USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA€¦ · APRESENTAÇÃO O presente relatório reporta atividades...

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA RELATÓRIO FINAL / 2007

UHE MIRANDA

1


USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda.

PATOS DE MINAS, MARÇO DE 2008.

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA FINAL / 2007 UHE MIRANDA

2

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda.

Equipe Técnica

Técnico Responsável pela elaboração do Relatório

Regina Célia Gonçalves Bióloga – CRBio 44.468/4D

Equipe técnica colaboradora

Elisa Queiroz Garcia Bióloga – CRBio 44.033/04D

Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga – CRBio 57.341/04P

Helber Moreira Machado Químico – CRQ/MG 02102055

Alex Luiz de Andrade Melo Biólogo – CRBio 35.065/01D

ENDEREÇO: Av. Padre Almir Neves de Medeiros, 650 - Sobradinho

Patos de Minas - MG. 38701-118

(034)3823-8440 / 9975-5014 / 9975-1280


3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 4 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5

1.1. Área de estudo ................................................................................................ 5 2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 7

2.1. Objetivo geral ................................................................................................. 7 2.2. Objetivos específicos ....................................................................................... 7

3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 8 3.1. Locais de coleta ............................................................................................... 8 3.2. Freqüência das coletas ................................................................................... 12 3.3. Coletas .......................................................................................................... 12 3.4. Análise do material ....................................................................................... 13 3.5. Apresentação dos dados ................................................................................ 14 3.6. Equipe executora dos trabalhos ..................................................................... 17

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 18 4.1. Condições climáticas ..................................................................................... 18 4.2. Composição ictiofaunística ............................................................................ 18 4.3. Autoecologia das espécies amostradas ............................................................ 26 4.4. Abundância .................................................................................................. 30 4.6. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa .... 44 4.7. Avaliação da atividade reprodutiva ............................................................... 49 4.8. Diversidade ictiofaunística (H’) e Equitabilidade ........................................... 57 4.9. Análise de Similaridade ................................................................................. 57 4.10. Monitoramento da pesca profissional no reservatório ................................. 61 4.11. Coleta qualitativa ....................................................................................... 61

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 64


4

APRESENTAÇÃO

O presente relatório reporta atividades desenvolvidas em 2007 pela equipe técnica da

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. para o contrato n° 4570010251/510 que se refere

ao Monitoramento da Ictiofauna do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Miranda da

CEMIG Geração e Transmissão S. A.

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor: CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.

CNPJ: 06.981.176/0001-58

Endereço: Av. Cel. José Teófilo Carneiro, 2.777

Bairro São José

Uberlândia – MG

Empreendimento:

Usina Hidrelétrica de Miranda

Empresa Elaboradora:

Água e Terra Planejamento Ambiental

Contato: Bióloga Regina Célia Gonçalves

Avenida Padre Almir Neves de Medeiros, 650

Bairro: Sobradinho – Patos de Minas / MG

CEP: 38.701-118 – Tel/Fax: (34) 3823-8440

e-mail: [email protected]


5

1. INTRODUÇÃO

A fauna de peixes de água doce da América do Sul é diversificada e complexa, com

numerosas lacunas no seu conhecimento biológico (VARI & MALABARBA, 1998). Está

distribuída por numerosas correntes de água, incluindo pequenos afluentes de cabeceira e rios

caudalosos.

A regulação do fluxo dos rios acompanha a história humana. Registros históricos

sobre a regulação de grandes rios, visando os seus aproveitamentos para múltiplos usos,

remontam há mais de 5000 anos. A partir dos anos 80, em termos mundiais, o represamento

de grandes rios para a construção de reservatórios artificiais intensificou-se (ALLAN, 1995;

PETRERE JR., 1996).

Com o represamento dos rios, ocorre a destruição da vegetação ripária e a inundação

das lagoas marginais, além da transformação do antigo ecossistema lótico para um novo

ecossistema lêntico ou semi-lêntico, implicando em grandes alterações físicas, químicas,

limnológicas e ambientais (TUNDISI, 1988; NOGUEIRA, 1996).

Outro aspecto bem definido nos represamentos é a interrupção dos ciclos migratórios

alimentares e reprodutivos de algumas espécies de peixes reofílicas de alto valor comercial e a

presença de uma ictiofauna menos complexa que dos seus rios formadores. Existe um

predomínio de espécies de pequeno porte, já presentes na fase rio (nativas), que conseguiram

suportar tais impactos e, portanto, são pré-adaptadas às novas condições lacustres (CASTRO

& ARCIFA, 1987; LOWE-MCCONNELL, 1987; FERNANDO & HOLCIK, 1991;

WOYNAROVICH, 1991; PETRERE JR., 1996).

A introdução de espécies exóticas tem causado problemas de super populações e

competição por nichos ecológicos irreparáveis. Devido aos sucessivos barramentos de rios, as

espécies tendem a se adequar às novas situações ecológicas, para poder realizar

satisfatoriamente o ciclo reprodutivo (SUZUKI & AGOSTINHO, 1997).

1.1. Área de estudo

A UHE de Miranda situa-se a 30 km de Uberlândia, rodovia BR 365, km 588 no

município de Indianópolis. O reservatório estende-se até a barragem de Nova Ponte, atingindo

os municípios de Uberlândia, Indianópolis, Uberaba e Nova Ponte.

A usina opera desde 1998, com 03 unidades geradoras e seu reservatório apresenta um

volume útil de 145,6 milhões de metros cúbicos.


6

Após a conclusão da obra da UHE de Miranda, foram consideradas alterações na

composição das espécies do rio Araguari, principalmente na área do reservatório, com a

alteração de ambientes lóticos para lênticos e, a jusante, com a regularização da vazão. Outro

aspecto importante a ser considerado é a construção das usinas hidrelétricas Capim Branco I e

II, a jusante da UHE Miranda, contribuindo ainda mais para a regularização da vazão do Rio

Araguari.

Os trabalhos relativos à ictiofauna da área da UHE Miranda tiveram início em

novembro de 1986 no contexto da elaboração dos estudos ambientais para o referido

empreendimento. Essas atividades se estenderam até novembro do ano seguinte e para a sua

execução, foram amostradas cinco estações, distribuídas desde o reservatório de Itumbiara até

o Salto, em Nova Ponte. Foram realizados estudos sobre a estrutura das populações ícticas, a

biologia reprodutiva e a ecologia alimentar.

O presente programa de monitoramento da ictiofauna justifica-se pelo fato de

implementar o conhecimento técnico e a formação de um banco de dados sobre a situação da

ictiofauna e pesca profissional no Rio Araguari, a montante e jusante da usina, bem como, o

atendimento aos programas e projetos estabelecidos no Sistema de Gestão Ambiental da

instalação.


7

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

O monitoramento da ictiofauna do reservatório de Miranda tem como objetivo

principal dar continuidade à avaliação das alterações espaciais e temporais que se processam

na estrutura da comunidade de peixes do trecho do rio Araguari considerado, em função da

implantação e operação do empreendimento.

2.2. Objetivos específicos

Dentre os objetivos específicos podem-se citar:

• Avaliar, nas escalas temporal e espacial, a estrutura da ictiofauna com respeito à

composição em espécies, abundância relativa e riqueza absoluta de espécies;

• Estimar as produtividades em número e biomassa das espécies, pontos e períodos

amostrados e tamanho de malha através da captura por unidade de esforço (CPUE);

• Estimar a diversidade ictiofaunística dos pontos e períodos de amostragem;

• Avaliar a atividade reprodutiva de espécies de interesse no reservatório e a jusante da

barragem;

• Avaliar a presença de pesca profissional no reservatório da UHE Miranda.


8

3. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia ora descrita consiste naquela descrita na Especificação Técnica

GA/PA-UAT nº 003/2007, elaborada pela equipe técnica da Cemig, bem como o documento nº

11.158-RE-M90-037 – Manuais de operação de Meio Ambiente – Capítulo 6 –

Monitoramento da Ictiofauna e Cuidados na Operação – UHE Miranda.

3.1. Locais de coleta

As coletas de peixes foram realizadas em quatro pontos de amostragem, conforme

tabela 1:

Ponto Descrição Coordenadas

MI-

01

Região proximal à barragem da Usina de Miranda, na margem direita no reservatório 18º53’59,6”S e

48º01’26,2”W

MI-

02

Região central do reservatório, no município de Indianópolis 19º04’00,6”S e

47º57’22,6”W

MI-

03

Região distal à barragem, a jusante da barragem de Nova Ponte, cerca de 2 km a

montante da Reserva de Jacob

19º06’44,5”S e

47º46’25,0”W

MI-

04

Região logo a jusante da barragem de Miranda, nas imediações do vertedouro e do

canal de fuga da Usina

18º54’26,6”S e

48º02’39,3”W

Tabela 1: Pontos de coleta

Figura 01. Região proximal à

barragem da Usina de

Miranda, na margem direita

do reservatório (Ponto MI-01)


9

Figura 02. Região central do

reservatório, no município de

Indianópolis (Ponto MI-02)

Figura 03. Região distal à

barragem, a jusante da

barragem de Nova Ponte,

cerca de 2 km a montante da

Reserva do Jacob (Ponto MI-

03).

Figura 04. Região logo a

jusante da barragem de

Miranda, nas imediações do

vertedouro e do canal de fuga

da Usina (Ponto MI-04).


UHE MIRANDA

10

A localização dos quatros pontos amostrados está apresentada nas Figuras 05 e 06, a seguir.

Figura 05. Localização da região de estudos e dos pontos de amostragem de ictiofauna no reservatório e a jusante da UHE Miranda


11

Figura 06. Imagem de satélite da UHE Miranda, destacando os pontos de coleta


UHE MIRANDA

12

3.2. Freqüência das coletas

Conforme especificação técnica anteriormente citada, o presente monitoramento foi

realizado através de duas campanhas de campo, nos meses de julho e novembro de 2007

As coletas foram realizadas entre os dias 03 e 08 de julho/2007 e 13 e 16, em

novembro/2007.

3.3. Coletas

3.3.1. Equipamentos e procedimentos

Para a atividade de coleta foi utilizado barco marujo de 5 metros de comprimento e

150 cm de largura registrado na Capitania Fluvial do São Francisco em Pirapora através do

número de registro 941M2006000443 (Anexo C) e motoneiro devidamente registrado.

Foi elaborada Análise de Risco pela equipe de campo e obtido porte da Autorização

para Utilização de Embarcação (APUE) emitida pela coordenação da Usina Hidrelétrica

Miranda.

Foi obtida Licença de Pesca Científica (Anexo D) junto ao Instituto Estadual de

Florestas (IEF) para coleta de material ictiológico no Rio Araguari.

3.3.2. Capturas quantitativas

Para as capturas quantitativas, utilizaram-se redes de malhas com 10 e 20 metros de

comprimento e altura média de 1,6 metros. Foram utilizadas malhas de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12,

14 e 16 centímetros, medidos entre nós opostos.

Foi empregado esforço amostral de 760 metros lineares no total por ponto de

amostragem, sendo 20 metros para as malhas 3, 4 e 5 e 100 metros para as demais. As redes

foram armadas à tarde e retiradas na manhã seguinte, permanecendo aproximadamente de 14

horas de exposição.


13

3.3.3. Capturas qualitativas

Para as amostragens qualitativas, foram utilizados os seguintes petrechos: rede de

arrasto tipo picaré com malha 10 mm; tela mosqueteira com abertura de 2,0 mm através de 4

arrastos por ponto ao longo de cerca de 10 metros da linha de margem; tarrafa e peneiras.

