UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS BRASILEIRAS NO CONTEXTO DA CRISE
ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA ATUAL
Por: Pillar Felipe Hernandez
Orientador
Prof. Úrsula Gomes
Rio de Janeiro
2016 DOCUMENTO P
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EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS BRASILEIRAS NO CONTEXTO DA CRISE
ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA ATUAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Projetos.
Por: Pillar Felipe Hernandez
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente à minha
família. Ao meu pai pelo incentivo e
estímulo na realização desta pós-
graduação. À minha mãe e minha avó,
pela paciência e compreensão quanto
à falta de tempo para participar dos
eventos familiares e/ou para conversar
em algumas ocasiões. E ao meu
namorado pelo estímulo a não desistir
de meus objetivos, independente das
dificuldades.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os Micro e
Pequenos Empresários brasileiros que
lutam arduamente para sobreviver em um
mercado voraz e altamente competitivo,
com pouco ou quase nenhum incentivo
governamental. Desejo que este trabalho
possa os ajudar no processo de melhoria
contínua de suas empresas, para que
continuem realizando a nobre missão de
gerar emprego, renda e oportunidades
àqueles que não poderiam construir sua
própria história sozinhos.
5
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo versar sobre a importância da inovação
nas Micro e Pequenas empresas brasileiras no contexto da crise política e
econômica, buscando responder o seguinte problema de pesquisa: “por que as
Micro e Pequenas Empresas devem investir em inovação no contexto da
crise?”. Para tanto, realizou-se uma Revisão de Literatura do tipo narrativa,
utilizando-se de diversas fontes distintas, como reportagens e pesquisas, onde
apresentou-se o conceito de inovação, a composição do processo de
inovação, as técnicas de inovação que as MPE podem se utilizar para inovar,
os impactos da crise nas MPE brasileiras e a importância da inovação dentro
desse contexto. Concluiu-se que a inovação possui fundamental relevância na
contribuição para a aquisição de diferencial competitivo nas empresas de
qualquer porte, principalmente nas Micro e Pequenas empresas, as quais
muitas vezes competem de maneira desigual com as grandes líderes de
mercado por não deterem recursos (financeiros, materiais, humanos,
tecnológicos, etc.) ou por não saber usar os recursos que possui em
disponibilidade de maneira otimizada e adaptada à realidade do negócio.
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METODOLOGIA
Com vistas a atender ao objetivo deste trabalho acadêmico, o qual se
propõe a versar sobre a importância da inovação nas Micro e Pequenas
empresas brasileiras no contexto da crise política e econômica, realizou-se
uma Revisão de Literatura do tipo narrativa. Nesta tipologia, não há critérios
explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica da literatura, bem como,
não se pretende esgotar as fontes de informações acerca do tema proposto, de
maneira que a seleção dos estudos e as interpretações das informações estão
sujeitas à subjetividade.
Para tanto, deu-se preferência às informações e materiais provenientes
do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), já
que esta instituição possui um grande arcabouço de pesquisas sobre as MPE
brasileiras. Optou-se por dar um foco maior no “Guia para a Inovação”, que
consiste em um instrumento de orientação de ações para a melhoria das
dimensões da inovação; no relatório executivo de fevereiro de 2015 e julho de
2014 sobre a “Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia
brasileira”; na pesquisa “Os donos de Negócio no Brasil 2003-2013”; e na
pesquisa “Cenário Macroeconômico e perspectivas para 2014/2018” elaborado
em conjunto com a LCA, Soluções Estratégicas em Economia.
Também se priorizou as informações contidas no Manual de Oslo, que
consiste em um conjunto de propostas e diretrizes para a coleta e interpretação
dos dados sobre inovação tecnológica, elaborado pela OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). E às informações contidas
na pesquisa “As Micro e Pequenas empresas Comerciais e de Serviços no
Brasil 2001”, elaborado pelo IBGE. Além destes, também foi priorizada como
fonte de informações a Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), do
ciclo de 2013, que consiste em um consórcio
7
internacional que realiza um levantamento das atividades empreendedoras em 69
países do mundo, inclusive o Brasil.
Tal Revisão de Literatura visa responder ao seguinte problema de
pesquisa: “por que as Micro e Pequenas Empresas devem investir em inovação
no contexto da crise?”. Com este objetivo, segue-se a seguinte estrutura de
tópicos: Introdução, que visa de maneira breve e resumida contextualizar o a
pesquisa, seu problema e seu objetivo; Capítulo 1: Inovação, que compreende
as tendências do mundo globalizado e os impactos na demanda das empresas
quanto à inovação, a recenticidade do tema, o conceito e os tipos de inovação,
o processo de inovação, as técnicas de criação e a implementação da
inovação; Capítulo 2: Micro e Pequenas Empresas do Brasil e o Impacto da
Crise em suas Atividades que apresenta os dados e as características das
MPE brasileiras e sua relevância para o país e apresenta algumas das
consequências do momento atual nas MPE brasileiras; Capítulo 3: A
Importância da Inovação nas MPE no contexto da crise, que apresenta o
diferencial competitivo que as empresas inovadoras possuem e as dificuldades
que os pequenos negócios possuem para inovar; e por fim, a Conclusão, que
mostra que o processo de inovação deve ser planejado e implementado dentro
da realidade dos pequenos negócios para que estes possam se destacar no
mercado.
8
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
Inovação 11
CAPÍTULO II
Micro e Pequenas Empresas do Brasil e o Impacto da Crise em suas Atividades 17
CAPÍTULO III
A Importância da Inovação nas MPE no Contexto da Crise 21
CONCLUSÃO 23
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 25
ÍNDICE 27
ANEXOS 28
9
INTRODUÇÃO
Segundo reportagem veiculada no site do G1 Economia, em 2012 as
Micro e Pequenas empresas representavam 99% do total de empresas do
Brasil, totalizando cerca de 9 milhões de MPE, que são responsáveis por gerar
cerca de 15 milhões de empregos formais. Além disso, representavam no ano
de 2011, 27% do PIB nacional (SEBRAE 2011).
