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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO LUDMILA FELIX DE OLIVEIRA PIMENTA CRIAÇÃO E GESTÃO DA MARCA DA EMPRESA DESCOLADOS COLADOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

LUDMILA FELIX DE OLIVEIRA PIMENTA

CRIAÇÃO E GESTÃO DA MARCA DA EMPRESA DESCOLADOS COLADOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2015

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LUDMILA FELIX DE OLIVEIRA PIMENTA

CRIAÇÃO E GESTÃO DA MARCA DA EMPRESA DESCOLADOS COLADOS

Trabalho de Diplomação apresentado à disciplina de Trabalho de Diplomação, do curso superior de Tecnologia em Design Gráfico do Departamento de Desenho Industrial – DADIN da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Tecnóloga em Design Gráfico. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Laís Cristina Licheski.

CURITIBA

2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Curitiba Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Desenho Industrial

TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE DIPLOMAÇÃO N0 632

"CRIAÇÃO E GESTÃO DA MARCA DA EMPRESA DESCOLADOS

COLADOS".

por

Ludmila Felix de Oliveira Pimenta

Trabalho de Diplomação apresentado no dia 24 de abril de 2015 como requisito parcial para a obtenção do título de TECNÓLOGO em Design Gráfico, do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O aluno foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: ______________________________ Prof(a). Msc. Manoel Alexandre Schroeder

DADIN - UTFPR

______________________________ Prof(a). Msc. Renato Bordenousky Filho

DADIN - UTFPR

______________________________ Prof(a). Dra. Laís Cristina Licheski Orientador(a) DADIN – UTFPR

______________________________ Prof(a). Msc. Maria Lúcia Siebenrok

Professor Responsável pela Disciplina de TD DADIN – UTFPR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

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Dedico este trabalho à memória da minha mãe,

Laura de Oliveira, que dedicou a vida a amar

suas filhas e a proporcionar o melhor estudo possível a elas,

e aos meus amores, Rodrigo da Silva Pimenta

e, irmã, Victória Felix de Oliveira Carvalho,

companheiros de todos os dias.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu força, iluminação e sabedoria

para a elaboração deste projeto.

Pela compreensão da minha família, que entenderam meus momentos de

ausência no decorrer da vida acadêmica.

E por ter a oportunidade de estudar nesta instituição com professores

brilhantes e atenciosos, em especial, a minha dedicada orientadora, Laís Cristina

Licheski.

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RESUMO

PIMENTA, Ludmila F. O. Criação e gestão da marca da empresa "Descolados

Colados". 2015. 146 f. Trabalho de Diplomação (Curso Superior de Tecnologia em

Design Gráfico) – Departamento de Desenho industrial (DADIN), Universidade

Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), 2015.

O presente trabalho consiste na criação e gestão da marca "Descolados Colados", empresa que produz produtos artesanais em papel, sendo que o carro-chefe é buquê de noiva, e os vende pela internet, ou seja, faz e-commerce. Para o desenvolvimento do projeto, foram realizadas pesquisas sobre branding, comércio virtual e mídias sociais, assim como análise de marcas similares, com o objetivo de conhecer a linguagem, os elementos e as composições das mesmas sob o viés da sintaxe visual. A partir da revisão de literatura, da pesquisa com o público-alvo e das metodologias de projeto, foi elaborada a estratégia de marca e em seguida seu briefing. Na sequência, foram feitos estudos de tipografia, cores e símbolos, a fim de desenvolver uma marca com os significados propostos e que atendesse os interesses da empresa. Com a marca criada, as especificações de uso foram compiladas em um manual de marca e desenvolveram-se as principais aplicações impressas, para depois os layouts virtuais e a estratégia de lançamento da empresa. Por fim, foram realizados orçamentos para produção dos materiais necessários para a comunicação da empresa.

Palavras-chave: Marca. Gestão de Marca. Branding. Identidade Visual. Manual de

Marca.

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ABSTRACT

PIMENTA, Ludmila F. O. Creation and management of the brand "Descolados Colados". 2015. 146 f. Working graduation (Course of Technology in Graphic Design) – Academic Department of Industrial Design (DADIN), Federal University of

Technology (UTFPR), 2015.

The following paper consists in the creation and management of the brand

""Descolados Colados"", a company which develops paper handicrafs, especially

bridal bouquets, and sells them on-line, in an e-commerce. To the development of

the project, a research on branding, virtual e-commerce and social media was done,

as well as an analysis of similar brands, to know their language, elements and

composition in the view of the visual syntax. Through a bibliographical review and a

research with the target consumer, the brand strategy was created, and then, the

briefing. After, some studies in typography, colors and symbols were made to

develop a brand with the proposed meaning, and which served the interests of the

company. With the brand created, the specifications of use were compiled in a brand

manual and the first press applications were created. After that, the virtual layouts

and the lauching strategy of the company were also created. In the end, the budget

for the production of the materials for the business communication was prepared.

Keywords: Brand. Brand Management. Branding, Visual Identity. Brand Manual.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – PROCESSO DE BRANDING ................................................................ 20 FIGURA 2 – IDENTIDADE E IMAGEM ..................................................................... 24

FIGURA 3 – ESTRUTURA DO MODELO DE PLANO DE NEGÓCIOS .................... 28 FIGURA 4 – MÍDIAS DE COMUNICAÇÃO E MÍDIAS SOCIAIS ............................... 30

FIGURA 5 – SÍNTESE E ADAPTAÇÃO DAS METODOLOGIAS .............................. 33 FIGURA 6 – GRÁFICO PERGUNTA 1: QUAL O ESTILO DE CASAMENTO MAIS LHE AGRADA? ......................................................................................................... 37 FIGURA 7 – GRÁFICO PERGUNTA 2: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM BUQUÊ DE NOIVA COM FLORES DE PAPEL? .......................................................................... 37 FIGURA 8 – GRÁFICO PERGUNTA 4 ...................................................................... 38

FIGURA 9 – GRÁFICO PERGUNTA 4.1 .................................................................. 39 FIGURA 10 – GRÁFICO PERGUNTA 4.2: SE NÃO, POR QUÊ? ............................. 39

FIGURA 11 – GRÁFICO PERGUNTA 5 ................................................................... 40 FIGURA 12 – GRÁFICO PERGUNTA 6 ................................................................... 41

FIGURA 13 – GRÁFICO PERGUNTA 7 ................................................................... 41 FIGURA 14 – GRÁFICO PERGUNTA 7.1 ................................................................ 42

FIGURA 15 – GRÁFICO PERGUNTA7.2 ................................................................. 42 FIGURA 16 – GRÁFICO PERGUNTA 8 ................................................................... 43

FIGURA 17 – GRÁFICO PERGUNTA 8.1 ................................................................ 43 FIGURA 18 – GRÁFICO PERGUNTA 8.2 ................................................................. 44

FIGURA 19 – MARCA DA EMPRESA BOHEMIAN BLOOM ..................................... 46 FIGURA 20 – APLICAÇÃO DA MARCA NO SITE DA EMPRESA BOHEMIAN BLOOM ..................................................................................................................... 46 FIGURA 21 – EQUILÍBRIO DA MARCA BOHEMIAN BLOOM .................................. 47

FIGURA 22 – MARCA DA EMPRESA FLOWER THYME ......................................... 48 FIGURA 23 – APLICAÇÃO DA MARCA DA EMPRESA FLOWER THYME EM UMA ETIQUETA ................................................................................................................ 49 FIGURA 24 – EQUILÍBRIO DA MARCA FLOWER THYME ...................................... 50

FIGURA 25 – MARCA DA EMPRESA KC2 DESIGN ................................................ 50 FIGURA 26 – APLICAÇÃO DA MARCA DA EMPRESA KC2 DESIGN NO SITE ..... 51

FIGURA 27 – EQUILÍBRIO DA MARCA KC2 DESIGN ............................................. 52 FIGURA 28 – MAPA MENTAL PARA A CRIAÇÃO DA MARCA DA EMPRESA "DESCOLADOS COLADOS" ................................................................................... 58 FIGURA 29 – PAINEL SEMÂNTICO PARA A CRIAÇÃO DA MARCA DA EMPRESA "DESCOLADOS COLADOS" .................................................................................... 59 FIGURA 30 – FONTES BOLD SELECIONADAS PARA TESTE, HELVETICA, MYRIAD PRO E ALLER ........................................................................................... 61 FIGURA 31 – TESTES DE COR .............................................................................. 62

FIGURA 32 – FLOR EM ESPIRAL ............................................................................ 63 FIGURA 33 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: PRIMEIRA OPÇÃO ....................... 63

FIGURA 34 – CORAÇÃO DE PAPEL, ORIGAMI ...................................................... 64 FIGURA 35 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: SEGUNDA OPÇÃO ....................... 64

FIGURA 36 – ELEMENTOS DE REFERÊNCIA PARA A CRIAÇÃO DA MARCA FINAL ........................................................................................................................ 65

FIGURA 37 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: OPÇÃO FINAL VERTICAL ............ 66 FIGURA 38 – GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: OPÇÃO FINAL HORIZONTAL ...... 66

FIGURA 39 – ALTERAÇÃO NA PERNA DA LETRA "L" DA FONTE ALLER BOLD 67

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FIGURA 40 – COMPOSIÇÃO DO LOGOTIPO E ESPAÇAMENTO ENTRE A LETRA "A" E "L" .................................................................................................................... 67 FIGURA 41 – VERSÕES PRINCIPAL E HORIZONTAL COM SÍMBOLO COM DÉGRADÉ ................................................................................................................ 68 FIGURA 42 – VERSÕES PRINCIPAL E HORIZONTAL COM SÍMBOLO EM CORES CHAPADAS ............................................................................................................... 68 FIGURA 43 – VERSÕES PRINCIPAL E HORIZONTAL EM PRETO OU BRANCO . 69

FIGURA 44 – BASE PARA A MALHA DE CONSTRUÇÃO. ALTURA DE "O" IGUAL A 2X........................................................................................................................... 69

FIGURA 45 – MALHA DE CONSTRUÇÃO VERSÃO PRINCIPAL............................ 70 FIGURA 46 – MALHA DE CONSTRUÇÃO VERSÃO HORIZONTAL ....................... 70

FIGURA 47 – ÁREA DE PROTEÇÃO DA MARCA .................................................. 70 FIGURA 48 – REDUÇÃO MÁXIMA DA MARCA PARA WEB .................................. 71

FIGURA 49 – REDUÇÃO MÁXIMA DA MARCA PARA IMPRESSÃO SUBLIMADA, OFFSET E DIGITAL .................................................................................................. 71

FIGURA 50 – REDUÇÃO MÁXIMA PARA IMPRESSÃO EM SERIGRAFIA ............. 72 FIGURA 51 – ESPECIFICAÇÃO DAS CORES INSTITUCIONAIS: “AZUL DESCOLADO” E “CORAL COLADO”........................................................................ 72 FIGURA 52 – FONTE DO LOGOTIPO: ALLER BOLD .............................................. 73

FIGURA 53 – FAMÍLIA TIPOGRÁFICA INSTITUCIONAL: SOURCE SANS PRO .... 74 FIGURA 54 – PADRÃO DE REPETIÇÃO: CONTORNO DO SÍMBOLO ................... 75

FIGURA 55 – PADRÃO DE REPETIÇÃO: FOLHAS ................................................. 76 FIGURA 56 – PADRÃO DE REPETIÇÃO: LOGOTIPO 1.......................................... 76

FIGURA 57 – PADRÃO DE REPETIÇÃO: LOGOTIPO 2......................................... 77 FIGURA 58 – CAPA MANUAL DE MARCA .............................................................. 78

FIGURA 59 – EXEMPLO DE PÁGINA DE ABERTURA AZUL .................................. 78 FIGURA 60 – EXEMPLO DE DIAGRAMAÇÃO DAS PÁGINAS DE ESPECIFICAÇÕES ................................................................................................... 79 FIGURA 61 – PÁGINA DE ABERTURA CORAL ...................................................... 80

FIGURA 62 – EXEMPLO DE DIAGRAMAÇÃO DAS PÁGINAS DE APLICAÇÕES 80 FIGURA 63 – VERSO DO CARTÃO DE VISITAS. FORMATO 90X55 MM. ESCALA 1:1 ............................................................................................................................ 82 FIGURA 64 – FRENTE DO CARTÃO DE VISITAS. FORMATO 90X55 MM. ESCALA 1:1 ............................................................................................................................ 82 FIGURA 65 – PAPEL DE CARTA. FORMADO A4 (210X297 MM). ESCALA 1:2 ..... 83

FIGURA 66 – ETIQUETA PARA FECHAMENTO DE ENVELOPES. FORMATO 99X33,9 MM. ESCALA 1:1 ....................................................................................... 84 FIGURA 67 – ETIQUETA PARA IDENTIFICAÇÃO FRONTAL DE ENVELOPES. FORMATO Ø 42,33 MM. ESCALA 1:1 ...................................................................... 84

FIGURA 68 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO ENVELOPE OFÍCIO. FORMADO 229X114 MM ............................................................................................................ 85

FIGURA 69 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO ENVELOPE SACO. FORMATO 324X229 MM ............................................................................................................................ 85

FIGURA 70 – ETIQUETA PARA OS PRODUTOS. FORMATO 30X50 MM. ESCALA 1:1 ............................................................................................................................ 86

FIGURA 71 – LENÇOS ............................................................................................. 87 FIGURA 72 – FRENTE E VERSO CAMISETA BRANCA ......................................... 87

FIGURA 73 – AVENTAL AZUL ................................................................................. 88 FIGURA 74 – MODELO DE FRENTE E VERSO CAMISETA PRETA ...................... 89

FIGURA 75 – MODELO DA VERSÃO PRETA PARA O AVENTAL E O LENÇO ..... 89

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FIGURA 76 – SACOLA FRENTE E VERSO ............................................................ 89

FIGURA 77 – RESPONSIVIDADE DO SITE ............................................................. 91 FIGURA 78 – PROGRAMA GERENCIADOR .......................................................... 92

FIGURA 79 – PÁGINA BLOG .................................................................................. 93 FIGURA 80 – MINIESTÚDIO .................................................................................... 93

FIGURA 81 – FOTO PRINCIPAL ............................................................................. 84 FIGURA 82 – FOTO SECUNDÁRIA: FLORES E CABO DO BUQUÊ ....................... 95

FIGURA 83 – FOTOS SECUNDÁRIAS: VISÃO DO CABO DO BUQUÊ .................. 95 FIGURA 84 – PÁGINA PRINCIPAL .......................................................................... 96

FIGURA 85 – LINK PARA AS REDES SOCIAIS ...................................................... 97 FIGURA 86 – CARRINHO DE COMPRA .................................................................. 97

FIGURA 87 – TELA DE CADASTRO: ABERTURA .................................................. 98 FIGURA 88 – TELA DE CADASTRO: INSERÇÃO DE DADOS ............................... 98

FIGURA 89 – APLICAÇÃO DO FAVICON NA ABA DO SITE. FORMATO 16X16 PX .................................................................................................................................. 99

FIGURA 90 – ASSINATURA DE E-MAIL. FORMATO 740X150 PX ......................... 99 FIGURA 91 – EXEMPLOS DE AVATAR. FORMATO 180X180 PX ........................ 100

FIGURA 92 – EXEMPLO DE CAPA DE FACEBOOK ............................................. 100 FIGURA 93 – EXEMPLO DE POST DE FACEBOOK. FORMATO 1000X838 PX . 101

FIGURA 94 – EXEMPLO DE E-MAIL MARKETING. FORMATO 740X500 PX ....... 102 FIGURA 95 – CAIXINHA DE ORIGAMI................................................................... 103

FIGURA 96 – BERÇO INTERNO ACOPLADO ....................................................... 104 FIGURA 97 – LAYOUT ABERTO EMBALAGEM. FORMATO 915X628 MM .......... 105

FIGURA 98 – EMBALAGEM MONTADA: IMPRESSÃO "AZUL DESCOLADO" EM TRÍPLEX 300G/M² .................................................................................................. 105

FIGURA 99 – LAYOUT ABERTO EMBALAGEM: SEGUNDA OPÇÃO DE COR. FORMATO 915X628 MM ........................................................................................ 106

FIGURA 100 – EMBALAGEM MONTADA: IMPRESSÃO PRETA EM KRAFT 300G/M² .................................................................................................................. 107

FIGURA 101 – EMBALAGEM MONTADA: EXEMPLO ARTESANAL. FORMATO 915X628 MM ........................................................................................................... 107

FIGURA 102 – GRÁFICO COMPARATIVO COM A MÉDIA DE POSTAGENS COLETADAS AO LONGO DE TODOS OS DIAS DO ANO DE 2013..................... 111

FIGURA 103 – GRÁFICO COM OS PICOS DE ACESSOS À REDE SOCIAL NAS SEGUNDAS-FEIRAS .............................................................................................. 112

FIGURA 104 – PRIMEIRA CAPA DE FACEBOOK. FORMATO 851X315 PX ........ 112 FIGURA 105 – PRIMEIRO POST DE FACEBOOK. FORMATO 1000X838 PX ...... 113

FIGURA 106 – PÁGINA DE LANÇAMENTO NO FACEBOOK ............................... 114 FIGURA 107 – PÁGINA DE FACEBOOK LANÇADA .............................................. 115

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – ORÇAMENTO DAS APLICAÇÕES IMPRESSAS .............................. 115 TABELA 2 – ORÇAMENTO DAS FERRAMENTAS DIGITAIS ................................ 116

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14 1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 14

1.2 OBJETIVO ........................................................................................................... 15 1.2.1 Objetivos Específicos ...................................................................................... 15

1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 15 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 16 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 18

2.1 VALOR DA MARCA ........................................................................................... 18

2.2 GESTÃO DE MARCAS OU BRANDING ............................................................. 19 2.2.1 Condução da pesquisa .................................................................................... 20

2.2.2 Esclarecimento de estratégia .......................................................................... 22 2.2.3 Design de identidade ....................................................................................... 23

2.2.4 Criação de pontos de contato ........................................................................... 25 2.2.5 Gestão de ativos.............................................................................................. 26 2.3 EMPRESA DIGITAL ............................................................................................ 27

2.3.1 Mídias sociais ................................................................................................... 29 3 METODOLOGIA ................................................................................................... 31

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................... 31 3.2 METODOLOGIA DO PROJETO GRÁFICO ........................................................ 31 4 CONDUÇÃO DA PESQUISA ................................................................................. 35

4.1 COLETA DE DADOS ......................................................................................... 35

4.1.1 Questionário ..................................................................................................... 35 4.1.1.1 Análise dos resultados ................................................................................. 36

4.1.2 Análise sincrônica de projetos similares .......................................................... 44 4.1.2.1 Bohemian Bloom ........................................................................................... 45

4.1.2.2 Flower Thyme ............................................................................................... 48 4.1.2.3 KC2 Design ................................................................................................... 50 5 ESCLARECIMENTO DE ESTRATÉGIA ............................................................... 53

5.1 POSICIONAMENTO DA MARCA ........................................................................ 53

5.2 BRIEFING DA MARCA ....................................................................................... 53 5.3 DEFINIÇÃO DO NOME ...................................................................................... 55 6 DESIGN DE IDENTIDADE .................................................................................... 57

6.1 CONCEPÇÃO ..................................................................................................... 57

6.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ........................................................................ 60 6.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .......................................................................... 68

6.3.1 Assinaturas ....................................................................................................... 68 6.3.2 Malha de construção e área de proteção ......................................................... 69

6.3.3 Redução máxima.............................................................................................. 71 6.3.4 Cores institucionais ......................................................................................... 72

6.3.5 Tipografia ........................................................................................................ 73 6.3.6 Padrões de repetição ...................................................................................... 74

6.3.7 Manual de marca .............................................................................................. 77 7 CRIAÇÃO DE PONTOS DE CONTATO ............................................................... 81

7.1 PAPELARIA ....................................................................................................... 81 7.2 UNIFORME ......................................................................................................... 86

7.3 WEB .................................................................................................................... 91 7.4 EMBALAGEM .................................................................................................... 104 8 GESTÃO DE ATIVOS .......................................................................................... 110

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8.1 LANÇAMENTO DA MARCA NO FACEBOOK ................................................. 111 9 ORÇAMENTO ..................................................................................................... 116 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 119

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 121 VÍDEOS E SITES CONSULTADOS........................................................................ 123

APÊNDICES .......................................................................................................... 124 ANEXO.................................................................................................................... 158

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho de diplomação tem como cliente a microempresa "Descolados

Colados". Idealizada em 2013, presta serviços manuais especializados em buquês e

decoração de papel. Foi criada pela autora deste projeto com o intuito de atender

uma demanda de mercado que tem interesse por produtos diferenciados e

autênticos, assim como a partir da dificuldade encontrada pela mesma em achar

esse tipo de produto nos mercados físico e virtual.

