04 raízes da arte e do design

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Raízes da Arte e do Design

Ticianne RibeiroEduardo Novais

terça-feira, 6 de março de 2012

Impactos do desenvolvimento da tipografia

terça-feira, 6 de março de 2012

Na aula passada estávamos falando sobre o início da reprodução de livros pelo método tipográfico, de Gutemberg e de Fost, lembram?

terça-feira, 6 de março de 2012

Em 1480, cerca de 73 cidades tinham gráficas na Europa toda.

Em 1500, a impressão era praticada em mais de 150 cidades.

terça-feira, 6 de março de 2012

Eram impressos tratados religiosos, folhetos, prospectos, entre outros, para a venda ou distribuição gratuita.

Prospectos acabaram evoluindo para cartazes, anúncios e jornais impressos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Relatam as pessoas, a história de um escriba em Veneza que reclamava que a cidade estava “entupida de livros“.

terça-feira, 6 de março de 2012

Em Gênova, os escribas das cidades se reuniram e conseguiram que o conselho municipal proibisse a impressão naquela cidade.

terça-feira, 6 de março de 2012

A tipografia é o maior avanço nas comunicações entre a invenção da escrita e as comunicações eletrônicas de massa do século XX

terça-feira, 6 de março de 2012

Além de ser um veículo para disseminar ideias sobre direitos humanos e a soberania do povo, a impressão estabilizou e unificou as línguas.

terça-feira, 6 de março de 2012

O analfabetismo iniciou um período de declínio firme e longo.

terça-feira, 6 de março de 2012

A publicação da Bíblia, edição após edição, possibilitou o aumento de seu estudo.

Pessoas de toda a Europa formularam suas próprias interpretações em vez de se apoiar em líderes religiosos. Isso levou diretamente à Reforma, que dividiu o Cristianismo em centenas de seitas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Depois que Martinho Lutero afixou suas Noventa e Cinco Teses para debate na porta de Igreja na Saxônia, em 1517, seus amigos passaram cópias para as gráficas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Tanto Lutero, como o papa Leão X usaram prospectos e tratados impressos numa disputa teológica perante um público massificado por todo o continente.

terça-feira, 6 de março de 2012

Origens do livro ilustrado

terça-feira, 6 de março de 2012

A inovação ocorreu na Alemanha, onde artistas da Xilogravura e os impressores tipográficos se uniram para desenvolver o livro e o prospecto ilustrados.

terça-feira, 6 de março de 2012

À medida que décadas se passaram, os impressores tipográficos aumentaram radicalmente o uso de ilustrações por xilogravuras, e os ilustradores gráficos melhoraram de status.

terça-feira, 6 de março de 2012

Der Ackerman aus Böhmen (Albrecht Pfister, 1463)

terça-feira, 6 de março de 2012

De Mulieribus Claris(Johann Zainer, 1473)

Nessa imagem, as bordas são bastante marcadas, as capitulares impressas, ao invés de adicionadas a mão.

terça-feira, 6 de março de 2012

Vita et Fabulae(Anton Sorg, 1479)

terça-feira, 6 de março de 2012

O primeiro ilustrador identificado como tal em um livro foi Erhard Reuwich (~1480).

terça-feira, 6 de março de 2012

Peregrinationes in Montem Syon(Ehrard Reuwich, 1486)

terça-feira, 6 de março de 2012

Peregrinationes in Montem Syon(Ehrard Reuwich, 1486)

terça-feira, 6 de março de 2012

Peregrinationes in Montem Syon(Ehrard Reuwich, 1486)

terça-feira, 6 de março de 2012

A expansão da tipografia

terça-feira, 6 de março de 2012

Conrad Sweynheym e Arnold Pannartz, foram os primeiros tipógrafos que, combinando as letras maiúsculas de inscrições romanas antigos e minúsculas arredondadas, adicionando serifas e e redesenhando alguns tipos, projetaram um alfabeto romano, que se tornou o protótipo em uso ainda hoje. (~1476)

terça-feira, 6 de março de 2012

Amostras da primeira e da segunda tipografia(Conrad Sweynheym e Arnold Pannartz, 1465 e 1467)

terça-feira, 6 de março de 2012

A impressão chegou à França em 1470.