Isto ocorre, pois o brasileiro é um povo naturalmente empreendedor.
Segundo a pesquisa GEM (2013) empreender é um dos principais sonhos dos
brasileiros, sendo que, atualmente, a cada 100 brasileiros que começam um
negócio, 71 o fazem por oportunidade e não por necessidade. Isto demonstra
que há uma percepção mais apurada por parte dos empreendedores para as
necessidades do mercado consumidor do que outrora, quando grande parte
dos empreendimentos eram concebidos por necessidade.
Em contrapartida, a taxa de mortalidade dos pequenos negócios
também é muito alta, de cada 100 empresas abertas no Brasil 48 encerram as
atividades nos primeiros três anos (IBGE, 2010). Soma-se a isto o contexto no
qual as empresas estão inseridas, onde a globalização, o aumento de
competitividade e a crise política e econômica no país, acabam aumentando a
probabilidade das empresas encerrarem suas atividades em pouco tempo.
Para adaptar-se a este contexto de mudanças, alavancar os negócios,
diferenciar-se e manter-se ativa no mercado, há a necessidade de adotar a
cultura da inovação nas pequenas empresas, de forma a viabilizar a inovação
contínua, tanto no contexto da gestão organizacional e gerencial, quanto em
produtos e serviços, processos, marketing e atendimento ao cliente.
Dessa forma, este trabalho acadêmico tem como objetivo versar sobre
a importância da inovação nas Micro e Pequenas empresas brasileiras no
contexto da crise política e econômica na qual o país se encontra atualmente.
10
Para tanto, propõe-se a realizar um levantamento bibliográfico das teorias de
inovação e do impacto da crise nas Micro e Pequenas empresas brasileiras.
A partir do levantamento destes dados, pretende-se analisar “por que
as Micro e Pequenas Empresas devem investir em inovação no contexto da
crise?”, contribuindo assim para uma melhor compreensão das dimensões da
inovação nos ambientes de pequenos negócios.
11
CAPÍTULO I
INOVAÇÃO
...Deus é maior que todos os obstáculos.
Conforme disposto no Manual de Oslo (OCDE, 2005) o mundo
globalizado tornou a interação entre as instituições tão complexas e sistêmicas
que levou à uma tendência, principalmente nas economias desenvolvidas, de
uma maior dependência de acesso, criação, difusão e aplicação de
informações, conhecimentos e competências, que são as bases para a
realização da inovação e por esse motivo, tem-se denominado o momento
atual como Economia do Conhecimento.
Apesar disso, tanto o conceito de inovação quanto seus processos de
implantação e seus impactos, ainda não são muito compreendidos, visto que
os estudos sobre este tema ainda são muito recentes. Ainda assim, há
evidências de que a aplicação da inovação tem apresentado melhorias
substanciais tanto no nível micro (dentro das empresas) quanto no macro (na
economia dos países que investem em Pesquisa e Desenvolvimento).
1.1 – Conceito e Tipos de Inovação
De acordo com o Guia para a Inovação (SEBRAE-PR, 2010) a
inovação consiste na “introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente
produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços”.
Como se pode observar, este conceito se estende para além do contexto
organizacional, apesar de grande parte das inovações terem início dentro das
organizações, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor, para
posteriormente, serem disseminadas no mercado e na sociedade.
Segundo Schumpeter Apud Manual de Oslo (2005, página 33) existem
cinco tipos de inovação dentro do contexto organizacional, que se inter-
relacionam entre si, são elas: produto – introdução de um novo produto ou
12
melhoria qualitativa em produto já existente; processo – introdução de um
processo novo; mercado – abertura de novo mercado; suprimento de
matéria-prima ou outros insumos – novas fontes destes recursos; e
organização industrial – mudanças na organização industrial. Além destes
tipos, o Manual de Oslo (2005) elenca também a inovação em marketing – que
consiste em mudanças significativas na concepção do produto ou da
embalagem, no posicionamento do produto, na promoção ou na fixação de
preços.
Ampliando ainda mais estas concepções, pode-se considerar que a
forma de atendimento ao cliente pura e simplesmente pode ser uma
inovação, ainda que o serviço ou produto oferecido seja o mesmo que da
concorrência, já que o estreitamento do relacionamento com o cliente facilita a
sua fidelização e torna o processo de consumo mais natural e amigável. Além
disso, a adoção de um modelo de gestão inovador ou não, baseado nos
quatro pilares da administração (planejar, organizar, dirigir e controlar),
também pode ser considerada uma inovação em se tratando de pequenas
empresas, visto que muitas delas realizam suas atividades rotineiras de
maneira empírica e não planejada.
Portanto, cabe salientar que não necessariamente a inovação requer
altos investimentos. Muitas vezes o fato de tornar uma boa ideia em algo
concreto, melhorando algum aspecto da empresa, ou mesmo mudando alguma
atitude em relação ao ambiente interno e/ou externo da empresa, já é o
suficiente para impactar no aumento da sua competitividade no mercado (Guia
para a Inovação, 2010).
1.2 – Processo de Inovação e Técnicas de Criação
Muitas vezes a inovação é tida pelo senso comum como um conjunto
de insigths e lampejos de genialidade. Mas, ainda que existam muitos
exemplos que sustentem essa premissa, a inovação pode ser sistematizada e
seu processo é composto pelas seguintes etapas: levantamento de ideias;
13
seleção de ideias; definição de recursos; implementação; e aprendizagem
(Guia para a Inovação, 2010).
Na primeira etapa (levantamento de ideias), podem ser aplicadas
diversas técnicas que possibilitam coletar diferentes alternativas possíveis a
serem percorridas pela organização, dentre elas: Brainstorming, SCAMPER;
TRIZ; Método dos Princípios Inventivos; Metodologia de Kelley e Litman;
utilização da Antropologia do Consumo; e Análise do Ambiente Externo.
