passearsente a natureza
byNº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)
Vila de ReiSentir a Natureza
BTTParque Natural do Guadiana
GRANDE ROTADA SERRA DAS
MESAS À SERRA DA GATA
DESTINOCASTELO
DE ANSIÃES
PasseioJardins de Lisboa
ASSINATURA ESPECIAL NATAL
veja p. 52
Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987
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Capa Fotografia Vila de Rei(pág. 20)
Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net
Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....
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Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]
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Contamos consigo. Ofereça uma assinatura da revista PassearPorque estamos numa época natalícia a revista Passear lançou uma campanha de oferta de assinaturas (ver pág.52). É importante para as revistas o suporte dos seus leitores e a assinatura é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do projeto editorial.
Nesta edição publicamos duas crónicas muito interessantes de dois novos colaboradores. Na área do pedestrianismo, José Callixto através de uma escrita muito visual narra-nos a sua experiência e de mais um grupo de caminheiros na Grande Rota, da Serra das Mesas à Serra da Gata.Em BTT, mas com uma forte vertente turística, 4 Companheiros do Colinas Bike Tour foram pedalar, durante três dias, pelo Parque Natural do Guadiana. Nesta edição publicamos o primeiro dia desta aventura.Passámos 5 dias em Vila de Rei a descobrir o seu potencial de Natureza e, nesta edição, apresentamos, de uma forma sintética, o que descobrimos pois, em posteriores edições, iremos desenvolver o tema de Vila de Rei.Boa leitura e não deixe de nos apoiar com a Oferta de uma Assinatura a quem mais gosta.BOM NATAL E UM BOM ANO NOVO SEMPRE EM CONTACTO COM A NATUREZA.
14Edição Nº.20
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Sumário
04 Atualidades14 Equipamentos20 Vila de Rei28 Caminhada Grande Rota40 Crónica BTT Guadiana52 ASSINATURA PASSEAR54 Destino Castelo de Ansiães68 Passeio Jardins de Lisboa
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Caminhos de Fátima, novo Caminho do Mar
Centro Nacional de Cultura e autarquias assinaram, no passado dia 28 de Novem-bro, um protocolo para a idealização e sinalização do Caminho do Mar que ligará Cascais ao Santuário de Fátima.Em Cascais passará a iniciar-se o Caminho do Mar, percurso que vai envolver também os municípios de Sintra, Mafra, Torres Ve-dras, Bombarral, Óbidos, Caldas da Rain-ha, Alcobaça, Porto de Mós, Batalha e Ou-rém. A partir daqui, serão assinalados com setas azuis e marcos, caminhos pedonais seguros até ao destino final dos peregri-nos: Fátima ou Santiago de Compostela. “Trata-se de um percurso de aproximada-mente 150 quilómetros, por caminhos de terra e algumas estradas secundárias, pas-sando por onze concelhos”, disse à Lusa Lourenço de Almeida, da direção do Cen-
tro Nacional de Cultura e responsável pelo projeto Caminhos de Fátima.O projeto Caminhos de Fátima foi orien-tado inicialmente pelo arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, antigo presidente do Centro Nacional de Cultura, estando já sinalizados o Caminho do Tejo, com início em Lisboa, o Caminho do Norte, com iní-cio em Valença passando pelo Porto e Co-imbra, e o Caminho da Nazaré, num total de cerca de 500 quilómetros.Ao identificar estes percursos pedonais mais seguros pretende-se encaminhar os milhares de pessoas que peregrinam a pé para Fátima e para Santiago de Composte-la, todos os anos e ao longo de todo o ano, para zonas pedonais mais seguras, longe das estradas onde o perigo e acidentes es-preitam a cada quilómetro.
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Algarve e Alentejo com ações de promoção conjuntasO Turismo do Algarve e o Turismo do Alentejo vão realizar ações de promoção em conjunto a partir do próximo ano, no âmbito de uma parceria que tem por obje-tivo aproveitar sinergias e estratégias co-muns às duas entidades regionais.A criação de um guia de ecoturismo, bird-watching e percursos de natureza e de BTT no parque natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e no parque natural do Vale do Guadiana e a realização do Festi-val das Gastronomias Mediterrânicas, em Lisboa, são duas das principias iniciativas acordadas entre os dirigentes daquelas entidades.A presença de stands promocionais do Al-garve e do Alentejo nos principais eventos das duas regiões, assim como a existência de informação sobre a oferta de ambos os
territórios nos postos de turismo também fazem parte da parceria.«É fundamental aproveitar as sinergias e o potencial dos dois territórios. O Alentejo e o Algarve, pela proximidade geográfica e complementaridade da oferta turística, têm muito a ganhar com uma estratégia de promoção conjunta», explica o responsável pelo Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva.Para o presidente do Turismo do Algarve, «a parceria entre as duas regiões é impor-tante tanto numa lógica de continuidade territorial e de convergência de interesses, como no desenvolvimento turístico e pro-jeção dos destinos dentro e fora do País», conclui Desidério Silva.
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O evento terá lugar dia 16 de Dezembro, na cidade do Porto e será organizado pela FPCUB e pelo Clube de Bicicletas do Porto.O objetivo do Festival é a angariação de géneros alimentares para uma instituição de solidariedade que irá estar presente no dia. Os participantes deverão oferecer alimentos não perecíveis (por exemplo: enlatados, arroz, massa, leite, etc.) entregando-os neste dia à organização.Será um festival solidário com muita animação, com um encontro de bicicletas antigas e um passeio para todas as bicicletas. Haverá ainda animação de rua.
Festival da Bicicleta Solidária no Porto
Na edição 19 da revista Passear cometemos uma imprecisão na notícia “Seminário Rotas & Percursos Culturais”. O estudo referido é de autoria de Pportodosmuseus e não da Fundação da Juventude.
Correção
Com Eduardo Salavisa no dia 05 de janeiro 2013Esta “viagem” terá como suporte um instrumento muito simples (back to basic): o Diário Gráfico ou de Viagem.Eduardo Salavisa entende-o como um caderno de pequenas dimensões, portátil, onde se registam apontamentos desenhados sobre o que nos rodeia ou sobre o que vamos refletindo, incentivando-nos a sermos mais observadores, a dese-nharmos mais sistematicamente e, em consequência, a sermos mais criativos.Ter o hábito de transportar este tipo de caderno faz com que o nosso quotidiano se possa transformar numa viagem e o inverso, isto é, numa viagem prestamos mais atenção a pormenores do quotidiano. Para mais informações:
Desenhar no Diário de Viagem, no Mosteiro de Tibães
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Presépio de rua em Monsaraz
Presépio de Rua com novas figuras em tamanho real regressa à vila medieval de Monsaraz e vai fazer alusão à vitivini-cultura e à olaria. O Presépio de Rua com figuras em tama-nho real vai regressar no sábado, dia 1 de dezembro, à vila medieval de Monsaraz. A inauguração realiza-se às 17h e o pre-sépio poderá ser apreciado até ao dia 6 de janeiro.O Presépio de Rua terá 46 figuras e vai estar distribuído pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo, local onde haverá uma choupana com a manjedoura e o conjunto principal, a Virgem, São José e o Menino. A autora do Presépio, a escultora Teresa Martins, criou mais três figuras este ano, nomeadamente um cavalo puro-sangue árabe com um guarda montado que estará à entrada de Monsaraz, uma figura femini-na que ficará junto a uma talha e que será
enquadrada numa área onde será feita uma alusão à vitivinicultura e à olaria, e uma ra-pariga com um cesto no braço que integrará o elenco.Monsaraz vai receber a representação da Natividade com este presépio formado por figuras construídas a partir de grandes es-truturas de ferro e rede recobertas por panos de cor crua, impermeabilizados e tratados para o efeito, com as caras e as mãos fei-tas em cerâmica. Este ano todas as figuras foram novamente pintadas com tons pastel, rosa velhos e lilases. Pelo décimo terceiro ano consecutivo, o Município de Reguengos de Monsaraz apresenta esta iniciativa de promoção turís-tica com méritos firmados e elevada cria-tividade no domínio da animação temática de conjuntos históricos. Todas as figuras vão estar iluminadas, resultando num efeito visual apreciável para os visitantes que se deslocarem à vila histórica durante a noite.Os milhares de turistas que se deslocam a Monsaraz durante esta época do ano po-dem fazer um percurso pelas ruas históricas “acompanhados” pelas figuras que repre-sentam a Natividade, como os Reis Magos, os guardas do castelo, o pastor, a lavadeira, a fiadeira e o almocreve. Em cada ano, as figuras são colocadas noutros locais da vila medieval, atribuindo-lhes um sentido dife-rente.
