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VALTERHUGOMÃE 13. ABRIL . 2018 / 14:30 AUDITÓRIO/ BONJARDIM

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VALTERHUGOMÃE

13. ABRIL . 2018 / 14:30

AUDITÓRIO/ BONJARDIM

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PROGRAMA

Apresentação do escritor

Momento musical

Dramatização com base no conto O menino de água

Vídeo com base no conto O menino de água

Leitura de excertos de livros do escritor

Valter Hugo Mãe em interação com os alunos

Sessão de autógrafos

A Biblioteca Escolar, em articulação com o Departamento de

Português, promove um encontro com um dos escritores mais

marcantes da literatura atual, Valter Hugo Mãe, no dia 13 de

abril, às 14:30, no anfiteatro do Polo do Bonjardim.

Esta atividade insere-se na cultura do Externato Ribadouro que

aposta na promoção da leitura como alavanca para o futuro.

Move-nos o desejo de conhecer melhor o universo literário do

escritor, criando cumplicidades entre nós, o texto e Valter como

plataforma para novas leituras.

As bibliotecas deviam ser declaradas da família dos aeroportos,

porque são lugares de partir e de chegar.

…..O leitor entra com o livro para o depois do que não se vê.

…..Devemos lembrar que ler é esperar por melhor.

Bibliotecas, Valter Hugo Mãe

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Durante muitos anos, vivemos sozinhos no cimo de um monte

onde só estava a nossa casa, doze árvores e muitos pássaros.

Tínhamos um cão e ele gostava de ladrar só de estar feliz, ou

então era um bocado maluco, porque ladrava sem motivo en-

quanto nós fazíamos o nosso trabalho.

Durante muitos anos, eu, a minha mãe e o meu pai vivemos

nessa casa no cimo de um monte mais ou menos afiado, que

custava subir e descer. Explicaram-me que a nossa tarefa era

ver ao longe, e eu via ao longe sem saber o que esperar e espe-

rava que um dia pudesse entender melhor porque tínhamos de

o fazer.

…...Em certas alturas, eu, a minha mãe e o meu pai sentávamo-

nos lado a lado nisso de ver o longe.

…...A minha mãe enxotava-o a ver se ele ia brincar com a pas-

sarada. O pobre do bicho, como sempre vivera ali no pico do

monte, tinha mais de céu dentro da cabeça do que de terra.

Talvez julgasse que voava e que entre ele e os pássaros a dife-

rença estava apenas na cor. Às vezes corria muito e dava uns

saltos para apanhar os pássaros, e nós achávamos que o ma-

luco do cão ia voar .

…… O rosto, Valter Hugo Mãe

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Amaria e culparia o mar até ao infinito.

O menino de água, Valter Hugo Mãe

O menino de água

“é para todas as pessoas que acredi-tam que as crianças não se podem perder pela tragédia do mundo que os adultos criam.”

Valter Hugo Mãe

Nota do autor

in Contos de cães e maus lobos.