O Brainstorming, também conhecido como “chuva de ideias”, consiste
em um trabalho em equipe ou individual onde, durante um período de 30 a 60
minutos (ou mais, caso haja necessidade), são discutidas possíveis soluções
para um determinado problema ou tópico, buscando-se proporcionar um
ambiente livre de críticas e restrições à imaginação.
A técnica SCAMPER é utilizada pela empresa 3 M para repensar o que
já é praticado pela organização. Consiste se utilizar da abreviatura dos verbos
Substituir (material, nome processo, entre outros), Combinar (materiais,
soluções e/ou interesses), Adaptar (para outro uso ou outro usuário), Modificar
(alterar as características físicas do produto - cor, formato, sabor, etc.),
Procurar outro uso (outras aplicações ou novos usuários), Eliminar (reduzir
tamanhos, eliminar componentes, suprimir funções, etc.) e Rearrumar
(reposicionar).
A Teoria para a Resolução de Problemas do Inventor (TRIZ) teve
origem na Rússia na década de 80 e foi desenvolvida por Altshuller. Seu
objetivo é sistematizar o processo de solução de problemas. Para tanto, é
necessário criar a imagem da solução ideal para um determinado problema e a
partir dela solucionar as possíveis contradições existentes.
O Método dos Princípios Inventivos é derivado da TRIZ e consiste
em seguir a seguinte sequência de passos: Definir o problema específico;
Identificar o problema genérico; Obter soluções para o problema genérico; e
Escolher soluções específicas.
A Metodologia de Kelley e Litman se baseia em orientações mais
gerais sobre como lidar com uma determinada questão. Consiste em: observar
atentamente e diretamente na fonte, as pessoas e as questões que envolvem
14
determinada problemática; captar a emoção, as nuances de comportamento e
as motivações das pessoas para inovar e dar personalidade aos produtos; não
combater o comportamento primário e óbvio das pessoas, canalize-as apenas
para a inovação que se deseja; ter em mente que os melhores produtos são
aqueles que levam em conta as diferenças entre as pessoas; buscar produzir
diversas ideias diferentes ao invés de buscar a ideia perfeita; construir,
experimentar, testar e comparar as ideias com produtos já existentes; estimular
o trabalho em equipe, pois ideias melhores surgem dessa interação; criar um
bom ambiente de trabalho que estimule a criatividade e o trabalho em equipe;
testar o produto e tirar lições da prática e das tendências; não imitar os
concorrentes, mas utilizar tais ideias para criar algo novo.
A Antropologia do Consumo é uma técnica que sugere focar no
ambiente e/ou circunstâncias de uso dos produtos, buscando soluções para
problemas ou dificuldades dos clientes, deslocando assim o foco apenas do
cliente, conforme é realizado na abordagem clássica do marketing. Dessa
forma, a antropologia do consumo se utiliza do processo da etnografia, de
forma que busca descobrir as reais necessidades e demandas dos usuários
mesmo que eles próprios não tenham consciência de quais elas sejam.
Por fim, a Análise do Ambiente Externo, consiste na observação do
ambiente socioeconômico no qual a empresa está inserida e buscar relações
de causa e efeito entre as variáveis deste cenário com as práticas e com os
produtos ou serviços ofertados pela empresa, de maneira que a empresa
possa se adequar melhor às influências do ambiente externo. Para que seja
possível implementar esta técnica, basta manter-se atualizado a partir da
leitura de jornais, revistas, ida à eventos ligados ao negócio principal da
empresa, trocar informações com outros profissionais da área, entre outros, e
sempre buscar correlacionar as informações coletadas com à realidade da
empresa, transformando assim, as informações em conhecimentos.
Existem outras técnicas além das descritas aqui, porém, o importante é
a empresa analisar quais delas se adéquam mais à sua necessidade e à
cultura organizacional. Se necessário pode-se desenvolver uma técnica própria
ou utilizar mais de uma ao mesmo tempo. O importante é adotar o costume de
15
repensar as práticas realizadas pela empresa, para que se desenvolva um
senso crítico apurado que possibilite a aplicação da inovação de maneira
planejada e constante.
As três etapas seguintes estão intimamente correlacionadas (seleção
de ideias, definição de recursos e implementação da inovação), pois
tendo-se utilizado uma ou mais técnicas de criação aqui mencionadas, supõe-
se que haverá uma gama de possíveis caminhos a se percorrer. Logo, cabe à
empresa analisar dentro de sua realidade atual quais os recursos (financeiros,
humanos, materiais, tecnológicos, de conhecimento, etc.), que estão
disponíveis e aqueles que serão necessários prover, para que seja possível
colocar em prática pelo menos uma das inovações consideradas relevantes
pela empresa.
Tendo feito este levantamento de necessidades e disponibilidades, a
empresa deve definir o passo a passo para a implementação da inovação.
Sugere-se que esse passo a passo seja realizado de maneira planejada e
organizada, conforme a abordagem de gerenciamento de projetos
recomendada pelo PMI - Project Management Institute, já que dessa forma, a
empresa possuirá um melhor controle de todas as fases de implementação da
inovação, que são: iniciação, planejamento, execução, controle e
encerramento.
Para tanto, é necessário seguir a seguinte sequência lógica e
sistematizada: Gerenciamento da Integração do Projeto, Gerenciamento do
Escopo do Projeto, Gerenciamento do Tempo do Projeto, Gerenciamento dos
Custos do Projeto, Gerenciamento da Qualidade do Projeto, Gerenciamento
dos Recursos Humanos do Projeto, Gerenciamento das Comunicações do
Projeto, Gerenciamento dos Riscos do Projeto, Gerenciamento das Aquisições
do Projeto e Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto. Tais
sequenciamentos, bem como, as atividades que compõem cada etapa de
gerenciamento, estão mais bem descritos na figura que disposta no Anexo 1 –
Figura 1 (Guia PMBOK, 2013).
Por fim a última etapa do processo de inovação (aprendizagem)
consiste na análise do que se propôs a realizar e do que de fato foi realizado,
16
tomando nota do que foi realizado corretamente e o que saiu errado, para que
nos processos futuros não se repitam os mesmos erros, aumentando então a
probabilidade de sucesso.