Em princípio, eram utilizados tipos Romanos, mas após isso, começaram a utilizar tipos Góticos, mais familiares ao público francês.

terça-feira, 6 de março de 2012

As primeiras impressões na França cercaram seus tipos góticos e ilustrações xilográficas com blocos modulares que preenchiam o espaço com flores e folhas, pássaros e animais, padrões e retratos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Horae Beatus Virginis(Philippe Pigouchet, 1498)

terça-feira, 6 de março de 2012

Os espanhóis tinham um senso estético que utilizava tons escuros equilibrando o detalhe decorativo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Aereum Opus(Diego de Gumiel, 1515)

terça-feira, 6 de março de 2012

Bíblia Poliglota(Arnaldo Guillén de Brocar, 1514-1517)

Uma obra prima espanhola é a Bíblia Poligota – Arnaldo Guillén. O grid desenvolvido para este volume usa colunas desiguais para compensar as diferentes medidas de cada língua.

terça-feira, 6 de março de 2012

O design gráfico do Renascimento

terça-feira, 6 de março de 2012

O termo renascimento foi usado originalmente para denotar o período que começou nos séculos XIV e XV na Itália, quando a literatura clássica da Antiguidade grega e romana foi restaurada e novamente lida.

terça-feira, 6 de março de 2012

Hoje, é usada para marcar o período de transição do mundo medieval para o moderno.

terça-feira, 6 de março de 2012

O design de tipos, o leiaute de página, ornamentos, a ilustração e até o projeto global do livro foram repensados pelos impressores e eruditos italianos.

O renascimento da literatura clássica e a obra dos humanistas italianos estão intimamente ligados a uma abordagem inovadora no Design de Livros.

terça-feira, 6 de março de 2012

Começou em Veneza e ali continuou durante as três últimas décadas do século XV.

terça-feira, 6 de março de 2012

Calendarium de Regiomontano(Enhard Ratdolt, Peter Loeslein e Berhard Maier, 1476)

Títulos e autor são identificados em versos que descrevem o livro. A data e o nome dos impressores aparecem abaixo, em latim.

terça-feira, 6 de março de 2012

Essas características incluíam formas naturalistas inspiradas na Antiguidade Ocidental e formas de padronagens derivadas de culturas islâmicas orientais.

terça-feira, 6 de março de 2012

Calendarium de Regiomontano(Enhard Ratdolt, Peter Loeslein e Berhard Maier, 1476)

Pode ter sido o primeiro material gráfico com “faca“ e “manuseio“ em um livro impresso.

terça-feira, 6 de março de 2012

Com a impressão tipográfica, a caligrafia perdeu muitos espaços mais não todos.

Criou-se uma demanda de calígrafos para ensino e também para a redação de importantes documentos de estado e de negócios.

terça-feira, 6 de março de 2012

Eduardo Novais
Eduardo Novais
Eduardo Novais

Ludovico Arrighi é considerado um mestre italiano da caligrafia.

terça-feira, 6 de março de 2012

La operina da imparare di scrivere littera cancellaresca(Lodovico Arrighi, 1522)

Os espaços amplos entre as linhas na escrita deixam margem para as ascendentes em forma de pluma, que ondulavam para a direita em elegante contraponto com descendentes, que graciosamente tendem a esquerda.

terça-feira, 6 de março de 2012

Na França, o principal ascendente é Geoffrey Tory.

Ele ajudou a introduzir o apóstrofo, o acento e a cedilha. Ajudou também a criar uma Escola de Renascimento exclusivamente francesa de design de livros e ilustração.

terça-feira, 6 de março de 2012

Construção da letra Q de Champ Fleury(Geoffrey Tory, 1529)

terça-feira, 6 de março de 2012

Alfabeto Fantástico(Geoffrey Tory, 1529)

terça-feira, 6 de março de 2012

Foi o primeiro que se especializou no desenho e na gravura de punções para tipos móveis, como serviço prestado a outros impressores, que apenas fundiam os caracteres com as matrizes compradas.

