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0 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Ednilson Antonio Guarizo RA. 320255 IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL Itatiba 2008

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Ednilson Antonio Guarizo

RA. 320255

IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

Itatiba

2008

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Ednilson Antonio Guarizo

RA. 320255

IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

Monografia, apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Civil da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof°. Ms. André Penteado Tramontin, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Itatiba

2008

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GUARIZO, Ednilson Antonio, Impermeabilização Flexível, Monografia defendida e aprovada na Universidade São Francisco, em 08 de Dezembro de 2008 pela banca examinadora constituída pelos professores. ____________________________________ Prof°. Ms. André Penteado Tramontin USF – Orientador ____________________________________ Dr. Adilson Franco Penteado Convidado ____________________________________ Dr. Adão Marques Batista Convidado

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Ao Prof°. Ms. André Penteado Tramontin

Pelo incentivo e dedicação durante o período de orientação, pela compreensão, principalmente por nos piores momentos, ter sempre um gesto animador e uma palavra de incentivo e por me servir de exemplo na vida acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

A realização desta Monografia só foi possível graças à colaboração do meu

orientador, Prof°. André Penteado Tramontin, que conduziu as orientações com toda

capacidade e dedicação. A ele devo muita gratidão.

aos professores do curso de Engenharia Civil que, durante a graduação foram

amigos, tiveram muita colaboração para minha graduação.

aos meus colegas de classe que nesta trajetória foram parceiros, companheiros

críticos.

à minha família, que estivem sempre ao meu lado e que contribuíram nesta

minha trajetória.

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GUARIZO, Ednilson Antonio. Impermeabilização Flexível. 2008. 59f. Monografia (Bacharel em Engenharia Civil) – Curso de Engenharia Civil da Unidade Acadêmica da Área de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade São Francisco, Itatiba.

RESUMO

O objetivo desta monografia visa analisar o processo de impermeabilização e seus aspectos relevantes decorrentes dele. A impermeabilização tem como finalidade de proteger a construção, contra a infiltração d’água. Na realização de uma construção se dá pouca importância à impermeabilização, é considerada como um serviço adicional, de função meramente secundária em relação às demais etapas de uma construção. Outros fatores fazem com que a impermeabilização, quando executada, não tem a sua característica voltada ao seu uso, devido ao não conhecimento adequado de aplicação em elementos construtivos, não possuir um projeto de impermeabilização. A análise sistemática de causa e efeito nos permite desenvolver novas técnicas e processos. A pesquisa de novas utilizações e aplicações dos materiais está em constante dinâmica, proporcionando o desenvolvimento de novos produtos ou sua utilização racional. Sistemas Flexíveis de impermeabilização são aqueles destinados a suportar, pela sua flexibilidade e plasticidade, a variação térmica não só no meio ambiente, como também à ação solar sem sofrer infiltrações. Feitas com mantas pré-fabricadas ou com elastômeros dissolvidos e aplicados no local, em forma de pintura ou melação em várias camadas e que, ao evaporar o solvente, deixam uma membrana hipoteticamente elástica, como por exemplos: mantas asfálticas, mantas de polímeros e revestimentos impermeáveis. Absurdos são vistos em impermeabilização, principalmente de lajes e pisos, que desconhecem os elementos da construção, ou que, por várias razões desejam realizar a “economia barata”, utilizam materiais alternativos que não possuem a capacidade de impermeabilizar, ou essa capacidade possui tempo muito curto. Palavras chaves: FLEXÍVEL, CONSTRUÇÃO, IMPERMEABILIZAÇÃO.

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ABSTRACT

The aim of this paper is to analyze the process of sealing and its relevant issues arising out of it. The sealing is to protect the building against the infiltration of water. During the construction process little importance is given to the sealing. It is regarded as an additional service and of secondary function in relation to other stages of a building or construction process. Other factors results in the sealing, upon execution, to have its characteristics not turned to its use, because of the lack of appropriate knowledge when applying it on constructive elements, by not having a sealing project. The systematic analysis of cause and effect allows us to develop new techniques and processes. The research for new uses and applications of materials is in constant dynamic, allowing the development of new products and their rational use. Flexible sealing systems are those designed to support, through their flexibility and plasticity, the thermal variation not only from the environment but also from the solar action, without suffering infiltrations. Made with prefabricated blankets or with dissolved elastomers and applied on-site in form of painting or dirty in several layers that leaves a hypothetically elastic membrane when the solvent evaporates, for example: Tar quilts, polymer blankets, and waterproof covering (sealing). Absurdities are seen in sealing, mainly of concrete slabs and floors, unaware that the elements of construction, or who, for various reasons wish to achieve "economic cost", using alternative materials that do not have a waterproof capability, or in other cases, do not have enough time to execute an actual sealing solution.

Keys words: FLEXIBLE, CONSTRUCTION, SEALING

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................9

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................11

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 12

2 OBJETIVO................................................................................................................. 13

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................14

3.1 Classificação das impermeabilizações....................................................................14

3.1.1 Classificação de acordo com a atuação da água...........................................14

3.1.2 Classificação quanto ao comportamento físico do elemento da construção. 14

3.1.3 Importância da impermeabilização.................................................................15

3.1.4 Avaliação técnica dos sistemas de impermeabilização..................................16

3.1.5 Longevidade dos sistemas de impermeabilização.........................................17

3.1.6 Custos............................................................................................................18

3.2 Sistema de impermeabilização flexível...................................................................18

3.2.1 Sistema flexível moldado no local..................................................................19

3.2.1.1 Membranas.........................................................................................19

3.2.1.2 Membranas asfálticas.........................................................................20

3.2.1.3 Execução............................................................................................21

3.2.1.4 Cuidados............................................................................................22

3.2.2 Sistema flexível pré-fabricado........................................................................23

3.2.2.1 Mantas asfálticas................................................................................23

3.2.2.2 Composição........................................................................................24

3.2.2.3 Classificação das mantas...................................................................25

3.2.2.4 Recomendações.................................................................................26

3.2.2.5 Execução............................................................................................27

3.2.2.6 Mantas PVC.......................................................................................31

3.2.2.7 Materiais............................................................................................32

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3.2.2.8 Projeto...............................................................................................32

3.2.2.9 Aplicação...........................................................................................34

3.2.3. Testes de avaliação.....................................................................................38

3.2.3.1 Manutenção.......................................................................................39

3.2.3.2 Custos................................................................................................39

3.3 Locais de aplicação.................................................................................................40

3.3.1 Impermeabilização de jardineiras...................................................................40

3.3.1.1 Proteção do sistema...........................................................................41

3.3.1.2 Sistema de impermeabilização..........................................................41

3.3.2 Impermeabilização de terraços.....................................................................43

3.3.3 Impermeabilização de reservatórios elevados...............................................43

3.3.4 Impermeabilização de telhados......................................................................45

3.3.4.1 Sistema preventivo.............................................................................46

3.3.4.2 Proteção mecânica.............................................................................46

3.3.4.3 Projeto e execução.............................................................................47

3.3.5 Impermeabilização de áreas frias...................................................................47

3.3.6 Detalhes de execução....................................................................................47

3.3.6.1 Ralos e vasos sanitários.....................................................................47

3.3.6.2 Banheira.............................................................................................49

3.3.6.3 Boxes..................................................................................................49

4 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO......................................................................51

5 MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................................53

6 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS.............................................................................55

7 CONCLUSÃO.............................................................................................................58

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................59

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LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 - Membrana Asfáltica (a quente)..................................................................20

Figura 3.2 - Membrana Asfáltica (a frio)........................................................................21

Figura 3.3 – Aplicação da Proteção Mecânica..............................................................23

Figura 3.4 – Mantas Asfálticas......................................................................................24

Figura 3.5 – Preparação da Superfície..........................................................................27

Figura 3.6 – Preparação das Juntas.............................................................................28

Figura 3.7 – Aplicação do Primer (Imprimação)............................................................28

Figura 3.8 – Aplicação da Manta...................................................................................29

Figura 3.9 – Aplicação da manta com Maçarico...........................................................29

Figura 3.10 – Detalhe do Arremate...............................................................................30

Figura 3.11 – Proteção Mecânica para a manta...........................................................30

Figura 3.12 – Teste de Estanqueidade.........................................................................31

Figura 3.13 – Software de carga de vento....................................................................33

Figura 3.14 – Solda de termo fusão..............................................................................34

Figura 3.15 – Solda manta de PVC...............................................................................35

Figura 3.16 – Manta PVC aplicada em cobertura.........................................................35

Figura 3.17 – Camada separada dom filme..................................................................36

Figura 3.18 – Painel para isolamento............................................................................36

Figura 3.19 – Fixação automática da manta PVC.........................................................37

Figura 3.20 – Solda da manta PVC..............................................................................37

Figura 3.21 – Reparo na manta PVC............................................................................38

Figura 3.22 – Teste de estanqueidade..........................................................................38

Figura 3.23 – Sistema drenagem da floreira.................................................................40

Figura 3.24 – Impermeabilização de Terraço...............................................................43

Figura 3.25 – Detalhe arremate na laje da cobertura....................................................45

Figura 3.26 – Arremate de Impermeabilização no tubo................................................48

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Figura 3.27 – Arremate da Impermeabilização no vaso................................................48

Figura 3.28 – Impermeabilização da banheira..............................................................49

Figura 3.29 – Impermeabilização do boxe....................................................................50

Figura 3.30 – Projeto de impermeabilização.................................................................52

Figura 5.1 – Recuperação da laje cobertura.................................................................53

Figura 5.2 – Recuperação da laje cobertura.................................................................53

Figura 5.3 – Aplicação da Manta Asfáltica....................................................................54

Figura 6.1 – Aspecto da laje da cobertura sem recuperação.......................................55

Figura 6.2 – Aspecto da laje da cobertura sem recuperação........................................55

Figura 6.3 – Aplicação da Manta Asfáltica....................................................................56

Figura 6.4 – Acabamento final da Laje..........................................................................57

Figura 6.5 – Acabamento final da Laje..........................................................................57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização..................................17

Tabela 3.2 – Percentual de Custos...............................................................................18

Tabela 3.3 – Classificação das Mantas Asfálticas........................................................26

Tabela 3.4 – Sistemas de Impermeabilização para Jardineiras....................................42

Tabela 3.5 – Sistema de Impermeabilização para Áreas Frias.....................................50

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1. INTRODUÇÃO

Etapa fundamental de uma obra, a impermeabilização garante a valorização do

imóvel e a sua conservação, afastando as infiltrações que, se não tratadas, podem

comprometer até mesmo a estrutura de um prédio. Se empregados durante o início da

obra, o custo com a impermeabilização não chega a representar uma pequena parcela

do custo global, desde que planejado previamente.

