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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO DEBORA SANTOS DE OLIVEIRA DENUNCIAR E ANUNCIAR? TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES NO BRASIL 1972 a 2013 NITERÓI 2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
DEBORA SANTOS DE OLIVEIRA
DENUNCIAR E ANUNCIAR? TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES NO BRASIL
1972 a 2013
NITERÓI 2015
DEBORA SANTOS DE OLIVEIRA
DENUNCIAR E ANUNCIAR? TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES NO BRASIL
1972 a 2013
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Biblioteconomia e Documentação do
Instituto de Artes e Comunicação Social da
Universidade Federal Fluminense, como requisito
parcial para obtenção do Título de Bacharel em
Biblioteconomia e Documentação.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lídia Silva de Freitas
NITERÓI 2015
O48 Oliveira, Debora Santos de. Denunciar e anunciar? tendências da produção de conhecimento
sobre Bibliotecas Escolares no Brasil – 1972 a 2013 / Debora Santos de
Oliveira. – 2015.
73 f.
Orientadora: Lídia Silva de Freitas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia e Documentação) – Universidade Federal Fluminense, 2015.
Bibliografia: f. 34-36.
1. Biblioteconomia. 2. Biblioteca escolar. 3. Bibliotecário. I. Freitas, Lídia Silva de. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e
Comunicação Social. III. Título.
CDD 027.8
DEBORA SANTOS DE OLIVEIRA
DENUNCIAR E ANUNCIAR? TENDÊNCIAS DA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES NO BRASIL
1972 a 2013
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Biblioteconomia e Documentação do
Instituto de Artes e Comunicação Social da
Universidade Federal Fluminense, como requisito
parcial para obtenção do Título de Bacharel em
Biblioteconomia e Documentação.
Aprovada em: __/__/____.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Lídia Silva de Freitas — UFF
Orientadora
_____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Joice Cardoso Ennes — UFF
_____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Rosimere Mendes Cabral — UFF
NITERÓI 2015
Dedico este trabalho a Deus porque Dele e por Ele, e
para Ele, são todas as coisas. A meu pai (em memória), à
minha família que sempre me incentivou, a todos os
amigos mais chegados que irmãos e ao Victor, meu
príncipe sem cavalo branco.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, meu criador e fonte de inspiração.
A meu pai (em memória) por tudo que me ensinou.
À minha mãe por ser meu maior exemplo de caráter e coragem, por me envolver
com muito amor em todos os momentos.
Aos meus queridos irmãos que tanto me viram com a porta fechada estudando e,
por terem me apoiado em todo tempo.
Agradeço ao Victor por entender todas as minhas ausências, sou mais feliz por que
posso compartilhar minha vida com você.
Agradeço aos amigos Priscila, Jairo, Karol e Manuela, que fizeram meus anos na
Universidade mais alegres e prazerosos.
A Salek, Adriana e Márcia pela paciência ao passar conhecimento, o que tornou
possível a conclusão desta monografia.
A todos os amigos que oraram por mim e me incentivaram a avançar sempre.
A todos оs professores dо curso de Biblioteconomia da Universidade Federal
Fluminense, qυе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е nо
desenvolvimento dеstа monografia.
Por fim, agradeço a professora Lídia Silva de Freitas, da qual me tornei “fã de
carteirinha”, por ter paciência em me ensinar, por ter acreditado em mim quando
estava nos “quarenta e cinco do segundo tempo.” Obrigada professora, por todas as
conversas, orientações, ligações, por ser minha inspiração pra vida, e por fazer
questão de caminhar, lado a lado, com o aluno ajudando-o a superar todos os
obstáculos.
“Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem
do superficial que nos pressiona tanto.”
Pensar é transgredir
Lya Luft
RESUMO
Aborda através de artigos sobre biblioteca escolar encontrados na Base Referencial de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação, Biblioteconomia e Arquivologia (BRAPCI) a presença e/ou ausência sobre a questão na pesquisa científica e as vertentes discutidas nos periódicos dos anos de 1972 a 1976 e 2009 a 2013. Aponta os fundamentos e conceitos do tema biblioteca escolar e a importância do assunto a ser discutido nos cursos de graduação em Biblioteconomia. Distingue os artigos sobre biblioteca escolar dos cinco primeiros anos (1972 a 1976) inseridos na base de dados e posteriormente realiza-se uma análise comparativa com os cinco últimos anos (2009 a 2013) inseridos na base sobre a temática. Por meio dos resultados revela a produção de artigos sobre o tema bibliotecas escolares no campo informacional, como também analisa suas formas de abordagens. Em suma, propõe que a questão das bibliotecas escolares seja discutida e evidenciada nas Universidades e indica que novas alternativas de forma criativa e ousada sejam colocadas por meio dos bibliotecários escolares para a resolução dos problemas apontados nas discussões em artigos.
Palavras-chave: Biblioteconomia. Biblioteca Escolar. Bibliotecário Escolar.
RESUMEN
Dirección a través de los artículos sobre la biblioteca escolar que se encuentran en
la Base Referencial de artículos de periódicos en Ciência de la Información,
Biblioteconomía y Arquivologia (BRAPCI) la presencia y/o ausencia sobre el tema en
la investigación científica y los aspectos que se tratan em los periódicos de años
desde 1972 a 1976 y de 2009 a 2013. Señala los fundamentos y conceptos del tema
biblioteca escolar y la importância del cuestión a tratar en los cursos del graduación
en Biblioteconomia. Distingue los artículos sobre la biblioteca escolar de los
primeros cinco años (1972 a 1976) insertado en la base de datos y despúes realiza
un análisis comparativo con los últimos cinco años (2009 a 2013) insertado en la
Base sobre el tema. Por medio de los resultados revela la producción de artículos
sobre el tema de las bibliotecas escolares en el campo informativo, como también
analiza sus formas de enfoques. En resumen, propone que la cuestión de las
bibliotecas escolares se discute y se pone de manifiesto en las universidades e
indica que nuevas alternativas creativamente y con valentía se colocan a través del
bibliotecários escolares para la resolución de los problemas mencionados en las
discusiones de los artículos.
Palavras-chave: Biblioteconomia. Biblioteca escolar. Bibliotecário en la escuela.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................10
2 METODOLOGIA.....................................................................................................14
3 MARCO TEÓRICO.................................................................................................17
4 RESULTADOS E ANÁLISE ..................................................................................22
4.1 ANÁLISE QUANTITATIVA...................................................................................22
4.2 ANÁLISE QUALITATIVA......................................................................................26
4. 2. 1 ANÁLISE DA PRODUÇÃO RECENTE – 2009 a 2013...................................27
4. 2. 2 ANÁLISE COMPARATIVA – 1972-1976 e 2009-2013...................................29
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................31
REFERÊNCIAS.........................................................................................................34
APÊNDICES..............................................................................................................37
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1 INTRODUÇÃO
A motivação para o tema deste trabalho se deu, primeiramente, a partir das
idas à biblioteca escolar do Colégio Estadual José Augusto Domingues, no qual
cursei parte do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio. A biblioteca escolar foi
um lugar que pouco visitava, mas que agora, na Graduação, trouxe-me certos
questionamentos. Esta biblioteca era pequena, as mesas e cadeiras ficavam
apertadas por causa do pouco espaço, não havia bibliotecário, apenas um professor
que tentava organizar os livros no local. Porém, sempre que podia pegava alguns
livros de literatura, principalmente os best sellers. Ainda que muitas vezes não
chegasse a lê-los gostava de ter sempre um livro na mochila. Quando estava perto
de prestar vestibular percebi o quanto era importante aquele lugar ao qual pouco ia.
Procurava livros que complementassem meus estudos quando certo assunto não
tinha sido dado em sala de aula e seria cobrado no vestibular ou por que era
necessário aprofundar-me um pouco mais para os exames que se aproximavam.
Aquele lugar, apesar de pequeno e apresentar inúmeras deficiências foi importante
para as indagações que surgiram e comparações que realizei em outra biblioteca
escolar, agora na Graduação.
