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Plenitude- Joanna de Angelis ;(psicografado por Divaldo PereiraFranco. 13° ed. Salvador, BA: Livr.Espirita Alvorada, 2002.

SumárioPlenitude 9 - Sofrimento 13 Análise dosSofrimentos 21 Origens do Sofrimento31 Cessação do Sofrimento 43Caminhos para a Cessação doSofrimento 51 Altruísmo 67 Motivos deSofrimentos 79 Caminhos para a Saúde85 Processo de Autocura 99 TerapiaDesobsessiva 113 Terapias Alternativas121 Sofrimento ante a Morte 129Sofrimento no Além-Túmulo 137

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Libertação do Sofrimento 147

PlenitudeFilosofias pessimistas e doutrinasreligiosas arbitrárias estabeleceram quea vida é sofrimento e que toda tentativapara a libertação dele resulta emmalogro lamentável.

Pensadores precipitados de ontem comode hoje, fiéis ao diagnóstico ignóbil,propõem o suicídio como solução, aeutanásia e o aborto como mecanismosde fuga para superar as situaçõesaflitivas e a pena de morte como recursopunitivo, em demonstração de conduta

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materialista rebelde e ácida, na qual acrueldade assume papel preponderante.

O utilitarismo e o hedonismo, sobre osquais constroem as suas aspirações, sãoos responsáveis pela óptica distorcidada realidade, de que desejam libertar-se.

Certamente, o sofrimento faz parte davida, por ser mecanismo da natureza,através do qual o progresso intelecto-moral se expressa e consolida.

O diamante bruto aguarda a lapidaçãopara fulgir como estrela luminosa.

Os metais necessitam da altatemperatura, a fim de amoldarem-se à

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beleza e à utilidade.

A madeira experimenta os instrumentoscortantes para desempenhar os papéisrelevantes a que está destinada.

O rio cava o próprio leito por ondecorre. Igualmente, o Espirito necessitalapidar as arestas que lhe encobrem aluminosidade, e, para tal, o sofrimentose apresenta como ocorrência normal,que o conhecimento e a força de vontadeconseguem conduzir com equilíbrio,alcançando a finalidade sublime a quese encontra destinado.

O sofrimento, por outro lado, estávinculado à sensibilidade de cada um,variando, portanto, e adquirindo

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dimensões diversas. A dor do brutoapresenta-se asselvajada e perturbadora,explodindo em agressividade e loucura.O sofrimento do esteta e do santo seexpressa como anseio de libertação ecrescimento intimo.

Atravessando as fases primárias davida, no seu mecanismo automático deevolução, o psiquismo amplia asaptidões inatas e desenvolve os germesda perfeição nele jazentes, tornando-seherdeiro na etapa imediata dasexperiências anteriores.

O sofrimento, em face das injunções deamargura e dor de que se reveste, vemmerecendo o mais amplo investimentohistórico de que se tem noticia,

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objetivando-se a libertação dele e aplenitude da criatura.

De Krishna a Buda, a Jesus, a AllanKardec, a visão religiosa e filosóficasobre o sofrimento recebeu valiosascontribuições, que hoje, no esforço dosmodernos cientistas da saúde holística,parecem alcançar um grau maior deentendimento do homem e do seuinterrelacionamento com as forças vivasda natureza, refletidas na Ecologia,ensejando uma compreensão maior davida e da sua finalidade.

Antecipando essa conduta hodierna, oEspiritismo vem conclamando o homempara o respeito a Deus, a si mesmo, ao

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próximo, a todas as expressões vivas ounão que lhe constituem o ambiente emque está localizado, para aprender e serfeliz, assim adquirindo a sua plenitude.

Considerando a problemática humana,existente no próprio indivíduo - odesconhecimento de si mesmo - e tendoem vista os urgentes fatores quedesencadeiam o sofrimento, arrastandomultidões à sandice, ao desalento, àalucinação, às fugas inglórias pelosuicídio e pelos vícios, resolvemosaprofundar estudos em torno dele, orareunidos no presente livro, que trazemosao conhecimento do prezado leitor,interessado na solução desse terrívelflagelo responsável por incontáveis

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males, para uns, e bênçãos, para outros,possibilitando aos últimos a ascensão ea glória...

Analisamos alguns dos seus aspectos,conforme a visão budista e a cristã, epropomos a solução espirita, em razãoda atualidade dos postulados queconstituem a Revelação do Consolador,convidando o homem aoautodescobrimento, à vivênciaevangélica, ao comportamento lúcidoadvindo do estudo e da ação iluminativana trilha da caridade fraternal.

Confiamos que o nosso esforço irácontribuir para o esclarecimento dosnossos leitores, induzindo-os àaquisição da plenitude, em paz e saúde,

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inteiramente livres do sofrimento,construindo o amor como fonte viva derealização intima e geral.

Esperando haver alcançado o objetivo aque nos propusemos, rogamos ao"Modelo e Guia da humanidade" nosabençoe e conduza.

Salvador, 17 de outubro de 1990.

Joanna de Angelis.

"Senhor! Ajuda-me a transitar: da trevapara a luz; da mentira para a verdade; eda morte para a imortalidade."

(Upanishads)

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"Sente-se sozinho, em silêncio. Baixe acabeça, feche os olhos, respirepausadamente e imagine que estácontemplando o interior do seu coração.Transfira sua mente, seus pensamentosde seu corpo para seu coração. Quandoexpirar, diga: Senhor, tende piedade demim."

(Gregório do Sinai - Mosteiro do MonteAthos - Século XIV)

I - SofrimentoO homem empenha-se, afanosamente,para vencer o sofrimento, que se lheapresenta como adversário soez.

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Em todas as épocas, ele vem travandouma violenta batalha para eximir-se àdor, em continuas tentativas infrutíferas,nas quais exaure as forças, o ânimo e oequilíbrio, tombando depois em maisgraves aflições.

Passar incólume ao sofrimento é agrande meta que todos perseguem. Pelomenos, diminuir-lhe a intensidade ouacalmá-lo, de modo a poder fruir osprazeres da existência em incessantesvariações.

Imediatista, interessa-lhe o hoje, semvisão do porvir. Como efeito, osofrimento tem sido consideradovingança ou castigo divino, portanto,credor de execração e ódio.

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Nas variadas mitologias, as figuras dedeuses invejosos quão despeitados,infligindo punições ás criaturas ecomprazendo-se ante as dores quepresenciam, são a resposta ancestralpara o sofrimento na Terra.

de alguma forma concordes com essasabsurdas conceituações, estabelecerammétodos depuradores para a libertaçãodo sofrimento, que vão desde as maisbarbaras flagelações - silícios,holocaustos, promessas e oferendas - aoascetismo mais exacerbado, procurandonegar o mundo e odiá-lo, a fim de, comessas atitudes, acalmarem e agradaremaos deuses ou a Deus.

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Paralelamente, o estoicismo, herdeiro dealguns comportamentos orientais, tentouimunizar o homem, estimulando-o a umaconduta de graves sacrifícios que, semembargo, é desencadeadora desofrimento.

Para liberar-se desse adversário, acriatura impõe-se outras formas de dor,que aceita racionalmente, por livreopção, não se dando conta do equivocoem que labora.

A dor, porém, não é uma punição. Antes,revela-se um excelente mecanismo davida a serviço da própria vida.

Fenômeno de desgaste pelas alteraçõesnaturais da estrutura dos órgãos - à

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medida que a energia se altera advém adeterioração do invólucro material queela vitaliza - essa disjunção faz-seacompanhada pelas sensaçõesdesagradáveis da angústia, desequilíbrioe dor, conforme seja a área afetada noindivíduo.

Desse modo, é inevitável a ocorrênciado sofrimento na Terra e nas áreasvibratórias que circundam o planeta, nasquais se movimentam os seus habitantes.Ele faz parte da etapa evolutiva do orbee de todos quantos aqui estagiam,rumando para planos mais elevados.

Na variada gênese do sofrimento, todoesforço para mitigá-lo, sem a remoçãodas causas, não logrará senão paliativos,

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adiamentos. Mesmo quando algumainjunção premie o enfermo com umasúbita liberação, se a terapia nãoalcançou as razões que o desencadeiam,ele transitará de uma para outraproblemática sem conseguir a saúdereal.

Isso porque, em todo processodegenerativo ou de aflição, o Espirito,em si mesmo, é sempre o responsável,consciente ou não. E, naturalmente, sóquando ele se resolve pela harmoniainterior, opera-se-lhe a conquista dapaz.

Em tal situação, mesmo ocorrendo osprocessos transformadores da ação

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biológica, o sofrimento disso decorrentenão afeta a emoção nem se transformaem causa de danos. A semelhança deoutros automatismos fisiológicos, aconsciência não lhe registra amanifestação.

O sofrimento, portanto, pode e deve serconsiderado uma doença da alma, queainda se atém às sensações e opta pelasdireções e ações que produzemdesequilíbrio. Nessa fase, dos interessesimediatos, todo um emaranhado depaixões primitivas propele o ser nadireção do gozo, sem a ética necessáriaou o sentimento de superior eleição, e oatira nos cipoais dos conflitos quegeram a desarmonia das defesas

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orgânicas, as quais cedem à invasão demicróbios e virus que lhes destroem aimunidade, instalando-se, insaciáveis,devoradores.

Da mesma forma, os equipamentosmentais hipersensíveis desajustam-se,abrindo campo A instalação dasalienações, das obsessões cruéis.

Por extensão, pode-se dizer que osofrimento não é imposto por Deus,constituindo-se eleição de cada criatura,mesmo porque, a sua intensidade eduração estão na razão direta daestrutura evolutiva, das resistênciasmorais características do seu estágioespiritual.

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É a sensibilidade emocional que filtra ador e a exterioriza. Com ela reduzida, asagressões de toda ordem recebemresposta de violência e agressividade.

Nas faixas mais primitivas da evolução,os fenômenos dor, desgaste,envelhecimento e morte, porque quasedestituídos os seres de raciocínio eemotividade,

que ainda se lhes encontram em germe,seguem uma linha direcionalautomatista, na qual as exceções atestamo trânsito da essência psíquica paraestágios mais elevados.

Decorre disso que o sofrimento é maiornas Areas moral e emocional, que

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somente se encontram nos portadores demais alto grau de evolução, desensibilidade, de amor, capazes deultrapassar tais condições, sobrepondo-se-lhes mediante o controle de que sefazem possuidores, diluindo naesperança, na ternura e na certeza davitória as injunções aflitivas.

Fugir, escamotear, anestesiar osofrimento são métodos ineficazes,mecanismos de alienação que postergama realidade, somando-se sempre com asobrecarga das complicaçõesdecorrentes do tempo perdido. Pelocontrário, uma atitude corajosa deexaminá-lo e enfrentá-lo representavalioso recurso de lucidez com efeito

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terapêutico propiciador de paz.

As reações de ira, violência e rebeldiaao sofrimento mais o ampliam, pelodesencadear de novas desarmonias emáreas antes não afetadas.

A resignação dinâmica, isto é, aaceitação do problema com uma atitudecorajosa de o enfrentar e remover-lhe acausa, representa avançado passo para asua solução.

É de insuspeitável significação positivao equilíbrio mental e moral diante dosofrimento, o que se consegue por meiodo treinamento pela meditação, pelaoração, que defluem do conhecimentoque ilumina a consciência, orientando-a

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corretamente.

Conhecer-se, na condição de Espiritoimortal em processo evolutivo medianteas experiências reencarnatórias,representa para o homem alta aquisiçãode valores para compreender,considerar e vencer o sofrimento, quefaz parte do modus operandi de todos osseres.

Muitas pessoas advogam que osofrimento é a única certeza da vida,sem compreenderem que ele está narazão direta da conduta remota oupróxima mantida para cada qual.

Pode-se dizer, portanto, que a suapresença resulta do distanciamento do

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amor, que lhe é o grande e eficazantídoto.

Interdependentes, o sofrimento e o amorsão mecanismos da evolução. Quandoum se afasta, o outro se apresenta. Asvezes, coroando a luta, na reta final, ei-los que surgem simultaneamente, sem osdanos que normalmente desencadeiam.

A historia dos mártires atesta-nos alegitimidade do conceito.

Acima de todos eles, porém, destaca-seo exemplo de Jesus, lecionando, peloamor, a vitória sobre o sofrimentodurante toda a Sua vida, principalmentenos momentos culminantes do Getsêmaniao Gálgota, e daí à ressurreição...

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"Os fenômenos da vida podem sercomparados a um sonho, a um fantasma,a uma bolha, a uma sombra, a umaorvalhada cintilante até a um raioluminoso, e como tal deveriam sercontemplados."

Buda (O Sutra Imutável)

II - Análise dosSofrimentos

Buda ensinava que a única função davida é a luta pela vitória sobre osofrimento. Empenhar-se em superá-lodeve ser a constante preocupação dohomem.

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Após tentá-lo mediante o ascetismo maisaustero e as disciplinas mais rígidas, ojovem Gautama afastouse do monastériocom alguns candidatos desanimados efoi meditar calmamente, logrando aIluminação.

Estabeleceu a teoria do 'caminho domeio' para alcançar a paz. Nem mais aausteridade cruel, nem as dissipaçõescomuns, mas o equilíbrio da meditação.

Voltou-se então para a libertação doshomens e estabeleceu as quatro NobresVerdades: o sofrimento, suas origens, acessação do sofrimento e os caminhospara a libertação do sofrimento.

Segundo as suas reflexões, o sofrimento

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se apresenta sob três formas diferentes:o sofrimento do sofrimento; o sofrimentoda impermanência e o sofrimentoresultante dos condicionamentos.

O sofrimento do sofrimento é resultadodas aflições que ele mesmoproporciona.

A dor macera os sentimentos,desencoraja as estruturas psicológicasfrágeis, infelicita, leva a conclusõesfalsas e estimula os estados de exaltaçãoemocional ou de depressão conforme aestrutura íntima de cada vitima.

Apresenta-se sob dois aspectos: físico emental, na imensa area das patologiasgeradoras de doenças. Nesse caso, o

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sofrimento é como uma doença eresultado dela.

As doenças, porém, são inevitáveis naexistência humana, em razão daconstituição molecular do corpo, dosfenômenos biológicos a que está sujeitonas suas incessantes transformações.

A abrangência da ação da matéria sobreo Espirito, particularmente nos estágiosmais primitivos, enseja sofrimentosconstantes em face das doenças físicascontinuas e das distonias mentaisfreqüentes.

semelhança do buril agindo sobre apedra bruta e lapidando-a, as doençassão mecanismos buriladores para a alma

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despertar as suas potencialidades ebrilhar além do vaso orgânico que aencarcera.

Nessa area, a ciência médica alcançouum elevado patamar do conhecimento,debelando antigas enfermidades quedizimavam milhões de existências ealucinavam multidões.

A lucidez do diagnóstico, a habilidadecirúrgica, a farmacopéia rica e asdiversas terapias alternativas, têmcontribuído com um grande contingentede socorro para atender os enfermos.Embora os surtos periódicos de antigosmales e o surgimento de outros que aimprevidência gera, essa conquistaexpressiva contribui para que tal

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sofrimento seja atenuado.

Na área das psicopatologias a visãohumana é hoje mais benigna do que nopassado, considerando o enfermo mentalum ser humano, e como tal prossegue,ainda que momentaneamente tenhaperdido a identidade, o equilíbrio, como direito de receber assistência,oportunidade e amor.

Multiplicaram-se, lamentavelmente,porém, os distúrbios existenciais,comportamentais, na área psicológica,nascendo a chamada geração neuróticaperdida no mare magnum das vitimas dosexo em desalinho, das drogasalucinantes, da violência e

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agressividade urbanas, do cinismodesafiador.

Os avanços tecnológicos nãobloquearam os corredores do desespero;a cultura hedonista, fria em relação aosvalores morais, e as guerras continuasfomentaram o medo, a insatisfação, odesespero, as fugas emocionais.

A juventude insegura tornou-se-lhe agrande vitima a um passo da depressão,da loucura, do suicídio.

Ao lado das diversificadas patologiasdesesperadoras do momento osfenômenos psicológicos dedesequilíbrio alastram-seincontroláveis.

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A mole humana passou a sofrer o efeitodesses sofrimentos que segeneralizaram.

A doença, todavia, é resultado dodesequilíbrio energético do corpo emrazão da fragilidade emocional doEspirito que o aciona. Os virus, asbactérias e os demais microorganismosdevastadores não são os responsáveispela presença da doença, porquanto elesse nutrem das células quando se instalamnas áreas em que a energia se debilita.Causam fraqueza física e mental,favorecendo o surgimento da doença,por falta da restauração da energiamantenedora da saúde. Osmedicamentos matam os invasores, mas

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não restituem o equilíbrio como sedeseja, se a fonte conservadora nãoirradia a força que sustenta o corpo.

Momentaneamente, com a morte dosmicróbios, a pessoa parece recuperada,ressurgindo, porém, a situação, em outroquadro patológico mais tarde.

A conduta moral e mental dos homens,quando cultiva as emoções dairritabilidade, do ódio, do ciúme, dorancor, das dissipações, impregna oorganismo, o sistema nervoso, comvibrações deletérias que bloqueiamáreas por onde se espraia a energiasaudável, abrindo campo para ainstalação das enfermidades, graças àproliferação dos agentes viróticos

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degenerativos que ali se instalam.

Quase sempre as terapias tradicionaisremovem os sintomas sem alcançarem ascausas profundas das enfermidades.

A cura sempre provém da força daprópria vida, quando canalizadacorretamente.

As tensões físicas, mentais e emocionaissão, igualmente, responsáveis pelasdoenças - sofrimento que gerasofrimento.

O homem, desde as suas origens sociais,aprende a ter medo, a conservar mágoas,a desequilibrar-se por acontecimentosde somenos importância, desarticulando

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o seu sistema energético. Passa de umaborrecimento para outro, cultivandovirus emocionais que facultam ainstalação dos outros, degenerativos,responsáveis pelo agravamento das suasdoenças.

Os condicionamentos, as idéiaspessimistas, as crenças absurdas, asações vexatórias são responsáveis pelastensões que levam à desarmonia.

Evitando essas cargas, o sistemaenergético-imunológico liberará dedoenças o indivíduo, e a sua vidamudará, passando a melhorar o seuestado de saúde.

As causas profundas das doenças,

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portanto, estão no indivíduo mesmo, quese deve auto-examinar, autoconhecer-sea fim de liberar-se desse tipo desofrimento.

De imediato há o prazer que gerasofrimento. O cotidiano demonstra que abusca insaciável do prazer constitui umtormento que aflige sem compensação.Quando se tem a oportunidade de frui-lo, constatase que o preço pago foimuito alto e a sensação conseguida nãorecebeu retribuição correspondente.

Ademais, há aquisições queproporcionam prazer em um momentopara logo se transformarem em doresacerbas. E o responsável por esseresultado é a ilusão. A maioria dos

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sofrimentos decorre da forma incorretapor que a vida é encarada. Na suatransitoriedade, os valores reaistranscendem ao aspecto e à motivaçãoque geram prazer.

Esse é o sofrimento da impermanênciadas coisas terrenas. Esfumam-se comopalha ao fogo, atiçado pelo vento, logose transformando em cinza flutuando noar.

Para conseguir desfrutar de determinadoprazer o indivíduo investe além daspossibilidades, constatando, depois,quantas dificuldades tem a enfrentarpara manter essa conquista. A luta parapossuir um automóvel último modelo

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expõe-no a compromissos pesados parao futuro. A imaginação estimula-o com ailusão da posse para averiguar, passadoo prazer, que não tem condições parapreservar o veiculo adquirido, ou osmoveis, ou a residência, enfim, tudoquanto é impernnanente e brilha comatração apenas por um dia...

Medidas as possibilidades semsacrifícios, é factível constatar até ondepode aventurar-se, sem os riscos desofrer dores e arrependimentos tardios.

Essa visão correta, realista, que seadquire da existência, emoldura-a deharmonia. No entanto, a fantasiainjustificada responde pelo choqueinevitável com a realidade.

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Certamente, a cautela nas decisões nãose pode converter em medo de agir, emcultivo de pessimismo para o futuro. Sãoa ambição irrefreada, a precipitação, afalta de controle, que abrem espaçosemocionais para o prazer que gera dor.

Aí estão os vícios sociais e moraisestiolando vidas, produzindo a lassidãodos sentidos e, a médio, curto ou longoprazo conduzindo A loucura, aoautocidio. São alguns deles o inocentecigarro de exibição no grupo socialcomo afirmação da personalidade,eliminação de tabu, respondendo porgraves problemas respiratórios,cânceres, enfisemas pulmonares; o

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prazer etílico gerador de ressacastormentosas, cirroses hepáticas, úlcerasgástricas e duodenais, distúrbiosintestinais e outros, além dasalucinações que levam A violência, àdepressão, à destruição de outras vidase tudo quanto é caro, precioso, comresultados funestos; as drogas, queescravizam, iniciando-se asdependências nas primeiras tentativasque parecem proporcionar o prazer,estimulando a alegria, a coragem, arealização, vitórias fugidias sobre osfortes conflitos psicológicos, logo seconvertendo em desgraças, As vezes,irremediáveis...

O engano de considerar-se invencível,

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superior, provando o desconhecimentoda fragilidade e da impermanência doconjunto que o constitui, especialmentede seu corpo, faculta, ao ser, prazermentiroso, que o desperta sob grandesofrimento.

Ninguém escapa As conjunturas queconstituem a vida. Programada de formaa educar e fortalecer, seus aprendizesnão a podem burlar indefinidamente.

Enfrentar as vicissitudes e superar osvalores indicativos de prosperidade, deprazer injustificável, eis como poupar-se ao sofrimento. É certo que um númerosignificativo de prazeres se apresenta,sem riscos de converter-se em fatorafligente.