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Fortificações de Elvas inscritas na lista do Património Mundial pela UNESCOPor decisão tomada na 36ª sessão do Comité do Património Mundial, reunido em São Petesburgo, na Rússia, foram ins-critas na Lista de Património Mundial as Fortificações de Elvas, na categoria de bens culturais.Fundadas no reinado de D. Sancho II e construídas sobre uma estrutura muçul-mana, foram incluídas na Lista Indicativa do Património Mundial da UNESCO em 2009.A candidatura das fortificações abrangia vários monumentos - os fortes de Santa Luzia, do século XVII, e da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira.Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois
quilómetros a norte da cidade de Elvas, cons-titui um dos símbolos máximos das for-talezas abaluartadas em zonas fronteiriças.O conjunto de fortificações de Elvas é o maior do mundo na tipologia de fortifi-cações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de cerca de 300 hectares.O Comité do Património Mundial inscreveu nesta 36ª sessão 26 novos sítios na Lista do Património Mundial, no ano em que se comemora o 40º aniversário da Convenção para a protecção do património cultural e natural. As 26 novas inscrições incluem 5 sítios naturais, 20 culturais e um misto, per-fazendo actualmente a lista um total de 962 bens. O número de países com património mundial cresceu para 157, com a inscrição de sítios no Chade, Congo, Palau e Palestina.Fonte: IGESPAR
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Conclusão do Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves O Grupo de Trabalho Interministerial, co-ordenado pelo IMTT, concluiu e apresentou ao Governo o projeto de “Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves 2013-2020”. Este Grupo foi constituído na sequên-cia da Resolução da Assembleia da República n.º 3/2009, pelo Despacho Interministerial n.º 11125/2010 e integra vários organismos da administração pública central do Estado, em representação dos Ministérios da Econo-mia e do Emprego, do Ambiente, do Mar, da Agricultura e do Ordenamento do Território, da Educação e Ciência, da Saúde e da Ad-ministração Interna, e também a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Asso-ciação Nacional de Freguesias e o Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.No início dos trabalhos beneficiaram da par-ticipação pública, com audições de entidades-chave (stakeholders) em diferentes áreas de intervenção: municípios, operadores de transporte, associações de utilizadores, or-ganizações não-governamentais e entidades ligadas à mobilidade, indústria e inovação e através do lançamento de um questionário
online aberto a todos os cidadãos.A promoção de meios de transporte mais sustentáveis constitui a grande motivação e o principal desafio do projeto de Plano e inscreve-se num novo paradigma de mo-bilidade que tem em vista combinar o desen-volvimento económico das cidades e vilas e as acessibilidades, transportes e mobilidade, com a melhoria da qualidade de vida.O Plano foi desenvolvido para o período 2013-2020, com a seguinte Visão:Valorizar o uso da bicicleta e o “andar a pé” como práticas de deslocação quotidiana dos cidadãos, integradas no sistema de trans-portes e dando prioridade a critérios de sus-tentabilidade e eficiência económica, ambi-ental e social;Orientar as políticas públicas urbanas para o objetivo da mobilidade sustentável, prote-gendo o espaço público e a saúde e bem-estar dos cidadãos.O sucesso do Plano e a concretização do vasto conjunto de medidas e ações previstas, dependerá do envolvimento, empenho e par-ticipação, a nível nacional e local de elevado número de organismos públicos, de agentes económico-sociais e de cidadãos.O projeto de Plano foi submetido à aprovação do Governo, através das tutelas de todas as entidades que integraram o Grupo de Traba-lho, seguindo-se, os passos necessários à sua validação, em função das orientações go-vernamentais, após o que haverá lugar a um período de consulta pública e de discussão com os stakeholders.Fonte: IMTT
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Castro do Zambujal
Presidência do Conselho de Ministros pro-cede à ampliação da área classificada do «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze» pelo Decre-to n.º 35 817, de 20 de agosto de 1946, e altera a respetiva denominação através do Decreto n.º 28/2012 de 20 de novembroPelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do Governo, de 20 de agosto de 1946, foi classificado como monumento nacional o «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze».Localizado a cerca de 3 km a sudoeste da ci-dade de Torres Vedras e identificado pelo in-
vestigador torreense Leonel Trindade no ano de 1932, o agora redenominado Castro do Zambujal foi alvo das primeiras escavações arqueológicas em 1944 e 1959.A longa história das pesquisas arqueológicas aqui efetuadas e a extensa documentação publicada converteram o denominado Cas-tro do Zambujal num dos mais emblemáticos sítios arqueológicos portugueses, assumindo um papel de revelo para o conhecimento das primeiras sociedades agro metalúrgicas do Calcolítico na Península Ibérica.As fortificações do Castro do Zambujal re-velam especial valor patrimonial, uma vez que evidenciam um excelente estado de con-servação em altura, sendo particularmente representativas das primeiras construções defensivas erigidas em território nacional.
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Foram recentemente identificadas, no topo da elevação, quatro linhas de muralha, edificadas durante o 3.º milénio a. C., registando cinco fases de construção. As pesquisas efetuadas a partir de 1994 fundamentam um alargamento da área inicialmente classificada, ascendendo a um perímetro cinco vezes superiores ao atual. Os limites do bem a classificar incluem a quarta linha de muralhas, intervencionada nas recentes campanhas, bem como áreas de ocupação no sopé da elevação. A área estimada indica que o Castro do Zambujal corresponde a um dos mais extensos povoados calcolíticos da Estremadura.Assim, pelo presente diploma, procede-se à ampliação da área classificada, de forma a passar a abranger um total de cerca de 5 ha e à redenominação do sítio classificado.A ampliação de classificação do Castro do Zambujal tem por base os critérios cons-tantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao valor esté-tico, técnico ou material intrínseco do bem, à conceção arquitetónica, urbanística e pai-sagística, à extensão do bem e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva e à importância do bem do ponto de vista da investigação histórica ou científica.A zona especial de proteção do bem imó-vel cuja área classificada é ampliada pelo presente decreto é fixada por portaria, nos termos do disposto no artigo 43.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro.Foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, previstos no artigo
27.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, de acordo com o disposto nos artigos 100.º e seguintes do Código do Procedimento Ad-ministrativo.Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Consti-tuição, o Governo decreta o seguinte:Artigo únicoClassificação1 — É ampliada a área classificada do «Monu-mento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze», na freguesia de Santa Maria, con-celho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, classificado como monumento nacional pelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do Governo, de 20 de agosto de 1946, passando a abranger uma área total de cerca de 5 ha, incluindo a quarta linha de muralhas interven-cionada nas recentes campanhas e as áreas de ocupação no sopé da elevação, conforme planta de delimitação constante do anexo ao presente decreto, do qual faz parte integrante.2 — O monumento nacional referido no número anterior passa a ser designado por Castro do Zambujal, localizado no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria do Caste-lo e São Miguel (Torres Vedras), concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa.
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Equipamento BásicoApresentamos a proposta de Equipamento Básico para a re-vista Passear de autoria da STrail. A relação preço/qualidade e a utilização não muito agressiva foram as bases da escolha.