Claude Garamond (1480-1561)

terça-feira, 6 de março de 2012

Seus tipos romanos eram desenhados com tal perfeição que os impressores franceses do século XVI conseguiam imprimir livros de extraordinária legibilidade e beleza.

terça-feira, 6 de março de 2012

Por volta de 1530, Garamond estabeleceu sua fundição e passou a vender aos impressores tipos fundidos prontos para distribuir na caixa de tipografo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Família Garamond

A fonte Garamond divide com a Times New Roman o posto de fonte serifada mais popular do mundo

terça-feira, 6 de março de 2012

Oficina de Impresão - Impressor(Abraham Bosse, 1642)

Uma gama convincente de luzes e sombras é construída com linhas arranhadas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Padrões Gráficos para o Alfabeto Roman du Roi(Philippe Grandjean, 1695)

terça-feira, 6 de março de 2012

Design gráfico da era Rococó

terça-feira, 6 de março de 2012

Já ouviram falar que uma coisa é Rococó?

terça-feira, 6 de março de 2012

Rococó foi como ficou conhecido o período da fantasiosa arte e arquitetura francesa que vai de 1720 até aproximadamente 1770.

terça-feira, 6 de março de 2012

Florido e intricado, o ornamento rococó é composto de curvas em “s” e “c” com volutas, rendilhados e formas vegetais derivadas da natureza, da arte clássica e oriental e até de fontes medievais.

terça-feira, 6 de março de 2012

Ariette, Mise en musique(Fournier le Jeune, 1756)

Grande quantidade de ornamentos florais foi necessária para montar projetos como este, que fixou um padrão de excelência do rococó.

terça-feira, 6 de março de 2012

Seu sortimento de pesos e larguras nos tipos deu origem à ideia de uma “família” de tipos visualmente compatíveis e passíveis de serem mesclados.

terça-feira, 6 de março de 2012

Exemplo de família tipográfica

terça-feira, 6 de março de 2012

Manuel typographique(Le Jeune, 1764 e 1768)

terça-feira, 6 de março de 2012

A poem, on the Universal Penman(George Bickham, 1740)

terça-feira, 6 de março de 2012

Contes et nouvelles en vers(Joseph Gerard Barbou, 1763)

Para ilustrar um poema de Jean de La Fountainem Joseph Gerard Barbou usou água-forte de Eisenm uma vinheta de Choffard e tipos ornamentados de Fournier le Jeune.

terça-feira, 6 de março de 2012

Nessa época se tentava traduzir em livros a psicologia da era Rococó – mostrando os ricos levando vida extravagante sensual e bucólica em uma alegre terra da fantasia, alheios à crescente combatividade das massas assoladas pela pobreza.

terça-feira, 6 de março de 2012

terça-feira, 6 de março de 2012

Como andavam as coisas na Inglaterra?

terça-feira, 6 de março de 2012

A referencia tipográfica e de Design na Inglaterra por mais de dois séculos foi a Europa Continental.

terça-feira, 6 de março de 2012

Guerra civil, perseguição religiosa, censura severa e controle estatal haviam criado um clima que não favorecia a inovação gráfica.

terça-feira, 6 de março de 2012

O fundador da grande tradição de qualidade do typeface britânico.

William Caslon (1692-1766)

terça-feira, 6 de março de 2012

Amostra dos tipos romano e itálico(William Caslon, 1734)

A praticidade direta dos modelos fez deles o estilo romano dominante até boa parte do século XIX em todo o império britânico.

terça-feira, 6 de março de 2012

Desenhou tipos, melhorou a prensa tipográfica, concebeu e encomendou novos papéis e projetou e publicou os livros que imprimiu.

John Baskerville (1706-1775)

terça-feira, 6 de março de 2012

Baskerville optou pelo livro tipográfico limpo, com margens largas e espaço generoso entre letras e linhas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Bucolica, Georgicas et Aeneis(John Baskerville, 1757)

Baskerville reduziu o projeto a letras simetricamente dispostas e espacejadas; reduziu o conteúdo a autor título, editora, data e cidade da publicação. Economia, simplicidade e elegância.

terça-feira, 6 de março de 2012

Família Baskerville

terça-feira, 6 de março de 2012

Dados. Quero dados!

terça-feira, 6 de março de 2012

São registrados os primeiros exemplares de geometria analítica em 1637.

