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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ndash UFF

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA ndash EEAAC

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL DE ENSINO NA SAUacuteDE

MYLLENA CAcircNDIDA DE MELO

A RESIDEcircNCIA COMO CENAacuteRIO EDUCATIVO PARA ENFERMEIROS o uso da

metodologia da problematizaccedilatildeo

NITEROacuteI RJ

2013


A RESIDEcircNCIA COMO CENAacuteRIO EDUCATIVO PARA ENFERMEIROS O USO

DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZACcedilAtildeO

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Mestrado

Profissional em Ensino na Sauacutede da Escola de

Enfermagem Aurora de Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense como requisito

parcial agrave obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre

Campo de Confluecircncia Ensino e Sauacutede

Orientadora

Profordf Drordf Gisella de Carvalho Queluci - UFF

Co-Orientadora

Profordf Drordf Mocircnica Villela Gouvecirca ndash UFF

NITEROacuteI RJ

2013

M 528 Melo Myllena Cacircndida de

A residecircncia como cenaacuterio educativo para enfermeiros o

uso da metodologia da problematizaccedilatildeo Myllena Cacircndida de

Melo ndash Niteroacutei [sn] 2013

119 f

Dissertaccedilatildeo (Mestrado Profissional em Ensino na Sauacutede) -

Universidade Federal Fluminense 2013

Orientador Profordf Gisella de Carvalho Queluci

1 Preceptoria 2 Educaccedilatildeo em Enfermagem 3 Metodologia

4 Ensino 5 Resoluccedilatildeo de Problemas I Tiacutetulo

CDD 61073










Aprovada em 18 de outubro de 2013

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________


Orientadora

___________________________________________________________________________

Profordf Drordf Mocircnica Villela Gouvecirca - UFF

Co-Orientadora

___________________________________________________________________________

Profordf Drordf Claudia Mara de Melo Tavares - UFF

___________________________________________________________________________

Profordf Drordf Tereza Cristina Felippe Guimaratildees ndash INCL

___________________________________________________________________________

Profordf Drordf Teresa Tonini ndash UNIRIO

NITEROacuteI RJ

2013

AGRADECIMENTOS

As minhas orientadoras (Gisella e Mocircnica) pela paciecircncia com minhas crises de ansiedade -

ldquoEu natildeo sou ansiosa Sourdquo - flexibilidade quanto a minha ldquoloucardquo rotina de trabalho e

principalmente pela solidariedade em dividirem comigo suas experiecircncias e saberes

motivando meu crescimento profissional intelectual e pessoal - ldquoQuero ser assim quando eu

crescerrdquo

Agrave Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa por me acolher em especial na figura da

Roberta (secretaacuteria do Mestrado Profissional de Ensino na Sauacutede) por sua delicadeza

dedicaccedilatildeo e prontidatildeo

Aos meus ldquocolegas de trabalhordquo a quem considero amigos (Bianca Camila Deacutebora Eloiacutesio

Fabiana Maxwell Paula Regiane Taacutebata e Viacutevian) por me apoiarem contribuiacuterem

imensamente nessa caminhada entenderem minhas distraccedilotildees ouvirem e aguentarem minhas

anguacutestias e queixas e especialmente por relevarem minhas indelicadezas

Ao meu marido (Saulo) pela compreensatildeo nos momentos de ausecircncia e ateacute de ldquoautismordquo

pelos elogios mesmo quando infundados mas quem ama exalta as qualidades do outro natildeo

eacute

A minha famiacutelia pela excelente educaccedilatildeo proporcionada particularmente meus pais (Maacuteida e

Amadeus) e minha avoacute (Rita) pelo esforccedilo desmedido em minha criaccedilatildeo e por serem

exemplos de pessoas batalhadoras dedicadas e justas

[] claro que quando chegar ao fim do meu passeio saberei mais

mas tambeacutem eacute certo que saberei menos precisamente por mais saber

por outras palavras a ver se me explico

a consciecircncia de saber mais conduz-me agrave consciecircncia de saber pouco

aliaacutes apetece perguntar que eacute saber

Joseacute Saramago

SARAMAGO J Histoacuteria do cerco de Lisboa Portugal Editorial Caminho 1989

ldquoE nos desafios eu conheci a forccedila e a persistecircncia do meu quererrdquo

Gisella Queluci

RESUMO

A aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo no processo de ensino-aprendizagem e nas relaccedilotildees

estabelecidas durante as atividades de uma residecircncia pode contribuir para que o aluno se descubra enquanto ser integral e como parte de uma totalidade resgatando seus conhecimentos e aplicando-os agrave

realidade aprendendo assim de modo significativo Isto possibilita formar profissionais mais

preparados para o trabalho em equipe e para a integralidade da atenccedilatildeo agrave sauacutede capazes de continuar a

aprender durante a vida profissional (AGUILAR-DA-SILVA ROCHA JUNIOR 2010) OBJETIVO Primaacuterio - Analisar a aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo no ensino de residentes de

Enfermagem de um Programa de Residecircncia Multiprofissional em Oncologia Secundaacuterios -

Identificar as dimensotildees de problemas vivenciados pelos residentes de Enfermagem de um Programa de Residecircncia Multiprofissional em Oncologia Discutir possiacuteveis avanccedilos na construccedilatildeo do

conhecimento sobre os problemas vivenciados pelos residentes de Enfermagem de um Programa de

Residecircncia Multiprofissional em Oncologia com base na aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa

desenvolvida em um hospital ensino da rede puacuteblica do Rio de Janeiro que oferece o Programa de

Residecircncia Multiprofissional em Oncologia onde os participantes da pesquisa foram residentes de

Enfermagem deste programa ingressos no ano de 2012 O projeto foi submetido e aprovado por Comitecirc de Eacutetica reconhecido no CNS registro CAAE - 00620153000-10 processo nordm 12362010

Desta forma segue todos os quesitos eacuteticos A coleta de dados foi embasada nas etapas do arco de

Maguerez (observaccedilatildeo da realidade ndash pontos-chave ndash teorizaccedilatildeo ndash hipoacuteteses de soluccedilatildeo ndash aplicaccedilatildeo agrave realidade) e posteriormente analisados segundo Bardin RESULTADOS Os dados foram analisados

em duas categorias temaacuteticas A praacutetica assistencial da Enfermagem como cenaacuterio no processo ensino-

aprendizagem e Metodologia da Problematizaccedilatildeo estrateacutegia de ensino para a autonomia do residente de Enfermagem Quanto aos participantes percebeu-se um grupo jovem com pouco tempo de formado

e possiacutevel inexperiecircncia profissional enquanto enfermeiros entretanto participativo interessado e

disposto a discutir questotildees de seu cotidiano onde trouxeram como base para o debate a situaccedilatildeo-

problema ldquoA desestrutura da residecircncia com foco na preceptoriardquo O grupo como um todo levantou questionamentos abrangendo vaacuterias dimensotildees do problema desde sua concepccedilatildeo conceitual

histoacuterica perpassando a juriacutedica operacional econocircmica ateacute a emocionalafetiva aleacutem de construiacuterem

soluccedilotildees ou pelo menos preposiccedilotildees para soluccedilatildeo do mesmo Durante o debate os participantes identificaram tambeacutem fatores potencializadores e limitantes da preceptoria no programa em questatildeo

PRODUTO Tendo como iminente anseio transmitido pelo grupo seu acolhimento e treinamento no

cenaacuterio praacutetico por parte dos preceptores e equipe de sauacutede em geral este estudo traz como produto e

contribuiccedilatildeo agrave construccedilatildeo de um protocolo de ensino praacutetico do novo residente no cenaacuterio da residecircncia partindo desde seu acolhimento e ambiecircncia perpassando o planejamento e implementaccedilatildeo

dos cuidados de Enfermagem a partir de situaccedilotildees-problema ateacute a avaliaccedilatildeo de todo o processo

CONCLUSAtildeO A partir da aplicaccedilatildeo da problematizaccedilatildeo percebeu-se o acreacutescimo de conhecimento do grupo advindo do potencial para o estiacutemulo agrave autonomia dos sujeitos onde os mesmos aprendem

por meio da investigaccedilatildeo e reflexatildeo criacutetica de seus objetivos de aprendizagem relacionando-os a

realidade e por conseguinte transformando-a Assim a metodologia da problematizaccedilatildeo emerge como uma estrateacutegia pedagoacutegica por aproximar o ensino agrave realidade onde indiviacuteduos de diferentes

contextos sociais interagem intercambiando saberes e experiecircncias ressignificando conceitos e

valores refletindo sobre a realidade repensando pontos problemaacuteticos pesquisando questionando

teorizando e buscando soluccedilotildees para alteraccedilatildeo transformaccedilatildeo da realidade vivida atraveacutes da reflexatildeo mas principalmente da accedilatildeo

Palavras-chave Preceptoria Educaccedilatildeo em Enfermagem Metodologia Ensino Resoluccedilatildeo de Problemas

ABSTRACT

The application of the methodology of problematization in the teaching - learning and the relationships

established during the activities of a residence can contribute to the student to discover while being full and as part of a whole rescuing their knowledge and applying them to reality learning so

significantly This enables training professionals better prepared for teamwork and for comprehensive

health care able to continue to learn throughout their professional life (AGUILAR -DA - SILVA

ROCK JUNIOR 2010) OBJECTIVE Primary - To evaluate the application of the methodology of problematization in teaching nursing residents from Multidisciplinary Residency Program in

Oncology Secondaries - Identify the dimensions of the problems experienced by nursing residents

from Multidisciplinary Residency Program in Oncology Discuss possible advances in the construction of knowledge about the problems experienced by nursing residents from

Multidisciplinary Residency Program in Oncology based on the application of the methodology of

problematization METHODOLOGY This was a descriptive with approach qualitative developed in a public teaching hospital in Rio de Janeiro offering the Multidisciplinary Residency Program in

Oncology where the participants were nursing residents of this program has entered in year 2012

The project was approved by the Ethics Committee acknowledged the CNS record CAAE -

00620153000-10 process nordm 12362010 The legal ethical aspects were attended Collecting data was based on the steps of arc Maguerez (observation of reality - key points - theory - possible solutions -

application to reality) and subsequently analyzed according to Bardin the elaboration of thematic

categories RESULTS The data were analyzed in two themes The practice of nursing care as a setting in the teachinglearning and methodology of problematization teaching strategy for the autonomy of

the resident of Nursing As for the participants noticed a young group with small training time and

possible professional inexperience as nurses participatory however interested and willing to discuss issues of their daily lives which brought as a basis for discussion the problem situation The

destructures the residence with focus in the preceptorship The group as a whole raised questions

covering various dimensions of the problem since its dimension conceptual historical going through

the legal operational economic to the emotionalaffective and build solutions or at least prepositions for the same solution During the discussion participants also identified potential and limiting factors

the preceptorship of this program in question PRODUCT Having as imminent wish transmitted by

the group their reception and training in the practical setting by the preceptors and health professionals in general this study brings the product and contribution to the construction of a

practical teaching protocol new resident in the scenario of residence starting from his reception and

ambience passing the planning and implementation of nursing care from problem situations to the

evaluation of the whole process CONCLUSION From the application of questioning it was noticed the increase of knowledge of the group coming from the potential for stimulating the autonomy of

individuals where they learn through research and critical reflection of their learning objectives

linking them reality and thus transforming it Thus the problem methodology emerges as a pedagogical strategy for teaching approach to reality where individuals from different social contexts

interact by exchanging knowledge and experiences redefines concepts and values reflecting on

reality rethinking trouble spots researching questioning theorizing and seeking solutions for change transformation of the reality through reflection but mostly the action

Keywords Preceptorship Education Nursing Methodology Teaching Problem Solving

SUMAacuteRIO

p

Capiacutetulo 1 INTRODUCcedilAtildeO

11 DA TEMAacuteTICA Agrave PROBLEMAacuteTICA 13

12 QUESTAtildeO NORTEADORA 17

13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17

141 Revisatildeo Integrativa da Temaacutetica 18

Capiacutetulo 2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 FUNDAMENTOS E ETAPAS DA METODOLOGIA DA

PROBLEMATIZACcedilAtildeO

26

22 METODOLOGIA DA PROBLEMATIZACcedilAtildeO NO ENSINO DE

ENFERMAGEM

30

Capiacutetulo 3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 34

31 ADOLFO SAacuteNCHEZ VAacuteSQUEZ 34

32 PAULO FREIRE 35

33 JOAtildeO LUIZ GASPARIN 36

Capiacutetulo 4 METODOLOGIA 39

41 CENAacuteRIO DO ESTUDO 39

42 PARTICIPANTES DO ESTUDO 42

43 LIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO 42

44 ASPECTOS EacuteTICO-LEGAIS 42

45 COLETA DE DADOS 43

451 Aplicaccedilatildeo da Metodologia da Problematizaccedilatildeo 43

452 Avaliaccedilatildeo Geral 45

46 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS 45

Capiacutetulo 5 RESULTADOS

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS SUJEITOS PARTICIPANTES 47

52 CATEGORIAS TEMAacuteTICAS 49

521 A praacutetica assistencial da Enfermagem como cenaacuterio no processo

ensino-aprendizagem

49

522 Metodologia da problematizaccedilatildeo estrateacutegia de ensino para a 58

autonomia do residente de Enfermagem

Capiacutetulo 6 PRODUTO 67

Capiacutetulo 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 78

REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES

Apecircndice 1 ARTIGOS INCLUIacuteDOS NA REVISAtildeO INTEGRATIVA DA

TEMAacuteTICA

90

Apecircndice 2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 95

Apecircndice 3 ROTEIRO 1 97


Apecircndice 5 FORMULAacuteRIO 1 99

Apecircndice 6 DIAacuteRIO DE CAMPO 100

Apecircndice 7 RESUMO DOS DADOS COLETADOS 102

Apecircndice 8 PROTOCOLO DE ENSINO PRAacuteTICO NA RESIDEcircNCIA EM

ONCOLOGIA

111

Apecircndice 9 CRONOGRAMA 114

ANEXOS

Anexo 1 PARECER DE APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA - INCA 116

Anexo 2 PARECER DE APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA ndash

FACULDADE DE MEDICINA UFF HUAP

118

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 Fluxograma da revisatildeo integrativa da temaacutetica elaborado pelos pesquisadores f 21

Figura 2 Arco de Maguerez utilizado por Berbel a partir de Bordenave e Pereira f 27

Figura 3 Esquema de coleta de dados elaborado pelos pesquisadores f 43

Figura 4 Esquema ilustrativo do protocolo de ensino praacutetico elaborado pelos pesquisadores

sobre as etapas do Arco de Maguerez f 68

Graacutefico 1 Distribuiccedilatildeo geograacutefica por regiatildeo brasileira dos artigos encontrados na revisatildeo

integrativa f 22

Graacutefico 2 Classificaccedilatildeo dos artigos encontrados na revisatildeo integrativa f 23

Graacutefico 3 Distribuiccedilatildeo dos artigos encontrados na revisatildeo integrativa quanto agrave discussatildeo teoacuterica

da MP eou sua aplicaccedilatildeo praacutetica f 23

Graacutefico 4 Distribuiccedilatildeo dos artigos encontrados na revisatildeo integrativa quanto agrave aplicaccedilatildeo da

metodologia da problematizaccedilatildeo no ensino de Enfermagem f 24

Quadro 1 Distribuiccedilatildeo do nuacutemero de vagas por categoria profissional do Programa de

Residecircncia Multiprofissional do INCA f 42

Quadro 2 Identificaccedilatildeo dos sujeitos da pesquisa f 47

Quadro 3 Caracterizaccedilatildeo dos sujeitos da pesquisa f 48

Quadro 4 Atividades relacionadas ao acolhimento e ambiecircncia do novo residente e os

respectivos responsaacuteveis por cada accedilatildeo f 71

Quadro 5 Atividades relacionadas ao planejamento e implementaccedilatildeo dos cuidados de

Enfermagem pelo novo residente a partir da definiccedilatildeo e discussatildeo de situaccedilotildees-

problema bem como os respectivos responsaacuteveis f 74

Quadro 6 Atividades relacionadas agrave avaliaccedilatildeo processual do novo residente e seus respectivos

responsaacuteveis f 76

Quadro 7 Artigos incluiacutedos no estudo a partir de levantamento nas bases de dados da BVS pela

pesquisa e associaccedilatildeo dos descritos ldquoAprendizagem Ativardquo e ldquoEnfermagemrdquo e

posteriormente pela pesquisa e associaccedilatildeo por assunto das palavras ldquoMetodologia da

Problematizaccedilatildeordquo e ldquoEnfermagemrdquo f 90

Tabela 1 Levantamento dos trabalhos disponiacuteveis nas bases de dados da BVS pela pesquisa

dos descritores ldquoAprendizagem Ativardquo e ldquoEducaccedilatildeo em Enfermagemrdquo com posterior

refino associando-os e atendendo aos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo f 19


por assunto com as palavras ldquoMetodologia da Problematizaccedilatildeordquo e ldquoEnfermagemrdquo

com posterior refino associando-os e atendendo aos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

f 20

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABP Aprendizagem Baseada em Problemas

BA Bahia

BDENF Base de Dados em Enfermagem

BSCUP Banco de Ceacutelulas de Sangue de Cordatildeo Umbilical

BVS Biblioteca Virtual em Sauacutede

CEMO Central de Transplante de Medula Oacutessea

CEP Comitecircs de Eacutetica em Pesquisa

CNCC Campanha Nacional de Combate ao Cacircncer

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ES Espiacuterito Santo

GMMS Gabinete do MinistroMinisteacuterio da Sauacutede

HC Hospital de Cacircncer

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

INCA Instituto Nacional de Cacircncer

LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede

MEC Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e Cultura

MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

MeSH Medical Subject Headings

MG Minas Gerais

MP Metodologia da Problematizaccedilatildeo

MPES Mestrado Profissional de Ensino na Sauacutede

MS Ministeacuterio da Sauacutede

PRMO Programa de Residecircncia Multiprofissional em Oncologia

REDOME Registro Nacional de Doadores Voluntaacuterios de Medula Oacutessea

RENACORD Registro Nacional de Sangue de Cordatildeo Umbilical

REREME Registro Nacional de Receptores de medula Oacutessea

RESID Residente

RJ Rio de Janeiro

RS Rio Grande do Sul

SCIELO Scientific Electronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 DA TEMAacuteTICA Agrave PROBLEMAacuteTICA

Nos uacuteltimos anos iniciativas de formaccedilatildeo poacutes-graduada sobretudo na modalidade

de residecircncia foram desenvolvidas com o apoio de secretarias municipais estaduais e do

Ministeacuterio da Sauacutede (MS) Um impulso significativo a tais projetos ocorreu por meio da

Portaria Interministerial n45MECMS de 12 de janeiro de 2007 que dispotildee sobre a

Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede e a Residecircncia em Aacuterea Profissional da Sauacutede e

institui a Comissatildeo Nacional de Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede permitindo assim

que esses cursos fossem reconhecidos credenciados e avaliados (BRASIL 2007)

As residecircncias multiprofissionais e em aacuterea profissional da sauacutede criadas a partir

da promulgaccedilatildeo da Lei ndeg 11129 de 2005 satildeo orientadas pelos princiacutepios e diretrizes do

Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) a partir das necessidades e realidades locais e regionais e

abrangem as profissotildees da aacuterea da sauacutede a saber Biomedicina Ciecircncias Bioloacutegicas

Educaccedilatildeo Fiacutesica Enfermagem Farmaacutecia Fisioterapia Fonoaudiologia Medicina

Veterinaacuteria Nutriccedilatildeo Odontologia Psicologia Serviccedilo Social e Terapia Ocupacional

(BRASIL 1999)

Buscando atender a uma necessidade nacional e ao disposto na legislaccedilatildeo atual o

Instituto Nacional de Cacircncer (INCA) referecircncia nacional em Oncologia e hospital

formador de profissionais de sauacutede desde 2009 vem reestruturando seus cursos de

residecircncia transformando-os em multiprofissionais exceto os de Medicina Nesse contexto

a instituiccedilatildeo tem aprimorado o projeto poliacutetico pedagoacutegico de seus programas buscando

qualificar seus processos de ensinoaprendizagem

A motivaccedilatildeo para realizaccedilatildeo deste estudo se originou em minha trajetoacuteria

profissional Apoacutes ter me formado enfermeira pela Universidade Federal de Goiaacutes fui

aprovada para a residecircncia em Enfermagem Oncoloacutegica do INCA Este instituto enquanto

hospital-ensino forma profissionais especialistas em oncologia de diversas regiotildees e

cidades do Brasil e de outros paiacuteses com a intenccedilatildeo que estes retornem e contribuam para

melhorar sua realidade no consonante ao tratamento oncoloacutegico

14

Apoacutes o teacutermino da residecircncia trabalhei em hospitais oncoloacutegicos da rede puacuteblica e

privada na regiatildeo norte do Brasil Rio Branco-Acre e Beleacutem-Paraacute Percebi entatildeo o quanto

ainda eacute precaacuteria a matildeo de obra de profissionais nestes locais principalmente em se tratando

de uma aacuterea especializada

Em 2011 ao retornar ao INCA como enfermeira e preceptora me deparei com

alguns percalccedilos pessoais no ensino Ser preceptora natildeo significa simplesmente realizar a

praacutetica e me vi numa posiccedilatildeo que anteriormente enquanto residente criticava preceptores

com pouca ou nenhuma formaccedilatildeo de ensino Assim me interessei pelo Mestrado

Profissional em Ensino na Sauacutede (MPES) almejando me qualificar para tal empreitada

enfermeira preceptora Para o enfermeiro assumir o papel de professor ele precisa possuir

conhecimento na aacuterea especiacutefica bem como do processo educativo A formaccedilatildeo

pedagoacutegica eacute essencial no planejar organizar e implementar o processo ensino-

aprendizagem (RODRIGUES MENDES SOBRINHO 2007)

Vasconcelos e Prado (2004) afirmam que o enfermeiro educador entende que sua

praacutetica profissional exige competecircncia e comprometimento mais a partir daiacute deve ser

repensado que o saber o saber fazer e o saber ser estatildeo na matildeo do enfermeiro educador

condiccedilatildeo principal de sua atividade de trabalho Por isso que o planejamento de seu

trabalho deve estar relacionado ao processo de ensino-aprendizagem

Considera-se ainda que a formaccedilatildeo pedagoacutegica de preceptores deva ter como meta

compreender o que significa um processo dialeacutetico de ensino-aprendizagem por meio da

adoccedilatildeo de um modelo educativo e de perspectivas pedagoacutegicas que superem a mera

transmissatildeo de conhecimentos e que levem os profissionais a extraiacuterem das situaccedilotildees

complexas e contraditoacuterias de seus exerciacutecios profissionais diaacuterios a possibilidade de

superar obstaacuteculos e construir alternativas de soluccedilatildeo Para assegurar aos preceptores um

processo de formaccedilatildeo natildeo fragmentado e que contribua para uma reflexatildeo sistemaacutetica e

bem fundamentada sobre o modelo de atenccedilatildeo agrave sauacutede eacute preciso uma estrateacutegia educativa

que favoreccedila uma perspectiva emancipadora (JESUS RIBEIRO 2012)

Historicamente a formaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede tem sido pautada no uso de

metodologias conservadoras (ou tradicionais) sob forte influecircncia do mecanicismo de

inspiraccedilatildeo cartesiana newtoniana e reducionista (CAPRA 2006)

15

A fragmentaccedilatildeo do saber manifestou-se no aguccedilamento das subdivisotildees da

universidade em centros e departamentos e dos cursos em periacuteodos ou seacuteries e em

disciplinas estanques Nesse sentido o processo ensino-aprendizagem tem se restringido

muitas vezes agrave reproduccedilatildeo do conhecimento no qual o docente assume um papel de

transmissor de conteuacutedos ao passo que ao discente cabe agrave retenccedilatildeo e repeticcedilatildeo dos

mesmos mdash em uma atitude passiva e receptiva (ou reprodutora) mdash tornando-se mero

expectador sem a necessaacuteria criacutetica e reflexatildeo (BEHRENS 2005)

Internacionalmente haacute um reconhecimento da necessidade de mudanccedila na

educaccedilatildeo de profissionais de sauacutede frente agrave inadequaccedilatildeo do aparelho formador em

responder agraves demandas sociais As instituiccedilotildees tecircm sido estimuladas agrave transformaccedilatildeo na

direccedilatildeo de um ensino que dentre outros atributos valorize a equidade e a qualidade da

assistecircncia e a eficiecircncia e relevacircncia do trabalho em sauacutede O processo de mudanccedila da

educaccedilatildeo traz inuacutemeros desafios entre os quais romper com estruturas cristalizadas e

modelos de ensino tradicionais e formar profissionais de sauacutede com competecircncias que lhes

permitam recuperar a dimensatildeo essencial do cuidado a relaccedilatildeo entre humanos (CYRINO

TORALLES-PEREIRA 2004)

A reflexatildeo criacutetica sobre os processos de trabalho mdash mesmo em condiccedilotildees de

alienaccedilatildeo e de subordinaccedilatildeo a uma loacutegica que dificulta o exerciacutecio profissional como

praacutetica criadora e capaz de dotar os sujeitos de satisfaccedilatildeo mdash eacute uma condiccedilatildeo necessaacuteria

para ampliar as dimensotildees realizadoras do trabalho na sauacutede Em paralelo eacute fundamental

compreender que as principais questotildees sobre educaccedilatildeo hoje estatildeo profundamente

relacionadas agraves novas demandas do processo de trabalho motivadas pelas mudanccedilas na

produccedilatildeo e difusatildeo de bens e conhecimentos gerados pelos avanccedilos cientiacutefico-tecnoloacutegicos

em nossa sociedade (JESUS RIBEIRO 2012)

Haacute tempos se reconhecem alguns meacutetodos de aprendizagem ativa que trabalham

intencionalmente com problemas para o desenvolvimento dos processos de ensino-

aprendizagem e valorizam o aprender a aprender dentre eles o ensino pela Aprendizagem

Baseada em Problemas (ABP) e a Metodologia da Problematizaccedilatildeo (MP) Nessas

estrateacutegias a reflexatildeo sobre os problemas desencadeia a busca de fatores explicativos e a

proposiccedilatildeo de soluccedilatildeo ou soluccedilotildees para o problema Desta forma problematizar significa

16

ser capaz de responder ao conflito intriacutenseco que o problema traz Os conteuacutedos satildeo

reconstruiacutedos pelo estudante que precisa reorganizar o material adaptando-o agrave sua estrutura

cognitiva preacutevia para descobrir relaccedilotildees leis ou conceitos que precisaraacute assimilar (MARIN

et al 2010)

Na ABP os estudantes reunidos em pequenos grupos satildeo incentivados a

mobilizarem conhecimentos na resoluccedilatildeo de problemas selecionados para o estudo visando

o desenvolvimento do raciociacutenio criacutetico habilidades de comunicaccedilatildeo e o entendimento da

necessidade de aprender ao longo da vida Jaacute a MP ancora-se nas concepccedilotildees de Paulo

Freire que propotildee a construccedilatildeo do conhecimento pelo movimento de agir sobre a realidade

uma vez que no plano do pensamento essa eacute refeita pela reflexatildeo a qual orienta o sujeito

na transformaccedilatildeo por meio da praacutexis (MARIN et al 2010)

A problematizaccedilatildeo como uma opccedilatildeo pedagoacutegica compreende o aluno como

protagonista corresponsaacutevel por sua trajetoacuteria educacional e o professor como coadjuvante

e facilitador das experiecircncias relacionadas ao processo de aprendizagem A MP enfatiza a

importacircncia da construccedilatildeo do proacuteprio conhecimento a partir de conhecimentos preacutevios e

das realidades vividas despontando propriedades emergentes que incitam no estudante um

novo olhar sobre si mesmo sobre o outro sobre a relaccedilatildeo de cuidado e as praacuteticas em sauacutede

(REIBNITZ PRADO 2006)

A aplicaccedilatildeo da MP no processo de ensino-aprendizagem e nas relaccedilotildees

estabelecidas durante as atividades de uma residecircncia pode contribuir para que o aluno se

descubra enquanto ser integral e como parte de uma totalidade resgatando seus

conhecimentos e aplicando-os agrave realidade aprendendo assim de modo significativo Isto

possibilita formar profissionais mais preparados para o trabalho em equipe e para a

integralidade da atenccedilatildeo agrave sauacutede capazes de continuar a aprender durante a vida

profissional (AGUILAR-DA-SILVA ROCHA JUNIOR 2010)

Dessa forma o pressuposto do estudo eacute que o uso da MP no ensino de Enfermagem

em uma unidade oncoloacutegica resulte em uma aprendizagem significativa mais autocircnoma e

estimule o pensamento criacutetico por parte dos alunos que dela se beneficiam formando

profissionais criacuteticos dialoacutegicos emancipados conscientes de seus direitos e deveres e

acima disso sujeitos ativos e transformadores de seus cenaacuterios reais

17

12 QUESTAtildeO NORTEADORA

Qual a contribuiccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo como estrateacutegia1 de

ensino para os residentes de Enfermagem num Programa de Residecircncia Multiprofissional

em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio

Analisar a aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo no ensino de

residentes de Enfermagem de um Programa de Residecircncia Multiprofissional em Oncologia

Secundaacuterios

Identificar as dimensotildees de problemas vivenciados pelos residentes de

Enfermagem de um Programa de Residecircncia Multiprofissional em Oncologia

Discutir possiacuteveis avanccedilos na construccedilatildeo do conhecimento sobre os problemas

vivenciados pelos residentes de Enfermagem de um Programa de Residecircncia

Multiprofissional em Oncologia com base na aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

Partindo-se do pressuposto de que somente o domiacutenio de conteuacutedos em sauacutede e

Enfermagem natildeo eacute suficiente para o exerciacutecio da atividade de preceptoria uma vez que esta

exige conhecimentos didaacutetico-pedagoacutegicos para orientaccedilatildeo e supervisatildeo do treinamento

praacutetico dos estudantes os preceptores devem almejar um processo de formaccedilatildeo natildeo

fragmentado e que contribua para uma reflexatildeo sistemaacutetica e bem fundamentada sobre o

modelo de atenccedilatildeo agrave sauacutede buscando estrateacutegias educativas que favoreccedilam uma

perspectiva emancipatoacuteria

1 Estrateacutegia ndash segundo definiccedilatildeo do dicionaacuterio Aureacutelio da Liacutengua Portuguesa - Habilidade astuacutecia

esperteza contornou a dificuldade com estrateacutegia (FERREIRA 2010)

