V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO XXVII … · Pelotas – RS 07 a 10 de agosto de 2007...

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V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO XXVII REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO Pelotas – RS 07 a 10 de agosto de 2007 ANAIS Vol. 2 Pelotas, RS 2007

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V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO XXVII REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO

Pelotas – RS

07 a 10 de agosto de 2007

ANAIS Vol. 2

Pelotas, RS 2007

Exemplares desta edição podem ser solicitados a: Embrapa Clima Temperado BR 392 km 78 – Caixa Postal 403 Cep 96001-970 – Pelotas – RS Fone: 0xx(53) 3275-8100 0xx(53) 3275-8400 E-mail: [email protected] Editoração Eletrônica: Sérgio Ilmar Vergara dos Santos Oscar Castro Fotolitos e Impressão: Gráfica e Editora Pallotti Tiragem: 800 exemplares

Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (5.: 2007 : Pelotas, RS)

Anais do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado; XXVII Reunião da Cultura do Arroz Irrigado, Pelotas, 2007 / Editado por Ariano Martins de Magalhães Júnior [et al]. - Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2007. 2 v. ISBN 978-85-85941-22-2

Bioclimatologia - Fertilidade do solo - Ecofisiologia - Fitomelhoramento -Biotecnologia - Fitopatologia - Práticas culturais - Arroz irrigado - Entomologia -Semente - Meio ambiente - Impacto ambiental - Socioeconomia - Agroindústria -Manejo de plantas - Diversificação de culturas I. Magalhães Júnior, A.M. II. Reunião da Cultura do Arroz Irrigado (27. : 2007 : Pelotas, RS) III. Título CDD: 633.18.03

ISBN 978-85-85941-22-2

SOCIEDADE SUL-BRASILEIRA DE ARROZ IRRIGADO - SOSBAI

DIRETORIA – Gestão de 2005 a 2007

Presidente Ariano Martins de Magalhães Júnior – Embrapa Clima Temperado Vice-Presidente Athos Dias de Castro Gadea – IRGA 1° Secretário André Andres – Embrapa Clima Temperado 2° Secretário Antônio Costa de Oliveira - UFPel 1° Tesoureiro Walkyria Bueno Scivittaro – Embrapa Clima Temperado 2° Tesoureiro Rubens Marchaleck - EPAGRI Conselho Fiscal Titulares: Algenor da Silva Gomes – Embrapa Clima Temperado Mara Cristina Barbossa Lopes - IRGA Ronaldir Knoblauch - EPAGRI Suplentes: Moacir Cardoso Elias - UFPel Leandro Souza da Silva - UFSM Paulo Regis Ferreira da Silva - UFRGS

Conselho Consultivo José Alberto Noldin – EPAGRI Maurício Miguel Fischer – IRGA Moacir Antonio Schiocchet – EPAGRI Ênio Marchezan - UFSM

V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO XXVII REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO

ARROZ IRRIGADO: AVALIANDO O PRESENTE, PENSANDO O FUTURO

COMISSÃO ORGANIZADORA: Presidente Ariano Martins de Magalhães Júnior – Embrapa Clima Temperado Vice - Presidente André Andres 1ºTesoureiro Walkyria Bueno Scivittaro 2º Tesoureiro Vitor Hugo Souza Porto 1º Secretário José Alberto Petrini 2ª Secretária Isabel Helena Vernetti Azambuja Coordenação Institucional Algenor da Silva Gomes Coordenação Técnico-Científico Paulo Ricardo Reis Fagundes Coordenação Internacional Júlio Centeno da Silva Sílvio Steinmetz Coordenação Editorial Ariano Martins de Magalhães Júnior Paulo Ricardo Reis Fagundes Algenor da Silva Gomes André Andrés Walkyria Bueno Scivittaro Coordenação de Exposição Giovani Theisen Daniel Fernandes Franco José Francisco Martins Coordenação de Divulgação Apes Roberto Falcão Perera Diná Lessa Bandeira Sadi Macêdo Sapper Coordenação Social Maria Laura Turino Mattos Marilda Pereira Porto Ana Cristina Richter Krolow Comissão de Apoio Sérgio Ilmar Vergara dos Santos Carmem Lourdes Pauletto Chemello Ana Maria Gomes Behrensdorf Carlos Elói Braga Ribeiro Oscar Castro Janete Maria Salagnac Krolow Rui Carlos da Silva Madruga Sérgio Antônio Rodrigues da Silva Antônio Carlos Marques Monassa Ana Luiza Barragana Viegas

Coordenadores das Sub-comissões Técnicas Fitomelhoramento – Paulo Ricardo Reis Fagundes Biotecnologia – Ariano Martins de Magalhães Júnior Bioclimatologia – Sílvio Steinmetz Práticas Culturais – José Alberto Petrini Manejo de Solo e Água – Walkyria B. Scivittaro e Algenor da S. Gomes Fitopatologia – Cley Donizetti Martins Nunes Entomologia – José Francisco da Silva Martins Manejo de Plantas Daninhas – André Andres Meio Ambiente e Impacto Ambiental – Maria Laura Turino Mattos Sementes e Agroindústrias - Daniel F. Franco e Ana Cristina Krolow Sócio-economia – Isabel Helena Vernetti Azambuja Diversificação de Culturas – Giovani Theisen e Júlio Centeno da Silva Secretaria SOSBAI - Amanda Ortiz Barros Ane Gerber Crochemore

“A Comissão Organizadora agradece as contribuições dos revisores externos na correção e aprovação dos trabalhos técnico-científicos publicados nos Anais do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e da XXVII Reunião da Cultura do Arroz irrigado.”

COMISSÃO DE REVISORES AD-HOC:

Fitomelhoramento - Antônio Folgiarini de Rosso (IRGA) - Mara Cristina Barbosa Lopes (IRGA) - Moacir Antonio Schiocchet (EPAGRI)

Biotecnologia: - Antonio Costa de Oliveira (UFPel) - Oneides Avozani (IRGA) - Rubens Marchaleck (EPAGRI)

Bioclimatologia e Ecofisiologia: - Carlos Mariot (IRGA) - Paulo Regis Ferreira da Silva (UFRGS)

Práticas Culturais: - Luiz Osmar Braga Schuch (UFPel) - Domingos Sávio Eberhardt (EPAGRI)

Fertilidade e Nutrição de Plantas: - Leandro Souza da Silva (UFSM) - Rogério Oliveira de Sousa (UFPel)

Fitopatologia: - Dieter Kempf (IRGA) - Ivan Francisco Dressler da Costa (UFSM) Entomologia: - Anderson Dionei Grützmacher (UFPel) - Jaime Vargas de Oliveira (IRGA) - Honório Francisco Prando (EPAGRI)

Manejo de Plantas Daninhas: - Aldo Merotto (UFRGS) - Dirceu Agostineto (UFPel) - Jesus Juares Oliveira Pinto (UFPel) - Sérgio L. O. Machado (UFSM) - Valmir G. Menezes (IRGA)

Meio Ambiente e Impacto Ambiental: - Charrid Resgala Jr. (UNIVALI) - Vera mussoi macedo (IRGA)

Sementes e Agroindústria: - Carlos A. Fagundes (IRGA) - Élbio Cardoso (Embrapa/SNT) - Moacir Cardoso Elias (UFPel)

Sócio-economia: - Alcido Elenor Wander (CNPF) - Irceu Agostini (EPAGRI) - Victor Hugo Kayser (IRGA)

Diversificação de culturas: - Cláudia Lange (IRGA)

NOTA DA COMISSÃO EDITORIAL

A comissão editorial reserva-se ao direito de eximir-se

de qualquer responsabilidade por eventuais incorreções contidas

nos resumos dos trabalhos publicados nos Anais do V

Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado/XXVII Reunião da Cultura

do Arroz irrigado, mesmo tendo ajustado algumas incorreções às

normas.

O conteúdo dos trabalhos publicados nestes Anais é de

inteira responsabilidade dos autores.

APRESENTAÇÃO

A Comissão Organizadora tem a satisfação de apresentar os Anais do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e a XXVII Reunião da Cultura do Arroz Irrigado, que a cada ano aponta um aumento significativo no número de trabalhos publicados, razão pela qual, compõe-se, em 2007, de dois volumes. Constitui-se de 479 trabalhos de pesquisa recebidos de diversos estados do Brasil e do exterior, oriundos de diversas Instituições e empresas e que representam o esforço de profissionais e entidades ligadas a cadeia produtiva do arroz. Nos trabalhos encaminhados para publicação pode-se observar o avanço do desenvolvimento da orizicultura irrigada, a inovação, a abertura de novas fronteiras do conhecimento, visando aumentar de forma sustentável a rentabilidade do setor, bem como suprir a demanda de consumo do produto arroz.

Sob o tema central “Arroz Irrigado: avaliando o presente, pensando o futuro”, espera-se que a programação apresentada possa contribuir para a reafirmação da importância da geração e transferência de conhecimento científico objetivando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a manutenção da sustentabilidade dos segmentos envolvidos no processo produtivo.

A Comissão Organizadora agradece à SOSBAI, promotora deste evento, à Embrapa Clima Temperado, entidade realizadora, às entidades co-promotoras, EPAGRI, IRGA, UFPEL, UFRGS e UFSM, aos patrocinadores, RiceTec, John Deere, FMC, BASF, Iharabras, Bayer, Dow AgroSciences, Bunge, Ajinomoto e BlueVille e aos apoiadores, Banco do Brasil, CNPq, Farsul; Federarroz. e FAPEG

A realização do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e da XXVII Reunião da Cultura do Arroz Irrigado foi uma vitória de um projeto de cooperação entre instituições e, mais especificamente, da união de esforços em busca de um objetivo comum. A todos que trabalharam para realização deste Congresso, nossos cumprimentos.

Desejamos a todos uma feliz estada entre nós e que tenhamos uma profícua semana de trabalho em Pelotas, RS.

Comissão Organizadora

SUMÁRIO

ENTOMOLOGIA

COMPATIBILIDADE DE HERBICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ COM O FUNGO Metarhizium anisopliae , VISANDO O CONTROLE DO PERCEVEJO-DO-COLMO DO ARROZ - Fátima T. Rampelotti; Honório F. Prando; José F. da S. Martins; Anderson Ferreira; Fernando A. Tcacenco e Anderson D. Grützmacher

INFLUÊNCIA DE FATORES ABIÓTICOS NA ABUNDÂNCIA E RIQUEZA DA FAUNA DE ARANHAS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO E ÁREAS ADJACENTES - Everton N. L. Rodrigues e Milton de S. Mendonça Jr

EFEITO DE DOSES DE INSETICIDAS APLICADAS ÀS SEMENTES DE ARROZ NO CONTROLE DO GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus oryzae - José Francisco da Silva Martins; Uemerson Silva da Cunha; Anderson Dionei Grützmacher; Maria Laura Turino Mattos; Márcio Bartz das Neves; Wagner da Roza Härter; Calisc de Oliveira Trecha; Edson de Oliveira Jardim e Luiz Felipe Thomaz

POTENCIAL DE INSETICIDAS DERIVADOS DE NIM PARA CONTROLE DO GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus oryzae E APLICAÇÃO EM SISTEMAS SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO DE ARROZ - Uemerson Silva da Cunha; José Francisco da Silva Martins; Anderson Dionei Grützmacher; Maria Laura Turino Mattos; Paulo César Bogorni; Márcio Bartz das Neves; Edson de Oliveira Jardim; Calisc de Oliveira Trecha

DIAGNÓSTICO DAS PRAGAS DO ARROZ EM ASSENTAMENTOS DO INCRA EM FORMOSO DO ARAGUAIA, TO - Dino M. Soares; José Alexandre F. Barrigossi; Michael Thung; Carlos M. Santiago; Francismar R. Gama; Evaldo C. Martins

COLONIZAÇÃO DE ARROZ E DE LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda POR BACTÉRIA ENDOFÍTICA GENETICAMENTE MODIFICADA - Fátima T. Rampelotti; Anderson Ferreira Paulo T. Lacava; José Djair Vendramim; Welington L. Araújo; João Lúcio de Azevedo

DIVERSIDADE E SIMILARIDADE DE ARANHAS EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO COM UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES INSETICIDAS EM CACHOEIRA DO SUL, RS - Everton N.L. Rodrigues; Milton de S. Mendonça Jr.; Jaime V. de Oliveira; Erica H. Buckup; Maria A.L. Marques; Lídia M. Fiúza; Eduardo Amilibia; José P. de Freitas; Jaceguay I. de Barros; Jorge L. Cremonese

PARASITISMO SOBRE POSTURAS DO PERCEVEJO-DO-COLMO-DO-ARROZ EM SANTA CATARINA, BRASIL - Cinei Teresinha Riffel; Honório Francisco Prando; Mari Inês Carissimi Boff

ASPECTOS BIOLÓGICOS DO PARASITÓIDE Telenomus podisi ASHMEAD EM OVOS DO PERCEVEJO-DO-COLMO Tibraca limbativentris (STAL) (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Cinei Teresinha Riffel; Honório Francisco Prando; Mari Inês Carissimi Boff

ESTUDO DO PERÍODO RESIDUAL DE STANDAK 250 FS (FIPRONIL) NO CONTROLE DA BICHEIRA-DA-RAÍZ EM ARROZ IRRIGADO - Honório Francisco Prando; Cinei Teresinha Riffel e Fátima Teresinha Rampelotti

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE ARROZ IRRIGADO EM SISTEMA PRÉ-GERMINADO, COM E SEM TRATAMENTO DE SEMENTES PARA CONTROLE DO Oryzophagus oryzae - Honório Francisco Prando; Rubens Marschalek, Henri Stuker, Jaqueline Nogueira Muniz, Khadine Thatiane

EFEITO DE Aspergillus flavus SOBRE Oebalus poecilus (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Juliana da Silva Beringer; Solange Zimmer; Jaime Vargas de Oliveira; Raquel de Castilhos-Fortes

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS A PARTIR DE Tibraca limbativentris (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Juliana S. Beringer; Solange Zimmer; Carine Cristina Tavares de Souza; Jaime Vargas de Oliveira; Raquel de Castilhos-Fortes

FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DO PERCEVEJO Tibraca limbativentris (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) NA HIBERNAÇÃO EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Lídia M. Fiúza; Raquel de Castilhos-Fortes; Gilberto M. Dotto; Eduardo Amilibia

AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS NO CONTROLE DE ADULTOS DE Oryzophagus oryzae (COL; CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Eduardo Amilibia

CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DE Ochetina uniformis (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Gilberto M. Dotto; José Luis R. dos Santos

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE ALGUNS INSETICIDAS NO CONTROLE DA BICHEIRA DA RAÍZ NA SAFRA 2000/2001 EM URUGUAIANA - João Batista Beltrão Marques; Jaime Vargas Oliveira; Maria Benta Cassetari; Jorge Antônio Molinari Flores; Ígor Sotal Sauceda

TOXICIDADE DE Cry1Ba, SINTETIZADA POR BACILLUS THURINGIENSIS CEPA 4412, À SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) - Laura Massochin Nunes Pinto; Andréa Roveré Franz; José Luís Rosa dos Santos; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiúza

PATOGENICIDADE DE BACILLUS THURINGIENSIS THURINGIENSIS AOS ADULTOS DE OEBALUS POECILUS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) – Laura Massochin Nunes Pinto; Juliana da Silva Beringer; José Luís Rosa dos Santos; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiuza

PERFIL PROTÉICO E PATOGENICIDADE DE BACILLUS THURINGIENSIS CEPA T33001 A INSETOS PRAGAS ORIZÍCOLAS - Marciele Pandolfo; Jaime Vargas de Oliveira; José Luis Rosa dos Santos Jean-François Charles; Lídia Mariana Fiúza

EFEITO LETAL DAS PROTEÍNAS Cry1Ab e Cry1Ac DE Bacillus thuringiensis ÀS LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda (LEPIDOPTERA, NOCTUIDAE). - Neiva Knaak; Andréa Rovere Franz; Jaime Vargas de Oliveira; Lídia Mariana �ídia

CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DA BICHEIRA-DA- RAIZ Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA: CURCULIONIDADE) EM ARROZ IRRIGADO - Eduardo Amilibia, Jaime Vargas de Oliveira

EFICIÊNCIA DE CURBIX 200 SC, EM DUAS ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NO CONTROLE DE Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA; CURCULIONIDAE), EM ARROZ IRRIGADO - Jonas André Arnemann; Jerson Vanderlei Carús Guedes; Ervandil Corrêa Costa; Jorge Antonio Silveira França; Sandro Borba Possebon; Angelita Sangoi Martins; Élder Dal Pra

CONTROLE QUÍMICO DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881) (Coleoptera , Erirhinidae), ATRAVÉS DE INSETICIDAS APLICADOS NO TRATAMENTO DE SEMENTES E NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ - Sandro Borba Possebon; Jerson Vanderlei Carús Guedes; Ervandil Corrêa Costa; Fábio karlec; Luciano Pizzuti

DANOS DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881) (Coleoptera, Erirhinidae , Erirhininae) EM COLMOS DE PLANTAS DE ARROZ IRRIGADO - Sandro Borba Possebon; Jerson Vanderlei Carús Guedes; Ervandil Corrêa Costa; Luciano Pizzuti; Jonas André Arnemann

EFICIÊNCIA DO INSETICIDA ETHIPROLE (CURBIX 200 SC) EM PULVERIZAÇÃO FOLIAR NO CONTROLE DA BICHEIRA-DA- RAIZ Oryzophagus oryzae (COSTA LIMA, 1936) ( COLEOPTERA: CURCULIONIDAE ) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Anderson Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher; Rodrigo Roman; Jonas Alex Finatto; Murilo Damé Fonseca Paschoal; Rafael Antonio Pasini

IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E HIBRIDIZAÇÃO EM ENTRE OS BIOTIPOS DE Spodoptera frugiperda - Vilmar Machado; Milena Wunder; Vanessa D. Baldisera; Jaime V. Oliveira; Lidia M. Fiúza

NIVEL DE INFESTAÇÃO DE Tibraca limbativentris NA COLHEITA DO ARROZ IRRIGADO, SAFRA 2005/06. - Dionísio Link, Fabio Moreira Link e Juliano Perlin de Ramos

DISPERSÃO DE Tibraca limbativentris EM DUAS LAVOURAS DE ARROZ, EM SANTA MARIA, RS, SAFRA 2006/07 - Fábio Moreira Link, Dionísio Link e Juliano Perlin de Ramos

SELETIVIDADE DE ALGUNS INSETICIDAS NA POPULAÇÃO DE ARANHAS EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Erica H. Buckup; Everton N. L. Rodrigues; Maria Aparecida de L. Marques; Milton Mendonça Jr; Lídia M. Fiuza; Valmir G. Menezes; Eduardo Amilibia; Jose Patrício de Freitas; Jaceguay I. de Barros; Jorge L. Cremonese

EFICIÊNCIA DE DIFERENTES INSETICIDAS NO CONTROLE DA LAGARTA-DA-FOLHA Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Anderson Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher; Murilo Damé Fonseca Paschoal; Rodrigo Roman; Jonas Alex Finatto

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

PERÍODOS DE COMPETIÇÃO DE CAPIM-ARROZ ( Echinochloa spp.) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Siumar P. Tironi; Jesus J. O. Pinto; Rodrigo Neves

COMPETITIVIDADE DE CULTIVAR DE ARROZ COM GENÓTIPO SIMULADOR DE ARROZ- VERMELHO EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS RELATIVAS DE EMERGÊNCIA - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Rubia Piesanti

COMPETITIVIDADE DE CULTIVAR DE ARROZ COM BIÓTIPO DE ARROZ-VERMELHO EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS RELATIVAS DE EMERGÊNCIA - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler

CONTROLE DE ARROZ-VERMELHO COM O HERBICIDA NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR + IMAZAPIC - Lisiane Camponogara Fontana; Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Rubia Piesanti Rigoli; Silvia de Souza Figueredo; Mariane Rosenthal; Webster, E.P.; Masson, J.A

IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE RESIDUAL, ATRAVÉS DE BIOENSAIO DA MISTURA HERBICIDA (IMAZAPIC + IMAZETHAPYR) EM ÁGUA, PARA A CULTURA DO SORGO, RABANETE E PEPINO - Mariane D’Avila Rosenthal; Jesus Juares Oliveira Pinto; Camila Ferreira de Pinho; Frederico Bartz de Menezes; Leonard Bonilha Piveta; Rodolfo Rocha Richter; Antonio Donida

BIOENSAIOS PARA DIAGNÓSTICO DA RESISTÊNCIA A HERBICIDAS INIBIDORES DA ENZI MA ALS EM CULTIVARES DE ARROZ - Ana Carolina Roso; Aldo Merotto Junior; Carla Andréa Delatorre

EFEITO DO ÓLEO VEGETAL AGR’ÓLEO E DO VOLUME DE CALDA NA EFICIÊNCIA DE HERBICIDAS APLICADOS POR VIA AÉREA EM ARROZ - Eugenio Passos Schröder

IDENTIFICAÇÃO DE LOCAIS COM POPULAÇÕES DE Sagitaria montevidensis RESISTENTES AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ALS EM SANTA CATARINA - Gabriela F. Pinheiro; José Alberto Noldin; Domingos Sávio Eberhardt; Janaína M. Rodrigues; Leonardo C. Malburg

MANEJO DO SOLO E RESIDUAL DA M ISTURA FORMULADA DOS HERBICIDAS IMAZETHAPYR E IMAZAPIC EM ARROZ NÃO TOLERANTE - Alejandro F. Kraemer; Enio Marchesan; Mara Grohs; Jefferson T. Fontoura; Paulo F. S. Massoni; Sérgio L. O. Machado; Luis A. Ávila

SUSCETIBILIDADE DIFERENCIAL DE TRÊS ESPÉCIES DE ANGIQUINHO (Aeschynomene spp.) AO HERBICIDA ONLY® - Carlos Alberto Lazaroto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Fausto Borges Ferreira

COMPETITIVIDADE ENTRE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO E BIÓTIPO DE ARROZ-VERMELHO. 2. UTILIZAÇÃO DE VARIÁ VEIS RELATIVAS - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Leandro Galon .

ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE BIÓTIPOS DE CAPIM- ARROZ RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC - Germani Concenço; Alexandre Ferreira da Silva; Evander Alves Ferreira; Marcelo Rodrigues Reis; Antônio Alberto da Silva; Francisco Affonso Ferreira; José Alberto Noldin

CRESCIMENTO DE COLMOS E FOLHAS DE CAPIM- ARROZ RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC SOB COMPETIÇÃO - Germani Concenço; Ignacio Aspiazú; Evander Alves Ferreira; Marcelo R. Reis; Francisco Affonso Ferreira; Antônio Alberto da Silva

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE RAÍZES DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE DE COMPETIÇÃO - Germani Concenço; Evander Alves Ferreira; Alexandre Ferreira. da Silva; Ignacio Aspiazú; Francisco Affonso Ferreira; Antônio Alberto da Silva

POTENCIAL COMPETITIVO DE BIÓTIPOS DE CAPIM- ARROZ RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC - Germani Concenço; Alexandre Ferreira da Silva; Evander Alves Ferreira; Ignacio Aspiazú; Marcelo Rodrigues Reis; Antônio Alberto da Silva; Francisco Affonso Ferreira; José Alberto Noldin

TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO AO HERBICIDA NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR + IMAZAPIC. I - ESTÁDIO V2 - Lisiane Camponogara Fontana; Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Silvia de Souza Figueredo; Rubia Piesanti Rigoli; Mariane Rosenthal

TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO AO HERBICIDA NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR + IMAZAPIC. II - ESTÁDIO V4 - Lisiane Camponogara Fontana; Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Rubia Piesanti Rigoli; Silvia de Souza Figueredo; Mariane Rosenthal

ESTIMATIVAS DAS PERDAS DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE CULTIVARES DE ARROZ PELA INTERFERÊNCIA DO CAPIM-AR ROZ - Leandro Galon; Dirceu Agostinetto; Pedro V. D. de Moraes; Taísa Dal Magro; Siumar P. Tironi; Gerson K. Vignolo

NÍVEIS DE DANO ECONÔMICO PARA DECISÃO DE CONTROLE EM FUNÇÃO DE POPULAÇÕES DE CAPIM- ARROZ E ÉPOCAS DE ENTRADA DE ÁGUA NA LAVOURA - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Siumar P. Tironi; Daniel L. Freitas; Luís E. Panozzo; Randal R. Brandolt

NÍVEIS DE DANO ECONÔMICO PARA DECISÃO DE CONTROLE EM FUNÇÃO DE POPULAÇÕES DE CAPIM- ARROZ E CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO - Leandro Galon; Dirceu Agostinetto; Luís E. Panozzo; Gerson K. Vignolo; Léo S. dos Santos; Glauco F. Almeida

INFLUÊNCIA DE ÉPOCAS DE IRRIGAÇÃO NA INTERFERÊNCIA DO CAPIM-ARROZ COM A CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Pedro V. D. Moraes; Taísa Dal Magro; Siumar P. Tironi; Randau R. Brandolt

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM NO CONTROLE DE Echinochloa crusgalli , Echinochloa colonum e Cyperus ferax NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO ( Oryza sativa L.) - Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz Felipe Thomas; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM, APLICADO EM PULVERIZAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NO SISTEMA DE CULTIVO DE ARROZ PRÉ-GERMINADO - Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz Felipe Thomas; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos

EFICIÊNCIA DE HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS- EMERGÊNCIA INICIAL NO CONTROLE DE Hymenachne amplexicaulis E DE Echinochloa crusgalli EM ARROZ IRRIGADO - Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Fernando Borges Santiago; Fernando Luis Perini; Ana Paula Estevo; Graciela

Castilhos; Danie Martini Sanchotene; Rafael Friguetto Mezzomo

IDENTIFICAÇÃO DE ECÓTIPOS DE Cyperus difformis RESISTENTES AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ACETOLACTATO SINTASE (ALS) EM SANTA CATARINA - Sônia Andrade, José Alberto Noldin, Gabriela Fabiane Pinheiro, Domingos Sávio Eberhardt

DIETHOLATE PERMITE AUMENTAR A DOSE DE CL OMAZONE SOBRE A CULTIVAR BR IRGA 417 - Alencar Zanon Junior; Graziane Vargas; Murilo Comassetto Queiroz; André Trevisan de Souza; Nelson D. Kruse

INFLUÊNCIA DO HERBICIDA PENOXSULAM NO CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE PLANTAS DE ARROZ ( Oryza sativa ) – Mauricio dos Santos; Germani Conçenço; André Andrés; Jorge Rieffel Filho; Jean Vilella; Carlos Nachtigall Garcia; Nei Fernandes Lopes

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM BIÓTIPOS RESISTENTES DE Cyperus difformis PELA UTILIZAÇÃO DE HERBICIDAS ALTERNATIVOS - Taísa Dal Magro; Dirceu Agostinetto; Leandro Vargas; José Alberto Noldin

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ IRRIGADO COM USO DE GAMIT COM PERMIT – Eduardo Amilibia; Carlos Henrique Paim Mariot; Valmir Gaedke Menezes; Héctor Vicente Ramirez; Luiz Felipe Thoma

CONTROLE QUÍMICO DA GRAMA- BOIADEIRA NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO – Eduardo Pinto Amilibia, Valmir Gaedke Menezes, Carlos Henrique Paim Mariot, Ricardo Luiz da Silva Herzog

CONTROLE DE ARROZ VERMELHO EM ARROZ TOLERANTE A IMIDAZOLINONAS E O RESIDUAL EM GENÓTIPO DE ARR OZ NÃO TOLERANTE – Paulo Fabrício Sachet Massoni; Enio Marchesan; Silvio Carlos Cazarotto Villa; Mara Grohs; Jefferson Tolfo da Fontoura; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Luis Antonio de �láud

BANCO DE SEMENTES DE ARROZ VERMELHO COM USO DO SISTEMA CLEARFIELD® - Mara Grohs; Enio Marchesan; Paulo Fabrício Sachet Massoni; Cláudio Glier; Luis Antonio de Ávila

COMPATIBILIDADE ENTRE BASAGRAN E OUTROS HERBICIDAS UTILIZADOS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Domingos Sávio Eberhardt; José Alberto Noldin

CONTROLE DE ANGIQUINHO (Aeschynomene spp.) PELA APLICAÇÃO DE IMAZETHAPYR E/OU ETHOXYSULFURON - Luís E. Panozzo; Dirceu Agostinetto; Camila P. Tarouco; Claudia de Oliveira; José M. Betemps Vaz Silva; Catarine Markus; Ezequiel de Oliveira

EFEITO DO HERBICIDA PENOXSULAM COM ADIÇÃO DE DIFERENTES ADJUVANTES NO CONTROLE DE ANGIQUINHO (Aeschynomene indica ) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Luís Eduardo Panozzo; Rogério Silva Rubin; Rodrigo Neves

INFLUÊNCIA DE ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSES DO HERBICIDA PENOXSULAM E ÉPOCAS DE INÍCIO DA IRRIGAÇÃO NO CONTROLE DE Cyperus esculentus - Luís Eduardo Panozzo; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Taísa Dal Magro; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Rodrigo Neves

CONTROLE DE CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSES DO HERBICIDA PE NOXSULAM E ÉPOCAS DE ENTRADA DE ÁGUA - Luís Eduardo Panozzo; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Pedro Valério Dutra Moraes; Léo Silva dos Santos; Gerson Kleinick Vignolo

HABILIDADE COMPETITIVA DE CULTIVARES DE ARROZ COM ANGIQUINHO (AESCHYNOMENE DENTICULATA ) - Nilson Gilberto Fleck; Fausto Borges Ferreira; Carlos Eduardo Schaedler; Valmir Gaedke Menezes

ÉPOCAS DO INÍCIO DA IRRIGAÇÃO E DA ADUBAÇÃO NITROGENADA EM ARROZ IRRIGADO PARA MANEJO DE ANGIQUINHO (Aeschynomene denticulata ) - Fausto Borges Ferreira; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Valmir Gaedke Menezes

COMPETIÇÃO DE ANGIQUINHO (Aeschynomene denticulata ) COM ARROZ IRRIGADO EM RESPOSTA À ÉPOCA DE ADUBAÇÃO NITROGENADA - Fausto Borges Ferreira; Nilson Gilberto Fleck; Valmir Gaedke Menezes; Hector Ramirez

ÉPOCA E MODO DE APLICAÇÃO DO HERBICIDA CLOMAZONE NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS E SELETIVIDADE À CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Siumar P. Tironi; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Vinicius J. de Moraes

DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DO H ERBICIDA ONLY® EM DUAS CULTIVARES DE ARROZ TOLERANTE AS IMIDAZOLINONAS - Gustavo Mack Telo; Enio Marchesan; Silvio Carlos Cazarotto Villa; Rafael Bruck Ferreira; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Luis Antonio de Ávila

AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TIRIRICA ( Cyperus esculentus L.) COM HERBICIDAS NA CULTURA DO ARROZ - Fernando Borges Santiago; Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Ana Paula Estevo; Sylvio Henrique Bidel Dornelles

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA NOMINEE ISOLADO E EM ASSOCIAÇÃO COM COMMENCE, APLICADOS EM PÓS- EMERGÊNCIA INICIAL NO CONTROLE DE Panicum dichotomiflorum EM ARROZ IRRIGADO - Fernando Borges Santiago; Fernando Luis Perini

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM NO CONTROLE DE Echinochloa crusgalli , Aeschynomene denticulata E Cyperus iria . - Olavo Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz Felipe Thomas; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos; Rafael Friguetto Mezzomo

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CULTIVARES DE ARROZ ( Oryza sativa L.) RESISTENTES A HERBICIDAS INIBIDORES DA ENZIMA ALS - Merotto Jr., A.; Kalsing, A.; Roso, A.C.; Matzenbacher, F.O.; Francesqueit, D.V.