17
CAPÍTULO II
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO BRASIL E O
IMPACTO DA CRISE EM SUAS ATIVIDADES
...Deus é maior que todos os obstáculos.
De acordo com a Lei Complementar 123/06, que institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, os pequenos
negócios no Brasil estão classificados da seguinte forma: Microempreendedor
Individual (faturamento anual até 60 mil), Microempresa (faturamento até anual
até 360 mil), Empresa de Pequeno Porte (faturamento anual entre 360 mil até
3,6 milhões) e Pequeno Produtor Rural (propriedade com até quatro módulos
fiscais ou faturamento anual até 3,6 milhões).
Segundo a Pesquisa GEM (2013), os empreendedores podem ser
classificados em estabelecidos, que consistem nos empresários consolidados
que já pagaram e geraram remuneração por mais de 42 meses, ou iniciais,
que podem ser subdivididos em nascentes (que não pagaram salários, pró-
labores ou remuneraram aos proprietários em até 3 meses) ou novos (que já
pagou salários, pró-labore ou remuneração aos proprietários por mais de 3
meses e menos de 42 meses).
Conforme a Pesquisa Donos de Negócio no Brasil (SEBRAE), que
compreende o período de 2003 a 2013, 58% dos donos de negócio no país
possuem baixa renda, 25% média renda e apenas 16% alta renda. Destes, a
maioria massiva são do sexo masculino correspondendo respectivamente a
64%, 76% e 75%, além disso, a grande maioria se concentra na faixa etária
entre 45 a 64 anos em todas as faixas de renda e a maioria possui mais de 5
anos de atuação no trabalho atual (Anexo 2 – Gráficos 1, 2, 3 e 4).
De forma complementar, a Pesquisa GEM 2013 demonstra que
quando se trata de empreendedores iniciais as mulheres são a maioria (52,2%)
em praticamente todas as regiões do país, com exceção da região nordeste
onde os homens representam 50,9% dos empreendedores iniciais. Além disso,
18
estas mulheres possuem faixa etária entre 25 a 34 anos (Anexo 2 – Gráficos 5
e 6).
A Pesquisa GEM 2013 também subdivide os empreendedores em, por
necessidade (que são aqueles que em sua própria visão não tem outra opção,
pois estão desempregados e precisam prover a família, abrindo então um
negócio com praticamente nenhum planejamento) e por oportunidade (que
são aqueles que, mesmo com alternativas, optam por vontade própria iniciar
um negócio próprio e por isso, o realizam um planejamento prévio).
Até o ano de 2002 o empreendedorismo por necessidade era
majoritário no Brasil, porém a pesquisa GEM demonstra que em 2013 dentre
os empreendedores iniciais, 71,3% eram por oportunidade. Isto demonstra que
os empreendedores brasileiros estão tendo uma visão de mercado mais
complexa e que estão tomando decisões de maneira um pouco mais planejada
do que anteriormente (Anexo 2 – Gráfico 7).
Conforme pesquisa sobre a Participação das Micro e Pequenas
Empresas na Economia Brasileira (SEBRAE, 2015), contatou-se que 48,5%
das empresas MPE brasileiras atuam no comércio, 38,3% em serviços e 13,1%
são indústrias (Anexo 1 – Figura 2). Baseado no fato de que a maioria das
MPEs brasileiras estão atuando em comércio e serviços, o IBGE realizou em
2011 uma pesquisa com foco nesses tipos de MPEs e contatou que
aproximadamente 2 milhões de empresas deste tipo geravam empregos a 7,3
milhões de pessoas (correspondente a 9,7% da população ocupada da época)
e geravam R$ 168,2 bilhões em receita operacional líquida e R$ 61,8 bilhões
em valor adicionado, chegando a representar 27% do PIB no ano de 2011.
Sabendo do quanto as MPE representam benefícios para o país, o
governo tem buscado realizar incentivos para sua atuação. Conforme matéria
divulgada no Portal Brasil do Governo Federal (Anexo 3 – Reportagem) no
primeiro semestre de 2015 a participação das MPE no volume contratado pelo
governo ficou em R$10,78 milhões o que representa 37,2% do total gasto pelo
governo, isto mostra um crescimento do volume contratado pelo governo em
relação aos anos anteriores. Além disso, neste mesmo período, as MPE
participaram de 31.520 processos licitatórios, onde a maior parte das
19
aquisições foram de bens e a modalidade licitatória mais utilizada foi o pregão
eletrônico.
Apesar dessa grande representatividade, a taxa de mortalidade das
empresas brasileiras é muito alta, principalmente nas empresas comerciais de
6 a 19 pessoas e comerciais de 20 ou mais pessoas e nas de serviços de 6 a
19 pessoas (Anexo 1- Figura 3). Somado a isto, uma pesquisa realizada pelo
IBGE em 2010 apontou que a cada 100 empresas abertas no Brasil, 48
encerram suas atividades em três anos e grande parte dessa mortandade se
concentra nas empresas de menor porte (Anexo 3 – Reportagem 2).
De acordo com o SEBRAE, os principais motivos que levam à falência
das MPE são: falta de planejamento (muitos empresários iniciam sua atuação
no mercado sem levantar o mínimo de informações necessárias sobre o
mercado em que atuará – público-alvo, fornecedores, custos fixos e variáveis,
concorrência e localização adequada); copiar totalmente os modelos de
negócio já existentes (é necessário que o empreendedor saiba inovar e
adaptar os modelos de negócio já existentes à sua própria realidade e às suas
necessidades); não acompanhar a rotina da empresa (confiar totalmente o
próprio negócio a um terceiro que não seja qualificado para atuar na empresa
pode fazer com que o empresário não conheça profundamente seu próprio
negócio e tome decisões equivocadas. Dessa forma, é necessário acompanhar
o negócio de perto e também ter profissionais qualificados e de confiança para
auxiliar na gestão); descontrole do fluxo de caixa (a empresa precisa saber
administrar, planejar e controlar as os pagamentos e recebimentos de
recursos); falta de divulgação da marca (apenas o boca a boca não é
suficiente para garantir o sucesso de um negócio. O empresário precisa saber
onde está seu público alvo e o que o atrai para então estabelecer uma
estratégia de marketing e propagando bem direcionada); e não acompanhar
as tendências do mercado (aqueles que resistem à mudanças e inovações
tendem a ficar para trás). Como se podem observar, três dos principais motivos
para a falência das MPE estão direta ou indiretamente relacionados à adoção
da inovação nas práticas diárias dessas empresas (Anexo 3 – Reportagem 2).
