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Correlação entre cor e propriedades tecnológicas de rochas ornamentais Júlio César de Souza José Lins Rolim Filho Márcio Luiz de Siqueira Campos Barros DEMINAS/UFPE, 2126 8245, [email protected] DEMINAS/UFPE, 2126 8245, [email protected] DEMINAS/UFPE, 2126 8245, [email protected] RESUMO O presente artigo aborda resultados preliminares de pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Rochas Ornamentais do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Pernambuco que visa estabelecer correlações entre as propriedades tecnológicas de rochas ornamentais e sua cromaticidade. O objetivo final dessa pesquisa é ter-se uma indicação das melhores cores de rochas ornamentais para serem usadas em aplicações específicas, definidas pelas características tecnológicas desejadas. Os resultados obtidos com o estudo de rochas ornamentais nordestinas, caracterizadas no Departamento de Engenharia de Minas, indicam que existe uma correlação entre cor e propriedades tecnológicas, em especial os índices físicos, e também entre essas propriedades e a textura das rochas, sendo esse aspecto mais significativo quando se avaliam os parâmetros de resistência geomecânica. A partir desses resultados preliminares espera-se no futuro ampliar a pesquisa incluindo rochas de outras regiões do Brasil, bem como aprofundando os parâmetros de correlação, adicionando-se as propriedades tecnológicas desgaste por abrasão, impacto de corpo duro, alterabilidade química e incluindo- se a correlação com a granulometria média dos cristais. INTRODUÇÃO O presente artigo apresenta de forma resumida alguns resultados de ensaios de caracterização tecnológica de rochas ornamentais nordestinas e sua correlação com características cromáticas e texturais desses materiais. A partir dos resultados das correlações desse estudo será possível prever o comportamento em termos de propriedades tecnológicas de materiais ornamentais, a partir da sua cor, textura e granulometria. Dessa forma pode-se estimar o comportamento do material na sua fase de aplicação bem como de indicar as melhores cores, texturas e granulometria para determinadas aplicações, caracterizadas pela padronização das características físicas e mecânicas do material desejado. Como esse estudo está em fase inicial de desenvolvimento os resultados aqui apresentados são preliminares, mas já indicam que existe uma correlação forte entre esses parâmetros, o que significa que poderá ser elaborada futuramente uma clara correlação entre as propriedades físicas e mecânicas com as propriedades cromáticas e geológicas dos materiais ornamentais. Para elaboração desse estudo foram estudados materiais de diversas colorações oriundos da região nordeste do Brasil, em 2

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  • Correlao entre cor e propriedades tecnolgicas de rochas ornamentais

    Jlio Csar de Souza Jos Lins Rolim Filho

    Mrcio Luiz de Siqueira Campos Barros

    DEMINAS/UFPE, 2126 8245, [email protected]/UFPE, 2126 8245, [email protected]/UFPE, 2126 8245, [email protected]

    RESUMO

    O presente artigo aborda resultados preliminares de pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Rochas Ornamentais do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Pernambuco que visa estabelecer correlaes entre as propriedades tecnolgicas de rochas ornamentais e sua cromaticidade. O objetivo final dessa pesquisa ter-se uma indicao das melhores cores de rochas ornamentais para serem usadas em aplicaes especficas, definidas pelas caractersticas tecnolgicas desejadas.

    Os resultados obtidos com o estudo de rochas ornamentais nordestinas, caracterizadas no Departamento de Engenharia de Minas, indicam que existe uma correlao entre cor e propriedades tecnolgicas, em especial os ndices fsicos, e tambm entre essas propriedades e a textura das rochas, sendo esse aspecto mais significativo quando se avaliam os parmetros de resistncia geomecnica.

    A partir desses resultados preliminares espera-se no futuro ampliar a pesquisa incluindo rochas de outras regies do Brasil, bem como aprofundando os parmetros de correlao, adicionando-se as propriedades tecnolgicas desgaste por abraso, impacto de corpo duro, alterabilidade qumica e incluindo-se a correlao com a granulometria mdia dos cristais.

    INTRODUO

    O presente artigo apresenta de forma resumida alguns resultados de ensaios de caracterizao tecnolgica de rochas ornamentais nordestinas e sua correlao com caractersticas cromticas e texturais desses materiais.

    A partir dos resultados das correlaes desse estudo ser possvel prever o comportamento em termos de propriedades tecnolgicas de materiais ornamentais, a partir da sua cor, textura e granulometria. Dessa forma pode-se estimar o comportamento do material na sua fase de aplicao bem como de indicar as melhores cores, texturas e granulometria para determinadas aplicaes, caracterizadas pela padronizao das caractersticas fsicas e mecnicas do material desejado.

    Como esse estudo est em fase inicial de desenvolvimento os resultados aqui apresentados so preliminares, mas j indicam que existe uma correlao forte entre esses parmetros, o que significa que poder ser elaborada futuramente uma clara correlao entre as propriedades fsicas e mecnicas com as propriedades cromticas e geolgicas dos materiais ornamentais.

    Para elaborao desse estudo foram estudados materiais de diversas coloraes oriundos da regio nordeste do Brasil, em

    2

  • especial das Estados de Pernambuco, Paraba e Rio Grande do Norte, caracterizados no DEMINAS/UFPE entre os anos de 2002 a 2004. Foram ensaiados 67 tipos distintos de rocha ornamental e pretende-se no futuro ampliar esse estudo para materiais de outras regies afim de ter-se uma populao estatisticamente mais confivel.

    METODOLOGIA

    Os materiais foram recebidos na forma de blocos retirados das frentes de lavra ou trabalhos de pesquisa mineral e a partir desses elaboraram-se os corpos de prova e realizaram-se os ensaios tecnolgicos de acordo com as normas preconizadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. Os ensaios realizados constaram da determinao dos ndices fsicos (NBR 12.766), resistncia a compresso uniaxial (NBR 12.767) e resistncia flexo (NBR 12.763).

    Esses resultados foram ento agrupados de acordo com a cor e textura dos materiais ptreos, classificando-se as cores em: branca, amarela, rosa, laranja, marrom, verde, vermelha, preta e cinza e as texturas em: grantica (equigranular), pegmattica e migmattica (foliada).

    A partir desse agrupamento, quando existiam dados em quantidade suficiente, foram calculados a mdia dos valores, desvio-padro e coeficiente de variao (desvio-padro / mdia x 100) e assim elaborados grficos de correlao entre os principais parmetros tecnolgicos. As resistncias mecnicas foram analisadas em termos de correlao entre compresso x trao por flexo em funo da cor e textura dos materiais. O mesmo foi feito para os ndices fsicos porosidade x absoro de gua.

    Os valores mdios encontrados para os granitos ensaiados encontram-se na tabela 1 abaixo, com indicao do desvio-padro e coeficiente de variao para cada grupo principal de granitos:

    Vermelhos Amarelos Laranja

    Textura grantica Textura pegmattica

    Textura grantica Textura pegmattica Textura grantica

    Material

    Compresso

    (Mpa) 118,00 17,27 14,63 86,19 5,05 5,86 117,72 20,17 17,14 68,01 10,55 15,52 73,61 1,61 2,19 Trao (Mpa) 11,79 4,19 35,54 7,22 1,76 24,44 9,35 3,44 36,78 5,23 1,72 32,87 7,00 1,45 20,72

    Peso Esp. Seco

    (ton/m) 2,61 0,02 0,71 2,60 0,01 0,22 2,61 0,05 1,89 2,61 0,02 0,74 2,60 0,03 1,09 Porosidade

    (%) 0,87 0,55 63,36 1,06 0,24 22,18 1,13 0,45 39,86 1,36 0,60 44,31 0,66 0,23 35,63Absoro

    (%) 0,34 0,22 65,29 0,40 0,09 22,50 0,45 0,20 43,77 0,54 0,25 46,79 0,26 0,10 38,07

    Rosa Brancos Cinza

    Textura grantica Textura migmattica Textura grantica Textura pegmattica

    Textura grantica Textura migmattica

    112,16 18,71 16,68 138,18 9,46 6,85 128,48 28,28 22,01 60,70 7,07 11,64 132,28 19,05 14,40 148,36 6,92 4,67 12,35 1,98 16,02 19,54 5,60 28,68 14,88 3,16 21,22 6,05 1,25 20,73 13,22 2,93 22,17 25,17 5,59 22,192,64 0,05 2,00 2,60 0,02 0,59 2,62 0,02 0,70 2,64 0,02 0,69 2,72 0,06 2,07 2,73 0,05 1,82 1,26 0,31 24,52 1,40 0,34 24,53 1,15 0,51 44,15 1,04 0,22 20,77 0,56 0,17 30,10 0,54 0,02 3,97 0,49 0,12 24,11 0,55 0,14 25,00 0,44 0,19 44,30 0,48 0,21 43,51 0,21 0,07 31,04 0,20 0,01 3,63

    3

  • Verdes Pretos

    Textura grantica Textura grantica

    148,36 6,92 4,67 123,39 10,14 8,22 25,17 5,59 22,19 16,31 1,14 6,99

    2,73 0,05 1,82 2,87 0,08 2,95 0,54 0,02 3,97 0,68 0,28 41,54 0,20 0,01 3,63 0,24 0,10 43,50

    mdia; desvio padro; coeficiente de variao

    Tabela 1) Valores mdios das propriedades fsicas e mecnicas de rochas ornamentais em funo da cor e textura do material RESULTADOS OBTIDOS Resistncia Mecnica

    A resistncia mecnica das rochas ornamentais est ligada diretamente aos minerais constituintes da rocha, gnese e condies de formao geolgica. Portanto tanto a cor, definida basicamente pela mineralogia da rocha, como a textura, estabelecida a priori pela gnese da rocha, so elementos de grande importncia na definio

    da resistncia mecnica das rochas ornamentais.