3.3.4. Acondicionamento e transporte

Os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos plásticos etiquetados e

separados por ponto amostral (Figura 07), material de pesca e tamanho de malha. Em campo

os exemplares coletados foram fixados em solução de formol 10% e acondicionados em

bombona plástica.

Figura 07. Acondicionamento

dos peixes capturados em saco

plástico.

3.4. Análise do material

Em laboratório, os peixes foram lavados e conservados em solução de álcool etílico a

70° GL.

Em seguida, procedeu-se a triagem, etiquetação, identificação taxonômica, obtenção

do diagnóstico definitivo do sexo e de maturação gonadal e dos dados relacionados a

biometria (peso corporal em gramas e comprimento total em cm).


14

3.5. Apresentação dos dados

3.5.1. Abundância

Foram apresentadas as abundâncias absolutas, relativas e total para as espécies

encontradas em cada uma das amostragens realizadas no reservatório da UHE de Miranda.

A abundância absoluta é considerada a quantidade de indivíduos encontrados por

espécie e a abundância relativa, a relação entre a abundância absoluta da espécie e abundância

total de todos os indivíduos coletados na amostragem.

3.5.2. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa

As produtividades em número e biomassa foram estimadas através da captura por

unidade de esforço (CPUE), com base nos dados obtidos através das redes de espera. O

cálculo da CPUE foi efetuado através das seguintes equações:

16

CPUE (n) = ∑ (Nm / EPm ) x 100

m=3

e,

16

CPUE (b) = ∑ (Bm / EPm ) x 100

m=3

Onde:

CPUEn = captura em número por unidade de esforço;

CPUEb = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;

Nm = número total dos peixes capturados na malha m;

Bm = biomassa total capturada na malha m;

EPm = esforço de pesca, que representa a área em m2 das redes de malha m;

m = tamanho da malha (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm).


15

3.5.3. Avaliação da atividade reprodutiva

Durante a avaliação da atividade reprodutiva, os peixes foram submetidos a incisão

ventral para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para

os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas, os quais foram

fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 70º GL, por 24 horas, para posterior

processamento histológico.

Esta análise baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade

abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos

diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (VONO

et al, 2002).

Foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características

propostas por VONO et al. (2002), com algumas adaptações:

• Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho

nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos;

• Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos

vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de

volume e com aparência leitosa;

• Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume, grande

número de ovócitos IV evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas;

testículos com maior aumento de volume, leitosos;

• Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos

vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de

volume, túrgidos, leitosos;

• Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com

número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos e

sanguinolentos.


16

3.5.4. Diversidade ictiofaunística (H’) e Equitabilidade

Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos

obtidos através das capturas com redes de malhas (CPUE). Utilizou-se o índice de diversidade

de Shannon-Weaver (MAGURRAN, 1991), descrito pela equação: S

H' = - ∑ (π) x (logn π), onde:

i = 1

Onde:

S = número total de espécies na amostra;

i = espécie 1, 2, 3 ...i na amostra;

π = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número.

A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada

período de captura, foi calculada através da equação de Pielou (1975).

E = H’ / log N

Onde:

H’ = Índice de Diversidade de Shannon;

N = número de espécies.

Os valores da diversidade e da equitabilidade foram calculados para cada uma das

estações de coleta separadamente.

3.5.5. Análise de Similaridade

As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas foram comparadas

através do Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1991) utilizando a seguinte

fórmula através do Programa BiodiversityPro:

IS = 2j / (a+b)

Onde:

IS = Índice de similaridade;


17

j = número de espécies em comum;

a + b = número de espécies em dois pontos.

3.5.6. Monitoramento da pesca profissional no reservatório

Realizaram-se inspeções no reservatório e em seu entorno visando à identificação de

pesca profissional como a presença de embarcações, concentração de pescadores e locais de

comercialização de pescado. Obtiveram-se ainda informações sobre esta atividade junto ao

Destacamento da Polícia Ambiental e IEF’s da região.

3.6. Equipe executora dos trabalhos

Todas as etapas supracitadas foram realizadas pela seguinte equipe técnica:

Nome Formação Função

Alex Luiz de Andrade Melo Biólogo Taxonomia / Autoecologia /

Elaboração de Relatório

Elisa Queiroz Garcia Bióloga Coleta

Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga Biometria / Análise gonadal

Gabriela Silva Moura Bióloga Biometria

Helber Moreira Machado Químico Coletas

Regina Célia Gonçalves Bióloga Biometria / Análise gonadal /

Elaboração de Relatório

Ubaldo José Magalhães - Arraiz / Aquaviário


18

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Condições climáticas

Conforme mencionado anteriormente, as coletas foram realizadas nos meses de julho e

novembro. Na tabela a seguir, são apresentadas as condições climáticas observadas durante as

coletas.

Período (2007) Condição climática

03 a 08 de julho Tempo bom, sem a ocorrência de chuvas e com poucas nuvens

13 a 16 de novembro Tempo bom, sem a ocorrência de chuvas e com poucas nuvens

Tabela 2: Condições climáticas observadas no durante as campanhas de amostragem

4.2. Composição ictiofaunística

Em 2007, foram coletados 1040 indivíduos, distribuídos em 04 ordens, 10 famílias e

25 espécies no reservatório da UHE Miranda. Na tabela 3, que se segue, são apresentadas as

espécies coletadas bem com a presença das mesmas em cada uma das coletas realizadas.

Tabela 03. Composição ictiofaunística do reservatório da Usina Hidrelétrica de Miranda, em 2007.

Ordem Família Espécie Nome comum

Presença nas

coletas

Julho Novembro

Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra + +

Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho + +

Leporinus friderici Piau três pintas - +

Leporinus lacustris Piau da lagoa - +

Schizodon nasutus Timburé - +

Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo + +

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho + +

Astyanax eigenmanniorum lambari + -

Brycon natteri Pirapitinga - +

Brycon orbignyanus piracanjuba + -

Serrasalmus spilopleura pirambeba + +


19

Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão + +

Hoplias malabaricus Traira + +

Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete + +

Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimatã, curimba ou papa-terra + +

Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapó ou tuvira + +

Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo + +

Cichlia piquiti tucunaré azul + +

Geophagus brasiliensis Acará - +

Tilapia rendalli tilápia + -

Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo + +

Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo + +

Pimelodus maculatus mandi amarelo + +

Pinirampus pirinampu mandi aluminio + -

Zungaro jahu jaú + +

+ = presença; - = ausência

Nas figuras a seguir (8 a 15), é apresentada a composição ictiofaunística de cada um dos

pontos amostrados.


UHE MIRANDA

20

Figura 8. Composição ictiofaunística do ponto MI-01, em julho Figura 9. Composição ictiofaunística do ponto MI-01, em novembro


21



22



23



UHE MIRANDA

24

De acordo com as figuras anteriormente apresentadas, verifica-se que as espécies

Apareiodon piracicabae (canivete), Hypostomus sp. (cascudo), Iheringichthys labrosus (mandi-

beiçudo), Pimelodus maculatus (mandi-amarelo), Prochilodus lineatus (curimatã) e Tilapia rendalli

(tilápia) foram encontradas em todos os pontos de amostragem, no mês de julho. Já em novembro,

as espécies encontradas em todos os pontos foram: Acestrorhynchus britskii (cachorra), Apareiodon

piracicabae (canivete), Hypostomus sp. (cascudo), Iheringichthys labrosus (mandi-beiçudo) e

Pimelodus maculatus (mandi-amarelo).

Canivete, cascudo, mandi-beiçudo e mandi-amarelo foram as espécies encontradas em todos

os pontos, nas duas campanhas de amostragem.

A tabela a seguir, tabela 4, apresenta as espécies encontradas nas duas campanhas de

amostragem, em cada um dos pontos:

Tabela 4: Espécies encontradas nas duas campanhas, em cada um dos pontos:

Ponto Espécies em comum

MI-

01

Apareiodon piracicabae, Cichlia kelberi, Cichlia piquiti, Hoplias malabaricus, Hypostomus sp.,

Iheringichthys labrosus, Pimelodus maculatus e Tilapia rendalli

MI-

02

Acestrorhynchus britskii, Apareiodon piracicabae, Astyanax altiparanae, Astyanax fasciatus, Gymnotus

carapo, Hoplias malabaricus, Hypostomus sp. Iheringichthys labrosus, Pimelodus maculatus e

Zungaro jahu

MI-

03

Acestrorhynchus britskii, Apareiodon piracicabae, Astyanax altiparanae, Astyanax fasciatus, Hoplias

lacerdae, Hypostomus sp., Iheringichthys labrosus, Pimelodus maculatus, Prochilodus lineatus, Tilapia

rendalii, Zungaro jahu

MI-

04

Acestrorhynchus britskii, Apareiodon piracicabae, Cichlia kelberi, Hoplias lacerdae, Hypostomus sp.,

Iheringichthys labrosus, Pimelodus maculatus, Prochilodus lineatus, Serrasalmus spilopleura e Tilapia

rendalii.

Diante das figuras e da tabela anterior, verifica-se, nas duas campanhas de

amostragem, a composição ictiofaunística dos pontos amostrados foi muito próxima,

apresentando apenas pequenas variações.

Com relação à razão sexual observada nesses indivíduos, verificou-se:


25

Tabela 5: Distribuição dos sexos, nas duas campanhas de amostragem

Sexo Julho Novembro

Fêmea 182 236

Macho 127 292

Juvenil 6 43

Sem identificação 72 82

Diante desses resultados, verificou-se uma razão sexual de aproximadamente um

macho para cada fêmea. As figuras a seguir apresentam a distribuição dos sexos dos

indivíduos coletados na UHE Miranda, nas duas campanhas de amostragem.

Figura 16. Distribuição dos sexos dos peixes coletados na amostragem de julho.

Figura 17. Distribuição dos sexos dos peixes coletados na amostragem de novembro


26

Conforme pode ser observado, as duas campanhas de amostragem apresentaram

proporções de indivíduos, com relação ao sexo, muito próximas.

4.3. Autoecologia das espécies amostradas

A seguir, são feitos alguns comentários sobre as espécies encontradas nas amostragens

realizadas em 2007.

Acestrorhynchus britskii

Espécie amplamente distribuída no Alto Paraná, caracterizada principalmente pelos seus

dentes caniniformes, especializados na alimentação onívora, com tendência a piscivoria.

Dados reprodutivos para grupo são escassos, apontando para uma desova por um curto

período, após migração. É coletado em ambientes lóticos, mas é supostamente mais abundante

em ambientes lênticos, principalmente em lagoas marginais.

Apareiodon piracicabae

Espécie amplamente distribuída na porção superior da bacia do rio Paraná. Habita as águas

rasas e correntosas, geralmente com o fundo rochoso ou com vegetação. É uma espécie

predominantemente herbívora, recolhendo o alimento, composto principalmente por algas

(verdes e azuis), diatomáceas e fragmentos de plantas vasculares, diretamente do solo

durantes longos períodos de pastagem diurna. É uma espécie migratória, com ovos do tipo

adesivo. Geralmente larvas são encontradas na superfície de remansos em ambientes lóticos

de baixa ordem, principalmente após as enchentes do período chuvoso (entre novembro e

março).

