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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA/UFRN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS INSTITUCIONAIS - MPGPI GISELLE SOUZA DO NASCIMENTO GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL NATAL, RN 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA/UFRN

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS

INSTITUCIONAIS - MPGPI

GISELLE SOUZA DO NASCIMENTO

GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA EM

UMA UNIVERSIDADE FEDERAL

NATAL, RN

2017

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GISELLE SOUZA DO NASCIMENTO

GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA EM

UMA UNIVERSIDADE FEDERAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Gestão de Processos Institucionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Gestão de Processos Institucionais. Orientador: Marcelo Rique Carício, D. Sc.

NATAL, RN

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA

Nascimento, Giselle Souza do. Gerenciamento de termos de execução descentralizada em uma universidade federal / Giselle Souza do Nascimento. - 2017. 93f.: il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-graduação em Gestão de Processos Institucionais, 2017. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Rique Carício. 1. Administração Pública. 2. Análise e Gestão de Processos. 3. Sistemas de informação. 4. Descentralização Orçamentária. 5. Eficiência. 6. Transparência. I. Carício, Marcelo Rique. II. Título. RN/UF/BS-CCHLA CDU 351

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GISELLE SOUZA DO NASCIMENTO

GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA EM

UMA UNIVERSIDADE FEDERAL

Diagnóstico situacional apresentado à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Gestão de Processos Institucionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, composta pelos seguintes membros:

Aprovada em: 18/08/2017

__________________________________________________ Prof. Marcelo Rique Carício, D. Sc.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Orientador

__________________________________________________

Prof.ª Patrícia Borba Vilar Guimarães, D. Sc. Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro Interno

__________________________________________________ Prof.ª Adriana Carla Silva de Oliveira, D. Sc.

Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte Membro Externo

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RESUMO

O estudo propõe um novo processo para o gerenciamento de termos de execução descentralizada e convênios da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) utilizando-se para isso o Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC). A ideia da pesquisa surgiu da necessidade de organizar e agilizar os trabalhos executados no Setor de Administração de Convênios da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN, além de atender às solicitações dos coordenadores dos projetos financiados com recursos descentralizados. O objetivo geral do trabalho é analisar os processos de Gestão de Termos de Execução Descentralizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A pesquisa pode ser classificada como aplicada, qualitativa e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos utilizou-se nesse trabalho a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, o estudo de caso e a pesquisa-ação. O trabalho está dividido em cinco capítulos. O primeiro capítulo é a introdução do trabalho, apresentando o problema, a justificativa e os seus objetivos. O segundo capítulo apresenta a revisão da literatura que serviu como base para fundamentar a pesquisa. O capítulo três trata dos procedimentos metodológicos utilizados no trabalho. O quarto capítulo apresenta o local onde foi realizada a pesquisa, a proposta de intervenção em módulo do SIPAC e a análise dos resultados obtidos na pesquisa. No último capítulo são expostas as conclusões e recomendações da pesquisa. Os resultados da pesquisa demonstram que a proposta de módulo do SIPAC apresentada impactará positivamente nos trabalhos executados no Setor de Administração de Convênios da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN, assim como aos coordenadores dos projetos e a própria UFRN que executará de maneira mais célere e eficiente os recursos recebidos através de descentralização orçamentária, como também outras instituições parceiras que utilizam os sistemas desenvolvidos pela SINFO da UFRN. Palavras-chave: Descentralização orçamentária, análise e gestão de processos, sistemas de informação, administração pública, eficiência, transparência.

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ABSTRACT

This study proposes a new process for the management of terms of decentralized execution and of agreements in the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), by using the Integrated System of Assets, Administration and Contracts (SIPAC). The idea of this research arose from the need to organize and streamline the work executed in the Agreements Coordination Sector of the Accounting and Finance Department of UFRN, in addition to meeting the requests of coordinators in projects financed by decentralized resources. The general goal of this work is to analyze the processes of Management of Decentralized Execution Terms in the Federal University of Rio Grande do Norte. This research could be classified as applied, qualitative and descriptive. Concerning to its technical procedures, one used in this work bibliographical research, document search, case report and research-action. This work is divided into five chapters. The first one is the introduction of the work, presenting its problem, its justification and its objectives. The second chapter presents a literature review that served as the basis for the research. Chapter three focus on the methodological procedures used in this work. The fourth chapter presents the place where the research was carried out and the proposed intervention in the SIPAC module. The fourth chapter presents the place where the research was carried out, the proposed intervention in the SIPAC module and the analysis of the research results. In the last chapter the conclusions and recommendations of the research are presented. The research results demonstrate that the proposed SIPAC module will bring many benefits to the work executed in the Agreements Coordination Sector of the Accounting and Finance Department of UFRN, to project coordinators, to UFRN itself, which will execute in a faster and more efficient manner the resources received by budget decentralization, as well as other partner institutions which use systems developed by SINFO of UFRN. Keywords: budget decentralization, analysis and management of processes, information systems, public administration, efficiency, transparency.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Nota de Crédito (NC) ........................................................................ 19

Figura 02 – Elementos Básicos da Notação BPMN .............................................. 32

Figura 03 – Instituições que utilizam os sistemas desenvolvidos pela SINFO da

UFRN ................................................................................................. 44

Figura 04 – Organograma da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN ..... 51

Figura 05 – Fluxograma Etapas da Execução de Projetos com Recursos de TED .. 59

Figura 06 – Tela inicial do SIPAC ........................................................................ 60

Figura 07 – Módulo Projetos/Convênios ............................................................... 61

Figura 08 – Módulo de Orçamento ....................................................................... 62

Figura 09 – Proposta de Módulo TED/Convênios no SIPAC ................................. 63

Figura 10 – Proposta de Módulo TED/Convênios – Menu Principal ...................... 64

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN - 2014 ......... 54

Gráfico 02 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN - 2015 ......... 55

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Descentralizações Recebidas pela UFRN .......................................... 53

Quadro 02 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN .................... 54

Quadro 03 – Resumo da Proposta do Módulo TED/Convênios ............................. 68

Quadro 04 – Análise das respostas ao questionário ............................................... 70

Quadro 05 – Realização dos Objetivos Específicos da Pesquisa ............................ 71

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LISTA DE SIGLAS

ABPMP Association of Business Process Management Professionals

BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

BPM Business Process Management

BPMN Business Process Model and Notation

CGU Controladoria Geral da União

DCF Diretoria de Contabilidade e Finanças

FUNPEC Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura

IES Instituições de Ensino Superior

IMVP International Motor Vehicle Program

JIT Just-in-Time

LAI Lei de Acesso a Informação

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA Lei Orçamentária Anual

MF Ministério da Fazenda

MP Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

MIT Massachusetts Institute of Technology

OMG Object Management Group

PPA Plano Plurianual

PROAD Pró-reitoria de Administração

PROEX Pró-Reitoria de Extensão

PROPESQ Pró-Reitoria de Pesquisa

PROPLAN Pró-reitoria de Planejamento e Coordenação Geral

SCIELO Scientific Electronic Library Online

SE Sistemas Especialistas

SGC Sistemas de Gestão do Conhecimento

SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

SIE Sistemas de Informação Estratégicos

SIG Sistemas de Informação Gerenciais

SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

SIGRH Sistema Integrado de Gestão e Recursos Humanos

SINFO Superintendência de Informática

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SIPAC Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos

SPELL Scientific Periodicals Electronic Library

SPT Sistemas de Processamento Transacionais

STP Sistema Toyota de Produção

TED Termo de Execução Descentralizada

TI Tecnologia da Informação

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UG Unidade Gestora

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA ............................................. 11

1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 13

1.3 OBJETIVOS ................................................................................................... 14

1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 14

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 14

2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 15

2.1 A DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ............................................ 15

2.2 TRANSPARÊNCIA E EFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO ..................... 21

2.2.1 Transparência.............................................................................................. 21

2.2.2 Eficiência ..................................................................................................... 23

2.3 ANÁLISE E GESTÃO DE PROCESSOS ....................................................... 25

2.3.1 Gestão de Processos – STP ......................................................................... 25

2.3.2 Gestão de Processos – BPM ....................................................................... 28

2.3.2.1 Modelagem de Processos – BPMN ............................................................ 30

2.4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO

UNIVERSITÁRIA .......................................................................................... 33

2.4.1 Tecnologia da Informação como Ferramenta de Gestão ........................... 33

2.4.2 Tecnologia da Informação no Ambiente Universitário .............................. 37

2.4.3 Os Sistemas Integrados da UFRN............................................................... 40

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 45

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 45

3.1.1 Natureza da pesquisa ................................................................................. 45

3.1.2 Forma de abordagem do problema ........................................................... 46

3.1.3 Objetivos ..................................................................................................... 46

3.1.4 Procedimentos técnicos .............................................................................. 47

3.1.4.1 Pesquisa bibliográfica ................................................................................ 47

3.1.4.2 Pesquisa documental ................................................................................. 48

3.1.4.3 Estudo de caso ........................................................................................... 49

3.1.4.4 Pesquisa-ação ............................................................................................ 49

3.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ............................................................... 49

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3.3 CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................ 50

4 ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO ............................................................. 51

4.1 APRESENTAÇÃO DO SETOR ...................................................................... 51

4.2 ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO

DESCENTRALIZADA .................................................................................. 56

4.3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM MÓDULO DO SIPAC ....................... 60

4.3.1 Detalhamento da proposta do Módulo TED/Convênios ........................... 63

4.3.1.1 Resumo da proposta do Módulo TED/Convênios ....................................... 67

4.3.1.2 Análise da aplicabilidade do modelo .......................................................... 69

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 71

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 74

APÊNDICES ....................................................................................................... 78

APÊNDICE A – Descentralizações Recebidas - Exercício 2014 - UFRN .............. 78

APÊNDICE B – Descentralizações Recebidas - Exercício 2015 - UFRN .............. 80

APÊNDICE C – Fluxograma – Parte 1 .................................................................. 83

APÊNDICE D – Fluxograma – Parte 2 .................................................................. 84

APÊNDICE E – Fluxograma – Parte 3 .................................................................. 85

APÊNDICE F – Fluxograma – Parte 4 .................................................................. 86

APÊNDICE G – Questionário Aplicado aos coordenadores dos projetos ............... 87

APÊNDICE H – Informativo sobre projetos executados com recursos de TED’s ... 90

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o Regimento Interno da Reitoria, a Diretoria de Contabilidade e

Finanças (DCF) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é o órgão central

do sistema de administração financeira e contábil da instituição e encontra-se vinculada à Pró-

reitoria de Administração (PROAD)1.

A UFRN firma termos cooperação, termos de execução descentralizada e

convênios com vários órgãos da administração pública federal, estadual e municipal. Esses

recursos são executados por um dos setores da Diretoria de Contabilidade e Finanças da

UFRN: o de Administração de Convênios, responsável pela coordenação das atividades

relacionadas à execução, ao controle e à prestação de contas de convênios.

Estes recursos descentralizados são vinculados a um projeto previamente

elaborado, exigindo um acompanhamento desde o seu início até o seu arquivamento e, no

Setor de Administração de Convênios da UFRN pode-se encontrar grande parte das

informações sobre eles. No entanto, essas informações não estão reunidas em um único local,

o que dificulta a compilação desses dados. Como nos dias atuais fala-se muito sobre

transparência, acesso a informação e existe uma necessidade de informações cada vez mais

precisas e céleres, esse fato pode ser considerado um problema, uma vez que as

descentralizações na UFRN representam uma parcela considerável da execução orçamentária

da instituição.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA

Segundo Bianchi (2010, p. 07), pode-se dizer que “a Tecnologia da Informação no

ambiente universitário pode contribuir com o gerenciamento do conhecimento 1 Art. 98. A Diretoria de Contabilidade e Finanças é o órgão central do sistema de administração financeira e

contábil da Universidade, competindo-lhe: I – prestar informações de natureza orçamentário-financeira de forma a subsidiar a tomada de decisão da Reitoria e o planejamento orçamentário da UFRN; II – responder pela execução dos planos de trabalho referentes a convênios, contratos e termos de descentralização da Universidade; III – zelar pelas medidas e providências que devam ser observadas pelas unidades acadêmicas, tendo em vista sua adequação às normas de administração financeira e contábil; IV – fornecer com presteza e em tempo hábil informações às instâncias superiores e diversos órgãos de controle do poder público, sempre que solicitado.

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organizacional”, ou seja, dando-lhe suporte, bem como servir como um canal no tocante a

flexibilidade em relação às demandas dos clientes, por exemplo, agilizar a tomada de decisão

fornecendo–lhes respostas rápidas.

Nesse sentido, a UFRN busca sempre aperfeiçoar o desenvolvimento de sistemas

de informação que atendem as áreas administrativa, acadêmica e de Recursos Humanos.

Dentre eles, o SIPAC – Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos, controla

diversas rotinas e procedimentos da área administrativa.

O SIPAC permite o gerenciamento dos fluxos da área administrativa através da

informatização de todo o orçamento distribuído no âmbito interno e das requisições que

demandam deste orçamento como no caso dos materiais, das passagens, das diárias, dos

suprimentos de fundos e do auxílio financeiro. Controla-se também, por meio do SIPAC, os

almoxarifados (centrais e setoriais), o patrimônio, as compras e licitações, a gestão das atas e

pedidos em registro de preços, o acompanhamento de entrega de empenhos (liquidação), as

obras e manutenções de bens imóveis, a aquisição de livros pela biblioteca, as faturas de água

e energia, os contratos e convênios celebrados, o fluxo de processos e documentos

eletrônicos, o registro e pagamento de bolsistas, o acompanhamento das despesas com

automóveis e combustíveis, dentre outros. O SIPAC também disponibiliza portais de

informação para os pró-reitores, para a auditoria interna e para a fundação.

O Sistema tem condições de reunir todas as rotinas referentes à execução dos

Termos de Execução Descentralizada recebidos pela UFRN desde o momento da elaboração

do projeto pelo coordenador até o arquivamento no final de sua vigência.

O SIPAC, dessa forma, pode ser é uma excelente ferramenta para compilar as

informações necessárias ao Setor de Administração de Convênios da UFRN. Assim, o

presente estudo busca uma forma de resolver a questão: como o SIPAC poderá reunir essas

informações de modo a ajudar no gerenciamento de Termos de Execução Descentralizada e

Convênios da UFRN?

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1.2 JUSTIFICATIVA

A ideia de reunir as informações das descentralizações da UFRN em um módulo

do SIPAC surgiu primeiramente da necessidade pessoal da pesquisadora, uma vez que a

mesma, desde que assumiu o cargo de contadora na instituição, trabalha no Setor de

Administração de Convênios da DCF diretamente com a execução de projetos financiados

com recursos provenientes de descentralização de crédito orçamentário e convivendo

diariamente com as dificuldades na realização desse trabalho. Assim, com o intuito de ajudar

tanto ao Setor de Administração de Convênios, quanto aos coordenadores dos projetos

executados com os recursos dessas descentralizações e demais usuários dessas informações, a

pesquisadora desenvolveu esse projeto de pesquisa buscando uma forma de melhorar essa

execução.

E, para demonstrar como os recursos descentralizados representam uma parcela

significativa para a UFRN, em consultas efetuadas ao Sistema Integrado de Administração

Financeira (SIAFI), pode-se constatar que no exercício financeiro de 2014, o valor recebido

pela UFRN através de descentralização de crédito foi de R$ 104.665.454,57 (cento e quatro

milhões, seiscentos e sessenta e cinco mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais, cinquenta e

sete centavos) conforme Apêndice A; e no exercício financeiro de 2015, o valor de R$

89.517.760,98 (oitenta e nove milhões, quinhentos e dezessete mil, setecentos e sessenta reais,

noventa e oito centavos), conforme Apêndice B.

Tomando-se como base os exercícios financeiros de 2014 e 2015 constatou-se que

no exercício financeiro de 2014, o valor recebido através de descentralização de crédito

correspondeu a 69 (sessenta e nove) projetos e o de 2015 corresponde a 87 (oitenta e sete)

projetos. Esses quantitativos mostram a necessidade de ter as informações referentes a esses

recursos de forma mais organizada possível de forma a atender a todos os envolvidos no

processo.

Hoje, alguns desses dados já podem ser encontrados no SIPAC, mas em vários

módulos que nem todos os envolvidos no processo têm a permissão de acesso. Desse modo,

precisa ser feito apenas a compilação dos dados existentes, incluindo-se outros que também

são necessários, mas que não constam no banco de dados do SIPAC. Todas as informações

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devem ser apresentadas num único módulo, facilitando a construção de relatórios gerenciais

de acordo com as necessidades dos usuários.

A implantação dessas modificações no SIPAC trará muitos benefícios aos

trabalhos executados no Setor de Administração de Convênios da Diretoria de Contabilidade

e Finanças da UFRN, tanto em termos de organização quanto de agilidade do trabalho.

Beneficiará também os coordenadores dos projetos, fazendo com que eles consigam

informações de maneira mais simples e rápida. Dessa forma também a UFRN ganha,

executando de maneira mais eficiente os recursos recebidos através de descentralização

orçamentária.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar os processos de Gestão de Termos de Execução Descentralizada na

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1.3.2 Objetivos Específicos

Mapear os processos envolvidos na Gestão de Termos de Execução Descentralizada

na UFRN;

Organizar um fluxo do processo de Gestão de Termos de Execução Descentralizada da

UFRN;

Desenvolver uma proposta de Gestão de Termos de Execução Descentralizada para ser

implementado via SIPAC.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

A revisão da literatura está dividida em quatro partes. A primeira apresenta uma

visão geral sobre as descentralizações orçamentárias. A segunda trata da eficiência e

transparência no serviço público. A terceira discorre sobre a análise e gestão de processos. A

quarta e última parte visa demonstrar a importância da utilização da tecnologia da informação

no processo de gestão, agilizando o trabalho e aumentando a eficiência nos serviços

administrativos de uma universidade federal, fazendo uma apresentação geral sobre os

sistemas utilizados pela UFRN.

2.1 A DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Antes de definir o que é uma descentralização orçamentária é preciso explicar as

noções básicas sobre orçamento, para que se entenda como tudo começa. O Orçamento pode

ser definido, segundo Bloch (2013, p. 20), como “um plano financeiro de uma Administração,

por meio do qual, para um período determinado de tempo, são previstas suas receitas e fixadas

as correspondentes despesas”. Como a simples exposição de valores agregados não

possibilitaria grande utilidade, são de grande importância as denominadas classificações

orçamentárias. Cada classificação é uma lista de códigos e seus significados, por meio das

quais diversos itens de receitas e despesas são agregados em classes semelhantes. De acordo

com os critérios utilizados, torna-se possível a criação de diversos tipos de classificações,

cada uma apropriada para determinado tipo de análise.

