
18
evasão, principalmente as atribuídas as deficiências na formação acadêmica de alguns
ingressantes, e dando especial atenção às licenciaturas.”
Um outro local é na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), cujo
nome é PROTES- Programa de Tutoria Especial. Este apresenta objetivo bastante próximo ao
da UFV, com tutores bolsistas, aos quais são aprovados por concurso e a estes deverão ter
disponíveis doze horas semanais, divididas de maneira semelhante ao Programa de Tutoria de
Ciências Básicas da UFV, com merecimento aos tutores de bolsa de R$400,00. Além disso,
almejam ajudar os ingressantes com defasagem a obter sucesso no Ensino Superior.
Um Instituto Federal também apresenta um Programa parecido, O Programa de Tutoria
do IFMG Campus Congonhas, tendo como objetivo “auxiliar estudantes com dificuldades de
aprendizagem por meio de atividades desenvolvidas em conjunto com docente-orientador.” As
disciplinas disponíveis pelo Programa são: Álgebra, Cálculo, Equações Diferenciais e
Ordinárias, Estatística e Probabilidade, Física. Para ser tutor, o estudante deve ter cursado tais
disciplinas e ser aprovado na mesma ou então se selecionado pelo docente como detentor de
conhecimento suficiente para ser tutor. Aqui o tutor deve cumprir vinte horas semanais, sendo
dez disponíveis para ministrar sessões e as dez restantes para planejamento e reuniões.
Na Universidade Federal de Mato Grosso- Cuiabá há o PROEG- Pró Reitoria de Ensino
de Graduação, é um Programa bem próximo ao Programa de Tutoria da UFV, com mesmo
objetivo e planos. A diferença é que para ser tutor o estudante deve ser do curso de licenciatura
das áreas oferecidas e ter feito a disciplina. Todos envolvidos são devidamente certificados ao
final do semestre, seja os bolsistas remunerados, voluntários e alunos atendidos pelo Programa
bem como os docentes que orientam as atividades.
Em Alagoas, na Universidade Federal de Alagoas, UFAL, há um Programa organizado
com a finalidade de substituição da turma convencional, para reprovados, com cerca de menos
de dez estudantes por sessão. Também há na UFV um programa parecido que mestrandos ou
doutorandos ministram turmas de reprovados, porém não se inclui ao Programa de Tutoria.
Ao pesquisar foram encontrados vários Programas semelhantes, uns relacionados
apenas a cursos de Ciência e Tecnologia (Programa de Tutoria ECT, na UFRN); outros focados
no curso de medicina (Projeto Tutores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
FMUSP), e uns voltados para cursos a distância e da educação continuada (Programa de Tutores
de Cursos do Instituto Racine). Com isso conclui-se que várias Universidades e Faculdades
19
preocupam-se com o Ensino e Aprendizagem dos ingressantes e reprovados, almejando com
esses Programas eliminar as defasagens do Ensino Médio e evasões dos cursos.
20
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivos Gerais
Descrever os objetivos e modo de atuação do Programa de Tutoria da Universidade
Federal de Viçosa, apresentando a experiência adquirida pela aluna Teresa Cristina como
tutoranda e tutora em Química.
Fazer um levantamento sobre Programas similares em outras Instituições de Ensino. A
presente monografia poderá servir futuramente para informar à discentes e docentes da
Universidade Federal de Viçosa a existência de um Programa que auxilia estudantes
ingressantes e repetentes, para aumentar o número de aprovações em disciplinas básicas e
eliminar evasões dos cursos em semestres iniciais.
Esclarecer a estudantes participantes ou não sobre o funcionamento do Programa, o
objetivo do mesmo, que é eliminar o alto índice de reprovação em disciplinas básicas devido a
defasagem do Ensino Médio, incentivar estudantes recém ingressantes a participarem do
Programa e estimular a todos que apresentam certa facilidade e aptidão pelo Ensino a ser tutor.
3.2 Objetivos Específicos
Contribuir para o aprimoramento da prática didática da disciplina de Química Analítica
Aplicada, por meio de questionários aplicados aos estudantes participantes e não participantes
da tutoria, considerando o segundo semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2015. E assim,
identificar os conteúdos teóricos para quais os mesmos apresentam maior dificuldade de
compreensão.
Também a partir de um outro questionário aos tutores, analisar os conteúdos que estes
observam maior dificuldade dos alunos e comparar estratégias didáticas de cada tutor para
apoiar os estudantes durante o processo de Ensino e Aprendizagem.
21
4 METODOLOGIA
O público alvo dessa pesquisa foram os estudantes matriculados na disciplina de
Química Analítica Aplicada que é oferecida para aproximadamente 700 estudantes
(anualmente), dos cursos de Engenharia Agrícola e Ambiental, Agronomia, Engenharia
Florestal, Engenharia Ambiental, Ciências e Tecnologia de Laticínios e Engenharia de
Alimentos.
Inicialmente, foi feito um contato com estudantes matriculados na disciplina e tutores
de Química Analítica Aplicada a fim de conseguir voluntários para a realização da pesquisa.
Em seguida, segundo as normas do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), uma
declaração foi assinada pelo voluntário (Anexo 8.3) e uma carta assinada (Anexo 8.4) pela
pesquisadora e pela orientadora confirmando a validade e seriedade da pesquisa, sendo entregue
a cada voluntário.
Segundo Belei et al. (2008) existem três tipos de entrevistas:
Estruturada, semi-estruturada e não-estruturada. Entende-se por entrevista estruturada
aquela que contém perguntas fechadas, semelhantes a formulários, sem apresentar
flexibilidade; semiestruturada a direcionada por um roteiro previamente elaborado,
composto geralmente por questões abertas; não-estruturada aquela que oferece ampla
liberdade na formulação de perguntas e na intervenção da fala do entrevistado (BELEI
et al,2008, p.189).
Consideraram-se alunos do segundo semestre de 2014 e do primeiro semestre de 2015,
destes foram selecionados um total de vinte e seis estudantes distribuídos da seguinte maneira:
dez alunos que não cursaram a tutoria (sendo amigos dos tutorandos), dez alunos que cursaram
a tutoria em 2014-2 (estudantes que a autora tinha contato) e seis alunos que cursam a tutoria
em 2015-1. Além dos estudantes, foram também entrevistados seis tutores, com períodos de
experiência na disciplina variando de um a sete semestres.
Essa pesquisa tem então um caráter qualitativo, devido ao pequeno número de alunos
entrevistados. Não foi possível entrevistar um número maior de alunos devido à conflitos de
horários entre as atividades da autora e as sessões dos demais tutores e negativa de alguns alunos
para participar dentre outros motivos.
Trabalhou-se com a entrevista estruturada juntamente com a semi-estruturada. Foram
realizadas três entrevistas, por etapas, apresentando como base questionários, (Anexo I, para as
22
duas primeiras e II para a terceira), aplicados a estudantes e tutores, buscando analisar pontos
positivos e negativos perceptíveis por ambas partes no decorrer do semestre.
A primeira entrevista foi conduzida com a turma cuja tutora responsável é a autora da
presente monografia. Os estudantes foram questionados sobre seus hábitos de estudo, quais são
as suas maiores dificuldades na disciplina e em que a tutoria está colaborando para eliminar
essas dificuldades.