20
Porém, de acordo com pesquisa sobre o cenário macroeconômico e as
tendências para 2014/2018, realizada pelo SEBRAE-SP em conjunto com a
LCA Soluções Integradas em Economia, o empresariado brasileiro crê que os
principais problemas enfrentados por eles são: a elevada carga tributária, a
falta de demanda, a competição acirrada no mercado, o alto custo das
matérias-primas e a inadimplência dos clientes (Anexo 2 – Gráfico 8).
Sendo que estes dois últimos, de acordo com a mesma pesquisa,
foram agravados pela crise econômica e política na qual o país se encontra
atualmente, visto que desde o segundo trimestre de 2014 o cenário econômico
tem apresentado grande retração, o que levou muitas empresas a optar pelo
encerramento das atividades. De acordo com a Confederação Nacional do
Comércio, em 2015, 100 mil comerciantes fecharam suas lojas, pois as vendas
despencaram 4,3% sendo o pior resultado desde 2001 (Anexo 3 – Reportagem
3).
Em pesquisa promovida pelo Conta Azul (empresa que fornece
sistemas de gestão para as MPE), aplicada com 1250 Micro Empresários
brasileiros 53,1% dos respondentes afirmaram ter realizado demissões em
2015, 59,7% recorreram a crédito dos quais 81,8% utilizaram para financiar
capital de giro e 48,2% afirmaram que pedirão novos empréstimos para o ano
de 2016. Além disso, 81,4% afirmaram que foram muito impactados pelas
mudanças tributárias realizadas. Mas, ainda que o cenário esteja desfavorável,
47,7% das empresas afirmam que veem oportunidades na crise (Anexo 3 –
Reportagem 4). Este fator é interessante, pois demonstra uma postura
contrária ao pessimismo que costuma amedrontar a sociedade de maneira
geral.
21
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO NAS MPE NO
CONTEXTO DA CRISE
...Deus é maior que todos os obstáculos.
De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005) os principais
objetivos econômicos da inovação são: substituir produtos que estejam
sendo descontinuados, aumentar a linha de produtos, desenvolver produtos
amistosos em termos de meio ambiente, manter participação de mercado, abrir
novos mercados, aumentar a flexibilidade da produção, reduzir os custos da
produção, melhorar a qualidade dos produtos, melhorar as condições de
trabalho e reduzir os danos ao meio ambiente.
De forma complementar, o Guia para a Inovação apresentou os
principais benefícios percebidos por um grupo de MPE que adotou o processo
de inovação em suas atividades e constatou que (SEBRAE – PR, ANO):
“Uma pesquisa do SEBRAE em São Paulo apontou que
entre as micro e pequenas empresas que passaram por
processos de inovação em seus negócios em 2006, 62%
perceberam aumento no volume de produção, 46%
perceberam aumento no faturamento e 39% acreditam
terem tido maior produtividade por empregado. Esse
resultado representa o dobro do admitido pelas empresas
que não inovaram. ”
Como se pode observar a inovação influencia positivamente as
empresas, tanto em índices quantitativos (faturamento, volume de produção e
produtividade), quanto em índices qualitativos (qualidade dos produtos e
melhoria das condições de trabalho). Tais fatores são igualmente observados
22
pelas empresas no contexto da crise, porém, são agregados dois fatores de
grande relevância: a sobrevivência e o destaque em um momento adverso.
De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005), os principais fatores
que facilitam a inovação nas empresas são a busca por fontes internas e
externas de informação e a aplicação destas informações como conhecimento
aplicado ao contexto da organização. No entanto, uma das principais barreiras
são questões econômicas internas ou externas à empresa.
Portanto, em contexto de crise, a inovação deve ser pouco ou nada
custosa, logo, deve-se utilizar tanto quanto for possível da criatividade, das
mais diversas fontes de informação internas e externas possíveis e dos
recursos já disponíveis, pois como foi evidenciado no Capítulo I, a partir de
informações extraídas do Guia para a Inovação do SEBRAE, a inovação não
necessariamente é algo tecnológico e grandioso que constitui custos para a
organização.
23
CONCLUSÃO
Como pode ser observado na revisão bibliográfica exposta acima, a
inovação possui fundamental relevância na contribuição para a aquisição de
diferencial competitivo nas empresas de qualquer porte, principalmente nas
Micro e Pequenas empresas, as quais muitas vezes competem de maneira
desigual com as grandes líderes de mercado por não deterem recursos
(financeiros, materiais, humanos, tecnológicos, etc.) ou por não saber usar os
recursos que possui em disponibilidade de maneira otimizada e adaptada à
realidade do negócio.
Dessa forma, o processo de inovação pode e deve ser planejado e
implementado pelos pequenos negócios, no intuito de estabelecer a melhoria
contínua dos produtos, processos, marketing, atuação no mercado, suprimento
de matérias primas e outros insumos e da organização industrial.
Incorporar a inovação à estratégia empresarial possibilita ao pequeno
negócio realizar seu propósito (missão) com mais objetividade e atingir sua
visão e objetivos estratégicos mais rapidamente. Para tanto, é necessário que
as Micro e Pequenas empresas brasileiras profissionalizem as suas práticas de
gestão e adotem a prática do Planejamento Estratégico, incluindo neste, ações
voltadas para a inovação e melhoria contínua. Sugere-se que, em estudos
futuros, estude-se a importância do Planejamento Estratégico nos pequenos
negócios.
