UNIVERSIDADE PAULISTA
CÉSAR AUGUSTO SIMÕES – RA C00026-4
CRISTIAN MENDES LOPES – RA C20620-2
GUTIERREZ SOARES FERREIRA – RA C26651-5
JOÃO PEDRO CIZIK MAGALHÃES – RA C2934H-1
RICARDO CHAHINE DOS SANTOS SILVA – RA C23ACI-0
ZEZITO LEONARDO JUNIOR – RA C0906I-6
PIM – PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR:
Implantação de um ERP na Empresa XPTO
JUNDIAÍ
2015
CÉSAR AUGUSTO SIMÕES – RA C00026-4
CRISTIAN MENDES LOPES – RA C20620-2
GUTIERREZ SOARES FERREIRA – RA C26651-5
JOÃO PEDRO CIZIK MAGALHÃES – RA C2934H-1
RICARDO CHAHINE DOS SANTOS SILVA – RA C23ACI-0
ZEZITO LEONARDO JUNIOR – RA C0906I-6
PIM – PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR:
Implantação de um ERP na Empresa XPTO
Trabalho de conclusão de semestre,
requisito parcial para obtenção de título de
graduação em Gestão da Tecnologia da
Informação apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.
Orientador: Prof. Francisco Carlos
Nascimento
JUNDIAÍ
2015
CÉSAR AUGUSTO SIMÕES – RA C00026-4
CRISTIAN MENDES LOPES – RA C20620-2
GUTIERREZ SOARES FERREIRA – RA C26651-5
JOÃO PEDRO CIZIK MAGALHÃES – RA C2934H-1
RICARDO CHAHINE DOS SANTOS SILVA – RA C23ACI-0
ZEZITO LEONARDO JUNIOR – RA C0906I-6
PIM – PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR:
Implantação de um ERP na Empresa XPTO
Trabalho de conclusão de semestre,
requisito parcial para obtenção de título de
graduação em Gestão da Tecnologia da
Informação apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Prof.
Universidade Paulista UNIP
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, a nossos familiares, colegas
e amigos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que nos deu forças para prosseguir
quando a caminhada estava difícil, agradecemos também nossos colegas, amigos,
familiares e professores por todo o apoio durante a realização deste trabalho e
esperamos no futuro poder colher os frutos de nossos estudos.
RESUMO
A XPTO por ser uma grande empresa de vendas em eletroeletrônicos, tanto
nas lojas físicas quanto pela internet, percebeu o quanto era necessário aprimorar-
se e estabeleceu um projeto interno de implantação de um sistema ERP (Enterprise
Resource Planning). Com esse objetivo, o ERP será implantado na matriz em
Jundiaí e em todas as suas 6 filiais que ficam em Manaus, Recife, Salvador, Rio de
Janeiro, Porto Alegre e Brasília, sendo que a matriz possuirá a base de dados, e por
ser a parte principal dessa empresa, terá um SLA (Service Level Agreement) de
99,95, onde os sistemas deverão estar sempre em funcionamento. Os módulos do
ERP vão auxilia-los nos setores de recursos humanos, vendas e finanças. A
infraestrutura será gerenciada de forma que seja eficiente para se obter um bom
desempenho e uma ótima segurança das informações. Com a implantação desse
projeto na empresa, o gerenciamento será mais amplo, e estará sujeito a melhorar
os benefícios, diminuir custos, agilizar e organizar suas informações gerais e atingir
o objetivo de crescimento de 50% para os próximos 5 anos.
Palavra-chave: ERP, Implantação, Sistemas de Informação
ABSTRACT
The XPTO to be a great sales company in electronics, both in physical stores
and on the Internet, realized how much it was necessary to improve up and
established an internal project of implementation of an ERP system (Enterprise
Resource Planning). With this objective, the ERP will be implemented in the parent
company in Jundiaí and in all its six branches that are in Manaus, Recife, Salvador,
Rio de Janeiro, Porto Alegre and Brasilia, and the parent company will own the
database, and for being the main part of the company, will have an SLA (Service
Level Agreement) 99,95, where systems must always be operational. The modules of
the ERP will help them in the areas of human resources, sales and finance. The
infrastructure will be managed in a way that is efficient to obtain a good performance
and a good information security. With the implementation of this project in the
company, the management will be broader, and will be subject to improve benefits,
lower costs, streamline and organize your general information and achieve the
growth target of 50% for the next 5 years.
Keyword: ERP, Implementation, Information Systems
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: MRP ........................................................................................................... 15
Figura 2: ERP ............................................................................................................ 17
Figura 3: Diagrama de Casos de Uso para RH ......................................................... 18
Figura 4: Diagrama de Casos de Uso para Finanças ................................................ 18
Figura 5: Diagrama de Casos de Uso para Vendas .................................................. 19
Figura 6: MER para Finanças .................................................................................... 20
Figura 7: MER para RH ............................................................................................. 20
Figura 8: CMPC ......................................................................................................... 23
Figura 9: Integração do ERP com os Setores ........................................................... 26
Figura 10: Avaliação de Desempenho ....................................................................... 28
Figura 11: Mapa com as Filiais da Empresa XPTO ................................................... 30
Figura 12: Switch ....................................................................................................... 31
Figura 13: Roteador .................................................................................................. 32
Figura 14: Topologia Estrela ...................................................................................... 33
Figura 15: Exemplo de Rede WAN ............................................................................ 33
Figura 16: Exemplo de Servidor na Rede ................................................................. 34
Figura 17: Princípios da Segurança da Informação .................................................. 41
Figura 18: Drive com Cartuchos RDX ....................................................................... 44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANS Acordo de Nível de Serviço
BI Business Inteligence
CMPC Custo Médio Ponderado do Capital
CRM Customer Relationship Management
MDD Modelagem Multidimensional
MER Modelo Entidade Relacionamento
MRP Manufacturing Resource Planning
PCP Planejamento de Controle de Produção
PEE Planejamento Estratégico Empresarial
PETI Planejamento Estratégico em TI
RH Recursos Humanos
SLA Service Level Agreement
TI Tecnologia da Informação
TIR Taxa Interna de Retorno
UML Unified Modeling Language
VPL Valor Presente Líquido
WAN Wide Area Network
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2. ERP ....................................................................................................................... 13
2.1. Surgimento do Sistema ERP .............................................................................. 13
2.2. Necessidade do ERP ......................................................................................... 15
3. MODELAGEM DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .............................................. 17
3.1. Diagramas de Caso de Uso ............................................................................... 17
3.2. Modelo Entidade Relacionamento ...................................................................... 19
3.3. Vantagens e Desafios de Implantação do ERP .................................................. 21
4. MÓDULOS DO ERP ............................................................................................. 21
4.1. Finanças ............................................................................................................. 21
4.1.1. Economia e Mercado .............................................................................. 23
4.1.2. Funcionamento do Módulo de Finanças ................................................. 24
4.2. Vendas ............................................................................................................... 25
4.2.1. Funcionamento do Módulo ...................................................................... 26
4.3. Recursos Humanos ............................................................................................ 26
4.3.1. Avaliação de Desempenho ..................................................................... 27
4.3.2. Treinamento ............................................................................................ 28
5. INFRAESTRUTURA ............................................................................................. 29
5.1. Rede e Equipamentos da Empresa XPTO ......................................................... 30
5.1.1. Rede ....................................................................................................... 30
5.1.2. Switch ..................................................................................................... 31
5.1.3. Roteadores ............................................................................................. 31
5.1.4. Topologia ................................................................................................. 32
5.1.5. Rede WAN .............................................................................................. 33
5.1.6. Servidores ............................................................................................... 34
5.1.7. Funcionamento da Rede da Empresa XPTO .......................................... 35
5.2. Internalização x Terceirização ............................................................................ 35
5.3. SLA .................................................................................................................... 36
5.4. CRM ................................................................................................................... 36
6. FINANÇAS DO PROJETO ................................................................................... 37
6.1. Investimento do Projeto ...................................................................................... 37
6.2. Fluxo de Caixa do Projeto .................................................................................. 38
6.3. Payback do Projeto ............................................................................................ 38
6.4. Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno ............................................. 38
7. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI ............................................................ 39
7.1. Business Inteligence .......................................................................................... 39
8. SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES ................................................................... 40
8.1. Gestão de Riscos ............................................................................................... 41
8.2. Política de Segurança da Informação ................................................................ 42
8.3. Auditoria de Sistemas ......................................................................................... 43
8.4. Back-up .............................................................................................................. 43
8.5. Segurança da Informação na Empresa XPTO ................................................... 44
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
12
1. INTRODUÇÃO
A empresa XPTO, que possui sua matriz em Jundiaí e conta com mais 6 filiais
em Manaus, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, atua no ramo
de vendas de eletroeletrônicos e busca vantagens competitivas perante o mercado,
tanto nas suas unidades físicas como também pela internet. Ela decidiu se
modernizar, contando com a ajuda de uma consultoria especializada, implantando
um sistema ERP (Enterprise Resource Planning).
