Post on 28-May-2018
Terceiro
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J 30® róis Annuncios, linha 20 réis 3 meses.. .. 90u o Publicações r*o corno do
Avulr-o 10 » ' " • jornal, por Unha 65 rélB TERÇA-FEIRA "21 DE JANEIRO DE 1874
A&MICSJM'S-rRA KA PR«VIXCIA
1 mez 500 réis 3 meies 14400 réb A correspondência sobre administração a L)
RENA QUEIROZ, calçada do Combro, 10, micro 517
EXPEDIENTE
Pedimos aos srs. assi-
gnantes das provindas se
sirvam renovar as suas
assignaturas até ao ulti-
mo dia do corrente mez,
afim de não sofíVerem in-
terrupção no recebimento
da folha.
O nosso digno correspondente de Évo-
ra, o sr. Antonio Jacintho Vilhalva, ofle-
receu á bibliolheca publica d'aquella ei-
dadej differentes livros ultimamente pu-
blicados.
Nào veiu hontem o correio de além dos
Pyreneus.
THEATRO DE S. CARLOS
Duas perguntas, o mais nada.
Com que direito dispõe a empreza dos
camarotes para os três dias de entrudo,
privando os assignantes de um direito,
que nunca lhes foi contestado, e muito me-
nos o devôra ser agora, sabendo os em-
prezarios que lhes falta o tempo para
cumprir com as recitas de ássignatura a
que se obrigaram?
Como conta a empreza satisfazer os seus
compromissos no mez de abril, tendo es-
eripturado os seus artistas só até o fim de
março?
Recommendâmos instantemente ao sr.
governador civil que olhe um pouco por
estes abusos.
É bastante grave o estado do sr. coro-
nel Borges, que está em tratamento no
hospital militar da Estrella.
O povo de Coimbra attribue á rainha
Santa Izabel a grande secca que tem ha-
vido este inverno e que tem feito com
que se não encha o Mondego.
A santa pretende que a obra da ponte
seja acabada com presteza, para nào es-
tarem por mais de um anno interrompidas
a sua procissão e festas, que a cidade de
Coimbra costuma celebrar em sua honra.
Na próxima quintaíeira sobe á scena,
11a Trindade, a zarzuella em 2 actos O
Duende, lettra de D. Luiz Olona, musica
de D. Rafael Janando.
Os srs. Castro & irmão vão reimprimir
o Hussope, admiravel poema her#e-comi-
co de Antonio Diniz da Cruz e Silva.
A edição será annotada pelo sr. Inno-
cencio Francisco da Silva, e enriquecida
de gravuras sobre desenhos dos srs. Bor-
dai lo Pinheiro e Manuel Macedo.
É no proximo sabbado que os dignos
empregados do banco Luzitano tencio-
nam mandar cantar um solemne Te Deum
na freguezia da Encarnação, em acção de
graças pelo restabelecimento da impor-
tante saúde do sr. conselheiro Francisco
Chamiço, governador do referido banco.
Ouvimos dizer que o sr. bispo do Por-
to toma a direcção suprema d'esta solem-
nidade.
O hábil facultativo, o sr. dr. Albuquer-
que, foi quem salvou o alferes que ha dias
noticiámos ter tentado suicidar-se toman-
do uma poção venenosa.
Diz um correspondente que vae ser da-
do ae sr. Antonio Paulo Rangel, ex-com-
missaris de policia, um dos logares de
fiscaes do lazareto.
Estimaríamos muito que assim fosse.
Está em Lisboa bastante doente o sr.
dr. Lino de Macedo. Vem consultar o sr.
dr. Magalhães Coutinho e outros collegas,
a fim de allivios no seu padecimento al-
cançar.
Sabemos que o sr. dr. Lino de Macedo
vae publicar um trabalho com relação a
assumptos medicos, que deve ser impor-,
lante por que o sr. dr. Macedo, esteve al-
guns annos nas províncias de Moçambi-
que e de Goa, sendo alli professor e vo-
gal da Junta de Saúde, e lendo sido encar-
regado de varias commissões.
As inscripções de assentamento e de
©oupons foram cotadas a 45,35, e as pe-
quenas a 45,45; todas com o juro pago
até ao fim de segundo semestre de 1873.
O ex."10 bispo de Coimbra deliberou que I
no primeiro domingo de cada mez haja
Lausperenne, na capella episcopal de S.
João d Almcdida. A despeza é feita á cus-
ta de s. ex.a
Foram publicados 110 Diorio do Governo
de hontem, os estatutos da associação de
soccorros 11a inhabilidade.
Corria hontem, não sabemos com que
fundamento, que a praça de Bilbao havia
caido em poder dos cari is tas.
O jornal de Madrid, El Progresso, foi
multado em 2.000 reales pela níaueira
por que deu a noticia da suspensão, que
lhe tinha sido imposta pelo governo da
província.
(cânticos e threnosj a que deu o nome
synthetico de O Poema da Miséria.
Do livro nào podnnos, por eniquanto,
dizer senão que esperamos dVlle muito
e que o desejamos anciosos, pe!o concei-
to elevado que fazemos do seu auctor.
Candido de Figueiredo é um respeita-
dor sincero das purezas da arte; crente,
inspirado, natural, humano, alT*etuoso e
delirado nas suas composições. Nào mo-
lha a penna em fel. Procura dizer as ver-
dades com as delicadezas de um homem
de sociedade, e as elcgancias de um ra-
paz bem educado. Tem um cstylo fino,
límpido, cheio de suavidades e doçuras.
Deixa-se lôr com respeito e gosto; dei-
xa-se escutar quasi coin amor.
reira, vão intentar contra elle accão de
perdas e damnos!
Custa a crer, mas assim se affirma.
Está-se construindo 110 pavimento in-
ferior da universidade de Coimbra, por
iniciativa do sr. Fernandes Thomaz, um
grande deposito, em que serão recolhidas
as aguas da chuva que cair nos telhados
da universidade.
Dizem da Rejjoa uue estão amarrados
no caes d'aquella villa mais de 50 bar-
cos á espera de carga, mas que o Douro
se acha ali em condições taes que só os
barcos de pequeno lote podem trans-
itar.
MARIA JOANNA
Appareceu afogado no rio Odemira, pro-
ximo á villa que tem o mesmo nome, um
individuo chamado Manoel Borrega, tra-
balhador, que havia cerca de 8 dias tinjia
desapparecido. Attribue-se a excessos de
bebidas a causa d'esta desgraça.
Pelo tribunal do commercio de Lisboa
foi declarado em estado de quebra o com-
merciante Diogo-Antoni® Borges da Silv*a.
Projecta-se na Regoa a creação de um
banco.
O fundo será de 500:000^000 réis di-
vididos cm acções de 1005000 réis.
Morreu hontem o sr. D. Carlos de Mas-
carenhas, filho do valente general do
mesmo nome, e sobrinho do senhor mar-
quez da Fronteira.
Ao nobre marquez e á sua consternada
família damos os nossos sentidos peza-
mes.
