Violência na adolescência aula 4

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Violência na adolescência : Um problema de saúde pública.

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Violência na adolescência : Um problema de saúde pública.

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Violência

São ações realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, que ocasionam danos físicos, emocionais e ou espirituais a si próprios ou a outros, apresentando profundo enraizamento nas estruturas sociais, políticas, bem como nas consciências individuais e coletivas. (Minayo)

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Violência

Fenômeno representado por ações humanas, realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e espirituais a outrem.

Ministério da SaúdePolítica Nacional de Redução

da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (2001).

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Violência

A Violência é entendida por diferentes culturas, como o uso excessivo do emprego de força contra algo ou alguém. A força bruta pode ser empregada de diferentes formas: física, psíquica, moral, ameaçando ou atemorizando baseada na ira que é utilizada simplesmente para agredir.

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Violência

Entende-se, ainda, como violência toda a ação contrária à ordem ou à disposição da natureza. É compreendida, também, como qualquer ação que se afasta da natureza, que invade os limites de tolerância pessoal e/ou social e, não respeita a peculiaridade da pessoa humana.

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ViolênciaA violência é um tema corrente na vida da população infanto-juvenil. Pode-se situar uma rede de ações violentas a que este segmento populacional está sujeito: o abandono social; a agressão física, psicológica e sexual; a exploração no mercado informal de trabalho; a exclusão do sistema educacional; o tráfico de drogas. São situações que vão de encontro aos direitos humanos mais elementares e que exigem uma reação não apenas do Estado mas de toda a sociedade, visto que o adolescente se constitui no elo mais fraco do sistema de poder.

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1) A etapa da vida humana de maior risco de mortes por causas violentas é a de10 a 19 anos, portanto a adolescência.2) Os meninos estão sempre mais vulneráveis que as meninas, numa relação de 10 para 1 a 2.3) Os homicídios e acidentes de trânsito concorrem entre si como motivos para a morte dos adolescentes e, curiosamente, os suicídios — que nas nossas estatísticas não possuem um grau de significância considerável — também ocorrem com maior freqüência no grupo masculino de 10 a 14 anos.

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4) Dentro dos dois sexos, a mortalidade por causas externas é crescente nas faixas de mais idade.5) A mortalidade por homicídio na adolescência, no Brasil, tem sua relevância maior no eixo Rio - São Paulo, as duas maiores metrópoles do país, e é preocupante e crescente em Recife e outras capitais do Nordeste.6) A magnitude da mortalidade por causas externas em adolescentes é extremamente alta nos municípios das capitais dos estados das regiões Sudeste e Sul e é muito mais significativa nas áreas urbanas que no interior.

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Como mostra Zaluar, em seu trabalho A Máquina e a Revolta, entre a vivência com o salário mínimo, a ética do trabalho legal e a delinqüência das quadrilhas que promete vida mais fácil e dinheiro no bolso, está a opção de muitos adolescentes que engrossam hoje nossas estatísticas de mortes violentas.A culpa é do "urbano"? A culpa é do "processo migratório"? A culpa é das "famílias"? Onde está o culpado?

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Parece-me que seria ingênuo desconhecer que por trás de toda essa situação existe um processo de formação social que hoje revela de forma gritante, como num flash, a cronificação da situação de miséria que se contrapõe à opulência de uma minoria privilegiada; de exclusão social que privilegia com equipamentos urbanos e direitos apenas uma parcela da população; de discriminação ideológica violenta que escolhe, consciente ou inconscientemente, quem deve ser e quem não é na sociedade brasileira. Os jovens candidatos ao extermínio só têm para si o hoje e o agora, um hoje e um agora marcados pela dor, pela perseguição e pelo medo.

 (Maria Cecília Minayo)

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Quatro categorias de violência

a) a violência estruturalb) a violência revolucionária ou de resistênciac) a delinqüência d) a violência cultural

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Por que a violência tornou-se um problema de saúde pública?

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“Por ser um fenômeno sócio-histórico, a violência não é, em si, uma questão de saúde pública e nem um problema médico típico. Mas ela afeta fortemente a saúde:• Provoca morte, lesões e traumas físicos e um sem número de agravos mentais, emocionais e espirituais;• Diminui a qualidade de vida das pessoas e das coletividades;• Exige uma readequação da organização tradicional dos serviços de saúde;• Coloca novos problemas para o atendimento médico preventivo ou curativo;• Evidencia a necessidade de uma atuação muito mais específica, interdisciplinar, multiprofissional, intersetorial e engajada do setor, visando às necessidades dos cidadãos”

(MINAYO, 2006).

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A desconstrução da violência exige o envolvimento dos sujeitos, das instituições e da sociedade, em suas multidimensionalidades – física, mental, emocional, ética, espiritual, econômica, jurídica, política etc. O sistema educacional tem uma responsabilidade especial nesse processo. Se, por um lado, é fundamental não ceder à tentação de colocar a responsabilidade pela transformação da sociedade nos ombros da educação oude considerar que as injustiças socioeconômicas poderão ser solucionadas por um ensino de qualidade, por outro lado, é inegável o papel crucial que desempenha na formação intelectual e moral das novas gerações.

(Feizi M. Milani)

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“A insegurança social não alimenta somente a pobreza. Ela age como um princípio de desmoralização, de dissociação social à maneira de um vírus que impregna a vida cotidiana. Dissolve os laços sociais e mina as estruturas psíquicas dos indivíduos”.

Castel, R. A insegurança social – O que é ser protegido? Petrópolis: Ed. Vozes, 2005.

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“Principais vítimas da violência urbana, alvos prediletos dos homicidas e dos excessos policiais, os jovens negros lideram o ranking dos que vivem em famílias consideradas pobres e dos que recebem os salários mais baixos do mercado. Eles encabeçam, também, a lista dos desempregados, dos analfabetos, dos que abandonam a escola antes de tempo e dos que têm maior defasagem escolar”.

Bento e Beghin, 2005, http://www.ipea.gov.br/sites/ 000/2/publicacoes/bpsociais/bps_11/ENSAIO4_Maria.pdf

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Evidentemente, o processo de constituição da cidadania de crianças e jovens não se dá sem engendrar contradições e ambigüidades. Lavinas (1997, pg. 21) aborda este aspecto ao afirmar que a ambivalência “é a expressão de que as velhas contradições entre gerações ganharam novos conteúdos e novas configurações, necessitando, hoje, de novas formas de regulação para serem legitimadas pelo Estado”..

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Bullying

Bullying é um fenômeno que representa um conjunto de ações agressivas intencionais, repetitivas, envolvendo desigualdades de poder físico, social ou psicológico entre alunos, gerando situações de conflito e exclusão.