    Os grficos 1 e 2 abaixo mostram a

    correlao entre os valores de compresso e trao para os diversos tipos de granitos ensaiados no DEMINAS. O grfico 1 apresenta a equao de correlao geral entre compresso e trao para a amostra ensaiada enquanto o grfico 2 apresenta o resultado de cada grupo de granitos ensaiado, por cor e textura.

    y = 38,246x0,4299

    R2 = 0,5753

    0,00

    50,00

    100,00

    150,00

    200,00

    250,00

    0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00

    Trao (MPa)

    Com

    pres

    so

    (MPa

    )

    Grfico 1) Correlao geral entre resistncia compresso simples e trao por flexo

    4

  • e resistncia compresso simples e trao por flexo em funo da xtura e cor das rochas

    ompresso simples:

    pegmattica claros com valores mdios em

    compresso simples.

    rao por Flexo

    resistncia trao que os granitos de textura

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    0 5 10 15 20 25 30

    Amarelo - grantica

    Amarelo - pegmattica

    Branco - grantica

    Branco - pegmattica

    Rosa - grantica Rosa - migmattica

    Rosa - pegmattica

    Laranja - pegmattica

    Verde - grantica

    Verde - migmattica

    Verde - pegmattica

    Cinza - grantica

    Cinza - migmatticaPreta - grantica Vermelho - grantico

    Vermelho - pegmattico

    Grfico 2) Correlao entrte C

    Granitos de textura migmattica possuem os maiores valores mdios de resistncia compresso simples, independentemente da colorao. Os granitos de textura grantica possuem maior resistncia compresso simples que os granitos de textura pegmattica da mesma cor. Granitos laranja possuem resistncia compresso simples menor em funo de serem produto de alterao de granitos pr-existentes. Granitos escuros possuem resistncia compresso maior que os granitos claros, com exceo dos granitos brancos que apresentaram resistncia compresso simples equivalente aos escuros. As maiores resistncias compresso simples foram obtidas para granitos com textura migmattica com valores mdios em torno de 140 a 150 MPa. Para granitos com textura grantica foram obtidas maiores resistncias nas cores verde e cinza com valores em mdia acima de 130 MPa. As menores resistncias compresso simples foram obtidas para granitos de textura

    torno de 60 a 70 MPa, sendo valores mais altos obtidos com granitos vermelhos de textura pegmattica. Os coeficientes de variao indicam que h uma maior variabilidade de valores para os granitos de textura grantica, independentemente da cor, com exceo dos granitos pretos que mostram uma menor variabilidade, assim como para os granitos de textura pegmattica e migmattica que tambm possuem menor variabilidade de valores de resistncia

    T

    O comportamento mecnico com relao trao por flexo semelhante ao padro apresentado com relao resistncia a compresso simples, com valores de resistncia trao variando em torno de 10 a 15% da resistncia compresso simples. Granitos de textura migmattica possuem os maiores valores mdios de resistncia trao, independentemente da colorao. Os granitos de textura grantica possuem maior

    5

  • pegmattica da mesma cor. Granitos laranja possuem resistncia trao menor em funo de serem produto de alterao de granitos pr-existentes. Granitos escuros possuem resistncia trao maior que os granitos claros, com exceo dos granitos brancos que apresentaram resistncia trao equivalente aos escuros. As maiores resistncias trao foram obtidas para granitos com textura migmattica com valores mdios em torno de 20 a 25 MPa. Para granitos com textura grantica foram obtidas maiores resistncias nas cores preta, verde e cinza com valores em mdia acima de 13 MPa. As menores resistncias trao foram obtidas para granitos de textura pegmattica claros com valores mdios em torno de 7 MPa. Os coeficientes de variao indicam que h uma maior variabilidade de valores de trao do que de compresso simples, independentemente da cor e textura, com exceo dos granitos pretos que mostram uma pequena variabilidade.

    ndices Fsicos

    Os ndices fsicos, assim como a resistncia mecnica, esto diretamente ligados ao tipo de mineral formador da rocha e, em decorrncia a sua colorao, bem como a sua gnese, e portanto ao tipo de textura apresentado pela rocha. Esses dois

    parmetros so tambm de grande importncia para a definio dos valores peso especfico, porosidade e absoro de gua de rochas ornamentais. Peso Especfico Seco

    O peso especfico a seco dos materiais analisados no presente estudo mostram um valor mdio diretamente relacionado com a cor do granito, independentemente da textura por ele apresentada e com pequena variabilidade. Os valores indicam maiores densidades para as rochas mais escuras em funo da presena de maior quantidade de minerais mficos, que so mais pesados que os minerais flsicos. Assim temos peso especfico a seco variando entre valores ao redor de 2.600 kg/m para granitos amarelos, vermelhos, laranja, rosa e branco, passando por valores em torno de 2.700kg/m para granitos verdes e cinza at valores prximos a 2.900 kg/m para granitos pretos. A variabilidade no peso especfico a seco muito pequena, com coeficientes de variao mximos de cerca de 2 a 3%, o que indica uma uniformidade muito grande de valores de densidade em funo da cor apresentada pelo granito.

    O grfico 3 apresenta a relao entre peso especfico seco e cor do material.

    6

  • 2,52

    2,57

    2,62

    2,67

    2,72

    2,77

    2,82

    2,87

    2,92

    2,97

    /m

    ton

    Amarelos Rosa Brancos Cinza Pretos Verdes Vermelhos

    Grfico 3) Relao entre Peso Especfico Seco x Cor Porosidade e Absoro de gua

    A porosidade e absoro de gua possuem uma relao direta de valores que, para a amostra de granitos estudada, apresenta uma linha de tendncia que pode er caracterizada pela seguinte equao de

    y = 0,4031x - 0,0094 R = 0,9945

    rosa; 1% para granitos brancos; 0,8% para granito

    granitos cinza que so os menos porosos. A porosidade mostrou um coeficiente de variao muito alto no permitindo estabelecer uma mdia de valores de porosidade determinstica para cada colorao e textura. Assim mais razovel falar em uma faixa de variao desses valores para os granitos em funo da

    mostra o mesmo comportamento com valores variando entre 0,5% para granitos amarelos at 0,25%

    oro de gua tambm so elevados no permitindo a definio de um valor d

    scorrelao: cor que apresentam. A absoro

    Na equao de regresso y a

    porosidade e x a absoro de gua. Os valores apresentados de porosidade e absoro de gua so maiores para os granitos claros em comparao com os granitos mais escuros, se situando ao redor de 1,2 % de porosidade para granitos amarelos e

    s vermelhos e verdes; 0,7% para granitos pretos e laranja at 0,5% para os

    para granitos cinza. O coeficiente de variao para os valores de abs

    eterminstico para a absoro de gua em funo da cor e sim de uma faixa de variao para cada cor.

    O grfico 4 mostra de forma clara a

    correlao existente entre porosidade e absoro de gua, independentemente da colorao e textura do material.

    7

  • y = 0,4031x - 0,0094R2 = 0,9945

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    00 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1

    1

    ,6 1,8 2 2,2 2,4

    Amarelo - granticaAmarelo - pegmatticaBranco - granticaBranco - pegmatticaRosa - granticaRosa - migmatticaRosa - pegmatticaLaranja - pegmatticaVerde - granticaVerde - migmatticaVerde - pegmatticaCinza - granticaCinza - migmatticaPreta - granticaVermelho - granticoVermelho - pegmattico

    soro de gua

    ONCLUSES

    A colorao de uma rocha, ligada

    sua textura, produto da classificao

    os.

    qualidade quando da sua plicao e utilizao.

    o mais escura. Tambm pode-se dizer que, em termos de textura, os melhores resultados foram obtidos pelos granitos migmatticos, seguidos pelos de textura grantica e aps os pegmatticos.

    O peso especfico apresenta uma relao direta com a cor do granito, sendo praticamente independente da textura da rocha. J os ndices fsicos porosidade e absoro de gua apresentam uma correlao forte entre si que pode ser representada pela equao de regresso y = 0,4031 . x 0,0094 com R = 0,9945; independente das cores e texturas apresentadas pelo material.

    necessria a realizao de pesquisa

    mais ampla, com rochas ornamentais de outras regies do pas, a fim de ter-se uma populao estatisticamente mais confivel e ento gerar-se uma srie de grficos de tendncia estabelecendo as relaes confiveis entre cromaticidade, textura, granulometria dos cristais e as propriedades tecnolgicas dos materiais ornamentais.

    Com isso, a partir da cor, textura e granulometria do material ptreo pode-se estimar o seu comportamento e qualidade na sua aplicao, bem como estabelecer as melhores cores, granulometria e textura de rochas para uma determinada aplicao,

    Grfico 4) Correlao Geral entre Porosidade x Ab C

    diretamente a sua composio mineralgica, eapetrogrfica e tipo de gnese de sua formao, so fatores que possuem grande influncia na definio dos parmetros de resistncia mecnica e propriedades fsicas dos granit

    Portanto, sabendo-se as caractersticas cromticas, litologia e textura de uma rocha pode-se estabelecer uma faixa de valores provveis para as propriedades tecnolgicas desses materiais e assim prever seu comportamento ea

    Os granitos mais claros tendem a

    apresentar ndices de qualidade tecnolgica inferiores aos resultados obtidos com granitos de colora

    8

  • estabelecida pelos valores mximo ou mnimo dos parmetros de qualidade tecnol REFER AA

    Flexo. Rio de Janeiro,

    ssociao Brasileira de Normas Tcnicas BNT: NBR 12.766 Rochas para

    to: Determinao da Massa Aparente, Porosidade Aparente e

    gica.

    NCIAS BIBLIOGRFICAS

    ssociao Brasileira de Normas Tcnicas BNT: NBR 12.763 Rochas para

    Revestimento: Determinao da Resistncia outubro de 1992.

    AARevestimen

    specfica EAbsoro dgua Aparente. Rio de Janeiro, outubro de 1992. Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT: NBR 12.767 Rochas para Revestimento: Determinao da Resistncia Compresso Uniaxial. Rio de Janeiro, outubro de 1992.

    9

  • EFEITO DO AUMENTO DOS CICLOS GE12769 PA

    LO/DRA AVALIAO DO DECAIMENTO

    UNIAXIAL DE GRANITO

    arloortellaa

    (19)

    EGELO NO MBITO DA NORMA NBR DA RESISTNCIA COMPRESSO

    S ORNAMENTAIS

    Antonio CHenrique P

    Fabiano Cab

    1 Depto. de Petrologia e Metalogenia IGCE/UNESP

    s Artur1 a Vigrio2 s Navarro3

    3526.2824, [email protected], Av. 24A, 1515 - SP 3526.2809, [email protected]

    Rio Claro2 Depto. de Petrologia e Metalogenia IGCE/UNESP (19

    -) , Av. 24A, 1515 -

    SP gicas (11) 3767-4769, - [email protected]

    Rio Clar3 Diviso de Geologia IPT Instituto de Pesquisas T

    o -ecnol , Av. Prof.

    59) So Paulo - SP

    petrogrficas submetidas a 100 ciclos de gelo/degelo, divididos em quatro etapas de 25 ciclos, conjugados compresso uniaxial. Os resultados revelam que mesmo sob condies de alta solicitao os granitos foram pouco ou nada afetados, e mostram a necessidade de uma reviso criteriosa da norma NBR 12769, que deve ser orientada por estudo

    Almeida Prado, 532 (p RESUMO

    rdio

    dos da literatura tem revelado que os 25 ciclos preconizados pela

    s laboratoriais com diferentes tipos de rochas e maior quantidade de ciclos gelo/de

    o brasileira destas rochas, rincipalmente visando a exportao, esto

    lmente direcionadas para fins de revestimentos verticais (edifcios) e horizontais de interiores e exteriores, e se

    A variao cclica da temperatura atuante ao longo do tempo reconhecidamente um dos efeitos deletrios mais efetivos na degradao das rochas. A produo e comercializao de rochas ornamentais brasileiras, principalmente visando exportao, esto essencialmente direcionadas para fins de revestimentos verticais e horizontais e se destinam basicamente a pases de clima temperado, como Amrica do Norte e Europa, e, portanto, sujeitas s constantes aes destes climas bi-modais. H tambm de se considerar que o Brasil representa um dos maiores exportadores mundiais de rochas quartzo-feldspticas, e que essa categoria de rochas extremamente carente em estudos de caracterizao tecnolgica.

    No Brasil a avaliao do efeito da

    variao cclica da temperatura sobre rochas silicticas pode ser verificada com base nos preceitos ditados pela norma NBR 12769 da ABNT, atravs do coeficiente de enfraquecimento (K) da rocha aps a mesma ser submetida a 25 ciclos de congelamento e degelo. Entretanto, da

    referida norma no so suficientes para produzir deterioraes significativas em rochas silicticas.

    No presente trabalho avaliado o

    comportamento fsico-mecnico de dois granitos com diferentes propriedades

    gelo, para definir a metodologia mais adequada para determinao do decaimento da resistncia mecnica (coeficientes de enfraquecimento), especialmente para rochas quartzo-feldspticas de baixa porosidade. INTRODUO

    As rochas ornamentais representam, na atualidade, umas das mais promissoras reas de negcios do setor minero-industrial, com um crescimento mdio da produo mundial em torno de 7,5% a.a. (Montani, 2004).