Candido de Figueiredo, poeta distincto
e justamente festejado, escriplor de esty-
lo duce, elegante e persuasivo, auctor das
Parietarias, do poema 'lasso, e de ou-
tras composições brilhantes a que deve
o seu renome, collaborador assíduo e
sempre bem acceite do jornal conimbri-
cense A Folha, emprehende actualmente
a publicação de um volume de poesias
Não se transvia pelos atalhos lobregos
onde transitam alguns que appellam pa-
ra o tribunal do futuro da sentença que a
seu respeito lavra o bom senso e o bom
gosto do presente; nem deixa cair a
lyra de oiro nos lodaçaes deuin pseudo-
realisino em que andara chafurdando
uns tantos que temos por varias vezes
dependurado aqui.
Por isso acolhemos com alegria a nova
da appançào próxima do seu livro, e lia-
dos em tão recommendaveis precedentes,
ousamos reconimendal-o desde já, com
instancia, aos nossos leitores.
Ha desejos de se estabelecer na Regoa
um mercado nos dias 14 de cada mez.
Os engenheiros, encarregados do tra-
çado do caminho de ferro da Povoa de
Varzim, teem andado estudando o local
onde, dave ser construída a estacão no
Porto.
Tem estado em Évora uma companhia
hespanhola de declamação; mas pouco
tem feito porque o pessoal não satis-
faz.
Ouvimos dizer que o sr. Máauel José
Ferreira já fizera requerimento pedindo
para transferir os seus direitos como em-
rezario do theatro de S. Carlos. Tarn-
em ouvimos que os eollegas do sr. Fer- E
Subiram á somma de 3:0Wi£520 réis os
donativos que o Commercio do Porto re-
cebeu de dilTerentes pessoas caritativas 6
distribuiu pelos pobres no anno de 1873.
Esteve bastante concorrido no domingo
o concerto e baile de mascaras no Casino
Lisbonense. •
Foi prorogado por mais dois annos o
contrato que a camara municipal do Por-
to tinha feito com o sr. Antonio Gomes da
Silva, em relação ao serviço da jardina-
gem e arvoredo da cidade.
Recebemos o 11.0 3 da Revista dos T/iea-
tros, de que é director o sr. Gervásio Lo-
bato. Traz revistas dos theatros de Lisboa
e Porto, e noticias diversas.
Annuncia para breve o beneficie da
actriz Virgínia.
A camara municipal do Porto vae re-
presentar ao governo acerca da necessi-
dade de adquirir a quinta da Torre, que
o sr. Luciano Simões de Carvalho possue
na rua de Santa Catharina d'aquella ci-
dade.
Parece que o celebre cura Santa Cruz
voltou outra vez a Hespanha, mas inimi-
go de D. Carlos e partidario de seu irmão
Affonso de Este.
HIGH-LIFE
Faz annos hoje, a ex.0" sr.- D. M. Ama-
iia de Azevedo Coutinho.
—E' hoje. o anni versario natalício da
sr.a viscondessa de Azurara.
—Regressa hoje á sua casa em Borba o
ex.mo sr. José Maria da Silveira Menezes e
suas interessantes filhas.
Km companhia do sr. Silveira vae seu
primo o sr. Antonio José de Sousa Aze-
vedo.
—Faz hoje annos a ex.m" sr.u D. Ma-
riatma Jacobettv Midosi, mãe do nosso
distincto collaborador, o sr. dr. Paulo Mi-
dosi.
Os nossos parabéns.
—Está em Beja o sr. commendador
Franco Sá.
—Estão em Lisboa os srs. Francisco da
Costa Abreu e Antonio Homem da Costa
Cabral.
—Chegou hontem do Porto o sr. Diogo
de Macedo, engenheiro florestal.
Recebemos o n.° 9 da Arte dramatica.
Traz o retrato do actor Antonio Pedro, e
premette para o numero seguinte o da
atriz Delfina. I)iz ser esperada brevemen-
te em Lisboa a companhia da celebre trá-
gica italiana Civili.
Está concluída a estrada que liga a
freguezia de Vallega á villa de Ovar.
O bandarillieiro Peixinho que estava
em Setúbal foi accommettido de um ata-
que cerebral.
O policia Antunes, auxiliado pelos guar-
das n.° 33 e 71 da 2/ divisão capturou
em uma casa na rua da Amendoeira José
de Oliveira o marítimo, c em uma hospe-
daria na rua dos Vinagres João Maria, o
Padeiro, por serem e^tes indivíduos os ra-
toneiros que da noite de lt> do corrente
roubaram de cima de um banco, que esta-
va á entrada na porta da loja da rua do
Ouro n.° 114* 6 pecas de llanella 110 va-
lor de OOáOOO réis," estando algumas já
em retalhos empenhados e outras vendi-
das que foram aprehendidas e remettidas
hoje bvem como os presos para a ±° dis-
tricto.
Na primeira dezena de janeiro nasce-
ram em Madrid 36G indivíduos e morre-
ram G39.
Quer-nos parecer que até os obilos em
Madrid augmentaram com a pressão
atmospheriea da republica. Oxalá nos en-
ganemos.
O periodico madrileno Las Circunstan-
cias foi multado em 250 pesetas por ter
publicado a revista da imprensa, c por
transcrever artigos de outros jornaes que
tinham incorrido na pena da lei.
Uma republica assim navega com cu-
teVos e varredoras. O peior é se fôr en-
gulida por algum cyclone.
A Gaceta de Madrid publicou um de-
creto pelo qual declara que o levanta-
niento dos rails dos caminhos de ferro, a
interrupção da via ferrea por qualquer
meio, os cortes de pontes, o ataque aos
trens feito de mão armada, a destruição
ou deterioramento dos objectos destina-
dos á exploração e todos os mais prejui-
ses causados nas vias ferreas que possam
prejudicar a segurança dos viajantes ou
mercadorias, se reputarão delictos contra
a ordem publica, devendo ser castigados,
segundo as circumstancias, com a pena
de morte, ou cçm outras de que trata o
codigo penal.
Todos os implicados n'estes crimes se-
rão sem demora subinettidos a conce-
lho de guerra.
A republica não é de meias medidas.
Falleceu o sr. general de brigada refor-
mado, Francisco Evaristo Leoni. Foi ho-
mem muito estudioso e entendido em as-
sumptos litterarios. Foi também auctor de
diversas obras, sendo d'ellas as mais no-
táveis as que se intitulam: O gaxio da
lingua portugueza e Camões e os Luzia-
das. O sr. Leoni pertencia á arma de ar-
tilheria.
Por ir correndo a toda a brida com o
seu trem pela rua do Chiado, foi preso,
no domingo pela uma hora da noite, o co-
cheiro Luiz d'Almeida. Este trem foi de
encontro a outro fazendo-lhe alguns es-
tragos.
Houve toques de apito por uma patru-
lha até a rua da Prata, onde teve logar a
prisão.
DIÁRIO ILLUSTRADO
Pifblicou-se no Porto o primeiro nume-
ro do jornal o Club. Por dais vezes pre-
tende o college arranhar-nos, mas sem o
tsonseguir. Ainda nas faxas intantis ja o
Club denuncia o que ha de ser quando
chegar a homem.
Em todo o caso seja muito nem appa-
recido. _
A comedia do sr. Rangel de Lima, Ao
calçar das luvas, que no sabbado, no be-
nencio .la distiucta aotriz Maria das Do-
-res. subiu pela primeira vez á scena no
theatro do liymnasio, é uma Una compo-
sição delicadamente dialogada, e ligeira-
mente architectada.