As empresas que conseguirem sobreviver ou se destacar em um
ambiente de escassez e dificuldades, terão muito mais facilidade para se
destacar, crescer e se desenvolver em um ambiente com abundância. A crise
certamente acaba em algum momento, portanto, a empresa precisa firmar
suas bases, se manter viva e financeiramente saudável, para que possa criar
raízes profundas no momento que se seguirá.
Como foi constatado, muitas empresas não inovam, pois não sabem
como fazê-lo, ou por terem a crença de que a inovação necessita de altos
investimentos financeiros ou por acreditarem que a inovação se trata de algo
genial e restrito a poucas pessoas. Visando auxiliar aos pequenos
24
empresários, foram apresentadas ao longo deste trabalho diversas técnicas
que podem ser utilizadas para a implantação do processo de inovação nas
empresas, bem como os benefícios quantitativos e qualitativos da inovação no
contexto organizacional e os motivos pelos quais grande parte das MPE vão à
falência.
Conclui-se, portanto, que a inovação, seja ela qual for, possui um papel
relevante para a sobrevivência das MPE à crise, bem como, é fator base para
a manutenção das empresas no mercado, inclusive, fora do contexto da crise.
25
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
As Micro e Pequenas Empresas Comerciais e de Serviços no BrasiL. IBGE,
2001.
Cenário Macroeconômico e Perspectivas para 2014/2018. SEBRAE, 2014.
EBC Economia. Pesquisa aponta que 47,7% das pequenas empresas veem
oportunidades na crise. Disponível em : <
http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2016/03/pesquisa-aponta-que-477-
das-pequenas-empresas-veem-oportunidades-na-crise>. Acesso em: 04 de
abril de 2016.
Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil : 2013 \
Coordenação de Simara Maria de Souza Silveira Greco ; autores : Mariano
Macedo Matos... [et al] -- Curitiba: IBQP, 2013.
Guia para a Inovação: Instrumento de Orientação de Ações para Melhoria das
Dimensões da Inovação. Coordenação de Olavio Schoenau. SEBRAE-PR,
2010.
Jornal Nacional. Quase 100 mil lojas fecharam as portas no Brasil em 2015.
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/02/quase-100-
mil-lojas-fecharam-portas-no-brasil-em-2015.html. Acesso em: 06 de abril de
2016.
Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para a Coleta e Insterpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Coordenação de Palmira Moriconi. OCDE, 2005.
26
Os donos de negócio no Brasil: análise por faixa de renda (2003-2013). /
Marco Aurélio Bedê (Coordenador) – Brasília : Sebrae, 2015.
Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia Brasileira.
Relatório executivo (fevereiro/2015). SEBRAE, 2015.
Portal Brasil. Micro e Pequenas Empresas movimentam 10,78 bi nas compras
públicas de 2015. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-
emprego/2015/10/micro-e-pequenas-empresas-movimentam-r-10-78-bi-nas-
compras-publicas-de-2015>. Acesso em: 04 de abril de 2016.
Presidência da República. Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de
2006. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 05 de
abril de 2016.
UOL Noticias Economia. No Brasil quase metade das empresas fecha em três
anos, diz IBGE. Disponível em: < http://economia.uol.com.br/ultimas-
noticias/redacao/2012/08/27/no-brasil-quase-metade-das-empresas-fecha-em-
3-anos-diz-ibge.jhtm>. Acesso em: 03 de abril de 2016.
27
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
Inovação 11
1.1. Conceito e Tipos de Inovação 11
1.2. Processo de Inovação e Técnicas de Criação 11
CAPÍTULO II
Micro e Pequenas Empresas do Brasil e o impacto da Crise em suas atividades 17
CAPÍTULO III
A importância da inovação nas MPE no contexto da Crise 21
CONCLUSÃO 23 BIBLIOGRAFIA 25 ÍNDICE 27 ANEXOS 28
28
ANEXOS
Índice de anexos
O autor utiliza esse espaço para trazer conteúdos de apoio, objetivando
aprofundar a prática da pesquisa e suas diferentes formas de produção. Assim,
o educando recebe uma bibliografia de apoio na confecção de questionários,
entrevistas, mensuração dos resultados entre outros.
Anexo 1 >> Figuras;
Anexo 2 >> Gráficos;
Anexo 3 >> Reportagens;
29
ANEXO 1
FIGURAS
Figura 1: Grupo de processos de gerenciamento de projetos e mapeamento das
áreas de conhecimento
Fonte: 2013 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento
de Projetos (Guia PMBOK), quinta edução, página 61.
30
ANEXO 1
FIGURAS
Figura 2: % das empresas por região e por setor
Fonte: Relatório Executivo. Participação das Micro e Pequenas Empresas na
Economia brasileira.
Figura 3: Taxas de natalidade e de mortalidade das empresas
comerciais e de serviços - 1998-2000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 1998-
2000.