CROSS-RESISTANCE TO ALL ALS- INHIBITING HERBICIDE GROUPS AND PHYLOGENETIC RELATIONSHIP OF ALS GENE IN Cyperus difformis L. - Aldo Merotto Jr; Marie Jasieniuk; Albert J. Fische

ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DE ÁREAS DE ARROZ IRRIGAD O APÓS O USO DO SISTEMA CLEARFIELD® - Luis Antonio de Ávila; Gustavo Mack Telo; Enio Marchesan; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Rafael Bruck Ferreira; Getúlio Rigão Filho

EFEITO RESIDUAL DA MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR COM IMAZAPIC EM GENÓTIPO DE ARROZ NÃO TOLERANTE, SEMEADO 371 E 705 DIAS APÓS A APLICAÇÃO - Enio Marchesan; Mara Grohs; Fernando Machado dos Santos; Paulo Fabrício Sachet Massoni; Alejandro Fausto Kraemer; Gustavo Mack Telo; Luis Antonio de Ávila; Sérgio Luiz de Oliveira Machado

COMPETITIVIDADE DE Heteranthera reniformis COM ARROZ IRRIGADO, SISTEMA PRÉ-GERMINADO - Domingos Sávio Eberhardt; José Alberto Noldin; Henri Stuker

RESIDUAL DA MISTURA FORMULADA DOS HERBICIDAS IMAZETHAPYR E IMAZAPIC EM ÁREA COM CULTIVO SUCESSIVO DE ARROZ IRRIGADO - Enio Marchesan; Gustavo Mack Telo; Rafael Bruck Ferreira; Paulo Fabrício Sachet Massoni; Alejandro Fausto Kraemer; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Luis Antonio de Ávila

CONTROLE DE ANGIQUINHO NO SISTEMA CLEARFIELD ® DE PRODUÇÃO DE ARROZ IRRIGADO - Valmir Gaedke Menezes; Carlos Henrique Paim Mariot

COMPORTAMENTO DA CULTURA DO SORGO GRANÍFERO (Sorghum bicolor ), cv BR 304, SEMEADO EM ROTAÇÃ O COM O ARROZ CLEARFIELD ® - Jesus Juares Oliveira Pinto; José Alberto Noldin; Mariane D’Avila Rosenthal; Leonard Bonilha Piveta; Camila Ferreira de Pinho

EFEITO DO PH NA MOBILIDADE DA MISTURA HERBICIDA IMAZAPIC + IMAZETHAPYR NO PERFIL DE UM PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO EUTRÓFICO SOLÓDICO - Jesus Juares Oliveira Pinto; Mariane D’Avila Rosenthal; José Alberto Noldin; Antonio Donida; Glauco Foster Almeida; Camila Ferreira de Pinho;

Leonard Bonilha Piveta

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE RESIDUAL EM SOLO DA MISTURA FORMULADA COM OS HERBICIDAS IMAZAPIC + IMAZETHAPYR, PARA A CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, CULTIVAR IRGA 417 - Jesus Juares Oliveira Pinto; José Alberto Noldin; Mariane D’Avila Rosenthal; Rodolfo Rocha Richter; Frederico Bartz de Menezes; Leonard Bonilha Piveta; Camila Ferreira de Pinho

EFEITO DA ATIVIDADE DO HERBICIDA IMAZAPIC+IMAZETHAPYR NA CULTURA DO AZEVÉM ( Lolium multiflorum ) SEMEADO EM SUCESSÃO A CULTURA DO ARROZ CLEARFIELD ® - Jesus Juares Oliveira Pinto; José Alberto Noldin; Mariane D’Avila Rosenthal; Camila Ferreira de Pinho; Glauco Foster Almeida; Antonio Donida

ÉPOCAS DE CONTROLE DE ANGIQUINHO EM ARROZ IRRIGADO - André Andres; Giovani Theisen; Jorge Rieffel FO; Douglas Hoffman; Germano Butow; Paulo di Primio

CONTROLE QUÍMICO DE ANGIQUINHO NO SISTEMA CLEARFIELD - André Andres; Giovani Theisen; Douglas A Hoffman; Germano T. Büttow; Jorge Rieffel F°; Paulo di Primio; Daniela Schossler; Leandro Pasqualli

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM, APLICADO EM PULVERIZAÇÃO NO SISTEMA DE CULTIVO PRÉ-GERMINADO - Olavo Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz Felipe Thomas; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos; Danie Martini Sanchotene

COMPETITIVIDADE ENTRE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO E BIÓTIPO DE ARROZ-VERMELHO. 1. UTILIZAÇÃO DE VARIÁVEIS MORFOLÓGICAS - Nilson Gilberto Fleck; Dirceu Agostinetto; Carlos Eduardo Schaedler; Leandro Galon

PERÍODOS DE COMPETIÇÃO DE CAPIM-ARROZ ( Echinochloa spp.) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Siumar P. Tironi; Jesus J. O. Pinto; Rodrigo Neves

CONTROLE DE ESCAPES DE ARROZ- VERMELHO NO SISTEMA DE PRODUÇÃO CLEARFIELD NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Ricardo Herzog; Rodrigo Shoenfeld; Eduardo Amilíbia

RENDIMENTO DE GRÃOS DA CULTIVAR PUITÁ EM FUNÇÃO DA ASPERSÃO DE IMAZAMOX APLICADO EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO - Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Ricardo Herzog; Rodrigo Shoenfeld; Eduardo Amilíbia

EFICIÊNCIA DO HERBICIDA IR 5878 WG NO CONTROLE DE Fimbristylis miliacea NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Olavo Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula

Estevo; Graciela Castilhos; Danie Martini Sanchotene

SUSCETIBILIDADE DE TRÊS ESPÉCIES D E ANGIQUINHO (Aeschynomene spp.) A HERBICIDAS DE USO EM PÓS-EMERGÊNCIA EM ARROZ IRRIGADO - Carlos Eduardo Schaedler; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Alberto Lazaroto; Fausto Borges Ferreira

REDUÇÃO NA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Carlos Henrique Paim Mariot; Valmir Gaedke Menezes; Héctor Vicente Ramírez; Rodrigo Neves

CONTROLE DE Digitaria ciliares E DE Alternanthera philoxeroides PELA APLICAÇÃO DO HERBICIDA NOMINEE ISOLADO E EM ASSOCIAÇÃO COM COMMENCE NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Fernando Luis Perini; Fernando Borges Santiago

CRESCIMENTO DE ARROZ E CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE UMIDADE DO SOLO - Mauricio dos Santos, Germani Conçenço, André Andres, Jorge Rieffel Filho, Jean Vilella, Carlos Nachtigall Garcia, Nei Fernandes Lopes

MEIO AMBIENTE E IMPACTO AMBIENTAL

ASSEMBLÉIAS DE ANFÍBIOS EM ARROZAIS DA PLANÍCIE COSTEIRA DO SUL DO BRASIL, MOSTARDAS, RIO GRANDE DO SUL, DADOS PRELIMINARES - Iberê Farina Machado; Aline Regina Gomes Moraes Lace; Leonardo Felipe Bairos Moreira; Leonardo Maltchick; Demétrio Guadagnim

DIVERSIDADE DE TURBELÁRIOS DULCIAQÜÍCOLAS (PLATYHELMINTHES) EM ÁREAS DE CULTIVO DE ARROZ IRRIGADO NO RIO GRANDE DO SUL - Dioneia Conceição da Vara; Ana M. Leal-Zanchet; Demétrio L. Guadagnin

CONSERVAÇÃO DE AVES AQUÁTICAS EM ARROZAIS - Demétrio Luis Guadagnin; Ângela Schmitz Peter; Leonardo Maltchik

MACRÓFITAS AQUÁTICAS DE UM CANAL DE IRRIGAÇÃO DE LAVOURA DE ARROZ DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL - Taís Lacerda; Ana Silvia Rolon; Leonardo Maltchik

DINÂMICA DA COMUNIDADE DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM UMA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL - Ana Silvia Rolon; Taís Lacerda; Leonardo Maltchik

DINÂMICA DE MACROINVERTEBRADOS EM UMA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO NA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL - Cristina Stenert, Roberta Cozer Bacca, Carolina Mostardeiro, Tiago

Dexheimer, Leonardo Maltchik

ATIVIDADE RESIDUAL DE HERBICIDAS DO GRUPO QUÍMICO DAS IMIDAZOLINONAS EM DOIS T IPOS DE SOLO EM ARROZ IRRIGADO, SISTEMA PRÉ-GERMINADO - José Alberto Noldin; Domingos Sávio Eberhardt; Leonardo C. Malburg; Gabriela F. Pinheiro; Janaina M. Rodrigues

TOXICIDADE AGUDA DOS PRINCIPAIS HERBICIDAS E INSETICIDAS UTILIZADOS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO SOBRE A BACTÉRIA VIBRIO FISCHERI - Fernanda Poleza; Rafael Camargo Souza Leonardo Rubi Rörig; Cesar Augusto Stramosk; José Alberto Noldin; Charrid Resgalla Jr.

RESIDUAL DO HERBICIDA ATRAZINA APLICADO EM MILHO NO SOLO E NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO DE CU LTIVO SUBSEQÜENTE DE ARROZ - Maria Laura Turino Mattos; André Andrés; Claudio Alberto S. da Silva; Ieda Maria Baade dos Santos

ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS E AMBIENTAIS DO INSETICIDA CARBOSULFANO EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria Laura Turino Mattos; José Francisco da Silva Martins; Uemerson Silva da Cunha; Ieda Maria Baade dos Santos

OCORRÊNCIA DE BACILLUS spp. EM AMOSTRAS DE ÁGU A DE DIFERENTES REGIÕES ORIZÍCOLAS DO RS. - Leila Lucia Fritz; Maria Helena Ribeiro Reche; Valmir Gaedke Menezes; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiúza

REÚSO DA ÁGUA DE EFLUENTES URBANOS EM IRRIGAÇÃO DE LAVOURA DE ARROZ EM PELOTAS, RS - Álvaro Nebel; Rul Martins Antunes; Gilberto Loguércio Collares; Orlando Pereira Ramirez

A QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL EM UMA MICROBA CIA ONDE O ARROZ IRRIGADO É A PRINCIPAL ATIVIDADE AGRÍCOLA - Francisco Carlos Deschamps; José Alberto Noldin

MONITORAMENTO DA ÁGUA DO RIO GRAVATAÍ USADA NA IRRIGAÇÃO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO ARROZ EM CACHOEIRINHA, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Silvio Aymone Genro Jr; Elio Marcolin

MONITORAMENTO DA ÁGUA DAS LAVOURAS DE ARROZ NA BACIA HIDROGRÁFICA DA LAGOA DO GUARAXAIM NO MUNICÍPI O DE ARAMBARÉ, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Elio Marcolin; Roberto Longaray Jaeger; Silvio Aymone Genro Jr

RESÍDUOS DE AGROQUÍMICOS NA ÁGUA DOS SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO E DE DRENAGEM PRINCIPAL DA ÁREA CULTIVADA COM ARROZ NO PERÍMETRO IRRIGADO DA BARRAGEM DO

ARROIO DURO, CAMAQUÃ, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Valmir Gaedke Menezes; Elio Marcolin; Sílvio Aymone Genro Jr; Roberto Longaray Jaeger; Éverton Luis Fonseca; Renato Zanella

EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS SOBRE A RIQUEZA ESPECÍFICA DE COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICAS EM CULTURA DE ARROZ IRRIGADO - Emília de Souza Cebalhos; Maria Angélica Oliveira; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Geovane Boschmann Reimche; Renato Zanella; Luis Antonio de Ávila; Enio Marchezan; Sandro Santos; Vânia Lúcia Pimentel Vieira

ANÁLISE DA QUALIDADE DE ÁGUA EM ÁREAS DE ARROZ IRRIGADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO ARROZ, IRGA, CACHOEIRINHA, RS - Tavares, C.R.M.; Frizzo, C.; Macedo, V.; Fiuza, L. M

ADUBO VERDE NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Juliana Dode; Vinicius Scaglioni; Fabiana Timm; Clauber Mateus Priebe Bervald; Nei Lopes

FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO PELO COMPLEXO SIMBIÓTICO Azolla-anabaena NA CULTURA DO ARROZ IRRIG ADO - Juliana Dode; Vinicius Scaglioni; Fabiana Timm; Clauber Mateus Priebe Bervald; Nei Lopes

ESPÉCIES DE AVES EM ÁREAS DE ARROZ IRRIGADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA - Franciane Moretti; Juliana Vieira; José Alberto Noldin

REPRODUÇÃO DE AVES EM ÁREAS DE CULTIVO DE ARROZ IRRIGADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA - Franciane Moretti; José Alberto Noldin; Juliana Vieira

PRESENÇA DE CARBAMATOS EM PARTES DA PLANTA DE ARROZ PRÉ-GERMINADO - Christina Venzke Simões de Lima; Marcos Rivail da Silva; Joseline Molozzi; Adriano Alves da Silva

EMISSÃO DE METANO EM LAVOURAS DE ARROZ IRRIGADO SOB SISTEMA PRÉ-GERMINADO - Magda Aparecida de Lima;, Domingos S. Eberhardtv; Maria Conceição P.Y. Pessoa; Rosa T. S.Frighetto; Sérgio Valério Neto; Denis F. Plec; Gabriela F. Pinheiro; Dagmar N. S. Oliveira; Melissa Baccan

INFLUÊNCIA DE IMAZETHAPYR + IMAZAPIC E BISPYRIBAC-SODIUM NA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA EM ARROZ IRRIGADO - Geovane Boschmann Reimche; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Jaqueline Ineu Golombieski; Enio Marchesan

PERSISTÊNCIA DE HERBICIDAS NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Geovane Boschmann Reimche; Renato Zanella; Enio Marchesan; Marcia Helena Scherer Kurs; Fábio Ferreira Gonçalves; Luis Antonio de Ávila; Ednei Gilberto Prime

INDICADORES DA QUALIDADE DO SOLO DE VÁRZEA TROPICAL CULTIVADO COM FORRAGEIRAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ARROZ IRRIGADO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO - Murillo Lobo Junior; Valácia Lemes da Silva Lobo; João Neto Garcia de Souza; Alberto Baeta dos Santos

MONITORAMENTO DE HERBICIDAS E INSETICIDAS EM DOIS RIOS DA DEPRESSÃO CENTRAL DO RS, DURANTE O CULTIVO DO ARROZ IRRIGADO - Luis Antonio de Avila; Gerson Meneghetti Sarzi Sartori; Enio Marchesan; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Tiago Luis Rossato; Gabriel Adolfo Garcia; Renato Zanella; Fábio Ferreira Gonçalves; Márcia Helena Scherer Kurz; Vera Regina Mussói Macedo

EFEITO DE UMA FORMULAÇÃO COMERCIAL DO INSETICIDA CARBOFURAN SOBRE A COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS PRESENTES EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Joele Schmidt Baumart; Bianca Zimmermann; Marcelo Dalosto; Geovane Boschmann Reimche; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Enio Marchesan; Luis Antonio de Avila; Sandro Santos

EFEITO DE DIFERENTES FORMULAÇÕES COMERCIAIS DE PESTICIDAS SOBRE A ATIVIDADE DA ACETILCOLINESTERASE EM CÉREBRO E MÚSCULO DE CARPAS (CYPRINUS CARPIO VAR HUNGARA) EXPOSTAS EM LAVOURA DE ARROZ - Bibiana Silveira Moraes; Vânia Lúcia Loro; Alice Raabe; Alexandra Pretto; Milene Braga da Fonseca; Geovane Boschmann Reimche; Luis Antonio de Avila; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Enio Marchesan; Gerson Meneghetti Sarzi Sartori

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO UTILIZADA NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO ARROZ, CACHOEIRINHA, RS - Maria Helena Lima Ribeiro Reche; Catiusca Reali; Vera Regina Mussoi Macedo; Lidia Mariana Fiúza

ABUNDÂNCIA DE COLIFORMES EM ÁGUAS DE IRRIGAÇÃO E DRENAGEM EM ECOSSISTEMA ORIZÍCOLA, CAMAQUÃ, RS - Maria Helena Lima Ribeiro Reche; Catiusca Reali; Vera Regina Mussoi Macedo; Lidia Mariana Fiúza

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE AGROTÓXICOS NO SEDIMENTO DE DOIS MANANCIAIS HÍDRICOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL - Douglas Daniel Grützmacher; Anderson Dionei Grützmacher; Dirceu Agostinetto; Alci Enimar Loeck; Rodrigo Roman; Renato Zanella

EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS NA REGIÃO ORIZICOLA DO SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - Douglas Daniel Grützmacher; Cândida Renata Farias; Anderson Dionei Grützmacher; Rodrigo Schulz; Marcelo Lerina

DINÂMICA DOS ORGANISMOS BENTÔNICOS NA LAVOURA DO ARROZ E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO - Karine Delevati

PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO SOLO POR INVERTEBRADOS AQUÁTICOS, APÓS A IRRIGAÇÃO EM ARROZ - Karine Delevati Colpo

ANÁLISE DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS EM ÁGUAS UTILIZADAS NA ORIZICULTURA DO RIO GRANDE DO SUL - Caroline Frizzo; Jaime Vargas de Oliveira; Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Jose Luiz Rosa dos Santos; Lídia Mariana Fiúza

ABUNDÂNCIA DE BACILOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS PRESENTES EM ÁGUAS UTILIZADAS NA IRRIGAÇÃO DO ARROZ EM CINCO REGIÕES PRODUTORAS DO RIO GRANDE DO SUL - Caroline Frizzo; Jaime Vargas de Oliveira; Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Jose Luiz Rosa dos Santos; Lídia Mariana Fiúza

AVALIAÇÃO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO EM DOIS MANANCIAIS HÍDRICOS NO SUL DO BRASIL - Anderson Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher; Dirceu Agostinetto; Alci Enimar Loeck; Rodrigo Roman; Renato Zanella

CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO E DRENAGEM PRINCIPAL DA LAVOURA DE ARROZ NO PERÍMETRO IRRIGADO DA BARRAGEM DO ARROIO DURO, MUNICÍPIO DE CAMAQUÃ, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Elio Marcolin; Valmir Gaedke Menezes; Sílvio Aymone Genro Jr; Roberto Longaray Jaeger; Everton Luis Fonseca

IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS DE LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO NO LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA - Hector Silvio Haverroth; Domingos Sávio Eberhardt

COMPORTAMENTO AMBIENTAL DO HERBICIDA CLOMAZONA NA TECNOLOGIA PERMIT EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria Laura Turino Mattos; André Andrés; Ieda Maria Baade dos Santos; Juliano Anselmo

SEMENTES E AGROINDÚSTRIA

ESTRESSE SALINO E A SENSIBILIDADE DOS GENÓTIPOS DE ARROZ BR-IRGA 409 E TIBA - Clairomar Emílio Flores Hoffmann; Leonardo Schaedler; Luiz Augusto Salles das Neves; Cristiane Freitas Bastos; Gabriel da Luz Wallau

COMPOSIÇÃO EM ÁCIDÓS GRAXOS DO ÓLEO DE ARROZ DURANTE O PROCESSO DE REFINO – Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO- QUÍMICA DO FARELO DE ARROZ UTILIZADO PARA A OBTENÇÃO DO ÓLEO DE ARROZ - Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto

TEORES DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ÁCIDOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS PIGMENTADOS E NÃO PIGMENTADOS DE ARROZ (ORYZA SATIVA , L.) - Nádia Valéria Mussi de Mira; Rosa Maria Cerdeira Barros; Moacir Antonio Schiocchet; José Alberto Noldin; Ursula Maria Lanfer-Marquez

ESTUDO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICO- QUÍMICAS DE PRODUTOS DE ARROZ PROVENIENTES DE CAMPOS EXPERIMENTAIS E DO COMÉRCIO DA REGIÃO SUL DO RS - Débora Craveiro Vieira; Vânia da Silva Bierhals; Vanessa Goulart Machado; Giniani Carla Dors; Carlos Alberto Fagundes; Eliana Badiale Furlong

INCIDÊNCIA DE MICOTOXINAS E TEOR DE FENÓIS TOTAIS EM DIFERENTES FRAÇÕES DO GRÃO DE ARROZ - Débora Craveiro Vieira; Vânia da Silva Bierhals; Vanessa Goulart Machado; Giniani Carla Dors; Carlos Alberto Fagundes; Eliana Badiale Furlong

INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE PARBOILIZAÇÃO SOBRE A FRAÇÃO γγγγ- ORIZANOL DO ARROZ - Paulo Romeu Gonçalves; Maria Regina Alves Rodrigues; Marco Aurélio Ziemerman; Moacir Cardoso Elias; Elvio Aosane; Álvaro Renato Guerra Dias

DESENVOLVIMENTO DO CULTIVAR IRGA 420 PROVENIENTE DE SEMENTES DE DISTINTOS VIGORES EM OITO DENSIDADES DE SEMEADURA - João Batista Beltrão Marques; Alexandre Lul Lima; Jorge Antônio Molinari; Ígor Sotal Sauceda

SENSIBILIDADE DOS GENÓTIPOS DE ARROZ HÍBRIDO XP- 739 E DA CULTIVAR BR-IRGA 409 AO ESTRESSE SALINO - Leonardo Schaedler; Clairomar Emílio Flores Hoffmann; Luiz Augusto Salles das Neves; Gabriel da Luz Wallau; Cristiane Freitas Bastos

EFEITO DO BENEFICIAMENTO DO ARROZ NO DESEMPENHO E RESPOSTA METABÓLICA EM RATOS - Cristiane Casagrande Denardin; Nardeli Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Alves Fagundes

CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS, PROPRIEDADES DE CONSUMO E PARÂMETROS DE PARBOILIZAÇÃO DOS GRÃOS DE ARROZ DOS CULTIVARES IRGA 423 E IRGA 424 - Carlos Alberto Alves Fagundes; Sérgio Iraçu Gindri Lopes; Mara Cristina Barbosa Lopes; Antonio Folgiarini de Rosso; Renata Pereira da Cruz; Paulo Sergio Carmona; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso Elias

ESTABILIZAÇÃO DE FARELO DE ARROZ POR IMERSÃ O EM ÁGUA QUENTE - Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual; Vanessa Fernandes Araujo; Fausto Alberto Torres Rodriguez; Maurício de Oliveira; Ursula Maria; Lanfer-Marquez; Moacir Cardoso Elias

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL EM GRÃOS DE ARROZ POLIDO E PARBOILIZADO - Fabrício Barros Brum; Bruna Mendonça Alves; Jaqueline Ineu Golombieski; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Fagundes

AVALIAÇÂO DA COMPOSIÇÃO MINERAL DE GRÃOS DE ARROZ BRANCO POLIDO - Jaqueline Ineu Golombieski; Fabrício Barros Brum; Cristiane Casagrande Denardin; Bruna Roberto; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Fagundes

CARACTERIZAÇÃO DE MINERAIS EM FARELO DE ARROZ - Simone A.S.C. Faria; Otilia T. Carvalho; Luciana T. Yoshime; Selma N. Koakuzu; Priscila Z. Bassinello; Débora I. T. Fávaro; Marilene D.V.C. Penteado

EFEITOS DA TEMPERATURA DA ÁGUA DE ENCHARCAMENTO NA PARBOILIZAÇÃO SOBRE O PERFIL CROMATOGRÁFICO LIPIDICA DO ARROZ - Paulo Romeu Gonçalves; Maria Regina Alves Rodrigues; Marco Aurélio Ziemerman; Mauricio de Oliveira; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

ARROZ VERMELHO NAS AMOSTRAS DE SEMENTES ANALISADAS NA REDE DE LABORATÓRIOS (LAS) DO IRGA NO PERÍODO DE 1996 A 2006 - José Mauro Costa Rodrigues Guma; Jair Flores Junior; Sintia da Costa Trojan; Maria da Graça Burgo Valério; Roberto Longaray Jaeger; Jaceguay Barros

PRODUÇÃO DE SEMENTE GENÉTICA E BÁSICA DO IRGA NAS SAFRAS 2005/2006 E 2006/2007 - José Mauro Costa Rodrigues Guma; Athos Dias de Castro Gadea

ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES DO IRGA NAS SAFRAS 2004/2005, 2005/2006 E 2006/2007 - José Mauro Costa Rodrigues Guma

PROFUNDIDADE DE SEMEADURA E QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE ARROZ HÍBRIDO - Fábio Mielezrski; Rudineli Ribeiro Carvalho; Luís Eduardo Panozzo; Luis Osmar Braga Schuch; Mateus Olivo

COMPORTAMENTO DE PLANTAS EM POPULAÇÕES DE ARROZ HÍBRIDO EM FUNÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES - Fábio Mielezrski; Luis Osmar Braga Schuch; Silmar Teichert Peske; Rudineli Ribeiro Carvalho; Luís Eduardo Panozzo; Mateus Olivo

EMERGÊNCIA EM CAMPO E CRESCIMENTO INICIAL DE ARROZ HÍBRIDO EM FUNÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES - Fábio Mielezrski; Luis Osmar Braga Schuch; Silmar Teichert Peske; Rudineli Ribeiro Carvalho; Luís Eduardo Panozzo; Jacson Zuchi

DESEMPENHO DE PLANTAS INDIVIDUAIS DE ARROZ HÍBRIDO EM FUNÇÃO DO VIGOR DAS SEMENTES - Fabio Mielezrski; Luis Osmar Braga Schuch; Silmar Teichert Peske; Luís Eduardo Panozzo; Rudineli Ribeiro Carvalho; Jacson Zuchi

MÉTODO ALTERNATIVO NA SEPARAÇÃO DE LOTES DE SEMENTES DE ARROZ QUANTO AO VIGOR - Cristina Rodrigues Mendes; Maria da Graça de Souza Lima; Dario Munt de Moraes