Sistemas ERP possuem vários módulos e tem como característica integrar a
administração da companhia em seus diversos setores e fases do negócio. Desta
forma, busca-se o aumento da produtividade, pois a mesma passa a ser controlada
em tempo real. A empresa XPTO, contando com todas as suas unidades possuirá
cerca de 400 funcionários com acesso ao sistema, sendo que 250 deles se
encontram na matriz, a maior parte. Este número de funcionários irá aumentar, pois
junto com os benefícios da utilização do ERP poderão ser elaboradas melhores
estratégias de mercado.
Porém, para que a implantação seja feita da melhor forma possível e se
usufrua de todos os benefícios deste tipo de sistema é necessário um bom
planejamento e estudo, pois caso contrário a empresa rumará para o insucesso
podendo causar até mesmo o fechamento da mesma. Pensando nisso, a empresa
XPTO irá realizar todos os passos necessários com cautela, pois sabe da
competitividade acirrada que o mercado apresenta.
13
2. ERP
Antes de falar da implantação do ERP na empresa XPTO, é necessário saber
o que é e como surgiu. ERP é uma sigla que significa Enterprise Resource Planning,
em português Planejamento de Recurso Corporativo. Segundo Alecrim (2010) ele é
um sistema de gestão empresarial e possui como característica a integração de
todos os departamentos da empresa, permitindo um gerenciamento adequado de
todos os seus recursos. Isso seria bem difícil, caso houvesse um sistema diferente
para cada departamento da empresa. Pensando nisso, a empresa XPTO decidiu
implementar um ERP, para usufruir de todos os seus benefícios.
2.1. Surgimento do Sistema ERP
Segundo a Wikipedia (2004) ao final da década de 1950, quando se dava
início aos conceitos modernos de gestão corporativa, a tecnologia vigente fazia uso
de gigantescos mainframes, na qual rodavam os primeiros sistemas para controle de
estoque. Este tipo de automatização era muito cara e lenta, porém demandava
menos tempo que processos manuais.
No começo da década de 70, com a expansão econômica e o aumento de
poder computacional, foi criado o MRP (Manufacturing Resource Planning), ou
Planejamento de Recursos de Manufatura, antecedendo o atual sistema ERP. Com o
surgimento do MRP novos processos administrativos foram agregados ao conjunto
sistêmico, um exemplo disso é o surgimento do módulo de compras, que controla e
efetua a compra de matéria prima de acordo com a demanda e envia a fatura em
questão para o contas à pagar realizar o pagamento na data programada.
De acordo com Wikipedia (2008) o MRP (Figura 1) realiza o controle de
inventário e produção, na qual acompanha a otimização da gestão de forma a
minimizar os custos mantendo os níveis de materiais adequados para os processos
produtivos. Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos
diversos tipos que são necessários e em qual momento, assegurando que os
mesmos sejam providenciados no tempo correto, de modo que se possa executar os
processos de produção. O MRP utiliza como informação de entrada os pedidos em
carteira, assim como também a previsão das vendas que provêm da área comercial
14
da empresa.
Ainda de acordo com Wikipedia (2004) a década de 1980 marcou a chegada
das redes de computadores, eles eram integrados através de rede cabeada e
gerenciados por servidores. Além de mais baratos e práticos de se utilizar em
relação aos antigos mainframes, os computadores já permitiam uma maior
praticidade para uso corporativo. Desta forma o MRP se transformou em MRP II, e
agora também realizava o controle de outras atividades tais como mão de obra e
gestão de máquinas. Em tese, o MRP II já poderia ser chamado de Sistema ERP, da
forma como conhecemos hoje, porém não se tem a data precisa de quando
exatamente este processo passou a se chamar assim.
A nomenclatura ERP ganhou maior força na década de 90, pois com o avanço
tecnológico e computacional constante desde a década de 80, as redes de
computadores, servidores, mainframes, entre outros, já proporcionavam um
ambiente no qual era possível integrar cada vez mais processos a um mesmo
sistema. Podia-se também obter acesso em qualquer local da empresa através da
intranet, proporcionando uma visão mais consolidada destes sistemas do ponto de
vista administrativo.
Com o constante avanço computacional, os Sistemas ERP’s começaram a ser
vendidos através de pacotes, ou seja, vários módulos integrados entre si através de
uma mesma aplicação, gerando um aumento massivo na adesão desses sistemas
de gestão.
15
Figura 1: MRP
Fonte: Wikipedia. Disponível em
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c8/Imagem_2.png/450px-Imagem_2.png>
Acessado em 05 de Maio de 2015.
2.2. Necessidade do ERP
O ERP, tem como principal objetivo integrar as rotinas da empresa XPTO e o
comercio em geral, de modo que haja total interação dentro do ambiente de trabalho,
eliminando o retrabalho (Figura 2). Toda informação contida dentro do ERP estará
disponível em tempo real, tanto para consulta como para emissão de relatórios, etc.
O ERP também tem como forte característica a integração entre setores, isso
por meio de módulos específicos que organizam as informações alimentadas dentro
do ERP, seja pelo usuário ou geradas automaticamente de acordo com a rotina
programada. Todas as suas rotinas são padronizadas de acordo com a demanda
atual da área, o que não impede que haja personalizações de acordo com a
demanda gerada pelo setor, esta demanda é captada pelo setor de TI que por sua
vez filtra a informação solicitada e gera um chamado interno ou externo através de
uma consultoria especializada, isso para que o analista possa desenvolver uma
personalização adequada para aquele chamado em questão .
Por ser um sistema tão aberto a mudanças, o ERP possibilita infinitas
16
possibilidades de integração e desenvolvimento em sua base de dados, além de
também ter disponibilidade para integração com outros sistemas de informação e
outros bancos de dados, aliás este é um dos requisitos principais para aquisição ou
desenvolvimento de um ERP de qualidade e que disponha de boas ferramentas de
desenvolvimento.
Também deve ser levado em consideração a demanda da empresa pois
softwares dessa magnitude tem um alto valor aquisitivo por gerar uma grande
economia de mão de obra, principalmente com relação a retrabalho com processos
manuais e com redução na imprecisão de dados, que gera muito transtorno e
prejuízo para a empresa. Devido a essas qualidades muitas organizações optam por
adquirir um ERP customizado à sua necessidade, tendo em vista tais benefícios
gerados, como redução de retrabalho, redução de custos, entre outros benefícios.
Apesar do ERP ser uma grande ferramenta que agiliza o processo de
gerenciamento de recursos da empresa, antes de qualquer empresa implantar e
utilizar esse tipo de software precisa ser feito um estudo detalhado de necessidades
e quais módulos serão utilizados dentro das rotinas administrativa e chão de fábrica,
coisa que a empresa XPTO está levando com seriedade.