31
ANEXO 2
GRÁFICOS
Gráfico 1: Distribuição por faixa de renda (2003 – 2013)
Fonte: SEBRAE a partir do processamento dos dados do IBGE Pnad 2013)
Gráfico 2: Distribuição por sexo (2013)
Fonte: SEBRAE a partir do processamento dos dados do IBGE Pnad 2013)
32
ANEXO 2
GRÁFICOS
Gráfico 3: Distribuição por faixa etária (2013)
Fonte: SEBRAE a partir do processamento dos dados do IBGE Pnad 2013)
Gráfico 4: Distribuição por tempo no trabalho atual (2013)
Fonte: SEBRAE a partir do processamento dos dados do IBGE Pnad 2013)
30
ANEXO 2
GRÁFICOS
Gráfico 5: % dos Empreendedores Iniciais por sexo (2013)
Fonte: GEM Brasil 2013
Gráfico 6: % dos Empreendedores Iniciais por faixa etária (2013)
Fonte: GEM Brasil 2013
Gráfico 7: % dos Empreendedores iniciais por oportunidade (2013)
Fonte: GEM Brasil 2013
31
ANEXO 2
GRÁFICOS
Gráfico 8: Principais problemas para as pequenas empresas segundo os
empresários
FONTE: CNI
32
ANEXO 3
REPORTAGENS
Reportagem 1: Micro e pequenas empresas movimentam R$ 10,78 bi nas compras públicas de 2015
Por Portal Brasil
Publicado: 06/10/2015 09h05
Última modificação: 07/10/2015 18h25
Divulgação/EBC
De 1º de janeiro a 5 de julho de 2015, a participação das Micro e Pequenas Empresas (MPE) nas compras públicas ficou em R$ 10,78 bilhões. Isso representa 37,2% do total de R$ 28,9 bilhões gastos pelo governo federal este ano. Os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e divulgados nesta segunda-feira (5), Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. “Historicamente, desde 2008, a participação dessas empresas no volume contratado pelo governo gira em torno de 25% a 30% a cada ano. Este aumento deve ser comemorado porque nós sabemos da relevância das micro e pequenas empresas, tanto na participação do PIB quanto na geração de emprego”, aponta Cristiano Heckert, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do MP. Entre os incentivos dados pelo governo federal para as MPE participarem dos processos licitatórios está a exclusividade para as compras de até R$ 80 mil. É possível, ainda, criar um lote restrito para essas empresas dentro de uma licitação de valor maior. Estes benefícios foram estabelecidos pela Lei Complementar nº 147, de 2014. Outro estímulo para que estes empresários participem das aquisições é a margem de preferência. “As MPE têm a oportunidade de dar um lance adicional para cobrir a melhor oferta caso a proposta anterior delas tenha sido até 10% acima da proposição do concorrente de outro porte”, explica Heckert. Entre janeiro e junho de 2015, as MPE participaram de 31.520 processos licitatórios do governo federal. A maior parte das aquisições foram de bens, com 59,11%. A modalidade licitatória mais utilizada foi o pregão eletrônico, com 10.737 procedimentos. “É importante o micro e pequeno empresário se habilitar para ser um fornecedor do Estado. O governo precisa comprar bens e serviços de toda ordem e como os números mostram, as MPE então plenamente capacitadas para ocuparem parte desse mercado”, afirma Heckert. Os manuais de orientação para os fornecedores da APF estão disponíveis no Portal de Compras Governamentais.
Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
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ANEXO 3
REPORTAGENS
Reportagem 2: No Brasil, quase metade das empresas fecha em 3 anos, diz
IBGE
27/08/2012 - 15h15
Do UOL, em São Paulo De cada cem empresas abertas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em três anos. O dado faz parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com informações de 2010. Segundo a pesquisa, de um total de 464.700 empresas que iniciaram suas atividades em 2007, 76,1% continuavam no mercado em 2008, 61,3% sobreviveram até 2009 e apenas 51,8% ainda estavam abertas em 2010, ou seja, quase a metade (48,2%) fechou as portas. Segundo o Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa, entre as principais razões para a mortalidade precoce das empresas estão a falta de planejamento e o descontrole na gestão.
Clique e veja os erros mais comuns dos empresários
Falta de planejamento: Muitos empresários começam a atuar sem fazer um plano de negócio. Antes de abrir uma empresa, é preciso estudar todos os aspectos que envolvem o negócio. Deve-se pesquisar quem será o público-alvo, fornecedores, custos fixos e variáveis, concorrência e localização adequada. Quanto mais informações o empreendedor tiver sobre seu ramo de atividade, maiores são as chances de sucesso. Copiar modelos existentes: É um equívoco reproduzir integralmente um modelo de negócio que já existe no mercado sem fazer inovações. No curto prazo, a cópia pode até trazer lucro, mas no médio prazo tende a não funcionar. O ideal é que o empreendedor se inspire em casos de sucesso para abrir seu negócio, mas saiba adaptá-lo à sua realidade para criar diferenciais. Para ter sucesso, é necessário haver alguma inovação em relação ao produto ou serviço oferecido pela concorrência. Não acompanhar a rotina da empresa: Deixar a empresa só nas mãos de terceiros é arriscado. A dedicação é uma das principais qualidades de um empreendedor. Ele deve separar um determinado período do seu dia para verificar de perto a rotina de cada área da empresa. Se ele não tiver condições de fazê-lo, uma alternativa é trazer pessoas qualificadas para supervisionar cada setor. Porém, o empresário deve estar presente na empresa para fiscalizar o trabalho e para resolver problemas. Descontrole do fluxo de caixa: Muitos empresários se perdem quando o assunto é administração. A empresa deve adotar um sistema de controle da entrada e saída de dinheiro. Em empresas menores, uma simples planilha consegue resolver o problema. Já empresas maiores podem optar por aplicativos mais elaborados para fazer este controle. Além disso, é preciso ter o hábito de checar as contas, de preferência todos os dias, e saber planejar o pagamento e recebimento dos recursos.
34
Falta de divulgação da marca: Não se pode esperar que o boca-a-boca garanta o sucesso da empresa. Para um marketing mais eficiente, o empresário tem de entender o mercado que quer atingir, saber onde o público dele está e do que ele gosta. A partir destas informações, estabelece-se uma estratégia e a propaganda ideal é direcionada para os clientes. Não se adaptar às necessidades do mercado: Aquele empresário resistente às mudanças e fechado às novidades tende a ficar para trás. É importante que o empreendedor sempre se mantenha antenado às tendências do seu ramo de atividade. Ler matérias em jornais, sites e revistas ou conversar com clientes e fornecedores é de grande ajuda para conseguir mais informações sobre o mercado. O consumidor quer novidade e quem não se adaptar tende a perder espaço.
