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XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Fundamentos da Educação Física Escolar". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com

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XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

A CATEGORIA AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

CALHEIROS VC, SOUZA MS. [email protected] Universidade Federal de Santa Maria; CAPES

A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO INSTRUMENTO PARA REDUÇÃO E PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

NERI RP. [email protected] UNESP - São Paulo

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Este trabalho é parte da pesquisa de dissertação de mestrado que apresenta como problema orientador a seguinte questão: Quais as contradições presentes na aula de Educação Física, na Escola Nova Sociedade (município de Nova Ramada/RS), no processo de avaliação e quais as possibilidades de superação destas contradições considerando o Projeto Político Pedagógico da Escola? Na busca por sanar tal questionamento, percebemos que a avaliação possui, em sala de aula, pelo menos três componentes que precisam ser considerados (FREITAS, 2003). Estes se manifestam no aspecto 1. instrucional; 2. comportamental; e 3. valores e atitudes. O primeiro é aquele em que se avalia o domínio das habilidades e conteúdos a partir de provas, trabalhos, entre outros. O segundo componente é um potente instrumento de poder nas mãos dos professores, visto avaliar o comportamento dos alunos em sala de aula. Quem nunca ouviu frases como: “Pedrinho, se você não se sentar vou te tirar nota. A avaliação cria uma estrutura de poder, estando o controle nas mãos do professor sobre o aluno. O terceiro elemento ocorre no dia-a-dia em sala de aula, e se concretiza em repressões e em exposições dos alunos. Consistem em comentários críticos e até humilhações frente à turma. Neste processo de estudo, centramos nossa atenção no movimento existente entre os pares dialéticos objetivo/avaliação, conteúdo/método, a fi m de pontuar a centralidade da categoria avaliação. Realizamos as observações das aulas de Educação Física tendo realizado um mapeamento das ações de rotina estabelecidas pelo professor, faltando-nos agora a realização das entrevistas com este e com a equipe diretiva da escola, assim como, um questionário com a turma observada (oitava série do ensino fundamental)..

Faz-se necessário repensar as aulas de educação física, assim como seus objetivos e formas de atuação, a fi m de que os alunos sejam capazes de assumir uma postura ativa na prática de atividades físicas, como também conscientes da sua importância na vida adulta. Sendo assim, seria de grande importância desenvolver ações educativas no âmbito escolar que favoreçam a compreensão do funcionamento do organismo, levando esses alunos a adquirirem hábitos de vida saudável e oportunizando a prática de atividades físicas de forma continuada. A prática de Atividades Físicas é fundamental para promover o controle e tratamento da obesidade infantil e suas morbidades. Nesse sentido, é fundamental o papel do professor de Educação Física como principal agente nesse processo de desenvolvimento de atividades dinâmicas, a fi m de contribuir na prevenção e controle da obesidade. Contudo, o professor deve se preparar melhor para atender a essas importantes tarefas profi ssionais. É fundamental que os professores criem novas formas de movimentação para as crianças, através de novas brincadeiras, novos jogos e regras que atendam aos princípios dos fundamentos esportivos, mas que também atenda ao aspecto lúdico. A atividade física aplicada no ambiente escolar é uma importante ferramenta para promoção de uma vida saudável. Entretanto, para que os resultados realmente sejam satisfatórios e ocorra uma melhora signifi cativa na qualidade de vida dos alunos, é necessário que ocorra uma mudança no estilo de vida destes e dos que estão ao seu redor. Portanto, o professor de Educação Física escolar é o principal agente para que ocorra essa mudança, pois através das aulas de Educação Física o professor pode desenvolver ações para que seu aluno adquira consciência da importância de uma vida que envolva o consumo de alimentos saudáveis ricos em fi bras e nutrientes, mas principalmente pela redução do comportamento sedentário através da prática regular de atividade física.

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A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO CONTEXTO DA LEI 10.639/03: O QUE DIZEM OS/AS PROFESSORES/AS?CORSINO LN, MONTEIRO DTL. [email protected] Universidade Federal de São Paulo

A Lei 10.639/03 foi publicada no ano de 2003, como uma Lei de ação afi rmativa, ela prevê o tratamento de história e cultura afro-brasileira e africana no currículo de todo o território nacional. Apesar de destacar a importância das disciplinas de artes e história, todas são responsáveis por abordar esse tema. Considerando essa premissa, o objetivo do presente trabalho foi analisar o que os/as professores/as de Educação Física de duas escolas da rede municipal de Guarulhos compreendem acerca dessa Lei no interior das aulas de Educação Física, considerando o diálogo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (DCN-ERER). A metodologia da presente pesquisa ocorreu segundo uma abordagem qualitativa, a coleta de dados foi realizada a partir da técnica de aplicação de questionários para três professores/as de duas escolas da rede municipal de Guarulhos e posteriormente foram elaboradas categorias de análise, que foram problematizadas a partir de análise de conteúdo. Ao propor “ações educativas de combate ao racismo e às discriminações”, as DCN-ERER indicam a necessidade de que a escola, enquanto instituição responsável pela promoção da igualdade proporcione a valorização da oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo, como a dança, marcas da cultura de raiz africana, ao lado da escrita e da leitura. No que diz respeito à aplicação dos questionários, os dados analisados apontam para uma visão otimista dos/as professores/as em relação à aplicação da Lei 10.639/03, demonstram conhecer a legislação vigente por meio de cursos de formação continuada e apesar de apontarem difi culdade para a sua implementação no cotidiano, reconhecem a sua importância enquanto forma de resgatar a história e cultura afro-brasileira e africana no interior das aulas de Educação Física.