O objetivo do projeto é o desenvolvimento da marca e identidade visual para a

microempresa, utilizando-se das diretrizes do design gráfico em especial, partindo de

um estudo sobre a concepção da imagem, para projetar uma marca forte e que

transmita os valores da microempresa.

Com vistas a um público aberto a produtos inovadores e criativos, a

microempresa vem suprir a necessidade de pessoas que gostam de objetos únicos e

que não os encontram facilmente, principalmente na internet.

O ateliê de criação está na cidade de Piraquara/PR (Rua Mem de Sá, 117,

Jardim Bela Vista). Ao fim do desenvolvimento do trabalho, espera-se cumprir o

objetivo proposto e lançar a microempresa no mercado, com um design de marca

singular e que valorize seus produtos.

1.1 JUSTIFICATIVA

Para Rafaela Cappai (s.d.), mestre em Empreendedorismo Cultural e Criativo

pela Goldsmiths University of London, o momento em que vivemos está propício

para pessoas que têm interesse em trabalhar com o que gostam e possuem talento

para tanto ou, como esclarece, para empreendedores que executam produtos

manuais e personalizados em contrapartida aos produtos feitos em linha de

produção e em grande escala. Segundo a autora, os consumidores estão

valorizando a criatividade, a autenticidade, a personalização, dentre outros atributos

inerentes aos produtos artesanais.

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Cappai (s.d) argumenta que o que favorece a produção criativa é a

democratização das ferramentas de trabalho (que estão mais acessíveis

financeiramente) e também a formação de uma cultura de nicho1.

A microempresa "Descolados Colados" tem o intuito de satisfazer um nicho

de mercado que necessita de produtos únicos e criativos e que não tem fácil acesso

a eles, principalmente na internet.

Outra justificativa importante é a oportunidade de projetar e desenvolver todos

os passos necessários para o planejamento de uma identidade visual, além de

contribuir como fonte de pesquisa para os alunos do curso.

1.2 OBJETIVO

Tendo em vista os estímulos empreendedores, de inovação e de criatividade

aprendidos na Academia, o objetivo principal deste projeto é o desenvolvimento da

marca, identidade visual e branding da microempresa "Descolados Colados", criada

pela autora.

1.2.1 Objetivos Específicos

- Fundamentar teoricamente o processo de branding2 e desenvolvimento de marca;

- Levantar dados sobre as necessidades/preferências do público-alvo;

- Estudar a escolha do nome da empresa;

- Elaborar manual de identidade visual;

- Analisar estratégias de marketing para lançar a empresa no mercado on-line;

- Desenvolver materiais de comunicação e distribuição a partir da marca e das

estratégias escolhidas.

1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Com as justificativas e os objetivos delineados, dividiu-se este trabalho de

diplomação em capítulos, começando pela revisão de literatura, em que foram

1 Cultura de nicho ou nichos de mercado são segmentos ou públicos cujas necessidades particulares

são pouco exploradas ou inexistentes (CAPPAI, s.d.). 2 Conjunto de ações ligadas à administração das marcas (MARTINS, 2006, p. 6).

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abordados assuntos relevantes, como: a construção do valor e da gestão de marca,

definição das estratégias de comunicação, desenvolvimento da identidade visual e a

criação de pontos de contato. Em seguida, foi esclarecida a metodologia de trabalho

e realizada a coleta de dados com o público-alvo que culminou na definição do

briefing, criação do nome da empresa e desenvolvimento da identidade, com suas

especificações e aplicações de forma geral. Por fim, o material de lançamento da

marca e as considerações finais.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

No Capítulo 1 (Introdução), são apresentados o tema do assunto tratado, a

justificativa e os objetivos do projeto.

No Capítulo 2 (Revisão de Literatura), está descrita a fundamentação teórica

aplicada ao projeto, compreendendo as definições acerca do valor da marca, do

processo de branding, da empresa digital e das mídias sociais.

O Capítulo 3 (Metodologia) descreve a metodologia de pesquisa e a aplicada

ao projeto, baseadas nas autoras Maria Luísa Péon e Alina Wheeler.

O Capítulo 4 (Condução da Pesquisa) apresenta a pesquisa realizada com o

público-alvo, a análise dos resultados e uma análise sincrônica das marcas de

empresas semelhantes.

No Capítulo 5 (Esclarecimento da Estratégia), pode-se verificar o

posicionamento e o briefing da marca e os conceitos para definição do nome da

empresa.

No Capítulo 6 (Design de Identidade), estão descritas as etapas para a

concepção da identidade visual, com os processos utilizados para ativar a

criatividade, a escolha da tipografia e cor e as opções de símbolos e arranjos

criados, até a versão final. Nele, são apresentadas as especificações técnicas da

marca, que foram compiladas em um manual de marca.

O Capítulo 7 (Criação de Pontos de Contato) mostra a aplicação da marca em

papelaria, uniformes e meio web e o desenvolvimento da embalagem de produto.

O Capítulo 8 (Gestão de Ativos) apresenta o planejamento de gestão da

marca e o seu lançamento no Facebook.

O Capítulo 9 refere-se ao orçamento do projeto.

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As considerações finais estão no Capitulo 10. Na sequência, referências,

apêndices e anexo.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 VALOR DA MARCA

Há muito tempo, as agências de publicidade defendem a ideia de que a

marca é o que tem mais valor numa empresa, porém, isso só foi percebido pelos

empresários a partir dos anos 80, quando muitas instituições se fundiram ou foram

compradas por grandes empresas, como Nestlé, Philip Morris, Seagram, entre

outras. Kapferer explica que “assistiu-se a uma elevação dos múltiplos (ou prince-

earnings ratio) toda vez que a empresa visada detivesse marcas notoriamente

conhecidas, mesmo que estivesse perdendo dinheiro.” (KAPFERER, 2003, p. 17).

Muitos empresários perceberam o valor das marcas e que este estava

separado do valor líquido da empresa. Sendo assim, a partir dos anos 90, foram

aplicados métodos financeiros para medir o valor da marca ou brand equity.

Martins (2006, p. 8) define marca como sendo

[...] a união de atributos tangíveis e intangíveis, simbolizados num logotipo, gerenciados de forma adequada e que criam influencias e geram valor. Trata-se de um sistema integrado que promete e entrega soluções desejadas pelas pessoas.

Kapferer (2003, p. 19) complementa dizendo que, com o reconhecimento do

valor da marca, passou-se “de uma percepção segundo a qual somente ativos

tangíveis possuíam valor, para uma Era em que se percebe que o verdadeiro capital

de uma empresa é intangível, imaterial e vive em suas marcas”.

Porém, nada é conquistado de maneira definitiva: quando vários produtos ou

serviços passam a ter a mesma qualidade e não apresentam nada de novo e

diferenciado que prenda a atenção, os consumidores arriscam experimentar

diferentes produtos similares. Consequentemente, as marcas tornam-se apenas o

nome do produto. “Ela (a marca) deixa de ser referência, guia e fonte do valor

agregado.” (KAPFERER, 2003, p. 22).

Ainda de acordo com o autor, o risco de uma escolha é percebido na compra

de um bem durável, que traz consequências a longo prazo e tem um preço elevado,

ou de um remédio que demora para fazer efeito, no status social que alguns

produtos proporcionam e principalmente nos gêneros alimentícios. Uma marca forte

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e renomada usufrui de uma taxa de fidelidade e o preço a ser pago por seus

produtos remunera a certeza, a garantia e a eliminação de riscos.

2.2 GESTÃO DE MARCAS OU BRANDING

Quando uma empresa investe na construção de uma marca, o faz com o

desejo de elevar a sua lucratividade, para que seus produtos sejam vistos e tornem-

se referência no mercado. Para Martins (1999), o principal objetivo é aumentar a

percepção de valor que o consumidor tem a seu respeito; porém, a sensibilidade do

consumidor só é atingida quando a compra realiza e satisfaz racional e

emocionalmente suas aspirações. Portanto, “os consumidores não compram

marcas, mas produtos de marca” (KAPFERER, 2003, p. 47).

Para que um consumidor se torne fiel a uma marca, Wheeler (2012) explica

que as empresas passam a encontrar meios de estabelecer uma ligação emocional

com os clientes e buscam tornar-se insubstituíveis e desenvolver uma relação

duradoura. Existe um processo para chegar a esse resultado que é a gestão de

marcas.

A gestão de marcas, também chamada de branding, é um processo disciplinado para desenvolver a conscientização e ampliar a fidelidade dos clientes, exigindo determinação superior e disposição para investir no futuro. A ideia da gestão das marcas é aproveitar todas as oportunidades para expressar o porquê as pessoas deveriam escolher uma marca, e não outra. O desejo de liderar, de superar a concorrência e de dar aos colaboradores as melhores ferramentas para se comunicarem com os clientes é o motivo pelo qual as empresas utilizam a gestão de marcas. (WHEELER, 2012, p. 16).

Segundo a mesma autora, a gestão da marca pode ser assim tipificada:

cobranding, quando uma marca faz parceria com outra, para assim atingir um

público maior; gestão de marcas digital (ou digital branding), que é aquela que

impulsiona o comércio via internet, web, mídias sociais e sites; marca pessoal, modo

de construção e manutenção da reputação de uma pessoa; marcas de causa,

associação de uma marca com uma causa beneficente, responsabilidade social ou

corporativa; e marca de um país, associada aos esforços para atrair turistas e

empresas.

Wheeler (2012) esquematiza o processo de gestão em cinco, a seguir, como

pode ser visualizado na figura 1.

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Figura 1 – Processo de Branding Fonte: Wheeler (2012, págs. 16 e 17).

A figura acima, retirada do livro da autora Wheeler (2012), esquematiza a

sequência do processo: em amarelo “1: condução da pesquisa“, em laranja “2:

esclarecimento da estratégia”, em verde “3: design de identidade”, em rosa “4:

criação de pontos de contato” e em roxo “5: gestão de ativos”. Etapas estas que

serão aprofundadas no decorrer deste projeto.

2.2.1 Condução da pesquisa

Nesta primeira parte, é realizada uma coleta de dados sobre a empresa.

Wheeler (2012) explica que antes de coletar dados com os stakeholders3,

primeiramente busca-se conhecer a empresa por meio de sua missão, visão,

declaração de valores, organograma, planos de negócio, levantamentos de

funcionários, histórico, relatórios anuais, ou seja, todo material pertinente sobre a

instituição. Para a autora, ouvir e ter o poder de síntese facilitam o processo,

principalmente, saber o que a empresa almeja para o futuro. “O núcleo do processo

criativo para uma nova identidade está em ouvir a visão e as estratégias para o

futuro da organização” (WHEELER, 2012, p. 113).

Posteriormente a essa etapa, segundo a mesma autora, segue-se para uma

entrevista com os stakeholders: acionistas (ou investidores), conselho de

administração, funcionários (ou clientes internos), clientes (ou prospects),

fornecedores, alianças estratégicas (ou parceiros), publico em geral, organizações

reguladoras, entre outros. Para Wheeler, a entrevista deve acontecer principalmente

com os gerentes, a fim de investigar suas necessidades, percepções de mercado e

de produção e planejamentos.

Para Wheeler (2012), no momento da entrevista, ouvir os colaboradores

falando da empresa proporciona um valioso insight sobre a voz, o ritmo e a

3 Do inglês "partes interessadas".

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personalidade de instituição. Para ela, ideias e estratégias inéditas podem aparecer

no decorrer de uma entrevista.

Para compor essa primeira fase do processo, são realizadas pesquisas de

mercado, sejam elas qualitativas, que revelam as percepções, crenças, sentimentos

e motivação dos clientes, ou quantitativas, que proporcionam dados estatisticamente

válidos sobre o mercado. Uma boa pesquisa serve de alavanca para mudanças.

Com a coleta, interpretação e avaliação dos dados, é possível entender o que afeta

a preferência dos consumidores.

São realizados também testes de usabilidade, que trabalham com as

experiências dos clientes com um determinado produto, verificando os pontos fortes

e fracos destes, para adaptá-los às necessidades reais dos consumidores, assim

como são feitas auditorias.

Primeiramente uma auditoria de mercado, no caso de uma instituição que

está revitalizando ou reposicionando-se, com a intenção de selecionar o que

funcionou bem e teve sucesso e verificar o que não funcionou, para poder corrigir no

futuro. Em seguida, uma auditoria da concorrência, que faz uma coleta de dados da

mesma, examina sua marca, taglines4, anúncios e sites. Para Wheeler (2012), uma

boa maneira de analisar a concorrência é sendo seu cliente, o que proporciona

saber quais as vantagens e desvantagens nos serviços oferecidos por eles. E por

fim auditoria de linguagem (ou auditoria de voz, auditoria de mensagem e auditoria

de conteúdo) que, segundo a autora, normalmente as empresas só utilizam após

terem criado um novo programa de identidade de marca, já que se trata de uma

observação do cruzamento entre a experiência do cliente, o design e o conteúdo. No

final, realiza-se o relatório de auditoria, que serve de instrumento de avaliação,

proporcionando grandes ideias e entendimentos súbitos,

[...] o relatório de auditoria é um valioso instrumento de avaliação para a alta gerência e um instrumento crucial para que a equipe de criação produza um trabalho responsável e diferenciado. É uma ferramenta usada como referência ao longo de todo o processo. (WHEELER, 2012, p. 124).

Ainda segundo a autora, o objetivo das auditorias é um sistema de identidade

mais estratégico e com mais foco.

4 "[...] é uma frase curta que captura a essência, a personalidade e o posicionamento da marca de

uma empresa e a diferencia de seus concorrentes" (WHEELER, 2012).

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2.2.2 Esclarecimento de estratégia

Com os dados coletados na primeira fase do processo descritos por Wheeler

(2012), é necessário focar, parar para pensar no que a empresa é e porque ela

existe, isto é, revelar qual é a sua verdadeira essência para chegar a uma grande

ideia.

A mesma autora afirma que, quando há clareza do foco, parte-se para o

briefing da marca baseado na identificação das características desta, na afirmação

clara da visão e missão, em uma lista dos principais produtos, na seleção de três

concorrentes, na afirmação concisa da vantagem competitiva da empresa, no

mercado-alvo, na proposta de valor e principalmente na lista dos principais

stakeholders.

Para Wheeler (2012), os melhores briefings são os mais sucintos, que

definem cada item concisamente. Por fim, eles “são o resultado do melhor

pensamento e da capacidade de haver acordo sobre os atributos de marca e seu

posicionamento” (WHEELER, 2012, p. 130).

Por posicionamento, Kapferer (2003) explica ser a evidência das

características distintivas, de um produto ou serviço, em relação à concorrência, e

essas diferenças são motivadoras para o público. Ainda para o autor, uma maneira

de estabelecer o posicionamento se faz por meio da análise de algumas perguntas,

como: o por quê da existência da marca, qual a promessa, o benefício que o

consumidor teria se a usasse; para quem ela foi feita ou qual o objetivo dela, que se

refere a classe social ou faixa etária dos principais consumidores; quando da

utilização da marca, em qual ocasião, à noite ou de dia ou nos fins de semana; e

contra quem a marca está, trata-se de um contexto competitivo em que são definidos

os principais concorrentes, que talvez possam atrair a sua clientela.

Segundo o autor, para o consumidor, toda escolha de produto é comparativa

e só pode ser analisada quando ele tiver que escolher. Responder às perguntas

listadas possibilita à empresa saber ou estabelecer a qual categoria se quer estar

ligado e qual é a diferença essencial da marca, o que faz dela única em comparação

as outras de mesma categoria.

Com o posicionamento estabelecido, parte-se para um último passo no

esclarecimento de estratégia: a escolha do nome. A seguir uma definição das

características de um bom nome, segundo Wheeler (2012).

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O nome certo é atemporal, não cansa, é fácil de dizer e lembrar; ele representa alguma coisa e facilita as extensões da marca. Seu som tem ritmo, ele é fantástico no texto de e-mail e no logotipo. Um nome bem escolhido é um ativo de marca fundamental e está sempre trabalhando. (WHEELER, 2012, p. 30).

A autora explica que muitos são os desafios em dar nomes. Primeiro na

escolha, muitos quesitos estão envolvidos nessa tarefa, por exemplo, alinhar o nome

com as metas de posicionamento, as necessidades do público-alvo, os nomes dos

concorrentes e principalmente disponibilidade dentro de um setor. Tendo isso em

mente, parte-se para a etapa das ideias, com a escolha de técnicas de

brainstorming, sua aplicação e seleção das alternativas mais pertinentes.

Com essa escolha faz-se testes, pronunciando em voz alta, em assinaturas

de e-mail, encaixando-o em frases, enfim, utilizando o nome em diversos materiais

para averiguar se não há duplo sentido e se ele se enquadra no contexto da

empresa.

Segundo Kapferer (2003, p. 128), “para fazer uma marca forte, pode-se tomar

qualquer nome (ou quase) e manter uma constância no tempo para dar sentido a

esse nome, o sentido próprio da marca”. O autor ainda complementa que o objetivo

é ser diferente, não óbvio, pois o significado se constrói em pouco tempo.

2.2.3 Design de identidade

Esta etapa do branding inicia-se após as duas primeiras serem concluídas. É

um processo de síntese de todas as informações coletadas unidas com imaginação

estratégica, intuição, excelência de design e experiência. Seja no novo design de

uma nova marca ou no redesenho de uma já estabelecida, o objetivo é o mesmo, o

de manter a essência das características da empresa (WHEELER, 2012).

Kapferer (2003) conta que, antigamente, falava-se em imagem da marca e

que esse termo foi substituído por identidade de marca. Segundo ele, a imagem

tratava-se de um conceito de recepção de uma mensagem e os estudos eram

baseados na forma como o público recebia e decodificava a mensagem de um

produto, uma marca, um político ou um serviço. Já a identidade tem o objetivo de

informar sua mensagem, explicar o que ela significa, para depois ser decodificada a

imagem.

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A identidade é um conceito de emissão. Trata-se de especificar o sentido, o projeto, a concepção que a marca tem de si mesma. A imagem é um resultado, uma decodificação. Sob um plano administrativo, a identidade precede a imagem. Antes de ser representada na imaginação do público, é preciso saber o que se deseja apresentar. Antes de ser captada, é preciso saber emitir. (KAPFERER, 2003, p. 86).

Quando os consumidores identificam-se com a identidade da marca, ela pode

passar a fazer parte de suas vidas, e muitas vezes possibilitando informar as outras

pessoas como ela quer ser vista.

As marcas podem servir como dispositivos simbólicos que permitem aos consumidores projetar sua autoimagem. Certas marcas são associadas à utilização por certos tipos de pessoas e, assim, refletem diferentes valores ou ideias. Consumir tais produtos é um meio pelo qual os consumidores podem comunicar a outros – ou até a si próprio – o tipo de pessoas que são ou que gostariam e ser. (KELLER; MACHADO, 2006, p. 7).