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O sofrimento, portanto, quando se temdele consciência, é facilmente evitável.

O sofrimento resultante docondicionamento abarca a educaçãoincorreta, a convivência social poucosaudável, que propiciam agregadosfísicos e mentais contaminados.

A escala de valores, para muitosindivíduos, apresenta-se invertida, tendopor base o imediato, o arriscado, ovulgar e o promíscuo, o podertransitório, a força, como relevantespara a vida. Os seus agregados, sobaltas cargas de contaminação, produzemsofrimentos físicos e mentaisduradouros.

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As festas ruidosas atraem a atenção, ascompanhias jovens e irresponsáveisdespertam interesse, as conversaçõeschulas produzem galhofa, que sãosatisfações de um momento,responsáveis por sofrimentos de largoporte.

Ao mesmo tempo, a contaminaçãopsíquica e fisica, derivada doscondicionamentos doentios dos grupossociais e dos indivíduos, promovesofrimentos que poderiam ser evitados.

A irradiação mórbida de uma pessoaenviando a outra energia negativa,termina por contaminá-la, caso esta nãopossua fatores defensivos, reagentes,que procedam da sua conduta mental e

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moral edificante.

O homem vive na Terra sob a ação demedos: da doença, da pobreza, dasolidão, do desamor, do insucesso, damorte. Essa conduta é resultado de seudespreparo para os fenômenos normaisda existência, que deve encarar comoprocesso da evolução.

Herdeiro da própria consciência, étambém legatário dos atavismos sociais,dos hábitos enfermos, entre os quais sedestacam esses pavores que resultamdas superstições, desinformações eilusões ancestrais, tornando oscondicionamentos perturbadores.

Absorvendo e impregnando-se desses

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tatores negativos, os sofrimentosapresentam-se-lhe inevitáveis,produzindo distúrbios psicológicos,mentais e fisicos por somatizaçãoautomática.

A educação calcada nos valores éticos-morais, nãocastradora, que estimule aconsciência do dever e daresponsabilidade do indivíduo para comele próprio, para com o seu próximo epara com a vida, equipa-o de saúdeemocional e valor espiritual para otransito equikibrado pela existênciafísica. Esse conhecimento prepara-opara que saiba selecionar o que lhe éútil e saudável, ajudando-o nocrescimento interior para a sua

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realização pessoal. Enquanto estediscernimento não se transformar emforça canalizadora para o seu bem, oindivíduo experimentara o sofrimentoresultante do condicionamento, que lheadvém dos agregados físicos e mentaiscontaminados. "Os sofrimentos devidosa causas anteriores à existênciapresente, como os que se originam deculpas atuais, são muitas vezes aconseqüência da falta cometida, isto é, ohomem, pela ação de uma rigorosajustiça distributiva, sofre o que fezsofrer aos outros."

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, deAllan Kardec, 52a edição, FEB, Cap.V,item 7.)

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III - Origens doSofrimento

Ainda segundo o budismo, as origens dosofrimento se apresentam por meio decondições internas e externas, resultandodaí outras duas ordens: as carmicas e asemoções perturbadoras.

Indubitavelmente, conforme acentua aDoutrina Espirita, o homem é a síntesedas suas próprias experiências, autor doseu destino, que ele elabora mediante osimpositivos do determinismo e do livre-arbítrio.

Esse determinismo - inevitável apenas

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em alguns aspectos: nascimento, morte,reencarnação - estabelece as linhasmatrizes da existência corporal,propelindo o ser na direção da suafatalidade última: a perfeição relativa.Os fatores que programam as condiçõesdo renascimento do corpo físico são oresultado dos atos e pensamentos dasexistências anteriores. Ser feliz quantoantes ou desventurado por largo tempodepende do livre-arbítrio pessoal. Aopção por como e quando agir libera oEspirito do sofrimento ou agrilhoa-o nassuas tenazes.

A vida são os acontecimentos de cadainstante a se encadearemincessantemente. Uma ação provoca uma

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correspondente reação, geradora denovas ações, e assim sucessivamente.

Desse modo, o indivíduo é o resultadodas suas atividades anteriores. Nemsempre, porém, se lhe apresentam essesefeitos imediatamente, embora isso nãoo libere dos atos praticados.

É possível que uma experiênciafracassada ou danosa, funesta ouprejudicial se manifeste a outras pessoascomo ao seu autor por meio dosresultados, após a próxima ou passadasalgumas reencarnações. Essesresultados, no entanto, chegarão deimediato ou em mais tardio tempo. Ocerto é que virão em busca da reparaçãoindispensável.

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Da mesma forma, as construções do bemse refletirão no comportamento posteriordo indivíduo, sem que, necessariamente,tenham caráter instantâneo. O fatortempo, na sua relatividade, é desomenos importância.

Portanto, os sofrimentos humanos denatureza cármica podem apresentar-sesob dois aspectos que secomplementam: provação e expiação.Ambos objetivam educar e reeducar,predispondo as criaturas ao inevitávelcrescimento intimo, na busca daplenitude que as aguarda.

A provação é a experiência requerida ouproposta pelos Guias espirituais antes

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do renascimento corporal do candidato,examinadas as suas fichas de evolução,avaliadas as suas probabilidades devitória e os recursos ao seu alcance parao cometimento. Apresenta-se comotendências, aptidões, limites epossibilidades sob controle, doressuportáveis e alegrias sem exagero, quefacultem a mais ampla colheita deresultados educativos. Nada é imposto,podendo ser alterado o calendário dasocorrências, sem qualquer prejuízo paraa programação iluminativa do aprendiz.

No mapa dos compromissos, nãofiguram as injunções mais aflitivas nemas conjunturas traumatizantesirreversíveis.

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As opções de como agir multiplicam-sefavoravelmente, de forma que, havendoarestas a aplainar, esse trabalho nãoimpõe uma ação imediata pelosofrimento.

A ação do amor brinda o ser comexcelentes ensanchas de alterar paramelhor o seu desempenho e as suasatividades, constituindo-lhe suportáveisprovas o malogro de alguma aspiração,o desafio ante algumas metas que lheparecem inalcançAveis, as dores dosprocessos de desgaste orgânico emental, sem as quedas profundas noscalabouços das paralisias, dasalienações, das doenças irrecuperáveis.

Se tal suceder, ainda poderemos

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catalogar como escolha pessoal, poracreditar o candidato ser esse o meiomais eficaz para a sua felicidadepróxima, liberando-se da canga rude dainferioridade moral.

Podèr-se-á identificar essa providencialescolha, na resignação e coragemdemonstradas pelo educando e atémesmo na sua alegria diante dasocorrências dolorosas.

As provações se manifestam, dessaforma, de maneira suave, lenificadora noseu conteúdo e abençoada nas suasfinalidades. Sem o caráter punitivo,educam de forma consciente, incitandoao aproveitamento da ocasião em forma

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eficiente e mais lucrativa, com o queequipam aqueles que as experimentam,para que se convertam em exemplos,apóstolos do amor, do sofrimento,missionários do bem, mártires dosideais que esposam, mesmo que noanonimato dos testemunhos, sempre setornando modelos dignos de serimitados por outras pessoas.

As provações mudam de curso,suavizando-se ou agravando-seconforme o desempenho do Espirito.

A eleição de certas injunções maisdifíceis no processo evolutivorepresenta um ato de sabedoria, tendo-seem vista a rapidez da existênciacorporal e os benefícios auferidos que

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são de duração ilimitada.

Considerando-se a vida sob o ponto devista causal, das suas origens eternas, asocorrências na esfera física são debreve duração, não se alongando maisdo que um curto período que,ultrapassado, deixa as marcasdemoradas de como foram vivenciadas.Valem, portanto, quaisquer empenhos,os sacrifícios, as provas e testes querecompõem os tecidos dilacerados daalma, advindos das anteriores atitudesinsensatas.

Toda aprendizagem propõe esforço paraser assimilada e toda ascensão exige ocontributo da persistência, da força e do

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valor moral.

Os compromissos negativos, pois,ressurgem no esquema da reencarnaçãocomo provações lenificadoras, que oamor suaviza e o trabalho edificanteconsola.

As expiações, todavia, são impostas,irrecusáveis, por constituírem amedicação eficaz, a cirurgia corretivapara o mal que se agravou.

Semelhante ao que sucede na área civil,o delinquente primário tem crédito quelhe suaviza a pena e, mesmo ante osgravames pesados, logra certa liberdadede movimento sem a ter totalmentecerceada. O reincidente é convidado à

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multa e prisão domiciliar, conforme ocaso, no entanto, aquele que não secorrige é conduzido ao regimecarcerário e, diante de leis maisbárbaras, à morte infamante.

Guardadas as proporções, nos primeiroscasos, o infrator espiritual é conduzido aprovações, enquanto que, na últimahipótese, à expiação rigorosa. Porque oamor de Deus vige em todas as Suasleis, mais justas do que as dos homens,seja qual for o crime, elas objetivamreeducar e conquistar o revel, não omatando, isto é, não o extinguindo.Jamais intentam vingar-se do alucinado,antes buscam recuperá-lo, porque todossão passíveis de reabilitação.

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O encarceramento nas paresias,limitações orgânicas e mentais, asparalisias, as patologias congênitas sempossibilidade de reequilíbrio, certostipos de loucura, de cânceres, deenfermidades degenerativas setransformam em recurso expiatório parao infrator reincidente que, noeducandário das provações, maisagravou a própria situação, derrapandopara os abismos da rebeldia e daalucinação propositais. Entre esses,suicidas premeditados, homicidas frios,adúlteros contumazes, exploradores devidas, vendedores de prazeres viciosos,tais como as drogas alucinógenas, osexo, o álcool, os jogos de azar, achantagem e muitos artigos da crueldade

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humana catalogados nos EstatutosDivinos.

Cada ser vive com a consciência queestrutura. De acordo com os seuscódigos, impressos em profundidade naconsciência, recolhe as ressonânciascomo experiências reparadoras oupropiciatórias de libertação.

HA, em nome do amor, casos deaparentes expiações - seres mutilados,surdos-mudos, cegos e paralisados,hansenianos e aidéticos, - entre outros,que escolheram essas situações paralecionarem coragem e conforto moralaos enfraquecidos na luta e desolados naredenção.

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Jesus, que nunca agiu incorretamente, éo exemplo máximo.

Logo após, Francisco de Assis, queelegeu a pobreza e a dor para ascendermais, não expurgava débitos, antesdemonstrava-lhes a grandiosidade dosbenefícios. Helen Keller, Steinmetz emuitos outros heróis de ontem como dehoje são lições vivas do amor em formade abnegação, convidando à felicidade eao bem.

As expiações podem ser atenuadas, não,porém, sanadas.

Enquanto as provações constituem formade sofrimento reparador que promove,as expiações apenas restauram o

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equilíbrio perdido, reconduzindo odelituoso à situação em que seencontrava antes da queda brutal.

Transitam, ainda, na Terra, portadoresde expiações que não trazem aparênciaexterior. São os seres que estertoram emconflitos cruéis, instáveis e insatisfeitos,infelizes e arredios, carregando dramasíntimos que os estiolam, afligindo-ossem cessar. Podem apresentar aparênciaagradável e conquistar simpatia, semque se liberem dos estados interioresmortificantes.

A consciência não perdoa, no queconcerne a deixar no olvido o crimeperpetrado. O seu perdão se expressamediante a reabilitação do infrator.

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As origens do sofrimento estão sempre,portanto, naquele que o padece, norecôndito do seu ser, nos painéisprofundos da sua consciência.

Ao lado das origens cármicas dosofrimento, surgem as causas atuais,quando o homem o busca mediante airresponsabilidade, a precipitação, aprevalência do egoísmo que o incita âescolha do melhor para si em detrimentodo seu proximo. Essa atitude se revelaem forma de emoções perturbadoras,que o aturdem na área das aspirações ese condensam em formas de aflição.

As emoções perturbadoras galvanizam ohomem contemporâneo, mais do que o

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de ontem, em razão dos conflitospsicossociais, socioeconômicos,tecnológicos e outros... Os impulsos elutas que induzem o indivíduo A perdada individualidade, escravizando-o aospadrões de conveniência vigente, sãorelevantes como desencadeadores desofrimento.

Também a perda do senso de humortorna a criatura carrancuda e artificial,gerando emoções perturbadoras.

A ausência da liberdade pelasconstrições de toda ordem igualmenteproporciona sofrimento.

Esses fenômenos psicológicos, nocampo do comportamento, propiciam

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emoções afligentes tais como: o desejo,o ofuscamento, o ódio, a frustração.

Porque não sabe distinguir entre oessencial e o supérfluo, o que convém eaquilo que não é licito conseguir, ohomem extrapola nas aspirações eatormenta-se pelo desejo malconduzido,ambicionando além das possibilidades etransferindo-se de uma para outra formade amargura.

O desejo é um corcel desenfreado queproduz danos e termina por ferir-se, nasua correria insana.

A primeira demonstração de lucidez eequilíbrio da criatura é a satisfação antetudo quanto a vida lhe concede. Não se

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trata de uma atitude conformista, sem aambição racional de progredir, mas,sim, de uma aceitação consciente dosvalores e recursos que lhe chegam,facultando-lhe harmonia interior e bem-estar na Area dos relacionamentos, nogrupo social no qual se situa.

Toda vez que o desejo exorbita, gerasofrimento, em razão de tornar-se umaemoção perturbadora forte, quedesarticula as delicadas engrenagens doequilibria

Narra-se que a infelizmente célebreMessalina, após uma larga noite dedesejos e orgia, foi interrogada porCláudio, ao amanhecer, igualmenteaturdido: - "Estás satisfeita?" Ao que ela

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teria redargüido: "Não; cansada!"

Febre voraz, o desejo faz arder asenergias, aniquilando-as. Sempre setransfere de uma para outra area, porconduzir o combustível da insatisfação.Males incontáveis se derivam da suacanalização equivocada, em face dassuas nascentes no egoísmo, este cancerdo Espirito, responsável por danoscontinuos no processo da evolução doser.

Mesmo na realização edificante, odesejo tem que ser conduzido comequilíbrio, a fim de não impornecessidades que não correspondem arealidade. O ideal do bem, o esforço por

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consegui-lo expressam-se de formasaudável quão gratificante, tornando-seestimulo para o desenvolvimentoconstante dos germes que dormem nacriatura, aguardando a eclosão dosfatores que lhes são propiciatórios.

Como o efeito do desejo, o ofuscamento,que decorre da presunção e do orgulho,é causa de sofrimentos, em razão doemaranhado de raizes na personalidadedo homem ambicioso e deslumbrado,como Narciso ante a própria imagemrefletida no lago.

As ilusões da prosperidade econômica esocial, cultural e política induzem oinsensato ao ofuscamento, porpermitirem-lhe acreditar-se superior aos

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demais, inacessível ao próximo,colocando barreiras no relacionamentocom as outras pessoas que lhe pareçamde menor status, qual se estas lheameaçassem a situação de destaque.Ignoram os fenômenos biológicosinevitáveis da enfermidade, velhice emorte, ou anestesiam a consciência paranão pensarem nas ocorrências doinsucesso, da mudança de situação, dassurpresas do cotidiano.

Todos esses fatores são motivos desofrimento, quando se pretende manter aposição de relevo, quan- do se temeperdê-la e quando isso acontece.

O ofuscamento desgoverna inumeráveis

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existências que se permitem as fantasiasdo trânsito orgânico, sem a claridadeque discerne entre as reais e asfalaciosas metas da vida.

Na mesma trilha, ressalta o domínio doódio nas paisagens dos sofrimentoshumanos. As suas irradiaçõesdestrutivas comburem as energias dequem o sustenta, enquanto, muitas vezes,atingem aqueles contra quem se dirigem,caso permaneçam distraídos dosdeveres relevantes ou em faixas mentaisequivalentes.

Loucura do amor não atendido, o ódiorevela a presença predominante dosinstintos agressivos vigentes,suplantando os sentimentos que devem

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governar a vida.

Jamais havendo motivo que lhejustifique a existência, o ódio éresponsável pelas mais torpescalamidades sociais e humanas de quese tem conhecimento.

Quando se instala com facilidade,expande as suas raizes como tenazesvigorosas, que estrangulam a razdo,transformando-se em agressividade eviolência, em constante manifestação.

Em determinados temperamentos, é qualuma chispa insignificante em um montede feno, produzindo um incêndiodevorador. Por motivo de somenosimportância, explode e danifica em

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derredor.

O ódio é causador de muitossofrimentos. Todo o empenho deve serenvidado para desarticulá-lo onde seapresente e instale; sem esse trabalho,ele se irradia e infelicita.

Pestilencial, ele contamina comfacilidade, travestindo-se de irritação,ansiedade, revolta e outros danososmecanismos psicológicos reagentes.

A frustração, por sua vez, responde porsofrimentos que seriam evitáveis, nãofossem as exageradas esperanças dohomem, as suas confusas idéias deautomerecimento, que lhe infundemcrenças falsas nas possibilidades que

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não lhe estão ao alcance.

Porque se supõe credor de títulos quenão possui, a criatura se frustra,entregando-se a reações inesperadas dedepressão ou cólera, fugindo da vida ouatirando-se, rebelde, contra ela e os seusvalores.

Quando o homem adquire a medida dopouco ou quase nenhum merecimentopessoal, equipa-se de harmonia e fé, decoragem e paz para enfrentar asvicissitudes e superá-las, nunca sepermitindo malograr nosempreendimentos. Se esses nãooferecem os resultados desejados, comoé natural, insiste, persevera, até aconstatação de que outro deve ser o

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campo de atividade a desenvolver ou atéreceber a resposta favorável do trabalhoenvidado.

O amor é o antídoto para todas as causasdo sofrimento, por proceder do DivinoPsiquismo, que gera e sustenta a vida emtodas as suas expressões.

Luarizado pelo amor, o homem discerne,aspira, age e entrega-se em confiança,irradiando energia vitalizadora, graças àqual se renova sempre e altera paramelhor a paisagem por onde semovimenta.

O amor é sempre o conselheiro sábio emqualquer circunstância, orientando comeficiência e produzindo resultados

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salutares, que propelem ao progresso e àfelicidade.

Na raiz de qualquer tipo de sofrimentosempre será encontrado como seu autoro próprio Espirito, que se conduziuerroneamente, trocando o mecanismo doamor pela dor, no processo da suaevolução.

A fim de apressar a recuperação, eis quese inverte a ordem dos acontecimentos,sendo a dor o meio de levá-lo de voltaao amor, por cuja trilha se faz pleno. "Ohomem tem de lutar com o problema doSOfriMento. O oriental quer livrar-se dosofrimento, expulsando-o;

o ocidental procura suprimi-lo com

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remédios. Mas o sofrimento precisa sersuperado, e o único meio de superálo ésuportando-o. Aprendemos isso somentecom Ele (

Cristo Crucificado)."

Carl Gustav Jung (Letters) PrincetonPrinceton University Press, 1973-vol.1,p.236.

IV Cessação doSofriMento

Na condição de enfermidade, osofrimento, para ser curado, encontradiversos meios eficazes. Alguns o

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atenuam, outros são inócuos, e raros seapresentam como de eficiênciaincontestável.

A cura real, porém, somente seconcretizará se a terapia extirpar-lhe ascausas. Enquanto não se extingam assuas fontes geradoras, ele se manifestaráinevitavelmente.

Desde que o mau uso da razão o origina,é indispensável agir no fulcro do seudesencadeamento, de modo a fazercessar a energia que o aciona e vitaliza.

Nos reinos irracionais, nos quais osofrimento resulta do fenômenoevolutivo através do desgaste naturaldas formas por desestruturação das

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moléculas e células, o concurso do amorhumano atenua-lhe a intensidade,alterando o campo e proporcionandolenitivo de equilíbrio ou saúde.

O homem, que pensa, é responsável pelapreservação da vida, que se manifestaem outros matizes e faz Parte doconjunto que lhe sustenta a existência,possibilitando a evolução de todos osseres e princípios vitais.

Desse modo, os atentados e adesconsideração à ecologia se refletemna vida humana, qual ocorre com suapreservação e cuidados. São as açõesrespondendo pelos seus efeitos.

A fim de que se possa fazer cessar o

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sofrimento, torna-se imprescindível aaquisição de uma consciênciaresponsável, capaz de remontar-lhe àsorigens, analisá-las e trabalhá-las comdirecionamento adredemente planejado.

A educação do pensamento, a disciplinados hábitos e a segurança das metas sãoos recursos hábeis para o logro, sem osquais as terapias e técnicas se tornampaliativas, sem resultaremsolucionadoras.

Em alguns casos o sofrimento, em simesmo, ainda é a melhor terapia para oprogresso humano. Enquanto sofre, ohomem menos se compromete,demorando-se em reflexão, de ondepartem as operações de reequillbrio. É

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comum a mudança de comportamentopara pior, quando diminuem os fatoresafligentes. Uma sede decomprometimento parece assaltar oindivíduo imaturo, que parte para futurassituações penosas, complicando osparcos recursos de que dispõe. Dessemodo, a duração do sofrimento muitocontribui para uma correta avaliaçãodos atos a que ele se deve entregar.Porque se origina no primitivismopessoal, pensamentos e açõesreprocháveis induzem-no a umaexistência infeliz, da qual se libertasomente quando se resolve por escalar amontanha do esforço direcionado para aevolução, a serenidade, a harmonia,trabalhando os metais grosseiros da

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individualidade e moldando-os no calordo sacrifício.

Sem esse, não há elevação moral, nemcompreensão das finalidades daexistência terrena.

Insculpidas na consciência, as DivinasLeis propelem a realização do bem quejaz em germe.

A demora pela definição é resultado deum período normal para oamadurecimento que faculta eleger o quedeve, daquilo que não convém realizar.