É perceptível o impacto que a Copa do Mundo causa na atual sociedade. Sabendo da grande infl uência do futebol na vida dos brasileiros e, consequentemente, nas aulas de Educação Física, objetivou-se traçar uma refl exão acerca das implicações da Copa do Mundo (Brasil/2014) sobre o desenvolvimento do componente curricular Educação Física. Antes do megaevento começar já vemos algumas transformações ocorrendo no cenário escolar. Um exemplo é a necessidade de mudança dos calendários escolares pela Lei Geral da Copa (12.663/2012). Sendo assim, estabelecemos as seguintes problematizações: como a escola, recebendo infl uências culturais múltiplas, se transformará na perspectiva da produção da cultura escolar e nas aulas de Educação Física?

A ESCOLA RECEBE A COPA DO MUNDO NO BRASIL: IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO ESCOLAR MIGUEL RS, PRODÓCIMO E. [email protected] Faculdade de Educação Física, UNICAMP

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Ao vislumbrar o desenvolvimento integral do ser humano, ao invés de anular corpos que possuem expressões peculiares, a Educação, bem como a Educação Física pode considerar a corporeidade nas suas ações pedagógicas. O reconhecimento da corporeidade no contexto escolar requer ações que conduzam, tanto ao aluno como ao professor, criar, tomar decisões, analisar, discutir propor e aplicar ideias. Esse estudo teve como objetivo investigar a possibilidade das ações pedagógicas da Educação Física serem sustentadas na perspectiva da corporeidade. A pesquisa foi desenvolvida numa escola da rede pública do Estado de São Paulo, com um grupo de treze alunos matriculados e retidos no quinto ano do ensino fundamental, classifi cados pelo sistema escolar como possuidores de difi culdades de aprendizagem. Partindo das análises bibliográfi cas sobre corporeidade, elaboraram-se propostas pedagógicas de ensino, por meio de situações problemas, com ênfase no trabalho motor, visando reconhecer e estimular a corporeidade das crianças. As atividades foram desenvolvidas pela professora de Educação Física e pesquisadora, constando de três aulas semanais, de aproximadamente sessenta minutos, fora do período de aula das crianças, nas dependências na Unidade Escolar, totalizando quarenta e uma aulas. Os dados foram coletados por meio de observações durantes as intervenções pedagógicas, entrevistas com os responsáveis e todos os professores que atuavam com esses estudantes. Após o período das Intervenções Pedagógicas pautadas na perspectiva da corporeidade, tornou-se possível perceber que a motivação, a indisciplina, a interação professor-aluno, a auto-estima e a expressividade desses estudantes melhoraram consideravelmente. Além disso, o compromisso, a criatividade e a assiduidade surgiram como indícios que infl uenciam na aprendizagem, e foram construídos no percurso da realização das Intervenções Pedagógicas.

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A PERSPECTIVA DA CORPOREIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

SILVA BAT, SILVA VLT, DE FILIPPIS A, SILVA JUNIOR GO. [email protected] UNIESP - SP

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CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ACERCA DA INTELIGÊNCIA HUMANA

SOUZA APA, NISTA-PICCOLO VL, DAVID TG. [email protected] Universidade Federal do Triângulo Mineiro; FAPEMIG

A Teoria das Inteligências Múltiplas nos oferece a possibilidade de compreender o comportamento corporal como manifestação do potencial de inteligência humana, permitindo a interpretação das ações motoras como expressão da capacidade humana em sua totalidade. O objetivo geral deste estudo é levantar as concepções apresentadas pelos professores de Educação Física do 5º ano do ensino fundamental acerca da inteligência humana e as possibilidades de sua estimulação por meio de suas aulas. Esta é uma pesquisa qualitativa e utilizou-se de questionários e entrevistas para o conhecimento da realidade estudada, a amostra foi delimitada por estratifi cação e para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Foram entrevistados seis professores que responderam ao questionário de identifi cação com perguntas abertas e fechadas. Pudemos compreender que os sujeitos investigados possuem conceitos que se voltam para o aluno, procurando em suas práticas pedagógicas oferecer subsídios para que eles se desenvolvam diante dos potenciais que trazem. Percebemos que os sujeitos ao se depararem com atitudes de motivação, interesse e curiosidade utilizam-se delas para identifi car e explorar as inteligências dos alunos. Embora nem todos os sujeitos apresentem conhecimento acerca da Teoria das Inteligências Múltiplas, identifi camos alguns relatos de estratégias que vão ao encontro dos princípios desta Teoria. Acreditamos também que as concepções trazidas pelos sujeitos infl uenciam o modo como eles enxergam os alunos e, ainda, como eles acreditam ser possível estimulá-los durante as aulas..