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A loja DouroBike foi instalada em Janeiro 2011 na Foz do Douro no Porto e é uma das primeiras lojas do país dedicada a mobilidade urbana, com bici-cletas elétricas, citadinas e de transporte.A aposta do representante em Portugal é nas gamas Fitness e Allround (híbridas) caracteriza-das pela sua fiabilidade e versatilidade. As bicicle-tas das duas gamas são equipadas sempre com dínamo no cubo da roda dianteira, guarda-lamas, luzes e bagageira.Nos modelos temos sistemas de propulsão com velocidades internas (7, 8, 11 ou 14 velocidades) ou c/ velocidades externas entre 24, 27 ou 30 ve-locidades.
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Texto: C.M.V.R. e V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
Vila de ReiUm destino de NaturezaVILA DE REI É NORMALMENTE ASSOCIADO AO CENTRO GEO-DÉSICO DE PORTUGAL MAS, É MUITO MAIS DO QUE ISSO E NOS 5 DIAS QUE LÁ PASSEI DEU PARA DESCOBRIR UM DESTINO DE NATUREZA.
Vila de ReiUm destino de Natureza
21Com o apoio da autarquia de Vila de Rei e de alguns agentes económicos lo-cais passei 5 dias no centro de Portugal à descoberta da sua oferta de Natureza. Sinceramente não fazia ideia do poten-cial que a região oferece no que diz res-peito a percursos de pedestrianismo, BTT, bicicleta de trekking e canoagem.Nesta edição vamos fazer uma apresen-tação sumária da região sendo que, em futuras edições, iremos aprofundar o potencial de Vila de Rei.Quero também prestar o meu agradeci-mento público ao técnico da câmara Bruno Cardoso que me acompanhou durante os dias de estada em Vila de Rei
e foi um guia de excelência devido ao seu conhecimento do terreno complemen-tado por uma forte cultura geral. Ainda na maré de agradecimentos não poderia deixar de mencionar Eduardo Lyon de Castro, proprietário da casa Abrigo, que através da sua simpatia e conhecimento fez-me ver Vila de Rei como um local de grande potencial.
EnquadramEnto histórico
“Em tempos recuados e de acordo com os vestígios mais antigos que existem na área do concelho, terão sido os Celtas e depois os Romanos, os primeiros habi-tantes. Tratando-se contudo de uma zona
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geologicamente muito antiga, onde é possível encontrar com alguma frequên-cia fósseis e outros vestígios pré-históri-cos, é provável que povos muito mais antigos por aqui tenham vivido.Após o nascimento da nacionalidade, a primeira data relevante remete-nos para o foral de D. Dinis, que em 19 de Setem-bro de 1285 cria o concelho de Vila de Rei. Este foral foi mais tarde renovado por D. Manuel I, em 1 de Outubro de 1513. No século XIV, tanto a Ordem dos Templários como a Ordem de Cristo, po-voaram, desenvolveram e defenderam este território.Mais recentemente, no início do século XIX, as terras de Vila de Rei sofreram o impacto devastador das invasões fran-cesas. Em 1950, com a construção da barragem do Castelo de Bode, uma parte
significativa do concelho ficou submersa e com ela, 8 povoações.Os grandes incêndios que deflagraram em 1986 e 2003 devastaram o concelho e consumiram entre outros bens, cerca de 80 % do total da sua área florestal, sendo no entanto a reflorestação já visível.Presentemente o concelho atravessa um surto de desenvolvimento em conse-quência da realização de inúmeras obras públicas, onde se destacam a ponte sobre o rio Zêzere, a variante à EN 2 entre Vila de Rei e Abrantes, e as variadas infraes-truturas educacionais, desportivas, cul-turais, de segurança pública, bem como as obras de requalificação urbana. Dora-vante estão criadas as condições para o desenvolvimento harmonioso e susten-tado do concelho”.
23PErcursos PEdEstrEs
Caminho de Xisto de Água Formosa Distância: 7,5 km – 2h50mNível de Dificuldade: BaixoPercurso circular plano, o Caminho de Xisto de Água Formosa vem aproveitar os antigos trilhos dos moleiros e agricultores, que num passado ainda recente condu-ziam às azenhas e aos nateiros, marginais às Ribeiras da Galega e da Valada. Neste verdadeiro espaço natural, dadas as carac-terísticas de floresta e afloramentos rocho-sos de razoável dimensão, podem encon-trar-se amieiros, choupos, medronheiros, rosmaninho ou aroeira, entre outras espé-cies. Este é também um ótimo local para a
observação de aves ou o encontro com outros animais, como o emblemático guarda-rios ou o tímido esquilo-ver-melho.Durante o percurso, aproveite bem os pequenos relevos e recantos existentes e usufrua ao máximo de uma natureza que convida à sua contemplação.
Rota do Bostelim Distância: 9,5 km – 3hNível de Dificuldade: Baixo
Caminho de Xisto de Água Formosa
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É já perto do final da Ribeira do Boste-lim, na freguesia da Fundada, que se si-tua um Parque de Campismo Rural e uma Praia Fluvial que ostentam o seu nome. É precisamente neste local que tem início a Rota do Bostelim. Percurso pedestre cir-cular, de pequena rota, que acompanha a margem da ribeira do Bostelim, prolon-gando-a depois ao longo da Ribeira da Isna, até à centenária Ponte da Várzea Carreira. A proximidade da água, as som-bras do arvoredo e os vários pontos de interesse ao longo do percurso, tornam a Rota do Bostelim num percurso pedestre de características únicas.O visitante encontrará, ao longo das três horas necessárias para percorrer esta pequena rota, diversos e justificados mo-tivos para se relacionar com este maravi-lhoso espaço natural.
Trilho das BufareirasDistância: 9 km – 3h30mNível de Dificuldade: BaixoO Trilho das Bufareiras é um percurso pedestre linear de Pequena Rota entre Vila de Rei e a Praia Fluvial do Penedo Furado.Com o início a passar pelo cruzeiro de Vila de Rei, onde pode desfrutar de uma vista global sobre a sede do concelho, este percurso leva os visitantes por caminhos antigos até à zona das Bufareiras, carac-
Trilho das Bufareiras
Rota do Bostelim
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terizada por uma paisagem invulgar re-sultante do maciço rochoso envolvente onde se encontram várias cascatas.Este é um dos locais mais emblemáticos e místicos da região e faz parte dos atrativos da Praia Fluvial do Penedo Furado.
Trilho das CascatasDistância: 10 km – 4hNível de Dificuldade: Médio/Alto, com desnível acentuadoPercurso pedestre circular de Pequena Rota, com início e chegada a Vila de Rei. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira do Lavadouro, ribeira do Vale Feito e ribeiro da Vila. A natureza dotou generosamente este percurso, ao permitir com os seus ca-prichos, a formação de várias cascatas nos seus vales rochosos, com recantos e paisa-gens magníficas.O facto de apresentar características dife-renciadas confere um ambiente muito tranquilo e relaxante a este percurso, en-volvido numa paisagem selvagem em que é possível associar o encanto das cascatas com a existência de numerosas aves e uma flora específica.
Rota das ConheirasDistância: 10,7 kmNível de Dificuldade: BaixoPercurso pedestre linear de Pequena Rota, com início na aldeia de Xisto da Água
Trilho das Cascatas
Rota das Conheiras
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Formosa e chegada ao Penedo Furado. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira da Galega, ribeira do Codegoso e ribeira de Codes. Percorrer este trilho é sem dú-vida uma viagem no tempo, ao descortinar as fantásticas belezas naturais (provavel-mente deixadas desde a Idade do Ferro), que serviram de exploração de frentes mineiras de ouro. Ao longo de todo o per-curso avistará vestígios importantes, onde surgem frequentemente amontoados de conhos (seixos) resultantes da exploração de ouro por aluvião, presumivelmente na época romana e anterior.A Rota das Conheiras possui ainda duas variantes ao seu percurso mais comum, situadas nas redondezas da aldeia de Lousa, que permitem aos seus visitantes observar de perto cinco outras conheiras. Ao percorrer o trajeto comum entre Água Formosa e o Penedo Furado, visitando ainda as duas variantes do percurso, o visitante percorre o total de 15,5 km.