O segundo questionário foi atribuído para estudantes do segundo semestre de 2014,
sendo avaliados os que já participaram e os que não participaram do programa, analisando
dúvidas que apresentaram no cursar a disciplina de Química Analítica Aplicada. Foram
questionados quanto à recordação dos conceitos, se aplicam os conhecimentos fornecidos por
esta ciência em outras áreas e a validade do Programa de Tutoria em relação a aprovação ou
não, na disciplina de Química Analítica Aplicada.
Em um terceiro momento, foi realizado uma entrevista com tutores de Química
Analítica Aplicada do segundo semestre de 2014 e do semestre atual, através de um
questionário que perguntou quais são os conteúdos para quais os tutorandos apresentam maior
dificuldade de assimilação, quais são as estratégias de ensino que estes aplicam na condução
das sessões e quais recursos utilizam com intuito de sanar dúvidas dos estudantes.
Em seguida foi feito um estudo aprofundado dos questionários, comparando as ideias
ponderadas pelos estudantes e tutores em relação a disciplina de Química Analítica Aplicada e
a Tutoria. Realizou-se uma análise de dados por meio de gráficos, fornecidos pela coordenadora
do Programa, relatando aprovação e reprovação dos estudantes que participam e que não
participam da tutoria em semestres anteriores.
Assim, com base na discussão dos dados, mesmo com público reduzido, foi feita uma
apreciação e apresentação de sugestões para um provável aprimoramento tanto do Programa de
Tutoria como da disciplina Química Analítica Aplicada.
23
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 apresenta-se um resumo dos grupos entrevistados e as respostas mais
comuns.
A primeira entrevista foi realizada com seis tutorandos os quais frequentaram as sessões
de Química Analítica da autora da monografia durante primeiro semestre de 2015 (Grupo 1).
Esta turma foi constituída de estudantes de diversos cursos, dois de Agronomia, um de Ciências
e Tecnologia de Laticínios, um de Engenharia Florestal, um de Bioquímica e um de Engenharia
de alimentos. Como nesse primeiro semestre a demanda é pequena para essa disciplina há
apenas dois professores atuando. Na turma entrevistada havia estudantes de ambos os
professores, porém como eles seguem o mesmo planejamento, torna-se fácil a condução das
sessões de apoio para os alunos.
A segunda entrevista cujo público alvo foram dez estudantes que participaram da tutoria
no segundo semestre de 2014 (Grupo 2), sendo a maioria do curso de Agronomia, somente um
de Engenharia Florestal e outro de Ciências e Tecnologia de Laticínios, em semestres pares a
demanda é maior, logo as turmas são ministradas por três professores, com mesmo
planejamento, então não houve complexidade devido as turmas mistas.
Já com o público alvo estudantes do segundo semestre de 2014 não participantes do
Programa de Tutoria em Química Analítica Aplicada (Grupo 3), houve maior diversidade em
relação aos cursos, havia três estudantes da Engenharia Florestal, dois da Engenharia de
Alimentos, um da Ciências e tecnologias de laticínios e quatro da Agronomia.
Com relação às principais dúvidas na disciplina Química Analítica Aplicada foram
mencionados o Princípio de Le Chatelier (o deslocamento do equilíbrio químico devido
alterações do meio ou interferências de agentes externos), Concentração Analítica (representa
a quantidade total de reagente colocada no meio reacional), Concentração no Equilíbrio (que é
influenciada pelo pH do meio reacional), Balanço de Matéria e Balanço de Carga, e Titulação.
.
24
Tabela 1: Resumo dos grupos entrevistados e suas respostas mais comuns
Grupo 1
Seis Tutorandos do
atual semestre
Grupo 2
Dez tutorandos do
semestre de 2014
Grupo 3
Dez não tutorandos do
semestre de 2014/2
Já participou
da Tutoria
Todos, no atual
semestre. Apenas um
pela primeira vez.
Todos já tinham feito
Tutoria.
Oito tinham feito
Tutoria de outra
disciplina.
Primeira
impressão com
a Química
Maioria sem
dificuldade, dois
tiveram em Geral.
Alguns não tiveram
dificuldades, outros
concluíram a Geral ser
complexa.
Disseram ter
dificuldades devido a
defasagens do Ensino
Médio.
Como estudam
Com o Tutor e também
sozinhos.
Esporadicamente em
casa e assistia às
sessões de Tutoria.
Sozinhos e com
colegas.
Já foi
reprovado em
112
Dois já haviam feito a
disciplina.
Três já haviam feito a
disciplina, dois pela
segunda vez e o outro
pela terceira.
Três era a primeira vez
o restante já havia sido
reprovado mais de uma
vez.
Dificuldades de
Conteúdos de
QUI 112
Le Chatelier, diferença
entre Ci e [i], muitos
detalhes cobrados.
Diferença entre Ci e
[i], Balanço de
matéria, Le Chatelier
e Titulação.
Diferença entre Ci e [i],
Balanço de matéria, Le
Chatelier e Titulação.
Indicaria a
Tutoria para
colegas
Resposta unânime
positiva.
100% indica.
Quem fez disse que sim
e quem não fez gostaria
de ter participado.
A terceira entrevista cujo público alvo foram os tutores de Química Analítica Aplicada
do segundo semestre de 2014 e do primeiro de 2015, a maioria fazem Graduação em Química,
sendo dois cursam Engenharia Ambiental e outro Doutorado em Química Analítica. Dos tutores
questionados, quase todos participaram do Programa e por aprovaram o mesmo, procuraram
25
realizar o concurso por ser uma experiência na área de ensino, por gostar de dar aulas e por
oportunidade de bolsas (apenas a doutoranda é tutora voluntária).
Atualmente Tutores de Química são 12, onde dois ministram Química Orgânica, quatro
Química Geral e seis Química Analítica Aplicada (divididos em três só ministrando sessões de
Química Analítica e três com turmas de Química Analítica e Química Geral). Os entrevistados
foram os seis últimos, alguns relataram que a maior dificuldade encontrada é na Química Geral
por ser uma disciplina de “massa” com a participação de vários professores e cada um seguindo
um planejamento próprio, dificultando assim um acompanhamento correto entre os estudantes,
pois as turmas de tutoria são mistas.
Em relação a Química Analítica Aplicada foi elogiado o método de planejamento, apoio
dos professores e exercícios contextualizados para explicação do questionamento que os
estudantes “carregam” em relação a Química Analítica. Os pontos negativos apresentados para
essa disciplina foi a ordem dos conteúdos abordados na teoria e no laboratório, pois não
apresentam uma linha direta de raciocínio, apenas no final do período, causando assim
dificuldades para os estudantes. Uma outra pontuação foi a observação de alguns alunos não
estarem preparados para compreensão de conteúdos mais complexos que são apresentados
nessa disciplina.
A observação apresentada referente as dúvidas frequentes dos alunos são em relação as
distinções entre as concentrações Analíticas e no Equilíbrio, interpretações de gráficos como
curva de titulação e diagrama de distribuição de espécies e cálculos empregando razão molar
ou estequiométrica e sua diferenciação da “regra de três” da matemática.
Assim, os tutores com intuito de esclarecer estas dúvidas procuram com auxílio de
materiais didáticos uma melhor maneira para ensinar e se a dúvida permanecer tentam explicar
novamente, caso não consigam procuram os professores, mas jamais deixam os alunos sem
resposta. Os tutores ao relatarem uma motivação para os estudantes participarem da Tutoria foi
de ajudá-los a estudar os conteúdos semanalmente e ainda com os colegas compreenderem
melhor os conteúdos e sanar as dúvidas.