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Esta pesquisa partiu da ideia de se investigar o modo com o qual alunos de diferentes séries do ensino fundamental II lidam com os jogos e suas regras, pois se trata de um ciclo onde podemos observar signifi cativas mudanças no desenvolvimento dos alunos. Para realizar a pesquisa de campo, utilizei-me do antigo jogo chinês Dou Shou Qi. Foram planejadas duas aulas com este jogo partindo da experiência com o tabuleiro para adaptações para jogá-lo em quadra. As mesmas aulas, com poucas diferenças, foram aplicadas em turmas de 2º, 6º e 9º anos da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP. Como forma de registro das atividades, foram coletados: desenhos, textos e registro de palavras dos alunos participantes, além de fotos tiradas pelos professores das turmas. Após executar as aulas, registrá-las e refl etir sobre o material coletado, duas questões principais se destacaram para análise: a organização das turmas em relação às regras e a relação com o tempo de jogo. Como esperado, cada sala comportou-se de maneira diferente em relação às regras: as crianças do 2º ano focaram-se exclusivamente no objetivo do jogo sem se preocuparem com os meios para atingi-lo; os alunos do 6º criaram estratégias simples através de algumas orientações dadas pela professora; já o 9º ano, fez questão de ter claras todas as regras do jogo e, a partir disso, cada time montou suas estratégias de acordo com a situação-problema e com o adversário em questão. Em relação à temporalidade do jogo, chamou atenção a difi culdade em adequar o tempo da atividade com a organização temporal da escola. O tempo fi xo para a aula, determinado pelo tempo cronológico, difi culta a experiência do jogo de forma mais coerente com o próprio jogar, com a experimentação e reinvenção.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar Educação Física (EF) presente no currículo – entendendo-o como mais do que conteúdos - de uma escola que funciona dentro de uma instituição total para adolescentes em situação de privação de liberdade. Dentre os direitos previstos, devem receber escolarização seguindo o currículo da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, organizado para classes regulares, com temas por série/ano e bimestre. Entretanto, há que se considerar a dinâmica do trabalho docente em um ambiente de privação e restrição de liberdade, por possuir em classes multisseriadas, com alunos de diferentes faixas etárias, sem contar as distintas histórias de vida repletas de momentos de exclusão. Algumas indagações movem a construção deste trabalho, tais como: Quais as implicações da restrição de liberdade para o se-movimentar? Como se dá a organização das aulas diante do currículo seriado? Há necessidade de uma formação continuada para docentes que atuam nestes espaços? Trata-se de uma pesquisa etnográfi ca, com aproximações a pesquisa-ação, desenvolvida ao longo de cinco anos de observação e atuação junto a estes jovens marginalizados. É possível verifi car que a Educação Física para alguns alunos tem um viés de libertação, momento de extrapolar suas vontades e desejos de se movimentar, desde que atenda a disciplina institucional. Desenvolve as situações propostas no currículo torna-se uma ação complexa dada a dinâmica que se estabelece em privação de liberdade, e também das próprias vivências que os jovens tinham antes de adentrar ao espaço, ou seja, poucos puderam experienciar aulas de educação física pautadas na cultura corporal, o que difi culta a prática docente. Não obstante, faz se necessário pensar um currículo que contemple a dinâmica desse espaço peculiar, de controle, vigilância, punição e, sobretudo de poder que implica na prática social escolar.

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: CURRÍCULO E PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

CONCEIÇÃO WL. [email protected] Universidade do Estado da Bahia

DO TABULEIRO ÀS QUADRAS. DOU SHOU QI: UM JOGO PARA SE REFLETIR SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA

LOPES CZ, ZIMMERMANN AC. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

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A Educação Física consta no ambiente escolar desde 1851, com a reforma Couto Ferraz. Hoje se fundamenta como componente curricular pela LDB 9.394/96. Existem muitas leis em torno da Educação Física, mas o grande desafi o é o de legitimá-la no contexto educacional, pois não é incomum ouvirmos comentários pejorativos em relação à profi ssão. Por isto, este trabalho objetivou compreender o quê se fala sobre a Educação Física no ambiente escolar. A pesquisa ocorreu através de questionários distribuídos a 79 (setenta e nove) alunos universitários que concluíram seus estágios obrigatórios em escolas públicas e privadas da Capital e Grande São Paulo, onde os mesmos responderam se já tinham ouvido ou presenciado tratamento pejorativo em relação à Educação Física escolar em seus estágios e se compreendiam os motivos para tal circunstância. Os resultados consistiram no seguinte: 26 estagiários eram de escolas privadas e 53 de escolas públicas. Com exceção de 10 universitários que não souberam ou não quiseram responder ao questionário, os demais (69), afi rmaram terem ouvido sobre aulas muito repetidas, a disciplina é o momento de lazer, os professores não sabem dar aulas e que a Educação Física é só “rola bola”. As justifi cativas pautaram-se em professores acomodados e desmotivados, sem capacidade para lecionar e que apresentam descaso com a profi ssão. Desta maneira, os resultados nos mostram que o futuro professor de Educação Física tem pela frente importante tarefa: além de dominar conhecimentos técnicos para lecionar, precisará trabalhar em busca do respeito e da construção de uma boa imagem, pois é possível percebermos que a Educação Física ainda não é vista como componente curricular de relevância na aprendizagem dos alunos, resultando num cenário de descrédito e subvalorização do profi ssional.