Astyanax altiparanae

A espécie em questão foi separada recentemente de Astyanax altiparanae, espécie que possuí

ampla distribuição na região Neotropical, ocorrendo desde o Panamá até a bacia do Prata.

Apresenta uma grande importância comercial, sendo pescado como alimento e para ser

vendido como isca viva para grandes peixes carnívoros. É classificado, de acordo com sua

dieta alimentar, como onívoro, com tendência a insetivoria. Não são reofílicos, mas podem ser

encontrados com freqüência em corredeiras moderadas. A reprodução é através de desovas

múltiplas, em geral, entre julho e janeiro.


27

Astyanax fasciatus e Astyanax eigenmanniorum

Espécies de ampla distribuição no Alto Rio Paraná e região neotropical, sendo recentemente

iniciado estudos para caracterização e delineamento taxonômico para estes complexos de

espécies de lambaris-de-rabo-vermelho. Demais comentários, ver Astyanax altiparanae.

Brycon natteri e Brycon orbignyanus

São peixes reofílicos migradores, com desova ocorrendo no início da estação chuvosa. São

onívoros, alimentando-se de frutos, sementes e insetos. Formam cardumes pequenos, vistos e

capturados em meio as fortes corredeiras à jusante de cachoeiras. São muito apreciados pela

carne e esportividade da pesca, sendo constante a presença de pescadores junto aos cardumes.

Cichla piquiti e Cichla kelberi

Os tucunarés em questão, conhecidos popularmente como tucunaré azul e tucunaré amarelo,

respectivamente, foram descritos recentemente para as bacias dos rios Araguaia e Tocantins,

sendo encontrado hoje em praticamente todos os reservatórios da bacia do Paraná. Como

espécie exótica, as espécies apresentam alta capacidade de adaptação nos sistemas lênticos

originários pelo represamento da água pelas barragens hidrelétricas, exercendo importante

papel na regulação e limitação de outros organismos aquáticos, utilizados na dieta carnívora,

com tendência à piscivoria. Podem apresentar desovas múltiplas entre os meses de janeiro e

setembro. Apresentam elevado potencial para pesca comercial e esportiva.

Geophagus brasiliensis

Espécie de ampla distribuição, habitando trechos lênticos ou remansos de rios. Adapta-se bem

à zona litorânea de reservatórios, principalmente em áreas de pedras ou com vegetação

aquática densa. A reprodução envolve cuidado parental e defesa de território, sendo freqüente

avistar grande cardumes de jovens nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Tem

importância para pesca informal.

Gymnotus carapo

Espécies de ampla distribuição geográfica, formando grupos gregários junto à vegetação

marginal ou flutuante. São peixes de hábito tipicamente noturno, se alimentando

principalmente de insetos autóctones. São poucos os trabalhos envolvendo aspectos

reprodutivos desta espécie, relatando o período reprodutivo compreendido de agosto a janeiro.


28

Hoplias malabaricus e Hoplias lacerdae

Com ampla distribuição geográfica, as traíras possuem hábito sedentário, e ocupam porções

do rio onde a velocidade da corrente é menor, buscando abrigo nas margens dos rios e

remansos, bem como lagoas marginais. São predominantemente piscívoras na fase adulta, e

insetívoras quando jovens. As traíras não realizam migração reprodutiva, depositando massas

de ovos adesivos que são guardados pelos pais, ao longo do período de incubação. O período

reprodutivo esperado para este grupo varia de agosto a dezembro, sendo os meses de outubro

e novembro com a maior incidência de exemplares em reprodução. São muito resistentes a

hipóxia, podendo sobreviver em ambientes com baixa concentração de oxigênio dissolvido.

Apresentam importância pesqueira, por possuir carne muito apreciada e atingir porte médio,

mas apesar de ser coletado com freqüência, não é uma espécie abundante. As traíras

apresentam potencial para piscicultura, sendo criada em consórcio com outras espécies de

reprodução rápida, como as tilápias, controlando super-populações. Podem infestar tanques de

criação através da introdução acidental, com grandes prejuízos para a aqüicultura. Hoplias cf.

lacerdae é provavelmente espécie exótica à bacia, sendo sua introdução derivada da prática da

aqüicultura regional.

Hypostomus spp.

Gênero amplamente distribuído no Alto Paraná, com grande resistência à poluição e

modificação da fisiografia do curso original de seu habitat. Alimentam-se fundamentalmente

de algas.

Iheringichthys labrosus

Assim como a maioria das espécies de Pimelodus, a espécie em questão é onivora,

alimentando-se preferencialmente de invertebrados, além de frutos e pequenos peixes.

Reproduz-se durante a enchente.

Leporinus octofasciatus, Leporinus friderici e Leporinus lacustris

O gênero Leporinus compreende um grande número de espécies de status taxonômico inserto,

sendo necessário um estudo minucioso da literatura atual corrente, e séries grandes para uma

boa identificação. Em geral, o gênero compreende espécies de piracema, sendo algumas

migradoras facultativas, e outras desovam em ambientes lênticos. Sua alimentação é composta

principalmente de um número grande de grupos de invertebrados, restos de peixes e vegetais.


29

Pimelodus maculatus

Assim como a maioria das espécies de Pimelodus, a espécie em questão é onivora,

alimentando-se preferencialmente de invertebrados, além de frutos e pequenos peixes.

Reproduz-se duranta a enchente, entre os meses de novembro a março.

Pinirampus pirinampu

A espécie apresenta ampla distribuição geografia em rios neotropicais. É um bagre de elevado

interesse para pesca comercial, esportiva e de subsistência. A dieta é predominantemente

carnívora, com preferência por peixes e crustáceos apresados junto ao substrato. A espécie

apresenta abundância relativa em reservatórios, mas a reprodução ocorre em ambientes

lóticos.

Prochilodus lineatus

Os proquilodontídeos são considerados peixes de elevada importância pesqueira em regiões

de influência de grandes rios. Todas as espécies de Prochilodus se alimentam de lodo

acumulado no fundo dos rios, possuindo para esta dieta uma série de adaptações, como uma

boca suctorial e um longo tubo digestivo. Adultos formam grandes cardumes que se

movimentam na parte central de grandes rios, próximos ao fundo, e jovens, freqüentemente,

abundam em lagoas ao longo das margens dos rios. Os peixes deste gênero também são

conhecidos pelos grandes deslocamentos migratórios reprodutivos, realizando para isso,

grandes saltos, vencendo obstáculos e a correnteza.

Schizodon nasutus

Peixe herbívoro que alimenta-se principalmente de macrófitas em decomposição, algas

filamentosas, sementes e raízes. Apesar da maioria das espécies do gênero não realizar

piracema, acredita-se que S. nasutus seja um migrador facultativo. É capturado junto à

vegetação marginal, provável sítio alimentar.

Serrasalmus spilopleura

As piranhas são caracterizadas por uma dieta carnívora, com especializações para predação de

escamas, nadadeiras, ou outras regiões corpóreas. São gregárias, habitantes de ambientes

lênticos, onde se reproduzem, com cuidado parental.


30

Tilapia rendalli

É uma espécie introduzida por ação antrópica junto a lagos artificiais. Reproduz-se de forma

rápida, sendo capaz de colonizar rapidamente novos ambientes. Alimenta-se de larvas e

insetos aquáticos, podendo realizar filtração. Possuem desova do tipo múltipla e cuidado

parental.

Zungaro jahu

A espécie da bacia do Paraná foi separada recentemente dos demais jaús. É um bagre de

grande porte, e apesar da importância para pesca, é raramente coletado. A escassez de

informações sobre este grupo é marcante, sobre tudo em relação aos aspectos reprodutivos,

sendo considerado apenas uma espécie migradora, realizando grandes deslocamentos durante

o período reprodutivo. Habita principalmente trechos profundos da calha dos rios, geralmente

abaixo de corredeiras e cachoeiras. A dieta do adulto é composta por peixes.

4.4. Abundância

De acordo com Lowe-McConnell (1999), a dominância de Ostariophysi,

principalmente de Siluriformes e Characiformes, é comum em rios neotropicais.

Conforme pode ser observado na figura a seguir, os Ostariophysi apresentaram

dominância em ambos os pontos amostrados. Em julho, verificou-se uma dominância da

ordem dos Siluriformes, que corresponderam a 53,7% dos indivíduos coletados. Já na

amostragem referente ao mês de novembro, ocorreu predomínio da ordem Characiformes,

representando 55,13% do total amostrado nessa campanha.

Considerando-se os resultados obtidos nas duas campanhas, foram coletados 1040

indivíduos. Destes, 49,80% pertenciam à ordem dos Characiformes.


31

Figura 18. Distribuição da porcentagem de abundância das ordens de peixes coletados em cada uma das

campanhas realizadas em 2007.

Com relação às famílias dominantes, observou-se que, em julho, a família dominante

foi Pimelodidae, representada por 143 indivíduos (36,9%), seguida por Characidae (n=83;

21,4%), conforme representado na Figura 19.

Figura 19. Ranque de abundância das famílias encontradas em julho de 2007.


32

Já na amostragem realizada no mês de novembro, verificou-se, também, que a

família dominante foi Pimelodidade, correspondendo a 32,77% do total de indivíduos

desta campanha. A figura 20 apresenta o ranque de abundância das famílias encontradas

em novembro.

Figura 20. Ranque de abundância das famílias encontradas em novembro de 2007.

A espécie mais abundante durante a amostragem realizada no mês de julho foi

Iheringichthys labrosus (mandi beiçudo) com 80 indivíduos coletados, perfazendo

aproximadamente 20,7% dos indivíduos coletados.

Na tabela 6 estão apresentadas as abundâncias absolutas e relativas das espécies

encontradas na amostragem referente ao mês de julho.

Tabela 06. Abundâncias absolutas e relativas da composição ictiofaunística do reservatório da UHE

Miranda em julho de 2007.

Espécie Nome comum Abundância absoluta Abundância relativa

Acestrorhynchus britskii cachorra 9 0,023

Apareiodon piracicabae canivete 24 0,062

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 34 0,088

Astyanax eigenmanniorum lambari 10 0,026

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 11 0,028

Brycon orbignyanus piracanjuba 1 0,003


33

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 9 0,023

Cichlia piquiti tucunaré azul 1 0,003

Gymnotus carapo sarapó ou tuvira 6 0,016

Hoplias lacerdae trairão 5 0,013

Hoplias malabaricus traira 4 0,010

Hypostomus sp. cascudo 65 0,168

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 80 0,207

Leporinus octofasciatus flamenguinho 1 0,003

Pimelodus maculatus mandi amarelo 56 0,145

Pinirampus pirinampu mandi aluminio 5 0,013

Prochilodus lineatus curimatã, curimba ou papa-terra 32 0,083

Serrasalmus spilopleura pirambeba 27 0,070

Tilapia rendalli tilapia 5 0,013

Zungaro jahu jaú 2 0,005

Total 387 1

A espécie mais abundante na amostragem referente ao mês de novembro foi

Pimelodus maculatus (curimatã) com 142 indivíduos coletados, perfazendo

aproximadamente 21,74% dos indivíduos coletados.

A seguir, tabela com as abundâncias relativas e absolutas obtidas nessa campanha

de amostragem.

Tabela 07. Abundâncias absolutas e relativas da composição ictiofaunística do reservatório da UHE

Miranda em novembro de 2007.