Como técnica financeira, o orçamento possui múltiplas finalidades.

Contabilmente, pode ser utilizado para calcular os valores auferidos ou despendidos em

diversas classes de valores. Como instrumento do planejamento e administração, permite que

se projetem os gastos necessários a um determinado período de tempo. Possui função

econômica, como instrumento de realização da política fiscal do governo. Por fim, possui

importante função de controle, já que a peça orçamentária é instrumento de autorização de

gastos e permite a análise da conformidade legal das despesas autorizadas.

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Dessa forma, pode-se dizer que os orçamentos representam mais que documentos

que autorizam a realização de despesas públicas. Eles são a expressão do planejamento dessas

despesas, em obediência a um plano governamental concebido para o Estado, de acordo com

objetivos e prioridades previamente deliberados, e que deve ser seguido, qualquer que seja a

plataforma de governo (BLOCH, 2013, p. 21).

Conforme Pires, Rosa e Silva (2010), “o orçamento adotado pelas universidades

públicas brasileiras é o orçamento-programa, cuja regulamentação está contida na Lei Federal

nº 4320/64 e legislação complementar”.

O Orçamento-Programa pode ser conceituado como um plano de trabalho

expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários a

sua execução, ou seja, uma ferramenta de trabalho. Portanto, para que seja um instrumento

democrático, todos os segmentos da comunidade universitária devem participar, não só de sua

elaboração, mas também de sua execução e avaliação.

Segundo Ávila, Bächtold e Vieira (2011) o orçamento público possui sua

fundamentação legal no disposto na seguinte legislação:

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988, nos seus

artigos 165 a 169 sob o título de ORÇAMENTOS;

Lei n. 4.320 de 17 de março de 1964;

Portaria n. 42 de 14 de abril de 1999;

Lei Complementar n. 101 de 04 de maio de 2000;

Portaria Interministerial n. 163 de 04 de maio de 2001.

No Brasil, o Orçamento Público é classificado em três leis distintas, que segundo

o artigo 165 da Constituição Federal de 1988, regulamenta a elaboração dos orçamentos

públicos: o plano plurianual; as diretrizes orçamentárias; e orçamentos anuais.

O Plano Plurianual (PPA) constitui-se no principal instrumento de planejamento

das ações do gestor público, pois além de ser o primeiro a ser implementado deverá abranger

todas as metas que serão desenvolvidas em todo o mandato do governante. Neste plano

deverão estar descritas todas as diretrizes para que a administração pública cumpra as metas e

objetivos planejados. O planejamento das ações governamentais que integrarão o plano

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plurianual será chamado de proposta orçamentária e deverá ser desenvolvida pelo Poder

Executivo e aprovada pelo Poder Legislativo.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também configura-se em um

instrumento de planejamento apenas de metas e diretrizes, sem levar em consideração os

valores. O que difere a LDO do plano plurianual é o prazo para o qual deverá ser elaborado,

que deverá sempre ser igual a um exercício financeiro. Assim, para cada plano plurianual

serão elaboradas quatro leis de diretrizes orçamentárias distintas, abrangendo ao final dos

quatro anos a totalidade das metas e diretrizes estipuladas no plano plurianual. Além de

estipular as metas anuais a LDO também servirá de instrumento norteador da elaboração dos

orçamentos anuais.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é a subdivisão do orçamento público que mais

se aproximada das características de um plano de aplicabilidade financeira da administração

pública, pois ao passo que o plano plurianual e a LDO abrem a discussão sobre o que é

planejar, este instrumento é o responsável pela efetivação e execução de todas as diretrizes

planejadas para quatro anos (PPA) e para cada ano distintamente (LDO), pois neste

instrumento haverá a fixação dos valores a serem efetivados e concretizados em cada

atividade governamental.

No tocante às universidades públicas federais, a receita proporcionada pela União

é, infelizmente, insuficiente para garantir a manutenção de todas as atividades, portanto é

complementada por alternativas autônomas de captação de recursos desenvolvidas por cada

universidade. Descentralizadas as atividades do MEC, visto que este não consegue

operacionalizar todas as ações a nível nacional, este órgão delimita meramente as diretrizes a

serem seguidas e mantém controle sobre os resultados, enquanto cada instituição organiza-se

internamente por si própria, especialmente em termos de recursos.

Conforme Berlanda (2013), as descentralizações de créditos orçamentários

consistem em movimentações internas ao plano previamente estabelecido, efetivadas por

unidades administrativas autônomas; são mantidas as classificações institucional, funcional,

programática e econômica, contudo a despesa é executada por um órgão estipulado para uma

função específica. Quando diz respeito a unidades gestoras de um mesmo órgão, tem-se a

descentralização interna, também chamada provisão. Se a movimentação de crédito for

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distribuída entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma

descentralização externa, também denominada de destaque.

Em todos os casos, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, devendo ser integralmente respeitada a classificação funcional e por programas. Esta medida atribui maior autonomia às instituições e a cada órgão interno às mesmas, na medida em que estas podem dispor sua organização administrativa conforme suas próprias deliberações, desde que concordem com os objetivos e metas previstas. A distinção na operação descentralizada incide estritamente em que a execução da despesa orçamentária é realizada por outro órgão ou entidade. (BERLANDA, 2013)

De acordo com Montagna (2002), a Descentralização de Crédito é uma

transferência de uma unidade orçamentária ou administrativa para outra, do poder de utilizar

créditos orçamentários ou adicionais que estejam sob a sua supervisão, ou lhe tenham sido

dotados ou transferidos. São operações descentralizadoras de crédito: o destaque e a provisão.

Termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática. (BRASIL, 2007).

O Destaque de Crédito é a operação descentralizadora de crédito orçamentário em

que um Ministério ou Órgão transfere para outro Ministério ou Órgão o poder de utilização

dos recursos que lhe foram dotados. Já a Provisão é a operação descentralizadora de crédito

orçamentário, em que a unidade orçamentária de origem possibilita a realização de seus

programas de trabalho por parte de unidade administrativa diretamente subordinada, ou por

outras unidades orçamentárias ou administrativas não subordinadas, dentro de um mesmo

Ministério ou Órgão.

Dessa forma, ainda segundo Montagna (2002), as descentralizações consistem em

transferir disponibilidade orçamentária e financeira de uma unidade executora para outra, sem

alteração da estrutura originalmente aprovada. Essas descentralizações preservam a

responsabilidade da entidade da unidade orçamentária pelo resultado e transfere a

responsabilidade da execução para a entidade executora.

A descentralização orçamentária entre órgãos da administração pública federal é

realizada através do SIAFI por meio de um documento denominado Nota de Crédito (NC).

Neste documento, a unidade que está descentralizando o orçamento especifica a sua Unidade

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Gestora (UG) e a que receberá o orçamento, como também a classificação do orçamento que

será descentralizado, conforme demonstrado na figura 01. Através desse documento também,

a unidade recebedora devolve no encerramento do exercício financeiro, se for o caso, a

parcela de orçamento que não conseguiu executar.

Figura 01 – Nota de Crédito (NC)

Fonte: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI)

O empenho é feito somente pelo órgão ou entidade que efetivamente executa o

orçamento, não cabendo aquele que transfere realizar empenhamento algum, ainda que a

descentralização ocorra por meio da firmação de convênio com observância às normas

previstas na legislação vigente.

A descentralização de crédito de um órgão/ministério para entidades da

administração indireta ou entre estas dependerá de celebração de convênio ou termo similar,

disciplinando a consecução do objeto pretendido e as relações e obrigações das partes.

Nos casos de descentralização de créditos orçamentários, o financeiro

correspondente será igualmente descentralizado e, tratando-se de despesas à conta de recursos

liberados pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, caberá ao órgão

descentralizador efetuar o correspondente repasse financeiro.

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A descentralização externa de crédito entre órgãos e entidades da administração

pública federal, direta e indireta, para executar programas de governo – projetos, atividades,

aquisição de bens, realização de eventos – está disciplinada pelo Decreto nº 6.170, de 25 de

julho de 2007, que “Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União

mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências”. A Portaria

Interministerial CGU/MF/MP (Controladoria Geral da União/Ministério da

Fazenda/Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) nº 507, de 24 de novembro

de 2011, complementa esta legislação estabelecendo normas para a execução do disposto no

decreto. Os procedimentos de transferências de recursos da União mediante convênios e

contratos de repasse devem ocorrer por meio de Termo de Cooperação ou de outros

instrumentos congêneres, mediante portaria ministerial, sem a necessidade de exigência de

contrapartida.

De acordo com o Decreto nº 6170/2007 da Presidência da República do Brasil,

termo de execução descentralizada é o instrumento por meio do qual é ajustada a

descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da

Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária

descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada

fielmente a classificação funcional programática.

Ainda segundo o mesmo decreto,

A celebração de termo de execução descentralizada atenderá à execução da descrição da ação orçamentária prevista no programa de trabalho e poderá ter as seguintes finalidades: I - execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, em regime de mútua colaboração; II - realização de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício da unidade descentralizadora dos recursos; III - execução de ações que se encontram organizadas em sistema e que são coordenadas e supervisionadas por um órgão central; ou IV - ressarcimento de despesas. (BRASIL, 2007)

Segundo Pontes (2014), atualmente, o instrumento utilizado para a celebração de

acordos entre entes ou órgãos distintos na Administração Pública Federal que envolvam a

transferência de recursos são os Termos de Execução Descentralizada. Tais termos não só

substituíram os antigos Termos de Cooperação em sua nomenclatura, como também passaram

a dispor de um maior número de hipóteses de cabimento, não mais se restringindo aos casos

em que caracterizado o “interesse recíproco” entre as unidades administrativas nele

envolvidas.

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2.2 TRANSPARÊNCIA E EFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO

Nos dias atuais, a transparência e eficiência no serviço público são temas bastante

discutidos por todos. Dessa forma, esta pesquisa busca incorporar esses conceitos aos serviços

prestados pelo Setor de Administração de Convênios da UFRN, beneficiando a todos os

usuários que precisam das informações sobre os Termos de Execução Descentralizada

executados pela UFRN.

2.2.1 Transparência

O termo “transparência da informação pública” ganhou maior destaque, no

Brasil, a partir da Lei Complementar no 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal —

transparência na gestão fiscal) e, desde então, normativos legais como a Lei Complementar no

131/2009 — Lei da Transparência (disponibilização, em tempo real, de informações públicas

como: receita, despesa, salário dos servidores públicos, convênios e outros, nos portais

eletrônicos nas várias esferas governamentais) e a Lei de Acesso a Informação (LAI) no

12.527/2011 (regulamenta o direito do cidadão à informação pública) iniciaram um ciclo de

mudanças na relação cidadão/gestor público. Pois determinaram a divulgação (ativa ou via

solicitação), e não o sigilo, como norma geral para a informação pública, envolvendo o

fornecimento de dados em uma linguagem acessível e sem barreiras técnicas.

A transparência pública começa a se expandir para além da linha legal/fiscal e passa a abordar outros aspectos da gestão pública (desempenho, pessoal, controles internos etc.). Essa ampliação traz novos requisitos para a responsabilização pública (public accountability), via órgãos de controle, que passam a avaliar se, efetivamente, as informações públicas estão acessíveis ao cidadão seja via relatórios fiscais, portais eletrônicos de transparência e relatórios de gestão anuais. (BAIRRAL, SILVA E ALVES, 2015)

Ainda segundo Bairral, Silva e Alves (2015), a transparência é um elemento da

comunicação entre cidadão e gestor público, um contrato social implícito em que, na

perspectiva da clássica teoria da agência, o principal (cidadão) delega ao agente (gestor

público) uma atividade de seu interesse e monitora sua realização.

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Em nosso país, a transparência é considerada um princípio da gestão fiscal

responsável que deriva do princípio constitucional da publicidade. No entanto, a transparência

é um conceito mais amplo do que a publicidade, isso porque uma informação pode ser

pública, mas não ser relevante, confiável, oportuna e compreensível. Associado a isto, o uso

da Internet para divulgação das contas públicas ganhou destaque recente. No sentido de

orientar o fornecimento de informações úteis, foram identificados os usuários das informações

das contas públicas num nível amplo e no âmbito específico das universidades públicas e seus

interesses típicos.

De acordo com Platt Neto, Cruz e Ensslin (2007), as entidades que compõem a

estrutura da administração pública brasileira são obrigadas pela Constituição Federal a prestar

contas do uso de recursos públicos e a respeitar o princípio da publicidade, entre outros

princípios da administração pública. Dessa maneira, é evidente a necessidade de transparência

das contas dos entes públicos e seus órgãos componentes nas administrações direta e indireta.

As universidades públicas são entidades que compõem a estrutura da

administração pública brasileira. Comumente são constituídas na forma de autarquias ou

fundações, da administração indireta, e são dependentes de recursos públicos. Em função

disto, são obrigadas pela Constituição Federal a prestar contas do uso de seus recursos e

respeitar o princípio da publicidade, entre outros princípios da administração pública. Deste

modo, é notória a necessidade de transparência das contas das universidades públicas.

A transparência na gestão fiscal é tratada na Lei de Responsabilidade Fiscal como um princípio de gestão, que tem por finalidade, entre outros aspectos, franquear ao público acesso a informações relativas às atividades financeiras do Estado e deflagrar, de forma clara e previamente estabelecida, os procedimentos necessários à divulgação dessas informações. Deste modo, a transparência, como princípio da gestão fiscal responsável, pressupõe a publicidade e a compreensibilidade das informações. (PLATT NETO, CRUZ E VIEIRA, 2006)

No entanto, a transparência é um conceito mais amplo do que publicidade, isso

porque uma informação pode ser pública, mas não ser relevante, confiável, tempestiva e

compreensível.

A transparência, conforme Platt Neto, Cruz e Ensslin (2007), pressupõe três

elementos ou dimensões: a publicidade, a compreensibilidade e a utilidade para decisões.

Cada elemento complementa e interage com os outros para que a transparência seja

plenamente propiciada.

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O primeiro elemento ou dimensão da transparência é a publicidade. Por

publicidade, entende-se a ampla divulgação de informações à população, propiciando-se o

acesso em múltiplos meios de baixo custo e domínio dos usuários. Pressupõe-se, ainda, a

oportunidade das informações fornecidas, com tempestividade e em tempo hábil ao apoio às

decisões.

O segundo elemento da transparência é a compreensibilidade das informações.

Essa dimensão relaciona-se à apresentação visual, incluindo a formatação das informações e o

uso da linguagem. Busca-se idealmente a simplicidade, a linguagem acessível e orientada ao

perfil dos usuários, no sentido de aumentar o entendimento das informações.

Por fim, o terceiro elemento da transparência das contas públicas é a utilidade

para decisões. A utilidade está fundamentada na relevância das informações. A relevância, por

sua vez, pode ou não coincidir com os interesses dos usuários. Associada à relevância, está a

confiabilidade das informações a que os usuários têm acesso, ou seja, a garantia de veracidade

do que é divulgado. A comparabilidade deve ser propiciada entre períodos e entre entidades.

Dessa forma, entre as inúmeras mudanças pelas quais o mundo tem passado nos

últimos anos, ocupa um lugar de destaque a busca pela maior transparência dos órgãos

públicos. A transparência tem se mostrado uma ferramenta importante no acompanhamento

das ações do Estado através de uma maior participação da sociedade devido à

disponibilização da informação que antes era de conhecimento restrito aos órgãos públicos.

Pode-se destacar também, que para uma adequada transparência governamental,

necessita-se de mais do que a publicidade das informações e a compreensibilidade dos dados

e informações pelos usuários é condição indispensável. Neste sentido, torna-se necessário

buscar formas alternativas de simplificar a linguagem para o entendimento da comunidade e

garantir meios de aprendizado dos temas envolvidos.

2.2.2 Eficiência

Dentre os princípios constitucionais expressos, o princípio da eficiência foi

inserido posteriormente, através da Emenda Constitucional nº 19, de 04-06-98. Vem ditar ao

gestor público o dever de celeridade, eficácia, economicidade, efetividade e qualidade por

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ocasião da concretização de seus atos administrativos. Visa a combater o mau uso dos

recursos públicos, bem como, a ausência de planejamento na gestão pública. Permite avaliar

se, em face do recurso aplicado, foi obtido o melhor resultado, fortalecendo desta maneira, o

controle de resultados.

De acordo com as regras desse princípio, não basta hoje ao administrador público

agir somente de acordo com as regras da legalidade e da moralidade. É necessário que o

mesmo busque o que for melhor, o que, entre as diversas opções que se lhe oferecem,

represente melhor qualidade ou condições de melhor atender às exigências do serviço público,

do bem comum.

O princípio da eficiência significa que, toda ação administrativa tem que ser de

bom atendimento, rapidez, urbanidade, segurança, transparente, neutro e sem burocracia,

sempre visando à qualidade. A Administração Pública deve atender o cidadão na exata

medida de sua necessidade, com agilidade, mediante adequada organização interna e ótimo

aproveitamento dos recursos disponíveis, evitando desperdícios e garantindo uma maior

rentabilidade social.

Dessa forma, o princípio da eficiência pode ser percebido também como uma

exigência inerente à toda atividade pública.

Se entendermos a atividade de gestão pública como atividade necessariamente racional e instrumental, voltada a servir ao público, na justa proporção das necessidades coletivas, temos de admitir como inadmissível juridicamente o comportamento administrativo negligente, contraprodutivo, ineficiente. (MODESTO, 2010)

O princípio constitucional da eficiência é um princípio instrumental, como todos

os princípios da administração pública. Nenhum princípio de direito administrativo tem valor

substancial autossuficiente. Integra-se com os demais princípios, não podendo sobrepor-se a

eles ou infirmar-lhes a validade. Por isso, o princípio da eficiência, como todo princípio, não

possui caráter absoluto, mas irradia efeitos em quatro dimensões: cumpre uma função

ordenadora, uma função hermenêutica, uma função limitativa e função diretiva. O princípio

da eficiência pode ser equiparado ao princípio tradicional da boa administração, pois na

administração prestadora, constitutiva, não basta ao administrador atuar de forma legal e

neutra, é fundamental que atue com eficiência, com rendimento, maximizando recursos e

produzindo resultados satisfatórios.