A cura de uma enfermidade impõe aextinção das suas causas. Alguém quehaja sido mordido ou picado por uma

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áspide ou um inseto venenoso deve, deinicio, bloquear, mediante garrote, aexpansão do tóxico, para combatê-lodepois.

Diante de uma pessoa que foi atingidapor uma seta envenenada, recomendaantiga sabedoria hindu, arranca-se-lhe aflecha primeiro, para depois tomar-seoutra providência qualquer.

As setas morais venenosas, cravadas nocerne da alma, enquanto não sejamretiradas, continuam resistindo aosantídotos aplicados nos seus danos, porprosseguirem contaminando suasvitimas.

Educar a mente, disciplinando a

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vontade, constitui o passo inicial paraextirpar as causas das aflições,infundindo responsabilidades atuais,geradoras, por sua vez, de novosresultados saudáveis, para propiciaremo futuro bem-estar a que se está fadado.

A recomendação de Jesus sobre o amoré de eficácia incontestável, por ser, essesentimento, gerador de valoresresponsáveis pela felicidade humana. Oamor dulcifica o ser e incita-o àsatitudes edificantes da vida. Mediante asua vigência, pensa-se antes de tomar-sedecisões, considerando-se quais as quesão mais compatíveis com a ética e osanseios do próprio coração. Jamaisdesejando para o seu próximo o que não

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gostaria de experimentar, assumem-secompromissos de prosperidade, semprejuízo de natureza alguma para si oupara os outros.

A própria lucidez gerada pelo amorinduz ao perdão indiscriminado paratodas as pessoas, por conseqüência,para si mesmo.

O olvido do mal, com abandono depropósitos de vingança, é inadiável paraalguém liberar-se de expressiva soma desofrimentos. As idéias deprimentes,acalentadas como resultados doressentimento ou do desejo deretribuição malévola, geramenfermidades que dilaceram os tecidosorgânicos e desconsertam os

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equipamentos emocionais. Enquantovigem, demoram-se os sofrimentosdominadores.

Por sua vez, o remorso e oarrependimento das ações infelizes, atristeza e os desgostos delas derivadosconstituem fatores mentais dissolventesque se instalam nas engrenagens daalma, provocando distúrbiospsicológicos, físicos e morais dedemorado curso.

O perdão para as faltas alheias luariza apaisagem intima, clareando as sombrasda angústia insistente que bloqueia aalegria de viver, produzindo sofrimentosinjustificáveis.

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Cerrada a porta de uma afeição,agredido por um amigo oudesconhecido, deve-se sempre seguiradiante no rumo das outras, dasinúmeras portas abertas que nosaguardam, e da compreensão fraternalpara com o revel, considerando-o umenfermo ignorante do mal que oconsome.

A vida são as incessantes oportunidadesque surgem pela frente, jamais osinsucessos que ocorreram no passado.

Assim, libertar-se do acontecimentonegativo, qual madeira podre que searremessa nas Aguas do rio doesquecimento, é atitude de saudávelsabedoria.

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Tal comportamento credencia o homema ser perdoado pelo seu irmão, que olibera do pagamento dos seus momentosinfelizes, não irradiando contra elepensamentos destrutivos - idéiasanestesiantes - que sempre sãoassimilados pelo fenômeno da sintoniamediante a consciência de culpa.

Quando alguém se liberta do lixomental, acumulado pela ignorância epela futilidade, começa o seurestabelecimento espiritual, e toda umaatividade nova se lhe apresentafavorável, abrindo-lhe espaço para asaúde.

Nesse grupo de tentames edificantes está

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o autoperdão.

Considerando a própria fragilidade, oindivíduo deve conceder-se aoportunidade de reparar os malespraticados, reabilitando-se perante simesmo e perante aqueles a quem hajaprejudicado.

A perfeita consciência do autoperdãonão se apóia em mecanismos de falsatolerância para com os próprios erros,que seria negligência moral, conivênciae imaturidade, antes representa umaclara identificação de crescimentomental e moral, que propiciadirecionamento correto dos atos para asaúde pessoal e geral.

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O arrependimento, puro e simples, senão acompanhado da ação reparadora, étão inócuo e prejudicial quanto a faltadele.

Assim, o complexo de culpa éigualmente danoso, porque nãosoluciona o mal praticado, sendo,ademais, responsável pelo agravamentodos seus maus resultados.

O autoperdão compreende a posiçãomental a respeito do erro e a satisfaçãointima ante a possibilidade deinterromper o curso dos males causados,como arrancar-lhes as raizes encravadasem quem lhes padece a constrição.

Será possível lograr o cometimento por

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meio de uma análise meticulosa dosfatores que levaram â ação reprochável,examinando outras alternativas que nãoforam utilizadas e que não teriamproduzido efeitos negativos, para depoispredispor-se a oportuna reconsideraçãoda atitude, liberando-se dadesconfortável injunção de culpaconflituosa.

Se, ante a resolução de auto-renovação,não se encontra a receptividade porparte da vitima, não constitua, estarecusa, um novo motivo para atrito,senão estimulo para continuar-se com opropósito salutar, revestindo-se de maispaciência e tolerância, a fim deenfrentar-se a reação do outro,

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igualmente enfermo e sem disposição,por enquanto, para liberar-se do mal queo entorpece.

O autoperdão ajuda o amadurecimentomoral, porque propicia clara visão daresponsabilidade, levando o indivíduo acuidadosas reflexões antes de tomaratitudes agressivas ou negligentes,precipitadas ou contraditórias no futuro.

Quando alguém se perdoa, aprendetambém a desculpar, oferecendo amesma oportunidade ao seu próximo.

O bem-estar que experimenta faculta-lhea alegria de propicia-lo ao outro, oofendido, gerando uma aura de simpatiaa sua volta, que se converte em clima de

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liberação do sofrimento.

A cessação real do sofrimento, portanto,dá-se quando, erradicadas as suascausas, desaparecem-lhe os naturaisfenômenos das conseqüências.

132. "Qual o objetivo da encarnação dosEspíritos?" "Deus lhes impõe aencarnação coin o fim de fazê-los chegarà perfeição. Para uns, é expiação; paraoutros, missão. Mas, para alcançaremessa perfeição, têm de sofrer todas asvicissitudes da existência corporal:nisso é que está a expiação. Visa ainda aoutro fim a encarnação: o de pôr oEspirito em condições de suportar aparte que lhe toca na obra da criação.Para executá-la é que, em cada mundo,

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torna o Espirito um instrumento deharmonia com a matéria essencial dessemundo, afim de aí cumprir, daqueleponto de vista, as ordens de Deus. Éassim que, concorrendo para a obrageral, ele próprio se adianta." (O Livrodos Espíritos, A. Kardec. 29" edição,FEB) -

V Caminhos para acessação doSofrimento

Considerando-se que os sofrimentos são

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causados pelos desconcertos doEspirito, que desarmonizam o fluxo daenergia, permitindo a instalação dasenfermidades físicas, mentais e morais,a forma eficaz para que cessem deveatingir o seu fulcro gerador, graças acujo comportamento será interrompida aonda perturbadora. Na mente lúcidasurgirá então a tranqüilidade,encarregada de produzir a saúde, que seirradiará por todo o organismo,produzindo o equilíbrio. Assim, oscaminhos constituirão o seu remédioeficiente.

Enquanto não houver uma consciênciade saúde real, o ser transitará de umpara outro sofrimento.

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Há pessoas que, embora semconhecimento das regras que promovema harmonia intima, gozam de saúde,apresentando-se bem dispostas e fortes.são esses, no entanto, fenômenosautomáticos do organismo, que secontaminará ou não durante a existência,de acordo com a conduta moral e mentalque se lhe imprima, permanecendo ounão saudáveis.

A antiga sabedoria budista estabeleceuum sistema de meditação, pelo qual asaúde se instala e o sofrimentodesaparece.

Jesus, portador de equilíbrio pleno,considerava o amor como a causa únicapara a realização ideal do ser. A

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mutilação ou ausência do amor a Deus,ao próximo ou a si mesmo, produz ainsatisfação, o desajuste, o desequilíbrioda energia, tornando-se fator causal dedoenças, de sofrimentos.

O desamor é, em realidade, uma doença,cuja manifestação se dá de imediato ouposteriormente, assinalando o ser comprocessos degenerativos dapersonalidade, que instalam noorganismo os virus e bacilos agressivos.

A somatização dos problemasemocionais que decorrem dainsegurança e do medo, da mágoa e doódio, do rancor e do ciúme éresponsável por graves patologias

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orgânicas, assim como as diversasenfermidades fisicas, produzindodistonias emocionais e perturbaçõespsíquicas lamentáveis.

Quando o amor, conforme o conceito deJesus, assenhoreia-se do ser humano,vitaliza-o e irradia paz, gerando umapsicosfera rica de vibrações deequilíbrio, graças às quais a saúde seexterioriza de forma positiva, inundandoa vida de esperança, de altruísmo e derealizações edificantes.

O indivíduo saudável em espirito faz-seelemento útil no concerto geral,tornando-se peça indispensável aoconjunto social, que progride com osseus esforços em contributos grandiosos,

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dignificadores.

O recolhimento interior, medianteanálise profunda dos recursos aoalcance, favorece o homem para queencontre os meios que fazem cessar osofrimento.

Partindo de uma outra etapa lógica, eleavança na harmonização interior,propiciando à energia que preserva asaúde um curso sem bloqueio, portanto,uma irradiação em todos os sentidos,intercambiando com a vibração divina,razão essencial da vida.

Inicialmente, deve o homem reconhecertodos os seres como se fossem amanifestação dos seus próprios pais,

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que lhe facultaram a vida física,especialmente a mãe, pelos sacrifíciosque se impôs durante a gestação, o partoe a alimentação preservadora da vida,nascida nas suas entranhas.

Mesmo quando esta não haja sabidocumprir com os deveres livrementeassumidos e aceitos, o fato de haverpermitido que a vida se manifestasse,concedelhe crédito para ser exemplo aser considerado.

Transferir para todos os seres vivos aimagem materna, certamente sem a visãopsicanalítica dos tormentos da libido,porém com sentimentos de respeito e deternura, constitui o primeiro passo parauma auto-realização pessoal, para o

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equilíbrio da emoção, liberando-seinteriormente de quaisquerreminiscências amargas ouperturbadoras, que são matrizes ocultasde muitos distúrbios comportamentaisgeradores de sofrimentos.

O homem renasce para ser livre, a fimde poder crescer e alcançar o seu fanalmaior, que é a realização plena. Todaamarra emocional negativa, com aretaguarda do seu processo de evolução,torna-se-lhe uma carga constritora,responsável por inúmeros problemasafligentes.

A imagem da mãe, de alguma formarespondendo por muitos conflitos, é

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também criadora de saudáveisestímulos. Seus sacrifícios e dedicação,as horas infindáveis de vigília e derenúncia de si mesma em favor da prole,as melodias que cantou nos ouvidos dosrecém-nascidos e todas as promessasque se foram tornando realidademerecem ser levadas em conta,repensadas e transferidas para todo sersenciente.

Diante de agressões ou submetido adificuldades pelo seu próximo, irritadoou cínico, perverso ou escravocrata,enfermo em qualquer hipótese, deve-seconsiderá-lo como se fosse a mãe em uminstante de fraqueza ou cansaço, carentede carinho e amizade. Ao invés da

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reação também agressiva, do repúdio ouindiferença vingadora, a paciênciagenerosa, a oportunidade para reflexão,a desculpa sincera, nenhumressentimento, nem amargura. Essecomportamento libera-o do azedume, doódio e do rancor, responsáveis porenfermidades que se infiltram comfacilidade e que são difíceis de sererradicadas.

Num prolongamento da afetividade, aconsideração pela mãe-Naturezaressalta como de importânciafundamental para o equilíbrio ecológico,por conseqüência, de todos quantoscontribuem para a sua harmonia.

Ver, portanto, em todos os seres vivos a

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projeção materna positiva, agradável,proporciona forças para a preservaçãoou restauração da saúde, para aliberação dos sofrimentos e do bem-estar, que são condições essenciais paraa felicidade.

De imediato, após a reflexão-vivênciadesse postulado, descobrir a bondadeque dorme em todos os seres e necessitaser despertada, estimulada, a fim de quefrondeje, enflorescendo e produzindofrutos bons.

Além e acima das nuvens sombrias háespaços transparentes infinitos, que oslimites das borrascas não alcançam.

No interior do diamante bruto, escuro e

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informe, fulgura uma estrela que aguardaser arrancada a golpes de cinzel elaminas lapidadoras.

Não há ninguém que não possua bondadeinterior. HA, nos refolhos da alma, apresença de Deus como luz coagulada,aguardando os estímulos de fora a fimde brilhar com alta potência.

Pessoas agressivas, que se comprazemem atormentar, produzindo sofrimentos,são portadoras de muitas dores intimas,que buscam disfarçar sob a máscara daviolência, da falsa superioridade, daalucinação.

Mesmo os animais selvagens, sobdomesticação, tornam-se amigos, e

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recebendo a vibração do amor alteram aconstituição do instinto agressivo,mudando de comportamento, o queatesta a presença do psiquismo divinoem germe, em tudo e todos.

Trata-se de uma conquista de sabedoriapoder penetrar na bondade latente dosseres, buscando sintonizar com esseestado de vida, ao invés de vincular-seapenas as manifestações exteriores, assuas reações defensivas-agressivas, quesão portadoras de vibrações morbfficas,portanto, desencadeadoras de muitosmales que respondem pelos sofrimentos.

Da experiência de identificar a bondadenos seres em geral vem a extraordináriaconquista de descobrir a presença de

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Deus em toda parte, em todas ascriaturas, estabelecendo vínculosemocionais de intercâmbio consciente,já que, inconscientemente, o indivíduoexperimenta uma interdependência deque ninguém se exime. Fater que ofenômeno automático do intercâmbio setorne lúcido é empreendimento válidoque faculta o progresso dos homens,desenvolvendo aptidões mais eloquentese expressivas.

A vida é um permanente desafio, rica deoportunidades de crescimento epenetração nos seus profundos arcanos,que se revelam cada vez maisfascinantes e valores intelecto-moraisdo Espirito na sua faina de evoluir.

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A dor e o sofrimento em geral sãoestágios mais primitivos do processo dedesenvolvimento que, mediante assensações e emoções afligentes,propelem o ser para outros planos,patamares mais elevados, nos quais osestímulos se apresentam de maneiradiversa, mais nobremente convidativos.Em tudo e em todos jazendo a presençade Deus, é necessário saber descobrirneles a bondade que expressa a suaessência, a sua origem, igualmentepresente em todas as vidas.

Nesse estágio, cumpre acentuar o desejode retribuir essa bondade, essa presençadivina.

A harmonia universal resulta da

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diversidade de formas, de expressões,de apresentações, em sutis processos desintonia, de similaridade.

Da mesma forma, ao ser identificadoqualquer valor relevante, especialmentea bondade em pessoas e animais, noselevados objetivos da vida vegetal, épreciso planejar retribuir essesentimento.

Partindo da intenção, deixar crescer odesejo de devolver, por naturalfenômeno de retribuição, a bondade, jáentão mais desenvolvida no seu mundointerior.

Do pensamento à palavra, à ação, passoa passo se agiganta a intenção que se

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converte em realidade criadora,retributiva, desenvolvendo recursos dealta magnitude em derredor. Essamovimentação de energia positiva ésaudável esforço para evitar-se osofrimento ou dele liberar-se.

A bondade é um pequeno esforço dodever de retribuir com alegria todas asdádivas que o homem frui, sem dar-seconta, sem nenhum esforço, porautomatismo - como o sol, a lua e asestrelas, o firmamento, o ar, aspaisagens, a água, os vegetais, osanimais - e que, inadvertidamente, ohomem vem consumindo, poluindo comalucinação, matando com impiedade...

A vida cobra aos seus agressores o

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preço da interferência negativa na suaordem e estrutura.

Assim, devolver-lhe a bondade érespeitar-lhe os códigos da existência,da sobrevivência, fomentando-lhe oaumento, a continuidade, a própria vida,onde quer que ela se expresse. Essabondade que se pode denominar comodever retributivo, abre espaço ao hábitopara outras formas de manifestá-la.

Os sentimentos nobres que não sãoestimulados à ação por largo períodoembotam-se, debilitam-se, quasedesaparecem. Desse modo, a bondadecresce por meio do exercício, tornando-se um hábito de vida ou desaparecendo

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por falta de ação.

Optar por agir ou não com bondade éatitude da mente e produzir o bem é docoração.

HA em todos os seres o instinto deconservação da vida e uma naturalinclinação para o bem, em razão deserem herdeiros de Deus emaprendizagem, na forma da utilizaçãodos recursos à sua disposição.

A escolha do rumo a seguir depende dointeresse imediato de resultados ou dalúcida preferência de frutos posterioresduradouros, mediante a renúncia domomento.

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A ascese longa e, às vezes, difícil, serálograda fatalmente, em face dadestinação assinalada para todos Osseres. Torná-la iluminada e agradáveldeve ser a opção de todos quantospensam e anelam por fazer cessarem ospróprios sofrimentos.

O exercício da bondade faculta campopara a vigência do amor, cuja conquistaplena coroa a vida, libertando-a detodas as algemas que a retêm. O amor éa vibração do Pai expandindo-se nadireção do filho e dele se exteriorizandoem todas as direções. Mesmo nosindivíduos mais cruéis, nos verdugosmais insensíveis, vigem os lampejos doamor em ondas de ternura, gestos de

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carinho, expressões de sacrifício...

Preservando a vida da prole, as feras seexpõem por instinto, traindo a presençaimanente do amor em forma irracional.

No homem, o amor esplende e cria oheroismo, o holocausto, o sacrifício comque a vida se engrandece e triunfa sobrea morte, qual dia perene sobre a noitetransitória.

O exercício do amor, dilatando osentimento que se harmoniza com a almada vida em tudo pulsando, favorece acessação do sofrimento, acaso existente.É o antídoto mais poderoso paraquaisquer fenômenos degenerativos, emforma de dor ou ingratidão,

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agressividade ou desequilíbrio, crimeou infâmia. Ele possui os ingredientesque diluem o mal e favorecem osurgimento do bem oculto.

Onde viceja o progresso, o amor semanifesta. Há exceções, como no casodo crescimento horizontal, em que ointeresse e a ganância fomentam odesenvolvimento econômico,tecnológico e social... Mesmo aí, o amorse encontra presente, emboradirecionado para o egoísmo, asatisfação dos próprios sentidos, deonde partirá para os gestos altruísticos,que proporcionam a alegria de outrem, obem-estar geral...

Sem o passo inicial, ninguém vence as

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distâncias. O egoísmo é a estaca zero, ásvezes perniciosa, para ensejar osprimeiros movimentos no rumo dasolidariedade, do bem comum. Pior queele é o desinteresse, a morbidez daindiferença, deixando transparecer que oamor está morto, não obstante seencontre dormindo, aguardando oestimulo correspondente para despertar.

A vida é impossível sem o amor. Damesma forma que o crime se disfarça eos sentimentos inferiores seescamoteiam sob máscaras diversas, hávárias expressões positivas que surgemno homem refletindo o amor de que eleainda não se deu conta. A medida que seagiganta, neutraliza o sofrimento e a sua

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vigência contribui para que cessem ascausas degenerativas que facultam osofrimento. Quando atinge elevadaqualidade, em somente uma pessoa,anula a fúria e o ódio com suasincontáveis vitimas, bem como dos seusfomentadores.

Irradiando-se, à semelhança da luz,domina todos OS escaninhos e tudoarrasta na direção do fulcro gerador daenergia.

Amor é sinônimo de saúde moral e quemo possui elimina as geratrizesenvenenadas que se expandemproduzindo sofrimento.

O amor é sutil e sensível, paciente e

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constante, não se irritando nem seimpondo nunca. No entanto, quem heexperimenta o mimetismo, jamais oesquece. Mesmo que momentaneamentelhe interrompa o fluxo, ele semprevolve.

Na raiz de toda ação enobrecida está aseiva do amor, produzindo vida esustentando-a.

Usar essa energia vital constitui dever e,com a consciência lúcida de suamagnitude, aplicá-la em prol daharmonia faz cessar o sofrimento. Ela évibração positiva, que ensejaentusiasmo e otimismo, dando coloridoà existência. Reverdece a terra cansadado coração e drena o charco, no qual a

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pestilência das paixões deixou que sedescompusessem a esperança e aalegria.

Ninguém ama inerte. Dinâmico, o amorinduz à ação construtiva, responsávelpelo progresso.

Objetivando sempre o bem, concentrasuas forças nele e não desiste enquantonão lobriga a meta. Ainda aí permanecesolidário, de modo a evitar que o serdepereça e tombe no desânimo.

Como o sofrimento decorre dainsatisfação, da distonia, dadegeneração dos tecidos e dosfenômenos biológicos desajustados, oamor age sobre as moléculas como onda

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vitalizante e, restaurando-lhes oequilíbrio, vence o sofrimento,interrompendo-lhe o fluxo causal.

Quando, porém, perseveram as doresfísicas, efeitos dos desarranjosorgânicos, a resignação e a coragem doamor amortecem-lhes os efeitos,tornando-os suportáveis e produzindo osheróis do sofrimento, cujo martírio dequalquer procedência, deles fazemmodelos que dão força e dignidade àsdemais criaturas, assim embelezando avida moral e humana na Terra.

Sob a ação do amor, são processadosnovos mecanismos cármicos positivos,que interrompem aqueles de naturezaperniciosa, porquanto o bem anula o mal

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e suas conseqüências, liberando osinfratores das leis, quando eles asrecompõem e corrigem os mecanismosque haviam desarticulado.

É o amor que leva à piedade fraternal, àcompaixão, induzindo o homem àsolidariedade e mesmo ao sacrifício.

