Sesso Clinica de Otorrinolaringologia
Acadmicos: Rafael Coelho Caiado slei Camargo dos Passos Rogrio Menezes
CASO CLNICO
P.M.N., 37 anos, sexo masculino, negro, pedreiro, natural de Tancredo Neves e procedente de Salvador/BA, procurou o ambulatrio de otorrinolaringologia com queixa de disfonia, sensao de bolo na garganta e tosse produtiva h dois meses.
CASO CLNICOO paciente negou dispneia e disfagia. Foi tabagista por 12 anos e parou h 5 anos. Etilismo social de destilados nos fins de semana. Refere ter procurado, h 15 dias, atendimento na emergncia onde foram prescritas amoxicilina e prednisona, sem melhora do quadro. Negou queixas otolgicas e rinolgicas.
CASO CLNICOExame fsico: presena de trs leses cicatriciais em membro inferior direito na altura do tornozelo. Exame otorrinolaringolgico: Otoscopia sem alteraes Rinoscopia anterior fossas nasais prvias, septo centrado, sem secrees e sem leses; Orofaringoscopia dentes em mau estado de conservao, presena de hiperemia em parede posterior de faringe; Videoendoscopia nasal: sem alteraes;
CASO CLNICOVideolaringoscopia:
Exames Solicitados: Pelas
suspeitas de diagnsticas, foram solicitados os seguintes exames: Raio X de trax: Normal PPD: Fraco Reator IDRM: 6mm VDRL: Negativo
BipsiaFoi
com Histopatolgico:
submetido, sob anestesia geral, biopsia com estudo histopatolgico de leso em laringe, que evidenciou infiltrado inflamatrio granulomatoso linfo-histiocitrio com clulas epitelioides parasitadas por leishmnias.
Diagnstico Sindrmico: Sndrome infecciosa Diagnstico Nosologico: Leishmaniose Cutnea Diagnstico Anatomico: Trato Respiratrio - Laringe Diagnstico Diferencial: Hansenase, Tuberculose, Paracoccidiomicose, Carcinoma espinocelular
CORRELAO COM O CASO CLNICO
P.M.N., 37 anos, sexo masculino, negro, DISFONIA pedreiro, natural de SENSACAO DE BOLO NA Tancredo Neves e GARGANTA procedente de TOSSE PRODUTIVA HA Salvador/BA DOIS MESESVIDEOLARINGOSCOPIA
NEGA DISPNEIA NEGA DISFAGIA
NEGA QUEIXAS OTOLOGICAS NEGA QUEIXAS RINOLOGICAS
REGIO ENDMICA
PRESENA DE TRS LESES CICATRICIAIS EM MEMBRO INFERIOR DIREITO NA ALTURA DO TORNOZELO HIPEREMIA EM REGIAO POSTERIOR A FARINGE
HANSENASE
AG. ETIOL.: Micobacterium leprae
Leses steo-cartilaginosas
CORRELAO COM O CASO Leses orais e farngeas CLNICOPerfurao septalRinite atrfica seca Rinite congestiva Leses do nervo facial
Exame fsico: presena de trs leses cicatriciais em membro inferior direito na altura do tornozelo. Otoscopia sem alteraes Rinoscopia anterior fossas nasais prvias, septo centrado, sem secrees e sem leses; Orofaringoscopia presena de hiperemia em parede posterior de faringe; Videoendoscopia nasal: sem alteraes;
TUBERCULOSE
CORRELAO COM O CASO Linfonodos cervicais CLNICO Leses nasaisOtolgicas Sintomas Larngeos Leses orais
Exame fsico: sem exame dos linfonodos. Otoscopia sem alteraes Rinoscopia anterior fossas nasais prvias, septo centrado, sem secrees e sem leses; Orofaringoscopia dentes em mau estado de conservao, presena de hiperemia em parede posterior de faringe; Videoendoscopia nasal: sem alteraes; PPD: Fraco Reator
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Ag. Etiol.: Paracoccidiodes braziliensis
CORRELAO COM O CASO CLNICO At 80% das Ppulo-erosiva OBS:Amigdalite oculta Hipertrfica Ulcerada Raio X de trax: Normal
Orofaringoscopia presena de hiperemia em parede posterior de faringe;
apresentaes cutneo-mucosa tm leses pulmonares e cerca de 10% dos pacientes apresentam tuberculose associada.
CARCINOMA ESPINOCELULAR
CORRELAO COM O CASO nos Inicialmente: placa branca, ou Etilismo social de destilados leucoplasia, que uma leso fins CLNICOde semanapr-maligna
Corresponde a 90 a 95% das leses larngeas malignas
Foi tabagista por 12 anos e parou h 5 anos.