No quarto período de Biblioteconomia iniciei estágio na biblioteca escolar
Monteiro Lobato, do Colégio Universitário Geraldo Reis da Universidade Federal
Fluminense. Essa biblioteca, bem diferente da biblioteca do Colégio que estudei, é
ampla e organizada em espaços divididos: balcão de referência, acervo e espaço
para os alunos do ensino fundamental e para os alunos do ensino médio, além de
sala de funcionários etc. O comportamento dos alunos, usuários da biblioteca, como
os aspectos que envolviam a biblioteca muito me chamaram a atenção. Infelizmente
a maioria dos alunos, do Ensino Médio, não percebia o valor da Biblioteca, o local
prazeroso que estimulava a aprendizagem e compartilhamento de informações e
experiências. Entretanto, dois acontecimentos tocaram-me bastante para as
reflexões aqui discutidas.
Certa vez, comecei a observar o quão procurado estava sendo um
determinado livro na Biblioteca, livro este destinado ao público infanto-juvenil, que
costumava ser perdido, estar fora da ordem alfabética, entre outras literaturas que
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não possuíam assunto em comum. O acontecimento, tantas vezes repetido, me
motivou de tal maneira que me propus a perguntar a um aluno o porquê dele gostar
tanto daquele livro e também de todos os alunos, meninos, daquela faixa etária,
procuravam lê-lo na hora do recreio. O aluno respondeu-me rindo e disse que
adorava especialmente “a página onze”. Após a saída dos alunos e fechamento da
Biblioteca para ocupações e atividades internas, apanhei o livro para ler. O livro,
narrado em formato de quadrinhos, contava a história aventureira e amorosa de um
personagem super-herói, que ao namorar uma menina, certo dia casou-se. A página
onze retratava a lua de mel dos dois. Logo, compreendi por que aquele livro era tão
procurado, as crianças iam atrás deste, pois estavam absurdamente curiosas para
sanar suas curiosidades sobre namoro, beijo e sexo.
Numa outra ocasião, uma aluna do ensino fundamental estava triste, pois
tinha ficado em recuperação na disciplina de Matemática. Quando sentei ao seu lado
para conversar sobre as questões que ela havia errado, apenas uma a intrigava.
Esta questão se desdobrava num texto sobre o “aniversário do supermercado
Guanabara”, nele era pedido que fosse sublinhado todas as palavras relacionadas à
Matemática. O texto possuía palavras como “primeiro”, “segundo”, “milhares”,
“unidade”, “mais”, etc. Contudo, a aluna não conseguia interpretar a questão e desta
forma não sublinhou as palavras, apenas os números contidos no texto. Sua
dificuldade, que pude perceber, era a falta de associação entre palavras e a
disciplina de Matemática, pois ela me confessou que não enxergava Matemática no
texto, vendo somente palavras. Após sublinharmos, juntas, todas as palavras que
ela não havia notado no texto, ainda conversei um pouco mais sobre a relação dos
livros com os assuntos e até peguei, a pedido dela, livros do Monteiro Lobato, que
contavam as experiências de Emília no “mundo dos números”, estes que ela ainda
não conhecia. Ela ficou muito feliz por ter compreendido a questão de sua prova e
por saber que dentro de diversos livros havia palavras, que eram números e não
estavam em livros didáticos de Matemática.
Em vista dessas experiências, destaco a importância da biblioteca na escola.
Apesar das carências, foi por meio dela que pude complementar meus estudos para
as provas de vestibular; de igual modo, ressalto que é imprescindível o bibliotecário
escolar estar em constante interação com o usuário, porque desta maneira ele
percebe as necessidades do aluno e pode corresponder de forma mais precisa.
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Portanto, além da Escola ser capaz de “oferecer aos seus alunos habilidades
e competências necessárias para o desenvolvimento pessoal, social e profissional”
(HILLESHEIM, 2004, p. 350), quando a biblioteca escolar está integralmente inserida
neste objetivo e os bibliotecários que se dispõem a trabalhar neste ambiente estão
atentos às necessidades dos alunos, suas curiosidades e dificuldades de
compreensão, como nos exemplos supracitados, os bibliotecários escolares estão
dinamizando o processo de aprendizagem do aluno-usuário, não sendo apenas
mediadores da informação como também divulgando, mesmo que de forma simples
e despretensiosa a biblioteca para a Escola.
Entretanto, percebe-se que pouco se aborda o tema das bibliotecas escolares
no curso de Biblioteconomia da Universidade Federal Fluminense. Assim, chegamos
ao problema de pesquisa geral abordado neste trabalho que é: O quanto e de que
formas o campo informacional vem abordando o tema das bibliotecas escolares em
sua produção científica?
Para tal questão, fomos inspirados por Silva (1999, p. 18) quando destaca
que muitas vezes a literatura não apresenta “propostas concretas para a superação
das dificuldades”, tendo em vista, como ressalta Campello et al (2012, p.2) que
“muitos dos textos ressaltam a importância da biblioteca escolar e, ao mesmo tempo,
chamam atenção para suas fragilidades e deficiências”. Contudo, poucas vezes,
esses textos apresentam alternativas para que a realidade, aos poucos, possa
mudar. E por isso, destaco a importância deste trabalho que observa a presença e
ausência do tema biblioteca escolar nos trabalhos científicos da área.
Dessa forma nossos objetivos específicos foram: conhecer os fundamentos
do tema; identificar a produção do campo informacional sobre biblioteca escolar e
reconhecer as principais vertentes na produção sobre o tema nos primeiros cinco
anos de inserção na base de dados, como também nos cinco últimos.
Como campo empírico para responder estas questões foi utilizada a BASE
DE DADOS REFERENCIAL DE ARTIGOS DE PERÍODICOS EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO – BRAPCI, na qual foram selecionados artigos sobre Bibliotecas
escolares.
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No Capítulo dois a metodologia de pesquisa será apresentada. No terceiro
Capítulo – Marco Teórico – serão apresentados conceitos de biblioteca escolar.
No quarto Capítulo serão expostos e analisados os resultados quantitativos e
qualitativos obtidos.
No Capítulo 5 serão discutidos os resultados alcançados a partir das análises
quantitativas e qualitativas e será apresentada reflexão sobre a importância do tema
Biblioteca escolar, bem como outras conclusões.
Ao final deste trabalho inserimos todas as referências recuperadas pela
pesquisa com duas formas de recuperação dos artigos da BRAPCI, de maneira a
contribuir para a temática, por meio dos apêndices C e D: APÊNDICE C – Total de
artigos recuperados na BRAPCI sobre biblioteca escolar ordenados por autor – 1972
a 2013; APÊNDICE D – Total de artigos recuperados na BRAPCI sobre biblioteca
escolar, ordenados por ano – 1972 a 2013.
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2 METODOLOGIA
Como observado no objetivo geral, o presente trabalho busca identificar o
quanto e sob que perspectivas o tema das bibliotecas escolares vem sendo
abordado na produção científica brasileira.
Para alcançar os objetivos específicos, citados anteriormente, utilizamos os
seguintes métodos: levantar e analisar as principais teorias, conceitos e debates
sobre biblioteca escolar; buscar, via recortes discursivos, a literatura sobre o tema
em Base de dados bibliográficos de artigos de periódicos do campo informacional
brasileiro; e, por último, avaliar as formas de abordagem no tema naquela
produção, levantados nos primeiros cincos anos de inserção na BRAPCI1(1972 a
1976), e comparar com os últimos cinco anos 2(2009 a 2013) que compreende a
literatura recente – observa-se especialmente o viés da abordagem: constatativo
ou propositivo.
Para a fundamentação teórica foram selecionados artigos da Biblioteca
escolar em Revista, em virtude do seu conteúdo atualizado e dedicado ao objeto
Biblioteca escolar. Este periódico – surpreendemente – ainda não é contemplado
na Base de Dados Referencial de Artigos de Periódicos em Ciência da
Informação, Biblioteconomia e Arquivologia, doravante BRAPCI.