Há um tipo de compaixão que, nãoresultando da ação dinâmica do amorprofundo, pode ser perniciosa e atédeprimente. Trata-se daquela quelamenta o sofrimento e descoroçoa quemo experimenta, como uma forma deaureolá-lo de desdita e abandono, defalta de sorte e desgraça. Essa atitudetransparece e resulta de uma óptica

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equivocada sobre o sofrimento,deixando a perspectiva de que o mesmoé punição arbitrária, injustiçaperturbadora.

A compaixão junta-se aocompanheirismo, que comparte dossentimentos alheios, sem enfraquecer-lhes as resistências morais, incitando oindivíduo à perseverança nos ideais epostulados relevantes, que oimpulsionam ao incessante avanço, sempossibilidade de retrocesso.

Compaixão pelo bem, fruto do amor, oser age adequadamente, mudando aestrutura do sofrimento, do qual o cinzelda ternura arranca as asperezas eanfractuosidades. Esse sentimento é

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semelhante à suavidade do luar em noiteescura espraiando luz tênue econfortadora sobre a paisagem. Facultauma visão propiciadora de ações úteis,onde predominavam as sombras dodesalento, do medo e do desespero emcrescimento.

A paixão pelo serviço de elevaçãoirradia piedade construtiva, que estimulaà beneficência e da calor à filantropia,aureolando-a de vigor fraternal, graçasao qual os sentimentos solidáriosexpressam o amor em sua multiface.

A ausência de compaixão envilece ohomem e a lalta de paixão pelo bemtorna o ser revel, quando não o mantém

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apenas na indiferença mórbida, qualobservador mumificado diante dosacontecimentos do cotidiano.

O serviço do bem, com acorrespondente paixão de sustentado,transforma-se em caridade que plenificaaquele que recebe o socorro e quem opropicia. Enseja ação de dupla via: asatisfação que faculta aquele a quem édirigida e a que retorna como respostainterior da consciência tranqüila pelaemoção experimentada.

A vida sempre responde de acordo coma maneira como é inquirida. A cadaação resulta uma equivalente reação,desencadeando sucessivos efeitos que setornam conseqüências desta última, por

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sua vez geradora de novos resultados.

Para que seja interrompido o ciclo,quando pernicioso, a compaixão por simesmo e pelo próximo induz o homemàs ações construtivas, nas quais seinstalam os mecanismos quedesencadeiam resultados favoráveis aoprogresso, assim interrompendo a ondapropiciadora de sofrimento.

A paixão de Cristo por todas ascriaturas é um estimulo constante a quese compadeçam os indivíduos uns pelosoutros, sustentando-se nas dores edificuldades, jamais piorando as suasnecessidades ou afligindo-se mais pormeio dos instintos agressivos, por acaso

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prevalecentes em sua natureza animal.

É de vital importância a compaixão nocomportamento humano. Ela conduz àanálise a respeito da fragilidade daexistência corporal e de todos osengodos que a disfarçam.

Sendo a ilusão um fator responsável porincontáveis sofrimentos, a compaixãodesnuda-a.

Porque se fantasia a existência terrenacom quimeras e sonhos, a realidade,desfazendo essa imagem infantil, leva aosofrimento todos aqueles que, imaturos,confiaram em demasia natransitoriedade das formas e daapresentação física, das promessas de

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afeto imorredouro e de fidelidadeperpétua, de alegria sem tristeza e meio-dia sem crepúsculo no fim da jornada.

Assim, a morte da ilusão fere aquelesque lhe confiaram a existência,entregando-se-lhe sem reserva, semprecaução.

A ilusão é, pois, anestésico para oEspirito. Certamente, algo de fantasiaemoldura a vida e dalhe estimulo.Entretanto, firmar-se nos alicercesfrágeis da ilusão, buscando aí construiro futuro, é pretender trabalhar sobreareia movediça ou solo pantanosocoberto por água tranqüila apenas nasuperfície.

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Ha quem postergue a realidade,evitando-a, para não sofrer... E existemaqueles que pretendem apoiarse norealismo rude, que não passa, muitasvezes, de outra forma errônea de ilusão.

A consciência da realidade resulta daobservância dos acontecimentos diários,da transitoriedade do chamado mundoobjetivo e de uma análise tranqüila elúcida a respeito do que é verdadeiroem relação ao aparente, do essencial aosecundário, e sucessivamente.

A compaixão por si mesmo - amor a sipróprio - faculta a visão realista, semagressão, dos objetivos da existênciaterrena, impulsionando a compaixãopelo seu Irmão - amor ao proximo -

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solidarizando-se com a sua luta e dando-lhe a mão amiga, a fim de sustenta-lo ouerguê-lo para que prossiga na marcha.

Essa atitude, ao invés de produzir umapostura pessimista, cética, amargurada,resultante da morte da ilusão, alenta eengrandece, dando sentido e significadoa todos os acontecimentos.

Por isso, a compaixão se torna fator quefaz cessar oS sofrimentos, comoresultado natural dos outros passes,partindo da emoção para a ação.

Apresenta-se, então, no painel docomportamento, ii necessidade de agircom inteireza, com abnegação,enobrecedora.

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Todas as experiências humanasconstituem formas de amadurecimentoda criatura. Algumas decorrem dosdeveres imediatos e são comuns atados,constituindo a sua vivência um fenômenonatural, sem o qual se experimentainevitável alienação com todas as suasconseqüências perniciosas.

O fato de participar do contexto social,mesmo que sem gestos incomuns ou dearrebatamento, equipa o indivíduo comrecursos emocionais que lhe trabalham aexistência, aformoseando-a comestímulos crescentes para o seuprosseguimento.

No que tange aos meios para facultarema cessação do sofrimento, as ações

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meritórias, conforme já enfocadas, sãopreponderantes, destacando-se aquelasinabituais, que caracterizam ostemperamentos nobres, os sentimentosabnegados.

Distinguir-se por meio dos gestosincomuns, desconhecidos, é forma debuscar a iluminação mediante oconcurso da realização de tudo quantointernamente se conjuga para esse fim.

Quem acumula um tesouro tem em menteaplicá-lo em finalidades especificas. Seportador de sabedoria, pensa emmultiplicá-lo ao tempo em que o investe,escolhendo os empreendimentos maisrentáveis, seja do ponto de vista

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econômico, assim como de retribuiçãoemocional. Com essa atitude promove oprogresso, gera oportunidades deserviço e dignifica as vidas que antesestavam sob a ameaça do desespero e dainutilidade.

Da mesma forma, os recursos espirituaise emocionais elevados devem sercanalizados para as atividadesincomuns, superiores, as quais nemtodos se atrevem a realizar.

As ações incomuns variam desde oscontributos materiais valiosos, irrigadosde amor e de ternura até os gestosextraordinários do silêncio ante asofensas, do perdão as agressões e doesquecimento do mal.

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Todo aquele que dilui as forçasnegativas que teimam por obstruir-lhe oavanço, utilizando-se do detergente doamor, evita contaminar-se, e se jávisitado por elas, liberta-se, fazendocom isso que cessem as causas edesapareçam os sofrimentos.

O campo mental indefeso faculta que asfarpas do mal aí proliferem, infestando aarea com resíduos pestíferos,responsáveis por males incontáveis.

A defesa, em relação aos fatoresperniciosos, é somente possível quandoa irradiação de energias saudáveisvitaliza a organização psíquica, quereflete as aspirações do Espirito,

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resguardando-a das agressões externas.Não gerando pensamentos destrutivosnem acumulando vibraçõesperturbadoras de ódio, medo, ciúme,rancor, mágoa, concupiscência, não sefaz vitima dos conteúdos internosdegenerativos.

Esse estado interior impulsiona aos atosincomuns superiores, passo próximo dailuminação.

Somente iluminando-se, o homem superatodas as dores; erradicando-lhes ascausas, resguarda-se de agressõesdestrutivas.

A iluminação resulta do esforço dabusca intima do ser profundo, opção de

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sabedoria que é, em relação ao ego queprevalece no mapeamento dasaspirações humanas mais imediatas,portadoras de distúrbios vitais efragorosas derrotas na luta, que é abreve existência corporal.

O desenvolvimento da chama divinaimanente em todos os seres merecetodos os sacrifícios e empenhos, a fimde que arda em todo o seu esplendor,vencendo as teimosas sombras, que sãoa herança demorada das experiênciasnas faixas primitivas do processo inicialda evolução.

A verdadeira iluminação promove ohomem que, superando as contingências-limites da estância carnal, anula todas as

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causas de sofrimentos, fazendo-ascessar. JA não necessita da dor paraalcançar metas, pois o amor lhe constituia razão única do existir, em sintonia como pensamento divino que o atrai cadavez com mais vigor para a meta final.

VI - AltruísmoO altruísmo, que é lição viva decaridade, expressão superior dosentimento de amor enobrecido, abre asportas à ação, sem a qual não teriasentido a sua existência.

Dilatação da solidariedade, alcança oseu mais significativo mister quando

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reparte bênçãos e comparte aflições,trabalhando por minimizar-lhes osfeitos, erradicando-lhes as causas.

É o próprio amor ensinado por Jesus,que esquece de si mesmo paraconcentrar-se no bem do seu próximo,olvidando todo o mal para agigantar-senas aspirações do progresso, da ordem eda felicidade.

Antítese do egoísmo, cicatriza as lesõesda alma, que este produz, fomentando avigência da saúde integral.

Estrela luminar, irradia paz envolvente,que alcança e vence as grandesdistâncias emocionais e preconceituosasque separam os homens. Arrasta os

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corações que se deixam impregnar pelasua irradiação, assinalando,indelevelmente, os períodos das vidascom a sua presença.

O desejo de posse, de gozo, desuperioridade, que tIpifica o egoísmo,na área libertadora do altruísmo, seconverte em anelo de doação, defelicidade, de fraternidade.

O próprio desejo muda de conteúdo,perdendo a face tormentosa de jogo deprazeres, para constituir-se numaaspiração ao serviço.

Os impulsos da carne, que buscamsatisfazer os ins-tintos e as paixões maisfortes, mais primárias, transformam-se

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em arrebatamentos de bondade ecompreensão humana.

O próximo deixa de ser usado para serdignificado. Todos os estímulos sãoconduzidos para o seu crescimento etriunfo sobre as falsas necessidades,trabalhando-lhe as virtudes emdespertamento, a fim de que o homemespiritual sobreponha a sua à naturezadominante do homem animal.

A existência do altruísmo revela-se pordiversos sentimentos de grandeza moral,que dão dignidade à vida. Entre esses, agenerosidade assume papel de destaque,por ser-lhe a primeira manifestaçãoprática, portanto, a sua forma inicial deexteriorizar-se na ação.

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Costuma-se afirmar que, aquele que nãoabre a mão, mantém fechado o coração.E com fundamento, porquanto agenerosidade tem inicio no sentimentoque ama e deseja ajudar, a fim deconcretizar-se na ação que socorre.

Abrir a mão é o gesto de deixar verterdo coração ao mundo exterior o fluxogeneroso em forma de doação, a fim dealcançar, no futuro, as grandiosas formasde abnegação. A generosidade, portanto,doa, de inicio, coisas, objetos eutensílios, roupas e alimentos, agasalhose teto, para depois brindar sentimentos,aprimorando a arte de servir até poderdoar-se.

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Somente quem se exercita na ofertamaterial, predispõe-se ás dádivastranscendentes, aquelas que não têmpreço, "não enferrujam" nem "os ladrõesroubam".

A generosidade mais se enriquecequanto mais distribui, mais se multiplicaquanto mais divide, pois que tudo aquiloque se oferece possui-se, não obstante,qualquer valor que se retenha passa-se adever. A felicidade, desse modo, resultada ação de doar, dos benefícios deladecorrentes.

O homem generoso irradia simpatia egera bemestar onde se encontra.

Visceral adversária do egoísmo, a

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generosidade arranca, pela raiz, astenazes desse responsável pelacausalidade dos sofrimentos.

Jesus, na cruz, padecendo a ingratidãodos homens, ainda atendeu o ladrão quelhe rogou socorro, generosamenteprometendo-lhe o reino dos Céus, que jáse lhe instalava na mente e no coração, apartir daquele momento.

O altruísmo, no processo de expansão,apresentase, também, com umaformulação ética.

Entendamos essa ética, na condição deserenidade que respeita todos oscomportamentos, sem impor a sua formade ser, de encarar a vida, de manifestar-

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se. Além de uma ética moral, tem umcaráter universal, superando osinteresses e convenções geográficas, queestabelecem conceitos de conveniência,estribados em preconceitos e limites,estatuídos em leis transitórias, às vezes,necessárias, mas que não objetivam obem comum.

Assim, observamos éticas que apóiamestados escravocratas, limitam aliberdade de movimento, freiam aprocriação, perseguem os quediscordam dos seus códigos, punem edizimam a seu bel-prazer.

A ética da generosidade centraliza suasatenções na lei natural ou de amor, querespeita a vida em todos Os seus

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estágios e ampara todos os seressencientes, facultando-lhes a expansão.

Allan Kardec recebeu dos Benfeitoresda Humanidade as diretrizes éticasperfeitas, oriundas da lei natural, porqueprocedente de Deus, a irradiar-se emvárias outras, que fomentam oprogresso, preservam a vida edignificam a todos, promovendo ohomem por meio do trabalho, igual aoseu irmão na origem e diferente nasconquistas intelecto-morais, semprivilégios, porém, ao alcance de todos.

Essa ética faculta discernir o correto doequivocado, impulsionando a criatura àaquisição de uma consciência elevada,

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resultado da eleição dos valorespositivos, que tornam a vida digna deser fru Ida.

A sua moral é centrada na generosidade,sem a falácia da anuência ao erro ouqualquer atentado aos códigos da ordem,do dever, da justiça.

Toda a sua estrutura deresponsabilidade visa ã promoção dosseres e do seu habitat, ao considerar ainterdependência que existe entre eles.

Não elege uns seres em detrimento deoutros, embora a sua expressão de amorvarie de acordo com as respostasafetivas, o que não invalida anecessidade de superar a pertinácia dos

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maus e tê-los em conta comonecessitados também da generosidade,que pode e lhes deve ser dispensada.

Normalmente, sob a ação do desejo, asdemais pessoas são classificadas deacordo com o interesse que fomentam,com o lucro que proporcionam,tornando-as afáveis e amigas,antipáticas ou inimigas, insignificantesou indiferentes. Manifestam-se, então, ossentimentos do amor possessivo, dodesamor e do ódio, e de desinteresse ouindiferença. A ética da generosidadepropõe a conquista de valores quepermanecem escondidos nos últimos, e acompreensão, quando os primeiros nãocorrespondem ao modelo ao qual foram

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submetidos.

Não é castradora, por apresentar-sedestituída de caráter punitivo; nãoobstante, o seu senso critico analisa tudoe todos de modo a produzir o melhor.

A ética da generosidade é tranqüila e,nesse conceito, pode ser consideradacomo a conquista da serenidade,conforme o seu significado profundo emsAnscrito.

Como efeito, é paciente, nãoantecipando apressadamenterealizações, nem buscando resultadosimediatos.

A paciência é o proximo passo na

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execução do programa altruístico.

Há um inter-relacionamento entre osvários requisitos para a integralvivência do altruísmo, que erradica ascausas dos sofrimentos. Um fatordepende do outro, que são conquistas doEspirito na sua busca de perfeição.

Tornando-se saudável exercício deelevação moral, cada um promove aárea do sentimento, desenvolvendo ointelecto na arte de compreender paraservir, de crescer para libertar-se, deentesourar conhecimentos para osdistribuir.

A paciência, em razão disso, érelevante, pelo significado de criar

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condições no tempo próprio para cadarealização. Nem a postergação do labor,tampouco, pressa, irreflexão, que nãoconduzem aos resultados que seesperam.

Ela harmoniza as aspirações humanas,elucidando sobre o valor da açãocontinua, bem elaborada, que atende acada tarefa no momento oportuno.

Faculta repetir qualquer labormalogrado com o mesmo entusiasmo,ensinando como realizá-lo da maneiramais eficiente, sem o cansaço que induzao pessimismo, ao abandono darealização. Sabe que tudo quanto hojenão pode ser feito sê-lo-á depois, desdeque se persevere no tentame.

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A vida se agiganta, molécula amolécula, em clima de harmonia, empaciente e incessante movimentação.

A paciência estimula a coragem, que seesforça para colimar os resultados. Essacoragem é fruto do conhecimento dasleis que propiciam a insistência noprograma do altruísmo.

A coragem é valor moral para enfrentara luta e perseverar nela, nunca aabandonando sob qualquer pretexto. Oesforço continuo permite oprosseguimento da ação, que realiza oprograma estabelecido.

A erradicação das causas geradoras do

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sofrimento somente é possível atravésdo esforço com que se empreende atarefa, a ela dedicando-se com empenho,sem o que se malogra, adiando aoportunidade.

O esforço bem direcionado caracteriza ograu de evolução do ser, porquanto,mais expressivo nuns do que noutros,distingue-os, demonstrando asconquistas já logradas, ao tempo em quefaculta a percepção do muito aconseguir.

Insistir, portanto, com seriedade, pelaconquista do altruísmo, encetandoatividades que devem ser concluidasetapa a etapa, constitui passo desegurança para a libertação do

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sofrimento.

Mede-se, desse modo, o caráter de umhomem, pelo esforço que empreendepara crescer, para melhorar-se, a fim deenfrentar as reações que o seu ideal eempreendimento provocam.

Aquele que cede ante o obstáculo, quedesiste diante da dificuldade já perdeu abatalha sem a ter enfrentado. Não raro, oobstáculo e a dificuldade são maisaparentes que reais, mais ameaçadoresdo que impeditivos. Só se pode avaliá-los após o enfrentamento. Ademais, cadavitória conseguida se tornaaprimoramento da forma de vencer ecada derrota ensina a maneira como não

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se deve tentar a luta. Essa conquista éproporcionada mediante o esforço deprosseguir sem desfalecimento e insistirapós cada pequeno ou grande insucesso.O objetivo deve ser conquistado, e, paratanto, a coragem do esforço continuo éindispensável.

Muitas vezes, será necessário parar pararefletir, recuar para renovar forças eavançar sempre. É uma salutar estratégiaaquela que faculta perder agora o que éde pequena monta para ganharresultados permanentes e de valorexpressivo depois.

O esforço estimula o desenvolvimentodos recursos que dormem no própriohomem, agigantando-se, à medida que

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realiza. A canalização correta doesforço dinamiza-o, já que oarrastamento para o vicio, que quebra asresistências morais, é também umaforma de força arrebatadora, quepoderia ser direcionada em sentidosuperior.

O altruísmo não vige sem o esforço paraa sua manifestação, considerando-se queparece haver uma conspiração por partedo egoísmo, a fim de impedir-lhe apresença e o predomínio na Area daemoção.

O computador, como outro engenhoqualquer que ora fascina o homem,guardando milhões de dados, resulta do

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esforço daqueles que o engendraram edigitaram as informações, sinal porsinal.

Sem esforço a vida perece. Os membrosnão movimentados perdem aflexibilidade, entibiam-se e morrem.

Outro fator essencial ao altruísmo é aconcentração nele, sem cujo contributo amente se desvia, abrindo brechas paraque se instalem idéias pessimistas,desanimadoras.

Centralizar o pensamento na açãoaltruística permite o estabelecimento deum programa eficiente, graças ao qual sedelineiam técnicas e se logram recursospara executá-la.

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A concentração amplia os horizontesenquanto fortalece o intimo, por facultaro intercâmbio de energias superioresque passam a vitalizar o indivíduo,renovando-lhe as forças quando emexaurimento, especialmente no misteraltruístico.

Desacostumados aos gestos de elevação,os homens reagem contra eles, tornando-se agressivos e ingratos, parareconhecerem os resultados positivos sóposteriormente. Essa atitude não poucasvezes desanima as pessoas abnegadas emenos preparadas, que recuam oudesistem, porque não buscaram o apoioda meditação e deixaram-se intoxicarpelo bafio pestilento em expansão.

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Meditando-se, percebe-se a necessidadede maior contribuição altruísticasacrificial, compreendendo-se que aimensa carência de amor responde peladureza dos sentimentos, e aagressividade predominante atesta agravidade das doenças morais emdesenvolvimento nas criaturas.

A meditação amplia a visão a respeitodo mal, ao tempo em que equipa ohomem de lucidez, fornecendo-lhe osinstrumentos próprios para cuidar desseadversário cruel.

A arte da concentração é uma conquistavaliosa e demorada, que exige cultivo eexercício, a fim de responder demaneira eficiente ás necessidades

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emocionais do homem.

Habituado a concentrar-se nosfenômenos que decorrem das paixões ousensações mais fortes, tais como odesejo, o ciúme, o ódio, oressentimento, a sensualidade, a gula, osvícios em geral, quando se trata dasaspirações mais elevadas e sutis, oindivíduo justificase com escusas de quenão consegue concentrar-se, que lhefalta capacidade para deter-se noassunto, exclusivamente por comodidademental ou porque prefere fugir Asresponsabilidades que advêm damudança de programa.

Sem o contributo da concentração

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quaisquer atividades perdem o brilho esão mal executadas. É ela que propicia oenriquecimento dos detalhes, a visãoparticular e geral do empreendimento,revigorando o indivíduo, concedendo-lhe lucidez e inspiração.

Todos os grandes realizadores devem àconcentração, ao esforço e à paciência oêxito que alcançaram. Esqueciam-se detudo, quando fixados no propósito dealgo realizar.

Certamente, a tenacidade com que semantinham era resultado da experiênciaque se alongava no tempo, propiciando-lhes a capacidade crescente de seafastarem mentalmente de quaisqueroutros objetivos, fixando-se na ação a

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que se entregavam.