    No cenrio mundial, o Brasil insere-se

    como um dos grandes produtores e exportadores de rochas ornamentais e para revestimento, sendo que a produo e omercializac

    pessencia

    10

  • destinam basicamente a pases de clima mperado.

    qupri(fudemabrilinesca(coe amavaint

    decadecccoaorocfluresdepara revestimento. Este mecanismo especfico de alterao fsica das rochas deve-se dilatao termo-diferencial inerente rocrocaupoaoaapcosucodope

    varesseBr19en

    resapcompresso uniaxial em estado natural.

    Ap

    dedeprirescograOrBaroc25daderesques al e aps a ciclagem, da mesma omeproquNB a produzir

    feitos sensveis sobre rochas desta atureza.

    Neste contexto, o presente estudo investig

    o efeito de um maior nmero de ciclos gelo/degelo no mbito da norma NBR 12769 para avaliao do decaimento da

    tncia compresso uniaxial de granitos ornament

    te

    Nestas condies de utilizao a alificao de um produto depende ncipalmente de sua resistncia flexo ndamental para revestimentos verticais), ao sgaste abrasivo, alterabilidade e ao nchamento, bem como manuteno do

    lho e do coeficiente de dilatao trmica ear. Por outro lado, estas propriedades to diretamente relacionadas s ractersticas naturais dos materiais mposio mineralgica, aspectos texturais estruturais) e interaes com o meio biente onde sero empregados, sujeitas a

    o de atmosferas quimicamente agressivas, riaes de temperatura e de umidade, ensidade de trfego, ventos, entre outros.

    Dentre os agentes responsveis pela

    gradao fsica dos materiais ptreos, usadores das manifestaes patolgicas, stacam-se os efeitos das variaes licas de temperatura que pela sucessiva ntrao e dilatao das rochas conduzem enfraquecimento (fadigamento) da trama hosa facilitando a infiltrao de agentes

    idos que atacam minerais e reduzem a istncia e o brilho, acelerando as reaes

    alterabilidade e manchamento das rochas

    aos minerais constituintes das has, com efeitos mais pronunciados nas has poliminerlicas, e em decorrncia do

    mento volumtrico da gua presente nos ros e microfissuras, que pode atingir 9% passar do estado lquido para o slido. A o destes processos fsicos pode induzir o arecimento de tenses internas na rocha, nduzindo, ao longo do tempo, ao rgimento e propagao de microfissuras m a conseqente degradao progressiva material, o que pode comprometer sua rformance na obra.

    No Brasil, a avaliao do efeito de

    riaes cclicas de temperatura na istncia de uma rocha determinado

    gundo a norma NBR 12769 da Associao asileira de Normas Tcnicas (ABNT, 92a), expresso pelo coeficiente de fraquecimento (K) obtido pela razo entre

    istncia compresso uniaxial da rocha s 25 ciclos gelo/degelo e a resistncia

    res

    esar do incontestvel efeito letrio decorrente das variaes cclicas temperatura sobre as rochas, ncipalmente em climas temperados, os ultados de ensaios de

    ngelamento/degelo disponveis para rochas nticas brasileiras (Catlogo de Rochas

    namentais do Brasil - ABIROCHAS 2003; rroso e Barroso 2003) revelam que estas has praticamente no so afetadas pelos ciclos preconizados pela referida norma ABNT. Barroso e Barroso (2003) monstram que a variao percentual da istncia compresso uniaxial de rochas artzo-feldspticas de baixa porosidade, no tado natur

    rdem de grandeza ou mesmo nor que a variabilidade intrnseca a esta priedade tecnolgica, o que leva supor

    e o nmero de ciclos proposto pela norma R 12769 insuficiente par

    en

    a o comportamento mecnico de duas rochas granticas ornamentais submetidas a quatro etapas de 25 ciclos de congelamento e degelo (perfazendo um total de 100 ciclos de gelo/degelo) conjugados compresso uniaxial. Tambm foram realizadas anlises petrogrficas dos granitos utilizados, determinaes dos ndices fsicos e da velocidade de propagao de ondas ultra-snicas longitudinais dos corpos de prova ao longo de todas as etapas dos ensaios, visando o acompanhamento e a compreenso das possveis variaes nas propriedades fsico-mecnicas (degradao) dos materiais estudados. Pretende-se com os estudos analisar

    de

    isais.

    11

  • MA

    ornamentais do Plo Produtor de Bragana Paulista (Mello,

    ntstico refere-se a um granito megaporfirtico gnaissificado explorado pela E

    equigranular isotrpico que foi explorado

    Bragana Paul de dogranitos com turais estruturais bastan tas visa a avaliao c ia da anisotropia, granulao, grau de fraturamento e relaes de contatos minerais na re ia mecnica oferecida pelas refe chas quartzo-feldspticas frente s vrias etapas de ciclos de congelamento e degelo a que foram submetidas.

    Aps a caracterizao petrogrfica os granitos foram submetidos ao teste de congelamento e degelo conjugados compresso uniaxial conforme preconizado 12769 (ABNT, 19 ja, pelo menos 5 corpos-de-prov bico estas entre 7,0 cm e 7,5 cm de cada umgranito for ompreem estado apciclos de congelamento e degeloAdicionalmente foram confeccionados para cada rocha estudada mais corpos-de- ubdivididos em tconjuntos, que passaram, respectivamente, por 50, 75 e 100 ciclos de congelamento e degelo. Para o granito Azul Fan strutura grosseiramente gnaissificada, foram executados ensaios com carregamento normal (para 3 dos cubos) e paralelo (em

    s cada conjunto de ciclagem de gelo/degelo, e igualmente sob condies de saturao

    os ios tec realizados no ratrio namentais do

    Departamento gia e talogenia do I UNESP.

    PECTOS PETRO

    Os granitos Azul Fantstico e Cinza agana utilizad nos testes de racterizao tecn nalisados b seus aspectos ralgicos, texturais e

    struturais, cuja ese dos principais sultados encontra o Quadro Os dados das a es petrogrficas so

    omparados com os sultados obtidos nos ensaios tecnolgicos, visando uma melhor

    reens omportamento fsico-mecnico das rochas estudadas. A

    rtncia ectos petrogrficos na qualificao rnamentais foi

    do, autores, por (1996; 1997), Navarro

    Artur et , Navarro e Artur .

    o Azul Fantstico

    Corresponde a um biotita monzogranito megaporfirtico serial

    osseira com matriz de granulao mdia a grossa. considerado como a rocha ornamental mais extica do Estado de So Paulo e

    TERIAL E MTODOS

    Para o desenvolvimento da presente pesquisa foram utilizadas amostras de dois granitos

    2000; Artur et al., 2004) detentores de diferentes aspectos texturais e estruturais, comercialmente denominados de Cinza Bragana e Azul Fantstico. Os dois materiais pertencem ao batlito grantico Socorro (SP/MG) (Artur et al., 1991; 1993; Artur, 2003), sendo que o Azul Fa

    mpresa de Minerao BRAMINAS, com sede na cidade de Bragana Paulista, e o Cinza Bragana a um granito

    2 dos cubos) foliao dos corpos-de-prova em todas as etapas dos testes de compresso.

    Os corpos-de-prova foram

    monitorados em todas as etapas dos ciclos de gelo/degelo atravs da determinao dos ndices fsicos segundo a norma NBR 12.766 (ABNT, 1992b) e das respectivas velocidades de propagao de ondas ultra-snicas de acordo com o preconizado pela norma ASTM D 2845 (ASTM 1990). As medidas de propagao das ondas ultra-snicas foram efetuadas em cada um dos cubos submetidos aos esforos de compresso, atravs de medidas ao natural e ap

    experimentalmente pela Empresa DA PAZ, tambm sediada na cidade de

    em gua. As anlises petrogrficas e

    ista. A utilizao feies tex

    is e

    ensaLabo

    te distinomparativa da influnc

    sistncridas ro

    pela norma NBR 92a), ou se

    a c s com ar dos sso s 25

    discutiRodrigues

    am submetidos c natural e outros 5

    . (1998), (2002)

    15 rs

    Granitprova s

    tstico, detentor de e

    nolgicos foram de Rochas Or

    de PetroloMe GCE/

    AS GRFICOS

    Br os ca olgica foram aso minee sntre -se reunidos n1. nlisc re

    comp o do c

    impo dos asp das rochas oentre outros et al.

    al. (2001)

    gr mente gnaissificado

    12

  • sua denominao comercial Azul Fantstico deve-se a presena de gros de quaem uma massa feldsptica de colorao

    o potssico e de lamelas de biotita.

    Os megacristais so de microclnio

    e representam cerca de 20% do volume da rocha. Apresentam formas e

    dimenses variadas, podendo ser retangulares a ovalados, irregulares e

    seriais com dimenses variando desde cerca de

    efeitos de sericitizao e argilizao restritos aos planos de clivagens e de microfissuras. O grau de microfissuramento baixo a moderado, mas no geral mais elevado que o presente nos demais minerais da matriz rochosa.

    Quadro 1: Sntese dos dados petrogrficos dos granitos Azul Fantstico e Cinza Bragana.

    rtzo de colorao azulada imersos mesmo laminados, de aspectos

    cinza rosada (Figura 1A). A estrutura gnissica do tipo

    protomilontica, gerada em zona de cisalhamento dctil-rptil, e caracteriza-se por certo estiramento e achatamento dos gros de quartzo e feldspatos, associados

    moderada isorientao dos megacristais

    0,5 cm x 2,0 cm at 3,0 cm x 6,5 cm. Encontram-se moderadamente pertitizados, com freqentes incluses de biotita, minsculos cristais de plagioclsio e de quartzo concentrados preferencialmente prximos s bordas. Os megacristais so lmpidos, com discretos

    de feldspat

    Mineralogia (%) Azul Fantstico Cinza Bragana

    Quartzo 25,0 27,0 Microclnio (total/megacr.) 30,0 / 20,0 34,0

    Plagioclsio 27,0 28,0

    Biotita 16,0 7,7 Opacos 0,5 0,7 Titanita Tr 0,3r Apatita 0,2 0,1 Epidoto 0,3 0,5 Sericita 0,5 0,8

    Carbonatos Tr Tr Clorita Tr Tr

    Argilominerais 0,5 0,9 xidos de Ferro Tr Tr

    variao 0,5 a 65,0 0,5 A 10,0 Granulao

    (mm) predomnio 0,8 a 20,0 2,0 A 5,0

    Classificao (QAP) BIOTITA MONZOGPORFIR

    RANITO IDE SERIAL

    MONZOGRANITO EQUIGRANULAR MDIO

    Estrutura Grosseiramente gnaissificada Isotrpica

    Textura Megaporfirtica com matriz mdia/grossa Equigranular

    Microfissuras/mm2 1,8 0,8

    Transformao mineral Incipiente Incipiente a moderado

    13

  • antstico (A) e Cinza Bragana (B).

    (27%) e biotita (16%) e pelos acessrios representados por opacos, apatita, titanita e al

    14

    Azul F

    , moderadamente

    rotomilontica (Figura 2), com granulao a de 2 mm a 8

    m, e que podem gradar at as dimens

    lan , alm dos minerais secundrios como s

    Figura 1: Placas polidas dos granitos

    A matriz inequigranularpmdia dos cristais na faixm

    es dos fenocristais. composta por quartzo (25%), microclnio (10%), plagioclsio representado pelo oligoclsio

    itaericita, epidoto, clorita, carbonatos,

    xidos e hidrxidos de ferro e argilas em teores nfimos (Quadro 1).