Informações úteis
C.M. de Vila de Rei
Praça Família Mattos e Silva Neves 6110-174
Vila de Rei
(+351) 274 890 010 | [email protected]
Turismo | [email protected]
Onde dormir
O Abrigo
Morada: Largo da Capela, Trutas,
6110-156 Vila de Rei
Contacto: Eduardo Moura Lyon de Castro
274 898 642 / 962 783 634
Site: www.opalternativas.com
Onde comer
Churrasqueira Central
Morada: Largo da Devesa,
6110-208 Vila de Rei
Contactos: 960 097 654 / 274 898 565
Albergaria Dom Dinis
Morada: Rua Dr. Eduardo Castro
6110-218 Vila de Rei
Contactos:
tel.: 274 898 066 | Fax: 274 898 024
pass
eio
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Texto e Fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/
CAMINHADAGRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA
CAMINHADAGRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA
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Distância 31,77 KmDificuldade
Duração: 11 horas 25 minutos
Tipo: Linear
Apreciação Geral: Dificuldade média
Elevação máxima: 1 477 m
Elevação mínima: 714 m
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No último dia do passado mês de Ju-nho, trouxe à raia um grupo de aman-tes das longas caminhadas, para uma Grande Rota TransMalcata, entre Foios e a Capela da Sr.ª do Bom Sucesso. Complementámos essa travessia, no dia seguinte, com uma pequena caminhada circular na Serra das Mesas. Como en-tão escrevi, as despedidas foram com a promessa, minha e deles, de um dia voltarem. Como também escrevi... “É este o tipo de pessoas que eu gosto de encontrar, com quem gosto de conviv-er! Gente que dá e recebe, gente que transmite o calor da partilha, gente que transmite o sabor da amizade, gente... que dá sabor à vida! “.E por isso... um dia voltaram...J! Pelo menos alguns deles, acompanhados por alguns estreantes nestas serras. E volta-ram para uma nova grande rota, a unir as Mesas à porção ocidental da Serra da Gata, que iria incluir a subida ao mítico cume do Xálima ... que em Julho lhes tinha feito um “chamamento místico”...
COMO COMEÇOUTal como em Junho/Julho, o projeto nasceu e foi posto em marcha via re-des sociais. E, aos participantes ini-cialmente previstos, na 5ª feira à noite juntaram-se mais três, mobilizados por
uma das participantes no MegaTransect da Estrela, em que participei nos primeiros dias de Setembro. Juntámo-nos assim 14 apaixonados pelos “montes que medem o céu “, 14 amantes “das frias serras onde primeiro o Sol nasceu “.As fragas das redes sociais originam aliás novas e interessantes formas de comuni-cação e de aproximação: dois dos “estre-antes” nestas serras ... só os conhecia vir-tualmente. Mas, tendo vindo mais cedo ... vieram almoçar na minha casa de Vale de Espinho, na 6ª feira! Mais: vieram juntos, da zona do Porto e Vila do Conde ... mas igualmente não se conheciam pessoal-mente, só se conheceram quando se en-contraram para vir J!Quatro dias antes, na 3ª feira 23, fiz um reconhecimento solitário de uma alterna-tiva de acesso ao Xalmas, numa manhã mágica, de Sol, a que se refere as primei-ras fotos deste artigo. E é assim que, às seis e meia da manhã de sábado 27, ainda noite cerrada, nos encontrámos todos jun-to à antiga Escola Primária de Foios, em cuja camarata quase todos ficaram, como em Junho. A primeira parte do percurso fizemo-la portanto acompanhando o lento clarear de um novo dia, subindo a serra em direção à nascente do Côa, por entre um nevoeiro mágico que emprestava um ar místico a toda aquela envolvência serrana.
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Cume do Xalmas, 1492m alt., 23.10.2012 Não, não é uma vista de avião...! Cume do Xalmas, 23.10.2012
Foios, junto ao Côa, 27.10.2012, 7:00h
Sobre a planície de Valverde del Fresno, onde o Sol já clareia
Descendo a encosta das nascentes do Águeda
Llanos de Navasfrias: 8:55h, 1070m alt., 6,6 km Nas Torres das Ellas, em manhã de nevoeiro
E o nevoeiro envolve-nos nos mistérios da Serra das Mesas
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Depois de mais de dois dias de chuva i-ninterrupta ... sábado acordava para nós como um magnífico dia que se viria a mostrar soalheiro!
“…POR ENTRE UM NEVOEIRO MÁGICO QUE EMPRESTAVA UM AR MÍSTICO A TODA AQUELA EN-VOLVÊNCIA SERRANA…”
Com pouco mais de uma hora de marcha e a 1220 metros de altitude, cruzámos a linha de fronteira perto do geodésico das Mesas, a que tínhamos ido em Ju-lho ... para logo a seguir descermos para a nascente do Águeda e para os Llanos de Navasfrias. Estávamos então na es-trada Navasfrias - Valverde del Fresno, com duas horas de caminho e quase 7 km percorridos.Tínhamos agora pela frente a Serra do Espiñazo, cujos cumes rochosos são também conhecidos por Torres das El-las, ou Torres de Fernán Centeno. Torres das Ellas porque de ali se avista a aldeia de Ellas, que, juntamente com as suas aldeias gémeas de San Martín de Treve-jo e Valverde del Fresno, constituem as três aldeias do vale do Xálima, ou d’”A Fala”, conjunto de dialetos mistura de galego, português e castelhano. A outra designação é menos nobre: ao galgar aquelas fragas, por entre o persistente
nevoeiro, quase víamos saltar detrás dos rochedos as hordas de bandoleiros guia-das pelo celebérrimo Fernán Centeno, El Travieso, senhor de Peñaparda, que, do seu castelo de Rapapelo (de que não restam vestígios), assolou no séc. XV grande parte destas terras e tomou os castelos das Ellas e de Trevejo.A Serra do Espiñazo ficou também para sempre ligada à aventura do contrabando. Os seus esporões rochosos esconderam “carregos”, testemunharam perseguições, fugas e mortes, por vezes aliadas a fenó-menos naturais agrestes, como as fortís-simas trovoadas que aqui ocorrem. Em Agosto de 2009, numa caminhada ori-entada por fojeiros bem conhecedores destas rotas, aprendi histórias de barro-cos cortados por um raio, de fontes que guardam tesouros escondidos ... histórias com que agora fui animando e alimen-tando esta manhã, ao longo das Torres das Ellas.Quando o nevoeiro se começou lenta-mente a dissipar, ainda conseguimos ver as povoações estremenhas das Ellas e, principalmente, de San Martin de Treve-jo, bem como, já na encosta ocidental da Serra de Xálima, um dos maiores casta-nhais da Europa, o castanhal de Ojesto, ou de O’Soitu, pertencente à segunda daquelas típicas aldeias serranas.
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Barroco do Raio, Serra do Espiñazo Majadal de los Guijos, 1170m alt.