Por ter sido uma pesquisa com público alvo reduzido, os resultados não podem ser
considerados do ponto de vista estatístico, porém fornecem bons indícios das maiores
dificuldades dos estudantes da disciplina Química Analítica Aplicada assim como a visão dos
estudantes sobre a Tutoria.
26
A partir de dados gráficos referentes aos anos de 2010 até 2013 (ainda não foram
computados dados de 2014), foi avaliado a importância e o progresso do Programa de Tutoria
confirmando as análises feitas pelos estudantes em relação as aprovações e reprovações. As
notas no gráfico I foram organizadas da seguinte forma: porcentagem de alunos aprovados que
não fizeram tutoria; porcentagem de aprovados com conceito S (presença de acordo com o
limite de 75%) e porcentagem de aprovados com conceito N (presença inferior ao limite). Já o
gráfico II: porcentagem de alunos reprovados que não fizeram tutoria; porcentagem de
reprovados com conceito S e porcentagem de reprovados com conceito N.
.Fonte: Dados fornecidos pela coordenadora do Programa de Tutoria da Universidade Federal de Viçosa.
Gráfico I: Percentagem de Aprovados na UFV
.Fonte: Dados fornecidos pela coordenadora do Programa de Tutoria da Universidade Federal de Viçosa.
Gráfico II: Percentagem de Reprovados na UFV
Os dados gráficos demonstram que com o passar dos anos estudantes que participaram
da Tutoria com presença satisfatória obtiveram maior índice de aprovação e menor de
reprovação. Porém não pode-se concluir que foi totalmente devido ao auxílio do Programa, pois
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2010 -02
2011 -01
2011 -02
2012 -01
2012 -02
2013 -01
2013 -02
Percentagem deAprovados alunos nãofizeram tutoria
Percentagem deAprovados alunos comconceito S
Percentagem deAprovados alunos comconceito N
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
2010 -02
2011 -01
2011 -02
2012 -01
2012 -02
2013 -01
2013 -02
Percentagem dereprovação alunos nãofizeram tutoria
Percentagem dereprovação alunos comconceito S
Percentagem dereprovação alunos comconceito N
27
há vários outros motivos que também poderiam ter auxiliado na aprovação dos mesmos. Mas é
um gráfico válido para análise e questionamentos.
Portanto, sugere-se como ações para a melhoria do Programa de Tutoria ampliação do
espaço (número de salas disponíveis para as sessões), número de tutores e demais recursos
necessários para atender um número maior de estudantes; maior divulgação do Programa de
Tutoria, informando aos discentes e docentes sobre a importância do mesmo para todos no
processo de Ensino e Aprendizagem.
28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES DO TRABALHO PARA O ENSINO
DE QUÍMICA
É imprescindível valorizar e investir em diversos Programas existentes e, muitas vezes,
desconhecidos, para resolver os inúmeros problemas com relação à educação. Sendo um ótimo
exemplo o Programa de Tutoria da Universidade Federal de Viçosa- Campus Viçosa. De acordo
com o trabalho apresentado conclui-se que a Tutoria ajudou vários estudantes em suas
aprovações em determinadas disciplinas, há sim muitos pontos negativos, porém podem ser
corrigidos e aperfeiçoados.
Propõe-se para o aprimoramento do Programa de Tutoria maiores investimentos no
espaço, em recursos financeiros e aumento do número de tutores. O papel do tutor precisa ser
mais valorizado pois os melhores estudantes têm optado por participar de Programas como
PIBIC e Ciência sem Fronteiras em detrimento do Programa de Tutoria. Para que isso ocorra a
Tutoria deveria ser mais divulgada, informando aos discentes e docentes à importância da
mesma para todos no processo de Ensino e Aprendizagem.
Para a disciplina Química Analítica Aplicada, propõe-se que os tutores apliquem no
início do semestre um questionário de avaliação (OLIVEIRA, 2010) que tem por objetivo
identificar o nível prévio de conhecimento do estudante em alguns aspectos fundamentais para
a compreensão dos conceitos abordados na disciplina. A interpretação dos resultados iniciais
do questionário fornece subsídios para os tutores e professores desenvolverem seu trabalho ao
longo do semestre. Ao final do semestre esse questionário seria aplicado novamente e os
resultados comparados para se avaliar a eficiência do processo de Ensino e Aprendizagem. O
referido questionário foi desenvolvido pelo professor da disciplina Dr. André Fernando de
Oliveira, sendo apresentado no Apêndice 9.7.
A presente monografia buscou apresentar informações sobre o Programa de Tutoria da
UFV e sobre a Tutoria em Química Analítica Aplicada, com intuito de relatar aspectos positivos
e negativos fornecendo contribuições para o aprimoramento de ambas e consequentemente
incentivando outras áreas da Ciência e Instituições de Ensino a implantarem Projetos ou
Programas semelhantes para auxiliar os estudantes.
29
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELEI, Renata Aparecida; GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina; NASCIMENTO, Ednalva
Neves; MATSUMOTO, Patrícia Helena Vívian Ribeiro. O uso de entrevista, observação e
vídeo/gravação em pesquisa qualitativa. Cadernos de Educação | FaE/PPGE/UFPel | Pelotas
[30]: 187 - 199, janeiro/junho 2008. Disponível em:
<http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/viewFile/1770/1645>. Acessado
em 22 de março de 2015.
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662262.shtml?page=0#>. Acessado em 24 de março de 2015.
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Congonhas tem inscrições abertas. Disponível em:
<http://www.cng.ifmg.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1425:progra
ma-de-tutoria-do-ifmg-campus-congonhas-tem-inscricoes-
abertas&catid=30:noticias&Itemid=64>. Acessado em 22 de março de 2015.
LOPES, Josiane. Vygostsky O Teórico Social da Inteligência. Nova Escola, p. 33-38,
dezembro, 1996.
MORTIMER, Eduardo Fleury e MIRANDA, Luciana Campos. Transformações Concepções
de Estudantes Sobre Reações Químicas. Química nova na escola, n°2, novembro 1995.
NAKHLEH, Mary B. Porque alguns estudantes não aprendem química? PurdueUniversity,
West Lafayette Indiana 47907, EUA.
OLIVEIRA, A. F. Questionário de avaliação preliminar para alunos de Química Analítica
Aplicada, Universidade Federal de Viçosa, 2010.
OLIVEIRA, André Fernando et al. Lista de Exercícios de Química Analítica Aplicada,
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<http://www.ufal.edu.br/estudante/graduacao/normas/tutoria>. Acessado em março de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – CUIABÁ (PROEG). PROEG- Pró-
Reitoria de Ensino de Graduação. Disponível em: <http://www.ufmt.br/ufmt/un/proeg> .
Acessado em março de 2015.
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de Tutoria nas Ciências Básicas, 2014. Disponível em:<http://www.tutoria.ufv.br/>. Acessado
em 22 de março de 2015.
30
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV). Plano de estudo da disciplina QUI112.
Disponível em:
<https://www2.cead.ufv.br/sistemas/pvanet/files/conteudo/591/planodeensinoQUI11220151fo
rmatosugeridopelaPRE.pdf >. Acessado em: 24 de março de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV), PVANet, disciplina de QUI 112.