    FF

    igura 2: Fotomicrografias mostrando algumas feies gerais da matriz do granito Azul antstico (nicis cruzados). (A): notar o bom engrenamento mineral e presena de discretos

    efeitos icrofissu modera

    s (cerca de 13% dos contatos), restrito s pores de con

    monominerlicos de gros de quartzo das

    deformacionais; (B): detalhe de mepidoto, presentes em cristal de quartzo com

    O contato mineral predominante do tipo cncavo-convexo (Figura 2A), perfazendo em mdia 60% dos tipos de contatos, ocorrendo tambm os tipos plano

    ras abertas e preenchidas por sericita e da extino ondulante.

    centrao de lamelas tabulares de biotita, e serrilhado (aproximadamente 27%) presente nos agregados

    pores com textura tipicamente protomilontica.

    A B

  • A alterao mineral incipiente, ocorrendo em grande parte nos megacristais de feldspato potssico atravs de argilomineralizaes e, por vezes, discreta saussuritizao dos cristais de plagioclsio e cloritizao parcial de cristais de biotita.

    igura 2B). Granito Cinza Braga

    representadomonzogran ui de nula

    colorao geral cinza claro A nta trutu

    textura fanerticarf om ula dia a ndo 0,5 e 10 p min entr mm

    s p es e adas s manuas, estas de aspecto

    do pelo oligoclsio, e cerca de 7,7% de biotita, e

    nita e allanita, alm dos minerais secundrios sericita, epidoto, carbonatos, xidos de ferro e argilominerais (Quadro

    n n s s er o pred te

    cncavo-convexos, totalizando cerca de 80%, podendo ser planares nas pores

    rogra das, denotando boa ristali o erim s cess defo iona Contatos

    rilhados raros, e noocha be ex te aa o eral ( ras 3 B).

    O microfissuramento moderado, em mdia de 1,8 microfissuras/mm2, e se mostram orientadas de forma paralela a subparalelamente em relao foliao. Apesar de apresentarem planos bem desenvolvidos, tanto sob a forma intergranular quanto intragros, mostram

    geral anastomosada, com evidentes efeitos deformacionais resultantes de intensa microgranulao dos minerais, ocasies em que a granulao pode se situar abaixo dos 0,2 mm (Figura 3). Apresenta, por vezes, discretos sinais de deformaes tardias caracterizadas por cristais de quartzo microfissurados e com moderada extino ondulante.

    Sua composio modal est

    representada por cerca de 27% de quartzo, 34% de microclnio, 28% de plagioclsio, representa

    baixa intercomunicabilidade entre si e, na maioria das vezes preenchidas por sericita, epidoto e algum carbonato

    por acessrios como opacos, apatita, tita

    (F

    na

    por um granular ito eq gra o

    mdia, com (Figura 1B). prese es ra isotrpica,hipidiom

    mdia,o m

    a ica, c gran

    mdia/fin oscila entre mm ,0 mm, com redo ncia e 2,0 a 5,0 mm. Microscopicamente, exibe pequena or delg faixa is ou menos cont

    1). Os co

    ais statos e tre o

    ominangro

    mentemin

    mic nularec za sup posta aoprominerais ser

    os rmacso

    is. geral

    a r exi celen entrel mentmin Figu A e 3

    Figura 3: Fotomicrografias mostrando fei gerais do granito Cinza Bragana (nicis cruzados). (A): notar, entre outros aspectos om engrenamento mineral, bordas de gros minerais e pores lenticularizadas micrograsuperior esquerdo) saussuritizado; (B): detalh

    es, o bnulad de cristal de plagioclsio (lado e de

    as e presena intensa microgranulao mineral.

    15

  • O grau de alterao incipiente, estando mais evidente nos cristais de plagioclsio com as maiores dimenses, ocasies em que se manifestam nas suas pores centrais atravs de moderada saussuritizao (Figura 3A). Tambm as lamelas de biotita encontram-se, por vezes, parcialmente cloritizadas.

    O grau de microfissuramento do

    granito baixo a moderado, na mdia menos que 1,0 microfissuras/mm2, predominantemente do tipo intragro, e localmente intergro devido a discreto efeito deformacional superimposto.

    RESULTADOS, ANLISES E INTERPRETAO DOS ENSAIOS TECNOLGICOS

    Os resultados das mdias dos dados obtidos nas determinaes dos ndices fsicos, da propagao de ondas ultra-snicas longitudinais e de resistncia compresso uniaxial conjugado aos ciclos de

    e degelo para os granitos estuda

    (massa aparente seca e saturada,

    poro

    100 MPa para a compresso uniaxial, 4.000 m/s para a ondas ultras-snicas; 1,0% para a porosidade e 0,4% para absoro dgua, qualificando-os como bons materiais no tocante a estes parmetros. Entretanto, o granito Azul Fantstico apresentou resistncia compresso uniaxial (116,4 MPa) pouco inferior ao estabelecido pela ASTM C 615 (1992), que seria 131 MPa.

    Quadro 2 - Propriedades tecnolgicas dos granitos Azul Fantstico e Cinza Bragana ao natural e aps quatro etapas de ciclos de gelo/degelo.

    congelamento dos encontram-se reunidos no Quadro

    2, e seus valores representados nas Figuras 4, 5 e 6.

    Cabe, inicialmente, ressaltar que

    os resultados de resistncia compresso uniaxial ao natural, ndices fsicosespecfica

    sidade aparente e absoro dgua) e velocidade das ondas ultra-snicas longitudinais fornecidos pelos referidos granitos (Quadro 2) apresentam mdias que superam aos valores limtrofes sugeridos por Frazo & Farjallat (1995) para rochas silicticas brasileiras, ou seja,

    ndices Fsicos Compresso Uniaxial 3Vp (m/s) Massa especfica

    (kg/m3) Ciclos

    Seca Saturada

    Porosidade Aparente

    (%)

    Absoro dgua

    (%)

    1Tenso de Ruptura (MPa)

    2Coef. Var. Tenso de Ruptura (%)

    1Coef. de Enfraquec.

    (%)

    Ao natural

    Aps ciclos

    Azul Fantstico

    Ao natural 2770 2775 0,54 0,20 116,4 9,2 --- 6267 ---

    25 ciclos 2770 2777 0,68 0,25 115,7 7,3 0,99 6270 6302

    50 ciclos 2770 2777 0,68 0,25 106,8 15,1 0,92 6272 6295

    75 ciclos 2768 2775 0,69 0,25 105,7 9,6 0,91 6273 6305

    100 ciclos 2772 2778 0,62 0,22 108,2 3,8 0,93 6282 6314

    CINZA BRAGANA

    Ao natural 2688 2693 0,59 0,22 165,5 5,3 --- 6336 ---

    25 ciclos 2679 2686 0,68 0,25 153,9 4,0 0,93 6301 6365

    50 ciclos 2686 2692 0,63 0,23 159,4 6,4 0,96 6365 6376

    75 ciclos 2683 2690 0,70 0,26 164,3 9,0 0,99 6328 6371

    100 ciclos 2687 2693 0,60 0,22 173,7 5,9 1,05 6382 6393

    1 Ensaios sob condies saturadas.

    2 Coeficiente de variao da tenso de ruptura (razo entre desvio padro e mdia das tenses de rupturas).

    3 Vp: velocidade de propagao de ondas ultra-snicas longitudinais sob condies saturadas.

    16

  • ndices Fsicos

    parentes e absores d'gua, om valores bastante similares entre si

    es da absoro d'gua e da massa rente saturada apresentados

    Os ndices fsicos compreendem massa especfica aparente seca e saturada, porosidade aparente e absoro d'gua (Quadro 1). Os dados mostram que no geral o granito Azul Fantstico apresenta massa especfica pouco mais elevada que a do granito Cinza Bragana, o que est coerente tendo em vista o maior teor de biotita do primeiro, e que ambos os granitos se caracterizam por apresentarem baixas porosidades ac(Figura 4).

    Os dados ainda revelam que o efeito dos conjuntos de ciclagens de congelamento e degelo aplicados s amostras dos granitos foi bastante discreto e praticamente no afetaram os valores dos ndices fsicos destas rochas. Os maiores efeitos se devem s diferenas verificadas entre os valores da porosidade ao natural e aps o primeiro conjunto de 25 ciclos de gelo e degelo, com aumento de cerca de 20% para o granito

    Azul Fantstico e ao redor de 15% para o Cinza Bragana, mantendo-se, a partir da, praticamente constantes para os 50 e 75 ciclos. Destaca-se que aps os 100 ciclos de gelo e degelo, os granitos apresentaram valores de porosidade bastante prximos aos do estado natural, com acrscimos de 9% para o granito Azul Fantstico e de 2% para o Cinza Bragana.

    O comportamento das variaes dos valorespecfica apapelos dois granitos mostram, em termos gerais, boa correlao com as porosidades ao natural e aps as etapas de congelamento e degelo (Quadro 2).

    Os resultados relativos porosidade e absoro d'gua sugerem que os 100 ciclos de congelamento e degelo aplicados no foram suficientes para induzir microfissuras nos granitos analisados ou que a comunicao entre os planos e a permeabilidade/capilaridade no foi afetada.

    igura 4: Correlao entre porosidade aparente eFa

    absoro dgua no estado natural e aps a o dos ciclos de gelo e degelo para os dois granitos estudados.

    17

  • Propagao de Ondas Ultra-snicas Longitudinais A velocidade de propagao das ondas ultra-snicas (Quadro 2) so ligeiramente maiores para as amostras do granito Cinza Bragana, o que est coerente com suas caractersticas petrogrficas, ou seja, granulao mais fina, menor intensidade de microfissuramento mineral e estrutura isotrpica, ao passo que o Azul Fantstico corresponde a um granito megaporfirtico gnaissificado, de aspecto protomilontico, portanto um meio mais

    velocidade de

    Os resultados dos testes de congelamento e degelo conjugados compresso uniaxial, objetivo principal da presente pesquisa, encontram-se reunidos no Quadro 2 e representados nas Figuras 5 e 6. Visando uma melhor avaliao dos valores dos coeficientes de enfraquecimento (K) apresentados pelos granitos, calculou-se a disperso dos valores das tenses de ruptura dos corpos-de-prova ao natural e aps as ciclagens, expresso, em porcentagem, pela razo entre o desvio padro e a mdia dos resultados dos respectivos ensaios (Quadro 2).

    concluram aps a anlise de um considervel nmero de dados disponveis na literatura, bem como de novos dados por eles obtidos, que os 25 ciclos de gelo e degelo preconizados pela norma NBR 12769 da ABNT (1992a) so insuficientes para produzir efeitos deletrios sensveis sobre rochas quartzo-feldspticas de baixa porosidade. Consideram que a definio do nmero de ciclos de congelamento e degelo necessrios para produzir algum efeito de degradao nestes tipos de rochas estaria, em sntese, na dependncia do conhecimento do efeito do congelamento sobre a propagao de fraturas na rocha em funo da presso ocasionada pela expanso volumtrica da gua pela sua passagem para o estado slido. Destacam tambm a importncia da estimativa da distribuio e a geometria das fraturas, bem como da prpria tenacidade da rocha, para maior preciso na avaliao da ciclagem necessria.

    heterogneo. Os resultados tambm revelam que aps as ciclagens de gelo/degelo a

    Conforme comentado na introduo do presente trabalho, Barroso & Barroso (2003)

    propagao das ondas experimentam um discreto aumento, com uma mdia ao redor de 30 m/s para o Azul Fantstico e entre cerca de 10 e 65 m/s para o Cinza Bragana. Considerando-se que as determinaes foram sempre efetuadas em corpos-de-prova saturados em gua, este aumento da velocidade, embora sutil, corroborado pelo tambm discreto aumento da absoro dgua exiba pelos granitos (Quadro 2; Figura 4). A constatao do aumento da velocidade das ondas ultra-snicas tambm vem a demonstrar que as ciclagens aplicadas, mesmo aps os 100 ciclos de gelo/degelo, no provocaram um efeito deletrio perceptvel aos referidos granitos. Gelo/Degelo Conjugado Resistncia Compresso Uniaxial.