Castanhal de Ojesto, com San Martín aos pés
Na calçada romana das Ellas ao Puerto de Santa Clara
No “ataque” final ao Xalmas No “ataque” final ao Xalmas
A chegar ao Puerto de Santa Clara, entre o maciço do Espiñazo e o do Xálima
San Martín de Trevejo à vista
Já com quase 17 km nos pés, chegámos ao Puerto de Santa Clara (1024m), na es-trada Payo - San Martín de Trevejo … e tínhamos pela frente o morro imponente do Xalmas, ou Xálima. É o ponto mais alto do ocidente da Serra da Gata (1492m alt.). O "ataque" ao corta-fogo que vence os primeiros 70 metros de desnível (em menos de 400 metros...) foi um teste à re-sistência e um "aquecimento" para a lon-ga subida aos 1492 metros daquele cume "sagrado". A origem etimológica do ter-mo (Xálima, Xálama, Xalmas e outras grafias) parece derivar do deus Xalmas, a divindade pré-romana que habitava es-tas montanhas. Xalmas era o Deus vetão das águas, sendo os vetões parentes dos lusitanos, que habitavam estas terras em tempos pré-romanos.Depois do nevoeiro que nos acompanhou nas Torres das Ellas, o deus Xalmas foi-nos brindando com uma gradual abertura das nuvens. À medida que subíamos ... os céus iam-nos alargando os horizontes!No limite das províncias de Salamanca (Castela) e Cáceres (Extremadura), o cume do Xalmas é o lugar onde se juntam a terra e o céu, altar dos deuses vetões, de onde Xalmas faz brotar as águas que escorrem pelas encostas, precipitando-se por vezes em cascatas e alimentando rios. O vento frio massajava-nos as faces, en-
quanto a vista viajava daquelas alturas num ângulo de 360º. Para norte, esten-dem-se as terras castelhanas e leonesas, percebendo-se ao longe a nossa Serra da Marofa; rodando para nascente, as alturas da Serra da Penha de França e a região de Las Hurdes (a "terra sem pão", de Luis Buñuel); aos nossos pés, o vale de Acebo e a barragem da Cervigona; para lá do vale, a Serra da Gata continua a cordilheira em que nos encontramos, destacando-se bem a Torre Almenara, torre árabe sobranceira à vila de Gata, e percebendo-se mesmo ao longe a serra de Béjar. Contrastando com as monta-nhas, para sul estende-se o vale do Xáli-ma e a planície de Moraleja e Coria, até ao vale do Tejo; e, para lá dele, nos limi-tes do horizonte, avistava-se mesmo a Serra de S. Mamede.Um pouco mais a poente e mais próximo de nós, a Serra de Penha Garcia deixava espreitar por trás o morro de Monsanto. E o vale do Xálima fecha-se, a poente, na Serra da Marvana, continuação na-tural da Malcata; mais longe, as serras da Gardunha e da Estrela completam o quadro, vendo-se também facilmente a Guarda.Um dos companheiros que "mobilizei" para esta "aventura", apaixonado pelo geocaching, deixou a primeira cache
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Bela paisagem
35“…JÁ COM QUASE 17 KM NOS PÉS, CHEGÁMOS AO PUERTO DE SANTA CLARA (1024M)…”
E às 14:30h, com 22 km percorridos, atingimos o cume do Xalmas, ou Xálima: 1492m de altitude
O geocacher que deixou a 1ª cache do Xalmas,
na paisagem da Serra da Gata
existente naquela montanha mágica! Aguardará agora com ansiedade os primeiros registos de outros geocachers.Do cume do Xalmas descemos para sul, sempre à vista dos vales de Acebo, a nas-cente, e de San Martín, a poente. Após uma descida mais abrupta, chegámos ao velho caminho que vem de terras de El Payo, ligando Castela à Extremadura. Ao entrar no magnífico carvalhal que bordeja o Arroyo de los Lagares, o nosso destino apareceu-nos ao fundo, o castelo medieval de Trevejo.Os últimos cerca de 4 km conduziram-nos a esse autêntico museu vivo de arquitetu-ra popular serrana, que é a aldeia medieval de Trevejo.
“…, O CASTELO DE TREVEJO DOMINA A ALDEIA E A ERMIDA DE S. JOÃO BAPTISTA…”
E assim, pelas 17:30h e com um pouco mais de 31 km nos pés, estávamos a entrar na aldeia de Trevejo. Situado no alto de uma atalaia, entre a Serra de Xálima e a planície de Moraleja e Coria, a 750 metros de altitude, o castelo de Trevejo domina a aldeia e a ermida de S. João Baptista. Teve origem árabe, nos séculos IX a XII. O que dele hoje resta data contudo dos séculos XV e XVI, quando as ordens militares de Santiago e de Alcântara dominavam estas terras. Como já atrás referi, em 1474 o cavaleiro Fernán Centeno, em ato de rebeldia, deixou o seu castelo de Rapapelo para tomar o de Trevejo, onde encarcerava e agrilhoava os habitantes que não lhe obedeciam. O atual grau de destruição do castelo, do qual praticamente resta apenas de pé a torre de menagem, deve-se contudo essencialmente aos franceses, como estratégia habitual na retirada das invasões. Por sua vez, a pequena Ermida de S. João Baptista, aos pés do castelo, possui um altar exterior e está rodeada de pequenas tumbas antropomórficas, escavadas no granito. Separado do edifício, o campanário olha orgulhosamente para poente.Tínhamos cerca de 45 minutos para visitar a aldeia e o castelo, completando com essa deslocação o último cerca de quilómetro e meio da jornada ... e assistindo pre-cisamente ao espetáculo fabuloso do Sol poente, a partir das muralhas do castelo ou, mais atrás, por sobre a aldeia e a atalaia em que aquele se situa. A explosão de cores, sobre as serranias a sul da Marvana, foi sem dúvida alguma o melhor culminar que poderíamos desejar para esta nossa “aventura”.
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Acesso á Ponte da Misarela Ponte da Misarela
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E descemos do cume do Xálima: panorâmica da Serra da Gata para sul
Vila de Acebo e, ao fundo, a barragem de Borbollón
Objetivo à vista: ao fundo, o Castelo medieval de Trevejo
Às 18:24h o astro rei mergulhou no horizonte. Depois ... depois seguiu-se o regresso aos Foios, com a importante e generosa colaboração da respetiva Junta de Freguesia, na pessoa do seu sempre in-estimável Presidente, José Manuel Cam-pos. Mas este regresso aos Foios, numa carrinha de caixa aberta (apenas os ho-mens, as senhoras foram na cabina...) ... também foi uma autêntica “aventura”...!
Informação sobre o trajeto: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3542754
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Campanário da Ermida de S. João Baptista, Trevejo
E começa uma longa sessão fotográfica sobre o espetacular pôr-do-Sol em Trevejo
Castelo medieval de Trevejo ao Sol poente: magia em estado puro!
Ermida de S. João Baptista, Trevejo
E começa uma longa sessão fotográfica sobre o espetacular pôr-do-Sol em Trevejo
Ermida de S. João Baptista, Trevejo
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CRÓNICA
Pedaladas no Parque natural do Guadiana4 COMPANHEIROS DO COLINAS BIKE TOUR FORAM, NOS DIAS 5, 6 E 7 DE OUTU-
BRO, FAZER UMA INCURSÃO POR TERRAS DO PARQUE NATURAL DO GUADIANA.
www.colinasbiketour.comNESTA EDIÇÃO PUBLICAMOS A CRÓNICA DO PRIMEIRO DIA DESTA AVENTURA QUE
TEVE O SEGUINTE ITINERÁRIO: AMARELEJA/NOUDAR/BARRANCOS/SANTO ALEIXO
DA RESTAURAÇÃO/AMARELEJA NUM TOTAL DE 92 KM.
Texto: António Atabão Fotografia: António Atabão; Bruno Talento, Rui Ribeiro e Pedro Nuno.
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Parque Natural do GuadianaO Parque Natural estende-se por 69.773
ha, abrangendo parte dos concelhos de
Mértola e Serpa num troço de rio que se
estende desde uma zona a montante do
Pulo do Lobo até à foz da ribeira de Vas-
cão, fronteira entre o Alentejo e o Algarve.
De um modo muito simplificado, as diver-
sas unidades paisagísticas estão distribuí-
das por três grandes estruturas geomor-
fológicas:
As planícies ondulantes, que dominam em
área e onde se encontram as culturas ex-
tensivas de sequeiro, as áreas de esteval e
os montados de azinho;
As elevações quartzíticas das serras de São
Barão e Alcaria; nesta última encontra-
-se o ponto mais alto do Parque Natural.