Espécie Nome comum Abundância

absoluta Abundância

relativa Acestrorhynchus britskii cachorra 27 0,041347626 Apareiodon piracicabae canivete 16 0,024502297 Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 57 0,087289433 Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 23 0,035222052 Brycon nattereri pirapitinga 8 0,012251149 Cichlia kelberi tucunaré amarelo 4 0,006125574 Cichlia piquiti tucunaré azul 7 0,010719755 Geophagus brasiliensis acará 1 0,001531394 Gymnotus carapo sarapó 5 0,007656968 Hoplias lacerdae trairão 5 0,007656968 Hoplias malabaricus traíra 16 0,024502297 Hypostomus sp. cascudo 53 0,081163859 Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 42 0,06431853


34

Leporinus friderici piau três pintas 60 0,091883614 Leporinus lacustris piau da lagoa 2 0,003062787 Leporinus octofasciatus flamenguinho 10 0,015313936 Pimelodus maculatus mandi amarelo 142 0,217457887 Prochilodus lineatus curimatã 4 0,006125574 Schizodon nasutus timburé 65 0,099540582 Serrasalmus spilopleura pirambeba 67 0,102603369 Tilapia rendalli tilápia 9 0,013782542 Zungaro jahu jaú 30 0,045941807 Total 653 1

Nas figuras 21 e 22 está representado o ranque de abundância das espécies, em cada

uma das campanhas realizadas.


UHE MIRANDA

35

Figura 21. Ranque de abundância das espécies de peixes encontradas em julho de 2007 no reservatório da UHE Miranda.


36

Figura 22. Ranque de abundância das espécies de peixes encontradas em novembro de 2007 no reservatório da UHE Miranda.


UHE MIRANDA

37

Em julho, o ponto que apresentou a maior abundância em indivíduos coletados foi o

ponto referente a região distal à barragem, jusante da barragem de Nova Ponte, cerca de 2 km

a montante da Reserva do Jacob (Ponto MI-03), onde foram coletados 129 indivíduos

(33,33%) (Tabela 08).

Figura 23. Abundância relativa de cada um dos pontos de amostragem, em julho.

Tabela 08. Abundâncias absolutas (N) totais das espécies e nos pontos coletados durante a campanha de julho de

2007 no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Pontos

MI-01 MI-02 MI-03 MI-04

Acestrorhynchus britskii cachorra 9 NE 5 2 2

Leporinus octofasciatus flamenguinho 1 1 NE NE NE

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 34 NE 18 13 3

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 11 NE 2 9 NE

Astyanax eigenmanniorum lambari 10 NE 10 NE NE

Brycon orbignyanus piracanjuba 1 1 NE NE NE

Serrasalmus spilopleura pirambeba 27 1 NE NE 26

Hoplias lacerdae trairão 5 1 NE 3 1

Hoplias malabaricus traira 4 1 1 2 NE

Apareiodon piracicabae canivete 24 4 2 17 1

Prochilodus lineatus curimatã, curimba ou papa-terra 32 3 2 25 2


38

Gymnotus carapo sarapó ou tuvira 6 3 3 NE NE

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 9 4 NE NE 5

Cichlia piquiti tucunaré azul 1 1 NE NE NE

Tilapia rendalli tilapia 5 2 1 1 1

Hypostomus sp. cascudo 65 26 6 10 23

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 80 11 23 45 1

Pimelodus maculatus mandi amarelo 56 4 4 1 47

Pinirampus pirinampu mandi aluminio 5 NE NE NE 5

Zungaro jahu jaú 2 NE 1 1 NE

Total 387 63 78 129 117

N.E = não encontrado

Já no mês de novembro, a maior abundância foi verificada no ponto MI-04 (jusante da

UHE Miranda), sendo que neste ponto foram coletados 332 indivíduos, correspondendo a

51% do total coletado (tabela 9).

Figura 24. Abundância relativa de cada um dos pontos de amostragem, em novembro.


39

Tabela 09. Abundâncias absolutas (N) totais das espécies e nos pontos coletados durante a campanha de

novembro de 2007 no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Pontos

MI-01 MI-02 MI-03 MI-04Acestrorhynchus britskii cachorra 27 12 2 3 10 Apareiodon piracicabae canivete 16 4 3 7 2

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 57 7 34 16 NE Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 23 7 10 6 NE Brycon nattereri pirapitinga 8 NE NE 5 3 Cichlia kelberi tucunaré amarelo 4 2 NE NE 2 Cichlia piquiti tucunaré azul 7 3 NE 3 1

Geophagus brasiliensis acará 1 1 NE NE NE Gymnotus carapo sarapó 5 1 1 1 2 Hoplias lacerdae trairão 5 NE NE 3 2

Hoplias malabaricus traíra 16 10 2 NE 4 Hypostomus sp. cascudo 53 10 2 5 36

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 42 23 5 11 3 Leporinus friderici piau três pintas 60 NE NE NE 60 Leporinus lacustris piau da lagoa 2 NE 2 NE NE

Leporinus octofasciatus flamenguinho 10 NE NE 8 2 Pimelodus maculatus mandi amarelo 142 16 12 17 97 Prochilodus lineatus curimatã 4 NE NE 3 1 Schizodon nasutus timburé 65 29 1 NE 35

Serrasalmus spilopleura pirambeba 67 NE NE 5 62 Tilapia rendalli tilápia 9 3 NE 4 2 Zungaro jahu jaú 30 15 4 3 8

Total 653 143 78 100 332

N.E = não encontrado

4.5. Biometria

O indivíduo com maior comprimento corporal coletado em julho foi um espécime de mandi

alumínio (Pinirampus pirinampu) com 59 cm de comprimento (Figura 25). Já um indivíduo de

Astyanax altiparanae (lambari do rabo amarelo) foi o menor espécime coletado apresentando 8 cm

de comprimento corporal total (Tabela 10).


40

Tabela 10. Comprimento corporal máximo, mínimo, médio e desvio padrão das espécies encontradas em

julho no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Máximo Mínimo Média Desvio Padrão

Acestrorhynchus britskii cachorra 9 33 16,5 24,444 6,232

Leporinus octofasciatus flamenguinho 1 27 27 27 0

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 34 16 8 10,118 2,181

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 11 13 10 11,182 1,146

Astyanax eigenmanniorum lambari 10 11 10 10 0,350

Brycon orbignyanus piracanjuba 1 27 27 27 0

Serrasalmus spilopleura pirambeba 27 26 12,5 18,722 4,086

Hoplias lacerdae trairão 5 51 46 48,600 2,408

Hoplias malabaricus traira 4 40 30 34,250 4,646

Apareiodon piracicabae canivete 24 31 11 16,708 4,566

Prochilodus lineatus curimatã ou papa-terra 32 51 20 29,781 5,293

Gymnotus carapo sarapó ou tuvira 6 37,5 27 31,667 3,790

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 9 32 20 25,833 3,553

Cichlia piquiti tucunaré azul 1 26,5 26,5 27 0

Tilapia rendalli tilapia 5 30 21 25,100 3,612

Hypostomus sp. cascudo 65 31 13 22,808 3,912

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 80 29 11 16,963 3,994

Pimelodus maculatus mandi amarelo 56 38,5 23 29,188 3,985

Pinirampus pirinampu mandi aluminio 5 59 16 43,000 18,097

Zungaro jahu jaú 2 12,5 11 12 1,061

Total 387

* - espécie singleton – espécie que foi coletada apenas um indivíduo na amostra.

Figura 25. Mandi alumínio

(Pirinampus pirinampu), indivíduo

coletado no ponto MI-04, malha 12,

com maior comprimento corporal

encontrado em julho de 2007 na

UHE Miranda.


41

Na amostragem realizada no mês de novembro, o maior indivíduo encontrado

apresentava comprimento corporal igual a 57 cm (Prochilodus lineatus – curimba), enquanto

que o menor comprimento foi igual a 8 cm, sendo que 8 indivíduos apresentaram tal medida:

três Hypostomus sp. (cascudo), dois Astyanax altiparanae (lambari do rabo amarelo) e um jaú

(Zungaro jahu).

Na tabela 11, a seguir, são apresentados os dados referentes ao comprimento corporal

das espécies encontradas na amostragem referente ao mês de novembro.

Tabela 11. Comprimento corporal máximo, mínimo, médio e desvio padrão das espécies encontradas em

novembro no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Máximo Mínimo Média Desvio Padrão

Acestrorhynchus britskii cachorra 27 29 11 20,407 4,9711 Apareiodon piracicabae canivete 16 46 12 17,375 7,8134

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 57 16 8 9,8947 1,4721

Astyanax fasciatus lambari do rabo

vermelho 23 17 10 12,5217 2,086 Brycon nattereri pirapitinga 8 36 31 34,125 1,5526 Cichlia kelberi tucunaré amarelo 4 39 24 31 6,1644 Cichlia piquiti tucunaré azul 7 32 14 24,4285 6,7046

Geophagus brasiliensis* acará 1 27 27 27 0 Gymnotus carapo sarapó 5 24 14 21,6 5,0299 Hoplias lacerdae trairão 5 54 32 41,4 8,5906

Hoplias malabaricus traíra 16 46 21 33,25 6,5979 Hypostomus sp. cascudo 53 31 8 21,0188 5,0781

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 42 31 12 19,8333 4,1137 Leporinus friderici piau três pintas 60 40 11 21,0666 7,651 Leporinus lacustris piau da lagoa 2 37 36 36,5 0,7071

Leporinus octofasciatus flamenguinho 10 33 11 23,7 5,5587 Pimelodus maculatus mandi amarelo 142 41 11 26,4577 5,5538 Prochilodus lineatus curimatã 4 57 30 37 13,3416 Schizodon nasutus timburé 65 36 12 27,3384 5,0875

Serrasalmus spilopleura pirambeba 67 30 14 22,5074 3,3861 Tilapia rendalli tilápia 9 37 22 28 4,3011 Zungaro jahu jaú 30 36 8 16,9666 8,7984

Total 653



42

Foi coletado um total de 73.764 gramas em material ictiológico em de julho de 2007

no reservatório da UHE Miranda. A espécie com maior biomassa total coletada foi mandi

amarelo (Pimelodus maculatus) com mais de 26 kg coletados, enquanto que Brycon

orbignyanus (piracanjuba) foi a espécie coletada com a menor biomassa total (28 gramas).

O indivíduo com maior biomassa coletado foi um espécime de curimba (Prochilodus

lineatus) com 2.300 gramas (Figura 26). Já um indivíduo de Astyanax altiparanae (lambari do

rabo amarelo) foi o espécime coletado com menor biomassa, apresentando apenas 7 gramas

(Tabela 12).

Tabela 12. Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies encontradas em

julho no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Total Máximo Mínimo Média Desvio Padrão

A. britskii cachorra 9 1.480 399 44 164,444 137,499

L .octofasciatus flamenguinho 1 279 279 279 279 0*

A. altiparanae lambari do rabo amarelo 34 614 65 7 18,059 14,329

A. fasciatus lambari do rabo vermelho 11 203 26 10 18,455 5,203

A. eigenmanniorum lambari 10 130 15 10 13 1,414

B. orbignyanus piracanjuba 1 206 206 206 206,000 0*

S. spilopleura pirambeba 27 5.565 603 26 206,111 156,378

H. lacerdae trairão 5 7.505 2.275 900 1501 625,803

H. malabaricus traira 4 2.095 745 397 523,750 152,476

A. piracicabae canivete 24 1.859 394 24 77,458 89,798

P. lineatus curimatã ou papa-terra 32 12.038 2.300 97 376,188 381,564

G. carapo sarapó ou tuvira 6 250 50 36 41,667 5,391

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 9 2.557 475 179 284,111 112,060

Cichlia piquiti tucunaré azul 1 319 319 319 319 0*

T. rendalli tilapia 5 1.675 539 252 335 120,547

Hypostomus sp. Cascudo 65 10.783 397 18 165,892 87,208

I.labrosus mandi beiçudo 80 3.882 208 12 48,525 40,107

P.maculatus mandi amarelo 56 16.412 820 114 293,071 170,249

P. pirinampu mandi aluminio 5 5.864 2.010 32 1172,80 877,132

Z. jahu jaú 2 48 28 20 24 5,657

Total 387 73.764



43

Figura 26. Curimba (Prochilodus

lineatus), indivíduo coletado no

ponto MI-03, malha 12, com maior

biomassa corporal encontrado na

coleta de julho de 2007 na UHE

Miranda.