18

O Ministeacuterio de Educaccedilatildeo e Cultura (MEC) diz ainda que as definiccedilotildees de

estrateacutegias de educaccedilatildeo que articule esses saberes de aprender de fazer de conviver de

ser visam desenvolver o aprender a aprender a conviver junto a valorizaccedilatildeo das condiccedilotildees

eacuteticas e humanas como tambeacutem desenvolver atitudes e valores orientados para a cidadania

e para a solidariedade Todos esses atributos satildeo indispensaacuteveis agrave formaccedilatildeo do enfermeiro e

o educador em sauacutede deve assegurar-se atraveacutes de estrateacutegias de ensino baseados nessa

perspectiva de educaccedilatildeo Educar para a cidadania e a participaccedilatildeo plena na sociedade

(FERNANDES 2004)

Assim a problematizaccedilatildeo revela-se como uma proposta nova e inovadora que

precisa ser melhor apreendida e pesquisada por meio de constantes aproximaccedilotildees com a

praacutetica a fim de que a teoria que a envolve seja compreendida e que hipoacuteteses de soluccedilatildeo

de problemas e lacunas se faccedilam presentes para que ao retornar agrave realidade a

transformaccedilatildeo e a mudanccedila aconteccedilam e o conhecimento seja constituiacutedo avaliado e

reavaliado (SCHAURICH CABRAL ALMEIDA 2007)

141 Revisatildeo Integrativa da Temaacutetica

Para melhor compreender a aplicaccedilatildeo da metodologia foi realizada revisatildeo

integrativa com a seguinte questatildeo norteadora Como a metodologia da problematizaccedilatildeo

vem sendo aplicada e utilizada no ensino de Enfermagem

O levantamento bibliograacutefico foi realizado nos meses de marccedilo abril e maio de

2012 e atualizado no periacuteodo de junho de 2013 pela BIREMEBiblioteca Virtual de Sauacutede

(BVS) nas bases de dados eletrocircnicos da LILACS (Literatura Latino-Americana e do

Caribe em Ciecircncias de Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) MEDLINE

(Literatura Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca eletrocircnica de acesso aberto

SciELO (Scientific Eletronic Library Online)

Como estrateacutegia de busca foi utilizada os descritores DeCSMeSH ldquoaprendizagem

ativardquo e ldquoeducaccedilatildeo em enfermagemrdquo Infelizmente natildeo haacute um descritor exato para

ldquometodologia da problematizaccedilatildeordquo sendo o mais aproximado ldquoaprendizagem baseada em

problemasrdquo sinocircnimo de aprendizagem ativa

Foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo

19

publicaccedilotildees nacionais

idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol

publicados no periacuteodo de 2007-2012 e

publicaccedilotildees com conteuacutedo pertinente agrave temaacutetica

Os criteacuterios de exclusatildeo foram

publicaccedilotildees sem acesso ao texto completo

indisponiacuteveis gratuitamente online e

natildeo respondem a questatildeo do estudo

Inicialmente foi feita busca individual de cada descritor e subsequente refino da

pesquisa associando-os e filtrando conforme os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo aleacutem de

desconsiderar as publicaccedilotildees repetidas Foram lidos os tiacutetulos e resumos das publicaccedilotildees

levantadas e selecionados apenas os estudos que respondiam a questatildeo norteadora

conforme Tabela 1 p 19

Tabela 1 - Levantamento dos trabalhos disponiacuteveis nas bases de dados da BVS

pela pesquisa dos descritores ldquoAprendizagem Ativardquo e ldquoEducaccedilatildeo em Enfermagemrdquo com

posterior refino associando-os e atendendo aos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo

DESCRITORES BASE DE DADOS

TOTAL LILACS BDENF MEDLINE SCIELO

Aprendizagem Ativa 278 30 4955 68 5331

Educaccedilatildeo em Enfermagem 2232 1923 24800 474 29429

Aprendizagem Ativa + Educaccedilatildeo em

Enfermagem 31 18 261 4 314

Trabalhos potenciais 12

Trabalhos repetidos 4

Trabalhos incluiacutedos 8

Evidenciamos que quando pesquisados separadamente cada descritor exato tem

um nuacutemero expressivos de trabalhos (Aprendizagem ativa ndash 5331 e Educaccedilatildeo em

Enfermagem - 29429) principalmente na base da MEDLINE poreacutem ao associaacute-los este

nuacutemero reduz consideravelmente (apenas 314) Percebeu-se ainda apoacutes depuraccedilatildeo da

pesquisa que a maioria dos artigos levantados possuem como foco do estudo o meacutetodo de

Aprendizagem Baseada em Problemas provavelmente por esta ser sinocircnimo do descritor

20

usado sendo entatildeo excluiacutedos da revisatildeo restando apenas 12 artigos dos quais 4 satildeo

repetidos finalizando com apenas 8 (oito) estudos incluiacutedos Filtrando ainda mais o

resultado destes 8 estudos incluiacutedos apenas 3 (trecircs) evidenciam a MP e os demais abordam

as metodologias ativas de maneira inespeciacutefica (Quadro 7 ndash artigos nordm 1 a 8 Apecircndice 1 p

90)

Apoacutes a constataccedilatildeo do pequeno nuacutemero de trabalhos pela busca atraveacutes do

descritor e por natildeo haver descritor exato para metodologia da problematizaccedilatildeo foi

realizada ainda uma segunda busca na BVS por assunto utilizando as palavras-chave

ldquometodologia da problematizaccedilatildeordquo e ldquoEnfermagemrdquo incluindo os estudos que atendessem

aos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo conforme Tabela 2 p 20


pela pesquisa por assunto com as palavras ldquoMetodologia da Problematizaccedilatildeordquo e

ldquoEnfermagemrdquo com posterior refino associando-os e atendendo aos criteacuterios de inclusatildeo e

exclusatildeo

ASSUNTO BASE DE DADOS


Metodologia da Problematizaccedilatildeo 85 20 06 43 154

Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723

Metodologia da Problematizaccedilatildeo +

Enfermagem 40 17 05 20 82


Trabalhos Repetidos 21

Trabalhos Incluiacutedos 18

Realccedilando os resultados obtidos pela pesquisa por assunto de acordo com a tabela

acima ressaltamos o pequeno nuacutemero de estudos obtidos pela palavra chave ldquometodologia

da problematizaccedilatildeordquo (154) acreditamos que tal fato aconteccedila por natildeo haver descritor exato

para esta e muitos autores optarem por palavras aproximadas Quando agrupadas as

palavras chave MP e Enfermagem o nuacutemero de artigos reduz para 82 onde selecionamos

potencialmente 39 estudos dos quais 21 satildeo repetidos sendo incluiacutedos por fim 18 estudos

(Quadro 7 artigos nordm 9 - 26 Apecircndice 1 p 90)

21

Apesar de usarmos dois mecanismos de busca segundo figura abaixo (Figura 1 p

21) na tentativa de levantar os artigos remanescentes e garantir a seleccedilatildeo completa das

produccedilotildees acerca da temaacutetica pesquisada faz-se necessaacuterio considerar algumas limitaccedilotildees

desta revisatildeo como a heterogeneidade encontrada entre os estudos quanto aos descritores e

palavras-chave usadas pelos autores e ainda por acessarmos somente artigos gratuitos on-

line deixando de incluir alguns trabalhos Aleacutem de ambiguamente podermos ter um

nuacutemero restrito de artigos encontrados ou muitos destes dificultando a seleccedilatildeo dos estudos

que realmente atendam aos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo principalmente no tangente agrave

compatibilidade com o conteuacutedo proposto

Figura 1 - Fluxograma da revisatildeo integrativa da temaacutetica elaborado pelos

pesquisadores

Observando o fluxograma acima (Figura 1 p 21) elaborado pelos pesquisadores

evidenciamos mecanismos de pesquisa bibliograacutefica por ldquodescritores exatosrdquo e ldquopalavras-

chaverdquo pela BVS com respectivo nuacutemero de estudos encontrados e finalmente

22

selecionados e ao reuni-los foram selecionados por fim 26 (vinte e seis) estudos

conforme (Apecircndice 1 p 86)

Ao discutirmos os resultados percebemos que ao distribuirmos geograficamente o

uso da MP entre as cinco regiotildees brasileiras (Graacutefico 1 p 22) evidenciamos que seu uso

predomina nas regiotildees sudeste e sul do Brasil com respectivamente 50 (13) e 346

(09) nordeste e centro-oeste (77 - 02 cada) natildeo havendo na pesquisa estudos que

contemplassem a regiatildeo norte

Graacutefico 1 ndash Distribuiccedilatildeo geograacutefica por regiatildeo brasileira dos artigos encontrados

na revisatildeo integrativa

Ao classificarmos os artigos (Graacutefico 2 p 23) enfatizamos que 38 (10) trata-se

de relatos de experiecircncia 31 (08) satildeo artigos originais e os demais 31 correspondem a

artigos de revisatildeo (04) notas preacutevias (02) e reflexotildees (02)

23

Graacutefico 2 ndash Classificaccedilatildeo dos artigos encontrados na revisatildeo integrativa

Na relaccedilatildeo discussatildeo teoria versus aplicaccedilatildeo praacutetica (Graacutefico 3 p 23) 615 (16)

dos artigos discutem a aplicaccedilatildeo praacutetica da MP trazidos principalmente atraveacutes de relatos

de experiecircncia frente a 232 (06) que debatem seu uso apenas teoricamente haacute ainda

153 (04) artigos que trazem ambas as implicaccedilotildees teoacutericas e praacuteticas

Graacutefico 3 ndash Distribuiccedilatildeo dos artigos encontrados na revisatildeo integrativa quanto agrave

discussatildeo teoacuterica da MP eou sua aplicaccedilatildeo praacutetica

Um conceito chave do modelo pedagoacutegico inovador eacute o de aprender fazendo que

pressupotildee a inversatildeo da sequecircncia claacutessica teoriapraacutetica na produccedilatildeo do conhecimento e

assume que ele ocorre de forma dinacircmica atraveacutes da accedilatildeoreflexatildeoaccedilatildeo (BRASIL 2002)

Ao pensarmos na aplicaccedilatildeo da MP no ensino de Enfermagem (Graacutefico 4 p 24)

constatamos que quase metade dos estudos (423 - 11) traz seu uso na graduaccedilatildeo frente a

24

77 (02) no ensino de poacutes-graduaccedilatildeo 77 (02) no ensino teacutecnico e apenas 38 (01) dos

artigos mostra seu uso pelo enfermeiro no ensino baacutesico escolar Haacute ainda um (01) artigo

que refere-se ao ensino superior de maneira geral totalizando assim 17 artigos dentre os 26

encontrados na revisatildeo


aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo no ensino de Enfermagem

Notamos ainda que nos artigos que descrevem a MP no ensino de Enfermagem

seu uso equipara-se tanto em disciplinas isoladas com 53 (09) dos artigos e 47 (08)

aplicadas no curriacuteculo Percebemos que no Brasil alguns cursos de graduaccedilatildeo em

enfermagem estatildeo passando por reformulaccedilotildees em sua estrutura curricular ainda que de

forma incipiente E eacute preciso valorizar esse dado pois existem muitos avanccedilos nas

diferentes inclinaccedilotildees metodoloacutegicas adotadas nos cursos (VASCONCELOS BACKES

MARTINI 2011)

Haacute ainda estudos (09) que mencionam o uso da MP tanto no ensino quanto na

assistecircncia seja na atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede seja no niacutevel hospitalar com atividades voltadas

agrave populaccedilatildeo (02) outras focadas na educaccedilatildeo permanente de profissionais da aacuterea da sauacutede

(06) e (01) que natildeo detalha sua utilizaccedilatildeo

Outro ponto relevante a se discutir eacute a fundamentaccedilatildeo teoacuterica destes trabalhos

onde temos como principais teoacutericos da MP apontados Paulo Freire (10) e Charlez

25

Maguerez (04) os demais estudos natildeo especificam claramente o referencial para a

problematizaccedilatildeo

Por fim constatamos nesta revisatildeo que muitos estudos usavam caracteriacutesticas

problematizadoras ou apresentavam abordagens semelhantes com o meacutetodo ativo poreacutem

natildeo eacute possiacutevel afirmar que tratavam da metodologia da problematizaccedilatildeo mas sim

metodologias ativas Haacute tambeacutem trabalhos com poucas informaccedilotildees sobre a metodologia

adotada mas pelo desenvolvimento do meacutetodo observou-se predomiacutenio da metodologia da


Decorre daiacute a necessidade de um maior nuacutemero de publicaccedilotildees que embasem e

consubstanciem o uso de metodologias pedagoacutegicas eficientes e eficazes na capacitaccedilatildeo de

profissionaisreceacutem-formados que trabalhem no alunoresidente sua autonomia e

competecircncia no cotidiano assistencial levando-os a refletir a cerca dos problemas

emergentes de sua praacutetica e resoluccedilatildeo dos mesmos

Enfim o estudo vem a contribuir nas aacutereas de ensino pesquisa e assistecircncia

ampliando o conhecimento sobre a MP avaliando e discutindo este meacutetodo pedagoacutegico E

ainda aplicando a MP na Enfermagem enquanto profissatildeo desenvolvida no contato

cliente-enfermeiro fundamentando o uso de metodologias que despertem e construam nos

futuros profissionais e receacutem-formados estrateacutegias de ensino-aprendizagem que os faccedila

aprender-a-aprender primando por uma assistecircncia de qualidade galgando uma formaccedilatildeo

criacutetica reflexiva criativa pautada nos princiacutepios do SUS com cidadatildeos engajados no

acircmbito social econocircmico poliacutetico eacutetico e cultural da sauacutede brasileira

26

2 REVISAtildeO DE LITERATURA



Figura lembrada quando se fala de MP eacute Charles Maguerez por sua teoria

conhecida como Meacutetodo do Arco representado por um esquema metodoloacutegico capaz de

orientar a praacutetica pedagoacutegica de um educador que estava preocupado com o

desenvolvimento de seus alunos tanto em sua formaccedilatildeo criacutetica quanto criativa e tambeacutem

com uma preparaccedilatildeo para uma atuaccedilatildeo poliacutetica (BERBEL 1999) Criado como base para a

aplicaccedilatildeo da MP o meacutetodo do Arco foi elaborado na deacutecada de 70 do seacuteculo XX e tornado

puacuteblico no livro de Bordenave (1989) a partir de 1977 utilizado como um caminho de

Educaccedilatildeo Problematizadora inspirado em Paulo Freire (COLOMBO BERBEL 2007)

No Brasil um dos nomes mais citados quando se trata de MP eacute Neusi Aparecida

Navas Berbel Pedagoga doutora em Educaccedilatildeo professora da Universidade Estadual de

Londrina nos anos 1990 iniciou um projeto de ensino na aacuterea da sauacutede apoiado nessa

metodologia referenciando o Meacutetodo do Arco de Charlez Maguerez tendo inuacutemeras

publicaccedilotildees nessa temaacutetica

Apoiados no Arco de Maguerez (Figura 2 p 27) Bordenave e Pereira (2005) jaacute

na deacutecada de 1980 propuseram um esquema de problematizaccedilatildeo da realidade

desenvolvido em cinco etapas observaccedilatildeo da realidade (problema) rarr pontos-chave rarr

teorizaccedilatildeo rarr hipoacuteteses de soluccedilatildeo rarr aplicaccedilatildeo agrave realidade

Neusi Berbel ressalta que esse meacutetodo tem como base agrave realidade vivida onde se

procura trabalhar a vida real ou seja a realidade como ponto de partida onde o arco

prossegue seu estudo e voltando para essa mesma realidade representada no esquema a

seguir (Figura 2 p 27) Nessa interpretaccedilatildeo os alunos e os pesquisadores satildeo portanto

posicionados como protagonistas principais de todo o processo desde a observaccedilatildeo e

definiccedilatildeo do problema de estudo ateacute a realizaccedilatildeo de algum grau de intervenccedilatildeo naquela

parcela da realidade a fim de contribuir para a sua transformaccedilatildeo Tem-se como

consequecircncia disto o professor ou orientador assumindo um papel importante na conduccedilatildeo

27

metodoloacutegica do processo natildeo poreacutem como fonte central de informaccedilatildeo ou de decisatildeo das

accedilotildees a cada momento (BERBEL GAMBOA 2011)

Figura 2 - Arco de Maguerez utilizado por Berbel a partir de Bordenave e Pereira

(BERBEL GAMBOA 2011)

O desenvolvimento da MP segundo o Arco de Maguerez se daacute em cinco etapas

sendo

1 Observaccedilatildeo da Realidade (problema)

Observaccedilatildeo da realidade social concreta pelos alunos a partir de um tema ou

unidade de estudo Os alunos satildeo orientados pelo professor a olhar atentamente e registrar

sistematizadamente o que perceberem sobre a parcela da realidade em que aquele tema estaacute

sendo vivido ou acontecendo podendo para isso serem dirigidos por questotildees gerais que

ajudem a focalizar e natildeo fugir do tema As carecircncias dificuldades discrepacircncias

identificadas seratildeo transformadas em problemas (BERBEL 1998b)

Nessa fase algumas accedilotildees satildeo realizadas como identificaccedilatildeo do recorte de

realidade a ser observado eleiccedilatildeo da forma de observaccedilatildeo a observaccedilatildeo (no formato

definido ou possiacutevel) registro das observaccedilotildees anaacutelise do registrado em seu conteuacutedo

problematizando-o designaccedilatildeo do foco do estudo a partir de um criteacuterio redaccedilatildeo do

problema justificativa de escolha do problema (COLOMBO BERBEL 2007)

2 Pontos-chave

28

A etapa dos pontos-chave estimula um momento de siacutentese apoacutes a anaacutelise inicial

que foi feita eacute o momento da definiccedilatildeo do que vai ser estudado sobre o problema a fim de

se buscar uma resposta para esse problema (BERBEL 1999)

As accedilotildees desenvolvidas nessa fase satildeo reflexatildeo a respeito do problema

identificando possiacuteveis fatores associados ao problema possiacuteveis determinantes maiores do

problema anaacutelise desta reflexatildeo captando os vaacuterios aspectos envolvidos no problema

eleiccedilatildeo criteriosa dos aspectos que seratildeo estudados na etapa seguinte e por fim a redaccedilatildeo

dos pontos-chave (COLOMBO BERBEL 2007)

Uma anaacutelise reflexiva dos alunos com a elaboraccedilatildeo dos pontos essenciais que

deveratildeo ser estudados sobre o problema para compreendecirc-lo mais profundamente e

encontrar formas de interferir na realidade para solucionaacute-lo ou desencadear passos nessa

direccedilatildeo Podem ser listados alguns toacutepicos a estudar perguntas a responder ou outras

formas Satildeo esses pontos-chave que seratildeo desenvolvidos na proacutexima etapa (BERBEL

1998b)

3 Teorizaccedilatildeo

Esta eacute a etapa do estudo da investigaccedilatildeo propriamente dita Os alunos se

organizam tecnicamente para buscar as informaccedilotildees que necessitam sobre o problema onde

quer que elas se encontrem dentro de cada ponto-chave jaacute definido (BERBEL 1998b)

Permitindo a construccedilatildeo de respostas apoiadas na literatura por meio de

informaccedilotildees de especialistas pesquisas de cunho histoacuterico teacutecnico e cientiacutefico e tambeacutem

por informaccedilotildees de pessoas que vivem o problema (COLOMBO BERBEL 2007)

O aprofundamento teoacuterico em confronto com a realidade possibilita a anaacutelise e

discussatildeo dos dados colhidos e a proposiccedilatildeo de hipoacuteteses de soluccedilatildeo visando intervir

naquela parcela da realidade para a superaccedilatildeo dos problemas e dificuldades identificadas

(GODOY 2002)

4 Hipoacuteteses de Soluccedilotildees

Todo o estudo realizado deveraacute fornecer elementos para os alunos criacutetica e

criativamente elaborarem as possiacuteveis soluccedilotildees O que precisa acontecer para que o

problema seja solucionado O que precisa ser providenciado O que pode realmente ser

feito (BERBEL 1998b)

29

Assim haacute a elaboraccedilatildeo das hipoacuteteses de soluccedilatildeo para o problema com base na

teorizaccedilatildeo e etapas anteriores abrangendo diferentes instacircncias ou niacuteveis de accedilatildeo visando agrave

transformaccedilatildeo daquela parcela de realidade estudada com uso de criatividade para

encontrar accedilotildees novas argumentando e explicando as hipoacuteteses elaboradas finalizando

essa fase com o registro das hipoacuteteses construiacutedas apoacutes uma compreensatildeo profunda do

problema

Nesse momento os participantes satildeo capazes de projetarem ideacuteias que poderatildeo vir

a se transformar em accedilotildees concretas para solucionar ou dar passos no caminho da soluccedilatildeo

para o problema estudado (COLOMBO BERBEL 2007)

5 Aplicaccedilatildeo agrave Realidade

Nesta etapa parte-se para praacutetica numa accedilatildeo concreta Da realidade extraiu-se o

problema do qual foi realizado o estudo e mais todas as discussotildees sobre os dados obtidos

e no fim se volta para a mesma realidade com accedilotildees que a possam transformar em algum

grau O fim eacute a transformaccedilatildeo mesmo que pequena sobre a realidade apresentada

(BERBEL 1999)

As hipoacuteteses passaratildeo portanto por uma anaacutelise dos participantes para verificar a

exequibilidade a urgecircncia a prioridade etc visando eleger aquelas que poderatildeo ser

realizadas e atingir mais diretamente o problema planejando sua execuccedilatildeo colocando-as

em praacutetica registrando todo o processo e quando possiacutevel analisando os resultados

contribuindo assim para a transformaccedilatildeo da realidade estudada (COLOMBO BERBEL

2007)

A MP permite agravequeles que dela participam que cheguem a uma accedilatildeo praacutetica

transformadora fruto do aprofundamento teoacuterico em confronto com a realidade em

decorrecircncia da elaboraccedilatildeo de hipoacuteteses de soluccedilatildeo (GODOY 2002)

Completa-se assim o Arco de Maguerez com o sentido especial de levar os alunos

a exercitarem a cadeia dialeacutetica de accedilatildeo - reflexatildeo ndash accedilatildeo eixo baacutesico de orientaccedilatildeo do

meacutetodo ou dito de outra maneira a relaccedilatildeo praacutetica - teoria - praacutetica tendo como ponto de

partida e de chegada do processo de ensino e aprendizagem a realidade social (BERBEL

1998b) Trata-se de um caminho de ensino e de pesquisa efetivo na praacutetica pedagoacutegica cuja

30

essecircncia eacute a dialogicidade a desalienaccedilatildeo e a curiosidade como praacutetica libertadora

(COLOMBO BERBEL 2007)

Em siacutentese a MP enquanto metodologia pedagoacutegica volta-se para a realizaccedilatildeo do

propoacutesito maior que eacute preparar o estudanteser humano para tomar consciecircncia de seu

mundo e atuar intencionalmente para transformaacute-lo sempre para melhor para um mundo e

uma sociedade que permitam uma vida mais digna para o proacuteprio homem (BERBEL

1998b)


ENFERMAGEM

O mundo globalizado da atualidade associado a suas repercussotildees e

consequecircncias tem exigido cada vez mais dos indiviacuteduos novas posturas em face dos

obstaacuteculos e desafios impostos Surge assim a necessidade de formaccedilatildeo de indiviacuteduos

autocircnomos livres criacuteticos reflexivos inovadores e criativos Nesse sentido e seguindo

essa tendecircncia de mudanccedilas a aacuterea da educaccedilatildeo tem repensado os seus meacutetodos

pedagoacutegicos visando avaliar e reavaliar o entatildeo em voga sistema bancaacuterio e de transmissatildeo

de saberes para desenvolver e aprimorar modelos mais flexiacuteveis e contextuais em que os

conhecimentos sejam construiacutedos conjuntamente a partir das vivecircncias e experiecircncias dos

educandos e educadores (SCHAURICH CABRAL ALMEIDA 2007)

Logo na aacuterea da sauacutede as metodologias problematizadoras surgiram no cenaacuterio

mundial na deacutecada de 1980 em virtude dessa necessidade de buscar curriacuteculos orientados

para problemas que melhor definissem como os estudantes aprendem e que habilidades

cognitivas e afetivas estatildeo sendo adquiridas No Brasil tais praacuteticas jaacute vecircm sendo utilizadas

por quase duas deacutecadas na preparaccedilatildeo de auxiliaresteacutecnicos de Enfermagem em serviccedilo ou

natildeo em Minas Gerais e Rio de Janeiro Paralelamente a MP tem sido incorporada nos

cursos de Enfermagem nos Estados do Rio de Janeiro Minas Gerais Satildeo Paulo e Paranaacute

em suas atividades curriculares normais e especiais A Universidade Estadual de Londrina

nos anos 1990 iniciou um projeto de ensino na aacuterea da sauacutede apoiado nessa metodologia

(BERBEL 1998b)

31

Assim a MP eacute um recurso de educaccedilatildeo que tende a educaccedilatildeo progressista e

humanizadora A concepccedilatildeo de educaccedilatildeo histoacuterico-criacutetica forma uma verdadeira

metodologia entendida como um conjunto de meacutetodos teacutecnicas procedimentos ou

atividades intencionalmente selecionadas e organizadas para a realizaccedilatildeo do propoacutesito

maior que eacute preparar o estudante para tomar consciecircncia de seu mundo (BERBEL 1999)

Nesse processo a relaccedilatildeo dinacircmica entre o sujeito que aprende e o objeto do

conhecimento verifica-se por meio de sucessivas aproximaccedilotildees levando o aluno a pensar

criticamente desenvolvendo a capacidade de reconhecer a realidade e seus problemas

preparando-se para uma accedilatildeo transformadora nos contextos profissional e social Portanto

desenvolvendo no discente a capacidade de construir seus conhecimentos por meio de

situaccedilotildees observadas no contexto real de maneira contiacutenua e progressiva (GODOY 2002)

A Enfermagem enquanto profissatildeo social e humaniacutestica ocupa um espaccedilo em que

os diferentes fenocircmenos a ela inerentes exigem de seus profissionais accedilotildees que implicam

em promover prevenir diagnosticar intervir e avaliar o processo sauacutede-doenccedila Os

cenaacuterios de cuidado satildeo os mais distintos possiacuteveis no que se refere ao perfil dos pacientes

e familiares dos membros da equipe de Enfermagem e de sauacutede assim como as condiccedilotildees

referentes a recursos fiacutesicos e materiais exigindo do enfermeiro habilidades de pensamento

criacutetico para tomar decisotildees no ambiente das instituiccedilotildees de sauacutede Nesse sentido tais

habilidades satildeo essenciais na tomada de decisatildeo do enfermeiro e precisam ser

desenvolvidas no ensino de Enfermagem fazendo-se necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias

que compreendam os domiacutenios de competecircncia cognitiva psicomotora e afetiva

(CROSSETTI et al 2009)

Profissionais de sauacutede qualificados satildeo de suma importacircncia para elevar o niacutevel de

sauacutede da populaccedilatildeo e nessa conjuntura eacute necessaacuterio que o enfermeiro domine a praacutetica

profissional para que seja oferecida uma assistecircncia de Enfermagem resolutiva segura

pautada na ciecircncia e que atenda agraves suas expectativas (CARBOGIM et al 2010)

No ensino da Enfermagem a preparaccedilatildeo para a praacutetica cliacutenica eacute sem duacutevida um

componente vital para a construccedilatildeo do conhecimento e estrateacutegias de associaccedilatildeo da teoria e

da praacutetica profissional tecircm sido estimuladas (SINCLAIR FERGUSON 2009 WELLARD

WOOLF GLEESONZ 2007)

32

Mormente a ideia eacute estabelecer um plano de enfermagem adequado agraves

necessidades do cliente e condizente aos propoacutesitos do ensino e que sirva de base para uma

aprendizagem viva que estimule o pensamento criacutetico-criativo dos estudantes (QUELUCI

2009)

O meacutetodo pedagoacutegico precisa levar em conta as potencialidades dos alunos

contribuindo para a formaccedilatildeo de profissionais mais qualificados e humanos oportunizando

o resgate de suas necessidades e valorizando seu contexto e individualidade minimizando

as falhas e desigualdades das poliacuteticas de sauacutede e educaccedilatildeo de nosso paiacutes Todo este

contexto auxilia para a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem e o

aprimoramento do ensino (MOSTARDEIRO 2004)

Vale destacar que no caso da problematizaccedilatildeo a avaliaccedilatildeo de situaccedilotildees-problema

na praacutetica serve como ponto de partida para o aprendizado De acordo com Carvalho (2006

p170) na eacutepoca da implantaccedilatildeo do Curriacuteculo Novas Metodologias ndash Escola de

Enfermagem Anna NeryUniversidade Federal do Rio de Janeiro a abordagem de ensino

deveria ser situacional Segundo a autora ldquo() a situaccedilatildeo daacute a ideia e a medida exata da

esfera operacional em que ocorre o encontro entre o profissional de enfermagem e o

clienterdquo Aleacutem disso Carvalho descreve os momentos significativos de resoluccedilatildeo de

situaccedilotildees-problema como segue

- abordagem inicial agrave situaccedilatildeo

- levantamento (coleta) de dados da ambiecircncia e da clientela

- diagnoacutesticos da situaccedilatildeo de sauacutede (ambiecircncia e clientela)

- planejamento das intervenccedilotildees para resoluccedilatildeo dos problemas identificados

- execuccedilatildeo das intervenccedilotildees

- avaliaccedilatildeo da ajuda prestada

Cabe ainda dizer que a adoccedilatildeo do enfoque criacutetico-reflexivo no processo de

formaccedilatildeo pode repercutir no processo de trabalho em sauacutede e de Enfermagem com

potencialidades na afirmaccedilatildeo de um cuidar realizado por sujeitos com valores cultura e

ideologia comprometidos para soluccedilatildeo dos problemas concretos de sauacutede da populaccedilatildeo e

dos serviccedilos de sauacutede Para tanto esse movimento deve pautar-se natildeo somente na

racionalidade teacutecnica e instrumental mas fundamentalmente em novas possibilidades

33

comunicativas organizacionais de relaccedilotildees de intersubjetividade e de cuidado (SILVA

SENA 2006)