Daqui, com apenas 370 m, consegue-se
desfrutar de uma magnífica panorâmica
sobre o relevo suave da planície alente-
jana e o enrugado resultante da influên-
cia próxima da serra algarvia. E os impo-
nentes vales encaixados do rio Guadiana
e seus afluentes, marginados por escarpas
e fantásticos matagais mediterrânicos – a
formação que mais se aproxima da ve-
getação original da região, restringida
hoje às zonas mais inacessíveis, onde a
intervenção humana pouco se faz sentir.
421º DiaO dia começou cedo, às 6 da manhã, já as
bicicletas voavam no tejadilho rumo à Ama-
releja. Fizemos uma pequena paragem em
Reguengos de Monsaraz para saborear o
café da manhã.
A aproximação à Amareleja é bonita, com
os campos a fazerem um passe-partout à
aldeia.
Às 9h03 - Iniciamos a nossa pedalada na
Praça da Republica em Amareleja, junto à
Torre do Relógio, não havia um local mais
indicado para comemorar a Republica.
Atravessamos a simpática vila da Amarele-
ja, respirando um ar límpido e puro, o sol,
levanta-se cintilante na vila mais quente de
Portugal, onde frequentemente se regis-
tam temperaturas da ordem dos (50.0ºC)
centigrados. Estas condições climatéricas
levaram a que na Amareleja, em 2008,
tenha sido construída uma das maiores
centrais de energia solar do mundo,
com capacidade de produzir energia su-
ficiente para alimentar uma cidade de
35.000 habitantes.
Atravessamos a aldeia, com calma, as
ruas estão desertas, pedalamos pela es-
trada de alcatrão cerca de 2km, antes
de entrarmos numa pequena mata som-
bria, olhamos a central solar, os 2.520
seguidores solares, com 104 painéis fo-
tovoltaicos cada um, alimentam-se de
sol perseguindo-o de nascente a poente,
é uma enorme vidraceira plantada no
meio do nada.
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Depois de sairmos da pequena mata,
retomamos o alcatrão, a estrada é de
bom piso e sem tráfego, rodeada de
grandes extensões abertas e amplos
horizontes, rapidamente chegamos à
estação Biológica do Garducho, edifício
de arquitetura moderna, da autoria do
arquiteto João Maria Trindade, que em
2009 venceu o mais importante galardão
da arquitetura ibérica. O edifício encon-
tra-se instalado no sítio do antigo posto
fiscal, fronteiriço, é o ponto de abrigo
de várias espécies de aves ameaçadas:
águias, abetardas, sisões e o cortiço de
barriga preta.
Nas paredes da Estação Biológica do
Garducho encontramos o sussurrar das
palavras de Fernando Pessoa: “A ciência
não é senão um jogo de crianças no crep-
úsculo, um querer apanhar sombras de
aves e parar sombras de ervas ao vento”.
A este edifício que levita sobre a paisagem
a população local chama-lhe o hospital
dos pássaros.
Damos mais umas pedaladas e chegamos
a terras de Espanha, à vila de Valencia del
Monbuey, atravessada a vila, entramos na
Ruta caminho Las “brujas”.
“…Somos surpreendidos. Entre a terra e o céu, esvoaçam enormes pássaros, talvez abutres…”
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45
O caminho é de estradões com uma paisa-
gem homogénea de sobe e desce, resse-
quida de um castanho aviolado, onde
só sobreiros e algumas plantas teimosas
ousam crescer, servindo de alimento ao
grande rebanho de cabras com que nos
cruzamos. Somos surpreendidos. Entre a
terra e o céu, esvoaçam enormes pássa-
ros, talvez abutres, visão que apesar dos
esforços dos fotógrafos de serviço, as ob-
jetivas não conseguem registar.
Pedalamos em território transfronteiriço,
separados pelo rio Ardila com o castelo
de Noudar debaixo de olho.
Cruzamos o rio Ardila, antes, assistimos
a um espetáculo raro, o Bruno caiu. Pas-
samos o rio Ardila não sem ter de molhar
os pés. Já estamos em Portugal.
Os 500 metros que nos levarão ao castelo
de Noudar são a pique, o que leva à ne-
cessidade de passear a bicicleta, chega-
mos lá a cima fantástico, o castelo estava
encerrado por motivos de segurança. Jun-
to à muralha fizemos a primeira paragem
para abastecer, contemplamos a bonita
paisagem ondulante, que em tempos foi
palco de muito suor, lágrimas e sangue
entre portugueses e espanhóis, levando
a um jogo de conquista e reconquista.
O castelo passou definidamente para o
domínio português em 1295, pelas mãos
de D. Dinis. O castelo de Noudar faz hoje
parte do Parque de Natureza de Noudar.
Iniciamos a descida por uma estrada em
macadame, até à estrada EN258, pelo
caminho visitamos um exemplar de ar-
quitetura tradicional, uma choça com
brinde, lá dentro estava uma cabra, que
mal nós nos afastamos correu ribanceira
abaixo, sem respeitar os limites de veloci-
dade. As choças são feitas em pedra, com
cobertura de giestas ou palha, são utiliza-
das para abrigo de animais ou alfaias agrí-
colas, tendo também sido utilizadas como
habitação, na época pré- romana.
“…iniciamos a subida para Barrancos, ficando para traz o Parque de Noudar…”
Com o fim da descida, iniciamos a subida
para Barrancos, ficando para traz o Parque
de Noudar, um parque, encravado entre
colinas despovoadas quase intocado pelo
homem, e que tem na paisagem natural o
seu maior atributo.
O Bruno e o Pedro foram visitar a Fonte da
Pipa e a imagem de Senhora da Pipa, eu e
o Rui fizemo-nos à subida para a vila, pois
sabíamos que a chegar a Barrancos tínha-
mos de pegar um touro pelos ditos, e o es-
tômago já reclamava por abastecimento.
Na terra dos touros de morte, degusta-
mos umas bifanas. Já abastecidos, volta-
mos à estrada EN258, na direção de Santo
Aleixo da Restauração, percorridos 3 km
viramos à esquerda para um estradão, in-
comodamos uma manada de bois e vacas
que estavam no caminho, ao chegarmos
ao fim do estradão encontrarmos o portão
da herdade da Contenda, trancado a sete
chaves, colocamos a cegonha de marcha
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atrás e retomamos à estrada EN258.
Faltavam 16 km para a próxima paragem,
no horizonte, uma paisagem pintada de
verdes outonais, rasga-nos o olhar km a
km. A estrada avança, sempre em linha
reta.
Debaixo de um sol radioso chegamos a
Totalica, restauramos os líquidos perdidos
no primeiro estabelecimento comercial
que encontramos, um tasco decorado de
rubro e branco com águias as esvoaçarem.
Totalica era o antigo nome romano desta
aldeia. O atual nome Santo Aleixo da Res-
tauração está ligado às lutas travadas com
o exército castelhano em 1641 e 1644.
Subimos, até ao centro da vila, ao bonito
e bem conservado Largo da Restauração,
dois anciãos sentados tem na mão um ca-
jado, fica por saber o que estão a prote-
ger; a igreja matriz, o obelisco, ou a caixa
multibanco.
Pedalamos, pedalamos e fomos ter ao
mesmo lugar. Sem vertigens e com o sol
já em metamorfose, às 18h00 chegamos
à Amareleja.
Neste 5 de Outubro 2012, o Sol brilhou,
radioso e quente, como se fosse Verão.
Enquanto nos dirigimos para Serpa onde
fomos pernoitar, pelo caminho fica uma
Moura encantada e um pôr-do-sol a decli-
nar no horizonte.
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Informações adicionais:
Os custos dos três dias foram de 70 € por
participante;
O percurso foi feito sempre em autono-
mia, a viatura serviu só para nos colocar na
Amareleja, aqui ficou estacionada o até
completarmos o primeiro dia, no fim do dia
fomos para Serpa, onde a viatura ficou até
regressarmos a Odivelas.
