"Você já viu as flores voarem?"

4
Pontos turísticos »Por: Ana Carla Molina e Janaina Quitério Fotos: Fernando de Santis Pesca Brasil l 88 Methona themisto, umas das espécies mais comuns no viveiro

description

Matéria publicada na Revista Pesca Brasil 21, em julho de 2009. (Txt sem aplicação da Nova Ortografia)

Transcript of "Você já viu as flores voarem?"

Page 1: "Você já viu as flores voarem?"

Pontos turísticos »Por: Ana Carla Molina e Janaina Quitério Fotos: Fernando de Santis

Pesca Brasil l 88

Methona themisto, umas das espécies mais comuns no viveiro

Page 2: "Você já viu as flores voarem?"

Pesca Brasil l 89

Pontos turísticos

Page 3: "Você já viu as flores voarem?"

Pontos turísticos

Se você fosse uma borboleta, viveria até um ano — idade suficiente para se metamorfosear e ganhar asas para

voar. De lagarta com aparência de verme, transformar-se-ia em borboleta com graça de bailarina. E, quando voasse, daria ares de flor — não de pássaro, pois não canta-ria — com sua formosura multicolorida de diamante curvilíneo: flores levadas ao vento, cujas asas descansariam em...flores. Se você fosse uma borboleta, seria uma flor que poliniza e irradia o jardim. Borboletas sempre profetizam acon-tecimentos alegres, coloridos como elas.

Para a civilização asteca, a metamorfose pela qual passam expressava a metáfora da saída do túmulo (casulo) para o renascimen-to — algo como a autotransformação. Bor-boletas, como flores, inspiram o romantismo. Então, se vir duas borboletas juntas, ali está representado o amor conjugal. Borboletas bailam com a luz do sol. Assim, luz é movimento. Escuridão, des-canso. Para cultivá-las, basta dedicar-se à jardinagem. É que corre por aí o poema com a letra: “O segredo é não correr atrás das borboletas, mas sim cuidar do jardim para que elas venham até você”.

A Eueides aliphera se alimenta do néctar das flores

Page 4: "Você já viu as flores voarem?"

Pontos turísticos

Pesca Brasil l 91

Para elas voarem Fundado em 2007, o Borboletário Flores que Voam é um espaço que abriga somente espécies regionais, com o principal objetivo de cultivar a cultura de conservação das espécies. ”A questão da cons-cientização é muito importante. Nosso papel aqui é alertar para que as pessoas cuidem das borboletas e prestem mais atenção nelas, pois são animais que au-xiliam na manutenção do ecossistema“, explica umas das monitoras do local, Adriana de Fátima dos Santos. Na estufa — que tem aproximadamente 400 metros quadrados — existem cerca de 20 espécies (chegam a até 35 ao longo do ano) que ocorrem so-mente na Serra da Mantiqueira. Lá é realizado todo um trabalho que, diariamente, desenvolve pesquisa sobre as quatro fases de desenvolvimento do animal: ovos, lagartas, crisálidas e, enfim, borboletas. Se-gundo a monitora, os ovos que são depositados nas folhas são recolhidos e encaminhados ao laboratório de estudos e pesquisa para, então, poderem iniciar sua metamorfose.

Durante o passeio pelo local, uma série de acontecimentos surpreende os visitantes. Com um pouco de sorte é possível observar o curioso com-portamento das borboletas com relação à formação dos ovos e até mesmo o desabrochar da pupa — momento em que surge pela primeira vez mais uma florzinha que voa. “Embora já esteja acostumada, é emocionante poder vê-las nascendo e, em seguida, batendo suas asas em dias ensolarados”, entusias-ma-se Adriana.

Serviços

Caminho do Horto, Km 10 Avenida Pedro Paulo, 7997

(12) 3663-6444

»Borboletário Flores que Voam

www.floresquevoam.com.br

Lagarta

Romantismo entre borbo-

letas. Na foto, a Anarthia

amathea