Nessa perspectiva percebe-se que a praacutetica pedagoacutegica da problematizaccedilatildeo

quando aplicada agrave formaccedilatildeo de profissionais na aacuterea da sauacutede (Enfermagem) precisa

tambeacutem respeitar a individualidade do ser humano suas concepccedilotildees uacutenicas contemplar as

dimensotildees bioloacutegicas psicoloacutegicas histoacutericas culturais filosoacuteficas e sociais do processo

sauacutede-doenccedila possibilitando desta maneira maior aproximaccedilatildeo entre a teoria e a praacutetica

entre as accedilotildees curativas e preventivas entre a educaccedilatildeo e o mercado de trabalho tanto em

uma perspectiva individual quanto coletiva (SCHAURICH CABRAL ALMEIDA 2007)

primando pela construccedilatildeo de um profissional reflexivo conhecedor dos determinantes

eacutetico poliacutetico histoacuterico ideoloacutegico e cultural da profissatildeo em consonacircncia com as

diretrizes para a educaccedilatildeo de Enfermagem e os princiacutepios do SUS

34

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

A MP enquanto uma alternativa metodoloacutegica ativa e criacutetica de trabalho

pedagoacutegico do professor com seus alunos encontra fundamentaccedilatildeo e respaldo na Filosofia

da Praacutexis de Adolfo Saacutenchez Vaacutesquez e na Pedagogia LibertadoraProblematizadora de

Paulo Freire e inspiraccedilatildeo nos princiacutepios do Materialismo Histoacuterico Dialeacutetico (BERBEL

1998a)

31 ADOLFO SAacuteNCHEZ VAacuteSQUEZ

Adolfo Saacutenchez Vaacutezquez filoacutesofo professor e escritor de fiel convicccedilatildeo libertaacuteria

tem como uma de suas maiores obras a Filosofia da Praacutexis (PALAZOacuteN MAYORAL

2007)

Terminologicamente praacutexis transcreve um termo grego empregado na

Antiguidade que designava a accedilatildeo propriamente dita Vaacutesquez apresenta a utilizaccedilatildeo do

termo para designar atividade consciente objetiva superando o caraacuteter utilitaacuterio que o

significado praacutetico apresenta na linguagem comum Com isso a praacutexis eacute localizada

centralmente numa filosofia que natildeo apenas interprete o mundo mas que atue enquanto

elemento do processo de transformaccedilatildeo O marxismo ndash ao aprofundar o viacutenculo entre a

teoria e a praacutexis real e ao negar absorver e superar o materialismo tradicional e o idealismo

alematildeo ndash eacute a filosofia a qual se refere Saacutenchez Vaacutesquez (PALAZOacuteN MAYORAL 2007)

Assim em primeira instacircncia o conceito de praacutexis eacute conforme afirma Vaacutezquez

uma atividade praacutetica que faz e refaz coisas isto eacute transmuta uma mateacuteria ou uma situaccedilatildeo

(PALAZOacuteN MAYORAL 2007) A praacutexis eacute o fundamento do mundo em que hoje nos

desenvolvemos e por ser justamente o fundamento do mundo real que hoje existe a praacutexis

proporciona agrave ciecircncia ao conhecimento natildeo soacute a sua finalidade como o seu objeto Os

estudos de Vaacutezquez relacionados agrave praacutexis e baseados nas concepccedilotildees de Marx

compreendem que toda praacutexis eacute uma atividade mas nem toda atividade eacute praacutexis A praacutexis eacute

vista como atividade real objetiva ou material que age e transforma o meio A atividade

material do homem transforma o mundo natural e social para fazer dele um mundo

35

humano A praacutexis eacute a accedilatildeo exercida pelo homem sobre um meio natural accedilatildeo esta que o

transforma realmente objetivamente concretamente e materialmente para sua satisfaccedilatildeo

humana (BRAGA 2008)

Posto que o homem eacute o que eacute em e pela praacutexis histoacuterico ndash posto que a histoacuteria eacute

em definitivo histoacuteria da praacutexis humana mas tambeacutem gnosioloacutegico - como fundamento e

objetivo do conhecimento e criteacuterio de verdade e ontoloacutegico - visto que o problema das

relaccedilotildees entre homem e natureza ou entre o pensamento e o ser natildeo pode ser resolvido agrave

margem da praacutetica (SAacuteNCHEZ VAacuteZQUEZ 2011)

Compete agrave Filosofia da Praacutexis desenvolver um processo didaacutetico-pedagoacutegico que

permita aos educandos experimentar o potencial criacutetico e criativo do pensar levando a

criacutetica a seu termo ou seja o de permitir a construccedilatildeo de um novo mundo de accedilotildees e

significados Para isso eacute necessaacuteria uma filosofia que propicie ao educando a possibilidade

um novo olhar de indignaccedilatildeo de incocircmodo de problematizaccedilatildeo sobre suas circunstacircncias

pessoais e sociais como condiccedilatildeo de superaccedilatildeo da acomodaccedilatildeo do indiferentismo

expresso por asserccedilotildees de que ldquoo mundo eacute assim mesmo sempre foi assimrdquo ldquotudo estaacute

bemrdquo ou ldquotudo estaacute malrdquo ldquonada mudardquo que tudo estaacute determinado (GODTSFRIEDT

2010)

32 PAULO FREIRE

Paulo Freire tem em sua trajetoacuteria teoacuterica estudo de escritores como Gramsci

Marx e de seus inteacuterpretes como Adolfo Vaacutezquez Freire eacute educador filoacutesofo e um dos

pensadores mais notaacuteveis na pedagogia mundial tendo influenciado principalmente o

movimento de pedagogia criacutetica

Freire traz obras primordiais para o entendimento da problematizaccedilatildeo como

Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido

Em Pedagogia da Autonomia Freire apresenta propostas de praacuteticas pedagoacutegicas

necessaacuterias agrave educaccedilatildeo como forma de construir a autonomia dos educandos valorizando e

respeitando sua cultura e individualidade Evidencia a necessidade de conceber a educaccedilatildeo

como praacutetica de liberdade em oposiccedilatildeo a uma educaccedilatildeo de dominaccedilatildeo pautada nos

interesses individuais e egoiacutestas dos opressores sobrepondo-os aos dos oprimidos

36

Aproximando-se dessa visatildeo tem-se a chamada educaccedilatildeo bancaacuteria que pode ser lida como

uma educaccedilatildeo onde o professor eacute o dono do saber e o aluno mero depoacutesito dos

conhecimentos repassados passivamente Assim a pedagogia libertaacuteria problematizadora

propotildee ao contraacuterio que haja interaccedilatildeo entre professor e aluno aprendendo e ensinando

juntos problematizando as relaccedilotildees do homem com o mundo compartilhando experiecircncias

trabalhando a construccedilatildeo de conhecimentos a partir da vivecircncia de experiecircncias

significativas (FREIRE 2011c)

A Pedagogia do Oprimido eacute uma pedagogia problematizadora que se apresenta

como pedagogia do homem humanista e natildeo humanitarista contraacuteria a pedagogias que

partem de interesses egoiacutestas das classes dominantes dissimuladas de generosidade Freire

traz a pedagogia como praacutetica libertaacuteria humanizadora unindo teoria e praacutetica

estabelecendo uma relaccedilatildeo dialoacutegica com os ldquooprimidosrdquo apontando-os como refazedores

permanentes de suas realidades (FREIRE 2011d)

Em uma educaccedilatildeo problematizadora natildeo se transfere mas se compartilha

experiecircncias construindo seres criacuteticos atraveacutes do diaacutelogo com o educador que ensina e

tambeacutem aprende Destarte a educaccedilatildeo deve servir para a libertaccedilatildeo do ser humano

libertaccedilatildeo da ignoracircncia da escravidatildeo da dependecircncia da submissatildeo problematizando

promove-se a libertaccedilatildeo pelo conhecimento pela ampliaccedilatildeo da consciecircncia (FREIRE

2011d)

33 JOAtildeO LUIZ GASPARIN

A Metodologia da Problematizaccedilatildeo conteacutem ainda alguns de seus princiacutepios

inspirados no Materialismo Histoacuterico-Dialeacutetico este preconizado por Marx traz como

fundamentos a interpretaccedilatildeo da realidade a visatildeo de mundo a praacutexis (praacutetica articulada agrave

teoria) a materialidade (organizaccedilatildeo dos homens em sociedade para a produccedilatildeo da vida) e

a concreticidade (caraacuteter histoacuterico sobre a organizaccedilatildeo que os homens constroem atraveacutes de

sua histoacuteria) E por fim o princiacutepio baacutesico da loacutegica dialeacutetica eacute a contradiccedilatildeo (tese antiacutetese

e siacutencrese) (SAVIANI 2008)

37

Embasada tambeacutem pelo Materialismo Histoacuterico-Dialeacutetico estaacute a Pedagogia

Histoacuterico-Criacutetica que guarda elementos semelhantes e fundamentos proacuteximos com a

Metodologia da Problematizaccedilatildeo

A Pedagogia Histoacuterico-Criacutetica eacute assim chamada por Saviani porque

historicamente nesta perspectiva a educaccedilatildeo tambeacutem interfere sobre a sociedade podendo

contribuir para a sua transformaccedilatildeo e criticamente por ter consciecircncia da determinaccedilatildeo

exercida pela sociedade sobre a educaccedilatildeo Esta concepccedilatildeo nasceu das necessidades postas

pela praacutetica de muitos educadores pois as pedagogias tradicionais nova e tecnicista natildeo

apresentavam caracteriacutesticas historicizadoras faltava-lhes a consciecircncia dos condicionantes

histoacuterico sociais da educaccedilatildeo (SAVIANI 2008)

Tomando esta teoria a partir de sua aplicaccedilatildeo didaacutetica temos os trabalhos de Joatildeo

Luiz Gasparin propiciando aos professores a operacionalizaccedilatildeo desta metodologia de

ensino e o planejamento do ensino-aprendizagem como a accedilatildeo docente-discente Seu

meacutetodo de ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do professor favorecer o diaacutelogo

dos alunos entre si e com o professor sem deixar de valorizar o diaacutelogo com a cultura

acumulada historicamente levar em conta os interesses dos alunos os ritmos de

aprendizagem e o desenvolvimento psicoloacutegico sem perder de vista a sistematizaccedilatildeo loacutegica

dos conhecimentos sua ordenaccedilatildeo e gradaccedilatildeo para efeitos do processo de transmissatildeo-

assimilaccedilatildeo dos conteuacutedos cognitivos (GASPARIN 2009)

Tal qual a problematizaccedilatildeo a pedagogia histoacuterico-criacutetica advindo do movimento

dialeacutetico parte da realidade empiacuterica (baseada na experiecircncia no real aparente o objeto

como se apresenta agrave primeira vista) e por meios de abstraccedilotildees (reflexotildees teorias

elaboraccedilatildeo do pensamento) chegar ao concreto pensado (compreensatildeo elaborada do que haacute

de essencial no objeto-siacutentese de muacuteltiplas determinaccedilotildees) Assim se processa o movimento

do Meacutetodo Dialeacutetico Praacutetica ndash Teoria ndash Praacutetica (GASPARIN 2009)

Essa didaacutetica objetiva um equiliacutebrio entre teoria e praacutetica envolvendo os

educandos em uma aprendizagem significativa dos conhecimentos cientiacuteficos e poliacuteticos

para que estes sejam agentes participativos de uma sociedade democraacutetica e de uma

educaccedilatildeo poliacutetica

38

Esta eacute uma metodologia de grande relevacircncia para a educaccedilatildeo brasileira pois

evidencia um meacutetodo diferenciado de trabalho especificando-se por passos que satildeo

imprescindiacuteveis para o desenvolvimento do educando (Primeiro passo Praacutetica Social

Segundo passo Problematizaccedilatildeo Terceiro passo Instrumentalizaccedilatildeo Quarto passo

Catarse Quinto passo Praacutetica Social)

Gasparin (2009) define esta teoria dialeacutetica do conhecimento em trecircs palavras

chaves praacutetica ndash teoria ndash praacutetica ou seja a partir da praacutetica social questionar e analisar a

accedilatildeo cotidiana buscando conhecimento teoacuterico do que aconteceu o que tornar-se-aacute um

guia para a nova accedilatildeotransformaccedilatildeo Para este autor ldquoa aprendizagem somente eacute

significativa a partir do momento em que os educandos [hellip] apropriam-se do objeto do

conhecimento em suas muacuteltiplas determinaccedilotildeesrdquo (p52) Esta construccedilatildeo se daacute numa

relaccedilatildeo triaacutedica ocorrida entre alunos professores e conteuacutedo

39

4 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa Para Minayo (2010)

a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees crenccedilas

valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos processos

e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveis

Assim a pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade numa relaccedilatildeo

dinacircmica entre o mundo real e o sujeito isto eacute um viacutenculo indissociaacutevel entre o objetivo e a

subjetividade do sujeito que natildeo pode ser traduzido em nuacutemeros que natildeo podem ser

quantificados centrando-se na compreensatildeo e explicaccedilatildeo das relaccedilotildees sociais (MINAYO

2012)

41 CENAacuteRIO DO ESTUDO

O estudo foi desenvolvido no INCA um hospital ensino da rede puacuteblica do estado do

Rio de Janeiro que oferece o PRMO

O INCA eacute o oacutergatildeo auxiliar do MS no desenvolvimento e coordenaccedilatildeo das accedilotildees

integradas para a prevenccedilatildeo e o controle do cacircncer no Brasil Essas accedilotildees compreendem a

assistecircncia meacutedico-hospitalar prestada direta e gratuitamente aos pacientes com cacircncer como

parte dos serviccedilos oferecidos pelo SUS e a atuaccedilatildeo em aacutereas estrateacutegicas como prevenccedilatildeo e

detecccedilatildeo precoce formaccedilatildeo de profissionais especializados desenvolvimento da pesquisa e

geraccedilatildeo de informaccedilatildeo epidemioloacutegica A principal caracteriacutestica do instituto eacute a sinergia

entre ensino pesquisa assistecircncia prevenccedilatildeovigilacircncia e gestatildeo

A histoacuteria do INCA comeccedilou na deacutecada de 30 com a reorientaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Sauacutede devido ao aumento da mortalidade por doenccedilas crocircnico-degenerativas

inclusive o cacircncer Em 1938 foi inaugurado o Centro de Cancerologia no Serviccedilo de

Assistecircncia Hospitalar do Distrito Federal no Rio de Janeiro com 40 leitos um bloco

ciruacutergico um aparelho de raios-X e outro de radioterapia (INCA 2013) Em 1941 foi criado

o Serviccedilo Nacional de Cacircncer buscando desenvolver uma poliacutetica nacional de controle do

cacircncer e trecircs anos mais tarde transformou-se no Instituto de Cacircncer Na deacutecada de 50 o

hospital conquistou sua sede proacutepria no centro do Rio de Janeiro Em 1961 o instituto foi

reconhecido oficialmente como Instituto Nacional de Cacircncer com suas competecircncias nos

campos assistencial cientiacutefico e educacional Em 1967 criou-se a Campanha Nacional de

40

Combate ao Cacircncer - CNCC com o intuito de agilizar financeira e administrativamente o

controle do cacircncer no Brasil (INCA 2013)

Na deacutecada de 80 o INCA ganhou projeccedilatildeo como centro nacional de referecircncia em

oncologia Em 1990 com a promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Sauacutede a criaccedilatildeo do SUS o

instituto assumiu a formulaccedilatildeo da poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e controle do cacircncer se

tornando oacutergatildeo normativo coordenador e avaliador junto ao MS Em 2000 o MS publicou a

Portaria 3535 que regulamenta o Projeto Expande buscando expandir a capacidade de

serviccedilos oncoloacutegicos do SUS e garantir para toda a populaccedilatildeo uma assistecircncia oncoloacutegica

integral com qualidade e de forma integrada Em 2005 o MS lanccedilou a Poliacutetica de Atenccedilatildeo

Oncoloacutegica atraveacutes da Portaria GMMS 2439 de 8 de dezembro reconhecendo o cacircncer

como um problema de sauacutede puacuteblica e criando a Rede de Atenccedilatildeo Oncoloacutegica uma rede de

trabalho cooperativo para o controle do cacircncer com a participaccedilatildeo do Governo Federal

Secretarias Estaduais e Municipais de Sauacutede universidades puacuteblicas e particulares serviccedilos

de sauacutede e centros de pesquisa assim como de organizaccedilotildees natildeo governamentais e a

sociedade em geral (INCA 2013)

Atualmente o INCA conta com cinco unidades hospitalares acreditadas pela Joint

Commission International tendo elevado o padratildeo de qualidade na prestaccedilatildeo de serviccedilos

oncoloacutegicos para a populaccedilatildeo O instituto estaacute estruturado em Hospital do Cacircncer (HC)1

HC2 HC3 HC4 e Central de Transplante de Medula Oacutessea (CEMO)

O HC1 eacute a maior unidade hospitalar do INCA e um dos mais bem equipados

hospitais do MS em sede conjunta com o CEMO esta unidade conta com 188 leitos (sendo

10 no Centro de Terapia Intensiva) distribuiacutedos em 11 andares Atua no niacutevel quaternaacuterio de

atendimento recebendo pacientes para tratamento ambulatorial ciruacutergico e para internaccedilatildeo

Atende a clientes com cacircncer nas topografias de Cabeccedila e Pescoccedilo Toacuterax Neurologia

Abdome Urologia e Hematologia Conta ainda com serviccedilos de Anestesiologia Endoscopia

Laboratoacuterio de Patologia Cliacutenica Anatomia Patoloacutegica Centro de Imagem e Diagnoacutestico

Central de Quimioterapia Radioterapia Estomatoterapia Psiquiatria Psicologia

Odontologia Fisioterapia Nutriccedilatildeo Farmaacutecia e Serviccedilo Social Concentra ainda projetos de

desenvolvimento da pesquisa oncoloacutegica do instituto programas de residecircncia meacutedica e

multiprofissional cursos de especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo entre outros

O HC2 eacute um centro referecircncia na aacuterea de ginecologia oncoloacutegica e cacircnceres do

tecido-oacutesseo conectivo estrutura-se em sete andares e 83 leitos

41

O HC3 desempenha um importante papel na prevenccedilatildeo diagnoacutestico e tratamento do

cacircncer de mama A educaccedilatildeo comunitaacuteria tambeacutem eacute outra caracteriacutestica marcante desta

unidade do Instituto Diariamente satildeo realizadas palestras sobre prevenccedilatildeo e diagnoacutestico

precoce do cacircncer de mama para as mulheres que procuram o hospital A unidade estrutura-se

em 52 leitos ativos quatro salas de cirurgia centro radioloacutegico e radioteraacutepico laboratoacuterio e

farmaacutecia

O HC4 eacute a unidade de Cuidados Paliativos do INCA responsaacutevel pelo atendimento

ativo e integral aos pacientes do instituto portadores de cacircncer avanccedilado sem possibilidades

de cura A unidade trabalha com equipes multiprofissionais e conta com estrutura para a

prestaccedilatildeo de consultas ambulatoriais (inclusive acupuntura) visitas domiciliares internaccedilatildeo

(56 leitos) e serviccedilo de pronto atendimento (07 leitos) sala de meditaccedilatildeo capelania e

farmaacutecia hospitalar e de manipulaccedilatildeo

O CEMO foi criado em 1983 e eacute um dos maiores centros no Brasil de tratamento de

doenccedilas no sangue como a anemia aplaacutestica e a leucemia Realiza transplantes de medula

oacutessea alogecircnicos com doadores aparentados e natildeo aparentados aleacutem de autogecircnicos ou

autoacutelogos Atende a pacientes do Rio de Janeiro e demais regiotildees do Brasil no acircmbito do

SUS Conta com 12 leitos para pacientes internados ambulatoacuterio multidisciplinar para adultos

e crianccedilas transplantados laboratoacuterios de Imunologia Citogeneacutetica Imunogeneacutetica Biologia

Molecular Ceacutelulas Tronco e Criobiologia A unidade centraliza o REDOME (Registro

Nacional de Doadores Voluntaacuterios de Medula Oacutessea) criado em 1993 e coordenado pelo

INCA desde 1998 O REREME - Registro Nacional de Receptores de Medula Oacutessea (2004) e

o RENACORD - Registro Nacional de Sangue de Cordatildeo Umbilical (2008) tambeacutem estatildeo sob

a responsabilidade direta do CEMOINCA Haacute ainda o Banco de Ceacutelulas de Sangue de

Cordatildeo Umbilical (BSCUP) cujas atividades iniciaram em 2002

No quesito ensino a residecircncia multiprofissional (exceto Medicina) disponibiliza por

ano 36 vagas distribuiacutedas por categoria profissional alocadas em toda a instituiccedilatildeo conforme

quadro a diante (Quadro 1 p 42) Sua duraccedilatildeo eacute de 2 anos com carga horaacuteria praacutetica e

teoacuterica totalizando 5760 horas com regime de 60 horassemanais em dedicaccedilatildeo exclusiva

(INCA 2012)

42

Quadro 1 - Distribuiccedilatildeo do nuacutemero de vagas por categoria profissional do Programa

de Residecircncia Multiprofissional do INCA

PROFISSAtildeO Nordm DE VAGAS

Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

Nutriccedilatildeo 02

Serviccedilo Social 02

42 PARTICIPANTES DO ESTUDO

O estudo envolveu 09 (nove) dos 15 (quinze) residentes de Enfermagem do PRMO

do INCA Foram incluiacutedos na pesquisa os residentes de Enfermagem do 1ordm ano da Residecircncia

Multiprofissional em Oncologia que ingressaram no processo seletivo de 2012 e que

consentiram em participar do estudo

Apesar de ser uma residecircncia multiprofissional a organizaccedilatildeo do programa conta

com coordenaccedilotildees especiacuteficas e grande parte de suas atividades praacuteticas tambeacutem o satildeo

divididas por categoria profissional Sendo assim para maior factibilidade e operacionalidade

na coleta de dados optou-se por envolver apenas os residentes de Enfermagem pela maior

perspectiva de contribuiccedilatildeo do estudo visto a pesquisadora ser enfermeira e preceptora dos

residentes de Enfermagem ampliando a discussatildeo do ensino profissional da categoria

43 LIMITACcedilAtildeO DO ESTUDO

A limitaccedilatildeo do estudo se deve ao nuacutemero de participantes ser pequeno e natildeo

representar a totalidade da categoria visto que nem todos participaram da pesquisa alegando

carga horaacuteria excessiva e cansaccedilo aleacutem da dificuldade em reuni-los por estarem divididos em

duplas ou individualmente pelas cliacutenicas do serviccedilo

44 ASPECTOS EacuteTICOS LEGAIS

O projeto de pesquisa foi submetido agrave apreciaccedilatildeo e aprovado pelos Comitecircs de Eacutetica

em Pesquisa (CEP) do INCA (Parecer 76351 ndash 17082012 Anexo 1 p 116) e do Hospital

Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) da Universidade Federal Fluminense (Parecer 103607

ndash 21092012 Anexo 2 p 118) e sob o CAAE 03454912000005243 O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE - Apecircndice 2 p 95) contendo os objetivos do

43

estudo e garantindo sigilo e anonimato foi assinado por todos os participantes (BRASIL

2012c)

Considerando que a metodologia aplicada (problematizaccedilatildeo) envolve uma dinacircmica

de ensino diferente daquela utilizada no ensino tradicional com a qual os residentes estatildeo

habituados a pesquisadora ficou atenta para qualquer tipo de desconforto durante os

encontros garantido a participaccedilatildeo voluntaacuteria Nenhum sujeito desistiu de participar da

pesquisa no decorrer do seu processo

45 COLETA DE DADOS

451 Aplicaccedilatildeo da Metodologia da Problematizaccedilatildeo

Os dados foram obtidos por meio de observaccedilatildeo participante e registro em diaacuterio de

campo por parte da pesquisadora principal e observadores (orientadoras alunos de iniciaccedilatildeo

cientiacutefica e mestrandos) aleacutem de siacutentese individual e avaliaccedilatildeo final da aplicaccedilatildeo da MP

(escrita e falada) realizada pelos residentes

A coleta de dados se deu em dois encontros com os residentes participantes

mediados pela pesquisadora e observadores (Figura 3 p 43) Por tratar-se de uma pesquisa de

mestrado fizeram-se necessaacuterios os observadores para que natildeo houvesse perda de falas e

dados subjetivos possibilitando a pesquisadora principal manter o foco e a discussatildeo num

ritmo contiacutenuo

Figura 3 ndash Esquema de coleta de dados elaborado pelos pesquisadores

44

A pesquisadora principal em um momento preacutevio encontrou-se com os residentes

individualmente ou em grupo apresentando-lhes o projeto entregando o TCLE e agendando

as datas dos encontros com os mesmos que consentiram em participar do estudo

No primeiro encontro houve apenas seis participantes pois trecircs residentes que

haviam assinado o TCLE natildeo puderam comparecer Esses 03 (trecircs) residentes se somaram ao

grupo apoacutes o primeiro encontro o que natildeo trouxe prejuiacutezo ao processo da pesquisa visto que

estes interessados na aplicaccedilatildeo da MP solicitaram informaccedilotildees sobre as atividades

empenharam-se na fase de dispersatildeo e participaram ativamente no segundo encontro

Os dois encontros aconteceram aos saacutebados pela manhatilde no periacuteodo de 9 agraves 13

horas em uma sala de aula no proacuteprio preacutedio do alojamento dos residentes A sala era

equipada com data show quadro branco flip chart computador ar condicionado cadeiras e

mesa Foi oferecido aos residentes um coffee break no iniacutecio dos encontros e durante o

intervalo no decorrer da manhatilde

Em cada um dos encontros a pesquisadora principal enquanto tutora conduzia o

grupo outros dois ou trecircs observadores registravam os dados em data show para visualizaccedilatildeo

de todos os participantes e em diaacuterio de campo

No 1ordm encontro os residentes pela observaccedilatildeo da realidade identificaram em seu

cenaacuterio profissional possiacuteveis situaccedilotildees-problema relacionadas agrave residecircncia Multiprofissional

Nessa etapa a pesquisadora norteada por roteiro construiacutedo previamente (Apecircndice 3 p 97)

buscou instigar motivar e debater as principais situaccedilotildees questotildees ou problemas de cunho

teoacuterico ou praacutetico vivenciados pelos residentes em seu cotidiano no INCA de acordo com

seus valores perspectivas crenccedilas ou conhecimentos

As principais situaccedilotildees levantadas pelos residentes foram digitadas e projetadas e

apoacutes leitura coletiva o grupo selecionou uma situaccedilatildeo-problema principal que atendia de

maneira geral aos seus anseios Em seguida o grupo refletiu e expressou individualmente seu

entendimento quanto as possiacuteveis razotildees e dimensotildees para a existecircncia e manutenccedilatildeo da

situaccedilatildeo-problema selecionada listando seus questionamentos (pontos-chave) Como

proacutexima etapa da coleta os residentes foram questionados quanto agraves estrateacutegias de busca de

informaccedilotildees que pretendiam utilizar para elucidar os questionamentos

Na fase de dispersatildeo os residentes tiveram quinze dias para buscar individualmente

ou em grupo dados e informaccedilotildees para fundamentaccedilatildeo das dimensotildeesrazotildees da situaccedilatildeo-

problema - teorizaccedilatildeo e assim levantaram as hipoacuteteses de soluccedilotildees

45

No 2ordm encontro a pesquisadora norteada por roteiro especiacutefico (Apecircndice 4 p 98)

retomou a situaccedilatildeo-problema principal e procurou conhecer as estrateacutegias de busca realmente

utilizadas pelos participantes Em seguida foram apresentadas e debatidas as informaccedilotildees

trazidas pelos residentes sobre a situaccedilatildeo-problema apontada no encontro preacutevio

Apoacutes o debate envolvendo todos os participantes a pesquisadora solicitou que os

residentes redigissem uma siacutentese (Apecircndice 5 p 99) registrando sua percepccedilatildeo individual

sobre a situaccedilatildeo-problema suas causasdimensotildees e se houve mudanccedila em seu grau de

conhecimento quanto agrave situaccedilatildeo selecionada depois da discussatildeo coletiva dos dados obtidos

apoacutes a dispersatildeo

Por fim depois de debatidas as causas para existecircncia e manutenccedilatildeo da situaccedilatildeo-

problema exposta os residentes manifestaram possiacuteveis soluccedilotildees para a problemaacutetica em

questatildeo e compromissos encaminhamentos e novas accedilotildees praacuteticas aplicaacuteveis em relaccedilatildeo ao

problema - aplicaccedilatildeo agrave realidade

452 Avaliaccedilatildeo Geral

Ao final do 2ordm encontro a tutorapesquisadora solicitou aos residentes que

escrevessem individualmente suas impressotildees percepccedilotildees facilidades dificuldades e

sugestotildees quanto agrave MP (Apecircndice 5 p 99)

Concluindo a coleta de dados a pesquisadora iniciou um debate com os residentes

sobre a MP e sua aplicaccedilatildeo no processo da pesquisa possibilitando ao grupo discutir

coletivamente o meacutetodo em sua totalidade

46 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

Os dados foram obtidos a partir das siacutenteses individuais por escrito feitas pelos

residentes elementos levantados pelos pesquisadores atraveacutes da observaccedilatildeo participante e

registro em diaacuterio de campo durante os encontros (Apecircndice 6 p 100) e trabalhados

conforme Bardin que propotildee a anaacutelise de conteuacutedo em trecircs fases preacute-anaacutelise exploraccedilatildeo do

material e tratamento dos resultados inferecircncia e interpretaccedilatildeo (BARDIN 2011)

Bardin (2011) define a anaacutelise de conteuacutedo como

um conjunto de teacutecnicas de anaacutelise das comunicaccedilotildees visando obter por

procedimentos sistemaacuteticos e objetivos de descriccedilatildeo do conteuacutedo das mensagens

indicadores () que permitam a inferecircncia de conhecimentos relativos agraves condiccedilotildees

de produccedilatildeorecepccedilatildeo das mensagens

46

A principal pretensatildeo da anaacutelise de conteuacutedo eacute fornecer teacutecnicas precisas e objetivas

que sejam suficientes para garantir a descoberta do verdadeiro significado assim constitui-se

uma praacutetica que se pretende neutra no plano do significado do texto na tentativa de alcanccedilar

diretamente o que haveria por traacutes do que se diz (BARDIN 2011)Na preacute-anaacutelise o material a

ser analisado foi organizado em quatro etapas com o objetivo de tornaacute-lo operacional

sistematizando as ideacuteias iniciais (a) leitura flutuante (b) escolha dos documentos (c)

formulaccedilatildeo das hipoacuteteses e dos objetivos e (d) referenciaccedilatildeo dos iacutendices e elaboraccedilatildeo de

indicadores (BARDIN 2011)

Os dados foram digitados identificando-se os participantes atraveacutes de letras de A a I

e posteriormente agrupados (Apecircndice 7 p 102) Em seguida foi realizada leitura flutuante

do material destacando-se as palavras-chave

A exploraccedilatildeo do material constituiu a segunda fase quando foi realizada a

exploraccedilatildeo do material com a definiccedilatildeo de categorias (sistemas de codificaccedilatildeo) e a

identificaccedilatildeo das unidades de registro e das unidades de contexto nos documentos