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: “O FILME ESTÁ QUEIMADO”SILVA SCJ, MACEDO JS, MONTEIRO RAC. [email protected] Universidade Nove de Julho

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EXPERIENCIANDO A GINÁSTICA NA ESCOLA ENQUANTO POSSIBILIDADE SUPERADORA NO PLANO DA CULTURA CORPORAL

SANTOS APR, SOUZA MS, ROQUE C. [email protected] Universidade Federal de Santa Maria; FIPE

Este trabalho trata-se de uma experiência em extensão desenvolvida desde o ano de 2005 com alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Ensino da Cidade de Santa Maria/RS e que se propõe, dentro do universo da cultura corporal humana, a estudar especifi camente a ginástica, tratando-a como uma prática social objetivada e apropriada no processo de constituição da existência humana, enquanto uma dimensão sistematizada do gênero humano. Com esta perspectiva, a partir da teoria social do Materialismo Histórico Dialético e especialmente nos Cinco Passos propostos por Saviani (1997), denominados 1º Passo: Prática Social; 2º Passo: Problematização; 3º Passo: Instrumentalização; 4º Passo: Catarse e 5º Passo: Prática Social, objetivamos promover o desenvolvimento da ginástica no âmbito escolar, enquanto possibilidade Superadora no Plano da Cultura Corporal. Juntamente com este objetivo, possibilitamos, também, ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, o estudo e o desenvolvimento da ginástica no âmbito escolar; Possibilitamos a comunidade escolar de Santa Maria, o conhecimento e o desenvolvimento da ginástica, de uma forma em que todos os envolvidos, no seu processo de ensino, sejam sujeitos de sua construção; Possibilitamos construir conhecimentos para a área da Educação Física, especifi camente, para o campo de produção de conhecimento da ginástica, a partir de uma proposta pedagógica enquanto possibilidade Superadora no Plano da Cultura Corporal.

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O universo da Educação Física escolar passou por modifi cações profundas nos últimos trinta anos. De uma perspectiva técnico esportivista passou-se a defender a ampliação dos temas e conteúdos abordados neste componente curricular, esta ampliação está enraizada em uma perspectiva cultural de área. Neste contexto, manifestações culturais que engendram o contexto vivencial de jovens e crianças em idade escolar obtiveram condições de serem tratadas pedagogicamente nas aulas de Educação Física.Uma das manifestações que ganharam espaço neste contexto foi o Hip Hop, em especial, o Break Dance, elemento desta manifestação cultural que se expressa por meio da dança. Souza (2010) dedicou-se a investigar se professores de Educação Física de uma determinada diretoria de ensino em São Paulo abordavam o tema Hip Hop em suas aulas. Em um universo formado por 68 escolas, 67 professores responderam a um questionário, esses professores correspondem por sua vez a 53 unidades escolares diferentes. Como resultado pôde ser constatado que a maioria dos professores ouvidos nesta pesquisa abordavam temas e ou conteúdos que sugerem um possível trato pedagógico com o Hip Hop. No entanto, apenas dois docentes afi rmam diretamente trabalhar com o tema Street Dance em suas aulas. A terminologia Street Dance, ou dança de rua é comumente utilizada como sinônimo do Break Dance, dança ligada a Cultura Hip Hop. Esta relação pode ser justifi cada pelas similitudes existentes entre as duas manifestações. Outrossim, é necessário afi rmar que Break Dance e o Street Dance são manifestações culturais distintas e que o trato pedagógico de um ou outro deve ser realizado de modo coerente com o seu desenvolvimento. O equívoco conceitual apontado por Souza (2010) encontra ecos, ou talvez, raízes na Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física (SÃO PAULO, 2008). Este documento, que apresenta como principal objetivo, nortear a prática pedagógica de professores de Educação Física que trabalham na rede estadual paulista peca ao apresentar o Hip Hop como uma possibilidade pedagógica. adotadas pelos indivíduos que se dedicam a esta manifestação cultural.

O objetivo do presente estudo foi o de identifi car quais são os instrumentos de avaliação mais utilizados em aulas de educação física escolar.Foram avaliados 15 professores de escolas particulares da cidade de Santos-SP com experiência em um de três níveis de ensino da escolarização. Para se verifi car o instrumento de avaliação utilizado por estes profi ssionais foi elaborado um questionário de respostas abertas com as seguintes perguntas: 1- Qual o nível de ensino você leciona; 2- Você avalia ou não os alunos durante as aulas de educação Física Escolar; 3- Se sim, quais são as avaliações que são realizadas para cada turma; 4- Se não, justifi que o por quê. As perguntas eram respondidas com base nas turmas de: educação infantil, ensino fundamental I e II. No ensino infantil foi possível constatar que 33% dos profi ssionais utilizam o KTK; 25% TGMD-2; 10% PROESP-BR; 26% não avalia. Para o ensino fundamental 1 - 13% KTK; 21% TGMD-2; 21% PROESP; 17% presença; 26% não avalia. Já para o ensino fundamental 2 - 22% KTK; 18% TGMD-2; 22% PROESP; 4% presença; 31% não faz avaliações. Por meio dos resultados obtidos podemos verifi car que os professores tendem a se concentrar na coordenação motora geral no ensino infantil. No entanto, no ensino fundamental I, a concentração da avaliação incide sobre as habilidades motoras fundamentais e aptidão física. Já para o ensino fundamental II, as avaliações se concentram em aptidão física e coordenação motora. Considerando os diferentes tipos de avaliações registrados, foi possível detectar que, para o ensino fundamental I (43%) e II (35%), os professores não utilizavam nenhuma forma de avaliação.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO MAIS UTILIZADOS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

FREITAS B, MADUREIRA F, BARTOLOTTO F. [email protected] Faculdade de Educação Física de Santos

HIP HOP E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: ANÁLISE A PARTIR DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

SOUZA IC, NISTA-PICCOLO [email protected] Prefeitura Municipal de São Paulo; CAPES