Disponível em: <https://www2.cead.ufv.br/sistemas/pvanet/geral/lista_opcao_disciplina.php>.
Acessado em: 24 de março de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV), Registro Escolar. Dados fornecidos pela
diretora do Programa de Tutoria, Daniela Gonçalves Rodrigues.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO). PROTES-
Programa de Tutoria Especial. Disponível em:
<http://www2.unirio.br/unirio/prograd/programas/protes>: Acessado em 22 de março de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF). Programa de Tutoria UFF. Disponível
em:<http://www.uff.br/?q=programa-de-tutoria-uff-no-grupo-graduacao-programa-de-tutoria-
uff-no-grupo-estudante>. Acessado em 20 de junho de 2015.
31
8 ANEXOS
8.1 Anexo I - Questionário para Entrevista dos Tutorandos
1. Qual curso você faz?
2. Como foi o primeiro contato com a Química na UFV?
3. Já participou do Programa de Tutoria? Se sim, quais disciplinas?
4. Se participou do Programa de Tutoria, marque as atitudes que realizou durante o semestre:
a. Estudou somente com o(a) tutor(a);
b. Estudou esporadicamente em casa e assistiu às sessões de Tutoria;
c. Não compareceu à maioria das sessões de Tutoria;
d. Não compareceu à maioria das sessões de Tutoria, MAS, estudava;
e. Não compareceu à maioria das sessões de Tutoria e NÃO estudava;
f. Estudava com o(a) tutor(a) e também sozinho(a).
5.Se não participou do programa, marque as alternativas que realizou durante o semestre:
a. Estudou esporadicamente em casa.
b. Não compareceu a maioria das aulas porque prefere estudar sozinho(a);
c. Frequentava as aulas e não estudava em casa.
d. Frequentava as aulas e estudava com colegas que fazia tutoria.
e. Não frequentava as aulas, mas estudava com colega que fazia tutoria.
6. Você foi aprovado na disciplina de Química Analítica Aplicada na primeira vez que fez? Se
não, quantas vezes foi reprovado?
7. Qual(is) períodos você fez a disciplina de Química Analítica Aplicada?
8. Quais os principais tópicos e ou conteúdos de Química Analítica aplicada para os quais sua
dificuldade de aprendizado foi maior?
9.Você indicaria o Programa de Tutoria aos calouros?
10. Para quem participou do Programa, diga com poucas palavras o que o programa lhe ajudou
ou atrapalhou quando cursou Química Analítica Aplicada.
11. Para quem não participou do Programa, diga com poucas palavras o que o programa lhe
ajudaria quando cursou Química Analítica Aplicada.
32
8.2 Anexo II - Questionário para Entrevista dos Tutores
1.Qual curso você faz?
2.Desde quando você é tutor?
3.Antes de ser tutor, você participou do Programa como estudante, se sim qual disciplina cursou?
4.O que te estimulou a procurar o Programa para ser tutor?
5.No decorrer de seu trabalho na Tutoria, trabalhou com quais disciplinas? Aponte pontos
positivos e negativos das disciplinas.
6.Em relação a disciplina Química Analítica Aplicada, quais dificuldades apresentadas pela
maioria dos estudantes?
7.A partir da dificuldade dos tutorandos, o que faz para procurar saná-las?
8.Como tutor, diga com poucas palavras o que o Programa ajuda os estudantes no decorrer do
curso de Química Analítica Aplicada.
33
8.3 Anexo III -Declaração do Entrevistado
Declaro que _____________________________________________ participou, como
voluntário(a), da entrevista que tem como pesquisadora responsável a estudante de graduação
Teresa Cristina da Silva Rezende, do curso de Química da Universidade Federal de Viçosa,
UFV. Referente à sua monografia à qual foi orientada pela professora Doutora Astréa F. de
Souza Silva.
Entendo que esse estudo possui finalidade de pesquisa acadêmica, sendo preservado o
anonimato dos participantes, assegurando assim sua privacidade. Além disso, sei que posso me
retirar dessa pesquisa a qualquer momento, sem nenhum constrangimento e que não receberei
nenhum incentivo financeiro por esta participação.
Também fui esclarecido(a) que os usos das informações oferecidas estão submetidas às
normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde.
Atesto recebimento de uma cópia assinada do termo de consentimento livre esclarecido,
conforme recomendações da CONEP.
Assinatura do(a) participante: ________________________________.
Assinatura da pesquisadora:__________________________________.
Assinatura da orientadora: ___________________________________.
Viçosa, _______ de ___________________ de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUI447-MONOGRAFIA
34
8.4 Anexo IV - Declaração do Pesquisador
Eu, Teresa Cristina da Silva Rezende, matrícula 72121, estudante do curso de Química
da Universidade Federal de Viçosa devido à preparação da monografia, estou realizando uma
pesquisa de estudantes que cursam a disciplina de Química Analítica Aplicada (QUI 112) para
avaliar o Programa de Tutoria.
Com isso, farei uma entrevista com áudio gravador com estudantes convidados que
aceitaram participar da pesquisa e declaro que após a coleta e análise dos dados as gravações
serão descartadas e informações como identidade do entrevistado serão mantidas em sigilo.
Declaro também que a pesquisa é para fins acadêmicos e que o acesso e a análise dos
dados coletados serão feitos apenas por mim, pesquisadora, e pela minha Orientadora
Professora Doutora Astréa F. de Souza Silva.
Assinatura da pesquisadora:__________________________________.
Assinatura da orientadora: ___________________________________.
Viçosa, _______ de ___________________ de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUI447-MONOGRAFIA
35
9 APÊNDICE
9.1 Questionário aos Estudantes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
PAB -PROGRAMA DE APOIO DIDÁTICO ÀS CIÊNCIAS BÁSICAS
Campus Universitário - Viçosa, MG - 36570-000 - Telefone: (31) 3899-2385 -3899-2386 - E-mail:[email protected]
2º QUESTIONÁRIO AO ESTUDANTE
Segundo Semestre – 2012
O objetivo do presente questionário é coletar dados que nortearão a prática do Programa
de Apoio Didático às Ciências Básicas (PAB), a fim de que esse contribua, ainda mais, para a
excelência de ensino nesta instituição.
Portanto, as respostas dadas às questões abaixo não serão, de forma alguma, usadas para
fins punitivos ou vexatórios às partes envolvidas, apenas nos servirão de parâmetro na busca de
possíveis soluções e aprimoramento do Programa.
Obs.: De acordo com as normas do Programa de Tutoria, ressalta-se que, dentre outras,
as funções do(a) tutor(a) são: chegar no horário predeterminado (hora exata do início das
sessões) e cumpri-lo (mínimo de 1h e 40min.), esclarecer o conteúdo que o(a) estudante não
compreender nas aulas, resolver exercícios para fixação do aprendizado com a participação
dos(as) estudantes e auxiliá-los(as) na construção de seu aprendizado.
Não são funções do(a) tutor(a), dentre outras: resolver listas de exercícios parecidas com
as que cairão em prova, dar “dicas” sobre o(a) professor(a) da disciplina, responder por assuntos
que não sejam os relacionados à disciplina estudada.
Pedimos que procure a coordenação do Programa, na “Casa Amarela”, caso haja
dúvidas, reclamações ou sugestões.
Atenciosamente!
Curso:.........................................................................................................................................
Tutor(a):..........................................................................................Tutoria em:.......................