Aprofundando a leitura as palavras-chave foram reunidas por unidade de

significacircncia e logo apoacutes foram criadas as categorias temaacuteticas

As categorias satildeo rubricas ou classes as quais reuacutenem um grupo de elementos sob

um tiacutetulo geneacuterico agrupamento esse efetuado em razatildeo dos caracteres comuns destes

elementos como semacircntico (agrupados por temas) sintaacutetico (verbo adjetivo etc) leacutexico

(classificaccedilatildeo das palavras segundo o seu sentido com emparelhamento dos sinocircnimos e dos

sentidos proacuteximos) ou expressivo Os requisitos para uma boa categoria satildeo a exclusatildeo muacutetua

homogeneidade pertinecircncia objetividade fidelidade e produtividade (BARDIN 2011)

As categorias temaacuteticas foram delimitadas conforme unidade de significacircncia e

atendendo ainda aos objetivos propostos pela pesquisa surgindo assim duas categorias

A praacutetica assistencial da Enfermagem como cenaacuterio no processo ensino-

aprendizagem

Metodologia da problematizaccedilatildeo estrateacutegia de ensino para a autonomia do

residente de Enfermagem

Por fim na terceira fase realizou-se tratamento dos resultados inferecircncia e

interpretaccedilatildeo Nessa etapa ocorreu a condensaccedilatildeo e o destaque das informaccedilotildees para anaacutelise

culminando nas interpretaccedilotildees inferenciais (Apecircndice 7 p 102) Bardin (2011) ressalta que

esse ldquoeacute o momento da intuiccedilatildeo da anaacutelise reflexiva e criacuteticardquo

47

5 RESULTADOS

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DOS SUJEITOS PARTICIPANTES

A pesquisa contou com nove (09) sujeitos identificados por letras de A a I conforme

(Quadro 2 p 47) sendo oito (08) mulheres e um (01) homem todos enfermeiros residentes

do 1ordm ano do PRMO do INCA A idade dos sujeitos variou de 23 a 29 anos sendo quatro (04)

residentes com 23 anos quatro (04) com 25 anos e uma aluna (01) com 29 anos mostrando se

tratar de um grupo jovem Dos nove (09) participantes apenas duas (02) alunas satildeo casadas e

ainda natildeo possuem filhos o restante do grupo eacute solteiro e tambeacutem sem filhos

Quadro 2 - Identificaccedilatildeo dos sujeitos da pesquisa

SUJEITOS SEXO IDADE (anos)

A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25

Quanto agrave naturalidade dos participantes dois (02) satildeo do estado do Rio de Janeiro e

sete (07) satildeo de outros estados como Bahia (03) Minas Gerais (03) e Rio Grande do Sul (01)

(Quadro 3 p 48) sendo que cinco moram no alojamento cedido pelo INCA Cabe considerar

que as condiccedilotildees oferecidas como bolsa alojamento e alimentaccedilatildeo reforccedilam o interesse pelo

Instituto aleacutem de o mesmo ser referecircncia nacional em oncologia como oacutergatildeo auxiliar do MS

Outra justificativa para migraccedilatildeo de residentes de outros estados para o INCA se

baseia no fato de hoje existirem aproximadamente 60 programas de residecircncia em

Enfermagem credenciadas pelo MEC conforme dados do Conselho Federal de Enfermagem

poreacutem poucas satildeo as instituiccedilotildees de renome que oferecem o programa de residecircncia em

oncologia e estas ainda estatildeo concentradas na regiatildeo sudeste como INCA (Rio de Janeiro -

RJ) Hospital do Cacircncer de Barretos (Barretos ndash Satildeo Paulo) Hospital do Cacircncer A C

Camargo (Satildeo Paulo ndash Satildeo Paulo) e Hospital Arauacutejo Jorge (Goiacircnia - Goiaacutes) e claro haacute

48

tambeacutem os programas de especializaccedilatildeo em oncologia poreacutem sem bolsa e campo de estaacutegio

praacutetico aleacutem de a maioria destes cursos ser oferecida por instituiccedilotildees de ensino privadas

muitas vezes desvinculadas de unidades de sauacutede

Quadro 3 - Caracterizaccedilatildeo dos sujeitos da pesquisa

SUJEITOS NATURALIDADE GRADUACcedilAtildeO

Localtipo ANO DE FORMACcedilAtildeO

A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011

Legenda MG ndash Minas Gerais RJ ndash Rio de Janeiro BA ndash Bahia RS ndash Rio Grande do Sul ES ndash

Espiacuterito Santo

Quanto agrave formaccedilatildeo universitaacuteria sete (07) dos participantes tem no maacuteximo 2 anos

de formado e fez a graduaccedilatildeo em seu estado de origem (Quadro 3 p 48) Apenas duas das

participantes cursaram universidade puacuteblica O resultado evidencia um grupo de jovens com

pouco tempo de formado e possiacutevel inexperiecircncia profissional enquanto enfermeiros

49

52 CATEGORIAS TEMAacuteTICAS

521 A praacutetica assistencial da Enfermagem como cenaacuterio no processo ensino-

aprendizagem

Conceitualmente problema eacute uma determinada questatildeo ou assunto que requer

soluccedilatildeo Em trabalhos desenvolvidos com o uso da MP os participantes satildeo levados a

observar a realidade de uma maneira atenta e criacutetica procurando relacionar situaccedilotildees

inconsistentes preocupantes constrangedoras enfim problemaacuteticas Berbel ressalta que

dessa forma estatildeo verificando aquilo que precisa ser trabalhado corrigido aperfeiccediloado e

entatildeo a partir de todos os aspectos verificados nesta realidade um desses problemas eacute eleito

para ser investigado (BERBEL 1999)

Ao iniciarmos com o grupo o trabalho de aplicaccedilatildeo da MP natildeo imaginaacutevamos qual

tipo ou teor de questotildees ou problemas poderiam surgir a partir da observaccedilatildeo atenta e

sistematizada da realidade Os participantes foram motivados agrave discussatildeo e surgiram questotildees

particulares e comuns Como a participaccedilatildeo foi intensa em algum tempo tiacutenhamos uma

relaccedilatildeo de ldquosituaccedilotildees-problemasrdquo projetadas no quadro Dentre estes problemas inicialmente

trazidos pelos residentes podemos destacar alguns que geraram muita discussatildeo

Indefiniccedilatildeo do papel do preceptor

Ausecircncia de formaccedilatildeo pedagoacutegica dos preceptores

Distanciamento entre teoria (docentes) e praacutetica (preceptores)

Praacutetica com preceptores descontextualizada orientada para a mera reproduccedilatildeo de

procedimentos

Berbel ressalta que durante a primeira etapa do Arco de Maguerez - a observaccedilatildeo da

realidade os participantes satildeo levados a observar a realidade com o objetivo de captar os

diferentes aspectos que a envolvem Nesse processo expressam suas percepccedilotildees pessoais

efetuando uma primeira leitura sincreacutetica da realidade e selecionando uma situaccedilatildeo a ser

problematizada (BERBEL 1999)

Assim sob a orientaccedilatildeo da pesquisadora o grupo passou a se concentrar nas

questotildees elencadas selecionando uma situaccedilatildeo-problema que atendesse todo o grupo e assim

o problema prioritaacuterio a ser estudado foi A desestrutura da residecircncia com foco na

preceptoria

Na sequecircncia a pesquisadora procurou instigar os participantes a pensarem no maior

nuacutemero de dimensotildees do problema definido com o objetivo de relacionar possiacuteveis razotildees

50

para a sua existecircncia ou manutenccedilatildeo Momento esse embasado nos passos didaacuteticos da

pedagogia histoacuterico-criacutetica elaborados por Gasparin enfocando o segundo passo a

problematizaccedilatildeo e por assimilaccedilotildees e aproximaccedilotildees estruturamos nossa coleta de dados e

apresentaccedilatildeo dos resultados da pesquisa Esta etapa consiste na explicaccedilatildeo dos principais

problemas postos pela praacutetica social relacionados ao conteuacutedo que seraacute tratado Este passo

desenvolve-se na realizaccedilatildeo de a) uma breve discussatildeo sobre esses problemas em sua relaccedilatildeo

com o conteuacutedo cientiacutefico do programa buscando as razotildees pelas quais o conteuacutedo escolar

deve ou precisa ser aprendido b) em seguida transforma-se esse conhecimento em questotildees

em perguntas problematizadoras levando em conta as dimensotildees cientiacutefica conceitual

cultural histoacuterica social poliacutetica eacutetica econocircmica religiosa etc conforme os aspectos sobre

os quais se deseja abordar o tema considerando-o sob muacuteltiplos olhares (GASPARIN 2009)

Assim o problema partido da realidade envolve uma gama de perspectivas um

conjunto de aspectos interdependentes e claro a anaacutelise deste deve ser considerada sob

muacuteltiplas faces Neste momento os alunos devem compreender o assunto proposto natildeo por si

soacute mas tambeacutem em funccedilatildeo das necessidades sociais Esse processo leva o aluno a descobrir

novas dimensotildees do problema em questatildeo e assim por aproximaccedilotildees sucessivas se daacute a

aprendizagem (GASPARIN 2009)

Nessa etapa observamos que os participantes identificaram as dimensotildees conceitual

histoacutericacultural psicoloacutegicaafetiva legaljuriacutedica e operacional

O grupo identificou a dimensatildeo conceitual na origem do problema selecionado na

medida em que considerou que residentes coordenadores e os proacuteprios preceptores natildeo

compreendem o papel da preceptoria ou o significado da aprendizagem em serviccedilo

De acordo com o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2012a) preceptoria eacute

Funccedilatildeo de supervisatildeo docente-assistencial por aacuterea especiacutefica de atuaccedilatildeo ou de

especialidade profissional dirigida aos profissionais de sauacutede com curso de

graduaccedilatildeo e miacutenimo de trecircs anos de experiecircncia em aacuterea de aperfeiccediloamento ou

especialidade ou titulaccedilatildeo acadecircmica de especializaccedilatildeo ou de residecircncia que exerccedilam atividade de organizaccedilatildeo do processo de aprendizagem especializado e de

orientaccedilatildeo teacutecnica aos profissionais ou estudantes respectivamente em

aperfeiccediloamento ou especializaccedilatildeo ou em estaacutegio ou vivecircncia de graduaccedilatildeo ou de

extensatildeo

A preceptoria tem sido descrita como uma atividade de ensino necessaacuteria que

favorece um processo de construccedilatildeo de conhecimento mais significativo agrave formaccedilatildeo humana e

profissional dos alunos Esta formaccedilatildeo pedagoacutegica deve ter como meta compreender o que

significa um processo dialoacutegico de ensino-aprendizagem por meio da adoccedilatildeo de um modelo

51

educativo e de perspectivas pedagoacutegicas que superem a mera transmissatildeo de conhecimentos e

que levem os profissionais a extraiacuterem das situaccedilotildees complexas e contraditoacuterias de seus

exerciacutecios profissionais diaacuterios a possibilidade de superar obstaacuteculos e construir alternativas

de soluccedilatildeo Mais que aplicar a teoria na praacutetica a funccedilatildeo do preceptor caracteriza-se pelo

exerciacutecio de uma praacutetica cliacutenica que levanta problemas e provoca a busca de explicaccedilotildees ou

soluccedilotildees (MISSAKA 2010)

Cabe dizer que o termo preceptor eacute designado como aquele que daacute preceitos ou

instruccedilotildees instrutor educador Em pesquisa realizada por Missaka (2010) o uso deste termo

em artigos publicados e na legislaccedilatildeo brasileira se refere ao profissional que muitas vezes natildeo

eacute da academia e que tem importante papel na inserccedilatildeo e na socializaccedilatildeo do receacutem-graduado

no ambiente de trabalho com ecircnfase na praacutetica cliacutenica e desenvolvimento de habilidades para

desempenhar procedimentos cliacutenicos estreitando a distacircncia entre teoria e praacutetica

Assim o preceptor deve ter a capacidade de integrar os conceitos e valores da escola

e do trabalho e tem a funccedilatildeo de ensinar aconselhar inspirar e influenciar no desenvolvimento

dos residentes muitas vezes servindo-lhes como exemplo e referencial para a futura vida

profissional e formaccedilatildeo eacutetica (BOTTI REGO 2008)

A dimensatildeo histoacutericacultural do problema surgiu a partir da percepccedilatildeo do grupo de

que o problema relacionado agrave preceptoria estaria concentrado nas enfermarias do HC1 que eacute

a maior e principal unidade do INCA A unidade recebe pacientes com cacircncer nas topografias

de Cabeccedila e Pescoccedilo Toacuterax Neurologia Abdome Urologia e Hematologia Conta ainda com

serviccedilos de Anestesiologia Endoscopia Laboratoacuterio de Patologia Cliacutenica Anatomia

Patoloacutegica Centro de Imagem e Diagnoacutestico Central de Quimioterapia Radioterapia

Estomatoterapia Psiquiatria Psicologia Odontologia Fisioterapia Nutriccedilatildeo Farmaacutecia e

Serviccedilo Social

Para os participantes a intensificaccedilatildeo de problemas com a preceptoria no HC1

poderia ser explicada pelo fato dessa unidade gozar de uma importacircncia histoacuterica por sediar o

gabinete da direccedilatildeo reunindo gestatildeo coordenaccedilotildees (inclusive de pesquisa e ensino) uma

grande quantidade de profissionais com maior tempo de atuaccedilatildeo na instituiccedilatildeo e uma maior

complexidade e concentraccedilatildeo de cliacutenicas Outro aspecto interessante eacute que na fala dos

participantes o HC1 eacute a uacutenica unidade que eacute reconhecida pela populaccedilatildeo como INCA

De fato quando a pesquisadora perguntou aos participantes se apesar da insatisfaccedilatildeo

geral com a preceptoria poderiam identificar bons preceptores pudemos observar que os

relacionados pertenciam ao HC2 ou HC3 Quando estimulados entatildeo a pensar sobre as

52

qualidades necessaacuterias para que o profissional fosse considerado um bom preceptor o grupo

identificou uma dimensatildeo psicoloacutegicaafetiva importante na medida em que reconheceram

que uma relaccedilatildeo residente-preceptor desfavoraacutevel (aefetivamente) atrapalha o desempenho

no cotidiano da praacutetica Estudo multicecircntrico realizado por Oliveira Filho (2005) reforccedila a

ideia da influecircncia da relaccedilatildeo residente-preceptor no aprendizado ao concluir que os grupos

com perfil afetivo-motivacional mais positivo demonstraram ganho significativo de

conhecimento

Na dimensatildeo legaljuriacutedica referida pelo grupo discutiu-se o grande

desconhecimento por parte de residentes e preceptores com relaccedilatildeo aos seus direitos e a toda

legislaccedilatildeo que rege um programa de residecircncia multiprofissional

Procurando conceituar legalmente o termo preceptor encontramos na Resoluccedilatildeo nordm 2

da Comissatildeo Nacional de Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede (BRASIL 2012b) que

trata-se do profissional vinculado agrave instituiccedilatildeo formadora ou executora com formaccedilatildeo

miacutenima de especialista devendo este ser da mesma aacuterea profissional do residente sob sua

supervisatildeo cuja funccedilatildeo caracteriza-se pela supervisatildeo direta das atividades praacuteticas realizadas

pelos residentes nos serviccedilos de sauacutede onde se desenvolve o programa sendo assim o

orientador de referecircncia para o(s) residente(s) no desempenho das atividades praacuteticas

vivenciadas no cotidiano da atenccedilatildeo e gestatildeo em sauacutede

Compete tambeacutem ao preceptor facilitar a integraccedilatildeo do(s) residente(s) com a equipe

de sauacutede usuaacuterios (indiviacuteduos famiacutelia e grupos) residentes de outros programas bem como

com estudantes dos diferentes niacuteveis de formaccedilatildeo profissional na sauacutede que atuam no campo

de praacutetica participar junto com o(s) residente(s) e demais profissionais envolvidos no

programa das atividades de pesquisa e dos projetos de intervenccedilatildeo voltados agrave produccedilatildeo de

conhecimento e de tecnologias que integrem ensino e serviccedilo para qualificaccedilatildeo do SUS e

ainda identificar dificuldades e problemas de qualificaccedilatildeo do(s) residente(s) relacionadas ao

desenvolvimento de atividades praacuteticas (BRASIL 2012b)

A legislaccedilatildeo indica que a residecircncia como modalidade de ensino que objetiva a

aprendizagem em serviccedilo tem como sujeitos no processo de ensino-aprendizagem aleacutem do

preceptor a figura do tutor cuja funccedilatildeo caracteriza-se pela atividade de orientaccedilatildeo acadecircmica

de preceptores e residentes competindo a ele o importante papel de ldquoimplementar estrateacutegias

pedagoacutegicas que integrem saberes e praacuteticas promovendo a articulaccedilatildeo ensino-serviccedilo de

modo a proporcionar a aquisiccedilatildeo das competecircncias previstas no projeto pedagoacutegico do

programardquo (BRASIL 2012b)

53

Observamos que na etapa de levantamento de problemas os residentes participantes

natildeo tinham conhecimento com relaccedilatildeo agrave existecircncia da figura do tutor o que fez com que a

maior parte da responsabilidade pela desestrutura da residecircncia fosse atribuiacuteda unicamente ao

preceptor

[O principal problema da residecircncia eacute a falta de organizaccedilatildeo da coordenaccedilatildeo

principalmente no que tange a preceptoria Muito embora a legislaccedilatildeo do MEC e o

regimento interno da instituiccedilatildeo sejam bem claros quanto agrave isso na praacutetica ainda nos

deparamos com diversos problemas] Resid IQ1

[ os papeacuteis ficam mal definidos ou definidos de forma equivocada o que acaba

interferindo no desenvolvimento das atividades nos campos de praacutetica] ndash Resid

FQ1

[Existe uma ldquoconfusatildeordquo institucional generalizada com relaccedilatildeo aos papeacuteis de tutor e

preceptor] - Fonte Fala registrada em diaacuterio de Campo durante debate no 1ordm dia de

encontro presencial

A discussatildeo do problema principal revelou tambeacutem uma dimensatildeo operacional em

que emergiu uma seacuterie de criacuteticas ao programa Dentre elas o despreparo dos

profissionaispreceptores para a conduccedilatildeo do processo de ensino-aprendizagem no serviccedilo O

grupo questionou a aparente inexistecircncia de formaccedilatildeo pedagoacutegica voltada para os preceptores

uma vez que para essa funccedilatildeo o profissional deve reunir competecircncias como habilidade

teacutecnica conduta eacutetica e capacidade didaacutetico-pedagoacutegica (LOPES BAPTISTA 1999)

[Os agravantes () ocorrem por falta de treinamento dos profissionais para realizar

junto aos especializandos uma assistecircncia pautada em procedimentos teacutecnicos mas

que ao mesmo tempo contemplem a importacircncia teoacuterico cientiacutefica no cuidado

dispensado aos pacientes oncoloacutegicos] ndash Resid EQ1

Cabe lembrar que ainda hoje a grande maioria dos profissionais eacute formada segundo

um modelo tradicional de ensino em que predomina a educaccedilatildeo bancaacuteria (FREIRE 2011d)

Nesse contexto eacute preciso lembrar que a rotina atribulada de afazeres burocraacuteticos e

assistenciais do enfermeiro somada a uma carga horaacuteria excessiva e a um frequente

dimensionamento institucional insuficiente de pessoal acaba favorecendo um conhecimento

estaacutetico

Consequentemente ao se verem na condiccedilatildeo de preceptores os profissionais muitas

vezes reproduzem essa loacutegica de educaccedilatildeo em sua relaccedilatildeo com os residentes Decorre daiacute a

necessidade da instituiccedilatildeo prever a formaccedilatildeo do preceptor discutindo com ele por exemplo

estrateacutegias de ensino em sauacutede noccedilotildees de organizaccedilatildeo didaacutetica pedagogias ativas de

54

aprendizagem formas de avaliaccedilatildeo e uso de tecnologias de informaccedilatildeo e comunicaccedilatildeo

(MISSAKA 2010)

Nesse sentido a MP representa um caminho metodoloacutegico praticamente

desconhecido pelos profissionais de sauacutede habituados agrave mera transmissatildeo de conhecimentos

Esta eacute capaz de orientar a praacutetica pedagoacutegica de um educador preocupado com o

desenvolvimento de seus alunos e com sua autonomia intelectual visando o pensamento

criacutetico e criativo e tambeacutem a preparaccedilatildeo para uma atuaccedilatildeo poliacutetica (BERBEL 1999)

Outra questatildeo que apareceu fortemente nessa dimensatildeo foi o distanciamento

observado entre a praacutetica sob supervisatildeo dos preceptores e a teoria conduzida por

professores Nesse sentido encontramos afinidade entre a fala dos participantes e estudos de

Lopes e Baptista sobre programas de residecircncia que alertam que na loacutegica de ldquo memorizar

para natildeo pensar reproduzir para natildeo criticarrdquo perde-se a oportunidade de constatar ou

confrontar saberes e de questionar o proacuteprio conhecimento que dessa maneira se realiza por

assimilaccedilatildeo desvinculado e deslocado de um pensar e um fazer reflexivo e criacutetico (LOPES

BAPTISTA 1999)

[o residente taacute aprendendo mas eacute cobrado como profissional portanto natildeo interessa

(para o residente) saber fazer e natildeo conhecer o porquecirc] - Fonte Fala registrada em

diaacuterio de Campo durante debate no 1ordm dia de encontro presencial

Natildeo queremos aqui ressaltar a praacutetica como simples ativismo em detrimento da

teoria o que defendemos eacute a necessidade de que natildeo se subestime (ou ignore) um saber ou

uma aacuterea de conhecimento que contribui para a formaccedilatildeo do profissional enfermeiro

Entender o trabalho como fonte de formaccedilatildeo eacute compreendecirc-lo como parte da vida do ser

humano e como estrutura que influencia a composiccedilatildeo do ser no plano individual assim

como o nuacutecleo familiar a escola ou outras instituiccedilotildees que venham a fazer parte de sua vida

A formaccedilatildeo eacute um processo amplo e natildeo se limita a simples desenvolvimento de aptidotildees e

faculdades mas tem uma amplitude que se refere a um ldquoprocesso de construccedilatildeo e realizaccedilatildeo

de um Eu em ascensatildeo esforccedilado em adquirir consciecircncia do mundo e apreendecirc-lo em sua

essecircnciardquo (FREITAG 2001)

Um programa de residecircncia tem a peculiaridade de representar treinamento em

serviccedilo articulando conhecimento teoacuterico com accedilatildeo laboral Para tanto a praacutetica deve

sobrepujar o fazer mecacircnico repetitivo e acriacutetico desconectado da teoria pois praacutetica e teoria

natildeo podem ser compreendidas separadamente satildeo interligadas incorporadas como duas faces

55

da mesma moeda (LOPES BAPTISTA 1999) A teoria sem a praacutetica pode virar blaacute-blaacute-blaacute

e a praacutetica sem a teoria puro ativismo (FREIRE 2011c)

Tal contradiccedilatildeo entra em choque com pressupostos fundamentais dos processos

educativos e das articulaccedilotildees dialeacuteticas e dinacircmicas do trabalho em sauacutede e em enfermagem

uma vez que o processo educativo deve orientar accedilotildees que viabilizem cuidados realizados de

forma articulada compreendendo as reais necessidades e alternativas de soluccedilatildeo para os

problemas da praacutetica cotidiana (LOPES BAPTISTA 1999)

Assim reduzir distacircncias entre a teoria e a praacutetica portanto eacute necessidade urgente

nos processos educacionais Colocar o aluno para observar a realidade decidir o problema de

estudo os aspectos do problema que julga necessaacuterios estudar e todas as outras elaboraccedilotildees

que vai realizando eacute uma forma intensa de dar a palavra ao aluno permitindo sua expressatildeo e

valorizando-a (BERBEL 1999)

Lopes e Baptista (1999) constatam que a polaridade entre o preconizado pela

residecircncia e a realidade de dissociaccedilatildeo entre teoria e praacutetica eacute um paradoxo cotidiano para

programas de residecircncia Uma explicaccedilatildeo apontada pelos autores parece indicar a reduzida

importacircncia que os preceptores atribuem agraves atividades teoacutericas em confronto com o valor

conferido agrave praacutetica que remete ao proacuteprio desenvolvimento dos encargos dos setores O

acuacutemulo de atribuiccedilotildees e responsabilidades dos enfermeiros certamente acarreta dificuldades

no que concerne agrave realizaccedilatildeo do ofiacutecio acadecircmico pois este requer o trabalho de

acompanhamento orientaccedilatildeo e estudo conjunto

[Aprender em serviccedilo eacute estudar debater casos natildeo somente trabalhar ou ter

supervisatildeo (mas) ser corrigido ter ajuda Infelizmente acham que ensino eacute (soacute)

serviccedilo (e) que o que vocecirc precisa eacute trabalharaprender procedimentos] - Fonte

Fala registrada em diaacuterio de Campo durante debate no 1ordm dia de encontro presencial

Atraveacutes da experiecircncia o profissional constroacutei o seu conhecimento definido como o

conjunto de esquemas de pensamento e de accedilatildeo de que dispotildee Esse processo determinaraacute as

suas percepccedilotildees interpretaccedilotildees e as direcionaraacute na tomada de decisotildees que lhe permitiratildeo

enfrentar os problemas encontrados no trabalho Para que o conhecimento gere competecircncias

eacute necessaacuterio que os saberes dos profissionais sejam mobilizados atraveacutes de seus esquemas de

accedilotildees decorrentes de esquemas de percepccedilatildeo avaliaccedilatildeo e decisatildeo desenvolvidos na praacutetica

(PERRENOUD 2001 SCHOumlN 1998)

Os participantes tambeacutem criticaram o eixo teoacuterico considerando tanto a carga

horaacuteria como sua organizaccedilatildeo insuficientes e ressaltando que o momento teoacuterico destinado agrave

56

integraccedilatildeo multiprofissional eacute pouco explorado O processo de ensino e aprendizagem numa

residecircncia multiprofissional eacute constituiacutedo por atividades de reflexatildeo teoacutericas com todo o

grupo de residentes e por atividades teoacutericas especiacuteficas para cada aacuterea de formaccedilatildeo

Eacute importante considerar os conceitos definidos por Campos (2000) quando discute a

organizaccedilatildeo do processo de trabalho em equipes de sauacutede e propotildee a possibilidade de se

trabalhar com a noccedilatildeo de campo e nuacutecleo de conhecimento No campo teriacuteamos os saberes e

responsabilidades comuns a vaacuterias profissotildees e especialidades enquanto o nuacutecleo demarcaria

a identidade de uma aacuterea de saber e de praacutetica profissional (CAMPOS 2000)

Numa residecircncia multiprofissional eacute fundamental que as atividades e discussotildees de

campo sejam contempladas promovendo-se espaccedilos de integraccedilatildeo entre os diferentes

residentes e estimulando cada disciplina e profissatildeo a buscar interface com outras para

cumprir suas tarefas teoacutericas e praacuteticas

Um outro aspecto da preceptoria criticado pelos participantes envolve a forma pela

qual satildeo avaliados Com relaccedilatildeo a esse ponto os residentes referiram natildeo conhecer os

criteacuterios de avaliaccedilatildeo e que esta natildeo ocorre de forma processual sendo aferida pelo preceptor

apenas ao final do periacuteodo O grupo tambeacutem se queixou do fato de natildeo existir espaccedilo ou

instrumento especiacutefico para que os residentes possam avaliar o preceptor

[falta () uma avaliaccedilatildeo clara para pontuar a atuaccedilatildeo de cada um e assim ter um

feedback entre os mesmos] ndash Resid AQ1

Nesse sentido Demo afirma que avaliamos dentre outras coisas para ldquosaber a

distacircncia entre o lugar que o aluno ocupa no momento e o lugar onde imaginamos que deveria

estarrdquo O autor ressalta a importacircncia de se conhecer claramente a posiccedilatildeo inicial do aprendiz

para depois estabelecer ldquoa estrateacutegia mais adequada para deixar a posiccedilatildeo desfavoraacutevel e

caminhar para outra mais favoraacutevel que tambeacutem precisa ser classificadardquo e que sobretudo eacute

preciso sempre avaliar o avaliador (DEMO 2002)

Nesse cenaacuterio os participantes identificaram ainda uma dimensatildeo

econocircmicafinanceira ao levantarem a questatildeo de que preceptores ou professores poderiam

se envolver e se dedicar mais ao programa de residecircncia se lhes fosse garantido auxiacutelio

financeiro A Portaria ndeg 754GM ldquofixa normas para a implementaccedilatildeo e execuccedilatildeo do

programa de bolsas para a educaccedilatildeo pelo trabalhordquo estabelecendo as possibilidades de bolsas

para preceptores tutores e orientadores de serviccedilos ligados agraves Residecircncias Multiprofissionais

(BRASIL 2012a)

57

Vale ressaltar que visto ser um hospital de ensino a atuaccedilatildeo como

preceptorfacilitador no processo ensino-aprendizagem de residentes consta do estatuto do

servidor do INCA entregue aos profissionais no periacuteodo de sua admissatildeo na instituiccedilatildeo sem

qualquer menccedilatildeo a questatildeo de apoio financeiro Tal fato mostra que a instituiccedilatildeo reconhece

seu papel no SUS como ordenadora de recursos humanos e a importacircncia de que profissionais

da aacuterea da sauacutede possam se especializar em serviccedilo Poreacutem nem todos os profissionais se

engajam neste desafio considerando que a entrada de residentes promove uma

desacomodaccedilatildeo e exige abertura para um novo olhar sobre o ensino e a assistecircncia