Como exemplo, pode-se citar um restaurante, por não possuir um chão de
fábrica com rotinas especificas da área, o mesmo ao adquirir um Sistema ERP, não
solicitará a inclusão do modulo de Planejamento de Controle de Produção (PCP),
pode-se apenas solicitar módulos mais preparados para atender a necessidade de
um restaurante como por exemplo um modulo de frente de caixa para contabilização
das comandas. E com relação as indústrias, este tipo de modulo não seria utilizado,
ou seria readequado para uso em outra rotina de trabalho.
Sendo assim temos em mente que o ERP além de ser um software muito
versátil, também disponibiliza uma grande variedade de módulos dedicados
especificamente a cada rotina administrativa, gerencial e comercio em geral, sendo
que ao adquirir esta ferramenta, o gestor de TI tem a responsabilidade de fazer um
levantamento das necessidades da empresa em conjunto com a empresa que
disponibilizará o ERP, para que possam analisar e disponibilizar os módulos que
melhor se adequem à necessidade da empresa, gerando assim uma redução de
17
custos consciente e de melhor eficácia.
Desta forma, junto com a empresa provedora do ERP, a empresa XPTO
analisará bem quais módulos serão adquiridos e a customização do sistema, para
que se adeque da melhor forma possível às suas rotinas administrativas. Desta
forma, pretende-se atingir todos os benefícios que este tipo de sistema trás.
Figura 2: ERP
Fonte: Sourcenet. Disponível em <http://www.sourcenet.com.br/wp-content/uploads/Sistema-de-
Gestao-Empresarial.jpg> Acessado em 17 de Maio de 2015.
3. MODELAGEM DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Segundo NCE (2006) “assim como ocorre na modelagem de negócio,
utilizamos um modelo para representar os componentes de um sistema de
informação”. Isso tem o objetivo de verificar o funcionamento de algum sistema
antes do desenvolvimento ou implantação deste, ver se ele se adequa ao negócio e
o que precisa customizar, desenvolver, corrigir para o bom funcionamento. Neste
caso, para a modelagem do sistema ERP foi utilizado o diagrama de casos de uso
da UML (Unified Modeling Language) e o MER (Modelo Entidade Relacionamento).
3.1. Diagramas de Caso de Uso
Como afirma Sampaio (2007), o diagrama de casos de uso “descreve um
cenário que mostra as funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário”. Ele
é formado pelos atores, casos de uso e os relacionamentos. Para o ERP foi
18
construído os diagramas para RH (Figura 3), finanças (Figura 4) e vendas (Figura 5).
Figura 3: Diagrama de Casos de Uso para RH
Elaborado pelos Autores.
Figura 4: Diagrama de Casos de Uso para Finanças
Elaborado pelos Autores.
19
Figura 5: Diagrama de Casos de Uso para Vendas
Elaborado pelos Autores.
3.2. Modelo Entidade Relacionamento
Em geral, como afirma Rodrigues (2014) o MER “representa de forma
abstrata a estrutura que possuirá o banco de dados da aplicação”. Este modelo
contém entidades, atributos e os relacionamentos entre si em um negócio. O MER é
uma importante ferramenta para impedir que erros ocorram no desenvolvimento do
banco de dados do sistema, principalmente em complexos, como no caso do ERP.
Com este objetivo, o MER de finanças (Figura 6) e RH (Figura 7) para o ERP da
empresa XPTO foi elaborado com total atenção.
20
Figura 6: MER para Finanças
Elaborado pelos Autores.
Figura 7: MER para RH
Elaborado pelos Autores.
21
3.3. Vantagens e Desafios de Implantação do ERP
As vantagens de implantar o ERP são inúmeras e variam de empresa para
empresa de acordo com suas necessidades. Em relação a empresa XPTO, as
maiores vantagens de implantação são a redução dos custos da empresa, remoção
de redundâncias e retrabalhos, aumento na agilidade de entregas de informações,
maior confiabilidade e confidencialidade de informações, maior rapidez e melhor
embasamento para tomadas de decisão e integração dos setores da empresa.
Porém não é simples implantar um ERP. Ele tem seus custos, suas
desvantagens e desafios de implantação, adaptação e manutenção. A XPTO não é
uma exceção. Os maiores desafios que a empresa tem é aprender a utilizar e
compreender a interface geral do ERP, mudar os hábitos e alterar regras de trabalho
dentro da empresa para a otimização do uso do novo sistema e a implantação dos
módulos em si, que obriga a empresa a diminuir o ritmo de trabalho e até mesmo
parar algumas áreas por um longo período de tempo.
4. MÓDULOS DO ERP
4.1. Finanças
Para se entender como funcionará o módulo de finanças no ERP, é
necessário antes entender alguns pontos sobre finanças, economia e mercado.
Finanças em projetos e organizações são situações e áreas bem complexas e um
tanto desafiadoras na nossa atualidade, pois é uma parte que é necessária para se
obter o sucesso. Hoje em dia deve-se investir, negociar e ter o bom retorno cobiçado
desse investimento.
O conceito de finanças segundo Serrão (2003) pode ser definido como a
“arte e a ciência de gerenciamento de fundos. As finanças lidam com o processo, as
instituições, os mercados e os instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro
entre indivíduos, negócios e governos.” As finanças corporativas como cita
Damodaran (2004) “abrangem todas as decisões da empresa que tenham
implicações financeiras, não importando que área funcional reivindique
responsabilidade sobre ela.”
22
Já projeto, de acordo o Wikipédia (2004) é “a área da administração aplicada
de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas
para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos”. Tudo isso com qualidade e
custo aceitável, utilizando-se para isso recursos técnicos e humanos.
Assim sendo, o gerenciamento de projetos seria técnicas para a execução de
projetos eficazes, habilidades e conhecimentos aplicados para obtenção da
finalização do mesmo. Para organizações é uma área muito competentemente
estratégica para unir os objetivos de seus negócios com os resultados obtidos dos
projetos.
Em análise de risco para o projeto, se está sujeito a imprevistos como
escassez, greves, catástrofes, novas tecnologias, tornando o que se usa como
ultrapassado, ou seja, são dificuldades que aparecem em um projeto de TI, como
relata Lima (2010). A seguintes ações são feitas para essa análise, elas são a
análise de efetividade de projeto, avaliação de riscos, tomada de decisão e
controles. Após o controle, ele volta a ser analisado para sua efetividade. O processo
de gerenciamento desses riscos como fala Wikipédia (2010) ”tem por objetivo decidir
como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um
projeto originando.”
Ainda em finanças, para o controle do dinheiro tem-se os juros, que estão
divididos e capitalizados em dois regimes: simples e compostos. Os juros nada mais
é que a remuneração do capital investido em alguma aplicação ou atividade
produtiva, segundo o Portal Educação (2012).
Tem também o valor do dinheiro do tempo, simplificadamente dizendo, é o
mesmo que você pegar R$ 100 e deixar trancado no armário, ele sempre vai ser
esses R$ 100, porém se investi-lo em algo de interesse, então esse valor vai
aumentar.
Como fontes de financiamentos tem-se o capital de terceiros e capital próprio.
Capital próprio como diz Júnior (2012) “faz referência a parte do financiamento de
projetos e fontes com o dinheiro da própria empresa, como o capital de patrimônios
líquidos e lucros acumulados”.
Capital de terceiros, nesse caso já é investimento usando capital de outros
23
utilizado na empresa, que representa recursos vindo de terceiros pela aquisição
através de propriedade de entidade.
Custo de capital nada mais é que “a taxa adequada para descontar o fluxo de
caixa operacional porque reflete o custo de oportunidade dos provedores de capital,
ponderado pela estrutura de capital destes”, assim diz Cavalcante (2013).