Sendo assim, é necessário manter uma constância na mensagem que se

quer passar, para que os clientes que já se identificaram com ela não fiquem

desapontados. Kapferer (2003) explica e esquematiza na figura 2 que a imagem da

marca é uma resultante da síntese e decodificação de todos os sinais emitidos,

sejam eles nome, símbolos visuais, produtos, propagandas, patrocínios ou textos

bem escritos.

Figura 2 – Identidade e imagem Fonte: Kapferer (2003, p. 87).

Na figura da página anterior, verifica-se que, além da identidade de marca ser

um emissor, outros fatores ocorrem simultaneamente e podem influenciar

diretamente na imagem da marca, denominados por Kapferer (2003, p. 87) de

“fatores parasitas” que são classificados como mimetismo, oportunismo e idealismo.

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A falta de uma concepção clara da própria identidade acaba por fazer a

empresa focalizar nas estratégias de seus concorrentes e, consequentemente, imitá-

los em alguns aspectos: é o que o autor chama de mimetismo.

Outro erro, e distanciamento da identidade de marca, é querer ser o que o

público quer e deixar de ser o que realmente é, isto é, adaptar-se ao público

deixando de lado a essência da empresa. Segundo Kapferer (2003), a marca torna-

se oportunista quando se baseia na moda do momento, não tem uma base, seu

significado se perde e o futuro acaba sendo incerto.

Por idealismo, o autor diz ser aquela identidade definida, mas não praticada.

Com o tempo a marca não criou raízes, não disse a que vinha, fica desacreditada e

passível de rejeição.

Kapferer (2003) explica que a nova concepção de identidade visa evitar essas

três derivações de comunicação. Se no lançamento a marca é somente um nome,

com o tempo ela ganha autonomia e sentido próprio. O autor ainda lembra de que

para manter a identidade não é necessário congelar-se e desconectar-se do público,

porém, a obsessão pela imagem leva a privilegiar o parecer ao ser.

Portanto, o minucioso trabalho do designer nessa fase está em exprimir a

identidade da marca por meio dos diversos elementos que a representam (símbolo,

logotipo, forma de assinatura, fonte tipográfica, cores, som da marca (seja num jingle

ou na música que toca no site quando as pessoas o acessam)), baseando-se

sempre nas pesquisas preliminares, nos valores e nas características da empresa.

Para completar o design de identidade, são realizadas aplicações de testes,

para verificar a eficácia das extensões da marca e a sua apresentação para a

empresa.

2.2.4 Criação de pontos de contato

Nesta fase do processo de administração de marcas é que a identidade visual

se estabelece. Na fase anterior, foram feitas aplicações hipotéticas a fim de esboçar

para a empresa a aplicação da marca e ajudar a vender os principais conceitos.

Agora as opções oferecidas são refinadas e os padrões são definidos.

Nesse item, são listados os pontos de contatos materiais ou interfaces, que

vão intermediar a empresa com seus clientes, fornecedores e colaboradores: cartões

de visitas, papéis de cartas ou timbrados, páginas de site, embalagens,

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propagandas, sinalização, fachadas, enfim, tudo que leve o nome da empresa até o

público final.

De acordo com Wheeler (2012), independente da mídia de aplicação, é

necessário que todas estejam sintonizadas e em harmonia. O trabalho do designer é

encontrar o ponto certo entre flexibilidade de expressão e consistência na

comunicação.

Em se tratando de critérios legais, é nesse momento que a empresa contrata

advogados e especialistas, para verificar se existem nomes, marcas, taglines ou

qualquer material igual na concorrência, para que no futuro a empresa não sofra um

processo por plágio.

Posteriormente, faz-se o registro da marca. Para Wheeler (2012, p. 155),

“quanto mais diferente uma identidade for da identidade dos seus concorrentes, mais

fácil é proteger a identidade do ponto de vista jurídico”. Para a autora, a fim de se

evitar litígios futuros, quase tudo pode ser registrado: nomes, símbolos, logotipos,

taglines, slogans, design de embalagens e de produtos, cores e sons.

No Brasil, o registro de marcas e patentes é realizado pelo Instituto Nacional

de Propriedade Intelectual (INPI) e é regulamentada pelo Código de Propriedade

Industrial, Lei 5.772, de 21 de dezembro de 1971 (WHELLER, 2012).

2.2.5 Gestão de ativos

Esta é a ultima etapa do processo de branding. Wheeler (2012) explica que,

embora custosa e trabalhosa, a criação da identidade da marca foi a parte mais fácil

do processo, que agora vai tomar forma no mercado.

Primeiramente, a identidade de marca tem que ser apresentada, aos

colaboradores da empresa e seus principais stakeholders. Para a autora, o sucesso

duradouro de uma marca é diretamente influenciado pela forma como os

colaboradores compartilham e estão envolvidos com o seu significado. Outro ponto

importante é a criação de padrões e diretrizes para garantir que futuramente as

aplicações sigam a proposta inicial: um exemplo é o manual de identidade de marca.

Tendo isso feito, prepara-se para o lançamento da identidade. Para Wheeler

(2012), esse momento é uma boa oportunidade para construir consciência de marca

e sinergia, optando por uma estratégia que envolva um grande evento, campanhas

em várias mídias ou mais singela, aproveitando oportunidades em reuniões,

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apresentando um novo cartão de visitas ou enviando um comunicado para cada

cliente, colega ou fornecedor. O importante é planejar um momento propício e

comunicar sobre a marca.

Em síntese, a gestão de ativos preocupa-se com a reputação da marca,

normalmente com uma equipe interna da empresa que trabalha, para manter e

comunicar seu significado, elaborando estratégias de marketing, assim como

determinando e fiscalizando os padrões.

2.3 EMPRESA DIGITAL

Empresas digitais são empresas que estão na internet. São acessadas por

meio de um site (endereço eletrônico), em que são encontradas informações

institucionais e também podem ser realizadas compras, as chamadas e-commerces.

O comércio on-line ou e-commerce é uma prática relativamente nova, porém,

está crescendo muito nos últimos anos no Brasil. Segundo Felipini (2012, p. 7), “o

faturamento anual do e-commerce evoluiu de R$ 0,54 bilhão, em 2001, para R$ 18,7

bilhões em 2011”. O autor ainda complementa que foi um crescimento de 3.362%,

sendo que este faturamento está relacionado ao “e-commerce puro”, ou seja, não

são consideradas vendas de automóveis, leilões e passagens aéreas.

Uma grande vantagem na criação de uma empresa digital é que ela demanda

menos investimento financeiro para ser aberta, quando comparada a uma física.

Felipini (2012) estima que, para abrir uma loja em uma rua ou em um shopping,

gasta-se em torno de 100 mil reais; em contrapartida, a abertura de uma loja virtual

custa aproximadamente 5 mil reais e pode começar a vender mesmo que o negócio

não esteja totalmente estruturado, como cita:

[...] diferentemente de uma empresa tradicional, em que o início das operações ocorre somente com o empreendimento totalmente estruturado, um negócio na internet pode ser implantado em etapas, o que dilui o investimento e facilita a correção de erros. [...] Na internet, você pode montar um site de conteúdo, com ou sem sua marca definitiva, testar a aceitabilidade de seu modelo de negócio e produtos, avaliar a visitação e, somente depois, começar a vender. (FELIPINI, 2012, p. 6).

Fagundes (2004) aponta que, com a internet, o fato de uma empresa ser

grande ou pequena passou a ser irrelevante, o que realmente tem valor é se ela é

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confiável, se é ágil na entrega de seus produtos e se trata com segurança as

informações dos clientes.

De acordo com o mesmo autor, independente da localização física da

empresa, o comércio na web permite uma empresa ficar aberta 24h por dia, sete

dias por semana, com a possibilidade de manter contato direto com seus clientes,

assim como possibilita pessoas de todas as regiões do mundo terem acesso aos

seus produtos, informações e promoções.

Contudo, embora existam muitas facilidades para ingressar no comércio on-

line, quando se trata da parte administrativa, é necessário ter todas as preocupações

de uma empresa física, por exemplo, definir público-alvo, posicionamento e

estratégias de marketing, ou seja, um plano de negócios5 bem definido. Na figura 3,

Felipini (2012) estrutura de forma sintética um modelo de plano de negócios.

Figura 3 – Estrutura do modelo de plano de negócios Fonte: Felipini (2012, p. 16).

Responder às perguntas listadas na figura 5 e estruturar um plano de

negócios auxiliam na primeira etapa do processo de branding, assim como em todo

o desenvolvimento, igualmente necessário no meio on-line e chamado de digital

branding.

Por meio do site, o cliente tem o primeiro contato com a marca e as

informações da empresa; portanto, um site eficiente permite um consumidor realizar

uma busca ou uma compra com facilidade. Para Wheeler (2012), as informações

devem estar escritas de forma clara e concisa, é preciso planejamento para criar

uma ordem lógica das informações, usar uma terminologia de conhecimento padrão,

assim como utilizar exemplos e ilustrações que permitam ajudar na navegação.

5 Plano de negócios "é basicamente um instrumento de planejamento, no qual as principais variáveis

envolvidas em um empreendimento são apresentadas de forma organizada". (FELIPINE, 2012, p. 14).

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Com o plano de negócios pronto, o site bem planejado e funcionando, é

necessário comunicar que ele existe e trazer visitantes. Um bom canal para atrair o

público é a inserção do e-commerce em sites de busca. Felipini (2012) estima que

um terço das visitas às lojas virtuais são originadas em sites de busca, como

Google, Yahoo e MSN, e baseado em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos

afirma que cerca de 50% dos consumidores de e-commerces pesquisam seus

produtos nesses sites.

Para os que já são clientes, uma forma de manter contato são os e-mails

marketing, anúncios enviados com autorização para seus correios eletrônicos,

comunicando novidades e promoções.

Outra ferramenta importante são as mídias sociais, definida no próximo

tópico.

2.3.1 Mídias sociais

Para que existam as mídias sociais, primeiramente deve haver uma rede

social.

Nós definimos redes sociais (social network sites) como serviço baseado na web que permitem aos indivíduos (1) construírem um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema interligado, (2) articularem uma lista de outros usuários com quem eles compartilham uma conexão e (3) verem e cruzarem a sua lista de conexões e aquelas feitas por outros dentro do sistema. A natureza e nomenclatura dessas conexões podem variar de site para site. (BOYD & ALLISON, 2007 apud LIMA JÚNIOR, 2009, p. 97).

Com uma rede de pessoas interligadas pela internet, Lima Júnior (2009)

argumenta que elas conseguem ver e mostrar informações, ou seja, visualizar e

compartilhar notícias que acham interessantes.

A mídia social conectada é um formato de comunicação mediada por computador (CMC), que permite criação, compartilhamento, comentário, avaliação, classificação, recomendação e disseminação de conteúdos digitais de relevância social de forma descentralizada, colaborativa e autônoma tecnologicamente. Possui como principal característica a participação ativa (síncrona e/ou assíncrona) da comunidade de usuários na integração de informações (LIMA JÚNIOR, 2009, p. 97).

Com os usuários sendo ativos na internet, o processo de comunicação com

os clientes deixou de ter mão única, agora eles interagem com a empresa podendo

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compartilhar informações sobre um produto ou serviço e recomendá-lo ou não a sua

rede de amigos. “As mídias sociais combinam o alcance potencialmente mundial das

notícias com o toque pessoal da recomendação de um amigo.” (LEE AASE apud

WHEELER, 2012, p. 79).

Na figura 4, Wheeler (2012) mostra a diferença de uma mídia de comunicação

de mão única, por exemplo, um site e um e-mail marketing e as mídias sociais.

Figura 4 – Mídias de comunicação e mídias sociais Fonte: Neil Perkin (apud WHEELER, 2012, p. 82).

Vendo a figura acima é possível perceber que os consumidores ou

simpatizantes de uma marca passam a ter o poder de participar da propaganda da

empresa, muitas vezes utilizando uma linguagem própria para influenciar negativa

ou positivamente seus amigos, sendo portanto um cocriador do conteúdo criado pela

empresa.

Com isso, a fim de promover a marca no meio on-line, será investido em

mídias sociais, tanto na divulgação da marca e dos produtos com informações

atrativas e que levem o público a compartilhá-los com seus amigos, assim como

estabelecer um ponto de contato direto com os clientes, incluindo-os no dia a dia da

empresa.

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3 METODOLOGIA

Este projeto tem como problema a ser solucionado a criação e gestão da

marca da empresa "Descolados Colados". Para tanto, foram utilizadas as

metodologias de pesquisa e de projeto a seguir.

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA

Segundo a descrição de Moresi (2003), a metodologia de pesquisa utilizada

classifica-se como aplicada, porque gera conhecimentos para a aplicação prática

com a intenção de resolver um problema específico, sendo seus fins exploratórios,

por se tratar de uma área em que a autora do projeto tem pouco conhecimento

acumulado; e descritiva, por expor características de determinada população,

utilizando dados coletados destas, para explicar alguns fenômenos.

Os meios de investigação deram-se por: pesquisas bibliográficas, que Moresi

(2003) explica ser um estudo baseado em material publicado em livros, revistas,

jornais, redes eletrônicas, ou seja, que pode ser acessado pelo público em geral; e

pesquisa de campo, feita com o público-alvo por meio de questionários com uma

abordagem qualitativa, que leva em consideração a percepção dos entrevistados e

possibilita à equipe de design "entender porque as coisas são como são"

(AMBROSE; HARRIS, 2011 p. 185).

3.2 METODOLOGIA DO PROJETO GRÁFICO

Por se tratar do desenvolvimento de uma marca de uma empresa que tem

fins lucrativos, ou seja, que venderá produtos para um determinado público, o projeto

leva em consideração outros elementos, além do sistema de identidade visual, como

uma análise do público-alvo, a administração e o gerenciamento estratégico da

marca com o consumidor final. Buscou-se, então, alinhar o processo de branding

proposto pela autora Alina Wheeler (2012), no livro “Design de Identidade da Marca”,

com a metodologia projetual de Maria Luísa Péon (2009) em seu livro “Sistema de

Identidade Visual”.

A metodologia de projeto de Wheeler (2012, p. 100), a qual ela chama de

processo, "é definido por fases distintas, com pontos de partida e de chegada

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lógicos, o que facilita a tomada de decisão nos intervalos apropriados", está dividido

em cinco etapas: condução da pesquisa, esclarecimento de estratégia, design de

identidade, criação de pontos de contato e gestão de ativos, como detalhadamente

descrito na revisão de literatura.

A autora cita algumas vantagens competitivas na utilização do processo:

● Assegura que está sendo usado um método comprovado para obter resultados de negócios.

● Acelera o entendimento e a aprovação do investimento necessário em tempo e recursos.

● Gera segurança e confiança na equipe de identidade. ● Posiciona a gestão do projeto como inteligente, eficiente e com boa

relação custo/benefício. ● Constrói credibilidade e fortalece as soluções de identidade. ● Define expectativas em relação à complexidade do processo. (WHEELER,

2012, p. 101).

Panizza (2004), também defende a ideia de processo em comunicação visual:

[...] o design gráfico, como uma forma de comunicação visual, não é a mensagem em si, e sim o processo pelo qual esta é obtida. Deve-se frisar “processo” já que, muitas vezes, confunde-se design com algo que não o é: para que seja design, deve haver um plano, uma estratégia, um projeto por detrás desta mensagem visual. (PANIZZA, 2004, p. 41).

Péon (2009) afirma que a metodologia é uma ferramenta necessária para o

desenvolvimento de um objetivo, assim como serve para auxiliar na resolução de um

problema. Sua metodologia de trabalho está dividida em fases e etapas que se

sucedem cronologicamente. São elas: problematização, concepção e especificação.

Na problematização, diagnostica-se a situação do projeto por meio da coleta e

análise de dados. Péon (2009) explica que essa é uma etapa essencial, pois se não

for bem realizada pode comprometer o resultado final.

Na concepção, ocorre a geração de alternativas a partir dos requisitos e

restrições levantadas e as alternativas são agrupadas entre si pelo partido, ou seja,

o parâmetro que motivou a solução. Define-se o partido que será aperfeiçoado e

escolhe-se a solução preliminar, que é submetida a pesquisas para completar a

etapa de validação. Por fim, a solução é apresentada para a empresa, e caso o

objetivo não tenha sido alcançado o processo de concepção é recomeçado.

Nas especificações, definem-se todas as particularidades da marca em forma

de um manual de aplicação. Para a autora, o designer responsável precisa ficar

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atento à exatidão, clareza e propriedade das informações técnicas, a fim de evitar

erros futuros de aplicação.

Péon (2009) ainda adverte sobre os riscos de um projeto sem metodologia:

É possível o desenvolvimento de um projeto sem uso de uma metodologia, mas certamente isso ocorrerá de forma mais difícil, truncada, cansativa. Também é possível que o projeto, desenvolvido dessa forma, resulte numa boa solução – mas a possibilidade de erros e imprevistos é bem maior, já que a ausência de metodologia leva também à ausência de controle das variáveis envolvidas e a ocorrência de distrações e omissões. (PÉON, 2009, p. 50).

A figura 5 apresenta uma síntese e adaptação das etapas do processo de

Wheeler (2012), relacionadas com as fases da metodologia de Péon (2009).

Figura 5 – Síntese e adaptação das metodologias Fonte: a autora a partir de Wheeler (2012) e Péon (2009).

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A coluna da direita na figura 7 corresponde à sequência de etapas que

envolveu particularidades das metodologias de ambas as autoras e foi adaptada às

possibilidades e necessidades deste projeto. Na primeira fase (na cor laranja),

realiza-se a pesquisa com a empresa e o público-alvo e faz-se a análise da

concorrência, a fim de esclarecer o posicionamento da marca e elaborar um briefing

de criação, que culmina na criação do nome da mesma.

Na segunda fase (em roxo), a partir do briefing previamente elaborado,

projeta-se a identidade da marca e alinha-se a nova identidade com as possíveis

aplicações.

Na última fase (em azul), a identidade é estabelecida e registrada, e a partir

das definições dos padrões de uso da marca em um manual são desenvolvidas as

aplicações necessárias e o lançamento da marca no meio on-line.

A aplicação desses passos no desenvolvimento do trabalho seguiu a

nomenclatura de Wheeler (2012), por estar didaticamente ligado ao processo de

branding.

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4 CONDUÇÃO DA PESQUISA

Nesta primeira etapa do processo, fez-se a coleta de dados a partir da

empresa, do público-alvo e da análise de marcas concorrentes.

4.1 COLETA DE DADOS

Para o processo de branding e a elaboração da marca, foram utilizados dados

da empresa, como histórico, missão, visão e valores (disponibilizados no apêndice

A). Para a pesquisa de campo, a princípio pensava-se em realizar um questionário

pessoalmente impresso em papel, porém, analisada outra alternativa, optou-se por

disponibilizá-lo via internet. Conforme Malhotra (apud VERGARA, 2012), a utilização

dos meios eletrônicos possibilita que visitantes de determinados sites (por exemplo,

de mídias sociais) façam aumentar o número de respondentes, assim como a área

de abrangência. Tratando-se de uma empresa on-line, esse diferencial tornou-se

importante. Sendo assim, o questionário foi criado no site “www.typeform.com”6 e

seu endereço eletrônico (link) disponibilizado no período de 7 a 10 de agosto de

2014 na página do Facebook7 da autora.

Por público-alvo, no que se refere ao comércio, Keller e Machado (2006)

explicam ser as pessoas que tenham motivação, capacidade e oportunidade de

comprar um produto; portanto, o público-alvo da pesquisa são pessoas que tem

interesse em adquirir um buquê artesanal feito de papel (principalmente noivos),

com acesso à internet e confiança em realizar uma compra via web.

4.1.1 Questionário

O autor Severino (2007, p. 125) define questionário como sendo

[...] um conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo.

6 Site que permite montar formulários on-line gratuitamente.

7 Um tipo de mídia social.

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Com isso, o propósito do questionário deste projeto é, a partir de um público-

alvo amplo, conhecer e definir melhor o público-alvo da empresa. De acordo com

Severino (2007), as questões aplicadas classificaram-se como fechadas, já que as

respostas foram previamente definidas pela pesquisadora, sendo que apenas uma

questão era aberta, ou seja, o participante elaborava a resposta.