Nesse sentido os participantes relatam dificuldades para sensibilizar a coordenaccedilatildeo

do programa com relaccedilatildeo agraves questotildees apontadas Segundo eles natildeo existe disposiccedilatildeo poliacutetica

da gestatildeo para a efetivaccedilatildeo de mudanccedilas ou melhorias no campo a partir das queixas dos

residentes e a resposta que obtecircm frequentemente os orienta ao ldquoenfrentamento dos desafiosrdquo




deparamos com diversos problemas como a falta da supervisatildeo direta erros de

definiccedilatildeo do papel tutorpreceptor falta de capacitaccedilatildeo dos profissionais que

exercem essas funccedilotildees A principal causa eacute a falta de planejamento dos responsaacuteveis

pela organizaccedilatildeo da residecircncia que natildeo se organizam para sanar os problemas

citados pelos discentes nos diversos momentos de reuniatildeo] ndash Resid IQ1

Por fim cabe considerar nessa categoria que apesar das dimensotildees identificadas

pelos participantes com relaccedilatildeo ao problema da desestrutura da residecircncia multiprofissional

ao serem questionados sobre o valor de se alcanccedilar o tiacutetulo da residecircncia pelo INCA todos se

mostraram orgulhosos de terem sido aprovados para o programa de uma instituiccedilatildeo de

excelecircncia e satisfeitos em especial com a infraestrutura oferecida Os residentes tambeacutem

referiram se tratar de oportunidade de praacutetica-cliacutenica diferenciada pois apesar das

dificuldades reconheceram que os conhecimentos adquiridos em oncologia satildeo

inquestionaacuteveis

58

522 Metodologia da Problematizaccedilatildeo estrateacutegia de ensino para a autonomia do


Ensino eacute o processo pelo qual o aprender eacute facilitado por outra pessoa possibilitando

que o educando vivencie situaccedilotildees com potencial de modificaccedilotildees na vida concreta Este

processo eacute baseado fundamentalmente em trecircs componentes algueacutem que ensina algueacutem que

aprende e algo que o primeiro ensina ao segundo Aprender eacute reflexo manifesto da

experiecircncia do aluno ao ensino dos conhecimentos especiacuteficos facilitados pela instruccedilatildeo do

professor e se baseia em determinadas estrateacutegias propostas pela formaccedilatildeo que se anseia

contribuindo com a vivecircncia do educando antes de tudo como ser no mundo (BORDENAVE

2012)

O aprender permea toda a vida do indiviacuteduo visto a graduaccedilatildeo durar somente alguns

anos enquanto a atividade profissional pode permanecer por deacutecadas e que os conhecimentos

e competecircncias vatildeo se transformando velozmente torna-se essencial pensar em uma

metodologia para uma praacutetica de educaccedilatildeo libertadora na formaccedilatildeo de um profissional ativo e

apto a aprender a aprender (MITRE et al 2008) Morin filosofa ao citar ldquoHoje eacute vital natildeo soacute

aprender mas sobretudo organizar nosso sistema mental para aprender a aprenderrdquo (MORIN

2005)

Noacutes mulheres e homens somos os uacutenicos seres que social e historicamente nos

tornamos capazes de aprender Por isso somos os uacutenicos para quem aprender eacute uma aventura

criadora Eacute algo por isso mesmo muito mais rico do que meramente repetir a liccedilatildeo dada Eacute

construir reconstruir constatar para mudar o que natildeo se faz sem abertura ao risco e agrave

aventura do espiacuterito (BABITONGA 2002)

A educaccedilatildeo nos dias atuais tem sido confundida com treinamento A educaccedilatildeo estaacute

voltada para a mente das pessoas e para o seu autodesenvolvimento Segundo Paulo Freire

(2011c)

ensinar natildeo eacute transferir conhecimento mas criar as possibilidades para a sua

produccedilatildeo ou a sua construccedilatildeordquo ldquoa aprendizagem transforma os educando em reais

sujeitos da construccedilatildeo e da reconstruccedilatildeo do saber ensinado ao lado do educador

igualmente sujeito do processo

Na Metodologia da Problematizaccedilatildeo assim como nas diversas metodologias que tecircm

sua fundamentaccedilatildeo numa pedagogia criacutetica o professor tem um papel de mediador da

aprendizagem a ser construiacuteda pelo aluno visto que numa aprendizagem interacionista o

professor faz a mediaccedilatildeo entre o objeto e o aluno para a construccedilatildeo do conhecimento na

59

perspectiva da autonomia no processo de aprender a aprender Como mediador ele deve

instigar o aluno a refletir sobre a realidade em que estaacute vivendo sua formaccedilatildeo profissional

tendo como finalidade agrave elaboraccedilatildeo dos desempenhos para a construccedilatildeo da autonomia no

processo de busca das informaccedilotildees e transformaccedilatildeo delas em conhecimento aleacutem da

formulaccedilatildeo do pensamento criacutetico no caso sobre a Enfermagem e o campo da sauacutede num

determinado contexto (CHIRELLI MISHIMA 2004)

Por conseguinte a aprendizagem acontece quando o conhecimento enriquece a vida

a instrumentaliza e a dirige para novos conteuacutedos de conhecimento favorecendo o

crescimento individual (VASCONCELOS BRITO 2006)

Portanto eacute preciso que reflitamos sobre a necessidade de desenvolver o potencial

agente de cada aluno sua capacidade de administrar seu desenvolvimento educativo ou sua

capacidade de atuar com autonomia no processo de aprendizagem (RUEacute 2009)

A autonomia eacute um processo gradativo de amadurecimento que ocorre durante toda a

vida propiciando ao indiviacuteduo a capacidade de decidir e ao mesmo tempo de arcar com as

consequecircncias dessa decisatildeo assumindo portanto responsabilidades (VASCONCELOS

BRITO 2006)

No acircmbito da aprendizagem a autonomia dos alunos no uso do tempo de

aprendizagem no livre acesso a materiais de todo o tipo na distacircncia fiacutesica dos professores

pode remeter a situaccedilotildees de dependecircncia e natildeo de autonomia uma relativa autonomia quanto

ao tempo materiais e espaccedilos eacute diferente da competecircncia absoluta de autorregular a proacutepria

aprendizagem (RUEacute 2009)

Logo concorrem para a promoccedilatildeo da autonomia as atividades de aprendizagem que

possibilitam por exemplo que relaccedilatildeo a um dado comportamento haja envolvimento pessoal

baixa pressatildeo e alta flexibilidade em sua execuccedilatildeo e percepccedilatildeo de liberdade psicoloacutegica e de

escolha (BZUNECK GUIMARAtildeES 2010)

Assim sendo a problematizaccedilatildeo enquanto metodologia ativa se configura

positivamente quanto agrave motivaccedilatildeo autocircnoma ao incluir o fortalecimento da percepccedilatildeo do

aluno de ser origem da proacutepria accedilatildeo ao serem apresentadas oportunidades de problematizaccedilatildeo

de situaccedilotildees envolvidas na programaccedilatildeo escolar de escolha de aspectos dos conteuacutedos de

estudo de caminhos possiacuteveis para o desenvolvimento de respostas ou soluccedilotildees para os

problemas se apresentam alternativas criativas para a conclusatildeo do estudo ou da pesquisa

entre outras possibilidades (BERBEL 2011)

60

Ao trazermos o foco para a pesquisa percebemos que os residentes se perceberam

autocircnomos enquanto indiviacuteduos e grupo desde o iniacutecio da atividade com a escolha do

problema a ser discutido suas dimensotildees pontos-chave responsaacuteveis pela teorizaccedilatildeo e por

fim pelas soluccedilotildees e encaminhamentos dados Essa percepccedilatildeo eacute apontada pelas falas abaixo

dos sujeitos da pesquisa e corroborada por Marin e colaboradores (2010) ao evidenciar na

utilizaccedilatildeo de meacutetodos ativos de aprendizagem a necessidade de mudanccedila no papel do

estudante que precisa assumir a responsabilidade pela proacutepria aprendizagem o estudante

deve ser capaz de propor questionamentos que tenham relevacircncia para o contexto aleacutem de

solucionaacute-los por meio de busca em diferentes fontes considerando a necessidade de trazer

respostas confiaacuteveis e atualizadas a serem confrontadas nos grupos de discussatildeo

[A metodologia empregada nesta pesquisa foi interessante pois as duacutevidas e

questotildees importantes emergiram do proacuteprio grupo de residentes atraveacutes do cotidiano e perspectivas dos mesmos e estas foram esclarecidas por meio de busca de

dispositivos disponiacuteveis e habilitaram os especializandos a encontrar respostas e a

proporem melhorias e mudanccedilas agraves insatisfaccedilotildees e a melhoria deste sistema] ndash

Resid EQ3

[O meacutetodo utilizado foi muito interessante pois a partir das discussotildees foi possiacutevel

levantar os problemas possibilitou a busca para embasar teoricamente as questotildees

levantadas e ouvir as opiniotildees e levantamentos dos colegas presentes] ndash Resid

FQ3

Deste modo evidencia-se tambeacutem a crescente influecircncia de estrateacutegias

metodoloacutegicas baseadas em problemas como a MP mostrando a importacircncia cada vez maior

de vincular teoria e praacutetica profissionais em que os indiviacuteduos devem aprender a desenvolver

pontos de vista proacuteprios e embasaacute-los com evidecircncias elaborando suas estrateacutegias cognitivas

e respectivas ferramentas de trabalho (RUEacute 2009)

Entretanto ao retornarmos aos resultados da pesquisa os residentes foram

questionados quanto agraves fontes de informaccedilatildeo e busca por eles utilizadas estes referiram a

internet (google legislaccedilatildeo) regimento da residecircncia relatos de outras pessoas (profissionais

mais antigos e experientes) e literatura (livros) Os pesquisadores entatildeo sugeriram a busca por

textos e artigos cientiacuteficos em sites como o da Biblioteca Virtual de Sauacutede Pubmed (banco

de dados mantido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da Ameacuterica) e

Google acadecircmico poreacutem os residentes de fato utilizaram a internet paacuteginas do MEC e

INCA o proacuteprio regimento interno do programa de residecircncia aleacutem da entrevista com

preceptores coordenador especiacutefico da aacuterea de enfermagem do PRMO e com o setor de

educaccedilatildeo continuada do instituto

61

Em estudo realizado por Silva e Pedro (2010) a anaacutelise das informaccedilotildees evidenciou

que os alunos percebem que os conteuacutedos precisam ser aprofundados e revisados por eles

proacuteprios mas esperam que o conhecimento seja transmitido pelo professor ou pela praacutetica

profissional Essa percepccedilatildeo denota que os estudantes tecircm alguma consciecircncia de seu

inacabamento mas se encontram acomodados em relaccedilatildeo agrave construccedilatildeo de seu conhecimento

Eacute necessaacuterio que o educador auxilie o aluno a passar da consciecircncia ingecircnua para a

consciecircncia criacutetica desenvolvendo atividades que estimulem a curiosidade e a inquietaccedilatildeo no

estudante que faccedilam com que ele tenha vontade de procurar o conhecimento

Tais dados evidenciam que mesmo sendo utilizado um meacutetodo de ensino ativo os

residentes optaram por buscar informaccedilotildees em fontes tradicionais como em entrevistas com

preceptores representantes da figura do professor Indo em contraponto com os discursos dos

alunos em estudo desenvolvido por Chirelli e Mishima (2004) considerando que no meacutetodo

tradicional o professor eacute a principal fonte de informaccedilatildeo e consequentemente acaba sendo o

emissor de uma verdade Os alunos apontam que isto pode limitar a atuaccedilatildeo dos futuros

profissionais na busca de soluccedilotildees originais e adequadas para a diversidade de problemas no

campo da sauacutede aleacutem de tambeacutem limitar a criacutetica e capacidade avaliativa sobre as possiacuteveis

soluccedilotildees dos problemas

Outra fonte de informaccedilatildeo apontada pelos residentes foi agrave internet apesar de

realizarem a busca em sites oficiais como do MEC e INCA os mesmos natildeo seguiram a

sugestatildeo dos pesquisadores quanto agrave busca em bases de dados cientiacuteficos nem em livros

Este fato fortalece a compreensatildeo de Martini (2009) pois na atualidade a memoacuteria literal dos

livros e textos eacute substituiacuteda por memoacuterias analoacutegicas e digitais e jaacute natildeo eacute necessaacuterio o trabalho

criacutetico uma vez que se delega a codificaccedilatildeo e decodificaccedilatildeo agraves maacutequinas o que provoca uma

industrializaccedilatildeo da memoacuteria produzindo um conhecimento ldquopasteurizadordquo distante da

comparaccedilatildeo reflexatildeo e avaliaccedilatildeo histoacuterico-social do pesquisador Perde-se assim o controle

sobre a aceleraccedilatildeo dos ritmos de produccedilatildeo de informaccedilatildeo e se empobrece o conhecimento

integral rompe-se com o pensamento criacutetico

Tal situaccedilatildeo descrita acima revela que os residentes satildeo pouco ativos ou seria o

meacutetodo de ensino que natildeo provoca agrave proacute-atividade Em se tratando de uma pesquisa com poacutes-

graduandos a mudanccedila natildeo deveria ocorrer desde a graduaccedilatildeo E por que natildeo desde o ensino

fundamental Para Berbel (1999) o aluno soacute aprende quando se envolve profundamente com

a situaccedilatildeo Atraveacutes da MP haacute um envolvimento gradativo do aluno A percepccedilatildeo primeira

dele com o seu olhar sobre a realidade vai-se aprofundando agrave medida que ele se pergunta os

62

porquecircs daquele problema define o que ele precisa estudar sobre o problema e vai ao estudo

realiza a pesquisa a investigaccedilatildeo propriamente dita

A problematizaccedilatildeo pode levaacute-lo (alunoresidente) ao contato com as informaccedilotildees e agrave

produccedilatildeo do conhecimento principalmente com a finalidade de solucionar os impasses e

promover o seu proacuteprio desenvolvimento Ao perceber que a nova aprendizagem eacute um

instrumento necessaacuterio e significativo para ampliar suas possibilidades e caminhos esse

poderaacute exercitar a liberdade e a autonomia na realizaccedilatildeo de escolhas e na tomada de decisotildees

(CYRYNO TORALLES-PEREIRA 2004)

A problematizaccedilatildeo tem a realidade como ponto de partida e chegada constituindo

uma forma de refletir sobre a proacutepria vivecircncia estimulando o estudo constante a

independecircncia e a responsabilidade do aluno possibilitando intervenccedilotildees e transformaccedilatildeo

dessa realidade aleacutem de oportunizar maior diversidade de situaccedilotildees (MARIN et al 2010)

Problematizar significa formular o problema (uma questatildeo uma afirmaccedilatildeo ou uma

negaccedilatildeo) a partir de fatos observados por percebecirc-los como realmente problemaacuteticos

inquietantes instigantes ou inadequados A problematizaccedilatildeo eacute relativa ao grupo ao modo

como o grupo olha a realidade a partir dos conceitos e valores que possui confrontados com

o que observam resultando num entendimento especiacutefico dessa situaccedilatildeo naquele momento

(BERBEL 1995)

Algumas falas dos participantes reforccedilam a definiccedilatildeo acima trazida por Berbel

quanto a problematizar onde os problemas satildeo advindos do proacuteprio grupo e de sua realidade

[As discussotildees satildeo vaacutelidas uma vez que atraveacutes dessa metodologia eacute possiacutevel

aprender sobre questotildees que eu estava inserida mas desconhecia de forma que foi

extigada (instigada) ao aprendizado para participar das discussotildees] ndash Resid FQ2


questotildees importantes emergiram do proacuteprio grupo de residentes atraveacutes do cotidiano

e perspectivas dos mesmos] - Resid EQ3

[Achei muito vaacutelida as discussotildees Acrescentou muito em nosso aprendizado A

didaacutetica utilizada pela pesquisadora na forma de discussatildeo foi excelente uma vez

que nos foi dado a liberdade de contar as experiecircncias vividas e as impressotildees de

cada acerca do problema] ndash Resid GQ3

O fato de os alunos desde o iniacutecio analisarem criticamente uma parcela da realidade

para problematizaacute-la e diante das diferentes possibilidades elegerem aquele aspecto que

consideram mais relevante para o estudo naquele momento torna-se decisivo para o seu

engajamento na continuidade do processo Eles se sentem co-responsaacuteveis pela construccedilatildeo do

63

conhecimento acerca do problema e de alternativas para a sua superaccedilatildeo (BERBEL 2011)

promovendo o aprendizado significativo e amadurecimento do indiviacuteduo

[Minha impressatildeo eacute de que a metodologia prende a atenccedilatildeo do aluno amadurece

suas ideacuteias sobre o tema a partir da troca de ideacuteias com o facilitador e com os

colegas] ndash ResidIQ3

Destarte a pedagogia problematizadora parte das ideacuteias de que uma pessoa soacute pode

conhecer bem algo quando o transforma e transforma a si proacuteprio no processo de

conhecimento a soluccedilatildeo de problemas implica a participaccedilatildeo ativa e o diaacutelogo constante entre

alunos e professores a aprendizagem eacute concebida como uma resposta natural do aluno ao

desafio de uma situaccedilatildeo-problema (BERBEL 1999)

Soacute aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido transformando-o

em apreendido podendo reinventaacute-lo e sendo capaz de aplicaacute-lo em situaccedilotildees concretas

(FREIRE 2011b)

Referimo-nos agrave capacidade de aprender natildeo somente para nos adaptarmos mas

sobretudo para transformarmos a realidade para nela podermos intervir recriando-a

demonstrando a nossa educabilidade em um niacutevel distinto do niacutevel do adestramento dos

outros animais ou do cultivo de plantas (BABITONGA 2002)

Enfim aprender eacute como uma aventura criadora muito mais rica do que meramente

repetir a liccedilatildeo dada Eacute uma capacidade humana de observar agir decidir e criar construindo o

saber para compreender a realidade intervindo e transformando-a (VASCONCELOS

BRITO 2006)

O amadurecimento e aprendizado natildeo soacute sobre o tema mas tambeacutem do residente

enquanto indiviacuteduo tornando-o um ser criacutetico reflexivo e pensante nos seus atos sobressai

em outra fala

[O estiacutemulo de procurar bibliografias e documentos que retratem no que de fato

concerne o programa de residecircncia multiprofissional foi de muita valia para os

residentes pois nos fez conhecer agrave fundo os nossos deveres direitos e o que de fato pode ser reivindicado pelo grupo no que diz respeito agraves coordenaccedilotildees e aos

preceptores Isso favoreceu e contribuiu para de daqui por diante possamos saber

como proceder diante de situaccedilotildees e fatos] ndash Resid EQ2

O processo de aprendizagem promove a mobilizaccedilatildeo do potencial social poliacutetico e

eacutetico dos alunos fazendo com que eles estudem cientificamente para agir politicamente sobre

a realidade Nesse sentido a MP valoriza o poder da reflexatildeo sobre as possiacuteveis causas e

64

determinantes do problema para que os alunos criem coletivamente hipoacuteteses de soluccedilatildeo e de

intervenccedilatildeo direta na realidade social (BERBEL 1998b)

Na Metodologia da Problematizaccedilatildeo ao lidarmos com as situaccedilotildees da realidade

estamos trabalhando com uma concepccedilatildeo de mundo em que estatildeo presentes as contradiccedilotildees

os conflitos e as divergecircncias Entendecirc-las atraveacutes das discussotildees e questionamentos faz parte

do ato pedagoacutegico considerando-se a accedilatildeoreflexatildeoaccedilatildeo transformadora (CHIRELLI

MISHIMA 2004)

[ Com a problematizaccedilatildeo pudemos debater trazer a realidade que vivenciamos e

com isso sugerir melhorias apesar de que as mudanccedilas natildeo iratildeo acontecer da noite

para o dia me sinto importante em poder contribuir e promover melhorias para

turmas posteriores] - Resid HQ2

[A metodologia empregada nesta pesquisa habilitou os especializandos a

encontrar respostas e a proporem melhorias e mudanccedilas agraves insatisfaccedilotildees e a melhoria

deste sistema] ndash Resid EQ3

A problematizaccedilatildeo permite ao educando apreender a realidade e modificaacute-la dando

atenccedilatildeo agraves suas relaccedilotildees com o meio em que vive Nesse contexto as accedilotildees do educador

passam por transformaccedilotildees cotidianas e o desenvolvimento do processo ensino-aprendizado

potencializa a construccedilatildeo de responsabilidade pelos proacuteprios passos do educando com mais

autonomia e independecircncia (FREIRE 2011d)

Esse processo de transformaccedilatildeo eacute identificado pelo autor como uma epistemologia

construtivista fundamentada na interaccedilatildeo entre sujeito e meio o que levaria agrave muacutetua

transformaccedilatildeo Na interaccedilatildeo o sujeito desenvolve suas estruturas mentais e assimila esquemas

de accedilatildeo sendo que sua accedilatildeo provoca alguma transformaccedilatildeo no meio Assim o aluno eacute o

principal protagonista da aprendizagem (BORDENAVE 2012)

Ter sempre diante dos olhos mdash e dentro do coraccedilatildeo mdash o respeito agrave autonomia parece

ser o melhor modo para a compreensatildeo por parte do binocircmio docentediscente do processo

de produccedilatildeo expressatildeo e apreensatildeo do conhecimento dentro de uma perspectiva de

transformaccedilatildeo da realidade afinal conhecer eacute transformar (MITRE et al 2008)

A capacidade de atuar operar transformar a realidade de acordo com as finalidades

propostas pelo homem estaacute associada a sua capacidade de refletir fazendo-o um ser da praacutexis

(VASCONCELOS BRITO 2006)

A praacutexis designa um conjunto de relaccedilotildees de produccedilatildeo e trabalho que constituem a

estrutura social e accedilatildeo transformadora que a revoluccedilatildeo deve exercer sobre tais relaccedilotildees

Significa ainda que natildeo haacute revoluccedilatildeo com verbalismo mas sim com a praacutexis ndash ou seja com

65

reflexatildeo incidindo sobre as estruturas a serem transformadas Sem ela eacute impossiacutevel a

separaccedilatildeo da contradiccedilatildeo opressoroprimido (VASCONCELOS BRITO 2006)

Para que se torne um ser reflexivo transformador eacute preciso que o homem assuma

compromissos Na medida em que o compromisso natildeo pode ser um ato passivo mas praacutexis ndash

accedilatildeo e reflexatildeo sobre a realidade ndash inserccedilatildeo nela ele implica indubitavelmente um

conhecimento da realidade (FREIRE 2011a)

Aleacutem de que para que o homem seja capaz de assumir tais compromissos ele

precisa ser consciente criacutetico reflexivo comprometido com a realidade do mundo em que

vive transpondo limites que lhe satildeo impostos transformando e sabendo-se transformado pela

sua proacutepria criaccedilatildeo (VASCONCELOS BRITO 2006)

O indiviacuteduo precisa inserir-se criticamente na sociedade conhecendo seu papel na

coletividade sendo capaz de questionaacute-lo e assim produzir transformaccedilotildees O compromisso

profissional representa o comprometimento pessoal com o grupo maior a sociedade a

consciecircncia do papel que cabe a cada um a necessidade de aprimorar-se e buscar uma visatildeo

criacutetica da realidade (VASCONCELOS BRITO 2006)

A discussatildeo em torno da transformaccedilatildeo eacute a pedra filosofal do processo A reflexatildeo

coletiva o diaacutelogo o reconhecimento do contexto e de novas perspectivas satildeo a base para a

reconstruccedilatildeo de novos caminhos na busca pela integralidade entre corpo e mente teoria e

praacutetica ensino e aprendizagem razatildeo e emoccedilatildeo ciecircncia e feacute competecircncia e amorosidade

Somente por meio de uma praacutetica reflexiva criacutetica e comprometida pode-se promover a

autonomia a liberdade o diaacutelogo e o enfrentamento de resistecircncias e de conflitos (MITRE et

2008)

Sendo assim a realidade do educando eacute percebida natildeo como um fim em si mesma

mas como subsiacutedio para o encaminhamento de novas propostas ante os problemas

apresentados possibilitando interaccedilatildeo entre ensino teoria e praacutetica buscando soluccedilotildees

especiacuteficas e originais para diferentes situaccedilotildees integrando educaccedilatildeo trabalho e comunidade

sob uma perspectiva criacutetico-reflexiva (SCHAURICH CABRAL ALMEIDA 2007)

No consonante a questatildeo profissional ressalta-se que a perspectiva problematizadora

natildeo anula desmerece ou substitui os aspectos teacutecnicos do ensino profissional em Sauacutede mas

sim os ressignifica como parte de um processo amplo do ldquofazer sauacutederdquo Esse processo passa

pelo encontro entre o usuaacuterio do sistema e o profissional de sauacutede que deve ser entendido

como um agente de transformaccedilotildees sociais mais do que apenas como um prestador de

cuidados (ESPERIDIAtildeO MUNARI STACCIARINI 2002)

66

Focando a praacutetica de enfermagem esta no acircmbito da oncologia coloca os

profissionais em contato estreito com situaccedilotildees de dor finitude e morte aleacutem de mutilaccedilotildees

desesperanccedila de pacientes e familiares bem como expectativas de cura da doenccedila A

agressividade terapecircutica e os ajustes necessaacuterios ao processo de tratamento tambeacutem satildeo

fatores caracteriacutesticos desse cenaacuterio visto que muitos efeitos colaterais desencadeiam graves

reaccedilotildees fiacutesicas e emocionais nos pacientes constituindo-se em elemento gerador de estresse

para a equipe Esses elementos imputam aos profissionais de enfermagem a necessidade de

enfrentamentos perenizados durante a operacionalizaccedilatildeo da assistecircncia aos pacientes Eacute nesse

cenaacuterio de estresse que se efetuam as relaccedilotildees de trabalho da equipe de Enfermagem em

oncologia e o profissional desenvolve sua praacutetica sendo estimulada a capacidade de

diagnoacutestico de soluccedilatildeo de problemas de tomada de decisotildees de intervenccedilatildeo no processo de

trabalho do trabalho em equipe de se auto-organizar e de enfrentar situaccedilotildees em constantes

mudanccedilas (DELUIZ 1996)

Assim sendo o ensino problematizador pode se constituir em importante estrateacutegia

para que o acadecircmico reflita sobre sua atuaccedilatildeo como sujeito com o mundo ndash histoacuterico e em

transformaccedilotildees constantes ndash e no qual o profissional necessita adaptar-se para atuar No

enfoque problematizador o educando eacute considerado ser no mundo e como tal merecedor de

saberes tatildeo importantes quanto o saber teacutecnico Da uniatildeo destes saberes valida-se uma

construccedilatildeo em sauacutede como possibilidade de autonomia e mudanccedila social indo agrave raiz das

relaccedilotildees sociais que fundamentam os problemas de sauacutede da populaccedilatildeo (MORETTI-PIRES et

al 2010)

67

6 PRODUTO

O objetivo final deste Mestrado Profissional em Ensino na Sauacutede caracteriza-se pela

elaboraccedilatildeo de produtos de natureza educacional referenciados em pesquisa com aplicaccedilatildeo

praacutetica visando agrave melhoria do ensino e aprendizagem no espaccedilo de trabalho em sauacutede

A busca de soluccedilotildees para as questotildees consideradas prioritaacuterias pelos residentes

participantes na pesquisa geradas na aplicaccedilatildeo da MP apontou trecircs demandas fundamentais

1) a estruturaccedilatildeo de uma sistemaacutetica de acolhimento e ambiecircncia para novos residentes 2) a

adoccedilatildeo de situaccedilotildees-problema no processo de ensino e aprendizagem no planejamento e

implementaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem e 3) a reorganizaccedilatildeo do processo de avaliaccedilatildeo

A problematizaccedilatildeo dessas demandas permitiu a elaboraccedilatildeo de um Protocolo de Ensino

Praacutetico na Residecircncia em Oncologia representado nos quadros 4 5 e 6 e resumido no

Apecircndice 8 (p 71 74 76 e 111)

Para Schoumln (2000) a ideia central da expressatildeo ldquoEnsino Praacutetico Reflexivordquo eacute que os

estudantes aprendam a praacutetica de uma profissatildeo principalmente ldquoatraveacutes do fazerrdquo

orientados por um profissional experiente aquele capaz de organizar situaccedilotildees onde o aluno

possa praticar e deparar-se com problemas reais levando-o a refletir e adquirir experiecircncias

atraveacutes de seus erros aperfeiccediloando-se

A aprendizagem acontece a partir da problematizaccedilatildeo da sua praacutetica sob a

circunstacircncia de professoraluno-estagiaacuterio um profissional mais experiente orienta o

processo de reflexatildeo do aluno possibilitando a compreensatildeo e significaccedilatildeo dos

acontecimentos vividos onde o aprender eacute fazendo atraveacutes de um diaacutelogo de reflexatildeo-na-

accedilatildeo entre professor e estudante (SCHOumlN 2000)

A MP costuma ser referida e aplicada em associaccedilatildeo ao esquema do Arco de

Maguerez A estrutura do Arco de Maguerez (figura 2 p 27) adotada pela Metodologia da

Problematizaccedilatildeo tem seu ponto de partida na realidade seguindo uma trajetoacuteria de

observaccedilotildees e delimitaccedilotildees do problema reflexotildees teorizaccedilotildees proposiccedilotildees de hipoacuteteses de

soluccedilatildeo de maneira que chega novamente agrave realidade para que possa transformaacute-la

exercitando assim a cadeia dialeacutetica accedilatildeo-reflexatildeo-accedilatildeo

Visando incorporar as potencialidades da MP no processo de ensino praacutetico do

PRMO procurou-se situar as demandas identificadas no processo da pesquisa no Arco de

Maguerez desenhando um esquema ilustrativo do Protocolo de Ensino Praacutetico baseado nas

68

etapas do arco de Maguerez (figura 4 p 68) Este foi proposto a partir dos resultados da

pesquisa na perspectiva de orientar accedilotildees educativas fundamentais a serem desempenhadas

pelos diversos atores envolvidos com o PMRO

Figura 4 ndash Esquema ilustrativo do protocolo de ensino praacutetico elaborado pelos

pesquisadores sobre as etapas do Arco de Maguerez

Cabe lembrar que tais atores no cenaacuterio da residecircncia multiprofissional

desempenham diferentes papeacuteis em diferentes momentos a saber coordenaccedilatildeo geral de

ensino (coordenador designado pelo diretor-geral do instituto) coordenaccedilatildeo da aacuterea de ensino

multiprofissional e coordenador especiacutefico da aacuterea de Enfermagem (coordenadores indicados

pela comissatildeo de ensino e homologados pelo coordenador geral) tutoria (liacuteder do serviccedilo ndash

enfermeiro administrativo do setor eou supervisor gerente de Enfermagem) docentes

(profissionais vinculados agrave aacuterea educacional da instituiccedilatildeo e profissionais

gerenciaisassistenciais com expertise nas aacutereas trabalhadas) preceptoria (enfermeiros

assistenciais) comissatildeo de ensino (comissatildeo formada pela participaccedilatildeo do coordenador da

aacuterea de ensino membro da coordenaccedilatildeo do cursoprograma representante de cada unidade do

instituto representante docente e discente) e residentes

Sendo assim este projeto traz como produto agrave construccedilatildeo de um protocolo de ensino

praacutetico do novo residente no cenaacuterio da residecircncia partindo desde seu acolhimento e

69

ambiecircncia perpassando o planejamento e implementaccedilatildeo dos cuidados de Enfermagem a

partir de situaccedilotildees-problema ateacute a avaliaccedilatildeo de todo o processo Almejamos com este

protocolo estabelecer um conjunto de atividades responsabilidades e fluxos contribuindo

para a organizaccedilatildeo do processo de ensino-aprendizagem na residecircncia oncoloacutegica e

possibilitando a profissionais e residentes formaccedilatildeo qualificada e assistecircncia de excelecircncia