INCIDÊNCIA DE SEMENTES DE AESCHYNOMENE spp., ECHINOCHLOA spp. E IPOMEA sp. EM LOTES DE SEMENTES DE ARROZ CERTIFICADAS, NÃO CERTIFICADAS E PRÓPRIAS - Maria da Graça Burgo Valério; Mário Borges Trzeciak; Demócrito Amorim Chiesa Freitas; Patrícia da Silva Vinholes; Francisco Amaral Villela

ÉPOCAS DE COLHEITA E QUALIDADE DE ARROZ IRRIGADO BRS JABURU PRODUZIDO EM RORAIMA - Oscar José Smiderle; Moisés Mourão Jr; Antonio Carlos Centeno Cordeiro

ÉPOCAS DE COLHEITA DE ARROZ IRRIGADO BR IRGA 409 CULTIVADO EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José Smiderle; Paulo Roberto Perreira; Moisés Mourão Jr

EFEITOS DA AMILOSE E DA PARBOILIZAÇÃO SOBRE A FORMAÇÃO DE AMIDO RESISTENTE EM ARROZ - Elizabete Helbig; William da Silva Krolow; André Luiz Radünz; Juliane Mascarenhas Pereira; Magna da Glória Lameiro; Alvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

COMPORTAMENTO VISCOAMILOGRÁFICO DA FARINHA DE ARROZ MOTTI MODIFICADA QUIMICAMENTE - Fernanda Muniz das Neves; Juliane Mascarenhas Pereira; Pablo Daniel Freitas Bueno; Elizabete Helbig; Alvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

EFEITOS DO GRAU DE POLIMENTO SOBRE PROPRIEDADES DE TEXTURA E SENSORIAIS EM ARROZ BRANCO - Cátia Regina Storck; André Luiz Radünz; Gerson Lübk Buss; Jander Luiz Fernandes Monks; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso Elias

INTENSIDADE DE POLIMENTO SOBRE PARÂMETROS NUTRICIONAIS E COCÇÃO DO ARROZ PARBOILIZADO - Cátia Regina Storck; Elessandra Zavareze; Juliane Mascarenhas Pereira; Rafael de Almeida Schiavon; Jander Luiz Fernandes Monks; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

EFEITO DO POLIMENTO SOBRE PARÂMETROS NUTRICIONAIS, DE TEXTURA E SENSORIAIS EM GRÃOS DE ARROZ - Maurício de Oliveira; Otaviano Maciel Carvalho Silva; Lisandro Karnopp Tuchtenhagen; Pablo Daniel Freitas Bueno; Cátia Regina Storck; Ana Paula do Sacramento Wally; Moacir Cardoso Elias

TERRA DE DIATOMÁCEA E ÁCIDO PROPIÔNICO N O CONTROLE DE Rhyzopertha dominica e Tribolium castaneum EM ARROZ ARMAZENADO - Alexandra Morás; Maurício de Oliveira, Dejalmo Nolasco Prestes; Jonis Gelain; Irineu Lorini, Moacir Cardoso Elias

EFEITOS DA PARBOILIZAÇÃO, DO ARMAZENAMENTO E DA COCÇÃO SOBRE A ESTABILIDADE DO AMIDO RESISTENTE EM ARROZ - Elizabete Helbig; Volnei Luiz Meneghetti; Daniel Rutz; Pedro Luiz Antunes; Manoel Artigas Schirmer; Moacir Cardoso Elias

EFEITOS DA PARBOILIZAÇÃO SOBRE O PERFIL CROMATOGRÁFICO DOS ÁCIDOS GRAXOS DO ARROZ - Paulo Romeu Gonçalves; Maria Regina Alves Rodrigues; Gisele Feijó Brisolara; Marco Aurélio Ziemann dos Santos; Mauricio de Oliveira; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM CAMPO E QUALIDADE INDUSTRIAL DE HÍBRIDOS DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL - Leandro Pasqualli; Evandro Parisotto; Flavio L. Bock; Lauro Weber; Silvio Villa; Cristine Saravia

QUALIDADE DE SEMENTES DE ARROZ ANALISADAS NO LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE SEMENTES DO INSTITUTO RIO GRANDENSE DO ARROZ - PELOTAS, NO PERÍODO DE 1991 A 2005 - M. G. B. Valerio; M. A. Tillmann

RENDIMENTO DE GRÃOS DA CULTIVAR IRGA 420 PROVENIENTE DE SEMENTES DE DISTINTO VIGOR EM OITO DENSIDADES DE SEMEADURA - João Batista Beltrão Marques; Alexandre Lul Lima; Jorge Antônio Molinari Flores; Ígor Sotal Sauceda

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA E FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ARROZ CERTIFICADAS, NÃO CERTIFICADAS E PRÓPRIAS - Mário Borges Trzeciak; Maria da Graça Burgo Valério; Patrícia da Silva Vinholes; Demócrito Amorim Chiesa Freitas; Francisco Amaral Villela

AVALIAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE DE SEMENTES DE ARROZ (Oryza sativa L.) DURANTE O PROCESSO DE MATURAÇÃO E SUA VARIAÇÃO NA PANÍCULA - Rodrigo Castro Soares; Marcus Davi Ferreira Teplizky; Fabrício Becker Peske; Paulo Ricardo Reis Fagundes; Ariano Martins Magalhães Jr.; Silmar Teichert Peske

INTENSIDADE DO POLIMENTO SOBR E PARÂMETROS FÍSICOS E NUTRICIONAIS EM ARROZ BRANCO POLIDO - Jander Luis Fernandes Monks; Leandro Fernandes Monks; Daniel Rutz; Jeferson da Cunha Rocha; Marcelo Zaffalon Peter; Cátia Regina Storck; Moacir Cardoso Elias

EFEITO DO POLIMENTO NAS CARACTERIST ICAS QUIMICAS E SENSORIAIS DO ARROZ PARBOILIZADO - Jander Luis Fernandes Monks; Jonis Gelain; Ana Paula do Sacramento Wally; Mateus Pino; Rafael de Almeida Schiavon; Ricardo Tadeu Paraginski; Moacir Cardoso Elias

MODELOS MATEMÁTICOS PARA A SECAGEM INTERM ITENTE DE ARROZ EM CASCA - Volnei Luiz Meneghetti; Mateus Pino; Jeferson Cunha da Rocha; Willian da Silva Krolow; Rodrigo Bubolz Prestes; Fabrízio da Fonseca Barbosa; Moacir Cardoso Elias

RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR MICOTOXINAS EM ARROZ E DERIVADOS - Giniani Carla Dors; Melissa dos Santos Oliveira; Vânia Bierhals; Cristina Moreira da Silveira; Eliana Badiale-Furlong

EFEITO DO TEOR DE AMILOSE SOBRE O DESEMPENHO E METABOLISMO LIPÍDICO EM RATOS - Cristiane Casagrande Denardin; Nardeli Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Alves Fagundes

MODIFICAÇÕES NO MÉTODO CIAT PARA DETERMINAÇÃO DE AMILOSE - Francisco Carlos Deschamps; Gabriel Deschamps Fernandes

TEOR DE AMILOSE EM CULTIVARES E LINHAGENS DE ARROZ DO BANCO DE GERMOPLASMAS DA EPAGRI - ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SC - Gabriel Deschamps Fernandes; Francisco Carlos Deschamps

EFEITO DA COCÇÃO SOBRE OS TEORES DE γγγγ-ORIZANOL EM ARROZ INTEGRAL - Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual; Priscila Araujo Pinto; Nadia Valéria Mussi de Mira; Isabel Louro Massaretto; Carlos Alberto Alves Fagundes; Ursula Maria Lanfer-Marquez ...................................................................................................................

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE BOLO INGLÊS ELABORADO COM FARINHA DE ARROZ E XANTANA - Bresolin, Rafael; Duarte, Ana Paula Assis, Letícia; Gularte, Márcia Arocha

AVALIAÇÃO DA PREFERÊNCIA DE EXTRATOS DE ARROZ ELABORADOS COM ENZIMAS DE MALTE DE CEVADA - Leandra Zafalon Jaekel; Rosane da Silva Rodrigues; Amanda Pinto da Silva

ENZIMAS COMERCIAIS NA OBTENÇÃO DE EXTRATO DE ARROZ - Leandra Zafalon Jaekel; Rosane da Silva Rodrigues; Amanda Pinto da Silva

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO COZIMENTO NO CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS DE ARROZ INTEGRAL - Isabel Louro Massaretto; Nádia Valéria Mussi de Mira; Priscila Araújo Pinto; Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual; José Alberto Noldin; Moacir Antonio Schiocchet; Ursula Maria Lanfer-Marquez

TOCOFERÓIS E γ- ORIZANOL NO ÓLEO DE ARROZ ANTES E DEPOIS DO PROCESSO DE REFINO - Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatt

INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE ARROZ OU DE MACARRÃO NO DESEMPENHO E RESPOSTA METABÓLICA EM RATOS - Cristiane Casagrande Denardin; Nardeli Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Alves Fagundes

PÃO FRANCÊS MISTO DE ARROZ: ASPECTOS LEGAIS, VALOR NUTRICIONAL E ACEITABILIDADE - Angélica Magalhães; Elaine Lohmann, Evely Rucatti; Michele Mendes

EFEITO DE XANTANA E DA SUBSTITUIÇÃO DA F ARINHA DE ARROZ POR FARINHA DE TRIGO EM BOLO INGLÊS - Bresolin, Rafael; Duarte, Ana Paula; Assis, Letícia; Gularte, Márcia Arocha

EFEITO DA ADIÇÃO DE GORDURA E DA FRITURA NA COCÇÃO DO ARROZ - Silva, P.M.; Bresolin, R;. Gularte, M.A

INFLUÊNCIA DO RENDIMENTO DO ARROZ COZIDO NA SOLTABILIDADE DOS GRÃOS - Silva, P.M; Bresolin, R.; Gularte, M.A

EFEITOS DO GRAU DE GELATINIZAÇÃO SOBRE P ROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DE ARROZ PARBOILIZADO - Moacir Cardoso Elias; Flávio Manetti Pereira; Gustavo Cella; Alberto Conceição da Cunha Neto; Dejalmo Nolasco Prestes; Diego Hohlz Prestes Gilberto Wageck Amato

CORRELAÇÃO ENTRE VISCOSIDADE FINAL DAS CURVAS VISCOAMILOGRÁFICAS E OS TEORES DE AMILOSE DE FARINHAS DE ARROZ POLIDO - Pablo Daniel Freitas Bueno; Cátia Regina Storck; Mário Satte Alan Neto; Fernanda Scheunemann Sacchet; Moacir Cardoso Elias; Manoel Artigas

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DE MISTURAS DE FARINHAS DE TRIGO, ARROZ E SOJA - Ana Paula do Sacramento Wally; Nathan Levien Vanier; Gilberto Arcanjo Fagundes; Fernanda Neves; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DE FARINHA DE ARROZ EM BOLOS - Márcia Arocha Gularte; Carla Maria Moita Brites; Maria João Trigo

EFEITO DA PRESSÃO DE AUTOCLAVAGEM SOBRE A FORMAÇÃO DE AMIDO RESISTENTE EM ARROZ - Elizabete Helbig; Daniel Rutz; Jonis Gelain; André Luiz Radünz; Maurício de Oliveira; Pedro Luiz Antunes, Moacir Cardoso Elias

EFEITOS DO GRAU DE GELATINIZAÇÃO SOBRE CARACTERÍSTICAS DE COCÇÃO E PROPRIEDADES SENS ORIAIS DE ARROZ PARBOILIZADO - Flávio Manetti Pereira; Elvio Aosani; Paulo Romeu Gonçalves; Rafael Dionello; Dejalmo Nolasco Prestes; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso Elias

CONDIÇÕES OPERACIONAIS NA PARBOILIZ AÇÃO DE ARROZ COM DIFERENTES TEORES DE AMILOSE - Elizabete Helbig; Elvio Aosani; Jeferson Cunha da Rocha; William da Silva Krolow; Carlos Alberto Alves Fagundes; Alvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias

EFEITOS DA COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E DO CONTEÚ DO DE AMILOSE NAS PROPRIEDADES VISCOAMILOGRÁFICAS DE ARROZ BRANCO SUBMETIDO A DIFERENTES INTENSIDADES DE POLIMENTO - Pablo Daniel Freitas Bueno; Jeferson Cunha da Rocha; Mateus Pino; Fabrício de Matos Marques; Leandro Fernandes Monks; Manoel Artigas Schirmer; Moacir Cardoso Elias

USO DE SUBPRODUTOS AGROINDUSTRIAIS NO DESENVOLVIMENTO DE MACARRÃO NUTRICIONALMENTE MELHORADO - Angélica Markus Nicoletti; Leila Picolli da Silva; Luisa Helena Hecktheuer; Geni Salete Pinto de Toledo; Fabrício Barros Brum

ENRIQUECIMENTO NUTRICIONAL DE MACARRÃO E SEU EFEITO SOBRE A RESPOSTA BIOLÓGICA - Angélica Markus Nicoletti; Leila Picolli da Silva; Geni Salete Pinto de Toledo; Luiza Helena Hecktheuer; Carine Gláucia Comarella; Fabrício Barros Brum

COMPORTAMENTO DE HIDRATAÇÃO EM FUNÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE ARROZ - Rafael Pivotto Bortolotto; Nilson Lemos de Menezes; Danton Camacho Garcia; Nilson Matheus Mattioni

TEOR DE PROTEÍNA EM AUXÍLIO À DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ARROZ - Rafael Pivotto Bortolotto; Nilson Lemos de Menezes; Danton Camacho Garcia; Nilson Matheus Mattioni

ÉPOCAS DE COLHEITA E PRODUTIVIDADE DE ARROZ IRRIGADO BRS RORAIMA EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José Smiderle; Paulo Roberto Perreira; Moisés Mourão Jr

ÉPOCAS DE COLHEITA E QUALIDADE DE SEMENTES DE ARROZ IRRIGADO PRODUZIDAS EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José Smiderle; Moisés Mourão Jr.; Vicente Gianluppi

CARACTERISTICAS SENSORIAIS DE PÃES ELABORADOS COM FARINHAS MISTAS DE TRIGO, ARROZ E SOJA - Ana Paula do Sacramento Wally; Leandro da Conceição Oliveira; Thiago dos Santos Carrasco; Marlon Leonardo de Oliveira; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso Elias

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO- QUÍMICA DO ÓLEO DE ARROZ DURANTE O PROCESSO DE REFINO - Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto

DORMÊNCIA PÓS COLHEITA EM GENÓTIPOS DE ARROZ-VERMELHO (Oryza sativa L.) CULTIVADOS - Fernanda Martins de Faria; Jaime Roberto Fonseca; Veridiano dos Anjos Cutrim

SÓCIO-ECONOMIA

ADIÇÃO DE FARINHA DE ARROZ À DE TRIGO: CONTRIBUIÇÃO À ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA - Angélica Magalhães; Antonio Augusto Alves

Pereira

DENSIDADE DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNDO - Alcido Elenor Wander; Carlos Magri Ferreira; Fernando Luís Garagorry; Homero Chaib Filho; Tiago Ribeiro Ricardo

ABASTECIMENTO E CONSUMO DE ARROZ NO BRASIL - Alcido Elenor Wander; Carlos Magri Ferreira; Isabel Helena Vernetti Azambuja; Tiago Ribeiro Ricardo

ANÁLISE DO AGRONEGÓCIO DO ARROZ IRRIGADO EM RORAIMA - PERÍODO 1981 A 2007 - Antonio Carlos Centeno Cordeiro; Moisés Cordeiro Mourão Jr.; Roberto Dantas de Medeiros

MANEJO INTEGRADO PARA ALTA PRODUTIVIDADE DO ARROZ IRRIGADO NA ZONA SUL DO RIO GRANDE DO SUL - Vera Pereira Borges; Anderson da Costa Chaves; Giuseppe Morroni; Roger Carriconde; Luis Gonzaga; José Celso Basanesi; Luis Antônio de Leon Valente; Hector Vicente Ramirez; Marcos Souza Fernandes; Valmir Gaedke Menezes

PROJEÇÕES PARA O PREÇO DO ARROZ: UMA ANÁLISE GRÁFICA - Irceu Agostini; Mauricio �ésar Silva.

ANÁLISE DA ACEITABILIDADE DE MACA RRÃO DE ARROZ SEM GLÚTEN - Angélica Magalhães; Antonio Augusto Alves Pereira; Gabriela da Silva Schirmann

CONSUMO DE ARROZ X ALIMENTOS SUBSTITUTOS: UMA ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA-NUTRICIONAL BASEADA NA POF 2002-2003 - Roselene de Queiroz Chaves; Angélica Magalhães

ANÁLISE DAS PRINCIPAIS FONTES DE CARBOIDRATO NA COMPOSIÇÃO E NO CUSTO DO CESTO BÁSICO DE PORTO ALEGRE - Evely Gischkow Rucatti; Angélica Magalhães

BENEFICIAMENTO DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL EM 2006 – Victor Hugo Kayser; Evely Gischkow Rucatti; Camilo Feliciano de Oliveira

ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO NA AGROINDÚSTRIA ARROZEIRA DO RIO GRANDE DO SUL – Luciane Dittgen Miritz; Paulo Dabdab Waquil

SEGMENTAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ NO VAREJO – Augusto Hauber Gameiro; Mariana Bombo Perozzi Gameiro

FARINHA E MACARRÃO DE ARROZ NA ALIMENTAÇÃO INSTITUCIONAL: ALTERNATIVA PARA O MERCADO ORIZÍCOLA - Roselene de Queiroz Chaves; Angélica Magalhães; Nurdine Salé; André Roese; Tânia Nunes da Silva

COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ARROZ E DE INDICADORES ECONÔMICOS NO MUNICIPIO DE URUGUAIANA - Evely Gischkow Rucatti; Victor Hugo Kayser; Camilo Feliciano de Oliveira

ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DOS MERCADOS DE ARROZ INTERNACIONAIS COM O BRASILEIRO - Maria A. S. Braghetta Motta; Hirina Oliveira Moraes Espósito; Silvia Helena G. de Miranda

CARACTERIZAÇÃO DO COMPOSTO DE MARKETING DO ARROZ: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO NO BRASIL - Tiago Sarmento Barata, Ana Júlia Teixeira Senna

AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE ARROZ EM EMBALAGENS DE 1 E 5Kg COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE PELOTAS, RS - Bresolin, Rafael; Prates, Denise da Fontoura; Fernandes, Meg da Silva; Pinto, Ellen Porto

PROJETO 10: EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NAS LAVOURAS DE ARROZ IRRIGADO DO RIO GRANDE DO SUL - Eduardo Pinto Amilibia; Valmir Gaedke Menezes; Luis Antônio De Leon Valente

DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS

TEMPO DE INÍCIO DE NECROSE DAS RAÍZES E DIÂMETRO DO CAULE DE GENÓTIPOS DE SOJA SOB INUNDAÇÃO - Cláudia Erna Lange

REAÇÃO DE GENÓTIPOS FIXOS DE SOJA AO EXCESSO HÍDRICO: DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA - Cláudia Erna Lange

REAÇÃO DE GENÓTIPOS FIXOS DE SOJA AO EXCESSO HÍDRICO: ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DE VARIÂNCIA - Cláudia Erna Lang ...

DOSES E MANEJO DE NITROGÊNIO NO CULTIVO DO FEIJOEIRO EM VÁRZEAS TROPICAIS - Alberto Baêta dos Santos; Nand Kumar Fageria

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS DE MILHO SOB ESPAÇAMENTO REDUZIDO ENTRE LINHAS EM VÁRZEA TROPICAL - Alberto Baêta dos Santos; Pedro Hélio Estevam Ribeiro

EFEITO DE PERÍODOS DE SATURAÇÃO DO SOLO NA TOLERÂNCIA À INUNDAÇÃO DE DOIS GENÓTIPOS CONTRASTANTES DE SOJA - Cláudia Erna Lange; Vladirene Macedo Vieira; Paulo Regis Ferreira da Silva; Humberto Bohnen

PRODUTIVIDADE DE FORRAGEM DE POPULAÇÕES DE CAPIM -LANUDO EM TERRAS BAIXAS - Andréa Mittelmann; Bruna Obes Corrêa; Dagoberto da Silva Pires; Milena Moreira Peres

ATRASO NA SEMEADURA APÓS A DESSECAÇÃO PREJUDICA O CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM MILHO CULTIVADO EM TERRAS BAIXAS - Theisen, G.; Porto, M.P.; Andres, A

EMERGÊNCIA DE ARROZ E CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE UMIDADE DO SOLO - Mauricio dos Santos; Germani Conçenço; André Andres; Jorge Rieffel Filho; Jean Vilella; Carlos Nachtigall Garcia; Nei Fernandes Lopes

ALTERAÇÃO NOS PARÂMETROS QUÍMICOS DO SOLO DURANTE QUATRO ANOS DE RIZIPISCICULTURA - Enio Marchesan; Gustavo Mack Teló; Tiago Luis Rossato; Silvio Carlos Cazarotto Villa; Diogo Machado Cezimbra; Jaqueline Ineu Golombieski

OFICINA TECNOLÓGICA

MANEJO E COMPORTAMENTO AMBIENTAL DO INSETICIDA CARBOFURANO NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria Laura Turino Mattos; José Francisco da Silva Martins

TECNOLOGIA QUE PROPORCIONA MAIOR LUCRATIVIDADE - Eduardo Romann Martini

ARROZ HÍBRIDO SUPERANDO DESAFIOS - Markus Ritter; Leandro Pasqualli; Renato Luzzardi; Cristine Saravia; Hélvio Missau

CIPERÁCEAS E SEUS DANOS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Fernando Luis Perini

PALESTRAS

AGRICULTURA DE PRECISION EN INIA - URUGUAY - Alvaro Roel; Federico Molina; Hugo Firpo; Jose Terra

FARELO DE ARROZ COMO FONTE DE BIODIESEL - Tatiana Magalhães, Thaís Corso, Rosane Ligabue, Sandra Einloft, Jeane Dullius.

IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS SOBRE O ARROZ IRRIGADO NO SUL DO BRASIL - Silvio Steinmetz

NOVOS PRODUTOS DERIVADOS DO ARROZ - José Luis; Ramírez Ascheri

TREHALOSE PRODUCING TRANSGENIC RICE PLANTS WITH IMPROVED SALINITY AND COLD TOLERANCE: PROGRESS AND FUTURE PROSPECTS - Ajay K. Garg; Ray J. Wu

ARROZ, TRIGO E MILHO: A CIÊNCIA DA GENÔMICA COMPARATIVA E OS CEREAIS QUE ALIMENTAM O MUNDO - Antonio Costa de Oliveira

ADIÇÃO DE FARINHA DE ARROZ À DE TRIGO: CONTRIBUIÇÃO À ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA

Angélica Magalhães1 Antonio Augusto Alves Pereira 2 1CEPAN/UFRGS 2 UFSC Rua João Belarmino da Silva, 359 Florianópolis CEP 88067-500 [email protected]

A transição da cultura alimentar brasileira, determinada pela inserção cada vez maior da mulher no mercado de trabalho; tem deslocado o consumo para alimentos de preparo rápido, refeições prontas, sanduíches e biscoitos. Esse fator gera um mercado interessante para produtos diferenciados, de fácil preparo e que tenham um apelo à saúde, como seria o caso da farinha de arroz (BARATA, 2005), o que pode significar alternativa para aumento do consumo de arroz, o que se faz necessário para equacionar produção e demanda. Em 2006 foi apresentada, pelo Deputado Federal gaúcho Henrique Fontana, na Câmara Federal, uma Emenda Modificativa (EMC-03/2006) ao Projeto de Lei 4.679/2001, a qual determina que “os estabelecimentos comerciais pertencentes ao ramo da moagem e beneficiamento de trigo, observado o disposto no artigo 4º desta Lei, somente poderão comercializar farinha de trigo quando adicionadas de farinha de mandioca refinada, farinha de raspas de mandioca, de fécula de mandioca ou de farinha de arroz (Oryza sativa)”.Para a fundamentação desse projeto de Lei, se faz necessária uma análise da viabilidade econômica.

Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo comparativo do comportamento dos preços de farinha de trigo e farinha de arroz, visando fornecer elementos para elaboração de projetos de substituição de trigo por arroz como matéria prima na indústria de panificação e pastifício.

O estudo se constituiu de levantamento e análise de dados referentes a preços de farinha de trigo e de farinha de arroz. A amostra foi composta por 57 observações. Essa limitação na série de dados deve-se ao fato de que não existem dados confiáveis para a farinha de arroz, anteriores a janeiro de 2002. A fonte dos dados utilizada para coleta dos preços da farinha de trigo foi o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, série de dados mensal, formada pelos preços praticados entre 01/2002 e 08/2006 para farinha de trigo. As notas metodológicas do IPEA explicam que esses valores são para embalagens de 50 kg vendidas no atacado. Os valores referentes à farinha de arroz foram preços praticados por uma indústria do estado de Santa Catarina, a qual cedeu as informações para a realização deste trabalho. Esses valores foram praticados no atacado para fardos de 30 kg. Os dados foram analisados com utilização do programa Microsoft Excel. Todos os valores foram deflacionados, o que, metodologicamente, permite uma comparação mais robusta, em virtude de estarem todos os valores na mesma data. O tratamento estatístico foi feito através de análise descritiva.

A Tabela 1 mostra o resumo estatístico, que serve para observar a média dos preços praticados no período, além dos preços mínimos e máximos.

Tabela 1. Resumo estatístico da série de preços de farinha de trigo e farinha de arroz,

01/2002 - 08/2006.

Farinha de trigo Farinha de arroz

Média 0,97297387 Média 0,873627554

Mínimo 0,67558276 Mínimo 0,579756908

Máximo 1,43719818 Máximo 1,132761102

Soma 54,4865369 Soma 48,92314302

Contagem 56 Contagem 56

Fonte: elaboração dos autores.

Ao analisar a Tabela 1, pode-se observar que o preço médio da farinha de trigo (R$

0,97) é superior ao preço médio de farinha de arroz (R$ 0,87), no período estudado. O preço mínimo observado para a farinha de trigo no período estudado foi de R$ 0,67 e o máximo foi de R$ 1,43. Já o preço da farinha de arroz variou entre um mínimo de R$ 0,57 e R$ 1,13. Isso mostra que mesmo o valor máximo praticado para a farinha de arroz, não foi superior ao preço máximo que atingiu a farinha de trigo no mesmo período. Na Figura 1 podem ser observadas as variações de preço de farinha de trigo e farinha de arroz no período de 01/2002 a 08/2006.

R$ 0,00

R$ 0,20

R$ 0,40

R$ 0,60

R$ 0,80

R$ 1,00

R$ 1,20

R$ 1,40

R$ 1,60

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

Meses

Pre

ço

kg

Farinhade trigo

farinhade arroz

Linear(Farinhade trigo)

Linear(farinhade arroz)

Figura 1. Variação dos preços de farinha de trigo e farinha de arroz (valores

deflacionados) no período de janeiro de 2002 a agosto de 2006.

Ao analisar a Figura 1 pode-se perceber que ao longo do tempo observado houve predominância de períodos em que o preço da farinha de arroz foi inferior ao preço da farinha de trigo. As linhas de tendência mostram que a farinha de arroz teve uma tendência linear de redução dos valores, que mesmo acompanhada por tendência semelhante do preço de farinha de trigo, permaneceu com valores inferiores. No entanto, as variações dos preços tiveram alterações em alguns períodos e isso requer uma análise mais detalhada para verificar quais variáveis foram determinantes dos ciclos e choques (quebra de safra, intempéries, redução de área cultivada, política cambial, outras).

As cadeias produtivas devem encontrar novos usos para seus produtos agrícolas. Por outro lado a indústria requer preços competitivos para matérias primas. A partir dos dados apresentados e das análises feitas, pode-se concluir que a utilização de farinha de arroz não consistiria em fator de aumento do custo dos produtos de panificação e pastifício, caso se torne obrigatória sua adição à farinha de trigo processada no Brasil e, como o Brasil tem uma dependência externa de aproximadamente 6 milhões de toneladas de trigo, a farinha de arroz pode representar uma alternativa interessante para reduzir essa dependência, além de proporcionar estabilidade para a cadeia produtiva.

Referências BARATA, Tiago Sarmento. Caracterização do Consumo de Arroz: Um Estudo na Região Metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre, 2005. 187 p. Dissertação (Mestrado em Agronegócios). Cepan/UFRGS. BRASIL, Câmara dos Deputados: e-legis. Disponível em www.camara.gov.br IPEADATA. Base de dados. Disponível em www.ipea.gov.br/ipeadata

DENSIDADE DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNDO

Alcido Elenor Wander¹, Carlos Magri Ferreira¹, Fernando Luís Garagorry², Homero Chaib Filho³, Tiago Ribeiro Ricardo4. ¹Embrapa Arroz e Feijão, Caixa postal 179. CEP 75375-000 Santo Antonio de Goiás-GO. E-mail: [email protected]. ²Embrapa Sede/SGE, Brasília-DF. ³Embrapa Cerrados, Planaltina-DF. 4Universidade Federal de Goiás – UFG/Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos – EAEA, Goiânia-GO.