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De acordo com estudos realizados acerca da inteligência e do movimento é possível observar que um dos fatores que auxiliam no desenvolvimento da criança é a interação com o mundo, ou seja, as experiências obtidas durante a vida. Jean Piaget enfatiza que a inteligência é construída através da estimulação externa que gera adaptações biológicas e, portanto, o desenvolvimento. Henry Wallon contempla as relações entre afetividade e a formação da inteligência. Lev Vygotsky retrata a linguagem como fator importante para expressão e estruturação da inteligência. Howard Gardner relaciona as inteligências múltiplas à cinestésica/corporal, na perspectiva da estimulação como fator imprescindível para o seu desenvolvimento. Os autores abordam a inteligência e o movimento em uma relação de construção do conhecimento e, apesar de concordarem no que diz respeito a relevância das experiências vividas, conceituam e co-relacionam as noções de aprendizagem e desenvolvimento a partir de perspectivas diferentes. Nessa concepção, pode-se entender que o conhecimento é a resultante de algo vivenciado signifi cativamente. No entanto, Edgar Morin afi rma que todo conhecimento adquirido passa por traduções e reconstruções cerebrais baseadas nos estímulos recebidos e arquivados pelos sentidos, transformando-se numa construção de descobertas e aprimoramentos que desencadeiam na consciência do que deve ser executado. Parece fazer uma parceria entre a inteligência e o movimento para a construção do seu próprio conhecimento. Percebe-se que o movimento torna-se parte importante dessa interação e desenvolvimento, pois uma vez que é utilizado, cria-se uma ação motora que auxilia na expressão das idéias expondo na prática o desejo que está internalizado na criança. Portanto, o movimento possui uma inteligibilidade, uma intenção, um sentido de totalidade que se manifesta no entendimento simultaneamente na palavra e na motricidade.

INTELIGÊNCIA E MOVIMENTO NA INFÂNCIA: CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

SANTOS RM, REMONTE JG. [email protected] Universidade Nove de Julho

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JOGOS E BRINCADEIRAS CONTEMPORÂNEAS: A CRIANÇA, O VIDEOGAME E O MOVIMENTO

LEÃO JUNIOR [email protected] Universidade Estadual do Paraná

Em meio a contemporaneidade, as crianças nascem imersas as tecnologias com propensão para o desenvolvimento de habilidades para dominá-las. Entretanto, o brincar e o jogar acabou se perdendo? O movimento amplo e dinâmico do corpo humano se reduziu ao movimentos fi nos dos teclados de computadores, das telas de smartphones ou dos controles de videogames? Para alguns estudiosos, o século XX deu início ao desaparecimento da infância. Entretanto, percebe-se que a infância não está desaparecendo e, sim, confi gurando-se de maneira diferenciada. Dessa perspectiva, é necessário acompanhar as mudanças para aproveitar as necessidades e oportunidades contemporâneas. Hoje, há videogames de movimento corporal, em que jogamos simplesmente com o movimento do corpo. Em função disso, proponho o conceito de “Jogos e Brincadeiras Contemporâneas”, fazendo uma referência à utilização dos jogos eletrônicos como ferramenta interativa (utilizando jogos eletrônicos de videogames, computadores, tabletes, celulares individualmente ou em grupo) na perspectiva dos interesses e objetivos da Educação Física Escolar. O intuito é explorar e co-relacionar as atividades dos jogos eletrônicos com as atividades práticas (como por exemplo: jogar tênis no Nintendo Wii e depois jogar tênis na quadra) com a fi nalidade de utilizar os jogos eletrônicos como fator motivacional para realização aulas de Educação Física.

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Estudos recentes têm apontado correlações signifi cativas para níveis de profi ciência motora e frequência em atividades físicas em crianças. Entretanto, ao analisar adolescentes com níveis distintos de profi ciência motora, estariam os resultados correlacionados a experiências passadas, em diferentes momentos, frequências e variações de modalidades? Portanto, o objetivo desse estudo foi analisar a magnitude de experiências e frequências de envolvimento com modalidades esportivas em adolescentes com níveis de profi ciência motora distintos. O estudo foi realizado com adolescentes do ensino médio da rede estadual de Cubatão. Para análise da diversidade de experiências motoras e frequência de vivências em atividades físicas em diferentes momentos do desenvolvimento, foi aplicado um questionário fechado para os pais, no qual haviam perguntas relacionadas aos seguintes aspectos: quantidade de modalidades; frequência de aulas de educação física no ensino infantil, fundamental e médio; idade inicial para a pratica de esportes; frequência semanal de prática esportiva. Já para análise da coordenação motora geral e habilidades específi cas foram utilizados respectivamente a bateria de testes de KTK (KIPHARD) e a bateria de testes TGMD-2. No teste KTK os resultados indicam média de escore 239 com classifi cação “insufi ciência de coordenação”. Já para o teste de TGMD-2 os adolescentes obtiveram média de escore 123 com classifi cação “superior”. Na análise de correlações entre as variáveis investigadas os dados foram: carga horaria e ktk (r=-0,1); diversidade de modalidades e ktk (r=0,0); carga horaria e TGMD-2 (r=-0,2) e TGMD-2 e modalidades (r=-0,3). Com base nos dados obtidos neste estudo, não foi possível detectar correlações entre as diversidades de modalidades e as cargas horárias praticadas nas fases anteriores adolescência, indicando que outros fatores podem ter sido mais determinísticos do que os investigados.