A Biblioteca escolar em Revista é publicada semestralmente pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras / USP-Ribeirão Preto desde 2012. A Revista é dedicada à divulgação especializada dos estudos sobre história da leitura, biblioteca escolar, práticas de leitura no âmbito escolar, literatura infanto-juvenil e mediação cultural na biblioteca escolar, publicando principalmente pesquisas originais, como também documentos especiais, traduções e resenhas. (BIBLIOTECA ESCOLAR EM REVISTA, 2015)
Ademais, recorremos a autores consagrados da área, que abordam o tema
Biblioteca escolar relacionados à Educação ou à Biblioteconomia.
Para o levantamento da produção sobre o tema na literatura da área, foram
selecionados artigos cobertos pela BRAPCI, subdivididos por ano.
A Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (Brapci) é o produto de informação do projeto de
pesquisa ‘Opções metodológicas em pesquisa: a contribuição da área da informação para a produção de saberes no ensino superior’,
1 Apêndice A – Artigos analisados sobre biblioteca escolar cobertos pela BRAPCI publicado entre 1972 a 1976. 2 Apêndice B – Artigos analisados sobre biblioteca escolar cobertos pela BRAPCI publicado entre 2009 a 2013.
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cujo objetivo é subsidiar estudos e propostas na área de Ciência da Informação, fundamentando-se em atividades planejadas institucionalmente. Com esse propósito, foram identificados os títulos de periódicos da área de Ciência da Informação (CI) e indexados seus artigos, constituindo-se a Base de dados referenciais. Atualmente – em 20/06/2015 – disponibiliza referências e resumos de 8303 textos publicados em 37 periódicos nacionais impressos e eletrônicos da área de CI. Dos periódicos disponíveis 28 estão ativos e 9 históricos (descontinuados). (BASE DE DADOS REFERENCIAL DE ARTIGOS DE PERÍODICOS EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 2015)
Sendo assim, a elegemos como essencial para nossa pesquisa por possuir
considerável visibilidade na área da Ciência da Informação, pois sempre está
“contribuindo para estudos analíticos e descritivos sobre a produção editorial de
uma área em desenvolvimento” (BRAPCI, 2015).
A partir dos artigos publicados nos anos indexados pela BRAPCI, – que
atualmente cobre de 1972 a 2015 – observou-se quantitativamente os
movimentos do interesse ou desinteresse no tema biblioteca escolar. A análise da
quantidade de artigos possibilitou perceber se este tema estava em destaque, se
comparado com o total anual de artigos.
Para a recuperação dos artigos relacionados ao tema biblioteca escolar
usamos os seguintes termos na busca nos campos proporcionados pela Base de
dado – título, resumo e palavra-chave: “biblioteca escolar” “bibliotecas escolares”,
“jovem”, “jovens”, “juventude”, “adolescente”, “escola”, “secundário”, “ensino
médio”, “colegial”, “ginásio”, “secundarista”, “estudante” e “aluno”, nos campos de
busca título, palavra-chave e resumo. Alguns termos como “biblioteca escolar” e
“escola” desembocaram em outros conceitos importantes como “bibliotecário
escolar”, “biblioteca da escola”, “biblioteca na escola”, “bibliotecário na escola” e
“escolas”, “escolar”, “escolares” e “escolarização” respectivamente.
Para avaliar as formas de abordagens no tema na produção no recorte
temporal trabalhado, foi preciso identificar as principais vertentes da área pelos
artigos escolhidos: se apresentavam apenas constatações de problemas e
denúncias sobre a situação das bibliotecas escolares brasileiras, ou também
sinalizavam alternativas, novas vertentes teóricas e práticas para estas
instituições. Logo, para a análise de conteúdo foi feita uma leitura crítica dos
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artigos no período dos primeiros e últimos cinco anos 3inseridos na Base de
dados e sendo assim observar se os artigos apresentavam apenas um “mero
lamento” e “simples denúncia”, pois segundo Silva, (1999, p.28) “[...] denunciar é
preciso, mas é preciso também anunciar, propor caminhos, construir alternativas”.
Portanto, sabíamos que encontraríamos o lamento sobre a situação precária
das bibliotecas, porém buscávamos também a presença de tentativas de
construção de alternativas para superar essa realidade.
Na análise comparativa entre os períodos 1972/1976 - 2009/2013 buscou-se
perceber mudanças nas discussões sobre o tema no campo informacional. Na
pesquisa, a coleta de artigos na BRAPCI iniciou-se no mês de Maio de 2015
finalizando-se no mês de Junho do mesmo ano. Percebe-se que a literatura
recente sobre biblioteca escolar termina no ano de 2013, porém nota-se que o
número de artigos sobre os demais temas na BRAPCI também decaem, visto que
até a finalização deste trabalho não houve inserções.
3 Apêndice A – Cinco primeiros anos inseridos na BRAPCI, sobre biblioteca escolar, 1972 a 1976; Apêndice B – Cinco últimos anos inseridos na BRAPCI, sobre o tema biblioteca escolar, 2009 a 2013.
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3 MARCO TEÓRICO
Para PIMENTEL (2007) a biblioteca escolar...
[...] localiza-se em escolas e é organizada para integrar-se com a sala de aula e no desenvolvimento do currículo escolar. Funciona como um centro de recursos educativos, integrado ao processo de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial desenvolver e fomentar a leitura e a informação. Poderá servir também como suporte para a comunidade em suas necessidades.
As Diretrizes do IFLA/ UNESCO para a Biblioteca escolar aborda que:
A biblioteca escolar propicia informação e idéias que são fundamentais para o sucesso de seu funcionamento na sociedade atual, cada vez mais Baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca escolar habilita os alunos para a aprendizagem ao longo da vida e desenvolve sua imaginação, preparando-os para viver como cidadãos responsáveis. (MACEDO; OLIVEIRA, p. 4, 2005)
Desta maneira, ambas as citações legitimam a biblioteca escolar pela sua
função. Essa biblioteca está integrada com a sala de aula e através dela os alunos
são habilitados “para aprendizagem ao longo da vida”. Logo, percebe-se que a
biblioteca escolar é necessária em toda e qualquer Escola, para que possa contribuir
para a vida cultural dos alunos e da comunidade que a cerca.
Apesar disso, por estarem inseridas no ambiente escolar, as bibliotecas
também participam dos déficits da educação brasileira e, por isso, não possuem
problemas apenas de infraestrutura ou de ausência de um profissional capacitado,
mas suas dificuldades como Silva (1999, p. 14) ressalta são de cunho “educacional,
cultural, social e político”.
Nos principais debates sobre as bibliotecas escolares, nota-se com grande
frequência na literatura as questões ligadas às práticas de incentivo à leitura, sendo
o primeiro contato dos alunos com esta atividade, e, portanto,
[...] merecedora de especial atenção por caracterizar, em muitos casos, a primeira organização oficialmente instituída para esse fim com que o sujeito cognoscente, no caso a criança, tem contato. (SILVA, E., 2015, p. 22).
Deste modo, ela tem um papel central na formação de leitores, pois
disponibiliza um espaço no qual os alunos podem se apropriar de conhecimento
através das diversas fontes que contém em seu acervo como: literatura, ficção,
biografias, enciclopédias e outros.
18
Sendo assim, caso o aluno não tenha recebido dos pais o estímulo para
começar a ler em casa, na Escola poderá se aproximar dos livros. E neste ambiente
escolar podemos pontuar dois possíveis mediadores de leitura: o professor e o
bibliotecário. Petit (2013) afirma “que o papel do mediador da leitura é, a todo o
momento, [...] o de construir pontes. [...] Assim, o iniciador aos livros é aquele ou
aquela que pode legitimar um desejo de ler”. Então, mesmo que não haja a
presença dos pais neste processo, o aluno pode ser estimulado pelos avós,
vizinhos, tios, primos, amigos, etc. E na escola pelo professor e o bibliotecário.