A concentração ilumina o altruísmo erevigora-o nos momentos difíceis, porfacultar compreender as circunstânciasdos acontecimentos e os problemas nosquais as pessoas se emaranham.Capacita-o com energia especial eirradia-se em ondas de bem-estar, queimpregnam todos quantos se aproximamda pessoa que a exercita. E quanto maiso faz, tanto maior se lhe torna acapacidade de exteriorização. É,portanto, essencial ao altruismo,propiciando a anulação das causas dosofrimento, por facultar a vigência dossentimentos elevados da vida em plenarealização do bem.

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Por fim, após a vivência dessesvariados itens, a sabedoria se instala namente e no coração do homem,libertando-o da ignorância, apontando-lhe o objetivo real da existênciacorporal, impulsionando-o para novostentames, cada vez mais sedutores eagradáveis, brilhando à frente.

Confunde-se a sabedoria com oconhecimento intelectual, o burilamentoda mente, a fixação da cultura que,apesar de valiosos, são uma conquistahorizontal.

Torna-se indispensável que, ao ladodessa importante aquisição, o sentimentolúcido e profundo do amor se torne agrande vertical do processo evolutivo.

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Essa conquista vertical é a responsávelpelo discernimento de como agir,facultando os recursos lógicos para tal,ao mesmo tempo suavizando pelo afeto aaspereza ocasional do processo deexecução. A sabedoria faz que o amorseja prudente e um sentimento generoso,doador, altruístico, evitando que seentorpeça com as manifestações dopieguismo, que disfarça os esquemas doego enfermo. Simultaneamente,proporciona ao intelecto a serenapercepção de que à razão se deve unir osentimento humano, sereno e afável,responsável pelo arrastamento daspessoas.

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O sábio reconhece a Area extensa quetem diante dele para ser conquistada, evive mais do que fala, ensina mais peloexemplo do que pelas palavras.

Quando são desenvolvidos os passosque contribuem para o altruísmo e seadquire sabedoria, ilumina-se oEspirito, e a vida ganha sentido,superando-se os limites do tempo eespaço, em face da grande meta que sedeve conquistar.

Os sofrimentos cedem, então, lugar àpaz, porque desaparecem os fatorescármicos, vencidos pelas novas açõeslibertadoras, e, porque não sejamgeradas causas atuais negativas, o futuronão se desenha sombrio nem ameaçador.

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Assim, o altruísmo viceja na mente e nocoração, já não sendo mais o homemquem vive e sim o Cristo que nele passaa viver, conforme acentuou Paulo e osentiram outros mártires, heróis e sábiosde todos os tempos, que se entregaramao altruísmo em favor da Humanidade.

VII - Motivos deSofrimentos

Na busca incessante do prazer, o homemtransfere-se, exteriormente, de uma paraoutra sensação, sem darse conta de queo desequilíbrio gerador de ansiedade éresponsável pelo sofrimento que o

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aturde, ameaçando-o de desespero cruel.Enquanto não se resolva por selecionaros valores reais daqueles aos quaisatribui significado e que são apenasfogos-fátuos, terá dificuldade emafirmar-se e seguir uma diretrizpropiciadora de paz.

Vivendo sob a injunção de uma máquina,que lhe impõe necessidades a serematendidas e o predispõe a outras, falsase perturbadoras, ele opta pelas últimas,que são produto das sensações do egodominador, empurrando-o para asaspirações mais grosseiras, emdetrimento daqueloutras sutis eenobrecedoras, que adquirem resistênciana renúncia, no esforço elevado, na

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Anegação, no cultivo da vida interior,no domínio da matéria pelo Espirito.

O corpo deve ser considerado uminstrumento transitório para o ser eterno,temporariamente um santuário, em faceda finalidade edificante de propiciar aalma a sua ascensão, mediante asexperiências iluminativas que faculta,nos aspectos moral, espiritual,intelectual, pelo exercício das virtudesque devem ser postas em prática, ejamais para atendimento das sensaçõesque lhe caracterizam a constituiçãomolecular.

Certamente, aqui não cabe também ocomportamento asceta, alienador, quefomenta a fuga da realidade aparente,

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porquanto, o importante é a vida mentalmodeladora da física. Pode-se mudar delugar sem alterar-se a conduta, vivendo-se um estado exterior e outro intimo.Pela falta de sintonia entre as duasformas de vida, surge a desagregação doindivíduo, com aparecimento deneuroses e psicoses devastadoras,impondo sofrimentos que poderiam serevitados, caso se permitisse uma melhorcompreensão das finalidadesexistenciais.

O exame racional e lúcido dasnecessidades legitimas faculta odirecionamento saudável, com ascompensações da harmonia intima e doequilíbrio emocional.

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A ambição desmedida pelas coisas,divertimentos e gozos nunca preenche osespaços do prazer, pelo contrário,frustra aqueles que lhe tombam nasarmadilhas.

Ha indivíduos que dispõem de somasconsideráveis, prestigio social, fama einteligência, graças aos quais adquiremo que lhes apraz, viajam para ondedesejam, relacionam-se com as maisdiferentes pessoas e, não obstante, sãoatormentados pelo vazio, pelo tédio,pela insatisfação, fortes causas desofrimento.

Invariavelmente colocam osacontecimentos e interesses fora de suarealidade, no mundo exterior, passando

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a considerá-los a fonte dos sofrimentosou dos gozos, conforme conseguem fruí-los ou não. Todavia, a questão é maisprofunda e pertinente à sua vida intima.Não havendo um real significadointerior, o aparente sentido quedemonstram perde-se tão logo sejamconseguidos. Nisso reside a maior somade frustrações e de insatisfações quecausam sofrimentos.

Algo vale somente quando inspira omesmo sentido para todas as pessoas,que projetam as suas necessidadesintimas e aspirações legitimas na suaconquista.

Os lugares belos, as cidades ricas e

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cosmopolitas que a uns indivíduoscausam impacto, provocando o desejoincomum de aí ficarem, noutrosdespertam malestar, desconforto edesagrado. Ilhas paradisíacas e refúgiosde oração que a uns fascinam, a outroscausam sensações desencontradas,angústias e desesperos insuportáveis.Vestuários luxuosos e jóias cobiçadas,que aumentam a cupidez em alguns,noutros não conseguem a sensibilização,não lhes geram qualquer interesse, nemqualquer sofrimento, por não possuí-los.

A busca da realidade, do Eu, deve partirde uma análise profunda e interna dasnecessidades legitimas da vida, jamaisda preferência de adornos, objetos e

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situações, que destacam o ego eperturbam-no, tornando-o jactancioso,prepotente ou, na sua falta, magoado,ressentido, receoso...

Primeiro, é necessário adquirir umestado de espirito de paz, para passarpor tudo sem ater-se a nada.

A chama que clareia exteriormenteprojeta luz, mas faz sombra, enquanto aque se manifesta do interior, irradia-sepor igual em todas as direções, semgerar qualquer escuridão.

A mente e o corpo susceptíveis à dorpela posse ou perda das coisas externassempre atravessarão largos períodos desofrimentos, transferindo-se de uma para

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outra forma de sofrimento, semconseguir a libertação. Essa ocorrequando o homem se esvazia de ambição,instalando a abnegação no intimo esuperando os desejos.

O ato de querer, (desejar para si,manifestando apego) é fatorprenunciador de perda (transferênciapara outrem, porque o que se detém sedeve, não se possui), assim suscitando odomínio responsável pelas sensações deansiedade, insegurança, medo, que sãogeradores de sofrimentos.

O autoconhecimento coopera para quese possa discernir em torno do que é útilou supérfluo, indispensável ousecundário à vida feliz.

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As conquistas dispensáveis pesam naeconomia emocional e passam aconstituir preocupação que desvia amente das metas que deve perseguir.

Jesus afirmou com sabedoria que o"Filho do Homem não possuía umapedra para reclinar a cabeça", embora"as aves dos céus, as serpentes e ferastivessem ninhos e covis", demonstrandoo Seu desapego total a todas as coisasque sobrecarregam a criatura de tensão,de inquietação.

A um jovem que O queria seguir, Eleesclareceu que uma coisa lhe faltava:"Vende tudo e dá-o aos pobres"; ele, queafirmava ser justo, cumpridor das leis,

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permanecia, todavia, envolvido, perdidonas quinquilharias do mundo a que seatava... E ele não O seguiu.

É muito difícil liberar-se dos atavismos:pertences e hábitos que se impregnam aocomportamento, passando a constituiruma nova natureza, a predominante. Sobo fardo dessas dependências, o ser nãologra ver a luz, discernir a meta,libertar-se para encontrar-se.

Confunde a paz com a tranqüilidade dosrecursos que possui, dos quais aufereconforto, destaque social, mediante osquais desperta inveja, podendo perdê-los, de um para outro momento, naexistência física, em razão das normaisvicissitudes que a todos surpreende,

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como da compulsória pela morte, queobriga a deixar tudo, nem semprefacultando a libertação, desde que otormento prossegue além das vibraçõesorgânicas...

O sofrimento deve ser superado peloamor, pela meditação, pela compreensãoda sua presença na vida dos seres, fatorde progresso, necessidade dereeducação, mecanismo da evolução queé, e que permanece nos indivíduos quediscernem e pensam por eleição delesmesmos, já que a meta da reencarnaçãoé a de lograr a vitória sobre ele.

VIII - Caminhos para

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a SaúdeO sofrimento é via de redençãoespiritual, em face do incompletodesenvolvimento moral do indivíduo.Opção pessoal, é roteiro destituído dequalquer ação punitiva, educando oureeducando por meio dos mesmosmecanismos, graças aos quais houvecomprometimento, desvio de rota,desrespeito ás leis da vida. A suapresença vige, enquanto se faznecessária a depuração. As únicasexceções se apresentam nos quadros deiluminação coletiva, quando osmissionários do bem e do amormergulham nas sombras do mundo, a fim

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de clareá-las com os seus exemplos.Não mais lhes sendo necessárias asdores físicas e morais, elegem-nas ouaceitam-nas como holocaustosespontâneos, a fim de ensinaremcoragem, abnegação e sacrifício aos queestão na retaguarda, comprometidos coma ignorância e a ilusão, a rebeldia e aviolência, o egoísmo e a negação dodever, todos eles geradores desofrimentos, de enfermidades e dores.

A saúde integral, a paz, a alegriainterior resultam da lucidez mental, queelege os atos corretos para a existênciamodeladora da ascensão.

Enquanto não se convençam as criaturasde realizar o equilíbrio, a homeostase

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ideal entre o psiquismo e o corpo físico,debater-se-ão nas malhas de qualquertipo de sofrimento. Advertência aodesvio da linha de harmonia, ele seapresenta em forma de energiacomprometida, bloqueada oudesequilibrada, facultando a instalaçãode doenças, de desares, depadecimentos de qualquer natureza.

Certamente, as terapias convencionaisajudam na recuperação da saúde, na suarelativa manutenção. Todavia, somenteos fatores internos que respondem pelocomportamento emocional e socialpodem criar as condições permanentesde bem-estar, erradicando as causaspenosas, proporcionando outras novas

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que compensarão aquelas, se nãosuperadas, promovendo o equilíbrioestrutural do ser.

Jesus sintetizou no amor a forçapoderosa para a anulação das causasinfelizes do sofrimento e para a suacompensação pelo bem.

Allan Kardec, por meio da observânciadas lições do Evangelho e das diretrizespropostas pelos Espíritos superiores,aludindo a Jesus, apresentou a caridadecomo sendo a via real para a salvação, aaquisição da saúde integral.

A caridade, que é o amor na suaexpressão mais elevada, para ser realexige a iluminação de quem a pratica,

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facultando-lhe, ao mesmo tempo, umconstante aprimoramento de propósitosque induzem à abnegação e à vitóriasobre as tendências primitivas, quepermanecem dominadoras.

Pelo seu extraordinário conteúdoemocional, a caridade dulcifica aqueleque a pratica e abençoa quem a recebe,dignificando-o, promovendo-o eajudando-o a superarse. Por isso,verdadeiramente, a sua é uma ação deprofundidade, que exige requisitosespeciais, adquiridos pelo esforço deconstante aprimoramento espiritual.

Buda, no passado, recomendava uma viade salvação, em oito passos, que sãoindispensáveis para a iluminação pelo

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amor e a plenitude pela felicidade.

A criatura humana sempre crê, aténaquilo que nega. O seu ato de negar éuma força de crer, que defende comentusiasmo e vigor. A negação, por issomesmo, é um tipo de afirmação,demonstrando a crença natural ouracional em torno da sua convicção.

Crer, retamente, porém, é direcionar opensamento de forma positiva,edificante, firmando-o em propósitossaudáveis, que favorecem a realizaçãoexcelente dos Postulados, nos quais secrê.

Essa é uma crença estimuladora queenriquece de beleza e aciona os

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mecanismos da vida, alterando,profundamente, o comportamento paramelhor e propondo uma vivênciapautada na força da crença.

Diante de todos os enfermos que Obuscavam, Jesus era peremptório,quanto ao ato do paciente crer nEle o narecuperação da saúde.

A Sua resposta positiva criava a reaçãoorgânica favorável à movimentação daenergia bloqueada peloscondicionamentos doentios, pelassequelas cármicas propiciadoras dosdistúrbios degenerativos, nas Areas docorpo, da mente ou da emoção. Aabertura mental e emocional do enfermoà certeza de que era possível a

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recuperação, e que Jesus podiaconsegui-lo, proporcionava-lhe areceptividade necessária ao imediatoprocessO de cura.

Assim, a fé tudo pode, pois acionainexplorados mecanismos íntimos dohomem, geradores de forças nãoutilizadas, modificando por completo apaisagem interna, depois externa do ser.

" A fé remove montanhas", acentuouJesus. Ela é a canalização de todas aspossibilidades psíquicas alterando aação das forças habituais. Quando seapresenta, estimula à ação e vibrainteriormente, gerando energias quevitalizam toda a maquinaria pela qual se

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movimenta.

A crença reta faculta uma visão otimistada vida, que se enriquece demotivações, que nada perturba. Sabeesperar e estimula ao prosseguimento daempresa, mesmo quando ascircunstâncias parecem conspirar contra,ocasionando confusão ao projetoabraçado.

Todas as conquistas da Humanidadetiveram inicio no ato de crercorretamente, graças ao qual semovimentavam as pessoas, persistindona execução dos planos mentaistransferidos para a realidade objetiva.

Nicolau Copérnico, por acreditar

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retamente no sistema heliocêntrico,sofreu humilhações constantes e lutoucontra o sectarismo, a intolerância, ofanatismo e a ignorância, até provar queestava com a razão.

Cristóvão Colombo, recordando-sepsiquicamente das terras que eramdesconhecidas da civilização européia,apesar de desestimulado e ironizadopelas Cortes às quais pediu ajuda, epelos seus contemporâneos, por crerretamente, descobriu a América,provando que estava certo.

Crer retamente conduz ao quererretamente. Uma das razões dosofrimento humano é o quererequivocadamente, conforme a ilusão do

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prazer imediatista e alucinado, que elegeo dispensável em detrimento doessencial, de acordo com o transitório enão com o permanente. E para lográ-lo,age segundo as tendências negativas,comprometendo-se moral eespiritualmente.

Esse querer equivocado escraviza o seràs paixões inferiores, cujas algemas oretêm inexoravelmente aos efeitosinfelizes da eleição.

Para o seu prazer, o indivíduo quer oque não lhe convém, permitindo que oegoísmo se sobreponha aos interessesgerais prejudicando todos aqueles quepossam constituir-lhe impedimento ou

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provocar-lhe dificuldade.

Querer retamente propõe métodoscompatíveis com os objetivos da crençaanelada. Os meios incorretos não sãojustificáveis quando usados para finsnobres, porquanto degeneram os ideaisque devem permanecer pulcros. Sem ouso dos meios correspondentes, asrealizações perdem a qualidade de quese devem revestir.

As supostas facilidades muito aneladaspelas criaturas são uma forma de evitaros meios hábeis, complexos as vezes,que compõem o quadro do querer demaneira elevada.

Não que as realizações mais fáceis

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signifiquem desvio de meta. Elasocorrem amiúde, como é natural, nãodevendo tornar-se regra geral, quedesencoragem as demais que proponhamesforço, persistência e sacrifício.

Quem elege a montanha não evita aascensão difícil, porquanto faz parte daaspiração que se sustenta interiormente.

O ato de querer torna menos ásperos osdesafios e as dificuldades.

Querendo retamente difundir amensagem de Jesus, Paulo aplicou osmais desgastantes esforços, padecendoenfermidades, abandono, apedrejamentoe quase morte, afirmando, confiante: "Aide mim se não pregar o Evangelho",

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vivendo com sacrifício o ideal que oabrasava.

A preservação do querer com retidãorechaça as propostas ignóbeis, mesmoquando se apresentam coMO fórmulassalvacionistas, solucionadoras.

O que não tem a chancela da retidãodesmerece a qualidade da ação.

Jesus sempre quis retamente e sempreassim agiu, tornando a Sua mensagemuma luz inapagável a varar os séculos,superando desfigurações, interpolaçõese adulterações lamentáveis.

Quando se crê e se quer crer retamente,fala-se com a mesma qualidade de

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intenção, e essas palavras, conforme serefere o Evangelho, exteriorizam o deque está cheio o coração.

Indispensável, portanto, a vivênciaintima das aspirações superiores, a fimde que a música da palavra traduza-aspara o exterior retamente.

A palavra é valioso instrumento decomunicação, que tem entorpecidograndes ideais da humanidade, por nãoser fiel aos sentimentos que deveriaexpressar.

Fala-se por falar-se; fala-se paradissimular emoções e ideais; fala-secom objetivos sórdidos e prejudiciais.

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A palavra que liberta, igualmente faz-semeio de escravidão.

Por isso, a arte de falar impõe requisitosque são essenciais para expressar-seretamente.

Deve-se pôr na palavra a discrição quesabe como e quando falar, evitandogerar constrangimento e amargura.

Não faltam, no mundo, acusadores epalradores da inutilidade, das idéiasvazias de conteúdo, de ironias esentidos dúbios. Eles inquietam eanatematizam, infelicitam e desajustam,dominados por idealismos falsos epaixões inferiores.

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O falar retamente fomenta o progresso,desenvolvendo as aspirações que seexteriorizam em ideais de liberdade eamor, impulsionando as criaturas para afrente, para o bem.

Falando retamente, Sócratesdesenvolveu a filosofia, elevando-a àscumeadas e dignificando os principioséticos e morais que ainda constituembase ao idealismo, ao Espiritualismo.

As boas palavras enrijecem o caráter,dulcificam o coração e iluminam a vida.As más, entorpecem os sentimentos,deformam a conduta e matam os ideaisde enobrecimento.

Crer, querer e falar retamente produzem

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uma vibração de paz que fomenta asaúde, alterando o comportamentoemocional que refaz o equilíbrio daenergia, modificando o campo no qualse instalam as enfermidades.

São, inevitavelmente, caminhos parauma existência saudável.

Logo surge o momento da ação, queequivale à diretriz do operar retamente.

Os requisitos anteriores alcançam o seumomento máximo na ação, sem o que,deixam de influenciar, como necessário,o comportamento, que retrata arealidade intima da pessoa.

A retidão impõe-se em todos os passos

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da existência humana.

Um coração tranqüilo é resultado deuma conduta reta e, por conseqüência,fator basilar para uma consciência depaz.

Interdependem-se, portanto, esseselementos, para uma vida feliz, desdeque, olhar-se para trás sem remorsos,agir-se sem medo, em face dossentimentos enobrecidos, produzem umestado de paz que nada pertuba, porqueenraizada na maneira de operar,conduzindo a caminhada retamente.

O mundo progrediu sempre graçasàqueles que agem com retidão. Os seusexemplos de dedicação às causas

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dignificadoras tornaram-se a base doprocesso de engrandecimento da vida edas demais criaturas.

Conscientes das suas responsabilidadenão temeram as perseguições, as lutasásperas, os sacrifícios, nem mesmo oholocausto, quando este se fazianecessário, desde que permanecesseimpoluto o ideal que sustentavam.Sabiam que a morte do corpo nãodestrói a idéia grandiosa, e que é nosangue do martirológio que a semente daverdade germina, a fim de poderfrondejar mais tarde, abençoando comflores e frutos.

Como se mede a grandeza ou a pequenezdas criaturas graças aos ideais que

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possuem, é na ação que se avalia aexcelência das suas aspirações, pois queaí, ao operá-las, trazê-las ao mundoobjetivo, é que elas experimentam aintensidade dos fornos onde sãolançadas antes de se tornarem realidade.

Entre companheiros doentes e em umasociedade injusta, é um verdadeirodesafio operar retamente. As propostasda insensatez se multiplicam, osconchavos da desonestidade bemurdidos e disfarçados de legaisenxameiam, as concessões morais econivências fazemse quase normais,dificultando a ação correta. Quem agecom retidão parece alienado, é malvisto,tido por excêntrico, ou como se o fizesse

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para pretender chamar a atenção. Háuma oposição sistemática, ancestral,arquitetada contra o correto, de modo aimpedir o desmascarar da fraude e dacorrupção em predomínio.

Operar retamente é técnica de terapiapreventiva quanto curadora para osofrimento.

Quem não atua errado, não temnecessidade de repetir a experiência,refazer o caminho, ressarcir débitos...

Tal ação, entretanto, começa naspequenas decisões, nas realizações maissimples e de aparente significação semimportância.

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Tudo é importante na vida. Os pequenosatos são preparatórios dos gestosgrandiosos e das realizações vultosas.

Manter o mesmo nível de conduta retaem uma pequena como noutra atividadede relevo é forma de treinamento parauma vivência equilibrada.

Viver retamente é, portanto, o passoseguinte. As ações que se sucedem,transformam-se no modus operandi decada indivíduo que aí passa a ter o seumodus vivendi.

Quem age retamente, vive retamente. Oseu hoje representa as ações antesrealizadas e o seu amanhã defluirá dassuas atividades hoje desenvolvidas.