    18

  • compresso uniaxial (tenso de ruptura) e p) ao estado natural e aps a ao dos ciclos

    Figura 5: Correlao entre os valores da resistda velocidade de ondas ultra-snicas longitudinade gelo e degelo para os dois granitos estudado

    nciais (V

    s.

    Figura 6: Relao entre o coeficiente de enfraquos dois granitos estudados. Conforme comentado na introduo do presente trabalho, Barroso & Barroso (2003) concluram aps a anlise de um considervel nmero de dados disponveis na literatura, bem como de novos dados por eles obtidos, que os 25 ciclos de gelo e degelo preconizados pela norma NBR 12769 da ABNT (1992a) so insuficientes para produzir efeitos deletrios sensveis sobre rochas quartzo-feldspticas de baixa porosid m que a definio do

    ecim

    nmero

    ento e a tenso de compresso uniaxial para

    conhecimento do efeito do congelamento sobre a propagao de fraturas na rocha em funo da presso ocasionada pela expanso volumtrica da gua pela sua passagem para o estado slido. Destacam tambm a importncia da estimativa da distribuio e a geometria das fraturas, bem como da prpria tenacidade da rocha, para maior preciso na avaliao da ciclagem necessria. ade. Considera

    de ciclos de congelamento e degelo necessrios para produzir algum efeito de degradao nestes tipos de rochas estaria, em sntese, na dependncia do

    19

  • Os resultados dos ensaios dos conjuntos de ciclos de congelamento e degelo conjugados compresso uniaxial da presente pesquisa (Quadro 2; Figuras 5 e 6) mostram que mesmo aps os 100 ciclos de gelo/degelo os granitos praticamente no foram afetados. Destaca-se que apesar do

    ranito Cinza Bragana apresentar discretos feitos de enfraquecimento durante os trs

    aps os 100 ciclos uma resistncia ,0% superior em relao a sua resistncia

    vados de biotita Este melhor desempenho

    mecn

    da disperso das tenses de orpos-de-prova apresentados

    pelos

    lores de K ocorridos aps os conjuntos iciais de 25 e 50 ciclos, respectivamente de

    7,0% e

    Figura 5, em termos gerais a elocidade de propagao das ondas ngitudinais aumenta progressivamente com

    eros de ciclos de elo/degelo, atingindo sua maior velocidade

    dade as ondas longitudinais, embora discreto, oderia tambm refletir certo grau de

    va pelo

    degan heterogeneidade etrogrfica deste granito, dada pela sua

    mda micembdist mesmas

    sorientadas subparalelamente foliao

    dmeaocoda dinais (Figura 2). Entretanto, observa-se no presente caso uma discreta correlao inversa entre o

    geprimeiros conjuntos de ciclos de gelo/degelo, oferece 5ao natural.

    A resistncia compresso uniaxial

    oferecida pelo granito Cinza Bragana, no estado natural, cerca de 50% superior apresentada pelo granito Azul Fantstico (Quadro 2), refletindo claramente a influncia de suas feies texturais e estruturais, bem como seus teores mais ele(Quadro 1).

    ico exibido pelo granito Cinza Bragana tambm se reflete no seu baixo coeficiente de variao da tenso, entre 4,0% e 9,0%, enquanto o Azul Fantstico apresenta entre 3,8% e 15,1%, e no seu coeficiente de enfraquecimento (K), que variou de menos 7,0% (K=0,93) a mais 5,0% (K=1,05), sendo que o granito Azul Fantstico apresentou decrscimos no intervalo de 1,0% (K=0,99) a 9,0% (K=0,91).

    Assim, a comparao entre os

    intervalos dos coeficientes de enfraquecimento K e dos coeficientes de variaoruptura dos c

    respectivos granitos (Quadro 2), mostram que estes ltimos exibem valores percentuais superiores aos fornecidos pelos coeficientes de enfraquecimento. Este fato sugere que a variao percentual da resistncia mecnica dos granitos submetidos aos conjuntos de ciclos de congelamento e degelo, esteja mais diretamente relacionada heterogeneidade petrogrfica destes materiais quartzo-feldspticos do que propriamente ao efeito das ciclagens de gelo e degelo.

    Neste sentido o granito Cinza

    Bragana detentor de um padro textural e estrutural no geral bastante homogneo e com granulao mdia, estrutura isotrpica,

    bom engrenamento mineral e baixo grau de microfissuramento, e consequentemente baixa porosidade, revela-se como uma rocha altamente resistente frente aos efeitos das ciclagens de gelo/degelo. Os decrscimos dos vain

    4,0%, e embora pouco expressivos, devem corresponder a corpos-de-prova apresentando internamente feies de microgranulao (Figuras 3A e 3B) e/ou dos discretos efeitos de cataclase, conforme caracterizado na descrio petrogrfica.

    As variaes no comportamento

    mecnico dos corpos-de-prova dos granitos Cinza Bragana utilizados nos ensaios de compresso so em boa parte corroboradas pelos valores das velocidades de propagao de ondas ultra-snicas. Como observado navloo aumento dos nmgaps os 100 ciclos, situao em que o granito tambm apresenta sua maior resistncia mecnica (K = 1,05). Estas correlaes diretas indicariam que o granito manteve sua integridade fsica mesmo aps as ciclagens e que o aumento da velocidpembebecimento dos corpos-de-proongo tempo de imerso em gua. l

    Por outro lado, os maiores efeitos de radao apresentados pelo granito Azul tstico reflete a maior F

    ptextura megaporfirtica com matriz

    ia/grossa, grosseiramente gnaissificado protomilontico, e maior grau de

    rofissuramento mineral. Destaca-se, que ora apresente mais microfissuras a

    ribuio geomtrica das (ignissica) limita a capacidade de absoro

    gua da rocha. O comportamento cnico dos corpos-de-prova submetidos s ciclos de gelo/degelo mostram parcial rrespondncia em termos da velocidade s ondas ultra-snicas longitu

    20

  • progressivo grau de enfraquecimento do nito e correspondente aumento da

    locidade das ondas longitudinais com o scente aumento das cilcagens, o que viria

    confirmar a influncia da maior umidade s corpos-de-prova com o decorrer das lagens.

    gravecrea docic

    COFIN pelo so uniaxial revela que os 100 ciclos de congelamento e degelo aefeiestuafetsuacicla

    coeapre ranitos, (K de 0,91 e 0,99% para o granito Azul Fantstico e de 0somesvaritensexp variabilidade do comportamento mecnico nos granitos

    peprode

    apco es fsnabssofrtodacon egelo no conduziram a uma expanso perceptvel das mpropconaumdurante a sucesso dos conjuntos dos ciclos dda i

    apdasencvirtumesgu

    quosmocrise tudos laboratoriais com

    iferentes tipos de rochas e maior qa deteresienfraquecimento), especialmente para rporo A CNPH. P. Vigrio ao sistema PIB NESP, pela concesso da bolsa de Iniciao, e que permitiram o d REF ABI

    birochas.com.br

    NCLUSES E CONSIDERAES AIS

    A anlise dos resultados fornecidos s ensaios de compres

    plicados foram insuficientes para produzir tos deletrios sensveis sobre os granitos dados. O granito Azul Fantstico pouco ado e o granito Cinza Bragana mantm integridade mecnica aps a ao das gens de gelo e degelo.

    As variaes percentuais dos

    ficientes de enfraquecimento K sentadas pelos g

    ,93 a 1,05 para o granito Cinza Bragana), da mesma ordem de grandeza, ou mo inferiores, aos dos coeficientes de ao da disperso dos valores das es de ruptura dos ensaios

    erimentais, sugerindo que a

    estudados deveu-se mais heterogeneidade trogrfica destes materiais do que priamente ao dos ciclos de gelo e

    gelo. O comportamento mecnico

    resentado pelos dois granitos analisados rroborado pelos resultados dos ndic

    sicos e de propagao de ondas ultra-icas. Os valores de porosidade e de oro dgua de ambos os granitos no eram variaes significativas durante s as fases dos ensaios, indicando que os

    juntos de ciclagens de gelo e d

    icrofissuras dos referidos granitos. J, a agao das ondas ultra-snicas, ao

    trrio do esperado, apresentou um ento progressivo de suas velocidades

    e gelo e degelo, reforando a manuteno ntegridade fsica e mecnica dos granitos

    s as ciclagens. O aumento da velocidade ondas estaria relacionada ao certo harcamento dos corpos-de-prova em de do maior tempo de permanncia dos mos sob condies de saturao em a.

    Em sntese, os resultados revelam e mesmo sob condies de alta solicitao granitos foram pouco ou nada afetados, e stram a necessidade de uma reviso

    teriosa da norma NBR 12769, que deve r orientada por es

    duantidade de ciclos gelo/degelo, para definir

    metodologia mais adequada para rminao do possvel decaimento da

    stncia mecnica (coeficientes de

    ochas quartzo-feldspticas de baixa sidade.

    GRADECIMENTOS

    Os autores A. C. Artur agradecem ao q, atravs do Processo 300319/81-9, e

    IC/CNPq/U

    esenvolvimento da presente pesquisa.

    ERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    e CHIODI FILHO, C. 1996. Petrografia microscpica: uma viso

    22

  • A TAIS T

    o W.

    ena Ilha d

    e-mail:

    VALIAO DE GRANITOS ORNAMENCARACTERSTICA

    Regina Coeli Casseres Carrisso1, Francisc

    1Coordenao de Apoio Tecnolgico a Micro e PequCETEM Avenida Ip, 900 Cidade Universitria

    Tel. (21). 3865.7307 -

    S DO SUDESTE ATRAVS DE SUAS ECNOLGICAS

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    Empresa - CATE, Centro de Tecnologia Mineral o Fundo CEP 21941.590 - Rio de Janeiro RJ [email protected]

    A importncia da caracterizao

    tecnolgica das rochas ornamentais comea desde a pesquisa mineral, passando pela lavra e beneficiamento at suas aplicaes, onde no s esto interessados os pesquisadores e produtores de rochas ornamentais, mas tambm os engenheiros projetistas, arquitetos, decoradores, demais especificadores de materiais e construtores que na maioria das vezes no conhecem as caractersticas tecnolgicas das rochas ornamentais com as quais esto trabalhando e consequentemente seu desempenho e durabilidade ao longo do tempo.

    Muitos insucessos tem ocorrido com as

    rochas ornamentais devido a falta de conhecimento das caractersticas naturais que o material possui e tambm aquelas induzidas pelos mtodos de lavras e processos de

    ESUMO

    eneficiamento e que podem provocar alteraes. Inmeros investimentos em edificaes, tm sido prejudicados quanto a utilizao de rochas ornamentais.