Na amostragem realizada em novembro, o material ictiológico coletado apresentou

uma massa total igual a 127.537 gramas. A espécie com maior biomassa total coletada foi

mandi amarelo (Pimelodus maculatus) com quase 28 kg coletados, enquanto que Gymnotus

carapo (sarapó) foi a espécie coletada com a menor biomassa total (85 gramas).

Assim como ocorreu na amostragem anterior, o indivíduo com maior biomassa

coletado foi um espécime de curimba (Prochilodus lineatus) com 3380 gramas. Já um

indivíduo de Hypostomus sp. (cascudo) foi o espécime coletado com menor biomassa,

apresentando apenas 4 gramas (Tabela 13).

Tabela 13. Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies encontradas em

novembro no reservatório da UHE Miranda.

Espécie Nome comum N Total Máximo Mínimo Média Desvio Padrão

Acestrorhynchus britskii cachorra 27 2806 292 7 103,9259 80,1853

Apareiodon piracicabae canivete 16 2239 1540 25 139,9375 373,6155

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 57 882 67 9 15,4736 8,7975

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 23 688 69 9 29,913 17,2387

Brycon nattereri pirapitinga 8 3770 671 276 471,5 125,9849

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 4 2008 687 213 502 214,1681

Cichlia piquiti tucunaré azul 7 1942 519 35 277,4285 201,4256

Geophagus brasiliensis acará 1 239 239 239 239 0

Gymnotus carapo sarapó 5 85 22 11 17 4,8476

Hoplias lacerdae trairão 5 3995 1045 523 799 257,3449

Hoplias malabaricus traíra 16 8091 1495 20 505,6875 398,6307

Hypostomus sp. cascudo 53 5948 309 4 112,2264 68,5584

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 42 3314 302 10 78,9047 62,5821

Leporinus friderici piau três pintas 60 9924 1080 15 165,4 197,4709

Leporinus lacustris piau da lagoa 2 1252 700 552 626 104,6518


44

Leporinus octofasciatus flamenguinho 10 1642 314 16 164,2 80,0524

Pimelodus maculatus mandi amarelo 142 27918 640 12 196,6056 129,2126

Prochilodus lineatus curimatã 4 4685 3380 406 1171,25 1472,9121

Schizodon nasutus timburé 65 18618 772 38 286,4307 150,998

Serrasalmus spilopleura pirambeba 67 20156 690 47 300,8358 143,3695

Tilapia rendalli tilápia 9 4045 965 256 449,4444 215,3277

Zungaro jahu jaú 30 3290 538 9 109,6666 148,8758

Total 653 127537

4.6. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa

As figuras a seguir (Figuras 27 a 30), apresentam as capturas totais, através da CPUE

em número, para as malhas utilizadas no reservatório da UHE Miranda, em cada um dos

pontos amostrados, nas duas campanhas.

Figura 27. Captura total por unidade de esforço em número por tamanho de malha no ponto MI-01


45




46


Em julho, nos pontos MI-02 e MI-03, observou-se que o tamanho de malha que obteve

maior sucesso em número de indivíduos capturados na coleta foi a malha 3. Já no ponto MI-

01, malha de maior sucesso foi a malha 4. As malhas 6 e 8 obtiveram maior sucesso de

captura no ponto MI-04

Já na amostragem realizada no mês de novembro, verificou-se que, todos os pontos, na

maioria das malhas, apresentaram um maior valor de CPUEn, quando comparadas as duas

campanhas realizadas. Nos pontos MI-01 e MI-03, a malha de maior sucesso de captura foi a

malha 4, enquanto que nos demais pontos, verificou-se uma maior captura no malha 3.

As Figuras 31 a 34, que se seguem, apresentam as capturas totais, através da CPUE em

biomassa, para as malhas utilizadas em cada um dos pontos de coleta.


47

Figura 31. Captura total por unidade de esforço em número por biomassa, por tamanho de malha no

ponto MI-01


ponto MI-02


48


ponto MI-03


ponto MI-04

Nos pontos MI-01 e MI-03, o tamanho de malha que obteve maior sucesso em

biomassa capturada na coleta foi a malha 5, enquanto que no ponto MI-02 foi a malha 4. Já no

ponto MI-04, o maior sucesso foi observado na malha 12.

Assim como ocorreu para a CPUEn, verificou-se, também, um aumento na CPUEb, na

maioria das malhas utilizadas, na amostragem referente ao mês de novembro. Somente no

ponto MI-02 é que foi evidenciada uma diminuição na CPUEb de praticamente todas as


49

malhas. Nos pontos MI-01 e MI-03, a malha de maior sucesso foi a malha 5, enquanto que

nos pontos MI-02 e MI-04, foi a malha 7.

4.7. Avaliação da atividade reprodutiva

A maioria das fêmeas e machos das espécies capturadas na amostragem referente ao

mês de julho encontrava-se no estágio 3, (76,9% - fêmeas; 77,9% - machos). As Tabelas a

seguir apresentam as distribuições das abundâncias absolutas (Tabela 13 e 14) e as Figuras 35

e 36 demonstram a distribuição das freqüências, nessa amostragem

Tabela 13. Distribuição da abundância absoluta (N) dos estágios de maturação gonadal para as fêmeas

adultas das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em julho de 2007.

Espécie Nome comum N Estágio gonadal

1 2A 2B 2C 3

Acestrorhynchus britskii cachorra 3 1 1 1

Leporinus octofasciatus flamenguinho 0

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 14 14

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 4 4

Astyanax eigenmanniorum lambari 7 2 5

Brycon orbignyanus piracanjuba 1 1

Serrasalmus spilopleura pirambeba 14 11 3

Hoplias lacerdae trairão 2 1 1

Hoplias malabaricus traira 1 1

Apareiodon piracicabae canivete 15 3 12

Prochilodus lineatus curimba ou papa-terra 25 1 24

Gymnotus carapo sarapó ou tuvira 2 2

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 2 2

Cichlia piquiti tucunaré azul 0

Tilapia rendalli tilapia 3 3

Hypostomus sp. cascudo 6 6

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 40 9 10 21

Pimelodus maculatus mandi amarelo 43 1 42

Pinirampus pirinampu mandi aluminio 0

Zungaro jahu jaú 0

Total 182 0 13 26 3 140


UHE MIRANDA

50

Figura 35. Distribuição freqüência (%) dos estágios de maturação gonadal para as fêmeas adultas das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em

julho de 2007.


UHE MIRANDA

51

Tabela 14. Distribuição da abundância absoluta (N) dos estágios de maturação gonadal para os machos

adultos das espécies capturados no reservatório da UHE Miranda em julho de 2007.

Espécie Nome comum N Estágio gonadal

1 2A 2B 2C 3

Acestrorhynchus britskii cachorra 5 5

Leporinus octofasciatus flamenguinho 1 1

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 20 1 19

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 7 7

Astyanax eigenmanniorum lambari 2 2

Brycon orbignyanus piracanjuba 0

Serrasalmus spilopleura pirambeba 13 13

Hoplias lacerdae trairão 3 3

Hoplias malabaricus traira 3 1 2

Apareiodon piracicabae canivete 4 1 2 1

Prochilodus lineatus curimba ou papa-terra 6 1 5

Gymnotus carapo sarapó ou tuvira 3 3

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 6 6

Cichlia piquiti tucunaré azul 1 1

Tilapia rendalli tilapia 0

Hypostomus sp. cascudo 7 1 6

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 28 11 9 1 7

Pimelodus maculatus mandi amarelo 12 12

Pinirampus pirinampu mandi aluminio 5 5

Zungaro jahu jaú 1 1

Total 127 0 13 14 1 99


UHE MIRANDA

52

Figura 36. Distribuição freqüência (%) dos estágios de maturação gonadal para os machos adultos das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em

julho de 2007.


UHE MIRANDA

53

No mês de novembro, conforme ocorreu na amostragem anterior, verificou-se a

predominância de machos e fêmas em estágio de maturação 3. Cerca de 64% das fêmeas e

93,5% dos machos encontravam-se no referido estágio. Nas tabelas 15 e 16 e nas figuras 37 e

38 são apresentadas as abundâncias absolutas e a distribuição das freqüências encontradas

nessa campanha de amostragem.

Tabela 15. Distribuição da abundância absoluta (N) dos estágios de maturação gonadal para as fêmeas

adultas das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em novembro de 2007.

Espécie Nome comum N 1 2A 2B 2C 3

Acestrorhynchus britskii cachorra 6 0 0 1 2 3

Apareiodon piracicabae canivete 6 0 0 0 1 5

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 36 0 0 4 30 2

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 11 0 1 1 6 3

Brycon nattereri pirapitinga 3 0 0 0 0 3

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 1 0 0 1 0 0

Cichlia piquiti tucunaré azul 2 0 0 0 0 2


Gymnotus carapo sarapó 0 0 0 0 0 0

Hoplias lacerdae trairão 3 0 0 0 1 2

Hoplias malabaricus traíra 4 0 0 1 0 3

Hypostomus sp. cascudo 20 0 0 1 0 19

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 30 0 0 1 20 9

Leporinus friderici piau três pintas 10 0 0 0 0 10

Leporinus lacustris piau da lagoa 1 0 0 0 0 1

Leporinus octofasciatus flamenguinho 2 0 0 0 0 2

Pimelodus maculatus mandi amarelo 39 0 0 4 6 29

Prochilodus lineatus curimatã 0 0 0 0 0 0

Schizodon nasutus timburé 39 0 0 0 1 38

Serrasalmus spilopleura pirambeba 12 0 0 0 0 12

Tilapia rendalli tilápia 4 0 0 0 1 3

Zungaro jahu jaú 6 0 0 0 2 4

Total 236 0 1 14 70 151


UHE MIRANDA

54

Figura 37. Distribuição freqüência (%) dos estágios de maturação gonadal para as fêmeas adultas das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em

novembro de 2007


UHE MIRANDA

55

Tabela 16. Distribuição da abundância absoluta (N) dos estágios de maturação gonadal para os machos

adultos das espécies capturados no reservatório da UHE Miranda em novembro de 2007.