Ao se estudar os países considerados “mais relevantes” na produção de arroz costuma-se enfocar a questão da quantidade produzida, independentemente da superfície total dos países ou de suas respectivas áreas cultivadas com o produto. Essa análise feita freqüentemente possui um viés de privilegiar países com maiores extensões territoriais, pelo fato de não levar em conta a superfície total dos países produtores. Assim, o presente trabalho visa identificar países que, mesmo não sendo grandes produtores de arroz em termos de volume total, possuem uma presença forte do produto na economia local e nacional. Para tanto, torna-se importante considerar um conceito de densidade para avaliar a real importância do arroz para os diferentes países. O conceito de densidade de produção nos dá uma idéia da importância da presença do arroz nos países, e pode servir como uma proxy para avaliar o grau de prioridade com que os governos tratam o produto em seus países.

Entende-se como densidade de produção a quantidade total produzida por um país dividido pela sua respectiva superfície total, expresso em toneladas produzidas por quilômetro quadrado de superfície. Foram calculadas as densidades de produção de arroz dos países, de modo a identificar os dez países com a maior densidade de produção nos anos de 1961 (=primeiro ano com dados disponíveis), 1981 (=20 anos após o primeiro) e 2005 (=último ano para o qual há dados oficiais disponíveis). Os dados de produção de arroz dos países nos anos de 1961, 1981 e 2005 foram obtidos junto à base de dados FAOSTAT, da FAO. A superfície dos países foi identificada por meio da área relatada para cada país na enciclopédia livre Wikipédia.

A Tabela 1 apresenta os dez países com as maiores densidades de produção de arroz em 1961, além do Brasil. Naquele ano, Bangladesh apresentava a maior densidade de produção de arroz, chegando a 100,18 t/km² de superfície. Coréia do Sul e Japão apareciam em 2º e 3º, com 46,96 e 42,77 t/km², respectivamente. Percebe-se a grande importância que o arroz tinha para estes países, em especial, para Bangladesh (Tabela 1).

Tabela 1. Os países com as maiores densidades de produção de arroz, 1961.

Posição País Densidade de produção (t/km²) 1º Bangladesh 100,18 2º Coréia do Sul 46,96 3º Japão 42,77 4º Vietnã 27,13 5º Tailândia 19,75 6º Índia 16,27 7º Coréia do Norte 15,01 8º Nepal 14,32 9º Sri Lanka 14,07 10º Camboja 13,16 ... ... ...

44º Brasil 0,63 Fonte: Elaborado com dados de produção de FAO (2007) e de superfície de enciclopédia livre Wikipedia.

A Tabela 2 mostra as densidades de produção de arroz no ano de 1981. Destaca-se, novamente, Bangladesh, que atingiu 142 t/km². Em 2º lugar aparece novamente a Coréia do Sul, com 71,7 t/km². Chama a atenção que Bangladesh aumentou sua densidade de produção em 50% no período 1961-1981. Percebe-se, também, que o Japão, que tinha a 3ª maior densidade de produção em 1961 (42,77 t/km²), em 1981 passou a ter a 6ª maior densidade, tendo caído para 33,94 t/km² (Tabela 2).

Tabela 2. Os países com as maiores densidades de produção de arroz, 1981.

Posição País Densidade de produção (t/km²) 1º Bangladesh 141,99 2º Coréia do Sul 71,74 3º Vietnã 37,43 4º Tailândia 34,58 5º Sri Lanka 33,98 6º Japão 33,94 7º Filipinas 23,37 8º Coréia do Norte 25,26 9º Índia 24,30 10º Myanmar 20,85 ... ... ...

45º Brasil 0,97 Fonte: Elaborado com dados de produção de FAO (2007) e de superfície de enciclopédia livre Wikipedia.

A Tabela 3 mostra os dez países com as maiores densidades de produção de arroz

em 2005, bem como as taxas de crescimento da densidade no período 1961-2005. Bangladesh se consolidou como o país com a maior densidade de produção, tendo chegado a 276 t/km² em 2005, com um crescimento de 176% na densidade de produção no período 1961-2005. Considerando o período 1961-2005 é notório o crescimento da densidade de produção alcançada no Vietnã (298%), nas Filipinas (273%), em Myanmar (271%) e no Sri Lanka (252%) (Tabela 3). Entre os principais países, apenas o Japão apresentou diminuição da densidade de produção no período.

Tabela 3. Os países com as maiores densidades de produção de arroz, 2005, e as respectivas taxas de crescimento da densidade no período 1961-2005.

Posição País Densidade de produção (t/km²) Evolução 1961-2005 (%) 1º Bangladesh 276,36 175,86 2º Vietnã 107,90 297,79 3º Coréia do Sul 64,58 37,53 4º Tailândia 56,81 187,69 5º Sri Lanka 49,47 251,67 6º Filipinas 48,68 273,47 7º Índia 41,54 155,30 8º Myanmar 37,38 271,14 9º Camboja 33,07 151,20 10º Japão 30,02 -29,82 ... ... ... ...

44º Brasil 1,55 144,63 Fonte: Elaborado com dados de produção de FAO (2007) e de superfície de enciclopédia livre Wikipedia.

Apesar de a densidade de produção de arroz ter aumentado 145% no período

1961-2005, percebe-se que a presença relativa do arroz por quilômetro quadrado de território no Brasil ainda é relativamente pequena, se comparada à maioria dos países asiáticos. Este fato talvez ajude a explicar o porquê de a cultura ainda não estar recebendo a atenção reivindicada pelo setor no país.

Referências bibliográficas BANGLADESH. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Bangladesh>. Acesso em: 25 abr. 2007. BRASIL. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil>. Acesso em: 25 abr. 2007. CAMBOJA. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Camboja>. Acesso em: 25 abr. 2007. CORÉIA DO NORTE. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Coréia_do_Norte>. Acesso em: 25 abr. 2007. CORÉIA DO SUL. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Coréia_do_Sul>. Acesso em: 25 abr. 2007. FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. FAOSTAT. 2007. Disponível em: <http://faostat.fao.org/>. Acesso em: 21 mar. 2007. FILIPINAS. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Filipinas>. Acesso em: 25 abr. 2007. ÍNDIA. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/India>. Acesso em: 25 abr. 2007. JAPÃO. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Japão>. Acesso em: 25 abr. 2007. MYANMAR. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Myanmar>. Acesso em: 25 abr. 2007. NEPAL. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Nepal>. Acesso em: 25 abr. 2007. SRI LANKA. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sri_Lanka>. Acesso em: 25 abr. 2007. TAILÂNDIA. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tailândia>. Acesso em: 25 abr. 2007. VIETNÃ. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre [S.l.]: GNUDL, 2007. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Vietnã>. Acesso em: 25 abr. 2007.

ABASTECIMENTO E CONSUMO DE ARROZ NO BRASIL

Alcido Elenor Wander¹, Carlos Magri Ferreira¹, Isabel Helena Vernetti Azambuja2, Tiago

Ribeiro Ricardo3

¹Embrapa Arroz e Feijão, Caixa postal 179. CEP 75375-000 Santo Antonio de Goiás-GO. Email: [email protected]. 2Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS.

3Universidade Federal de Goiás – UFG/Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos – EAEA,

Goiânia-GO.

Têm se tornado mais freqüentes as críticas às importações de arroz no Brasil, principalmente devido ao aumento considerável na produção nacional nas safras 2003/04 e 2004/05. As importações do produto associadas ao aumento da produção interna levaram ao acúmulo de estoques de passagem, os quais pressionaram os preços nas safras posteriores. Assim, este estudo visa identificar aspectos relacionados ao abastecimento interno do arroz, levando-se em conta a produção nacional, o consumo, as exportações e as importações do produto. Além disso, busca-se analisar os estoques finais ou estoques de passagem das diferentes safras, considerando o tempo de abastecimento assegurado pelas quantidades estocadas ao final de cada safra e o consumo nacional e per capita. Os dados utilizados para a análise referem-se ao indicador 301 (Oferta e Demanda Brasileira) disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Por meio da correlação (SPSS, 2006) entre as variáveis “estoque inicial” (toneladas de arroz em casca representadas pelo estoque de passagem da safra anterior), “produção” (volume de produção de arroz em casca na safra atual), “importação” (volume das importações de arroz na safra atual), “suprimento” (quantidade total de arroz disponível para consumo na safra atual), “consumo” (quantidade de arroz consumida no ano atual), “exportação” (quantidade de arroz exportada na safra atual) e “estoque final” (excedente do suprimento que se torna estoque de passagem para a safra seguinte) das últimas 17 safras foram identificados os fatores diretamente relacionados. Os resultados da correlação das variáveis que compõem o “quadro de suprimento” disponibilizado pela CONAB estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1 – Resultados das correlações (Pearson) entre estoque inicial, produção, importação, suprimento, consumo, exportação e estoque final de arroz no Brasil, 1990/91 a 2006/07.

Variável Estoque inicial Produção Importação Suprimento Consumo Exportação Estoque final

Estoque inicial 1 -,449 -,093 ,482(*) -,392 -,229 ,703(**) Produção 1 -,533(*) ,527(*) ,588(*) ,638(**) ,036 Importação 1 -,374 -,205 -,450 -,157 Suprimento 1 ,214 ,358 ,725(**) Consumo 1 ,750(**) -,513(*) Exportação 1 -,259 Estoque final 1

* Correlação é significante ao nível 0.05 (2-tailed). ** Correlação é significante ao nível 0.01 (2-tailed).

Fonte: Elaboração própria com dados da CONAB (2007).

Cabe ressaltar que a relação positiva altamente significante (99%) entre o estoque inicial e o estoque final era esperada, uma vez que o estoque final de uma safra representa o estoque inicial da safra seguinte e assim por diante. Entre o estoque inicial e o suprimento foi identificada uma relação positiva significante ao nível de 95%, o que indica que estoques iniciais elevados contribuem para que o suprimento total também seja elevado. Por outro lado, estoques iniciais mais baixos contribuem para que também o suprimento total seja menor. A produção está relacionada a diversas variáveis. Entre a produção e as importações há uma relação negativa significante ao nível de 95%, ou seja, quando a produção aumenta, diminuem as importações e vice-versa. Entre a produção e o

suprimento há uma relação positiva significante ao nível de 95%, uma vez que produções maiores levam a suprimentos maiores e vice-versa. Entre a produção e o consumo também há uma relação positiva significante ao nível de 95%, explicada pelo fato de produções maiores levarem, muitas vezes, a quedas no preço, o que estimula consumos maiores. Por outro lado, quedas na produção podem levar à diminuição do consumo total em função do aumento da escassez, ou seja, preços maiores no varejo. A relação mais forte da produção é com a exportação, que é altamente significante, permitindo afirmar que em 99% dos casos em que a produção aumenta a exportação do produto também aumentará. Da mesma forma, quando a produção cair, cairá também a exportação. Outra relação positiva altamente significante detectada foi entre o suprimento e o estoque final. Quando o suprimento se elevou, aumentou também o estoque final ou estoque de passagem. Um pouco inesperada foi ter encontrado uma relação positiva significante ao nível de 99% entre o consumo total e as exportações. Segundo o coeficiente de correlação identificado (0,750), aumentos no consumo ocorreram juntamente com aumentos nas exportações, o que pode ser explicado, principalmente, com o aumento do suprimento total, em decorrência de estoques de passagem elevados e safras maiores. Por outro lado, mais consumo significa menos estoque de passagem, conforme relação negativa significante ao nível de 95% identificada entre o consumo e o estoque final. O tempo de abastecimento assegurado pelos estoques de passagem foi calculado considerando o montante estocado ao final de cada safra e o consumo total da safra seguinte, assim:

=

365

1

i

i

iC

EFDA

sendo DAi = o número de dias de abastecimento assegurado no ano i EFi-1 = o estoque final do ano anterior (i-1) e Ci = o consumo total no ano i

Conforme é apresentado na Figura 1, o tempo de abastecimento assegurado pelos estoques de passagem tem apresentado oscilações consideráveis ao longo das últimas 17 safras. No entanto, observa-se uma tendência, ainda que não muito definida (R²=0,508), de diminuição do tempo de abastecimento que é assegurado pelos estoques de passagem. Observa-se que na safra 1994/95 os estoques de passagem asseguravam o abastecimento do país por 118 dias, enquanto que na safra 2005/06 esse tempo já era de apenas 31 dias.

Figura 1 – Tempo de abastecimento em dias assegurado pelos estoques de passagem de arroz no Brasil, 1990/91 a 2005/2006. Fonte: Elaboração própria com dados da CONAB (2007).

A Figura 2 apresenta a evolução do consumo per capita médio nacional de arroz em casca e beneficiado, considerando o consumo total (CONAB, 2007) e a população residente (IBGE, 2007).

Figura 2 – Consumo per capita nacional de arroz em casca e beneficiado, 1998-2006. Fonte: Elaboração própria com dados da CONAB (2007) e IBGE (2007).

Assim, a tendência de estoques finais decrescentes, ainda que oscilem entre anos, exige que haja melhorias na logística e abertura comercial para que seja possível importar rapidamente o produto quando a oferta nacional não for suficiente para o abastecimento interno. Referências bibliográficas CONAB. Quadro de Suprimento. 301 Oferta e Demanda Brasileira. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conabweb/index.php?PAG=216>. Acesso em: 09 mai. 2007. IBGE. Estimativa da população. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2005/default.shtm>. Acesso em 16 mai. 2007. SPSS. SPSS 15.0 for Windows. 2006.

ANÁLISE DO AGRONEGÓCIO DO ARROZ IRRIGADO EM RORAIMA-PERÍODO 1981 A 2007

Antonio Carlos Centeno Cordeiro(1),Moisés Cordeiro Mourão Jr.(2), Roberto Dantas de Medeiros(1). 1 Eng. Agr. Dr.Pesquisador da Embrapa Roraima. 2 Biólogo, Msc. Pesquisador da Embrapa Roraima.Caixa Postal, 133. E-mail: [email protected]

O arroz irrigado é um dos produtos mais importantes do setor agrícola de Roraima, sendo que seu cultivo é realizado duas vezes ao ano, 70% no período seco (outubro a março) e os restantes 30% no período chuvoso (abril a setembro). As cultivares mais utilizadas são as BRS Taim, IRGA 417, BR IRGA 409 e Roraima, e em menor escala a IRGA 422 CL, que possuem ciclo de 100 a 110 dias e a BRS Jaburu que possui ciclo de 120 dias. O sistema de produção é praticado por cerca de 25 produtores que cultivam área média de 600 hectares/ano, sendo que as maiores lavouras ocupam áreas acima de 1.000 hectares/ano. Apesar de ser praticado há 26 anos e ser considerado uma das principais atividades agrícolas, poucas são as publicações com relato histórico e análise do agronegócio do arroz no Estado de Roraima. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de realizar uma análise simplificada do agronegócio do arroz irrigado em Roraima, visando subsidiar produtores, técnicos,pesquisadores e estudantes quanto ao assunto.

Foi realizada a coleta de informações referentes a área colhida em hectares, quantidade produzida e produtividade média do arroz irrigado em toneladas no período relativo aos anos agrícolas de 1981 a 2007, além de consultas junto ao Banco da Amazônia e a Associação dos Arrozeiros de Roraima, quanto a custo de produção e geração de emprego e renda. As inferências quanto a sazonalidade do período supracitado, bem como sua possível estacionalidade, foram realizadas por meio de análise de série temporais. A sazonalidade, foi indicada por meio do teste de aleatoriedade de Durbin-Watson (d(D-W)) para determinação de independência temporal na série cronológica (Diggle, 1991). As análises foram conduzidas com auxílio da planilha eletrônica Excel e do pacote estatístico STATISTICA 5.5 (StatSoft, Inc., 2001).

Nas Tabelas 1 e 2 são apresentados os dados de área colhida (ha), quantidade produzida (t) e produtividade média (t/ha) do arroz irrigado no período de 1981 a 2007, perfazendo um total de 26 anos. Todos os indicadores apresentaram sazonalidade, segundo a estatística de Durbin-Watson (p<0,05). Analisando-se os dados relativos às décadas de 1980, 1990 e 2000 (Tabela 1) verifica-se que a série apresenta-se segmentada em, praticamente, três fases: a de implantação (1981 a 1990), a de estabelecimento (1991 a 2000) e a de expansão de cultivo (a partir de 2000), que resultaram no fortalecimento do agronegócio tornando a atividade como uma das mais organizadas no estado.

Tabela 1. Valores médios mínimos e máximos de área cultivada e produtividade em função

dos períodos históricos da cultura do arroz irrigado em Roraima.

Discriminação Área (ha) Produtividade (t/ha)

Período Anos Média Mínimo Máximo Média Mínimo Máximo

Implantação 1981-1990 1.532 643 3.025 3,54 2,55 5,00

Estabelecimento 1991-2000 6.720 5.000 9.000 5,17 4,50 6,25

Expansão 2001-2006 14.330 11.000 18.000 6,39 6,25 6,50

Em conseqüência isto refletiu-se no crescimento da produção local, onde nos últimos sete anos, a área colhida de arroz apresentou um crescimento médio de 25 a 30% ao ano, com exceção para o ano agrícola 2005/06, cuja estimativa foi de redução, provavelmente em

decorrência da alta oferta do produto no país com conseqüente queda nos preços. No entanto, o setor voltou a crescer no ano seguinte, mantendo a taxa média de crescimento dos últimos anos (Tabela 2). Tabela 2- Área colhida, quantidade produzida e produtividade média de arroz irrigado em casca em Roraima no período de 1981 a 2007.

Ano Área colhida (ha) Quantidade (t) Produtividade (t/ha)

1981/82 643 2.605 4,05

1982/83 700 2.520 3,60

1983/84 1.012 3.790 3,74

1984/85 602 2.003 3,33

1985/86 736 3.093 4,20

1986/87 1.343 6.045 4,51

1987/88 1.512 6.654 4,40

1988/89 3.000 15.000 5,00

1989/90 3.025 7.705 2,55

1990/91 2.750 11.000 4,00

1991/92 5.000 22.500 4,50

1992/93 7.000 31.500 4,50

1993/94 7.000 31.500 4,50

1994/95 6.000 30.000 5,00

1995/96 6.200 31.000 5,00

1996/97 6.000 33.000 5,50

1997/98 7.000 38.500 5,50

1998/99 7.000 38.500 5,50

1999/00 7.000 38.500 5,50

2000/01 9.000 56.250 6,25

2001/02 12.000 75.000 6,25

2002/03 15.000 93.750 6,25

2003/04 18.000 114.300 6,35

2004/05 16.000 104.000 6,50

2005/06 11.000 71.500 6,50

2006/07 14.000 91.000 6,50

Fonte: Embrapa Roraima (2007) (dados não publicados).

A produtividade média, considerando-se cada período, cresceu 31,5% da década de implantação para a de estabelecimento e 23,5% desta para a fase de expansão (Tabela 1), resultado expressivo, provavelmente, decorrente de ajustes tecnológicos em

componentes dos sistemas de produção local e a incorporação/recomendação de novas cultivares pela pesquisa local. Segundo a Associação dos Arrozeiros de Roraima, da produção obtida, 20 a 30% abastece o mercado local e os restantes 70 a 80% são exportados para outros estados da região Norte, com ênfase ao estado do Amazonas, cuja demanda apenas da cidade de Manaus corresponde a 90.000 toneladas de arroz beneficiado. Cordeiro e Medeiros (2005), citam que, mantida a produtividade média e as demandas de mercado atuais, há potencial para a expansão imediata da área para cerca de 50.000 hectares.

Entre os principais entraves da cultura destaca-se o elevado custo de produção, que é de R$ 3.226,06 por hectare, sendo que, 42% dos custos são atribuídos a óleo diesel (28%) e fertilizantes(14%) (Banco da Amazônia, 2006). Por outro lado, a produção local tem permitido colocar o produto na mesa do consumidor a um preço, em média, 35% mais barato que marcas oriundas de outros estados. Enquanto o quilo do arroz tipo 1 produzido em Roraima tem preço médio de R$ 1,75, o arroz importado de outros estados é vendido, em média por R$ 2,36 o quilo.

O agronegócio do arroz no Estado gera cerca de 600 empregos diretos, movimentando R$ 90 milhões de receita bruta e R$ 12 milhões de impostos por ano (Folha de Boa Vista, 2007), representando 10,25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima que é de R$ 1,2 bilhão (Cordeiro e Medeiros,2005).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANCO DA AMAZÔNIA. Estimativa do orçamento para custeio de 1,0 hectare de arroz irrigado. Boa Vista, RR. 2006. CORDEIRO, A.C.C; MEDEIROS, R.D. de. O cultivo de arroz irrigado em Roraima: situação atual e perspectivas. In: IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e XXVI Reunião da Cultura do Arroz Irrigado, 9 a 12 de agosto de 2005. Anais. Santa Maria-RS: Editora Orium, 2005.volume II. p.337-438. DIGGLE, P.J. Time series: A biostatistical approach. New York: Oxford University Press, 1991. 257p. (Oxford Statistical Science Series, 5). FOLHA DE BOA VISTA. Boa Vista, sexta-feira, 08 de junho de 2007. p.03. StatSoft, Inc. 2001. STATISTICA (data analysis software system), version 5.5.disponível em www.statsoft.com.

MANEJO INTEGRADO PARA ALTA PRODUTIVIDADE DO ARROZ IRRIGADO NA ZONA SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Vera Pereira Borges1, Anderson da Costa Chaves1, Giuseppe Morroni1, Roger Carriconde1, Luis Gonzaga1, José Celso Basanesi1, Luis Antônio de Leon Valente1, Hector Vicente Ramirez1, Marcos Souza Fernandes1, Valmir Gaedke Menezes1. 1Eng°. Agr°. IRGA. Rua João Manoel 301 - Cep: 96010-040 – Pelotas/RS - E-mail: irgapel@via_rs.net

A produtividade média da lavoura na Zona Sul na safra 2001/2002 era de 5.692 kg/ha o que não satisfazia os produtores, pois o custo era superior ao apurado com esta produção. Com o crescimento de outras regiões fora e dentro do próprio Estado tornou-se urgente equiparar tal produtividade com estas regiões para que a Zona Sul continuasse competitiva e sustentável, em que o custo fica abaixo das receitas.

Com o objetivo de elevar a produtividade da Zona Sul, foi implantado em 2003/2004 área de Projeto 10, que serviram de subsídios aos resultados já constatados pela pesquisa. “Projeto 10”, é uma audaciosa proposta de levar aos produtores os princípios e as práticas preconizadas de manejo integrado para essa cultura. Os resultados obtidos ao longo dos anos na Região com a difusão de tecnologia do Projeto 10 junto aos produtores é um aumento gradativo na produtividade média nas área de Projeto e nas áreas de lavoura atingindo, na safra 2006/07, 7.141 kg/ha em lavouras comerciais e 8.359 kg/ha nas áreas do Projeto, um incremento de mais 1 t/ha em 4 anos, (Figura 1).

4.69

2

5.06

3

5.67

4

5.43

9

6.12

27.27

9

7.12

9

7.55

9 8.35

97.

141

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

2001

/2002

2002

/2003

2003

/2004

2004

/2005

2005

/2006

2006

/2007

Pro

dut

Mg

ha -

1

Safras

Lavoura

P.10

Figura 1 – Produtividade média de arroz irrigado da Zona Sul nos períodos de 2001 a 2007. IRGA – Pelotas-RS, 2007.

A metodologia utilizada para transferir tecnologia é a formação de grupos de produtores onde são implantadas práticas de manejo integrado, após a implantação dos Projetos, são realizados eventos como roteiros técnicos ou dias de campo, aos demais produtores, que reúnem-se em volta do Projeto em várias fases da cultura para a troca de experiência, adotando para dentro da sua lavoura o que viram na área do Projeto 10. Outra forma de transferir tecnologia é através de palestras, reuniões cursos, entrevistas em rádio e televisão. Na safra 2006/07 o IRGA conduziu 50 lavouras de Projeto 10 na Zona Sul, correspondente a 1.460 hectares, que serviram de apoio para realização de cinco roteiros técnicos e dois dias de campo onde foi transferida a tecnologia para mais de 800 pessoas direta e indiretamente ligadas à cadeia produtiva do arroz. Um levantamento estratificado de produtividade mostrou que 23% da área de Projeto 10 alcançou produtividades de 7 a 8 t/ha, 47% ficou na faixa de 8 a 9 t/ha e cerca de 30 % com mais de 9 t/ha. Uma das práticas preconizadas pelo Projeto 10, evoluiu tanto em áreas de projeto como lavoura contribuindo para altas produtividades alcançadas foi semear na época mais adequada, (Figura 2). Além deste fator, outros contribuíram para tais resultados, como a média da densidade de semeadura que sofreu redução de 20% e adubação NPK que aumentou gradativamente e de forma equilibrada, em 4 anos, (Figura 3,4).

Evoluçao da época de semeadura do P.10 e lavoura na Zona Sul

75

60

72

8576

63

8596

0

20

40

60

80

100

2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007

Safras

%

Lavoura

P.10

Figura 2 – Evolução da época de semeadura, do arroz irrigado na Zona Sul, das

áreas de Projeto Dez e lavoura nos períodos de 2003 a 2007. IRGA, Pelotas, 2007

Figura 3 - Evolução da densidade de Figura 4 - Evolução da adubação NPK semeadura do arroz irrigado nas áreas do arroz irrigado nas áreas de Projeto de Projeto 10 na Zona Sul, no período 10 na Zona Sul, nos períodos de 2003 de 2003 a 2007. IRGA, Pelotas – RS, 2007 a 2007. IRGA, Pelotas – RS, 2007

Safras

2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007

Kg

sem

ente

s h

a-1

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Safras

2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007

Kg

nu

trie

nte

s h

a-1

0

10

20

30

40

50

60

70

NPK

A lavoura vem acompanhando as áreas de Projeto 10 na evolução dos fatores de produtividade, é o que mostra um levantamento feito pelo IRGA Regional Zona Sul na safra 2006/2007 (Tabela 1).

Tabela 1. Levantamento dos fatores de produtividade do arroz irrigado em área de

Projetos 10 e lavoura. IRGA, Pelotas – RS, 2007

Práticas manejo Área Projeto 10 (%) Área lavoura (%)

Sistema cultivo mínimo 96 65

Época de semeadura 97 86

Densidade semeadura até 120 kg/ha 95 35

Adubação cobertura mínimo 150 kg/ha 100 87

Controle invasoras até 4 folhas 100 97

Controle doenças fúngicas 64 44

Colheita 35 dias corrido 94 64

Colheita acima 17% umidade 91 84

As práticas preconizadas pelo manejo integrado do Projeto 10, como preparo antecipado, sistema de cultivo época de semeadura, densidade de semeadura, manejo da irrigação, nutrição de plantas, controle de plantas daninhas, pragas, doenças, e do Sistema Clearfield, foram fundamentais para obtenção dos resultados positivos alcançados pela Zona Sul.

Referências Bibliográficas

Conab: Estimativa de safras. Indicadores da Agropecuária, Brasília, n.7 p.5, 2007. Fischer, M. Zona Sul registra recorde de produtividade. Jornal Diário Popular, Pelotas – RS. p.13, 2007. IRGA. Site http://www.irga.rs.gov.br/dados de safra. Disponível na internet acesso: 12 de maio de 2007. Menezes, V.G. Zona Sul registra recorde de produtividade. Jornal Diário Popular, Pelotas – RS. p.12, 2007. Menezes, V.G.; Ramirez, H.; Lima, A.; Neves, G. Influência da época de semeadura no rendimento de grãos de genótipos de arroz irrigada – safra 2002/03. In: III Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e XXV Reunião da Cultura do Arroz Irrigado. Anais... Itajaí, 2003. Revista Lavoura Arrozeira. IRGA: 65 anos fazendo a história do arroz, p.44. Porto Alegre – v.53, n.438, 2005.