    Devido importncia das propriedades

    tecnolgicas na escolha e uso correto das rochas ornamentais apresentado neste trabalho um estudo de caracterizao tecnolgica de maior interesse para sua aplicao: densidade, porosidade, absoro dgua, resistncia compresso e flexo, desgaste e impacto.

    elos diversos pases participantes da produo e comercializao de rochas ornamentais e de revestimento so: anlise petrogrfica, ndices fsicos (massa especfica, porosidade e absoro dgua), desgaste Amsler, resistncia compresso uniaxial, resistncia flexo (mdulo de ruptura), coeficiente de dilatao trmica linear, resistncia ao impacto, congelamento/ degelo e alterabilidade. Os procedimentos adotados, para realizar esses ensaios, so padronizados por rgos normatizadores, constando como itens obrigatrios para balizar os campos de aplicao desses materiais.

    R

    b

    INTRODUO

    As rochas ornamentais e de revestimento abrangem os tipos litolgicos que podem ser extrados em blocos ou placas, cortados em formas variadas e beneficiadas atravs de esquadrejamento, polimento, etc. Seus principais campos de aplicao incluem tanto peas isoladas como esculturas, tampos de mesa, balces e arte funerria em geral. Quanto s edificaes, destacam-se os revestimentos internos e externos de paredes, pisos, pilares, colunas soleiras, dentre outros.

    A caracterizao tecnolgica das

    rochas obtida atravs de anlises e ensaios executados segundo procedimentos rigorosos, normatizados por entidades nacionais e internacionais.

    Os principais ensaios realizados p

    23

  • O prochas ornamentais silicticas da regio Sudeste do Brasil, de onde foram estudados cerca de 98 (noventa e oito) diferentes tigranitos. O saios granitos for em ccomparados s estabpela norm om proposto T (1995)

    CARAC A A caracterizao tecnolgica rochas para fins ornamentais podeterminada atravs da execuo de ensaios, onde s liaPara que se possa classificar um detetipo de roch ental, dconsiderar fsico-m forma e dimens cos que podem serextrados, e, principalmente, a viabilidade deaproveitam forma, todomaterial empregado no setor da construo, como rocha ornament

    eve possuir certas caractersticas tcnicas que

    am na lavra e beneficiamento e na utilizao do produto acabado. Assim, a necessidade de se dispor

    uma carac gica rigorosa rochas ornamentais condio

    pensvel, pois embora tenha surgido no ado, na Itlia, desponta hoje como fator onderan exigncias

    tcnicas ligadas s grandes obras realizadas rincipais mercados de produtos acabados dos Unidos po, etc.).

    A fim de minimizar os problemas resultantes do pouco conhecimento do

    ortamento das rochas utilizadas para fins ornamentais, ensaios de caracterizao tecnolgica vm sen

    sos pases env dos na produo e o desse

    vs de pro dronizados por rgos normatizadores, entre os quais se destacam: American Society for Testing and Material AS Brasileira de Normas Tcnicas T, Deutsches Institut fr Normung DIN, Association Franais du

    e Enti Nazionali in di Italia UNI, e

    resente trabalho restringe-se s em geral, incluindo as que influenci

    pos de de s resultados dos enam tratados, divididos

    desses lasses e

    das indis

    com os valore elecidos passa ASTM C-615 e c aqueles prep

    s por FRAZO & FARJALLA

    TERIZAO TECNOLGIC

    das de ser comp

    o conhecidas suas pecu ridades. rminado diver

    a como ornam eve-se comercializaatraos ndices fsicos, a resistnciaecnica e o grau de polimento, alm da

    o dos blo ento na lavra. Dessa

    al e de revestimento, Normalisation AFNORUnificazion Normazionedpermitam sua aplicao. Tais

    caractersticas so ndices determinados em laboratrios atravs de ensaios especficos que, quando executados, orientam o uso principal da rocha. As propriedades mecnicas so imprescindveis para o emprego da rocha

    Associacin Espaola de Normalizacin y Certificacin AENOR. No caso das normas para as rochas ornamentais e de revestimento, no Brasil adotam-se as da ABNT e ASTM conforme apresentado na Tabela 1.

    terizao tecnol

    te para atender as

    nos p(Esta , Alemanha, Ja

    do executados pelos olvi

    s materiais lapdeos,cedimentos pa

    TM, AssociaoABN

    24

  • TABELA 1 Normas Tcnicas para Caracterizao de Rochas Ornamentais

    Ensaio

    NORMA ABNT NORMA ASTM

    Anlise Petrogrfica ABNT NBR 12768 ASTM C-295 ndices Fsicos ABNT NBR 12766 ASTM C-97

    Resistncia Flexo A 2763 ASTM C-99 / C-880 BNT NBR 1Resistncia ao Impacto de

    Corpo Duro

    ABNT NBR 12764

    ASTM C-170

    Resistncia ABNT NBR 12767 ASTM D-2938 / C-170 Compresso

    Coeficiente de DilTrm

    atao ica Linear ABNT NBR 12765 ASTM E-228

    C to e Degelo resso ABNT NBR 12769

    nd

    ongelamenConjugado Comp

    Desgaste Amsler ABNT NBR 6481 ASTM C-241 Mdulo de Deform

    Estticaabilidade

    ASTM C-3148

    nd

    Micro Dureza Knoop ndnd

    te: American Society for Testing and Materials - ASTM.

    A Comunidsentiu a nec

    ara as rochas ornamentais com o ocilitar a comercializao de tais produtos.

    Europeu de preparou e

    subme

    o seja aprovado, os resultados sero aprecia

    ensaios regidos por essas normas visam fornecer elementos que permitam atender a especificae

    seguras e es e/ou

    s dos consumidores, gerando uma imagem negativa das empresas de projetos

    gado compresso. A Tabela 2 apresenta os valores limites estabelecidos pela Norma ASTM C-615 e aqueles propostos por FRAZO & FARJALLAT.

    Fon

    ade Econmica Europia essidade da unificao d

    consequentemente, mais eficazes,s, evitando insatisfae normas

    bjetivo de econmicareclamaep

    faNeste sentido foi criado o ComitNormal ao CEN, que iz

    teu apreciao do Conselho Tcnico um programa normativo no domnio da construo e obras pblicas, que ir brevemente ser divulgado. To logo esse document

    dos pelo Comit Internacional, que, atravs de uma avaliao comparativa com novas normas adotadas em outros pases, dever chegar a um consenso geral, e, posteriormente, elaborar um documento final de aceitao internacional. Os resultados de

    arquitetnicos e fornecedora desses materiais. Os principais ensaios adotados no

    Brasil para a qualificao das rochas ornamentais direcionados ao mercado interno ou externo so: petrografia, ndices fsicos (massa especfica, porosidade, e absoro dgua), dilatao trmica linear, desgaste abrasivo, impacto de corpo duro, resistncia flexo (mdulo de ruptura), resistncia compresso uniaxial, congelamento e degelo conju

    s menos empricas, e,

    25

  • TABELA 2 Valores Especificados pela Norma ASTM e Sugeridos no Brasil

    PROPRIEDADES

    VALORES FIXADOS PELA ASTM

    C -615

    VALORES SUGERIDOS

    POR FRAZO & FARJALLAT

    Massa especfica Aparente (Kg/m3)

    2.560,00

    2.550

    Porosidade Aparente (%) n.e.

    1,0

    Absoro Dgua (%) 0,4

    0,4

    Velocidade de Propogao de Ondas

    (m/s)

    n.e.

    4.000

    Dilatao Trmica Linear (103/mm.

    C) n.e. 12,0

    Desgaste Amsler (mm) n.e. 1,0

    Compresso Uniaxial (MPa)

    131,0

    100,0

    Flexo ( mdulo de ruptura) (MPa)

    10,34

    10,0

    Mdulo de Deformabilidade Esttico

    (GPa)

    n.e.

    30,0

    Impacto de Corpo Duro (m) n.e. 0,4

    Fonte: American Society for Testing and Materials - ASTM. Frazo & Farjallat (1995)

    obtidos com as rochas silicticas da regio Sudeste.

    Conforme pode ser observado, as

    rochas estudadas apresentaram resultados de massa especfica aparente variando no intervalo de 2600 a 2950 Kg/m3, com uma freqncia de concentrao maior entre 2600 e

    650 Kg/m . A Norma ASTM C-615 estabelece que os granitos para utilizao em

    vestimentos exteriores devem apresentar densidade de massa especfica aparente seca superior a 2560 Kg/m3. Verifica-se, ento, que a grande maioria das rochas silicticas avaliadas atendem perfeitamente especificao estabelecida na Norma ASTM C-615.

    Nota: n.e. = no especificado

    RESULTADOS E DISCUSSES A Figura I, mostra a distribuio dos

    resultados de massa especfica aparente seca

    2700 Kg/m3. Observa-se que cerca de 55% das amostras estudadas esto situadas na classe de 2 3

    re

    26

  • Massa especfica aparente seca

    3,11,04,1

    2850

    2900

    2950

    /m3)

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    80,0 Acumulada (%

    )

    1,0

    2800

    es (Kg

    100,0

    5,1

    54,1

    16,3 15,3

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    2600

    2650

    2700

    2750

    Class

    Freq

    nc

    ia (%

    )

    istribuio dos resultados de massa especfica aparente seca.

    o que diz respeito porosidade aparente, a Norma ASTM C-615 no especifica limites, noFARJALLAT sugerem

    para essa propriedade. Na Figura II, verifica-se que cerca de 90% dos materiais analisados

    e.

    FIGURA I D

    N

    entanto, FRAZO & o valor mximo de 1%

    encontram-se abaixo desse limit

    Poro de aparente

    7,2

    10,49,2

    8,2

    17,8

    10,0

    15,0

    20,0

    qn

    cia

    (%) 80,0

    100,0

    Ac

    sida

    3

    6,1

    13,6

    8,2 8,2

    5,1

    1 1 1

    0,0

    5,0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    1,0

    1,1

    1,2

    1,3

    1,4

    Classes (%)

    Fre

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    umulada (%

    )

    FIGURA II Distribuio dos resultados de porosidade aparente.

    A Figura III, mostra a distribuio dos

    resultados obtidos para absoro dgua. Os valores obtidos variaram no intervalo de 0,01 a 0,80%, com 87% das amostras estudadas situadas entre 0,10 e 0,40%. A Norma ASTM C-615 estabelece que os granitos, para serem utilizados como rochas ornamentais e de revestimento, devem apresentar valor de

    absoro dgua abaixo de 0,4%, sendo o mesmo sugerido por FRAZO & FARJALLAT. Com base nesse valor, constata-se que a grande maioria das rochas ensaiadas (89,6%) apresenta resultados abaixo do estabelecido, indicando que esses materiais apresentam boa durabilidade e considervel resistncia mecnica ao longo do tempo.

    27

  • Absoro d'gua

    7,2

    20,7

    26,9

    7,2

    1,02,0

    35,0

    0

    10

    20

    30

    40

    0,00

    0,10

    0,20

    0,30

    0,40

    0,50

    0,60

    0,70

    0,80

    Classes (%)Fr

    eq

    ncia

    (%)

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    80,0

    100,0

    Acum

    ulada (%)

    FIGURA III Distribuio dos resultados de absoro dgua.

    Os resultados apresentados na Figura IV mostram que os valores de resistncia compresso uniaxial esto mais concentrados no intervalo de 100 a 180 MPa, correspondendo a 85% das rochas analisadas.

