UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UNIVERSIDADE ABERTA DO … Jose C… · FAMÍLIA . THIAGO JOSÉ...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS (UNA-SUS) - NÚCLEO DO CEARÁ
PROGRAMA MAIS MÉDICOS
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EM SAÚDE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO EM SAÚDE DA
FAMÍLIA
THIAGO JOSÉ CASTRO PONCIANO LIMA
ACESSO DO ADOLESCENTE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
FORTALEZA
JANEIRO 2015
THIAGO JOSÉ CASTRO PONCIANO LIMA
ACESSO DO ADOLESCENTE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à
Coordenação do Curso de Especialização,
Pesquisa e Inovação em Saúde da Família,
modalidade semipresencial, Universidade
Aberta do Sus (Una-SUS) - Núcleo Do Ceará,
Núcleo de Tecnologias em Educação a
Distância Em Saúde, Universidade Federal do
Ceará, como requisito parcial para obtenção do
Título de Especialista.
Orientadora: Profa. Me. Tatiana Monteiro
Fiuza
FORTALEZA
2015
THIAGO JOSÉ CASTRO PONCIANO LIMA
ACESSO DO ADOLESCENTE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Especialização,
Pesquisa e Inovação em Saúde da Família, modalidade semipresencial, Universidade Aberta
do SUS (Una-SUS) - Núcleo Do Ceará, Núcleo de Tecnologias em Educação a Distância Em
Saúde, Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de
Especialista.
Aprovado em: __/___/___
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Profº., titulação (Dr/Me), nome.
Instituição
_____________________________________
Profº., titulação (Dr./Me/Esp), nome.
Instituição
____________________________________
Profº., titulação (Dr/Me/Esp), nome.
Instituição
RESUMO
A adolescência constitui uma etapa da vida com muitas peculiaridades e vulnerabilidades.
Esse projeto de intervenção do tipo pesquisa-ação visa promover o acesso do adolescente aos
serviços de saúde na Unidade Básica de Saúde de Marinheiros na zona rural do Município de
Itapipoca no Estado do Ceará. Serão realizadas atividades de promoção de saúde e prevenção
de doenças na Escola Ensino Fundamental e Médio Vicente Praciano Sampaio, além da
implantação do ambulatório do adolescente. No ambulatório, serão oferecidos atendimento
personalizado e em grupo, vacinas, testes rápido de HIV e Sífilis e aconselhamento sobre
métodos contraceptivos aos adolescentes. Se espera alcançar um aumento no atendimento dos
adolescentes, e consequentemente, um aumento na detecção precoce de agravos, aumento do
uso de métodos de proteção contra as doenças sexuais transmissíveis, diminuição de gravidez
na adolescência; e ainda detectar adolescentes com baixa acuidade visual, adolescentes com o
consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de drogas ilícitas.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde , Saúde do
Adolescente.
RESUMEN
La adolescencia es una etapa de la vida con muchas peculiaridades y vulnerabilidades. Este
tipo de proyecto de intervención de tipo investigación-acción tiene como objetivo promover
el acceso de los adolescentes a los servicios de salud en la Unidad Básica de Salud de
Marineros en la zona rural del Municipio de Itapipoca en el Estado de Ceará. Se llevará a
cabo la promoción de salud y la prevención de enfermedades en la Escuela primaria y
secundaria Vicente Praciano Sampaio y además la implantación ambulatoria para
adolescentes. En la clínica se les ofrecerán un atendimiento personalizado y en grupo, de
vacunas, pruebas rápidas para VIH y sífilis y el asesoramiento sobre la anticoncepción a los
adolescentes. Se espera lograr un aumento en la asistencia de los adolescentes y, en
consecuencia, un aumento en la detección precoz de las enfermedades, el aumento de la
utilización de métodos de protección contra las infección de transmisión sexual, disminución
de los embarazos en adolescentes; y detectar aquellos que tengan baja agudeza visual, así
como aquellos con consumo de alcohol, tabaquismo y drogas ilícitas.