De acordo com Júnior (2012) CMPC é obtido pelas considerações das fontes
dos recursos que foram dispostos pela empresa, mas claro, com uma parte do
capital próprio e de terceiros, e é calculado pelo custo das fontes desse capital
ponderado pela respectiva participação na estrutura de estrutura do financiamento.
Como exemplo de CMPC tem-se o seguinte problema, aplicando-se a fórmula
(Figura 8) chega-se no resultado.
Calcular o valor do CMPC da empresa, financiada pelo Patrimônio
Líquido (PL) de R$ 600.000 e dívidas de R$ 400.000. Portanto, há 60% de
capital próprio e 40% de capital terceiros. A remuneração requerida pelos
acionistas é de 20% e o custo da dívida é de 10%. (JÚNIOR, 2012).
Figura 8: CMPC
Fonte: UNIP Moraes. Retirada do Documento
<http://unip.moraes.org/3semestre/financas_ti/material_professor/Finan%E7as%20Projetos%20TI%2
0-%20Material%203.pdf> Acessado em 11 de Maio de 2015.
4.1.1. Economia e Mercado
Primeiramente, economia conforme afirma Donegá (2011) “é o estudo de
como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, os quais
24
poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados.” Desta forma,
administra-se os recursos e produz bens e serviços para distribuir na sociedade.
A mesma Donegá (2011) afirma que os objetivos incluem entender impactos
da diversas variáveis macroeconômicas em organizações, bem como as
interdependências também. Nos aspectos físicos e humanos brasileiros será
analisado os tais fatores que são responsáveis por isso. Ver e compreender as
formas de se organizar que está em prevalecendo no país, e as dinâmicas das
relações internacionais e inter-regionais brasileira.
A microeconomia estuda decisões empresariais e familiares em produtos e
preços de ramos bem específicos, onde se preocupa com as tomadas de decisões e
fatores que vem das unidades individuais. Como por exemplo o aumento de preço
do petróleo e que tenha como consequência o aumento também da energia, isso é
um colocação microeconômica. Microeconomia explica como surge os preços dos
produtos e entre outros fatores. É dividida em teoria de consumidor, teoria da firma e
teoria da produção.
“A primeira condição para o desenvolvimento econômico é a de que a taxa de
crescimento do produto seja continuamente superior à taxa de crescimento da
população, logo, a renda per capita está crescendo”, assim diz Donegá (2011). Um
dos fatores para evidenciar o desenvolvimento é a melhora de condições de vida e
distribuição de renda pelas classes mais pobres, e para identificar um processo de
desenvolvimento, basta observar o seguinte:
Queda de níveis de pobreza, desigualdade e desemprego
Ótimas condições de saúde, transporte, educação e etc.
Instituições aperfeiçoadas
Crescimento de bem-estar econômico
Economia e mercado em aplicação
Fatores econômicos estratégicos para o mesmo desenvolvimento.
4.1.2. Funcionamento do Módulo de Finanças
O módulo ERP da parte de finanças vai permitir uma visão ampla e concreta
sobre a situação monetária da empresa e podendo também gerenciar com mais
25
facilidade os lançamentos financeiros em termos de extrato e fluxo de caixa. Tem
também a possibilidade de acessar faturas tanto pendentes quanto pagas, suas
contas a pagar e contas a receber, controle de cheques e cartões, os empréstimos e
investimentos, isso tudo disponível na hora que quiser (tempo real) dando
possibilidades para tomada de decisões mais inteligentes e rápidas.
Além disso, todos o conhecimento à respeito de finanças, economia e
mercado, permitirá a diretoria da empresa traçar uma melhor estratégia de
crescimento, isso se dará através de novos projetos, calculando suas viabilidades,
tempo de retorno do investimento, juros, gerenciamento de riscos, situação do
mercado, entre outros. Com isso, a empresa XPTO pretende atingir o objetivo de
crescimento de 50% para os próximos 5 anos, para qual o ambiente já está
preparado.
4.2. Vendas
O setor de vendas, segundo Lago (2007) “é de extrema importância, pois dele
resulta a receita com a qual a empresa se mantém”. Ou seja, através das vendas, a
empresa paga todos os seus custos e ainda obtêm lucro, que pode ser usado para
futuros investimentos.
É atribuído a este setor, toda parte de cadastramento de clientes e
rastreamento de produtos, como também o repasse de relatórios para o setor de
finanças com os valores de cada venda (custos e lucros), além de ser também de
sua responsabilidade todo o tratamento com o cliente, que deve ser eficiente e
satisfatório para o mesmo, já que depende dele uma venda ser finalizada.
E para que o mesmo funcione com total eficiência e integração com os
demais setores (Figura 9) foi adquirido um módulo exclusivo para ele. Como se
sabe, para ter uma venda bem sucedida e garantir a confiança de um cliente, a
venda deve ser rápida e muito prática, dando segurança e todo o apoio ao cliente e
ao vendedor.
26
Figura 9: Integração do ERP com os Setores
Fonte: ERP-SII. Disponível em <http://erp-
sii.wikispaces.com/file/view/sii6.png/147264421/558x336/sii6.png> Acessado em 16 de Junho de
2015.
4.2.1. Funcionamento do Módulo
O módulo contará com um sistema que gerencia os pedidos de clientes,
gerando documentos fiscais de saída. Possui informações de limite de créditos dos
clientes, situação dos estoques e sua disponibilidade, preços e capacidade de
transporte. Realiza o processamento automático de pedidos e seu
acompanhamento, através de código de rastreio para melhor precisão.
Assim, será permitido estruturar os níveis de vendas e aprovação, cadastrar
vendedores, colocar ou cancelar pedido do cliente, aprovar o crédito do cliente,
liberar o faturamento, extrair relatórios dos pedidos dos clientes e registrar a
expedição do material a ser entregue em mapas de distribuição por transportadoras
e tipo de carro, além de registrar as saídas fiscais.
4.3. Recursos Humanos
Segundo o RHPortal (2010) “Gestão de Recursos Humanos, Gestão de
Pessoas ou ainda Administração de Recursos Humanos, conhecida pela sigla RH, é
27
uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas”.
Tudo isso tem como objetivo administrar os comportamentos internos e potencializar
o capital humano. Ainda segundo RHPortal (2010) “tem por finalidade selecionar,
gerir e nortear os colaboradores na direção dos objetivos e metas da empresa”.
A gestão de pessoas tanto na parte de recrutamento e treinamento como na
parte de gestão de funcionários, são fundamentais para que a empresa possa atingir
seus objetivos. Sem profissionais capacitados e motivados para trabalhar, a empresa
não só deixa de lucrar, como pode começar um processo de falência.
O módulo de ERP para o RH trará o cadastro do funcionário, com o salário
que ele recebe, sua função e tempo que está atuando dentro da empresa. Terá um
avaliador de desempenho que terá os parâmetros definidos pelo executivo para
avaliar cada funcionário, onde os funcionários que estiverem abaixo da meta da
empresa serão facilmente encontrados através do sistema, facilitando assim a
manutenção dos mesmos. O próprio sistema calculará as férias e qualquer
bonificação que deverá ser entregue aos trabalhadores. Assim como afastamentos e
desligamentos também serão registrados e calculados no sistema, facilitando e
agilizando processos dentro da área de recursos humanos.
O controle dos funcionários sem um sistema integrado na empresa pode
gerar muitos problemas, já que relatórios e análises de desempenho de cada
funcionário e seu setor é fundamental, os dados têm de ser precisos e entregues no
momento certo. Com a inclusão do ERP, o RH terá um acesso a informações
completas, desde um cadastro de funcionários mais completo e conciso, até
relatórios de desempenho mais exatos.