Espécie Nome comum N 1 2A 2B 2C 3

Acestrorhynchus britskii cachorra 17 0 0 0 1 16

Apareiodon piracicabae canivete 8 0 0 1 0 7

Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo 9 0 0 0 0 9

Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho 10 0 0 1 0 9

Brycon nattereri pirapitinga 2 0 0 0 0 2

Cichlia kelberi tucunaré amarelo 3 0 0 0 0 3

Cichlia piquiti tucunaré azul 4 0 0 0 0 4


Gymnotus carapo sarapó 2 0 0 0 1 1

Hoplias lacerdae trairão 2 0 0 0 0 2

Hoplias malabaricus traíra 9 0 0 0 3 6

Hypostomus sp. cascudo 23 0 0 1 0 22

Iheringichthys labrosus mandi beiçudo 5 0 0 0 0 5

Leporinus friderici piau três pintas 18 1 0 0 0 17

Leporinus lacustris piau da lagoa 1 0 0 0 0 1

Leporinus octofasciatus flamenguinho 3 0 0 0 0 3

Pimelodus maculatus mandi amarelo 74 0 0 5 2 67

Prochilodus lineatus curimatã 0 0 0 0 0 0

Schizodon nasutus timburé 25 0 0 0 0 25

Serrasalmus spilopleura pirambeba 49 0 0 2 0 47

Tilapia rendalli tilápia 5 0 0 0 0 5

Zungaro jahu jaú 23 0 0 0 1 22

Total 292 1 0 10 8 273


UHE MIRANDA

56

Figura 38. Distribuição freqüência (%) dos estágios de maturação gonadal para os machos adultos das espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda em

novembro de 2007.


UHE MIRANDA

57

4.8. Diversidade ictiofaunística (H’) e Equitabilidade

O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que todas

as espécies estão representadas na amostra (MAGURRAN, 1988). Como posto na

metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e suas

abundâncias relativas ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição

do número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos

equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração

ambiental a partir da condição original (ODUM, 1980) (Tabela 17).

De acordo com os cálculos, os valores estimados para os índices de diversidade, o ponto

referente a balsa de Indianópolis (MI-02) apresentou a maior diversidade e maior equitabilidade

dentre os pontos estudados, na amostragem referente ao mês de julho. Em novembro, os

maiores índices de diversidade e equitabilidade foram encontrados no ponto MI-03, que é

aquele situado nas proximidades da Reserva de Jacob.

Tabela 17. Índice de diversidade de Shannon (H’) e o índice de equitabilidade (E) para os locais de coleta.

Parâmetros Ponto MI -01 Ponto MI -02 Ponto MI -03 Ponto MI -04

Julho Novembro Julho Novembro Julho Novembro Julho Novembro

H’ 0,864 0,874 0,896 0,746 0,824 0,918 0,732 0,697

E 0,754 0,743 0,804 0,691 0,764 0,762 0,678 0,555

4.9. Análise de Similaridade

Segundo o índice de similaridade utilizado, baseando-se nas abundâncias das coletas

realizadas, o Ponto MI-02 e o Ponto MI-03 são mais similare, apresentando 52,17% de

similaridade, em julho e, 55,92% em novembro. A seguir, figuras apresentando os fluxos de

similaridade das duas campanhas realizadas.


UHE MIRANDA

58

Figura 39. Fluxograma de similaridade entre os pontos amostrados em julho de 2007.


59

Figura 40. Fluxograma de similaridade entre os pontos amostrados em novembro de 2007.


UHE MIRANDA

60

Considerando a abundância das espécies, as espécies mais similares, em julho, foram

Cichla piquiti (tucunaré azul), Bryxon orbignyanus (piracanjuba) e Leporinus octofasciatus

(flamenguinho) onde apresentam similaridade de 100%, quando comparadas as demais

espécies.

Figura 41. Fluxograma de similaridade entre as espécies encontradas na coleta realizada em julho de

2007.

Em novembro, as espécies mais similares foram Hoplias lacerdae (trairão) e

Apareiodon piracicabae (canivete), Gymnotus carapo (sarapó) e Hoplias lacerdae (traíra),

Prochilodus lineatus (curimba) e Cichlia kelberi (tucunaré amarelo), que apresentaram 100%

de similaridade, quando comparadas às demais espécies.


UHE MIRANDA

61

Figura 42. Fluxograma de similaridade entre as espécies encontradas na coleta realizada em novembro de

2007.

4.10. Monitoramento da pesca profissional no reservatório

Durante as vistorias realizadas, não foi constatada atividade de pesca profissional na

região sob influência do reservatório da UHE Miranda.

Entretanto, apresenta-se diversidade considerável de pesca amadora, principalmente

nos finais de semana, praticada especialmente no ponto M1-02, onde se encontra um grande

número de ranchos, onde essa atividade é amplamente praticada. Os principais métodos de

pesca utilizados na região são vara e anzol e molinetes. Segundo alguns pescadores, as

espécies mais pescadas são os piaus (Leporinus spp.) e as traíras (Hoplias spp.).

4.11. Coleta qualitativa

Ressalta-se que, nas campanhas de amostragem realizadas, foram utilizados alguns

petrechos para as coletas qualitativas. No entanto, nenhum individuo foi coletado com o

auxílio dos mesmos e, por esse motivo, o relatório não apresenta resultados com relação a este

item.


UHE MIRANDA

62

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante as amostragens realizadas em 2007, foram coletados 1040 indivíduos,

distribuídos em 25 espécies no reservatório da UHE Miranda. Destes, 387 indivíduos foram

coletados na amostragem referente ao mês de julho e os 653 restantes, em novembro. Esta alta

abundância e diversidade de espécies ocorreram devido a diversidade de habitats encontrados

no reservatório e à jusante do empreendimento.

Neste estudo, houve predominância de machos coletados. Entre os fatores que

poderiam influenciar na razão sexual, o suprimento alimentar da população foi considerado

por Nikolskii (1969) como fator importante. Assim, segundo este autor, nas represas e rios

oligotróficos há predominância de machos. As fêmeas predominam quando o alimento

disponível é abundante. No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com a predominância

de machos, verificou-se uma razão sexual entre machos e fêmeas muito próxima a um, nas

duas campanhas realizadas.

No ano de 2007, foram coletados pouco mais de 200 kg de material ictiológico, sendo

cerca de 73 kg na amostragem referente ao mês de julho e 127 kg no mês de novembro.

A família mais abundante, Pimelodidae teve sua dominância consagrada devido a

abundância da espécie Iheringichthys labrosus (mandi-beiçudo), em julho, e de Pimelodus

maculatus (mandi-amarelo), dominante na amostragem referente ao mês de novembro.

Comparando-se os resultados obtidos nas duas campanhas realizadas, com relação à

abundância de indivíduos coletados, verificou-se que em julho, o ponto MI-03 (próximo à

reserva de Jacob) apresentou maior quantidade de indivíduos, enquanto que em novembro,

esse fato foi observado no ponto MI-04 (jusante da usina). Acredita-se que essa maior

abundância a jusante da usina, no mês de novembro, esteja relacionada com o início do

período da piracema.

De acordo com o índice calculado, os valores estimados para os índices de diversidade,

o ponto no reservatório da UHE Miranda (MI-02) apresentou a maior diversidade e maior

equitabilidade dentre os demais pontos estudados, na amostragem de julho. Em novembro, os

maiores índices foram obtidos no ponto MI-03.

Em todas as amostragens, verificou-se o predomínio de indivíduos em estágio de

maturação gonadal 3 (esgotamento). As fêmeas apresentavam os ovários flácidos e

sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; enquanto que

nos machos, os testículos apresentavam se flácidos e sanguinolentos.


UHE MIRANDA

63

Durante as vistorias realizadas, não foi constatada atividade de pesca profissional na

região sob influência do reservatório da UHE Miranda. Entretanto, apresenta alta diversidade

de pesca amadora, principalmente nos finais de semana.


UHE MIRANDA

64

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLAN, J. D. Stream Ecology: structure and function of running waters. London: Chapman

& Hall, 1995.

BAZZOLI, N.; E. RIZZO; H. CHIARINI-GARCIA & R.M.A. FERREIRA. 1991.

Ichthyofauna of the Paranaíba river in the área to be flooded by the Bocaina reservoir, Minas

Gerais, Brazil. Ciência e Cultura 43: 451-453.

BAZZOLI, N. Parâmetros reprodutivos de peixes de interesse comercial na região de

Pirapora. In: GODINHO, H. P ; GODINHO, A. L.. Águas, peixes e pesca no São Francisco

das Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2004. p. 273-288.

CASTRO, R. M. C & ARCIFA, M. S. Comunidades de peixes de reservatório do Sul do

Brasil. Rev. Bras. Biol. 47: 493-500, 1987.

CEMIG/CETEC. 2000. Guia Ilustrado de Peixes da Bacia do Rio Grande. Belo Horizonte:

CEMIG/CETEC. 144p.

CESP. 1993. Produção pesqueira e composição das capturas em reservatórios sob concessão

da CESP nos rios Tietê, Paraná e Grande, no período de 1986 a 1991. CESP, Sér. Prod.

Pesq., São Paulo, 1: 1-73.

COLWELL, R. K. 2001. Online User's Guide Corrected Draft 7 March 2001, Version

6.0b1: http://viceroy.eeb.uconn.edu/estimates.

DERGAM, J.A.; C.B.M. ALVES; F. VIEIRA; G.B. SANTOS & S.R. PAIVA. 1999. Padrões

de biodiversidade ictiofaunística na bacia do rio Paranaíba. Relatório Técnico Final,

Ruralminas, 129pp.

FERNANDO, C. H & HOLCÍK, J. Fish in Reservoirs. Int. Rev. Ges. Hydrobiol. 76: 149-67,

1991.


UHE MIRANDA

65

GODINHO, H.P; A.L. GODINHO; P.S. FORMAGIO & V.C. TORQUATO. 1991. Fish

ladder efficiency in a southeastern river. Ciência e Cultura 43(1):63:67.

LOWE-MCCONNELL, R.H. 1999. Estudos ecológicos de comunidades de peixes

tropicais. São Paulo, EDUSP, 534p.

MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological Diversity and its measurement. Princeton University

Press, London. 179p.

NAKATANI et al., 2001. Ovos e larvas de peixes de água doce: desenvolvimento e manual

de identificação. Maringá, EDUEM, 378p.

NOGUEIRA, M. G. Composição, abundância e distribuição espaço-temporal das

populações planctônicas e das variáveis físico-químicas na represa de Jurumirim, rio

Paranapanema, SP. São Carlos. 430 p. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo,

1996.

ODUM, E.P. 1980. Ecology. Holt-Saunders. London. 244 p.

PETRERE JR, M. Fisheries in large tropical reservoirs in South American: Lake

Reservoirs manage. 1996.

PIELOU, E.C. 1975. Ecological diversity. New York: John Wiley and Sons.

SANTOS,G.B. 1999. Estrutura das comunidades de peixes de reservatório do sudeste do

Brasil, localizados nos rios Grande e Paranaíba, bacia do alto Paraná. Tese de Doutorado. São

Carlos, SP. 159pp.

STRASKRABA, M. & TUNDISI, J. G. 2000. Diretrizes para o gerenciamento de lagos –

gerenciamento da qualidade da água de represas. São Carlos: ILEC/ IIE. 280p. il. v. 9.

SUZUKI, H. I. & AGOSTINHO, A. A. 1997. Reprodução de peixes do reservatório de

Segredo. In: Agostinho, A. A. & GOMES, L. C. Reservatório de Segredo, bases ecológicas

para o manejo. Maringá. Eduem. p.163-182.


UHE MIRANDA

66

TUNDISI, J. G. Impactos ecológicos da construção de represas: aspectos específicos e

problemas de manejo. In: TUNDISI, J. G (Ed). Limnologia e manejo de represas. São

Paulo, Academia de Ciências de São Paulo. V.1. Tomo 1.