O surgimento da umidade na construção civil, em geral, deve-se à

impermeabilização inadequada, e também a negligência com relação à manutenção

nas edificações.

A impermeabilização deve ser considerada, ainda, como uma medida voltada

para a prevenção da saúde dos moradores, ao garantir que os ambientes

permaneçam secos, livres de microorganismos indesejáveis. A falta de

impermeabilização adequada apresenta conseqüências indesejáveis como: goteiras,

vazamentos, infiltrações, bolhas nos revestimentos, fissuras e pinturas amareladas ou

escurecidas.

O projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido juntamente com o projeto

geral e de igual maneira os projetos setoriais, prevendo-se as correspondentes

especificações também em termos de dimensões, cargas, cargas de testes e de igual

maneira os detalhes, e ainda conter memorial descritivo, desenhos construtivos,

detalhes e especificações dos materiais a serem empregados.

Faz-se necessário, que os profissionais da área de engenharia civil, conheçam

bem a importância da impermeabilização, dos ambientes, e as características dos

produtos existentes no mercado.

A disseminação do método correto de se impermeabilizar vem trazendo efeitos

altamente positivos para os usuários, desmistificando e mostrando a importância da

impermeabilização. Por isso graças ao reconhecimento de sua importância, a

impermeabilização está sendo cada vez mais incluída no projeto global da obra, no

qual são especificadas as técnicas de preparação das áreas a serem

impermeabilizadas, bem como dos materiais a serem aplicados.

Visando a proteção das construções contra a infiltração, a impermeabilização é

parte integrante do projeto, e que executa e planejada na fase de projeto se ganha em

lucratividade, e possíveis transtorno no decorrer ou no final da obra.

Uma real avaliação do projeto em questão, para definir a melhor solução a ser

empregada, a sua aplicação adequada, conforme os diversos produtos existentes no

mercado.

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2. OBJETIVO

O objetivo principal desta pesquisa visa proporcionar conhecimento específico

sobre a impermeabilização flexível aos profissionais da Engenharia Civil, assegurando

a salubridade dos ambientes, tendo em vista a segurança e o conforto do usuário, de

forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas a que elas estarão

sujeitas.

Cabe ressaltar também a necessidade da formação de profissionais habilitados,

que além dos conhecimentos dos produtos e métodos, sejam capazes de analisar a

impermeabilização de forma correta e eficaz.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Classificação das impermeabilizações

Os materiais e sistemas de impermeabilizações devem ser escolhidos conforme

as circunstâncias em que serão usados. Relativamente a essas circunstâncias

CUNHA (1979), cita que as impermeabilizações podem ser classificadas em duas

formas principais:

• de acordo com a atuação da água sobre o elemento da construção;

• de acordo com o comportamento físico do elemento da construção;

3.1.1 Classificação de acordo com a atuação da água

Conforme destaca CUNHA (1979) sob este aspecto, temos as

impermeabilizações:

• contra água de percolação

• contra água de pressão

• contra umidade por capilaridade

Água de percolação: é água que atuam em terraços e coberturas, empenas e

fachadas, onde existe livre escoamento, sem exercer pressão hidrostática sobre os

elementos da construção.

Água com pressão: é a que atuam em subsolos, caixas d’águas, piscinas,

exercendo força hidrostática sobre a impermeabilização.

Umidade por capilaridade: é a ação da água sobre os elementos da construção

que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido. A água é absorvida e

transportada, pela ação da capilaridade de materiais porosos até o nível acima do

nível estático.

3.1.2 Classificação quanto ao comportamento físico do elemento da construção

Segundo Cunha (1979), destaca sobre este aspecto as impermeabilizações:

• de elementos da construção onde normalmente se prevê a ocorrência de

trincas,

• de elementos da construção não sujeitos a fissura mento e trincas,

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Elementos da construção onde normalmente se prevê a ocorrência de trincas

são as partes da obra sujeitas as alterações dimensionais provenientes do

aquecimento e o resfriamento, ou a recalques e movimentos estruturais, como lajes

contínuas passando sobre vigas, marquises em balanço, etc (CUNHA, 1979). Caixas

d’águas elevadas e também se enquadram nesse item, devido ao diferencial térmico

acentuado entre a água e as paredes e a tampa da caixa, aquecidas pela radiação

solar, pois ao serem enchidas o peso adicional provoca movimentos (CUNHA, 1979).

Cunha (1979) relata, que elementos de construção não sujeitos ao fissuramento

e trincas são as partes da obra com carga estabilizada, em condições de temperatura

relativamente constante (como acontece geralmente em subsolos ou onde o concreto

permanece em compressão). Não obstante essa generalização, trincas e falhas no

concreto podem ocorrer por contração durante o processo de cura, deficiências de

execução devido às falhas no lançamento do concreto, e granulométrica dos

agregados, acomodação do terreno, abalos causados por obras vizinhas (CUNHA,

1979).

O sistema de impermeabilização adotado deve atender às exigências de

desempenho, conforme citado por Cunha (1979), tais como:

• resistir às cargas estáticas e de igual maneira dinâmicas;

• resistir aos efeitos também dos movimentos de dilatação e de igual maneira

retração do substrato, ocasionados por variações térmicas;

• resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas

ou biológicas, decorrentes da ação de água, de gases ou do ar atmosférico;

• resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e de igual

maneira umidade do solo;

• apresentar aderência, flexibilidade, resistência e de igual maneira estabilidade

físico-mecânica compatíveis com as solicitações previstas também em projeto;

• apresentar vida útil compatível com as condições previstas também em projeto;

3.1.3 Importância da impermeabilização

As principais funções da impermeabilização são:

• aumentar a durabilidade também dos edifícios;

• impedir a corrosão das armaduras do concreto;

• proteger as superfícies de umidade, manchas, fungos, etc.

• garantir ambientes salubres;

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• a estrutura a ser impermeabilizada: tipo e de igual maneira finalidade da

estrutura, deformações previstas e de igual maneira posicionamento das

juntas;

• as condições externas às estruturas: solicitações impostas às estruturas pela

água, solicitações impostas às impermeabilizações, detalhes construtivos,

projetos interferentes com a impermeabilização, análise de custos X

durabilidade;

• o projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido juntamente com o

projeto arquitetônico (Instituto Brasileiro de Impermeabilização). A impermeabilização preventiva deve ser pensada do início até o fim da

construção, passando por as seguintes áreas:

• alicerces, áreas externas, lajes de cobertura, caixas d’águas, piscinas e

áreas frias. Além de lajes e paredes existem áreas internas da casa que são mais sensíveis

a sofrer infiltrações, são as áreas frias (cozinha, banheiro, box e área de serviço),

lugares que entram com mais freqüência em contato com a água.

3.1.4 Avaliação técnica dos sistemas de impermeabilizações

A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado para uma devida

construção é função de vários fatores, tais como: forma da estrutura, movimentação

admissível no cálculo da mesma, temperatura e umidade relativa local, efeitos

arquitetônicos que se deseja obter e custo entre outros (PIRONDI, 1979).

Segundo Pirondi (1979), para fins deste estudo, considerou a vida útil de uma

impermeabilização, como sendo o espaço de tempo decorrido, desde o término dos

serviços de impermeabilização propostos, até o dia em que os componentes do

sistema atinjam uma ponta de fadiga, que comprometa seu pleno desempenho

requerido, necessitando manutenção ou reparos. Pirondi (1979) considerou o tempo

de 25 anos, como sendo a vida útil ideal de uma edificação, assim ao sistema de

impermeabilização, como durabilidade mínima de 25 anos, atribuirá o maior conceito.

Os materiais e o sistema de devem ser testados, para avaliação de sua

resistência aos raios ultravioletas e infravermelhos, porém o teste de laboratório mais

indicativo da longevidade dos materiais é o de envelhecimento acelerado por Ozônio,

que deve ser realizados com concentrações de Ozônio próximo a 100 ppcm, que

corresponde às maiores concentrações encontradas na atmosfera do Brasil (PIRONDI,

1979).

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3.1.5 Longevidade dos sistemas de impermeabilização

Este é o mais subjetivo dos enfoques que estão sendo considerados para

avaliação dos sistemas de impermeabilização, por depender da localização de sua

aplicação (PIRONDI, 1979).

Para o tempo de impermeabilização, menor que 25 anos, Pirondi (1979) atribui

números de conceitos proporcionalmente menores.

Em sua conceituação, Pirondi (1979) não levou em conta eventuais deferências

executivas, por serem possíveis de ocorrer em todos os sistemas, mas não somente

longevidade associada a cada sistema de impermeabilização, em função do tipo de

obra e da existência ou não de proteção mecânica e térmica.

Segundo Pirondi (1979), utilizou o conceito de longevidade, através de sua

experiência, em impermeabilização colhida na vivência prática de obra ao longo dos

anos.

Os valores da tabela abaixo estão considerados para os sistemas de

impermeabilização normalizados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas), e instalados com aqueles valores mínimos e estão expressos pela

experiência notória no tempo de sua utilização (PIRONDI, 1979).

Utilizando-se nas impermeabilizações asfaltos modificados, enriquecidos com

elastômeros sintéticos compatíveis às altas temperaturas da adição (mistura), a vida

útil e o conceito serão aumentados em 25% (PIRONDI, 1979).

A Tabela 3.1 ilustra a longevidade dos sistemas de impermeabilização.