36
1. Em relação ao seu período de estudo na disciplina correspondente à Tutoria,
marque as atitudes que você mantém, até o momento, perante o programa e o(a) tutor(a) que
o(a) tem acompanhado.
a. Estuda somente com o(a) tutor(a);
b. Estuda esporadicamente em casa e assisti às sessões de tutoria;
c. Não comparece à maioria das sessões de tutoria;
d. Não comparece à maioria das sessões de tutoria, MAS, estuda;
e. Não comparece à maioria das sessões de tutoria e NÃO estuda;
f. Estuda com o(a) tutor(a) e também sozinho(a).
2.Analisando este período em que você é assistido(a) pelo Programa, a tutoria o(a) tem
auxiliado no entendimento do conteúdo trabalhado pelos professores da disciplina?
( ) Sim ( ) Não
Porque?..........................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
3. Em relação aos quesitos abaixo, qual pontuação você julga mais apropriada para o(a)
tutor(a) que o(a) tem auxiliado neste período?
Agradecemos a sua participação!
Secretaria do Programa de Tutoria.
AVALIAÇÃO QUANTO AO(A) TUTOR(A)
QUESTÕES PONTUAÇÃO
(1 a 4)
1. Pontualidade.
2. Frequência.
3. Didática.
4. Incentivo
5. Domínio do Conteúdo.
6. Relacionamento com a turma.
37
9.2 Questionário ao Tutor
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
PAB -PROGRAMA DE APOIO ÀS CIÊNCIAS BÁSICAS
Campus Universitário - Viçosa, MG - 36570-000 - Telefone: (31) 3899-2385 -3899-2386 - E-mail:[email protected]
QUESTIONÁRIO AO TUTOR
Segundo Período – 2012
Em cumprimento às regras da prática do Programa de Tutoria nas Ciências Básicas
(PAB), foi elaborado o presente questionário pelo qual pretende-se coletar opiniões dos
(das) tutores (tutoras) que auxiliaram o Programa nesse semestre.
A partir das respostas aqui obtidas, espera-se: traçar metas que auxiliem os
estudantes quanto ao suporte didático adequado para que superem dificuldades de
conhecimento prévio nas disciplinas básicas; buscar práticas que proporcionem ao (a) Tutor
(a), maior apoio e oportunidade de enriquecimento técnico e pessoal, permitindo-lhe um
ambiente de trabalho mais agradável e significativo.
Tutor(a):------------------------------------------------------------------ Tutoria em: -------------
AVALIAÇÃO QUANTO AO PROGRAMA DE TUTORIA
AUTO AVALIAÇÃO
1. É estimulado(a) para executar sua função de Tutor(a)? O que mais o(a)
estimula?
___________________________________________________________
Sim ( )
Não ( )
Às vezes ( )
2. Você se prepara para ministrar as sessões de Tutoria? Como?
___________________________________________________________
Sim ( )
Não ( )
3. Encontrou dificuldades em trabalhar com os estudantes de suas turmas?
Quais?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Sim ( )
Não ( )
38
1. O que você pode dizer do apoio que recebeu do pessoal da “Casa Amarela”? Quais
posturas desses profissionais podem o(a) ajudar?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. O que você pode dizer do apoio que recebeu do(a) Coordenador(a) Setorial? Qual
postura dele(a) pode o(a) ajudar?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3. Quanto aos equipamentos (quadros, computadores) utilizados no Programa,
foram feitas algumas melhorias. Gostaria de dar outras sugestões?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4. Refletindo sobre as respostas que os estudantes deram ao 2º questionário aplicado
neste período, o que você tem a dizer sobre o seu papel como colaborador(a)? Há algo que
possa aprimorar em sua conduta enquanto tutor(a) que venha a contribuir para um melhor
atendimento aos estudantes?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5. Pensando sobre o assunto abordado no último curso de capacitação, tema,
“Motivação e Vida”, há algo que você gostaria de comentar sobre o que foi exposto? Sobre
quais assuntos você gostaria que fossem abordados em cursos posteriores?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Agradecemos sua participação!
Ela nos ajudará a tornar o Programa de Tutoria mais efetivo.
39
9.3 Conteúdo Programático de Química Analítica Aplicada
Análise Qualitativa Equilíbrio químico - reações e aplicação do Princípio de Le
Chatelier em equilíbrios simultâneos- Aplicação em Testes de Identificação de cátions e
ânions e em sistemas químicos
Análise Quantitativa clássica - Processos de diluição (Cálculo de concentrações e
diluições) - Princípio geral da volumetria. - Razão estequiométrica/molar - Volumetria de
neutralização - Volumetria de precipitação - Volumetria de óxido-redução - Volumetria
de complexação - Gravimetria Métodos de separação (troca iônica, etc.) - Análise
Quantitativa Instrumental Espectrofotometria de Absorção Molecular (UV-visível).
Coleta e preparo de amostras.
40
9.4 Bibliografia de Química Analítica Aplicada
Bibliografia Básica:
OLIVEIRA, A. F. Equilíbrio Químico em Solução Aquosa orientado à aplicação.
Campinas: Átomo, 2009.
Bibliografia Complementar
HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
SKOOG, D. A. et al. Fundamentos de Química Analítica. 8a ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
MENDHAN, J. et al. Vogel - Análise Química Quantitativa. 6a ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2002.
OHLWEILLER, O. A. Química Analítica Quantitativa. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1974. 3 vols.
VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. São Paulo: Mestre Jou,1981.
41
9.5 Resposta dos Questionários dos Estudantes
Questões do 2º questionário respondido pelos estudantes referente aos tutores de QUI 112 do
segundo semestre de 2014:
1. Analisando este período de em que você é assistido(a) pelo Programa, a tutoria o(a) tem
auxiliado no entendimento do conteúdo trabalhado pelos professores da disciplina? Por quê?
Sim,
Pois explica as matérias com maneiras mais claras e na realização de exercícios.
Ajuda a esclarecer conteúdos que ficaram mais confusos na sala de aula.
O programa de tutoria esclarece todas as minhas dúvidas na disciplina.
Tira minhas dúvidas e auxilia em que não aprendi na aula.
Pela simplicidade na explicação da matéria e pela boa didática.
Ajuda melhor na compreensão dos exercícios, as dúvidas são sempre respondidas o que facilita
na compreensão da matéria.
Porque funciona como uma aula de reforço, clareando a matéria.
Estou conseguindo resolver exercícios que antes não conseguia.
Acredito que o tutor consegue nos transmitir o conteúdo usando a linguagem da forma mais
objetiva e clara, facilitando o entendimento de disciplina.
Explica “timtim por timtim”.
Porque durante a tutoria são esclarecidos detalhes não vistos ou vistos muito rapidamente em
sala de aula.
Porque a explicação na tutoria é mais didática.
2. Em relação aos quesitos abaixo, qual pontuação você julga mais apropriada para o(a)
tutor(a) que o(a) tem auxiliado nesse período?
AVALIAÇÃO QUANTO AO(A) TUTOR(A)
QUESTÕES PONTUAÇÃO (1 a 4)
1. Pontualidade. 3,2 a 4,0
2. Frequência. 3,2 a 4,0
3. Didática. 3,6 a 4,0
4. Incentivo 3,7 a 4,0
5. Domínio do Conteúdo. 3,4 a 4,0
6. Relacionamento com a turma. 3,8 a 4,0
42
9.6 Resposta do Questionário dos Tutores
QUESTIONÁRIO AO TUTOR
Segundo Período – 2012
Tutoria em: QUÍMICA
AUTO AVALIAÇÃO
1.É estimulado (a) para executar sua função de Tutor (a)? O que mais o (a) estimula?