PROTOCOLO DE ENSINO PRAacuteTICO NA RESIDEcircNCIA EM ONCOLOGIA

Acolhimento e Ambiecircncia

O dicionaacuterio Aureacutelio define acolhimento como ldquoato ou efeito de acolher recepccedilatildeo

refuacutegio guaridardquo (FERREIRA 2010) No acircmbito da sauacutede o termo acolhimento estaacute

associado ao usuaacuterio do serviccedilo

A Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo define a palavra acolhimento no portal da Rede

Humaniza SUS como

ldquorecepccedilatildeo do usuaacuterio desde sua chegada responsabilizando-se

integralmente por ele ouvindo sua queixa permitindo que ele

expresse suas preocupaccedilotildees anguacutestias e ao mesmo tempo colocando

os limites necessaacuterios garantindo atenccedilatildeo resolutiva e a articulaccedilatildeo

com os outros serviccedilos de sauacutede para a continuidade da assistecircncia

quando necessaacuteriordquo (BRASIL 2013)

Tal definiccedilatildeo pode perfeitamente ser associada a trabalhadores e residentes Uma

instituiccedilatildeo de sauacutede que se propotildee a formar trabalhadores precisa recebecirc-los com cuidado

desde sua chegada responsabilizando-se integralmente por eles ouvindo suas expectativas

permitindo que estes expressem suas preocupaccedilotildees duacutevidas promovendo o ensino e

supervisatildeo de suas atividades e integrando-os a uma equipe de sauacutede multiprofissional

Outro ponto em questatildeo eacute a ambiecircncia esta questatildeo para Enfermagem eacute tida como

uma preocupaccedilatildeo haacute tempos Florence Nightingale idealizou a Teoria de Ambientes

afirmando que o indiviacuteduo tem suas defesas naturais influenciadas por um ambiente saudaacutevel

ou natildeo um ambiente com condiccedilotildees externas capaz de prevenir doenccedilas suprimi-las ou

agravaacute-las Assim cabe agrave Enfermagem enquanto profissatildeo de contato com o paciente

modificar os aspectos natildeo saudaacuteveis do ambiente promovendo melhores condiccedilotildees para a

natureza agir Florence referia-se a este ambiente como ambiente terapecircutico favoraacutevel ao

70

processo reparativo mediante o uso do ar puro da luz e do calor da limpeza do repouso com

o miacutenimo dispecircndio das energias vitais do paciente (NIGHTINGALE 1989)

O termo Ambiecircncia eacute tambeacutem definido pelo Ministeacuterio da Sauacutede na Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo (BRASIL 2010) Ambiecircncia hospitalar se refere ao tratamento

dado ao espaccedilo fiacutesico entendido como espaccedilo social profissional e de relaccedilotildees interpessoais

que deve proporcionar atenccedilatildeo acolhedora humana e resolutiva considerando alguns

elementos que atuam como catalisadores da inter-relaccedilatildeo homem x espaccedilo

Trabalho realizado por Lino e colaboradores (2007) reforccedila a ideia do

relacionamento interpessoal entre preceptor e residente onde natildeo se nega a importacircncia do

conhecimento teacutecnico-cientiacutefico contudo ele natildeo abarca as demais necessidades de ordem

pessoal institucional e mesmo profissionais ligadas a uma maior inovaccedilatildeo na assistecircncia

prestada e maior satisfaccedilatildeo no trabalho

Deve-se considerar que as relaccedilotildees sociais desenvolvidas entre enfermeiros

residentes e enfermeiros mais experientes ou preceptores satildeo relaccedilotildees de conflito de saberes

o que contribui para a reflexatildeo e tomada de decisatildeo dos enfermeiros residentes diante da nova

realidade a que satildeo submetidos (LOPES MOURA 2004)

[As possiacuteveis causas para este problema satildeo falta de tempo da parte dos preceptores

para com os residentes falta de interesse em querer ensinar da parte do preceptor

escolhido que por vez ldquonatildeo aceita o cargordquo] - Fala registrada em diaacuterio de campo

[Os preceptores natildeo satildeo preparadoscapacitados para tal natildeo tem perfil natildeo gostam

de ensinar consideram o residente trabalho em dobro] - Fala registrada em diaacuterio de

campo

Logo abaixo trazemos o quadro 4 (p 71) configurando os atores envolvidos na

atividade de preceptoria no tocante ao acolhimento e ambiecircncia com as atribuiccedilotildees que

competem a cada

71

Quadro 4 - Atividades relacionadas ao acolhimento e ambiecircncia do novo residente e

os respectivos responsaacuteveis por cada accedilatildeo

PROTOCOLO DE ENSINO PRAacuteTICO

ACOLHIMENTO E AMBIEcircNCIA

RESPONSAacuteVEIS ACcedilOtildeES

Coordenaccedilatildeo Geral

de Ensino

Planejar implantar e coordenar os cursos e programas oferecidos pela instituiccedilatildeo

Promover e divulgar a produccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos

Recepccedilatildeo e direcionamento para roda de conversa

Coordenaccedilatildeo da

Aacuterea

Multiprofissional

Apresentar a legislaccedilatildeo especiacutefica que rege o PRMO e documentaccedilatildeo afim

Planejar os conteuacutedos programaacuteticos e as atividades do eixo transversal (comum a todas

as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem

Apresentar a dinacircmica da unidade escala de serviccedilo atividades esperadas atribuiccedilotildees e

formulaacuterios de avaliaccedilatildeo

Visitar agraves unidades e chefes de departamentos

Apresentar os residentes ao tutor

Tutor

Recepcionar o residente com cordialidade colocando-se agrave disposiccedilatildeo para quaisquer

esclarecimentos sugestotildees eou queixas

Apresentar o serviccedilo equipe dinacircmica do serviccedilo localizaccedilatildeo de materiais e insumos

impressos formulaacuterios e sistemas pertinentes agrave assistecircncia

Apresentar o novo residente ao preceptor

Preceptor

Reapresentar o ambiente de trabalho e equipe

Esclarecer e repassar as atribuiccedilotildees teoacutericas e praacuteticas do residente aleacutem da dinacircmica e

operacionalidade da cliacutenica em questatildeo rotina institucional e assistencial

Acompanhar o cotidiano do residente na praacutetica

Residentes

Ler e se inteirar do regimento interno da Residecircncia do Instituto e a legislaccedilatildeo especiacutefica

atentando natildeo somente dos direitos mas tambeacutem de seus deveres

Mostrar receptividade e proacute-atividade para com o preceptor e demais membros da equipe

de sauacutede

Apontar suas duacutevidas iniciais quanto agrave rotina da cliacutenica em questatildeo e suas atribuiccedilotildees

teoacuterico-praacuteticas responsabilizando-se igualmente por seu aprendizado

Planejamento e Implementaccedilatildeo dos Cuidados de Enfermagem a partir de

Situaccedilotildees Problema

Tradicionalmente a formaccedilatildeo em sauacutede e na Enfermagem estaacute centrada na

reiteraccedilatildeo riacutegida de tarefas normas e rotinas distantes da realidade realizadas sem reflexatildeo

preacutevia gerando profissionais submissos alienados e acriacuteticos Decorre daiacute a necessidade de

mudanccedilas no campo educacional desde a graduaccedilatildeo com a adesatildeo de meacutetodos pedagoacutegicos

alternativos como a problematizaccedilatildeo da realidade almejando a formaccedilatildeo de profissionais

ativos e capazes de intervir na realidade em questatildeo

Numa nova exigecircncia de formaccedilatildeo cabe pensar natildeo o que eacute ou o que deve mas o que

se pode atraveacutes do processo formativo como o levantamento de questotildees investigando

realidades e interrogando paisagens na perspectiva de uma aprendizagem de si dos entornos

e dos papeacuteis profissionais (CECCIM 2008)

72

Considerando a constante transformaccedilatildeo na formaccedilatildeo do docente de Enfermagem

quanto ao seu processo de ensino proveniente da mutabilidade da sauacutede esta deve trazer

consigo a perspectiva de um ensino reflexivo uma formaccedilatildeo criacutetica que construa autonomia e

criatividade (BACKES et al 2013)

Dentre as atribuiccedilotildees do enfermeiro com o cuidar estaacute o processo de Enfermagem

um movimento de identificaccedilatildeo do problemanecessidade do cliente assistido

operacionalizando-se em etapas como a coleta de dados de enfermagem ou histoacuterico de

enfermagem diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de enfermagem Portanto trata-se de um processo dinacircmico que requer do

profissional base cientiacutefica conhecimento habilidades e atitudes pautadas no compromisso

eacutetico na responsabilidade e no assumir o cuidar do outro (MENEZES PRIEL PEREIRA

2011)

Sabe-se que o processo diagnoacutestico de Enfermagem consiste numa gama de

atividades cognitivas e perceptivas em que as observaccedilotildees conduzem agraves inferecircncias e por sua

vez conduzem a mais observaccedilotildees tornando-se um processo ciacuteclico Deste modo entende-se

que esse conjunto de atividades exige diversas habilidades como o pensamento criacutetico para a

assimilaccedilatildeo e categorizaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas na expectativa em se compreender a

heterogeneidade e complexidade das respostas humanas aos problemas de sauacutede ou situaccedilotildees

de vida Frente esse contexto acredita-se que a tomada de decisatildeo do enfermeiro deveraacute ser

pautada na avaliaccedilatildeo criteriosa de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na

compreensatildeo da sua relaccedilatildeo entre si e da sua relevacircncia para o cuidado Assim sendo

salienta-se sobre a necessidade de utilizaccedilatildeo de estrateacutegias que desenvolvam habilidades de

pensamento criacutetico tanto no ensino como na praacutetica cliacutenica de enfermagem

(BITTENCOURT CROSSETTI 2013)

Para o aprendizado do sujeito eacute fundamental que este aprender esteja articulado com

a realidade do aprendiz partindo de seu cenaacuterio e valorizando seus conhecimentos empiacutericos

ou seja seus saberes construiacutedos aleacutem do ambiente de ensino propriamente dito Logo

inexiste ensinar sem aprender exigindo a existecircncia de quem ensina e de quem aprende

(AMESTOY et al 2013)

Embora as estrateacutegias de aprendizagem sejam adotadas pelo residente e sofram

influecircncia das caracteriacutesticas proacuteprias do mesmo cabe ao preceptor natildeo soacute desenvolver taacuteticas

que favoreccedilam o aprendizado profundo como propiciar um clima adequado para que este se

desenvolva (SKARE 2012)

73

Logo a problematizaccedilatildeo poderaacute auxiliar a aacuterea da sauacutede na transcendecircncia do

caraacuteter hospitalocecircntrico medicalizante e fragmentaacuterio da assistecircncia do ensino e dos

serviccedilos de sauacutede para um modelo holiacutestico que estimula o desenvolvimento da cidadania

possibilitando a compreensatildeo do ser humano socialmente inserido vislumbrando-o de forma

integral e humanizada intervindo sobre os determinantes sociais do processo sauacutede-doenccedila

aleacutem de priorizar a prevenccedilatildeo de agravos e a promoccedilatildeo agrave sauacutede em todos os niacuteveis de atenccedilatildeo

(SCHAURICH CABRAL ALMEIDA 2007)

Eacute amplamente aceito que estrateacutegias de aprendizado que incluem uma aproximaccedilatildeo

integradora ao conhecimento proporcionam melhores resultados do que uma aproximaccedilatildeo

superficial (ou reprodutora) baseada na memorizaccedilatildeo onde a motivaccedilatildeo adveacutem do medo de

falhar associado com a alta demanda de trabalho O aprendizado obtido sofre fortes

influecircncias de motivaccedilatildeo para tal e estrateacutegias que despertem essa motivaccedilatildeo satildeo

influenciadas pelo contexto no qual o aprendizado acontece assim almeja-se com a

metodologia da problematizaccedilatildeo uma aproximaccedilatildeo profunda e motivada pelo desejo

intriacutenseco de aprender que resulte num entendimento integrado e pessoal (SKARE 2012)

A fala abaixo de um dos participantes da pesquisa reforccedila a ideia trabalhada por

Medeiros e colaboradores (2008) onde o educador necessita neste processo de ensino-

aprendizagem fundamentado nos pressupostos da Metodologia da Problematizaccedilatildeo oferecer

oportunidades de cuidado ter a sensibilidade para selecionar as situaccedilotildees da realidade

consideradas problemaacuteticas e reconhecer as potencialidades e dificuldades dos estudantes

valorizando experiecircncias anteriores e saberes preacutevios sendo uma forccedila motivadora para a

construccedilatildeo coletiva dos conhecimentos Isso para que os conteuacutedos possam emergir da

realidade vivida pelos educandos e educador a partir do contexto de cuidado da clientela

[Alguns preceptores natildeo datildeo relevacircncia agrave opiniatildeo consideraccedilotildees teoacutericas e ateacute

praacuteticas apontadas pelos residentes Muitos sequer ouvem outros nem sequer

discutem] - Fala registrada em diaacuterio de campo

Assim acredita-se que a aprendizagem acontece a partir da problematizaccedilatildeo da sua

praacutetica sob a circunstacircncia de professoraluno-estagiaacuterio um profissional mais experiente

orienta o processo de reflexatildeo do aluno possibilitando a compreensatildeo e significaccedilatildeo dos



Por conseguinte trazemos o quadro 5 (p 74) com as funccedilotildees cabiacuteveis a cada agente

atuante na preceptoria

74

Quadro 5 - Atividades relacionadas ao planejamento e implementaccedilatildeo dos cuidados

de Enfermagem pelo novo residente a partir da definiccedilatildeo e discussatildeo de situaccedilotildees-problema

bem como os respectivos responsaacuteveis


PLANEJAMENTO E IMPLEMENTACcedilAtildeO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM


Coordenaccedilatildeo da Aacuterea de

Enfermagem

Planejar os conteuacutedos programaacuteticos e as atividades do eixo especiacutefico assim como os objetivos de aprendizagem

Fornecer suporte teacutecnico cientiacutefico ao corpo docente e assistencial de preceptores

Organizar e selecionar o grupo de orientadores para acompanhamento e contribuiccedilatildeo na

elaboraccedilatildeo do trabalho de Conclusatildeo de Curso

Organizar promover e divulgar eventos cientiacuteficos

Tutor

Implementar estrateacutegias pedagoacutegicas integradoras entre a teoria e praacutetica articulando

ensino-serviccedilo

Promover capacitaccedilatildeo pedagoacutegica e educaccedilatildeo permanente aos preceptores

Planejar e promover grupos de estudos e sessotildees cliacutenica multiprofissionais

Avaliar continuamente o desenvolvimento acadecircmico-assistencial dos residentes

Preceptor

Instigar o levantamento de questionamentos pelo residente despertando seu interesse

Motivar a participaccedilatildeo do residente na tomada de decisotildees envolvendo em todo o

processo assistencial e natildeo somente na realizaccedilatildeo de teacutecnicas

Acompanhar supervisionar e orientar o cotidiano do residente na praacutetica

Trabalhar os conceitos tratamentos disponiacuteveis e cuidados em oncologia a partir de

situaccedilotildees vivenciadas em sua praacutetica e da vivecircncia dos residentes trabalhando todo o

processo de Enfermagem baseado nas etapas do Arco de Maguerez a fim de aproximar

os residentes de metodologias ativas de ensino quanto da assistecircncia de clientes

oncoloacutegicos

Discutir casos cliacutenicos disponiacuteveis e vivenciados na praacutetica a partir do Arco de

Maguerez abordando todas as perspectivas envolvidas no caso como nos contextos

social psicoloacutegico cultural e econocircmico

Fornecer aporte teoacuterico e possiacuteveis bases de pesquisa para aprofundamento quanto ao

histoacuterico cliacutenico do paciente eou caso exame fiacutesico diagnoacutestico e tratamento oncoloacutegico

Favorecerfacilitar o entrosamento multidisciplinar aproximando os residentes de

Enfermagem dos demais profissionais primando pela qualidade da assistecircncia

Promover integraccedilatildeo teoria-praacutetica colaborar e ajudar na aplicaccedilatildeo e ou suporte do

tratamento proposto com elaboraccedilatildeo de um plano de cuidados

Destacar procedimentos e teacutecnicas especiacuteficas de cada cliacutenica oportunizando-os aleacutem de

orientar e supervisionar sua realizaccedilatildeo

Residentes

Levantar situaccedilotildees-problema de sua praacutetica procurando desenvolver juntamente com os

preceptores e equipe de sauacutede casos cliacutenicos diagnoacutesticos de Enfermagem e plano

terapecircutico e de cuidados

Apresentar estudos de caso com o intuito de aproximar a teoria sabida da praacutetica

vivenciada proporcionando a troca de saberes e experiecircncias com a equipe de sauacutede

Demonstrar interesse pela cliacutenica em questatildeo prontificando-se na realizaccedilatildeo de teacutecnicas

e cuidados aprimorando sua destreza e habilidade manual

Assessorar o preceptor nas questotildees assistenciais e burocraacuteticas seja sob supervisatildeo ou

de maneira independente conforme capacitaccedilatildeo para tal

Prestar assistecircncia e cuidados ao paciente interagindo com este sua famiacutelia cuidadores

e demais profissionais envolvidos na assistecircncia

Solicitar auxiacutelio eou supervisatildeo aos preceptores e outros profissionais quando natildeo se

sentir seguro e ou apto para realizar qualquer tarefa

75

Avaliaccedilatildeo processual

Avaliar vem do latim a + valere que significa atribuir valor e meacuterito ao objeto em

estudo Portanto avaliar eacute atribuir um juiacutezo de valor sobre a propriedade de um processo para

a afericcedilatildeo da qualidade do seu resultado Eacute a junccedilatildeo do ato de avaliar ao de medir os

conhecimentos adquiridos pelo indiviacuteduo Eacute um instrumento valioso e indispensaacutevel no

sistema escolar podendo descrever os conhecimentos atitudes ou aptidotildees que os alunos

apropriaram Sendo assim a avaliaccedilatildeo revela os objetivos de ensino jaacute atingidos num

determinado ponto de percurso e tambeacutem as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem

(KRAEMER 2006)

A avaliaccedilatildeo no ensino apresenta-se de maneira contiacutenua processual e participativa

A orientaccedilatildeo de alunos tem como norteador a proposiccedilatildeo de criteacuterios discutidos e construiacutedos

juntamente com estes alunos antes de comeccedilar o processo O aluno eacute avaliado pelo

desempenho geral e globalizado com acompanhamento do seu ritmo participativo e

produtivo todo dia e natildeo por momentos de grande esforccedilo de memorizaccedilatildeo e coacutepia no final

do processo (BEHRENS 2005)

O processo avaliativo do residente deve compreender sua formaccedilatildeo na dimensatildeo

teoacuterica cientiacutefica na capacidade de reflexatildeo arguiccedilatildeo e decisatildeo aleacutem dos aspectos praacuteticos

teacutecnicos destreza e habilidades manuais Considera o aprendizado adquirido pelo residente

atraveacutes da troca de experiecircncias vividas no trabalho na criaccedilatildeo do novo saber e praacutetica

obtidos pela reflexatildeo no fazer e vivecircncia do processo Deste modo ao se lidar com estrateacutegias

pedagoacutegicas inovadoras e criacuteticas eacute imprescindiacutevel que a avaliaccedilatildeo tambeacutem seja inovadora

considerando natildeo apenas pontos quantitativos mas o desenvolvimento qualitativo e

crescimento profissional do residente

[As criacuteticas feitas pelos residentes aos preceptores natildeo satildeo levadas de fato em

consideraccedilatildeo Natildeo eacute dado o real valor a opiniatildeo do residente] - Fala registrada em

diaacuterio de campo

[As possiacuteveis causas para este problema seriam falta de formaccedilatildeoorientaccedilatildeo

pedagoacutegica ao tutor e preceptor falta de clareza nas funccedilotildees de um residente()

falta de uma avaliaccedilatildeo clara para pontuar a atuaccedilatildeo de cada um e assim ter um

feedback entre as mesmas] ndash Resid A

Portanto produzimos o quadro 6 (p 76) com as accedilotildees oportunas aos responsaacuteveis

pela preceptoria

76

Quadro 6 - Atividades relacionadas agrave avaliaccedilatildeo processual do novo residente a e

seus respectivos responsaacuteveis


AVALIACcedilAtildeO PROCESSUAL



de Ensino Elaborar e definir os criteacuterios de avaliaccedilatildeo


Aacuterea de

Enfermagem

Confeccionar os instrumentos de avaliaccedilatildeo de acordo com os objetivos de aprendizagem

Tutor

Realizar avaliaccedilatildeo do preceptor considerando os apontamentos dos residentes e do proacuteprio

preceptor avaliado

Reunir todos ou pelo menos de um dos preceptores que acompanharam o residente a ser avaliado ouvindo suas opiniotildees quanto ao aprendizado e desempenho deste reduzindo

assim o vieacutes provocado pela empatia ou antipatia entre preceptorresidente

Preceptor

Avaliar processualmente o residente com avaliaccedilatildeo inicial parcial e final durante a

permanecircncia do residente no serviccedilo com feedback imediato escutando as dificuldades e

facilidades enfrentadas por este pontuando tambeacutem suas expectativas enquanto preceptor

Expor e discutir com o residente os formulaacuterios de avaliaccedilatildeo jaacute desenvolvidos pelo

programa dando a ele a oportunidade de fala apontando sugestotildees e criacuteticas

Apresentar ao residente sua avaliaccedilatildeo dando a este o direito de questionar eou justificar

qualquer ponto avaliado

Avaliar o residente de acordo com sua conduta profissional e conforme os criteacuterios de

aprendizado estabelecidos pelo programa

Residente

Conhecer os criteacuterios e instrumentos de avaliaccedilatildeo discutindo-os com o preceptor

esclarecendo suas duacutevidas pontuando suas expectativas sugestotildees e criacuteticas

Avaliar o preceptor seja de maneira verbal juntamente com o tutor seja de maneira escrita

e anocircnima se assim preferir

Tomar ciecircncia de sua avaliaccedilatildeo argumentando de maneira coesa e coerente caso natildeo

concorde com a mesma

O ensino em sauacutede eacute tarefa complexa e requer dos envolvidos um olhar diferenciado

e sensiacutevel agrave dinamicidade deste processo que exige escuta flexibilidade sensatez

disponibilidade e proacute-atividade Tal posicionamento encontra amparo na educaccedilatildeo

problematizadora Na problematizaccedilatildeo natildeo se transfere mas se compartilha experiecircncias

construindo seres criacuteticos atraveacutes do diaacutelogo com o educador que ensina e tambeacutem aprende

Assim a educaccedilatildeo contribui para a libertaccedilatildeo do ser humano libertaccedilatildeo da ignoracircncia da

escravidatildeo da dependecircncia da submissatildeo Problematizando promove-se a libertaccedilatildeo pelo

conhecimento pela ampliaccedilatildeo da consciecircncia (FREIRE 2011d)

Cabe ressaltar que no presente protocolo natildeo se defende a substituiccedilatildeo completa dos

meacutetodos tradicionais de ensino mas sim sua integraccedilatildeo com pedagogias inovadoras

primando pela formaccedilatildeo de profissionais de sauacutede coerentes concisos e criacuteticos aleacutem de

cidadatildeos questionadores reflexivos e proacute-ativos influenciados durante sua formaccedilatildeo pela

crenccedila nos ideais do Sistema Uacutenico de Sauacutede

77

Por fim o protocolo de ensino praacutetico elaborado e resumido no Apecircndice 8 (p 111)

pretende promover a inserccedilatildeo ativa do residente no PRMO mas nesse movimento eacute preciso

ter consciecircncia de que novos processos pressupotildeem accedilotildees para aleacutem da praacutetica assistencial

que implicam na desacomodaccedilatildeo e muitas vezes na ruptura com o conhecido na direccedilatildeo de

uma assistecircncia transformadora Esta sim capaz de elevar todos os sujeitos ao papel de

protagonistas na superaccedilatildeo de limitaccedilotildees e na construccedilatildeo do crescimento pessoal e

profissional individual e coletivo

78

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

No Brasil apesar de o uso das metodologias ativas datar de quase 20 anos nossos

professores adveacutem de um ensino tradicional por isso entendemos os desafios impostos pela

mudanccedila frente aos novos meacutetodos de ensino jaacute que exigem movimento o sair da ineacutercia dos

professores do conhecimento estagnado poreacutem eacute imprescindiacutevel que o professor educador

conheccedila e se familiarize com novas pedagogias sempre criando novas estrateacutegias de ensino

Uma vez que natildeo haacute um meacutetodo unacircnime o objetivo eacute associar meacutetodos mantendo os alunos

interessados participantes tendo uma aprendizagem significativa e capazes de ldquoaprender-a ndash

aprenderrdquo durante toda sua vida pessoal e profissional

Considerando o cenaacuterio do PRMO o profissional de sauacutedeenfermeiro eacute

fundamentalmente um educador e sua atuaccedilatildeo envolve natildeo apenas o residente como a equipe

multiprofissional o paciente e os familiares Dessa forma deve haver comprometimento com

um processo de aprendizagem criacutetico e libertador No entanto na praacutetica cotidiana os

processos educativos convencionais ainda satildeo hegemocircnicos priorizando-se o repasse de

informaccedilotildees a individualidade e a praacutetica repetitiva

Assim a problematizaccedilatildeo se configura de maneira flexiacutevel podendo ser utilizada de

maneira isolada em um conteuacutedo seja teoacuterico ou praacutetico ou ainda implementada em todo o

curriacuteculo do programa em questatildeo Mas esta pedagogia inovadora requer de seus atores maior

envolvimento cabendo aos professores a tutoria do processo habilidade em promoccedilatildeo e

conduccedilatildeo do diaacutelogo estimulando a autonomia dos alunos e a estes alunos compete a

corresponsabilidade por seu aprendizado

A partir da aplicaccedilatildeo da MP no cenaacuterio da residecircncia oncoloacutegica atingimos o

pressuposto colocado por este estudo ao percebermos o acreacutescimo de conhecimento advindo

do potencial para o estiacutemulo agrave autonomia dos sujeitos onde os residentes aprenderam de

maneira significativa por meio da investigaccedilatildeo e reflexatildeo criacutetica sobre seus problemas

cotidianos relacionando-os a realidade e por conseguinte transformando-a

E mesmo que esta transformaccedilatildeo natildeo aconteccedila na profundidade esperada na

realidade elas efetivamente mudam mobilizam os envolvidos principalmente o aluno por

ser o protagonista deste processo mas tambeacutem o professor pelo seu envolvimento com os

alunos sempre ser um fator de aprendizagem e conhecimento

79

Assim a metodologia da problematizaccedilatildeo emerge como uma estrateacutegia pedagoacutegica

por aproximar o ensino agrave realidade onde indiviacuteduos de diferentes contextos sociais interagem

intercambiando saberes e experiecircncias ressignificando conceitos e valores refletindo sobre a

realidade repensando pontos problemaacuteticos pesquisando questionando teorizando e

buscando soluccedilotildees para alteraccedilatildeo transformaccedilatildeo da realidade vivida atraveacutes da reflexatildeo mas

principalmente da accedilatildeo

Cabe ressaltar que esta pesquisa natildeo tem o intuito de encerrar ou esgotar a discussatildeo

quanto aos problemas vivenciados na residecircncia preceptoria nem tatildeo pouco do uso da

metodologia da problematizaccedilatildeo o que se espera eacute que esta motive o debate em outros

programas de residecircncia que sofrem dos mesmos problemas e estimule as unidades a

proporem e executarem programas de formaccedilatildeo pedagoacutegica para seus preceptores aleacutem de

incluiacuterem esta proposta metodoloacutegica em seu projeto poliacutetico-pedagoacutegico

Por fim espera-se que a aplicaccedilatildeo da problematizaccedilatildeo na sauacutede apesar de suas

limitaccedilotildees e dificuldades mas tambeacutem potencialidades e facilidades propicie o

desenvolvimento intelectual individual e coletivo partindo do olhar curioso do senso comum

para um ato contextualizado avanccedilando irreversivelmente e qualitativamente no processo de

formaccedilatildeo do profissional e do ser humano enquanto ser construtivo criativo questionador

interessado e ativo atuante e transformador dos diversos cenaacuterios de sua realidade e

empenhado na melhoria do cuidar em sauacutede

80

REFEREcircNCIAS

ABREU Estela dos Santos TEIXEIRA Joseacute Carlos Abreu Apresentaccedilatildeo de trabalhos

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BRASIL Secretaria de Educaccedilatildeo Superior Comissatildeo Nacional de Residecircncia

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e a carga horaacuteria dos programas de Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede e de Residecircncia

em Aacuterea Profissional da Sauacutede e sobre a avaliaccedilatildeo e a frequecircncia dos profissionais da sauacutede

residentes Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF n 84 p 14-5 05 mai 2010 Seccedilatildeo 1

BRASIL Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e Ministeacuterio da Sauacutede Portaria Interministerial nordm 45 de 12

de janeiro de 2007 Dispotildee sobre a Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede e institui a

Comissatildeo Nacional de Residecircncia Multiprofissional em Sauacutede Diaacuterio Oficial da Uniatildeo

Brasiacutelia DF n 10 15 jan 2007 Seccedilatildeo 1

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89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -

ARTIGOS INCLUIacuteDOS NA REVISAtildeO INTEGRATIVA DA TEMAacuteTICA

Quadro 7 Artigos incluiacutedos no estudo a partir de levantamento nas bases de dados da BVS pela pesquisa e associaccedilatildeo dos descritos

ldquoAprendizagem Ativardquo e ldquoEnfermagemrdquo e posteriormente pela pesquisa por assunto com as palavras-chave ldquoMetodologia da Problematizaccedilatildeordquo e

ldquoEnfermagemrdquo

Nordm

Pro

cedecircn

cia

Tiacutetulo do artigo Autores Perioacutedico

(vol no paacuteg ano)

Consideraccedilotildees Temaacutetica

1

LIL

AC

S Utilizaccedilatildeo de metodologia ativa

no ensino e assistecircncia de enfermagem na produccedilatildeo

nacional revisatildeo integrativa

Sobral Fernanda Ribeiro Campos Claudinei Joseacute Gomes

Rev Esc Enferm USP 46(1) 208-218 fev

2012

Revisatildeo integrativa sobre o uso das metodologias ativas no ensino e assistecircncia de enfermagem no

Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC

S Metodologia da problematizaccedilatildeo

no ensino de enfermagem

oncoloacutegica um estudo

descritivo

Melo Myllena Cacircndida de Queluci Gisella de

Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012

MP na discussatildeo de situaccedilatildeo-problema da residecircncia

3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O Arco de Charles Maguerez

refletindo estrateacutegias de

metodologia ativa na formaccedilatildeo

de profissionais de sauacutede

Prado Marta Lenise do Velho Manuela

Beatriz Espiacutendola Daniela Simoni Sobrinho

Sandra Hilda Backes Vacircnia Marli Schubert

Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012

Relato de experiecircncia ao abordar o tema

Metodologia Ativa como a Problematizaccedilatildeo e a

Aprendizagem Baseada em Problemas por meio da

utilizaccedilatildeo do Arco de Charles Maguerez

4

LIL

AC

S

Formaccedilatildeo dos profissionais de sauacutede para o SUS significado e

cuidado

Batista Karina Barros Calife Gonccedilalves

Otiacutelia Simotildees Janeiro

Saude Soc 20(4) 884-899 out-dez

2011

Recuperaccedilatildeo histoacuterica dos marcos das propostas de

educaccedilatildeo na sauacutede para profissionais do SUS em Satildeo Paulo nos uacuteltimos anos e discutir as possibilidades de

inserir metodologias ativas de ensino-aprendizagem

em seu contexto

91

5

LIL

AC

S Aspectos das fortalezas e

fragilidades no uso das

metodologias ativas de

aprendizagem

Marin Maria Joseacute Sanches Lima Edna Flor

Guimaratildees Paviotti Ana Beatriz Matsuyama

Daniel Tsuji Silva Larissa Karoline Dias da

Gonzalez Carina Druzian Suelaine Ilias Meacutercia

Rev bras educ msbquod

34(1) 13-20 jan-

mar 2010

Fortalezas e fragilidades dos meacutetodos ativos de

aprendizagem na oacutetica dos estudantes

6

LIL

AC

S Contribuiccedilotildees para um

planejamento educacional em

ciecircncias da sauacutede com

estrateacutegias inovadoras de

ensino-aprendizagem

Pereira Sueli Essado

Comun ciecircnc sauacutede

18(1) 33-44 jan-

mar 2007

Revisatildeo das tendecircncias pedagoacutegicas atuais e

contribuiccedilotildees didaacuteticas e metodoloacutegicas para o

desempenho do docente do ensino superior em sauacutede

especificamente nas aacutereas de nutriccedilatildeo enfermagem e

fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN

F Curriacuteculo baseado em

competecircncia e metodologia

ativa percepccedilotildees de estudantes

de enfermagem

Paranhos Vania Daniele Mendes Maria

Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010

Percepccedilotildees dos alunos sobre o processo de ensino-

aprendizagem

Proposta era adotar metodologia ativa e curriacuteculo

baseado em competecircncias

8

SC

IEL

O Avaliaccedilatildeo no ensino de

graduaccedilatildeo em enfermagem na

America Latina uma revisatildeo

integrativa

Vasconcelos CM da CB Backes VMS

Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul

Revisatildeo integrativa de literatura sobre as tendecircncias

ou modelos de avaliaccedilatildeo no ensino de graduaccedilatildeo em

enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL

O Capacitaccedilatildeo de agentes

comunitaacuterios de sauacutede

experiecircncia de ensino e praacutetica

com alunos de Enfermagem

Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011

Aquisiccedilatildeo de novos conhecimentos

Sujeitos ativos do processo ensino-aprendizagem

10

LIL

AC

S

BD

EN

F A proposta da educaccedilatildeo

permanente em sauacutede na

atualizaccedilatildeo da equipe de sauacutede

em diabetes mellitus

Rodrigues Andreia Cristinha Seabra Vieira

Gisele de Lacerda Chaves Torres Heloisa de

Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010

Inserccedilatildeo do ensino no cotidiano das equipes de

sauacutede

Integraccedilatildeo da universidade serviccedilo e comunidade

11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O Avaliaccedilatildeo no estaacutegio curricular

de administraccedilatildeo em

enfermagem perspectiva

dialeacutetica

Prado Claacuteudia Freitas Genival Fernandes de

Pereira Irene Mari Mirai Vera Lucia Leite

Maria Madalena Januaacuterio

Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010

Valorizaccedilatildeo das relaccedilotildees interpessoais

Participaccedilatildeo dos sujeitos

Criaccedilatildeo de situaccedilotildees construtivas e significativas

92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O

Movimentos na educaccedilatildeo

superior no ensino em sauacutede e

na enfermagem [revisatildeo]

Rodrigues Rosa Maria Caldeira Sebastiatildeo

Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008

Uso da MP na promoccedilatildeo de mudanccedilas curriculares

inovadoras e aceitaacuteveis

13

BD

EN

F Validaccedilatildeo da metodologia

problematizadora na educaccedilatildeo

permanente em sauacutede um

estudo experimental

Ferreira Pedro Henrique Cordeiro Cordeiro

Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012

Uso da MP na produccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios

no processo de Educaccedilatildeo Permanente

14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL

O Autonomia no processo de

construccedilatildeo do conhecimento de

alunos de enfermagem o chat

educacional como ferramenta de

ensino

Silva Ana Paula Scheffer Schell da Pedro

Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010

Autonomia no processo de construccedilatildeo do

conhecimento com o uso da MP

15

LIL

AC

S A aplicaccedilatildeo do meacutetodo do arco

da problematizaccedilatildeo na coleta de

dados em pesquisa de

enfermagem relato de

experiecircncia

Borille Dayane Carla Brusamarello Tatiana

Paes Marcio Roberto Mazza Verocircnica de

Azevedo Lacerda Maria Ribeiro Maftum

Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012

Reflexatildeo ndash accedilatildeo ndash reflexatildeo

Aprendizagem significativa forma dinacircmica e

complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O

Ensino e pesquisa na estrateacutegia

de sauacutede da famiacutelia o PET-

Sauacutede da FMBUnesp

Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012

Fortalecimento de praacutetica acadecircmica

Ligaccedilatildeo entre universidade ndash serviccedilo ndash extensatildeo ndash

sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL

O Seminaacuterios na perspectiva

dialeacutetica experiecircncia na

disciplina Administraccedilatildeo em

Enfermagem

Prado Claacuteudia Pereira Irene Mari Fugulin

Fernanda Maria Togeiro Peres Heloiacutesa Helena

Ciqueto Castilho Valeacuteria

Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011

Uso da MP para autonomia na construccedilatildeo do

conhecimento criatividade e proposiccedilotildees de soluccedilotildees

93

18

LIL

AC

S

SC

IEL

O Inovaccedilatildeo tecnoloacutegica no ensino

da semioteacutecnica e semiologia em

enfermagem neonatal do

desenvolvimento agrave utilizaccedilatildeo de

um software educacional

Fonseca Luciana Mara Monti Goacutees Fernanda

dos Santos Nogueira de Ferecini Geovana

Magalhatildees Leite Adriana Moraes Mello

Deacutebora Falleiros de Scochi Carmen Gracinda

Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009

MP + Tecnologia ndash ensino inovador

19

LIL

AC

S

Percepccedilotildees de matildees de

prematuros acerca da vivecircncia

em um programa educativo

Ferecini Geovana Magalhatildees Fonseca

Luciana Mara Monti Leite Adriana Moraes

Dareacute Mariana Firmino Assis Carolina Souza

Scochi Carmen Gracinda Silvan

Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009

Expressatildeo das percepccedilotildees

Participaccedilatildeo

20

LIL

AC

S

SC

IEL

O

Curso teacutecnico de enfermagem do

PROFAE-Cearaacute a voz dos

supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008

MP no desenvolvimento de competecircncias

Reflexatildeo e mudanccedilas significativas

21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O Metodologia da problematizaccedilatildeo

no ensino em enfermagem uma

reflexatildeo do vivido np

PROFAERS

Schaurich Diego Cabral Fernanda

Beheregaray Almeida Miriam de Abreu

Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007

Utilizaccedilatildeo da MP no ensino teacutecnico

22

LIL

AC

S

SC

IEL

O

Metodologia da problematizaccedilatildeo

aplicada a disciplina de

administraccedilatildeo em enfermagem

Vargas Renata Oppitz de Lima e Cirne Ortiz

Wall Marilene Loewen Peres Aida Maris

Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012

Participaccedilatildeo ativa dos professores

MP ajuda o aluno a saber e saber-fazer

Desenvolvimento de competecircncias

23

BD

EN

F Cultura masculina e

religiosidade na prevenccedilatildeo das

DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012

Reconstruccedilatildeo do conhecimento

Adoccedilatildeo de posturas livres escolhas

Responsabilidade por suas atitudes

94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S

Reformas curriculares no ensino

de graduaccedilatildeo em enfermagem

processos tendecircncias e desafios

Backes Andressa Silva Rosiele Pinho

Gonzaga da Rodrigues Rosa Maria

Ciecircnc cuid sauacutede

6(2) 223-230 abr-

jun 2007

Reformas curriculares

25

SC

IEL

O

Estudantes e usuaacuterios avaliam

ferramenta de educaccedilatildeo

permanente em sauacutede - Sieps

Ezequiel Maria Cristina Diniz Gonccedilalves

Noel Baacuterbara Kern Lemos Pedro Paulo de

Paiva Antonio Cardoso Borges Ludmila

Paczkowski Ferreira Gabriela de Mesquita

Sanzovo Paula Sajovic

Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar

Educaccedilatildeo permanente em sauacutede melhora o trabalho

em equipe enfatizando a interdisciplinaridade

acolhem bem os usuaacuterios aproximam os estudantes

da realidade das comunidades em que estatildeo inseridos

com atualizaccedilatildeo e treinamento das equipes

26

SC

IEL

O Implementando as unidades

educacionais do curso de

enfermagem da Famema relato

de experiecircncia

Rezende Kaacutetia T Alves Takeda Elisabete

Fraga Elaine Morelato Vilela Braccialli Luzmarina A Doreto Chirelli Mara Quaglio

Costa Maria Cristina Guimaratildees da Laluna

Maria Cristina Martinez Capel Correa Maria

Elizabeth S Hernandes Tonhom Siacutelvia

Franco da Rocha Neves Eudneacuteya

Interface (Botucatu)

3(se)

Fortalecimento da parceria entre ensino e serviccedilo a relaccedilatildeo entre os cursos de medicina e enfermagem a

utilizaccedilatildeo dos princiacutepios da aprendizagem

significativa a introduccedilatildeo da processo de educaccedilatildeo

permanente permitindo a avaliaccedilatildeo dos processos e

estrateacutegias curriculares

95

- APEcircNDICE 2 -

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificaccedilatildeo

Tiacutetulo do Projeto A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZACcedilAtildeO EM UM CURSO DE RESIDEcircNCIA

DE ENFERMAGEM

Pesquisador Responsaacutevel Myllena Cacircndida de Melo

Instituiccedilatildeo a que pertence o Pesquisador Responsaacutevel Instituto Nacional de Cacircncer Rio de Janeiro

Telefones para contato (21) 8091-0778 - (21) 3207-2854

Nome do voluntaacuterio _________________________________________________________________________

Idade _____________ anos RG ___________________________________

O(A) Sr(a) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoA metodologia da

problematizaccedilatildeo em um curso de Residecircncia de Enfermagemrdquo de responsabilidade da pesquisadora Myllena

Cacircndida de Melo

O estudo vem a contribuir nas aacutereas de ensino pesquisa e assistecircncia ampliando o conhecimento sobre

a metodologia da problematizaccedilatildeo (MP) avaliando e discutindo este meacutetodo pedagoacutegico E ainda aplicando a

MP na Enfermagem enquanto profissatildeo desenvolvida no contato cliente-enfermeiro fundamentando o uso de

metodologias que despertem e construam nos futuros profissionais e receacutem-formados estrateacutegias de ensino-

aprendizado que os faccedila aprender-a-aprender primando por uma assistecircncia de qualidade galgando uma

formaccedilatildeo criacutetica reflexiva criativa pautada nos princiacutepios do SUS com cidadatildeos engajados nos contextos

social econocircmico poliacutetico eacutetico e cultural da sauacutede brasileira

Os objetivos do estudo satildeo avaliar a aplicaccedilatildeo da metodologia da problematizaccedilatildeo em um Programa de

Residecircncia Multiprofissional em Oncologia identificar as possiacuteveis estrateacutegias de aprendizagem adotadas pelos

alunos de Enfermagem de um Programa de Residecircncia Multiprofissional com o uso da metodologia da

problematizaccedilatildeo discutir a metodologia da problematizaccedilatildeo e suas implicaccedilotildees no ensino e na praacutetica

assistencial de Enfermagem

Se vocecirc concordar em participar deste estudo seratildeo realizados dois encontros presenciais com o grupo

de residentes elaboraccedilatildeo de uma siacutentese escrita individual e discussotildees orais

No primeiro encontro o pesquisador se reuniraacute com vocecircs alunos discutindo situaccedilotildees-problema

relacionadas agraves atividades teoacutericas ou praacuteticas da residecircncia Multiprofissional em questatildeo

Em seguida seratildeo listados questionamentos para o problema levantado Vocecircs teratildeo quinze dias para

buscar informaccedilotildees para fundamentar suas soluccedilotildees Em um segundo encontro haveraacute nova discussatildeo do grupo

com os resultados encontrados por cada um refletindo sobre o debatido e redigindo uma siacutentese com as

possiacuteveis aplicaccedilotildees praacuteticas e encaminhamentos que seratildeo dados agrave situaccedilatildeo-problema Por fim vocecirc avaliaraacute

todo o processo dizendo como realizou a pesquisa e o que achou da metodologia usada

O risco previsto para essa pesquisa decorre do fato de a metodologia em questatildeo a problematizaccedilatildeo

transcorrer com outra dinacircmica de ensino diferente do ensino tradicional podendo gerar estranhamento tanto

96

pelos alunos quanto nos preceptores O pesquisador responsaacutevel deveraacute cuidar para que o estudo natildeo crie este

desconforto

A metodologia da problematizaccedilatildeo enquanto um meacutetodo pedagoacutegico teraacute o benefiacutecio de formar e

preparar o estudante para atuar de uma maneira criacutetica e reflexiva promovendo uma assistecircncia de qualidade

Durante todo o estudo vocecirc seraacute acompanhado e auxiliado pelo pesquisador do estudo podendo sanar a

qualquer momento toda e qualquer duacutevida acerca do estudo

Eacute importante que vocecirc saiba que a sua participaccedilatildeo neste estudo eacute completamente voluntaacuteria e que vocecirc

pode recusar-se a participar ou interromper sua participaccedilatildeo a qualquer momento sem penalidades ou perda de

benefiacutecios aos quais vocecirc tem direito Em caso de vocecirc decidir interromper sua participaccedilatildeo no estudo o

pesquisador deve ser comunicado e seus dados relativos ao estudo seratildeo imediatamente excluiacutedos

Aleacutem da equipe de sauacutede do serviccedilo seus relatoacuterios e questionaacuterios poderatildeo ser consultados pelos

Comitecircs de Eacutetica em Pesquisa do Instituto Nacional de Cacircncer da Faculdade de Medicina da Universidade

Federal Fluminense do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro e equipe de pesquisadores envolvidos Seu nome

natildeo seraacute revelado ainda que informaccedilotildees de seus relatoacuterios e questionaacuterios sejam utilizadas para propoacutesitos

educativos ou de publicaccedilatildeo que ocorreratildeo independentemente dos resultados obtidos

Caso vocecirc opte em natildeo participar ou desistir do estudo em qualquer momento seu treinamento no

serviccedilo seguiraacute como anteriormente com instruccedilatildeo dos preceptores do serviccedilo Natildeo haveraacute nenhuma puniccedilatildeo ou

prejuiacutezo para seu aprendizado corrente

Natildeo haveraacute qualquer custo ou forma de pagamento para o aluno pela sua participaccedilatildeo no estudo Os

encontros com o pesquisador seratildeo preacute-agendados com os alunos adequando ao cronograma da residecircncia

Eu________________________________________________________________________ RG nordm

_____________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de

pesquisa acima descrito

Rio de Janeiro _____ de ____________ de _______

__________________________________

Nome e assinatura do aluno

__________________________________

Testemunha

__________________________________

Nome e assinatura do responsaacutevel por obter o

consentimento

____________________________

Testemunha

97

- APEcircNDICE 3 ndash

ROTEIRO 1 - 1ordm ENCONTRO PRESENCIAL

ETAPA ORIENTACcedilAtildeO PARA OS

PARTICIPANTES E OBJETIVOS

QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU

RECURSOS ATIVIDADE SIMULACcedilAtildeO

DINAcircMICA DE

APRESENTACcedilAtildeO

OBJETIVO Apresentar grupo de

pesquisadores e lembrar que a pesquisa

proporaacute a vivecircncia de um meacutetodo de

(re)construccedilatildeo do conhecimento

Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO

DE SITUACcedilOtildeES PROBLEMA

OBJETIVO Debater e relacionar principais

situaccedilotildees questotildees ou problemas que vivenciam no cotidiano da residecircncia

Grupo 25rsquo 0835 - 0900 Registro quadro branco

+ diaacuterio de campo

Caneta p

quadro branco

SELECcedilAtildeO DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA

OBJETIVO Selecionar 01 situaccedilatildeo questatildeo

ou problema prioritaacuterio Grupo 10rsquo 0900 - 0910

Registro quadro branco


Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA

OBJETIVO Relacionar possiacuteveis razotildees para a

existecircncia ou manutenccedilatildeo do problema

selecionado

Grupo 60rsquo 0910 - 1010


+ diaacuterio de campo +

instrumento especiacutefico -

QUADRO 1

Caneta p

quadro branco

intervalo OBJETIVO Promover confraternizaccedilatildeo - 20rsquo 1010 - 1030 - lanche

ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE

INFORMACcedilOtildeES

OBJETIVO Conhecer e registrar estrateacutegias

apontadas pelos participantes da pesquisa Grupo 30rsquo 1030 - 1100




QUADRO 2

Caneta p

quadro branco

OBJETIVO Problematizar as estrateacutegias

apontadas pelos participantes da pesquisa

orientando as atividades de dispersatildeo para cada

dimensatildeo do problema





QUADRO 3

Caneta p

quadro branco

TEMPO TOTAL 3 horas 0830 - 1130

98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


APRESENTACcedilAtildeO DAS


OBJETIVO Apresentar e debater os

conhecimentos a respeito das diversas

dimensotildees da situaccedilatildeo problema adquiridos a

partir das atividades de dispersatildeo

Grupo 60rsquo 0830 - 0930 Registro diaacuterio de

campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE

OBJETIVO Promover anaacutelise individual do

novo grau de conhecimento sobre o problema apoacutes discussatildeo das informaccedilotildees obtidas na

fase de dispersatildeo

Individual 30rsquo 0930 - 1000

Registro instrumento

especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel

Intervalo 15rsquo 1000 - 1015 - lanche

APLICACcedilAtildeO PRAacuteTICA

INTENCcedilOtildeES ACcedilOtildeES E

ENCAMINHAMENTOS

OBJETIVO Conhecer a (nova) postura praacutetica do residente atraveacutes da manifestaccedilatildeo

de suas intenccedilotildees diante do problema apoacutes o

processo vivido


Registro quadro branco + diaacuterio de

campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco

OBJETIVO Conhecer os compromissosaccedilotildees

com relaccedilatildeo agraves intenccedilotildees manifestadas Grupo 30rsquo 1045 - 1115

Registro quadro

branco + diaacuterio de

campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco

AVALIACcedilAtildeO FINAL

OBJETIVO Conhecer impressotildees sobre o

meacutetodo sua contribuiccedilatildeo para o conhecimento

dos participantes e para o processo de ensino-

aprendizagem


Registro diaacuterio de

campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1

Intervalo OBJETIVO Promover confraternizaccedilatildeo 15rsquo 1200- 1215 - lanche

TEMPO TOTAL 3 h 45rsquo 0830 - 1215

99

- APEcircNDICE 5 -

FORMULAacuteRIO 1 ndash REGISTRO DA SIacuteNTESE INDIVIDUAL E AVALIACcedilAtildeO ndash 2ordm ENCONTRO

SIacuteNTESE INDIVIDUAL (novo grau de conhecimento sobre o problema)

APOacuteS A APRESENTACcedilAtildeO E DISCUSSAtildeO SOBRE AS INFORMACcedilOtildeES OBTIDAS NA FASE DE DISPERSAtildeO REDIJA INDIVIDUALMENTE UMA

SIacuteNTESE SOBRE O PROBLEMA E SUAS DIMENSOtildeES (CAUSAS) RESSALTANDO AO FINAL SE HOUVE MUDANCcedilA NO SEU GRAU DE

CONHECIMENTO SOBRE O PROBLEMA (15 linhas)

AVALIACcedilAtildeO

APOacuteS A DISCUSSAtildeO SOBRE O MEacuteTODO APLICADO REDIJA UMA SIacuteNTESE SOBRE SUAS IMPRESSOtildeES PERCEPCcedilOtildeES FACILIDADES

DIFICULDADES E SUGESTOtildeES (10 LINHAS)

100


DIAacuteRIO DE CAMPO

INSTRUMENTOS ESPECIacuteFICOS

QUADRO 1 REGISTRO DO PROBLEMA SELECIONADO E SUAS DIMENSOtildeES ndash 1ordm ENCONTRO

PROBLEMA

POSSIacuteVEIS DIMENSOtildeES DO PROBLEMA

conceitual social histoacuterica cultural operacional poliacutetica econocircmica psicoloacutegica religiosa ideoloacutegica legal filosoacutefica Outras

QUADRO 2 REGISTRO DAS ESTRATEacuteGIAS DE BUSCA PROPOSTAS PELOS PARTICIPANTES ndash 1ordm ENCONTRO

DIMENSOtildeES DO PROBLEMA IDENTIFICADAS

ESTRATEacuteGIAS DE BUSCA PROPOSTAS PARA AS DIMENSOtildeES IDENTIFICADAS

101

QUADRO 3 REGISTRO DAS ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

1ordm ENCONTRO

ESTRATEacuteGIAS INICIAIS

ESTRATEacuteGIAS SUGERIDAS

2ordm ENCONTRO ESTRATEacuteGIAS DE FATO UTILIZADAS

QUADRO 4 REGISTRO DAS PROPOSTAS PRAacuteTICAS COM RELACcedilAtildeO AO PROBLEMA ndash 2ordm ENCONTRO

PRAacuteTICA TRANSFORMADORA

MANIFESTACcedilAtildeO DA NOVA POSTURA PRAacuteTICA INTENCcedilOtildeES COMPROMISSO ACcedilOtildeES PRAacuteTICAS COM RELACcedilAtildeO AO PROBLEMA

QUADRO 5 APOIO PARA DISCUSSAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO FINAL

Questotildees

Consideram viaacutevel e vaacutelido que os problemas do cotidiano da residecircncia sejam abordados segundo o meacutetodo vivenciado Por quecirc

Houve interesse na discussatildeo dos problemas postos a partir de sua praacutetica Como foi a participaccedilatildeo Como pode ser observado o interesse e a participaccedilatildeo

Pode-se afirmar que o meacutetodo vivenciado promoveu maior participaccedilatildeo dos alunos no processo de construccedilatildeo do seu conhecimento

Quais as facilidadesdificuldades na execuccedilatildeo do meacutetodo

O problema selecionado foi efetivamente trabalhado ou durante o desenvolvimento do meacutetodo surgiram novas questotildees

Na questatildeo sobre o que gostariam de saber mais sobre o problema como se comportaram

Como foi o exerciacutecio de pensar e trabalhar o problema em diversas dimensotildees

Os procedimentosatividades foram adequados para responder agraves dimensotildees do problema Todas as dimensotildees foram atendidas

A siacutentese individual ajudou na percepccedilatildeo do novo grau de conhecimento sobre o problema apoacutes apresentaccedilatildeo e discussatildeo das informaccedilotildees obtidas na fase de dispersatildeo

Foi vaacutelido conhecer trabalhar com o meacutetodo praacutetica-teoria-praacutetica

Os participantes compreendem o meacutetodo praacutetica-teoria-praacutetica como um processo de ensino-aprendizagem

Em que medida o meacutetodo auxiliou especificamente na resoluccedilatildeo do problema selecionado

102


RESUMO DOS DADOS COLETADOS

1ordm PRAacuteTICA

- O problema

- Dimensotildees do problema

2ordm TEORIA

- Estrateacutegias propostas e reais

- Apresentaccedilatildeo de resultados busca de informaccedilotildees sobre o problema e suas dimensotildees

Avaliaccedilatildeo

- De fato entenderam o problema e suas causas

ndash Ateacute aqui houve alguma mudanccedila no grau de conhecimento

3ordm PRAacuteTICA

ndash Intenccedilotildees Soluccedilotildees

ndash Compromisso

4ordm AVALIACcedilAtildeO DO PROCESSO

ndash Resultados - Descriccedilatildeo das etapas do meacutetodo aplicado

ndash Discussatildeo - Anaacutelise

- O problema

DESESTRUTURA DA RESIDEcircNCIA COM FOCO NA PRECEPTORIA


Questotildees formuladas

Dimensotildees anotadas em diaacuterio de campo natildeo contempladas nas questotildees

- Operacional Poliacutetica Econocircmicofinanceira Legaljuriacutedica

O que a legislaccedilatildeo preconiza a respeito da Residecircncia Multiprofissional

Qual o papel e mandato da coordenaccedilatildeo da Multiprofissional e da Especiacutefica Como se

daacute a escolha da coordenaccedilatildeo COREMU

Quais os direitos do residente preconizados pela legislaccedilatildeo da Residecircncia

Multiprofissional

- Pq apesar do preconizado o periacuteodo de feacuterias eacute estipulado pela coordenaccedilatildeo

Preceptor concorda com o fato (exigecircncia legal) de ter que assumir a preceptoria

Preceptor deve receber auxiacutelio financeiro

- Existe uma ldquoconfusatildeordquo institucional generalizada com relaccedilatildeo aos papeis de tutor

preceptor

- Avaliaccedilatildeo feita no ldquouacuteltimordquo dia e natildeo processual

- Avaliaccedilatildeo especiacutefica do preceptor pelo residente natildeo haacute mais foi abolido instrumento

especiacutefico

- Coordenaccedilatildeo especiacutefica natildeo considera a necessidade de mudar ou melhorar o campo

(ldquovcs tem que enfrentar o desafioldquo)

103

- Campo da hemato sem supervisatildeo como campo de habilidade

- Preceptores natildeo treinados tutores natildeo repassam conhecimentos cursoscapacitaccedilotildees O

uacutenico curso de preceptoria foi em 2002

O que impede uma formaccedilatildeo pedagoacutegica dos preceptores

- Disposiccedilatildeo e falta de tempo por conta da assistecircncia

Como acontece a seleccedilatildeo dos preceptores Qual o periacuteodo de permanecircncia em tal funccedilatildeo

Professores natildeo recebem auxiacutelio financeiro

- Conceitual

O que eacute ser preceptor O que os preceptores pensam da preceptoria

O que eacute o aprender em serviccedilo

- Estudar debater casos natildeo somente trabalhar ou ter supervisatildeo ser corrigido ter ajuda

Infelizmente acham que ensino eacute serviccedilo o que vc precisa eacute trabalhar aprender procedimentos

- Diferenccedilas estaacutegio e residecircncia residente eacute cobrado como profissional mas precisa aprender

portanto natildeo interessa saber fazer e natildeo conhecer o porque (diferenccedila do estagiaacuterio)

- Muito boa empregabilidade do enfermeiro ex-residente INCA no entanto se forem

perguntados pq poderatildeo natildeo saber

O que a literatura diz sobre o papel atribuiccedilotildees e competecircncias do residente Preceptor

Ou sobre a relaccedilatildeo preceptorresidente

- Social Histoacuterica Cultural

Porque os problemas da residecircncia estatildeo concentrados no HC1 que eacute considerado a

principal unidade do Inca Seraacute complexidade das cliacutenicas Seratildeo os profissionais

- Concentraccedilatildeo de cliacutenicas

- Primeiro que foi criado e que a populaccedilatildeo reconhece

- Diretor fica no 1

Em comparaccedilatildeo com as demais residecircncias o INCA eacute o melhor em termos de infraestrutura

O INCA eacute uma instituiccedilatildeo de excelecircncia

Paciente natildeo quer ser atendido pelos residentes

Tem uma cultura que diz que ldquoo INCA explora menosrdquo

- PsicoloacutegicaAfetiva

Referecircncias dadas como melhores preceptores Graziela da QT do HC3 Edna do ambulatoacuterio

do HC2 Paula da QT do HC2 Simone do 5ordm Andar HC3 Deivide

O que estes preceptores fazem de diferente dos demais

Relaccedilatildeo residente-preceptor quando favoraacutevel melhora o desempenho na praacutetica

Para lidar com o residente eacute preciso se impor

Reconhecimento profissional do residente

ndash Estrateacutegias

Iniciais

- Internet (google lei)

- Regimento da residecircncia

- Relatos com outras pessoas (profissionais mais antigos)

- Literatura (livro)

104

PropostasSugeridas

- Google acadecircmico

- Artigos cientiacuteficos relacionados

ReaisUtilizadas

- Internet (site do MEC e INCA)

- Regimento interno do INCA

- Resoluccedilatildeo nordm 2 de 13Abril2012 ndash Diretrizes Gerais para Programas de Residecircncia

Multiprofissional

- Entrevista (preceptores e coordenador da especiacutefica - Ceciacutelia)

OBS Natildeo fizeram pesquisa bibliograacutefica (nem artigo nem livro)

9 participantes ndash 1 individual e 8 em duplas

105

QUESTAtildeO 1- APOacuteS A APRESENTACcedilAtildeO E DISCUSSAtildeO SOBRE AS

INFORMACcedilOtildeES OBTIDAS NA FASE DE DISPERSAtildeO REDIJA INDIVIDUALMENTE

UMA SIacuteNTESE SOBRE O PROBLEMA E SUAS CAUSAS

Alunos de A a E ndash participaram dos 2 encontros

RESID QUESTAtildeO 1 PALAVRAS-CHAVE

A

O problema principal em meu ponto de vista estaacute na estruturaccedilatildeo da residecircncia ou seja definiccedilatildeo do papel de cada um (residente tutor e

preceptor) As possiacuteveis causas para este problema seria falta de

formaccedilatildeoorientaccedilatildeo pedagoacutegica ao tutor e preceptor falta de clareza nas

funccedilotildees de um residente falta de interaccedilatildeo entre estes com seus tutores e

preceptores e falta de uma avaliaccedilatildeo clara para pontuar a atuaccedilatildeo de cada um

e assim ter um feedback entre as mesmas

Estrutura da residecircncia Definiccedilatildeo do papel

Formaccedilatildeoorientaccedilatildeo

pedagoacutegica

Interaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo clara

Feedback

B

O problema discutido foi a respeito da grande desestrutura da

residecircncia multiprofissional do INCA onde grande parte dos preceptores satildeo

despreparados para exercer tal funccedilatildeo o desvio do real objetivo da

residecircncia paradigmas histoacutericos da instituiccedilatildeo que refletem negativamente

no desenvolvimento dos residentes busca de um maior conhecimento

legislativo sobre o assunto e exemplificaccedilatildeo de preceptores modelos que

seguem corretamente suas atribuiccedilotildees

Desestrutura da

residecircncia

Despreparados

Paradigmas histoacutericos

Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C

O problema principal levantado foi a preceptoria da RMP tendo

como causas a natildeo capacitaccedilatildeo pedagoacutegica a falta de estruturaccedilatildeo e

capacitaccedilatildeo dos preceptores a natildeo compreensatildeo de tutor e preceptor e seus

papeacuteis a falta de repasse das funccedilotildees dos preceptores pela chefia dos setores