Tabela 3.1 – Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização

Materiais Vida útil Conceitos

Argamassa rígida 0 a 25 anos 0 a 20

Feltro-asfáltico + asfaltos (com umidade relativa do ar entre 40% a 80%

4 a 25 anos 3,2 a 20

Em umidade relativa abaixo de 40% 1 a 2 anos 0.8 a 1,6

Emulsões hidro-asfálticas 4 a 10 anos 3,2 a 8

Mantas Butulicas 25 a 50 anos 20 a 20

Mantas de PVC 3 a 10 anos 2,4 a 8

Fonte: Pirondi (1979)

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3.1.6 Custos

Cabe aqui ressaltar, que o custo inicial de uma impermeabilização, mesmo

aparentemente elevado, tem consideração insignificante em confronto com o todo da

obra e aos seus custos de futuras manutenções.

Da impermeabilização o custo propriamente dita, não considerando outros

conforto ou benefício pretendido, oscila entre 1% a 3% do valor da obra. Na tabela 3.2

abaixo ilustra o percentual de cada etapa de uma obra.

Tabela 3.2 – Percentual de custo

Etapa Peso

Fundação 12%

Estrutura 25%

Alvenaria 17%

Elevador 10%

Revestimento 22%

Impermeabilização 3%

Pintura, limpeza final 10%

Fonte: Vedacit (2006)

3.2 Sistema de impermeabilização flexível

As coberturas são de um modo geral, as áreas das edificações que mais sofrem

os efeitos do sol e da chuva. Nesses casos, mesmo uma argamassa ou concreto

impermeável exige a proteção de uma membrana flexível, a qual acompanha o

trabalho da estrutura, impedindo a infiltração de água por possíveis trincas ou fissuras

(VEDACIT, 2006).

Há dois tipos básicos de sistemas flexíveis:

• Sistema Flexível moldado no local: membranas asfálticas, acrílicas, e

revestimentos poliméricos.

• Sistema Flexível Pré-Fabricado: mantas asfálticas, mantas elastoméricas,

Geomembranas PVC.

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3.2.1 Sistema flexível moldado no local

3.2.1.1 Membranas

Um dos primeiros tipos de impermeabilização utilizados, as membranas

moldadas in loco sofreram durante anos a forte concorrência dos produtos pré-

fabricados. Mas a evolução da ancestral execução a quente com camadas de asfalto

oxidado intercaladas por estruturante de feltro para os novos produtos e técnicas e

equipamentos de aplicação permitiu que a solução voltasse a competir de igual com

as mantas (CICHINELLI, 2007).

Embora haja uma conotação implícita no mercado de que se trata de um sistema

de impermeabilização ultrapassado, os especialistas são enfáticos em afirmar o

contrário. As membranas moldadas in loco, quando bem executadas, são eficientes e

excelentes soluções para áreas muito recortadas e estreitas como jardineiras ou

canaletas de drenagem, em obras de reparo ou quando utilizadas em paredes de

gesso acartonado, devido a menor espessura (CICHINELLI, 2007). As membranas

estão longe de serem considerados sistemas ultrapassados, com os avanços na forma

de execução e com os novos materiais à base de diversos tipos de polímeros, as

membranas voltaram a ser lembradas como boa opção quando o assunto é

impermeabilização (CICHINELLI, 2007).

Segundo Cichinelli (2007), produtos elaborados a partir de demãos (tinta ou

pasta) com ou sem estruturante (tela de poliéster ou de nylon e véu de fibra de vidro) e

disponíveis para sistemas rígido ou flexível, as novas tecnologias de produção

proporcionam diversas opções para os mais diversos tipos de uso. Para especificar

corretamente, entretanto, fatores como a movimentação, a temperatura de exposição,

a pressão e os esforços mecânicos que sofrerá o sistema são itens que devem ser

ponderados (CICHINELLI, 2007).

Alguma membrana relata Cichinelli (2007), como as acrílicas, não podem ficar

recobertas e devem ser protegidas do contato direto com a água: a hidratação do

produto pode danificar o sistema. Aconselha-se, portanto, que sejam aplicadas em

áreas inclinadas para evitar acúmulo de água sobre a superfície. Em lajes de

cobertura com grande movimentação, as membranas do tipo epoxídica, mais rígidas,

também devem ser evitadas e a aplicação exigirá proteção contra a incidência de raios

ultravioleta (CICHINELLI, 2007).

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3.2.1.2 Membranas asfálticas

As membranas asfálticas moldadas a quente ou a frio são produtos

impermeabilizantes, moldados in loco, compostos pela sobreposição de camadas de

asfalto, diferenciando-se a qualidade em função do tipo de asfalto e dos polímeros

empregados. Os asfaltos podem ser asfaltos oxidados, poli condensados ou

modificados. Os estruturantes mais utilizados, responsáveis pela resistência à tração,

são os véus de fibra de vidro, telas de poliéster ou nylon e véus de polietileno

(GABRIOLI, 2006).

Os serviços de limpeza e preparação da superfície, arredondamento de cantos e

camada de proteção são semelhantes àqueles indicados para as mantas pré-

fabricadas. Para a impermeabilização com membranas, porém, há maior dificuldade

de fiscalização e controle da espessura e quantidade do asfalto (GABRIOLI, 2006).

A membrana moldada a quente in loco conforme Figura 3.1, usa-se blocos de

asfalto derretido, seu recheio é feito com estruturante (tela de poliéster) e espessura

final entre 3 e 5mm. É um sistema de impermeabilização, composto pela aplicação de

várias camadas de asfalto aquecido entre 180°C e 220°C, em grandes caldeiras

elétricas ou a gás, ou em fornalhas onde há maior dificuldade de controle da

temperatura, segundo Gabrioli (2006). Esse controle é muito importante, pois a

viscosidade do material determina a trabalhabilidade e facilidade de espalhamento do

asfalto, influenciando a produtividade e o desempenho final da impermeabilização

(GABRIOLI, 2006).

Figura 3.1 – Membrana Asfáltica (a quente) Fonte: Gabrioli (2006)

A aplicação do asfalto se dá com o auxilio de broxas de fibras vegetais

(vassourão), em camadas com sentido cruzados, diminuindo a margem de erro e

facilitando a observação dos locais que já receberam aplicação. Como material de

reforço pode-se empregar véu de fibra de vidro ou tela de poliéster resistente ao calor,

aplicado contra o asfalto recém-espalhado. Não há como determinar uma espessura

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padrão para este tipo de sistema, mas estima-se um consumo médio de 5 a 7 kg/m²

(GABRIOLI, 2006).

No caso de membranas moldadas a frio conforme Figura 3.2, são empregadas

emulsões asfálticas acondicionadas em galões, baldes ou barris hermeticamente

fechados. Há dois produtos com aparência de uma pasta preta: emulsões e soluções,

o primeiro tem base aquosa e o segundo se diluem em solventes. Após a aplicação do

produto ocorre a ruptura da emulsão, com a evaporação da água. Na execução da

membrana são obedecidos os procedimentos gerais indicados para as membranas

moldadas a quente, utilizando-se desta vez véus de fibra de vidro ou telas de poliéster

comum (GABRIOLI, 2006).

Figura 3.2 – Membrana Asfáltica (a frio) Fonte: Gabrioli (2006)

A quente ou a frio, véus ou telas devem ser perfeitamente distendidos, evitando-

se dobras ou enrugamentos. Na região de emendas, deve-se observar transpasse

mínimo de 10 cm. A aplicação de cada camada de asfalto deve recobrir inteiramente o

véu ou a tela. Na fase de execução, para aplicação de nova camada, deve aguardar a

completa cura da camada anterior. O deslocamento de operários sobre cada camada

intermediária deve ser realizado sobre tábuas ou papelão, afim de não sujar ou

danificar a camada anterior (GABRIOLI, 2006).

A membrana asfálticas repercute na dificuldade de fiscalização: em áreas muitos

grandes, ou sempre que se desejar controle muito rigoroso, é necessária a retirada de

amostras da impermeabilização com muito cuidado, pois esse procedimento é

destrutivo. Após análise da amostra, faz-se o reparo na área inspecionada para que

não ocorram infiltrações (GABRIOLI, 2006).

3.2.1.3 Execução

Embora no mercado de membranas tenha evoluído, a execução dos sistemas

moldados in loco sempre foi considerada um dos calcanhares de Aquiles. Ao contrário

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das mantas, cujos erros de aplicação acontecem quase que exclusivamente nas

emendas ou nos cortes malfeitos, as membranas exigem um rígido controle da

espessura e, consequentemente, da quantidade de produto aplicado por metro

quadrado (CICHINELLI, 2007).

Se o sistema exigir 5 a 6 kg de produto e for aplicado apenas 3 kg, por exemplo,

fica difícil de visualizar essa falha de execução. É um tipo de impermeabilização que

exige aplicação 100% bem feita. É na falha que aparecerá o vazamento, conforme

Cichinelli (2007).

Segundo Cichinelli (2007) para facilitar a execução, algumas empresas

desenvolveram sistemas de aplicação mecanizada adaptada para os produtos

disponíveis no mercado, como o equipamento de projeção de argamassa polimérica e

o air less para produtos mais líquidos (produtos à base de resina poliuretana ou de

poliuréia).

Equipamentos a jato, com mangueiras de pressão, também facilitam a aplicação

da poliuréia para a confecção da membrana. Mas esse produto é ainda pouco

difundido no Brasil devido ao alto custo (CICHINELLI, 2007).

Especialistas lembram, entretanto, que embora as técnicas de execução tenham

avançado a mão-de-obra não acompanhou essa evolução, comprometendo em muitos

casos a execução (CICHINELLI, 2007).

3.2.1.4 Cuidados

Para aplicação de membranas de base solvente, o substrato seja laje, baldrame

ou parede deve estar totalmente seca. Já membranas do tipo emulsivas, à base de

água, exigem substratos secos ou úmidos, sem pressão d’água atrás da superfície de

contato, o que evitará o deslocamento (CICHINELLI, 2007).

De acordo Cichinelli (2007), em substrato sob pressão de água atuando

diretamente sobre a impermeabilização, as mantas são mais indicadas, pois compõem

um elemento impermeabilizante mais resistente. Além de garantir a espessura mínima

correta, o tempo de secagem entre as demãos e a preparação do substrato são itens

que devem ser observados de acordo com o tipo de sistema ou produto adotado.