    Segundo FRAZO & FARJALLAT, o valor mnimo aceitvel para essa propriedade 100 MPa, enquanto que para a ASTM C-615 de 131 MPa.

    Resistncia compresso

    1.0 1.03.1 4.1

    7.3

    14.7

    8.4 9.4

    16.8

    10.5

    4.16.2

    8.4

    1,02,0

    1,01,0

    0.0

    4.0

    8.0

    12.0

    16.0

    20.0

    Classes (MPa)

    Freq

    nc

    ia (%

    )

    0.0

    20.0

    40.0

    60.0

    80.0

    100.0

    Acum

    ulada (%)

    FIGURA IV -Distribuio dos resultados de resistncia compresso uniaxial.

    Neste caso, verifica-se que os valores aqui obtidos se adequam melhor ao limite estabelecido pelos referidos autores, mas, ainda assim, uma parcela considervel dos granitos analisados, cerca de 60%, atende o limite estabelecido pela Norma ASTM C-615. importante ressaltar que essa caracterstica fsico-mecnica representa um valioso ndice de qualidade dos materiais para uso como rochas ornamentais e de revestimento, estando diretamente relacionada com outras propriedades tecnolgicas que dependem da estrutura, textura, estado microfissural e grau de alterao das rochas.

    A Figura V, apresenta a distribuio

    dos resultados dos ensaios de resistncia flexo, onde pode-se observar que a maioria dos valores obtidos situa-se entre 5 e 20 MPa, sendo que cerca de 60% das amostras esto acima do valor mnimo estabelecido, 10,0 MPa, tanto pela norma ASTM C-615 quanto por FRAZO & FARJALLAT. Essa caracterstica, assim como a compresso, tambm depende da estrutura, textura, estado microfissural e grau de alterao das rochas.

    28

  • Res

    3737,1

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    Freq

    nc

    ia (%

    )

    istnci

    ,1

    0,0

    ses (

    a Flexo

    80,0

    100,0

    19,6

    6,2 20,0

    40,0

    60,0

    Acum

    ulada (%)

    5 10

    Clas

    15

    20 +

    MPa)

    0,0

    ltados de resistncia flexo. FIGURA V -Distribuio do A Figura VI, mostra a distribuio dos

    resultados dos ensaios de resistncia ao desgaste Amsler. Com base nos resultados apresentados, pode ser observado que cerca de 74% das rochas estudada

    s resu

    desgas

    em o valor

    rovtr

    FIGURA VI -Distribuio dos resultados de Desgaste Amsler.

    s apresentam um te que varia entre 0,5 e 1,0 mm. A

    Norma ASTM C-615 no especifica limites,

    mas FRAZO & FARJALLAT sugermximo de 1,0 mm. Tomando como base esse valor, constata-se que a grande maioria das

    chas analisadas atende a esse limite, o que iabiliza a sua aplicao em reas de alto fego.

    29

    Desgas

    6 12.7

    26

    7

    0,8

    0.9

    1.0

    1.1

    1.2

    1.3

    1.4

    acim

    a

    ss m)

    0.0

    te Amsler

    1.0

    4.22.1

    5.2

    12,

    0.0

    10.0

    0.2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,

    Cla

    Freq

    nc

    ia (%

    )

    11.510.5

    1.03.1

    1.02.1

    6.320.0

    40.0

    Acum

    ulada (%)

    .6

    60.0

    80.0

    100.0

    20.0

    30.0

    es (m

  • CONCLUSES

    STM C-615 e sugeridos por

    s, 2560 Kg/m3, para a assa especfica aparente seca; 91% tenderam o valor mximo 1% para

    ; e mais de 80% apresentaram aixo de 0,4% para o ndice de

    bsor

    esgaste Amsler, pode-se constatar que cerca de 86% encontram-se abaixo do mximo proposto por FRAZO & FARJALLAT (1995), conferindo um bom ndice de resistncia ao desgaste.

    A avaliao das principais propriedades fsico-mecnicas do grupo de granitos ensaiados confirma a qualidade desses materiais para utilizao como rochas ornamentais e de revestimento. Essa avaliao serve para demonstrar, tambm, a importncia da caracterizao tecnolgica das rochas ornamentais para subsidiar arquitetos, decoradores, construtores e demais especificadores na seleo de materiais para diferentes aplicaes.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    - ASTM. ( C 615 ). Standard specification for

    1992.

    B.; Farjallat, J. E. S. Caractersticas tecnolgicas das principais rochas silicticas brasileiras usadas como pedras de revestimento. I Congresso Internacional da Pedra Natural.

    s n: A .

    9-

    VIDAL, F. W. H.; Pereira, T. A. Avaliao

    s de produo das rochas ornamentais e sua aplicao como

    o. e e -

    F. W. H.; Pereira, T. A. Avaliao das rochas ornamentais do Cear atravs de suas caracteristicas tecnolgicas. Srie Tecnologia Mineral, 74, Rio de Janeiro: CETEM/MCT,1999,30 p.

    VIDAL,F. W. H. Avaliao de granitos

    ornamentais do nordeste atravs de suas caracteristicas tecnolgicas. III Simpsio de Rochas Ornamentais do Nordeste, Recife/PE, 26/29 novembro 2002, p. 67 74.

    Com base nos valores fixados pela

    norma A

    American Society For Testing And Materials

    FRAZO & FARJALLAT (1995), para os granite dimension stone.ndices fsicos, pode constatar, para os

    dos FRAZO, E,granitos analisados, que 100%

    presentaram valores acima dos valores amnimos estabelecidomaporosidadevalores aba o dgua.

    Com relao resistncia compresso uniaxial, verificou-se que 85% dosgranitos analisados esto dentro do intervalode 100 e 180 MPa, sendo essa faixa devalores aceitvel para a utilizao dos mesmoscomo rocha ornamental e de revestimento, porFRAZO & FARJALLAT. Para atender as especificaes da norma ASTM C-615, cujo mnimo estabelecido de 130 MPa, esse percentual reduz-se a 60%.

    Para os ensaios de resistncia flexo, verifica-se que 62% das amostras analisadasencontram-se acima do valor limite de 10 MPa,estabelecido pela norma ASTM C-615 e por FRAZO & FARJALLAT, com uma maior concentrao no intervalo de 10 a 20 MPa.

    Com relao aos valores obtidos para o

    Lisboa. 1995.47-58p. FRAZO, E.B.; Farjallat, J.E.S. 1996.

    Proposta de especificao para rochasilicticas de revestimento. ICONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIDE ENGENHARIA, 8., 1996, Rio de JaneiroAnais ... Rio de Janeiro: ABGE. v.1, p. 36380.

    d

    das atividade

    revestimento atravs da caracterizaXVII Encontro Nacional de Tratamento dMinrios e Metalurgia Extrativa, guas dSo Pedro/SP, 23/26 agosto 1998, p. 173186.

    VIDAL,

    30

  • ASPECTOS GEOLGICOS DA BACIA DO ARARIPE E DO APROVEITAMENTO DOS DA PEDRA CARIRI CEAR

    rancisco Wilson Hollanda Vidal , Manoel William Montenegro Padilha e Raimundo Roncy de liveira

    e Tecnologia Minnhia de Desenvolvim

    Universidade Regional do C

    ESUMO

    A regio do Cariri Araripe, cons

    olo mineral no que tangee calcrio laminado utiliz

    ue segundo dados do De 97 milhes de metros edida abrangendo p

    de Santana linda. A utilizao da Pob a forma de larincipalmente em pisos earedes. Esta atividade dendo desenvolvida a merando uma quantidade

    % )proximada de 20

    REJEITOS

    FO 1 Centro d2 Compa 3

    R

    na Bacia dopdrevestimento sob o nomeqdmmunicpios Osppsgrejeitos ( cerca de 70a

    Figura 1-Mapa do Estado do

    eral CETEM, Rio de Janeiro, Brasil ento do Cear - CODECE/SDE, Cear, Brasil ariri, Cear, Brasil

    cearense, inserida titui um importante a sua rica reserva ado com pedra de

    ra Cariri, NPM possui cerca cubicos de reserva rincipalmente os do Cariri e Nova edra Cariri feita jes e utilizadas revestimentos de e explorao vem ais de 30 anos, considervel de , com a produo mil metros

    quadrados/ms, correspondendo a 15% da produo de rochas ornamentais e de revestimentos do Estado do Cear. Atualmente os rejeitos gerados tem seu emprego restrito a aterros e melhorias das estradas vicinais, tendo seu uso mais nobre na fabricao de cimento, atravs da Industria Barbalhense de Cimento Portland IBACIP. INTRODUO

    O calcrio sedimentar da Chapada do Araripe, situada no sul do Estado do Cear formado essencialmente de carbonato de clcio utilizado na indstria de rochas ornamentais em formas de lajotas conhecida comercialmente como Pedra Cariri (Figura 1).

    de Ped

    No mtodo e processo de lavra e beneficiamento da Pedra Cariri, na regio dos municpios de Nova Olinda e Santana do Cariri, verificar-se, em todas as suas etapas, uma grande quantidade de material

    desperdiado, devido a utilizao detecnologias inadequadas s condies dasjazidas, alm da falta de acompanhamento tcnico especializado.

    A lavra da Pedra Cariri desenvolvida tualma ente de forma aleatria, resultando num

    plano de aproveitamento com baixas taxas de recuperao. A lavra desenvolvida, na sua grande maioria, com mtodos rudimentares (Figura 2).

    Cear

    31

  • cobetocodaetcoEtConveumco

    locais, estaduais e federais, para dar suporte de apoio tcnico, visando a elaborao de um plano de ao, especifico para o calcrio cariri, atravs das redes dos chamados Arranjos Produtivos Locais APLs.

    A atividade alvo deste trabalho resultou da soluo do problema relacionado aos conhecimentos insuficientes das possibilidades de uso industrial dos rejeitos estocados.

    Contudo, em algumas pedreirasessa lavra conduzida de forma semi-mecanizada, atravs da utilizao dmquinas de corte mveis, acionadas poreletricidade, com disco diamantado(Figura3). O dimetro do disco varia d350mm a

    ,

    e

    e 500mm, permitindo um corte com

    profundidade em placas de calcrio no ultra s s

    s

    pa sando a espessura de 18cm. Apesta etapa, as placas so selecionadamanualmente e transportadas para obeneficiamento nas serrarias onde so esquadrejadas em dimenses compatveis

    ge a 90% e, com a

    diaman

    operao manual, atintilizao da mquina com disco u

    tad nte,

    (Vidal e P

    s,

    Toda a cadeia produtiva, mpreendendo as etapas de lavra e neficiamento, acarreta uma perda total em rno de 70%. Em ambos os casos, no h ntrole sobre as caractersticas geolgicas s jazidas, como fraturas, basculamento

    c., dificultando a lavra e aumentando nsideravelmente a produo de rejeitos.

    sse fato foi observado atravs de visitas cnicas realizadas por tcnicos do ETEM/CODECE em pedreiras da regio,

    Figura 3 Mtodo de lavra semi-mecanizadode foi apresentada a matriz gargalos rsus sugestes, ou seja: organizao de a plataforma, atravs de rede de

    operao com as instituies parcerias

    32o, reduz-se consideravelme

    adilha, 2003). Figura 2 Mtodo de lavra

    sua aplicao, geralmente medindo 40 X 40 cm, 50 X 50 cm ,30 X 30 cm, 20 X 20cm e 15 X 30 cm, ou em tiras. Essa atividade gera, nas frentes de lavra, uma grande quantidade de rejeitos prejudiciais ao meio-ambiente, tanto por formar entulhos, impossibilitando o acesso ao ptio de movimentao, bem como gerando um impacto visual desagradvel.