Porém, é certo que:
Se o professor, o pai, o bibliotecário, o mediador inicial enfim, deixam escapar esta chance de apresentar o sabor das palavras, o gosto do saber vai desaparecendo paulatinamente, até que nos isolamos num medíocre vocabulário cotidiano, lemos só o já lido, ficamos cegos diante da luz. (YUNES, 1993, p. 188)
No entanto, o papel da biblioteca escolar não pode ser limitado apenas aos
conceitos da leitura, pois ela pode contribuir para a formação intelectual e social dos
alunos de diversas maneiras, através do seu acervo.
Durante a formação em Biblioteconomia pouco se discutiu sobre o tema da
biblioteca escolar4. Recordo-me que apenas uma disciplina – Desenvolvimento de
Coleções – abordou esse tipo de biblioteca quando da apresentação dos diferentes
acervos e usuários. Logo, as propostas curriculares dos cursos de formação de
bibliotecários deveriam enfatizar também
[...] o estabelecimento de normas e técnicas de organização de acervos que atendam, às reais necessidades de busca e de acesso à informação, pelo público infantojuvenil, na biblioteca escolar e/ou em outros espaços de atendimento e formação desse público leitor. (MAROTO, 2012, p.65).
Outra observação a ser feita quando se analisa a produção científica, é a
presença constante de relatos de experiência ou manifestos em favor da biblioteca
escolar, declarando sua importância. Mas percebe-se que é preciso construir uma
base mais sólida de conhecimentos a respeito do tema, principalmente sua relação
com os problemas das instituições escolares.
4 Graduação em Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense, período do 2º semestre de 2011 a 1º semestre de 2015.
19
As temáticas acerca das bibliotecas escolares dizem respeito não apenas aos
estudantes e pesquisadores de Biblioteconomia, mas também aos profissionais da
área de educação, visto que elas estão inseridas no espaço escolar, tendo total
relação com a Educação. Como Silva W. (1999, p.32) demonstra, “Biblioteconomia e
Educação são ramos do saber que se articulam em diferentes perspectivas, e talvez
o eixo mais acentuado dessa articulação seja justamente a problemática das
bibliotecas escolares”. E quando há ausência de diálogo entre professores e
bibliotecários, ambos os lados perdem.
É comum que o sistema de educação trate como as únicas fontes legítimas
de ensino o professor e o livro didático. O professor quando deixa de se achar “dono
do saber” consegue reconhecer o aluno como sujeito e passa a exercer uma de
suas tarefas primordiais, que é incentivar o aluno a buscar, por si próprio, novas
possibilidades de aprendizagem. Para Silva (1999, p. 22) nos tempos acelerados e
competitivos que vivemos, é difícil encontrar professores que tenham “tempo para a
auto educação, para a própria atualização e, muito menos, para pensar de forma
produtiva um trabalho pedagógico envolvendo a biblioteca escolar”. Os docentes
deixam de obter outras fontes de informação para complementar seu ensino e os
bibliotecários privam-se de estar presentes nas salas de aula, perdendo as
oportunidades de divulgar seu acervo. E enquanto os professores continuarem com
argumentos e discursos para explicar a distância que mantêm da biblioteca escolar,
seja por sua falta de recursos ou desatualização (SILVA, 1999, p. 19), as coisas
permanecerão difíceis como estão. Do mesmo modo, enquanto os bibliotecários não
se aproximarem da sala de aula muito provavelmente não contribuirão para a
formação dos alunos.
A biblioteca escolar também pode dinamizar o processo que desafia os
estudantes a buscarem por si só as respostas para as suas dúvidas e resolução de
problemas, como também pode desenvolver seu potencial reflexivo, crítico e criativo.
O aluno possui competência informacional cognitiva, isto é, competências que ele
adquire para lidar com comportamentos, emoções e desta maneira consegue
expressar seus pensamentos e interagir e responder aos questionamentos de outras
pessoas, ou seja, respondendo as estratégias de aprendizado (ANDRADE, 2013,
p.2). Então, o aluno deve ser tratado, tanto em sala de aula como na biblioteca,
20
como sujeito que culturalmente carrega conhecimentos advindos de seu ambiente
familiar e social.
Contudo, o problema mais comentado na produção acadêmica sobre as
bibliotecas das escolas púbicas é a falta de condições para funcionar dignamente.
Muitas vezes, o espaço é aproveitado não como “lugar de estudo, de pesquisa ou de
leitura, mas de punição: o aluno perde o recreio ficando de ‘castigo’ na biblioteca”
(SILVA, W., 1999, p. 15). Recursos básicos como profissionais habilitados, acervos
atualizados e mobiliário são fundamentais para que ela possa difundir conhecimento
aos alunos bem como “para que ela cumpra o seu papel de organizadora”
(MAROTO, 2012, p.61) para crianças e jovens, tendo assim um papel de destaque
na escola. A Biblioteca escolar, sanando estas dificuldades de estrutura, espaço
físico e funcionamento, pode atrair mais a comunidade escolar (alunos, professores
e funcionários). O local deve ser prazeroso, aparentemente atrativo e não
improvisado, que visivelmente demonstre estar longe de transformação social
necessária para que os alunos tenham autonomia no seu processo educacional
(ANDRADE, 2013, p. 4).
Os bibliotecários escolares devem notar, que, por vezes, podem estar
perdendo para professores aposentados, que demonstram disposição e preparo
para desempenhar tal função. Ser bibliotecário escolar é ter preocupação não
apenas com âmbito da organização, do planejamento e da administração do acervo
disponível, mas também na dinamização de atividades neste ambiente entre os
alunos.
Por isso, a situação pode mudar quando a atenção e o interesse dos
profissionais da biblioteconomia e da educação seja “transformar a biblioteca escolar
num espaço prazeroso, atraente, dinâmico e de livre acesso à leitura e ao
conhecimento” (MAROTO, 2012, p. 64) Algumas alternativas para que a Biblioteca
escolar atenda satisfatoriamente às exigências da sociedade moderna podem ser:
[...] contar com uma boa infraestrutura bibliográfica e audiovisual, espaços adequados e profissionais qualificados, e oferecer propostas inovadoras para o desenvolvimento da leitura e da pesquisa, capazes de atuar como instrumento transformadores do cotidiano da sala de aula. (MAROTO, 2012, p.75)
21
Dentre muitas atividades que a Biblioteca escolar pode aproveitar para
estreitar laços com os docentes “eventos, palestras e cursos que abordem assuntos
diversos do cotidiano” (SILVA, J., ; SILVA, A., 2012, p.21) podem ser elaborados.
Por que juntamente com os professores, os bibliotecários escolares estarão
participando das práticas pedagógicas, e estarão inseridos “nas ações curriculares,
disciplinares e cotidianas da escola.” (SILVA, J., ; SILVA, A., 2012, p. 22). Logo,
essas iniciativas irão aproximar o bibliotecário, usuários e discentes de forma mais
eficiente.
Além disso, a disseminação das novas tecnologias da informação e
comunicação trouxe para a Escola mudanças nas formas de ensino de
aprendizagem. A utilização dos aparelhos eletrônicos, por exemplo, que quase
sempre estão nas mãos dos alunos, incita a biblioteca escolar a realizar atrações
contínuas para que seu acervo seja visto pelo aluno como informação relevante,
antes ou simultaneamente ao acesso à internet.
No entanto, já têm se visto algumas mudanças gradativas acontecerem para a
melhoria da Biblioteca escolar, como a Lei n. 12.244 sancionada desde 2010, que
dispõe sobre a universalização das bibliotecas escolares nas instituições de ensino
do País. Esta Lei estabelece, que em até 10 anos todas as escolas brasileiras
possuam bibliotecas e que este ambiente tenha a presença de um bibliotecário para
exercer tal função. Com essa legislação percebemos que há um reconhecimento de
que o espaço da biblioteca na escola é importante “para interagir e articular com as
crianças, jovens e adultos presentes no processo de formação cidadã” (ANDRADE,
2013, p. 3). Paralelamente, o profissional bibliotecário passa a ser reconhecido
também como um agente transformador dentro do processo de ensino-
aprendizagem.