Durante a aplicação, vide Figura 3.3 a proteção da área tem de ser realizada de

forma a não comprometer ou danificar a membrana. Deve-se executar a camada de

proteção mecânica nos sistemas que a exigem, após a aplicação da camada

impermeável, desde que separada com filme polietileno, papel Kraft do tipo betumado,

ou geotêxtil (CICHINELLI, 2007). Em áreas sob ação de chuva e calor, nociva à

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execução da impermeabilização, o uso de coberturas provisórias para proteger a

aplicação é o mais comum, relata Cichinelli (2007).

Segundo Cichinelli (2007) alguns tipos de membranas como as acrílicas, por

exemplo, podem ser aplicadas como revestimento final de superfícies, desde que não

haja trânsito de pessoas ou veículos. Mas, em geral, a maior parte dos tipos de

impermeabilização deve ter uma camada de proteção mecânico que varia desde uma

simples argamassa (tráfego de pessoas) ou concreto (tráfego de veículos).

Figura 3.3 - Aplicação de proteção mecânica Fonte: Cichinelli (2007)

3.2.2 Sistema flexível pré-fabricado

3.2.2.1 Mantas asfálticas

As mantas asfálticas são produtos impermeabilizantes pré-fabricados, à base de

asfalto modificado com polímeros, estruturadas com filme de polietileno, véu de fibra

de vidro ou não-tecido de filamentos contínuos de poliéster. A fabricação se dá por

dois processos segundo Gabrioli (2006): calandragem ou laminação. No entanto, não

é rara a ocorrência de infiltrações e outras patologias devidas à aplicação incorreta

das mantas (GABRIOLI, 2006).

Como outros produtos industrializados, o desempenho da manta asfáltica

depende muito de um projeto adequado para ter um comportamento compatível com a

capacidade do produto (GABRIOLI, 2006).

Existe uma infinidade de tipos nas prateleiras. Elas variam quanto à espessura,

tipo de asfalto e de recheio. O mais comum para emprego em residências são aquelas

de 3 e 4 mm, com estruturante de poliéster, conforme a Figura 3.4.

Confeccionadas sob os padrões de mercado, as mantas são fornecidas em

bobinas de 10 m de comprimento, 1 m de largura e espessuras que variam de 2 a 5

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mm. Há, porém, a possibilidade da fabricação de bobinas em dimensões especiais

conforme as características específicas da obra determinada (GABRIOLI, 2006).

No geral, as mantas asfálticas possuem as seguintes características:

• alta resistência aos esforços mecânicos.

• elevada flexibilidade.

• alta resistência ao puncionamento estático e dinâmico.

• ampla faixa de resistência à temperatura.

• alta resistência à fadiga mecânica.

• elevada durabilidade.

• estabilidade térmica e dimensional.

Essas características podem variar, ainda, de acordo com o polímero

adicionado, o estruturante utilizado e a proteção/acabamento do sistema de

impermeabilização (GABRIOLI, 2006).

Figura 3.4 – Tipos de Mantas Asfálticas Fonte: Gabrioli (2006)

3.2.2.2 Composição

Segundo Gabrioli (2006) especificar qual tipo de manta asfáltica utilizar depende

da composição do material. E, para entender isso, é importante considerar a forma de

produção desses produtos. Resumidamente, mantas asfálticas são produtos à base de

asfalto modificado com polímeros e estruturados.

O asfalto é o material responsável pela impermeabilização em si, mas são os

polímeros adicionados que dão ao material petroquímico as propriedades de

desempenho necessárias, como flexibilidade em baixas temperaturas, alongamento,

resistência ao escorrimento e à fadiga mecânica e envelhecimento.

O balanceamento de asfalto e polímeros é o fator que mais influi no

desempenho das mantas. Os principais compostos empregados são elastoméricos

(SBS, estireno-butadieno-estireno) e plastoméricos (APP, polipropileno atático). Os

primeiros dão resistência de 80ºC de temperatura de escorrimento, enquanto que os

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segundos podem chegar a 130ºC. Há ainda os asfaltos policondensados (sem

polímeros, apenas cimento asfáltico) (GABRIOLI, 2006).

O estruturante - ou armadura - confere a resistência mecânica à manta,

notadamente à tração, puncionamento e impacto, além de dar homogeneidade de

espessura. Os tipos mais comuns de estruturantes são filmes de polietileno ou de

poliéster, véu de fibra de vidro e não-tecido de poliéster.

Por fim, o acabamento superficial adapta a manta às condições de aplicação,

tanto do ponto de vista funcional quanto estético. Em mantas que serão protegidas

mecanicamente, o revestimento é em filme de polietileno ou areia (GABRIOLI, 2006).

Conforme Gabrioli (2006), se o projeto previr que o material fique exposto, o

acabamento deve ser mais resistente. Mantas com lâmina de alumínio produzem

maior conforto térmico. No entanto, não podem ser usadas em áreas onde a reflexão

de luz for inconveniente, como aeroportos. Acabamentos com camadas superficiais de

grânulos minerais visam impedir a ação degenerativa da radiação solar. Já o não-

tecido de poliéster pode ser pintado com tintas acrílicas sem solventes (GABRIOLI,

2006).

3.2.2.3 Classificação das mantas

Baseadas em todas as possibilidades de composição, as mantas asfálticas

podem ser classificadas de diversas formas. Conforme a Petrobrás (2006) a NBR

9952 divide o material em quatro tipos ver Tabela 3.3. No entanto, fabricantes

consideram tal classificação genérica, pois deixa lacunas abertas na especificação.

Por isso, o meio técnico criou outras maneiras de diferenciar esses produtos

(PETROBRÁS, 2006).

Tabela 3.3 – Classificação das Mantas Asfálticas

Tipo Resistência à

Tração

Alongamento

na ruptura

Resistência a

Impacto a 0ºC Utilização

I 140 N 20% 2,45 J

Baldrame, banheiro, cozinha, área de serviço, viga-calha protegida, laje exposta com trânsito eventual, muro de arrimo, telhados, terraço, sacada e floreira.

II 180 N 2% 2,45 J

Baldrame, banheiro, cozinha, área de serviço, viga-calha exposta, viga-calha protegida, laje exposta com trânsito

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eventual, muro de arrimo, cortina, telhados, terraço, sacada e floreira.

III 400 N 30% 4,9 J

Viga-calha exposta, viga calha protegida, canal de irrigação, canal vinhaça, laje exposta com trânsito eventual, laje térrea ou cobertura, muro de arrimo, cortina, piscina, reservatório, tanque, lagoa, telhados e túnel.

IV 550 N 35% 4,9 J

Canal de irrigação, laje térrea ou cobertura, reservatório, tanque e lagoa.

Fonte: Petrobrás (2006)

3.2.2.4 Recomendações

Conforme relato Pezzolo (2007), algumas recomendações são necessárias para

as mantas asfálticas:

• as emendas devem ser executadas com muito cuidado. É o ponto mais crítico

do sistema de impermeabilização. A sobreposição deve ter 10 cm no mínimo.

• quando utilizadas duas mantas sobrepostas, a emenda superior não deve

coincidir exatamente com a inferior. As mantas complementares devem ser

colocadas em 90º ou no mesmo sentido, com sobreposição entre 50 e 60 cm.

• além das emendas, outro local que merece atenção é o ralo.

• o construtor deve se certificar da boa aderência entre a manta e o substrato,

evitando, assim, bolhas ou outros problemas que possam comprometer o

desempenho do sistema.

• para evitar atrito entre o cobrimento e a impermeabilização, coloque uma

camada de separação entre manta e proteção mecânica.

• para locais que receberão revestimentos, a manta deve ser coberta com

argamassa de areia e cimento com traço 1:5 ou 1:6 e 2 cm de espessura. Caso

a proteção seja o piso acabado, o traço pode variar para 1:4, a espessura

aumenta para 4 cm e a execução deve respeitar juntas de dilatação. Em locais

sobre os quais transitarão veículos, é necessário reforço com telas

galvanizadas ou soldadas. Espessura, especificação da armação e o traço

dependem da carga prevista. Em áreas verticais ou inclinadas, deve ser

utilizada tela plástica ou galvanizada.

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• um problema comum pós-ocupação é a perfuração de mantas, por isso, o

construtor deve informar ao usuário sobre os riscos e, eventualmente, já

projetar pontos que permitam perfuração.

3.2.2.5 Execução

Preparação da superfície: antes de iniciar a impermeabilização é necessário o

corte de pontas de ferro, o preenchimento de ninhos e correção de outras eventuais

falhas. Em seguida deve ser feita a limpeza das superfícies a serem

impermeabilizadas, retirando-se qualquer partícula solta. Tendo a superfície limpa e

preparada, executa-se uma camada de regularização com argamassa de areia e

cimento no traço 1:3, espessura mínima de 2 cm. Cantos vivos e arestas devem ser

arredondados conforme ilustra a Figura 3.5. Tubulações emergentes devem ser

adequadamente chumbadas (PEZZOLO, 2007).

Figura 3.5 – Preparação da superfície Fonte: Pezzolo (2007)

Recomenda-se o tratamento com faixas de mantas, mástiques ou sistemas pré-

fabricados para evitar a passagem de água conforme ilustra a Figura 3.6. Nesse caso,

é importante deixar a cota de argamassa da regularização no ponto mais alto

(aproximadamente 0,50 cm) na região da junta, para o ponto mais baixo (± 1 cm),

promovendo a fuga d'água do local (PEZZOLO, 2007).

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Figura 3.6 – Preparação das juntas Fonte: Pezzolo (2007)

Sobre o substrato seco, inicia-se o processo de imprimação conforme a Figura

3.7, aplicando-se o primer, que proporciona total aderência ao sistema

impermeabilizante. Após a secagem do primer, a superfície está pronta para receber o

sistema impermeabilizante (PEZZOLO, 2007).