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Não se homizia no erro, não se exalta,não se deprime.

Suas horas transcorrem harmoniosas eas suas lutas, mesmo quandodesgastantes, não o infelicitam, porqueelas são conquistas de patamares maiselevados, que aguardam.

A vida adquire sentido e significação,porque não seacabando no túmulo,amplia-se ao infinito, rica de oportuIlidades excelentes de aprendizagem eplenificação.

Gandhi recomendava a igualdade racial,de deveres e direitos. Todavia, para queos seus fossem ideais legitimamenterespeitados, vivia conforme

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preconizava, trabalhando no tear eacolhendo os parias no seu dshram, aeles concedendo a mesma consideraçãoque dispensava a qualquer outra pessoa.

Viveu pobremente, de acordo com o queconsiderava as necessidades básicaspara a vida, que prescrevia para asdemais criaturas.

Jesus não tinha "uma pedra para reclinara cabeça" embora "as aves do céutivessem os seus ninhos e as feras osseus covis", porque para Ele uma sócoisa era importante: dar-se, num mundode coisas que valem o que se lhesatribui, já que não têm valor real...

Uma vivência de tal natureza impõe um

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grande esforço, já que é larga a portaque conduz a perdição.

O passo imediato é esforçar-seretamente. Sem esforço, nenhumempreendimento se torna possível, muitomenos se faz vitorioso.

A intensidade do esforço desvela aqualidade do caráter.

Sem uma disciplina que o exercícioprodigaliza, o esforço deperece e asaspirações morrem.

Essa força, que decorre do querer, éresponsável pelos resultados dasaspirações colocadas na prática.

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As pessoas que não se esforçam porpreservar os ideais de enobrecimentoperdem as batalhas da evolução antesmesmo de iniciá-las, perturbando amarcha do progresso geral.

Afirma-se, muito, como justificativapara não se esforçar, que não se logramanter o nível do ideal necessário. Noentanto, a execução dos hábitos viciososdá-se mediante esforços que seincorporam ao cotidiano como fenômenonatural.

A libertação deles somente é possívelatravés do investimento de energias quese lhes opõem.

Não raro, os indivíduos, em razão do

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prazer que experimentam na vivênciaviciosa, sacrificam-se, aplicando todosos valores imagináveis, a fim decontinuarem com as sensações a que seescravizam. Quando se lhes propõe, noentanto, a mudança para as emoçõesduradouras, negam-se ao esforço, poracomodação ao que já fruem, mesmoque lhes seja desgastante.

Ninguém vive sem esforço.Ultrapassados os limites dos fenômenosautomáticos, a vida exige o empenho davontade, a aplicação e direcionamentodas energias.

Quem se esforça em um sentido, realiza-o também em outro, se quiser.

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Esforçar-se retamente é saber aplicar acapacidade dos seus recursos naquiloque propicia felicidade real, duradoura,sem as aflições dos prazeres fugidios,que necessitam de repetir-se sem cessar,não lhes aplacando a sede, antesaumentando-a, perturbadoramente.

No esforço bem dirigido as energias seretemperam e as motivações, por seremelevadas, mais atraem a novos tentames,que se sobrepõem aos limites edesgastes dos sofrimentos.

A mente, colocada em areas nobres,anestesia as sensações dos desajustes edas enfermidades, emulando naconquista da harmonia, que se alcançamediante esforço retamente aplicado.

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Das pequenas e constantes tentativas deagir corretamente se desenvolvem asforças que serão canalizadas para osgrandes cometimentos, mesmo quedesconhecidos das demais pessoas.

A constante renovação moral e todo otrabalho de alterar a estrutura docomportamento exigem o reto esforgoque leva ao êxito. De natureza intima,decorrem do crer nas metas a alcançar,do valor.que possuem, a fim de querercom afinco, de modo a envidar acapacidade de ação, sem o que otentame malogra.

Esse esforço decorre da aplicação dopensar retamente.

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O que se cultiva no pensamentotransborda para a esfera objetiva,constituindo-se elemento existencial nocomportamento humano.

O pensamento é fonte geradora e dínamocondutor da Vida para a vida.

A energia encontra-se presente em tudo,aguardando que o pensamento acomande, a direcione.

No que tange aos sofrimentos, na suamultiface, a ação mental é relevante.

Todo aquele que se deixa dirigir pelopessimismo e pela depressão fazquadros enfermiços, debatendo-se nasmalhas de dores perfeitamente

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dispensáveis. Por um processo denatural afinidade, sintoniza com asdoenças, abrindo brechas nas própriasresistências para a instalação de males eperturbações afligentes. O bombardeioconstante contra os sutis mecanismos daemoção e da aparelhagem orgânicatermina por desarticular-lhes oequilíbrio, produzindo o desajustamentoque facilita a penetração dos agentesdegeneradores.

A ação do pensamento reto, pelocontrário, produz o fortalecimento docampo psicofísico, expulsando asdoenças e gerando sucessivas ondas debem-estar, que são responsáveis pelasaúde.

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Acrescente-se a esse quadro ainterferência dos Espíritosdesencarnados no cotidiano dascriaturas humanas.

Os raios mentais direcionados em um ououtro sentido facultam a sintonia comEntidades de teor vibratóriocorrespondente. Não é, pois, desurpreender, o atual surto epidêmico deobsessões, que decorre da afinidademental e moral existente entre os homensaturdidos e os Espíritos infelizes, comos quais os primeiros mantêmconvivência ideológica.

Ideoplastias enfermiças, formas-pensamento extravagantes e doentiasterminam por criar uma psicosfera

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viciada que intoxica as pessoas,aumentando o quadro das enfermidades,estas últimas de diagnose difícil pelaMedicina convencional e cuja terapiaterá que partir do próprio paciente, pormeio de uma radical mudança decomportamento mental e moral, a fim dedesatrelar-se das vibrações que oenvolvem.

Pensar retamente faculta harmoniapsicológica e sintonia com osBenfeitores da Humanidade, em cujaconvivência psíquica se haurem energiasbenéficas propiciadoras de saúde, quevão atuar nas causas dos sofrimentos,alterando-lhes a vigência e os efeitos.

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Quem pensa retamente encontra-seconsigo mesmo, com o seu próximo ecom Deus.

O habito saudável de pensar conduz aetapa final, que é meditar retamente.

Fixam-se nos painéis da memória, poreducação mental perniciosa, em maiorquantidade, as impressões infelizes, osatos reprocháveis, as aspiraçõesinferiores, e, por isso, afirma-se comleviandade que meditar é muito difícil.

Basta, porém, que se mude a direção doshábitos mentais e se criarão as bases dameditação.

Como não se vive sem pensar, exceção

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feita aos portadores de psicopatologiasgraves, deve-se fazê-lo sempre de formapositiva e otimista, gerando novocostume no campo mental até que sejaabsorvido e transformado emautomatismo pela repetição natural.

Por mau hábito, quando algo de negativoacontece, a pessoa se deixa consumir,entregando-se, comentando, repetindo efixando, quando a atitude a tomardevelia ser totalmente oposta. Noentanto, quando algo de bom e útilacontece, raramente se analisa, penetra erevive, logo substituindo-o por outrofato desagradável, acostumando-se como último em detrimento do anterior.

Natural que, desacostumado à reflexão

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em torno do bem e da paz, da saúde e daalegria, tenha dificuldade em meditarretamente.

Nas primeiras tentativas, os arquivos damemória liberam as impressõesdeprimentes, perniciosas, e o candidatodesiste, quando deveria prosseguir comesforço para liberar-se dessas e fixar asnovas imagens e aspirações geradorasde saúde, de felicidade.

A concentração é a fixação da mente,por interesse ou seleção, em qualquerpensamento, em alguma idéia especial;que se deseje analisar ou reter.

Meditar é aplicar a concentração nabusca de Deus, interiormente, com

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determinação e constância. Seu objetivoúnico é o de atingir o fluxo divino econhecer Deus, senti-lO e alimentar-seda Sua energia. É o estado de quietaçãomental.

Jesus afirmou: "O teu olho é a luz do teucorpo. Se o teu olho for um só, todo oteu corpo será luminoso."

Se o indivíduo permitir-se olhar paradentro, todo ele se torna uma só idéiavisual; ao captar a luz divina, igualmentetodo ele se fará luminoso, e nenhumsofrimento o perturbará, graças àaquisição da saúde integral.

A meditação reabastece de energiassalutares, refazendo a harmonia do

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psiquismo e este, a do organismo físico.

Quem medita retamente, crê, quer, fala,opera, vive, esforça-se e pensa comretidão, adquire os valoresindispensáveis à salvação. Nesseestágio, a pessoa doase e já não maisvive, sendo o "Cristo quem vive" nela.

..Liberta-se, por fim, do sofrimento.

IX - Processo deAutocura

A criatura humana possui, inexplorados,valiosos recursos que aguardam acanalização conveniente. Entre eles, a

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bioenergia é fonte de inexauríveispotencialidades, que o desconhecimentoe a negligência direcionam em sentidoequivocado, malbaratandoinconscientemente forças preciosas.

Invisível à óptica comum, a irradiaçãobioenergética passa despercebida,exercendo influência no inter-relacionamento pessoal, graças ao qualprovoca ondas de simpatia como deanimosidade, conforme a procedênciade um indivíduo moralmente são ouenfermo.

Captada pelo perispirito, nele interfereatravés do campo que exterioriza,facultando renovar as forças ouperturbá-las de acordo com o tipo de

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descargas que propicia.

Essa bioenergia é responsável pelaatração interpessoal, qual ocorre nocampo molecular, celular, gravitacional,universal.

Semelhante à invisível camadamagnética que envolve a Terra e quesomente é registrada por aparelhosespeciais, de igual modo ela é somentepercebida através da paranormalidadeou de câmeras ultravelozes em filmestambém ultra-sensíveis.

A sua ação, todavia, é de mais fácilregistro na emotividade, nas áreasafetadas por enfermidades, pelasreações psicológicas que provocam nos

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relacionamentos numanos.

Referindo-se aos fenômenos queproduzia, Jesus, o Excelso Curador, foiperemptório, afirmando: "Vocês podemfazer coisas maiores do que estas", seguiserem.

O querer é de alta importância,porquanto representa não apenas avontade interesseira, imediatista, porém,todo o empenho, todo o investimento derecursos para adquirir-se o plenocomando dessa força e a sua hábilcanalização com objetivos elevados.

É de igual relevância a finalidade da suaaplicação. Todos aqueles que a utilizamna vulgaridade, no divertimento, fazem-

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se joguete do próprio desequilíbrio,passando a sofrer-lhe os efeitos danososdo mau direcionamento dado.

O exercício e a aplicação saudável dabioenergia, entretanto, desenvolvem-lheo campo da ação benéfica, tornando-avalioso recurso curativo de inestimávelsignificação.

Pode-se direcioná-la mediante a oração,a concentração, a meditação e ossentimentos bons, a beneficio dopróximo, bem como do próprio,trabalhando-a para auxiliar narecuperação da saúde, da paz, do bem-estar, dos objetivos elevados.

Não se farão de imediato os resultados,

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como é compreensível, porém, elesocorrerão no momento próprio. Sendo osofrimento uma necessidade para oEspirito devedor, a sua liberaçãodepende de inúmeros requisitosdevidamente observados, alguns dosquais foram já analisados.

Não obstante, o amor de Deus, pormisericórdia de acréscimo, faculta aocomprometido oportunidade deexperimentar o equilíbrio, a fim demotivá-lo ao labor para a sua aquisiçãodefinitiva.

Assim, diante de sofrimentos advindos,particularmente, de enfermidades,devem-se levar em consideração algunsfatores, a fim de propiciar-se a autocura.

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Por elasticidade de aplicação, quandonecessário, direcioná-los em favor deoutros enfermos.

1) OBSERVE-SE OPENSAMENTO, O SEUTEOR PREFERENCIAL, AFIM DE QUE IRRADIEENERGIAS POSITIVAS,SAUDÁVEIS.

A atitude imediata é desejar-se a saúdecom fervor, não porque se queiralibertar da doença, pura e simplesmente.

A liberação de uma enfermidade, se não

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produz o engajamento do paciente ematividades psíquicas e físicas positivas,faculta a presença de outras doenças.

O anseio por adquirir a saúde deve estaracompanhado de objetivos edificantes,que podem ser alcançados, e não dointeresse imediato pelos prazeres que sedeseje fruir, descarregando ondas deenergia negativa nos intrincadosmecanismos perispirituais responsáveispela ação posterior.

Esse desejo de saúde é firmado nacrença e na certeza de que o "Pai nãoquer a destruição do pecador, mas, a dopecado", e quem defrauda a lei deverecompor-se perante ela.

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A firmeza do desejo, sem ansiedade nemtormento, a fim de que se não torne umaimposição, mas sim, uma solicitação,concede tranqüilidade ao enfermo,constituindo um primeiro resultadoprecedente à cura.

De imediato, deve-se concentrar nasaúde, considerar-lhe a validade, aabundância de possibilidadesedificantes que propiciem, derealizações produtivas, de efeitosbenéficos para si e para a coletividade.

Ao concentrar-se nela, que se entreguede corpo e alma aos resultados queadvirão, deixando-se impregnar pelootimismo com irrestrita confiança emDeus, trabalhando mentalmente pela

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restauração das forças combalidas emcontinuo esforço a favor do bem-estar.

A irritação, a ansiedade, oinconformismo, o ciúme, a rebeldiadevem ser rejeitados, sempre que seinsinuem nas paisagens mentais, porserem portadores de raios destruidoresque atingem os fulcros celulares e osdesarranjam, alterando-lhes o ritmo e amultiplicação.

As idéias enobrecedoras, os planos defutura ação benéfica são portadores deenergia equilibrante, que estimula oscomplexos campos celulares,propiciando-lhes harmonia eprodutividade.

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Nesse esforço, é de bom alvitrevisualizara saúde e incorporá-la.

O indivíduo deve concentrar-se numavisão saudável, projetando-se no tempoem condições de equilíbrio; ver-serecuperado, assumindoresponsabilidades e desenvolvendo asatividades que pretende encetar.

Essa projeção mental reestrutura osmecanismos do perispirito afetado,recompondo-lhe o campo, de queresultam os efeitos em forma de saúde,de harmonia e de entusiasmo.

Os pacientes, em geral, com as exceçõesnaturais, sempre visualizam o estado deagravamento do mal que os aflige,

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atirando no organismo projéteis mentaisdestrutivos.

Não poucas vezes, Jesus afirmouàqueles doentes que O buscavam: Sequiseres, já que queres, concluindo:levanta-te e anda, vê, sê limpo,conforme a enfermidade de que sefaziam objeto.

Naquele momento, o enfermo safa docampo vibratório de sombras, no qual sehomiziava, e abria-se à energia vigorosado Benfeitor Divino, que lhe alterava aarea em desordem, restaurando-lhe asaúde.

Assim, visualizar-se com saúde nofuturo e programar-se em ação

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constituem fatores fundamentais para aautocura.

2) MANTER SINTONIAMENTAL COM A FONTEDO PODER

Todo amor procede de Deus, a Fonte doPoder. Como conseqüência, a sintoniamental do paciente com Causalidade setorna imprescindível para a recuperaçãoda saúde.

Sendo a enfermidade o resultado dadesarmonia vibratória dos órgãos quecompõem a maquinaria orgânica,permitindo a proliferação dos elementos

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destrutivos, todo trabalho deregularização deve partir da energiapara o corpo, do Espirito para a matéria.

Desse modo, a identificação mental donecessitado com a Fonte Geradora deVida torna-se essencial paara orestabelecimento da harmonia.

Assim, o cultivo das idéias positivasfavorece a identificação com as faixasvibratórias mais elevadas, produzIndo asintonia necessária com o PoderSupremo.

A oração é outro veículo por meio doqual se produz a sintonia mental comDeus. Ela faculta uma análise dasnecessidades humanas em relação ás

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finalidades essenciais da existência, aotempo em que propicia o relaxar dastensões, estimulando as forçasenfraquecidas e renovando-as, graças aoque se abrem as possibilidades derecuperação da saúde.

Habituado aos pensamentos vulgares,agindo sob impulsos de depressão ou deviolência, o indivíduo intoxica-se devibrações deletérias, que mais operturbam e o enfermam.

A mudança de diretriz mental, a fixaçãode idéias saudáveis geram umapsicosfera harmoniosa que produz ascondições propiciatórias ao bem-estar,em sintonia inicial com a saúde.

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Quem aspira o oxigênio puro mais sedesintoxica, ampliando a própriacapacidade respiratória.

De igual modo, a sintonia mental com aFonte do Poder propicia orestabelecimento de energias saudáveis,que reinstalam no organismo oequilíbrio perdido, restabelecendo aharmonia vibratória que fomenta opredomínio dos agentes de saúde.

Mesmo diante da aparente demora derecuperação é justo que se processe asintonia, que somente benefíciosemocionais, psíquicos e orgânicosproporciona.

O ser se deve elevar a Deus, não apenas

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para pedir e buscar benefíciosimediatos, mas, também, para manter-seem harmonia com a própria vida.

Tal estado de sintonia abre as portas dapercepção extrafísica à inspiração, aoequilíbrio e à coragem para enfrentarquaisquer vicissitudes e situaçõesafligentes imprevisíveis ou não.

Quando alguém se eleva a Deus, erguecom o seu gesto toda a humanidade.

A sintonia com Ele, Fonte do Poder, écausa de felicidade e fator de paz.

3) CUIDAR DODESCANSO, DA DIETA,

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DA HIGIENE,MANTENDO ORDEM NASATIVIDADES

O descanso físico é de alta importânciano programa da autocura, todavia, orepouso mental, advindo da harmoniados pensamentos, torna-se vital, um fatorimprescindível para a instalação dasaúde.

Uma mente em repouso não significa emociosidade, antes, em ação positiva, quegera equilibrio. Esse, proporcionadescanso das excitações, das emoções esensações perturbadoras, geratrizes dedoenças, de sofrimentos.

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As leituras edificantes e otimistas, ricasde esperança, propiciam repouso mentale físico, predispondo o organismo àcalma, à harmonia.

Esse descanso, igualmente, pode serconseguido por uma alimentação bembalanceada, na qual se evitem osexcessos de qualquer natureza,especialmente aqueles de assimilaçãodifícil, muito ricos em calorias e dedigestão demorada.

Alimentação para a vida, respeitando oslimites impostos pela enfermidade, aoinvés da vida para a alimentação, quecomplica as funções do organismoalquebrado, que necessita de todas asresistências para vencer o estado de

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desgaste.

A higiene também desempenha papelpreponderante na reconquista da saúde.Ela faculta mais ampla eliminação detoxinas, ao tempo que proporcionaagradável sensação de leveza.

A higiene física também impõe a denatureza mental, cujo complexo, quandopoluído pelas preferências perniciosas,exterioriza a desagregação dasengrenagens orgânicas, à semelhança deferrugem em peças mecânicas que sedevem ajustar harmoniosamente.

Esses fatores põem ordem nasatividades que a doença não interrompe,ou naquelas que, não obstante o

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problema da saúde, merecem reflexão,programação para posterior execução.

Quem não se programa sofre assurpresas da improvisação com osdanos, porventura, presentes.

O leito de enfermidade é lugar paraacuradas meditações e estabelecimentode metas, que a agitação do cotidianoem outra situação não permite. Aomesmo tempo, a revisão dos atos ecomportamentos torna-se oportuna,buscando descobrir a gênese de algunsdos males ora desencadeados ou osefeitos das ações impensadas quegeraram os distúrbios agora sofridos.

A degenerescência orgânica é fácil e

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rápida, enquanto que a sua recuperaçãoé complexa e demorada. Todaconstrução e reedificação exigem tempoe experiência, não ocorrendo o mesmocom a ação destrutiva.

A vida saudável, portanto, são osesforços concentrados para amanutenção dos equipamentos damaquinaria corporal, sob equilibradocomando do Espirito.

Certamente encontramos corpos sadios ede aparência harmoniosa sob a direçãode Espíritos frívolos, ignorantes e atéperversos. É natural a ocorrência, quepassará a um plano lamentável no futuro,em razão do seu mau uso atual, exigindolenta e sofrida recuperação mediante

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enfermidades dilaceradoras, dolorosas.

É da Lei Divina, pois ninguém malbaratao patrimônio da vida sem experimentaras suas funestas conseqüências.

Da mesma forma, com freqüência, sãoencontrados corpos mutilados epadecentes, nos quais habitam Espíritossadios, ditosos. são eles os mestres daabnegação, que acima dos limitesorgânicos, sem qualquer angústia,lecionam coragem diante da dor eressarcem antigos débitos, que ficaramnas páginas do tempo e agora seapresentam para proporcionar alibertação total de quem os adquiriu.

Em toda a Criação vige a lei de

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igualdade, graças à qual ninguém frui defelicidade em caráter de exceção. A lutaé o clima por onde passam todos osseres na via de evolução.

4) CANALIZAÇÃO DOSPENSAMENTOS E DASEMOÇÕES PARA OAMOR, A COMPAIXÃO, AJUSTIÇA, AEQUANIMIDADE E APAZ.

A preservação do pensamento otimistapredispõe a um estado emocionalreceptivo à saúde. Fácil, pois, se torna

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canalizá-lo para as expressõesnobilitantes do amor, da compaixão, dajustiça, da equanimidade e da paz.

O amor, que é o élan mágico que unirátodas as criaturas um dia, deve sercultivado na condição de experiêncianova, que o exercício converterá em umhábito, em um estado normal doEspirito.

A sua força restaura a confiança noshomens e na vida, porquanto, a suapresença produz estímulos, facultandoque, periodicamente, o sangue recebarenovação de cargas de adrenalina,produzindo revigoramento orgânico.