PROJEÇÕES PARA O PREÇO DO ARROZ: UMA ANÁLISE GRÁFICA

Irceu Agostini1; Mauricio Cesar Silva. 1 Epagri/Estação Experimental de Itajaí, Caixa Postal 277, CEP 88.301-970, Itajaí-SC, E-mail: [email protected] Ao se fazer uma projeção de preço, a importância do preço passado será tanto maior quanto mais o preço tiver repetido o mesmo tipo de comportamento, porque isto torna possível estabelecer alguma relação com a sua trajetória futura. Um comportamento pode ser assim caracterizado quando, por exemplo, a trajetória do preço pode ser descrita por alguma figura geométrica, ou quando níveis máximos (picos) e mínimos (fundos) de preços atingidos no passado acabam servindo como referência, constituindo-se em autênticas barreiras para o prosseguimento de uma tendência, seja de alta ou de baixa. Então, conhecer o vai-vem do preço ocorrido no passado é um grande passo para que o produtor de arroz possa fazer boas projeções de preço e, assim, fazer um bom planejamento de seus investimentos. O objetivo geral deste trabalho é analisar a evolução do preço do arroz ocorrido nos últimos 32 anos, no Estado de Santa Catarina, procurando verificar se as técnicas de análise gráfica, muito empregadas em mercados em que há uma ampla negociação em bolsas de mercadorias (commodities), se aplicam também ao mercado do arroz. Especificamente, pretende-se: i) Identificar a figura geométrica que melhor descreva a trajetória do preço do arroz observada na série histórica analisada (1975 a 2007); ii) Identificar, na série analisada, em que tipo de resistência e em que tipo de suporte houve a formação de picos e fundos de preço, respectivamente; iii) Projetar o próximo pico e o próximo fundo. O trabalho se apoiou em algumas das principais técnicas de análise gráfica, bastante utilizadas no mercado de commodities com negociação em bolsas que negociam grandes volumes (SÁ, 1979; CURSO de futuro..., 1988; CURSO análise..., 2007). Nestas análises procura-se associar a trajetória do preço a figuras geométricas. Os limites destas figuras constituem-se em suportes e resistências, que funcionam como barreiras psicológicas para o preço, sendo que também podem ser encontrados suportes e resistências dentro das figuras geométricas. Quando o preço consegue ultrapassar os limites externos, a figura toma outra forma e, então, passa-se a identificar outra figura geométrica que melhor possa descrever a trajetória do preço no novo momento. As figuras geométricas mais comuns são: bandeira, cabeça-ombros, cunha, flâmula, pá de ventilador, retângulo e triângulo (SÁ, 1979). O suporte é o nível de preço em que há interrupção do movimento de baixa, podendo chegar a invertê-lo, enquanto a resistência é o nível de preço em que há interrupção do movimento de alta, podendo invertê-lo. A figura geométrica que melhor descreve a tendência geral do preço do arroz, que vigora por todo o período, iniciado há 32 anos, assume a forma de um canal (ou retângulo) de baixa (gráfico 1). O fato de uma única figura perdurar por tanto tempo denota a grande regularidade do mercado, o que facilita as projeções e as torna mais confiáveis. Quanto aos picos e fundos, constatou-se que estes só se formaram nos seguintes suportes: i) último fundo (ciclos 2, 3 e 5) e ii) primeiro fundo corrigido: (ciclos 1, 4, 5, 6, 7 e 8). Os picos, por sua vez, só se formaram nas seguintes resistências: i) recuperação de 2/3 daquilo que havia caído na última tendência de baixa (ciclos 2 e 3); ii) recuperação de 1/2 daquilo que havia caído na última tendência de baixa (ciclo 5); iii) último pico: (ciclos 6 e 7, com pequenas variações) e iv) primeiro pico corrigido: (ciclos 1, 4, 7 e projeta-se também no ciclo 8, o ciclo atual). Na verdade, a linha inferior e a linha superior do canal de baixa nada mais são do que o primeiro pico e o primeiro fundo do ciclo 1, respectivamente, corrigidos por uma queda de 4% ao ano (gráfico 1). Observa-se, no gráfico 1, que há dois desvios em relação aos fundos ocorridos. No ciclo 2 o fundo ficou ligeiramente abaixo do verificado no ciclo 1, e no ciclo 4 o preço

ultrapassou bastante o último fundo. Neste caso, porém, deve-se considerar que este foi um ciclo de muita turbulência política e econômica (entre 1986 e 1991), inclusive com o lançamento de vários planos econômicos, começando pelo Plano Cruzado, e com uma inflação muito elevada que desorganizaram toda a economia, como é do conhecimento geral. Além da identificação de picos e fundos, conseguiu-se também identificar ciclos de preços, entendidos como a trajetória do preço entre um pico e o pico seguinte. No período 1975/2004 é possível identificar a presença de oito ciclos de preço bem definidos, sendo três com duração de três anos (ciclos 2, 3 e 5 do gráfico 1) e cinco com duração de cinco anos (ciclos 1, 4, 6, 7 e 8 do gráfico 1, sendo que o ciclo 8 ainda está em andamento). A definição de ciclos facilita em muito a projeção dos picos e fundos porque fica fácil saber, ao surgir a primeira resistência (ou primeiro suporte), se o preço já atingiu o pico (ou fundo), ou se ele ainda irá testar a próxima resistência (nas tendências de alta), ou o próximo suporte (nas tendências de baixa). Foram feitas as projeções para o final do ciclo atual e início do próximo. A duração do ciclo atual foi estimada em cinco anos, e não em três, porque o percentual de recuperação do preço ocorrido entre a primeira e a segunda safra após o pico, sem contar aquela em que ocorreu o pico (entre 2005 e 2006) não superou os 50% de perda desde o último pico (janeiro de 2004), ficando, inclusive, bem abaixo disso (AGOSTINI, 2007). O ciclo atual iniciou em janeiro de 2004, onde se formou o pico inicial, em R$ 41,50. O pico final, portanto, está projetado para janeiro/fevereiro de 2009, na resistência igual a do primeiro pico corrigido (ou seja, em cima da linha superior do canal do gráfico 1), com um preço de R$ 34,20. Agora, se o preço conseguir vencer esta resistência, ele só encontrará uma outra em R$ 41,50, que foi o preço atingido no último pico, em janeiro de 2004. Se isto ocorrer o preço sairá do canal de baixa, ou seja, mudará a tendência dos últimos 32 anos. Até o momento não há nada que sinalize para esta perspectiva. Chama-se a atenção que todos os preços foram corrigidos para abril de 2007 e devem, portanto, ser atualizados pela inflação ocorrida após esta data, pelo IGP da FGV. Para o próximo ciclo, que deverá começar nos primeiros meses de 2009, é necessário primeiro esperar até a segunda safra daquele ciclo para poder estimar a sua duração. Se ele for de três anos, então o próximo fundo será em meados de 2010, e se ele for de cinco anos, será em meados de 2011. Quanto ao preço projetado para o próximo fundo, se este ocorrer no primeiro suporte, que é o preço verificado no último fundo (em 2006), então ele será o mesmo, independentemente se for em 2010 ou 2011 e é estimado em R$ 16,90. Mas se o fundo ocorrer no segundo suporte, que é a linha inferior do canal (ou primeiro fundo, corrigido), então o preço projetado é de R$ 15,40 se for em 2010 e de R$ 14,80 se for em 2011. Concluindo, as técnicas de análise gráfica em uso nos mercados de commodities para a projeção de preços se revelaram aplicáveis também ao mercado do arroz, que era o objetivo geral deste trabalho. Além disso, estas técnicas são de muito fácil e rápida aplicação. Tanto que para estimar em que preço ocorrerá o pico ou o fundo, basta conhecer o preço do último pico ou do último fundo, o preço do primeiro pico ou primeiro fundo corrigido (descontando-se 4% ao ano até a época em que ele irá ocorrer) e o intervalo de preço em que se completará uma correção entre 1/3 e 2/3 da tendência anterior. O pico ou fundo ocorrerá numa destas três barreiras. Em qual delas estará o pico ou o fundo? Esta dúvida vai se desfazendo ao longo do ciclo à medida que se aproxima o prazo para o fim do ciclo, onde se torna perceptível para qual delas o preço está convergindo. Quanto à duração do ciclo, basta uma única informação para fazer a projeção, a ser levantada no decorrer do próprio ciclo, como foi visto. Além disso, a grande regularidade apresentada ao longo de todo o período no comportamento do preço do arroz é um forte respaldo para qualquer projeção. Devido a isso, as projeções certamente irão se basear mais no comportamento passado do que em ocorrências futuras, ainda que elas sejam feitas de modo intuitivo. Assim, espera-se não só que as projeções feitas neste trabalho contribuam para que o produtor possa melhorar o

planejamento dos investimentos na atividade, mas também que outros venham a fazê-las rotineiramente. Aliás, participantes da cadeia do arroz (não necessariamente agricultores) já devem estar fazendo isso. Do contrário, como explicar um mercado por tanto tempo dentro de um mesmo canal de baixa, se quem faz o preço são os participantes deste mercado? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SÁ, G.T. de. Investimentos no Mercado de Capitais. Rio de Janeiro: Livro Técnico, cap. 6, p.92-148. 1979. CURSO de futuro e opções. São Paulo: Bolsa de Mercadorias & Futuros, 1998. Cap.8, p.85-113 CURSO análise gráfica. Disponível em: http://www.lopesfilho.com.br. Acesso em 13 jun.2007. AGOSTINI, I. Os ciclos de preço do arroz em Santa Catarina. 2007. Disponível em: <http://www.epagri.sc.gov.br/arroz irrigado.

Gráfico1 – Evolução do preço do arroz (sc 50kg) no período de 1975 a 2007. Valores em Reais indexados pelo IGP_di. Base: Abril/2007. Fonte: FGV/Epagri/Cepa Obs.: Os valores foram transformados para uma escala logarítmica e multiplicado por uma constante (50).

ANÁLISE DA ACEITABILIDADE DE MACARRÃO DE ARROZ SEM GLÚTEN Angélica Magalhães1; Antonio Augusto Alves Pereira2; Gabriela da Silva Schirmann2. 1CEPAN/UFRGS, 2CCA/UFSC. Rodovia Ademar Gonzaga, 1346, Itacorubi. Caixa Postal, 476, Florianópolis, Santa Catarina, [email protected].

A tendência atual da alimentação brasileira é de um modelo alimentar que vem substituindo qualidade por praticidade; no momento que são dadas preferências para fontes de carboidratos oriundas de lanches rápidos, sanduíches e semelhantes, que têm Índice Glicêmico mais alto que o arroz. Isso tem levado a uma diminuição da qualidade nutricional da alimentação do brasileiro, aumentando a ocorrência de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipercolesterolemia, além de certas intolerâncias alimentares (CGPAN,2005). O macarrão de arroz pode representar alternativa de refeição rápida que une praticidade com qualidade nutricional. A escola é o melhor espaço para promover a alimentação saudável, uma vez que o efeito da educação alimentar na escola estende-se além da criança, atingindo a família e toda a comunidade envolvida (TURANO, 1990). Como iniciativa pioneira, a Prefeitura de Florianópolis-SC inseriu no Programa de Alimentação Escolar o macarrão de arroz sem glúten. Para um alimento ser inserido em Alimentação Escolar, este deve ter uma aceitabilidade mínima de 85%, conforme determinação do Ministério da Educação (FNDE, 1996). Este trabalho teve por objetivo verificar a aceitabilidade de macarrão de arroz sem glúten, visando sua inclusão no Programa de Alimentação Escolar do Município de Florianópolis-SC. A pesquisa foi realizada no mês de fevereiro de 2006 nas escolas municipais, com uma população de 15.782 crianças entre sete e 14 anos de idade, matriculadas na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. A preparação selecionada foi macarrão à bolonhesa, preparado de acordo com o método proposto por Calil e Aguiar (2000). Para verificar a aceitabilidade foi utilizado o método de resto/ingesta, tendo sido servida uma porção padrão per capita e verificado o percentual de ingestão. A seleção da amostra foi intencional, de forma a representar as seis diferentes regiões em que se distribuem as escolas municipais: Região Continental (RCT), Região Central (RCN), Norte da Ilha (RNI), Zona Rural (RZR), Costa Leste (RCL) e Sul da Ilha (RSI). O cálculo da amostra foi realizado com base em Barbetta (2000), considerando um erro amostral de 4% para mais ou para menos. O número total de participantes foi 855 (n=855). A Figura 1 mostra a distribuição dos pontos de coleta. Os dados foram analisados com utilização de Planilha Eletrônica Excel, tendo sido empregada estatística descritiva para o cálculo das médias.

Figura 1: Distribuição dos pontos de coleta de dados.

O índice Geral de Aceitabilidade foi de 85,4%. A Tabela 1 mostra os resultados da aceitabilidade por criança, por região.

Tabela 1. Resultados obtidos nos testes de aceitabilidade, por criança e por região.

Número de participantes

Comeu tudo

Comeu 75% da porção

Comeu 50% da porção

Comeu 25% da porção

Só provou Região

N % N % N % N % N % N % RCT 136 15,90 79 58,08 12 8,82 17 12,50 19 13,97 9 6,61 RCN 93 10,87 70 75,26 2 2,15 9 9,67 10 10,75 2 2,15 RNI 156 18,24 119 76,28 8 5,12 10 6,41 12 7,69 7 4,48 RZR 90 10,52 79 87,77 1 1,11 4 4,44 6 6,66 ø ø RCL 155 18,12 120 77,41 8 5,16 9 5,80 18 11,60 ø ø RSI 225 26,31 181 80,44 7 3,11 14 6,22 23 10,22 ø ø TOTAL 855 100 648 75,81 38 4,44 63 7,36 88 10,29 18 2,10

Das 855 crianças que participaram do teste, apenas 18 rejeitaram o macarrão de

arroz, tendo somente experimentado. Os percentuais de crianças por nível de consumo estão demonstrados no Gráfico 1. O Gráfico 2 mostra o índice de aceitabilidade por região e média, comparadas com o valor mínimo aceitável pela legislação.

Gráfico 1: Distribuição percentual de crianças por nível de consumo.

0.0 25.0 50.0 75.0 100.0NÍVEL DE CONSUMO DA REFEIÇÃO

0.0

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

PERCENTUAL DE C

RIA

NÇAS P

ARA C

ADA N

ÍVEL DE C

ONSUMO

0,0 Só provou

25,0 Comeu ¼

50,0 Comeu metade

75,0 Comeu ¾

100,0 Comeu tudo

Gráfico 2: Aceitabilidade por região e média das regiões comparadas com o valor mínimo aceitável

0

20

40

60

80

100

120

RCTRCN

RNIRZR

RCLRSI

Ao analisar o Gráfico 1 percebe-se que o índice médio de aceitabilidade ficou 0,4 pontos percentuais acima do mínimo aceitável. Apenas a região RCT ficou abaixo do valor mínimo aceitável. As crianças do Continente foram as que menos gostaram e as crianças da Zona Rural foram as que mais gostaram do macarrão de arroz.

Concluindo, do ponto de vista do critério aceitabilidade, o macarrão de arroz está apto a participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar, como alternativa para alimentação prática e saudável. Cabe como indicação de futuras pesquisas, verificar o custo comparado com o macarrão tradicional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição – CGPAN. Disponível em www.saude.gov.br/cgepan BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Portaria 351 ”Normas Gerais para a Operacionalização da Qualidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar” de 10 de outubro de 1996, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Brasília CALIL R. M.; AGUIAR, J. Nutrição e Administração nos Serviços de Alimentação Escolar. São Paulo: Marco Marcovitch, 1999. 80 p. BARBETTA, P. Estatística aplicada às Ciências Sociais. Florianópolis: UFSC, 2001. 4ed.

CONSUMO DE ARROZ X ALIMENTOS SUBSTITUTOS: UMA ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA-NUTRICIONAL BASEADA NA POF 2002-2003

Roselene de Queiroz Chaves(1) , Angélica Magalhães(2). 1Embrapa Arroz e Feijão – Rod. GO-462, km 12 Zona Rural 75375-000 Sto. Antônio de Goiás-GO ([email protected]). 2CEPAN/UFRGS.

Com base nos resultados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF realizada pelo IBGE em 2002-2003, é possível obter indicadores nutricionais do consumo alimentar no País. Esses dados descrevem o tipo e a quantidade de alimentos que as unidades familiares adquirem em períodos determinados de tempo, refletindo, nessa medida, a disponibilidade de alimentos para consumo no domicílio. Trata-se da disponibilidade e não de consumo efetivo de alimentos adquiridos, e as refeições feitas foras do domicílio não foram suficientemente especificadas.

A avaliação do ponto de vista da adequação da ingestão de calorias, é feita na POF à partir do exame antropométrico dos indivíduos e da identificação dos quadros clínicos de desnutrição (ingestão insuficiente de calorias) ou obesidade (ingestão excessiva de calorias). Os dados sobre aquisição de alimentos podem fornecer informações úteis sobre o padrão alimentar das famílias.

Neste sentido, utilizando parte dos dados referentes à Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003, foi realizado este trabalho com o objetivo de verificar as relações entre consumo de arroz e dos principais alimentos utilizados para substituí-lo com a prevalência de excesso de peso e de obesidade no Brasil, avaliando para isso os dados relativos aos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal.

Os indicadores do estado nutricional presentes na POF estão baseados na relação entre o peso e a altura dos indivíduos ou, mais especificamente, no Índice de Massa Corporal – IMC (peso em kg dividido pelo quadrado da altura em metro). Segundo a OMS (WHO, 1997), a partir do cálculo do IMC, indivíduos adultos podem ser classificados como portadores de déficit de peso (IMC < 18,5 kg/m2), de excesso de peso (IMC > 25 kg/m2) ou de obesidade (IMC > 30 kg/m2), sendo a prevalência de cada uma destas condições o resultado da divisão do total de indivíduos acometidos pelo total de indivíduos existentes na população.

Segundo dados do IBGE (2005), cerca de 40% dos indivíduos adultos do país apresentam excesso de peso, não havendo diferença substancial entre homens e mulheres. A obesidade afeta 8,9% dos homens adultos e 13,1% das mulheres adultas do país. Obesos representam cerca de 20% do total de homens com excesso de peso e cerca de um terço do total de mulheres com excesso de peso. Analisando a evolução do perfil antropométrico-nutricional entre 1974-1975 (penúltima POF realizada) e 2002-2003, observou-se que o excesso de peso e a obesidade aumentaram contínua e intensamente na população masculina. A evolução de excesso de peso e obesidade entre mulheres mostrou um aumento de cerca de 50% no período observado.

Ainda segundo IBGE (2005), o efeito do rendimento familiar é substancial sobre a aquisição da maioria dos alimentos e grupos de alimentos. A participação de cereais e derivados na dieta se mostra relativamente constante até dois salários mínimos per capita e depois declina. Padrões opostos de relação com os rendimentos são vistos para o arroz, que apresenta tendência de forte declínio com o rendimento. Alimentos e grupos de alimentos cuja participação na dieta aumentou entre 1974-1975 e 2002-2003: carne bovina (22%), carne de frango (aumento de mais de 100%). Os alimentos que mostraram tendência inversa incluem o arroz (redução de 23%).

O aumento na prevalência da obesidade tem sido explicado por fatores como sedentarismo e mudanças nos padrões de consumo alimentar, por exemplo, maior ingestão de alimentos de alta densidade energética (POPKIN, 2001). O nível de escolaridade e a renda têm sido identificados como variáveis que podem interferir na forma

como a população escolhe seus alimentos, na adoção de comportamentos saudáveis e na interpretação das informações sobre cuidados para a saúde, podendo, portanto, influenciar a magnitude da prevalência do sobrepeso e da obesidade. No Brasil, tem diminuído a associação positiva entre a obesidade e o nível socioeconômico (MONTEIRO, CONDE e CASTRO, 2003). De acordo com Gigante (1997), dentre as regiões do País, o Sul apresenta as maiores prevalências de obesidade, sendo essas semelhantes e, até mesmo superiores, a países desenvolvidos.

Para a população do município do Rio de Janeiro, Sichieri (2002) avaliou padrões de consumo alimentar, obtidos pela metodologia de componentes principais, e mostrou que um padrão de consumo alimentar tradicional, baseado em arroz e feijão, foi protetor para a presença de sobrepeso e obesidade. Vale salientar que os dados da referida pesquisa, de corte transversal para o Município do Rio de Janeiro, quando avaliados em relação aos macronutrientes, não mostraram associação com obesidade (SICHIERI et al., 2000), indicando que padrões de consumo alimentar sejam talvez as formas mais abrangentes de explorar o consumo.

Assim, uma proposta de alimentação saudável, para prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, há de propor dietas que estejam ao alcance da sociedade como um todo, e que tenham um impacto sobre os mais importantes fatores relacionados às várias doenças. Aumentar o consumo de frutas e verduras e estimular o consumo de arroz e feijão são exemplos de proposições que preenchem estes requisitos (SICHIERI et al., 2000). À partir de um banco de dados secundário foram feitas análises estatísticas obtidas através da ferramenta ‘análise de dados’ do Excel. O banco de dados consiste de dados extraídos do site do IBGE (www.ibge.gov.br). Os dados referem-se à Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 (POF 2002-2003), que corresponde a última POF realizada pelo IBGE.

Levando-se em consideração a média aritmética da aquisição alimentar domiciliar per capita anual em kg, dos alimentos avaliados, pode-se dizer que a ordem do alimento adquirido em maior quantidade para a menor, no Brasil é: arroz > carne bovina > frango > feijão > farinha de mandioca > pão francês > farinha de trigo > macarrão. As diferenças que destoaram mais foram para a aquisição de farinha de trigo, arroz e farinha de mandioca. Isso significa que, a exceção destas três variáveis, a distribuição dos valores por estado é razoavelmente simétrica, sem valores muito discrepantes. A aquisição de arroz, produto adquirido em maior quantidade pelas famílias, dentre aqueles avaliados neste trabalho, varia consideravelmente entre os estados brasileiros, sendo que a maior parte dos estados adquire quantidades abaixo da média nacional. O estado onde os domicílios adquirem mais, essa aquisição é cinco vezes maior que o que apresenta a menor aquisição. A aquisição de farinha de trigo em mais da metade dos estados é basicamente a metade da média nacional, revelando que poucos estados contribuem para elevar a média. No estado onde ocorrem as maiores aquisições, estas são 20 vezes maiores que no estado cujos domicílios menos adquirem. Uma avaliação da correlação entre as quantidades adquiridas de arroz e feijão pelas famílias brasileiras revela que, apesar de positiva, é muito baixa. A partir daí pode-se inferir que a dobradinha típica do povo brasileiro já não está tão arraigada como em outros tempos, conseqüência sobretudo da globalização dos hábitos alimentares, crescimento da economia com aumento do poder aquisitivo, consolidação da mulher no mercado de trabalho, dentre outros fatores. Comparando o arroz com os demais alimentos analisados, observa-se que todos os alimentos a base de trigo apresentaram correlação negativa com o arroz. Este fato revela um pouco o potencial destes produtos como concorrentes/substitutos do arroz na alimentação do brasileiro. O mesmo aconteceu para a farinha de mandioca, que tem potencial de substituir o arroz em vários estados das regiões norte e nordeste. Comparando-se o arroz com o frango, a correlação também foi negativa. Este fato pode ser parcialmente explicado pelo efeito de substituição provocado pelo Plano Real

(estabilização da moeda), com a redução do preço do frango e aumento do poder aquisitivo, levando a um consumo preferencial dessa proteína de baixo custo em relação ao carboidrato do arroz. Quanto à correlação entre os alimentos estudados e a obesidade, é interessante notar que todos os alimentos à base de trigo (farinha de trigo, macarrão e pão francês) apresentaram correlação positiva com a obesidade, o mesmo acontecendo para carne bovina e frango. Quando se observa a variável excesso de peso, os produtos à base de trigo continuam com correlação positiva e as proteínas apresentam correlação negativa. Para os produtos à base de trigo, a correlação com obesidade acontece na seguinte ordem: macarrão > farinha de trigo > pão francês. Quando se avalia a análise de regressão linear múltipla objetivando verificar o quanto o consumo de farinha de trigo, macarrão e pão francês influenciam na variação do consumo de arroz verificou-se uma correlação média-alta (R múltiplo 0,69). Todos os alimentos a base de trigo apresentaram correlação negativa com o arroz, sendo estes produtos considerados substitutos do arroz, de acordo com os hábitos alimentares do brasileiro.

Uma avaliação da análise de regressão linear múltipla objetivando verificar o quanto o consumo de farinha de trigo, macarrão e pão francês influenciam na variação da prevalência da obesidade, mostrou uma correlação média-alta (R múltiplo 0,65). O efeito dos produtos à base de trigo no índice de prevalência de obesidade, pode ser parcialmente explicado pelo fato de que tanto a farinha de trigo quanto o macarrão e o pão francês são alimentos que compõe pratos/porções, na maioria das vezes associados a gorduras e/ou açúcares, que acabam sendo consumidos em excesso. Por outro lado, o arroz e a farinha de mandioca estão, de forma geral, menos associados a estes ingredientes, sendo normalmente consumidos in natura.

As análises permitem inferir que o consumo dos potenciais substitutos do arroz na mesa do brasileiro considerados neste trabalho (farinha de trigo, farinha de mandioca, macarrão, carne bovina e de frango e pão francês) explica cerca de 55% da diminuição do consumo de arroz pelo brasileiro. O alimento de maior impacto na substituição do arroz é o pão francês, seguido pelo frango, farinha de trigo, carne, farinha de mandioca e macarrão. Quando se verificou a influência do consumo de produtos à base de trigo e as carnes com a prevalência de obesidade entre os brasileiros, observou-se que 50% da obesidade pode ser explicada pelo consumo destes alimentos, sendo o maior vilão o macarrão, seguido do pão francês, farinha de trigo e carne (no mesmo patamar), e por último, o frango.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GIGANTE, D. P. et al . Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Revista de Saúde Pública., São Paulo, v. 31, n. 3, 1997. IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 - Microdados - Segunda divulgação. Brasília: IBGE, 2005. MONTEIRO, C.A., CONDE WL, CASTRO IR. The changing relationship between education and risk of obesity in Brazil (1975–1997). Cad Saude Publica19 (supl 1): 67–75, 2003. POPKIN, B.M. The nutrition transition and obesity in the developing world. Journal of Nutrition 131(3):871S–3S, 2001. SICHIERI, R. Dietary patterns and their associations with obesity in the Brazilian city of Rio de Janeiro. Obesity Research, 10:42-49, 2002. WHO (World Health Organization) Obesity: Preventing and Managing the Global Epidemic. Report of WHO Consultation on Obesity. Geneve: World Health Organization, 1997.

ANÁLISE DAS PRINCIPAIS FONTES DE CARBOIDRATO NA COMPOSIÇÃO E NO CUSTO DO CESTO BÁSICO DE PORTO ALEGRE

Evely Gischkow Rucatti1, Angélica Magalhães2. 1 IRGA, Av. Missões, 342, Porto Alegre, CEP 90239-100 . E-mail: [email protected] 2 CEPAN/UFRGS Nos últimos anos vem se observando uma transição no estado nutricional da população brasileira, em que índices de sobrepeso vêm aumentando. Isso requer estudos e pesquisas de orçamento familiar e demonstrativos do consumo alimentar, pois estes são preponderantes para elaboração de políticas públicas e projetos de educação, saúde e desenvolvimento econômico. O objetivo deste trabalho é verificar a participação quantitativa e os gastos com as principais fontes de carboidratos complexos na composição do Cesto Básico de Porto Alegre, comparativamente aos demais gêneros alimentícios e os outros produtos. Foi feita análise estatística dos dados referentes ao Cesto Básico de Consumo popular em Porto Alegre que é baseado nas despesas de 1.182 famílias com renda entre 01 e 21 Salários Mínimos, registradas pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IEPE, 2007). Os produtos selecionados para compor o Cesto Básico são os que representam maior gasto e freqüência de consumo em relação à despesa total das famílias. Os dados considerados para o estudo foram coletados na base de dados IEPE e se referem aos registros de janeiro, junho e dezembro dos anos 2004, 2005 e 2006. Os alimentos, objeto da análise, são fontes de carboidratos complexos que foram selecionados e classificados da seguinte forma: produtos industrializados - farinha de trigo, massa com ovos, pãezinhos e biscoitos, semi-elaborados - arroz e in natura - batata inglesa. A partir desse levantamento foram calculados os valores nominais médios dos preços dos produtos registrados no período. O tratamento estatístico foi feito com utilização de planilha Excel, tendo sido calculados os preços unitários e verificada a participação relativa de cada fonte de carboidrato complexo na composição do Cesto Básico.