O theatro francez abunda n este genero
de comediasinhas de sala, desempenha-
das unicamente por dois personagens, e
algumas delias ouvimos nós, ha ainda
poucos aunos, elegantemente conversadas
por Santos e Letroublon.
Quem imitasse o exemplo francez, e que
por cá nào havia muito. O sr. Hangel de
Lima, que tão brilhantemente se estreiou
110 genero lever-du-rideau, tem dewle a
noite de sabbado obrigação indeclinável
<le conquistar novos triumphos.
Foi hontem inspeccionada pela reparti
çào das obras publicas a secção do cami-
nho de ferro americano de Alcantara a
Belem. Foi julgada em circnmstancias de
sèr aberta á circulação.
Na loja n.° 25. da"rua de S. Cyro, foi
preso ás 11 horas da noite um individuo
que maltratara de pancadas a mulher coin
quem vivia, ferindo-a no rosto. Houve
gritos de soccorro dados por um lilho
<Testa. ^■___
. Foi considerado limpo de cholera mor-
bus desde 20 do corrente, o porto de An-
tuérpia.
Chamamos a attençào para o annuncio
que na secção rompetente publica a em-
preza do theatro do Principe Heal.
Tem diminuído por tal forma o com-
niercio de Buenos-Àyres, que,tendo subi-
do a 100:000 pesos diários os direitos da
alfandega, ficou reduzido a 35:000.
Vae ser cantada em Madrid, a opera
J{uy lilás, desempenhada pela sr.' Fossa
e pelo tenor Ugolini.
O sr. Albano da Silveira Pinto está es-
crevendo a Resenha das famílias titula-
res de Portugal.
Foi declarado limpo de cholera mor-
bus, desde 21 do corrente, o porto de Car-
tagena.
São jã quatro as concessões pedidas
para caminhos de ferro de via estreita e
de tramways para as Caldas da Rainha e
Leiria. .
A prioridade pertence ao caminho Lar-
manjat.
Effectuaram-se hontem na sé patriar-
chal os officios fúnebres por alma da de-
functa imperatriz, e esposa do sr. D. Pe-
dro 4.", de gloriosa memoria.
Assistiram a este acto suas magestades
el-rei 1). Luiz. a sr.* D. Maria Pia, sua
alteza o sr. infante D. Augusto, corpo di-
plomático todos os membros do ministé-
rio, pares do reino, deputados, titulares,
generaes de terra e mar, officialidade dos
diíTerentes corpos da guarnição, empre-
gados civis, associação dos veteranos da
uberdade, deputações de vários asvlos e
associações de que sua magestade impe-
rial era protectora, muitas senhoras e
povo.
Suas magestades el-rei D. Luiz e a se-
FOLHETIM
MARIA JOANNA
Não deve a aristocracia da arte ser ei-
vada de preconceitos como a aristocracia
social, nem distanciarem-se de tal modo
ali os graus hierarchieos da grandeza
que não possam todos abraçar-se pelo la-
ço da confraternidade artística.
Se ha cathegorias nos differentes thea-
tros, se ha gradações no merecimento
dos actores e actrizes, também na inicia-
ção ha graus, também nos templos ha su-
premacias hierarchicas, e não deixam por
isso todos os iniciados de ser irmãos; tam-
bém na milícia ha postos, também nas dif-
ferentes armas lia preeminencias relativas,
e não deixam todos os alistados de serem
camaradas.
A arte é uma iniciação; os artistas sao
uma cohorte, ligada pelos mais estreitos
vínculos da camaradagem.
Theatros de primeira e de segunda or-
dem, todos egualmente desempenham a
dupla missão de instruir e deleitar; em
todos se presta egualmente culto â arte,
embora n'uns se desvendem mysterios
mais sublimes, que os outros não podem
penetrar.
E' por isso que, tendo frequentes vezes
rendido homenagem ás glorias e trium-
phos das grandes notabilidades scenicas,
entoando os louvores dos principaes thea-
tros portuguezes, não desdenhamos de
modo algum os que lhes são inferiores
em consideração artística e que tantas
vezes têm sido o berço das notáveis voca-
êões, cemo as de Antonio Pedro, que é
oje um dos principaes vultos da scena,
Queiroz, apreciado pelos frequentadores
de todos os theatros a que tem pretenci-
do, Isidoro, que é uma raputa^io feita e
consagrada pelo consenso publioò, Au-
nhora D. Maria Pia foram recebidos com
0 ceremonial estabelecido para estes aetos.
A' porta do templo aguardavam os au-
gustos monarchal o ministério, generaes,
e camara municipal. Sua eminoneia o sr.
cardeal patriarcha, o seu cortejo, foi de
cruz alçada receber suas magestades á
entrada da Sé.
Os nossos reis eram seguidos pela da-
ma de serviço a ex.— sr." condessa de
Sousa Coutinho; camarista, o sr. marquez
de Fica lho: voadores, os srs. conde de
Valle de Reis e visconde da Lançada;
ajudante de campo, o sr. general Caula;
e official ás ordens, o sr. I). Francisco de
Almeida.
.•v guarda de honra foi feita por infan-
teria 16 e o trem de suas magestades era
escoltado por um esquadrão de lancei-
ros 2.
Os officios fúnebres terminaram á uma
hora da tarde, salvando o Castello, nesta
occasião com 21 tiros, c tendo disparado
1 tiro de quarto em quarto de hora, des-
de as 11 horas da manhã.
Os tres batalhões de voluntários e a
artilheria da cidade de Tarragona entre-
garam os seus arm amentos sem opposi-
ção.
A camara municipal da Regoa vae pe-
dir a creaçao de caixas do correio nos
1 pontos mais centraes d'aquella villa, e a
concessão de carteiros suffirientes para
a distribuição da correspondência.
! INCÊNDIOS
la sendo pasto das chain mas, ás 2 ho-
ras e meia da madrugada de hontem, o
palacio onde habita o sr. ministro inglez,
na rua de S. Francisco de Borga n.° 63.
O sinistro começou com grande violên-
cia n'um gabinete, destruindo quasi to-
daa mobilia, passando ainda ao viga-
mento e a outra sala contigua, onde cau-
sou também bastante prejuízo.
O incêndio não tomou maiores propor-
ções, graças aos promptos soccorros e ás
acertadas medidas tomadas pelos primei-
ros empregados.
A mobilia está segura na companhia
Queen.
O prédio, que pertence aos herdeiros
do sr. visconde de Orta, está seguro na
companhia Fidelidade, ficando muito dam-,
ni ficado.
As torres tocaram 26 badaladas e ga-
nhou e premio a bomba n.° 13.
—A' uma hora da tarde de hontem fo-
ram chamados os soccorros para o fogo
que estava em começo no 5.° andar do
prédio 134 na rua da Rosa, em um col-
chão, o que foi logo extinctò, compare-
cendo o carro n.° 3 e todo o pessoal do
districto. _
Tem sido muito bem recebida em Évo-
ra a extineção da roda e sua substituição
por hospícios.
Deve-se este facto á solicitude, intelli-
gencia e zelo dos sr.-. governador civil e
secretario geral do distridto.
Falleceu no Funchal del um ataque apo-
pletico o sr. Antonio Gonçalves de Almei-
da, negociante e proprietário. O finado
era pae do nosso amigo o sr. João Baptis-
ta de Almeida, acreditado negociante nes-
ta cidade.