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Modesto (2000), ainda afirma que a obrigação de atuação eficiente, portanto, em

termos simplificados, impõe ação idônea (eficaz), ação econômica (otimizada) e ação

satisfatória (dotada de qualidade).

Diante do que vem sendo dito, pode-se definir o princípio da eficiência como: a exigência jurídica, imposta à administração pública e àqueles que lhe fazem as vezes ou simplesmente recebem recursos públicos vinculados de subvenção ou fomento, de atuação idônea, econômica e satisfatória na realização das finalidades públicas que lhe forem confiadas por lei ou por ato ou contrato de direito público. (MODESTO, 2000)

Por fim, o princípio da eficiência recebe pleno sentido no Estado Social, pois é

nele que o Estado precisa justificar os recursos que extrai da sociedade com resultados

socialmente relevantes.

2.3 ANÁLISE E GESTÃO DE PROCESSOS

Diante da necessidade de melhorar o fluxo dos processos de trabalho do Setor de

Administração de Convênios da UFRN, otimizando os serviços executados e atendendo aos

diferentes usuários da informação processada nesse setor, a pesquisadora utilizou tanto os

princípios básicos do Sistema Toyota de Produção (STP), quanto a Gestão de Processos de

Negócios (BPM - Business Process Management) visando atingir essa melhoria nos

processos.

2.3.1 Gestão de Processos – STP

De acordo com Guinato (2000), o Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de

gerenciamento que procura otimizar a organização de forma a atender as necessidades do

cliente no menor prazo possível, na mais alta qualidade e ao mais baixo custo, ao mesmo

tempo em que aumenta a segurança e o moral de seus colaboradores, envolvendo e integrando

não só manufatura, mas todas as partes da organização.

Ainda segundo o mesmo autor, o Sistema Toyota de Produção tem sido, mais

recentemente, referenciado como “Sistema de Produção Enxuta”. A produção “enxuta” (do

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original em inglês, “lean”) é, na verdade, um termo cunhado no final dos anos 80 pelos

pesquisadores do IMVP (International Motor Vehicle Program), um programa de pesquisas

ligado ao MIT (Massachusetts Institute of Technology), para definir um sistema de produção

muito mais eficiente, flexível, ágil e inovador do que a produção em massa; um sistema

habilitado a enfrentar melhor um mercado em constante mudança. Na verdade, produção

enxuta é um termo genérico para definir o Sistema Toyota de Produção.

O Sistema Toyota de Produção surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota,

logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ao final da década de 50, o modelo começou a

ser bastante aplicado nas organizações ao redor do mundo, principalmente pelas empresas

ocidentais, tornando-se um dos principais suportes que amparam a competitividade na

economia global. O Sistema Toyota de Produção objetiva aumentar a eficiência e a

produtividade, evitando desperdícios como a superprodução, gargalos, ou inventário

desnecessário.

O sistema idealizado por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno, fora baseado no trabalho de

grandes especialistas da qualidade, na cultura japonesa e nas técnicas de Henry Ford e

Frederick Taylor. Na prática pode-se dizer que o Sistema Toyota de Produção é um estágio na

história das técnicas, que vêm evoluindo desde que os primeiros sistemas de produção foram

inventados, demonstrando-se uma versão sintetizada e melhorada de todas as teorias dos

pioneiros da administração, como a manufatura enxuta, o kanban, a filosofia kaizen, dentre

outros conceitos.

O sistema Toyota foi idealizado na década de 1950, quando Toyoda e Ohno,

visitando os Estados Unidos, constataram que o principal problema do modelo de Ford era o

desperdício de recursos. Dessa observação nasceram os elementos básicos do Sistema Toyota

de Produção, sendo também seus dois princípios mais importantes: a eliminação de

desperdícios e a fabricação com qualidade.

A eliminação de desperdícios tinha como alvo a fábrica e tinha por objetivo

reduzir ao mínimo as atividades que não acrescentavam valor ao produto. Já o princípio da

fabricação com qualidade visava uma produção sem defeitos. Além dos dois princípios acima

citados, o Sistema Toyota de produção ainda possui um terceiro princípio que é essencial para

o bom funcionamento dos dois primeiros, que é o envolvimento dos colaboradores. É

importante ressaltar que o sistema possui dois pilares fundamentais, sendo sustentado pelos

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conceitos do Just-in-Time (JIT) e da Autonomação (Jidoka) que têm como objetivo principal

aumentar a eficiência da produção, reduzindo os defeitos e fazendo com que cada trabalhador

operasse cada vez mais máquinas e ao mesmo tempo desenvolvendo funções inteligentes nos

equipamentos (autonomação com funções humanas).

Ambos os processos foram rapidamente identificados como os elementos-chave

da eficácia do Sistema Toyota de Produção, porém, os resultados alcançados pelo sistema não

poderiam ser atribuídos apenas a essas duas metodologias. O ideal do Just-in-Time e da

Autonomação é produzir apenas o necessário, aumentando a eficiência na linha de fabricação

e para isso os japoneses desenvolveram outros conceitos, que tinham a finalidade de combater

os desperdícios de maneira contínua e de reduzir os níveis de estoque, estes eram a filosofia

Kaizen e o Kanban respectivamente.

A palavra Kaizen, de origem japonesa, significa melhoria continua. “Hoje melhor

do que ontem, amanhã melhor do que hoje!”, considerada por muitos como uma filosofia que

atua no aspecto pessoal, familiar, social ou no trabalho. De forma geral, a metodologia Kaizen

visa o aprimoramento não só da empresa. como também de seus colaboradores. Este

aprimoramento deve acontecer de forma contínua e gradual. Com a implementação do

método, espera-se o aperfeiçoamento das pessoas e dos processos dentro da organização. Este

método tem por características o baixo custo e tempo reduzido de implementação.

Conforme Albino (2011), essa metodologia estabelece um sistema para redução

de desperdícios por longo prazo e especifica exatamente o que deve ser feito para aplicar o

sistema a uma organização. Nela são levantados os desperdícios causadores dos custos

elevados, atrasos, problemas de qualidade e insatisfação dos clientes. A metodologia Kaizen

classifica os desperdícios englobando: pessoas, processos, informações, ativos subutilizados

ou desnecessários e liderança, visando a melhoria do fluxo de trabalho e posteriormente

atacando os desperdícios.

Já o conceito do Kanban teve origem na linha de montagem e significa

literalmente registro ou "placa visível". Seu principal objetivo é sinalizar e controlar os fluxos

de produção, mas o seu princípio pode ser estendido para diversos tipos de operações. O

Kanban é um sistema de "puxar" acionado pela demanda, sendo representado por um cartão

que dá sinal de que um ponto de fornecimento estaria apto a liberar certa quantidade de

material. Suas duas principais finalidades são eliminar os desperdícios e reduzir os custos com

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estoque. Podemos perceber que o Kanban se trata de um sistema de produção que controla a

quantidade, indicando o que produzir, quando e o quanto produzir.

Conforme artigo do Portal Administração (2015), o outro princípio básico do

STP, fabricação com qualidade, tem por objetivo possuir uma produção sem defeitos,

evitando a apresentação de uma alta taxa de refugo a fim de tornar o sistema mais eficiente e

produtivo. A perda de fabricação por produto defeituoso corresponde a disfunções na linha de

produção, apresentando produtos fora das especificações, ou do padrão pré-estabelecido pela

empresa.

Oliveira (2014) afirma que “nos últimos anos, diversos autores têm estendido os

conceitos do Sistema Toyota de Produção (STP) para as áreas administrativas e de serviços,

na iniciativa pública e privada, com o objetivo de melhorar o desempenho das organizações e

o nível de satisfação de seus “clientes¨. Conforme o mesmo, multiplicar os conceitos enxutos

na empresa é a essência para aplicação de um sistema de forma única, onde cada participante

deve aprender a identificar as oportunidades para eliminar desperdícios, definir a sequência de

trabalho, reduzir os tempos ociosos, fazer parte da equipe, buscar sempre a melhoria e a

perfeição do processo.

Dessa forma, pode-se dizer que os princípios do Sistema Toyota de Produção são

importantes ferramentas a serem utilizadas na melhoria dos processos de trabalhos

administrativos do Setor de Administração de Convênios da UFRN, trazendo um ganho

significante tanto financeiramente quanto em agilidade dos serviços prestados.

2.3.2 Gestão de Processos – BPM

Segundo ABPMP (2013), Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM -

Business Process Management) representa uma nova forma de visualizar as operações de

negócio que vai além das estruturas funcionais tradicionais. Essa visão compreende todo o

trabalho executado para entregar o produto ou serviço do processo, independente de quais

áreas funcionais ou localizações estejam envolvidas. Começa em um nível mais alto do que o

nível que realmente executa o trabalho e, então, subdivide-se em subprocessos que devem ser

realizados por uma ou mais atividades (fluxos de trabalho) dentro de funções de negócio

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(áreas funcionais). As atividades, por sua vez, podem ser decompostas em tarefas e, adiante,

em cenários de realização da tarefa e respectivos passos.

BPM é uma disciplina gerencial que presume que os objetivos organizacionais podem ser alcançados com mais êxito por meio do gerenciamento de processos. Compreende um corpo de conhecimento composto por princípios e melhores práticas para orientar uma organização, e não uma metodologia prescrita ou um kit de ferramentas. Quando implementado com sucesso, BPM se integra e transforma a cultura da organização, moldando a forma como o negócio opera. BPM pode ser aplicado a organizações de qualquer porte, com ou sem fins lucrativos, públicas ou privadas, com o objetivo de direcionar os recursos organizacionais. O gerenciamento de processos de negócio requer a participação de toda a organização, desde a liderança executiva até o nível operacional e ao longo das funções e papéis. (ABPMP, 2013)

Para compreender BPM é necessário compreender o significado de processo de

negócio. No contexto BPM, um “processo de negócio” é um trabalho que entrega valor para

os clientes ou apoia/gerencia outros processos. Processos são compostos por atividades inter-

relacionadas que solucionam uma questão específica. Essas atividades são governadas por

regras de negócio e vistas no contexto de seu relacionamento com outras atividades para

fornecer uma visão de sequência e fluxo. Ainda de acordo com ABPMP (2013) há três tipos

de processos de negócio: primários, de suporte e de gerenciamento.

Processos primários são de natureza interfuncional e compõem a cadeia

que entrega valor diretamente para o cliente;

Processos de suporte proveem suporte e habilitam outros processos;

Processos de gerenciamento são utilizados para medir, monitorar e

controlar atividades de negócio. Asseguram que processos primários e de

suporte atinjam suas metas.

Conforme Longaray, et al (2017), no ano de 2002, o grupo de desenvolvimento de

softwares denominado Business Process Management Initiative iniciou a criação de uma

ferramenta gráfica que representasse, com maior simplicidade, os processos organizacionais

das empresas. Esta notação ficou conhecida por Business Process Modeling Notation

(BPMN). Nos anos seguintes, ganhou reconhecimento, tanto no meio acadêmico quanto no

mercado corporativo americano e, por conta disto, em 2006, a Object Management Group

(OMG®), assumiu uma parceria com o grupo e responsabilizou-se pela evolução e

manutenção da notação BPMN.

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A OMG é uma organização internacional criada em 1989, cujo objetivo é apoiar e

publicar a construção de padrões de programação através do livre desenvolvimento de

ferramentas de gestão. Entre seus principais apoiadores estão estudantes, instituições

acadêmicas e agências de governo, que auxiliam no desenvolvimento destas ferramentas. Por

se tratar de uma organização que não possui propriedade exclusiva, todos seus projetos

aceitam contribuições externas e permitem a todos os fornecedores desenvolverem programas

utilizando sua notação como base, sem a necessidade de pagamento de Royalties ou taxas.

2.3.2.1 Modelagem de Processos - BPMN

A modelagem de processos é uma etapa chave no BPM, podendo ser utilizada

para descrever o processo como ele é e também para projetar a versão otimizada. Para isto

existe a notação BPMN – Business Process Model and Notation, uma notação que ilustra o

processo de uma maneira simples e clara, pensada tanto para gerentes quanto para

profissionais técnicos, analistas, desenvolvedores e funcionários em geral.

Consoante ABPMP (2013), a modelagem de processos requer um importante

conjunto de habilidades e técnicas para permitir, compreender, comunicar e gerenciar

componentes de processos de negócio. Para uma organização ciente do alto valor de seus

processos de negócio, a modelagem de processos é uma atividade fundamental para o

gerenciamento da organização.

Modelagem de processos de negócio é conjunto de atividades envolvidas na

criação de representações de processos de negócio existentes ou propostos. Pode prover uma

perspectiva ponta a ponta ou uma porção de processos primários, de suporte ou de

gerenciamento. O propósito da modelagem é criar uma representação do processo de maneira

completa e precisa sobre seu funcionamento. Por esse motivo, o nível de detalhamento e o

tipo específico de modelo têm como base o que é esperado da iniciativa de modelagem. Um

diagrama simples pode ser suficiente em alguns casos, enquanto um modelo completo e

detalhado pode ser necessário em outros.

A aceitação do BPMN tem crescido sob várias perspectivas com sua inclusão nas principais ferramentas de modelagem. Essa notação apresenta um conjunto robusto de símbolos para modelagem de diferentes aspectos de processos de negócio. Como

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na maioria das notações, os símbolos descrevem relacionamentos claramente definidos, tais como fluxo de atividades e ordem de precedência. (ABPMP, 2013)

O BPMN é composto por um conjunto de elementos gráficos classificados em 4

(quatro) categorias básicas: objetos de fluxo, objetos de conexão, swimlanes e artefatos.

Objetos de fluxo – são os principais elementos descritivos dentro da BPMN e

consistem de três elementos essenciais:

a) Atividades – o trabalho que é executado, algo que é feito, simbolizados

por quadrados.

b) Eventos – as ocorrências, algo que acontece, simbolizados por círculos.

c) Gateways – pontos de desvio que determinarão o caminho que o processo

seguirá, simbolizados por diamantes.

Objetos de conexão – conectam os objetos de fluxo uns com os outros ou a

outras informações e podem ser de três tipos:

a) Fluxo de sequência – mostra em que ordem as atividades são executadas,

e é simbolizado por uma linha cheia e uma seta adiante.

b) Fluxo de mensagens – indica quais as mensagens que fluem entre

dois processos/piscinas, e é representada por uma linha tracejada, um

círculo aberto e uma seta aberta no fim.

c) Associação – conecta os artefatos aos objetos de fluxo, e é simbolizado

por uma linha tracejada.

Swimlanes – são utilizadas para definir o escopo de cada processo de negócios na

forma de um diagrama, possibilitando a identificação dos responsáveis por realizar cada

atividade. Existem dois tipos a analisar:

a) Piscinas – representam processos e participantes no processo.

b) Raias – cada piscina possui várias raias, que simbolizam os papéis, áreas e

responsabilidades no processo.

Artefatos – são usados para fornecer informações adicionais sobre o processo,

trazem um maior nível de detalhe ao diagrama, pois permitem que informações extras sejam

trazidas. Os três tipos de artefatos são anotações, grupos e objetos de dados. Todos os três são

usados para aumentar e descrever um processo BPMN.

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a) Anotações – permitem que o modelador descreva partes adicionais do

fluxo do modelo ou notação.

b) Grupos – organizam tarefas ou processos que possuem relevância no

processo como um todo.

c) Objetos de dados – representam dados colocados no processo, dados que

resultam do processo, dados que precisam ser coletados ou dados que

devem ser armazenados.

Figura 02 – Elementos Básicos da Notação BPMN

Fonte: LONGARAY, 2017.

Os elementos gráficos da notação BPMN permitem a representatividade clara,

definida e detalhada da forma de execução do processo, desde seus atores até as suas regras de

negócio, permitindo uma representatividade de padrão internacional, comum, entendida por

diversos profissionais, conhecida por diversas linguagens e que o cliente do processo

consegue fazer a leitura da execução dos seus trabalhos sem maiores esforços ou que precise

de cursos. BPMN é hoje uma forma de representar processos de forma mais clara, eficaz e

padrão.

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2.4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA

2.4.1 A Tecnologia da Informação como Ferramenta de Gestão

Nos dias atuais, pode-se dizer que as organizações estão sendo influenciadas por

inúmeras transformações: sociais, econômicas, políticas, culturais, tecnológicas entre outras e

a Tecnologia da Informação (TI) é uma função cada vez mais imprescindível para as

organizações públicas e privadas que buscam maior efetividade onde atuam. Isso acontece

devido ao apoio que a TI pode fornecer tanto às demais unidades organizacionais

horizontalmente, quanto às estratégias elaboradas e implementadas pela organização, de

maneira vertical, permitindo que as organizações tenham benefícios com tais estratégias, em

decorrência do acesso e disponibilização de informações. Nos últimos anos surgiu um

interesse crescente em tratar sistemas de informações como ferramenta propicia como recurso

organizacional significativo para ajuda na gestão de instituições e através da TI as

organizações passaram a ter a oportunidade de aprimorar a eficiência e a eficácia

administrativa.

Constantes alterações são vivenciadas na sociedade moderna no que tange a sua organização social, o seu modo de se relacionar e a sua capacidade de inovar. A globalização e as influências dessas alterações, nos mais diversos setores produtivos da sociedade, obrigam tanto as organizações públicas como as privadas a darem maior importância as suas informações. (CASARIM, 2012)

Segundo Bianchi, et al (2010), “um dos papeis relevantes que a tecnologia da

informação (TI) exerce na gestão do conhecimento é ampliar o alcance e intensificar a

velocidade de transferência da informação e do conhecimento”. No entanto, vale mencionar

que a TI fornece apenas a infraestrutura necessária à gestão do conhecimento, ou seja, visa

oferecer suporte as atividades de geração, codificação ou transferência do conhecimento. O

intuito é disponibilizar o conhecimento para todas as pessoas na organização.

Ainda segundo o mesmo autor, os impactos decorrentes da adoção das tecnologias

da informação (TI) estão presentes em quase todos os setores da economia e da sociedade de

um modo geral.

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Lembrando que as organizações devem observar se realmente o processo de

tomada de decisão está sendo alimentado com informações realmente necessárias e úteis,

desconsiderando possíveis dados que possam influenciar em uma tomada de decisão

imprecisa. No entanto, Casarim (2012) afirma que todo processo decisório deverá levar a

organização a procedimentos orientados, que vise a atingir objetivos e metas fins. Assim,

deve-se buscar reduzir informações consideradas não primordiais aos objetivos maiores, e que

burocratizam e introduzem informações e dados desnecessários à tomada de decisão.