Pela sua óptica os acontecimentos

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apresentam angulações antes nãopercebidas, permitindo que as emoçõesnão se entorpeçam, nem se exaltem, aomesmo tempo em que predispõe oindivíduo à compaixão, fatorhumanizador da criatura. Quando asforças conjugadas do medo e da ira, damágoa e da vingança, do ciúme e doódio começam a perturbar a emoção, osentimento de compaixão pelo algoz,apresentando-o frágil e vulnerável, evitaque o desequilíbrio trabalhe em favor daagressividade por parte da vitima. Estapassa a ver o seu adversário como

sendo um doente da alma, que ignora agravidade do próprio mal, e, ao invés dederrapar na animosidade, envolve-o em

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ondas de simpatia, de compreensão, nãolhe devolvendo o malefício que delerecebeu.

No quadro das doenças que abalam oshomens, encontramos instaladas noperispirito várias matrizes de ódio, deressentimento, de azedume, em relação aoutras pessoas.

O amor propicia a compaixão que segostaria de receber, caso a situaçãofosse oposta, diminuindo a intensidadedo golpe recebido e anulando-lhe osefeitos danosos. Ela fala sobre a justiçainexorável de Deus que alcança a todose propõe a bondade para com oopositor, conscientizando-o, emboraindiretamente, de que o mal é sempre

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pior para quem o pratica.

A justiça, por sua vez, jaz insculpida naconsciência de cada pessoa que podeser anestesiada por algum tempo,jamais, porém, impossibilitada demanifestar-se.

O equivocado conhece o seu erro,mesmo quando o disfarça, e assimprocede porque lhe sabe a procedência.

Encobrir uma ferida não impede que elapermaneça decompondo a Area, na qualse encontra instalada.

A justiça na consciência impõereparação do delito e das suasconseqüências infelizes, induzindo as

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vitimas a que não assumam a postura decobradores, já que as leis soberanasdispõem de recursos que impedem secontraiam novos, quando se corrigemvelhos débitos.

Para culminar o seu objetivo, tem elaque ser estruturada na equanimidade,que discerne como aplicá-la, sem ocontributo emocional da paixão dequalquer natureza, porém com afinalidade superior de corrigir semdesforço e recuperar sem maus-tratos.

O sentimento de equanimidade nasce darazão que discerne e da emoção quecompreende, fazendo que o recurso e ométodo de reeducação sejam os mesmospara todos os incursos nos seus códigos,

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não sendo severa em demasia para uns egenerosa em excesso para com outros. Asua linha reta de ação abrange na mesmafaixa todos os infratores,prodigalizando-lhes idêntico tratamento.

A consciência de amor comequanimidade propõe a paz, que tira astensões e inspira o prosseguimento daação. Estado intimo de harmonia,irradia-se em sucessivas ondas detranqüilidade que se exteriorizam,promovendo a absorção e fixação dasenergias saudáveis no organismo.

O pensamento canalizado para a paz setorna uma onda que sincroniza com aFonte do Poder, contribuindo para o

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entendimento geral e a fraternidade, queé o passo inicial do amor entre ascriaturas.

No processo de autocura, o Espiritorecupera as energias gastas, vitaliza,mediante a ação do pensamento, osfulcros perispirituais e predispõe-se aoresgate pelo amor, sem a intenção denegociar benefícios, antes, com a de setornar elemento OW no concerto social,membro ativo do progresso geral e nãoum peso desagradável quão infeliz naeconomia do grupo humano onde seencontra.

Co-autor da sua recuperação, ele haurena Fonte Providencial do amor de Deusas energias sãs, saindo das sombras da

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enfermidade para as luzes da saúde,disposto a contribuir decisivamente emfavor do mundo melhor de hoje e deamanhã, renovado, esclarecido e feliz."Os meios de se combater a obsessãovariam, de acordo com o caráter que elareveste..." (Item 249) "As imperfeiçõesmorais do obsidiado constituem,freqüentemente, um obstáculo a sualibertação..." (Item 252)

"Demais, o ascendente que o homempode exercer sobre os Espíritos está narazão da sua superioridade moral. Elenão domina os Espíritos superiores, nemmesmo os que, sem serem superiores,são bons e benevolentes, mas podedominar os que lhe são inferiores em

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moralidade." (Item 254)

(O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec,Cap. XXIII. 28" edição, FEB.)

X - TerapiaDesobsessiva

No estudo dos sofrimentos humanosdestaca-se um capitulo que, pelas suasgraves injunções, merece estudo à parte.

Chaga moral do Espirito, a obsessão temuma generalização muito mais ampla doque se pode imaginar, tornando-se,periodicamente, uma virose de contágiocélere, em face das circunstâncias que

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exige como decorrência do processoevolutivo das criaturas e do planeta, quea impõem como necessidade saneadorados volumosos compromissos negativosque permanecem na economia dasociedade.

Na Antiguidade Oriental, como depois,durante a Idade Média, apresentava-secom características epidêmicas e varriaos povos, dava-lhes uma trégua eretornava intempestivamente.

Confundida com a loucura nos seusdiversos aspectos, tem desafiado osestudiosos do comportamento, da saúde,da religião e das ciências da mente.

Sutil, em certas ocasiões, assume

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proporções inesperadas, levando aextremos lamentáveis aqueles que lhetombam nas urdiduras.

A humanidade tem-na sofrido,considerando-a, em diversas épocas,como castigo divino, e usado métodosde combate não menos cruéis, pordesconhecimento da sua gênese,portanto, pela impossibilidade deenfrentá-la, de amenizá-la com recursoshábeis, eficazes.

Trata-se da alienação mental porobsessão, isto é, pela ingerência dapresença psíquica de um desencarnadonum encarnado.

A obsessão pode influenciar

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maleficamente também a organizaçãofísica, produzindo patologias complexasquão danosas.

Allan Kardec estudou-a comproficiência, sendo o primeiroinvestigador a penetrar-lhe as causas,dissecá-las, e apresentou as terapiascompatíveis, capazes de amenizá-la ouerradicá-la completamente.

Antes dele, Jesus, diversas vezes,enfrentou e atendeu obsessos eobsessores, socorrendo-os com Seuinefável amor e libertando-os uns dosoutros mediante a força restauradora deque se faz possuidor.

Os Seus diálogos com esses enfermos

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são profundos, apresentando àpsicopatologia admirável capitulo, quepermanece obscuro nas áreas dasdoutrinas especializadas.

O Espiritismo, porém, por lidar com osfatores causais, analisa o problema e oelucida, propondo corretos métodospara atender os que se encontramenvolvidos, ao tempo que forneceterapias preventivas, que impedem ainstalação da mazela.

A obsessão tem as suas raizes fixadasnos antecedentes morais de ambos oslitigantes, que se deixaram vencer pelainferioridade que os dominava, à épocada pugna.

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Egoístas e irrefletidos, não mediram asconseqüências dos seus atos venais,passando a vincular-se um ao outro pormeio das algemas do ódio, do desforço,que os tornam cada vez mais infelizes.

Arrastam-se, desse modo, por séculosde sofrimentos excruciantes, passandode vitimas a algozes, e reciprocamente,até que o amor lhes acenda a luz daesperança nas sombras onde se detêm eo perdão os torne verdadeiros irmãos nasenda evolutiva.

O amor é, assim, o primeiromedicamento para a terapiaantiobsessiva.

Abre as portas a esperança e esclarece

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quanto as sagradas finalidades da vida,proporcionando o perdão que suaviza asdores produzidas pelas ulcerações doódio. Enquanto persistam oressentimento e a malquerença, adesconfiança e o rancor, a obsessãopermanece como acido queimando asdelicadas engrenagens da casa mental eproduzindo as alienações tormentosas.

A mediunidade, por outro lado, é agrande oportunidade que faculta aidentificação e a cura das obsessões,porque é através dos seus delicadosmecanismos que elas se manifestam e,por eles mesmos, que se podem atenderaos agentes indigitados.

O paciente, vitima de obsessão é,

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certamente, portador de mediunidade,que necessita de conveniente educação,a fim de aplicá-la em finalidadesrelevantes.

A obsessão é doença grave, mesmoquando se apresenta em quadro simples,em forma de inspiração depressiva oude morbo que afeta a saúde física. Issoporque impõe a transformação moral dopaciente e a mudança emocional doagente que a desencadeia, consciente ounão.

Só há obsessão porque há débito dequem a sofre. As leis da vida dispõemde recursos elevados para a reeducaçãodos incursos nos seus códigos de justiça.

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No entanto, a intemperança eprecipitação dos indivíduos,perturbados em si mesmos, levam-nosaos desforços e vinganças, produzindoesses desnecessários processos desofrimentos.

A mente infeliz, mediante a monoidéiade revide, descarrega ondas de ódio noseu desafeto que, desequipado derecursos morais, tais a vigilância, acaridade, o amor, capta-as pelo campodo perispirito, com o qual aquelasintoniza por afinidade vibratória atétransformar-se em idéia perturbadora noseu próprio psiquismo.

De outras vezes, irradia as mesmasdeletérias energias e condensa, pela

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ação da vontade, as suas vibrações,apresentando-se com aspectosterrificadores durante a vigília e oparcial desdobramento pelo sono, eprovocando vinculação pelo pavor, quese transforma em patologia alucinante.

Na sucessão de interferências conseguedominar a mente culpada, que se lhe fazsubmissa, dando curso aos mais gravesfenômenos de subjugação, que aignorância, por muitos séculos,considerou como possessão demoníacae os cientistas rotularam deesquizofrenia.

Da mesma forma, a constante ingestãopsíquica da onda mental enfermiça

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produz distúrbios orgânicos variados,que facultam a instalação de germesdestrutivos da saúde ou provocam, porsi mesmos, degenerações celulares,ulcerações, disfunções de diversosórgãos.

A desobsessão, por conseqüência, é aterapia especializada e única possuidorados recursos para a liberação doalienado.

Mediante o esclarecimento do Espiritoenfermo, imbu ido da falsa idéia dejustiça, dever-se-á dissuadido do infelizpropósito, demonstrando-lhe o erro emque se encontra e induzido à certeza deque o amor de Deus tudo resolve.

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Concluida essa tarefa, que exige ainterferência de um médium educado -quando o fenômeno da psicofoniaatormentada não se dá através dopróprio paciente - é indispensável aconscientização da vitima, a fim de quebusque a reabilitação por meio de umamudança de comportamento mental eespiritual, aplicando as técnicasreferidas no capitulo da autocura.

Essa reforma moral do obsidiado faráque o seu atual perseguidor constate-lheo esforço para melhorar-se,demonstrando arrependimento das açõesinfelizes, e, asserenando o ânimo, torne-se amigo do antigo verdugo, avançandocom ele pela rota do bem.

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O ministério da desobsessão podetambém processar-se além da esferafísica, pela interferência dos Benfeitoresespirituais, quando constatam o esforçoda alma para reabilitar-se e auxiliar oseu perseguidor.

Nos processos que afetam o organismofísico, além do recurso espiritualliberativo é conveniente a terapiamédica correspondente, para oreaparelhamento orgânico.

Proliferam, também, as obsessões entreos encarnados, graças aos abusos dosentimento, que os levam Avampirização psíquica, gerandodistúrbios demorados.

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Os desejos perturbadores direcionampetardos mentais que atingem aquelesaos quais são dirigidos, produzindo-lhesestranhas e desagradáveis sensações.Quando são recíprocos, dão curso Ainterdependência psiquica que afetatanto a Area da emotividade como daorganização somática, gerandosofrimento.

Toda forma de obsessão resulta de uminter-relacionamento pessoalinterrompido pelas forças negativas daagressividade, do ódio, da traição, docrime ou das expressões do amor emdesalinho, que destrambelham ossentimentos.

A desobsessão consiste na interrupção

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do processo de imantação de ambos osinfelizes, porquanto oagressor, emborase considere realizado pelo mal queaflige a sua vítima, padece, por sua vez,de infortúnio e falta de paz.

A criatura é sempre responsável pelaprópria vida. Somente há desar,obsessão e sofrimento, porque se elegemos comportamentos doentios emdetrimento daqueloutros positivos.

Diante das obsessões, constata-se oretorno dos atos inditosos em busca dareparação imediata.

Dissolver os grilhões do mal com asenergias poderosas do amor, eis no queconsiste a terapia desobsessiva, que

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libera o ser do sofrimento que a suaincúria gerou, favorecendo-o com asaúde integral, resultado de uma menteem harmonia com a vida, umaorganização física em equilíbrio e aemoção como a razão dirigidas para obem, para o progresso, para afelicidade. "Se os médicos sãomalsucedidos, tratando da maior partedas moléstias, é que tratam do corpo,sem tratarem da alma. Ora, não seachando o todo em bom estado,impossível é que uma parte dele passebem."

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, deAllan Kardec, hut-MI(Oo - Item XIX -Resumo da Doutrina de Sócrates e

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Platão - 52" edição, FEB)

XI - TerapiasAlternativas

A ignorância, geradora do egoísmo, quepropicia o apego e a paixão às pessoas ecoisas, é a grande responsável pelossofrimentos.

Considerando-se a impermanência detudo, em um mundo em constantesalterações, o apego representa a ilusãopara deter a marcha dos acontecimentose reter tudo mais, impossibilitando osurgimento da realidade.

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O impermanente é a materializaçãotransitória da realidade, e, porconseqüência, todo apego exagerado àforma produz sofrimento em razão dasinevitáveis alterações que elaexperimenta. Corresponde à ilusão depretender-se deter o tempo, que deixaráfrustrado aguele que se apega a talintento.

Assim, a maioria das enfermidades seorigina na área emocional, como efeitodo desequilíbrio da energia,transferindo-se para o psíquico ou ofísico, produzindo lesões que alteram aestrutura orgânica.

As terapias da Medicina clássicaobjetivam, quase sempre, deter as

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doenças, destruir os invasoresperniciosos, sustentar o corpo.

Toda a filosofia médica ocidentalcentraliza-se nesse objetivo comoessencial à saúde, com pequenasvariações metodológicas.

A sabedoria oriental, em contrapartida,estabelece, há milênios, que, sendo asdoenças efeitos degenerados da energiapelos fatores já examinados, elas devemser combatidas nas suas causas.

Assim, variam as técnicas alternativaspara a aquisição da saúde, mediante asupressão da sua causalidade.

Ressurgem agora, no ocidente, essas

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terapias, abrindo espaços para aeliminação ou, pelo menos, modificaçãodo sofrimento, propondo a restauraçãodo equilíbrio energético no ser.

A Ciência Espirita, por sua vez,reconhecendo que todo sofrimentodecorre do mau uso do livre-arbítriopelo homem, nos valores morais emrecomposição se encontra o mecanismoessencial para a liberação do mesmo.

A tese é extensiva à problemática dasdoenças. Sem uma correspondentetransformação moral do paciente, aterapia que se lhe aplique, quandoenfermo, poderá modificar-lhe o quadroorgânico, não, porém, liberá-lo,porquanto ao primeiro ensejo, ela

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ressurgirá ou facultará a manifestação deoutras patologias já vigentes no campovibratório não reequilibrado.

As terapias alternativas preocupam-se,essencialmente, com o homem integral,com todo o complexo que se exteriorizano corpo e não apenas com este.

A acupuntura, por exemplo, considera ocorpo como um instrumento de umsistema energético, portanto, nãofísico,o que equivale a dizer, menos denso doque aparenta. Esse sistema temprevalência sobre todo o conjunto, qualse fosse um outro sistema nervoso maiscomplexo, sustentando toda aaparelhagem delicada e os seus

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implementos mais sutis da organizaçãosomática. Encarrega-se de manter ainteração mente-corpo, emoção-sensação, pensamento-matéria.

A técnica da acupuntura busca, atravésdo corpo fisico, alcançar o campo deenergia e vitalizá-lo, eliminando osbloqueios impeditivos da irrigação deforças mantenedoras da saúde.

Esse sistema energético é composto demeridianos que são correntes de energiaque se estendem por todo o corpo, nosseus mais variados departamentos.

Pode-se, com relativa facilidade,encontrar e medir os pontos deacupuntura, carregados de energia, ao

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longo dos meridianos. Modernamente, otobiscópio, delicado aparelho elétrico,consegue localizá-los, comprovando-lhes a existência.

Considera-se que existem quatorzemeridianos principais e cinqüenta e setesecundários, constituindo o sistemaenergético.

Em face de qualquer bloqueio nacorrente de energia ou desequilíbrioproveniente da força mental devastadorae dos atos morais reprocháveis, asenfermidades se instalam. Aplicando-seagulhas nos pontos de acupuntura,reequilibra-se a energia do meridiano,desbloqueando-o e o sistema gerador serefaz, restaurando a saúde.

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Esses pontos sensíveis podem facultar aanestesia para tratamentos cirúrgicosnos casos mais graves, partos, etc.

Outra prática de inestimáveis resultadosé a ioga, especialmente para a emoçãoem desequilíbrio, para os gravesproblemas psicológicos e alguns outrosna Area de saúde.

O conhecimento dos chakras (rodas)como fontes de energia no sistema devitalização orgânica, propiciou técnicasde desenvolvimento, alimentação eequilíbrio de forças, para a manutençãoda aparelhagem material de que seutiliza o Espirito no seu processo deevolução.

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Os chakras, tradicionalmente em númerode sete, são considerados como órgãosde energia.

Do coronário ao genésico eles são osuporte de sustentação das funçõespsíquicas e orgânicas do corpo.

Segundo a mesma tradição, o maisimportante a ser considerado noschakras é a denominada energiaKundalini, também conhecida pelo nomede serpente adormecida, que semanifesta em ascendente pela espinhadorsal, nutrindo-os e sendo, ao mesmotempo, por eles sustentada. É tambémresponsável pela energização dosnervos.

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Quando adormecida na base, atende porautomatismo a organização dos chakras.

Por meio da meditação, de exercíciosrítmicos, de várias outras técnicas, édespertada e sua energia pode sercanalizada convenientemente, atendendoos chakras, ampliando a Area daconsciência espiritual e facultandosaúde física, vitalidade, harmonianervosa.

Essa, também chamada serpente de fogo,permite a aplicação da sua energia norestabelecimento da saúde pessoal,como pode ser aplicada em beneficio deoutros indivíduos.

A ioga faculta o equilíbrio psicofísico,

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transformando-se em terapia alternativade grande valor.

A cromoterapia talvez se haja inspiradona helioterapia, que consiste, estaúltima, na utilização dos raios solares,com equilíbrio, provocando umaativação salutar dos mecanismos vitaisdo corpo.

A colesterina, por exemplo, sob a açãodos raios ultravioletas se transforma navitamina D ou anti-raquítica.

É de excelente resultado, quando sobcuidadoso controle, mediante aumentode tempo sob a exposição solar, noscaso de espasmofilia, nas anemiasinfantis, em variados casos de astenia,

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nas convalescenças, na asma infantil, natuberculose cutânea, em múltiplasdermatoses, etc.

Os solários são de comprovadoresultado positivo nas neuranemias,neurastenias, etc.

A cromotera pia, mediante a aplicaçãode cores, propicia alguns resultadosfavoráveis na Area da saúde,especialmente no estado psíquico emdesalinho dos indivíduos.

A cor vermelha é considerada excitante,enquanto o azul é calmante. Com essaconclusão, aplica-se a cor vermelha nosestados melancólicos e a azul nos deexaltação, como nos casos de delirium

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tremens e outros semelhantes.

A cromoterapia devidamente aplicada,por meio de um correto conhecimentodas cores e dos efeitos, proporcionaestados de recuperação da saúde.

A luz vermelha, por exemplo, emdeterminados estados infecciosos, comona varíola, faculta bons resultados.

A homeopatia nasceu por volta de 1796,quando Samuel Hahnemann iniciou a suaaplicação, após publicar o seu Ensaiosobre um novo principio para descobriras virtudes curativas das substânciasmedicinais, seguido de algunscomentários a respeito dos principiosaceitos na época atual.

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Ele havia experimentado em si mesmo enos familiares por seis anos a novaterapêutica, cujos resultados foramsurpreendentes.

A homeopatia se fundamenta noprincipio do similia, similibus curanterou seja, os semelhantes curam ossemelhantes e, através de diluiçõesinfinitesimais, nas quais, teoricamente,não devem existir moléculas dasubstância original, o medicamentodeixa de ser químico para tornar-sefísico.

Como tudo no Universo são energia ematéria, que se convertem, devem-seaplicar os recursos energéticos para quese reequilibre o organismo físico, na sua

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essência, igualmente constituído daenergia necessária à vida.

.. E multiplicam-se as terapiasalternativas: psicobiofisicas, das vidaspassadas, cirurgias psíquicas emedianicas, hipnose, ao lado dafitoterapia ou flora medicinal,cristalterapia e outras cooperando paraa saúde, o reequilíbrio da criatura naTerra, a diminuição e mesmo odesaparecimento do sofrimento nomundo.

Considerando a valiosa contribuição detodas elas, não podemos esquecer que éna transformação moral do indivíduopara melhor, na ação da caridade - como

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prescreve o Espiritismo, respaldado noconceito de Cristo, àqueles a quemsarou, para que não voltassem a pecar, afim de que não lhes acontecesse nadapior - que a cura real se processa e osofrimento se dilui, cedendo lugar a paze ao equilíbrio psicofísico.

OS MENSAGEIROS DAMORTE

"Todos aqueles que, imprudentes, nãoatentam Para quando aparecem osmensageiros da morte, Durante muitotempo sentirão a dor Habitando algumcorpo-forma inferior Mas todos oshomens bons e santos, Ao verem os

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mensageiros da Morte, Não agemimpensadamente, mas dão ouvidos Aoque a Nobre Doutrina diz, E, no afeto,amedrontados, vêem Do nascimento e damorte a fértil fonte, E se libertam doafeto, extinguindo, assim, o nascimento ea morte. Esses são seguros e felizes,Livres de todo esse espetáculo fugaz; Detodo pecado e medo isentos, Dominaramtodo o sofrimento."