Os resultados da pesquisa mostraram que o Cesto Básico é composto por 54 produtos, sendo 38 alimentos (70%), 7 de higiene pessoal (13%), 6 de limpeza (11%) e 3 de outros produtos (6%). O custo médio do Cesto Básico no período observado foi de R$ 552,77 e o custo dos gêneros alimentícios representa 72,34% desse valor, ou seja, R$ 399,91. Os demais produtos custam 27,66% do valor; que representa R$152, 96. A Tabela 1 mostra a composição e custo do Cesto Básico e os valores relativos das fontes de carboidrato. Tabela 1. Composição e custo do Cesto Básico e participação relativa dos alimentos fonte de

carboidrato ITEM CUSTO

UNITÁRIO (R$ x kg)

CUSTO TOTAL

(R$)

PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO

CESTO BÁSICO (%)

PARTICIPAÇÃO RELATIVA NOS

GÊNEROS ALIMENTÍCIOS (%)

Cesto Básico - 552,77 100 - Outros produtos - 152,86 27,66 - Gêneros Alimentícios - 399,91 72,34 100 Fontes de carboidratos - 106, 56 19,28 26,65 Arroz 1,46 13,60 2,47 3,40 Pãezinhos 4,26 59,72 10,80 14,93 Massa c/ovos 3,67 7,41 1,34 1,85 Farinha de trigo 1,37 6,12 1,11 1,53 Biscoitos 5,37 11,66 2,11 2,91 Batata inglesa 1,42 8,00 1,45 2,00 Fonte: UFRGS/IEPE, adaptado pelas autoras

O Gráfico 1 mostra comportamento dos preços dos preços das principais fontes de carboidratos.

Preços das principais fontes de carboidratos

0

1

2

3

4

5

6

jan/04 jun dez jan/05 jun dez jan/06 jun dez

Período

R$/

kg

Arroz

Pãezinhos

Massa com ovos

Farinha de trigo

Biscoitos

Batata

Gráfico 1. Comportamento dos preços de fontes de carboidratos no período 2004 - 2006

Ao analisar o Gráfico 1 pode-se observar que os preços mais altos estão associados aos biscoitos, pãezinhos e massas com ovos. O arroz, a farinha de trigo e a batata se encontram num mesmo patamar de preços, inferior aos demais.

Dos R$ 399,81 gastos com alimentos, 26,7% se destinam a fontes de carboidrato; sendo, que o gasto com pãezinhos tem maior representatividade. O Gráfico 2 mostra a aquisição e o Gráfico 3 mostra a distribuição dos gastos com alimentos fontes de carboidratos do Cesto Básico.

9,33

14,02

2,02

4,46

2,17

5,63

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Arroz Pãezinhos Massa com ovos Farinha de trigo Biscoitos Batata inglêsa

Kg

Gráfico 2. Aquisição de produtos fonte de carboidratos

13,60

59,72

7,44 6,1211,66

8,02

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

Arroz Pãezinhos Massa comovos

Farinha detrigo

Biscoitos Batata inglêsa

R$

Gráfico 3. Distribuição dos gastos com fontes de carboidratos

Os três itens mais caros, dentre os analisados, foram biscoitos (R$5,37/kg), seguidos dos pãezinhos (R$4,26/kg) e massa com ovos (R$3,67/kg). No entanto o dispêndio maior é com pãezinhos, por ser o produto adquirido em maior quantidade.

Em relação ao arroz, o preço está entre os mais baixos (R$1,46/kg), e apesar disso seu consumo é 33% inferior ao de pãezinhos. O valor despendido com arroz é R$ 13,60; o que equivale a 22,77% do dispêndio com pãezinhos.

Este trabalho confirmou a tendência secular para o modelo alimentar da população brasileira observada pelo Ministério da Saúde (2007), pois, somando-se o consumo de pãezinhos, farinha de trigo, massa com ovos e biscoitos, atinge-se valor de 22,67 kg por família/mês, o que equivale dizer que 60 % dos carboidratos consumidos provêm do trigo e derivados e que representam 80% do custo dos 6 itens fonte de carboidratos analisados neste estudo.

Com base nos resultados encontrados neste estudo, como ação de promoção do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul e do Brasil, seria adequado o incremento do consumo de arroz e derivados, o que diminuiria o custo do cesto básico e proporcionaria maior estabilidade para a cadeia produtiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IEPE - Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: www.ufrgs.br/iepe . Consultado em Junho de 2007.

BENEFICIAMENTO DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL EM 2006

Victor Hugo Kayser(1), Evely Gischkow Rucatti(1), Camilo Feliciano de Oliveira(1). (1) IRGA, Av. Missões, 342, Porto Alegre, CEP 90.230-100, e-mail: [email protected] Palavras-chave: engenhos; produção; cadeia produtiva.

O objetivo deste trabalho é avaliar a evolução do número de engenhos ativos, a distribuição espacial, o beneficiamento e a estratificação das indústrias de beneficiamento de arroz, no Rio Grande do Sul em 2006. A Tabela 1 demonstra a evolução do beneficiamento e do número de engenhos no Rio Grande do Sul. Tabela 1: Evolução do beneficiamento e número de engenhos no Rio Grande do Sul.

Ano Nº de

Engenhos Ativos

Beneficiamento Anual (scs*)

Produção Anual-RS

(scs*)

Benef. Anual/Engenho (scs*) – média

Benef./Prod. (%)

1997 421 75.502.908 81.526.920 193.650 92,61% 1998 373 68.618.587 70.395.040 183.964 97,48% 1999 355 78.977.675 112.987.960 222.472 69.90% 2000 351 73.909.350 102.424.800 210.568 72,18% 2001 341 76.010.601 105.582.700 222.905 71,80% 2002 320 82.226.811 109.674.282 256.959 74,97% 2003 282 69.027.861 94.173.894 244.780 73,30% 2004 280 77.578.009 126.200.460 277.069 61,47% 2005 267 85.817.888 125.109.377 321.415 68,69% 2006 266 90.045.528 133.365.175 338.517 67,52% Fonte: Taxa CDO/IRGA; DATER, Nate(s)/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial *base casca, saco de 50 kg.

Estes dados revelam que o número de engenhos (unidades industriais de

beneficiamento de arroz) reduziu 36,8% nos últimos dez anos, enquanto o beneficiamento elevou-se 19,3% neste mesmo período. Todavia, observa-se que o percentual da produção estadual beneficiada pela indústria local tem diminui 27% no período, haja vista que a capacidade de beneficiamento não acompanhou a evolução da produção. Em 2006 a indústria beneficiou 3.061.548 toneladas de arroz (considerada uma renda de benefício de 68%) em 266 engenhos, que constituem 252 empresas agroindustriais.

A concentração das agroindústrias beneficiadoras permaneceu inalterada (Tabela 2). Dez empresas agroindustriais beneficiaram 47,54% do total beneficiado no estado em 2006, valor semelhante ao de 2005 (48,06%), (KAYSER et al., 2005). No Rio Grande do Sul há engenhos ativos em 86 municípios, sendo 74 situados na região arrozeira do estado e 12 fora desta região. Na região arrozeira os engenhos beneficiam 99,6% do total beneficiado no estado em 2006 (Tabela 3). O número de engenhos ativos fora da área arrozeira diminuiu 17,7% desde 2004 (KAYSER et al., 2005) numa proporção maior que a zona arrozeira (-4,2%). O beneficiamento aumentou 16,1% neste mesmo período (Tabela 1).

O maior número de engenhos situa-se no município de Pelotas (22), seguido por São Borja (20), Santa Maria (17), Santo Antônio da Patrulha (16), Uruguaiana (11), Camaquã, Sertão Santana e Restinga Seca (7), Itaqui, Dom Pedrito, São Pedro do Sul e Candelária (6), Cachoeira do Sul e Bagé (5), São Sepé, São Gabriel, Viamão e Osório (4), Tapes, Palmares do Sul, Capivari do Sul, Pântano Grande, Arroio dos Ratos,São Lourenço do Sul, Mostardas, Glórinha, Barra do Ribeiro, São João do Polesine, Santa Vitória do Palmar e Cacequi (3).

Tabela 2: Participação das 10 maiores agroindústrias beneficiadoras de arroz no RS em 2006.

Indústrias Beneficiamento anual, base casca (saco – 50 kg)

% Benefi- ciamento (no RGS)

% Acumulado

1ª Maior Indústria 10.238.683 11,37% 11,37% 2ª Maior Indústria 8.218.913 9,13% 20,50% 3ª Maior Indústria 5.331.578 5,92% 26,42% 4ª Maior Indústria 3.156.658 3,51% 29,92% 5ª Maior Indústria 2.919.551 3,24% 33,17% 6ª Maior Indústria 2.804.139 3,11% 36,28% 7ª Maior Indústria 2.798.967 3,10% 39,39% 8ª Maior Indústria 2.694.995 2,99% 42,38% 9ª Maior Indústria 2.541.637 2,82% 45,21% 10ª Maior Indústria 2.100.220 2,33% 47,54% Fonte: Taxa CDO/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial

Em termos de volume beneficiado, apenas 2 municípios possuem capacidade de

beneficiar mais de 10 milhões de sacos de arroz ao ano (Tabela 5). Tabela 3: Número de engenhos ativos e beneficiamento no Rio Grande do Sul, em 2006.

Engenhos ativos Nº Percentual (%)

Engenhos Beneficiamento (sacos, casca)

Percentual (%) Beneficiamento

Área arrozeira 252 94,7 89.704.633 99,6 Fora área arrozeira 14 5,3 340.895 0,4 Total 266 100,0 90.045.528 100,0 Fonte: Taxa CDO/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial

Dos municípios do Estado, Pelotas concentrou o maior volume de beneficiamento

anual com 14.752.810 sacos (50 kg) de arroz em casca, seguido por Camaquã (10.655.729), Itaqui (9.887.121), São Borja (8.970.211), Alegrete (4.891,046), Uruguaiana ( 4.679.721), Dom Pedrito (4.139.215), São Sepé (2.588.118), São Gabriel (2.571.971) e Santa Maria (1.911.231). Estes 10 municípios citados, beneficiaram 72,2% do total do Estado. Tabela 4: Estratificação do número de engenhos por município em 2006. Estratificação do

nº de Engenhos

Número de

Municípios

Acumulado % no intervalo % Acumulado

Até 1 221 221 83,0 83,0 1 até 5 31 252 11,7 94,7 5 até 10 9 261 3,4 98,1

10 até 15 1 262 0,4 98,5 Mais de 15 4 266 1,5 100,0

Fonte: Taxa CDO/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial Os engenhos situados na região arrozeira beneficiam 99,6% do total (Tabela 3) e

segundo as Regiões Orizícolas estão concentrados na Fronteira Oeste (Tabela 6). Conclui-se que a tendência de concentração do beneficiamento do arroz no Rio

Grande do Sul tem se mantido, onde 10 indústrias concentram 47,54% do total beneficiado. A Fronteira Oeste concentra o maior volume de beneficiamento (31,8%), com 44 engenhos (16,5%) e Pelotas é o município que possui maior número de engenhos (22), que beneficiaram 14.752.810 sacos de arroz (16,4% do total beneficiado).

Tabela 5: Capacidade de beneficiamento nos municípios do Rio Grande do Sul, em 2006.

Capacidade anual de beneficiamento (scs/ano)

Número de Municípios

Acumulado % no intervalo

% acumulado

Acima de 10 milhões 2 2 2,3 2,3 5 milhões até 10 milhões 2 4 2,3 4,6 2 milhões até 5 milhões 5 9 5,8 10,4 1 milhão até 2 milhões 11 20 12,8 23,2 500 mil até 1 milhão 5 25 5,8 29,0 100 mil até 500 mil 25 50 29,2 58,2 50 mil até 100 mil 6 56 7,0 65,2 10 mil até 50 mil 7 63 8,1 73,3 Menos de 10 mil 23 86 26,7 100,0

Fonte: Taxa CDO/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial Contudo, a Depressão Central conta com o maior número de engenhos: 69 (25,9%

do total), que beneficiaram 14.292.347 sacos de arroz ( 15,9% do total). Tabela 6: Distribuição geográfica dos engenhos e beneficiamento no Estado, em 2006.

Engenhos Beneficiamento Regiões do Estado Nº % Sacos (50 kg) %

1. Fronteira Oeste 44 16,5 28.625.651 31,8 2. Campanha 26 9,8 8.760.193 9,7 3. Depressão Central 69 25,9 14.292.347 15,9 4. Plan. Cost. Interna 39 14,7 17.586.158 19,5 5. Plan. Cost. Externa 42 15,8 4.628.133 5,1 6. Zona Sul 32 12,0 15.812.151 17,6 7. Fora da região arrozeira 14 5,3 340.985 0,4 Total 266 100,0 90.045.528 100.0 Fonte: Taxa CDO/IRGA. Elab.: Seção de Política Setorial

Também se confirma a tendência de redução do número de engenhos, chegando a

266 engenhos ativos em 2006. No período de 10 anos 155 engenhos deixaram a atividade (redução de 36,8%). Todavia, a capacidade de beneficiamento aumentou 19,3% no período, chegando, em 2006, a beneficiar 90.045.528 sacos de arroz. A capacidade média aumentou no período, chegando quase ao dobro de 10 anos atrás. Por outro lado, a produção de arroz no Rio Grande do Sul aumentou 64% no mesmo período (nos últimos 5 anos teve um acréscimo de 22%), devido ao aumento de produtividade. Por outro lado, esse aumento não acompanhou proporcionalmente o incremento da produção, pois este tem se reduzido em relação ao total da produção de arroz no Rio Grande do Sul, passando de 97,48%, em 1988, para 67,5%, em 2006. Com isso, conclui-se que há maior saída de arroz em casca do Estado, com menor agregação de valor, requerendo que se tome medidas para incrementar o beneficiamento no Estado, de modo que a indústria gere mais empregos e renda neste elo da cadeia produtiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. KAYSER, V. H., RUCATTI, E. G. & OLIVEIRA, C. F. de. BENEFICIAMENTO DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL EM 2004. In Anais IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, Santa Maria – RS – Brasil, 9 a 12 de agosto de 2005. Santa Maria: Editora Orium, 2005. 2 v.

ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO NA AGROINDÚSTRIA ARROZEIRA DO RIO GRANDE DO SUL

Luciane Dittgen Miritz¹ Paulo Dabdab Waquil (1) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestrado em Agronegócios, Rua Silvio Freitas Remédio, 298 Guaíba/ RS CEP 92500-000 [email protected]

As mudanças econômicas e sociais que o Brasil e o mundo vêm passando, afetam

o mercado, a dinâmica da concorrência e as estruturas produtivas de grande parte das atividades econômicas. Estas mudanças têm provocado alterações nas estruturas produtivas, no sentido da adaptação ao novo cenário competitivo. Entre as commodities que enfrentam tais desafios está o arroz, cuja produção vem crescendo, porém o consumo não acompanha, gerando excedentes e queda nos preços praticados. Nesta realidade, as indústrias processadoras de commodities enfrentam novos desafios, que são: agregar valor à pauta de produtos para abrir novos mercados; associar parâmetros energéticos e ambientais ao uso da base de recursos naturais; fortalecer o porte empresarial e internacionalizar as operações; e desenvolver novas engenharias financeiras em parcerias público-privadas, além de atuar em condições de maior concorrência e sob regime de regulação mais restritivo no que diz respeito à questão ambiental.

O Brasil é o nono maior país produtor de arroz do mundo, sendo o maior produtor do ocidente. Entre 1975 e 2004 alcançou um salto de produtividade (kg/ha) em 144,1% (FAO, 2005). Esse aumento da produtividade permitiu atender o aumento da demanda interna, em função do crescimento populacional. O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, contribuindo com mais de 50% da produção nacional. A cultura tem, portanto, um importante papel sócio-econômico na região. Diante disso, as empresas precisam desenvolver novas estratégias competitivas de modo a ajustar-se ao novo ambiente, sendo comum observar, em diversas agroindústrias, a incorporação da diversificação como meio de ajuste competitivo. Assim, o objetivo geral deste trabalho é estudar os limites e possibilidades para a produção diversificada e diferenciada expandir mercados e agregar valor à commodity arroz. Os objetivos específicos são: identificar os produtos diversificados e diferenciados que as empresas oferecem no mercado; discutir a percepção das empresas em relação a este mercado; estudar as informações utilizadas pelas empresas para tomada de decisão para a diversificação e diferenciação; e discutir os motivos que limitam a entrada das empresas na produção diversificada e diferenciada.

Os engenhos de arroz são um elo importante na cadeia do arroz, na medida em que o beneficiamento torna o produto disponível ao consumo humano, além de representar importante atividade econômica para o Estado. No ano de 2005, o Rio Grande do Sul possuia 267 empresas beneficiadoras de arroz. A escolha das empresas participantes do estudo deu-se através de uma amostra direcionada, ou seja, através de uma relação obtida junto ao IRGA, que apresenta as indústrias beneficiadoras de arroz em atividade no ano de 2005 do Estado do Rio Grande do Sul. É válido observar que este ranking é formado por todas as empresas beneficiadoras de arroz do Rio Grande do Sul, e é mediada pela contribuição da empresa da Taxa CDO (Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura), que é recolhida pelo Governo do Estado. Assim, foram entrevistadas 10 empresas em 7 municípios do Rio Grande do Sul: Pelotas, Camaquã, São Borja, Porto Alegre, São Gabriel, Alegrete e Dom Pedrito.

O roteiro da entrevista foi dividido em 8 blocos, contendo 58 perguntas, sendo que a entrevista foi elaborada com base no modelo de fusão da informação (Figura 1), que auxiliará na análise dos dados obtidos. As entrevistas foram realizadas no período de agosto a dezembro de 2006 com os dirigentes das empresas selecionadas. Neste artigo se dará maior destaque ao item diferenciação e diversificação.

A diversificação inclui aumento na variedade de bens finais produzidos, na integração vertical e no número de áreas básicas de produção em que a firma opera. A

procura da diversificação por uma firma pode também basear-se em necessidades de redução de riscos e incertezas, que advêm da atuação em um único mercado, particularmente com relação aos efeitos de flutuação cíclicas ou sazonais da demanda (KON, 1999).

Outra estratégia utilizada pelas empresas, com o objetivo de se destacarem no mercado em que atuam, é a diferenciação. De acordo com Porter (1992), uma empresa diferencia-se da concorrência quando oferece alguma coisa singular valiosa para os compradores além de simplesmente oferecer um preço baixo. A diferenciação permite que a empresa peça um preço prêmio, venda um maior volume do seu produto por determinado preço ou obtenha benefícios equivalentes, como uma maior lealdade do comprador durante quedas cíclicas ou sazonais. A diferenciação resulta em desempenho superior se o preço prêmio alcançado ultrapassar qualquer custo adicionado do fato de ser singular. A diferenciação de uma empresa pode agradar a um grupo amplo de compradores em uma indústria ou a apenas um subgrupo de compradores com necessidades particulares.

A seguir, apresenta-se o modelo analítico, baseado no conceito de fusão da informação, com intuito de estabelecer a relação entre os objetivos do estudo e o referencial bibliográfico citado em Miritz (2007).

Figura 1 - Modelo do comportamento da informação baseado no conceito de fusão. Fonte: Modelo baseado em ISHII, ICHIMURA e MIHARA (2005). Das empresas entrevistadas, seis possuem um departamento de pesquisa e

desenvolvimento. O percentual investido variou de 0,05% a 1% do faturamento da empresa, sendo que uma das empresas não tem esta estimativa. Em relação às motivações que a empresa tem para diferenciar e diversificar sua produção, foram citadas: exigências do mercado, sobrevivência da marca da empresa, aproveitamento dos nichos de mercado, melhoria da competitividade e as margens de resultado da empresa. Entre as dificuldades que as empresas enfrentam para diferenciar e diversificar sua produção estão: misturas de variedades, baixa renda do consumidor, dificuldade em comunicar ao mercado o produto, aceitação e incorporação do novo produto pelo consumidor, falta de pesquisa voltada para outro segmento (que não o da alimentação) e persistência. Uma das empresas informou não ter mais dificuldades, visto que já possuem experiência em diversificar e diferenciar. Não é entrante.

Sobre o que é feito com os subprodutos do beneficiamento, a casca e o farelo, todas as empresas utilizam a casca para geração de energia para o processo produtivo. O restante é comercializado para terceiros. Interessante que uma das empresas desenvolveu uma forma própria de adensar a casca, para transportá-la de forma mais rentável. Em relação ao farelo, as empresas utilizam ou vendem para terceiros para extração de óleo ou para produção de ração animal. Duas das empresas entrevistadas utilizam o farelo na produção de ração animal.

Pode-se concluir que o estudo identificou os produtos diversificados e diferenciados que as empresas oferecem ao mercado, com destaque para iniciativas diversificadas como produtos à base de soja, sucos de frutas, outros grãos e massas; e produtos diferenciados, como o arroz colorido, arroz com ferro, arroz semi-pronto, risotos e embalagens diferenciadas, por exemplo. Além desses, vale destacar a iniciativa de algumas das empresas entrevistadas em buscar mercados que não apenas o da alimentação. Energia, alimentação animal, saúde e produtos com utilização diversa como a sílica, são alguns exemplos.

As empresas entrevistadas estão buscando desenvolver novos produtos e melhorias no processo produtivo, o que prova que a diversificação e diferenciação fazem parte da estratégia e visão de futuro das empresas, como forma de se destacar e sobreviver no mercado. Outra observação interessante é a de que os produtos ligados à saúde são percebidos pelas empresas como o futuro da alimentação humana.

As limitações encontradas pelas empresas não são tecnológicas, visto que as empresas não apresentam dificuldades para adquirir novos equipamentos, e que está em constante renovação tecnológica. A limitação está em combinar um produto que o consumidor quer com o custo de produção deste.

Com a pesquisa e lançamento de novos produtos quem ganha é o consumidor. Porém, verifica-se a dificuldade em entender o que o consumidor quer, além do baixo poder aquisitivo da maioria da população brasileira.

As possibilidades de agregar valor à commodity arroz, estão em lançar produtos diferenciados e em nichos de mercado com consumidores dispostos a pagar mais pela qualidade oferecida pelos produtos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAO. United Nations Food and Agriculture Organization. Disponível em <http://www.fao.org> Capturado em 15/11/2005. IRGA Instituto Rio Grandense do Arroz. Disponível em <http://www.irga.rs.gov.br> Capturado em 12/01/2006. ISHII, Kazuyoshi; ICHIMURA, Takaya; MIHARA, Ichiro. Information behavior in the determination of funtional specifications for new product development. International Journal of Production Economics. p. 262-270 2005. KON, Anita. Economia Industrial. São Paulo: Nobel, 1999. MIRITZ, Luciane Dittgen. Diferenciação e diversificação na agroindúsrtria arrozeira do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. UFRGS – Porto Alegre, 2007.

SEGMENTAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ NO VAREJO Augusto Hauber Gameiro(1), Mariana Bombo Perozzi Gameiro(2). ¹Universidade de São Paulo, Av. Duque de Caxias Norte, 225, Pirassununga SP, CEP 13.635-900. E-mail: [email protected]. 2Natural Comunicação S/S Ltda, Rua Campos Salles, 1818 sala 41, Piracicaba SP, CEP 13.416-310. E-mail: [email protected]. Palavras-chave: segmentação, agregação de valor, varejo.

A segmentação de mercado é uma das estratégias que as empresas de arroz têm adotado na tentativa de agregar valor aos seus produtos. Entende-se por segmentação de mercado quando, a partir de um produto, a empresa procura promover algumas modificações de modo a atingir distintos perfis de consumidores. Segundo Azevedo (2000), são três os principais motivos que levam uma empresa a adotar esta estratégia: i) ampliação do consumo; ii) alteração no padrão de concorrência; e iii) eliminação do problema de informação incompleta. Em linhas gerais, a idéia da segmentação de mercado pode ser assim entendida: “...se houver apenas um produto padrão a ser oferecido para clientes de renda, preferências e hábitos distintos, haverá seguramente algum grau de insatisfação por parte dos consumidores, sobretudo daqueles cujas preferências mais se afastem da preferência padrão. A segmentação de mercado permite a produção de produtos para cada subconjunto homogêneo de preferências, reduzindo o grau de insatisfação dos consumidores e, conseqüentemente, aumentando o nível de consumo” (Azevedo 2000).

O trabalho aqui apresentado objetivou, por meio de análises estatísticas dos preços dos arrozes nos diferentes segmentos do mercado varejista, verificar a existência significativa de agregação de valor por meio dessa estratégia empresarial. Desde o mês de abril de 2005, no contexto do Sistema de Informações Agroindustriais do Arroz Brasileiro, o “Projeto Arroz Brasileiro” (www.arroz.agr.br) (Perozzi & Rossmann, 2005), o arroz no varejo vem sendo estudado em seis supermercados, sendo três na cidade de Pelotas (RS) e três na cidade de Piracicaba (SP). Mensalmente, por meio de visitas pessoais de pesquisadores devidamente treinados, os preços de todos os produtos relacionados ao arroz em grão (polido, parboilizado, integral, semipronto, risoto, carreteiro etc.) são coletados. Para a realização desta pesquisa, foram consideradas as informações mensais no período compreendido entre os meses de julho de 2005 e junho de 2006.

O objetivo foi comparar os preços de um produto base (o arroz polido tipo 1 em embalagem de 1 kg) com os preços de produtos com especificações distintas. Tais especificações foram organizadas em três conjuntos, com suas respectivas classificações, a saber: i) subgrupo: polido, parboilizado, parboilizado integral e integral; ii) embalagem; de 1 kg, de 1 kg em saquinhos, de 2 kg e de 5 kg; e iii) categorias especiais: arroz oriental, orgânico, arbóreo, aromático (“tailandês”) e carnaroli. O método estatístico utilizado para avaliar a significância entre as diferenças de preços foi o teste de hipóteses sobre o valor da diferença entre duas médias para os casos que as variâncias são conhecidas, também chamado de “teste Z” da variável normal reduzida (Hoffmann, 1991). O cálculo de Z é dado por:

( )( ) ( )

21

21

XVXV

XXZ

+

−−=

θ

onde 1

X é a média dos preços das marcas do padrão-base, em um local específico

(Piracicaba-SP ou Pelotas-RS) em um determinado mês (entre julho de 2005 e junho de 2006), e

2X é a média dos preços das marcas com especificações que caracterizam um

segmento, as quais se quer testar se diferem estatisticamente da especificação-base. A hipótese de nulidade é H0: µ1 - µ2 = 0, isto é, θ = 0 (as médias

1X e

2X não diferem

estatisticamente!). Portanto, a hipótese de nulidade é rejeitada quando 0

ZZ ≥ . O valor

crítico de Z0 para um nível de significância de 90% é de 1,65. Cada análise comparativa, portanto, é feita para um local e mês específicos, de modo a se eliminar a influência da sazonalidade e das características regionais. Para facilitar o entendimento dos resultados, calculou-se, para cada especificação de produto, a porcentagem de meses em que a hipótese de nulidade foi rejeitada: a porcentagem de ocorrências mensais nas quais houve agregação significativa e estatisticamente comprovada de valor pela estratégia de segmentação das empresas. Tais informações, juntamente com a média anual de cada especificação, são apresentadas na Tabela 1. Tabela 1. Médias anuais dos preços, diferenças entre médias anuais e ocorrência de situações em que os preços médios mensais dos produtos especificados foram estatisticamente diferentes dos preços médios do produto-base (todos os preços referem-se a 1 kg do produto).

São Paulo Rio Grande do Sul

Conjunto Especificação Média anual do

preço (R$/kg)

Diferença entre as médias

anuais (%)

Ocorrência mensal de diferença

significativa (%)

Média anual do

preço (R$/kg)

Diferença entre as médias

anuais (%)

Ocorrência mensal de diferença

significativa (%)

Polido 1,74 1,37

Parboilizado 1,58 -9 0 1,42 3 0

Parbo integral 3,91 125 58 3,57 160 60 Subgrupo1

Integral 5,16 198 100 nd nd nd

1 kg (sc) 1,86 7 0 1,72 25 25

2 kg 2,04 17 14 1,48 8 0 Embalagem do polido1

5 kg 1,50 -14 0 1,24 -10 0

1 kg (sc) 3,56 126 83 2,53 78 0 Embalagem do parbo2 5 kg 1,55 -2 0 1,33 -6 0

Oriental 7,28 320 45 6,18 350 100

Orgânico 5,18 198 100 nd nd nd

Arbóreo 9,15 427 50 13,39 875 64

Tailandês 5,94 242 17 6,99 409 nd

Especiais1

Carnaroli 15,78 809 100 14,10 926 nd

1Base de comparação: 1 kg do polido; 2Base de comparação: 1 kg do parboilizado

Fonte dos dados básicos: SIA do Arroz Brasileiro; cálculos elaborados pelos autores.

Em relação ao conjunto de subgrupo, não se verificou diferença significativa entre o

arroz polido e o parboilizado nos dois estados. Na comparação entre os preços do arroz polido e do parboilizado integral, observou-se diferença significativa em praticamente 60% das ocasiões (dos meses), nas duas regiões, sendo os preços do segundo predominantemente superiores aos do primeiro. A agregação de valor sobre o arroz integral, em relação ao polido, foi ainda mais significativa. Em todas as ocasiões, no estado de São Paulo, seus preços médios foram estatisticamente superiores ao do polido. No Rio Grande do Sul, a baixa ocorrência do arroz integral não permitiu disponibilidade suficiente de dados para os cálculos das médias, variâncias e, consequentemente, dos valores Z para o teste.