Por fim, apesar dos diversos obstáculos que a biblioteca escolar brasileira
quase sempre enfrenta para ser eficaz em seus serviços, como veremos no
desenvolvimento deste trabalho, Félix e Duarte (2015, p.3) afirmam que a eficácia
das bibliotecas “não é um conceito utópico, mas possível de ser concebido”. Desta
forma, deve-se olhar para a biblioteca escolar percebendo o seu valor educativo,
que contribui intensamente para a formação do aluno. Em vista disso, não se devem
medir esforços para que ela exerça com êxito seu devido papel na escola e
consequentemente na sociedade.
22
4. RESULTADOS E ANÁLISE
Serão expostos no subitem 4.1 e 4.2 os resultados e análises quantitativas e
qualitativas respectivamente. Para Deslandes (1994), “no cerne da defesa do
método quantitativo [...] está a questão da objetividade.” Sendo assim, os resultados
quantitativos serão apresentados por meio das frequências relativas através de
gráficos. Em seguida, na análise qualitativa buscaremos expor os fundamentos
teóricos que versam sobre biblioteca escolar, pois esta análise “trabalha com o
universo de significados, motivos, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a
um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos”.
(DESLANDES, p.22, 1994).
4.1 ANÁLISE QUANTITATIVA
Para analisar quantitativamente o tema Bibliotecas escolares na BRAPCI
levantamos em todos os artigos e outros tipos de documentos (apresentações orais,
resenhas, etc.) do período incorporado à Base de dados: de 1972 a 2013. Conforme
adiantado no capítulo metodológico na BRAPCI, os recortes temático-discursivos
foram buscados nos campos título, resumo e palavra-chave. Os termos utilizados na
busca igualmente foram apresentados no capítulo metodológico deste trabalho.
Alcançamos em nosso levantamento um total de 161 documentos5. Para o
tema estudado - Bibliotecas escolares - apenas artigos foram recuperados pelo
levantamento.
No Gráfico a seguir estão representadas as frequências relativas anuais – isto
é, o percentual do total anual coberto – de trabalhos que abordam o tema biblioteca
escolar na BRAPCI.
5 Apêndice C e B, ordenados por autor e ano, respectivamente.
23
Gráfico 1 – Frequência relativa do tema Biblioteca escolar nos artigos de periódicos
cobertos pela BRAPCI – 1972-2013.
Fonte: autoria própria, 2015.
Através dos dados da pesquisa “Questões em rede: trajetos temáticos-
discursivos do campo informacional brasileiro e internacional – 1968-2009” de
Freitas, et al (2012), percebe-se no gráfico abaixo a frequência relativa de temáticas
culturais nos artigos de periódicos do campo informacional cobertos pela BRAPCI,
que comparamos com a nossa representação do tema Bibliotecas escolares.
Gráfico 2 – Frequência Relativa de Temáticas Culturais nos artigos de periódicos
cobertos pela BRAPCI – 1972-2009.
Fonte: Freitas, et al (2012)
Apesar do tema biblioteca escolar estar inserido nas temáticas culturais,
observamos na visualização destes dois gráficos que nos anos de 1995 a 1997 há
24
uma diversidade. No Gráfico 2 vemos que outros objetos culturais em geral estão
sendo discutidos, mas a biblioteca escolar não foi tratada, mesmo que a biblioteca
escolar se caracterize como tema cultural: educacional.
No mesmo período (1995) foi publicado o livro “Miséria da Biblioteca escolar”
de Waldeck Carneiro, cujo autor apontou as dificuldades da biblioteca escolar em
ser eficaz na sua função na escola e consequentemente na sociedade. No livro o
autor chama a atenção para o silêncio dos bibliotecários e da literatura o campo
informacional de que pouco ou nada aborda as bibliotecas escolares.
Em 1997 foi criado o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) com o
objetivo de
[...] proporcionar acesso à cultura e à informação, à formação do hábito da leitura nos alunos e nos professores. Nesse sentido, distribui acervos de obras de literatura (poemas, contos, crônicas, teatro, texto de tradição popular, romance, memória, diário, biografia, ensaio, história em quadrinhos e obras clássicas), de pesquisa e de referência para escolas da educação básica. (FURTADO apud BRASIL. Ministério da Educação, 2008).
Contudo, apesar do estímulo proporcionado pelo programa e a larga
distribuição de material para compor acervos, nos anos de 1998 a 2000 a media de
artigos recuperados sobre o tema Biblioteca escolar se manteve entre 3 e 5% da
produção anual de artigos cobertos pela BRAPCI. Portanto, mesmo que as
bibliotecas escolares tenham passado a ganhar material para melhor
aproveitamento no exercício prático, não houve aumento nas reflexões sobre o tema
biblioteca escolar na produção acadêmica, ou seja, o estímulo recebido não
repercutiu em produção intelectual.
Há a possibilidade de ascensão da produção sobre o tema após a Lei 12
244/10 que determina a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do
País, mas os números da BRAPCI a partir de 2012 indicam a falta de inserção de
artigos na Base, reduzindo artificialmente os resultados.
25
Gráfico 3 – Tabela de produção de artigos inseridos na BRAPCI – 1972-2013.
Fonte: BRAPCI, 2015.
Entretanto, a pequena ascensão do tema biblioteca escolar em 2013,
apesar da queda de inserções na Base, indica um provável forte crescimento da
produção sobre o tema.
26
4. 2 ANÁLISE QUALITATIVA
Após a leitura dos artigos de periódicos da BRAPCI com o tema biblioteca
escolar, identificamos as principais vertentes na produção sobre o tema dos primeiros
cinco anos (1972/1976) e dos últimos cinco anos (2009/2013) – Apêndice A e B. No
quadro abaixo podemos visualizar as abordagens contidas no conteúdo analisado,
sendo que um mesmo artigo pode constar em mais de uma categoria analítica, por
isso somam mais do que o total recuperado de 5 artigos para o intervalo de 1972 a
1976 e 43 artigos para o intervalo de 2009 a 2013.
Quadro 1 – Análise Qualitativa – 1972/1976 e 2009/2013
Fonte: Produção própria
Aspectos observados Resultado
1 Abordagem teórica
assuntos recorrentes
14
2 Abordagem teórica
assuntos recorrentes
discussões novas e críticas
5
3 Abordagem teórica,
sem sinalização de alternativas
“apenas lamento”
4
4 Nova abordagem teórica
discussões críticas
sem propostas alternativas
10
5 Abordagem prática
Relatos de experiências/depoimentos e
estudos de caso.
19
DENUNCIARAM E ANUNCIARAM
6 Exposição de problemas, sinalização de
alternativas.
6.1 Exposição de problemas, sinalização de
alternativas inovadoras.
7
7
27
4. 2. 1 ANÁLISE DA PRODUÇÃO RECENTE – 2009 a 2013
1 Abordagem teórica / Assuntos recorrentes: Com a leitura e apreensão
dos artigos percebeu-se que repetidamente alguns assuntos foram discutidos como:
estímulo à leitura; função do bibliotecário como educador; dificuldades de parcerias
entre professor e bibliotecário; e alterações nas rotinas das bibliotecas escolares
com a larga inserção das tecnologias de comunicação e informação.
2.1 Abordagem teórica / Assuntos recorrentes / discussões novas e
críticas: Apenas cinco artigos discorriam sobre assuntos recorrentes com reflexão
crítica apontando outros caminhos e formas de pensar para os assuntos expostos
com frequência.
3 Abordagem teórica / sem sinalização de alternativas / “apenas
lamento”– Ao encontrar constantemente as expressões “a biblioteca escolar pode
ser” ou “a biblioteca escolar deve ser” nos indicou também o que ainda a biblioteca
escolar não é, e por isso, percebemos um “lamento” em alguns dos artigos. Desta
forma, considera-se que é preciso ter mais ousadia, criatividade para que através da
prática, possamos recomendar com mais empenho caminhos diferentes, que visem
o crescimento de uma instituição tão “lamentada” pelos bibliotecários escolares.