Para saber o perfil dos possíveis consumidores, foi perguntado qual estilo de

casamento mais lhes agradava, segundo a definição feita pelo site “Delas”8, sendo

eles: informal, íntimo, moderno9, tradicional e luxuoso. A intenção foi a de descobrir

se o público estava suscetível a utilizar um produto diferente e ao mesmo tempo

simples em sua festa, o que provavelmente não aconteceria em um casamento

luxuoso.

Para fazer uma análise de concorrência e saber se o público tinha alguma

empresa de referência, foi perguntado se eles conheciam o produto (buquê com

flores de papel) e, em forma de pergunta aberta, os participantes poderiam escrever

o nome da empresa que o comercializava. Já para saber a aceitação do produto foi

questionado se comprariam esse tipo de buquê: se sim ou se não, por qual motivo. A

pergunta tinha a possibilidade de marcar mais de uma resposta.

Com o intuito de descobrir o que diferencia os buquês de papel se

comparados aos de flores naturais, foram apontadas vantagens e desvantagens dos

buques artesanais.

Por fim, como se trata de uma empresa on-line, os entrevistados foram

questionados se comprariam esses produtos pela internet (sim ou não),

investigando-se o porquê, e se compartilhariam as imagens deles em suas redes

sociais, para saber se o marketing por meio deste canal seria possível. As questões

estão disponíveis no apêndice B.

4.1.1.1 Análise dos resultados

Como dito anteriormente, o questionário foi realizado no site Typeform e

distribuído por meio de um link10 disponibilizado na página do Facebook da autora. O

8 Site Delas | Noivas. Disponível em: <http://delas.ig.com.br/noivas/teste-que-tipo-de-festa-de-

casamento-mais-combina-com-voce/n1237892630627.html>. Acesso em: 2 ago. 2014. 9 Neste contexto, moderno faz referência a um estilo de casamento atual ou contemporâneo.

10 Link de acesso aos questionários: <https://ludmilapimenta1.typeform.com/to/FGgpj9>.

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período escolhido para fazer a análise foi desde as 9h da manhã do dia 7 de agosto

até às 16h do dia 10 de agosto de 2014, que resultou em um total de 60 pessoas

participantes. Para a ilustração das respostas, foram utilizados os gráficos

disponibilizados pelo site utilizado.

A primeira pergunta, que se refere à preferência dos entrevistados quanto ao

estilo de casamento, revelou que a maioria (43%) prefere um casamento moderno,

que tenha um pouco das tradições, mas não as segue à risca, e a festa é bastante

interativa com os convidados, acabando por ser muito divertida (definição do site

Delas). Em segundo lugar (26%), a preferência é pelos casamentos tradicionais, que

segue todas as etiquetas, como pode ser visto na figura 6. Na sequência, os

casamentos íntimos (14%), informais (10%) e luxuosos (7%).

Figura – 6 Gráfico pergunta 1: Qual o estilo de casamento mais lhe agrada? Fonte: autoria própria, 2014.

Na segunda pergunta (figura 7), pode-se verificar que um pouco mais da

metade (52%) dos entrevistados já conhecia os buquês artesanais, porém, nenhum

deles soube informar na pergunta aberta uma empresa que fizesse esse produto.

Figura 7 – Gráfico pergunta 2: Você já ouviu falar em buquê de noiva com flores de papel? Fonte: autoria própria, 2014.

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Mesmo algumas pessoas não tendo conhecimento do produto, a maioria

(78%) o compraria para si ou presentear alguém, o que mostrou uma boa aceitação

do produto, como pode ser observado na figura 8.

A pergunta três não gerou gráfico, pois era uma questão aberta e nenhum dos

entrevistados soube o nome de uma empresa que desenvolvesse buquês

artesanais.

Figura 8 – Gráfico pergunta 4 Fonte: autoria própria, 2014.

Na sequência, os participantes poderiam justificar sua resposta (sim ou não) e

marcar mais de uma alternativa para ela. Os que foram favoráveis à compra dos

buquês artesanais motivaram-se principalmente por achá-los criativos (17%),

diferentes (13%), bonitos (11%), por gostarem de artesanato (9%) e por ser

modernos e benfeitos (ambos com 8%). Os participantes também os comprariam por

serem diferentes dos tradicionais e coloridos (ambos com 7%), elegantes (6%),

delicados e inovadores (ambos com 5%), assim como por gostarem de produtos

feitos de papel (3%). Gráfico na figura 9.

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Figura 9 – Gráfico pergunta 4.1. Fonte: autoria própria, 2014.

Já os que não comprariam (13 pessoas), sete marcaram ter preferência por

buquês de flores naturais; cinco marcações foram por não ter motivos; uma por não

gostar de artesanato; uma para outro motivo, mas não o especificou; e uma os

achou esquisitos. Como pode ser visto na figura 10, essa questão tinha a

possibilidade de marcar mais de uma resposta.

Figura 10 – Gráfico pergunta 4.2: Se não, por quê? Fonte: autoria própria, 2014.

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Os entrevistados foram indagados sobre as vantagens de o buquê de papel

se comparado aos buquês tradicionais. Neste item, todos responderam a questão,

como pode ser visto na figura 11. Os participantes poderiam marcar mais de uma

alternativa e a maioria acusou ser uma vantagem a possibilidade de guardá-lo como

lembrança (29%), seguida de poder escolher a sua cor (19%), ser um objeto

decorativo depois do casamento (15%), ser possível comprá-lo com antecedência do

casamento (13%), assim como ser reciclável (8%), não dar alergia (7%), não atrair

abelhas (6%) e algumas pessoas não viram vantagens (2%).

Figura 11 – Gráfico pergunta 5 Fonte: autoria própria, 2014.

Como desvantagem, os participantes acusaram principalmente a

possibilidade de o buquê molhar (46%), seguido de amassar (40%), o que enfatiza

que os clientes terão de ser alertados quanto a essa possibilidade por se tratar de

um produto delicado. Algumas pessoas não viram desvantagens (14%). Gráfico da

figura 12.

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Figura 12 – Gráfico pergunta 6 Fonte: autoria própria, 2014.

Na pergunta sete (figura 13), a maioria dos participantes compraria o produto

pela internet (65%) contra 35% que não compraria.

Figura 13 – Gráfico pergunta 7 Fonte: autoria própria, 2014.

E a maioria dos participantes (43%) compraria o produto pela internet se

tivesse a garantia de que ele não chegaria danificado, 36% das pessoas já têm

costume de fazer compras pela internet, 11% o fariam por ter a comodidade de

receber o produto em casa, 7% não tiveram um motivo aparente e 4% disseram

preferir lojas virtuais. Essa questão permitia a marcação de mais de uma alternativa

e mostrou que o comércio por esse meio será bem favorável. Gráfico da pergunta na

figura 14.

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Figura 14 – Gráfico pergunta 7.1 Fonte: autoria própria, 2014.

Das pessoas que não comprariam o produto pela internet (figura 15), não o

fariam por achar que ele chegaria danificado (36%), seguido de preferirem lojas

físicas (30%), por nunca fazerem compras pela internet e por terem medo de colocar

os dados na web (ambos com 9%), assim como por não terem como receber em

casa (6%).

Figura 15 – Gráfico pergunta 7.2 Fonte: autoria própria, 2014.

Tanto para as pessoas que responderam que comprariam pela internet

quanto para as que responderam que não comprariam, a principal preocupação é a

de receber o produto danificado, mostrando que deverá haver um cuidado em

relação à embalagem de transporte, para que ele chegue intacto para os

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consumidores. Outro quesito importante deverá ser mostrar à clientela que o site é

seguro e seus dados serão protegidos.

As últimas perguntas tinham o objetivo de analisar uma possibilidade de

marketing nas redes sociais. Para isso, os participantes foram questionados se

compartilhariam as imagens dos buquês nas suas redes sociais, como pode ser

verificado na figura 16, em que a maioria respondeu que sim (62%), contra 38%

negativo.

Figura 16 – Gráfico pergunta 8 Fonte: autoria própria, 2014.

Dos que foram favoráveis ao compartilhamento (figura 17), mais da metade

(55%) o fariam por gostar de coisas criativas e diferentes. Como a pergunta tinha a

possibilidade de marcar mais de uma alternativa, 27% também compartilhariam por

gostarem de produtos feitos à mão ou porque vão ou terão amigos que irão se casar

(10%).

Figura 17 – Gráfico pergunta 8.1 Fonte: autoria própria, 2014.

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Para os que não compartilhariam (figura 18), 43% não tinham motivo para não

compartilhar, 27% disseram não ser um produto que os interessasse e 23% não vão

casar e não têm amigos que se casarão.

Figura 18 – Gráfico pergunta 8.2 Fonte: autoria própria, 2014.

Por fim, os resultados foram muito satisfatórios, já que houve uma boa

aceitação do produto, a forma de compra já é bem utilizada pela maioria e foram

apontados detalhes que poderão ser resolvidos.

4.1.2 Análise sincrônica de projetos similares

Neste capítulo, será realizada uma análise de marcas de empresas similares.

Para Wheeler (2012, p. 210), “quanto maior for o insight sobre a concorrência, maior

será a vantagem competitiva”. Em seu processo, a autora chama essa prática de

auditoria de concorrência, em que são examinadas marcas, mensagens principais,

identidades, símbolos, taglines, anúncios e sites.

Wheeler (2012) acrescenta que se deve avaliar os significados, contornos,

cores, formas e conteúdos que a concorrência não utiliza, a fim de se diferenciar.

Para uma análise sintática de marcas de empresas similares, utilizou-se as

bases teóricas propostas por Dondis (1997), que afirma que os dados visuais

absorvidos possuem três níveis distintos e individuais:

[...] o input visual, que consiste de miríades de sistemas de símbolos; o material visual representacional, que identificamos no meio ambiente e podemos reproduzir através de desenhos, da pintura, da escultura e do cinema; e a estrutura abstrata, a forma de tudo aquilo que vemos, seja natural ou resultado de uma composição para efeitos intencionais. (DONDIS, 1997, p. 20).

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Do ponto de vista representacional, o indivíduo identifica o que está olhando a

partir de experiências já vividas. Não é necessário nenhum código para facilitar a

compreensão, sendo assim, esta análise abrange principalmente os tipos utilizados

nos logotipos das empresas, pois, para Dondis (1997), a escrita é uma

representação da fala, por meio de símbolos, como cita: "numa linguagem escrita

altamente desenvolvida, as imagens são abandonadas e os sons passam a ser

representados por símbolos" (DONDIS, 1997, p. 20). Com isso, foi levada em

consideração a legibilidade, que Clair (2009, p. 194) define como sendo a

"capacidade de ler", ou seja, o reconhecimento do tipo, assim como também será

avaliada a sua leiturabilidade, para a mesma autora a "facilidade de leitura".

No que tange ao simbólico, o indivíduo dá significado ao que está olhando.

Nesse sentido, foram analisados os significados dos elementos e suas cores.

Por fim, no que cabe ao abstrato, foi analisada a composição dos elementos

da marca, baseando-se em Dondis (1997) a partir do livro "Sintaxe da Linguagem

Visual". Para o autor, "uma mensagem é composta tendo em vista um objetivo:

contar, expressar, explicar, dirigir, inspirar, afetar" (DONDIS, 1997, p. 131) e isso é

feito com o propósito de não causar dúvida ao espectador.

A busca pelas empresas similares foi realizada pela internet. Não foram

encontradas empresas brasileiras que tivessem marcas11, somente encontraram-se

empresas norte-americanas, como a Bohemian Bloom, a Flower Thyme e a KC2

Design. Segue análise.

4.1.2.1 Bohemian Bloom

O ateliê Bohemian Bloom tem sede em Nova Iorque e foi fundado em 2011

pela artista Tana Leigh Gerber. Seus produtos são flores gigantes e pequenas de

papel, para decoração de vitrines, festas e buquês. A partir do site da empresa

(www.bohemianbloom.com), na figura 19, a marca da empresa, e na figura 20, a

aplicação na página eletrônica.

11

Dentre elas, Cecile de Luz, Verallucia Artesanato, Papel e Tal e Naommy's Handcraft.

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Figura 19 – Marca da empresa Bohemian Bloom Fonte: Bohemian Bloom, 2014.

Figura 20 – Aplicação da marca no site da empresa Bohemian Bloom Fonte: Bohemian Bloom, 2014.

Aspecto representacional: analisando a marca de cima para baixo, no topo

pode-se observar uma coroa, assim como elementos florais e arabescos

contornando o logotipo, que se encontram no meio da composição. O logotipo é

formado por duas palavras: "Bohemian" com a primeira letra em caixa-alta e as

demais em caixa-baixa, que segundo Clair (2009) torna o texto mais legível e

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confortável para a leitura. Os tipos utilizados classificam-se como script, pois as

letras em caixas-baixas estão ligadas umas às outras, muito similar à caligrafia.

Outra característica desse tipo são as variações entre traços finos e grossos, o que

compromete um pouco a sua leitura e identificação da letra; em "BLOOM", os tipos

são classificados por Clair (2009) como romanos, por formarem um ângulo de 90°

com a linha da base, e ao estilo antigo, em que a serifa tem formato de taça,

passando uma sensação agradável e tranquilizadora, como explica a mesma autora.

Os tipos estão com um espacejamento maior entre as letras e em caixa-alta, e não

tem a legibilidade comprometida por se tratar de um texto curto. De forma contrária,

a leitura seria muito lenta, pois o leitor teria de reconhecer cada tipo antes de uni-los.

Ambos estão centralizados e sobre o fundo branco, desempenhando um bom

contraste e melhor legibilidade (CLAIR, 2009).

Nível simbólico: a coroa no topo da marca é um símbolo da realeza,

normalmente utilizado quando quer representar algo nobre, seguidos dos arabescos

delicados compostos por folhas e flores que insinuam o ramo de atuação da

empresa e a delicadeza dos produtos. O tipo script dá a sensação de formalidade,

alinhado com o feito à mão. Já o tipo romano ao estilo antigo representa a força e a

estabilidade. A cor preta (PASTOREAU, 1997 apud SILVEIRA, 2011) significa a cor

da elegância e da modernidade.

Nível abstrato: de acordo com Dondis (1997), a composição:

● é equilibrada, ou seja, o ponto de estabilidade da figura está no meio,

como é possível verificar na figura 21, em que a linha alaranjada simula

um eixo imaginário no centro da marca;

Figura 21 – Equilíbrio da marca Bohemian Bloom Fonte: Bohemian Bloom, 2014.

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● é simétrica, no que cabe aos ornamentos, "cada unidade situada de um

lado de uma linha central é rigorosamente repetida no outro lado"

(DONDIS, 1997, p. 142);

● é regular, já que o elemento retângulo que a envolve se mantém no

interior a estrutura;

● é complexa e possui unidade. Seus ornamentos são constituídos por

diversas unidades organizadas, que formam um padrão;

● possui profusão e é exagerada, ou seja, é rica em ornamentos;

● possui atividade, com suas linhas sinuosas que tendem a dar

movimento à estrutura; e

● possui profundidade. Quando se compara às linhas dos ornamentos,

as mais finas e menores parecem estar atrás das mais grossas.

4.1.2.2 Flower Thyme

O ateliê Flower Thyme fica no Novo México, Estados Unidos, e tem seu

negócio estabelecido desde 2009. A proprietária é a designer Kirsten Hausman, que

faz flores em formato de espiral para buquês de noivas, arranjos de mesas e

decorações de ambiente. A partir do site etsy (www.etsy.com/shop/flowerthyme), que

hospeda a loja da empresa, a marca (figura 22) e a aplicação numa etiqueta (figura

23).

Figura 22 – Marca da empresa Flower Thyme. Fonte: Flower Thyme, 2014.

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Figura 23 – Aplicação da marca da empresa Flower Thyme em uma etiqueta Fonte: Flower Thyme, 2014.

Aspecto representacional: a marca não possui um símbolo, sendo composta

somente pelo logotipo com tipos que parecem ter sido feita à mão, mas sem estarem

ligados uns aos outros, chamados de cursiva. As primeiras letras de ambas as

palavras estão em caixa-alta e têm como característica os ornamentos, com floreios.

Para Clair (2009), essa combinação de caixa-alta com caixa-baixa torna o texto mais

legível, porém, os floreios dificultam um pouco a leitura. A variação entre os traços

dos tipos não é muito acentuada, o que o torna mais legível, assim como as cores

utilizadas nas figuras 22 e 23 tiveram um bom contraste com relação ao fundo,

possibilitando uma boa legibilidade.

Nível simbólico: a tipografia cursiva tem um ar de delicadeza, do feito à mão

com cuidado, e os floreios dão um aspecto orgânico ao logotipo. No que cabe à cor,

parece não haver uma constância na utilização. Partindo da cor aplicada na etiqueta

(figura 23), pode-se dizer que o azul significa o infinito, o sonho, a fidelidade e o

amor (PASTOREAU, 1997 apud SILVEIRA, 2011).

Nível abstrato: de acordo com Dondis (1997), a composição:

● é instável, ou seja, se traçado um eixo no meio da composição, a figura

penderia para o lado esquerdo. Na figura 24, a linha alaranjada simula

um eixo imaginário de equilíbrio, mais à esquerda da estrutura;

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Figura 24 – Equilíbrio da marca Flower Thyme Fonte: Flower Thyme, 2014.

● é assimétrica e irregular, isto é, o lado direito não é o espelho do lado

esquerdo;

● possui unidade, pois os tipos estão todos envolvidos entre si;

● possui profusão e é exagerada, já que os tipos são ricos em

ornamentos;

● possui atividade, com suas linhas sinuosas que tendem a dar

movimento à estrutura;

● é sutil, com aspecto delicado e certo requinte; e

● é plana, ausente de perspectiva.

4.1.2.3 KC2 Design

O ateliê Flower KC2 Design fica em Alabaster, no Alabama, Estados Unidos,

com seu negócio estabelecido desde 2012. A proprietária é a Kerry Murphy. Dentre

seus produtos, estão as flores em espiral transformadas em buquês de noivas e

arranjos de mesas. A partir do site da empresa (kc2designsbykerry.com), na figura

25, a marca, e na figura 26, a aplicação no site.

Figura 25 – Marca da empresa KC2 Design Fonte: KC2 Design, 2014.

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Figura 26 – Aplicação da marca da empresa KC2 Design no site Fonte: KC2 Design, 2014.

Aspecto representacional: o símbolo da marca é o desenho de três flores

presas a um ramo, posicionadas à direita do logotipo. Este é formado por uma fonte

que mistura uma script e uma cursiva, já que algumas letras se unem com as

seguintes da mesma palavra, e outras não. O nome parece ser uma abreviação

formada pelas letras "K" e "C" e pelo numeral "2", todos em caixa-alta, seguidos da

palavra "Design", com a letra inicial em caixa-alta sem ornamentos, e as outras em

caixa-baixa. Embora o tipo seja legível, principalmente pelo contraste da cor verde

com o fundo branco e não haver variação nos traços, como explica Clair (2009), a

leitura é comprometida pela variação nas alturas das letras. Assim como a união da

letra "C" com o número "2" pode causar confusão na leitura.

Nível simbólico: o símbolo da marca é formado por três flores que parecem

ser parte de um desenho feito à mão, que pode ter relação com os produtos

desenvolvidos, porém, estão viradas para baixo, o que deixa parecer que estão

caindo ou murchando. Os tipos, por terem variações nos tamanhos, parecem uma

letra infantil, sem padrão, ou pode representar uma letra à mão livre. A cor verde

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significa a natureza, a fortuna e a frescura, além de ser a cor da juventude, segundo

Pastoreau (1997 apud SILVEIRA, 2011).