Foto 3.7 – Aplicação do primer (Imprimação) Fonte: Pezzolo (2007)

Segundo Pezzolo (2007) a aplicação das mantas asfálticas podem ser aplicadas

por dois processos: a quente ou com o auxílio do maçarico. Após secagem da camada

de primer, no processo a quente, aplica-se uma camada de asfalto aquecido a uma

temperatura entre 180°C e 220°C, com auxílio de um espalhador; posteriormente

desenrola-se a bobina de manta asfáltica, tendo cuidado de permitir um excesso de

asfalto à frente da bobina, conforme mostra a Figura 3.8.

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Figura 3.8 – Aplicação da Manta Fonte: Pezzolo (2007)

No processo de colagem com o uso do maçarico Figura 3.9, direciona-se a

chama para aquecer a parte inferior da bobina e a superfície imprimada ao mesmo

tempo. Conforme derrete o asfalto da bobina e da superfície, o aplicador vai

desenrolando a bobina tomando o cuidado de deixar uma sobreposição entre as

mantas de no mínimo 10 cm, derretendo a extremidade da manta superior com uma

colher de pedreiro aquecida, formando um chanfro e selando junto à manta inferior.

Figura 3.9 – Aplicação da manta com maçarico Fonte: Pezzolo (2007)

Conforme Pezzolo (2007), os ralos precisam de um rebaixo de 40x40 cm e 1 cm

de profundidade para assegurar a impermeabilização da região. As tubulações, no

entanto, requerem o envelopamento do arremate conforme ilustra a Figura 3.10.

Utiliza-se um pedaço da própria manta com malha 2x2 cm, para se efetuar o arremate.

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Figura 3.10 – Detalhe do Arremate Fonte: Pezzolo (2007)

Proteção mecânica: para a proteção da manta asfáltica contra ações mecânicas

executa-se uma camada de argamassa de areia e cimento traço 1:4 conforme ilustra a

Figura 3.11, em geral, reforçada com tela metálica galvanizada (tela de viveiro),

segundo Pezzolo (2007). Sobre a manta, antes da execução da camada de

argamassa, aplica-se um chapisco de cimento e areia traço 1:3. Após a cura da

camada de proteção, as valas que abrigam os elementos de fundação são

cuidadosamente reaterradas, a fim de evitar danos à impermeabilização (PEZZOLO,

2007).

Figura 3.11 – Proteção Mecânica para a manta Fonte: Pezzolo (2007)

O teste de estanqueidade pode ser feito de forma hidrostática ou elétrica,

segundo Petrobrás (2006), após a conclusão da impermeabilização e cura total do

sistema, fechando-se as saídas para ralos e colocando-se uma lâmina d'água de 5

cm, pelo prazo mínimo de 72 horas, e observa-se há o surgimento de algum ponto de

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vazamento. Se não for detectado nenhum vazamento execute o arremate e depois a

proteção mecânica apropriada.

Figura 3.12 – Teste de estanqueidade Fonte: Pezzolo (2007)

3.2.2.6 Mantas de PVC

No rumo da evolução tecnológica e em linha com a necessidade de se ter

sistemas mais confiáveis, uniformes e duráveis, estão sendo disponibilizados no Brasil

à tecnologia de impermeabilização baseada em membranas flexíveis de PVC,

segundo Oliveira (2006). Os sistemas de impermeabilização tradicionais geralmente

têm vida útil de serviço entre cinco e dez anos. Enquanto isso os sistemas de

impermeabilização de alto desempenho em membranas flexíveis de PVC têm uma

expectativa de vida útil superior a 30 anos, com praticamente nenhuma intervenção de

manutenção ao longo desse período, mesmo em aplicações extremas, em que se

exige ao máximo o sistema instalado, relata Oliveira (2006). Isso se deve às

características físicoquímicas e mecânicas do material e à confiabilidade na tecnologia

proporcionada pelo sistema (materiais, acessórios e processo de solda). Segundo

Oliveira (2006), são utilizadas na Europa há mais de 30 anos com grande êxito, as

membranas não têm revolucionado apenas o tema de impermeabilização. O

desenvolvimento de acessórios e de métodos construtivos competentes, a composição

química do elastômero de PVC, o seu baixo peso específico e a versatilidade na

impermeabilização de estruturas, tais como coberturas, tanques de armazenamento

de água, lagoas de tratamento de produtos químicos, canais de irrigação, túneis, lajes,

etc., vêm contribuindo para a ampliação de uma gama razoável de soluções de

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proteção versáteis e criativas à disposição da engenharia e da arquitetura (OLIVEIRA,

2006).

3.2.2.7 Materiais

Conforme cita Oliveira (2006) as membranas flexíveis de PVC são fabricadas a

partir de um composto virgem de PVC, aditivos especiais, plastificantes,

estabilizadores, etc., que conferem à resina básica algumas propriedades particulares

de flexibilidade, resistência aos raios ultravioleta (as membranas resistentes aos raios

ultravioletas passam por um tratamento específico em sua fabricação para atenderem

a essa finalidade) e ainda resistência química, podendo-se obter materiais especiais

para diferentes aplicações de impermeabilização. São geralmente fornecidas em rolos,

que são facilmente instalados nas estruturas, considerando a soldagem térmica eficaz

e controlados (mediante a utilização de equipamentos especiais de ar quente) entre as

faixas de membranas sobrepostas (OLIVEIRA, 2006). Segundo Oliveira (2006), a

longevidade do sistema é uma importante diferença em relação aos sistemas

tradicionais de impermeabilização onde a vida útil, em média, não atinge sequer a

metade da dos sistemas de mantas flexíveis de PVC de alto desempenho e as

manutenções periódicas são bem mais freqüentes para que esses sistemas continuem

mantendo sua funcionalidade.

3.2.2.8 Projeto

As impermeabilizações, em geral, podem ser aderidas ou não ao substrato. No

caso das impermeabilizações aderidas, os produtos e técnicas de aplicação

convencionais são bem conhecidos. Podemos ainda classificar as impermeabilizações

como rígidas e flexíveis (OLIVEIRA, 2006).

Sistema rígido ou flexível. Sistema aderido ou não aderido. É uma boa pergunta,

pois quando falamos de impermeabilização é melhor avaliar os locais de aplicação e

tipo de solicitações a que os materiais estarão submetido. Em estruturas sujeitas à

baixa movimentação devida ao gradiente térmico como, por exemplo, em áreas frias

internas, a impermeabilização rígida é bastante apropriada (OLIVEIRA, 2006). Já nas

áreas externas expostas ao intemperismo ou a maiores movimentações por efeito

térmico, a impermeabilização flexível é seguramente a mais indicada. Após uma

determinada movimentação e a conseqüente fissuração de uma estrutura de

contenção de água (como um tanque ou uma piscina) em que o sistema de

impermeabilização é aderido, fatalmente ocorrem falhas de estanqueidade relata

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Oliveira (2006). Isso não acontece com os sistemas de impermeabilização flexíveis à

base de membranas de PVC não aderidos. Neste contexto, a responsabilidade da

impermeabilização não é mais da estrutura e sim da membrana de PVC. Dessa forma,

os tanques e piscinas não precisam ser exclusivamente de concreto, podendo-se optar

também por outros materiais pré-fabricados mais leves que simplesmente suportem as

cargas e empuxos a que serão submetidos, já que a impermeabilidade será

proporcionada pelo sistema flexível de membranas de PVC (OLIVEIRA, 2006).

Fig. 3.13 – Software de carga vento Fonte: Oliveira (2006)

Cálculo de carga de vento em coberturas é uma das ferramentas desenvolvidas

para apoiar o emprego racional do sistema de impermeabilização de coberturas com

mantas flexíveis de PVC é o software Mistral, vide Figura 3.13 que é usado para

otimização do projeto e dos sistemas de fixação (OLIVEIRA, 2006).

Conteúdo do software, segundo Oliveira (2006):

• Critérios de norma para efeito de vento.

• A última carga de vento ocorrida e previsão das condições do tempo,

conforme informações meteorológicas da região.

• Apresenta as diversas soluções de sistemas de fixação e critérios de projeto

com todas as informações necessárias para o projetista e aplicador,

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• Contribui também para otimização dos custos da construção e para a

estimativa de quantidades de acessórios.

3.2.2.9 Aplicação

Conforme relata Oliveira (2006), as fixações das membranas de PVC nas

coberturas metálicas, de concreto ou de madeira devem ser efetuadas com parafusos

e arruelas especiais. Na seqüência é aplicada outra camada de membrana de PVC

sobre as fixações aparentes, utilizando os equipamentos especiais de termofusão

citados (OLIVEIRA, 2006).

Figura 3.14 – Solda de termo fusão Fonte: Oliveira (2006)

A Figura 3.14 ilustra o processo de solda de termo fusão, e ilustra o detalhe de

sobreposição de duas mantas de PVC para a execução da solda.

Figura 3.15–Solda da Manta PVC Fonte: Oliveira (2006)

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Figura 3.16 – Manta PVC aplicada em cobertura metálica Fonte: Oliveira (2006)

A Figura 3.15 ilustra a execução da solda de duas faixas de manta de PVC em

cobertura plana, e a Figura 3.16 mostra instalação de membrana de PVC em

cobertura metálica plana.

Figura 3.17 – Camada separada com filme Fonte: Oliveira (2006)

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Figura 3.18 – Painel para isolamento Fonte: Oliveira (2006)

Segundo ilustra a Figura 3.17 mostra a camada separadora com filme de

polietileno de 0,3 mm de espessura entre a laje e o painel de isolante térmico. Na

Figura 3.18 tem-se o painel especial para isolamento térmico sobre o filme de

polietileno.

Figura 3.19 – Fixação automática da manta PVC Fonte: Oliveira (2006)

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Figura 3.20 – Solda da manta PVC Fonte: Oliveira (2006)

Fixação automática da membrana de PVC com parafusos e arruelas especiais,

conforme ilustra a Figura 3.19. Processo de solda da membrana de PVC com

equipamento automático Leister Varimat conforme ilustra a Figura 3.20.

Figura 3.21 – Reparo na manta de PVC Fonte: Oliveira (2006)

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Figura 3.22 – Teste de estanqueidade Fonte: Oliveira (2006)

Reparo efetuado com equipamento de solda manual tipo Leister Triac S,

conforme ilustra a Figura 3.21.