4 Nova abordagem teórica / discussões críticas / sem propostas e
alternativas: Foram dez artigos do total que abordavam temas sobre “tecnologia da
informação”; “cultura do usuário”; “silêncio na biblioteca escolar”, diferentes dos
temas que normalmente estavam presentes nos artigos, constituíram discussões
que trouxeram reflexão crítica, contudo ainda não apresentavam recomendações
para a melhoria das bibliotecas escolares.
5 Abordagem prática / discussões críticas / sem propostas e
alternativas: Dos 43 artigos analisados (entre 2009 a 2013), 19 deles relatavam
alguma experiência, depoimentos de professores e alunos, (através de questionários
aplicados) ou resultado de pesquisa no campo empírico.
28
6 Exposição de problemas / sinalização de alternativas: Poucas vezes
houve a presença de alternativas diferentes para os problemas expostos, e as
poucas encontradas eram com timidez que se apresentavam.
6.1 Exposição de problemas /sinalização de alternativas inovadoras:
Destaco atividades que não foram citadas em mais de um artigo, que foram
realizadas por bibliotecários que ousaram em suas possibilidades de trabalho.
29
4.2. 2 ANÁLISE COMPARATIVA – 1972-1976 e 2009-2013
Posteriormente à análise realizada da produção recente instigou-nos o desejo
de analisar os artigos sobre biblioteca escolar dos cinco primeiros anos de
periódicos do campo informacional brasileiro, também cobertos pela BRAPCI, de
1972 a 1976, afim de comparar as questões discutidas nestes artigos, o
desenvolvimento do tema no período, etc. Alcançamos o total de cinco periódicos –
Apêndice A.
Observamos que neste período, muitos assuntos discutidos no âmbito das
bibliotecas escolares eram também abordados no campo da Biblioteconomia de
forma geral, como por exemplo: “a inserção ou não de materiais não bibliográficos
nas bibliotecas” como CDs, e outros. Entretanto, como sabemos este assunto já foi
superado, pois atualmente percebe-se que um acervo de biblioteca, seja escolar ou
não, pode e deve conter diversos tipos de materiais. Como Pimentel (2007, p.34)
afirma “O acervo de uma biblioteca pode ser formado por coleções, constituídas por
diferentes tipos de materiais (livros, periódicos, CDs, DVDs, fitas VHS etc.).”.
Também destacamos que já na década de 70 a leitura e suas possibilidades
era um assunto refletido e pontuado como importante para as bibliotecas escolares.
Vimos também que no período entre 1972 a 1976 eram discutidos e pensados
aspectos mais concretos e que por vezes norteavam toda a disciplina de
Biblioteconomia, e que os problemas eram levantados em busca de possíveis
soluções. Nestes primeiros cinco anos, consideramos que os autores não refletem e
apresentam o tema apenas, mas estão mais preocupados e engajados em
apresentar propostas para resolução dos temas dispostos.
Mesmo que tenhamos encontrado poucos artigos neste período, percebemos
uma contradição, pois nos dias atuais, quando vivenciamos tantos avanços
tecnológicos e científicos, há uma forte redução de artigos que relatem experiências
dos bibliotecários, isto é, sobre práticas, inclusive as que possam ajudar a sanar os
problemas que envolvem as bibliotecas escolares, como atividades lúdicas, que
atraiam o aluno-usuário para a biblioteca.
30
Há indícios de que há 40 anos falava-se de uma forma mais concreta sobre
bibliotecas escolares, diferentemente dos últimos cinco anos, nos quais a biblioteca
escolar parece ser tratada como um “apêndice” da escolar, e que deve apenas
auxiliar seus usuários em alguma circunstância, sem nenhuma autonomia.
31
5 CONCLUSÃO
“A alegria que se tem em pensar e aprender
faz-nos pensar e aprender ainda mais.''
Aristóteles
Em virtude do que foi apresentado percebe-se que o tema biblioteca escolar
pouco é abordado pelo campo informacional, pois diante do levantamento realizado
vimos que apenas em 2007 houve um certo destaque na produção sobre o tema. E
quando comparamos os 17 artigos6 recuperados sobre o tema Biblioteca escolar
com os 516 documentos inseridos na BRAPCI no mesmo ano sobre temas gerais,
apreende-se que apenas 3,29% dedicou-se a bibliotecas nas escolas – e isto é
escasso e intrigante.
Portanto, observamos que “o silêncio dos bibliotecários” apontado por
Waldeck nos anos 90 permanece e, embora tenhamos mais artigos sendo
publicados sobre biblioteca escolar, ainda é insuficiente se comparado com a
produção sobre outros assuntos.
Diante dos argumentos expostos, quanto os 48 artigos analisados – dos cinco
primeiros anos (1972 a 1976) e cinco últimos anos (2009 a 2013) incluídos na
BRAPCI – 19 discutiam sobre a prática no ambiente de uma determinada biblioteca
escolar, apoiados em relatos de experiências, depoimentos, etc. Contudo,
abordavam assuntos recorrentes (14 dos 48 artigos), ou seja, a produção intelectual
com destaque para as bibliotecas escolares discorre sobre a prática cotidiana das
bibliotecas, mas percebe-se que os bibliotecários escolares estão envolvidos em
práticas viciosas, quando se repetem no discurso sobre leitura, a falta de diálogo
entre eles e os professores, etc.
Lamenta-se que apenas 7 dos 48 artigos trataram sobre Biblioteca escolar
expondo problemas e colocando alternativas inovadoras e confirma-se o que foi
visto acima: que os assuntos permanecem os mesmos sem abordagens críticas, e
talvez isso impeça o avanço da biblioteca escolar no campo informacional, pois
6 APÊNDICE D – Total de artigos recuperados na BRAPCI sobre biblioteca escolar,
ordenados por ano – 1972 a 2013.
32
somente 5 artigos apontam novos olhares para o objeto trazendo questionamentos
para os bibliotecários refletirem.
Por fim, concluo afirmando que é imprescindível que o bibliotecário escolar
procure inovar, que ele busque formas de destacar a biblioteca na Escola: como
promover rodas de debate sobre temas de interesse dos adolescentes; que possa
ser direcionado um livro para leitura ou uma tarde de pintura para que as crianças
espalhem seus quadros na biblioteca, mas sobretudo é importante que este
ambiente atue de forma a agradar seus usuários. Destaco também a necessidade
de o bibliotecário escolar estar atualizado com às mídias digitais, tendo o básico
como uma página no Facebook, um blog ou um ig no Instagram, sempre zeloso
quanto a interação com o usuário; não se limitando à caixa de sugestões no balcão
de atendimento.
Através das análises observamos muitos artigos sobre leitura, contudo
poucos apresentavam atividades diferentes, por isso a biblioteca deve estar inserida
no projeto político pedagógico da Escola para que o bibliotecário possa proporcionar
de antemão para o professor os recursos que ele precise para realização de uma
atividade... A biblioteca é um campo multidisciplinar na Escola e isto deve ser
considerado a seu favor. E o bibliotecário escolar precisa exercer sua profissão na
Escola com criatividade, tendo iniciativa e ousadia; precisa buscar ter uma
participação social e política nos debates relacionados à Educação e à Escola;
buscando capacitação profissional como cursos de “contação de histórias”, “estudos
sobre métodos de aprendizagem”, e especializações, procurando retornar, se
possível, as Universidades e através de participações em congressos, mesas-
redondas, chamar atenção para o tema biblioteca escolar.
Assim sendo, recordo das experiências e indagações que me colocaram
diante deste trabalho e compreendo o quanto os bibliotecários escolares precisam
estar atentos às preocupações e necessidades dos seus usuários. Como a
curiosidade que tive com o comportamento dos meninos da “página 10” e a
dificuldade de interpretação da menina de matemática, pois a partir destas
observações cotidianas, é que cada bibliotecário pode refletir sobre seu ambiente
profissional e melhorar seus costumes e práticas na biblioteca.