Palavras clave: Atención Primaria de Salud, Accesibilidad a los Servicios de Salud, Salud
del Adolescente.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 07
2 PROBLEMA.......................................................................................................... 09
3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 10
4 OBJETIVOS......................................................................................................... 11
4.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................... 11
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.................................................................................. 11
5 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 12
6 METODOLOGIA................................................................................................. 15
7 CRONOGRAMA.................................................................................................. 20
8 RECURSOS NECESSÁRIOS.............................................................................. 21
9 RESULTADOS ESPERADOS............................................................................. 22
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 23
11 ANEXOS ............................................................................................................... 24
1 INTRODUÇÃO
A adolescência é um período de mudanças e transição para o desenvolvimento pleno
do ser humano, nos aspectos físico, cerebral, endócrino, emocional, social e sexual, o qual
ocorre de forma conjugada, originando comportamentos e emoções não antes sentidas pelo
adolescente.1
O usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) que procura a unidade de saúde está em
busca de um profissional que possa ouvir suas demandas. Ele deseja ser acolhido, orientado,
compreendido em suas necessidades, pois assim senti-se confiante, seguro e amparado. Em se
tratando de adolescentes, não é diferente. Muito pelo contrário, a grande maioria deles sente
vergonha, medo de ser repreendido e intimidado pela figura do profissional, fazendo da
atitude de procurar a unidade de saúde um ato difícil e que necessita de certa coragem.2
Para cuidar da saúde do adolescente, valorizando sua subjetividade, torna-se
necessário ouvi-los, criando espaços para discussão acerca das questões formuladas por eles.
Essa concepção de cuidado traz considerações sobre o modelo de atenção fundamentado nos
princípios e diretrizes do SUS, ressaltando-se o princípio da integralidade, que confronta
incisivamente as racionalidades atuais e hegemônicas do sistema, tais como a fragmentação
das práticas, a objetivação dos sujeitos e o enfoque na doença e na intervenção curativa.
A adolescência constitui uma fase peculiar do desenvolvimento humano com
transformações biossociais, intelectuais e emocionais específicas. Essas transformações
podem fazer emergir situações de vulnerabilidades à saúde dos adolescentes, que podem
produzir níveis de exposição diferentes, e agravos à saúde que são prevalentes nessa faixa
etária. Esse cenário pode ser agravado se houver deficiências no diálogo entre os adolescentes
e o seu núcleo familiar, assim como pela pouca oferta de ações de atenção à adolescência
promovida pela escola e serviços públicos de saúde.3
Por peculiaridades dessa etapa da vida, propomos como projeto de intervenção a
promoção, a avaliação, traçado e a construção do acesso dos adolescente aos serviços de
saúde no território da Unidade Básica de Saúde (UBS) Marinheiros situada na zona rural de
Itapipoca no Estado do Ceará. Essa intervenção será articulada com o Programa Saúde na
Escola (PSE) do Ministério da Saúde(MS), na Escola de Ensino Fundamental e Médio
Vicente Praciano Sampaio do Distrito de Marinheiros do município de Itapipoca. A
proposta de intervenção visa ampliar o acesso dos adolescentes à UBS e a equipe de saúde da
família Marinheiros, assim melhorando as condições de saúde desse grupo, fundamentando-se
na necessidade de um pleno envolvimento dos profissionais de saúde e dos gestores em
estratégias de promoção de saúde e prevenção de doenças com ética, profissionalismo e
responsabilidade social.
2 PROBLEMA
A restrição ao acesso dos adolescentes da UBS Marinheiros, será como problema
dessa proposta de intervenção.
.
3 JUSTIFICATIVA
A população da UBS de Marinheiros é de 3235 pessoas, sendo o grupo de
adolescentes de 745 pessoas, o que representando 23,10% dos usuários da UBS. Quando
consultamos os indicadores de consultas médica desse grupo, elas representam 14,04% das
consultas realizadas na UBS.
A baixa frequência dos adolescentes aos serviços de saúde como nas UBS, acarreta
vários riscos a essa etapa da vida. Os adolescentes são um grupo com muitas peculiaridades.
Eles são influenciados pelos grupos. Eles são mais vulneráveis ao consumo de álcool e
drogas, doenças sexualmente transmissíveis (DST), gravidez não planejada, entre outras. 2,4
Eles não comparecem a UBS por medo de discriminação nos grupos, na família e na
comunidade, e quando comparecerem, frequentemente vão com os familiares. No
atendimento, eles ficam inibidos de dialogar sobre temas específicos, como a sexualidade.
Os adolescentes têm duvidas em alguns assuntos que são vistos por grande parte da
sociedade com preconceito, e frequentemente não possuem diálogo em suas famílias, como a
sexualidade. Esses assuntos necessitam portanto, serem abordados pela equipe de saúde da
família.