No que se refere ao conjunto de especificações de embalagens, quando considerado o arroz polido, praticamente não houve diferença significativa de preço nos dois estados, quando o produto é embalado em saquinhos ou está em embalagem de 2 kg e 5 kg. Observa-se que as médias de preços tendem a ser maiores para as embalagens de 1 kg em saquinhos e de 2 kg, e menores para o produto em 5 kg, todavia estatisticamente não diferem na maioria dos meses. No caso do arroz parboilizado, também não houve diferença significativa no RS. Mas em SP observa-se que os preços do produto em saquinhos foram, em 83% dos meses, significativamente superiores que os do produto na embalagem tradicional de 1 kg.

Para as outras especificações, a primeira conclusão interessante é que elas ainda estão pouco presentes no interior do RS, sendo que para o orgânico, tailandês e carnaroli, não havia dados suficientes para o cálculo estatístico (o que não significa que os produtos não foram encontrados, mas sim que não havia pelo menos duas marcas em um determinado mês sequer, nos três supermercados na cidade de Pelotas). Para o oriental e o orgânico, no RS, houve grande ocorrência de diferenças significativas, indicando que a agregação de valor está ocorrendo, principalmente para o oriental. Em São Paulo, por sua vez, tais especificações são bastante freqüentes no varejo. Foi encontrada diferença significativa para o orgânico e carnaroli nos 12 meses da pesquisa. Para o oriental e o arbóreo, as diferenças ocorreram em, aproximadamente, metade do período. Para o tailandês, a ocorrência de diferenças significativas foi menos freqüente.

Finalmente, deve-se esclarecer um aspecto importante do método aqui apresentado. O fato de uma determinada comparação de médias apresentar-se não significativa não permite concluir que uma determinada marca não está tendo sucesso na segmentação de mercado. Quando há grande variabilidade entre preços dentro de uma determinada especificação, as variâncias ( ) ( )

21, XVXV tornam-se grandes e,

consequentemente, Z torna-se pequeno, aumentando a possibilidade de não se poder rejeitar a hipótese de que as médias são iguais. Nesse sentido, verifica-se claramente essa grande variabilidade de preços do arroz no varejo. Promoções do supermercado reduzem o preço de uma determinada marca, aumentando a variância; marcas líderes, com preços relativamente superiores às concorrentes dentro de uma especificação, também aumentam a variância. Do ponto de vista de um determinado consumidor, esses dois fatores lhe propiciam uma ampla variedade de marcas e preços que podem ser escolhidos, dentro de uma mesma especificação. Dessa forma, a análise da estratégia de diferenciação (produtos dentro de uma mesma especificação, mas de marcas diferentes) também torna-se importante, ficando aqui a sugestão de futuros trabalhos que a analisem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AZEVEDO, P.F. Concorrência no Agribusiness. In: ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, M. F. (ORG). Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares. São Paulo: Pioneira, 2000. HOFFMANN, R. Estatística para Economistas. 2ed. São Paulo: Pioneira, 1991. 426p. PEROZZI, M. B.; ROSSMANN, H. A importância da informação para a agricultura e o projeto arroz brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL, 2, 2005, Piracicaba. Anais do 2 Congresso Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural. Piracicaba: FEALQ, 2005. p. 273-277. Agradecimento: os autores agradecem a Eraci da Silva Oleiro e a João Luís Priétto Gameiro pela sua importante colaboração na realização desta pesquisa.

FARINHA E MACARRÃO DE ARROZ NA ALIMENTAÇÃO INSTITUCIONAL: ALTERNATIVA PARA O MERCADO ORIZÍCOLA

Roselene de Queiroz Chaves(1) (2), Angélica Magalhães(2), Nurdine Salé(2), André Roese(2), Tânia Nunes da Silva(2). 1Embrapa Arroz e Feijão – Rod. GO-462, km 12 Zona Rural 75375-000 Sto. Antônio de Goiás-GO ([email protected]). 2CEPAN/UFRGS.

O agronegócio do arroz no Brasil é responsável pela principal fonte de alimentação dos brasileiros. No segmento da produção, a lavoura arrozeira vem mostrando excelente performance, graças ao desenvolvimento tecnológico do setor, aumento na produtividade e melhoria da qualidade do produto final. Todavia, no que se refere ao mercado e ao preço, a situação de crise tem sido freqüente e, inversamente ao aumento da produção, o consumo per capita tem diminuído. Segundo Oliveira et al (2005), para reverter esse quadro pessimista existem três alternativas: contínuo investimento em tecnologias, visando reduzir o custo unitário de produção, revisão das políticas brasileiras para o comércio internacional e estímulo ao aumento do consumo de arroz para que ao menos se retorne aos patamares de duas décadas atrás. É neste contexto do mercado orizícola, o da busca do aumento da demanda, que se insere o presente trabalho, tendo por objetivo apresentar e discutir o cenário da possível utilização da farinha e do macarrão de arroz como agentes reguladores do mercado da principal fonte de alimentação do brasileiro e propor alternativas para a viabilização desta estratégia.

O desenvolvimento de produtos mais sofisticados usando o arroz como matéria-prima é incompatível com o poder de compra da maioria da população tradicionalmente consumidora de arroz. Entretanto, existe viabilidade no aproveitamento de alguns subprodutos do arroz, como os grãos quebrados, que constituem em torno de 14% do beneficiamento do arroz, com menor valor comercial, valendo cerca de 1/5 do preço em relação aos grãos inteiros (Lopes, 1989). Uma das alternativas para agregar valor aos grãos quebrados seria a modificação física e/ou química, transformando essa matéria-prima em ingrediente alimentício com maior interesse industrial e comercial. As exigências de mercado do arroz polido valorizam o produto proporcionalmente à integridade do grão. Isso porque ainda não foram estabelecidos usos mais nobres para o arroz quebrado e toda a produção se destina ao consumo in natura, ao contrário do que acontece com o trigo, que é na sua totalidade utilizado como matéria-prima para indústria de panificação. O pão, as massas alimentícias e os biscoitos, que ocupam grande parte do mercado de alimentos fonte de carboidratos são, em maioria, produzidos a partir de farinha de trigo. A produção de trigo, contraditoriamente, é insuficiente para abastecer o mercado, com um déficit próximo a 5 milhões de toneladas (Conab, 2006).

Segundo Hoseney (1990), a farinha de arroz não tem a mesma performance que a farinha de trigo, a qual é a única que tem a habilidade de formar uma massa viscoelástica que retém o gás produzido durante a fermentação e nos primeiros estágios de cozimento do pão, dando origem a um produto leve. As proteínas, mais especificamente as formadoras do glúten, são as principais responsáveis por esta característica própria do trigo, que inexistem no arroz. Mas Caproni e Bonafaccia (1989) comprovaram que é possível igualar estas duas farinhas com a adição de vital glúten à farinha de arroz. Estudos de Denardin et al (2005) mostraram que durante a elaboração de bolos não foram observadas diferenças pronunciadas no crescimento e textura. O bolo com 50% de farinha de arroz foi preferido por 74% dos julgadores, enquanto o bolo com 100% de farinha de trigo apresentou apenas 26% de preferência. Estes resultados demonstram a viabilidade, tanto tecnológica como de aceitação do mercado consumidor, no que diz respeito ao uso da farinha de arroz como substituto parcial da farinha de trigo em formulações de bolo, além da perspectiva de uso na formulação de outros produtos. Segundo os autores, de

maneira geral a farinha de arroz pode substituir totalmente a de trigo em formulações que levam fermento químico e de 20 a 40% nas que utilizam fermento biológico.

Ao comparar valores nutricionais e o custo por porção de três preparações culinárias feitas com farinha de arroz e farinha de trigo, Magalhães et al. (2005) verificaram que todas aquelas à base de farinha de arroz forneceram mais carboidratos por porção, quando comparadas com as preparações à base de trigo. As quantidades de lipídios não diferenciaram entre si e as quantidades de proteínas foram menores nas preparações à base de arroz. Como esses alimentos têm função energética, pode-se inferir que as preparações à base de farinha de arroz apresentam um desempenho melhor, uma vez que fornecem um aporte maior de energia por porção, quando comparadas com aquelas à base de farinha de trigo.

Galera (2004) verificou a absorção de gordura em sonhos e os resultados obtidos permitem concluir que a adição de farinha de arroz parboilizado em formulações destinadas à fritura diminui em até 60% o teor de gordura do produto final, ao mesmo tempo em que mantém a qualidade sensorial, se adicionada em até 40% de substituição à farinha de trigo. Isto representa uma alternativa para promover a menor ingestão calórica e, conseqüentemente, prevenir doenças que envolvam o consumo excessivo de gorduras. As informações quanto ao uso de farinha de arroz em substituição à farinha de trigo ainda são bastante escassas, sobretudo devido à cultura do consumo do arroz unicamente no estado in natura. O arroz apresenta propriedades especiais e a modificação química pode ampliar suas possibilidades de uso na indústria de alimentos (Nabeshima e Atia, 2005). A modificação química da farinha de arroz tem sido pouco explorada, apresentando potencial como alternativa viável para agregar valor aos subprodutos do beneficiamento do arroz. O macarrão de arroz é na verdade o produto originalmente inventado pelos chineses há alguns milhares de anos antes de Cristo. A partir de então, as massas começaram a conquistar os países ocidentais, que passaram a produzi-lo à partir da farinha de trigo, ao invés de utilizar a farinha de arroz (Pagani, 1986).

Segundo Ormenese e Chang (2003), massas alimentícias de boa qualidade podem ser obtidas quando se utiliza o arroz como matéria-prima e quando são empregadas tecnologias que exploram as propriedades funcionais do amido. A adição de materiais protéicos capazes de formar estrutura semelhante à do glúten e de aditivos que formam complexos com o amido também pode dar bons resultados. Estes materiais se constituem em boa alternativa para emprego de subprodutos do processo de beneficiamento do arroz, com pouco uso industrial e baixo valor comercial. Para os fabricantes de massas alimentícias eles representam uma possibilidade de diversificação e de ampliação de seu mercado. Estes autores compararam o macarrão de arroz com o tradicional, de trigo. O macarrão de arroz mostrou-se similar ao padrão no que diz respeito às características de cozimento, como perda de sólidos solúveis e aumento de peso e de volume. Mostrou-se ainda mais firme e menos pegajoso que o macarrão convencional. Quanto à elasticidade, embora sua resistência à quebra seja similar a do macarrão de trigo, sua extensibilidade é bem menor. O produto foi bem aceito pelo público, apresentando índices superiores a 80% para todas as características avaliadas (aparência antes e após preparo, aroma, sabor e textura) e intenção de compra próxima de 90%.

As informações acima permitem sugerir a utilização destes dois produtos no mercado brasileiro, inicialmente na alimentação institucional, como forma de se criar a cultura do consumo. Ela inclui a merenda escolar, a alimentação hospitalar, a alimentação do sistema prisional, os programas sociais de distribuição para a população carente e demais compras governamentais. Isso porque a formação do tamanho e do perfil da demanda por alimentos depende cada vez menos apenas da evolução do consumo das famílias. A alimentação fora de casa e as compras governamentais são cada vez mais relevantes. Para se ter uma idéia do tamanho deste mercado, segundo o IEA (2006), no período de 2000 a 2004, os dispêndios do governo do Estado de São Paulo com a alimentação institucional subiu de R$ 138,6 milhões para R$ 180,1 milhões (+30,7%).

Num segundo momento, depois da vulgarização da idéia e do conhecimento de sua utilização, a farinha e o macarrão de arroz devem ser inseridos gradativamente na cesta básica mensal do brasileiro. Segundo o Dieese & Procon (Dieese, 1994), ela contém 15 kg de arroz, 3 kg de farinha de trigo e 2 kg de macarrão, sendo os dois últimos potencialmente substituíveis pelos correspondentes à base de arroz, com a vantagem do maior valor nutricional, menor custo e processo de fabricação mais rápido que o do macarrão tradicional. Vislumbra-se, assim, uma solução, ainda que parcial, para dois problemas mercadológicos do agronegócio brasileiro, que é a falta de trigo e o excesso de arroz no mercado interno. O importante é que essas questões estão estreitamente relacionadas com as políticas públicas de segurança alimentar, que podem se beneficiar com estes produtos de menor custo em relação aos elaborados à base de trigo. Essa economia para os cofres públicos, aliada à maior sustentabilidade do agronegócio brasileiro, parece ser uma alternativa ímpar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPRONI, E.; BONAFACCIA, G. Azione del glutine vitale su alcune caratteristiche reologiche degli impasti di sfarinati di tenero. Tecnica Molitoria, v.40, n.7, p.497-5012, 1989. CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Indicadores da Agropecuária de março de 2006. Disponível em < www.conab.gov.br> Acesso em 19 mar. 2006. DENARDIN C.C.; SILVA L. P., HECKTHEUER, L. H. R. . Propriedades sensoriais e aceitabilidade de bolos elaborados com substituição parcial de farinha de trigo por farinha de arroz. IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado. Santa Maria, 2005: UFSM, 2005. Anais...

DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Metodologia da pesquisa cesta básica Dieese & Procon, São Paulo, 1994. GALERA J.S. Efeito da Substituição Parcial de Farinha de Trigo por Farinha de Arroz na Absorção de Óleo em Sonhos. XIX Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos –2004. Anais HOSENEY, R.C. Principles of Cereal Science and Technology. St. Paul: American Association of Cereal Chemists, AACC, p.76-87, 1990. IEA. Instituto de Economia Agrícola do Governo do Estado de São Paulo. Políticas públicas. Disponível em <http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=4257>. Acesso em 19 abr. 2006. LOPES, C.C. Estudo do mecanismo de quebra dos grãos de arroz. Campinas, 1989. 128 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Alimentos) – FEA/UNICAMP. MAGALHÃES A; COUTO, A.; HEINEN, J.; HÜLSE, S.. Viabilidade de inserção da farinha de arroz no programa de Alimentação escolar no município de florianópolis. IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado. Santa Maria, 2005: UFSM, 2005. Anais...

NABESHIMA, E.; ATIA EL-DASH, A.. Modificação química da farinha de arroz como alternativa para o aproveitamento dos subprodutos do beneficiamento do arroz. Boletim Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, América do Sul, 22 23, 2005. OLIVEIRA, C. F.; et al. Perspectivas sócio-econômicas para a orizicultura do Rio Grande do Sul. IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado. Santa Maria, 2005: UFSM, 2005. Anais...

ORMENESE, R. de C. S. C., CHANG, Y. K. Macarrão de arroz: características de cozimento e textura em comparação com o macarrão convencional e aceitação pelo consumidor. Braz. J. Food Technol. Preprint Serie, n.117, 2003. PAGANI, M.A. Pasta products from non conventional raw materials In: MERCIER, C.; CANTARELLI, C. Pasta and extrusion cooked foods: some technological and nutricional aspects. London: Elsevier Applied Science Publishers, 1986. p. 52-68.

COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ARROZ E DE INDICADORES ECONÔMICOS NO MUNICIPIO DE URUGUAIANA

Evely Gischkow Rucatti1, Victor Hugo Kayser1, Camilo Feliciano de Oliveira1 Av. Missões, 342 PortoAlegre CEP 90230-100 [email protected] 1 IRGA

O município de Uruguaiana, um dos maiores do Rio Grande do Sul, situado no extremo ocidental do Estado, junto à fronteira fluvial com a Argentina, tem sido o maior produtor de arroz, considerando as safras 2000/01 a 2005/06. A cidade é cortada pelas estradas BR 290 e BR 472 e por uma ferrovia, todas com ligação à ponte internacional rodo-ferroviária sobre o Rio Uruguai, navegável por navios de baixo calado. Possui aeroporto internacional e o maior porto seco da América Latina. A Fundação de Economia e Estatística – FEE indicava Uruguaiana na liderança no ranking do Valor Adicionado Bruto (VAB) da Agropecuária em 2004, data da última informação.

Este trabalho procurou avaliar a relação entre os incrementos de produção de arroz em Uruguaiana e os reflexos na economia do município.

Os indicadores econômicos utilizados foram: Produto Interno Bruto (PIB), PIB per capita, Valor Adicionado Bruto (VAB), Valor Adicionado da Agropecuária, Valor Bruto da Produção do Arroz (VBP do arroz) e o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE). Com exceção do VBP arroz, calculado com base nos preços e safra do IRGA, os demais indicadores têm como fonte a Fundação de Economia e Estatística (FEE). Os dados nas tabelas estão cruzados no sentido de relacionar a produção com os indicadores selecionados. O IDESE abrange um conjunto de indicadores sociais e econômicos, classificados em quatro blocos temáticos: Educação, Renda, Saneamento e Domicílios e Saúde. Os dados relativos à produção, número de engenhos e beneficiamento de arroz representam a atividade orizícola nos segmentos da produção e indústria, finalizando com o produto seco, limpo e pronto para o consumo, têm o IRGA como fonte de informação. Tabela 1 - Produção de arroz, nº de engenhos, beneficiamento e Indicadores econômicos no município de Uruguaiana. Ano Produção

(t) VBP arroz

R$ IDESE Classificação

dentre todos os municípios-

IDESE

Nº Engenhos

Beneficiamento (t)

2000 332.756 78.464 0,742 71º lugar 12 83.830 2001 440.597 133.236 0,744 70º lugar 10 114.324 2002 511.010 195.410 0,748 67º lugar 10 162.788 2003 401.063 234.221 0,749 78º lugar 13 148.302 2004 531.379 322.136 N.D. N.D. 9 160.612 2005 444.376 178.461 N.D. N.D. 10 191.305 2006 599.428 232.707 N.D. N.D. 9 156.944

Tabela 2 - Indicadores Econômicos do Município de Uruguaiana

VAB Agropecuária

Ano PIB R$1000

PIB per capita

VAB total

R$ 1.000 %

VBP arroz/ VAB Agropecuária

(%)

2000 633.672 4.960 588.379 113.178 19,23 69,30 2001 748.448 5.794 688.460 183.864 26,70 72,46 2002 1.062.073 8.132 920.119 247.440 26,89 78,97 2003 1.135.021 8.596 1.079.197 331.839 30,75 70,58

2004 1.288.237 9.651 1.216.657 380.626 31,28 84,63

P ro dução X VB P A rro z

0

1 0 0 .0 0 0

2 0 0 .0 0 0

3 0 0 .0 0 0

4 0 0 .0 0 0

5 0 0 .0 0 0

6 0 0 .0 0 0

7 0 0 .0 0 0

2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

P ro dução ( t ) VB P arro z R $

R$ 1.000

T o neladas

A produção de arroz aumentou 80,14% no período de 2000 a 2006, embora não tenha tido um crescimento constante. As maiores safras ocorreram nos anos de 2002, 2004, e 2006, sendo esta última, o recorde. A produção de 2005 foi semelhante à de 2001. O Valor Bruto da Produção do Arroz mais elevado ocorreu em 2004, embora a produção tenha sido 12,8% inferior a de 2006, evidenciando queda nos preços praticados ao nível do produtor neste último ano. Ocorreram flutuações de preços e de produção, decorrentes das condições climáticas, do preço do arroz e dos insumos, principalmente. O VBP do arroz, resultado da produção multiplicada pelos preços de comercialização, foi crescente em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004 e decrescentes em 2005, com início de recuperação em 2006. A relação entre o aumento da produção e os indicadores observados não foi, portanto, direta; ficando evidente a importância da sustentação de preços, que pode ser garantida pelo mercado consumidor, no sentido de equilíbrio entre oferta e demanda do arroz. O número de engenhos diminuiu, mas o beneficiamento incrementou além da produção, indicando que houve concentração na indústria do arroz. Nos anos 2000, 2001, 2002 e 2003 não houve relação entre o incremento da produção de arroz e o nível de desenvolvimento medido pelo IDESE, no período de 2000 a 2003 manteve-se na faixa média (entre 0,500 e 0,799). O PIB e o PIB per capita foram crescentes no período analisado. O VAB foi crescente, não mostrando uma relação direta com a produção de arroz. O VAB da Agropecuária teve um incremento de 12,5 pontos percentuais no período de 2000 a 2004. O VBP do arroz relacionado ao VAB da Agropecuária mostra uma relação direta e importante entre a orizicultura e a economia do município, com participação média de 75,19% nos anos de 2000 a 2004, saindo de um patamar de 69.3% para 84,63%. Considerando que Uruguaiana tem a economia fortemente associada à agropecuária, a sustentabilidade da orizicultura é requisito para a dinamização socioeconômica da região.

Referências Bibliográficas FEE. Fundação De Economia e Estatística. Centro de Informações Estatísticas/Núcleo de Produtos Estatísticos. Disponível em www.fee.tche.br . Consultado em maio de 2007. IRGA. Instituto Riograndense do Arroz/Dados de safra. Disponível em www.irga.rs.gov.br. Consultado em maio de 2007.

ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DOS MERCADOS DE ARROZ INTERNACIONAIS COM O BRASILEIRO

Maria Apª S. Braghetta Motta¹; Hirina Oliveira Moraes Espósito²; Silvia Helena G. de Miranda¹ ². ¹Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Cx Postal: 132, CEP: 13400-970, [email protected]. ² ESALQ – USP.

Palavras chaves: arroz, mercado internacional, correlação, qualidade 1 - Objetivo

Este estudo visa a analisar o grau de integração do mercado brasileiro de arroz com o mercado internacional, através da análise de seus preços. Ainda, pretende-se discutir a questão da diferenciação do produto comercializado pelos diversos países, tendo em vista o potencial das exportações brasileiras como canal de escoamento da produção, dada a nova conjuntura setorial de excedentes de oferta de arroz de qualidade. 2 – Justificativa

O arroz é um importante componente da cesta básica da população brasileira .O Brasil é o maior produtor e importador da América Latina enquanto a Argentina e Uruguai, principais paises exportadores de arroz em casca ou beneficiado para o Brasil, ocupam o 6º e 5º lugar no volume produzido na America Latina, respectivamente. (FAO, 2005).

Em termos de consumo, a preferência do consumidor é influenciada pelos costumes e valores específicos de cada região. Segundo Khush (1995), citado por PEREIRA (2001), o consumidor do Japão, China e Coréia, prefere o arroz de grãos curtos; na Índia, Paquistão e Tailândia, o arroz aromático chega a atingir altas cotações de preço; nos grandes centros urbanos brasileiros, o arroz de grãos longos e finos (popularmente conhecido como agulhinha) tem a preferência. 3 - Definição da classificação do Arroz no Brasil e no Mercado Internacional

A Portaria nº269 de 17/novembro de 1988 do Ministério da Agricultura regulamenta a classificação de arroz no Brasil para fins de padronização e comercialização.O tipo mais relevante, em particular no Sudeste e Sul do país, é o longo-fino, produto que contém no mínimo 80% do peso dos grãos em inteiros, medindo 6,6 mm ou mais no comprimento; 1,85 mm de espessura máxima e cuja relação comprimento/largura, seja superior a 2,75 mm, após seu polimento. Segundo PECHSIAM (2007), o mercado asiático segue uma classificação própria para exportação de arroz. Suas definições estão centradas, especialmente, no percentual de grãos curtos dos grãos presente na amostra. Para o arroz branco 100% B (qualidade secundária), a classificação é de grão longo classe 1, que exige comprimento acima de 7,0 mm para no mínimo 40% da amostra. O restante da amostra (60%) deve corresponder às classes 2 e 3, cujo intervalo se situa entre 6,6mm a 7,00mm e 6,2mm a 6,6mm, respectivamente. A presença de grãos curtos não pode exceder 5%,comprimento abaixo de 6,1 mm. O arroz branco 25%, com preços de referência para Tailândia, Vietnã e Paquistão, é classificado como grão longo das classes 1, 2 e 3; sendo que a percentagem de grãos curtos não pode superar os 50% da amostra. O arroz da Tailândia A1 Super 1 refere-se a um arroz branco, com quebrados de comprimento equivalente a 6,5 partes do grão inteiro, não podendo exceder 5% do volume. A quantidade de grãos quebrados pequenos (grãos que passam pela peneira nº 71) não pode exceder 5% (PECHSIAM, 2007). Na figura 1, os preços de diferentes produtos de diferentes origens, estão representados na forma de um índice, que evidencia suas variações e são comparados com um índice para o preço do arroz em casca branco no mercado do Rio Grande do Sul, corrigido para dólares e para toneladas (Indicador do Arroz Cepea-Esalq/BM&F). Os dados

1 peneira de 0,79mm de espessuara e diâmetro de 1,75mm.

tratam do período entre outubro de 2005 (início do Indicador de Preços Cepea/BM&F) e março de 2007. Todos os indicadores utilizados no gráfico abaixo foram ajustados para a mesma base de cálculo – setembro/05. Observa-se que, o arroz aromático da Tailândia 100% e o grão longo 2,40% dos Estados Unidos apresentam uma trajetória ascendente em todo o período considerado, com valores bem acima dos demais tipos. Nota-se, também, que o arroz mais valorizado no mercado internacional é o arroz aromático, destinado a um mercado consumidor bem delimitado, que segundo Del Villar et al. (2005) concentra-se na União Européia e no Oriente Médio. Figura 1 – Evolução dos Índices dos preços internacionais e do Indicador CEPEA/BM&F (medidos em US$/t FOB) Fonte: FAO Rice Price (2007) / CEPEA/ESALQ.

4 - Metodologia

Para avaliar a correlação entre os preços nacionais e internacionais, o cálculo foi baseado na fórmula de Pearson e foram utilizados os dados do Indicador de preços do arroz em casca do Rio Grande do Sul (CEPEA-BM&F) para o arroz 58/10, do Rio Grande do Sul, e os valores médios de importação e exportação de arroz semibranqueados e quebrados do Brasil, obtidos pelo Sistema Alice (MDIC, 2007), todos em dólar. Para um período mais longo foram também calculados os coeficientes utilizando dados da CONAB. O período utilizado foi de setembro de 2005 a março de 2007, com periodicidade mensal. Para os dados de preços internacionais no mercado físico de arroz, foi utilizada a base de dados da FAO (2007), considerando os seguintes produtos: arroz branco 100%B qualidade secundária (Tailândia), arroz branco grão longo (EUA), arroz branco 5% (Vietnã), arroz branco 25% (Tailândia, Vietnã e Paquistão), arroz branco quebrado A1 Super(Tailândia), arroz branco grão médio(EUA) e arroz aromático tailandês. 5 - Resultados e Discussão

Os resultados indicam que há uma correlação muito baixa entre os preços analisados, pois os valores encontrados estão próximos de zero, conforme apresentado na Tabela 1. Isto aponta pouca integração dos mercados internacionais com o brasileiro, sinalizando uma baixa influência das oscilações de preços internacionais no mercado nacional. No caso do mercado de arroz brasileiro, este resultado era esperado, considerada sua baixa participação no mercado internacional, com ênfase no abastecimento do grande consumo do arroz doméstico, indicando uma baixa correlação entre preços domésticos e externos.

É interessante notar o coeficiente de correlação um pouco mais significativo, em termos de magnitude, e positivo dos preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul, longo-fino, de alta qualidade, FOB, com os preços do arroz de grão médio exportados pelos Estados Unidos. Um resultado que surpreendeu é o do coeficiente de correlação muito baixo com o arroz da Tailândia A1 Super1 calculado entre este tipo e o valor médio de exportação do Brasil para o arroz quebrado. Considerando-se que, neste caso, trata-se do

80

100

120

140

160

180

200

Oct-05

Nov-05

Dec-05

Jan-06

Feb-06

Mar-06

Apr-06

May-06

Jun-06

Jul-06

Aug-06

Sep-06

Oct-06

Nov-06

Dec-06

Jan-07

Feb-07

Mar-07

Tailândia Branco 100%B Indicador do Arroz Cepea-Esalq/BM&F

Tailândia 25% Tailândia Aromático 100%

EUA grão longo 2,40% Vietnã 25%

mesmo produto, esperava-se algum grau de correlação entre estes mercados, sinalizado por um coeficiente de correlação mais elevado. Tabela 1 – Coeficientes de correlação de Pearson para o Indicador de Preços de Arroz em Casca do RS (CEPEA-BM&F) e Preço ao Produtor/Conab em relação a diversos preços de referência no mercado internacional de arroz. Setembro/2005-Março/2007

Preço analisado Coeficiente de Correlação Indicador do Arroz

Coeficiente de Correlação Preço Produtor/Conab

Tailândia Branco 100%B 25% A1 Super1 Aromático

-0,21 -0,22 -0,20 0,10

-0,07 -0,09 -0,01 0,07

EUA grão longo 2,40% Califórnia grão médio

0,05 0,55

0,01 0,02

Vietnã 5% 25%

0,03 0,04

-0,09 -0,00

Paquistão 25% -0,08 -0,03 Tailândia A1 Super1* 0,05 -*-

*Neste caso, o coeficiente de correlação foi calculado para o valor médio do arroz quebrado exportado pelo Brasil para o mundo, calculado com base na média simples dos dados do Sistema Alice. Fonte: FAO (2007) - Cepea-ESALQ - Secex/MDIC. 6 - Conclusões

O estudo da correlação entre os mercados do arroz em casca aponta para a baixa relação dos preços domésticos no mercado brasileiro com as oscilações de preços no mercado internacional.