Contava grande numero de amigos, e
era muito considerado tanto pelo seu ca-
racter probo, como pelas silas excellentes
qualidades.
Tinha 74 annos de idade.
Na próxima sexta-feira, ás 10 horas da
manha, ha officio è missa na parochial de
Santos, que por alma do falleeido manda
gusto, já hoje muito considerado, Alvaro,
que com tão bons auspícios se estreiou na
carreira scenica, e muitos outros de que
nos não occorre agora o nome.
Entre o pessoal das companhias dos
theatros secundários, e n'elles compa-
nheira na aprendizagem, no estudo e na
dedicação ao culto da arte de muitas das
notabilidades, que ali nasceram e se
crearam, figura vantajosamente, por mui-
tos titulos, a actriz Maria Joanna, de que
hoje o Diário Jllustrado dá o retrato, in-
cumbindo-nos o encargo de o acompa-
nharmos de breve noticia áccrca da sua
carreira artística.
No theatro da Rua dos Condes, antigo
emporio das glorias scenicas, templo de
iniciação de tantos e tão explendidos ta-
lentos, arca santa da arte dramatica por
tantos annos, recebeu Maria Joanna o seu
baptismo, sendo dirigida nos primeiros
passos pelo ensaiador Bernardo Victor de
Mendonça, que, distinguindo o engenho da
joven discípula, lhe confiou um papel de
soubrette na comedia n'um acto Casamen-
to por commodidade, que foi a sua estreia
como actriz.
Mas não tardou em ser aquelle ensaia-
dor substituído pelo actor Simões, o qual
deixou na sombra a principiante, pouco
animada com o estacionamento da sua
carreira, que èlla com louvável empenho
desejava ver progredir.
Era por este tempo ensaiador de musi-
ca no theatro das variedades, decaído das
pristinas e gloriosas tradições simulta-
neamente com o da rua dos Condes, o
grande eompositor Casimiro Junior, que,
tendo informações da boa voz de Maria
Joanna, a convidou a ser admittida como
corista n'aquelle theatro, e ahi se estreiou
ella n'um pequeno papel da magica Ij)te-
ria do Diabo, sendo-lhe, pouco depois
confiado, pelo dr. Luiz de Araujo, o de-
sempenho de um personagem da come-
dia A ceia 7io campo, por clle traduzida
expressamente para este fim. e no qual
resar seu inconsolável filho, o sr. João Ba-
ptista d'Almeida, a quem damos os nos-
sos sentidos pesames.
O annuario da sociedade franceza pro-
tectora dos animaes traz a lista dos seus
socios com referencia ao mez de outubro
ultimo. A ajuisar pelo numero de folhas,
e de nomes n'ellas contidos, não tem me-
nos de dois mil socios, repartidos pelas
diversas classes sociaes.
A sociedade protectora dos animaes já
hoje robusta, tende a augmentar-se com
rapidez, obtendo pouco a pouco os bene-
licos resultados a que se propõe.
E' de crér que a exemplo d'esta se for-
mem outras sociedades, como effectiva-
mente tem succedido, e que em tempo
mais ou menos remoto, segundo as respe-
ctivas civilisaçòes dos paizes, se consi-
ga pôr em pratica e generalisar os senti-
mentos caritativos para com os animaes.
O popular poeta Garcia Gutierrez está
acabando um poema intitulado Roger de
FlorjC Trueba um novo livro que tem por
titulo Sarraçues Populares.
O sr. Augusto Garrido pediu a conces-
são de duas linhas ferreas de via reduzi-
da, uma entre a cidade de Loanda e o Go-
lungo Alto, e outra entre o Dende e Ca-
sengo. —■
Foram apresenta das sabbado na ca-
mara dos pares pelo sr. bispo de Bragan-
ça as seguintes representações:
1.® de 65 senhoras de Gòa, pedindo des-
pacho favorável ás representações que os
indo-portuguezes enviaram áquella cama-
ra e foram apresentadas pelo sr. conde
de Cavaileiros, e depois remettidas á com-
missão ecclesiastica.
2/ representação de 1065 cidadãos in-
do-portuguezes, das tres comarcas do
territorio de Gòa,—Salsete, Bardez, e Ilhas
declarando adherir ás representações de
seus patrícios, apresentadas á camara
dos pares pedindo a restauração do Pa-
droado por meio da organisaçao da mis-
são ultramarina; idênticas, de indo-ingle-
zes e de indo-portuguezes, residentes nas
possessões britannicas.
E' a 3." de 544 signatarios de Belgaum
e de Bombaim.
A 4.- é de 450 signatarios de Madrasta
e Cocliim, sendo as assignaturas d'esta
em caracteres da lingua tamul, com a
transcripção ao lado em caracteres euro-
peus.
Avulta entre as assignaturas a de um
príncipe indio, D. Gabriel da Cruz Vaz
Paludar, príncipe de Parvas, as de vá-
rios membros de sua família e as de ou-
tras pessoas de distineção. Este príncipe
tem sido um estrenuo defensor do Padroa-
do, e todos esses signatarios são os que
ainda o sustentam nos dominios inglezes.
O Caçador, vapor pertencente ao sr.
Burnay, também havia saido do Tejo com
mantimentos para a fragata que de Sa-
gres se disse ser franceza e ter a tripula-
ção extenuada de fome e de séde. Voltou
porém sem a encontrar, e outro tanto nos
consta ter acontecido á Bartholomew pias.
Ignora-se por emquanto de que navio re-
cebeu a dita fragata mantimentos. Dizem-
nos que era hespanhola e que a tripula-
ção era dos intransigentes.
Falleceu hontem o sr. visconde da Gra-
ça, proprietário c capitalista muito conhe-
cido em Lisboa.
O sr. Jorge, Croft era súbdito britan-
nico e foi agraciado por sua magestade fi-
delíssima com o titulo de visconde da Gra-
ça, quando o sr. duque de Saldanha es-
teve ultimamente no poder.
Maria Joanna foi muito applaudida, po-
dendo dizer-se que foi esta peça verda-
deiramente a sua confirmação artística.
Seguiram-se as comedias Cantor im-
provisado e Uma entalara o, onde a actriz
conseguiu agradar, recebendo com o ap-
plauso publico a saneção de que podia
proseguir na carreira da arte, que tão
gostosamente encetára.
Luiza Candida, que então gosava de
boa nomeada entre os frequentadores
d'aquelle theatro, deixou^ de fazer parte
da companhia d'elle; e não foi sem cons-
trangimento e sobresalto que Maria Joan-
ua se viu encarregada dos papeis que
ella desempenhara na opera cómica O vi-
veiro de fr. Anselmo e nas comedias Uma
senhora para viajar, Marquez feito á
pressa, Os operários e muitas outras, que
eram então do repertorio d'aquelle thea-
tro.
Quando o ensaiador, que era então Isi-
doro, intentou confiar a Marina Joana o pa-
pel do Viveiro de fr. Anselmo, o tradu-
ctor d'esta peça quiz-se oppõr a isto, pela
pouca confiança que tinha no merecimento
da actriz ainda inexperiente, mas, accre-
dendo a ouvil-a n'um ensaio, não só re-
formou o seu juizo, mas até applaudiu a
substituição, onde Maria Joanna colheu
fartos applausos e conquistou notáveis
svmpathias do publico que frequentava a
platéa d'aquelle theatro, valendo-lhe o de-
sempenho d'esta peça o ver elevados os
Reus vencimentos inensaes de 4:800 a rs.