Evolui para leses infiltrativas, com reas ulceradas e exofticas
Orofaringoscopia presena de hiperemia em parede posterior de faringe; Videoendoscopia nasal: sem alteraes
Reviso Bibliogrfica
LEISHMANIOSE MUCOSA
Introduo
Doena infecciosa que pode se apresentar de diferentes formas clnicas, dependendo da espcie envolvida e da relao do parasita com seu hospedeiro.
uma zoonose comum ao co e ao homem. transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomnios, que compreendem o gnero Lutzomyia (chamados de "mosquito palha" ou birigui) e Phlebotomus.
Introduo
Formas clnicas: Leishmaniose Leishmaniose
visceral
tegumentar americana (LTA)
Epidemiologia
A OMS considera a leishmaniose uma das seis mais importantes doenas infecciosas, no somente pela alta incidncia e ampla distribuio geogrfica, mas tambm pela possibilidade de ela assumir formas que determinam leses destrutivas desfigurantes e incpacitantes com grande impacto na qualidade de vida do indivduo.
Epidemiologia
A prevalncia mundial de leishmaniose de 12 milhes, acometendo 88 pases e com uma estimativa de 2 milhes de casos novos da doena por ano. Prevalncia maior em adultos e do sexo masculino, embora recentemente se registre um maior comprometimento de crianas de
Epidemiologia
Nas Amricas, a L. chagasi associada com a leishmaniose visceral e vrias espcies de leishmania tm a capacidade de causar leishmaniose tegumentar, tais como: L. braziliensis (Lvb), L. amazonensis, L. guianensis, L. pananmensis e L. mexicana. A leishmaniose mucosa uma forma de leishmaniose tegumentar associada com a L. braziliensis, L. panamensis e menos freqentemente com a L. amazonensis.
PatogeniaMECANISMO DE TRANSMISSO
picada inseto gnero Lutzomyia conhecidos no Brasil: birigui, mosquito-palha e tatuquira e outros;
PERODO DE INCUBAO tempo entre a picada inseto e aparecimento da leso inicial 2 semanas a 3 meses
HOMEM Fagocitadas iniciando uma reaoinflamatria no local
Mosquito inocula na derme
Libera AMASTGOTAS no tecido
FORMAS PROMASTIGOTAS
Rompe membrana macrfago
Atrao dos macrfagos (4 a 8 h fagocitose induzida)
Resistem ao dos lisossomas diviso binria
Transformao em FORMAS AMASTGOTAS
Patogenia
Manifestaes ClinicasA LM acomete primordialmente a mucosa nasal. Os outros stios de acometimento a mucosa da faringe, seguida das mucosas da laringe e da boca. Excepcionalmente ouvido, traquia e rvore respiratria superior podem ser stios de leso da LM.
Manifestaes Clinicas
SINAL COMPROMENTIMENTO MUCOSO
Eritema (vermelho) e processo inflamatrio no septo nasal coriza constante; processo ulcerativo atinge ossos face palato mole faringe laringe traquia;Mudanas
anatmicas e aumento do
rgo pode atingir lbios e propagar-se face;
Dificuldades respirar, falar e alimentar.
Manifestaes Clinicasobstru o nasal Ulcera es epistax e
leishm aniose mucos a
disfagia doloros adisfoni a
granuloma no septo nasal
Manifestaes Clinicas
Estudos realizados na rea endmica de Trs Braos-BA mostraram que a doena mucosa pode ocorrer at 264 meses aps a leso cutnea. Entretanto, somente 7% dos pacientes desenvolveram o acometimento da mucosa aps mais de 10 anos do aparecimento da leso cutnea.
Diagnstico
O diagnstico da leishmaniose feito com base em dados epidemiolgiocos, exames clnicos e em resultados de exames laboratoriais. Imagem: Videoendoscopia
nasal Videolaringoscopia
DiagnsticoExame parasitolgico Direto Indireto
Exame imunolgicoPCR
Teste intradrmico Teste sorolgico
TC
Tratamento Leishmaniose Mucosa1 escolha Antimonial pentavalente 20mg/Sb+5/kg/dia,durante 30 dias, por via endovenosa
2 escolha
Anfotericina B clssica, tambm aplicada de forma endovenosa, 0,5 mg/kg/dia at atingir um frasco (50mg). Pentamidina (isotionato e mesilato), aplicada por via intramuscular ,4mg/kg/dia at completar, no mximo, dois gramas.
Outra Opo
TratamentoA recidiva aps tratamento mais freqente na forma mucosa, principalmente quando de longa durao e com vrias mucosas atingidas. Por isso, ideal que o paciente com leso mucosa seja acompanhado por, no mnimo, dois anos aps o tratamento.
Referncias Bibliografica
PRO-ORL ( Programa de atualizao em otorrinolaringologia) ciclo6-modulo2. 2012 http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port_print.asp? id=541
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s003472992007000600016& script=sci_arttexthttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/leishmaniose_tegu mentar_americana_gve.pdf
Top Related