Quase todas as empresas que morrem são de menor porte
Segundo o estudo, 98,3% das empresas que entraram no mercado e 99,3% das que saíram em 2010 tinham até 9 pessoas assalariadas. Entre as empresas que abriram, 78,6% não tinham empregados e 19,7% tinham entre 1 e 9 funcionários registrados. Já entre as que fecharam as portas, 89,1% não tinham empregados e 10,2% tinham entre 1 e 9 funcionários. O estudo conclui que há "uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência". Segundo os dados do IBGE, enquanto 67,3% das empresas sem pessoal assalariado são sobreviventes, nas empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 88,5% e, para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas o índice de sobreviência foi de 95,9%.
Fonte: http://economia.uol.com.br/
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ANEXO 3
REPORTAGENS
Reportagem 3: Quase 100 mil lojas fecharam as portas em 2015
Edição do dia 16/02/2016 16/02/2016 21h25 - Atualizado em 16/02/2016 21h50
As vendas no comércio despencaram em 2015, segundo os dados divulgados nesta terça- feira (16) pelo IBGE. A Confederação Nacional do Comércio afirma que é a pior crise dos últimos 15 anos. Nunca se fecharam tantas portas. E não são portas quaisquer. São portas que geram emprego, oportunidades, que movimentam a economia.O carnaval acabou, as férias escolares também chegaram ao fim. Nessa época do ano, tempos atrás, as calçadas do comércio estariam fervendo de gente. A reportagem do JN foi a um dos mais antigos centros comerciais do Rio. O movimento agora é bem menor. Em 200 metros, 12 lojas deixaram de funcionar. O aperto foi tão grande que quase 100 mil comerciantes, em todo o país, tomaram uma decisão difícil em 2015: entregaram os pontos.O Brasil perdeu 13% do número de lojas. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio. “Fechar uma loja tem custo, porque que tem que demitir o pessoal, tem que pagar as obrigações trabalhistas, impostos. Muitas lojas que ainda estão abertas e que querem fechar e não conseguem. Então, é uma decisão drástica”, afirma Aldo Gonçalves, do Clube de Diretores Lojistas – RJ. Menos lojas, menos concorrência. Aí que os preços não baixam mesmo. Mas não é só isso. Os preços são ditados pelos custos, que subiram demais, como a alta da energia elétrica e do combustível.O freguês, que já andava cuidadoso, ficou ainda mais distante. “Se o varejo está mal, o consumidor está mal também. Todos os estados brasileiros tiveram resultados negativos de vendas no ano passado, o que dá uma ideia da generalidade da crise”, diz Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio. As vendas despencaram ano passado: 4,3%. Foi o pior resultado desde 2001. Os números foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE e mostram que quase todos os setores estão sentindo a redução no consumo. As lojas de móveis e eletrodomésticos estão entre as que tiveram a maior queda nas vendas. A maioria das compras é feita a crédito e, com os juros altos demais, muitos clientes decidiram não fechar negócio. “A restrição orçamentária é evidente por conta de um enfraquecimento do mercado de trabalho. São fatores que impactam direto no consumo das famílias, fazendo com que as famílias se organizem para não entrar em endividamento e não sair do seu orçamento”, aponta Isabella Nunes, economista do IBGE. E até aquilo que o consumidor faz de tudo para não cortar, entrou na lista. A venda de alimentos recuou 2,5%, a maior queda desde 2003. “Restaram muito poucas alternativas ao consumidor a não ser cortar produtos. O consumidor tem que recorrer à velha e boa pesquisa de preços. Muita pesquisa de taxa de juros”, diz Fábio Bentes.
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ANEXO 3
REPORTAGENS
Reportagem 4: Pesquisa aponta que 47,7% das pequenas empresas veem
oportunidades na crise
Criado em 31/03/16 12h56 e atualizado em 01/04/16 16h31
Por ContaAzul
Um levantamento realizado com micro e pequenas empresas brasileiras revela que a maior parte delas promoveu demissões em 2015, mas 47,7% acreditam que encontrarão oportunidades ainda este ano para superar o momento de desaceleração econômica. Apesar disso, 15,5% dos entrevistados teme precisa fechar as portas perante a crise econômica. Os dados foram publicados como parte da primeira edição do Termômetro ContaAzul, pesquisa realizada em fevereiro junto a 1.250 micro e pequenos empresários. O estudo tem nível de confiança de 95% e 5% de margem de erro. Promovido pela ContaAzul, empresa que fornece sistemas de gestão para esse público, o levantamento mostra o impacto do cenário político e econômico sobre as pequenas empresas. Segundo dados de 2015 do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os negócios de pequeno porte respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no Brasil e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Essas empresas sofrem e enfrentam o cenário econômico brasileiro, que apresenta retração desde o último trimestre de 2014. Os empresários ouvidos no Termômetro responderam a 10 perguntas abordando sobre confiança para 2016, mudanças em impostos, impacto da crise, risco de demissões, necessidade de crédito e ambiente de competição. Dos respondentes, foram 53,1% que revelaram ter demitido funcionários em 2015. Nos últimos dois anos, recorreram a crédito 59,7% dos entrevistados, dos quais 81,8% usaram o financiamento para capital de giro. Em bancos, esse tipo de linha de crédito tem as taxas mais altas do mercado, por serem usadas por empresas em momentos críticos de alta necessidade de recursos para despesa com vencimento em prazo. Ainda sobre crédito, a penetração de bancos públicos na oferta de dinheiro para empresários de menor porte mostra-se menor do que a dos privados. Dos participantes que recorreram a crédito, 60% procuraram bancos comerciais privados. Para este ano, 48,2% dizem que vão pedir novos empréstimos nos próximos meses (55,8% para capital de giro e 31,3% para expansão).
Mudanças de impostos As mudanças tributárias realizadas entre meados de 2015 e o início de 2016 atingiram 81,4% das empresas. dizem que foram muito impactados pelas mudanças
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tributárias realizadas em 2016. Para 64,8% deles, as alterações não inviabilizam o negócio, mas 8,3% avaliam que houve grandes impactos, a ponto de trazer riscos de quebra -- ou estímulo a sonegação. Entre as mudanças, destacam-se elevações de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados e no recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), promovidas pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz) a partir de agosto de 2015 para o regime de substituição tributária.
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