20:000, quantia quo era então considera-
da quasi como um primeiro ordenado alli.
As magicas vinham annunciar com a
sua varinha de condão uma época de re-
lativa prosperidade ao velho theatro da
calçada do Salitre, e Maria Joanna firmou
mais os seus créditos no desempenho dos
que tiveram por titulo A ave do Paraizo,
Os amores do diabo e A per a de Satanaz.
Das Variedades passou a já então apre-
ciada actriz para o theatro do Principe
Real, onde proseguiu com nalteravel feli-
O^sr. Croft casou, ainda muito novo,
com uma filha da primeiro barão de Bar-
cellinlios; c deixa um filho e uma filha,
sendo esta, actualmente, a sr.* viscondes-
sa de Porto Covo de Bandeira.
O enterro do finado deve realisar-se
hoje ao meio dia.
Na próxima quinta-feira 29 vão os as-
pirantes de marinha á Margueiraipara re-
ceber uma iieção pratica dos trabalhos
geodesicos e hydrographicos, sob a diree-
Íão do distincto official da armada o sr.
lento Maria Freire d'Andrade.
Repetiu-se mais um grave attentado
contra a?disciplina, que evidenceia o aba-
timento e a dcsorganisaçào militar que
lavram no nosso exercito.
Eis o caso:
Um destacamento de caçadores 1, de
guarnição no lazareto, foi pernoitar ao
Barreiro, quando foi rendido; e como o
capitão commandante da força notasse >
estado de embriaguez de uma das pra-
ças, determinou que ella fosse retida no
quartel para evitar qualquer confiicto, e
impedir também que um homem que
veste uma farda se exposesse á irrisão
publica, deshonrando pelo seu desman-
damento a nobre profissão de servir a
patria nas fileiras militares.
O capitão, querendo verificar se as
suas determinações tinham sido cumpri-
das, dirigiu-se ao aquartelamento, e ali
o soldado punido, depois de insultar de
palavras o capitão, aggrediu-o com sue-
cos, sendo precisa a intervenção de ou-
tras praças, para que terminasse o con-
fiicto.
Ha a notar n'esta falta, que o capitão
precedeu de um modo perfeitamente le-
gal, e em harmonia com as disposições
militares, tomando-se por isso muito mais
grave o attentado de que damos noticia.
Ha poucos dias vimos num jornal hes-
panhol que um sargento de caçadores de
Berbasto foi fuzilado, vinte e quatro ho-
ras depois de ter assassinado um alfe-
res. Aqui, a soldadesca indisciplinada,
assassina, esbofeteia, desacata os supe-
riores, e são irrisoriamente castigados
em nome da humanidade, que os delin-
quentes não respeitam, mas que sabem
invocar, para poderem continuar a exer-
cer as suas gentilezas.
É porém verdade que a Hespanha con-
seguiu ter o seu exercito disciplinado,
quando ha bem poucos dias era elle o
primeiro elemento de desordem; e nós,
no remanso da paz que desfructamos, só
presenceamos diariamente desacatos con-
tínuos e perniciosos, praticados pela sol-
dadesca desenfreada.
Não procurem, quanto antes, pôr ter-
mo a este estado desgraçado, que, com
certeza, não hão de encontrar o apoio da
força publica quando a manutenção da
ordem e a independencia da patria o re-
clamarem.
Antes, pelo contrario, ha de ser o que
hoje se chama exercito, que ha de influir
poderosamente para aggravar os males
do paiz.
Foi hontem sepultado no cemiterio
oriental, em jazigo da família, o corpo da
ex."" sr.a D. Gertrudes Colffs Guimarães,
viuva do sr. Antonio José ColfTs Guima-
rães, que por muitos annos exerceu as
funeções de secretario da bibliotheca na-
cional de Lisboa.
Era uma senhora virtuosa e aperciada
pelos seus elevados dotes, que serviram
sempre de espelho a todos os seus paren-
tes e mais pessoas da sua intima ami-
sade.
cidade na sua carreira dramatica; e d'ahi
tornou de novo a escripturar-se na Rua
dos Condes, tornando-se n'essa época no-
tável, entre muitas outras pecas, o desem-
penho das operas-comicas 0 joven Tele-
maco e o Elixir damor.
O theatro do Gymnasio, que depois de
uma existencia esplendida e ditosa vira a
mão da adversidade bater-lhe rijo á por-
ta, teve velleidades de rivalisar com os
outros que estavam ensaiando coino pros-
pero successo o então novo e attraente re-
pertorio de Offenbach, e procurando or-
ganisar o seu pessoal para a exibição de
um genero em que esperava encontrar
salvaterio e que serviu apenas para lhe
cavar mais rapida a ruina, que só muito
mais tarde e com a exploração de outro
jenero poude reparar, empenhou-se com
todo o afan em escripturar Maria Joanna,
cuja voz era então muito apreciavel, como
o mostrou nas Georgianas e depois nas
Recordardes de Mabile na Boneca e na
Flor de Café.
Mas a quebra da emprèza que tomára
a peito implantar o genero da opera bur-
lesca n'aquelle palco, acostumado ás fa-
cécias da boa e jovial comedia, ás alegrias
da scena cómica, e por vezes também ás
coinmoções suaves e sentimentaes da co-
media-drama, levou outra vez Maria Joan-
na para o theatro da rua dos Condes,
onde se conservou até ao anno preterito,
e onde teve o período mais florescente
da sua carreira artística, comquanto cor-
tado das atribulações e infortúnios por
que passou aquella eiwpreza, da qual
por vezes deixou até de recebor orde-
nado.
Foi ahi e n'essa época que Maria Joan-
na revelou a principal physiQiiomia da
sua aptidão artística, tornando-se notá-
vel no desempenho das parodias das ope-
ras Lucrécia Borgia, Norma e Trovador,
3ue já desempenhára também nas Varie-
ades, seiado neste genero que colheu a
sifti melhor coroa, e que firmou mais so-
A finada mostrou-se sempre grata ao
coração bondoso d'elrei o sr. D. Luiz, que
por um acto de summa benevolencia lhe
havia concedido uma pensão attentos os
serviços prestados pelo marido da mesma
finada, como preceptor que havia sido de
chorado monarcha o sr. D Pedro V.
Respeitando a memoria da ex."" sr." D
Gertrudes ColfTs Guimarães depositamos
hoje no seu jazigo uma corôa de perpe-.
tuas saudades.
A companhia dos caminhos de ferre
americanos pediu ao governo que lhefotse
concedida a necessaria licença para con-
tinuar • prolongamento das suas linhar
ató á villa de Cascaes. Esta pretençào foi
deferida.
O sr. Jayme Larcher foi nomeado para
proceder aos melhoramentos e outros ar-
ranjos indispensáveis nas difTerentes ofi-
cinas do arsenal da marinha.
Segundo as noticias que tivemos de Ma-
cau, consta que o sr. visconde de S. Ja-
nuario pedira a exoneração de carge de
governador geral d'aquella provinda.
Foi approvada, para uso das escolas
primarias, a 3." edição do livro intitula-
do: Leituras populares, instructivas e
moraes, por Pedro Wenceslau de Brite
Aranha.