Os locais onde pernoitamos foram:
Serpa, estalagem do Pulo do Lobo
Mértola, Estalagem Beira Rio.
Track de GPS: http://ridewithgps.com/
trips/1029485
passearsente a natureza
Na versão paga desta edição poderá ler também os seguintes artigos...
Passeio
Jardins de lisboa
Os jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa.
destino
Castelo e Vila amuralhada de ansiães
Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.
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assinatura
passearsente a natureza
byNº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)
Vila de ReiSentir a Natureza
BTTParque Natural do Guadiana
GRANDE ROTADA SERRA DAS
MESAS À SERRA DA GATA
DESTINO
CASTELO DE ANSIÃES
PasseioJardins de Lisboa
ASSINATURA ESPECIAL NATAL
veja p. 52
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nº 20
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publicações da Lobo do Mar - Sociedade Editorial, Lda www.lobodomar.net. Para qualquer esclarecimento escreva-nos para [email protected]
XXX XXXXX acaba de lhe ofereçer uma assinatura da revista digital Passear.
Boas leituras e bons passeios para 2013.
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DestinoCastelo e Vila Amuralhada de AnsiãesTexto: V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
DestinoCastelo e Vila Amuralhada de Ansiães
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Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.Desde esse período que as características geomorfógicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação sucessiva deste morro granítico.Escavações arqueológicas têm demonstrado que a ocupação do local se iniciou há cerca de 5000 anos atrás, durante a fase pré-histórica denominada de Calcolítico.
O Castelo e a Vila Amuralhada de Ansiães são locais de visita obrigatória para todos aqueles que gostam de Natureza e Cultura. Trata-se de um complexo muito antigo em que a beleza natural se combina com a beleza das edificações criando, desta forma, um cenário de excelência.Existe uma Pequena Rota circular com 5,3 km de extensão que parte da Lavandeira e passa
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pelo Castelo.Este castelo medieval distribuía-se dentro de uma muralha de planta ovalada, reforçada por cinco torreões quadrangulares, duas das quais defendendo o portão principal, a chamada Porta de São Salvador. Além da torre de Menagem, dividida internamente em dois pavimentos, o superior rasgado por janelas, este perímetro abrigava a cisterna do povoado circundante, podendo ser observados, ainda hoje, os alicerces de antigos edifícios, arcos, cunhais e vergas. A única edificação preservada é a pequena Igreja de São Salvador de Ansiães, em estilo românico.Fora dos muros do castelo distribuía-se a zona urbana, delimitada por um segundo muro exterior com extensão superior a 600 m, reforçado por três torres quadrangulares. Dessa cerca externa restam apenas alguns troços dos setores leste e sul. No total, o conjunto do castelo ocupa uma área aproximada de 9.594 hectares.
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CASTELO DE ANSIÃES“Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa, por volta do III milénio A.C. [...]. Esta vocação para a defesa natural adquire particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. Nesta altura Ansiães obtém a sua primeira carta de foral. O documento outorgado em meados do séc. XI pelo rei leonês Fernando Magno, constitui um dos mais antigos forais do espaço geográfico definido pelas atuais fronteiras do território português. Durante a fase alti-medieval, o local possuía já uma longa e reminiscente herança cultural, fator decisivo para se estruturar como centro fulcral na zona fronteiriça do rio Douro.
Os séculos XII, XIII, XIV e XV, definem um período exponencial do crescimento deste reduto amuralhado. Afonso Henriques em 1160; Sancho I, 1198; Afonso II, 1219 e finalmente D. Manuel I, em 1510 reconhecem e promulgam forais ao termo à Vila amuralhada de Ansiães. [...]. A vila impõe-se progressivamente como a cabeça de um território que abrange um espaço diversificado de recursos e onde vão proliferando pequenos aglomerados e casais agrícolas. Será nesse contexto que em 1277 o rei D. Afonso III lhe concede carta de feira. O processo dinâmico que conduziu à monumentalidade de Ansiães testemunha o seu antigo prestígio dentro da região transmontana, onde ao longo de toda a Idade Média se instituiu como um importante espaço concelhio. [...]. Contudo, o final do séc. XV, e particularmente
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o séc. XVI, marcam o início de uma transformação demográfica traduzida numa perda cada vez mais acentuada da importância urbana, em função do desenvolvimento de outras localidades que constituíam o território concelhio. [...]. Nas centúrias seguintes este movimento acabou por se agudizar, culminando na transferência dos paços do concelhos para Carrazeda, ato que ocorreu em 1734 pelo facto de no antigo reduto residir um número bastante reduzido de pessoas. Atualmente são ainda percetíveis dois espaços distintos que constituem os principais elementos caracterizadores do urbanismo medieval. O primeiro espaço, situado a cotas mais elevadas, corresponde à primitiva implantação roqueira. Este perímetro amuralhado é definido e organizado a partir uma muralha de configuração ovalada que se reforça com cinco torreões quadrangulares. Aqui podem-se reconhecer um conjunto de vestígios estruturais em
estrita articulação com a torre de menagem e seus respetivos anexos. É também neste espaço que se situa a cisterna do povoado e uma série de alinhamentos de alicerces que fazem adivinhar a presença de antigos edifícios com uma suposta funcionalidade militar. Trata-se de uma área com uma autenticada especialização defensiva, uma espécie de último reduto destinado a albergar os moradores em caso de contenda bélica. O segundo espaço define a zona urbana propriamente dita. Uma segunda linha de muralhas, com uma extensão superior a 600 metros e três torres quadrangulares, circunda um perímetro onde atualmente apenas proliferam grandes quantidades de derrubes, algumas estruturas medievais e modernas, bem como pequenos muretes e paredes de antigos edifícios. Toda esta organização urbana obedecia a um plano centrado em vários caminhos que se intercediam entre si, estruturando desta forma pequenos bairros ou áreas residenciais.” [António Luís Pereira e Isabel Alexandra Lopes] / IGESPAR
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IGREJA DE SÃO SALVADOR DE ANSIÃESClassificado como Monumento Nacional, São Salvador de Ansiães é uma das mais interessantes igrejas românicas portuguesas, não obstante a localização geográfica algo marginal em que se implanta. A real relevância da própria vila velha de Ansiães também tem vindo a ser reavaliada, à luz de campanhas arqueológicas efetuadas no local.O templo é planimetricamente modesto, compondo-se de nave única e capela-mor retangular, mais estreita e baixa que o corpo. Mas adquire efetiva importância quando se analisam os programas escultóricos que ornamentam os seus portais, realizações que conferem ao monumento um estatuto cimeiro na arte românica nacional.O principal motivo de interesse é o portal principal, cronologicamente a última peça do conjunto a ser concluída, presumivelmente nos inícios do século XIII. Tivemos já oportunidade de efectuar uma leitura integrada do seu programa iconográfico (FERNANDES, 2001), concluindo por uma visão da Ordem universal para o homem românico: o mundo terrestre, simbolizado por representações grotescas e felinas, ocupa a arquivolta exterior, separando-se do campo celestial por uma arquivolta sem decoração, verdadeira separação entre o Bem e o Mal; as mais próximas do tímpano, foram reservadas a temas vinculados à Cristandade triunfante, com uma representação do Apostolado, ficando o tímpano reservado ao Pantocrator, Cristo juiz ladeado pelos Evangelistas, imagem mais efetiva da simbologia românica, que ornamenta um importante conjunto de igrejas europeias, mas que em Portugal se resume a quatro exemplos.Mais antigos são os portais laterais, em particular o do lado Norte, mais sumariamente trabalhado. O meridional integra uma interessante solução de beak-heads, elemento de tradição inglesa. A primeira fase das obras, que supomos ter acontecido ainda na primeira metade do século XII, encontra-se testemunhada no arco triunfal, cuja tendência geometrizante dos seus elementos decorativos tem analogias estilísticas evidentes na Sé de Braga e, principalmente, na igreja de São Cláudio de Nogueira.Na Baixa Idade Média, adossou-se à frontaria a capela funerária da família Sampaio, senhores da vila durante as décadas finais da 1ª Dinastia. É um espaço quadrangular, hoje arruinado, que carece de um estudo mais rigoroso. PAF / IGESPAR