Sim – O que mais me estimula é a força de vontade dos tutorandos e no fim da aula saber
que consegui explicar o conteúdo e eliminei as dúvidas.
Sim – Participação dos alunos em grande parte das sessões.
Sim – O que me estimula é o bom trabalho do pessoal da casa amarela (que dá vontade de
fazer um bom trabalho também) e o contato com os tutorandos (poder ajudá-los).
Às vezes – O que mais me estimula é manter-me atualizada com a matéria e o
reconhecimento dos tutorandos.
Sim – O que estimula é fazer parte de uma equipe tão boa, principalmente os coordenadores
e membros da secretaria. Quando os tutorandos estão interessados também me sinto
motivado.
Sim– Novas experiências como professor e ajudar ao próximo com seus conhecimentos.
Sim- A capacidade de aperfeiçoar habilidades orais e de falar em público.
Sim- O reconhecimento pelos tutorandos do meu trabalho.
Sim. – O gosto pelo ensino, a possibilidade de ajudar os tutorandos a alcançarem seus
objetivos nos estudos.
Sim. O bom ambiente de trabalho e convívio com as demais pessoas somados ao interesse
de alguns alunos estimulam minha função.
2. Você se prepara para ministrar as sessões de Tutoria? Como?
Sim – Analisando slides dos professores, olhando caderno dos tutorandos e lendo o material
didático usado pelos alunos.
Sim- Estudando a matéria e fazendo exercícios.
Sim – Selecionando os exercícios que mais se relacionam com a matéria estudada, revendo
a matéria teórica pelo material disponibilizado pelos professores.
Sim – Leio a matéria e faço alguns exercícios. Então seleciono os que acho mais importantes
para serem feitos nas sessões.
43
Sim – Seleciono e resolvo exercícios antes das sessões, de modo que eles abordam o máximo
de conteúdos. As vezes entro em contato com os professores das disciplinas para saber do
andamento dos conteúdos.
Sim- Seleção de exercícios e estudar dúvidas frequentes.
Sim – Preparo as aulas, sugiro exercícios que sintetizam a matéria e faço com que haja uma
assimilação dos conteúdos por parte dos alunos.
Sim- Faço a leitura do livro-texto previamente e separo alguns exercícios sobre o conteúdo
a ser abordado em cada sessão.
Sim. Leio o livro texto e seleciono os exercícios que abrangem os conteúdos fundamentais
que espera que o estudante saiba para ser aprovado.
Sim. Confesso que nesse período falhei em preparar para ministrar algumas sessões por
problemas pessoais, mas geralmente me preparo para ministrar os mesmos.
3. Encontrou dificuldades em trabalhar com os estudantes de suas turmas? Quais?
Não – Todos são ótimos para trabalhar.
Sim – Alguns, infelizmente, só estudam na tutoria e em véspera de prova. Quando uma
matéria nova é iniciada os alunos ainda não estão por dentro da matéria anterior.
Não – Às vezes os estudantes demonstram muita “preguiça” e falta de interesse, mas foi
melhorando ao longo das sessões.
Não.
Não – Neste período os tutorandos são, em sua maioria, interessados, e isso ajuda no
desenvolvimento das sessões.
Não
Não. A turma é bastante interessada.
Sim – A turma de QUI096. Os alunos se demonstraram completamente desinteresse pela
tutoria sendo que até agora a maioria abandonou o programa.
Sim. Desinteresse de alguns, conversas paralelas a alunos infrequentes.
Sim. Falta interesse e falta de motivação ou consciência de que a tutoria e o tutor não são
responsáveis pelo aprendizado dele, mas ele mesmo é responsável.
AVALIAÇÃO QUANTO AO PROGRAMA DE TUTORIA
1. O que você pode dizer do apoio que recebeu do pessoal da “Casa Amarela”? Quais
posturas desses profissionais podem o(a) ajudar?
44
- Ótimo, pois sempre que necessito de algo eles estão prontos e me auxiliam.
- Acredito que sempre fui bem atendido por todos.
- O pessoal da casa amarela tem feito um ótimo trabalho. Desde a organização e estruturação de
todo o programa até o relacionamento com tutores e tutorandos.
-A conduta do pessoal da casa amarela foi muito boa, pois sempre me ajudam quando preciso de
algo e são sempre muito educados.
- Acho que nós, tutores somos muito bem amparados pela casa amarela. Recebemos apoio e
somos bem informados, sobre nossas responsabilidades.
- Sempre me apoiam nas minhas dúvidas e colaboram no auxilio a aula como o xerox e
mobilidade de salas.
- Gostei muito do atendimento do pessoal da secretaria, são todos prestativos e atenciosos.
- Pessoal bastante competente, bastante profissionais e aptos a nos ajudar sempre.
- Postura foi fundamental para o esclarecimento de dúvidas e orientações recebidas foram muito
úteis.
- Só tenho a agradecer pela atenção e cuidado do pessoal da casa amarela para que eu possa
exercer bem minha função e star bem também.
2. O que você pode dizer do apoio que recebeu do(a) Coordenador(a) Setorial? Qual
postura dele(a) pode o(a) ajudar?
- Bom, pois se dispõe a nos orientar da melhor maneira possível.
- O meu coordenador setorial é muito preocupado com o bom andamento das sessões de tutoria,
procura sempre saber se está tudo nos conformes.
- O coordenador setorial mostrou-se interessado e solicito. Mesmo não tendo o contato freqüente,
todos as reuniões períodos foram satisfatórias.
- A conduta do coordenador setorial foi boa. Poderia melhorar mandando e-mails com mais
antecedência.
-O início do período foi problemático por a coordenadora ser nova. A divisão das turmas entre
os tutores ficou esquisita e confusa. Acredito que maior informação sobre a forma de distribuição
de turmas ajudará para um próximo semestre.
- Nos ajudou na montagem dos horários e fez boas sugestões sobre algumas estratégias de aula.
-Demonstra preocupações em nos apoiar e ajudar sempre é necessário.
45
- Fez o acompanhamento necessário.
- Bom. Para mim está bom do modo como trabalha atualmente.
- Agradeço o apoio a atenção que me foi dado e ainda tem sido dado.
3. Quanto aos equipamentos (quadros, computadores) utilizados no Programa,
foram feitas algumas melhorias. Gostaria de dar outras sugestões?
-Os computadores na maioria das vezes estão desligados ou sem internet.
- Sim, a troca dos quadros negros por quadros brancos e a melhoria dos quadros brancos já
existentes.
- As turmas com maior número de alunos deveriam ter salas maiores.
- As melhorias realizadas foram excelentes, mas em algumas salas poderia se ter carteiras
melhores.
- Sim acho importante que se viabilize a utilização dos quadros de pincel, pois muitos são difíceis
de apagar, além disso a implantação de quadros desse tipo no PVB ajudaria muito.
- Os computadores melhoraram muito. Porém, quadros brancos, pincéis, ventiladores poderiam
melhorar.
- As condições estão adequadas.
- Sim, só acho que os pincéis para quadros deveriam ser regularmente trocados.