Nível abstrato: de acordo com Dondis (1997), a composição:

● é instável, porque, como pode ser observado na figura 27, o eixo

imaginário de equilíbrio estaria mais à direita da marca;

Figura 27 – Equilíbrio da marca KC2 Design Fonte: KC2 Design, 2014.

● é assimétrica e irregular, já que o lado direito não é o espelho do lado

esquerdo;

● é fragmentada, pois o logotipo e o símbolo não estão em sintonia, falta

um elo de ligação entre os dois;

● possui atividade, pois a irregularidade nos tamanhos das letras

lembram de um zigue-zague, assim como as flores do símbolo

parecem movimentarem-se para baixo;

● é sutil, com aspecto delicado; e

● é plana, ausente de perspectiva.

Embora com estilos deferentes, as marcas seguiram por uma mesma linha,

pois, de modo geral, as empresas utilizaram fontes que simulavam a escrita feita à

mão, e quando havia um símbolo ele era o elemento flor representado em forma de

desenho, assim como foram utilizados ornamentos para a composição das marcas.

Essa observação auxiliou na percepção de que, para diferenciar-se como

uma empresa moderna e diferente, seria necessário fugir um pouco do padrão

cursivo e com ornamentos, além de que o símbolo deveria expressar mais do que o

produto de fabricação, mas os valores por trás da marca.

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5 ESCLARECIMENTO DE ESTRATÉGIA

5.1 POSICIONAMENTO DA MARCA

"Por posicionamento, queremos dizer evidenciar as características distintivas

em relação à concorrência e motivadoras para o público", cita Kapferer (2003, p. 88).

Sendo assim, o mesmo autor propõe responder quatro perguntas a fim de

estabelecer o posicionamento. A partir do propósito da empresa, seguem as

perguntas com suas respostas:

A marca por quê? A promessa para o consumidor é que ele terá um produto

diferente do comum, poderá ser personalizado, elaborado com matéria-prima de

qualidade, com uma boa embalagem de transporte e que poderá ser guardado como

lembrança.

A marca para quem? O objetivo da marca é satisfazer um nicho de mercado

que preza pela exclusividade, que se interessa por buquês modernos e criativos,

confeccionados em papel e com um preço acessível.

A marca para quando? Os buquês podem ser utilizados em casamentos

diurnos ou mistos, em cerimônias ditas principalmente modernas ou tradicionais.

A marca contra quem? Os principais concorrentes do ramo de buquês de

papel estão nos Estados Unidos. No Brasil, os concorrentes não possuem marca,

sendo sua maior concorrência os buquês de flores naturais.

Wheeler (2012, p. 24) complementa que "o posicionamento é desenvolvido

para criar aberturas em um mercado que está sempre mudando, um mercado no

qual os consumidores estão saturados com produtos e mensagens".

Com isso, o posicionamento da marca está pautado na exclusividade, no

sentido de que as pessoas são únicas e merecem um produto diferente, singular e

personalizado12 e também em ressaltar a individualidade de cada um, buscando a

melhor forma de deixar o produto com a "cara" do consumidor.

5.2 BRIEFING DA MARCA

12

Personalizado: adj. masc. sing. part. pass. de personalizar. Adjetivo: 1. Que se personalizou; 2.

Que considera cada um de forma separada (ex.: atendimento personalizado). "Personalizado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013. Disponível em: <http://www.priberam.pt/DLPO/personalizado>. Acesso em: 23 mar. 2015.

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Neste tópico, será apresentado o briefing da marca e uma síntese das

preferências da autora e proprietária da empresa, dos resultados da pesquisa com o

público-alvo e da análise de marcas concorrentes. Como explica Sant'anna (1989, p.

109).

Chama-se briefing às informações preliminares contendo todas as instruções que o cliente fornece à agência para orientar os seus trabalhos. É baseado nele e completado com as informações de pesquisas que se esboça o planejamento publicitário. O briefing é uma fase completa de estudos e deve conter as informações a respeito do produto, do mercado, do consumidor e da empresa e os objetivos do cliente.

Com o intuito de servir de norte para a tomada de decisão, Wheeler (2012)

aconselha a criação de um briefing curto e sucinto, de no máximo uma página e com

a especificação de elementos-chave, sendo eles: principais produtos, missão, visão,

atributos, mercado-alvo, proposta de valor, principais stakeholders, vantagem

competitiva e principais concorrentes. A seguir o briefing da marca, com as

respostas a essas especificações.

Principais produtos: buquês e arranjos de flores artesanais em papel.

Missão: criar produtos artesanais, principalmente em papel, com o propósito

de oferecer aos clientes o que há de melhor e diferenciado em buquês e decoração

de festas.

Visão: tornar-se uma empresa brasileira de referência em criação de buquês

e decoração artesanal, na internet, nos próximos cinco anos.

Atributos: diferente, gosta do que é novo e fora do comum; divertida, a

empresa é feliz com o que faz e produz com carinho; simpática, está aberta para

todos os públicos; demonstra confiança, garante a qualidade e integridade do

produto; carinhosa, tem cuidado com os produtos produzidos; e criativa e inovadora,

busca novas alternativas de produtos.

Mercado-alvo: o produto destina-se principalmente a pessoas que preferem

um casamento moderno, buscando elementos diferentes para compor a festa.

Proposta de valor: respeito ao ser humano e à natureza; simplicidade e

criatividade sempre; alegria e dedicação ao trabalho; e satisfação pessoal e do

cliente.

Principais stakeholders: clientes, público geral, mídia, fornecedores e

concorrentes.

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Vantagem competitiva: ser uma empresa com uma marca, que está se

estabelecendo em um e-commerce, ao contrário das empresas ou artesãos que

confeccionam os buquês no Brasil e que não se preocupam ou não possuem uma

marca ou loja virtual.

Principais concorrentes: empresas norte-americanas que estão

estabelecidas na internet, como: Bohemian Bloom, Flower Thyme e KC2 Design.

No que cabe à criação, a empresa tem preferência pela cor azul-turquesa, por

fontes sem serifa e contrastes de forma e contraforma, mas não faz disso uma regra.

5.3 DEFINIÇÃO DO NOME

Wheeler (2012) diz que o processo de dar nomes é complexo, criativo e

iterativo. e acrescenta que, para ser eficaz, precisa de algumas características,

como: ser significativo, comunicando algo sobre a essência da marca; diferente da

concorrência, único e fácil de lembrar; orientado para o futuro, tem sustentabilidade

e possibilidade de se estender; pode ser protegido; tem conotação positiva; e se

apresenta bem num logotipo ou em um texto.

O nome também pode carregar algumas características da marca. Para

Wheeler (2012), os nomes descritivos, por exemplo, têm a vantagem de transmitir

exatamente o que a empresa faz, porém, no futuro isso pode ser um fator limitante, à

medida que ela cresce e diversifica seus produtos. Um exemplo seria se a empresa

em questão se chamasse Bombuquê, pois quando tivesse a oportunidade de realizar

decorações de festas, o nome estaria ligado somente aos buquês artesanais.

Para Martins (1999, p. 21), “o triunfo das marcas bem-sucedidas é associar à

essência do produto a emoção que existe no imaginário coletivo”, sendo assim, para

a escolha do nome, optou-se por colocar no papel, de forma aleatória, diversas

palavras criativas associadas ao produto da empresa (disponibilizados no apêndice

C), que culminou no nome “Descolados”, que segundo o dicionário inFormal13

significa “pessoa, grupo de pessoas ou coisa sofisticada e moderna. Em caso de

pessoa, inclui-se também o conceito de sociável”.

13

O dicionário inFormal é um "dicionário de português gratuito para internet, onde as palavras são

definidas pelos usuários. Uma iniciativa de documentar on-line a evolução do português". (Disponível em: <www.dicionarioinformal.com.br>. Acesso em: 20 jun. 2014).

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Porém, o significado formal da palavra “descolados” sugere coisas que foram

desunidas ou desgrudadas e, por se tratar de uma empresa que tem como produtos

flores de papel, que são coladas, isso poderia passar uma imagem negativa de

malfeito, ou seja, o nome não teria o significado proposto, como sugere Kapferer

(2003, p. 108): “alguns nomes podem ter duplo sentido. O objetivo da comunicação é

permitir que um deles possa emergir e reprimir o outro”.

Sendo assim, o nome final ficou “Descolados Colados", que tem como

significado uma empresa autêntica, sofisticada e moderna e também reforça a ideia

de um produto sólido e benfeito, como afirma o mesmo autor.

O nome da marca é muitas vezes depositório das intenções da marca. Isto é uma decorrência natural, uma vez que, no momento de sua criação, o nome foi escolhido precisamente por veicular certas características objetivas ou subjetivas da marca. (KAPFERER, 2003, p. 106).

Partindo desta citação, em que o nome faz parte da essência da empresa,

não foi considerado necessário realizar uma pesquisa oficial para verificar a

aceitação do mesmo. Ainda assim, ele foi testado com um pequeno grupo e a

aceitação foi unânime.

Assim, que decidido, realizou-se uma minuciosa pesquisa na web para

verificar se havia alguma empresa com o mesmo nome, o que não foi achado. Na

sequência, foi realizada a escolha do domínio (endereço eletrônico) no site

registros.com.br, que impede o registro de dois domínios iguais, reafirmando a busca

realizada anteriormente. O endereço eletrônico da empresa ficou

www.descoladoscolados.com.br.

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6 DESIGN DE IDENTIDADE

A investigação e a análise foram concluídas; houve um acordo com relação ao briefing de marca; começa então o processo criativo de design. (WHEELER, 2012, p. 134).

Segundo Wheeler, esta etapa criativa do projeto exige persistência para

alinhar significado e forma no design de identidade. É nesta fase que são definidos o

logotipo e a assinatura visual, as cores e as tipografias institucionais, o som da

marca e seus movimentos, assim como são realizadas aplicações teste e

apresentação para o cliente.

6.1 CONCEPÇÃO

Para embasar o processo de criação e estimular a criatividade, foi realizado

primeiramente um mapa mental, técnica criada pelo inglês Tony Buzan14, isto é, um

diagrama que organiza as ideias relacionadas ao projeto a partir de um tema central,

que nesse caso é a empresa "Descolados Colados". Para tanto, foi utilizado o site

www.exobrain.co, uma ferramenta facilitadora que permite criar o mapa

gratuitamente. Na figura 28, pode ser verificado o esquema, assim como no

apêndice D, em maior escala.

14

The Power of a Mind to Map: Tony Buzan at TEDxSquareMile. Disponível em: < http://www.youtube

.com/watch?v=nMZCghZ1hB4>. Acesso em: 25 set. 2014.

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Figura 28 – Mapa mental para a criação da marca da empresa "Descolados Colados" Fonte: autoria própria, 2014.

Como pode ser visualizado na figura acima, no meio foi colocado a empresa

"Descolados Colados", e a partir dela foram surgindo especificações relacionadas,

por exemplo: artesanato, que é o ramo de atuação; descolado, um adjetivo para os

produtos confeccionados; papel, a matéria-prima principal; união, que faz referência

ao público-alvo (casais) e uma conexão com colados; assim como design e

divulgação, itens que vão levar a marca para outras pessoas.

Com esses elementos de base, surgiram ramificações, uma forma de

brainstorming organizado. Os principais itens selecionados e julgados relevantes

para criação foram: união, amor, papel, flor de papel, origami, delicado, único, feito à

mão, carinho, artesanato, criatividade, pensar diferente, colorido e divertido.

Para ilustrar esses elementos, foi criado um painel semântico (figura 29).

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Figura 29 – Painel semântico para a criação da marca da empresa "Descolados Colados" Fonte: autoria própria, 2014.

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A união, o amor e o carinho foram representados nos casais de mãos dadas,

assim como delicado, artesanato, origami e feito à mão estão presentes nos

elementos de papel que também fazem ligação com a delicadeza, o colorido e o

criativo. O pensar diferente significa sair do comum, por exemplo, os noivinhos de

bolo serem peças de quebra-cabeça ou uma noiva e os padrinhos usando tênis

coloridos, que fazem a festa ser única, criativa e divertida.

Essas duas etapas fizeram-se necessárias para focar no processo de criação,

como explica Ambrose e Harris (2011, p. 11).

O desenvolvimento do design envolve um alto grau de criatividade, mas de uma maneira controlada e direcionada pelo processo. Assim a criatividade é canalizada para a produção de uma solução prática e viável para o problema de design, que atenda ou exceda os objetivos estabelecidos pelo briefing.

6.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Com os conceitos determinados, partiu-se para a geração de alternativas com

a escolha dos elementos que os representariam na forma de marca: tipografia, cor,

formas, alinhamento e símbolo. Algumas das etapas ilustradas adiante foram

realizadas concomitantemente, porém, foi selecionada uma sequência lógica para

fins didáticos.

Primeiramente, escolheu-se a fonte do logotipo, já que para a autora Wheeler

(2012, p. 142) “uma imagem integrada e coerente de uma empresa é impossível

sem uma tipografia que tenha uma personalidade especial e legibilidade inerente”.

Sendo assim, procurou-se por uma fonte moderna e sem serifa, como maneira de

diferenciação dos concorrentes e para passar uma imagem jovial e descontraída;

bold, para que tenha um bom contraste com a luminosidade da tela do computador e

ser mais aconchegante; e com traços curvilíneos, para representar carinho e

cuidado. Na figura 30, estão três fontes selecionadas dentre as diversas analisadas,

Helvetica, Myriad Pro e Aller, todas na versão bold.

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Figura 30 – Fontes bold selecionadas para teste, Helvetica, Myriad Pro e Aller Fonte: autoria própria, 2014.

A fonte escolhida dentre essas foi a Aller Bold, pois, em comparação com as

outras, tem um desenho mais sinuoso, com uma sutil diferença no peso dos traço de

alguns tipos e principalmente com as linhas curvadas que se unem no vértice

inferior, no caso das letras "a" e "d", o que conferiu a delicadeza necessária para o

logotipo.

Na escolha das cores, foram analisados alguns tons de azul, por ser um item

de relevância no briefing (principalmente o azul-turquesa). Para Dondis (1997 p.

108), "o contraste é um poderoso instrumento de expressão, o meio para intensificar

o significado, e, portanto, simplificar a comunicação". O mesmo autor ainda afirma

que, embora o contraste seja considerado um opositor à harmonia, é nele que os

olhos humanos ponderam as coisas para chegar num estado de tranquilidade. Com

isso, buscou-se uma cor que contrastasse com o azul e ao mesmo tempo fosse

significativa, já que no briefing estava estipulada uma marca colorida e divertida, e

somente uma cor a deixaria monótona. No circulo cromático, as cores que estariam

em oposição ao azul seriam o vermelho e suas análogas, cores ligadas a carinho e

amor, que condizem com os intuitos da empresa. Segundo Dondis (1997), o azul é

uma cor passiva e suave, enquanto a vermelha é ativa e emocional, na associação

das duas, o vermelho provocador é abrandado pelo azul.

Com as duas cores previamente escolhidas e a fonte definida, foram feitos

alguns testes como na figura 31.

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Figura 31 – Testes de cor Fonte: autoria própria, 2014.

As opções 2, 3 e 5 foram descartadas, pois o azul mais escuro em contraste

com os tons de vermelhos deixou a composição muito pesada. Na composição 1, as

cores se tornaram muito infantis15 e na 2 o contraste ficou muito acentuado. A opção

6 foi escolhida, pois as cores ficaram mais dinâmicas e agradáveis, tendo um

contraste entre elas e ao mesmo tempo harmonizaram entre si.

Com as cores e a tipografia definidas, o próximo passo foi o desenvolvimento

do símbolo, e para isso foi levada em consideração a citação de Steff Geissbuhler

(apud WHEELER, 2012, p. 135): “descobrimos que nossos públicos reagem de

forma mais direta e emotiva a símbolos reconhecíveis e ícones culturais que tenham

conotações, características e qualidades bem claras”.

Partindo desse argumento, primeiramente buscou-se alternativas com

elementos, como: coração (amor), flor de papel (produtos) e papel (matéria-prima).

Depois de várias tentativas esboçadas, como pode ser visualizado no

apêndice E, a primeira opção selecionada foi a que fazia referência às flores de

papel, uma representação iconográfica das flores (figura 32), ilustrada nas imagens

da figura 33.

15 Baseado em pesquisa de opinião realizada e disponibilizada no apêndice F e que será explorada na sequência.

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Figura 32 – Flor em espiral Fonte: autoria própria, 2014.

Figura 33 – Geração de alternativas: primeira opção Fonte: autoria própria, 2014.

Porém, essa alternativa, embora divertida e descontraída, foi descartada, pois

além de parecer com as flores, também fazia referência a pirulito e mangueiras de

bombeiros, e segundo Kapferer (2003) a ambiguidade deve ser evitada nas marcas,

pois é necessário um esforço extra para realmente firmar o verdadeiro significado

pretendido.

Na sequência, voltou-se para o briefing e o painel semântico, para focar

novamente na ideia central e buscar um símbolo representativo para a marca.

Analisando itens como papel, amor, feito à mão e origami, foi elaborada uma opção

com coração de origami, pois em um único símbolo havia a representação dos

quatro elementos. Na figura 34, um coração de origami, e na 35, a segunda opção.

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Figura 34 – Coração de papel, origami Fonte: autoria própria, 2014.

Figura 35 – Geração de alternativas: segunda opção Fonte: autoria própria, 2014.

Nessa opção, a fonte foi utilizada com seu espaçamento e a letra "l" na

versão original. As cores foram alteradas com a intenção de mostrar que uma parte

de um estava presente no outro, isto é, que estavam entrelaçados.

Outro ponto importante é o fato de que o origami é reconhecido por ser um

objeto delicado, feito com capricho e cuidado. A partir dessa opção finalizada,

buscou-se firmá-la como definitiva e, para tanto, foi realizado um teste com o público

escolhido aleatoriamente (já que o objetivo era a investigação do que a marca

transmitia), por meio de questionário disponibilizado no Facebook da autora, entre 4

e 6 de outubro de 2015. O resultado está no apêndice F.

Por mais que tenha havido uma boa aceitação, algumas respostas fizeram

uma análise a mais. Uma delas citou que a partir do símbolo e logotipo a marca

parecia infantil e outra explicou que ela passava a imagem de um produto feito

artesanalmente, porém, não ficava claro o ramo de atividade. Com essas duas

observações e em uma análise mais profunda por parte da autora, constatou-se que

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essa versão da marca poderia confundir os consumidores e transparecer que a

empresa só produziria origami.

Alina Wheeler (2012) cita: "se algo não funciona, resolva imediatamente. Volte

ao início, se necessário, para examinar o conceito fundamental. Pode ser necessário

retrabalhar a assinatura visual", com isso voltou-se ao briefing e ao painel semântico

para novos esboços.

Ambrose e Harris (2011, p. 88) argumentam que o símbolo é um "elemento

pictórico que comunica um conceito, uma ideia ou um objeto", sendo assim, o

coração ainda foi utilizado, pois é um símbolo muito forte de amor: amor ao trabalho

realizado e amor entre as pessoas que estão se unindo e utilizando os produtos.

Outro elemento muito importante é o papel, a matéria-prima principal (figura 36).

Figura 36 – Elementos de referência para a criação da marca final Fonte: autoria própria, 2014.

Esses elementos nortearam os novos desenhos que culminaram em uma

sobreposição de papéis formando um coração, como duas pessoas de mão dadas

demonstrando carinho, assim como as mãos que fazem os buquês. Os papéis estão

no alto da marca e ganharam uma curvatura como se fossem leves e estivessem

flutuando um sobre o outro, isso foi feito com o intuito de representar a delicadeza.

Para finalizar, foi utilizada uma sombra para dar o volume de um coração pulsante.

Nas figuras a seguir (37 e 38), as opções finais na versão vertical e horizontal,

respectivamente.

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Figura 37 – Geração de alternativas: opção final vertical Fonte: autoria própria, 2014.

Figura 38 – Geração de alternativas: opção final horizontal Fonte: autoria própria, 2014.

