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Page 1: Logística reversa reduz custos

DICIONÁRIO DALOGÍSTICA REVERSA

CADEIA PRODUTIVATodos os que fazem partedo processo de produção,distribuição, venda e con-sumo de itens —indústria,comércio e consumidores

RESÍDUOS SÓLIDOSTudo o que é resultante doprocesso de produção e queainda pode ser aproveitado

REJEITOSResíduos que, depois deesgotadas todas as possibili-dades de tratamento, nãoapresentem outra possibili-dade que não o lixo

LOGÍSTICA REVERSAConjunto de ações eprocedimentos paraviabilizar a restituição dosresíduos ao setor empresa-rial, para reaproveitamento

GERENCIAMENTO DERESÍDUOS SÓLIDOSInclui não geração,redução, reutilização,reciclagem, tratamento edestinação adequada

Fontes: Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Públicae Resíduos Especiais), Accenture, Insper e Ministério do Meio Ambiente

COMO FAZERA LOGÍSTICAREVERSA

> Faça um diagnóstico doseu processo produtivo

> Estude os agentes quefazem parte da sua cadeiae tente parcerias oubusque cooperativas

> Tente acordos comconcorrentes e empresaspróximas

> Esclareça consumidoressobre os produtos paraevitar devoluções –alogística indesejadarepresenta 2% da receita

4 negócios H H H Domingo, 26 DE FEvErEiro DE 2012 ab

CAMILAMENDONÇACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As regraspara logística re-versa, forma de dar descarteapropriado aos resíduos ge-rados na produção, termina-rão de ser estabelecidas nes-te ano, segundo o MMA (Mi-nistério doMeio Ambiente).Donosdepequenasempre-

sas que não quiserem ter au-mento nos custos devem co-meçar a criar estratégias.Omodo como os negócios

ligados às áreas de pilhas ebaterias,óleose lubrificantese produtos eletroeletrônicosfarão o descarte será molda-do com o governo e passarápelo crivo doministério.Aindaneste semestre, “re-

gras serão estabelecidas pa-ra o descarte correto de todoe qualquer tipo de embala-gem e demedicamento”, dizSilvano Silvério da Costa, se-cretáriodeRecursosHídricos

Parcerias reduzemcustode descarte de produtosGoverno definirá regras para dispensa de resíduos utilizados na produção

eAmbienteUrbanodoMMA.Sistematizar a logística re-

versa sai caroparapequenasempresas,dizRoqueCifu, es-pecialistano temadaconsul-toria Accenture.Uma formadecortar custo

é associar-se a cooperativase empresas de reciclagem.RicardoStem,donodores-

taurante ViaSete, no Rio deJaneiro, fez parcerias.Os 70 litrosdeóleousados

pormêsnopreparodepratossão reservados em um reci-piente e recolhidos por umparceiro esporadicamente.“Não gastamos nada.”A companhia que recolhe

o líquido vendeparauma in-dústria de limpeza e cede aorestaurantesabãoedetergen-teemtrocadamatéria-prima.Stemdizaindaque fezpar-

cerias comcooperativasparaenviar papel, papelão e gar-rafas. Nesse caso, diz, o res-taurante arrecada R$ 3.000porano.“Osrecursossãodes-tinados aos funcionários.”

retornoNos empreendimentos da

Sobloco, empresa de enge-nharia, os custos com logís-tica reversanãochegama1%do total de uma obra, afirmaa diretora Beatriz Almeida.“Agente investeemtreina-

mentodepessoal, separaçãodesobras, instalaçãodeesto-que e transporte”, afirma.Almeidaexplicaqueosga-

nhos são maiores na manu-tenção do cronograma daobra, que semantémorgani-zada e limpa.O transporte de resíduos

para locais de reciclagemé oitem que mais pesa na logís-tica reversa, afirma Guilher-me Tiezzi, professor do Ins-per. “A saída é terceirizar.”A Sobloco faz parcerias.

“Algumas empresas retirama um custo menor, porque omaterial já está todo separa-do”, diz Almeida.

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Assim como parceriascom cooperativas, acordoscomconcorrentesouempre-sas locais são saídas paraque pequenos negócios fa-çam logística reversa.NoValedaEletrônica, ar-

ranjo produtivo local deSantaRitadoSapucaí (MG),142 empresas de pequeno emédioportes firmarampar-ceria com uma grande em-presa, por meio do Sindvel(Sindicatodas IndústriasdeAparelhos Elétricos, Eletrô-nicos eSimilaresdoValedaEletrônica), para dar desti-no aos resíduos.

Asempresas têmàdispo-sição dois contêineres. Ca-da empresário, afirma Ro-bertodeSouzaPinto, presi-dente do Sindvel, tem umcontrole remoto para abriro recipiente.O empreendedor tem de

discriminar o que irá depo-sitarnolocaleopeso.Acon-ferência é feita no recolhi-mento domaterial.“Esse sistema é à base de

confiança”, diz. Os empre-sáriospagamtaxa inicialdeR$ 30 eR$ 1,90 por quilo dematerial despachado.César Sodré Moreira, 30,

dono da Exsto, de equipa-mentos de automação in-dustrial, temonde jogar im-pressoras e equipamentos.“Ia para o lixo comum,por-quenãotemoscondiçõesdemontar logística para dardestino correto [aos itens].”

Uniãopromoveeconomia a setoreletrônico emMG

Marcos Michael/Folhapress

Ricardo Stem troca de óleo por sabão em seu restaurante