No setor público, constata-se que ainda persiste a busca por elementos que

permitam tornar suas atividades organizacionais mais eficientes, eficazes e flexíveis a

possíveis ajustes às exigências da sociedade. Com isso, atrelados ao desenvolvimento

tecnológico, dados e informações passam a ter importância significativa na organização e na

instrução dos procedimentos para tomada de decisão. Para Casarim (2012), a informação

deixou de ser um elemento secundário, passando a ser um elemento primordial ao processo

organizacional e passou a ter uma importância diferenciada, essencial para a tomada de

decisão.

A tecnologia de informação (TI) tem evoluído ao longo dos anos. Conforme

Mendonça (2010), de um papel meramente apoiador de processos, hoje em dia passou a ser

fundamental para ajudar as organizações, seja para torná-las mais produtivas, ganhar

agilidade, prover mais satisfação aos seus clientes, até tornando-as mais competitivas. A TI

tornou-se uma peça imprescindível para a mudança, tornando-se o motivo de uma revolução

nos processos organizacionais, passando muitas vezes a ser fator decisivo para o seu sucesso

ou fracasso.

Silva (2012) afirma que atualmente, a Administração Pública tem a tarefa de se

ajustar a um mundo em constante mudança, no qual se exige dos governantes uma maior

eficiência aliada a um rol crescente de serviços públicos, com maior qualidade e controle

social. As novas tecnologias de informação, inclusive a internet e as redes de computadores,

são os principais instrumentos que se dispõe para acompanhamento desse modelo

globalizado.

As novas tecnologias de informação têm criado, de forma cada vez mais intensa e

rápida, novas possibilidades para diferentes setores da sociedade, nas áreas econômica, social,

política e cultural, ao mesmo tempo em que produzem revoluções significativas nos aspectos

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centrais da vida cotidiana de indivíduos, organizações e governo. Avaliar os impactos dessas

tecnologias na sociedade tornou-se uma necessidade no processo de monitoramento da

construção e desenvolvimento da sociedade da informação e do conhecimento.

As tentativas de inovação na administração pública significam a busca da eficiência e da qualidade na prestação de serviços públicos. Para tanto, é necessário o rompimento com os modelos tradicionais de administrar os recursos públicos e a introdução de uma nova cultura de gestão. Neste contexto, o acesso à Tecnologia da Informação significa uma mudança substancial no papel e nas possibilidades da comunicação na ação social, na ação política e na prestação de contas. (SILVA, 2012)

Para Mendonça (2010), os sistemas de informação dependem dos seus

componentes básicos, que são recursos humanos, hardware, software, dados e tecnologias de

rede de comunicações para coletar, transformar e disseminar informações em uma

organização, e são elaborados para facilitar a concretização de determinados objetivos. O

autor ainda descreve alguns tipos de sistemas de informação:

Sistemas de Processamento Transacionais (SPT): cobre as atividades

centrais de uma empresa. Lidam com as operações do dia-a-dia da

organização;

Sistemas de Informação Gerenciais (SIG): também chamados de sistemas

táticos, lidam com atividades da gerência de médio escalão –

planejamento, organização e controle de curto prazo;

Sistemas de Informação Estratégicos (SIE): tratam de decisões que alteram

significativamente o processo da condução de negócios. No passado, os

sistemas estratégicos estabeleciam apenas planejamento a longo prazo;

Sistemas Especialistas (SE): o conhecimento e as experiências que uma

pessoa detém sobre determinada área do conhecimento precisa ser, muitas

vezes, preservado e disseminado para que pessoas com menos

conhecimento e experiência possam deles se valer para resolver seus

problemas;

Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC): são projetados

especificamente para orientar atividades profissionais e gerenciais,

focando na criação, coleta, organização e disseminação do conhecimento

de uma empresa em vez de dados e informações.

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O autor ainda define que uma boa informação não depende exatamente da

utilização de recursos tecnológicos de ponta. A informação de boa qualidade seria, portanto,

“produtos de informação cujas características, atributos ou qualidade ajudam a torná-los

valiosos para elas”, e concebe a informação como dotada de três dimensões, sendo elas:

tempo (prontidão, aceitação, frequência, período), conteúdo (precisão, relevância, integridade,

concisão, amplitude, desempenho) e forma (clareza, detalhe, ordem, apresentação, mídia).

Alterar a tecnologia engloba modificações na maneira pela qual o trabalho é

processado e nos equipamentos utilizados, podendo contribuir efetivamente para mudanças

mais profundas no comportamento dos indivíduos envolvidos, que vai de encontro à natural

resistência que as pessoas possuem à mudança, o que dificulta a adaptação e o progresso. Os

órgãos públicos querem continuar fazendo do mesmo modo o que fazem há anos, mesmo que

haja a necessidade de o serviço ser mudado, havendo, portanto, resistência tanto do lado das

pessoas quanto das organizações, sendo as seguintes fontes em cada um dos casos, conforme

Mendonça (2010):

Fontes da resistência individual a mudanças: hábito; processamento

seletivo de informações; medo do desconhecido; segurança; fatores

econômicos.

Fontes da resistência organizacional a mudanças: ameaça à alocação de

recursos estabelecida; inércia estrutural; foco limitado de mudança; inércia

de grupo; ameaça à especialização; ameaça às relações de poder

estabelecidas.

Nas últimas décadas, segundo Medeiros Júnior (2014), a TI tem evoluído de uma

orientação mais tradicional, baseada no suporte às atividades organizacionais e manutenção

de suas operações, para um papel mais estratégico e necessário à sobrevivência em longo

prazo das organizações. Nesta posição, a TI não apenas é vista como responsável pela redução

de custos ou eficiência nas atividades, mas também como provedora de inovações no

mercado, bem como possibilita a criação e desenvolvimento de novos produtos e serviços.

De outra forma, é cada vez mais propagada a ideia de que os ativos de TI podem

ter sua relevância estratégica quando examinados sob a perspectiva da configuração em que

estão envolvidos, ou seja, ao serem usados em combinação com outros recursos

organizacionais resultando em recursos estratégicos habilitados pela TI para a empresa.

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A tecnologia da informação (TI) está cada vez mais presente nas atividades usuais

das pessoas; não somente como profissionais, mas também enquanto seres humanos,

criadores de conhecimento e consumidores da informação. A forma como são organizadas as

vidas das pessoas, seus trabalhos e diversões, é influenciada pela utilização das tecnologias.

Assim, o papel da TI deixa de ser apenas mais uma ferramenta, para ocupar o papel de

intermediário entre a informação e as capacidades e necessidades de indivíduos e

organizações.

Assim, é necessário que se tenha o entendimento de que as mudanças, decorrentes

da utilização da TI em larga escala, geram reflexos, tanto nas vidas pessoais dos indivíduos

quanto nas organizações das quais fazem parte. Isso requer naturalmente adequações a essa

nova realidade, gerando efeitos positivos e negativos. Estas adequações, todavia, nem sempre

são bem recebidas por todos, precisamente por favorecer um rompimento de padrões.

2.4.2 A Tecnologia da Informação no Ambiente Universitário

De acordo com Bernardes e Abreu (2010), as universidades, como todas as

organizações, são criadas para satisfazer as necessidades dos clientes. O cliente da

universidade brasileira é a sociedade, que usufrui suas práticas de ensino e dos resultados de

suas pesquisas. Contudo, à medida que se expandem as novas tecnologias, as universidades

vivem em situação paradoxal, uma vez que a pesquisa e descobertas realizadas dentro das

universidades encontram resistências a serem colocadas em prática.

As universidades são consideradas organizações complexas, não apenas por sua

condição de instituição especializada, mas, sobretudo pelo fato de executarem atividades

múltiplas. Cada uma dessas atividades, relacionada com ensino, pesquisa e extensão, têm uma

metodologia de trabalho singular, implicando em uma das estruturas organizacionais mais

complexas.

Bianchi, et al (2010) afirma que “a tecnologia de informação (TI) é um dos

componentes mais extraordinários do ambiente organizacional. Sua utilização pode ser vista

tanto em nível estratégico e tático como operacional das Universidades”.

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Muitas Tecnologias da Informação têm sido utilizadas para auxiliar o

compartilhamento da informação e do conhecimento, tais como: internet, intranet, extranet,

moodle, gerenciamento eletrônico de documentos, entre outras. Assim sendo, a situação atual

está exigindo das Instituições de Ensino Superior (IES) uma maior responsabilidade e

comprometimento no gerenciamento da informação e do conhecimento. Sobre isso, Bianchi,

et al (2010) diz:

Com o advento a Tecnologia da Informação, o ser humano teve a oportunidade de coletar, processar e armazenar Informações. Em consequência disso, os administradores, em especial os gestores universitários passaram a ter a oportunidade de aperfeiçoar a eficiência e eficácia organizacional, à medida que as TIs avançaram em se tratando de complexidade e sofisticação... É nesse contexto que a Tecnologia da Informação tem facilitado o compartilhamento de dados, informações e muitas vezes do conhecimento, por meio da sua unificação, possibilitando aproximar diversas áreas. (BIANCHI ET AL, 2010)

Campos (2014) declara que, nas últimas décadas, a sociedade vem passando por

grandes transformações devido à intensa evolução tecnológica, isso inclui a implantação de

sistemas integrados de informação, impulsionando cada vez mais o uso dessa nova ferramenta

de trabalho nas organizações. Esses permitem a integração de todas as áreas e setores

funcionais, visando o compartilhamento de uma mesma base de dados e administrando de

maneira eficiente e efetiva os recursos de negócios. Essas transformações também têm

acontecido no seio nas universidades, principalmente pela adoção de sistemas de informação,

ferramentas úteis à gestão universitária.

As inovações organizacionais passam a depender das novas tecnologias e as

universidades pouco têm feito para o uso correto destas ferramentas. Principalmente no

gerenciamento das informações contidas nos seus diversos setores. As universidades,

principalmente as federais, por serem dependentes de um governo central, onde os sistemas

são centralizadores, desenvolvem subsistemas de informação em que muitas vezes não são

compatíveis com os sistemas maiores.

Como as instituições universitárias apresentam uma grande quantidade e

complexidade de dados, bem como pela necessidade de procedimentos de tratamento da

informação mais precisos e rápidos, justifica-se a importância do uso dos sistemas de

informação para apoiar o processo de tomada de decisão.

O sucesso ou fracasso da implantação de Sistemas de Informações Gerenciais –SIG, estão diretamente ligados ao estudo do contexto da organização na qual eles serão utilizados e na consequente criação de um ambiente propício, capaz de garantir o desenvolvimento, a implantação, a aceitação e o uso de um novo sistema.

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Tudo isso passa pelas pessoas da organização envolvidas no processo e na estratégia a ser utilizada para garantir o sucesso. Assim o desenvolvimento e a implantação de SIG, não são meras ações de instalação e treinamento de usuários. (BERNARDES E ABREU, 2010)

Em seu estudo, Bernardes e Abreu (2010) apresentam os objetivos mais

importantes dos sistemas de informações administrativas nas instituições de ensino superior:

Responder às necessidades de informação externa e interna da instituição,

apoiando à tomada de decisões acadêmicas e administrativas;

Eliminar a duplicidade de dados e deduzir o trabalho redundante em sua

manipulação;

Processar e analisar uma grande quantidade de dados com maior

velocidade e flexibilidade no seu tratamento, de modo a apoiar

significativamente o processo de tomada de decisões;

Distribuir informações de melhor qualidade a todas as divisões e níveis

administrativos da universidade;

Ter acesso rápido e efetivo aos centros de excelência universitária no

mundo, atingindo, com isso, maior produtividade e menor custo.

Logo, os sistemas de informação são ferramentas úteis à gestão universitária.

Entretanto, é importante observar que não são os computadores, os sistemas, ou mesmo a

disponibilidade da informação que resolvem os problemas da organização, mais sim a forma

como ela irá utilizá-los.

Em geral, pode-se afirmar que a Tecnologia da Informação no ambiente

universitário pode contribuir com o gerenciamento do conhecimento organizacional, isto é,

oferecendo-lhe suporte, bem como servir como um meio no tocante a flexibilidade em relação

às demandas dos usuários, agilizando a tomada de decisão fornecendo–lhes respostas rápidas.

Igualmente, pode promover a eficácia da gestão das informações, entre outros.

A TI traz para ambiente universitário vários benefícios como o acesso mais

facilitado às publicações, favorece atividades de pesquisa e ensino, agiliza a realização de

matrículas, consultas de médias, notas e faltas, além de proporcionar aos docentes um meio de

registrar informações acerca de congressos, cursos e eventos. Por isso, é indispensável que as

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organizações se utilizem dos Sistemas de Informação para modernizar seus serviços e

processos.

2.4.3 Os Sistemas Integrados da UFRN

O poder executivo tem alguns sistemas que se destacaram por utilizar com

eficiência e eficácia a TI como suporte, não somente no desenvolvimento, mas principalmente

na manutenção da sua base de dados. Como exemplo de inovação do Governo Federal,

especificamente do poder executivo, já que este é o principal executor das políticas públicas

no Brasil, pode ser citado o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo

Federal (SIAFI). O SIAFI é de fundamental importância para se ter um total controle das

receitas e gastos públicos.

Com o constante crescimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

além da utilização do SIAFI surgiu a necessidade de implantação de sistemas integrados

buscando maior agilidade na obtenção de dados e informações por parte de seus usuários:

O apoio que estes sistemas de informações institucionais integrados têm dado às atividades diárias e de gestão na UFRN e sua disseminação através de transferência de conhecimento para instituições federais cooperadas e de credibilidade por todo Brasil caracteriza-os como um caso bem-sucedido, principalmente ao se considerar a origem destas inovações geograficamente, advinda de um estado do nordeste do país, tradicionalmente pouco representativo em relação a serviços e produtos concebidos na área de TI. Isso torna relevante compreender como as capacidades de TI na UFRN foram construídas ao longo do tempo de maneira a dar apoio a estas inovações. (MEDEIROS JUNIOR, 2014)

De acordo com informações retiradas do blog institucional da SINFO

(Superintendência de Informática), os sistemas da UFRN surgiram na década de 70, através

da contratação de softwares de outras empresas. Cada área da Universidade escolhia a

empresa que se adequava melhor às suas necessidades e aos padrões que desejava seguir.

Dessa forma, os sistemas tornaram-se isolados, sem nenhum tipo de conexão ou fluxo de

informação. Em 2000 foi criada a superintendência de informática da UFRN com o intuito de

interligar esses módulos operacionais, criando uma só base e transportando as informações

necessárias de um sistema para outro.

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Foi a partir desse intuito que surgiram os três sistemas base da Universidade,

SIGAA, SIPAC e SIGRH. Esses, por sua vez, dividem-se em duas grandes áreas. São elas:

área administrativa, também conhecida como Meio, onde se encaixam o SIPAC e o SIGRH e

a área acadêmica, ou Fim, voltada para o SIGAA. Cada sistema possui um portal na internet,

onde estão reunidas as ferramentas necessárias a quem tem acesso direto aos mesmos.

De forma pioneira, a equipe de desenvolvimento de sistemas da UFRN criou três soluções automatizadas específicas para as necessidades de gestão de uma instituição federal de ensino: o SIGAA (Sistema Integrado de Gestão das Atividades Acadêmicas), responsável pelo controle acadêmico, atividade-fim da instituição; o SIPAC (Sistema Integrado de Patrimônio e Administração de Contratos), que é responsável pelo controle e gestão dos procedimentos administrativos; e o SIGRH (Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos), relativo aos processos de gestão de pessoas. Esses dois últimos sistemas são classificados como auxiliares das atividades-meio da UFRN. (CAMPOS, 2014)

Conforme Rocha (2013), seguindo a tendência de publicização da informação, a

UFRN, desde o início do desenvolvimento de seus sistemas, teve como um de seus objetivos

a disponibilização da informação contida em seus bancos de dados para o acesso público.

Assim, foram criados portais para os sistemas SIPAC, SIGAA e SIGRH onde a sociedade tem

acesso a inúmeras informações de ações, contratos, licitações, compras, pesquisas, entre

outras, fomentando assim a participação social na vida da instituição.

O SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas - informatiza

os procedimentos da área fim da instituição através dos módulos de graduação, pós-graduação

(stricto e lato sensu), ensino técnico, ensino médio e infantil, submissão e controle de projetos

e bolsistas de pesquisa, submissão e controle de ações de extensão, submissão e controle dos

projetos de ensino (monitoria e inovações), registro e relatórios da produção acadêmica dos

docentes, atividades de ensino a distância e um ambiente virtual de aprendizado denominado

Turma Virtual. Oferece também uma interface amigável e contextual através de portais para a

reitoria, professores, alunos, tutores de ensino a distância, coordenações lato sensu, stricto

sensu e de graduação e comissões de avaliação (institucional e docente).

O SIGRH - Sistema Integrado de Gestão e Recursos Humanos – gerencia os

procedimentos voltados a área de recursos humanos, tais como: marcação/alteração de férias,

cálculos de aposentadoria, avaliação funcional, dimensionamento de força de trabalho,

controle de frequência, concursos, capacitações, atendimentos on-line, serviços e

requerimentos, registros funcionais, relatórios de RH, dentre outros. Muitas das suas

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operações possuem certo nível de integração com o sistema SIAPE, enquanto outras realizam

uma integração interna com os demais sistemas.

O SIPAC - Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos – é

responsável pela gerência das operações meio fundamentais para a gestão da instituição, tais

como: finanças, patrimônio e contratos e atua em todos os níveis da instituição, sejam em suas

unidades, centros e departamentos. Integra totalmente a área administrativa, desde uma

requisição - seja ela de material, prestação de serviço, suprimento de fundos, diárias,

passagens, hospedagem, material informacional, manutenção de infraestrutura – até o controle

orçamentário interno. Este sistema realiza, ainda, a gestão orçamentária, de forma

individualizada, de cada unidade administrativa, controlando autorizações de despesas, antes

mesmo destas serem executadas no Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal (SIAFI).

Todos estes sistemas vêm trazendo um grande benefício para a UFRN através da

agilidade, controle dos procedimentos e economia no uso de material de expediente (papel e

cartucho de tinta, por exemplo). Como exemplo de processos informatizados que antes

ocorriam através de procedimentos manuais, podemos citar: publicação e divulgação do

boletim de serviços, memorandos eletrônicos, submissão de projetos de pesquisa, extensão e

monitoria, avaliação da docência pelo discente, requisições e controle orçamentário.