Assim, esses fatores apontaram à equipe de saúde da família da UBS Marinheiros, a
necessidade de elaborar um projeto de intervenção em saúde voltado para esse grupo e
visando modificar a realidade por meio do atendimento com adolescentes do território.
.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
• Promover o acesso dos adolescentes aos serviços de saúde na Atenção Básica.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Promover ações e atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças para
adolescentes
• Implantar o ambulatório do adolescente na UBS Marinheiros
.
5 REVISÃO DE LITERATURA
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a população
adolescente, de 10 a 19 anos alcançou 17,9% da população total do país, representando cerca
de 34 milhões de jovens nessa faixa etária (BRASIL, 2010).5
A adolescência é definida como um período biopsicossocial que compreende, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), a segunda década da vida, ou seja, dos 10 aos 20
anos. Esse também é o critério adotado pelo Ministério da Saúde do Brasil e pelo IBGE. Para
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período vai dos 12 aos 18 anos. Em geral, a
adolescência inicia-se com as mudanças corporais da puberdade e termina com a inserção
social, profissional e econômica na sociedade adulta.4,6
As mudanças biológicas da puberdade são universais e visíveis, modificando as
crianças, dando-lhes altura, forma e sexualidade de adultos. Puberdade refere-se aos
fenômenos fisiológicos, que compreendem as mudanças corporais e hormonais, enquanto
adolescência diz respeito aos componentes psicossociais desse mesmo processo. 6
À primeira vista, a adolescência apresenta-se vinculada à idade, portanto, referindo-se à
biologia ao estado e à capacidade do corpo. Essas mudanças, entretanto, não transformam, por
si só, a pessoa em um adulto. São necessárias outras, mais variadas e menos visíveis, para
alcançar a verdadeira maturidade; mudanças e adaptações que dirigem o indivíduo para a vida
adulta. Essas incluem as alterações cognitivas, sociais e de perspectiva sobre a vida. A
adolescência é uma época de grandes transformações, as quais repercutem não só no
indivíduo, mas em sua família e comunidade.6
Na sociedade brasileira, há ideias sobre adolescência e juventude que se associam à
noção de crise, desordem, irresponsabilidade; um problema social a ser resolvido, que merece
atenção pública. O enfoque de risco, em particular, aparece fortemente associado a esses
repertórios por meio de expressões como: gravidez de risco, risco de contrair o HIV, risco de
uso de drogas ilícitas, risco de morte frente à violência. O risco generalizado parece, assim,
definir e circunscrever negativamente esse período da vida, gerando expressões, ações e
posturas preconceituosas em relação aos adolescentes. 4
Esses aspectos assumem nuances distintas se adotarmos o conceito da vulnerabilidade
para entendermos as experiências dos jovens frente aos riscos. Vulnerabilidade significa a
.
capacidade do indivíduo ou do grupo social de decidir sobre sua situação de risco, estando
diretamente associada a fatores individuais, familiares, culturais, sociais, políticos,
econômicos e biológicos. Ela vem confirmar a visão de um homem plural, construído na sua
diversidade a partir das suas diferenças, não cabendo mais a ideia de pensar as nossas ações e
práticas educativas baseadas numa perspectiva de universalidade do sujeito.4
A sexualidade na adolescência tem impulso fortemente marcado pelas transformações
biopsicossociais, ou seja, há, nessa fase da vida, inúmeras descobertas e conflitos que podem
denotar risco e vulnerabilidade na vida do adolescente. Os riscos são as possibilidades de
ocorrência de danos ou agravamentos, como, por exemplo, os casos de infecção pelo
HIV/AIDS e outras DST, o início precoce de atividade sexual, a gravidez não planejada, sem
qualquer orientação médica ou familiar, os abortos inseguros, a morbidade materna e os casos
de violência sexual. Somem-se, ainda, as dificuldades que os próprios serviços de saúde e
educação demonstram em tratar do tema e assegurar universalmente os direitos sexuais e
reprodutivos dessa população.7
Em um trabalho em 2014 realizado em Contagem - Minas Gerais, foram identificados
na perspectiva das famílias as principais vulnerabilidades na adolescência:
exposição/utilização de drogas, os hábitos alimentares inadequados, as necessidades de acesso
em saúde e o sexo precoce/sem proteção. Sendo as exposição/utilização de drogas, como a
principal na perspectiva das famílias.3
O atendimento ao adolescente necessita ser com privacidade e confidencialidade. Na
relação com os profissionais de saúde, deve haver a expressão de seu processo de
individualização. O sigilo da consulta deve ser assegurado por meio de um debate nos
serviços visando a um consenso entre os profissionais. Requer-se que o profissional de saúde
possa lidar com os adolescentes, de maneira participativa e interativa, para que o
conhecimento emane com tranquilidade, sem as imposições de uma relação de poder.