33
Finalmente, acredito que seja interessante rever a parte quantitativa da
pesquisa, futuramente, quando a BRAPCI realizar novas inserções isto é, quando a
Base de dados estiver atualizada.
34
REFERÊNCIAS
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em <http://camaraubatuba.sp.gov.br/esfas/>. Acesso em 28 out. de 2015.
ANDRADE, Tiago Fernandes. Formação do bibliotecário escolar: estudo de caso
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Rev., Ribeirão Preto. v. 2, n. 1, p. 1-19, 2013.
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n. 98, p.3, 24 de maio de 2010. Disponível em:
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35
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FREITAS, Lídia Silva de; LIMA, Marcia Heloisa Tavares Figueredo; ROSA, Berta
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YUNES, Eliana. Pelo avesso: a leitura e o leitor, 1993.
37
APÊNDICES
38
APÊNCICE A – Artigos analisados sobre biblioteca escolar cobertos pela
BRAPCI publicado entre 1972 a 1976.
1972
Título: Escola e Biblioteca.
Autora: OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de.
Periódico: Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
1973
Título: A biblioteca escolar e o seu papel na formação de hábitos de leitura.
Autora: POLKE, Ana Maria Athayde.
Periódico: Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
Título: A biblioteca escolar e a atual pedagogia brasileira.
Autora: SANTOS, Inácia Rodrigues.
Periódico: Revista de Biblioteconomia de Brasília
Em 1974 nenhum resultado obtido para bibliotecas escolares.
1975
Título: Biblioteca escolar do Centro Pedagógico da UFMG.
Autora: COSTA, Tarcilla Martins da.
Periódico: Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
1976
Título: Materiais não-bibliográficos nas bibliotecas escolares
Autora: POLKE, Ana Maria Athayde.
Periódico: Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
39
APÊNCICE B – Artigos analisados sobre biblioteca escolar cobertos pela
BRAPCI publicado entre 2009 a 2013.
2009
Título: Práticas de leitura dos adolescentes das escolas de ensino médio da
cidade do Rio Grande.
Autor: BLANK, Cintia Kath
Períodico: BIBLIOS- Revista do Instituto de Ciências Humanas e da
Informação
Título: O bibliotecário escolar incentivando a leitura através da webquest.
Autores: COSTA, Wilse Arena; PINHEIRO, Mariza Inês da Silva; COSTA,
Maria Neuma da Silva.
Períodico: Perspectivas em Ciência da Informação
Título: O bibliotecário escolar e suas competências.
Autores: FARIAS, Christianne Martins; CUNHA, Miriam Vieira da.
Períodico: Informação & Sociedade
Título: Ação de informação para cridadania: Biblioteca e Arquivo Escolar.
Autores: FREIRE, Isa Maria; NÓBREGA, Nanci Gonçalves da; BADINI,
Sandra Borges; ARAÚJO, Vânia Maria Rodrigues Hermes de.
Períodico: Perspectivas em Ciência da Informação
Título: Bibliotecas escolares e web 2.0
Autora: FURTADO, Cassia Cordeiro
Períodico: Em Questão: Revista da Faculdade de Biblioteconomia e
Comunicação da UGRGS.
Título: Sociedade da informaçaõ e escola: contribuição das bibliotecas
escolares.
Autora: GAZRCEZ, Eliane Fioravante.
40
Períodico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: Um dia de Bibliotecário
Autora: PACHECO, Raquel
Peridico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: Classificação em cores: uma metodologia inovadora na organização
das bibliotecas escolares do munípio de Rondonópolis-MT.
Autora: PINHEIRO, Mariza Inês da Silva.
Períodico: Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação
Título: Aproximando o aluno da biblioteca escolar por meoor do “estímulo
entre pares”.
Autores: RAMOS, Clériston Ribeiro; MUNHOZ, Deise Parula; MUNHOZ,
Andreia Parula; WYSE, Thiago Lopes da Silva.
Períodico: BIBLIOS- Revista do Instituo de Ciências Humanas e da
Informação
Título: Incentivo a leitura e atividades lúdicas a crianças de 0 a 3 anos de
idade: bebeteca e brinquedoteca uma oportunidade no desenvolvimento e hábito
pela leitura.
Autores: SANTOS, Ana Paula Souza dos; BARROS, Alessandra.
Períodico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: A “feira na rua de livros de Florianópolis” como ambiente estimulador
da leitura na escola.
Autores: SOUZA, Francisco das Chagas de; EUSEBIO, Maria Prazeres.
Períodico: Informação & Informação.
Título: Reading, Library and Formation Politic of Readers in Brazil.
Autor: SILVA, Robvilson José da.
Períodico: Informação & Informação
41
Título: Formação e desenvolvimento de coleções: proposta para biblioteca
escolar de acordo com a pedagodia Waldorf.
Autores: SILVEIRA, Lúcia da; FIORAVANTE, Rosane; VITORINO, Elizete
Vieira.
Períodico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina.
2010
Título: A voz de sujeitos-readaptados em discurso: o lugar do bibliotecário.
Autores: BASTOS, Gustavo Grandini; FAUSTINO, Gabriela Gimenez;
ALMEIDA, Ludmila Tatiane Rodrigues de; ROMÃO, Lucília Maria de Sousa.
Periódico: Ponto de Acesso
Título: Uma proposta de Atendimento às necessidades de informação dos
usuários da biblioteca escolar por meio do benchmarking e do sensemaking.
Autores: BEHR, Ariel; MORO, Eliane Lourdes da Silva; ESTABEL, Lizandra Brasil.
Periódico: Informação & Informação
Título: Perspectivas de letramento informacional no Brasil: práticas educativas
de bibliotecários em escolas de ensino básico.
Autora: CAMPELLO, Bernadete Santos
Periódico: Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da
Informação
Título: Comunicações e Documentos
Autores: FERES, Glória Georges; BELLUZZO, Regina Célia Baptista.
Periódico: Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação
Título: Nos labirintos da rede eletrônica: o silêncio na biblioteca escolar.
Autores: FERRAREZI, Ludmila; ROMÃO, Lucília Maria Sousa.
Periódico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores
via web.
Autores: FURTADO, Cassia Cordeiro; OLIVEIRA, Lisbeth.
42
Periódico: Informação & Sociedade
Título: Educação e bibliotecas digitais.
Autora: FURTADO, Cassia.
Periódico: Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação
Título: O bibliotecário enquanto agente cultural: promovendo a leitura por
meio de ações recreativas.
Autores: MUNHOZ, Deise Parula; RAMOS, Clériston Ribeiro; MUNHOZ,
Andreia Parula; PIÑERO, Helena Maria da Silva; WYSE, Thiago Lopes da Silva.
Periódico: BIBLIOS – Revista do Instituto de Ciências Humanas e da
Informação
Título: O discurso sobre a biblioteca escolar na rede eletrônica: sentidos a
perder de vista
Autores: ROMÃO, Lucília Maria Sousa; FERRAREZI, Ludmila.
Periódico: InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação
2011
Título: A busca de informação na internet: um estudo do comportamento de
bibliotecários e estudantes de ensino médio.
Autores: ABE, Verididiana; CUNHA, Miriam Vieira da.
Periódico: Transinformação
Título: O bibliotecário e a formação de leitores.
Autores: ARAÚJO, Paula Carina de; SALES, Fernanda de.
Periódico: Revista ACB Título: Biblioteca escolar: espaço de silêncio e interdição.
Autor: BASTOS, Gustavo Grandini; PACÍFICO, Soraya Maria Romano;
ROMÃO, Lucília Maria de Sousa.
Periódico: Liinc em revista
43
Título: Especialização em bibliotecas escolares e acessibilidade: discutindo a
gestão da biblioteca na modalidade EAD.
Autores: BEHR, Ariel; MORO, Eliane Lourdes da Silva; ESTABEL, Lizandra
Brasil; FREITAS, Henrique M. R. de.