A alimentação dos dados dos sistemas é distribuída entre os diversos setores da

UFRN. As unidades administrativas, departamentos, centros, unidades acadêmicas

especializadas e suplementares, todas elas registram os dados e através da autenticação da

identidade de usuário responsabilizam-se pela informação. A Pró-reitoria de Planejamento e

Coordenação Geral é responsável pela gestão plena dos sistemas, consolidando os diversos

dados em relatórios estatísticos e indicadores. Enquanto isso, a superintendência de

informática faz a gestão técnica do sistema, realizando aprimoramentos, novas

funcionalidades e correções.

A integração dos sistemas concretizou um anseio da gestão: fazer com que todos

os setores da UFRN ficassem interligados, inserindo em um único banco de todas as

informações institucionais, proporcionando desburocratização dos processos, facilidade para

implantação de políticas estratégicas e agilidade nas informações.

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Esses sistemas da UFRN vêm representando o Rio Grande do Norte com uma

tecnologia que vem sendo adotada como modelo para outras instituições no país. Esta

representação é demonstrada através de parcerias realizadas com várias Instituições de Ensino

Superior (IES) que formam a Rede IFES, que utiliza os três sistemas, e com outras diversas

instituições a nível nacional que formam a Rede Ciclo, a qual utiliza o SIPAC e/ou SIGRH.

Em 2009, outras instituições de ensino superior bem como aquelas pertencentes à administração direta do Governo Federal tiveram interesse em implantar e utilizar tais sistemas, originando duas redes de cooperação: uma acadêmica (IFES) e outra da administração direta (CICLO), que têm crescido desde então. (MEDEIROS JÚNIOR, 2014)

Atualmente são várias instituições parceiras em um modelo de cooperação

caracterizado como de transferência tecnológica, de maneira que é responsabilidade da UFRN

dar apoio às atualizações nos sistemas benéficas para as redes e treinamentos e

esclarecimentos de dúvidas, enquanto que as instituições, ao terem acesso a este suporte e aos

sistemas, têm a responsabilidade de implantá-los em seu âmbito interno, contando com equipe

própria de TI ou contratando outros fornecedores para este fim.

O apoio que estes sistemas de informações institucionais integrados têm dado às

atividades diárias e de gestão na UFRN e sua disseminação através de transferência de

conhecimento para instituições federais cooperadas e de credibilidade por todo Brasil

caracteriza-os como um caso bem-sucedido.

Atualmente, os sistemas de informação desenvolvidos pela UFRN já são

utilizados por 49 instituições (27 universidades federais, 9 institutos federais, 12 órgãos

federais e 01 órgão estadual), conforme demonstrado na Figura 03.

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Figura 03 – Instituições que utilizam os sistemas desenvolvidos pela SINFO da UFRN Fonte: Superintendência de Informática da UFRN, 2017

Diante da especialização dos sistemas integrados desenvolvidos pela UFRN, que

têm como principal objetivo a otimização e informatização da rotina e dos processos da

Instituição, auxiliando no desenvolvimento das atividades e na gestão de toda a Universidade,

nada melhor do que utilizá-los para resolver o problema inicialmente apresentado na pesquisa.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O capítulo “procedimentos metodológicos” apresenta a classificação da pesquisa

segundo alguns critérios. Também explica como foi realizada a coleta e análise dos dados

necessários para a pesquisa. Além de mostrar como foi elaborado o modelo proposto do

módulo no SIPAC para reunir as informações dos termos de execução descentralizada ou

convênios, como também sua validação.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Segundo Silva e Menezes (2005), existem várias formas de classificar a pesquisa.

Toda pesquisa deve ser classificada de acordo com alguns critérios, a citar: natureza da

pesquisa, forma de abordagem do problema, objetivos e procedimentos técnicos.

A partir desses critérios citados, esta pesquisa apresentada pode ser classificada

como:

3.1.1 Natureza da Pesquisa

Do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa pode ser classificada como pesquisa

básica ou pesquisa aplicada. Este trabalho pode ser considerado uma pesquisa aplicada, pois

segundo Gerhardt e Silveira (2009, p. 35) a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos

para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e

interesses locais.

Visto que essa pesquisa visa solucionar um problema específico: o gerenciamento

de termos de execução descentralizada, ela pode ser classificada como uma pesquisa aplicada.

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46

3.1.2 Forma de abordagem do problema

Em relação à abordagem do problema, a pesquisa pode ser qualitativa ou

quantitativa.

Neste trabalho será adotada a pesquisa qualitativa, uma vez que se preocupa com

um nível de realidade que não pode ser quantificado, onde o ambiente natural é fonte direta

para coleta de dados, interpretação de fenômenos e atribuição de significados. Segundo

Gerhardt e Silveira (2009, p. 32) na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o

sujeito e o objeto de suas pesquisas.

A pesquisa realizada no Setor de Administração de Convênios buscou levantar,

compreender e levantar dados sobre o gerenciamento de termos de execução descentralizada

na UFRN. Não teve o intuito de obter números como resultados, e sim formas de aprimorar

esse gerenciamento.

3.1.3 Objetivos

Quanto aos seus objetivos, a pesquisa pode ser classificada em exploratória,

descritiva ou explicativa.

Segundo Fernandes e Gomes (2003, p. 21), a pesquisa descritiva é mais

apropriada a casos em que se quer conhecer características de determinado grupo, estabelecer

as relações existentes entre variáveis, bem como avaliar os impactos de implantação de um

determinado programa.

A pesquisa foi desenvolvida no Setor de Administração de Convênios e procura

demonstrar as vantagens futuras que a implantação de um módulo no SIPAC, para reunir as

informações sobre os termos de execução descentralizada, trará ao setor e a todos os

envolvidos no processo, caracterizando-a como uma pesquisa descritiva.

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47

3.1.4 Procedimentos técnicos

Conforme Silva e Menezes (2005, p. 21), quanto aos procedimentos técnicos a

pesquisa pode ser classificada em: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa

experimental, pesquisa de levantamento, estudo de caso, pesquisa expost-facto, pesquisa-ação

e pesquisa participante.

No que diz respeito a esse critério de classificação, utilizou-se nesse trabalho a

pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, o estudo de caso e a pesquisa-ação.

3.1.4.1 Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica, conforme Gerhardt e Silveira (2009, p. 37) é feita a

partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e

eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

Na fase inicial da pesquisa foi feita a pesquisa bibliográfica sobre os temas

utilizados no trabalho, coletando dados necessários para embasamento teórico do mesmo.

Para isso foram utilizadas as seguintes fontes de pesquisa:

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD

(http://bdtd.ibict.br/vufind/);

Portal de Periódicos CAPES (http://www.periodicos.capes.gov.br/);

Scientific Electronic Library Online - SciELO (http://www.scielo.

org/php/index.php);

Scientific Periodicals Electronic Library - SPELL (http://www.

spell.org.br/).

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48

Como resultado da pesquisa bibliográfica, foram obtidos vários trabalhos

importantes para entendimento sobre os temas utilizados na pesquisa, dos quais os mais

relevantes foram citados na pesquisa.

3.1.4.2 Pesquisa documental

A pesquisa documental, segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 128), utiliza

materiais que não receberam tratamento analítico ou que ainda podem ser reelaborados de

acordo com os objetos da pesquisa, como documentos guardados em órgãos públicos ou com

pessoas.

Esse tipo de pesquisa segue os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não

sendo fácil por vezes distingui-las.

A pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já elaborado, constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009).

A pesquisa documental foi realizada no período de agosto de 2016 a abril de

2017, onde a pesquisadora extraiu dados utilizando como fonte de pesquisa:

O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

(SIAFI);

O Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC);

Planilhas eletrônicas do Excel, elaboradas pelo Setor de Administração de

Convênios da UFRN.

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49

3.1.4.3 Estudo de caso

A presente pesquisa também pode ser caracterizada como estudo de caso, que de

acordo com Fernandes (2003, p. 15), trata-se de um estudo em profundidade de uma unidade

de interesse, que pode ser único ou múltiplo e a unidade de análise pode ser uma ou mais

pessoas, família (s), produto (s), empresa(s) ou unidade(s) da empresa, um órgão público, ou

mesmo um país ou vários países. No caso dessa pesquisa o estudo foi realizado no Setor de

Administração de Convênios da UFRN.

3.1.4.4 Pesquisa-ação

De acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 40) a pesquisa-ação pressupõe uma

participação planejada do pesquisador na situação problemática a ser investigada. O processo

de pesquisa recorre a uma metodologia sistemática, no sentido de transformar as realidades

observadas, a partir da sua compreensão, conhecimento e compromisso para a ação dos

elementos envolvidos na pesquisa. Como a autora da pesquisa está lotada no Setor de

Administração de Convênios da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN e encontra-

se envolvida com o problema abordado na pesquisa, ficou caracterizado assim, a pesquisa-

ação.

3.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A coleta de dados foi realizada, principalmente, por intermédio do SIPAC da

UFRN, como também do SIAFI do Poder Executivo Federal. Além das informações contidas

nos sistemas, utilizou-se outras informações contidas em planilhas eletrônicas do Excel e

documentos impressos elaborados e arquivados pelo Setor de Administração de Convênios.

Como a pesquisadora trabalha no setor, procurou todos dados, planilhas, documentos,

relatórios que pudessem enriquecer a pesquisa.

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Para determinar quais as principais informações que os usuários mais buscam, a

pesquisadora entrou em contato por meio conversas e ligações telefônicas, com

coordenadores de projetos financiados com recursos descentralizados, procurando reunir na

proposta todos os dados mais solicitados.

3.3 CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após a coleta de dados bibliográficos e documentais, para demonstrar quais as

informações necessárias na execução de projetos financiados com recursos de

descentralização de crédito orçamentário, foi elaborado um fluxograma detalhando todas as

etapas envolvidas no processo, desde o momento da elaboração do projeto até a sua

finalização. Para construir o fluxograma, a pesquisadora utilizou o software Bizagi Modeler,

uma ferramenta gratuita de Business Process Model and Notation (BPMN). Esse fluxograma

serviu de base para a elaboração do módulo proposto para o SIPAC.

Nessa etapa do trabalho foi necessário buscar subsídios junto a Superintendência

de Informática da UFRN para o desenvolvimento do módulo em questão, através de reuniões

e conversas por telefone, como também com o pessoal da Diretoria de Contabilidade e

Finanças que está envolvido no processo. Além disso, manteve-se contato ainda com os

coordenadores dos projetos, procurando visualizar as dificuldades enfrentadas por eles, de

modo que o módulo proposto atenda às necessidades de todos os usuários. A pesquisadora

ainda conseguiu, junto a seus superiores, permissão de acesso aos módulos do SIPAC aos

quais não tinha acesso, para melhor fundamentar a pesquisa.

Depois do detalhamento da estrutura de funcionalidade do módulo proposto ao

SIPAC, que reunirá todas as etapas da execução, definindo os vários níveis de acesso ao

sistema para os vários tipos de usuários, a pesquisadora produziu um questionário (Apêndice

G) utilizando o “Google Forms” do pacote de aplicativos do Google, através do editor de

formulários. Foram realizados pré-testes com servidores do setor para verificar dúvidas que

pudessem surgir durante a aplicação do questionário, que foi encaminhado aos coordenadores

de projetos executados com recursos de descentralização orçamentária, visando validar a

aplicabilidade do modelo proposto.

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51

4 ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO

Este capítulo está dividido em três partes. Na primeira, apresentação do setor, o

Setor de Administração de Convênios, local de aplicação da pesquisa, é apresentado para

melhor visualização do problema em questão. Na segunda parte é explicada, em detalhes, a

construção do fluxograma demonstrando todas as etapas da execução de Termos de Execução

Descentralizada em uma universidade federal. E, a terceira e última parte corresponde ao

detalhamento da proposta de intervenção, apresentando-se como as informações encontram-se

hoje no SIPAC e como estariam dispostas em um módulo idealizado para reuni-las de forma

organizada e eficiente, evitando os retrabalhos e desperdícios.

4.1 APRESENTAÇÃO DO SETOR

De acordo com o Regimento Interno da Reitoria, a Diretoria de Contabilidade e

Finanças é o órgão central do sistema de administração financeira e contábil da UFRN,

subordinada à Pró-reitoria de Administração. A Diretoria vincula-se tecnicamente ao órgão

setorial do Sistema de Administração Financeira e Contábil do Ministério da Educação, nos

termos das normas vigentes.

Figura 04 – Organograma da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN

Fonte: Elaborada pela autora, 2017.

Diretoria de Contabilidade e

Finanças

Secretaria Administrativa

Assessoria Técnica

Setor de Administração

FinanceiraSetor de

ContabilidadeSetor de

Administração de Convênios

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O Setor de Administração de Convênios, vinculado à Diretoria de Contabilidade e

Finanças da UFRN, é o setor responsável pela execução orçamentária e financeira dos

orçamentos recebidos através de descentralização de crédito, como também de sua prestação

de contas no final de sua execução.

De acordo com o Regimento Interno da Reitoria, compete ao Setor de

Administração de Convênio:

a) Coordenar as atividades relacionadas à execução, ao controle e à prestação de

contas de convênios;

b) Avaliar as atividades relacionadas à execução, ao controle e à prestação de

contas de convênios, oferecendo à Diretoria de Contabilidade e Finanças

sugestões para aperfeiçoar o desempenho das atividades do Setor;

c) Controlar os processos de solicitação de despesa referentes a convênios;

d) Emitir notas de empenho e demais documentos inerentes à execução

orçamentária de convênios;

e) Manter atualizados os registros de controle orçamentário e financeiro dos

convênios;

f) Encaminhar ao Diretor de Contabilidade e Finanças os empenhos emitidos e os

anulados, a fim de serem submetidos à autorização do ordenador da despesa;

g) Elaborar a prestação de contas, ao término da vigência dos convênios, na forma

das respectivas normas;

h) Manter informados os coordenadores sobre os assuntos atinentes aos

respectivos convênios;

i) Acompanhar o desembolso dos recursos financeiros ao convenente, conforme

estabelecido em cronograma;

j) Analisar as prestações de contas, parciais e finais, emitir parecer financeiro e

encaminhar para homologação do ordenador de despesas;

k) Acompanhar o cumprimento dos prazos legais estabelecidos para apresentação,

análise, aprovação da prestação de contas, dentre outros;

l) Manter atualizada a situação da avença, nos sistemas informatizados

específicos;

m) Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pelo Diretor de

Contabilidade e Finanças.

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O setor conta, atualmente, com a colaboração de dez servidores, distribuídos em

duas equipes. Uma equipe trata dos termos de execução descentralizada, contratos e

convênios da UFRN com outros entes. E, a outra equipe trata dos contratos e convênios da

UFRN com a sua fundação de apoio, a FUNPEC.

Atualmente, os dados das descentralizações orçamentárias recebidas pela UFRN

podem ser encontrados, em parte, no Setor de Administração de Convênios. No entanto, esses

dados não se encontram organizados de forma a atender às necessidades daqueles que

precisam de informações a seu respeito. Alguns dados podem ser encontrados no SIPAC,

porém em módulos separados que nem todos têm acesso. Outros estão armazenados em

planilhas do Excel e alguns somente impressos, arquivados na pasta de execução de cada

projeto.

Para justificar a necessidade de criar uma ferramenta para reunir as informações

sobre os projetos executados com recursos descentralizados, a pesquisadora utilizou como

parâmetro dados obtidos em consultas efetuadas no SIAFI, referentes aos exercícios

financeiros de 2014 e 2015, detalhados nos apêndices A e B, e resumidos no quadro 01. Esses

quantitativos mostram a necessidade de ter as informações referentes a esses recursos de

forma mais organizada possível de forma a atender a todos os envolvidos no processo.

DESCENTRALIZAÇÕES RECEBIDAS - UFRN

ANO VALOR (R$) QUANT. PROJETOS

2014 104.665.454,57 69

2015 89.517.760,98 87

Quadro 01 – Descentralizações Recebidas pela UFRN

Fonte: Dados da pesquisa documental, 2017.

Outro dado importante obtido na pesquisa é que essas descentralizações recebidas

algumas são executadas diretamente pelo Setor de Administração de Convênios da UFRN e

outras são repassadas para serem executadas pela FUNPEC, fundação de apoio da UFRN,

conforme quadro 02. No entanto, atualmente, só existe a obrigatoriedade de cadastro do

projeto no SIPAC se o projeto for executado pela FUNPEC, os demais executados

diretamente pela UFRN, alguns não possuem registro algum no SIPAC.

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EXECUÇÃO DAS DESCENTRALIZAÇÕES RECEBIDAS - UFRN

ANO EXECUÇÃO - UFRN EXECUÇÃO - FUNPEC

VALOR (R$) QUANT. PROJETOS VALOR (R$) QUANT. PROJETOS

2014 78.690.564,43 25 25.974.890,14 44

2015 58.273.213,21 37 31.244.547,77 50

Quadro 02 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN

Fonte: Dados da pesquisa documental, 2017.

Analisando-se os dados sobre as descentralizações orçamentárias recebidas pela

UFRN em 2014 e 2015, pode-se afirmar que:

Gráfico 01 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN - 2014

Fonte: Dados da pesquisa documental, 2017.

Em 2014, dos 69 (sessenta e nove) projetos que receberam orçamento

descentralizado, 44 (quarenta e quatro) geraram um contrato com a FUNPEC e os outros 25

(vinte e cinco) projetos foram executados pela UFRN sem vínculos com a fundação de apoio.

Levando-se em consideração os valores recebidos pelos projetos no mesmo ano, os projetos

executados pela UFRN somaram R$ 78.690.564,43 (setenta e oito milhões, seiscentos e

noventa mil, quinhentos e sessenta e quatro reais, quarenta e três centavos) representando em

torno de 75% do total recebido.

75%

25%

Execução das Descentralizações - 2014

UFRN

FUNPEC

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Gráfico 02 – Execução das Descentralizações Recebidas pela UFRN - 2015

Fonte: Dados da pesquisa documental, 2017.