René Descartes (1596-1650)

terça-feira, 6 de março de 2012

Mais tarde, o escocês Willian Playfair (1759-1823) utilizou o modelo de Descartes para converter dados estatísticos em gráficos simbólicos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Comercial and Political Atlas(William Playfair, 1786)

terça-feira, 6 de março de 2012

O estilo moderno

terça-feira, 6 de março de 2012

O termo moderno, que define uma nova categoria de tipo romanos, foi usado pela primeira vez por Fournier le Jeune para descrever as tendências de design.

terça-feira, 6 de março de 2012

“Rei dos impressores, impressor dos reis”. O maior impressor e tipógrafo italiano.

Giambatista Bodoni (1596-1650)

terça-feira, 6 de março de 2012

Saggio tipografico(Bodoni, 1771)

Influência de Le Jeune em seu trabalho.

terça-feira, 6 de março de 2012

Opera de Virgílio(Bodoni, 1793)

Projeto puro e simples. Mostra a evolução do rococó até o estilo moderno.

terça-feira, 6 de março de 2012

• Entre as características, serifas finas e retas.

• Rejeição do ornamento por Baskerville e uso generoso do espaço.

• Letras mais estreitas, condensadas

• Aparência mais alta e geométrica.

terça-feira, 6 de março de 2012

Bodoni definiu seu ideal de design como distinção, bom gosto, charme e regularidade.

terça-feira, 6 de março de 2012

A padronização de formas marcou a morte da caligrafia e da escrita como mola propulsora do design de tipos e o fim da abertura e moldagem imprecisas da antiga tipografia.

terça-feira, 6 de março de 2012

As formas precisas, mensuráveis e repetíveis de Bodoni expressavam a visão e o espírito da era da máquina.

terça-feira, 6 de março de 2012

Manuale tipográfico(Bodoni, 1818)

A nítida clareza das letras de bodoni se reflete nas molduras escocesas. Compostas de elementos duplos e triplos de traço grosso e fino, estas molduras repetem os contrastes de espessura dos tipos modernos de Bodoni.

terça-feira, 6 de março de 2012

Inovações na tipografia

terça-feira, 6 de março de 2012

Revolução industrial gerou uma mudança no papel social e econômico da comunicação tipográfica.

terça-feira, 6 de março de 2012

O ritmo mais rápido e as necessidades de comunicação de massa de uma sociedade cada vez mais urbana e industrializada produziram uma expansão rápida de impressores de material publicitário, anúncios e cartazes.

terça-feira, 6 de março de 2012

Maior escala, impacto visual e novos caracteres acessíveis eram necessários.

terça-feira, 6 de março de 2012

Não era suficiente que as letras do alfabeto funcionassem apenas como símbolos fonéticos. Os tipos agora tinham forte contraste e grande dimensões.

terça-feira, 6 de março de 2012

Paica de 12 linhas(Thomas Cotterell, 1765)

Essas letras Display de Thomas Cotterell, 1765, pareciam gigantescas para os tipógrafos do século XVIII, que estavam habituados a compor folhetos e circulares usando tipos que raramente tinham a metade desse tamanho.

terça-feira, 6 de março de 2012

Outros tipógrafos projetaram e fundiram letras mais gordas e o traço dos tipos ficaram progressivamente mais grossos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Os tipos gordos (Fat Font) foram uma importante categoria no design de tipos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Robert Thorne, William Caslon e Vincent Figgins iniciaram uma animada competição para a criação de tipos diferentes.

terça-feira, 6 de março de 2012

Antique(Vincent Figgins, 1815)

Não se sabe qual a inspiração para esse projeto original. Marca o súbito aparecimento de letras com serifas retangulares.

terça-feira, 6 de março de 2012

Fontes Toscanas(Sem autor, Séc XIX)

As duas amostras de cima são estilos toscano típicos com serifas ornamentais. A amostra debaixo é um toscano antigo com serifas retangulares curvas e ligeiramente pontudas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Egípicio Itálico Negativo(William Thorowgood, 1828)

Desfrutaram de certo popularidades durante décadas da metade do século XIX e depois saíram de moda.

terça-feira, 6 de março de 2012

Letras de fontes ornamentadas (Woods e Sharwoords, 1838-1842)

As letras grandes do tipo Fat Font propiciavam um fundo para elementos figurativos e decorativos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Obrigado!

terça-feira, 6 de março de 2012