VARI, R. P. & MALABARBA, L. R. 1998. Neotropical Ichthyology: an overview. In:

MALABARBA, L. R.; REIS, R. P. et al. eds. Phylogeny and classification of neotropical

fishes. Porto Alegre, Edipucrs. p. 1-11.

VAZZOLER, A. E. A. DE M. 1996. Biologia e reprodução de peixes teleósteos: teoria e

prática. Maringá. Eduem. 169p.]

VONO, V. 2002. Efeitos da implantação de duas barragens sobre a estrutura da comunidade

de peixes do rio Araguari (Bacia do Alto Paraná, MG). Tese de Doutorado. Universidade

Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 132p.

WOYNAROVICH, E. The hydroelectric Power plants and the fish fauna. Verh. Int. Ver.

Limnol. 24: 2531-6, 1991.


UHE MIRANDA

67

ANEXOS


UHE MIRANDA

68

ANEXO A

DADOS BRUTOS DAS ESPÉCIES COLETADAS NO RESERVATÓRIO DA UHE

MIRANDA EM JULHO DE 2007.


UHE MIRANDA

69

Código Hidrelétrica Campanha ponto MalhaComprimentocorporal (cm)

Massa(g) Sexo

Estágiogonadal Ordem Família Espécie Nome comum

MI0838 UHE Miranda julho MI-03 5 33 398 F 3 Characiformes Prochilodontidae Prochilodus

lineatus curimatã, curimba, curimbatá

ou papa-terra



ou papa-terra

MI0840 UHE Miranda julho MI-03 5 23,5 160 M 3 Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra



ou papa-terra

MI0842 UHE Miranda julho MI-03 5 24 162 M 3 Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra

MI0846 UHE Miranda julho MI-03 5 31,5 371 F 3 Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra

MI0853 UHE Miranda julho MI-03 5 16 65 F 3 Characiformes Characidae Astyanax

altiparanae lambari do rabo amarelo

MI0854 UHE Miranda julho MI-03 5 26 122 F 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys

labrosus mandi beiçudo

MI0855 UHE Miranda julho MI-03 5 26 124 F 2B Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys


MI0856 UHE Miranda julho MI-03 5 22 72 M 2B Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys


MI0857 UHE Miranda julho MI-03 5 28 174 M 2A Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys



UHE MIRANDA

70



MI0859 UHE Miranda julho MI-03 5 18 52 juvenil Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo

MI0860 UHE Miranda julho MI-03 5 17 52 juvenil Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo

MI0861 UHE Miranda julho MI-02 10 30 539 F 3 Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia

MI0862 UHE Miranda julho MI-02 10 32 330 M 3 Characiformes AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus

britskii cachorra



MI0864 UHE Miranda julho MI-03 5 19 56 - Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys
















MI0872 UHE Miranda julho MI-03 10 50 1350 F 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão

MI0873 UHE Miranda julho MI-03 10 46 950 F 2B Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão

MI0874 UHE Miranda julho MI-03 10 46 900 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão

MI0875 UHE Miranda julho MI-03 7 26 226 M 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo

MI0876 UHE Miranda julho MI-03 7 23 171 - Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo

MI0877 UHE Miranda julho MI-03 7 22 92 M 2B Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra


UHE MIRANDA

71



ou papa-terra

MI0882 UHE Miranda julho MI-03 7 30 374 F 2B Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra



ou papa-terra







MI0889 UHE Miranda julho MI-02 3 12 24 juvenil Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys








MI0893 UHE Miranda julho MI-02 3 11 20 - Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI0894 UHE Miranda julho MI-02 3 12 24 F 3 Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI0895 UHE Miranda julho MI-02 3 10,5 16 M 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI0896 UHE Miranda julho MI-02 3 10 15 M 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI0897 UHE Miranda julho MI-02 3 9,5 15 F 3 Characiformes Characidae Astyanax


MI0898 UHE Miranda julho MI-02 3 9,5 12 M 3 Characiformes Characidae Astyanax


MI0899 UHE Miranda julho MI-02 3 11 16 M 3 Characiformes Characidae Astyanax









UHE MIRANDA

72













MI0909 UHE Miranda julho MI-02 3 8,5 11 M 2B Characiformes Characidae Astyanax






MI0912 UHE Miranda julho MI-02 3 10 12 F 2B Characiformes Characidae Astyanax

eigenmanniorum lambari

MI0913 UHE Miranda julho MI-02 3 10,5 13 F 2B Characiformes Characidae Astyanax




















MI0923 UHE Miranda julho MI-02 4 17 46 F 2A Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys



UHE MIRANDA

73



MI0925 UHE Miranda julho MI-02 4 20,5 93 F 2A Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys


MI0926 UHE Miranda julho MI-02 4 14,5 25 F 2A Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys










MI0931 UHE Miranda julho MI-02 4 17,5 41 F 2B Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys
















MI0939 UHE Miranda julho MI-02 4 37,5 50 - Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapó ou tuvira

MI0940 UHE Miranda julho MI-02 4 28,5 36 F 3 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapó ou tuvira

MI0941 UHE Miranda julho MI-02 4 27 37 M 3 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapó ou tuvira









UHE MIRANDA

74


britskii cachorra





MI0949 UHE Miranda julho MI-03 3 14 18 M 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys




MI0951 UHE Miranda julho MI-03 3 12,5 16 M 2B Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys




MI0953 UHE Miranda julho MI-03 3 12,5 16 M 2A Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys






MI0956 UHE Miranda julho MI-03 3 13,5 18 M 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys


MI0957 UHE Miranda julho MI-03 3 13,5 24 F 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys





















UHE MIRANDA

75

MI0967 UHE Miranda julho MI-03 3 16 32 M 3 Siluriformes Pimelodidae Pinirampus pirinampu mandi aluminio


MI0969 UHE Miranda julho MI-03 3 12 25 F 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI0970 UHE Miranda julho MI-03 3 10,5 15 M 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho


























MI0986 UHE Miranda julho MI-03 4 15 51 - Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI0987 UHE Miranda julho MI-03 4 18 84 F 2C Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI0988 UHE Miranda julho MI-03 4 14 85 M 2B Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI0989 UHE Miranda julho MI-03 4 16,5 58 F 3 Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete


UHE MIRANDA

76



MI0992 UHE Miranda julho MI-03 4 16 50 F 2C Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete




MI0996 UHE Miranda julho MI-03 4 16,5 47 M 3 Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI0997 UHE Miranda julho MI-03 4 17,5 64 F 2C Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete



MI1000 UHE Miranda julho MI-03 4 25 121 F 2A Characiformes AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus

britskii cachorra







MI1004 UHE Miranda julho MI-03 4 17 46 M 2C Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys


MI1005 UHE Miranda julho MI-03 4 12,5 28 M 3 Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI1006 UHE Miranda julho MI-03 4 18 59 M 2A Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete


MI1008 UHE Miranda julho MI-03 4 17 50 M 2B Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete




MI1011 UHE Miranda julho MI-03 4 19 63 F 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys mandi beiçudo


UHE MIRANDA

77

labrosus







ou papa-terra



ou papa-terra


MI1017 UHE Miranda julho MI-02 6 19,5 87 - Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo



ou papa-terra

MI1019 UHE Miranda julho MI-03 12 27,5 349 - Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia

MI1020 UHE Miranda julho MI-02 5 19,5 79 F 3 Characiformes AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus

britskii cachorra










MI1028 UHE Miranda julho MI-03 8 36 465 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias

malabaricus traira

MI1029 UHE Miranda julho MI-03 8 30 397 F 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias

malabaricus traira


britskii cachorra



ou papa-terra






UHE MIRANDA

78

MI1034 UHE Miranda julho MI-03 8 33 451 F 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo

MI1035 UHE Miranda julho MI-02 7 33 399 F 2B Characiformes AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus

britskii cachorra



MI1038 UHE Miranda julho MI-02 7 33,5 432 - Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo

MI1039 UHE Miranda julho MI-02 7 16,5 44 - Characiformes AcestrorhynchidaeAcestrorhynchus

britskii cachorra




MI1043 UHE Miranda julho MI-01 12 34 845 - Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra



MI1046 UHE Miranda julho MI-02 8 30,5 372 M 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo

MI1047 UHE Miranda julho MI-02 8 40 745 M 2A Characiformes Erythrinidae Hoplias

malabaricus traira


MI1049 UHE Miranda julho MI-01 10 23 280 F 3 Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia

MI1050 UHE Miranda julho MI-01 10 30 475 - Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo

MI1051 UHE Miranda julho MI-01 10 24 255 - Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia

MI1052 UHE Miranda julho MI-01 10 32 470 M 3 Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo


MI1054 UHE Miranda julho MI-01 8 31 488 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias

malabaricus traira

MI1055 UHE Miranda julho MI-01 8 26,5 319 M 3 Perciformes Cichlidae Cichlia piquiti tucunaré azul


MI1057 UHE Miranda julho MI-01 8 17 119 M 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba


UHE MIRANDA

79

MI1058 UHE Miranda julho MI-01 4 32 40 F 3 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapó ou tuvira








MI1066 UHE Miranda julho MI-04 10 37 646 M 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo




MI1070 UHE Miranda julho MI-04 10 38,5 820 F 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo




MI1074 UHE Miranda julho MI-04 10 17 124 F 2B Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba



MI1077 UHE Miranda julho MI-04 10 26 212 F 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo






UHE MIRANDA

80



















ou papa-terra

MI1093 UHE Miranda julho MI-01 4 31 455 M 2B Characiformes Prochilodontidae Prochilodus


ou papa-terra















UHE MIRANDA

81





MI1111 UHE Miranda julho MI-01 7 27 206 F 3 Characiformes Characidae Brycon

orbignyanus piracanjuba

MI1112 UHE Miranda julho MI-01 7 27 279 M 3 Characiformes Anostomidae Leporinus

octofasciatus flamenguinho














MI1126 UHE Miranda julho MI-04 12 23,5 403 F 2B Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba




UHE MIRANDA

82




MI1132 UHE Miranda julho MI-01 3 13,5 26 - Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI1133 UHE Miranda julho MI-01 3 15,5 31 - Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys










MI1138 UHE Miranda julho MI-04 14 25 529 F 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba















UHE MIRANDA

83











MI1162 UHE Miranda julho MI-04 6 12,5 42 M 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba



britskii cachorra










UHE MIRANDA

84







MI1179 UHE Miranda julho MI-04 7 32 271 F 2A Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo






ou papa-terra



ou papa-terra


MI1186 UHE Miranda julho MI-04 7 20 179 F 2A Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo






britskii cachorra







UHE MIRANDA

85








MI1200 UHE Miranda julho MI-04 8 26,5 250 M 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo








MI1208 UHE Miranda julho MI-04 8 24 212 F 2A Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo


MI1210 UHE Miranda julho MI-04 8 25,5 231 M 3 Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo









MI1219 UHE Miranda julho MI-04 8 21 252 - Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia


UHE MIRANDA

86

MI1220 UHE Miranda julho MI-04 8 18 152 F 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba




MI1224 UHE Miranda julho MI-04 8 17,5 125 F 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba


UHE MIRANDA

87

ANEXO B

DADOS BRUTOS DAS ESPÉCIES COLETADAS NO RESERVATÓRIO DA UHE

MIRANDA EM NOVEMBRO DE 2007.