Teste de estanqueidade em emenda de manta de PVC, no canal entre a dupla

linha de solda a quente, conforme Figura 3.22.

3.2.3 Testes de avaliação

As máquinas de solda por termofusão e o processo de soldagem devem ser

testados imediatamente antes do início de cada jornada de trabalho (pela manhã e à

tarde) e sempre que houver quaisquer mudanças nas condições do serviço, por

exemplo, quando a máquina é desligada e se esfria completamente (OLIVEIRA, 2006).

Dois corpos-de-prova da tira soldada para teste devem ser cortados, para serem

ensaiados no tensiômetro de obra, com o objetivo de verificar sua resistência ao

cisalhamento e ao descolamento. Caso haja ruptura da solda, todo o teste deverá ser

refeito e a máquina de solda e o respectivo operador não devem ser aceitos até que

as deficiências sejam corrigidas e duas soldas testes sejam executadas com sucesso

(OLIVEIRA, 2006).

Durante a soldagem por termofusão, a sobreposição apresentar rugas ou ondas,

estes deverão receber "manchões" no formato oval ou redondo, confeccionados com a

mesma membrana aplicada e soldados a ela por termofusão com equipamento

especial manual tipo Leister Triac S, segundo Oliveira (2006). A sobreposição deve ser

de, no mínimo, 15 cm da área danificada (OIVEIRA, 2006).

Teste dos canais de solda com manômetro (solda dupla) para membranas

aplicadas em subsolos, piscinas, túneis e tanques (OLIVEIRA, 2006).

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Segundo Oliveira (2006), Veda-se as duas extremidades da solda com alicates

de pressão, em seguida conecta um bico de ar comprimido em uma das extremidades

da solda, no canal aberto entre as soldas e acoplá-lo a um manômetro, em seguida

injetar ar comprimido por meio de bomba de ar.

Verificar se há alguma queda brusca de pressão: manter a pressão de 1,8 a 2,0

bares, de acordo com a temperatura ambiente, por 10 minutos, sendo que a pressão

final não pode ser inferior a 90% da pressão inicial (OLIVEIRA, 2006).

3.2.3.1 Manutenção

O uso dos sistemas de impermeabilização com membranas flexíveis de PVC

praticamente não requer intervenções de manutenção, cita Oliveira (2006) desde que

obedecidos os cuidados pertinentes ao correto uso e limpeza, conforme as

recomendações dos fabricantes. Isso se deve à tecnologia e à abordagem sistêmica,

projeto + material + aplicação (OLIVEIRA, 2006).

Como em qualquer sistema de impermeabilização, recomenda-se a inspeção

periódica para se detectar eventuais anomalias e definir o momento adequado para as

intervenções de manutenção preventiva ou corretiva (OLIVEIRA, 2006).

3.2.3.2 Custos

Conforme destaca Petrobrás (2006), é necessário avaliar criteriosamente a

relação custo-benefício de uma impermeabilização. Os gatos variam de 1% a 3% em

média do custo da obra. Os reparos ou a reconstrução de uma proteção, entretanto,

podem ser gastos de até 15% em média do custo total da obra.

3.3 Locais de aplicação

Conforme Vedacit (2006) os locais indicados para as estruturas sujeitam à:

• Movimentação.

• Forte exposição solar.

• Variações Térmicas e vibração tais como: laje de cobertura, terraços, calhas de

concreto, áreas frias (banheiros, cozinhas, lavanderia), reservatórios elevados

e jardineiras.

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- lajes de cobertura;

3.3.1 Impermeabilização de jardineiras

Floreiras e jardineiras têm impermeabilização diferente devido aos seus

tamanhos. Mas ambas pedem sistema de drenagem conforme ilustra a Figura 3.23.

Nas primeiras, que são menores, use membrana asfálticas. Já nas jardineiras,

eleja mantas do tipo anti-raiz. É importante que o projeto de paisagismo preveja flores

e arbustos sem raízes profundas para não forçar a impermeabilização (PETROBRÁS,

2006).

Figura 3.23 – Sistema drenagem da floreira Fonte: Jordy (2008)

As jardineiras podem ser enterradas, suspensas ou apoiadas em lajes. Segundo

o Informe de Impermeabilização da Petrobrás não há uma classificação formal, mas

essas características vão orientar o projeto de impermeabilização (PETROBRÁS,

2006).

As jardineiras precisam contar ainda com boa capacidade de escoamento de

água, o que significa dimensionamento correto de ralos e tubulações, além da camada

de drenagem. Vale lembrar que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

não dispõe de uma norma técnica específica para projeto, execução e materiais de

impermeabilização (PETROBRÁS, 2006).

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3.3.1.1 Proteção do sistema

A jardineira é um local passível de constantes serviços de manutenção, o que

inclui a movimentação de terra, plantas, drenos, etc., por isso, os fabricantes

recomendam proteção mecânica sobre a impermeabilização. (PETROBRÁS, 2006).

Segundo Petrobrás (2006) acima da proteção mecânica vem o sistema de

drenagem com a disposição de argila expandida ou brita envelopada com geotêxtil e

tubulações perfuradas para captar a água.

Antes de impermeabilizar é necessário regularizar a superfície da jardineira. Os

procedimentos são relativamente simples. Para a regularização utiliza-se argamassa

de cimento e areia no traço 1:3 em volume com espessura mínima de 2 cm e caimento

mínimo de 1% em direção ao ralo, os cantos vivos e arestas devem ser arredondados

com raio mínimo de 5 cm (PETROBRÁS, 2006).

3.3.1.2 Sistema de impermeabilização

O sistema de impermeabilização a ser utilizada dependerá de fatores como o

desenho e a dimensão da jardineira ou floreira. Emulsões e soluções asfálticas

elastoméricas (asfalto elastomerico em solução) podem ser uma opção se a floreira

apresenta muitas interferências ou espaço reduzido, uma vez que esses produtos,

moldados in loco são de fácil aplicação e inclusive no caso de arremates

(PETROBRÁS, 2006).

Conforme Petrobrás (2006) a manta asfáltica, impermeabilizante pré-fabricado à

base de cimento asfáltico, possui maior espessura e resistência, sendo recomendada

para jardineiras maiores. A espessura dessas mantas podem oscilar de 3 a 5 mm,

conforme necessidade da obra, é importante que o sistema sempre contenha um

composto antiraiz (PETROBRÁS, 2006).

Na tabela 3.4 mostra alguns tipos de materiais utilizados para a

impermeabilização de jardineiras.

Tabela 3.4 – Sistemas de impermeabilização para jardineiras

Material Características Dicas

Membrana asfáltica com poliuretano

Boa estabilidade físico-químico. Elasticidade, resistência e

permeabilidade. Fácil aplicação e secagem

rápida.

Para soluções asfálticas com poliuretano recomenda-se que as camadas sejam intercaladas com adição de catalisador na solução. Os materiais asfálticos requerem a correção da superfície com argamassa de

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areia e cimento no traço 1:3, com espessura mínima de 2 cm. As tubulações devem estar chumbadas e, em um raio de 25 cm, deve-se fazer um rebaixo de 3 cm ao redor dos tubos para melhor arremate.

Soluções asfálticas com elastômeros

Excelente flexibilidade. Resistência à fadiga e interpéres. Boa estabilidade fisio-química. Durabilidade.

Mantas Asfálticas Estabilidade térmica e

dimensional. Flexibilidade e durabilidade.

Requer a correção da superfície com argamassa de areia e cimento no traço de 1:3, com espessura mínima de 2 cm. As tubulações devem estar chumbadas e, em um raio de 25 cm, deve-se fazer um rebaixo de 3 cm ao redor dos tubos para melhor arremate. É necessário aplicar uma camada de primer para melhorar a aderência ao impermeabilizante. A sobreposição na emenda deve ser feita com 10 cm, derretendo-se a manta superior com uma colher de pedreiro aquecida. Ao redor das tubulações deve-se empregar reforço de tela de nylon ou poliéster na primeira demão.

Drennáge

100% poliéster, não apodrece nem está sujeito a ataques biológicos. Escoa somente água e não a terra e evita a asfixia das raízes.

Antes do Drennáge, coloque uma camada de 10 cm de argila expandida ou brita e depois, sobre o Drennáge a terra adubada.

Fonte: Petrobrás (2006)

3.3.2 Impermeabilização de terraços

A situação é ainda mais crítica nas estruturas em balanço conforme ilustra a

Figura 3.24, como em algumas das sacadas. Segundo Jordy (2008), entre os produtos

que suportam esse vai-e-vem, existe uma preferência pelas membranas asfálticas

moldadas na obra, pois normalmente essas áreas são pequenas. No caso das

mantas, os operários necessitariam de ferramentas especiais, como maçaricos e

espaço para fazer a aplicação. Também vale cuidar do caimento do piso que deve ser

em direção ao ralo, caso contrário, a água da chuva escorre para o piso de salas e

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quartos. Impermeabilize também a soleira das portas de acesso ao interior do

apartamento (JORDY, 2008).

Foto 3.24 – Impermeabilização Terraço Fonte: Jordy (2008)

3.3.3 Impermeabilização de reservatórios elevados

Conforme Vedacit (2006), as caixas d’águas, piscinas e outros reservatórios

elevados são tipos de estruturas sujeitas aos expressivos gradientes térmicos,

exigindo sistemas de impermeabilização específicos, flexíveis, que acompanham a

sua movimentação.

As estruturas elevadas normalmente calculadas no estágio II com previsão de

fissuração requerem um revestimento impermeabilizante flexível, pois, além das

deformações em função da variação da temperatura e umidade e do efeito do vento,

ocorrem esforços vibratórios significativos ocasionados pela circulação e possível

variação brusca do nível da água nos reservatórios (VEDACIT, 2006).