Ao longo dos anos as atividades físicas infantis têm sido consideravelmente reduzidas e os efeitos desta mudança são bem documentados na literatura, entre eles: elevação do nível de obesidade infantil escolar, desinteresse por atividades físicas, crianças mais sedentárias e/ou menores níveis de coordenação motora. O objetivo deste estudo é Investigar os níveis de coordenação motora geral em crianças pertencentes a instituições particulares, por tanto, foram avaliados 17 crianças matriculadas no ensino fundamental, submetidas à bateria de teste de coordenação motor geral denominado KTK, que permite inferir e classifi car de acordo com dados normativos o nível de coordenação motora específi co para idades distintas. Participaram do estudo 17 crianças de 6 a 14 anos (12,18). Os resultados mostraram que 41% dos alunos foram classifi cados com perturbação da coordenação, (29%) insufi ciência de coordenação, 24% normal e 6% apresentaram uma alta coordenação motora. A partir dos resultados obtidos pode-se observar que 70% dos alunos avaliados obtiveram nível de coordenação motora geral abaixo da média.

NÍVEIS DISTINTOS DE ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA PODEM PREDIZER OS NÍVEIS DE PROFICIÊNCIA MOTORA NA ADOLESCÊNCIA? NOGUEIRA C, CASANOVA G, BARTOLOTTO F, MADUREIRA [email protected] Faculdade de Educação Física de Santos

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO COORDENAÇÃO MOTORA GERAL EM CRIANÇAS PERTENCENTES A INSTITUIÇÕES PARTICULARES

CAMPOS EAM, BARTOLOTTO F, NOGUEIRA C MADUREIRA [email protected] Faculdade de Educação Física de Santos

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As possíveis contribuições da Educação Física na educação escolar podem ser discutidas a partir das relações pedagógicas que a Educação Física foi estabelecendo com a prática escolar (as fi nalidades pedagógicas, os conteúdos e os modos de organização do ensino), relações essas que permitiram construir o próprio objeto de ensino dessa disciplina. Esse processo pedagógico é, também, um processo político e científi co, na medida em que diferentes perspectivas teóricas e diferentes projetos de sociedade, de homem e de educação lhe fundamentam. Deste modo, a defi nição de quais são os objetos de ensino da Educação Física depende da teoria pedagógica assumida. A partir de uma compreensão Histórico-Cultural da Educação Física pode-se defender que a sua fi nalidade como disciplina escolar reside na contribuição para o processo de produção da natureza humano-genérica no homem, fi nalidade que é comum a todas as disciplinas escolares. A sua especifi cidade reside na particularidade do fenômeno com o qual a Educação Física trabalha: as atividades da cultura corporal. Conceituar as atividades da cultura corporal e teorizar sobre esse objeto de ensino, constituem-se tarefas necessárias tanto para a prática pedagógica da Educação Física quanto para a sua prática de pesquisa na área educacional. Afi nal, se a Educação Física ensina atividades culturais e se essas atividades representam formas particulares de atividades humanas, quais são essas relações humanas? Quais são as capacidades e modos de ação, sintetizados quer no Jogo, na Luta, na Dança, no Circo, na Ginástica ou no Atletismo? Neste trabalho, será discutida uma proposta de explicação das atividades da cultura corporal a partir das signifi cações objetivas das mesmas (artística, competitiva e agonística) e das relações que constituem essas signifi cações, respectivamente: o processo de criação de uma imagem com as ações corporais; o controle da ação corporal do outro; o domínio da própria ação corporal.

O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL: OS CONTEÚDOS DAS ATIVIDADES DA CULTURA CORPORAL

NASCIMENTO [email protected] Faculdade de Educação - USP; FAPESP

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PRINCIPAL ESTRATÉGIA DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA MANTER A DINÂMICA E DIMINUIR AS INTERRUPÇÕES NAS AULAS

AUGUSTO FBV, CARREIRA D, MADUREIRA F. [email protected] Faculdade de Educação Física de Santos

O objetivo desse estudo foi analisar a principal estratégia utilizada por professores de educação física escolar para minimizar paradas e interrupções durante as aulas. Foram avaliados 10 professores de escolas particulares da cidade de Santos-SP, com no mínimo 1 ano de experiência na área e que lecionavam em 3 ensinos , sendo eles, ensino infantil (IF), fundamental 1 (IF1) e 2 (IF2). Para se verifi car a estratégia realizada em aula, foi elaborado um questionário aberto com as questões: 1) Qual o tempo de prática na área, 2) Qual estratégia você utiliza em suas aulas para manter o envolvimento das crianças nas atividades e minimizar interrupções. No IF, 40% dos professores utilizam brinquedos, 40% músicas e 20% aulas historiadas. Já para o IF1, 40% aplicam suas aulas de acordo com a necessidade de seu aluno (preferência de jogos), 30% premiam de forma simbólica os alunos comportados e 30% repreendem seus alunos (castigos). Para o IF2, 40% realizam premiações aos alunos comportados, 30% utiliza-se de comparação com alunos disciplinados e 30% utilizam a repreensão do aluno. Na educação infantil foram adotadas predominantemente estratégias motivacionais, e já para o ensino fundamental parece existir uma atenção maior ao componente disciplinar, haja vista, no IF1, 30% das respostas estavam focadas na repreensão dos alunos com castigos e no IF2, 60% das estratégias foram focados em comparação com alunos disciplinados e repreensão dos alunos.