Percebemos que a procura dos adolescentes pelo serviço de saúde dá-se pelos seguintes
motivos: teste de gravidez, consulta pré-natal, busca por anticoncepcionais e preservativos
masculinos.8
Os serviços de saúde não são os espaços, por excelência, de trânsito ou permanência dos
adolescentes. Pensar em um programa de atenção integral à saúde dos adolescentes significa
poder encontrá-los. A necessidade dos jovens em relação à saúde está mais relacionada a
.
questões de ordem subjetiva: busca de compreensão das mudanças vividas, autopercepção,
orientações, sexualidade, dentre outras.
As instituições escolares podem assumir parte do sistema de saúde, como prevenção de
doenças e promoção de saúde ou intervir no processo saúde-doença dos alunos. Cada vez
mais a integração Saúde-Educação se faz mais presente, propondo as ações de saúde. Os
agentes de promoção no espaço escolar podem ser os profissionais de saúde e da educação ou
como os próprios alunos. A articulação entre os equipamentos de educação, os de saúde e os
espaços específicos de adolescentes e seus interesses é fundamental para o desenvolvimento
das ações coletivas em saúde e para o envolvimento genuíno destes últimos no processo,
formando uma rede de referência em torno da questão da adolescência.2
Os espaços de inserção dos adolescentes são estratégicos e fundamentais para o trabalho
no campo da saúde, na medida em que se valorizam os seus grupos de convivência, a
expressividade no contingente de adolescentes no espaço da rua, além da comunidade. As
intervenções de saúde no meio social em que vivem os adolescentes e que tenham como
objetivo o fortalecimento do grupo, reduzindo as vulnerabilidades a que estão expostos,
contribuem na formação de cidadãos, sujeitos de direitos, capazes de decidir e de se
responsabilizarem por suas escolhas.
A entrada do adolescente na unidade, não deve ficar restrita aos esquemas tradicionais
de marcação de consulta médica, de enfermagem, ou de odontologia, que definem
previamente alternativas de atendimento. Todo profissional da UBS pode fazer o acolhimento
do adolescente em sua chegada ao equipamento de saúde. Isso significa que todo profissional,
mesmo os que não sejam da assistência direta, ou seja, médico, enfermeiro, odontologista,
tem papel fundamental na entrada desse jovem, venha ele acompanhado ou não ao serviço.
É preciso estar atento ao fato de que quase sempre a demanda trazida pelo adolescente
não é a sua real preocupação. Esta é camuflada até que o jovem sinta-se seguro para expressar
o real motivo que o leva a acudir a UBS. Por isso, é fundamental criar um ambiente
preservado com garantia de sigilo para que paciente e profissional possam estabelecer uma
relação de confiança e credibilidade. Só assim o adolescente poderá sentir-se mais à vontade e
seguro para expor o que o aflige de verdade e o profissional poderá intervir através de suas
ações e orientações na profilaxia e prevenção de agravos.
.
6 METODOLOGIA
6.1 Tipo de Estudo
A presente proposta visa o desenvolvimento de uma série de atividades com o intuito
de desenvolver uma intervenção do tipo pesquisa-ação, que consistirá na realização de
atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças e agravos, aos adolescentes do
território da UBS de Marinheiros, que será realizado na UBS e em escolas do território.
.
6.2 Cenários, Público-alvo e Período
A intervenção proposta será realizada através da implantação de um ambulatório do
adolescente na UBS de Marinheiros com o objetivo de aumentar o acesso do adolescente aos
serviços de saúde na atenção básica e atividades de promoção de saúde e prevenção de
doenças na Escola de Ensino Fundamental e Médio Vicente Praciano Sampaio do Distrito de
Marinheiros na zona rural do município do Itapipoca no estado do Ceará. O ambulatório será
oferecido aos 745 usuários da UBS de Marinheiros que possuem idade entre 12 a 19 anos. O
período de implantação do projeto é de 12 meses.