Periódico: Informação & Informação
Título: Parâmetros para Bibliotecas Escolares Brasileiras
Autores: CAMPELLO, Bernadete Santos; ABREU, Vera Lúcia Furst
Gonçalves; CALDEIRA, Paulo da Terra; BARBOSA, Ricardo Rodrigues;
CARVALHO, Maria da Conceição; DUARTE, Adriana Bogliolo Sirihal; ARAÚJO,
Carlos Alberto Ávila; VIANNA, Márcia Milton; FIALHO, Janaína Ferreira;
ALVARENGA, Maura.
Periódico: Informação & Sociedade
Título: O Bibliotecário na Escola de Educação Básica a partir de depoimentos
de profissionais de Santa Catarina.
Autores: CUNHA, Miriam Vieira da; CORTEZ, Eliane Fioravante.
Periódico: Informação & Sociedade
Título: A mediação da leitura na família, na escola e na biblioteca através das
tecnologias de informação e de comunicação e a inclusão social das pessoas com
necessidades especiais.
Autores: ESTABEL, Lizandra Brasil; MORO, Eliane Lourdes da Silva.
Periódico: Inclusão Social
Título: BIBLON: plataforma de incentivo a leitura literária para crianças.
Autores: FURTADO, Cassia Cordeiro; OLIVEIRA, Lisbeth.
Periódico: InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação
Título: Informatização da rede de bibliotecas da Secretaria Municipal de
Educação de Santos – SP.
Autores: OLIVEIRA, Daianny Seoni de; NUNES, Claúdio Souza.
Periódico: Informação & Informação
44
Título: As transformações da escrita e seus suportes: do passado ao
presente.
Autora: PACHECO, Raquel.
Periódico: Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação
Título: Centro de Multimeios Poeta Alberto de Moura: conhecendo seu
ambiente através da análise de sua comunidade escolar na cidade de Ipaumirim-
Ceará.
Autor: PEREIRA, Vanildo Ponte.
Periódico: BIBLOS – Revista do Instituto de Ciências Humanas e da
Informação
Título: O papel do bibliotecário escolar na formação do leitor.
Autores: PITZ, Juliana; SOUZA, Vanessa Aline Schveitzer; BOSO, Augisa
Karla.
Periódico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: Imagem e percepção humana: alternativa aplicada na classificação da
literatura infanto-juvenil de uma biblioteca escolar.
Autores: RAMOS, Clériston Ribeiro; DZIEKANIAK, Gisele Vasconcelos;
SANTIAGO, Vanessa Dias; MUNHOZ, Deise Parula.
Periódico: Perspectivas em Ciência da Informação
Título: Perspectivas históricas da biblioteca escolar no Brasil: análise da Lei
12.244/10 que dispõe sobre a universalização das bibliotecas escolares.
Autor: SILVA, Jonathas Luiz Carvalho.
Periódico: Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina
Título: Pressupostos para um programa nacional de competências
informacionais.
Autor: SIQUEIRA, Ivan Claúdio Pereira.
Periódico: Ciência da Informação
2012
45
Título: Bibliotecários mirins e a mediação da leitura na biblioteca escolar.
Autores: ALMEIDA, Waldinéia Ribeiro; COSTA, Wilse Arena da; PINHEIRO,
Mariza Inês da Silva.
Periódico: Revista ACB
Título: Bibliotecas Escolares no Ensino Fundamental: caminhos para a
implantação.
Autores: COPPOLA JUNIOR, Claudinei; CASTRO FILHO, Claudio
Marcondes.
Periódico: Biblionline
Título: Biblioteca escolar e interculturalidade: rede social em países lusófonos
Portal Biblion.
Autor: FURTADO, Cassia Cordeiro; OLIVEIRA, Lisbeth.
Periódico: Em Questão: Revista da Faculdade de Biblioteconomia e
Comunicação da UFRGS
2013
Titulo: Pesquisas sobre biblioteca escolar no Brasil: o estado da arte.
Autores: CAMPELLO, Bernadete; CALDEIRA, Paulo da Terra; DUARTE,
Adriana Bogliolo Sirihal; ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila; CARVALHO, Maria da
Conceição; RODRIGUES, Mara Eliane Fonseca e SOARES, Laura Valladares de
Oliveira.
Periódico: Encontros Bibli
Título: Experiência com estudantes do ensino médio através da pesquisa
escolar orientada.
Autor: FIALHO, Janaina.
Periódico: Perspectivas em Ciência da Informação
Título: O uso da voz e do tablet em narrativas de histórias.
Autores: LANZI, Lucirene; BORTOLIN, Sueli; FERNEDA, Edberto; VIDOTTI,
Silvana.
Periódico: Informação & Informação
46
APÊNDICE C – Total de artigos recuperados na BRAPCI sobre biblioteca escolar
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1972 - 1
OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. Escola e Biblioteca. Revista da Escola de Biblioteconomia
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1973 - 2
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SANTOS, Inácia Rodrigues. A biblioteca escolar e a atual pedagogia brasileira. Revista de
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1974 - 0
1975 - 1
COSTA, Tarcilla Martins da. Biblioteca escolar do Centro Pedagógico da UFMG. Revista da
Escola de Biblioteconomia da UFMG. v. 4, n. 2, set. 1975.
1976 - 1
POLKE, Ana Maria Athayde. Materiais não-bibliográficos nas bibliotecas escolares. Revista
da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 5, n. 2, set. 1976.
1977 - 5
CERDEIRA, Theodolindo. A biblioteca escolar no planejamento educacional. Revista de
Biblioteconomia de Brasília v. 5, n. 1, jan./jun. 1977.
FERREIRA, Carminda Nogueira de Castro. Reforma de ensino e biblioteca. Revista de
Biblioteconomia de Brasília, v. 5, n. 2, jul./dez. 1977.
MORETTI, Dina Maria Bueno; ALESSI, Clóris; ROCHA, Sônia Corrêa da; CARVALHO,
Maria Elizabeth Ferreira de; SIMÃO, Odette. GIEB: Uma experiência de integração escola-
biblioteca. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 5, n. 2, jul./dez. 1977.
PIMENTEL, Cléa Dubeux Pinto. Programa para criação e instalação
de bibliotecas escolares na rede de ensino oficial. Revista de Biblioteconomia de
Brasília, v. 5, n. 2, jul./dez. 1977.
POLKE, Ana Maria Athayde. Os recursos audiovisuais na universidade e suas implicações
para a biblioteca. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 6, n. 2, set. 1977.
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considerações gerais. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 9, n. 1, jan./jun. 1981.
MAGALHÃES, Maria Helena de Andrade. Estudo sobre leitura recreativa na escola
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UFMG, v. 10, n. 2, set. 1981.
1982 - 0
1983 - 1
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variáveis do ambiente escolar. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação,
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DUMONT, Márcia Milton Vianna. Bibliotecas escolares comunitárias: uma revisão
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1985 - 0
1986 - 2
TARGINO, Maria das Graças. Um Modelo para análise do conceito de Biblioteca. Revista
Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 19, n. 1/4, 1986.
GRENIUK, Diva Carmen; SCHIRMER, Marilu Silveira; NODARI, Mônica Araújo; PURSCH,
Mônica Veeck; MACHADO, Elenita S.; BRAHM, Eliane Leitzke; UBERT, Verônica Frantz.
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Bibliotecários para quê?. Revista de Biblioteconomia & Comunicação, v. 1, n. 1, jan./jun.
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Situação Das Bibliotecas Estaduais Pertencentes À Delegacia De Educação. BIBLOS -
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KRUEL, Inês Rosito Pinto; SILVEIRA, Itália Maria Falceta da. Biblioteca como laboratório do
processo ensino- aprendizagem: Uma experiência em cursos de extensão universitária em
Porto Alegre. Revista de Biblioteconomia & Comunicação, v. 2, n. 1, 1987.
SIQUEIRA, Idméa Semeghini Próspero. Projeto Arte-In. Revista Brasileira de
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VÁLIO, Else Benetti Marques. Leitura: uma prioridade nas instituições educacionais inglesas
e escocesas. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 16, n. 1, mar. 1987.
1988 - 1
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