A versão vertical (figura 37) é a principal de uso e pode ser substituída pela

horizontal, quando sua legibilidade for comprometida. Nela, o símbolo ficou mais à

esquerda do logotipo para que contrabalançasse com as ascendentes das letras "d"

e "l" e a composição tivesse um peso uniforme. Foi colocado numa altura que

ficasse integrado ao logotipo de maneira que estivessem ligados. Nessa versão o

logotipo também ficou centralizado, como forma de deixar a marcar mais

congruente.

Na horizontal (figura 38), o símbolo foi posicionado como elo entre as duas

palavras.

Em ambas as versões, a palavra "descolados" ficou em azul, por estar mais

ligada ao significado de modernidade e descontração. Já "colados" ficou em coral,

por se tratar de uma palavra que, além de seu significado denotativo de colado,

carrega a mensagem de união e amor, melhor representados por uma cor quente.

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Para harmonizar o logotipo, foi realizada uma alteração na porção final da

letra "l", como pode ser visto na figura 39. No novo desenho, foi mantida a curva

encontrada na porção superior do tipo, na parte inferior.

Figura 39 – Alteração na perna da letra "L" da fonte Aller Bold Fonte: autoria própria, 2014.

Esse ajuste foi necessário, pois na composição (figura 40) percebeu-se que

esta era a única letra que possuía uma finalização acentuada, destoando das

demais e criando uma quebra no meio da palavra. Outro motivo da alteração foi que,

devido a esse detalhe, a letra "l" ficava muito próxima à "a", quando o espaçamento

era o mesmo para todas as letras (1), e muito distante, quando aumentava o

espaçamento somente entre as duas (2). Já com o novo "l" (3) o logotipo ficou mais

unido e coeso.

Figura 40 – Composição do logotipo e espaçamento entre a letra "a" e "l" Fonte: autoria própria, 2014.

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Com a marca finalizada, partiu-se para as especificações técnicas, a

elaboração de versões, os padrões de repetição e a diagramação do manual de

marca. Na sequência, as principais aplicações e a embalagem dos buquês.

6.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Wheeler (2012, p. 194) argumenta que "padrões bons e sólidos economizam

tempo, dinheiro e frustrações", sendo assim, para que a marca seja implantada

corretamente e com eficiência, foram estabelecidas especificações a serem

seguidas para manter a identidade da marca.

6.3.1 Assinaturas

A marca apresenta duas versões que poderão ser utilizadas nos materiais

web e impressos. São elas a versão principal ou vertical e a horizontal (figura 41).

Figura 41 – Versões principal e horizontal com símbolo com dégradé Fonte: autoria própria, 2014.

Preferencialmente, elas terão o uso com o símbolo em dégradé (figura 41),

porém, para a impressão em serigrafia, bordados ou outro meio de impressão nos

quais o dégradé não tenha um bom resultado, será utilizada a versão com o símbolo

e logotipo com cores chapadas (figura 42).

Figura 42 – Versões principal e horizontal com símbolo em cores chapadas Fonte: autoria própria, 2014.

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Nas versões preta e branco (figura 43), o símbolo tem uma área vazada que

interage com a imagem.

Figura 43 – Versões principal e horizontal em preto ou branco Fonte: autoria própria, 2014.

Essas versões deverão ser utilizadas se o uso de cor for restrito ou sobre

fundos coloridos e fotos, nos quais a visualização da marca colorida fique

comprometida, devido ao contraste com o fundo.

Por fim, o símbolo poderá ser utilizado sem o logotipo, e o contrário também é

válido, em peças gráficas que contenham a marca completa.

6.3.2 Malha de construção e área de proteção

A malha de construção foi baseada na altura da letra “o“, que é igual a 2x,

como exemplificado na figura 44.

Figura 44 – Base para a malha de construção. Altura de "o" igual a 2x Fonte: autoria própria, 2014.

Para a versão vertical, a largura sempre deverá ser de 16x e a altura mantida

na proporção (9,5x), como na figura 45.

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Figura 45 – Malha de construção versão principal Fonte: autoria própria, 2014.

Para a versão horizontal, a largura é de 28x e a altura mantida na proporção

(6,25x), exemplificado na figura 46. Ambas as proporções não poderão ser alteradas

em hipótese alguma.

Figura 46 – Malha de construção versão horizontal Fonte: autoria própria, 2014.

Nas assinaturas com outras marcas e na aplicação de forma geral, é

necessário que haja uma área de proteção em torno da marca, sendo definida

também como a altura da letra “o“ (figura 47).

Figura 47 – Área de proteção da marca Fonte: autoria própria, 2014.

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Essa área de proteção se faz necessária para que a integridade da marca

seja mantida.

6.3.3 Redução máxima

Para que o logotipo torne-se legível e o símbolo reconhecível, estabeleceu-se

a redução máxima para os meios impresso e virtual.

Na web, a versão principal não poderá ter menos de 60 px de largura e a

versão horizontal 100 px (figura 48).

Figura 48 – Redução máxima da marca para web Fonte: autoria própria, 2014.

Impressa, a marca não poderá ter menos de 15 mm de largura na versão

principal e 26 mm na horizontal, para os processos de impressão sublimada, offset e

digital (figura 49).

Figura 49 – Redução máxima da marca para impressão sublimada, offset e digital Fonte: autoria própria, 2014.

Respeitando o tamanho de fonte com nove pontos para impressão em

serigrafia, estipulou-se o mínimo de 21 mm de largura para a versão vertical e 37

mm para a vertical, sendo que o logotipo estaria com uma fonte proporcional a 14

pts (figura 50).

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Figura 50 – Redução máxima para impressão em serigrafia Fonte: autoria própria, 2014.

Os processos de impressão citados acima serão mais bem explorados na

sequência do projeto.

6.3.4 Cores institucionais

As cores institucionais estão discriminadas na figura 51 a seguir e chamam-

se, para fins deste trabalho, “azul descolado” e “coral colado”.

Figura 51 – Especificação das cores institucionais: “azul descolado” e “coral colado” Fonte: autoria própria, 2014.

O padrão RGB (red, green e blue) é as cores visualizadas na tela do

computador ou de televisões. Segundo Villas-Boas (2010, p.36), "essa escala se

destina à formação das cores por feixes luminosos". Os valores acima identificados

em RGB representam o quanto de luz de cada canal será adicionado para formar a

cor final, sendo o azul descolado: R: 72, G: 185 e B: 202 e o coral colado: R2: 38, G:

47 e B: 83.

Para o meio impresso, segundo o mesmo autor, usa-se o padrão de cor

CMYK (cian, magenta, yellow e black). Nesse processo, essas quatro cores são

sobrepostas em retículas com pequenos pontos e com diferentes angulações, para

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formar o efeito "colorido". O valor de CMYK indica a porcentagem de tinta que

preencherá a área no papel e formará a cor desejada, com os valores de azul

descolado: C: 65, M: 5, Y: 20 e K: 0 e de coral colado: C: 0, M: 95, Y: 60 e K: 0.

De acordo com Villas-Boas, o padrão Pantone foi lançado e patenteado pela

empresa Pantone em 1995. Embora com custo elevado, ele produz cores mais

vivas, que as outras escalas não alcançam, além de ter seus valores tabelados, ou

seja, cada cor em específico tem uma numeração internacional, que no caso é o

"azul descolado" 310c e o "coral colado" 1787c.

Os valores das cores definidos na figura 51 não devem ser alterados, uma

vez que fazem parte das características da marca.

6.3.5 Tipografia

A fonte do logotipo é a Aller na versão bold, ilustrada na figura 52.

Figura 52 – Fonte do logotipo: Aller Bold Fonte: autoria própria, 2014.

Para os materiais de comunicação institucional, usou-se as versões light,

regular, semibold e bold da família tipográfica Source Sans Pro (figura 53).

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Figura 53 – Família tipográfica institucional: Source Sans Pro Fonte: autoria própria, 2014.

As fontes escolhidas para o logotipo e a comunicação institucional são

gratuitas, evitando gastos com licença. Segundo a classificação de Clair e Busic-

Snyder (2009), ambas são romanas, pois seus traços formam um ângulo de 90º com

a base e também não possuem extensões no início e fim do traço da letra,

chamadas de serifa.

6.3.6 Padrões de repetição

O símbolo poderá ser repetido e utilizado em estamparia em papel de seda ou

tecido, pano de fundo ou papel de parede. Somente nessa situação será utilizado o

contorno do símbolo. Na figura 54, são apresentadas algumas das possibilidades de

estampa.

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Figura 54 – Padrão de repetição: contorno do símbolo Fonte: autoria própria, 2014.

As duas partes que formam o coração do símbolo, quando separadas,

formaram um padrão de repetição dinâmico, como se várias folha de papel

estivessem flutuando. Esse padrão mostrou-se muito eficaz nas aplicações e foi

incluído na identidade visual. Suas variações seguem lustradas na figura 55,

colorida, branca e preta.

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Figura 55 – Padrão de repetição: folhas Fonte: autoria própria, 2014.

O logotipo poderá ser repetido e utilizado em diversos materiais, como interior

de embalagens (figuras 56 e 57).

Figura 56 – Padrão de repetição: logotipo 1 Fonte: autoria própria, 2014.

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Figura 57 – Padrão de repetição: logotipo 2 Fonte: autoria própria, 2014.

Para essa repetição, deverá ser respeitado o tamanho mínimo de 37 mm de

largura de cada do logotipo, para que a legibilidade seja mantida.

Com os padrões estabelecidos, partiu-se para o próximo tópico.

6.3.7 Manual de marca

O manual de marca, elemento fundamental para a divulgação dos padrões de

utilização, foi projetado e desenvolvido para ser on-line, sendo, com isso, mais

acessível às partes interessadas na comunicação e utilização da marca.

Tem o formato de 1000 x 700 px, criando uma boa resolução de imagem para

o usuário. Com um layout suave e didático, contém informações sobre o nome da

empresa, o porquê das características da marca, as especificações técnicas aqui

citadas e os exemplos de aplicação.

Para a capa, foi escolhida uma imagem representativa do significado do

símbolo, u casal de mão dadas com uma atmosfera tranquila ao redor (figura 58).

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Figura 58 – Capa manual de marca Fonte: autoria própria, 2015.

Os títulos foram escritos com as iniciais em caixa-baixa, seguindo a

informalidade da marca e com a família tipográfica institucional, Source Sans Pro. O

conteúdo foi dividido em especificações técnicas e aplicações, sendo que a primeira

parte recebeu principalmente a cor azul. As páginas de abertura (figura 59) com o

fundo azul chapado, os títulos em bold 60 pt e o conteúdo em regular 20 pt, ambos

em branco.

Figura 59 – Exemplo de página de abertura azul Fonte: autoria própria, 2015.

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Nas páginas internas, houve uma repetição em azul no topo, com a

informação "descolados colados – manual de marca", fonte corpo 20 pt, estilo light e

espaçamento entre letras de 420. Logo abaixo um fino fio de separação (1,5 pt).

Na parte inferior, uma faixa azul, com destaque para a numeração da página

em coral, fonte azul estilo regular e corpo 20 pt. Os blocos de texto ficaram

preferencialmente no lado esquerdo com o título em fonte 40 pt e o conteúdo em 17

pt, ambos em preto e estilo light (figura 60).

Figura 60 – Exemplo de diagramação das páginas de especificações Fonte: autoria própria, 2015.

A parte das aplicações recebeu a cor coral como principal e azul como

secundária, no mesmo padrão: abertura com cor chapada e texto em branco (figura

61) e páginas de conteúdo com o topo, fio e faixa de rodapé em coral, e com um

destaque para a paginação, em azul (figura 62).

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Figura 61 – Página de abertura coral Fonte: autoria própria, 2015.

Figura 62 – Exemplo de diagramação das páginas de aplicações Fonte: autoria própria, 2015.

O arquivo ficará gratuitamente disponibilizado no site ISSUU16, que fornece

um link que será divulgado no site da empresa, para que os envolvidos com a

comunicação e aplicação da marca tenham fácil acesso aos padrões estabelecidos.

O arquivo completo pode ser acessado on-line no endereço eletrônico

http://migre.me/pbic7.

16

Plataforma de livros on-line.

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7 CRIAÇÃO DE PONTOS DE CONTATO

Com as especificações compiladas no manual de marca, foram desenvolvidos

materiais, impressos e web, julgados necessários para a criação de pontos de

contato com o público-alvo, já que Wheeler (2012, p. 28) explica que "cada contato

com o consumidor é uma oportunidade para realçar uma conexão emocional".

Estão descritas na sequência as aplicações da marca em cartão de visita,

papel timbrado, etiqueta de produto, envelope, embalagem, uniforme, mídia social

(em específico o Facebook), blog e site.

7.1 PAPELARIA

Para os materiais impressos, foi utilizado um layout clean, tendo como base a

cor azul e a busca de alternativas de baixo custo, visto que é uma empresa pequena

e com poucos recursos iniciais. Como a atividade será on-line, de início

desenvolveu-se o cartão de visitas, as etiquetas para envelope, o papel de carta e a

etiqueta de produto. De acordo com Villas-Boas (2010), o processo mais utilizado e

recomendado para grandes tiragens (acima de 1000 unidades) é o offset, devido a

sua alta qualidade e relativo baixo custo por unidade. Porém, no início das atividades

da microempresa, alguns desses materiais poderão ser impressos em impressora

jato de tinta ou no processo digital. Para o mesmo autor, esses processo, embora

tenha um preço maior por unidade e uma qualidade de impressão um pouco inferior,

em casos de pequena tiragem (até 500 unidades), acaba por ser vantajoso

financeiramente. Em ambos os processos, o padrão de cores utilizado será o CMYK

nas cores institucionais especificadas no projeto. Em todos os impressos, foi

utilizada a fonte institucional Source Sans Pro, nas versões light, regular, semibold e

bold.

O cartão de visitas foi elaborado para ser impresso nos dois lados (4x4) com

o verso chapado com o azul descolado, o endereço de site em uma faixa de

destaque com 8 mm de espessura (figura 63) e os endereços das mídias sociais. Na

frente (figura 64), o texto está em preto 90% e azul, e com as informações pessoais

com ícones e o endereço para correspondência separados da marca por um fio na

vertical com espessura 0,5 pts. No cartão nota-se a intenção da empresa de passar

uma imagem descontraída, com o cargo “Designer e Sócia-Diretora Descolada”. Ele

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poderá ser distribuído em feiras de noivas e em lojas de trajes de casamento como

forma de divulgação. O formato do mesmo é retangular, medindo 90 mm de largura

por 55 mm de altura, impresso pelo processo offset em papel cuchê fosco de 300

g/m2, com aplicação de verniz localizado frente e verso e acabamento com refile

reto.

Figura 63 – Verso do cartão de visitas. Formato 90x55 mm. Escala 1:1 Fonte: autoria própria, 2015.

Figura 64 – Frente do cartão de visitas. Formato 90x55 mm. Escala 1:1 Fonte: autoria própria, 2015.

O papel de carta (ou papel timbrado) está no mesmo contexto, com a marca

na horizontal no topo, com um fio (1 pt) de separação azul. Na parte inferior, o site

em uma faixa azul de destaque (com 7 mm) e logo abaixo dos endereços das mídias

sociais e do ateliê. O formato é A4 (210x297 mm), como pode ser visualizado na

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figura 65, e a impressão será realizada em sulfite 75 ou 90 g/m2 em um primeiro

momento pelo processo com jato de tinta17.

Figura 65 – Papel de carta. Formado A4 (210x297 mm). Escala 1:2 Fonte: autoria própria, 2015.

Para os envelopes serem personalizados sem demandar um alto custo com

impressão, foram desenvolvidas etiquetas adesivas. A primeira (figura 66) terá a

17

O processo de jato de tinta líquida é o mais empregado nas impressoras pessoais. Segundo Villas-

Boas (2010), nele jatos pequenos de tinta são disparados contra o papel, utilizando a retícula estocástica.

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função de informar o endereço do remetente e a segunda será de fechamento,

sendo colada na parte posterior. O texto está alinhado à esquerda com fonte no

tamanho de 13,7 e escrito com a fonte Source Sana Pro regular e cor igual a 90% de

preto para as informações gerais e "Descolados Colados" escrito em bold na cor

"azul descolado".

Seu formato é retangular com 99x33,9 mm, e segue o tamanho-padrão da

empresa PIMACO, que fornece essas etiquetas dispostas em uma folha de A4

(210x297 mm) sob o código A4362 | A4, para impressão em jato de tinta.

Figura 66 – Etiqueta para fechamento de envelopes. Formato 99x33,9 mm. Escala 1:1 Fonte: autoria própria, 2015.

A segunda (figura 67) tem uma função de identificação com a marca da

empresa, sendo colada na parte frontal no canto superior esquerdo para não

conflitar com o selo dos correios. Seu formato é redondo com 42,33 mm de

diâmetro, e também segue o tamanho-padrão da empresa PIMACO, com as

etiquetas dispostas em uma folha de formato carta (279,4x215,9 mm) sob o código

6093 | carta, para impressão em jato de tinta.

Figura 67 – Etiqueta para identificação frontal de envelopes. Formato Ø 42,33 mm. Escala 1:1 Fonte: autoria própria, 2015.

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Na figura 68, um exemplo de aplicação frente e verso em envelope ofício

(formato 229x114) e na figura XX em envelope saco (formato 324x229).

Figura 68 – Exemplo de aplicação envelope ofício. Formado 229x114 mm Fonte: autoria própria, 2015.

Figura 69 – Exemplo de aplicação envelope saco. Formato 324x229 mm Fonte: autoria própria, 2015.

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Os produtos terão etiquetas suspensas como forma de interação com o

cliente, pois nelas há uma dedicatória de exclusividade, como segue: "Parabéns!

Você está recebendo um produto artesanal feito exclusivamente para você :)".

Possuem o formato de 30x50 mm, e serão impressas pelo processo offset em tríplex

300 g/m2 frente e verso (4x4) e acabamento com ilhós18. Como é possível visualizar

na figura 70, o layout da parte traseira segue o padrão de repetição folha com o

símbolo e o endereço do site.

Figura 70 – Etiqueta para os produtos. Formato 30x50 mm. Escala 1:1 Fonte: autoria própria, 2015.

Após as aplicações nas peças impressas, foram realizadas as aplicações nos

uniformes.

7.2 UNIFORME

Como a empresa presta serviços de forma impessoal, ou seja, a venda e o

contato com clientes se dão por meio da internet, os uniformes foram desenvolvidos

para situações em que esse contato possa ocorrer com fornecedores ou entregas

pessoais e eventos.

A primeira peça do vestuário são os lencinhos, um charme diferente para o

visual dos funcionários nas versões azul e coral, como nas ilustrações na figura 71.

Serão confeccionados em crepe georgette, com o tamanho de 350x350 mm e com o

18

Acabamento de metal que contorna a borda do orifício superior da etiqueta.

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padrão de repetição do símbolo em impressão sublimada, que, de acordo com a

explicação de Villas-Boas (2010, p. 111), este “processo utiliza tintas sólidas, em

forma de filme, que são transferidas para o suporte por cabeçotes via pressão e/ou

ação térmica”. Quanto maior a temperatura, mais pigmento é transferido para o

substrato. Nesse processo, são produzidos microscópicos pontos que possuem

tamanhos fixos e densidade variada.

Figura 71 – Lenços Fonte: autoria própria, 2015.

Também será confeccionada uma camiseta na cor branca (figura 72) para ser

utilizada com calça jeans. Sua gola tem um desenho canoa e botões, para ser mais

delicada que uma camisa polo e não tão informal como uma camiseta social. Serão

confeccionadas em poliviscose ou algodão, com a marca, o símbolo e o endereço do

site, em serigrafia.

Figura 72 – Frente e verso camiseta branca Fonte: autoria própria, 2015.

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Outra peça é o avental (figura 73) que poderá ser produzido no caso de uma

feira, auxiliando no suporte de alguma ferramenta de trabalho. Será confeccionado

em tecido sintético (em Oxford, por exemplo) azul-turquesa com o padrão de

repetição em preto 50% em impressão sublimada.