O Município de Itapipoca situa-se no litoral oeste, mesorregião Norte Setentrional do
Estado do Ceará, correspondendo sua sede às coordenadas geográficas: Latitude (S): 3o 21’
42” e Longitude (WGr) 39o 49’ 54”. Sua extensão territorial equivale a 1.614,68 km2 e
altitude média de 108,7 m(Fig.1). O município é subdividido em doze distritos: Arapari,
Assunção, Baleia, Barrento, Bela Vista, Calugi. Cruxati, Deserto, Itapipoca (Sede), Ipu-
Mazagão, Lagoa das Mercês e Marinheiros(Fig.2). Localiza-se a Leste da Região
Metropolitana de Fortaleza, distando-se a 125 km. O acesso pode ser feito, através da Rodovia
Estadual Estruturante (CE-085) ou pela Rodovia Federal (BR-222). 9 No território do
município, convergem três unidades distintas: caatinga arbustiva (sertão), zona litorânea
(praia), e complexo vegetacional de matas secas e úmidas (serra).Na realidade Itapipoca é
conhecida internacionalmente como a cidade dos três climas, que oportunizam seus
moradores escolher dentro de tantas belezas naturais, habitar onde o clima lhe é mais
agradável. O sítio paisagístico de maior valor é formado por praias, dunas, lagoas, lagos
litorâneos e manguezais. Sua temperatura média anual é de 27ºC e que apesar de estar em área
.
de clima tropical úmido é considerada agradável pela presença dos ventos. As principais
atividades econômicas desenvolvidas são a agricultura, a indústria e o turismo.10
O Distrito de Marinheiros se situa no litoral do Município de Itapipoca, a 52 km da
sede do município. A UBS de Marinheiro está localizada na Vila dos Pracianos, sede do
distrito. O Distrito constitui o território da UBS (Fotos 1, 2, 3, 4). O distrito possuem as
seguintes localidades: Barra do Córrego, Humaitá, Lagoa Grande, Lagoa do Mato, Malamba ,
Sitio Buriti e Sitio São José. A população local é constituída, predominante, de pequenos
agricultores, pescadores.
Foto 1 - UBS de Marinheiros
.
Foto 2 - Vila dos Pracianos - Vista da Igreja de São Pedro
Foto 3 - Vila dos Pracianos - Vista E.E.B Vicente Praciano Sampaio
.
Foto 4 - Localidade Barra do Córrego
Foto 5 - Localidade Humaitá
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6.3 - Descrição da Implementação
O ambulatório funcionará uma vez por semana nos período da tarde. O atendimento
inicial começará com uma sala de espera que debaterá assuntos de importância para a saúde
do adolescente. No ambulatório do adolescente será oferecido atendimento personalizado e
em grupo, vacinas, testes rápido de HIV e Sífilis, aconselhamento sobre métodos
contraceptivos. O atendimento individual será realizado por meio da consulta médica e de
enfermagem. Como parte da intervenção serão realizadas atividades de promoção de saúde e
prevenção de doenças na Escola de Ensino Fundamental e Médio Vicente Praciano Sampaio
do Distrito de Marinheiros nos períodos diurno ou noturno em períodos quinzenais com os
alunos.
.
7 CRONOGRAMA
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Revisão bibliográficas X X X X X X X X X X X X
Apresentação do projeto
para a ESF e a escola X X
Rediscussão do projeto
na equipe de trabalho X
Submissão do projeto
ao Comitê de Ética X
Realização das
atividades de promoção
de saúde e prevenção de
doenças
X X X X X X X X X X
Início do ambulatório
do adolescente na UBS X X X X X X X X X
Análises dos resultados X X
Fornecimento de
feedback à equipe e à
população
X
.
8 RECURSOS NECESSÁRIOS
8.1 - Recursos Físicos
• Auditório ou Sala de aula
• Consultórios de enfermagem
• Consultório médico
8.2 - Recursos Humanos
A Equipe de Saúde da Família da UBS Marinheiro, localizado no distrito de
Marinheiros na zona rural do município de Itapipoca, irá participar da realização do projeto de
implantação do ambulatório do adolescente e das atividades de promoção de saúde e
prevenção de doenças na Escola de Ensino Fundamental e Médio Vicente Praciano Sampaio
do Distrito de Marinheiros. Esta equipe está composta por um médico, um enfermeiro, tres
auxiliares de enfermagem, dois agentes administrativos e cinco agentes de saúde
comunitários.