Diante dessas deformações, Vedacit (2006) cita que é importante a perfeita

interação e aderência do revestimento à estrutura, devendo ambos trabalhar de

maneira solidária. Mas, além de flexível, o sistema de impermeabilização empregada

precisa ser resistente às cargas estáticas e dinâmicas, apresentar determinada

espessura mínima, além de acabamento e textura adequados. Igualmente, é essencial

um projeto de impermeabilização bem elaborado, devendo ser levado em

consideração uma série de detalhes, tais como: caimento, cantos e arestas

arredondados, preparo de elementos passantes, etc. (VEDACIT, 2006).

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Outro ponto importante é a previsão de juntas de trabalho que absorvam a

movimentação decorrente das tensões térmicas ou do contato de materiais com

coeficiente de dilatação distinta (VEDACIT, 2006).

Segundo Prota (2008), a freqüência das manutenções e o tempo necessário aos

reparos devem ser considerados na escolha do sistema de impermeabilização dos

reservatórios, sejam eles de grande ou pequena capacidade. Por essas razões,

companhias de abastecimento de água e condomínios residenciais e comerciais de

todo o País vem optando pela utilização de mantas de PVC para a impermeabilização

de reservatórios novos ou já em uso (PROTA, 2008).

A impermeabilização com laminados de PVC pode ser executada em

reservatórios enterrados, suspensos, triangulares, redondos, cilíndricos, ou outro

formato em qualquer tamanho. Diferentemente de outros sistemas de revestimento de

reservatórios de concreto, não requer preparo especial da superfície interna, como

chapisco ou reboco.

Com o reservatório vazio, executa-se a instalação de flanges nas entradas e

saídas de água para junção do sistema com a canalização (PROTA, 2008). Em

seguida são colocados os perfis de alumínio na parede do reservatório para fixação do

laminado. Conforme Prota (2008), o sistema não requer maiores cuidados de

manutenção, apenas às limpezas periódicas, apresentando grande vantagem sobre

outros revestimentos. A limpeza não requer contato de pessoas com a água do

reservatório, utilizando para isso equipamentos de aspiração para limpeza de piscinas

podem ser utilizados, tornando os serviços mais seguros e rápidos (PROTA, 2008).

3.3.4 Impermeabilização de telhados

A cobertura pode ser de telhado ou de laje. Caso seja laje, mesmo que protegida

por um belo telhado, precisa investir em impermeabilização. Assim, ainda que a água

infiltre por uma telha trincada ou desencaixada, as gotículas não vão passar da laje e

você estará livre de manchas de bolor e pinga-pinga. A laje de cobertura como terraço

ou solário e, portanto, ela fica descoberta, redobre a atenção. A água vai incidir

diretamente sobre a superfície e, nesse caso, além das indesejáveis goteiras, a

umidade pode penetrar na estrutura, corroer o ferro e colocar a obra em risco. Embora

o concreto tenha aquele aspecto forte e impenetrável, ele sempre apresenta fissuras à

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maioria nem se vê a olho nu. “A laje também protege outras estruturas da casa, como

as paredes”, segundo Jordy (2008).

Segundo Jordy (2008), o sistema mais indicado para impermeabilização de

superfícies que se movimentam, como as lajes, é o flexível, porque ele acompanha

esse vai-e-vem. Uma alternativa são as mantas conforme ilustra a Figura 3.25,

indicadas para áreas com mais de 20 m², há alguns tipos com diferentes

características. Já as emulsões são de fácil aplicação que dependendo do produto,

você terá de assentar argamassa para salva guardá-lo das intempéries (JORDY.

2008).

Foto 3.25 - Detalhe arremate na laje de cobertura Fonte: Jordy (2008)

Telhados com laje embaixo é recomendado conforme o Informe

Impermeabilização Petrobrás o uso de manta asfáltica e proteção mecânica simples

para eventual trânsito de pessoas, tanto na execução do telhado coma também em

sua manutenção (PETROBRÁS, 2006).

No caso mais comum de telhados sem laje, pode-se utilizar algum tipo de

subcobertura, observa Raphael Bigio da Dryko (PETROBRÁS, 2006).

3.3.4.1 Sistema preventivo

Segundo Petrobrás (2006), sistema para a impermeabilização de lajes sob

telhados há dois tipos:

• manta asfáltica com acabamento em polietileno e estruturada com geotêxtil de

poliéster.

• manta asfáltica autoprotegida com filme de alumínio.

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Essas soluções que podem representar de 1,5% a 3,5% do custo total da obra,

são sistemas de grande durabilidade em torno de 15 a 18 anos, são de fácil

manutenção uma vez que o asfalto tem alto poder de adesão (PETROBRÁS, 2006).

Se houver ausência de laje sob o telhado, será necessário instalar um sistema

menos robusto, e que neste caso o mercado apresenta vários modelos que se

destacam três (PETROBRÁS, 2006):

• subcoberturas simples, formadas por estruturante (papel Kraft) e laminado com

filme de alumínio em uma ou ambas as faces.

• subcoberturas de alumínio reforçado para resistir a pequeno peso.

• subcoberturas compostas por espuma de polietileno com filme de alumínio em

uma ou ambas as faces.

Os dois primeiros tipos de subcoberturas são sistemas estanques, no caso de

vazamento de água pelo telhado e também oferecem conforto térmico. Já a cobertura

composta de espuma de polietileno e filme de alumínio, além de garantir

estanqueidade e conforto térmico, apresenta características de isolação acústicas

dadas pela espessura da espuma (PETROBRÁS, 2006).

3.3.4.2 Proteção mecânica

Se o sistema impermeabilizante for instalado na laje do telhado, recomenda-se

que a proteção seja feita com argamassa de cimento e areia no traço de 1:4. Caso o

sistema instalado escolhido seja o de manta de alumínio, dispensa-se a proteção

mecânica, a aplicação exige somente que a superfície esteja limpa e seca

(PETROBRÁS, 2006).

3.3.4.3 Projeto e execução

Conforme Petrobrás (2006) ao projetar o sistema de impermeabilização os

detalhes mais importantes são os rodapés, calhas, encaixes, coletores e

sobreposições. Essas são áreas críticas, onde qualquer desatenção pode representar

futuros pontos de vazamentos.

A ABNT (Associação de Normas Técnicas) não dispõe de normas que tratem

especificamente de projeto e execução de impermeabilização para telhados, embora

outras normas de projeto possam ser adaptadas (PETROBRÁS, 2006).

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3.3.5 Impermeabilização de áreas frias

Segundo Jordy (2008) vazamento traz a maior chateação, e o cenário são

sempre banheiros, cozinhas e lavanderias, que não por acaso também são chamados

de áreas molhadas. Alguns construtores estão dispensando a proteção desses locais,

pois consideram que eles não deveriam ser lavados. Em banheiros, mesmo as

paredes pedem cuidado, pois estão sujeitas à água de percolação aquela que escorre

pela parede depois do seu banho, essas superfícies devem ser protegidas até, no

mínimo, 1,90 m de altura, conforme a norma brasileira NBR 9575/2003, relata Jordy

(2008). Os materiais do sistema flexível são os mais recomendados. Só um

profissional pode avaliar se a estrutura se movimenta demais e, portanto, pede mantas

asfálticas ou se há muitos pontos de tubulação passando pelo piso exigindo o uso de

membranas, que, moldadas in loco, dispensam recortes em áreas menores, a

argamassa polimérica também é uma opção (JORDY, 2008).

A norma NBR 9575/2003 dá as principais diretrizes para a elaboração do projeto

de impermeabilização. A norma orienta a respeito de detalhes construtivos, como

inclinações de ralos, rodapés, ancoragem e chumbamento, passagem de tubulações,

emendas, proteções e reforços entre outros (PETROBRÁS, 2006).

3.3.6 Detalhes de execução

3.3.6.1 Ralos e vasos sanitários

Os ralos devem ser instalados em uma caixa de diâmetro 40 cm com 1 cm de

rebaixamento em relação ao nível da regularização. Os diâmetros dos ralos devem ter

25 mm a mais do que o previsto em cálculo de vazão e as tubulações deverão ficar 15

cm afastada das paredes e outras interferências. É preciso colocar nos ralos

impermeabilizados uma proteção mecânica (anel de PVC), para evitar eventuais

danos (PETROBRÁS, 2006).

As tubulações que atravessam a superfície protegida se chamam interferências,

conforme ilustram as Figuras 3.26 e 3.27. Normalmente são os ralos e os tubos que dá

vazão a descarga do vaso. Para ter 100% de proteção, deve-se exigir que o caimento

do piso seja de 1% em relação ao ralo (PETROBRÁS, 2006).

Segundo Jordy (2008), o aplicador precisa caprichar no arremate ao redor

desses pontos. O jeito certo de se fazer isso depende do tio de impermeabilizante

escolhido, os sistemas flexíveis (asfálticas) são mais convenientes nos banheiros, mas

se optar pela argamassa polimérica, não economize nos mastiques que são produtos

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flexíveis, de poliuretano ou silicone, evitam que se formem fissuras no encontro entre

diferentes materiais (JORDY, 2008).

Figura 3.26 – Arremate da impermeabilização no tubo Fonte: Jordy (2008)

Figura 3.27 – Arremate da impermeabilização no vaso Fonte: Jordy (2008)

3.3.6.2 Banheira

Conforme Petrobrás (2006) todo piso do banheiro, bem como a base onde será

instalada a banheira, deve ser impermeabilizada. As paredes adjacentes da banheira

deverão ser impermeabilizadas a uma altura de 1,00 m conforme ilustra a Figura 3.28.

Caso haja um chuveiro, é necessário impermeabilizar a parede até 1,50 m acima do

nível da banheira. Recomenda-se prever um ralo de escoamento na caixa de

instalação que fica abaixo da banheira (PETROBRÁS, 2006).

É importante fixar rigidamente as tubulações de elétrica e hidráulica reforçando

esses pontos, no caso se for impermeabilizado com manta asfáltica é importante

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garantir que a manta tenha altura suficiente para proteger a água que sobrepõe a

altura da banheira e dos registros (PETROBRÁS, 2006).