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PROPOSTA CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA: COMPREENDENDO A COMPLEXIDADE DO COTIDIANO ESCOLAR NA CIDADE DE SÃO PAULO

MALDONADO DT, SILVA [email protected] Universidade São Judas Tadeu

RECURSOS DIDÁTICOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REFLEXÃO PRELIMINAR SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA NO BRASIL

VIEIRA PBA; FREIRE ES. [email protected] Universidade São Judas Tadeu; CAPES

Mesmo sendo observadas sucessivas alterações na maneira de se entender como devem ser realizadas as aulas de Educação Física Escolar nas propostas curriculares brasileiras em âmbito nacional, estadual ou municipal, há indícios que as mudanças que ocorrem na prática pedagógica dos professores, em geral, não alcançam a profundidade e a magnitude desejada pelos proponentes das diretrizes pedagógicas ofi ciais. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi identifi car e compreender os fatores que difi cultam e facilitam a implementação de propostas pedagógicas emanadas dos órgãos ofi ciais para a rede municipal de São Paulo, na perspectiva dos diretores, coordenadores pedagógicos e professores de Educação Física. Trata-se de uma pesquisa descritiva de cunho qualitativo, realizada em uma escola na zona leste da cidade, constituída em três etapas: pré-confi guração do universo da pesquisa, confi guração do universo da pesquisa e re-confi guração do universo da pesquisa. Foram realizadas entrevistas com os atores escolares e realizada a observação de cento e vinte aulas de Educação Física no Ensino Fundamental I e II. Os fatores difi cultadores encontrados, na maioria das vezes, se relacionam às dimensões Institucional/Organizacional e Sociopolítica/Cultural, e os fatores facilitadores às dimensões Institucional/Organizacional, Instrucional/Pedagógica e Sociopolítica/Cultural. A pesquisa demonstra a complexidade do cotidiano, pois são diversos os fatores e atores que se inter-relacionam exercendo infl uência sobre a prática pedagógica do professor de Educação Física e, por consequência, sobre a implementação da proposta curricular dessa disciplina.

Na atualidade, uma das difi culdades enfrentadas pelos professores de Educação Física envolve o uso de recursos didáticos (RDs) diferenciados, relevantes para a mediação do conhecimento. O texto escrito é um RD bastante utilizado por outros componentes curriculares, mas é pouco explorado nas aulas de educação física. O objetivo desta pesquisa foi identifi car e analisar as publicações nacionais sobre a utilização de RDs nas aulas de Educação Física. Foi realizada a busca por artigos publicados no Brasil nos últimos 13 anos, com a utilização do descritor “physical education” combinado com “teaching resources”, “teaching materials”e, “textbook”,em 4 bases de dados. A leitura dos resumos permitiu a identifi cação de apenas 5 artigos adequados aos critérios estabelecidos, que foram lidos integralmente. De modo geral, os artigos apresentavam: críticas quanto à utilização passiva dos RDs, sem as adaptações e intervenções necessárias; a necessidade de mais discussões e produção de RDs para mediar o processo de ensino-aprendizagem; entendem o uso dos RDs como oportunidade de abordar outros saberes (agir e sobre), sem desprestigiar o “saber fazer”. Foram sugeridos como RDs, o Livro Didático (4) e a mídia (1). As principais temáticas abordadas foram: esporte, saúde, dança e pluralidade cultural. Três obras propuseram a elaboração de um livro, dos quais somente uma buscou saber a opinião dos professores e, outra, a dos alunos, quanto ao uso desse artefato. Sugeriu-se a necessidade de que os RDs sejam elaborados para e, não, pelos professores, fato que pode provocar equívocos, uma vez que o professor está mais próximo da realidade escolar.

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SENTIDOS E SIGNIFICADOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PERSPECTIVA DISCENTE

SILVA ASA, EHRENBERG MC. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

Esta pesquisa teve como objetivo mapear quais os sentidos e signifi cados que a Educação Física tem para a vida daqueles que estão concluindo sua educação básica e verifi car se isso tem alguma correlação com abordagens de ensino e teorias de currículo. Para buscarmos respostas para esta pesquisa foi escolhido o caminho da pesquisa qualitativa do tipo descritiva e entrevista semiestruturada como meio para coletar os dados. Analisamos o projeto político pedagógico das escolas e os planos de aulas contidos nos arquivos destas. Para analisar os dados obtidos, foi utilizado o confronto entre as bibliografi as estudadas e o material colhido e a análise de conteúdo como recurso. Os sujeitos da pesquisa consistiram em 30 alunos do 3º ano do Ensino Médio, divididos entre duas escolas da cidade de São Paulo, sendo uma pública e uma privada e que cursaram toda a educação básica na mesma escola. Os resultados obtidos na presente pesquisa indicam que os sentidos e signifi cados que os alunos atribuem à Educação Física está associado ao prazer, diversão, lazer e cuidado com o corpo, e que o esporte é ainda o conteúdo que mais defi ne esse componente curricular. O entendimento da Educação Física como cultura corporal, ligada às abordagens críticas e pós-críticas, ainda é muito restrito. Os sentidos e signifi cados apresentados pelos alunos apresentam relações com o tipo de abordagem utilizada pelos professores, confi rmando a ideia de que os currículos são formadores de identidade. Tendo esse quadro em vista, propomos que uma Educação Física pautada na ampliação, aprofundamento e ressignifi cação de seus conteúdos possa ser um meio para uma apropriação crítica da Educação Física, gerando experiências signifi cativas para a vida dos discentes.

TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM DA HABILIDADE SAQUE DO TÊNIS DE MESA DE UM AMBIENTE VIRTUAL PARA O AMBIENTE REAL

PEREIRA CF, SANTOS ES, SILVA VLT, BELLO M. [email protected] UNIESP

O presente estudo teve como objetivo verifi car o efeito da transferência de aprendizagem da prática virtual da habilidade motora saque do tênis de mesa, para a aprendizagem da mesma habilidade no ambiente real de jogo. Para a prática virtual, utilizamos o Exergame, por meio do Kinect do Xbox 360 da Microsoft, o qual apresenta um sensor responsável por captar diretamente a movimentação do jogador. Participaram da pesquisa 16 crianças, com idades entre 09 e 11 anos. Os sujeitos foram divididos em dois grupos: Grupo Experimental e Grupo Controle. O delineamento experimental foi composto de duas fases: fase de aquisição e transferência. Na fase de aquisição, somente os integrantes do grupo experimental em ambiente virtual realizaram 200 tentativas de saque do tênis de mesa. Ambos os grupos participaram do teste de transferência, 24 horas após a fase de aquisição, o qual consistiu em executar 5 tentativas da tarefa no ambiente real, ou seja, na mesa de tênis. A avaliação desta tarefa foi por meio da variável dependente erro radial, a qual foi medida a distância (em milímetros) entre o centro do alvo e o local onde a bolinha tocou a mesa. Os resultados indicaram que o grupo Experimental obteve menores valores de erro radial em comparação ao grupo Controle. Diante deste resultado, podemos concluir que houve transferência de aprendizagem intratarefa, decorrente da prática da tarefa saque do tênis de mesa em ambiente virtual para a realização da tarefa em ambiente real.

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Nas últimas décadas, muito se tem discutido a respeito da violência em suas variadas manifestações. Um dos ambientes nos quais ela está presente tanto simbólica quanto explicitamente é na “escola”, o que tem acarretado impactos consideráveis na vida profi ssional e pessoal de professores. Nesse sentido, o presente resumo refere-se aos dados iniciais de um projeto de doutorado que tem como foco principal as manifestações de violência no ambiente escolar e a problemática referente ao mal-estar docente de professores de Educação Física em comparação aos professores das demais disciplinas, atuantes na cidade de Bauru e região. A análise em curso pretende evidenciar de que forma os diferentes grupos de professores percebem as manifestações de violência na escola, quais os impactos nos aspectos pessoal e coletivo, de que maneira reagem e se adaptam a essas situações e os desdobramentos desse fenômeno no processo de ensino e aprendizagem. O estudo é qualitativo e a abordagem adotada é a História Comparada. Após autorização da Diretoria de Ensino, e com a colaboração da docente que ministra um curso sobre “dança na escola”, a pesquisadora participou de três aulas/reuniões, nas quais se discutiu a temática proposta, seguindo um roteiro de questões norteadoras, com a participação de, em média, trinta professores (formação em Educação Física, Arte e Pedagogia). Essas aulas/reuniões foram fi lmadas e transcritas, para posteriormente serem analisadas à luz da literatura sobre o tema e dos seguintes referenciais teóricos: o sociólogo Norbert Elias e o psicanalista Sigmund Freud.

O presente estudo teve por objetivo analisar o “estado da arte” da produção da área da Educação Física relacionada ao voleibol e ao voleibol na escola. Para a realização do mesmo, optou-se pela utilização de um método misto de pesquisa, que combina a pesquisa qualitativa e quantitativa. A dimensão qualitativa da pesquisa tem referencial na análise de conteúdo e foi realizada por meio de uma revisão bibliográfi ca sobre a produção acadêmica da área da Educação Física em relação ao voleibol e ao voleibol na escola, composta por livros e capítulos de livros, além de dissertações, teses e artigos de periódicos publicados nos últimos dez anos. Os trabalhos selecionados foram distribuídos em categorias de análise, tendo-se em vista as principais subáreas de concentração dos programas de pós-graduação da Educação Física brasileira: biodinâmica, sociocultural e pedagógica. Os resultados da subárea pedagógica foram detalhados no sentido de verifi car os trabalhos de voleibol voltados para a Educação Física escolar. Os resultados indicam que: a primeira categoria, denominada como biodinâmica, corresponde a 46,25% dos trabalhos analisados; os trabalhos da categoria sociocultural equivalem a 31,25% da produção encontrada e à subárea pedagógica correspondem 22,5% da produção. Na categoria pedagógica do total de 22,5% dos trabalhos sobre voleibol, apenas 12,5% correspondem à Educação Física escolar, o que se traduz em três livros, quatro capítulos de livros, uma tese, uma dissertação e um artigo publicados nos últimos dez anos nos programas de pós-graduação e nas revistas que fi zeram parte da amostra da pesquisa, composta no total por oitenta produções. Os resultados evidenciam a falta de pesquisas sobre o voleibol na Educação Física escolar e que o percentual dos trabalhos na área pedagógica talvez não sejam compatível com o peso que a Educação Física escolar possui na área, particularmente em termos de atuação profi ssional.

VOLEIBOL E VOLEIBOL NA ESCOLA: O “ESTADO DA ARTE”IMPOLCETTO FM, DARIDO SC. [email protected] UNESP - Rio Claro

VIOLÊNCIA(S) NA ESCOLA E DA ESCOLA: DADOS INICIAIS SOBRE A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ARTE E PEDAGOGIA

PEREIRA JM, SOUSA NCP, HUNGER D. [email protected] UNESP - Rio Claro; Faculdades Integradas de Bauru; CAPES; FAPESP

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