Este estudo deverá ser detalhado e estendido para uma série mais longa de preços, bem como para testar outras relações, como a dos preços domésticos com os preços do arroz argentino no mercado internacional, dado que este produto é importado pelo Brasil.

Uma constatação importante é que, ao se falar no possível escoamento de arroz de qualidade pelo Brasil, para o mercado externo, é essencial avaliar a qualidade e os tipos de produto demandados pelos diferentes mercados. Analisar sua interação, evolução de preços e possíveis brechas a serem atendidas pelo país. 7 - Referência Bibliográfica CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em http://www.conab.gov.br. (Acesso em junho/2007) Desenvolvimento tecnológico e dinâmica da produção do arroz de terras altas no Brasil. Santo Antônio de Goiás: CEPEA/CIRAD/EMBRAPA. 2005. p. 79-92. FAO - Food and Agricultural Organization. FAOSTAT 2005. Disponível em: http://faostat.fao.org/site/343/DesktopDefault.aspx?PageID=343 (Acesso em março/2007) FAO - Food and Agricultural Organization. FAO Rice Market Monitor – Março 2007. Disponível em: http://www.fao.org/ES/ESC/en/20953/21026/highlight_23001en.html IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA 2007. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br. (Acesso em março/2007). IRGA - Instituto Rio-Grandense do Arroz. IRGA/2004 http://www.irga.rs.com.br Palestra no VI Congresso Brasileiro de Economia Orizícola,2004 (29/05/2007). MDIC - Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio. Disponível em: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php (acesso em março/2007). PEREIRA, José Almeida. Produtividade e Qualidade de Grãos de Arroz Irrigado no Piauí. www.editora.ufla.br/revista/25_3/art11.pdf. (30/05/07). PECHSIAM/ 2007 Disponível em: Rice Definitions And Standards http://www.pechsiam.com/allabout_ricedefinitions.htm (acesso em junho/07).

CARACTERIZAÇÃO DO COMPOSTO DE MARKETING DO ARROZ: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO NO BRASIL

Tiago Sarmento Barata (1)

, Ana Júlia Teixeira Senna(2)

. Safras & Mercado. Av. Independência, 98, 901. Porto Alegre, RS, CEP 90035070. ([email protected]). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Washinghton Luís, 855, Porto Alegre – RS, CEP 90010-460, tel: 33083864. ([email protected]).

O marketing consiste no processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento dos preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam as metas individuais e as organizacionais. A administração de marketing envolve tudo o que as empresas fazem ou devem fazer para criar valor para os clientes e alcançar seus objetivos (Churchill & Peter, 2000). Em geral, a administração de marketing abrange algumas etapas, como mostra a Figura 1.

Este trabalho tem como foco central a análise da terceira etapa ilustrada na Figura 1, que é o desenvolvimento do composto de marketing. O composto de marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização. Há quatro elementos principais no composto de marketing, que são: produto, preço, promoção e ponto de venda (distribuição). Conforme ilustra a Figura 2, esses elementos, também chamados de “quatro Ps”, devem ser combinados de forma equilibrada para obter máxima eficácia.

PRODUTO: O ARROZ

OO aarrrroozz éé ccoommeerrcciiaalliizzaaddoo ee ccoonnssuummiiddoo basicamente na forma de grãos inteiros, sofrendo pequena transformação na agroindústria. No Brasil, este cereal é consumido principalmente na forma de arroz polido, arroz parboilizado e arroz integral.

O arroz polido é o tipo mais consumido no Brasil. Depois de retirado à casca, o grão passa por um processo de beneficiamento, onde é feito um polimento. Neste processo ocorre a remoção da película e germe, que são as camadas mais ricas em nutrientes, fazendo com que o grão perca grande parte da sua riqueza nutricional (Barata, 2005).

Figura 1. Visão Geral da Administração de Marketing Fonte: Churchill & Peter, 2000, p.19.

Desenvolvendo Planos e Estratégias

de Marketing

Entendendo Clientes e Mercados

Desenvolvendo Composto de

Marketing: 4 Ps

Implementando e Controlando as Atividades de

Marketing

Figura 2. Elementos do Composto de Marketing Fonte: Adaptado de Churchill & Peter, 2000, p.20.

O arroz parbolizado representa 25% do total de arroz consumido no Brasil e no mundo. A obtenção deste tipo de arroz ocorre através de um processo hidrotérmico em que o grão, antes do descascamento, é pré-cozido para que haja a gelatinização parcial ou total do amido. Com os nutrientes permeados no interior do grão, a retirada da casca não resultará em grandes perdas nutricionais (Barata, 2005).

O arroz integral sofre apenas a retirada da casca, não sendo submetido ao polimento. Apesar de ser mais rico em fibras, vitaminas e sais minerais, é pouco consumido pela população brasileira, devido ao seu alto preço relativo, pequena vida de prateleira e sabor diferenciado (Barata, 2005).

Além destes, há outros tipos de arroz, utilizados na alimentação e na culinária internacional, que são: o arroz selvagem, o arroz japônico, o arroz jasmim ou aromático, o a arroz arbório e o arroz basmati.

SSeegguuiinnddoo aa tteennddêênncciiaa ddee uummaa ddeemmaannddaa ccrreesscceennttee ppoorr aalliimmeennttooss ssaauuddáávveeiiss,, ddee rrááppiiddoo pprreeppaarroo,, cceerrttiiffiiccaaddooss ee aammbbiieennttaallmmeennttee ccoorrrreettooss,, vváárriiooss pprroodduuttooss aa bbaassee ddee aarrrroozz ttêêmm ssiiddoo llaannççaaddooss nnoo mmuunnddoo ttooddoo.. EEmmbbaallaaggeennss ddee rrááppiiddoo pprreeppaarroo ccoommoo rriissoottoo,, ppaaeellllaa,, aarrrroozz ccoomm qquueeiijjoo,, aarrrroozz oorrggâânniiccoo,, aarrrroozz aarroommaattiizzaaddoo,, eennttrree oouuttrrooss ttêêmm ssiiddoo llaannççaaddooss ccoomm oo pprrooppóóssiittoo ddee aatteennddeerr eessttaa ddeemmaannddaa.. Snacks, biscoitos e a farinha de arroz ampliam a gama de produtos a base deste cereal e, por serem alimentos sem glúten, atendem um nicho de mercado importante. Além disso, o óleo de arroz tem ocupado cada vez mais espaço nas prateleiras. Porém, ainda é preciso ampliar a oferta de produtos a base de arroz, buscando atender as necessidades, valores e desejos dos consumidores.

A embalagem e o rótulo, também influenciam no processo de compra. Os rótulos que destacam os benefícios dos alimentos podem induzir a uma avaliação favorável do produto e, talvez, levar a um acréscimo de vendas deste produto.

Existe portanto uma série de alternativas para a diferenciação deste cereal, agregando valor ao produto, ampliando a sua aceitação e garantindo vantagens competitivas em relação a produtos tidos como substitutos, como, por exemplo, o trigo.

PREÇO

A estratégia de preços, conforme Churchill & Peter (2000), influencia o comportamento de compra quando o consumidor está avaliando alternativas para a tomada de decisão. Para consumidores que tomam decisões rotineiras ou limitadas, o preço será especialmente importante, se for um dos atributos do produto que faz parte da avaliação.

A elasticidade-preço da demanda indica o quanto varia o consumo de determinado produto quando o preço varia 1%. Os valores da elasticidade-preço da demanda caracterizam a demanda dos produtos como elástica (quando o aumento do preço em 1% causa uma redução no consumo maior do que 1% do produto), inelástica (quando o aumento do preço em 1% causa uma redução no consumo do produto menor do que 1%) e

Ponto de Venda

Produto

Mercado Alvo

Preço

Promoção

unitária (quando o aumento do preço de determinado produto causa uma redução do consumo nas mesmas proporções). De maneira geral, os produtos agrícolas têm uma demanda inelástica, principalmente pela essencialidade desses produtos e pela maior capacidade de saturação desses produtos para o consumidor.

Por ser o arroz produto componente da cesta básica no Brasil existe uma constante intervenção governamental para controlar os preços no mercado doméstico. Segundo Barata (2005), o preço é o principal critério utilizado no momento da escolha do produto para 50% dos consumidores da Região Metropolitana de Porto Alegre, enquanto 34% são fiéis à marca. Já 25% dos consumidores mencionaram a aparência dos grãos como critério também importante na escolha do produto. Além destes, outros critérios foram também mencionados com menor freqüência como, por exemplo, baixa quantidade de grãos quebrados (5%), uniformidade no tamanho dos grãos (3%) e aparência do produto (2%). PROMOÇÃO

O elemento promoção ou comunicação refere-se a como os profissionais de marketing informam, convencem e lembram os clientes sobre produtos e serviços. Nesta etapa, estão envolvidas ações de vendas, comunicação interpessoal, propaganda, publicidade e promoção (Megido & Xavier, 1998).

Apesar de ser importante na alimentação humana, o cereal ainda é pouco reconhecido pelas suas características funcionais, ou seja, tem a capacidade de prevenir, auxiliar no tratamento de doenças e até de cura, em função dos componentes que possui (Longo, 2003). Diante disso, esta característica pode ser melhor explorada por se tratar de uma excelente vantagem comparativa para o arroz.

Além das ações promocionais que já são tradicionalmente praticadas, visando o aumento do consumo do arroz, como a distribuição de receitas, degustação de novos produtos e vinculação de comerciais na mídia, outras estratégias também poderiam ser melhor exploradas como ações educacionais junto às crianças em escolas e creches, etc.

PONTO DE VENDA

O elemento ponto de venda ou distribuição refere-se a como produtos e serviços são entregues aos mercados. A seleção do ponto de venda que será adotado deve estar em conformidade com a cobertura de mercado que se pretende alcançar, variedades dos produtos disponíveis, características do produto, localização, público alvo, entre outros.

A estratégia do profissional de marketing para tornar um produto disponível, segundo Churchill & Peter (2000), pode influenciar quando e se os consumidores encontrarão determinado produto. A disponibilidade de um produto é extremamente importante para a tomada de decisão. Se um produto é fácil de encontrar, tenderá a ter uma maior fatia de mercado. O arroz tem uma distribuição ampla e pulverizada. Dentre os tradicionais pontos de venda responsáveis pela distribuição do arroz são: as redes supermercadistas, mini-mercados, lojas de conveniência, etc.

Os clássicos 4 Ps são instrumentos básicos da administração mercadológica, aplicáveis para qualquer produto, negócio ou setor. Todos Ps devem ter igual atenção dos profissionais de marketing, pois uma vantagem competitiva alcançada no P do produto pode, por exemplo, ser eliminada pelo concorrente nos demais Ps.

O 4 Ps devem ser gerenciados de forma integrada, a fim de potencializar as chances de sucesso do negócio. Mas, só isto não é suficiente, é preciso também gerenciar os concorrentes e todo o ambiente do negócio. Qualquer mudança no ambiente necessita de uma reavaliação do cenário de atuação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BBAARRAATTAA,, TTiiaaggoo SSaarrmmeennttoo.. CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo CCoonnssuummoo ddee AArrrroozz nnoo BBrraassiill.. Dissertação de Mestrado em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005.

CHURCHILL, Gilbert A.& PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São

Paulo: Saraiva, 2000.

LONGO, S. Congresso da Cadeia Produtiva de Arroz, 10 ; Reunião Nacional de Pesquisa

de Arroz, 70

. 2002. Florianópolis, SC. Anais...2002. Santo Antonio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003.280p.

MEGIDO, José Luiz Tejon & XAVIER, Coriolano. Marketing & Agribusiness. São Paulo: Atlas,1998.

AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE ARROZ EM EMBALAGENS DE 1 E 5Kg COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE PELOTAS – RS

BRESOLIN, Rafael

(1), PRATES, Denise da Fontoura

(1), FERNANDES, Meg da Silva

(1);

PINTO, Ellen Porto(1)

. 1

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ciência dos Alimentos, Curso de Química de Alimentos, Campus Universitário – Caixa Postal 354 – CEP 96010-900. [email protected]

O arroz (Oryza sativa, L.) é uma cultura importante do ponto de vista sócio-econômico e para a alimentação humana é um cereal de relevante importância, pois representa cerca de 20 % da energia e 15 % da proteína per capita necessária ao homem (ELIAS, M.; LORINI, I., 2005).

O Brasil é o maior produtor de arroz da América do Sul, e o Rio Grande do Sul contribui com aproximadamente 50 % da produção nacional. Porém, a maior parte da produção é destinada para o consumo de mesa, na forma de grão integral ou esbramado, ou na forma de grãos polidos, parboilizados ou não parboilizados (CONAB, 2004; IRGA 2005).

O brasileiro destina cerca de 20 % do seu orçamento em alimentação, sendo o arroz o principal produto da cesta básica. Este é comercializado no varejo, em embalagens de materiais naturais, sintéticos ou outro material adequado para o acondicionamento, desde que tenha sido previamente aprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedeçam às normas específicas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO (BRASIL, 1988; SIMIONATO et al., 2003).

Outro ponto a ser evidenciado é a rotulagem dos gêneros alimentícios que é definida, de acordo com o Decreto-Lei nº. 560 de 18 de dezembro de 1999, como o conjunto de menções e indicações (inclusive imagens e marcas de fabrico ou de comércio) que figuram sobre a embalagem, em rótulo, etiqueta, cinta, gargantilha, letreiro ou documento, acompanhando ou referindo-se ao respectivo produto.

Além de uma função publicitária, a rotulagem deve ser sobretudo, um meio de fornecer informações ao consumidor a cerca do produto que está adquirindo, a fim de que as pessoas possam identificar e escolher adequadamente o produto através de dados como: a lista de ingredientes que compõem o produto, os valores nutricionais, etc., e após a compra, a forma de utilização, prazo de validade, formas de conservação, entre outros.

Como nos demais alimentos processados, a rotulagem do arroz é um importante instrumento de comunicação entre as indústrias e os consumidores, uma vez que possui como função identificar o produto alimentício e fornecer informações sobre suas características, atuando, de uma maneira geral, como a identidade do produto.

Diante do exposto, objetivou-se analisar a rotulagem de diferentes marcas comerciais de arroz em embalagens de 1 e 5 kg, disponíveis no mercado local de Pelotas -RS a fim de verificar se as mesmas estão de acordo com a legislação em vigor.

Desta forma, foram analisados 38 rótulos de arroz, sendo 19 amostras de arroz em embalagem de 1 kg e 19 em embalagens de 5 kg, disponíveis em supermercados de médio e grande porte localizados no município de Pelotas – RS. Para análise dos rótulos foram elaboradas fichas de avaliação de itens obrigatórios na rotulagem, com base na legislação específica (ANVISA - RDC n°. 259, de 20 de setembro de 2002) que estabelece os seguintes itens: denominação de venda do alimento, lista de ingredientes, conteúdo líquido, identificação de origem e de lote, nome ou razão social, prazo de validade e instruções sobre preparo e uso quando necessário. Além disso, foram avaliadas se as diferentes marcas apresentavam tabela nutricional, obrigatório pela legislação específica (ANVISA – RDC n°. 360, de 23 de dezembro de 2003); e ainda quanto à classificação do produto, incluindo subgrupo, classe ou categoria, tipo e número do registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) conforme a Portaria n°. 269 de 17 de novembro de 1988.

No que diz respeito à classificação, o arroz segundo a sua forma de apresentação será classificado em dois grupos, assim denominados: arroz com casca e arroz beneficiado. Segundo o seu preparo, o arroz em casca e o arroz beneficiado serão ordenados em subgrupos: a) Subgrupo de arroz em casca: natural, parboilizado; b) Subgrupo do arroz beneficiado: integral, parboilizado, parboilizado integral e polido.

O arroz em casca e o arroz beneficiado de acordo com as suas dimensões serão distribuídos em cinco classes, independentemente do sistema de cultivo: longo fino, longo, médio, curto e misturado.

Qualquer que seja o grupo e o subgrupo a que pertença o arroz será classificado em cinco tipos, expressos pelos números de 1 a 5, definidos pelo percentual de ocorrência de defeitos graves, de defeitos gerais agregados ou de grãos quebrados ou quirera (BRASIL, 1988).

As Tabelas 1 e 2 mostram os resultados obtidos após análise dos itens obrigatórios que devem constar nos rótulos de arroz, segundo a legislação brasileira. Tabela 1. Ficha de inspeção de itens obrigatórios de rótulos de arroz em embalagem de 1kg.

Amostras Itens Obrigatórios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Denominação

de venda C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Peso líquido

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Identificação de origem

C CN C C C C C C C C C C C C C C C C C

Razão Social

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Lote

CN C C CN C C C C C C C C C C C C C C C

Prazo de Validade

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Instrução de uso

CN C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Tabela nutricional

C C CN CN* C C C C C C C C C C C C C C C

Subgrupo

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Classe ou categoria

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Tipo

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Nº. de registro no

MAPA CN CN C CN CN C C C C C C C C C C C C C C

C – Conforme CN – Não conforme * Tabela nutricional incompleta

Tabela 2. Ficha de inspeção de itens obrigatórios de rótulos de arroz em embalagem de 5kg

Amostras Itens Obrigatórios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Denominação

de venda C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Peso líquido

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Identificação de origem

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Razão Social

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Lote

CN C C CN C C C C C C C C C C C C C C C

Prazo de Validade

C C C CN C C C C C C C C C C C C C C C

Instrução de uso

CN C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Tabela nutricional

C CN* C C CN* C C C C C C C C C C C C C C

Subgrupo

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Classe ou categoria

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Tipo

C C C C C C C C C C C C C C C C C C C

Nº. de registro no

MAPA CN CN CN CN CN C C C C C C C C C C C C C C

C – Conforme CN – Não conforme * Tabela nutricional incompleta

Através da avaliação da rotulagem de arroz em embalagens de 1 e 5 kg foi possível verificar que dos 38 rótulos analisados 73,68% encontraram-se de acordo com todos os critérios exigidos pela legislação vigente.

Com base nos resultados, pode-se observar que dos 19 rótulos de arroz em embalagem de 1 kg analisados, não estavam de acordo com a legislação referente aos itens: identificação de origem (5,26%), lote (10,52%), instruções de uso (5,26%), tabela nutricional (10,52%) e número de registro no MAPA (21,05%).

Nas embalagens de 5 kg observou-se que 5,26 % não apresentavam o prazo de validade e instruções de uso. Além disso, 10,52 % não apresentaram tabela nutricional completa e lote e 26,31% não continham o n°. de registro no MAPA.

Estes dados comprovam que uma fiscalização mais rígida se faz necessária para as indústrias adequarem seus produtos à legislação vigente, visto que os parâmetros obrigatórios são de relevante importância, como é o caso da tabela nutricional que é o instrumento que o consumidor possui para avaliar os componentes do produto e saber, mesmo que de forma geral, o que está consumindo; as instruções de uso que auxiliam no seu preparo; assim como o prazo de validade que assegura a integridade do produto estando apto para consumo desde que bem conservado e ainda a identificação do lote, mais do que para o consumidor é de suma importância para a indústria visto que é através dele que a mesma consegue rastrear o seu produto.

Conclui-se que 26,31% dos rótulos avaliados estavam em desacordo com as normas exigidas pela legislação, o que demonstra a necessidade de existir um permanente acompanhamento da legislação por parte das indústrias e também uma postura mais ativa dos órgãos fiscalizadores. Além do que, o consumidor está cada vez mais atento e exigente quanto ao produto que está consumindo, fazendo da rotulagem completa um veículo de identificação da qualidade do mesmo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL. Ministério da Agricultura. Decreto - Lei n°. 560/99. Diário da República, 293. I – A Série de 18 de Dezembro de 1999. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n°. 269 de 17 de Novembro de 1988. Norma de Identidade, Qualidade, Embalagem e Apresentação do Arroz. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de novembro de 1988. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 259 de 20 de setembro de 2002. Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de setembro de 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 360 de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 2003. CONAB Companhia Nacional de Abastecimento. Online. Disponível em: http://www.webrural.com.br. Acesso em 26 de maio de 2007. ELIAS, M.C.; LORINI, I. Qualidade de arroz na pós-colheita. Pelotas: Abrapós/UFPel, 2005. p.660. IRGA Instituto Rio-Grandense de Arroz. Online. Disponível em: http://www.irga.rs.gov.br. Acesso em 26 de maio de 2007. Dado de safra, cultivares, 2004. SIMIONATO, E.M.R.S.; ASTRAY, R.M.; SYLOS, C.M. Ocorrência de ocratoxina A e a aflatoxinas em arroz. Revista Instituto Adolfo Lutz, v. 62 (2), p. 123 – 130, 2003.

PROJETO 10: EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NAS LAVOURAS DE ARROZ IRRIGADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Eduardo Pinto Amilibia(1), Valmir Gaedke Menezes(1), Luis Antônio De Leon Valente(2) 1Pesquisador do IRGA – Estação Experimental do Arroz, Caixa Postal 29, CEP 94930-030, Cachoeirinha-RS. E-mail: [email protected]. 2Gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do IRGA.

“PROJETO 10” consiste de uma ação de transferência de tecnologia para o

aumento de competitividade e de sustentabilidade na produção de arroz no RS. È parte integrante do Programa Arroz RS, que além do aumento de produtividade, busca a melhoria da qualidade e o envolvimento de todos os segmentos da cadeia produtiva. Desde seu inicio, há 4 anos atrás, a produtividade do Estado do Rio Grande do Sul aumentou em quase 2 Mg ha-1, superando a meta proposta pelo IRGA (Figura 1). Estes dados são médios. Porque há agricultores que aumentaram sua produtividade em 3, 4 Mg ha-1.

Figura 1. Evolução da produtividade de arroz irrigado no RS no período de 2001 a 2007. IRGA, Porto Alegre-RS, 2007.

Os resultados do Projeto 10 quebraram alguns paradigmas e superaram as

projeções de aumentar 1 Mg ha-1 em 4 anos. Os dados da última safra evidenciaram que se pode produzir 10 ou mais toneladas por ha em todas as regiões do Estado. A transferência de tecnologia é uma ferramenta importante para a contínua evolução da produtividade de arroz irrigado no Estado, ela é realizada através da assistência técnica direta na lavoura, produtor a produtor, treinamentos, palestras, cursos de capacitação e eventos técnicos.

Na safra 2006/07, foram implantados 497 Projetos em lavoura de agricultores, abrangendo uma área de 51.804 ha, em 55 municípios (Figura 2). Além disso, estiveram envolvidos diretamente no processo de transferência de tecnologia 149.708 ha de áreas de lavouras nas propriedades onde foram implantados os projetos. A produtividade média das áreas de Projeto 10 foi de 7,8 Mg ha-1 (Figura 3). Entretanto, em 70% dos projetos a produtividade ficou entre 7 e 9 Mg ha-1; 9,7% ficaram na faixa de 9–10 Mg ha-1; 18% dos

Safra agrícola2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Pro

dutiv

idad

e - M

g ha

-1

0

4

5

6

7

Fonte:Irga

Cerca de 40 sacos por ha

PROJETO 10

projetos ficaram abaixo de 7 Mg ha-1. Somente 2,21% dos projetos produziram 10 ou mais Mg ha-1. Entretanto, produtividades elevadas foram alcançadas em todas as regiões do Estado. Em média estas áreas produziram 3,6 Mg ha-1 a mais que a média do RS, confirmando que com a tecnologia e as cultivares disponíveis é possível alcançar-se melhores produtividades.

Figura 2. Número de Projetos 10, área de Projeto 10 e área de lavoura dos produtores de Projeto 10 na safra 2006/06. IRGA, Cachoeirinha-RS, 2007.

Figura 3. Média das 10 melhores produtividades do P 10, produtividade média no P 10 e produtividade média do RS (A) e faixas de produtividade de 497 Projetos P 10, em uma área de 51.804 ha (B), safra 2007. IRGA, Cachoeirinha-RS, 2007.

Além do trabalho direto com os produtores envolvidos no projeto, pode se afirmar que indiretamente a maior parte da área cultivada com arroz no RS tem se beneficiado da tecnologia proposta pelo PROJETO 10, mesmo que parcialmente. Esta capacidade de influenciar outros produtores está relacionada com a realização de eventos de difusão como dias de campo, roteiros técnicos, palestras e cursos de capacitação de trabalhadores, produtores, técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos sobre manejo integrado da cultura do arroz. Somente no ano de 2007 foram mais de 2,7 mil agricultores e técnicos que participaram de eventos de difusão organizados pelo IRGA e, já são mais de

Faixas de produtividade - Mg ha-1

>10 9 - 9,9 8 - 8,9 7 - 7,9 < 7

Per

cetu

al - %

0

10

20

30

40

Pro

dutiv

idad

e - M

g ha

-1

0

2

4

6

8

10

12

Média melhores produtividades P 10Produtividade média P 10 no EstadoProdutividade média do RS

10,5

6,87,8

No

de p

roje

tos

0

100

200

300

400

500

600

Áre

a (1.

000

ha)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

51.804

497 149.708

No P 10

Área P 10Área

Produtor P 10

8,4 mil pessoas capacitadas nos últimos quatro anos que podem contribuir para melhorar a produtividade e a sustentabilidade da lavoura gaúcha (Tabelas 1 e 2).

A obtenção de altas produtividades de arroz irrigado depende de vários fatores, alguns dos quais se tem controle, outros não. A interação entre os fatores que atuam no sistema produtivo como um todo, é que determinará o rendimento, a qualidade de grãos e o retorno econômico esperado. Portanto, não será a adoção de uma ou outra prática agronômica isolada que alterará o atual patamar de produtividade.

Tabela 1. Número de participantes em Dias de Campo, Roteiros Técnicos e Palestras no período de implantação do PROJETO 10, IRGA, 2007

2004 2005 2006 2007 Participantes em Dias de Campo 2.084 2.914 3.100 3.535 Número de Roteiros Técnicos 112 216 250 191 Número de Palestras Técnicas 86 107 170 150

Tabela 2. Capacitação em manejo integrado na cultura do arroz de engenheiros agrônomos, técnicos de nível médio, produtores e seus colaboradores no período de 2004 a 2007. IRGA, Porto Alegre-RS, 2007.

Safras Engenheiros Agrônomos

Técnico Nível Médio

Produtores e Colaboradores

Total

2004 115 67 424 606 2005 145 75 1.702 1.922 2006 150 80 3.000 3.230 2007 155 80 2.500 2.735 Total 565 302 7.626 8.493

Para as condições do Estado, mesmo levando-se em conta a importância da ação

conjunta das diferentes práticas de manejo, considera-se que a época de semeadura, a adequação da área (sistema de irrigação e drenagem), manejo da irrigação, nutrição de plantas, sistemas de cultivo e controle de plantas daninhas são práticas fundamentais para atingir altos rendimentos de grãos de arroz. Dentre os pontos-chaves, pode-se conferir destaque especial ao Sistema Clearfield, que permitiu o manejo de arroz-vermelho, a semeadura na época recomendada e melhorar a qualidade de grão. Outros pontos como manejo de doenças, insetos, densidade de semeadura, qualidade de sementes são também muito importantes no manejo integrado da cultura.

Referências Bibliográficas

COUNCE, P.A.; KEISLING, T.C.; MITCHELL, A. A uniform, objective, and adaptive system for expressing rice development. Crop Science, Madison, v.40, n.2, 2000, p.436-443. SOCIEDADE SUL-BRASILEIRA DE ARROZ IRRIGADO (SOSBAI). Arroz irrigado: recomendações técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil. Santa Maria, RS: SOSBAI, 2005. 159p. MENEZES, V. G.; MACEDO, V. R. M.; ANGHINONI, I. Projeto 10: estratégias de manejo para o aumento de produtividade, competitividade e sustentabilidade da lavoura de arroz irrigado no RS. Cachoeirinha : IRGA. Divisão de Pesquisa, 2004,32 p. Agradecimentos: á todos os extensionistas e pesquisadores, públicos e privados, ás cooperativas, empresas privadas de todos os segmentos envolvidos na cadeia produtiva do arroz no RS que compraram e venderam a idéia do P10 e, em especial, aos extensionistas do IRGA pela sua atenção junto ás comunidades.