4.3.1. Avaliação de Desempenho
A avaliação de desempenho (Figura 10) dos funcionários será feita através de
metas estabelecidas pela empresa podendo mudar de acordo com as necessidades
da mesma. Os funcionários que não atingirem a meta por dois meses consecutivos
passarão por uma reciclagem, recebendo treinamento e o acompanhamento de um
supervisor. Caso o funcionário após essa reciclagem não consiga atingir a meta
novamente, será desligado da empresa.
Após a implementação do ERP na empresa e do treinamento dos funcionários
28
chaves, haverá um período de seis meses de adaptação, para que os funcionários
sejam introduzidos ao novo sistema. Nesse período o sistema de metas da empresa
será interrompido, porém as avaliações de desempenho continuarão a funcionar
para que sejam encontrados possíveis funcionários sobressalentes que não se
adaptaram ao novo sistema. Os funcionários que não se adaptarem ao sistema novo
serão desligados e substituídos.
Também com a chegada do ERP, o RH terá o desempenho de seus
funcionários controlado e atualizado diariamente. Na ficha de desempenho de cada
funcionário deverá ser contido o nome, função, setor, data de admissão, meta a ser
alcançada e desempenho. Assim poderá facilitar na hora de descobrir quando um
funcionário deixou de produzir para alcançar a meta. Esses registros de metas
diários serão armazenados para poderem ser feitas medidas preventivas e até
mesmo novas estratégias para aumentar a produtividade de cada funcionário.
Figura 10: Avaliação de Desempenho
Fonte: Negocio. Disponível em <http://images.negociol.com/212005_w640_h640_rh.bmp> Acessado
em 04 de Junho de 2015.
4.3.2. Treinamento
O RH será responsável por escolher os funcionários chaves que receberão os
treinamentos e disseminarão o conhecimento para os demais de seu setor. O
treinamento será feito dentro da própria empresa em um local designado pela área
29
administrativa. Os treinamentos de cada setor serão feitos com uma semana de
antecedência a implantação do sistema em seu setor com o objetivo de minimizar o
tempo de ociosidade e adaptação da empresa.
Cada funcionário treinado para utilizar o sistema deverá voltar ao seu setor e
disseminar tal conhecimento a todos os funcionários. Após a implementação do
módulo do ERP, o RH será responsável por monitorar o progresso e o desempenho
dos funcionários durante os primeiros meses a fim de saber se estão conseguindo
lidar com o novo sistema. Aqueles que não se adequarem ao novo sistema serão
desligados da empresa e serão encontrados novos funcionários para assumirem a
função do anterior.
5. INFRAESTRUTURA
De um modo geral, segundo Francisco (2011), “consiste em um conjunto de
elementos estruturais que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico de um
determinado local”. Ela abrange a TI, telecomunicação, energia, saneamento
ambiental, entre diversos outros.
A empresa XPTO possui sua matriz em Jundiaí – SP, as filiais ficam em
Manaus, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília (Figura 11). Como
pode-se perceber, ela está abrangendo praticamente todos os cantos do Brasil,
atendendo bastante pessoas em suas unidades físicas. Vendendo produtos pela
internet, ela acaba atendendo o país todo.
Com todo esse porte, um ERP bem configurado e customizado acaba
tornando-se mais do que necessário, além também de bons equipamentos de TI e
uma infraestrutura física que garanta todo o seu funcionamento, ajudando no
gerenciamento e em seu planejamento estratégico.
Com isso, boa parte de seus equipamentos de TI será reaproveitada para a
implantação do ERP, que já contava com uma boa infraestrutura para seu site de
vendas e também para diversos sistemas para cada departamento da empresa.
Estes diversos sistemas serão substituídos pelo ERP, que integrará todos os seus
departamentos, modernizando e centralizando toda a gerência de todos os seus
recursos em todas as suas unidades.
30
Figura 11: Mapa com as Filiais da Empresa XPTO
Fonte: Dreamstime. Modificado pelos Autores. Disponível em <http://thumbs.dreamstime.com/z/mapa-
tridimensional-de-brasil-3d-17711388.jpg> Acessado em 17 de Maio de 2015.
5.1. Rede e Equipamentos da Empresa XPTO
Conforme já mencionado, a empresa XPTO possui a matriz em Jundiaí e
possui 6 filiais nas cidades de Manaus, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Porto
Alegre e Brasília. Nas filiais de Manaus, Recife, Porto Alegre e Brasília, o número de
usuários em rede não será superior a 20. Como a filial do Rio de Janeiro possui o
backup do sistema, haverá mais usuários em rede, podendo chegar a 50. Na matriz
como haverá os diversos servidores do sistema, banco de dados, entre outros,
haverá cerca de 250 usuários em rede. Para se entender o funcionamento da rede
da empresa XPTO, precisa-se conhecer alguns conceitos sobre redes e
equipamentos utilizados.
5.1.1. Rede
Basicamente segundo Carvalho (2005), “redes de computadores são
estruturas físicas (equipamentos) e lógicas (programas, protocolos) que permitem
que dois ou mais computadores possam compartilhar suas informações entre si”.
31
Dentre os equipamentos de rede disponíveis tem-se os switches, roteadores, hubs,
entre outros.
A rede de computadores permite o compartilhamento de serviços,
informações, sistemas, internet, entre diversos outros. Empresas que não cuidam e
administram sua rede, está fadada ao fracasso.
5.1.2. Switch
Segundo Brito (2013) o switch (Figura 12) foi “criado principalmente para
resolver os problemas que o hub apresentava, o switch é um equipamento que
apresenta basicamente a mesma função executada de uma maneira diversa”. Numa
rede, o switch repassa as informações diretamente para o destinatário da
mensagem, fazendo uma transmissão ponto a ponto.
O switch é utilizado em topologia estrela e será muito importante para a rede
da empresa XPTO, que utilizará desta topologia.
Figura 12: Switch
Fonte: Globo. Disponível em <http://s.glbimg.com/po/tt/f/original/2013/05/13/switch.jpg> Acessado em
23 de Março de 2015
5.1.3. Roteadores
Roteadores (Figura 13) são utilizados em redes grandes, no caso, ele será
utilizado em todas as unidades, para interligar a rede LAN à WAN. Segundo Alecrim
(2004) “ele é mais inteligente que o switch, pois além de poder fazer a mesma
32
função deste, também tem a capacidade de escolher a melhor rota que um
determinado pacote de dados deve seguir”. Ou seja, ele pode escolher o caminho
mais longo se o mais curto estiver congestionado. Isso acarreta em uma rede mais
rápida.
Figura 13: Roteador
Fonte: RjNetwork. Disponível em <http://www.rjnetwork.com.br/sistema/aplicativo/imgdb/roteador-
cisco-19211323083133.jpg> Acessado em 24 de Março de 2015
5.1.4. Topologia
Topologias de rede segundo Martinez (2010) “descreve como as redes de
computadores estão interligadas, tanto do ponto de vista físico, como o lógico”.
Existem várias topologias, dentre elas a ponto a ponto, barramento, anel, árvore,
híbrida e a estrela.
A topologia estrela será a utilizada pela empresa XPTO em todas as suas
unidades por apresentar diversas vantagens. Esta topologia (Figura 14) é a mais
utilizada hoje em dia, ela possui um ponto central na rede, que repassa as
informações diretamente para o dispositivo destinatário. Este ponto central na rede
geralmente é um switch. De acordo com Paulino (2010), suas vantagens são que a
adição de novos dispositivos na rede é simples e uma falha em um dispositivo não
afeta o restante da rede. A única desvantagem, ainda segundo Paulino (2010) é que
“uma falha no dispositivo central paralisa a rede inteira”.
Por esse motivo, é sempre bom estar atento ao concentrador dessa rede e
seu funcionamento, e em caso de falha, sempre ter um reserva para substituição.