Figura 3.28 – Impermeabilização de banheira Fonte: Jordy (2008)

3.3.6.3 Boxes

Na área do boxe deve se executar a impermeabilização na parede até a altura

de 1,50 m, conforme ilustra a Figura 3.29. Quando a impermeabilização for executada

com membrana moldada in loco (membrana asfáltica), deve-se aspergir areia de

granulometria média seca e peneirada sobre a última demão do produto para

aumentar a aderência entre a impermeabilização e a argamassa de assentamento do

revestimento. Para os sistemas de manta pré-fabricada, deve-se tomar o cuidado de

estruturar a proteção mecânica com a colocação de uma tela galvanizada ou plástica

(PETROBRÁS, 2006).

Na tabela 3.5 abaixo informa os produtos de impermeabilização e suas

vantagens e desvantagens de aplicação para as áreas frias.

Tabela 3.5 – Sistemas de Impermeabilização para áreas frias

Produto Vantagens Desvantagens Consumo

Membrana Asfáltica

Não necessita mão-de-obra especializada. Sistema frio e sem emendas. Maior facilidade de aplicação em áreas com muitas interferências.

Tempo de execução maior. Espessura não homogênea.

Aproximadamente 1 kg/m² (por 2 demãos)

Manta Asfáltica Maior velocidade de aplicação.

Requer mão-de-obra especializada.

Aproximadamente 1,15 m²/m²

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Espessura constante. Sistema com emendas. Dificuldade de aplicação em áreas com muitas interferências

Cimento Polimérico

Não necessita de mão-de-obra especializada. Sistema monolítico. Maior facilidade de aplicação em áreas com muitas interferências.

Inconstância na espessura.

Baixa flexibilidade.

Aproximadamente 3 a 4 kg/m²

Fonte: Petrobrás (2006)

Foto 3.29 – Impermeabilização do boxe Fonte: Jordy (2008)

4. PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

O projeto básico de impermeabilização deve ser realizado para obras de

edificações multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como para túneis,

barragens, pelo mesmo profissional ou empresa responsável pelo projeto legal de

arquitetura, conforme definido na NBR 13532 – Elaboração de Projetos de Edificações

- Arquitetura (VEDACIT, 2006).

O projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido juntamente com o projeto

geral e os projetos setoriais, prevendo-se as correspondentes especificações em

termos de dimensões, cargas, cargas de testes e detalhes.

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O projeto deve ser constituído de: memorial descritivo e justificativo, desenhos e

detalhes específicos, além das especificações dos materiais e dos serviços a serem

empregados e realizados.

Para a elaboração do projeto devemos considerar, conforme descreve o Instituto

Brasileiro de Impermeabilização (2008):

• A estrutura a ser impermeabilizada – tipo e finalidade da estrutura,

deformações previstas e posicionamento das juntas.

• As condições externas às estruturas – solicitações impostas às estruturas pela

água, as impermeabilizações, detalhes construtivos, projetos interferentes com

a impermeabilização e análise de custos X durabilidade.

O projeto executivo de impermeabilização, bem como os serviços decorrentes

deste projeto, deve ser realizado por profissionais legalmente habilitados, com

qualificação para exercer esta atividade técnica especializada. O responsável técnico

pela execução deve obedecer de forma integral o projeto (VEDACIT, 2006).

A Figura 3.30. ilustra um projeto de impermeabilização de uma laje de cobertura.

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Figura 3.30. – Projeto de impermeabilização Fonte: Rissi (2007)

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

Com os diversos produtos e métodos existentes no mercado para a

impermeabilização, executou-se um trabalho com experimento na parte de

recuperação da obra, em que se tratava de uma impermeabilização de laje de

cobertura, com acessória e especificação do fabricante “OTTO BAUMGART”,

executando toda a área com manta asfáltica que necessitava ser impermeabilizada,

pois havia infiltrações e vazamentos provocados pela água da chuva, conforme ilustra

as Figuras 5.1 e 5.2. Embora esse tipo de recuperação seja simples, não havendo

muitas interferências com relação à aplicação do método no local da aplicação.

Figura 5.1 – Recuperação laje da cobertura.

Figura 5.2 – Recuperação laje da cobertura.

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Para este trabalho foi utilizado um processo de aplicação de manta asfáltica,

com acompanhamento de um técnico da empresa responsável pelo produto que nos

auxiliou para a correta aplicação do produto, e também que o serviço ocorresse dentro

dos objetivos esperados.

Todos os materiais empregados nesta pesquisa seguiram as normas da ABNT,

como prazo de validade, equipamentos, entre outros.

Seguindo essas orientações, não poderia dar errado, uma vez que tudo foi

executado e seguindo conforme orientações para atingir o resultado esperado.

Para ressaltar passo a passo da execução pode-se destacar:

• Foi executada primeiramente uma análise da laje de cobertura, para se

verificar a necessidade de se fazer uma regularização da superfície para

posteriormente fazer a aplicação da manta asfáltica.

• Após preparada a superfície foi aplicada à manta asfáltica conforme ilustra a

Figura 5.3, seguindo todas as orientações recomendadas, assegurando-se um

trabalho bem executado tendo em vista a recuperação da obra, e garantindo

100% da finalidade do trabalho.

Foto 5.3 – Aplicação da manta asfáltica.

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6. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Tendo em vista a exposição da laje de cobertura exposta a interpéres ao longo

do tempo, sem nenhuma proteção, provocando fissuras no reboco causando

infiltrações e colocando em risco e desconforto as pessoas e dando uma impressão de

obra abandonada sem nenhuma manutenção, conforme ilustra as Figuras 6.1 e 6.2.

Figura 6.1 – Aspecto da laje cobertura sem recuperação.

Figura 6.2 – Aspecto da laje cobertura sem recuperação.

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Esta laje sem nenhum tipo de proteção contra a água da chuva, necessitava ser

impermeabilizada por um sistema flexível, devido às variações de temperatura da

estrutura, ao qual foi utilizado para recuperar esta laje foi de um sistema flexível com

manta asfáltica.

Antes da aplicação da manta asfáltica, foi necessário fazer a limpeza e

hidratação do substrato com hidrojateamento e posteriormente aplicação da nova

argamassa de regularização de cimento e areia com traço de 1:3 com espessura de 2

cm e execução dos caimentos de água para os pontos de drenagem.

Sobre a nova argamassa foi aplicada primer asfáltico com o auxilio de um rodo,

que tem por finalidade proporcionar total aderência do sistema impermeabilizante, em

seguida foi aplicada a manta com o auxilio de um maçarico conforme ilustra a Figura

6.3, .

Figura 6.3 – Aplicação da manta asfáltica.

Aplicado à manta asfáltica foi executado o teste hidrostático durante 72 horas,

para verificação da estanqueidade da impermeabilização executada. Após 72 horas foi

aplicada sobre a manta uma argamassa de proteção mecânica, visando proteger a

manta, pois há trafego leve sobre a laje evitando-se danos a manta e acabamento final

conforme ilustra as Figuras 6.4 e 6.5.

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Figura 6.4 – Acabamento final da laje.

Figura 6.5 – Acabamento final da laje.

A principio para este tipo de impermeabilização ser um sistema de fácil execução

e aplicação, e que elaborado e planejado na fase de projeto tem 100% de garantia de

conforto e sucesso na obra.

Vale ressaltar, portanto os projetos de construções a serem executados deverão

constar projetos de impermeabilização de toda a parte que há necessidade de se

impermeabilizar, ou seja, do subsolo, em todas as áreas molhadas até a sua

cobertura, garantindo com isso conforto e tranqüilidade para o proprietário e

durabilidade da construção.

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7. CONCLUSÃO

A exemplo do que vem acontecendo no setor da construção civil de maneira

geral, a impermeabilização também apresenta importantes avanços tecnológicos em

especial no que se refere aos produtos e sistemas empregados.

Porém os segmentos se esbarram nas pessoas que desconhecem os

elementos da construção, ou por várias razões desejam realizar a “economia barata”,

utilizando materiais alternativos que não possuem a capacidade de impermeabilizar,

ou essa capacidade possui tempo muito curto de ação.

Parte deste problema estaria na formação dos engenheiros, onde são raras

entidades de ensino superior que oferece em seu currículo uma disciplina voltada

especificamente para a área de impermeabilização. E no máximo, algum fabricante de

produto ou sistema impermeabilizante realiza algum tipo de seminário sobre o

assunto.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575/2003: Impermeabilização: Seleção e projeto, 2003.

CICHINELLI, Gisele. Impermeabilização. 87. ed. Revista Téchne, São Paulo: Pini, p. 35-38, out. 2007.

CUNHA, Aimar G. da Cunha. Manual Técnico de Impermeabilização e Isolamento Térmico. 4. ed – Texsa Brasileira Ltda. Rio de Janeiro, 1979.

GABRIOLI, Jefferson. Impermeabilização de fundações e sub-solos. 67. ed. Revista Téchne, São Paulo: Pini, p. 12-15, set. 2007. Instituto Brasileiro de Impermeabilização. Disponível em: htpp://ibibrasil.org.br>. Acesso: 28 de set. de 2008. JORDY, João. Impermeabilização sem segredos. Arquitetura e Construção. Disponível em: htpp://casa.abril.com.br/arquitetura/livre/semsegredos/imper/3ª.shtml>. Acesso: 01 de ago. de 2008. OLIVEIRA, Paulo Sérgio F. Impermeabilização com mantas de PVC. 111. ed. Revista Téchne, São Paulo: Pini, p. 76-80, jun. 2006. PETROBRÁS. Informe de Impermeabilização. Programa Brasileiro de Impermeabilização 2006. PEZZOLO, Virginia. Como executar a impermeabilização de lajes. 127. ed. Revista Téchne, São Paulo: Pini, p. 79-80, out. 2007. PIRONDI, Zeno. Manual Prático de Impermeabilização. SBR – Editor e Arte Gráfica Ltda – São Paulo, 1979. PROTA, Rômulo. Revestimento de PVC para reservatórios de água. Revista Téchne. Disponível em: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/43/artigo32218-1.asp>. Acesso em 30 de set. de 2008. RISSI, Daniele. Impermeabilização de laje de cobertura. 12. ed. Revista Téchne, São Paulo: Pini, p. 18-19, ago. 2007. VEDACIT. Manual Técnico de Impermeabilização em estruturas, 4. ed. – Otto Baumgart, 2006.

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