Natildeo capacitaccedilatildeo pedagoacutegica

Natildeo compreensatildeo dos

papeacuteis

Repasse

D

O problema principal eacute a falta de organizaccedilatildeo da residecircncia onde

natildeo deixaram claro quem eacute o preceptor quais as atribuiccedilotildees dos mesmos o

horaacuterio (60hsem) eacute pesado natildeo havendo tempo para estudos

Falta de organizaccedilatildeo

Atribuiccedilotildees

Horaacuterio pesado

E

Os problemas apontados durante a realizaccedilatildeo da pesquisa foram

principalmente relacionados agrave preceptoria e estes estatildeo relacionados com a

falta de receptividade por parte dos profissionais de alguns setores por natildeo

compreenderem de fato as atribuiccedilotildees dos residentes e a real proposta do

programa de residecircncia Os agravantes relacionados a esta problemaacutetica

ocorrem por falta de treinamento dos profissionais para realizar junto aos especializandos uma assistecircncia pautada em procedimentos teacutecnicos mas

que ao mesmo tempo contemplem a importacircncia teoacuterico cientiacutefica no

cuidado dispensado aos pacientes oncoloacutegicos E a realidade eacute que este

mecanismo ocorre devido a falta de conhecimento dos preceptores sobre a

legislaccedilatildeo que rege a residecircncia multiprofissional o regimento interno da

instituiccedilatildeo e falta de oficinas para ampliar o olhar pedagoacutegico dos mesmos e

trazer novos benefiacutecios ao programa

Falta de receptividade


Real proposta

Falta de treinamento Importacircncia teoacuterico

cientiacutefica

Falta de conhecimento

legislativo

Falta de oficinas

Olhar pedagoacutegico

F

A desestrutura da residecircncia estaacute diretamente relacionada a falta de

reconhecimento pelos profissionais coordenadores e residentes sobre a

preceptoriatutoria uma vez que os papeacuteis ficam mal definidos ou definidos

de forma equivocada o que acaba interferindo no desenvolvimento das

atividades nos campos de praacutetica Outra questatildeo observada eacute a falta de tempo destinado ao aprendizado dentro dos campos de praacutetica pois embora o

objetivo da residecircncia seja o treinamento em serviccedilo a teoria iraacute culminar

em uma boa praacutetica e em um bom raciociacutenio teacutecnico aliado as

consequumlecircncias dos atos

Desestrutura

Falta de reconhecimento

sobre a preceptoria

Papeacuteis mal definidos ou equivocados

Falta de tempo

Treinamento em serviccedilo

G

Achei muito vaacutelida a discussatildeo Pude entender que os problemas

possuem como base a estrutura O maior problema identificado foi em

relaccedilatildeo a preceptoria tendo como causa a falta do proacuteprio conhecimento

acerca da sua funccedilatildeo e entendimento do que seja a residecircncia

multiprofissional para assim entender a funccedilatildeo do residente em campo

Estrutura

Falta do proacuteprio

conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H

A residecircncia multiprofissional do INCA hoje sofre com a

desestruturaccedilatildeo da preceptoria comeccedilando pelo fato de que natildeo sabemos ao

certo quem satildeo os nossos preceptores e nossos tutores Portanto natildeo levamos

nossos problemas bem como muitas das vezes natildeo obtemos resposta As

possiacuteveis causas para este problema satildeo falta de tempo da parte dos

preceptores para com os residentes falta de interesse em querer ensinar da

parte do preceptor escolhido (que por vez ldquonatildeo aceita o cargordquo) falta de

capacitaccedilatildeo e aperfeiccediloamento desses preceptores falta de um feedback (em

relaccedilatildeo a uma avaliaccedilatildeo feita pelos residentes) para melhoria do ensino

Desestruturaccedilatildeo da preceptoria

Quem satildeo preceptores e

tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido

Falta de capacitaccedilatildeo e

aperfeiccediloamento

Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I

O principal problema da residecircncia eacute a falta de organizaccedilatildeo da coordenaccedilatildeo principalmente no que tange a preceptoria Muito embora a

legislaccedilatildeo do MEC e o regimento interno da instituiccedilatildeo sejam bem claros

quanto agrave isso na praacutetica ainda nos deparamos com diversos problemas como

a falta da supervisatildeo direta erros de definiccedilatildeo do tutorpreceptor falta de

capacitaccedilatildeo dos profissionais que exercem essas funccedilotildees A principal causa eacute

a falta de planejamento dos responsaacuteveis pela organizaccedilatildeo da residecircncia que

natildeo se organizam para sanar os problemas citados pelos discentes nos

diversos momentos de reuniatildeo


Preceptoria Legislaccedilatildeo

Problemas

Falta de supervisatildeo

Erro de definiccedilatildeo

Falta de capacitaccedilatildeo

Falta de planejamento

Organizaccedilatildeo

Problemas

QUESTAtildeO 2 -VOCEcirc ACREDITA QUE A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZACcedilAtildeO

CONTRIBUIU PARA ALGUMA MUDANCcedilA NO SEU GRAU DE CONHECIMENTO

SOBRE O PROBLEMA



A

Esta metodologia permitiu que os problemas fossem levantados de

uma maneira criativa e reflexiva permitindo analisar vaacuterios pontos de vista

sobre o mesmo problema Atraveacutes dela a aquisiccedilatildeo de conhecimento se deu de

forma natural e interessante

Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar

Aquisiccedilatildeo de

conhecimento

Forma natural e

interessante

B

A metodologia da problematizaccedilatildeo contribuiu para um maior

conhecimento legislativo das residecircncias multiprofissionais e a oportunidade de discussatildeo de diferentes ideacuteias sobre o tema o lamentaacutevel na minha opiniatildeo

eacute a grande dificuldade de aceitaccedilatildeo dessas mudanccedilas pela chefia da residecircncia

Conhecimento

legislativo

Oportunidade de discussatildeo

Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C

Sim porque me fez compreender melhor o que eacute a residecircncia suas

leis os direitos e deveres dos residentes preceptores tutores e CRMP e

COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D

Os encontros foram muito produtivos onde tive a oportunidade de

conhecer a legislaccedilatildeo que a residecircncia segue e discutir sobre esse assunto com

os colegas

Produtivos

Oportunidade

Conhecer a legislaccedilatildeo

Discutir

107

E

O estiacutemulo de procurar bibliografias e documentos que retratem no que de fato concerne o programa de residecircncia multiprofissional foi de muita

valia para os residentes pois nos fez conhecer agrave fundo os nossos deveres

direitos e o que de fato pode ser reivindicado pelo grupo no que diz respeito

agraves coordenaccedilotildees e aos preceptores Isso favoreceu e contribuiu para de daqui

por diante possamos saber como proceder diante de situaccedilotildees e fatos

Estiacutemulo Muita valia

Conhecer agrave fundo

Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F

As discussotildees satildeo vaacutelidas uma vez que atraveacutes dessa metodologia eacute

possiacutevel aprender sobre questotildees que eu estava inserida mas desconhecia de

forma que foi instigada ao aprendizado para participar das discussotildees

Vaacutelidas

Possiacutevel aprender

Instigada

Aprendizado

G

Acrescentou no meu conhecimento sobre o problema Pude entender

sobre funccedilotildees dos tutores preceptores e do P Pedagoacutegico Este meacutetodo de discussatildeo foi muito produtivo onde todos falaram opinaram

Acrescentou

Conhecimento

Problema

Funccedilotildees P pedagoacutegico

Produtivo

Todos falaram

H

Achei super importante a iniciativa desta pesquisa bem como a

minha participaccedilatildeo Com a problematizaccedilatildeo pudemos debater trazer a

realidade que vivenciamos e com isso sugerir melhorias apesar de que as

mudanccedilas natildeo iratildeo acontecer da noite para o dia me sinto importante em

poder contribuir e promover melhorias para turmas posteriores

Importante iniciativa

Minha participaccedilatildeo

Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I

A metodologia contribuiu para que eu analisasse melhor o problema

aleacutem disso momentos de discussatildeo como esses nos auxiliam a memorizar

aspectos relevantes ao tema As aulas expositivas acabam por me entediar o que acontece com menos frequumlecircncia com a problematizaccedilatildeo Hoje

compreendo melhor a legislaccedilatildeo da residecircncia e os aspectos legais em geral

desta modalidade de ensino

Contribuiu

Analisasse

Problema Discussatildeo

Memorizar

Entediar

Legislaccedilatildeo

108


MANIFESTACcedilAtildeO DA NOVA POSTURA PRAacuteTICA INTENCcedilOtildeES (O que os residentes

acreditam que pode ser feito)

DESDOBRAMENTOS DO PROBLEMA

Desconhecimento de direitos e legislaccedilatildeoregulamento

Confusatildeo papel preceptortutor

Avaliaccedilatildeo (horror) do residente natildeo processual

Ausecircncia de avaliaccedilatildeo especiacutefica do preceptor pelo residente

Insuficiecircncia de apoio para o preceptor (valorizaccedilatildeo capacitaccedilatildeo treinamento pedagoacutegico)

Tempo dedicado agrave assistecircncia impedindo discussotildees teoacutericas multi ou especiacuteficas que

qualifiquem a praacutetica

POSSIVEIS SOLUCcedilOtildeES INTENCcedilOtildeES

Mudanccedila de cultura

Maior incentivo por parte de coordenaccedilatildeo tutor e preceptor agrave leitura e discussatildeo do

regulamento para conhecimento dos direitos

Maior sensibilizaccedilatildeo da coordenaccedilatildeo com relaccedilatildeo ao esclarecimento de tutores e preceptores

quanto a seus papeis

Maior divulgaccedilatildeo dos papeacuteis de tutor preceptores e residentes

Discussatildeo inicial sobre o regulamento com os ingressantes

Revisatildeo dos criteacuterios de avaliaccedilatildeo (ex valorizaccedilatildeo do fato de fazer o procedimento sozinho

independente de ter feito acertadamente) (criatividade ningueacutem sabe como)

Divulgaccedilatildeo dos objetivos de aprendizagem em cada setor

Treinamento de tutores e preceptores para a avaliaccedilatildeo

Acolhimento adequado com apresentaccedilatildeo de pessoas rotinas principais procedimentos

objetivos de aprendizagem e criteacuterios de avaliaccedilatildeo

Investimento na melhoria da comunicaccedilatildeo entre residentes e preceptorestutores

Conhecimento do plano pedagoacutegico pelo preceptor bem como sua valorizaccedilatildeo capacitaccedilatildeo e

treinamento pedagoacutegico

Melhor relaccedilatildeo entre discussotildees teoacutericas e praacutetica

Maior organizaccedilatildeo da praacutetica (os setores natildeo sabem quais os objetivos de aprendizagem e as

vezes nem sabem que os residentes estatildeo no setor )

Construccedilatildeo de um Programa de aprendizagem por setor

ndash Compromisso

COMPROMISSO ACcedilOtildeES PRAacuteTICAS COM RELACcedilAtildeO AO PROBLEMA (O que esse

grupo de residentes se compromete em fazer)

ACcedilOtildeES PRAacuteTICASCOMPROMISSOS DO GRUPO COM RELACcedilAtildeO AO

PROBLEMA

Conhecer a legislaccedilatildeoregulamento plano pedagoacutegico

Participar da formulaccedilatildeo de um plano de acolhimento

Participar da construccedilatildeo de um Programa de aprendizagem por setor

Participar da formulaccedilatildeo de criteacuterios de avaliaccedilatildeo

109

QUESTAtildeO 3 - APOacuteS A DISCUSSAtildeO SOBRE O MEacuteTODO APLICADO REDIJA

UMA SIacuteNTESE SOBRE SUAS IMPRESSOtildeES PERCEPCcedilOtildeES FACILIDADES

DIFICULDADES E SUGESTOtildeES



A

Foi muito vaacutelido o uso desta metodologia para levantar questotildees do

nosso dia-a-dia ela permite um debate horizontal onde natildeo haacute uma figura

central mas sim condutores que organizam o debate Esse processo permite

mais liberdade no debate e uma interaccedilatildeo maior com os participantes apesar de ser um pouco extensa e um pouco cansativa demandando do ldquoguiardquo um

domiacutenio do grupo pois esta metodologia facilita maior dispersatildeo do assunto

Levantar questotildees

Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade

Interaccedilatildeo Extensa

Cansativa

Domiacutenio do grupo

dispersatildeo

B

Meacutetodo aplicado de forma muito interessante inovador rompendo

com formas didaacuteticas tradicionais retirando a figura do professor como

papel central incentivando a discussatildeo em grupo e atraveacutes de um consenso

forma conceitos Dessa forma incentiva mais o ouvinte pois o envolve em

toda a problematizaccedilatildeo mas como eacute algo novo necessita de melhor

desenvolvimento para melhores adequaccedilotildees

Interessante

Inovador

Rompendo

Didaacutetica tradicional

Figura do professor

Papel central

Discussatildeo

Ouvinte Forma conceitos

Incentiva

Melhores adequaccedilotildees

C

A metodologia foi vaacutelida devido a forma de participaccedilatildeo dos

integrantes possibilitando a descoberta e exposiccedilatildeo de todos os membros

colaborando todos com o processo de aprendizado e levantamento da

problematizaccedilatildeo Eacute de grande valor por possibilitar em conjunto que seja

levantado os problemas e sugeridas as formas de resolver

Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D

A metodologia aplica foi muito boa onde todos participaram pois o

meacutetodo tradicional ficamos apenas como ouvinte Esse meacutetodo poderia ser

implementado em outras aulas seria muito vaacutelido para nosso aprendizado

Muito boa

Participaram Ouvinte

Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E

A metodologia empregada nesta pesquisa foi interessante pois as

duacutevidas e questotildees importantes emergiram do proacuteprio grupo de residentes

atraveacutes do cotidiano e perspectivas dos mesmos e estas foram esclarecidas

por meio de busca de dispositivos disponiacuteveis e habilitaram os

especializandos a encontrar respostas e a proporem melhorias e mudanccedilas agraves insatisfaccedilotildees e a melhoria deste sistema

Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis

Habilitaram Encontrar respostas

Melhorias

Mudanccedilas

Insatisfaccedilotildees

110

F

O meacutetodo utilizado foi muito interessante pois a partir das

discussotildees foi possiacutevel levantar os problemas possibilitou a busca para

embasar teoricamente as questotildees levantadas e ouvir as opiniotildees e

levantamentos e ouvir as opiniotildees dos colegas presentes De modo geral

acredito que o meacutetodo apresentou-se completo no que se propocircs e

proporcionou crescimento aos participantes

Interessante Discussotildees

Levantar os problemas

Busca

Embasar teoricamente

Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G

Achei muito vaacutelida as discussotildees Acrescentou muito em nosso

aprendizado Foi uma pena natildeo estar presente todos os R1 A didaacutetica

utilizada pela pesquisadora na forma de discussatildeo foi excelente uma vez

que nos foi dado a liberdade de contar as experiecircncias vividas e as

impressotildees de cada acerca do problema Acredito que esta pesquisa contribuiraacute para melhora do sistema da Residecircncia Multiprofissional

Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente

Liberdade Experiecircncias vividas

Impressotildees

H

O meacutetodo utilizado foi eficaz envolveu todos os participantes

respeitando a opiniatildeo alheia Foi vaacutelido pois atraveacutes de uma discussatildeo todos

puderam expor sentimentos intenccedilotildees desejos expectativas Achei o

meacutetodo eficaz pois todos se sentiram agrave vontade para abordar o problema bem

como para buscar a causa e possiacuteveis intervenccedilotildees Natildeo houve dificuldade

para responder ou participar da pesquisa

Eficaz

Respeitando as opiniotildees

Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos

Intenccedilotildees desejos

expectativas

Agrave vontade

Buscar

Intervenccedilotildees Dificuldade

I

Minha impressatildeo eacute de que a metodologia prende a atenccedilatildeo do aluno

amadurece sus ideacuteias sobre o tema a partir da troca de ideacuteias com o

facilitador e com os colegas O dificultador eacute que as pessoas perdem o foco

facilmente fato esse eu requer experiecircncia do facilitador caso contraacuterio a

aula fica cansativa e extensa Natildeo acredito que esse meacutetodo possa ser

aplicado para todos os temas de aulas Aleacutem disso somos um grupo

pequeno o que facilita o controle da discussatildeo Em um grupo grande esta

atividade eacute inviaacutevel

Prende a atenccedilatildeo

Amadurece

Troca de ideacuteias

Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle

Discussatildeo Inviaacutevel

111



112

113

114


CRONOGRAMA

PERIacuteODO 2011 2012 2013

ATIVIDADE 2ordm SEM 1ordm SEM 2ordm SEM 1ordm SEM 2ordm SEM

Elaboraccedilatildeo do

Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X

Qualificaccedilatildeo 22032013

Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X

Defesa Produto 02082013

Defesa Final 18102013

115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash

PARECER DE APROVACcedilAtildeO DO CEP INCA

117

118

- ANEXO 2 ndash

PARECER DE APROVACcedilAtildeO DO CEP FACULDADE DE MEDICINA UFF HUAP

119










Orientadora


Co-Orientadora

Profordf Drordf Mocircnica Villela Gouvecirca ndash UFF

NITEROacuteI RJ

2013





119 f






CDD 61073











BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________


Orientadora

___________________________________________________________________________


Co-Orientadora

___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


NITEROacuteI RJ

2013

AGRADECIMENTOS





crescerrdquo










eacute









Joseacute Saramago



Gisella Queluci

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119





119 f






CDD 61073











BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________


Orientadora

___________________________________________________________________________


Co-Orientadora

___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


NITEROacuteI RJ

2013

AGRADECIMENTOS





crescerrdquo










eacute









Joseacute Saramago



Gisella Queluci

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119











BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________


Orientadora

___________________________________________________________________________


Co-Orientadora

___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________


NITEROacuteI RJ

2013

AGRADECIMENTOS





crescerrdquo










eacute









Joseacute Saramago



Gisella Queluci

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119

AGRADECIMENTOS





crescerrdquo










eacute









Joseacute Saramago



Gisella Queluci

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119






Joseacute Saramago



Gisella Queluci

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119

RESUMO

































ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119

ABSTRACT






























SUMAacuteRIO

p




13 OBJETIVOS 17

14 JUSTIFICATIVA 17





26


ENFERMAGEM

30



32 PAULO FREIRE 35















ensino-aprendizagem

49





REFEREcircNCIAS 80

APEcircNDICES


TEMAacuteTICA

90








ONCOLOGIA

111


ANEXOS




118








integrativa f 22



























f 20



BA Bahia

















MG Minas Gerais








RESID Residente

RJ Rio de Janeiro






13
















(BRASIL 1999)













14































15































16




et al 2010)



























17




em Oncologia

13 OBJETIVOS

Primaacuterio



Secundaacuterios






14 JUSTIFICATIVA










18








(FERNANDES 2004)






















19






















Enfermagem 31 18 261 4 314










20





90)









exclusatildeo




Enfermagem 23406 166786 435593 4938 630723













21











pesquisadores




22













23













24













MARTINI 2011)







25






















26





























27






sendo













2 Pontos-chave

28














1998b)











(GODOY 2002)






29






problema









(BERBEL 1999)






2007)









30







1998b)


ENFERMAGEM



















(BERBEL 1998b)

31































32




2009)



























33


SENA 2006)











34






1998a)




2007)


















35



humana (BRAGA 2008)














2010)

32 PAULO FREIRE












36



















2011d)









37






























38













39

4 METODOLOGIA









2012)





















40

































41






farmaacutecia























(INCA 2012)

42




Enfermagem 15

Farmaacutecia 06

Fisioterapia 05

Odontologia 03

Psicologia 03

























43


2012c)






45 COLETA DE DADOS










ritmo contiacutenuo


44

































45
































46


























aprendizagem







47

5 RESULTADOS










A Feminino 23

B Masculino 24

C Feminino 25

D Feminino 29

E Feminino 25

F Feminino 23

G Feminino 23

H Feminino 25

I Feminino 25













48







A MG MG - pub 2011

B RJ RJ - priv 2011

C BA BA - priv 2010

D RS RS - priv 2007

E RJ RJ - priv 2011

F MG MG - priv 2010

G MG MG - pub 2011

H BA ES - priv 2009

I BA BA - priv 2011


Espiacuterito Santo





49



aprendizagem


















procedimentos









preceptoria



50






























extensatildeo





51
























Serviccedilo Social










52







conhecimento



























53




preceptor







FQ1



encontro presencial
















estaacutetico





54


(MISSAKA 2010)













BAPTISTA 1999)


















55


































56
































(BRASIL 2012a)

57





























58










2012)







2005)








(2011c)









59
















BRITO 2006)

















60















Resid EQ3




FQ3
















61


































62


















(BERBEL 1995)

















63













(FREIRE 2011b)








BRITO 2006)



em outra fala









64







MISHIMA 2004)




























65






















2008)












66





















al 2010)

67

6 PRODUTO































68



















69












Humaniza SUS como



















70






















campo



competem a cada

71







de Ensino





Aacuterea

Multiprofissional



as categorias)


Aacuterea de

Enfermagem





Tutor






Preceptor





Residentes




de sauacutede















72












2011)






















73


































74








Enfermagem






Tutor


ensino-serviccedilo




Preceptor









oncoloacutegicos












Residentes














75









(KRAEMER 2006)























pela preceptoria

76









Aacuterea de

Enfermagem


Tutor


preceptor avaliado



Preceptor










Residente




















77








78































79




















80

REFEREcircNCIAS



2012 83 p








2013







03 out 2013


2011 280 p


Vozes 2005 120 p





nov 2011






2011


1999 196 p

81




17 nov 2011





nov 2011












26




















82






















32 p













dez 2012




83








2011





nov 2012




nov 2011





mar 2012










12 mar 2012






Positivo 2010 560 p


84





















2013












mar 2013




2013

85

















em 05 mar 2013
















17 nov 2011




em 12 mar 2012


2005 285 p

86











2005





nov 2011








Artmed 2001 208 p















2011 444 p

87







em 20 mar 2012












em 10 mar 2013





















88







89

APEcircNDICES

90

- APEcircNDICE 1 -





Nordm

Pro

cedecircn

cia




1

LIL

AC






2012


Brasil

2

BD

EN

F

LIL

AC




descritivo


Carvalho

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012


3

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL








Esc Anna Nery Rev

Enferm 16(1) 172-

177 mar 2012





4

LIL

AC

S


cuidado




2011




em seu contexto

91

5

LIL

AC




aprendizagem






34(1) 13-20 jan-

mar 2010



6

LIL

AC





ensino-aprendizagem



18(1) 33-44 jan-

mar 2007





fisioterapia

7

LIL

AC

S

BD

EN




de enfermagem


Manuela Rino

Rev Lat Am

Enfermagem 18 (1)

109-115 Jan-Fev

Em 2010


aprendizagem



8

SC

IEL




integrativa


Gue JM

Enferm glob 10(23)

96-117 2011 Jul



enfermagem

9

LIL

AC

S

SC

IEL





Cardoso et al

Rev Bras Enferm

64(5) 968-973 set-

out 2011



10

LIL

AC

S

BD

EN







Carvalho

Rev Esc Enferm USP

44(2) 531-537 jun

2010


sauacutede


11

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




dialeacutetica




Rev Bras Enferm

63(3) 487-490 maio-

jun 2010




92

12

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL

O





Rev Bras Enferm

61(5) 629-636 set-

out 2008



13

BD

EN




estudo experimental


Benedito Carlos

Online braz j nurs

(Online)

11(2supl1)out-31

2012



14

BD

EN

F

LIL

AC

S

SC

IEL





ensino


Eva Neacuteri Rubim

Rev Lat Am

Enfermagem 18(2)

210-216 Mar-Apr

2010



15

LIL

AC





experiecircncia




Mariluci Alves

Texto amp contexto

enferm 21(1) 209-

216 jan-mar 2012



complexa

16

LIL

AC

S

SC

IEL

O




Cyrino et al


36(1supl1) 92-101

jan-mar 2012



sociedade

17

LIL

AC

S

SC

IEL




Enfermagem




Acta paul enferm

24(4) 582-585 2011



93

18

LIL

AC

S

SC

IEL










Silvan

Texto amp contexto

enferm 18(3) 542-

548 jul-set 2009


19

LIL

AC

S








Acta paul enferm

22(3) 250-256 maio-

jun 2009



20

LIL

AC

S

SC

IEL

O



supervisores

Costa et al

Texto amp contexto

enferm 17(4) 705-

713 out-dez 2008



21

LIL

AC

S

BD

EN

F

SC

IEL




PROFAERS



Esc Anna Nery Rev

Enferm 11(2) 318-

324 jun 2007


22

LIL

AC

S

SC

IEL

O






Invest educ enferm

30(2) 269-276

jul15 2012




23

BD

EN



DSTHIVAIDS em

adolescentes

Ferreira et al

REME rev min

enferm 16(4) 572-

578 out-dez2012




94

24

BD

EN

F

LIL

AC

S







6(2) 223-230 abr-

jun 2007


25

SC

IEL

O









Rev bras educ med

36(1) 112-1302012

Mar






26

SC

IEL




de experiecircncia








3(se)






95

- APEcircNDICE 2 -




DE ENFERMAGEM





Idade _____________ anos RG ___________________________________



Cacircndida de Melo
























96


desconforto



















Eu________________________________________________________________________ RG nordm




__________________________________


__________________________________

Testemunha

__________________________________


consentimento

____________________________

Testemunha

97





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU


DINAcircMICA DE






Grupo 5rsquo 0830 - 0835 - -

LEVANTAMENTO






Caneta p

quadro branco


SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA





Caneta p

quadro branco

DIMENSOtildeES DA

SITUACcedilAtildeO

PROBLEMA



selecionado





QUADRO 1

Caneta p

quadro branco


ESTRATEacuteGIAS DE

BUSCA DE







QUADRO 2

Caneta p

quadro branco









QUADRO 3

Caneta p

quadro branco


98





QUALIDADE

DO

TRABALHO

TEMPO

ESTRATEacuteGIA

MATERIAL

OU









campo

Datashow e

notebook

SIacuteNTESE






especiacutefico

FORMULAacuteRIO 1

Papel




ENCAMINHAMENTOS



processo vivido



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco



Registro quadro


campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 4

Caneta p

quadro branco





aprendizagem



campo + instrumento

especiacutefico -

QUADRO 5 e

FORMULAacuteRIO 1



99

- APEcircNDICE 5 -






AVALIACcedilAtildeO



100





PROBLEMA






101



1ordm ENCONTRO








Questotildees













102



1ordm PRAacuteTICA

- O problema


2ordm TEORIA



Avaliaccedilatildeo



3ordm PRAacuteTICA


ndash Compromisso




- O problema










Multiprofissional





preceptor



especiacutefico



103








- Conceitual
















- Diretor fica no 1













Iniciais





104

PropostasSugeridas



ReaisUtilizadas




Multiprofissional




105






A









pedagoacutegica

Interaccedilatildeo


Feedback

B








Desestrutura da

residecircncia

Despreparados


Conhecimento

legislativo

Preceptores modelos

C







papeacuteis

Repasse

D






Horaacuterio pesado

E















Real proposta


cientiacutefica


legislativo

Falta de oficinas


F









Desestrutura


sobre a preceptoria


Falta de tempo


G






Estrutura


conhecimento

Funccedilatildeo

Entendimento

106

H












tutores

Problemas

Falta de tempo

Falta de interesse

Preceptor escolhido



Falta de feedback

Avaliaccedilatildeo

I











Problemas






Problemas



SOBRE O PROBLEMA



A





Problemas

Maneira criativa e

reflexiva

Analisar


conhecimento

Forma natural e

interessante

B




Conhecimento

legislativo


Dificuldade de

aceitaccedilatildeo

Mudanccedilas

C



COREMU

Compreender

Leis

Direitos

Deveres

Preceptorestutores

D



os colegas

Produtivos

Oportunidade


Discutir

107

E








Reivindicado

Favoreceu

Contribuiu

Proceder

F




Vaacutelidas


Instigada

Aprendizado

G



Acrescentou

Conhecimento

Problema


Produtivo

Todos falaram

H








Debater

Trazer a realidade

Vivenciamos

Melhorias

Contribuir

I






Contribuiu

Analisasse


Memorizar

Entediar


108

































ndash Compromisso




PROBLEMA





109






A







Nosso dia-a-dia

Debate horizontal

Figura central

Condutores

Liberdade


Cansativa


dispersatildeo

B







Interessante

Inovador

Rompendo


Figura do professor

Papel central

Discussatildeo


Incentiva


C






Vaacutelida


Descoberta

Exposiccedilatildeo

Aprendizado

Levantamento da


Grande valor

Formas de resolver

D




Muito boa


Implementado

Vaacutelido

Aprendizado

E






Interessante

Emergiram

Cotidiano

Perspectivas

Busca

Dispositivos

disponiacuteveis


Melhorias

Mudanccedilas


110

F









Busca


Ouvir opiniotildees

Completo

Crescimento

G






Vaacutelida

Discussotildees

Aprendizado

Didaacutetica

Excelente


Impressotildees

H







Eficaz


Vaacutelido

Discussatildeo

Expor sentimentos


expectativas

Agrave vontade

Buscar


I










Amadurece


Facilitador

Dificultador

Perdem o foco

Experiecircncia

Cansativa

Extensa

Grupo pequeno

Facilita o controle


111



112

113

114


CRONOGRAMA




Projeto de

Pesquisa

X

Revisatildeo de

Literatura X X

Abordagem

Metodoloacutegica X

Encaminhamento

para o CEP X

Coleta de Dados X


Anaacutelise e

Discussatildeo dos

Resultados

X X



115

ANEXOS

116

- ANEXO 1 ndash


117

118

- ANEXO 2 ndash


119

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