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O que é e como tratar a codependência?
Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra Forense
Psiquiatra ProMulher
IPq-HC-FMUSP
CREMESP 114681
Ana Carolina S. Oliveira Psicóloga
Esp. Dependência Química
CRP 06/99198
Codependência
• 1981 – Wegscheider
• “uma obsessão familiar sobre o
comportamento do dependente”
• Preocupação extrema, dependência com
pessoa ou objeto
• Dependente – doente
• Familiares - codoentes
Codependência
• Pais, cônjuges, parentes, amigos, colegas
de trabalho, rede de pessoas próximas de
uma pessoa com dependência química
(DQ)
• Família além da consanguinidade
• Existe um perfil? (valores, compreensão,
recursos próprios)
Sentimentos Comuns
• Raiva
• Ressentimento
• Descrédito
• Sofrimento
• Impotência
• Medo do futuro
• Solidão
• Culpa
• Vergonha
Os Impactos da DQ
• Nos pais
• Nos cônjuges
• Nos filhos
• Nos amigos
• Nos colegas de trabalho
Estágios
• 1) Negação, tensão e não se expressam;
• 2) Preocupação, tentativa de controle e
“segredo”;
• 3) Desorganização, rigidez, facilitação e
inversão de papéis;
• 4) Exaustão, distúrbios de comportamento
e desestruturação familiar.
Krupnick, 1995
Papéis
• Diante do próprio auto cuidado
• Diante da dependência química de seu
familiar
• Diante do tratamento do familiar
dependente
AL-ANON/NAR-ANON
Psicoterapia
• Abordagem Sistêmica
– A DQ é um sintoma da disfunção familiar.
Foco na interação dos membros da família.
• Abordagem Cognitivo-Comportamental
– DQ como comportamento aprendido e
mantido através de roforços positivos e
negativos, inclusive das interações familiares.
Psicoterapia
• Estratégias: – Psicoeducação:
• o que é dependência química;
• causas da dependência química;
• o que são comorbidades psiquiátricas;
• o que são fatores de risco e de proteção.
– Treinamento de Habilidades Sociais: • assertividade;
• expressar sentimentos;
• habilidade de fazer/ receber críticas;
• manejo da raiva;
• aumento das atividades prazerosas.
Assertividade
Definição
Reconhecer seu direito de decidir o que fazer em vez de ceder às
expectativas ou solicitações de outras pessoas, além de reconhecer o
direito dos demais. Você tem o direito de expressar sua opinião, falar
sobre os seus sentimentos, pedir que os outros mudem algo que te
afeta, aceitar ou recusar qualquer coisa que te digam ou peçam.
Assertividade
Estilos
Passivo: pessoas que abrem mão de seus direitos por pensarem que para defendê-los precisam entrar em conflito com alguém. Normalmente sentem raiva, ansiedade, deprimidas, magoadas, ressentidas. Em geral não atingem seus objetivos.
Agressivo: pessoas que agem para proteger seus direitos, mas ao fazê-lo não respeitam o direito do outro. Em geral tem suas necessidades imediatas satisfeitas, mas esse comportamento traz consequências negativas.
Passivo-agressivo: pessoas que não exteriorizam o que pensam ou sentem de maneira adequada, fazendo comentários sarcásticos, murmurando coisas, descontando em outras pessoas ou objetos seus sentimentos. Muitas vezes o outro não compreende o que essa pessoa quer, e o passivo-agressivo acaba por se sentir frustrado ou vítima.
Assertivo: pessoas que decidem o que querem, planejam uma forma de conseguir e agem. Deixa clara suas opiniões, é objetivo e respeitoso. Geralmente consegue atingir seus objetivos, mesmo que precise insistir.
Assertividade
Dicas:
• Pense antes de falar
• Planeje o melhor jeito de falar
• Atenção a linguagem corporal
• Mostre vontade de ser compreensivo
• Insista
• Treine
Tarefa
Relate três situações que viveu durante a semana, registrando o tipo de comunicação que
utilizou e como poderia ter se expressado de forma mais assertiva.
Situação 1:
Tipo de comunicação:
Forma assertiva:
Ajuda ao DQ
• Participação da família é fundamental no tratamento da DQ
– Busca por tratamento e adesão
– Melhora de resultados em relação ao uso da substância
– Melhora funcionamento familiar
– Redução dos danos da DQ nos familiares
– Trata outras consequências, como violência e perdas
– Custo-benefício
– De fator predisponente e de risco para fator de proteção
Serviços
• Formais:
– UBS
– CAPS
– CAPS AD
– CREAS
– Consultórios
• Informais:
– AL-ANON/ NAR-ANON
– Amor Exigente
– Pastoral da Sobriedade
Defensoria Pública
• Parceria com responsável pelas
avaliações
• Trabalhar com familiares suas ansiedades
• Informar
• Experiência: maioria dos casos receberam
tratamento voluntário
Conclusões
• A família deve receber atenção para suas
demandas
• A família deve ser parte integrante do
tratamento do dependente químico
• Relação de mútua influência
Convite
Bibliografia
• Payá, R.; Figlie, N.B. Abordagem Familiar
em Dependência Química. In: Figlie, N.B.;
Bordin, S.; Laranjeira, R. Aconselhamento
em Dependência Química. 2ª ed. São
Paulo: Roca, 2010.
• http://www.amorexigente.org.br/
• http://www.naranon.org.br/
Obrigada!
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