Anguttara-Nikaya, III, 35" (Trad. inglesade Warren.)

XII - Sofrimento antea Morte

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A impermanência de todas as coisas epessoas no mundo físico é tambémextensiva à conjuntura do sofrimento.

A sua vigência resulta da intensidadedos fatores causais que o engendraram.

O campo de energia afetado, no caso dasdoenças, terminada a prova ou aexpiação que depuram, recompõe-se,facultando o equilíbrio. Não obstante,nos sofrimentos morais, quando adesarmonia é emocional, por meio doautocontrole, da oração, da meditação,das ações de beneficência, o ser maisfacilmente se libera, deixando devalorizar demasiadamente asocorrências aflitivas, considerando-asnaturais no processo evolutivo, e, por

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conseqüência, aceitáveis.

A aceitação do sofrimento é o passodecisivo para a liberação dele, enquantoa rebeldia produz efeito totalmentecontrário.

Compreendendo-se que o corpo é umaorganizacão delicada, sujeita adeterioramento, desgaste etransformação pelo fenômeno da morte,nele não se colocam as bases da vida,nem se fixam as realidades essenciais.Assim, quando lhe sucedam asdesconexões e os desajustes, advindo-lhes a interrupção, a morte não setransforma em motivo de desgraça, deruína.

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A preparação conveniente para enfrentara morte faculta uma aceitação do seufatalismo e, portanto, uma diminuição dosofrimento.

Quem, na vida material deposita todasas suas aspirações e nela vê um fimúnico, constatando-lhe a interrupção, ocessar de manifestações, experimentasuperlativas dores morais, que setransformam em sofrimentos físicos semlenitivo imediato.

Assim, as dores têm muito a ver com asdisposições psicológicas de cadaindivíduo, a maneira de encarar a vida ea sua estrutura, os acontecimentos e assuas matrizes.

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A morte, por ignorância da vida, temsido através dos milênios a causa desofrimentos inimagináveis,desencadeadora de tragédias e dedesconforto sem-fim.

Todo fenômeno biológico que se inicia,naturalmente cessa. Tudo que nasce, noplano físico, interrompe-se, transforma-se, portanto, morre.

Não há prazo nem determinismoabsoluto de tempo, dependendo deinumeráveis razões para que o ciclo quecomeçou se encerre... Assim, a morte éinevitável e o sofrimento que ela geraresulta somente de má interpretação dosobjetivos da vida.

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O apego à forma transitória, que sedecompõe, produz a perturbaçãoemocional, dando idéia de que tudo seconsumiu, nada mais restando comofinalidade da existência humana.

Colocadas todas as esperanças nocorpo, os fenômenos inerentes à suaconstituição perturbam quem nele sefirma, produzindo o impactodesesperador.

De certo modo, a ocorrência é resultadode uma educação, uma formação culturalmaterialista, mesmo que sob o disfarceespiritualista. As pessoas ligam-se acorrentes religiosas sem vinculaçãoemocional nem aprofundamento racionaldo seu conteúdo, e, em face desse

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comportamento, a morte se lhesapresenta como sendo a grandedestruidora de planos, de anseios erealizações.

Por negarem-se a uma análise profundaem torno da vida, passam a existênciacorporal transferindo reflexões no tempoe programando, fruindo ao máximo, soba conivente ilusão da eternidade carnal.Quando jovens, transferem para avelhice o exame da morte; quandosadios, adiam para o período dasenfermidades a mesma reflexão,acreditando-se invulneráveis aodesgaste e aos fenômenos degenerativosda matéria.

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A medida que o tempo transcorre,negam-se a envelhecer, utilizando-se deexpedientes cirúrgicos, ginásticos,alimentares, na vã tentativa de manter ajuventude que os anos arrebataminexoravelmente. A luta para escamoteara realidade é tenaz, e, quando essa seapresenta vexatória, derrapam nas crisesneuróticas, nas fugas pelos alcoólicos eoutras drogas, tombando no suicidio.

Assim, a morte tem sidoresponsabilizada por ocorrências quelhe não dizem respeito e devem sercreditadas à intemperança das própriascriaturas.

A morte de um ser amado, em razãodisso, não deveria acarretar desespero,

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antes alegria, especialmente se a sua foiuma existência digna.

Deplora-se, então, não poucas vezes, amorte de uma pessoa boa e apermanência de outra má, numa espéciede desequilíbrio das leis soberanas,quando o correto é essa determinação.

O homem e a mulher de bem, porqueexemplares na conduta e no pensamento,encerraram os seus compromissos nomundo físico, podendo retornar a suaorigem, enquanto os endividados, os deconduta insana devem desfrutar detempo para a sua reparação, oreequilibrio.

O corpo, mesmo quando bafejado pela

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saúde, é um cárcere, e a libertação deum ser amado que volve à plenitudedeverá causar alegria e não desgosto.

Se forem pessoas más que desencarnem,também a satisfação deveriapermanecer, pelo fato de a mesmainterromper-lhes o curso dos delitos,facultando-lhes tempo para pensar, nãose comprometendo mais, nem searruinando em demasia.

Não é assim que reagem as criaturas, nateimosia em que permanecem, negando-se a uma mudança saudável de conduta.

"Não me conformo". - asseveram uns. "Éuma desgraça". - afirmam outros."Nunca aceitarei". - informa a maioria,

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diante da morte dos seres queridos,entregando-se voluntariamente aosofrimento.

O orgulho desmedido e a presunçãopessoal são-lhes os adversários maisrigorosos, que não lhes permitemraciocinar diante do que acontece comtodos os seres.

Acompanham a ocorrência da morte emtoda parte com as demais pessoas,porém, acreditam que não ocorrerá comeles, pelo menos, por enquanto... Umenquanto que se alonga no tempo,indefinidamente, na dimensão do seucapricho.

Como a morte não interroga antes os

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interessados na vida, ao arrebatá-los,deixa surpresos os seus afetos, que seentregam às desordens emocionais e aosdesnecessários sofrimentos que osarrasam.

A morte sempre produz sentimentoscontraditórios naqueles que partem,como naqueloutros que ficam.

Para todos é, normalmente, uma grandesurpresa, na maioria das vezes,desagradável.

Quem considerou e se preparou para oacontecimento, logo se adapta após ochoque inicial, como é compreensível.No entanto, para aquele que ao corpodelegou todos os interesses, a surpresa é

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substituida pelo desgosto ante osucedido, acompanhado porinjustificável revolta, que causa malesinsuspeitados.

O sofrimento que decorre da morte é,portanto, resultado da óptica pela qualse observam e se acompanham osmecanismos da vida.

Constituem fenômenos naturais a dor dasaudade, a melancolia, a preocupaçãocom o estado do ser que partiu, comodecorrência de necessárias provaçõespara o amor, que precisa sublimar-sepela ausência física e por todas asimplicações dela decorrentes.

Como a real, a verdadeira felicidade

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não se pode fruir no mundo físico, diachegará, logo mais, para vivêla, ondenão haja morte, nem separação, nem dor.

Assim, deve-se viver, preparando-separa morrer, meditando na morte, a fimde lhe não sofrer a injunção aflitiva,evitando o desespero e todo o seuséquito de agentes perturbadores.

"Por ocasião da morte, tudo, a principio,é confuso. De algum tempo precisa aalma para entrar no conhecimento de simesma. Ela se acha como que aturdida,no estado de uma pessoa que despertoude profundo sono e procura orientar-sesobre a sua situação. A lucidez dasidéias e a memória do passado lhevoltam, à medida que se apaga a

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influência da matéria que ela acaba deabandonar, e à medida que se dissipa aespécie de névoa que lhe obscurece ospensamentos. Muito variável é o tempoque dura a perturbação que se segue amorte. Pode ser de algumas horas, comotambém de muitos meses e até de muitosanos. Aqueles que, desde quando aindaviviam na Terra, se identificaram com oestado futuro que os aguardava, são osem quem menos longa ele é, porqueesses compreendem imediatamente aposição em que se encontram."

(Comentários de Allan Kardec à questão165 de O Livro dos Espíritos. 29aedição, FEB)

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XIII - Sofrimento noAlém

A problemática do sofrimento seapresenta, à luz do Espiritismo, comuma dimensão desconhecida pelamaioria das doutrinas filosóficas ereligiosas, ampliando a sua área deestudo e discussão.

As religiões ortodoxas resolveram aquestão da Justiça Divina mediante aaplicação das penas e recompensaseternas. Estabeleceram o conceito depunição eterna, engendrando uma formade vingança celeste, na qual o amor, acompaixão, a benevolência e a própria

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justiça ficam à margem,desconsiderados.

O infrator, segundo esse critério, perdeo direito à reabilitação. Mesmo quandoignorante, psicopata ou simplesmenterevel, ao tombar no erro é condenadosem remissão, caso morra em pecado.

Com a mesma atitude, num momentosevera, noutro, torna-se ingênua, diantedo medroso que se arrepende ou doastuto que diz submeter-se ao dogma ouaceitar o Cristo como seu salvador,liberando-o, a passe de mágica, de todoo sofrimento e brindando-o com aperpétua felicidade, que é reservada aojusto, como se procedimentos disparesmerecessem a mesma qualificação e

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recompensa.

A culpa assinala a consciência que seabre em chaga viva até a reparação doerro, a recomposição do campoenergético agredido. O arrependimentosincero ou os propósitos honestos dereabilitação não bastam para conceder oreequilibrio no psiquismo e na emoçãodo delinquente. Por isso, quanto maisesclarecido e lúcido o infrator, tantomaior o grau da sua responsabilidade.

O erro retém o seu autor nas própriasmalhas, que este deve desfazer mediantea correção do que foi praticado. Esselabor faculta dignificação, promovendoo indivíduo.

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Liberado do mal praticado, adquireexperiência e avança, estrada fora, norumo de novos patamares para afelicidade, sem retentivas na retaguarda.

Nem mesmo o perdão que a vitimaconcede ao seu malfeitor libera-o daconsciência de culpa. Ajuda-o,naturalmente, a sentir-se melhor consigopróprio e com aquele a quemprejudicou, estimulando-se, ele mesmo,para reparar o dano causado. Mediante aconcessão do amor e não o ódio emforma de revide, torna-se-lhe maisfactível a vitória, a recuperação moral,assim liberando-se do sofrimento.

A ilusão da posse, a presença daspaixões primitivas, o egoísmo,

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agasalhados enquanto no corpo,transferem as chagas que geram paraalém da sepultura.

Desde que o homem é Espirito e este,energia, as suas mazelas permanecemimpregnadas, produzindo as ulceraçõesalucinantes onde quer que este seencontre: no corpo ou fora dele.

Não provocando real alteração emninguém, a morte apenas transfere osseres de posição e situação vibratória,mantendo-os conforme são.

É natural que a troca de indumentáriaimposta pelo cessar do fenômenobiológico não lhe arranque asestratificações na Area da energia,

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portanto, na sede da consciência.

O desencarnado desperta além dasvibrações moleculares do corpo com asmesmas aptidões, ansiedades, engodos,necessidades cultivadas, boas ou más,voltando a assumir a postura equivalenteao grau de evolução em que estagie.

As sensações que lhe são predominantesna individualidade permanecem-lhe,quando atrasado, sensual, amante dosprazeres, vinculado aos pensamentossinistros, licenciosos, egoisticos,fazendo-o experimentar a mesmadensidade vibratória que lhe erahabitual durante a conjuntura orgânica.Rematerializa-se e passa a viver comose estivesse encarcerado no corpo

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somático, sofrendo-lhe todos os limites,conjunturas, condicionamentos, doenças,desgastes... A mente, escrava dassensações, elabora formas ideoplAsticasque o aturdem e infelicitam, tornando-lhe o sofrimento de difícil descrição.

Tenta o contato com os familiares eamigos que ficaram, e eles não seapercebem, o que lhe inflige doresmorais superlativas, levando-o Aloucura, A agressividade, ao desalento.

Em alguns momentos, esbraveja eexaure-se, entregando-se aosparoxismos do desespero e desmaia,para logo recomeçar, sem termo, atéquando brilha na consciência

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entenebrecida o amor, que o despertapara outro tipo de sofrimento, o doremorso, do arrependimento que oconduz ao renascimento, pararecuperação sob os estigmas da cruz quetraz insculpida na existência.

Enquanto não lhe chega esse socorro,une-se em magotes de desesperados, queconstroem regiões dantescas, onde sehomiziam e prosseguem sob o açodardas penas que o automatismo das leis deDeus, neles próprios, como em todosnós inscritas, impõem.

O sofrimento, nessas regiões, decorredos atentados perpetrados com aanuência da razão.

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Ninguém se evade das conseqüênciasdos seus atos, como planta algumaproduz diferente fruto da sua própriaestrutura fatalista.

O amor é a grande lei da vida. É o amorque estabelece o critério de justiça comigualdade para todos, respondendo emreação conforme praticada a ação.

A conduta mental e moral cultivadadurante a existência corporal propiciaresultados correspondentes,impregnando o ser com os hábitos quese transformam em experiências delibertação ou retenção, consoante aqualidade de que se revestem.

O prolongamento da vida após a morte

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física faz-se com as mesmascaracterísticas, resultando as fixaçõescomo futuros critérios decomportamento. Porque a mente viciadagera necessidades que não encontramcorrespondente satisfação, o sofrimentoé a presença constante naqueles que seenganaram ou lograram prejudicar osoutros.

Consciências encarceradas naignorância das leis da vida, quando sãochamadas ao sofrimento purificador,entregam-se à rebeldia e buscam fugirda colheita que lhes chega mediante osuicídio horrendo.

Para a própria desdita, mais dolorosa,encontram a vida que ultrajaram com o

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gesto desvairado, somando às novasdores a frustração por constatarem-secomo indestrutíveis, e as afliçõesdecorrentes do ato praticado, queproduzem dilacerações no perispiritoque passa, então, a sofrer males que nãoconduzia. Além desses, que estão na suarealidade espiritual, as conseqüênciasinfelizes, tais: a dor dos familiares ou arevolta que neles se instala; o exemplonegativo, que estimula outras futurasdefecções; os problemas que recaemsobre os que ficaram, produzindo-lhessofrimentos inenarráveis, que searrastam por decênios largos até omomento de retorno à Terra, com asmarcas da deserção.

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Noutros casos, buscando fugir asenfermidades degenerativas, outraspessoas recorrem a eutanásia, naingênua perspectiva de sono eterno semdespertar, quando tudo fala de vida, deatividade, de progresso.

O letargo que buscam é povoado depesadelos sombrios e presençasespirituais impiedosas, que lhesinvectivam o ato e as atormentam semdescanso.

A morte, em hipótese alguma, faz cessaro sofrimento, porque, não anulando aconsciência, faculta-lhe logicar evivenciar o prosseguimento dasexperiências, e porque as percepçõespertencem ao Espirito, continuam sendo

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transformadas nas delicadasengrenagens da energia em sensações eemoções. Daí a manifestação dosofrimento corrigindo os erros econduzindo o infrator reparação.Ninguém pense em morrer para libertar-se, caso não se libere antes do fenômenode alterações biológicas pelo processoda morte.

A ilusão que se permitem os indivíduos,conceituando a vida como um acidentebiológico, é a grande responsável pelosdisparates que lhes engendram dor esofrimento.

Somente a conscientização, a verdadeiraindividuação permitem uma vida

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saudável, na Terra e além dela, quandoocorrer o fenômeno da morte, em naturalprocesso final de ciclo biológico.

Prosseguindo o ser, além da disjunçãocadavérica, com a consciência de simesmo, é natural que permaneçam neleimpressas as sensações e emoçõesamplamente vividas. Como efeito,aquelas que lhe constituíram bênção oudesarmonia predominam com maisvigor, dando curso A vida, emboranoutra dimensão.

Nessa panorâmica, ressaltam asimpressões grosseiras, de que não quisou não se pôde libertar, gerandosofrimentos correspondentes, qual sepermanecesse na esfera física.

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Como é compreensível, as fantasiascultivadas e os desequilíbrios dainsensatez geram, na Area dossentimentos, amarguras, que sãocomplementadas pelos complexosresultados da consciência de culpa, emrazão dos erros perpetrados e de tudoquanto de positivo ele houvera podidorealizar e não logrou fazer.

A consciência que se apresenta culpadaengendra mecanismos de reparação quese transformam em pesadelos dearrependimento desnecessário, assimpermanecendo como látego inclemente ainfligir-lhe punição.

O arrependimento deve constituir um

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despertar da responsabilidade queconvida à reconstrução, âà renovação, àação reparadora sem aflição nemdesdita.

O sofrimento no além-túmulo tambémassume condições chocantes, quando odesencarnado, por meio da perturbaçãodo após-morte, entrega-se àsideoplastias do cotidiano, construindopsiquicamente um clima e umarealidade, nos quais se envolve, que lheproporcionam o prosseguimento doestado orgânico com as suas diffceisconjunturas, agora em situação diferente,prolongando a ilusão carnal com todosos seus ingredientes perturbadores, quesão resultado do apego à matéria, de que

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se não libertou realmente, apesar dofenômeno biológico da morte.

É indispensável a libertação doscondicionamentos materiais,disciplinando a mente e a vontade, demodo a adaptar-se de imediato à vida-além-da vida. Somente assim osofrimento pode ser evitado,especialmente se a existência corporalfez-se caracterizar pelas açõesenobrecidas, atingindo a finalidadeprecipua da reencarnação, que é a buscada felicidade.

A educação moral e espiritual do ser é oinstrumento seguro para libertá-lo dosofrimento na Terra, como no além-túmulo, facultando-lhe vida em

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abundância de paz. "Irmãos, tomai Comoexemplo, no sofrimento e na paciência,os profetas que falaram em nome doSenhor

Eis que chamamos felizes aos quesofreram. Tendes ouvido da paciênciade Job e tendes visto o fim do Senhor,que o Senhor é cheio de ternura e decompaixão."

(Tiago, 5:10 e 11.)

XIV - Libertação doSofrimento

Diante da infinita gama dos sofrimentos

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que dilaceram as criaturas, a finalidadeda terapia profunda é arrancar-lhes ascausas geradoras.

Ao lado de todo o contributo ético-moral que suaviza o sofrimento e altera-lhe a causalidade, produzindo gênesessaudáveis para o futuro, a assistênciamédica, quando se trate de questões naárea da saúde física, assim como aassistência das ciências psíquicas nocomportamento alienado ou nosconflitos da personalidade são derelevante valor.

Seja qual for o tipo de sofrimento, assuas garras produzem chagas dedemorado processo degenerativo queleva, As vezes, à alucinação, ao

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despautério, As arbitrariedades,especialmente as pessoas destituídas deresistências morais.

Normalmente, a sua intensidade écaptada conforme a sensibilidade dequem o experimenta.

Sofredores há, na esfera física,portadores de alta capacidade parasuportar-lhe a injunção, que, no entanto,tombam, desalentados, quando osofrimento se apresenta no campo moral.

A reciproca é verdadeira, consagrandoos heróis das resistências quaseinacreditáveis, sob o jugo dos terríveisacúleos cravados nos tecidos da alma.

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O sofrimento está muito relacionadocom o processo espiritual.

A ampla sensibilidade faculta-lhe maiorprofundidade emocional, que respondepelas angústias e desagregaçõesinteriores, sem queixumes nemacusações. padecente silencia a dor edeixa-se estraçalhar interiormente, emespecial quando tomba nas afliçõesmorais, derivadas da traição, dainjustiça, da crueldade, do abandono, doisolamento...

Se possuem fé religiosa e transferem otestemunho para o futuro espiritual,suportam melhor as laminas cortantes,com equilíbrio, logrando vencer aconjuntura, superando-se e saindo da

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crise com amadurecimento e paz. Asenfermidades de larga duraçãoaformoseiam-lhes o caráter e dão-lhesmaior quota de amor aos sentimentos,que transbordam de ternura.

Quando atingem aqueles que estagiamem faixas menos evolutivas, asenfermidades brutalizam-nos easselvajam-lhes as bases dossentimentos, que se desenvolviam noutradireção benéfica.

O Espiritismo, em razão da suacomplexa estrutura cultural, cientifica,moral e religiosa, é a doutrina capaz deequacionar o sofrimento, liberando assuas vitimas.

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Carl Gustav Jung foi possivelmentequem melhor penetrou a realidade dosofrimento, propondo a sua elucidação ecura. Enquanto a preocupação geral sebaseava nos resultados físicos, no bem-estar emocional, sob a angulaçãomédica, ele recorreu a dois métodospara encontrar-lhe a gênese e a solução:os sonhos e a imaginação.

Embora reconhecesse que todageneralidade peca por insuficiência derecursos para o atendimento, desde quecada caso é especifico e exige umalinguagem terapêutica especial, adotavaos dois comportamentos como métodoeficaz para os resultados saudáveis.

Ao mesmo tempo recomendava o apoio

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religioso, portador de excelentescontribuições para a cura da alma, naqual se sediam todas as causas dossofrimentos.

A individuação e a marcha na direçãodo numinoso constituíram-lhe valiososmecanismos terapêuticos para osproblemas dos pacientes que obuscavam.

A promoção moral proposta peloEspiritismo e a contribuiçãoextraordinária que dá, pelo fato de ser aalma imortal - herdeira dos própriosatos que, equivocados, são geradores desofrimentos - e da reencarnação - emcujos renascimentos o ser espiritual se

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depura, mediante, não raro, o sofrimento- constituem terapias irrecusáveis, noprograma de eliminação da dor nohomem e na Terra.

O sofrimento tem vigência transitória,por ser efeito do desequilíbrio daenergia que, direcionada para o bem epara o amor, deixa de desarticular-se,facultando aos seres a iluminação, aplenitude, portanto, a saúde integral, quea todos no mundo está reservada peloPai Criador.

FIM DO LIVRO