33
Figura 14: Topologia Estrela
Fonte: Pef. Disponível em <http://pef.com.sapo.pt/images/topologia_estrela.jpg> Acessado em 24 de
Março de 2015
5.1.5. Rede WAN
Para o compartilhamento das informações dos serviços, do sistema, banco de
dados, dentre outros de todas as unidades empresa XPTO, faz-se necessário a
utilização de uma rede WAN (Figura 15), também chamada de Rede de Longa
Distância.
Segundo Viavida (2007) “enquanto uma rede local conecta computadores,
periféricos e outros dispositivos em um único prédio ou outra área geográfica menor,
uma WAN permite a transmissão dos dados em distâncias geográficas maiores”.
Este serviço é contratado da operadora de comunicação, e será essencial para a
empresa XPTO trocar informações entre todas as suas unidades.
Figura 15: Exemplo de Rede WAN
Fonte: FEUP. Disponível em <http://paginas.fe.up.pt/~mgi97018/chap1/fig1_3.gif> Acessado em 24 de
Março de 2015
34
5.1.6. Servidores
Servidores (Figura 16) é um computador mais potente que um comum, eles
foram feitos pra trabalhar sem parada e com grande carga de trabalho. Na rede eles
compartilham, serviços, sistemas, banco de dados, informações, entre outros.
Segundo a Dell (2014) “os servidores também oferecem ferramentas de
gerenciamento remoto, o que significa que um membro da equipe de TI pode
verificar o uso e diagnosticar problemas de outro local”.
Na matriz ficarão 6 servidores, sendo o de banco de dados SQL, aplicações e
o ERP, internet, e-mail, arquivos e impressão. Na filial do Rio de Janeiro, haverá um
site (local) com um servidor e equipamentos especialmente para fazer o back-up do
banco de dados do sistema ERP de Jundiaí, haverá também um servidor para os
arquivos desta unidade. Nas outras filiais, também haverá um servidor de arquivos
para cada uma.
A empresa XPTO não usará seus antigos servidores para uso na matriz e no
site de back-up, decidiu investir pesado na aquisição de novos, isto porque o banco
de dados possui o tamanho de aproximadamente 100 GB, e o número de transações
diárias é de cerca de 2.500.
Figura 16: Exemplo de Servidor na Rede
Fonte: Dell. Disponível em
<http://i.dell.com/sites/content/business/smb/sb360/en/PublishingImages/server-based-network.jpg>
Acessado em 25 de Março de 2015
35
5.1.7. Funcionamento da Rede da Empresa XPTO
Basicamente, através da rede WAN, todas as unidades da empresa XPTO
terá acesso aos servidores que ficam na matriz, na filial do Rio de Janeiro terá um
site especialmente para fazer back-up do sistema ERP da matriz.
Em todas as unidades, exceto a do Rio de Janeiro e na matriz em Jundiaí, o
número de usuários em rede não passará de 20, portanto será uma rede pequena
utilizando-se da topologia estrela com apenas um switch. Em Jundiaí, o número de
funcionários com acesso ao sistema será de cerca de 250 pessoas, neste caso,
haverá a divisão da rede em sub-rede, uma por setor. Todas as sub-redes utilizarão
a topologia estrela, se interligando todas no final.
Na filial do Rio de Janeiro, a rede também se dividirá em duas sub-redes, uma
para os funcionário, que são cerca de 50, e outra para o site de back-up, onde
haverá o servidor especialmente para isso. Cada unidade da empresa XPTO já está
preparado para um crescimento de 50% para os próximos 5 anos, tanto em espaço
como em equipamentos. Tanto os servidores para o sistema, como para o backup
adquiridos são robustos e também estão preparados para o aumento da carga de
trabalho.
5.2. Internalização x Terceirização
Antes de decidir pelo desenvolvimento interno ou terceirizar a implantação do
ERP, o gestor em TI da empresa XPTO se reuniu com a diretoria para debater entre
as vantagens e desvantagens de cada um. Entre as vantagens de se utilizar
empresa terceira para realizar algum processo na empresa, segundo Infonova
(2014) é porque “permite à empresa centrar-se nas questões mais importantes
dentro da organização”. Desta forma, as empresas tem mais tempo e recursos para
se dedicar a outras atividades. Como desvantagem, no caso do ERP que já é
desenvolvido por outra empresa, ele não se integraria 100% com todos processos
da empresa, tendo que os processos se adequarem ao sistema. No
desenvolvimento interno, se bem desenvolvido, ele se integraria totalmente.
Após várias reuniões, a empresa XPTO optou por terceirizar a implantação do
sistema ERP, porque o desenvolvimento interno levaria muito tempo e consumiria
36
muitos recursos. Uma consultoria bem conceituada no mercado foi contratada para a
tarefa de implantação, essa empresa possui funcionários experientes e estudarão
junto com o gestor em TI todos os processos da empresa XPTO para a
customização do ERP, para que atendam às suas necessidades o máximo possível
e para que sua implantação seja rápida.
5.3. SLA
O Wikipédia (2011) nos informa que SLA ou ANS (Service Level Agreement,
Acordo de Nível de Serviço no português) é o acordo onde é descrito e firmado o
serviço em TI, metas desse nível de serviço e outras responsabilidades envolvidas
com o acordo que beneficia outras áreas da empresa, desde a área de TI ao seu
cliente interno.
Esse acordo deve ser revisado para que se certifique que está adequado às
necessidades dos negócios da empresa. Também deve ser abordado para os
requisitantes e interessados em qualquer serviço da TI e é claro, aos líderes da área
de TI, isso segundo a ABNT NBR ISO/IEC 20000-1.
O Acordo de Nível de Serviço para o ERP da empresa XPTO com a empresa
de consultoria que fará a implantação do sistema, foi estabelecido em 99,95, ou seja,
ele tem que estar funcionando pelo menos 99,95% do tempo. Isso foi estabelecido
para manter todo o ERP em atividade e online, pois se o mesmo estiver fora de
serviço, afeta todas as áreas da organização. Outro motivo foi pela importância de
todo o controle e gerência dos serviços gerais da empresa.
A forma de medir o nível de serviço será através dos chamados abertos,
impactos dos problemas, se ocorrerem, entre outros. Tudo isso estará no contrato,
prevendo até multas em casos do não cumprimento do acordo estabelecido. Quanto
à manutenção dos equipamentos de TI dentro da empresa, o próprio setor de TI se
encarregará dessa tarefa, para que tudo funcione da maneira que se espera.
5.4. CRM
Segundo Wenningkamp (2009) o CRM (Customer Relationship Management)
“é um termo usado para o gerenciamento do relacionamento com o cliente ou ainda
um sistema integrado de gestão com foco no cliente, que reúne vários
37
processos\tarefas de uma forma organizada e integrada”. Aplicando o CRM, a
empresa XPTO pode antecipar a necessidade de seus clientes, podendo traçar
melhor sua estratégia de crescimento no mercado.
O CRM pode ser dividido em 3 partes, em operacional, analítica e
colaborativa. Ainda de acordo com Wenningkamp (2009) a operacional “visa os
canais de relacionamento, mas exatamente a criação de canais de vendas.” Na
analítica, as informações obtidas são analisadas para que se identifique a
necessidade dos mesmos. E por fim tem a colaborativa, onde através da interação
com os seus clientes, obtêm-se valor dele.
Na empresa XPTO, haverá canais de atendimento para que os clientes
possam deixar suas reclamações, pedidos e sugestões. Através deste meio, o
cliente poderá resolver quaisquer problemas que possam ter ocorrido. Depois, todas
as informações geradas serão analisadas, para que a empresa XPTO veja quais
estratégias de mercado não estão funcionando quais estão. Desta forma, os erros
serão corrigidos e novos planos serão traçados, para que a organização alcance
suas metas.