- Dificuldade de usar o quadro branco por não ter pincel funcionando ou não conseguir apagar
quando escrevo.
- Não tenho sugestões
4. Refletindo sobre as respostas que os estudantes deram ao 2º questionário aplicado
neste período, o que você tem a dizer sobre o seu papel como colaborador(a)? Há algo que
possa aprimorar em sua conduta enquanto tutor(a) que venha a contribuir para um melhor
atendimento aos estudantes?
- Me sinto satisfeita, pois pelo que vi estou ajudando muitos, logo procurarei como sempre dar o
melhor de mim.
- Tentar estimulá-los melhor.
46
- Creio que tenho ajudado na aprendizagem dos tutorandos, mas posso melhorar no incentivo,
item no qual recebi maior número de notas abaixo de quatro.
- Acredito que o meu papel como colaboradora tem sido satisfatório, apesar de ter pontos a serem
melhorados como a didática (talvez não esteja atingindo a todos) e a pontualidade (devido a
horários coincidentes).
- Acredito que estou exercendo meu papel de forma eficaz e cumprindo com minhas
responsabilidades no programa. Buscas novas formas de incentivar os tutorandos pode ser uma
grande contribuição.
- Talvez alguma forma de cobrar mais estudos fora das sessões, percebi que alguns não fazem
isso.
- Gostei de saber que estou contribuindo de forma positiva para eles.
- Acho que posso ter contribuído ao menos um pouco para a aprendizagem dos alunos.
- Foram bastantes honestos, deve corrigir os meus alunos para chegar com antecedência nas
sessões.
- Creio que tenho uma função importante como mediador do aprendizado dos tutorandos. Em
algumas situações um pouco mais de preparo pessoal e compromisso proporcionariam um
melhor acessório minha aos tutorandos.
5. Pensando sobre o assunto abordado no último curso de capacitação, tema,
“Motivação e Vida”, há algo que você gostaria de comentar sobre o que foi exposto? Sobre
quais assuntos você gostaria que fossem abordados em cursos posteriores?
-Não, porém amei a palestra.
- Não estava presente.
- Não foi possível comparecer a palestra.
- O assunto exposto me fez repensar a maneira como estímulo e incentivo meus tutorandos e a
mim mesma.
- Apesar de ser interessante o tema da última capacitação acho que não tem uma aplicação
concreta na tutoria. Capacitação sobre didática seria mais interessante e de maior aplicabilidade.
47
- Excelente palestra ouvi coisas que sempre faço e notei que realmente é uma postura errada.
Outras palestras com o Eduardo podem ser proveitosas
- Acho que a motivação nos faz realizar um trabalho bem feito e é o que nos faz gostar desse
trabalho. Talvez cursos sobre como se obter de forma contínua a atenção dos alunos.
- Não compareci.
- Gostei muito do curso, do termo e do modo como foi ministrado. Como sugestão de termo acho
que algum termo voltado para um melhor entendimento da natureza humana e relacionamento
interpessoais, poderia nos ajudar a entender, abordar e nos relacionar melhor com os novos
tutorandos e equipe de trabalho.
48
9.7 Questionário para avaliação preliminar proposto pelo Prof. André Fernando de Oliveira,
Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa
Avaliação Preliminar – 2010 - disciplina QUI 112 – Química Analítica Aplicada
Nome:___________________________________________________Matrícula________
Curso: _____________________________Ano de Ingresso:________
1. Qual sua formação 2° grau?
a) técnico b) ensino médio comum escola pública c) ensino médio comum escola
particular
2. Fez cursinho?
a) sim b) não
3.Já foi reprovado nessa disciplina
a) sim b) não
4.Faz Iniciação Científica?
a) sim b) não
5.É usuário do Microsoft Excel
a) não b) iniciante c) intermediário (escreve fórmulas com facilidade) d) avançado
(programa em VBA)
6.É usuário dos softwares
a) Origin versão b) ChemSketch c) Microsoft Equation (suplemento do Word, Excel, etc.)
7.Se um bloco de 10 g tem densidade de 0,5 g/mL, seu volume será igual a:
a) 10 mL b) 5 mL c) 20 mL d) 10L
8.O comprimento de 0,50 cm é equivalente a:
a) 50 nm b) 50 nm c) 5 mm d) 50 mm e) 500 mm
9.O comprimento de 2,5 cm equivale a
a) 0,25 m b) 25 m c) 0,025 km d) 0,025 m e) 25 mm
49
10.O volume de 250 mL equivale a
a) 0,25 L b) 0,025 L c) 0,025 L d) 0,25 mL e) 2,5 mL
11.A massa de 0,0464 g equivale a
a) 0,0464 mg b) 0,464 mg c) 4,64 mg d) 46,4 mg e) 464,4 mg
12.O modelo atômico atualmente aceito é o:
a) de Dalton b) de Rutherford c) baseado na Equação de Schrödinger d)Bohr
e) de Sommerfield
13.O modelo de Bohr foi uma interpretação do modelo
a) de Dalton b) de Rutherford c) de Schrödinger d) de Sommerfield e) modelo grego
14.O método científico se baseia
a) na elaboração de experimentos
b) na formação de uma hipótese e sua verificação experimental
c) na formação de uma hipótese
d) em um modelo estabelecido ao longo dos anos que sabemos ser absolutamente correto
e) na crença de que a ciência é questionável
15.As fórmulas químicas do nitrato de sódio e sulfito de sódio são:
a) NaNO3 e NaSO4 b) NaNO2 e Na2SO3 c) Na2NO3 e Na2SO4 d) NaNO3 e Na2SO3
e) Na2NO3 e NaSO4
16.As fórmulas químicas do fosfato monobásico de sódio e fosfato dibásico de sódio são:
a) NaHPO4 e Na3PO4 b) NaH2PO4 e Na2HPO4 c) Na2HPO4 e NaH2PO4
d)Na3PO4e NaH2PO4 e) NaH2PO4 e Na3PO4
17.O íon clorato e clorito, são, respectivamente:
a) ClO3-e ClO2
- b) ClO3
- e ClO4
- c)ClO2
- e ClO4
- d) ClO2
- e Cl
- e) ClO2
- e ClO3
-
18.O perclorato de cobre (II) é:
a) ClCu2 b) CuClO2 c) Cu(ClO4)2 d) Cu2ClO4 e) Cu2ClO2
50
19.Qual a geometria da água:
a) esférica b) angular c) linear d) forma um ângulo reto e) não tem geometria
20.Em relação à polaridade da água, ela é uma molécula
a) polar b) apolar c) neutra d) iônica e) positiva
21.Se o tetracloreto de carbono é apolar, sua solubilidade em água:
a) deve ser pequena b) deve ser grande c) totalmente insolúvel d)totalmente solúvel
e) não é possível prever
22.A equação de dissociação do cloreto de férrico (FeCl3) é:
a) FeCl3 → Fe+
+ Cl-
b) FeCl3 → Fe+
+3Cl c) FeCl3 → Fe+
+ 3 Cl-
d) FeCl3 → Fe3+
+ Cl3-
e) FeCl3 → Fe3+
+ 3 Cl-
23.O nº de oxidação do enxofre no Na2SO4 é:
a) –2 b) 4 c) 6 d) 8 e) não é possível calcular
24.O n° do enxofre no SO32-
é:
a) –2 b) 4 c) 6 d) 8 e) não é possível calcular
25.Os números de oxidação do O2, H2O, H2O2 e O3 são
a) –2,-2,-2 e –2- b) 0,-2,-2 e –2 c) 0, -2,-2 e 0 d) 0, -2,-1 e 0 e) –2, -2, -1 e 0
26.Entre o etano, etanol, etanal e ácido acético, o composto mais oxidado é:
a) etano b) etanol c) etanal d) ácido acético
27.Se o último nível da eletrosfera de um átomo for ns2 np4, estamos falando de um:
a) metal de transição b) metal alcalino c) metal alcalino terroso d) calcogênio
e) halogênio
28.Na reação Cu2+
+ Zn ⇋ Cu + Zn2+
a) o cobre(II) é o agente redutor b) o cobre (II) é o agente oxidante
c) o zinco metálico foi reduzido d) o cobre (II) foi oxidado e) não houve oxi-redução
51
29.Os orbitais são:
a) trajetórias circulares bem definidas, onde os elétrons giram ao redor do átomo,
b) são regiões onde os elétrons estão parados, formando uma nuvem
c) são regiões aonde há grande probabilidade de encontrar os elétrons
d) são regiões onde os elétrons estão parados, formando cascas, como uma cebola
e) trajetórias de diferentes formatos, bem definidos por onde os elétrons giram ao redor do
átomo.