Figura 73 – Avental azul Fonte: autoria própria, 2015.

Em uma ocasião formal, se houver necessidade, poderá ser produzido um

uniforme com as mesmas peças na cor preta. A camiseta (figura 74) em algodão

poderá ser substituída por uma camisa social de popeline, porém mantendo o

mesmo bordado com o site nas costas em azul.

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Figura 74 – Modelo de frente e verso camiseta preta Fonte: autoria própria, 2015.

O mesmo se aplica ao avental e ao lenço (figura 75), ambos em preto com

sublimação em azul.

Figura 75 – Modelo da versão preta para o avental e o lenço Fonte: autoria própria, 2015.

Para ocasião de feiras, foi elaborada uma sacola como brinde, já que Wheeler

(2015) cita que os melhores estandes distribuem sacolas para guardar outros

brindes ganhos pelo caminho. Elas podem ser confeccionadas com a impressão

offset duas cores (2x0), em papel sulfite 180g/m2, nos formato 300x400x100 mm e

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alça colada. Esse tipo de impressão tem um custo mais baixo para uma distribuição

maior, já que a mesma autora explica que são itens de vida curta.

Já as sacolas de tecido foram produzidas em algodão cru. A serigrafia,

processo de impressão escolhido, caracteriza-se por ser permeográfica, utiliza de

telas de náilon ou poliéster como matriz para cada cor de impressa. É favorável para

impressos com grandes áreas chapadas, sendo possível a aplicação de meios tons

somente em nível industrial (VILAS-BOAS, 2010).

De acordo com o mesmo autor, esse processo manual de impressão é

escolhido por ter um custo baixo para pequenas tiragens, principalmente em tecido.

A qualidade de impressão está ligada à trama da matriz. Quanto maior o

número de fios por/cm, maior o nível de detalhamento do impresso. Uma expectativa

de bom resultado também é esperada, quando se usa menos cores (até três).

O autor ainda recomenda que, quando a impressão for em papel, que sejam

utilizados os texturizados e porosos, assim como sugere corpo de fonte maior que 9

pontos, para que os "ocos" dos caracteres não sejam entupidos.

Os códigos das cores de tintas serigráficas, que mais se aproximam das

cores institucionais, segundo a escala de cor da empresa de tintas Fremplast, são:

para o "azul descolado", o azul-celeste é 155, e para o "coral colado", o pink 137.

Na figura 76, a ilustração da frente e do verso da sacola com 300x400x100

mm.

Figura 76 – Sacola frente e verso Fonte: autoria própria, 2015.

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Além dessas aplicações, será realizada a aplicação da marca em preto na

nota fiscal eletrônica. A emissão da mesma é gerada quando a empresa vende um

produto on-line e seu layout é fixo com um espaço para a marca. Um exemplo de

layout pode ser verificado no Anexo 1.

Com as aplicações físicas concluídas, partiu-se para as virtuais, como site, e-

mail marketing e Facebook. Vale salientar que nessas aplicações o padrão de cor é

o RGB.

7.3 WEB

A web é o principal canal de venda dos produtos da empresa. Em primeiro

lugar, o endereço eletrônico da empresa foi registrado no site www.registro.com.

Esse registro é pago anualmente e garante que ele seja exclusivo da empresa, ou

seja, não permite que dois endereços eletrônicos sejam iguais. Por fim o endereço

da empresa ficou "www.descoladoscolados.com.br".

O site da empresa foi desenvolvido em Wordpress19 e seu layout ou tema foi

escolhido dentre vários temas num site de templates (http://pixelgrapes.com/) pré-

programados, o que reduziu o tempo para desenvolvimento da interface de venda,

principalmente pela autora ser leiga nessa área.

O tema de escolha (ou theme em inglês) é pago e chama-se Shopsy (US$

58). Foi realizada uma busca na internet, a fim de encontrar a versão gratuita desse

tema, porém, quando encontrado, não era de um site confiável. Diferentemente dos

outros gratuitos, este tem algumas funcionalidades a mais: um layout mais atraente,

é mais fácil de utilizar, além de ser responsivo (figura 77), o que significa que pode

ser aberto em um computador, tablet ou celular que o layout adapta-se ao tamanho

da tela. A compra pode ser realizada em qualquer dos meios eletrônicos de forma

clara e segura.

19

O WordPress é uma plataforma semântica de vanguarda para publicação pessoal, com foco na

estética, nos padrões web e na usabilidade. Ao mesmo tempo é um software livre, gratuito e feito por você. Em outras palavras, o WordPress é o que você usa quando quer trabalhar e não lutar com seu software de publicação de conteúdo, sendo hoje a maior plataforma de Gerenciamento de Conteúdo do mundo, com quase 70% do mercado. Fonte: Disponível em: <https://br.wordpress.org/>. Acesso em: jan. 2015.

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Figura 77 – Responsividade do site Fonte: autoria própria, 2015.

A sua estrutura consiste em: na sua parte superior há banners que

preenchem toda a largura da tela (full screen); há uma barra logo abaixo, com a

marca da empresa e os botões de acesso às páginas disponíveis (Sobre, Blog,

Shop, Carrinho, Check-out e Minha Conta), e um ícone do carrinho de compras e um

para o Facebook. Na sequência, a barra dos produtos em que é possível selecioná-

los pela categoria (cor e tipo de flor) e filtrar por preço; e abaixo as imagens dos

buquês com nomes, descrições e preços.

Ele também possui um programa por trás do layout que o cliente não tem

acesso, sendo possível ser utilizado apenas pela empresa figura 78. Nele, o

gerenciador pode verificar os produtos em estoque e os dados dos clientes e enviar

mensagens para os mesmos sobre a situação do produto, por exemplo: em

confecção, postado em, em trânsito e que saiu para entrega.

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Figura 78 – Programa gerenciador Fonte: autoria própria, 2015.

Esse tema poder ter suas cores editadas para as de preferência da empresa

e a marca ser incluída no layout, assim como as imagens dos produtos e seus

respectivos preços. Nele, já existe uma aba para um blog (figura 79), um canal de

comunicação importante com os clientes, já que muitas informações interessantes

podem atraí-los para o site.

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Figura 79 – Página blog Fonte: autoria própria, 2015.

Para a produção das imagens para o site, foi utilizado um miniestúdio caseiro,

com uma caixa de papelão, TNT (tecido não tecido), EVA branco e dois focos de luz

branca para iluminar, como na figura 80 a seguir. As fotos foram registradas com

uma câmera semiprofissional Kodak Z990 no dia 24 de março de 2015.

Figura 80 – Miniestúdio

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Fonte: autoria própria, 2015. Para que houvesse uma constância nas fotografias, elas foram padronizadas

com fundo branco e com flash para não formar uma sombra dura. O site proporciona

colocar mais de uma imagem de visualização (além da imagem do produto que fica

na vitrine20). A foto principal (figura 81) teve um destaque para as flores, as

secundárias (que só podem ser visualizadas caso o usuário clique na principal)

tiveram um enquadramento que englobou o cabo e as flores (figura 82) e outra com

uma visão do cabo do (figura 83). Se necessário, pode-se inserir mais uma, caso

haja um detalhe especial.

Figura 81 – Foto principal Fonte: autoria própria, 2015.

20 Imagens que ficarão expostas na página principal.

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Figura 82 – Foto secundária: flores e cabo do buquê Fonte: autoria própria, 2015.

Figura 83 – Foto secundária: visão do cabo do buquê Fonte: autoria própria, 2015.

Ao todo, foram produzidos cinco exemplos de buquês para esse projeto, pois

como a empresa os produz sob encomenda a produção de muitos exemplares

geraria um estoque que poderia ser perdido, além de não haver tempo hábil para a

confecção de mais exemplares.

Depois das imagens produzidas, estas foram inclusas no site, que, para ficar

on-line na rede mundial de computadores, necessita de uma hospedagem em um

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servidor, no caso a locaweb, serviço também cobrado trimestral, semestral ou

anualmente. Esse servidor aloca e protege todas as informações e imagens.

Abaixo, na figura 84, uma prévia da vitrine da loja virtual, com os buquês

desenvolvidos. No topo, é possível verificar os sliders (vários banners que se

alternam de tempo em tempo), que dão destaque a um produto ou a uma promoção.

Figura 84 – Página principal Fonte: autoria própria, 2015.

Outra funcionalidade bastante útil do template é que ele tem um link de

acesso às redes sociais que a empresa está inserida, sendo possível "curtir" e

"compartilhar" a página com seus amigos e também auxiliar na divulgação da marca.

Como pode ser visto, o ícone azul logo abaixo do buquê corresponde ao

Facebook (figura 85). Essa figura também mostra como o usuário do site vê o

produto, seu nome, as categorias a que pertence, uma breve descrição e seu preço.

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Figura 85 – Link para as redes sociais Fonte: autoria própria, 2015.

Quando o cliente seleciona um produto de interesse, este vai para o "carrinho

de compras". Na sequência, um exemplo com carrinho com três produtos

selecionados. Ele mostra uma miniatura das fotos, o nome do produto, o valor, a

quantidade de cada produto que foi adicionado à compra e o total a ser pago (figura

86).

Figura 86 – Carrinho de compra Fonte: autoria própria, 2015.

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Para que a compra seja completada, obrigatoriamente o cliente terá que se

cadastrar no site, primeiramente registrando um nome de usuário e senha (figura

87).

Figura 87 – Tela de cadastro: abertura Fonte: autoria própria, 2015.

Em seguida, preencher os dados pessoais e os de cobrança (figura 88).

Figura 88 – Tela de cadastro: inserção de dados Fonte: autoria própria, 2015.

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Wheeler (2012) argumenta que um item importante e muitas vezes esquecido

são os favicons, miniaturas que chamam a atenção na barra superior do navegador.

A autora ainda acrescenta que devido o espaço ser restrito (16x16 pixels) deve-se

sintetizar o máximo de informação, sem perder a identidade, afinal, como cita Blake

Deutsch (apud WHEELER, 2012), é importante aproveitar todas as oportunidades

para expressar quem você é. Na figura 89, segue como é o favicon da "Descolados

Colados".

Figura 89 – Aplicação do favicon na aba do site. Formato 16x16 px Fonte: autoria própria, 2015.

A assinatura de e-mail está em conformidade com as papelarias

desenvolvidas, apresenta o tamanho de 740x150 px, informa os contatos pessoais e

contém links para as mídias sociais e site (figura 90).

Figura 90 – Assinatura de e-mail. Formato 740x150 px Fonte: autoria própria, 2015.

Dentre as diversas redes sociais presentes na atualidade, este projeto se

restringirá ao desenvolvimento gráfico da página do Facebook num primeiro

momento, visto que segundo pesquisa do portal R7, a rede tinha em outubro de

2013 cerca de 1,15 bilhão de usuários únicos no mundo, estando em primeiro lugar.

Segundo a página Facebook for Bussines, a rede disponibiliza para as

empresas vantagens que podem ser utilizadas gratuitamente, como ser localizada

na rede por meio de uma barra de pesquisa, os clientes terem acesso direto ao

empresário com mensagens de texto privativas, além de conseguir mensurar quais

notícias mais agradam seu público-alvo, pois gera um relatório de "curtidas", ou seja,

uma marcação que os usuário indicam quando gostaram de um assunto.

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Foi na página do Facebook que a marca foi lançada e para tanto foram

desenvolvidas três padrões iniciais. O primeiro é o avatar21 (figura 91), imagem

pequena de 180x180 px que fica no topo, do lado esquerdo, logo abaixo da capa, e

é composta pela marca e um fundo branco ou em conjunto com uma falsa marca

d'água em 5% do padrão de repetição folha. Essa imagem aparecerá na barra de

pesquisa quando o nome da empresa estiver sendo procurado.

Figura 91 – Exemplos de avatar. Formato 180x180 px Fonte: autoria própria, 2015.

Outro padrão necessário é a capa que funciona como um "cartão de visitas"

para o público, isto é, uma imagem bem chamativa que pode variar de período em

período, como em datas comemorativas. Ela possui o tamanho de 851x315 px. Com

essa imagem, busca-se mostrar para os usuários um pouco das características da

empresa e também anunciar eventos importantes, pois fica fixa na página. Na figura

92, um exemplo de possível capa.

Figura 92 – Exemplo de capa de Facebook Fonte: autoria própria, 2015.

21

Pequena imagem para o fácil reconhecimento.

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Por último o layout dos posts, essas postagens que são feitas diariamente ou

três vezes por semana e ajudam a marca a ser levada para outras pessoas, pois

podem estar atrelada ou funcionar como um chamariz, com um link para o blog da

empresa. A intenção de estar presente nas redes sociais não é a de venda

propriamente dita, e sim a de estar no meio social, por isso raramente usa-se preço

nos posts. Segue o modelo de layout em simulações de posts na figura 93.

Figura 93 – Exemplo de post de Facebook. Formato 1000x838 px Fonte: autoria própria, 2015.

Cada post mede 1000x838 px. Na elaboração do layout, buscou-se um novo

enquadramento com um suave contorno de um retângulo em 19,5º com o plano

horizontal. Para manter a identidade e não ofuscar a notícia, a marca foi utilizada na

versão branca, porém, dependendo do contraste com o fundo, poderá ser utilizada a

versão preta.

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O Google, um dos principais sites de pesquisa da internet, utiliza de

conteúdos relevantes para dar informações de qualidade para os usuários (como

pode ser assistido nos links na nota de rodapé)22 e o blog que consta no site da

empresa pode ser uma fonte desses conteúdos e colocar o site da empresa nos

primeiros lugares na pesquisa orgânica23, quando a assunto for buquês, artesanato e

casamento.

Para divulgar preços para os clientes, preferencialmente utiliza-se o e-mail

marketing e o padrão estabelecido é o da figura 94, como segue.

Figura 94 – Exemplo de e-mail marketing. Formato 740x500 px Fonte: autoria própria, 2015.

Buscou-se manter uma sintonia com os posts de Facebook, com o tamanho

final de 740x500 px. A imagem principal mede 500x500 px ao lado de uma faixa

lateral, em que constam: a marca, as informações sobre o produto e o preço.

22

Como funcionam as pesquisas no Google. Disponível em:

<https://support.google.com/webmasters/answer/35769?hl=pt-BR>; <https://www.youtube.com/watch?v=BNHR6IQJGZs>. Acesso em: 10 out. 2014. 23

Pesquisa orgânica significa que não foi pago ao Google para que sua página apareça em primeiro

lugar.

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A cor utilizada neste faz referência ao produto, porém nada impede que haja

outras cores na faixa lateral de acordo com a arte, já que a marca está sobre um

fundo branco.

7.4 EMBALAGEM

Como a empresa preza pelo trabalho manual, a embalagem foi inspirada nas

caixinhas de papel de origami (figura 95), pois se buscou utilizar poucos pontos de

cola e a abertura é encaixada para que, quando for aberta, fique em forma de flor

(figuras 96 e 98).

Figura 95 – Caixinha de origami Fonte: imagens do Google, 2015.

A partir da pesquisa com o público-alvo, percebeu-se que a maior

preocupação dos possíveis consumidores era a de que o produto chegasse intacto,

com isso, a embalagem foi desenvolvida para a proteção dos buquês, dentro da

caixa de transporte dos correios. No interior desta, há um berço que acomoda o

cabo do buquê de forma ajustável e o mantém em pé (figura 96). Ele é uma parte

acoplada/encaixada na caixa. Se houver necessidade, a proteção será reforçada

com travesseiros de ar. O desenho técnico da faca deste berço está disponível no

apêndice H. Nesta peça, não há impressão.

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Figura 96 – Berço interno acoplado Fonte: autoria própria, 2015.

A estrutura foi desenvolvida com um fundo automático (figura 98) para

conferir mais resistência, já que é parcialmente colado e não abre para o lado de

fora, além de ser mais fácil de montar.

Na figura 97, o layout aberto da embalagem com formato de 915x628 mm foi

definido assim para aproveitamento em folhas no formato 66x96 cm, muito utilizado

em gráficas brasileiras de acordo com Villas-Boas (2010). O desenho técnico está

disponível no apêndice H.

O layout foi elaborado com apenas uma cor de impressão na parte externa

para reduzir os custos com impressão. Na caixa, foi utilizada uma variação do

padrão de repetição contorno do símbolo (figura 54, p. 75), com o fundo branco e o

padrão azul. A marca branca foi aplicada sobre um círculo azul, assim como a parte

inferior e superior receberam esta cor. Na sua parte traseira, estão as informações:

"Parabéns, você está recebendo um buque feito exclusivamente para você =) | Para

melhor preservação e não danificação do produto, guarde-o na embalagem e

mantenha em local arejado e longe de umidade. | Para vocês, o mais sincero desejo

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de felicidade! | "Descolados Colados"". O texto está sobre fundo branco e fonte azul

25 pts e alinhamento centralizado.

Figura 97 – Layout aberto embalagem. Formato 915x628 mm Fonte: autoria própria, 2015.

Na figura 98, o mockup da embalagem com 300x350 mm montada. Na figura,

é possível visualizar a impressão na cor "azul descolado" e o fundo automático.

Figura 98 – Embalagem montada: impressão "azul descolado" em tríplex 350 g/m² Fonte: autoria própria, 2015.

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A princípio, o material escolhido para confecção foi o papel tríplex 350 g/m2,

por ser resistente e ter interior branco, que confere uma delicadeza na recepção do

produto.

Porém, quando realizados os orçamentos (Tabela 1, p. 116), a impressão das

embalagens ficou com um valor unitário viável somente quando a quantidade foi

superior a 500 unidades e no papel kraft 350 g/m². Com isso, desenvolveu-se uma

segunda opção para essa impressão, com as mesmas especificações técnicas da

anterior, porém, com alterações do layout para a cor preta, no padrão de repetição,

na cor da marca e no texto de orientação (este continuou com 25 pts e alinhamento

centralizado). Na parte superior, inferior e no círculo por trás da marca, em que na

primeira versão usou-se o azul, nesta foi utilizada a cor do papel. Segue nova arte

na figura 99 e o mockup na 100.

Figura 99 – Layout aberto embalagem: segunda opção de cor. Formato 915x628 mm Fonte: autoria própria, 2015.

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Figura 100 – Embalagem montada: impressão preta em kraft 350g/m² Fonte: autoria própria, 2015.

Essas embalagens serão confeccionadas quando o negócio se tornar

rentável. Como alternativa para que os produtos tivessem uma boa forma de

transporte, foram confeccionadas embalagens manuais em papel kraft 350 g/m²,

sem impressão e com aplicação de fitas e etiquetas adesivas da empresa, já que no

mercado regional da cidade de Curitiba não foi encontrada nenhuma que

satisfizesse as necessidades de transporte (figura 101). A vantagem nesta

alternativa foi a sua produção sob demanda.

Figura 101 – Embalagem montada: exemplo artesanal. Formato 915x628 mm Fonte: autoria própria, 2015.

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O papel kraft 350 g/m2 foi escolhido por passar uma aparência mais rústica e

artesanal. A embalagem ganha delicadeza com as fitas de cetim.

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8 GESTÃO DE ATIVOS

Para Wheeler (2012), os conceitos e padrões de uma marca devem ser

difundidos primeiramente dentro da empresa. É necessário que todos os envolvidos

estejam em sintonia com os valores e significados que se deseja transmitir.

Como a "Descolados Colados" tem apenas a autora para a mão de obra, a

mensagem da marca será transmitida aos parceiros da microempresa, e no futuro,

quando houver a contratação de mais funcionários, esses valores serão transmitidos

em forma de treinamento e integração à empresa, já que, segundo Wheeler (2012,

p. 196), "os melhores instrumentos de gestão de marca comunicam o que a marca

significa" (WHEELER, 2012, p. 196).