6. FINANÇAS DO PROJETO
6.1. Investimento do Projeto
O investimento inicial para o projeto de implantação do ERP será de R$
67.363,90. A tabela a seguir mostra os custos que a empresa XPTO terá para a
implantação do ERP. Como ela já possuía uma infraestrutura com redes,
computadores, sistemas operacionais, servidores, entre outros, o custo com a
aquisição de novos equipamentos será relativamente baixo. O preço maior ficará por
conta da aquisição e implantação do sistema ERP pela consultoria especializada.
Equipamentos e Serviços Quantidade Valor Total
Servidor HP ProLiant ML310e 7 R$ 1.999,90 R$ 13.999,30
Drive RDX para Back-up 2 R$ 1.214,10 R$ 2.428,20
Cartucho de Back-up RDX 1 TB 4 R$ 1.484,10 R$ 5.936,40
Implantação e Consultoria do ERP 1 R$ 45.000,00 R$ 45.000,00
Total
R$ 67.363,90
38
6.2. Fluxo de Caixa do Projeto
A tabela seguir mostra o fluxo de caixa com a implantação do ERP contando
com uma vida útil para o sistema e equipamentos de 5 anos, claro que após este
tempo os investimentos para manter o ERP ativo serão muito inferiores. No primeiro
ano do projeto o valor de entrada será menor, pois nos primeiros meses os
funcionários ainda não estarão familiarizados com o sistema. Para os próximos anos
espera-se um crescimento devido à todos os benefícios que o ERP trará e ao
planejamento estratégico. Com essa tabela foi calculado o Payback, Valor Presente
Líquido e a Taxa Interna de Retorno, com o objetivo de verificar a viabilidade deste.
Ano Valor
0 -R$ 67.363,90
1 R$ 34.630,00
2 R$ 45.536,52
3 R$ 56.695,32
4 R$ 60.045,60
5 R$ 69.253,50
6.3. Payback do Projeto
Para o Payback, de acordo com a tabela de fluxo de caixa, o projeto se paga
em aproximadamente 1 ano e 8 meses. Este cálculo não levou em consideração o
valor do dinheiro no tempo, mas deu uma noção da viabilidade do projeto. Este
tempo de retorno a empresa XPTO considerou aceitável para a implantação do ERP.
6.4. Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno
O VPL (Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno) do projeto
levou em consideração uma taxa de desconto de 15%. Com os cálculos realizados
por uma calculadora financeira o VPL ficou igual a R$ 103.221,88 e a TIR em
61,63%. Com estes cálculos a empresa XPTO percebeu que o projeto era bem
viável, pois a TIR é maior que os 15% de desconto e o VPL maior que 0. Sendo
assim, continuou com o andamento da implantação.
39
7. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI
Conforme foi afirmado e evidenciado pelo autor Rezende (2002) em um
artigo, “as organizações estão enfrentando um mercado competitivo, globalizante e
turbulento, elas necessitam de informações oportunas e conhecimentos
personalizados, para efetivamente auxiliar a sua gestão de forma inteligente”. Para
isso necessita-se de uma integração dos planejamentos estratégicos empresariais e
o TI (setor responsável pela tecnologia da informação), fazendo assim com que
trabalhem de forma alinhada e com o mesmo objetivo e crescimento em todos os
sentidos da empresa.
7.1. Business Inteligence
O BI (Business Inteligence), nada mais é que estratégias para o crescimento
da empresa através de análises de dados da mesma, como por exemplo, venda total
do mês, tempo de produção, local de maior demanda entre outros, organizando
assim, dados para que gerem novos modos e aplicações para o mercado, para
determinada empresa.
A XPTO, visando um estudo maior de suas vendas, após o termino da
implantação do sistema, decidiu fazer uma filtragem de todos os dados relacionados
a vendas encontrados no ERP, decidindo assim, realizar um fechamento mensal das
mesmas para saber quais são os pontos fortes de demanda, qual o produto que gera
mais lucro, e onde é mais interessante investir.
Com isso, gerou-se um alinhamento entre o Planejamento Estratégico
Empresarial (PEE) e o Planejamento Estratégico em TI (PETI), que como
consequência, de acordo com as análises, poderá ser obtido 50% de crescimento
para os próximos 5 anos, pois será investido em todas as filiais, aumento de
funcionários e em outras áreas que além de promissoras, tinham poucos
representantes comerciais, como no Norte e Nordeste. Para o crescimento físico, a
empresa XPTO já tem esse espaço disponível, sendo necessário apenas construir.
A organização, com implantação do ERP espera também um bom
crescimento na agilidade em separação de pedidos, pois a parte de “baixa de
pagamento” no sistema, era um pouco deficiente, o que dificultava a logística, pois
40
um produto não pode sair da empresa sem antes ser pago e esse pagamento
constar no sistema, então foram personalizados os processos que envolvem o
mesmo no ERP, diminuindo boa parte desse atraso.
Para que o BI possa ser utilizado, é necessário criar um Data Warehouse ou
um Data Mart, que nada mais é do que um local de armazenamento de dados da
empresa, para que possam ser feitas novas estratégias e politicas dentro da mesma
A XPTO utiliza como modelagem do Data Warehouse o modo MDD
(Modelagem Multidimensional e Metadado), que é um modo de enxergar a
informação como um cubo, podendo assim extrair mais detalhes das informações,
selecionando as faces desejadas, como por exemplo, quais produtos estão, ou
estavam em promoção num determinado período e etc.
8. SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES
Segundo Maia (2013) a segurança da informação vai muito além de
vulnerabilidades em sistemas, invasão por hackers, entre outros. A pessoa
responsável pela segurança da informação de sua empresa deve ficar atento
também a processos, pessoas, ambientes e tecnologia. Não adianta nada ter bons
antivírus, firewall bem configurado se um usuário guarda sua senha em um local
acessível por exemplo. É necessário ter uma política de segurança da informação.
Na segurança da informação, os três princípios básicos (Figura 17) devem ser
mantidos, são eles a confidencialidade, integridade e disponibilidade, também
conhecidos como tripé. Esse tripé é importantíssimo para a empresa XPTO, pois no
ERP e na rede passarão informações confidenciais, que nem todo funcionário pode
ter acesso.
De acordo com Maia (2013) a confidencialidade “é um conceito no qual o
acesso à informação deve ser concedido a quem de direito, ou seja, apenas para as
entidades autorizadas pelo proprietário ou dono da informação”. Basicamente, a
informação só pode ser acessada por quem tem autorização.
“Já o conceito de Integridade está ligado à propriedade de manter a
informação armazenada com todas as suas características originais estabelecidas
pelo dono da informação, tendo atenção com o seu ciclo de vida” (MAIA, 2013).
Desta forma, a informação não pode ser alterada de forma indevida e nem
41
falsificada.
Por último temos a disponibilidade que, de forma simples, como afirma Maia
(2013), a informação deve estar disponível sempre que necessário. Isso para os
usuários autorizados, é claro.
Figura 17: Princípios da Segurança da Informação
Fonte: Blog de Segurança da Informação. Disponível em
<http://segurancadainformacao.modulo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/seguranca-da-
informacao1.png> Acessado em 25 de Março de 2015
8.1. Gestão de Riscos
Como em qualquer empresa, grande ou pequena, a empresa XPTO sofrerá
riscos com suas informações, estes precisam ser analisados para que soluções
sejam encontradas. Estas soluções podem ser em softwares, políticas ou outros,
tudo isso é necessário para que os riscos sejam eliminados, ou reduzidos na medida
do possível.
Segundo Gaivéo (2007), algumas etapas precisam ser seguidas na análise e
gestão dos riscos, estas são a identificação de recursos críticos, identificação de
vulnerabilidades, determinação de perdas e danos, classificação dos riscos e
aceitação do risco caso ele seja considerado aceitável.
A norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013, de acordo com a ABNT (2013)
“fornece diretrizes para práticas de gestão de segurança da informação [..] incluindo
42
a seleção, a implementação e o gerenciamento de controles, levando em
consideração os ambientes de risco da segurança da informação da organização”. A
empresa XPTO utilizará esta norma como guia, a fim de criar políticas na empresa e
reduzir os risco ao mínimo aceitável.
8.2. Política de Segurança da Informação
Segundo Basto (2015) a Política de Segurança da Informação “é um
documento que registra os princípios e as diretrizes de segurança adotado pela
organização”. Este será elaborado com todo o cuidado, baseado na norma ABNT
NBR ISO/IEC 27002:2013 para ser cumprido por todos os funcionários da empresa.
Depois do documento elaborado, passará para a diretoria, depois de aprovado, será
implantado.
Este documento será revisado periodicamente, para que não fique
ultrapassada, desta forma, novas tecnologias poderão ser implementadas e também
novas práticas para redução de riscos.
Entre as diversas práticas que estarão no documento tem a troca de senhas
periodicamente, as senhas deverão ser fortes e pessoais, em hipótese nenhuma a
senha poderá ser passada para outra pessoa, mantendo a confidencial. Haverá uma
reunião para que haja a conscientização para que os funcionários tenham ciência da
importância da informação.
Todos os funcionários e principalmente a alta diretoria serão conscientizadas
a respeito da engenharia social, onde através de técnicas de persuasão e
espionagem, pessoas com má intenções conseguem acesso a informações
privilegiadas.
Além dessas práticas, ex-funcionários terão suas senhas bloqueadas, haverá
controle de acessos e toda a atividade no sistema ERP será monitorada. Para os
funcionários que possuem e trocam informações altamente sigilosas, como novos
produtos e projetos, entre outros, os documentos e e-mails terão que ser assinados
digitalmente, evitando assim fraldes e mantendo autenticidade. No documento da
política de segurança da informação, haverá além dessas, diversas outras práticas
que deverão ser seguidas.
43
8.3. Auditoria de Sistemas
A auditoria de sistemas, de acordo com Fonseca (2012) tem como objetivo
verificar o ambiente computacional, identificando problemas potenciais de segurança
da informação em suas práticas.
No processo de auditoria de sistemas segundo MSBrasil (2012), leva-se em
conta “todo o ambiente envolvido, como equipamentos, centros de processamento
de dados, software de entradas e processos de informação, controles, arquivos e
segurança”. Desta forma toda a política de segurança da informação, as práticas,
sistemas, equipamentos e toda tecnologia envolvida na proteção das informações
passam por avaliação, a fim de verificar se estão de acordo com as normas.
A empresa XPTO passará pela auditoria, a fim de verificar se seu sistema
ERP está de acordo com as normas de segurança da informação e também todos os
seus outros processos internos. Como já foi afirmado anteriormente, a informação é
o bem mais precioso da empresa, e com a empresa XPTO isso não é diferente.
8.4. Back-up
O back-up é importante para a segurança da informação, pois como diz
Almeida (2012) “um bom plano de backup minimiza o downtime (tempo de
indisponibilidade do serviço ou sistema), minimiza a sobrecarga e diminui a
ocorrência de perda de dados”. Pensando nisso, a empresa XPTO designou a filial
do Rio de Janeiro para contar com um site especialmente para fazer back-up do
banco de dados do ERP da matriz.
No site de back-up da empresa XPTO, haverá um servidor especialmente
para esta tarefa, ele contará com dois drives RDX (Figura 18) para que também
possa copiar os dados para um cartucho com esta tecnologia. Estes cartuchos,
segundo RDX (2014) “se comporta como um hd externo, entretanto não possui as
desvantagens destes”. Eles possuem as vantagens da fita e as vantagens do disco,
são resistentes, trabalham em baixas e altas temperaturas, e também possuem
proteção contra eletricidade estática.
O servidor que ficará no site do Rio de Janeiro fará periodicamente a cópia do
banco de dados do sistema da matriz e também realizará a cópia para o cartucho
44
RDX. Diariamente, um técnico em informática trocará os cartuchos e os guardará em
locais seguros. Caso houver a necessidade da restauração do back-up, poderá ser
feito através do servidor, ou caso ainda der problema no servidor, será possível
restaurar pelo cartucho RDX. Desta forma, a integridade e a disponibilidade dos
arquivos são mantidas.
Figura 18: Drive com Cartuchos RDX
Fonte. BackupWorks. Disponível em
<http://www.backupworks.com/productimages/rdx/rdx_bundle1.jpg> Acessado em 29 de Maio de
2015.
8.5. Segurança da Informação na Empresa XPTO
De forma resumida, a empresa XPTO cuidará para que a os 3 pilares da
segurança da informação, que são a disponibilidade, confidencialidade e integridade,
estejam funcionamento. A empresa fará a gestão dos riscos, análises,
monitoramento, back-up e elaboração da política de segurança da informação, após
isso passará pela auditoria para verificar se aplicação das práticas está correta e de
acordo com as normas.
A empresa XPTO também elaborará um plano de contingência, também
chamado de plano de continuidade de negócios, para recuperação dos desastres
que possam ocorrer, sejam de ameaças de ordem natural, física, hardware,
software, armazenamento, comunicação e humana.
Para que a restauração do desastre seja rápida e sem muitos problemas, de
acordo com Nascimento (2014) o plano precisa ser “bem documentado com uma
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escrita bem simples para facilitar o entendimento de quem executa”. Desta forma,
cada funcionário saberá o seu papel na hora em que o desastre ocorrer. Como
exemplo do que estará no plano de contingência estão os procedimentos para a
restauração do back-up do site do Rio de Janeiro. A empresa XPTO está tratando
com seriedade o quesito de segurança de informação, pois sabe da sua importância.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto teve como finalidade implantar um sistema integrado ERP na
empresa XPTO, que através dele integra o gerenciamento da matriz em Jundiaí e
em suas 6 filiais (Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus e Brasília).
Com a implantação, suas lojas físicas e a loja online tem interação total, estão
disponíveis em tempo real e todos os seus departamentos integrados.
O diagrama de casos de uso da UML e o MER foram utilizados para modelar
esse sistema ERP. Dentro do sistema, os módulos de finanças, vendas e recursos
humanos, estão ativos. O módulo de finanças toma conta da parte monetária da
empresa como o fluxo de caixa, contas a pagar e receber, entre outros. As vendas
gerencia pedidos de clientes, estoques, preços e assim por diante. E por fim os
recursos humanos tem a finalidade de administrar os colaboradores da companhia
desde cadastros até desempenhos dos mesmos.
E para o bom funcionamento desse sistema, é necessário ótimos
equipamentos de TI, na qual a empresa XPTO reutilizou alguns e adquiriu outros,
isso garante seu gerenciamento e seu planejamento estratégico. A topologia
utilizada nas unidades da empresa foi a estrela, por ter muitas vantagens e ser bem
utilizada juntamente com a rede WAN, onde todos tem acesso ao banco de dados
da matriz. E para garantir total segurança das informações os três princípios básicos
(confidencialidade, integridade e disponibilidade) será mantido na XPTO, pois na
rede trafega informações confidenciais, que muitos colaboradores não podem ter
acesso. E para ajudar na segurança, será feita back-ups, gestões de ricos, análises
e monitoramento.
A implantação desse sistema mostra-se como uma boa tomada decisão, pois
assim sendo, seu gerenciamento será otimizado, centralizado e obtêm-se assim um
amplo controle das informações, e com base nesses dados e tomadas de decisões
conscientes, elabora-se ótimos planejamentos estratégicos de negócios para
benefícios próprios de crescimento e é claro, para atender as necessidades dos
clientes.
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