Em 2015, dos 87 (oitenta e sete) projetos que receberam orçamento

descentralizado, 50 (cinquenta) geraram um contrato com a FUNPEC e os outros 37 (trinta e

sete) projetos foram executados pela UFRN sem vínculos com a fundação de apoio. No

entanto, da mesma forma que em 2014, levando-se em consideração os valores recebidos, os

projetos executados pela UFRN somaram R$ 58.273.213,21 (cinquenta e oito milhões,

duzentos e setenta e três mil, duzentos e três reais, vinte e um centavos) representando em

torno de 65% do total recebido.

Esses dados mostram que os projetos que não foram cadastrados no módulo

“Projetos/Convênios” representam uma parcela significativa das descentralizações recebidas

pela instituição. Outro aspecto a ser lembrado é que sem o cadastro do projeto no SIPAC, as

informações disponibilizadas limitam-se a alguns dados orçamentários e financeiros,

impossibilitando a emissão de relatórios mais detalhados sobre a sua execução. Esse cadastro,

assim, traria um ganho considerável aos usuários das informações.

65%

35%

Execução das Descentralizações - 2015

UFRN

FUNPEC

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4.2 ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE TERMOS DE EXECUÇÃO

DESCENTRALIZADA

Para melhor visualizar a necessidade de organização das informações sobre os

Termos de Execução Descentralizada, a pesquisadora usou os princípios do Gerenciamento de

Processos de Negócio (BPM - Business Process Management) e construiu um fluxograma

utilizando como ferramenta de modelagem o programa Bizagi Modeler (Figura 5, pág. 58)

contendo todas as etapas da execução de cada projeto e demonstrando todos os envolvidos no

processo (coordenador do projeto, órgão financiador, PROPLAN, Reitoria da UFRN e Setor

de Administração de Convênios). De acordo com o fluxograma criado, a execução de projetos

financiados com recursos de descentralização de crédito orçamentário obedece às seguintes

etapas:

1) Elaboração do projeto – a primeira etapa para o recebimento de crédito

descentralizado é a elaboração de um projeto indicando como o recurso

será utilizado, quantificando todas as despesas que serão efetuadas para

atingir o objetivo proposto;

2) Submissão do projeto – após a elaboração, o projeto é submetido ao

órgão financiador;

3) Análise do projeto – o projeto é analisado pelo órgão financiador, quando

está dentro dos padrões de financiamento do mesmo, é aprovado, do

contrário volta para o coordenador fazer os ajustes;

4) Elaboração do TED – após a aprovação do projeto pelo órgão

financiador, a PROPLAN elabora um Termo de Execução Descentralizada

ou um Convênio, um documento que contém os dados e as obrigações do

proponente e do concedente, objeto, valor, cronograma de desembolso e

vigência do termo;

5) Assinatura do TED (UFRN) – o Termo de Execução Descentralizada é

assinado pelo reitor da universidade e encaminhado para ser assinado

também pelo órgão financiador;

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6) Assinatura do TED (Órgão Financiador) – o Termo de Execução

Descentralizada é assinado pelo órgão financiador que encaminha uma

cópia assinada para a UFRN;

7) Descentralização do orçamento – o órgão financiador descentraliza o

crédito orçamentário conforme discriminado no cronograma descrito no

Termo de Execução Descentralizada ou Convênio;

8) Criação de unidade no SIPAC – o Setor de Administração de Convênios

solicita a abertura de uma unidade orçamentária específica no SIPAC;

9) Alocação do crédito no SIPAC – na unidade criada no SIPAC, o pessoal

do Setor de Administração de Convênios aloca o orçamento recebido na

descentralização;

10) Solicitação de empenho – o coordenador faz as requisições de empenho

de acordo com o plano de trabalho aprovado pelo órgão financiador;

11) Empenho da despesa solicitada – o Setor de Administração de

Convênios realiza a emissão dos empenhos conforme as solicitações

efetuadas pelo coordenador;

12) Liquidação dos empenhos – nesta etapa, a despesa empenhada é

liquidada, significando que o material foi entregue ou serviço foi prestado,

mediante apresentação de documento comprobatório;

13) Solicitação de financeiro para pagamento dos empenhos – depois da

liquidação das despesas, o Setor de Administração de Convênio solicita ao

órgão financiador o recurso financeiro para pagamento das mesmas;

14) Liberação do financeiro solicitado – o órgão financiador repassa o

financeiro conforme solicitação;

15) Pagamento das despesas – com a liberação do financeiro pelo órgão

financiador, as despesas são pagas;

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16) Devolução de saldo orçamentário não utilizado – no encerramento do

exercício financeiro, se o orçamento recebido não for totalmente utilizado,

procede-se com a devolução do saldo existente;

17) Elaboração da prestação de contas – após todas as despesas empenhadas

serem pagas e a vigência do termo de execução descentralizada ou

convênio terminar, a prestação de contas é elaborada pelo Setor de

Administração de Convênios, em formulários específicos de cada órgão, e

encaminhada ao órgão financiador;

18) Análise da prestação de contas – o órgão financiador do projeto analisa a

prestação de contas. Caso precise de algum ajuste, envia uma diligência

solicitando as informações adicionais. Quando a prestação de contas

atende aos padrões especificados pelo órgão, esta é aprovada;

19) Arquivamento – após a aprovação da prestação de contas, todos os

documentos relativos ao TED ou Convênio são arquivados.

Da forma como está hoje, apenas algumas dessas etapas ficam registradas no

SIPAC. Esse fluxograma, portanto, serviu de base para a construção do módulo no SIPAC

que agrupará todas as informações sobre esses projetos executados com recursos de Termos

de Execução Descentralizada ou Convênios.

Devido à quantidade de etapas e de envolvidos no processo, o fluxograma ficou

muito extenso prejudicando a sua leitura. Para facilitar, a pesquisadora dividiu o mesmo em

quatro partes que podem ser visualizadas nos apêndices C, D, E e F do trabalho.

Buscando auxiliar aos envolvidos no processo de execução de projetos com

recursos de descentralização orçamentária, a pesquisadora elaborou um informativo

(Apêndice H) descrevendo todo o processo desde o seu início até o seu arquivamento,

detalhando todas as etapas a serem cumpridas.

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Figura 05 – Fluxograma Etapas da Execução de Projetos com Recursos de TED Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

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60

4.3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM MÓDULO DO SIPAC

Atualmente, algumas das informações sobre os Termos de Execução

Descentralizada e Convênios já podem ser encontradas no Sistema Integrado de Patrimônio,

Administração e Contratos (SIPAC), mas em módulos diferentes, conforme mostrado na

figura 06.

Figura 06 – Tela inicial do SIPAC

Fonte: Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos – UFRN, 2017.

O módulo “Projetos/Convênios” possui acesso quase exclusivo da Pró-reitoria de

Planejamento e Coordenação Geral – PROPLAN e já possui uma estrutura detalhada para

cadastro e acompanhamento de projetos, conforme demonstrado na Figura 07.

No entanto, nesse módulo somente são cadastrados, com algumas exceções, os

projetos que geram um contrato ou convênio com a Fundação Norte-rio-grandense de

Pesquisa e Cultura – FUNPEC, fundação de apoio da UFRN. Os demais projetos não têm

cadastro algum no módulo, assim como, o Setor de Administração de Convênios e os

coordenadores dos projetos possuem acesso restrito a esse módulo.

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Figura 07 – Módulo Projetos/Convênios Fonte: Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos – UFRN, 2017.

No módulo “Orçamento” toda a movimentação orçamentária e financeira,

referente aos termos de execução descentralizada e convênios, é lançada pelo Setor de

Administração de Convênios e pode ser consultada pelo coordenador do projeto, conforme

Figura 08. Esse módulo não possui vinculação com o Módulo Projetos/Convênios utilizado

pela PROPLAN.

A falta de integração entre esses dois módulos do SIPAC limita o acesso aos

dados pelos usuários, gerando informações incompletas e separadas. Esses dados reunidos

poderiam gerar relatórios muito mais ricos, abrangendo um número maior de informações.

Utilizando as informações contidas nos dois módulos, por exemplo, poderia-se gerar um

relatório que apresentasse tanto os dados do projeto como também os dados orçamentários e

financeiros, podendo comparar o plano de trabalho cadastrado na proposta com sua efetiva

execução, gerando uma informação mais ampla e detalhada.

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Figura 08 – Módulo de Orçamento Fonte: Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos – UFRN, 2017.

Dessa forma, para atender aos diferentes tipos de usuários, a pesquisadora propõe

a criação de um módulo específico no SIPAC que contemple todas as informações sobre os

Termos de Execução Descentralizada e Convênios, conforme demonstrado na Figura 09 e

detalhado no subitem 4.3.1.

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Figura 09 – Proposta de Módulo TED/Convênios no SIPAC

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

4.3.1 Detalhamento da proposta do Módulo TED/Convênios

Tomando-se como base as necessidades dos vários usuários (Setor de

Administração de Convênios, PROPLAN, coordenadores dos projetos, etc) das informações

sobre os termos de execução descentralizada, a pesquisadora desenvolveu o modelo do

Módulo TED/Convênios, conforme demonstrado na Figura 10.

No modelo proposto estarão reunidas as informações já contidas nos módulos

“Projetos/Convênios” e “Orçamento”, como também outras de igual importância que

atualmente não possuem cadastro no SIPAC, distribuídas em seis abas no Módulo

TED/Convênios. Desse modo, todas as etapas da execução de projetos com recursos de TED,

especificadas no fluxograma apresentado anteriormente (Figura 05, pág. 59), ficarão

registradas no SIPAC, podendo ser consultadas a qualquer época pelo pessoal autorizado

previamente.

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Módulo TED/Convênios

Cadastros Projetos TED/Convênios Orçamento Prestação de Contas Relatórios

Menu Principal

Figura 10 – Proposta de Módulo TED/Convênios – Menu Principal Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

O modelo proposto contará com seis abas: Cadastros, Projetos, TED/Convênios,

Orçamento, Prestação de Contas e Relatórios. Nessas abas ficarão registradas todas as etapas

sobre a execução de projetos financiados com recursos de descentralização de crédito

orçamentário e poderão ser acessadas pelos usuários que buscam estas informações.

A forma de acesso ao modulo proposto ficará dividida basicamente em três grupos

de usuários:

Pessoal vinculado ao Setor de Administração de Convênios – terá

acesso ao módulo completo podendo inserir informações em todas as abas,

exceto na aba “Projetos” que é de responsabilidade da PROPLAN,

necessitando de autorização para adicionar algum dado nessa aba;

Pessoal vinculado à PROPLAN – terá acesso ao módulo completo, mas

apenas para consultas, exceto na aba “Projetos” que é de sua

responsabilidade;

Coordenadores dos projetos – terão acesso ao módulo completo, mas

apenas para consultas, com exceção da aba “Projetos” a qual já têm acesso

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através do Portal do Docente no SIGAA para inserir seus projetos, como

também da aba “Orçamento” que já possuem acesso através do Portal

Administrativo do SIPAC onde podem fazer requisições para empenhos.

Na aba “Cadastros” ficarão lançados todos os registros necessários para

preenchimento das demais abas do módulo proposto. Ela remeterá aos cadastros já existentes

no módulo “Projetos/Convênios” e no módulo “Orçamento”, como também outros cadastros

importantes para o módulo proposto, como por exemplo: órgão concedente e coordenador.

A aba “Projetos” remeterá ao acesso do módulo “Projetos/Convênios” já existente

no SIPAC. Após a elaboração do projeto, sua submissão ao órgão financiador e aprovação, o

coordenador fará o seu cadastro no sistema através do Portal do Docente no SIGAA, na aba

Convênios, para posteriormente dar início à sua execução. O acompanhamento do cadastro

dos projetos nessa aba é de responsabilidade da PROPLAN, pois de acordo com o Regimento

Interno da Reitoria, uma de suas competências é “analisar e dar suporte à elaboração de

projetos acadêmicos de ensino, pesquisa, extensão, de desenvolvimento institucional e

inovação tecnológica, e respectivos planos de trabalhos para a identificação e elaboração do

instrumento jurídico”. Assim, mesmo sendo projetos que possuam vinculação com outras Pró-

reitorias, como a Pró-reitoria de Pesquisa (PROPESQ) e a Pró-Reitoria de Extensão

(PROEX), a avaliação final é da PROPLAN.

Após a aprovação do projeto e o coordenador fazer seu cadastro através do Portal

do Docente no SIGAA, o TED ou Convênio é elaborado pela PROPLAN, assinado pelos

responsáveis pelas instituições envolvidas e o crédito orçamentário é descentralizado pelo

órgão concedente (etapas 4, 5, 6 e 7 do fluxograma, pág. 59).

Na aba “TED/Convênios” ficarão registrados todos os documentos relativos ao

Termo de Execução Descentralizada ou Convênio: órgão concedente, transferência no SIAFI,

processo de concessão, objeto, valor, vigência, prazo para prestação de contas, cronograma de

desembolso, plano de trabalho, notas de crédito, programações financeiras, termos aditivos,

coordenador, contrato com a FUNPEC (quando houver), documentos e anotações relativas ao

termo/convênio desde a sua assinatura até o seu arquivamento. Nessa aba tanto haverá entrada

de dados por meio de digitação, possibilitando a elaboração de relatórios, como também

poderão ser inseridos documentos digitalizados, possibilitando a consulta de toda a

documentação relativa ao TED ou Convênio.

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Atualmente, estes dados não constam no sistema, no entanto, sua disponibilidade

é indispensável para o devido acompanhamento do TED/Convênio. Sua inclusão no módulo é

parte integrante da proposta de intervenção deste trabalho de pesquisa.

A aba seguinte, “Orçamento”, remeterá ao módulo de mesmo nome já existente

no SIPAC. Nesta aba ficarão lançadas as seguintes etapas do fluxograma:

Criação de unidade no SIPAC (Etapa 8);

Alocação do crédito no SIPAC (Etapa 9);

Solicitação de empenho (Etapa 10);

Empenho da despesa solicitada (Etapa 11);

Liquidação dos empenhos (Etapa 12);

Solicitação do financeiro para pagamento dos empenhos (Etapa 13);

Liberação do financeiro solicitado (Etapa 14);

Pagamento das despesas (Etapa 15);

Devolução de saldo orçamentário não utilizado (Etapa 16).

Na aba “Prestação de Contas” será lançado o correspondente a 17ª e 18ª etapas do

fluxograma (Elaboração e análise da prestação de contas). Nela ficarão cadastrados todos os

formulários exigidos normalmente para prestação de contas: Relatório de Cumprimento do

Objeto, Relatório de Execução Físico-Financeira, Relação de Pagamentos, Relação de Bens

Produzidos ou Construídos, Conciliação Bancária, entre outros. Deverá também conter campo

para inserir cópia assinada e digitalizada da prestação contas.

A prestação de contas é uma das fases mais importantes em se tratando de

TED/Convênios, pois como a universidade, nesse caso, não está utilizando o seu próprio

orçamento e sim uma parte do orçamento de outro órgão, ao final de sua execução tem que

prestar contas ao órgão que descentralizou o recurso, para demonstrar que o valor recebido foi

aplicado de acordo com o estabelecido no termo firmado.

Atualmente, a prestação de contas de TED/Convênios não possui registro algum

no SIPAC, sua elaboração é realizada pelo Setor de Administração de Convênios, lançando-se

os dados em planilhas do Excel. E, dependendo do volume de dados a serem lançados, uma

prestação de contas pode demorar vários dias para ser digitada e ficar pronta para envio ao

órgão concedente. Nesse caso, a utilização do módulo proposto reduziria o tempo despendido

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no processo de elaboração da prestação de contas, pois os dados poderão ser importados do

sistema.

Na última aba, “Relatórios”, ficarão disponíveis vários tipos de relatórios sobre o

TED ou Convênio (cadastros, orçamentários, financeiros, prestação de contas, etc.) de modo a

atender aos diferentes tipos de usuários do sistema.

4.3.1.1 Resumo da proposta do Módulo TED/Convênios

Para melhor visualização da proposta de intervenção em módulo do SIPAC, a

pesquisadora construiu um quadro contendo o resumo da mesma, usando como sequência as

etapas especificadas no fluxograma (figura 05, pág. 59).

O quadro 03, Resumo da proposta do Módulo TED/Convênios, está dividido em

três colunas: a primeira lista todas as etapas da execução de projetos que utilizam orçamentos

descentralizados; a segunda mostra como cada etapa é executada atualmente; e, a terceira

apresenta o que mudará na execução de cada etapa com a implantação do modelo proposto na

pesquisa.

Este quadro, apresentado a seguir, mostra de forma sintetizada as principais

alterações na rotina de execução de TED/Convênios, facilitando a comparação entre o antes e

o depois da utilização do modelo proposto.

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ETAPAS DO FLUXOGRAMA EXECUÇÃO ATUALMENTE COM O MÓDULO PROPOSTO

1. Elaboração do Projeto Os projetos são elaborados pelos coordenadores, mas nem todos são registrados no SIGAA/SIPAC.

Todos os projetos que serão executados com orçamento descentralizado serão cadastrados no SIGAA/SIPAC, após sua aprovação pelo órgão concedente dos recursos.

2. Submissão do Projeto

3. Análise do Projeto

4. Elaboração do TED Estas etapas não possuem registro no SIPAC, o TED/Convênio depois de assinado fica arquivado em pastas no Setor de Administração de Convênios.

Além de arquivado fisicamente no Setor de Administração de Convênios, o TED/Convênio ficará registrado no SIPAC onde seus dados poderão ser consultados e servirão para a elaboração de relatórios.

5. Assinatura do TED (UFRN)

6. Assinatura do TED (Órgão Financiador)

7. Descentralização do orçamento

8. Criação de unidade no SIPAC

Estas etapas são registradas no módulo "Orçamento" já existente no SIPAC.

No módulo proposto, as informações dessas etapas, lançadas no módulo "Orçamento", poderão ser integradas com as do módulo "Projetos/Convênios" e com as demais lançadas no Módulo TED/Convênios, gerando relatórios mais abrangentes para atender aos vários tipos de usuários.

9. Alocação do crédito no SIPAC

10. Solicitação de empenho

11. Empenho da despesa solicitada

12. Liquidação dos empenhos

13. Solicitação do financeiro para pagamento dos empenhos 14. Liberação do financeiro solicitado

15. Pagamento das despesas

16. Devolução de saldo orçamentário não utilizado

17. Elaboração da prestação de conta A prestação de contas de TED/Convênios não possui registro algum no SIPAC, sua elaboração é realizada pelo Setor de Administração de Convênios, lançando-se os dados em planilhas do Excel.