8.3 - Recursos Materiais
Para a realização desse projeto se necessita dos recursos materiais listados abaixo:
• Equipamentos – Notebook, projetor, microfone, caixa de som, mesa, cadeira,
estetoscópio, esfigmomanômetro, otoscopio, balança, fita métrica,
• Materiais de escritório - folhas em branco, cartolinas, fita adesiva, pinceis atômicos.
• Insumos - Teste rápido de HIV e Sifilis, preservativos femininos e masculinos, vacinas
.
9 RESULTADOS ESPERADOS
Com o projeto de intervenção se buscará ampliar o acesso dos adolescente ao
serviços de saúde na UBS de Marinheiros. Esse acesso se dará com aumentado as atividades
de promoção de saúde e prevenção de doenças na Escola de Ensino Fundamental e Médio
Vicente Praciano Sampaio do Distrito de Marinheiros, realizando atividades educativas para
os adolescentes do território. A implantação do ambulatório do adolescente, acarretará um
maior acesso as consultas na UBS e consequentemente o aumento do número de consultas
com escuta qualificada para esse grupo. O número de adolescentes que utilizam métodos de
proteção de doenças sexuais transmissíveis irá aumentar, assim como a incidência dessas
doenças irá diminuir. A gravidez não planejada na adolescência tende a diminuir, assim como
o número de mães adolescentes. Poderão ser detectar adolescentes com baixa acuidade visual,
adolescentes com uso de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de drogas .
A realização desse projeto de intervenção, será uma experiência significativa para a
equipe de saúde da família da UBS de Marinheiros, com o atendimento dos adolescentes,
onde há muito tabus que dificultam o acesso dos deles a atenção básica.
.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2006
2 . SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde Manual de atenção à saúde do adolescente./
Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde-
CODEPPS. São Paulo: SMS, 2006. 328p.
3. REIS, Dener Carlos dos et al. Vulnerabilidades e acesso em saúde na adolescência na
perspectiva dos pais. Cuidado é Fundamental, Rio de Janeiro, p.594-606, jul. 2014.
Trimestral. Disponível em:
<http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3040/pdf_1249>.
Acesso em: 10 set. 2014.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área de Saúde do
Adolescente e do Jovem. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. – Brasília :
Editora do Ministério da Saúde, 2007. 60 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
5. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: resultados
preliminares. Pirâmide etária. Disponível em: http://censo2010.ibge.gov.br/
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Ferreira de Mattos. Adolescência através dos Séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília,
v. 26, n. 2, p.227-234, jun. 2010. Trimestral. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf>. Acesso em: 01 out. 2014.
.
7. MORAES, Silvia Piedade de; VITALLE, Maria Sylvia de Souza. Direitos sexuais e
reprodutivos na adolescência. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 1, n. 58,
p.48-52, fev. 2012. Bimesntral. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ramb/v58n1/v58n1a14.pdf>. Acesso em: 01 out. 2014.
8 . SANTOS, Carolina Carbonell dos; RESSEL, Lúcia Beatriz. O adolescente no serviço de
saúde. Adolescência & Saúde, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p.53-55, abr. 2013. Trimestral.
Disponível em:
<http://www.adolescenciaesaude.com/audiencia_pdf.asp?aid2=355&nomeArquivo=v10n1a08
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9 . CEARÁ. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Secretaria do
Planejamento e Gestão do Estado do Ceará (Org.). Perfil Basico Municipal: Itapipoca.
Fortaleza: Governo do Estado do Ceará, 2014. 17 p. Disponível em:
<http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/pbm-2013/Itapipoca.pdf>. Acesso em:
10 out. 2014.
10. ITAPIPOCA. PREFEITUTA MUNCICIPAL DE ITAPIPOCA. (Org.). Historia de
itapipoca. 2012. Disponível em:
<http://www.itapipoca.ce.gov.br/ita.php?st=historia&novo=1>. Acesso em: 02 out. 2013.
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ANEXO 1
Figura 1 - Localização de Itapipoca no mapa do Ceará. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Itapipoca
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Figura 2 - Mapa de Itapipoca - Distritos: Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Itapipoca