    Estima-se que a perda na lavra, com a

  • ASPECTOS GEOLGICOS

    No contexto geral a Bacia do Araripe m extenso regional englobando os

    stados do Cear, Piau e Pernambuco, com ma rea total de 9.000 km, disposta no entido Leste-Oeste por cerca de 180Km e orte-Sul por cerca de 70 Km, no seu trecho ais largo.

    A Formao Santana constitui-se uma das mais importantes representaes o Cretceo cearense. Esta formao de rigem marinha/lacustre apresenta uma eqncia sedimentar estratificada, quase orizontal, com siltitos argilosos, margas com

    gipfolhde formno 120de sab

    A primeira apresenta camadas calcrias argilosas e slticas, finamente estratificadas e laminadas, que representam um depsito lacustre de gua doce;

    A segunda constituda por camadas de gipsita e de calcrios fossilferos sob condies salinares, devido a ingresso marinha, procedente do Oeste e a forte evaporao, reinando ento um clima rido;

    A terceira composta de camadas argilosas e slticas, depositadas sob condies de clima mido, com dulcificao rpida da Bacia at a fase lacustre final. Os calcrios laminados Pedra Cariri, alvo

    este trabalho, afloram de modo tabular ao longo

    teeusNm

    ndoshconcrees calcrias e bancos calcrios,

    sita, calcrios laminados, siltitos e elhos betuminosos com cerca de 250m espessura depositada em extensa rea, ada no Mesozico, mais precisamente

    perodo Cretceo, iniciado h cerca de milhes de anos. So 3 (trs) as fases desenvolvimento da Formao Santana a er:

    dde rios e riachos, onde processos

    erosivos revelam com maior intensidade esses calcrios, exibindo uma colorao predominante creme claro, amarelo intenso, por vezes cinza claro; sua laminao bastante acentuada, exibindo, raramente, estratificao planoparalela horizontalizada. Essa seo tipo pode ser visualizada no Perfil Geolgico Esquemtico, (Figura 04).

    33

  • LAVRA

    A lavra conduzida de modo seletivo, cu aberto, tendo as frentes, normalmente, ma forma enses de 20 a

    30 m de a 40 m de comprimento, podendo, com a retirada do material, se esenvolver para os lados e para baixo. A pri a lavra consiste na limpeza da olo para a retirada da vegetao, camadas argilosas e do cma

    estrangulamento da mesma. Com a

    continu

    jeitos gerados tm seu emprego erros e melhoria das estradas

    o perodo chuvosos e como uso e na fabricao de cimento, atravs IP, Indstria Barbalhense de ortland, pertencente ao grupo Joo

    Santos. No ano de 1998, esta indstria parceria com a Associao dos de Lajes e Rochas Ornamentais

    de Nova Olinda, onde os rejeitos so retirados mecanicamente, utilizando-se escavadeiras e caminhes, sendo transportados para a indstria de cimento localizada na cidade de Barbalha, que dista

    nenhuma une pa ra da a iri ( 5). A ente ma-s a CIP 7.000

    toneladas/ms de rejeito.

    au de salo, com dim

    largura por 30

    dmeira etapa dcobertura do s

    ce

    Opq 70,0 km do local de extrao, sem

    raaap

    idade do avano, o volume de rejeito aumenta, formando pilhas de material que chega algumas vezes a ultrapassar o nvel de bancada da lavra.

    Os rerestrito a atvicinais nmais nobrda IBACCimento P

    firmou umaProdutores

    rem rao ra mine dores PedrCar Figura tualm , esti e queIBA consome cerca de

    RESERVAS

    Segundo dados oficiais do DNPM/2004, as reservas do calcrio laminado nos municpios

    alcrio int volume de aterial depende de cada afloramento, em lguns casos o capeamento da ordem entimtrica, atingindo-se logo a rocha s; m outras atinge cerca de 10 a 15 metros.

    ra tro e para a tecno

    pla o rial r

    m ent travs de carro de mo e empilhado rximo da frente de lavra, provocando um

    emperizado. Esse

    avano da frente de lavra ocorre de foara denue seja

    baixo, ou seja, qualquer emp a para a logia regad

    eetirada das cas, mat no proveitvel (materqueadas), re

    ial frivel, sobras e placas tirado anualm e ou Levantamento de campo nas principais frentes de lavra que geram uma maior quantidade de rejeitos, caracterizao destas frentes, anlises dos mtodos de extrao. Nestas foram ainda observadas as questes relacionadas ao minerador, produo da pedreira, beneficiamento, especificaes tcnicas da cava e produtos gerados;

    Na segunda etapa obteve-se a base topogrfica, tendo como referncia a

    de Nova Olinda e Santana do Cariri so cerca de 114,5 milhes de metros cbicos, o que equivale a 275 milhes de toneladas.

    METODOLOGIA

    Os estudos foram realizados nos municpios de Nova Olinda e Santana do Cariri em duas etapas:

    34folha planialtimtrica de Santana do Cariri, ndice de nomenclatura: SB. 24 Y D II, elaborada pela SUDENE, ano de 1972, da escala 1:100.000, para a escala 1:5000 atravs do software CAD 2000, onde os locais dos rejeitos foram plotados.

    Para obteno do volume dessas

    frentes de lavra utilizou-se a seguinte metodologia em cada pedreira selecionada. Foram marcados, atravs de GPS, pontos

    Figura 5 Carregamento de rejeito para IBACIP

  • que delimitavam os reobtida por altme

    jeitos, sendo a altura tro digital. Utilizaram-se dois

    ltmetros, ficando um imvel, junto base dos rej

    oordenadas obtidas, o formato do material a er calculado; com este procedimento

    ulo dos olumes (Figura 6).

    aeitos, em um ponto de cota arbitrada,

    enquanto que com o outro foram coletadas as cotas dos pontos de interesse, no caso os pontos intermedirios e outros no topo,

    tendo-se ento as diferenas de cotas que determinaram, juntamente com as csobteve-se maior preciso no clcv

    RE

    CO LO

    NoSa

    De posse desses dados, aps lotados no mapa base, formou-se figuras eomtricas sendo suas reas calculadas travs do CAD, obtendo-se assim os olumes com uma pequena margem

    pgav de erro

    rocedimentos foram

    loeprejeito das pedreiras para posterior anlise

    do CETEM.

    a (

  • CONCLUS

    omo resultado dos trabalhos executados, conclui-se pela viabitcnico-econmica dos rejeitos das pedreiras de calcrio, que totalizcom teores mdios de 53,8% CaMgO em outros usos/aplica

    A atividade de produo

    Cariri se constitui na economia bsica dos municpios de Nova OlindaCariri, visto que a agropecuria teum carter de subsistextrao desse bem mineral vem garaa permanncia do homem do campodestas cidades. Com ao aproveitamento rejeitos gerados, a renda dteria um substancial incremento.

    Um projeto para o aproveitamento d

    rejeitos entvel, pois alm de gerar emprego e renda para os municpios, traria ainda dentre outros, os seguintes

    custo zero de lavra, aproveitando o material j extrado e estocado, saneamento ambiental, minimizao dos

    nd, pertencente ao grupo Joo Santos. Estima-se que a IBACIP consome cerca d

    animal, industria siderrgica qumica e

    e ra a busca de novos mercados.

    S BIBLIOGRAFICAS

    rios Laminados do duo de perdas

    na lavra e aproveitamento do rejeito eza: UFC. Centro de

    Cincias, Departamento de Geologia. m Geologia, 1998,

    .H; PADILHA, M. W. M. A extrativa da pedra cariri no Cear. Fortaleza, Anais do IV

    Ornamentais do ear, 2003.

    F.W.H; PADILHA,M.W.M; OLIVEIRA,R.R. Estudo de Explorao Preliminar dos Rejeitos da Pedra Cariri. Anais em CD do I Simpsio Brasileiro de Roch

    ES alimentcia entre outros, seria pertinente necessrio pa

    Clidade REFERNCIA

    aram 1.030.000,00m, O e 0,8% OLIVEIRA, A. A Calc

    es. Cariri; Estudo para re

    da Pedra mineral. Fortal

    e Santana do Curso de Mestrado em apenas 160p.il. (Disserta

    ncia. Portanto a o de Mestrado).

    ntindo

    IDAL, F. W e dos

    industria estado do

    os mineradores Simpsio de Rochas0p, C

    os VIDAL, seria auto-sust

    benefcios:

    ndices de acidente e limpeza das frentes de lavra.

    Atualmente os rejeitos gerados tm

    seu emprego restrito a aterros e melhoria das estradas vicinais no perodo chuvosos. O seu uso mais nobre na composio de cimento, atravs da IBACIP, Industria Barbalhense de Cimento Portla

    e 7.000 toneladas/ms de rejeito, sem nenhuma remunerao para mineradores da Pedra Cariri.

    Considerando que as reservas dos

    rejeitos estocados totalizam um volume da ordem de 1 milho de m, equivalente a 2,4 milhes de toneladas, e sendo o consumo mensal da IBACIP DE 7.000 toneladas/ms, a vida til desses rejeitos hoje chegaria a 30 anos, aproximadamente.

    Conclui-se que um estudo de

    mercado desses rejeitos com vista ao uso/aplicao em outras industrias tais como: construo civil, insumos agrcolas, rao

    V

    Nordeste. 199-21

    as Ornamentais, Guarapari,2005.

    36

  • CARACTERIZAO TECNOLGCOMO ROCH

    Jussara Is

    Mestre pelo Programa de Ps-GraduaDepartamento

    Escola de Minas da Un

    ICAA OR

    m

    de Eivers

    Prof. Dr. Wilson T

    e Ps-Graduao de Engepartamento de Engenha

    da Universueiro@dem

    DE UMA JAZIDA DE SERPENTINITO NAMENTAL

    nia da Costa

    o de Engenharia Mineral ngenharia de Minas idade Federal de Ouro Preto rigueiro de Sousa

    nharia Mineral Programa dDe

    Escola de Minas trig

    ria de Minas idade Federal de Ouro Preto in.em.ufop.br

    Prof. Dr. Adilson Curi

    duae Engenha nas ersidade Fedemin.ufop.br

    o de Engenharia Mineral Programa de Ps-Gra

    Departamento dEscola de Minas da Univ

    curi@

    ria de Mideral de Ouro Preto

    RESUMO

    o o homem vem fazendo uso dos recursos

    o estabelecimento dessas civilizaes, a utilizao ular, da as diva organizao, tecnologia e cultura da hu

    revoluo das civilizaes intensif

    ossos dias, questes como globalizao, desenv ia

    co

    o

    padronizado

    ais subsdios auxiliam os produtores e os usu z mais amplo dos diversos produtos do setor de

    INTRODUO

    caracterizao tecnolgica de rochas orn riedades fsico-mecnicas das rochas. A sua anlise para rochas ornamentais de grande import cia a caracteriza

    Desde os primrdios da civiliza

    minerais, entre estes, destacou-se como de fundamental importncia para

    de pedra natural e, em partics rochas ornamentais, presentes nersas edificaes que to bem expressam

    manidade. Aicou o uso deste recurso natural,

    tendo sido o homem desafiado a encontrar e aperfeioar tecnologias adequadas para atender crescente demanda. Em n

    olvimento sustentvel e concorrncacirrada, faz do aperfeioamento tecnolgiuma necessidade para a sob