No demingo á noutinha foi atropelada
por um trem na calçada do Salitre uma
senhora, que ficou bastante maltratada,
A policia prendeu o cecheiro.
O general hespanhol Villacampa ma«-
dou erganisar em Maestrazgo diverses
corpos de guerrilhas para combater as
guerrilhas carlistas.
Os soldados da 5." companhia do regi-
mento de infanteria n.° 18, aquartelade
no Porto, mandaram celebrar 14 missas
por alma do seu falleeido capitão e sr.
Manuel Luiz de Almeida.
Reuniu hontem em Coimbra a Associa-
ção dos Artistas de Coimbra, para deli-
berar acerca do modo de representar aos
poderes públicos em relação á escolha da
directriz do caminho de ferro da Beira.
Publicou-seo 1.° numero de uma folha
semanal de instrucção e recreio que tem
por titulo O génio.
Traz um retrato de Mozart. Desejamos
prosperidades ao collega.
Agradaram muito no Gymnasio as ne-
vas peças que a actriz Maria das Dores
escolheu para o seu beneficio.
No domingo foi completa a enchente e
todo o espectáculo foi applaudido.
Esta noite repetem-seas mesmas come-
dias e Taborda representa mais outra vez
O Amigo Banana.
A camara municipal do Porto elegeu
vogaes para a junta de repartidores da
contribuição sumptuaria *e de renda de
casas, para o bairro oriental da cidade
do Porto, o sr. visconde de Fragozell», e
para o bairro occidental o sr. visconde
da Trindade^
Durante a terceira, dezena de dezembro
houvè em Madrid 480 nascimentos e 805
fallecimentos.
Se vae por este andar fica Madrid sem
gente.
O general Contreras, Ferrer, Galvez e
outros emigrados de Cartagena estão pre-
sos no Castello d'Oran á disposição do
governo francez.
Appareceu um individuo assassinado
na rua de Toledo, em Madrid, reconhe-
lidamente o seu renome, não havendo en-
tre as actrizes dos theatros em que se tem
ensaiado a parodia lyrica quem melhor
e com mais felicidade desempenhe pa-
peis da indole dos que Maria Joanna ali
desempenhou.
Filha piedosa e coração aberto ao sen-
timento da caridade, tem a actriz quo
hoje celebra a sua festa artística no thea-
tro do Principe Real, a que novamente
pertence, alcançado applausos e glorias
na sua carreira, limitada quasi sempre a
theatros de segunda ordem, mas onde
tem sabido obter um dos primeiros loga-
res sem contestação, quer nos papeis do
genero acima dito, quer nos de soubrette,
como hoje se diz, e que correspondem
quasi aos que outr'ora se dominavam
lacaia, genero ligeiro, fácil, alegre, folga-
são, sempre tão apreciado nos theatros
populares e n'elles tão explorado pelos
escriptores drainaticos, que encontram
na actriz uma graciosa interprete das
suas creações.
Têm os theatros d'esta natureza o seu
publico especial, o seu repertorio adequa-
do, a sua physionomia característica;
molda-se ali tiido pelo gosto dos espe-
ctadores que os frequentam, escasseiam
n'elles por vezes os bons ensaiadores, não
raro ficam por desvendar os mysterios
mais sublimes da arte; mas também acon-
tece frequentemente encontrarem ali os
papeis aprimorada interpretação, revela-
rem-se n'elles notáveis aptidões artísticas,
darem os primeiros passos grandes e no-
táveis talentos, e n'essa atmosphera assim
mixta, assim desègual, em que nem sem-
pre domina o que é máu, em que muitas
vezes os espectadores mais exigentes têm
que applaudir conscienciosamente, em
(|«e a arte se cultiva com boa o resoluta
devoção, teni Maria Joanna obtido glo-
riosas primasias e conquistado uma in-
contestável preeminencia.
Ciikistovão de Sá.
DIÁRIO ILLUS TRADO
e«do-se que havia pertencido ao eorpo
ie tegurança publica, na qualidade
toupector.
Actualmente estava empregado na fa-
brica de chocolate da companhia Colo-
BIBLIOGRÀPHIÀ
Diceionario de educarão e ensine,
e As grandes Invenções
C#m o nosso numero de quinta feira
passada mandámos distribuir aos nossos
aasignantes um papel em que a Livraria In-
ternacional, do Porto, de que é proprietá-
rio o sr. Chardron, annunciava haver ter-
minado a publicação de duas importan-
tíssimas obras, quaes sào as que servem
de enunciado a esta noticia.
Sàt tào raros os editores em Portugal, e
principalmente os de obras de valia in-
trínseca e applicação social, que começa-
remos por louvar a quem não receiou,
como o sr. Chardron, metter hombros á
empreza de que os mais ousados se arre-
ceiam.
O primeiro dos livros editado pelo sr.
Chardron, o Diceionario de educação e en-
sino, revela logo no titulo o seu préstimo
antes mesmo de ser consultado, e muito
mais depois de conhecido o methodo di-
dáctico, que constitue inneçavelmente a
sua primasia sobre outros livros da mes-
ma indole, e destinados aos mesmts fins
otrílisadores.
Com o tacto que tem até agora distin-
guido o editor na escolha dos homens a
quem deve confiar o bom êxito das suas
emprezas litterario-industriaes, convidou
«lie o sr. Camillo Castello Branco para in-
terprete da quasi totalidade dos artigos
<la encyclopedia que, com o nome de
Deccionario de educação e ensino, tem por
intuito pôr a sciencia ao alcance de todos,
debaixo da fórma a mais popular e pro-
veitosa, senào a mais amena.
Conhecido como é o tacto litterario do
sr. Camillo Castello Branco, e o seu pro-
funds conhecimento da lingua materna,
não é deslocada a afirmativa de que o li-
vro de que tratámos se avantaja a todos
os outros do mesmo genero, quer pela
maior copia de indicações, e desenvolvi-
mento de princípios, quer pela fórma por-
tugueza de que o traductor os soube revis-
tarão que nào é para despresar, antes mui-
to para levar em conta,na confusão techni-
ca a que o progresso nas artes, nas scien-
cias e na litteratura levou o vocabulario
das nações que se deixaram atrasar litte-
raria ou scientificamente das outras.
Nào foi porém Camillo Castello Branco
o único padrinho do Diceionario de edu-
cação e ensino. A' sua consciência de ho-
mem de lettras repugnava incumbir-se da
traducçào de algumas das partes consti-
tutivas do utilíssimo livro que o sr. Char-
dron desejava ver entre todas as màos,
menos por espirito de mercantilismo, do
que por amor io desenvolvimento intelle-
ctual dos leitores e interesse p.*los menos
versados nas matérias, que o original fran-
cez com tamanha clareza expende e de-
senvolve.
N'este intuito foi convidado o sr. Aze-
vedo e Albuquerque, professor de mathe-
matica, para traduzir e ampliar os arti-
gos a que se nào prestava a indole espe-
cial dos estudos do sr. Camillo Castello
Branco, concorrendo um e outro, em har-
monia de desejos e boa vontade, para dar
ao Diccionarii de educarão e ensino a ne-
cessária unidade em obra que, por ser
encyclopedica, nào deixava de o recla-
mar.
Outro livro egualmente editado pelo sr.