UHE MIRANDA

88

Código Hidreletrica Campanha ponto MalhaComprimentocorporal (cm)

Massa(g) Sexo

Estágiogonadal Ordem Família Espécie

Nome comum

MI1225 UHE Miranda novembro 1 4 12 29 F 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI1226 UHE Miranda novembro 1 4 12 27 M 3 Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho


MI1228 UHE Miranda novembro 1 4 16 52 F 2C Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI1229 UHE Miranda novembro 1 4 16 65 F 2B Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho

MI1230 UHE Miranda novembro 1 4 12 74 F 3 Characiformes Anostomidae Schizodon nasutus timboré


MI1232 UHE Miranda novembro 1 4 14 38 M 3 Characiformes Anostomidae Schizodon nasutus timboré




MI1236 UHE Miranda novembro 1 4 13 24 M 3 Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo

MI1237 UHE Miranda novembro 1 4 12 24 F 2C Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo


MI1239 UHE Miranda novembro 1 4 11 21 F 2B Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo

MI1240 UHE Miranda novembro 1 4 15 23 M 3 Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra




MI1244 UHE Miranda novembro 1 4 12 30 M 3 Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI1245 UHE Miranda novembro 1 4 13 31 F 2C Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú







UHE MIRANDA

89




MI1254 UHE Miranda novembro 1 4 12 29 F 2C Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI1255 UHE Miranda novembro 1 4 13 17 M 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo

MI1256 UHE Miranda novembro 1 4 17 39 F 2C Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo





MI1261 UHE Miranda novembro 1 6 12 25 F 2C Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete


MI1263 UHE Miranda novembro 1 6 14 44 F 3 Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete







MI1270 UHE Miranda novembro 1 6 23 139 F 3 Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra


MI1272 UHE Miranda novembro 1 6 29 292 F 2C Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra









UHE MIRANDA

90



MI1282 UHE Miranda novembro 1 5 19 108 F 2B Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo







MI1289 UHE Miranda novembro 1 5 25 180 M 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo



MI1292 UHE Miranda novembro 1 5 19 100 M 3 Perciformes Cichlidae Cichlia piquiti tucunaré azul



MI1295 UHE Miranda novembro 1 5 21 365 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra


MI1297 UHE Miranda novembro 1 5 30 268 M 2C Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra




MI1301 UHE Miranda novembro 1 10 30 469 F 2B Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo

MI1302 UHE Miranda novembro 1 10 31 560 M 3 Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia



MI1305 UHE Miranda novembro 1 10 15 24 F 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo

MI1306 UHE Miranda novembro 1 10 21 73 F 2B Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo




UHE MIRANDA

91





























MI1337 UHE Miranda novembro 2 3 12 23 F 2A Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho


UHE MIRANDA

92













MI1350 UHE Miranda novembro 2 3 13 12 F 2C Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra

MI1351 UHE Miranda novembro 2 3 8 9 M 2C Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI1352 UHE Miranda novembro 2 3 22 11 M 2C Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapo ou tuvira

MI1353 UHE Miranda novembro 1 3 8 4 juvenil Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo



MI1356 UHE Miranda novembro 1 3 14 18 M 3 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapo ou tuvira



MI1359 UHE Miranda novembro 1 3 15 32 F 3 Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo

MI1360 UHE Miranda novembro 1 3 16 38 F 3 Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú


MI1362 UHE Miranda novembro 1 3 10 16 juvenil Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo

MI1363 UHE Miranda novembro 1 3 10 20 F 3 Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo


MI1365 UHE Miranda novembro 1 3 13 39 F 2C Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo

MI1366 UHE Miranda novembro 1 7 28 219 M 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo


UHE MIRANDA

93

















MI1383 UHE Miranda novembro 1 7 33 438 F 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra

MI1384 UHE Miranda novembro 1 7 32 398 F 2B Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra


MI1386 UHE Miranda novembro 1 7 24 213 M 3 Perciformes Cichlidae Cichlia kelberi tucunaré amarelo

MI1387 UHE Miranda novembro 2 7 37 700 M 3 Characiformes Anostomidae Leporinus lacustris piau da lagoa

MI1388 UHE Miranda novembro 2 7 36 552 F 3 Characiformes Anostomidae Leporinus lacustris piau da lagoa









UHE MIRANDA

94


















MI1413 UHE Miranda novembro 1 7 22 136 F 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo





MI1418 UHE Miranda novembro 1 8 27 239 F 3 Perciformes Cichilidae Geophagus brasiliensis acará








UHE MIRANDA

95

MI1425 UHE Miranda novembro 2 5 24 139 f 3 Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo





MI1430 UHE Miranda novembro 2 4 15 41 M 3 Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI1431 UHE Miranda novembro 2 4 14 23 M 2B Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete


MI1433 UHE Miranda novembro 2 4 11 7 F 2B Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra

MI1434 UHE Miranda novembro 2 4 10 9 - Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho







MI1441 UHE Miranda novembro 2 6 24 103 M 2C Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo







MI1448 UHE Miranda novembro 4 14 27 408 F 2C Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia

MI1449 UHE Miranda novembro 4 14 23 280 M 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba






UHE MIRANDA

96










MI1463 UHE Miranda novembro 4 7 25 213 M 3 Characiformes Anostomidae Leporinus friderici piau tres pintas



MI1466 UHE Miranda novembro 4 7 29 385 F 3 Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba


MI1468 UHE Miranda novembro 4 7 26 189 - Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo




MI1472 UHE Miranda novembro 4 7 22 62 M 2B Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo






MI1478 UHE Miranda novembro 4 7 31 194 M 2B Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo






UHE MIRANDA

97





MI1487 UHE Miranda novembro 4 7 29 157 M 2C Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo









MI1496 UHE Miranda novembro 4 8 30 304 F 3 Characiformes Anostomidae Leporinus friderici piau tres pintas


MI1498 UHE Miranda novembro 4 8 28 244 - Characiformes Anostomidae Leporinus friderici piau tres pintas






MI1504 UHE Miranda novembro 4 8 18 76 M 2B Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba


MI1506 UHE Miranda novembro 4 8 15 47 M 2B Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba

MI1507 UHE Miranda novembro 4 8 54 1045 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão






UHE MIRANDA

98




MI1515 UHE Miranda novembro 3 6 23 144 M 3 Characiformes Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho





















MI1536 UHE Miranda novembro 4 10 23 213 - Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba






UHE MIRANDA

99

MI1541 UHE Miranda novembro 4 10 36 772 F 2C Characiformes Anostomidae Schizodon nasutus timboré


























MI1567 UHE Miranda novembro 4 6 25 160 M 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. Cascudo




UHE MIRANDA

100


MI1571 UHE Miranda novembro 4 6 19 77 F 3 Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. Cascudo







MI1578 UHE Miranda novembro 3 6 16 67 F 3 Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo






















UHE MIRANDA

101
























MI1622 UHE Miranda novembro 4 6 24 145 F 3 Characiformes Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho







UHE MIRANDA

102






MI1633 UHE Miranda novembro 4 3 13 27 juvenil Characiformes Anostomidae Leporinus friderici piau tres pintas


















MI1651 UHE Miranda novembro 4 3 20 13 juvenil Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapo ou tuvira

MI1652 UHE Miranda novembro 4 3 11 16 juvenil Characiformes Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho




MI1656 UHE Miranda novembro 4 3 18 46 juvenil Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo


UHE MIRANDA

103









MI1665 UHE Miranda novembro 4 10 44 1010 M 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão






MI1671 UHE Miranda novembro 4 12 57 3380 - Characiformes Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimba

MI1672 UHE Miranda novembro 3 5 37 640 - Siluriformes Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo


MI1674 UHE Miranda novembro 3 5 20 86 - Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus mandi beiçudo




MI1678 UHE Miranda novembro 3 5 24 191 - Characiformes Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho









UHE MIRANDA

104






MI1691 UHE Miranda novembro 4 7 28 276 - Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra













MI1704 UHE Miranda novembro 4 7 31 363 - Characiformes Characidae Brycon nattereri pirapitinga



MI1707 UHE Miranda novembro 4 7 34 567 - Characiformes Anostomidae Schizodon nasutus timboré









UHE MIRANDA

105




MI1718 UHE Miranda novembro 4 4 25 148 - Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra




















MI1738 UHE Miranda novembro 4 4 16 48 - Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete

MI1739 UHE Miranda novembro 4 4 15 52 - Characiformes Parodontidae Apareiodon piracicabae canivete


MI1741 UHE Miranda novembro 4 4 27 21 - Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapo ou tuvira

MI1742 UHE Miranda novembro 3 3 9 12 - Characiformes Characidae Astyanax altiparanae lambari do rabo amarelo



UHE MIRANDA

106










MI1753 UHE Miranda novembro 3 3 11 15 - Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho


MI1755 UHE Miranda novembro 3 3 25 22 - Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus carapo sarapo ou tuvira


MI1757 UHE Miranda novembro 3 3 10 12 juvenil Siluriformes Pimelodidae Zungaro jahu jaú

MI1758 UHE Miranda novembro 3 3 20 196 juvenil Characiformes Characidae Serrasalmus spilopleura pirambeba
















UHE MIRANDA

107

MI1773 UHE Miranda novembro 4 8 19 52 M 2C Characiformes Acestrorhynchidae Acestrorhynchus britskii cachorra












MI1785 UHE Miranda novembro 3 7 35 536 F 3 Characiformes Characidae Brycon nattereri pirapitinga


MI1787 UHE Miranda novembro 3 7 34 276 M 3 Characiformes Characidae Brycon nattereri pirapitinga


MI1789 UHE Miranda novembro 3 7 36 491 M 3 Characiformes Characidae Brycon nattereri pirapitinga

MI1790 UHE Miranda novembro 3 7 33 314 F 3 Characiformes Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho













UHE MIRANDA

108



MI1804 UHE Miranda novembro 3 14 35 555 F 2C Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão




















MI1824 UHE Miranda novembro 3 4 14 35 juvenil Perciformes Cichlidae Cichlia piquiti tucunaré azul






MI1830 UHE Miranda novembro 3 4 15 54 M 2B Characiformes Characidae Astyanax fasciatus lambari do rabo vermelho


UHE MIRANDA

109










MI1840 UHE Miranda novembro 4 6 16 67 F 2B Siluriformes Hypostomidae Hypostomus sp. cascudo





















UHE MIRANDA

110












MI1871 UHE Miranda novembro 3 10 26 394 F 3 Perciformes Cichlidae Tilapia rendalli tilapia



MI1874 UHE Miranda novembro 3 10 30 492 F 3 Perciformes Cichlidae Cichlia piquiti tucunaré azul

MI1875 UHE Miranda novembro 3 10 32 519 F 3 Perciformes Cichlidae Cichlia piquiti tucunaré azul

MI1876 UHE Miranda novembro 3 10 32 523 F 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão

MI1877 UHE Miranda novembro 3 10 42 862 F 3 Characiformes Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão


UHE MIRANDA

111

ANEXO C

REGISTRO DA EMBARCAÇÃO UTILIZADA NAS COLETAS REALIZADAS NA

UHE MIRANDA


UHE MIRANDA

112

ANEXO D

LICENÇA DE PESCA CIENTÍFICA DA BIÓLOGA COORDENADORA DO

ESTUDO.


UHE MIRANDA

113

ANEXO E

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART

USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA€¦ · APRESENTAÇÃO O presente relatório reporta atividades...

Documents

Transcript of USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA€¦ · APRESENTAÇÃO O presente relatório reporta atividades...