30.Na semi-reação NO3-+ 3H
+ + 2 e ⇋ HNO2 + H2O ,
a) para a redução de um mol de nitrato são necessários 2 elétrons
b) para a oxidação de um mol de nitrato são necessários 2 elétrons
c)para a redução de um mol de nitrato são necessários 2 mols de elétrons
d)para a oxidação de um mol de nitrato são necessários 2 mols de elétrons
e)para a redução de um mol de nitrato é necessário 0,5 mol de elétrons
31.A definição de Mol é:
a) quantidade igual a 6,02.10-23
b) massa que contem 6,02.10-23
molécula
c) quantidade de partículas em 1 g de matéria d) sinônimo de massa molar
32.Quando o cloreto de sódio se dissolve em água, forma-se:
a)NaCl(aq) b) Na+
e Cl- c) Na e Cl d) Na
+(aq) e Cl
-(aq) e) ele não se dissolve em água
33.Qual o número de mols contido em 4,0 g de NaOH (massa molar = 40,00g/mol)
a) 4,0 mol b) 4,0 g/mol c) 2,4 mol d) 0,1 mol e) 0,1 g/mol
34.Qual o número de mols de carbono (C6H12O6, massa molar = 180,16 g/mol) em 100 mL
de glicose 0,05 mol/L
a)5,0 mol b) 5.10-3
mol c) 54,0 mol d) 5,4.10-3
mol e) 0,02 mol
35.È necessário adicionar 1,5 mL de uma solução de etanol 0,2 mol/L. Se houver apenas
uma solução 0,15 mol/L, o volume adequado será:
a) 0,2L b) 0,2 mL c) 2 mL d) 1,9 mL e) não é possível usar essa solução
52
36.Uma “solução de CaCl2 0,1 mol/L” contém:
a)0,1 mol/L de Ca2+
e 0,1 mol/L de Cl-- b) 0,05 mol/L de Ca
2+e 0,1 mol/L de Cl
-
c) 0,1 mol/L de Ca2+
e 0,2 mol/L de Cl-- d) 0,2 mol/L de Ca
2+e 0,1 mol/L de Cl
-
e) não há Ca2+
e Cl- na solução
37.A concentração molar aproximada do ácido clorídrico 37% (d = 1,19 g/mL) é:
a) 0,35 mol/L b) 3,5 mol/L c) 12 mol/L d) 1,2 mol/L e) exatamente 1 mol/L
38.O número de mol de cálcio (40,08 g/mol) em 2,0 g de CaCl2 (110,99 g/mol) é:
a)0,018 mol b) 0,05 mol c) 0,72 mol d) 5,53 mol e) 0,036 mol
39.O HCl é um ácido de Arrhenius porque:
a) libera próton em solução aquosa b) forma o íon hidrônio em solução aquosa
c) libera Cl-- em solução aquosa d) é um gás e) é azedo
40.A amônia é uma base de Lewis por que?
a) libera hidroxila em solução aquosa
b) libera prótons em solução aquosa
c) tem um par de elétrons livre disponível para formar uma ligação
d) pode aceitar um próton de um ácido
41.A definição de pH é
a) – log [H+
] b) – log [OH-] c) – log aH (atividade de H
+) d) – log Kw
e) pKw = pH pOH
42.O pH de uma solução de NaOH 0,01 mol/L é:
a) -2 b) -2 c) 2% d) 0,01 e) 12
43.Se o pH de uma solução é 3,5, então a concentração de H+
(aq) é:
53
a) -0,005 mol/L b) 3, 10-4
mol/L c) 3,5.10-3
mol/L d) 3,16.10-11
mol/L
e) não é possível calcular a concentração sem saber qual o composto.
44.Em uma solução de nitrito de sódio 0,1 mol/L com o pH ajustado apresentou um grau
de dissociação da espécie protonada igual a 0,34. Qual a concentração desse íon?
a) 0,1 mol/L b) 0,34mol/L c) 0,034 mol/L d) 0,66 mol/L e) 0,066 mol/L
45.A titulação de carbonato com ácido forte:
a) tem um ponto de equivalência b) tem apenas dois pontos de equivalência
c) não tem ponto de equivalência d) não é possível determinar o ponto de equivalência
46.Dissociação é:
a )sinônimo de ionização
b)separação de íons em solução a partir de um sólido iônico
c) formação de íons em solução a partir de um sólido molecular
d) formação de moléculas em solução a partir de um sólido molecular
e)formação de moléculas em solução a partir de um sólido iônico.
47.Qual das reações abaixo representa um equilíbrio ácido-base de Bronsted:
a)HNO2(aq) + H2O(l)⇌ NO2-(aq) + H3O
+(aq)
b)HNO2(aq) + H2O(l) → NO2-(aq) + H3O+(aq)
c)HNO2(aq) → NO2-(aq) + H
+(aq)
d)HNO2(aq) ⇌ NO2-(aq) + H
+(aq)
48.Qual das reações abaixo representa a solubilização completa de glicose em solução
aquosa:
a) C6H12O6 (s) →C6H12O6 (aq)
b) C6H12O6 (s) ⇌C6H12O6 (aq)
c) C6H12O6 →C6H12O6
d) C6H12O6⇌C6H12O6
54
49.Qual das reações abaixo representa a saturação de glicose em solução aquosa:
a) C6H12O6 (s) →C6H12O6 (aq)
b) C6H12O6 (s) ⇌C6H12O6 (aq)
c) C6H12O6 →C6H12O6
d) C6H12O6⇌C6H12O6
50.Se as concentrações de prata e de cloreto em uma solução são iguais a 5.10-6
mol/L,
pode-se afirmar que a solução está saturada? (pKs(AgCl)= 9,74)
a)Sim b) Não c) não é possível prever
51.Ligações de hidrogênio são
a) ligações fracas entre átomos de hidrogênio
b) ligações fortes entre átomos de hidrogênio
c) ligações fracas entre átomos de hidrogênio e oxigênio ou nitrogênio
d) ligações covalentes entre átomos hidrogênio e oxigênio ou nitrogênio