O modelo proposto apresenta uma aba específica para lançar a prestação de contas de TED/Convênios. Nela, os anexos serão preenchidos através da importação automática de dados e ficarão disponíveis para consultas. Após a prestação de contas ser concluída, os anexos assinados serão digitalizados e arquivados no SIPAC.

18. Análise da prestação de contas

19. Arquivamento

Após o término da sua vigência, toda a documentação referente ao TED/Convênio é arquivada em caixa devidamente identificada e colocada no Arquivo da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN.

Além de arquivado fisicamente no arquivo da Diretoria de Contabilidade e Finanças, os principais documentos relativos ao TED/Convênio serão digitalizados e inseridos no SIPAC, facilitando a sua consulta quando necessário.

Quadro 03 – Resumo da proposta do Módulo TED/Convênios

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

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4.3.1.2 Análise da aplicabilidade do modelo

Após a construção do modelo proposto, a pesquisadora resolveu avaliar a sua

aplicabilidade. Para isso decidiu utilizar um questionário que foi remetido aos coordenadores

de projetos executados com recursos de descentralização de crédito orçamentário, visto que os

coordenadores são os usuários que mais buscam informações a respeito desses projetos.

A pesquisadora utilizou o “Google Forms” do pacote de aplicativos do Google,

através do editor de formulários, para elaborar o questionário contendo dez questões abertas.

Para que os coordenadores tivessem uma visão geral do modelo proposto, em anexo, foi

encaminhado o quadro que demonstra, de forma resumida, como todas as etapas da execução

de projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária são realizadas

atualmente e como ficarão com a utilização do modelo.

O questionário foi enviado por e-mail para 24 (vinte e quatro) coordenadores que

possuem projetos com recursos de descentralização orçamentária em execução atualmente.

Desse total, 10 (dez) enviaram resposta.

Todos os coordenadores que responderam ao questionário aprovaram o modelo

proposto na pesquisa. Afirmaram que, com o uso do modelo, o projeto passa a ser totalmente

transparente no sistema, facilitando também o trabalho do coordenador e dos servidores que

trabalham no setor competente, pois todos os documentos relacionados ao termo ficarão

disponíveis no SIPAC, facilitando sua consulta. Disseram ainda, que o modelo ajudará tanto

no momento em que o projeto estiver sendo executado, quanto para solucionar futuras

pendências na execução, como, por exemplo, em auditorias na prestação de contas. Acreditam

que o modelo como está já seria bastante inovador e as sugestões poderiam se dar a partir do

uso diário, só assim há possibilidade de se aprimorar o sistema.

As principais respostas enviadas estão resumidas no quadro 04.

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QUESTÕES RESPOSTAS

1. A quanto tempo coordena projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária? Entre 2 e 17 anos.

2. Quais as maiores dificuldades na execução desse tipo de projeto?

A maioria respondeu que a principal dificuldade encontrada é a burocracia na execução do projeto.

3. Com que frequência precisa de informações sobre os projetos que coordena?

Todos responderam que precisam permanentemente de informações sobre o projeto.

4. Que tipos de informações são mais solicitadas?

Dentre as mais citadas estão: saldos orçamentários e financeiros; informações da execução; existência ou não de diligências; informações sobre procedimentos; tramitação de requisições; acompanhamento de processos de compras; informações relacionadas à prestação de contas.

5. Da maneira como é executado atualmente, você consegue essas informações de forma rápida?

Em linhas gerais, a maioria respondeu que consegue as informações de forma rápida, mas que poderia ficar melhor.

6. Atualmente, como obtém essas informações? A maioria respondeu que quando o projeto é executado diretamente pela UFRN, eles buscam as informações em contato com o pessoal da DCF.

7. Costuma utilizar com frequência o SIPAC? Todos responderam que sim.

8. A implantação do modelo proposto ajudaria na execução dos projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária? Ou não faria diferença alguma?

Todos afirmaram que sim.

"Ajuda sim. Hoje muito do que está sendo proposto fica distribuído em pastas de nossos computadores pessoais. E sempre que precisamos acessar temos que sair procurando. Além disso, a preocupação com cópia de segurança passa a ser do sistema."

"Facilitaria a transparência, porém pondero que os setores teriam que adaptar-se a usar a ferramenta SIGAA e SIPAC com frequência a fim de evitar duplo trabalho de via física e virtual. Seria ótimo ter acesso aos relatórios de prestação de contas e integração entre PROPLAN e PROAD sobre os TED's."

9. Em sua opinião, quais os pontos positivos e negativos do modelo proposto na pesquisa?

A maioria respondeu que só veem pontos positivos, pois tornaria a execução mais prática, eficiente e organizada.

10. Que sugestões daria para melhorar o modelo proposto na pesquisa?

A maioria preferiu não opinar e alguns afirmaram que o modelo proposto já melhora em muito o atual.

Quadro 04 – Análise das respostas ao questionário

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de pesquisa teve como objetivo principal analisar os processos de

Gestão de Termos de Execução Descentralizada na Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, de modo a responder à questão inicialmente apresentada: “como o SIPAC poderá

reunir essas informações de modo a ajudar no gerenciamento de TED’s e Convênios da

UFRN?”. Com o propósito de responder a questão e cumprir o objetivo geral, a pesquisadora

estabeleceu três objetivos específicos, a saber:

OBJETIVOS ESPECÍFICOS REALIZAÇÃO

1. Mapear os processos envolvidos na Gestão de Termos de Execução Descentralizada na UFRN

Através da pesquisa bibliográfica e documental, como também através de observações realizadas no Setor de Administração de Convênios e contato com os demais envolvidos na execução de projetos financiados através de descentralização de crédito orçamentário, a pesquisadora conseguiu mapear todas as etapas envolvidas nessa execução.

2. Organizar um fluxo do processo de Gestão de Termos de Execução Descentralizada da UFRN

Após o mapeamento dos processos, a pesquisadora usou os princípios do Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM - Business Process Management) e utilizando como ferramenta de modelagem o programa Bizagi Modeler, construiu um fluxograma contendo todas as etapas da execução de cada projeto e demonstrando todos os envolvidos no processo (coordenador do projeto, órgão financiador, PROPLAN, Reitoria da UFRN e Setor de Administração de Convênios).

3. Desenvolver uma proposta de Gestão de Termos de Execução Descentralizada para ser implementado via SIPAC

Utilizando como base o fluxograma criado, a pesquisadora criou o modelo proposto para um módulo no SIPAC que agrupará todas as informações sobre esses projetos executados com recursos de Termos de Execução Descentralizada ou Convênios. Ao final dessa etapa, foi aplicado um questionário junto aos coordenadores desses projetos, de modo a avaliar a aplicabilidade do modelo.

Quadro 05 – Realização dos Objetivos Específicos da Pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

Dessa forma, compreende-se que os objetivos propostos foram alcançados e que

os resultados obtidos na pesquisa demonstram que o SIPAC, através do modelo proposto,

poderá reunir de modo eficiente as informações de modo a ajudar no gerenciamento de

Termos de Execução Descentralizada e Convênios da UFRN.

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A pesquisa serviu para mostrar a relevância do acompanhamento dos projetos

executados com recursos de descentralização de crédito orçamentário desde o seu início até o

seu arquivamento, uma vez que representam uma parcela significativa da execução

orçamentária da instituição, como também por se tratar de projetos executados com recursos

de outros órgãos que descentralizam parte de seus orçamentos para a UFRN executar,

exigindo uma prestação de contas mais detalhada. Mostrou também que, atualmente, as

informações sobre esses projetos podem ser encontradas, em sua maioria, no Setor de

Administração de Convênios da UFRN, mas não estão reunidas nos sistemas SIGAA e

SIPAC, dificultando sua execução e acompanhamento.

Aplicando-se o princípio da eficiência e da transparência, os princípios básicos do

STP e Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM), juntamente com o uso dos sistemas

de informação, o modelo apresentado na pesquisa compreende a proposição de um módulo no

SIPAC que reúna as informações sobre as descentralizações orçamentárias recebidas pela

UFRN. Esta funcionalidade do sistema trará muitos benefícios aos trabalhos executados no

Setor de Administração de Convênios da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN, aos

coordenadores dos projetos, e a própria UFRN, que executará de maneira mais célere e

eficiente os recursos recebidos através de descentralização orçamentária.

Durante o período da pesquisa foi realizado um diagnóstico detalhado da

execução de projetos que utilizam recursos de descentralização de crédito orçamentário e, a

partir desse diagnóstico, a pesquisadora desenvolveu uma proposta de modelo de módulo no

SIPAC capaz de reunir todas as informações sobre esses projetos. Esse modelo proposto será

encaminhado para a PROAD e ficará a disposição da instituição para análise. Futuramente

espera-se que os gestores da UFRN o avaliem e optem por sua implantação.

Assim, diante dos resultados da pesquisa, pode-se concluir que a adoção do

modelo proposto, além de aprimorar os trabalhos do Setor de Administração de Convênios,

diminuindo o desperdício de tempo e melhorando a qualidade dos serviços executados,

também beneficiará os demais usuários do SIPAC que precisam das informações sobre os

projetos custeados através de descentralização de crédito orçamentário.

O presente trabalho ganha relevância adicional, uma vez que os sistemas

desenvolvidos pela SINFO da UFRN já são utilizados por várias outras instituições. Dessa

maneira, a implantação do módulo proposto não ajudará apenas aos usuários da UFRN,

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facilitará também o trabalho dos usuários desse tipo de informação nas várias outras

instituições parceiras na utilização dos sistemas.

O trabalho também resultou em um ganho pessoal à pesquisadora, tanto em

conhecimento quanto em experiência. Desde que entrou na UFRN como servidora, a mesma

está lotada no Setor de Administração de Convênios, o que limitou sua visão sobre o

problema apresentado. E, com o desenrolar da pesquisa, passou a ter uma visão mais

abrangente, não só de seu setor de trabalho, mas também dos demais envolvidos no processo,

procurando reduzir os retrabalhos existentes e melhorando a aplicabilidade dos serviços.

Ressalta-se ainda a interdisciplinaridade conseguida na pesquisa, uma vez que a

pesquisadora buscou subsídios tanto na área do Direito, quanto em Gestão de Processos e

Tecnologia da Informação, ampliando a sua visão dos problemas organizacionais relacionados

à gestão nos contextos de trabalho.

O fator tempo foi a principal limitação da pesquisa, pois inicialmente seria um

projeto de intervenção onde o modelo de módulo do SIPAC seria proposto, implantado e sua

eficácia seria avaliada. No entanto, não foi possível implantar e avaliar o modelo, pois essa

implantação não envolve só a pesquisadora e setor onde ela trabalha, envolve também o

pessoal da SINFO, da PROAD, da PROPLAN, entre outros. Dessa forma, a pesquisadora

sugere que, com a implantação do modelo, sejam feitos novos trabalhos para avaliá-lo e que,

cada vez mais, seja aperfeiçoado, ajudando a todos os usuários dessas informações.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A - DESCENTRALIZAÇÕES RECEBIDAS - EXERCÍCIO 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UG/GESTÃO EMITENTE CONVÊNIOS/PORTARIAS/DESCENTRALIZAÇÕES ORÇAMENTO

RECEBIDO

200109/00001 DPRF/UFRN - SINFO (TC Nº 01/2014) 545.090,33

110235/00001 SNJ - TC Nº 02/2013 - PROGRAMAS DE JUVENTUDE 965.000,00

110407/00001 CENSIPAM/MD - TC Nº 04/2014 - SINFO 126.891,17

152734/00001 SPO - BOLSAS RESID. MÉDICA - TC 1349 12.078.152,13

152734/00001 SPO/MEC - TC Nº 796/14 - NUCLI/UFRN 120.000,00

152734/00001 SPO/MEC - TC Nº 2123/14 - EQUIPAMENTOS 10.000.000,00

153033/15252 UFERSA - GESTÃO PÚBLICA A DISTÂNCIA 117.677,84

153033/15252 UFERSA - POP/RN 21.120,00

153033/15252 UFERSA - TC Nº 02/2013 - COMPERVE 271.556,93

153033/15252 UFERSA - SINFO (TED Nº 04/2014) 306.486,67

153034/15241 UFRA - TC Nº 01/2014 36.000,00

153034/15241 UFRA - TC Nº 02/2014 257.520,00

153037/15222 UFAL - TC Nº 01/2013 - SINFO 150.000,00

153052/15226 UFGO - TC Nº 257/2013 - SINFO 400.417,00

153063/15230 UFPA/UFRN - SINFO 459.600,00

153065/15231 UFPB/UFRN - SINFO (TC Nº 01/2014) 291.560,00

153080/15233 UFPE - TC Nº 01/2013 - SINFO 221.541,67

153115/15236 UFRJ - TC Nº 01/2012 - SINFO 250.000,00

153173/15253 FNDE - PRONATEC - ESENF/EAJ/E M U (TC Nº 1204/2014) 41.822.610,60

153173/15253 FNDE - TC Nº 1918/14 - EDUC. POB. DESIGUALD. SOCIAL 1.504.817,40

153173/15253 FNDE - TED Nº 2372/14 - SINFO 130.345,35

153173/15253 FNDE - E-TEC BRASIL - EAJ/IMD 1.168.986,29

153173/15253 FNDE - TC Nº 1219/14 - PNLD-MC 970.398,83

153173/15253 FNDE - TC Nº 1976/14 - PNLD/PNBE 880.563,29

153173/15253 FNDE - TED Nº 2427/14 - CECANE 152.179,25

153173/15253 FNDE - PNAE - NEI/EAJ/ESENF/E M U/UEI 209.700,00

154003/15279 CAPES - PAFOR (TC Nº 002/2012) 84.350,80

154003/15279 CAPES - TC Nº 1979/14 - PROFLETRAS 1.000.000,00

154003/15279 CAPES - PROAP 2014 - TC Nº 1363/2014 4.153.364,27

154003/15279 CAPES - TC Nº 115/2013 - UAB/SEDIS 4.190.816,64

154003/15279 CAPES - PRÓ-EQUIPAMENTOS (TC Nº 2141/14) 2.375.999,50

154003/15279 CAPES - TC Nº 001/2012 - SINFO 1.074.250,00

154003/15279 CAPES - TC Nº 2211/14 - SEDIS 148.000,00

154080/15277 UFRR - TC Nº 001/2013 - SINFO 275.870,00

154421/26230 UNIVASF - TC Nº 03/2014 - SINFO 334.886,66

154502/26350 UFGD - TC Nº 02/2014 - SINFO 539.286,67

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UG/GESTÃO EMITENTE CONVÊNIOS/PORTARIAS/DESCENTRALIZAÇÕES ORÇAMENTO

RECEBIDO

154503/26352 UFABC - TC Nº 01/2014 - SINFO 637.220,00

158009/26432 IFPR - TC Nº 18/2012 - SINFO 166.666,67

158125/26422 IFC - TED Nº 01/2014 - SINFO 480.297,00

158135/26416 IFPA/UFRN - SINFO 250.000,00

158149/26430 IFSERTÃO-PE - TED Nº 02/2014 16.930,75

158155/26435 IFRN - TC Nº 003/2011 - PÓS GRAD. EM ODONTOLOGIA 18.000,00

158155/26435 IFRN - PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA 43.487,50

158155/26435 IFRN - TC Nº 159/2013 - PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN 32.000,00

158155/26435 IFRN - POP/RN (TC Nº 17/2014) 110.640,00

158469/26417 IFPB - TC Nº 01/2013 - PPGED 233.396,26

158516/26438 IFSC - TC Nº 15/2013 - SINFO 235.953,33

158565/26442 UNILAB - TC Nº 01/2014 - SINFO 306.486,67

158719/26449 UFCA - TED Nº 01/2014 - SINFO 162.886,67

158720/26450 UFSB - TED Nº 01/2014 - SINFO 637.220,00

170940/00001 CGU/UFRN - TC Nº 04/2014 - SINFO 300.000,00

180077/00001 ME - TED Nº 47/2014 - SEM. INT. MEGAEVENTOS ESPORT. 36.920,00

200005/00001 CGL - TC Nº 03/2014 - UFRN/MJ - SINFO 545.090,34

200016/00001 SDH/PR - TED Nº 06/2014 - CRDH 290.358,88

201002/00001 MP/SLTI - TC Nº 06/2012 - SINFO 500.000,00

240107/00001 INPE - POP/RN (TDC Nº 001/2014) 35.760,00

257001/00001 FNS - TC Nº 174/2013 - PNASS 844.245,72

257001/00001 FNS - TC Nº 24/2013 792.000,00

257001/00001 FNS - TC Nº 75/2013 - PRÓ-SAÚDE/PET-SAÚDE 225.464,87

257001/00001 FNS - TC Nº 138/2013 - TELESSAÚDE 1.590.000,00

257001/00001 FNS - TC Nº 154/2013 - PLATAFORMA RH 3.100.000,00

257001/00001 FNS - TC Nº 234/2013 600.000,00

373001/27201 INCRA/UFRN - LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS 157.882,60

373001/37201 INCRA/UFRN - GESTÃO DE COOPERATIVAS 271.402,11

380001/0001 SENAES/MTE - TC Nº 01/2012 66.276,00

380001/0001 SENAES/MTE - INICIES/PRONINC (TC Nº 012/2013) 154.088,58

420029/00001 MINC - TEIA NACIONAL DA DIVERSIDADE 3.491.500,00

510002/57202 INSS - TC Nº 01/2013 - SINFO 578.241,33

772001/00001 SECIRM/UFRN - PROGRAMA PROARQUIPÉLAGO 120.000,00

TOTAL RECEBIDO 104.665.454,57

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APÊNDICE B - DESCENTRALIZAÇÕES RECEBIDAS - EXERCÍCIO 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UG/GESTÃO EMITENTE CONVÊNIOS/PORTARIAS/DESCENTRALIZAÇÕES ORÇAMENTO

RECEBIDO

110407/00001 CENSIPAM/MD - TC Nº 04/2014 - SINFO 507.564,68

120015/00001 CLBI - TED Nº 01/2015 - POP/RN 21.600,00

152734/00001 SPO - BOLSAS RESID. MÉDICA - TC 2538 (Transf. p/ 150426) 13.090.872,65