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IGREJA SÃO JOÃO BAPTISTAArquitetura religiosa, pré-românica e gótica. Igreja de fundação pré-românica, de planta longitudinal simples com nave e capela mor mais estreita e baixa, com fachada principal em empena rasgada por pequena fresta. Fachadas laterais rasgadas por frestas e portas travessas, ambas dinteladas, assente em impostas de perfil curvo e encimadas por tímpano. Capela-mor gótica, com arco triunfal em arco apontado.Planta longitudinal simples, com nave e capela-mor, em ruínas e sem cobertura, de volumes escalonados, com pé-direito maior na nave, rematado em empena. Fachadas em silharia de granito, terminadas em cornija suportada por cachorrada. Fachada principal virada a O., em empena, apenas com fresta axial. esquerda virada a N., com porta assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, encimada por tímpano curvo, emoldurado por friso cordiforme; é ainda rasgada por duas frestas na nave e uma na capela-mor. Fachada lateral direita virada a S., com porta composta por lintel assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, uma delas decorada com cruz de Cristo, encimado por tímpano curvo, ligeiramente reentrante, com quatro linhas horizontais incisas e moldura tripla toreada; é rasgada por duas frestas na nave, decorada superiormente por duas incisões, formando um pequeno arco de volta perfeita, e janela quadrada na capela-mor. Fachada posterior com frestas axiais na nave e capela-mor, ambas com remates em empenas. Interior com arco triunfal de perfil quebrado, duplo, o interior assente em impostas salientes. Na capela-mor, subsistem vestígios do pavimento em lajes de granito.Próximo, localiza-se necrópole com sepulturas antropomórficas escavadas na rocha. Informação recolhida no trabalho feito por Miguel Rodrigues para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana
INFORMAÇÃO BASEADA EM DOCUMENTOS DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES:DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO NORTE; IGESPAR E INSTITUTO DA HABITAÇÃO E DA REABILITAÇÃO URBANA
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Informações úteis
O Monumento está dotado de estruturas e meios de acolhimento ao público, nomeadamente
Receção (no Castelo) e Centro Interpretativo (na vila de Carrazeda de Ansiães).
Visitas guiadas sob marcação (contacto Centro Interpretativo).
Horário:
Terça a Domingo:
10.00h-12.00h
14.00h-17.00h
Encerrado à Segunda-Feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Sexta-Feira Santa, Domingo de
Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.
Contactos e Coordenadas GPS
E-mail: [email protected]
Site: http://www.castelodeansiaes.com/
Lat.: N41.202649
Long.: W7.304792
Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães
Mail:[email protected] / http://castelodeansiaes.com/casteloansiaes/index.htm
Aníbal Gonçalves já fez o Trilho do Castelo (sinalizado)
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=bcyobmdhwhlfleio
Folheto do PR2
http://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/uploads/trilho_2.pdf
o ouro do Minho
P a r a q u e m s e n t e a n a t u r e z a
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Edição nº22
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Passeio
Jardins de lisboaOs jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa.
Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
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Numa manhã de Outono com ameaças de aguaceiros decidi caminhar pela
cidade de Lisboa à descoberta dos seus jardins através de um trajeto linear e sem grande dificuldade física. A escolha destes jardins tem a ver com diversidade da oferta – paisagística e de espécies - entre jardins públicos de bairro e um jardim botânico ligado à universidade. Se estes argumentos já são suficientemente fortes temos ainda, que estão implantados numa das zonas mais bonitas da cidade de Lisboa. Esta conjugação de fatores faz deste nosso percurso uma experiência muito gratificante.O início do nosso passeio foi no jardim de São Pedro de Alcântara, seguindo-se o jardim do Príncipe Real com o seu mercado biológico e finalmente o Jardim Botânico que comemorou 134 anos de existência.Notei, nos jardins públicos, um grande cuido com a sua preservação (a estatuária é um alvo fácil de pseudoartistas que teimam em deixar a sua marca!) sendo que no Príncipe Real a grande maioria das espécies da flora está identificada. No Jardim Botânico verifiquei que um número significativo de placas de identificação das espécies estão quebradas.
JARDIM DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA / JARDIM ANTÓNIO NOBRELugar muito aprazível, onde se desfruta de um dos mais belos panoramas da cidade. O Jardim António Nobre (também conhecido por Jardim de S. Pedro de Alcântara) é um miradouro constituído por dois patamares ligados por escadas em pedra sendo suportado por uma muralha mandada construir por D. João V em meados do século XVIII. No patamar superior do jardim encontra-se um painel de azulejos reproduzindo a panorâmica do miradouro. Este
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patamar tem sobretudo árvores, caminhos e um lago central. O patamar inferior, com um groto embutido no muro de suporte e uma série de canteiros geométricos, foi adornado com uma série de bustos de deuses e de heróis portugueses dos Descobrimentos, entre os quais Vasco da Gama, Luís de Camões e Afonso de Albuquerque.Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, Lisboa Área: 0,7ha Informação: C.M.L.
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JARDIM DO PRÍNCIPE REAL / JARDIM FRANÇA BORGESLocalizado perto do Bairro Alto, este jardim de traçado romântico, foi construído em meados do séc. XIX. Como aspetos a assinalar temos: a existência de um Cedro-do-Buçaco, com uma copa de mais de 20 metros de diâmetro, é uma das árvores que está classificada como sendo de interesse público neste local; o mercado semanal de produtos de agricultura biológica realizado aos sábados é um dos muitos eventos que já fazem parte da atividade deste jardim;vários elementos de estatuária, com destaque para a escultura do Mestre Lagoa Henriques, em memória do 1º Centenário da Morte de Antero de Quental; Lago e ainda o Reservatório de Água da Patriarcal (1864) com uma forma octogonal com 31 pilares de 9,25 m de altura e uma capacidade de 880 m³, que hoje faz parte do Museu da Água da EPAL.Localização: Praça do Príncipe Real 1250-184, LisboaÁrea: 1,2ha Informação: C.M.L.
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JARDIM BOTÂNICOO Jardim Botânico tem uma área de 4 hectares onde se observam espécimes vegetais oriundos de diversas partes do Mundo, entre as quais sobressaem Cicadácias, Gimnospérmicas, palmeiras e figueiras tropicais. Sementes de espécies raras e ameaçadas são aqui preservadas no Banco de Sementes.O Jardim Botânico representa um património de inegável interesse do ponto de vista histórico, cultural e científico. É sua missão contribuir para o conhecimento científico de plantas e fungos, da sua biodiversidade, conservação, propondo métodos de gestão do ambiente. O Jardim Botânico deve ainda permitir a aproximação da sociedade às plantas – base da vida na terra – proporcionando o aumento da literacia científica das comunidades, sendo um local único para a divulgação e formação científicas.No Jardim Botânico estão referenciadas 1493 espécies distintas, numa extensa lista que aqui se torna acessível a estudiosos e curiosos.Sendo o Jardim Botânico um organismo vivo, é de destacar que há por vezes oscilações quanto ao número exato das espécies nele existente a cada momento, uma vez que há plantas que morrem mas há também novas aquisições.Distinguem-se duas áreas principais no jardim Botânico: a «Classe» e o «Arboreto».Localização: Rua da Escola Politécnica 56/58Informação: Jardim Botânico / www.mnhnc.ul.pt
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Nº. 15 8636 Nº. 16 9081 Nº. 17 8703 Nº. 18 7601 Nº. 19 7595