Outra forma de comunicar e disseminar a microempresa serão o fácil acesso

ao manual de marca no site (como dito anteriormente) e o empenho em divulgar

notícias relacionadas a casamentos diferentes e alternativas de casamentos criativos

no Facebook da empresa, como forma de convidar o público a curtir e compartilhar

os conteúdos em sua rede social. Planeja-se um trabalho de mídia, no mínimo três

vezes por semana.

Outra maneira de levar a marca para os consumidores, de forma presencial,

será a firmação de parcerias com empresas especializadas em casamentos, como

ateliês de costura e empresas de decoração. Planeja-se, uma vez ao mês ou a cada

dois meses, uma ação de divulgação nesses espaços, com a aplicação de banners,

flores grandes com cupons de frete gratuito para a região de Curitiba e convite para

acessarem o site e o Facebook da empresa.

Para a ação continuar por uns dias, será deixado, em um balcão ou vitrine,

um porta-cartões no formato de para chamar a atenção.

Após a campanha, as fotos serão publicadas na página do Facebook da

empresa, com um post e link para o blog com a notícia.

Embora a empresa seja on-line, essas promoções presenciais serão

necessárias, para que algumas pessoas possam ter contato com os produtos, pois é

uma forma de mostrar que a empresa existe e possivelmente ter um depoimento do

trabalho na página.

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8.1 LANÇAMENTO DA MARCA NO FACEBOOK

Segundo a pesquisa "Os Horários Nobres das Redes Sociais - 4.ª edição",

realizada pela SCUP24 com dados coletados no ano de 2013, o melhor dia da

semana e horário para postagem no Facebook é na quinta-feira entre 11h e 12h. De

acordo com o monitoramento, nesse período aconteceram mais publicações,

somando 360.531 mil menções, como pode ser visualizado na figura 103 com o

gráfico.

Figura 102 – Gráfico comparativo com a média de postagens coletadas ao longo de todos os dias do ano de 2013 Fonte: SCUP Ideas, 2014.

Mesmo este sendo o período com mais pessoas acessando a página, não

necessariamente seja o melhor para as empresas postarem suas informações, pois,

segundo os autores do estudo, como muitas empresas estão postando informações,

a concorrência é maior. Sendo assim, optou-se por fazer o lançamento da marca na

segunda-feira, dia 30 de março de 2015, já que baseado no gráfico é um dia de

postagens médias.

24

SCUP é uma empresa que faz monitoramento estratégico para empresas nas mídias sociais,

informando quais as melhores alternativas para atingir o público de forma positiva.

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Os autores ainda explicam que antes do almoço (entre 11h e 12h) e no fim do

expediente (17h e 18h) há picos de acesso à rede, com isso optou-se pelo horário

das 11 horas. Na figura 104, os picos de acesso nas segundas-feiras.

Figura 103 – Gráfico com os picos de acessos à rede social nas segundas-feiras Fonte: SCUP Ideas, 2014.

A capa inicial tem um letreiro de boas-vindas escrito "Bem-vindos ao mundo

de buquês exclusivos descolados colados" e uma representação vetorial dos

produtos sobre o padrão de repetição contorno em azul (figura 105).

.

Figura 104 – Primeira capa de Facebook. Formato 851x315 px Fonte: autoria própria, 2015.

No primeiro post, foi usada a foto do buquê do casamento da autora (figura

106) com o texto "E aqui está a inspiração para a abertura desta empresa, meu

buquê de noiva, confeccionado por mim para o meu grande dia! Sejam bem-vindos à

nossa página, à esta arte maravilhosa em papel. Tudo que for postado aqui terá sido

feito com muito carinho, mas se mesmo assim não for a sua "cara" a gente

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personaliza e deixa do seu jeito, para que tudo seja perfeito para o seu grande

dia. =)"

Figura 105 – Primeiro post de Facebook. Formato 1000x838 px Fonte: autoria própria, 2015.

O resultado final do layout, antes do lançamento da página, foi o da figura

107, no endereço www.facebook.com/descoladoscolados.

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Figura 106 – Página de lançamento no Facebook Fonte: autoria própria, 2015.

Após 12h de publicação da página, atingiu-se um total de 90 curtidas, que

gerou o alcance de 253 pessoas, mesmo que não tenham curtido o conteúdo da

página, visualizaram por meio de seus amigos. A quantidade de curtidas e de

alcance pode ser verificada na marcação em laranja, na figura 108 a seguir.

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Figura 107 – Página do Facebook lançada Fonte: autoria própria, 2015.

Com isso, conclui-se que o lançamento foi bem-sucedido, já que há uma

opção na página do Facebook chamada "promover a página", que o gerenciador

pode comprar para que esta tenha 100 curtidas mais rápido. A "Descolados

Colados" conseguiu organicamente o resultado, ou seja, curtidas gratuitas. Esse

resultado também mostrou que a escolha da mídia para a promoção da empresa foi

boa e renderá bons resultados futuros.

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116

9 ORÇAMENTO

A seguir, o orçamento das peças a serem produzidas. Para a escolha dos

processos de impressão, foram selecionados os que inicialmente atendem a

empresa de forma satisfatória, levando em consideração uma boa qualidade e o

orçamento restrito para a produção. Na tabela 1, abaixo, foram expressos os valores

mais baixos encontrados em cada processo, pois os produtos foram orçados em

mais de um fornecedor, a fim de buscar o preço mais competitivo.

Tabela 1 – Orçamento das aplicações impressas Continua

Aplicação Processo Tiragem Valor unid. Total (R$) Observações

Cartão de visitas Offset 1000 0,135 135 Formato: 90x55 mm, 4x4, em cuchê fosco de 300 g/m

2 e verniz aplicado Cartão de visitas Digital 100 1,1 110

Etiqueta suspensa Offset 1000 0,11 110 Formato: 30x50 mm, 4x4, em tríplex 300 g/m

2 e furo

Etiqueta suspensa Digital 100 0,65 65 Formato: 30x50 mm, 4x4, em tríplex 300 g/m

2 e furo

Embalagem Offset 50 93,90 4.695 Formato fechado: 300x350 mm,1x0 ext., em tríplex 250 g/m

2.

Embalagem Offset 1000 8,29 8.290 Formato fechado: 300x350 mm, 1x0 ext., em tríplex 350 g/m

2.

Embalagem Offset 500 11,99 5.995 Formato fechado: 300x350 mm, 1x0 ext., em tríplex 350 g/m

2.

Embalagem Offset 1000 6,99 6,990 Formato fechado: 300x350 mm, 1x0 ext., em Kraft 350 g/m

2.

Embalagem Offset 500 10,50 5.200 Formato fechado: 300x350 mm, 1x0 ext., em kraft 350 g/m

2.

Sacola de tecido Serigrafia 50 15 750 Algodão cru

Sacola de tecido Sublimação 1 30 30 Tecido 100% poliéster

Sacola de papel Offset 1000 3,99 1.995

Formato fechado: 300x400x100 mm, 2x0,

sulfite 180 g/m2, alça de

fita colada

Sacola de papel Offset 500 2,99 2.995

Formato fechado: 300x400x100 mm, 2x0,

sulfite 180 g/m2, alça de

fita colada

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Conclusão

Aplicação Processo Tiragem Valor unid. Total (R$) Observações

Sacola de papel Offset 500 2,99 2.995

Formato fechado: 300x400x100 mm, 2x0,

sulfite 180 g/m2, alça de

fita colada

Camiseta Serigrafia 3 17 51 Algodão

Camiseta Sublimação 10 24 240 Poliéster com toque de poliviscose

Avental Sublimação 1 35 35 Tecido 100% poliéster

Lenços Sublimação 1 20 20 Tecido 100% poliéster

Etiquetas adesivas Jato de tinta 9.90 Redonda 240 unid.

Etiquetas adesivas Jato de tinta 49:40 Retangular 1600 unid.

Cartuchos 109,80 HP 60 color e PB

Papel sulfite 13:90 500 folhas 75g/m2

Fonte: autoria própria, 2015.

Na parte digital, a empresa terá um custo com a utilização de algumas

ferramentas necessárias para ficar on-line. Alguns deles tiveram um valor único e

outros pagos trimestral ou anualmente, como pode ser visto na tabela a seguir

(tabela 2).

Tabela 2 – Orçamento das ferramentas digitais

Ferramenta Valor único (R$) Valor mensal (R$) Valor Anual (R$) Observações

Site 186,18 Shopsy Template

Registro site 30,00 www.registro.com.br

Servidor 16,58 198,96 001Hosting

Total

Fonte: autoria própria, 2015.

Esses orçamentos serviram para a empresa ter uma base dos gastos que

serão necessários no início das atividades e analisar sua viabilidade.

Inicialmente, verificou-se ser possível a confecção dos cartões de visitas, das

etiquetas suspensas e, sob demanda, as etiquetas adesivas e o papel de carta, pois

podem ser impressos em impressora pessoal. Como explicado anteriormente, as

embalagens serão feitas artesanalmente no início das atividades.

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Na parte dos uniformes, foi confeccionado a camiseta e os lenços da versão

casual. As demais peças serão produzidas em ocasião de feiras e eventos em que a

utilização seja necessária, assim como as sacolas.

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal momento de uso de um buquê é quando a noiva entra na igreja ou

na cerimônia de casamento. Nessa hora, todos os olhares são voltados para ela, seu

vestido e seus ornamentos. A empresa "Descolados Colados" parte do princípio de

que bons momentos marcam e os detalhes os tornam especiais. É nesse sentido

que buscou ressaltar a individualidade e a personalização, para que o produto seja

único e especial para a noiva nessa ocasião tão esperada.

Sendo assim, este projeto resolveu de forma criativa e com esmero as

necessidades reais de comunicação da empresa. Para isso, utilizou-se a sintaxe

visual apresentada por Dondis, da metodologia de projeto exposta por Péon, e

principalmente o processo de branding exposto por Wheeler, que auxiliou de forma

organizada e clara nas etapas cronológicas para o desenvolvimento, não só da

marca, mas de toda a estrutura de posicionamento e gestão que a nova marca

precisava, principalmente por se tratar de uma empresa nova e atualmente informal.

No que cabe ao cumprimento dos objetivos propostos para este projeto,

houve sucesso, pois, a partir do embasamento teórico sobre o processo de branding,

a empresa on-line e as mídias sociais e o levantamento de dados sobre as

necessidades e preferências do público-alvo, foi possível elaborar um briefing de

marca, para conceber o posicionamento e a criação do nome da empresa.

Foi também a partir desse levantamento teórico e com técnicas de processos

criativos que se elaborou o briefing de criação e desenvolvimento da marca, com

suas especificações e seu manual.

A partir da análise de estratégias de marketing, optou-se por utilizar o

Facebook como ponto de partida e de lançamento da marca na web, escolha que

até o momento do término deste projeto foi bem-sucedida, devido aos resultados

satisfatórios de visualização na rede.

No que coube ao objetivo de desenvolver materiais comunicacionais, para a

distribuição da marca, no começo a empresa tem um orçamento restrito, então foram

elencados quais eram os gastos realmente necessários para o seu funcionamento.

Dentre eles, estão: deixar a parte web, on-line, com a compra do template do site, os

custos com servidor e o registo de endereço eletrônico.

No que se refere à papelaria, uma grande dificuldade foi com o preço das

embalagens. O preço unitário, quando impresso em pequenas quantidades (50

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peças), ficou muito acima do orçamento na primeira opção, em papel tríplex 350

g/m², sendo desenvolvida uma nova opção em um papel mais simples (kraft

350g/m²), que só teve um valor mais acessível a partir de 500 unidades, gerando um

novo contratempo, pois demandaria ter um estoque para armazenamento. A

embalagem é um item de muita importância, já que faz parte da proteção dos

buquês, evitando que amassem no transporte. Com isso, para que a empresa não

ficasse sem o material, optou-se por fazê-la artesanalmente, visto que é uma

embalagem simples com a maioria dos cortes retos. Foi encontrada dificuldade

também em receber os orçamentos dos fornecedores, quando a quantidade orçada

de cada material não era grande (menor que 50 unidades).

Além das alternativas para economizar com a papelaria, o lançamento da

marca aconteceu no Facebook (de forma gratuita) antes de o site estar on-line.

Embora, a empresa esteja com o template comprado e o domínio registrado, o gasto

com o servidor é mensal, além dos custos adicionais por compra realizada: o

programa dos correios para calcular frete e uma porcentagem que tem de ser

destinada ao Mercado Livre, sobre cada venda efetuada. Esses dois itens não são

obrigatórios, porque se pode receber pelas compras por meio de deposito bancário.

Porém, ter somente esta forma de pagamento em uma loja on-line poderia frustrar o

comprador e o mesmo desistir da compra. Sendo assim, optou-se por divulgar os

produtos na página do Facebook da empresa, a fim de o público ter conhecimento

sobre os produtos com a possibilidade de comprar por meio de depósito e, com isso,

consegue-se verificar a demanda e a viabilidade da loja on-line.

Após todos esses processos e buscas de alternativas para tornar o projeto

viável, a experiência de fazer o estudo, o desenvolvimento e a aplicação da marca

da própria empresa, utilizando-se dos conhecimentos adquiridos com os

professores, os livros e a academia, foram muito gratificantes para a autora deste

projeto, pois foi cumprido o que se propôs no início.

Por fim, a finalização deste trabalho é o ponto de partida para a

implementação da microempresa, com a abertura da mesma como uma MEI

(Microempresa Individual) junto ao SEBRAE, o registro da marca no INPI e a

abertura da loja on-line, para que se cumpra a visão de tornar-se a empresa

brasileira de referência em criação de buquês e decoração artesanal, na internet,

nos próximos cinco anos.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Missão, visão e valores

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Missão, Visão e Valores da empresa "Descolados Colados"

Missão

Criar produtos artesanais, principalmente em papel, com o propósito de oferecer aos

clientes o que há de melhor e diferenciado em buquês e decoração de festas.

Visão

Tornar-se uma empresa brasileira de referência em criação de buquês e decoração

artesanal, na internet, nos próximos cinco anos.

Valores

Respeito ao ser humano e à natureza

Simplicidade

Criatividade sempre

Alegria e dedicação ao trabalho

Satisfação pessoal e do cliente

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APÊNDICE B – Questionário para o público-alvo

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Questionário para o público-alvo

Olá, esta pesquisa faz parte de um trabalho de diplomação do curso de Design Gráfico da UTFPR, que tem por objetivo a criação da marca para uma empresa que faz buquês artesanais com flores de papel. Obrigada pela contribuição.

Qual o estilo de casamento que mais lhe agrada?

- Íntimo.

- Moderno.

- Tradicional.

- Luxuoso.

- Informal.

Você já ouviu falar em buquê de noiva com flores de papel?

- Sim.

- Não.

Se sim, sabe dizer o nome da empresa que o faz?

Você compraria um buquê artesanal feito em papel, como o da imagem, para o seu casamento ou para dar de presente?

- Se sim, por quê? (Pode marcar mais de uma resposta).

- Gosto de coisas feitas de papel.

- Gosto de artesanato.

- Sou alérgica a flores.

- É colorido.

- É diferente.

- É bonito.

- É elegante.

- É moderno.

- É criativo.

- É benfeito.

- É inovador.

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- E diferente dos tradicionais.

- É delicado.

- Não tenho um motivo.

- Outros.

- Se não, por quê? (Pode marcar mais de uma resposta).

- Parece frágil.

- Achei muito simples.

- Não gosto de artesanato.

- Esquisito.

- Achei feio.

- Achei malfeito.

- Prefiro os buquês com flores naturais.

- É diferente dos tradicionais.

- Não tenho motivo.

- Outros.

Cite as vantagens que a pessoa teria se adquirisse um buquê de papel, se comparado aos buquês de flores naturais.

- Não dá alergia.

- Não atrai abelhas.

- Pode ser guardado como lembrança.

- Pode decorar a casa depois do casamento.

- Pode ser comprado com antecedência da festa.

- Pode ter a cor que eu quiser.

- Pode ser reciclado.

- Não vejo nenhuma vantagem.

- Outros.

Cite as desvantagens.

- Pode amassar.

- Pode molhar.

- Não vejo nenhuma desvantagem.

- Outros.

Você compraria esse buquê pela internet?

- Sim.

- Não.

- Se sim, por quê?

- Tenho costume de fazer compras pela internet.

- Sim, desde que tivesse garantia de que não chegaria danificado.

- Chegaria à minha casa.

- Prefiro lojas virtuais.

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- Não tenho motivo.

- Outros.

- Não, por quê?

- Nunca faço compras pela internet.

- Acho que o produto pode chegar danificado.

- Não tenho como receber em casa.

- Prefiro lojas físicas.

- Tenho medo de colocar meus dados na web.

- Não tenho motivo.

- Outros.

Você compartilharia essas imagens de buquês nas suas redes sociais, como o Facebook e o Instagram?

- Se sim, por quê?

- Gosto de compartilhar coisas criativas e diferentes em minha página.

- Gosto de produtos feitos à mão.

- Porque vou e tenho amigos que irão casar.

- Não tenho motivo.

- Outros.

- Não, por quê?

- Não é um produto que me interessa.

- Não vou e não tenho amigos que irão casar.

- Não tenho motivo.

- Outros.

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APÊNDICE C – Opções de nomes

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Para a escolha do nome, foi realizado um brainstorming com palavras aleatórias voltadas à resolução do nome da empresa. Depois de várias tentativas, elas foram separadas em grupos e analisadas.

ARTESANATO

De mãos dadas

FAM (feito à mão)

NOME DA PROPRIETÁRIA

Happy Chilli Pimentinha

Apimentados Chilli Apimentado LUPI (Ludmila Pimenta)

Pimenta papel tesoura Pimenta RELATIVO A FLORES

Flower Roses

Folheando Floreando

Arranjo Arranjado

SENTIMENTOS

Coração

Carinho Amor

Afeição Feito de coração

Cativante Alegria

Amor Amora

Aroma Paixão

Apaixonado Apaixonante

Dois amores O amor em dobras

PAPEL

Celofane

Papel crepom Picote

Meu papel Meu crepom

Dobra Dobradura

Reciclável Reaproveitável Papelando Papeleira

papapapel Cores do papel Pa3pel Dobrando

DOBRADURA

Dobra e cola

Colando Cola amor

Descolados Colados Descolados Colados

ADJETIVOS

Diferente

Diferentaço Sustentável Bonito Elegante

Colorido Alaranjado

Bem querer Bem mimoso

Mimoso Mimos

Com graça Gracinha

Graciosa Sonhado

Único

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Singular Bacana Bacanudo

MOVIMENTOS CIRCULARES

Enrolando

Entrelaçando Ciranda

Espiral

CORTE

Picotando Tesoura

Ponta Recortado

CRIATIVIDADE

Cria Criando

Criandoquê Criativo

Criando Criado

EXPRESSÕES

Tudo o que eu queria

Ai que tudo! Com tudo

Faz-me rir Hã?

Tsc Tsc Putz Grila

Sim!

RELATIVOS A CASAMENTO

Desencalhando Casando

Só casando Entrelaço

Entre nós Arremesso

Arremessado Buquê

Conto de fadas Dia da festa

OUTROS

Bel Listra Prático Bomboquê

Bom buquê Bom Bom

Buquesa Burquesa

Tracejado Elefante Ornitorrinco Cenoura

Pistache Pincelado

Pitaco Pitado

Lembrança

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APÊNDICE D – Mapa mental

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APÊNDICE E – Esboços de assinaturas visuais

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APÊNDICE F – Pesquisa com o público-alvo sobre uma das opções de marca

desenvolvidas

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Pesquisa com público-alvo

Pergunta 1

Pergunta 2

Pergunta 3

Resposta no campo outros: “Infantil”.

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Pergunta 4

Resposta no campo outros: “fofa”. Pergunta 5

Resposta no campo outros: “feito à mão e com amor, até que sim, mas o produto da marca não fica claro”. Pergunta 6

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APÊNDICE G – Facas embalagem

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ANEXO

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ANEXO 1 – Exemplo de layout de nota fiscal eletrônica

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