153030/15249 UNIFEI/UFRN - SINFO 69.520,00

153033/15252 UFERSA - XXIII REUNIÃO ORDINÁRIA DO FONDCF 5.000,00

153033/15252 UFERSA - POP/RN (TC Nº 01/2014) 21.120,00

153033/15252 UFERSA - SINFO (TED Nº 04/2014) 306.486,67

153033/15252 UFERSA - CONCURSO PÚBLICO 131.922,73

153037/15222 UFAL - TC Nº 01/2013 - SINFO 150.000,00

153052/15226 UFGO - TC Nº 257/2013 - SINFO 400.417,00

153065/15231 UFPB/UFRN - SINFO 291.560,00

153080/15233 UFPE - TC Nº 01/2013 - SINFO 221.541,67

153166/15240 UFRRJ - TED Nº 06/2015 - SINFO 306.486,67

153173/15253 FNDE - PRONATEC - ESENF/EAJ/E M U (TED Nº 2600/15) 23.623.298,52

153173/15253 FNDE - PRONATEC - ESENF/EAJ/E M U (TED Nº 3473/15) 8.870.200,00

153173/15253 FNDE - PRONATEC - EAJ (TED Nº 3474/15) 768.000,00

153173/15253 FNDE - PRONATEC - EAJ (TED Nº 3472/15) 407.880,00

153173/15253 FNDE - PRONATEC - EAJ (TED Nº 3593/15) 927.200,00

153173/15253 FNDE - PNAE (NEI/EAJ/ESENF/E M U) 272.580,00

153173/15253 FNDE - TED Nº 3271/15 - E-TEC BRASIL - IMD/EAJ 2.430.219,30

153173/15253 FNDE - TED Nº 3272/15 - E-TEC BRASIL - EAJ 420.666,10

153173/15253 FNDE - TED Nº 3273/15 - E-TEC BRASIL - EAJ 22.650,00

153173/15253 FNDE - TED Nº 3274/15 - E-TEC BRASIL - EAJ 82.856,28

153173/15253 FNDE - TED Nº 3432/15 - CECANE/PNAE 245.474,04

153173/15253 FNDE - TED Nº 2372/14 - SINFO 651.726,71

154003/15279 CAPES - PROAP 2015 (TC Nº 2718/15) 4.049.840,00

154003/15279 CAPES - PAFOR (TC Nº 2604/2015) 30.000,00

154003/15279 CAPES - TC Nº 2709/15 - UAB/SEDIS 373.838,66

154003/15279 CAPES - TC Nº 001/2012 - SINFO 1.668.250,00

154003/15279 CAPES - TED Nº 3223/15 - I CONGRESSO NACIONAL PROFLETRAS 100.021,00

154003/15279 CAPES - TC Nº 3373/15 - SINFO 200.000,00

154080/15277 UFRR - TC Nº 001/2013 - SINFO 275.870,00

154080/15277 UFRR - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE DUAS RESIDÊNCIAS EM TI 30.000,00

154421/26230 UNIVASF - TC Nº 03/2014 - SINFO 539.286,66

154502/26350 UFGD - TC Nº 02/2014 - SINFO 539.286,67

155013/26443 EBSERH - TED Nº 01/2015 - SINFO 243.877,78

155013/26443 EBSERH HUOL-UFRN - TED Nº 01/2015 72.000,00

155014/26443 EBSERH HUAB-UFRN - TED Nº 01/2015 29.884,90

155014/26443 EBSERH HUAB-UFRN - TED Nº 01/2015 37.106,30

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UG/GESTÃO EMITENTE CONVÊNIOS/PORTARIAS/DESCENTRALIZAÇÕES ORÇAMENTO

RECEBIDO

158125/26422 IFC - TED Nº 01/2014 - SINFO 480.297,00

158129/26404 IF BAIANO - TED Nº 04/2014 - SINFO 217.934,34

158134/26423 IFS - TED Nº 01/2015 - MESTRADO EM GESTÃO PÚBLICA 57.600,00

158138/26417 IFPB - TC Nº 01/2014 - PPGP (MATRIZ) 144.000,00

158149/26430 IFSERTÃO-PE - TED Nº 02/2014 - MPGPI 50.792,25

158155/26435 IFRN - POP/RN (TC Nº 17/2015) 55.320,00

158155/26435 IFRN - TC Nº 20/2014 - MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA 50.000,00

158469/26417 IFPB - TC Nº 01/2013 - PPGED (FILIAL - JOÃO PESSOA) 117.674,68

158516/26438 IFSC - TC Nº 15/2013 - SINFO 235.953,34

158718/26448 UNIFESSPA - TED Nº 02/2015 - SINFO 129.600,00

158719/26449 UFCA - TED Nº 01/2014 - SINFO 325.753,33

170009/00001 ESAF - TED Nº 01/2015 35.000,00

180077/00001 ME - TED Nº 64/2015 - REDE CEDES 116.681,00

200109/00001 DPRF/UFRN - SINFO (TC Nº 01/2014) 545.090,36

200109/00001 DPRF - GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 84.000,00

200016/00001 SDH/PR - TED Nº 06/2014 - CRDH 49.790,98

200021/00001 SEPOM/PR - TED Nº 02/2015 - MULHERES CONQ. AUTONOMIA ECONÔMICA 912.401,38

200246/00001 FUNAD - TED Nº 21/2015 - CRR/UFRN 322.400,00

240101/00001 MCTI - TED Nº 14.0013.00/2015 - IIF/UFRN 300.000,00

240107/00001 INPE - POP/RN (TDC Nº 001/2015) 35.760,00

240115/00001 MCTI - TED Nº 07/2015 - III SIMPÓSIO DO POTENCIAL ENERG. MICROALGAS 60.000,00

240115/00001 MCTI - IMPLANTAÇÃO DA 1ª FASE DO PARQUE TECNOLÓGICO DO RN 524.280,00

255000/36211 FUNASA - TED Nº 03/2015 3.580.000,00

257001/00001 FNS - TC Nº 138/2013 - TELESSAÚDE 530.700,00

257001/00001 FNS - TC Nº 174/2013 - PNASS 519.281,08

257001/00001 FNS - TED Nº 121/2014 - AVA-SUS 3.000.000,00

257001/00001 FNS - TED Nº 165/2014 1.398.010,00

257001/00001 FNS - TED Nº 134/2014 2.004.671,84

257001/00001 FNS - TED Nº 197/2014 102.315,00

257001/00001 FNS - TED Nº 53/2015 2.700.000,00

257001/00001 FNS - TED Nº 54/2015 900.000,00

257001/00001 FNS - TED Nº 56/2015 1.500.000,00

257001/00001 FNS - TED Nº 106/2015 - PMAQ 2.222.636,38

257001/00001 FNS - TED Nº 129/2015 - NUPLAM 699.000,00

257001/00001 FNS - TED Nº 130/2015 - NUPLAM 300.000,00

303001/30211 CADE/MJ - TED Nº 01/2014 - SINFO 354.713,00

323031/32205 ANP/PRH 14 - ENG. QUÍMICA 166.326,23

323031/32205 ANP/PRH 22 - GEOLOGIA 153.966,89

323031/32205 ANP/PRH 30 - QUÍMICA 62.400,67

323031/32205 ANP/PRH 36 - DIREITO 139.649,12

340030/00001 MINC/FNC - PLANO DE CULTURA UFRN 462.500,00

343039/40401 IPHAN/RN - TED PAC Nº 353 (GRUPO ESCOLAR AUGUSTO SEVERO) 80.000,00

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UG/GESTÃO EMITENTE CONVÊNIOS/PORTARIAS/DESCENTRALIZAÇÕES ORÇAMENTO

RECEBIDO

343039/40401 IPHAN/RN - TED PAC Nº 356 (EDIFÍCIO DA SEMUT) 100.000,00

373001/37201 INCRA/UFRN - GESTÃO DE COOPERATIVAS (TC Nº 01/2013) 253.000,00

373001/37201 INCRA/UFRN - LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS 325.093,00

380001/00001 SENAES/MTE - INICIES/PRONINC (TC Nº 012/2013) 58.822,79

403201/40402 FUNART - PRÊMIO FUNARTE DE APOIO A ORQUESTRA/2014 40.000,00

510002/57202 INSS - TC Nº 01/2013 - SINFO 578.241,33

TOTAL RECEBIDO 89.517.760,98

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APÊNDICE C – FLUXOGRAMA – PARTE 1

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APÊNDICE D – FLUXOGRAMA – PARTE 2

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APÊNDICE E – FLUXOGRAMA – PARTE 3

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APÊNDICE F – FLUXOGRAMA – PARTE 4

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APÊNDICE G – QUESTIONÁRIO APLICADO JUNTO AOS COORDENADORES DOS

PROJETOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA/UFRN

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS INSTITUCIONAIS

INSTRUMENTO DE PESQUISA

Caro Coordenador,

Este questionário faz parte da pesquisa de mestrado “GERENCIAMENTO DE

TERMOS DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA EM UMA UNIVERSIDADE

FEDERAL”, que tem como pesquisadora responsável Giselle Souza do Nascimento,

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Gestão de Processos Institucionais, sob a

orientação do Professor Dr. Marcelo Rique Carício.

Esta pesquisa tem por objetivo analisar os processos de Gestão de Termos de

Execução Descentralizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a sua ideia

central é reunir todas as informações sobre as descentralizações orçamentárias recebidas pela

UFRN em um único módulo do SIPAC, ajudando tanto ao Setor de Administração de

Convênios, quanto aos coordenadores dos projetos executados com os recursos dessas

descentralizações e demais usuários dessas informações, fazendo com que eles consigam

informações de maneira mais simples e rápida.

Você foi escolhido por ser coordenador de projeto financiado com recursos de

descentralização de crédito orçamentário. Os dados fornecidos serão confidenciais e

divulgados apenas em congressos ou publicações científicas. Durante todo o período da

pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Giselle Souza do Nascimento (84)

99986-1291.

São dez questões discursivas e suas respostas servirão para validar os resultados

da pesquisa. Dessa forma, antes de começar a responder, leia as informações contidas no

quadro a seguir que demonstra, de forma resumida, como todas as etapas da execução de

projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária são realizadas atualmente

e como ficarão com a utilização do modelo proposto. Desde já agradecemos sua participação.

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QUADRO RESUMO

ETAPAS DO FLUXOGRAMA EXECUÇÃO ATUALMENTE COM O MÓDULO PROPOSTO

1. Elaboração do Projeto Os projetos são elaborados pelos coordenadores, mas nem todos são registrados no SIGAA/SIPAC

Todos os projetos que serão executados com orçamento descentralizado serão cadastrados no SIGAA/SIPAC, após sua aprovação pelo órgão concedente dos recursos.

2. Submissão do Projeto

3. Análise do Projeto

4. Elaboração do TED Estas etapas não possuem registro no SIPAC, o TED/Convênio depois de assinado fica arquivado em pastas no Setor de Administração de Convênios

Além de arquivado fisicamente no Setor de Administração de Convênios, o TED/Convênio ficará registrado no SIPAC onde seus dados poderão ser consultados e servirão para a elaboração de relatórios.

5. Assinatura do TED (UFRN)

6. Assinatura do TED (Órgão Financiador)

7. Descentralização do orçamento

8. Criação de unidade no SIPAC

Estas etapas são registradas no módulo "Orçamento" já existente no SIPAC.

No módulo proposto, as informações dessas etapas, lançadas no módulo "Orçamento", poderão ser integradas com as do módulo "Projetos/Convênios" e com as demais lançadas no Módulo TED/Convênios, gerando relatórios mais abrangentes para atender aos vários tipos de usuários.

9. Alocação do crédito no SIPAC

10. Solicitação de empenho

11. Empenho da despesa solicitada

12. Liquidação dos empenhos

13. Solicitação do financeiro para pagamento dos empenhos 14. Liberação do financeiro solicitado

15. Pagamento das despesas

16. Devolução de saldo orçamentário não utilizado

17. Elaboração da prestação de conta A prestação de contas de TED/Convênios não possui registro algum no SIPAC, sua elaboração é realizada pelo Setor de Administração de Convênios, lançando-se os dados em planilhas do Excel.

O modelo proposto apresenta uma aba específica para lançar a prestação de contas de TED/Convênios. Nela todos os anexos ficarão disponíveis para consultas. Após a prestação de contas ser concluída, os anexos assinados serão digitalizados e arquivados no SIPAC.

18. Análise da prestação de contas

19. Arquivamento

Após o término da sua vigência, toda a documentação referente ao TED/Convênio é arquivada em caixa devidamente identificada e colocada no Arquivo da Diretoria de Contabilidade e Finanças da UFRN.

Além de arquivado fisicamente no arquivo da Diretoria de Contabilidade e Finanças, os principais documentos relativos ao TED/Convênio serão digitalizados e inseridos no SIPAC, facilitando a sua consulta quando necessário.

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QUESTÕES

1. A quanto tempo coordena projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária?

2. Quais as maiores dificuldades na execução desse tipo de projeto?

3. Com que frequência precisa de informações sobre os projetos que coordena?

4. Que tipos de informações são mais solicitadas?

5. Da maneira como é executado atualmente, você consegue essas informações de forma rápida?

6. Atualmente, como obtém essas informações?

7. Costuma utilizar com frequência o SIPAC?

8. A implantação do modelo proposto ajudaria na execução dos projetos financiados com recursos de descentralização orçamentária? Ou não faria diferença alguma?

9. Em sua opinião, quais os pontos positivos e negativos do modelo proposto na pesquisa?

10. Que sugestões daria para melhorar o modelo proposto na pesquisa?

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APÊNDICE H – INFORMATIVO SOBRE PROJETOS EXECUTADOS COM RECURSOS

DE DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO – PROAD

DIRETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS – DCF

SETOR DE ADMINISTRAÇÃO DE CONVÊNIOS

ETAPAS DA EXECUÇÃO DE PROJETOS COM RECURSOS

DE DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

NATAL, RN

2017

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91

1 APRESENTAÇÃO

O informativo “Etapas da execução de projetos com recursos de descentralização

orçamentária” tem o objetivo de disponibilizar, de forma simples, a todos os envolvidos no

processo de execução de projetos com recursos de descentralização orçamentária, a sequência

das etapas a serem cumpridas desde a elaboração do projeto até o seu arquivamento.

Este informativo inclui um fluxograma detalhado de todas as etapas,

demonstrando todos os envolvidos no processo (coordenador do projeto, órgão financiador,

PROPLAN, Reitoria da UFRN e Setor de Administração de Convênios), como também um

quadro explicando cada etapa.

Giselle Souza do Nascimento

Setor de Administração de Convênios – DCF/UFRN

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92 2 FLUXOGRAMA – ETAPAS DA EXECUÇÃO DE PROJETOS COM RECURSOS DE DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

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3 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

ETAPAS RESPONSÁVEL DESCRIÇÃO

1. Elaboração do Projeto Coordenador do Projeto

A primeira etapa para o recebimento de crédito descentralizado é a elaboração de um projeto indicando como o recurso será utilizado, quantificando todas as despesas que serão efetuadas para atingir o objetivo proposto.

2. Submissão do Projeto Coordenador do Projeto Após a elaboração, o projeto é submetido ao órgão financiador.

3. Análise do Projeto Órgão Financiador

O projeto é analisado e quando está dentro dos padrões de financiamento, é aprovado, do contrário volta para o coordenador fazer os ajustes.

4. Elaboração do TED PROPLAN

Após a aprovação do projeto pelo órgão financiador, é elaborado um Termo de Execução Descentralizada ou um Convênio, um documento que contém os dados e as obrigações do proponente e do concedente, objeto, valor, cronograma de desembolso e vigência do termo

5. Assinatura do TED (UFRN) Reitoria da UFRN

O Termo de Execução Descentralizada é assinado pelo reitor da universidade e encaminhado para ser assinado também pelo órgão financiador

6. Assinatura do TED (Órgão Financiador) Órgão Financiador

O Termo de Execução Descentralizada é assinado pelo órgão financiador que encaminha uma cópia assinada para a UFRN

7. Descentralização do orçamento Órgão Financiador

O órgão financiador descentraliza o crédito orçamentário conforme discriminado no cronograma descrito no Termo de Execução Descentralizada ou Convênio

8. Criação de unidade no SIPAC

Setor de Administração de Convênios

Solicitação da abertura de uma unidade orçamentária específica no SIPAC.

9. Alocação do crédito no SIPAC

Setor de Administração de Convênios

O orçamento recebido na descentralização é alocado na unidade criada no SIPAC.

10. Solicitação de empenho Coordenador do Projeto O coordenador faz as requisições de empenho de acordo com o plano de trabalho aprovado pelo órgão financiador

11. Empenho da despesa solicitada

Setor de Administração de Convênios

Emissão dos empenhos conforme as solicitações efetuadas pelo coordenador.

12. Liquidação dos empenhos Setor de Administração de Convênios

Nesta etapa, a despesa empenhada é liquidada, significando que o material foi entregue ou serviço foi prestado, mediante apresentação de documento comprobatório.

13. Solicitação do financeiro para pagamento dos empenhos

Setor de Administração de Convênios

Depois da liquidação das despesas é realizada a solicitação do recurso financeiro ao órgão financiador, para pagamento das mesmas.

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94

ETAPAS RESPONSÁVEL DESCRIÇÃO

14. Liberação do financeiro solicitado Órgão Financiador Repasse do financeiro conforme solicitação.

15. Pagamento das despesas Setor de Administração de Convênios

Com a liberação do financeiro pelo órgão financiador, as despesas são pagas.

16. Devolução de saldo orçamentário não utilizado

Setor de Administração de Convênios

No encerramento do exercício financeiro, se o orçamento recebido não for totalmente utilizado, procede-se com a devolução do saldo existente.

17. Elaboração da prestação de contas

Setor de Administração de Convênios

Após todas as despesas empenhadas serem pagas e a vigência do termo de execução descentralizada ou convênio terminar, a prestação de contas é elaborada em formulários específicos de cada órgão, e encaminhada ao órgão financiador.

18. Análise da prestação de contas Órgão Financiador

O órgão financiador do projeto analisa a prestação de contas. Caso precise de algum ajuste, envia uma diligência solicitando as informações adicionais. Quando a prestação de contas atende aos padrões especificados pelo órgão, esta é aprovada.

19. Arquivamento Setor de Administração de Convênios

Após a aprovação da prestação de contas, todos os documentos relativos ao TED ou Convênio são arquivados.

REFERÊNCIAS:

NASCIMENTO, Giselle Souza do. Gerenciamento de termos de execução descentralizada

em uma universidade federal. 2017. 94f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão de

Processos Institucionais) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.