€hardron é intitulado As grand's desro-
bertas; e é seu auetor Luiz Figaier, escri-
ptor que tomou a peito popularisar a sci-
encia, amenisando-a e tornando-a com-
prehensivel dos mais desprovidos de quaes-
quer noções, nào diremos elementares,
mas pouco mais do que elementares.
Foi encarregado da traducçào o sr. An-
tonio Plácido da Costa, que se desempe-
nhou d'ella de um modo que denuncia
possuir os conhecimentos indispensáveis
para trasladar a portuguez sem incon-
gruências nem tibieza de phrase o que
acerca das grandes invenções modernas
resumiu a provada aptidão scientilica de
Luiz Figuier, o mais notável dos recopi-
Jadores contemporâneos.
Destinados a fins diversos e a leitores
de edades diíTerentes, os dois livros do
que acabámos de fazer menção podem
julgar-se nascidos de uma mesma idéa
utiíitaria, sendo o primeiro, em uma das
suas partes, auxiliar indispensável á com-
prehensào do segundo, tào intimamente
frende a apreciação das descobertas, que
sao o orgulho da humanidade, com as
simples noções das sciencias de que o
Diccienario Universal nos dá o resumo.
Até o fim do presente mez o sr. Char-
dron sustenta os preços modicos, relati-
vamente ao numero de folhas dos volu-
mes indicados, á sua nitid>*z typographi-
ca, c á dispendiosa acqui>i<;ào que fez dos
clMes das gravuras, mas de fevereiro em
diante as duas obras sobem de preço, au-
gmentando a primeira cm iáOOO réis, e
a segunda em 500 réis.
Pomos os nossos assignantes de sobrea-
viso, indicando-lhes a tempo a possibili-
dade de fazerem uma notável economia
com a compra rapida de dois livros utilís-
simos.
A Igualdade, de Madrid, fallando das
declarações feitas pelo sr. Roque Barcia,
diz: i
«Como observarào os nossos leitores
D. Roque fez justiça a si proprio, ainda
que reconhece a sua nullidade e a de
seus correligionários cantonaes ou intran-
sigentes; mas esse reconhecimento á pos-
teriori, depois de uma luta de seis mezes
e de uma catastrophe prevista e recente,
é um suspiro de além da campa, que em
vez de produzir consolações ineffaveis, e
fagueiras esperanças, augmenta a inten-
sidade da dor e arranca lagrimas de amar-
gura sem fim.
A corveta Bartholomeu Dias. tendo an-
corado em Cascaes levantou ferro, hon-
tem, para ir em soccorro de um cahique
portuguez, o qual havia desarvorado.
Silva Pereira, o estimado e gracioso
actor comico, que ha pouco veiu do Rio
de Janeiro, repleto de louros e de valio-
sos testemunhos que lhe foram ali sITere-
cidos, representa quinta-feira no theatro
do Gymnasio. A peça escolhida é as Tri-
bulações dc Mane Coco, engraçada come-
dia em que o distineto artista tem uma
das suas melhores creações.
O publico e os seus amigos vão ter en-
sejo de se regosijarem com a apparição
de tão sympathico actor.
O sr. Francisco Ferreira da Silva Fra-
gateiro, do Porto, oíTereceu 505000 réis
Sara o hospital de D. Luiz I na villa da
egua.
Acaba de sair á luz em Badajoz uma
traducçào dos Luziadas, devida ao sr.
D. Carlos Soler y ^rquer, socio da Aca-
demia de Historia de Madrid.
Este livro, em 4.°, muito bem impres-
so, traz o original a par da traducçào; e
notas e noticias biographicas acerca de
Luiz de Camões, o príncipe dos poetas
portuguezes.
Xada melhor do que o espectáculo de
hoje na Trindade Cruz de Oiro e Casa de
Orates!!
E' um verdadeiro brinde com que a
empreza mimoseia o publico.
A passagem do canal da Mancha está
sendo desde muitos annos, motivo dos
inais arrojados projectos.
Tem-se tentado toda a casta de com-
mettimento: tunneis submarinos, pontes
suspensas, navios gigantescos, e outras
estupendíssimas coisas de que sò o pla-
no basta para encher os ânimos de as-
sombro.
Ultimamente apresenta-se um capitão
da marinha ingleza, mr. Dicev, com o in-
vento de um novo systerna tie paquetes
destinados principalmente a preservar os
passageiros do enjòo do mar.
A nova construcção marítima compõe-
se de dois cascos eguaes e parallelos, li-
gados um ao outro por uma-plataforma
que deixa entre os dois corpos principaes
uin intervallo, verdadeira galeria, túnel
que tem por base a agua, onde trabalham
as rodas da machina a vapor.
Este intervallo é a circuinstancia capi-
tal do invento, por que é elle que anni-
quila o balanço da navegarão.
A plataforma está dividida em duas
pontes, uma á próa, outra á põpa, e no
centro eleva-se um corpo de fórma circu-
lar, onde se veem as janellas que corres-
pondem aos camarins e salas interiores,
destinadas a commodidade dos viajantes.
Por muito forte que seja o embate do
mar, a onda que vem de encontro ao du-
plo navio, escoa-se pelo espaço que existe
entre os dois cascos jungidos, e apenas
ali entrada perde logo o seu furor, porque
deixou de sofTrer a acção do vento que a
impelle, e o ar que traz comsigo acha
saída fácil com o auxilio de um respira-
tório, que faz parte do aparelho. O navio
navega assim ligeiramente, e a platafor-
ma mantem-se estranha aos balanços que
os dois vasos supportain.
Em 1872 experimentou-se uma cons-
trucção analoga. Metteu-scao mar n'uma
occasiào tempestuosa, em que nenhuma
outra embareaçào se atreveria a sair, e
comquanto as ondas o cobrissem impe-
tuosas, não deixou elle de navegar ligei-
ramente, e com oscilação tão insensível
que todos os que iam dentro poderam
manter-se de pé sem a menor diíTlcul-
dade.
Este navio linha 50 pés decomprimcn-
te. O que actualmente se construe, de
systema idêntico mas mais aprefeiçoado,
é tres vezes maior.
Destina-se exclusivamente ao serviço
de transporte entre a França e a Ingla-
terra, serviço que geralmente so faz por
meio de vapores insufficientes.
Alu vão as rasões que Roque Barcia
deu para estar em Cartagena até final
da festa:
«Estava em Cartagena porque não me
deixavam sair, nem eu o devia ten-
tar.
«Estava em Cartagena porque era mais
um prisioneiro dos sitiados que dos sitian-
tes.»
Estas rasões parecem do sr. Magalhães
Lima.
Roque Barcia diz em outra parte do
seu escripto que toda a democracia em
embrião dissolve e não organisa, isto é
parodia do que disse Emilio Castelar na
camara, c como tem horror ás dissolu-
ções, acrescenta o homem em estylo de
poeta do futuro:
«Se a dissolução fosse cantonalismo,
arrepender-me-ia de ser cantonal.
«Se fosse republica, arrepender-me-ia
de ser republicano.
«Se fosse democracia, arrepender-me-ia
de ser democrata.
•Se fosse humanidade arrepender-me-
ia de ser homem.
«Se fosse Christo, arrepender-me-ia de
ser christão.»
Nós crémos que Roque Barcia não
saiu de Cartagena com o juizo no seu
logar.
«Se fosse Christo, arrepender-me-ia de
ser christão !f»
Deus lhe valha que bem pôde.
No dia 7 do proximo mez ha um bene-
ficio no theatro do Gvmnasio afavord'um
artista dramatico d'aquelle theatro, que
não precisa de recommendação, porque
basta o seu nome e o logar que occupa
na nossa scena, para que o publico se
apresse a tributar-lhe as suas homena-
gens.
Referimo-nos a Pinto de Campos, que
admiramos como actor verdadeiramente
consciencioso e modesto, e que nos me-
rece a maior consideração como homem
honesto e digno.
O TREMULO
Era a alcunha de um sujeito chamado
Hotelard, fallecido ha poucos dias n'uma
aldeia perto do Bouchain, França, na
idade de noventa o cinco annos.
Devia a uma particularidade singular
a honra de ser cognominado 0 Tre-
mulo.
Este individuo, sendo cabelleireiro, foi
obrigado a alistar-se na qualidade de vo-
luntário nos exercitos da primeira repu-
blica, exercendo por muito tempo as fun-
ções de tambor.
A 21 de janeiro de 1793 foi destacado
para a praça da Revolução (praça da Con-
cordia) e assistiu ali á execução do rei
Luiz XVI.
Fez deste modo parte do pelotão de
tambores, que rufaram rijamente, por or-
dem de Santerre, para cobrir a voz de
Luiz XVI, o qual do alto do cadafalso
pretendia fallar ao povo de Pariz.
Hotelard conservou d'esta scena horrí-
vel e commovente uma recordação tào
profunda, uma impressão por tal fórma
violenta, que quando tentava fallar sobre
este assumpto, exacerbavam-se-lhe os
nervos e tremia violentamente.
N'estas occasiões, a cabeça parecia que
lhe oscilava sobre os hombros.
D'ahi a origem da alcunhada do Tre-
mulo, aue se lhe tornou popularíssima.
Hotelard teve uma filha e um filho.
A joven Hotelard fez-se religiosa em
1820 e falleceu n'uni convento de Pariz;
seu irmào foi morto no cereo d'esta capi-
tal em 1870. j
Foi approvado o orçamento geral do
annó económico de 1873 a 1874 da ca-
mara municipal de Portalegre.
Por decreto de lo'do corrente, foi con-
cedida ao sr. John Bennington Blythe pa-
tente de invenção por cinco annos, como
inventor de «aperfeiçoamentos no trata-
mento das madeiras e outras matérias fi-
brosas vegetaes.»
Temos outro artiguinho do sr. Maga-
lhães Lima, com cabeçalho em francez.
Intitula-se o artigo Apr es nous le deluge
e d'esta vez percebe-se, o que já é um
adiantamento, que o auctor pretende fal-
lar do atraso da instrucção primaria em
Portugal.
Nós quando entendemos o sr. Magalhães
Lima nào temos a maldade do o negar,
mas isso acontece-nos tào poucas vezes
que parece acinte da nossa parte a repe-
tida declaração de que ficámos a vér na-
vios ao lér os escriptos do joven acadé-
mico.
O sr. Magalhães Lima aponta no seu
artigo oito rasões capitaes do atrazo da
instrucção primaria entre nós, e entre el-
las uma digna de eternas luminarias, e
vem a ser: a distancia em que estão as
escolas dos povoados!
A quem lér este argumento ha de pa-
recer que as escolas portuguezas foram
calculadamente edificadas entre selvas e
brenhas nào para educar creaneas mas
para convidar qualquer novo S. Francis-
co ás agruras do deserto.
Para tamanho mal só vemos um reme-
dio e vem a ser o estabelecimento de ca-
minhos de ferro americanos das escolas
para os povoados, a fim de que as crean-
ças possam receber o pào do espirito.
O sr. Malhàes Lima dá-nos também a
novidade: que os rapazes não vão no in-
vento á escola por causa do inau tempo.
Para remediar este mal é que nós nào
vemos furo.
Sr. redactor.—Tem causado aqui uma
dcsagradabilissima impressão os últimos
aitigos políticos do Paiz e Diário Popular
orçios na imprensa, dos partidos da oppo-
siçao.
Aquelles jornaes lançando-se franca e
abertamente nos braços da republica, ou
o que importa quasi o mesmo, fazendo
depender o seu apregoado e problemático
monarchismo de pequenas circumstancias
desviam do seu grémio todos os que am-
bicionam a ordem sem tyrannia e a liberda-
de sem licença.Ineontestavel mente as pavo-
rosas scenas de fogo e sangue que enlu-
taram Paris, Alcoy, Sevilha e Cartagena,
pretendendo em seus loucos desvarios an?
niquilar Deus, família e propriedade, lon-
ge de acharem echo áquein das nossas
fronteiras levaram esto povo religio-
zo, activo, honesto e laborioso a grupar-
se em torno das nossas instituições libér-
rimas e monarchicas esperando d'ellas a
paz e a ordem.
Por isso estamos convencidos de que se
amanhã por círcumstancias imprevistas
historicos ou reformistas fossem chama-
dos a constituir poder não deixariam de
ser monarchicos. Mas poderiam por ven-
tura conter os elementos republicanos
que tem animado, engrandecido e sobre-
levado?
Nào seriam fatalmente levados ao mes-
mo abismo que Zorrilla? O throno do sr.
D. Luiz I, nao teria o mesmo fim que o
de Amadeu? E' mais do que provável.
E por temer esses resultados funestos a
maior parte dos abrantinos repito, vé
com desagrado a propaganda republica-
na do Paiz e Popular.
Em Abrantes nào ha partido da opposi-
ção organisado.
Ha amigos do sr. Santos e Silva, minis-
teriaes e indiíTerentes. Os ministeriaes es-
tão profundamente convencidos de que um
ministério como o actual que tem atra-
vessado serenamente as grandes crises
de França e Hespanha, que levantou o
nosso credito, consolidou as nossas insti-
tuições e está quotidianamente dotando
o paiz com largos e despendiosissimos
melhoramentos materiaes e moraes bem
merece da patria. No grupo dos amigos
do sr. Santos e Silva ha cavalheiros di-
gnos, influentes e honestos que pensam
como os ministeriaes, mas antepõem as
afTeições possoaes ao bem commum as-
sim como ha, é forçoso dizel-o um certo
numero de indivíduos irriquietos, ambi-
ciosos e maculados que procuram na poli-
tica agua lustral para as asquerosas no-
doas que os polluem. Para conseguirem
os seus fins descem e descem tanto que
aquelles a quem prestam o seu appoio po-
litico os repudiam com asco. São de todos
os partidos mas nenhum partido os ac-
ceita.—Abrantes.
Do nvsso correspondente.
Vae, pela eamara municipal do Porto,
ser levantado o resto do empréstimo para
a abertura da projectada rua de Mousi-
nho da Silveira.
A camara municipal da Regoa vae pe-
dir ás cortes auctorisaçào para tributar os
carros que transitam n'aquella villa.
O município de Madrid resolveu tornar
a collocar na praça Mayor a estatua eques-
tre de Filippe III que os republicanos fe-
deraes tiraram dali.
EPIGRAMMA
—Que fazes agora amigo,
Que ninguém te põe a vista?
—Ando entretido com obra
Sou poeta realista.
—Realista! Pois nao dizes
Que és também republicano?
—Em verso mudo de crenças
Doze vezes cada anno.
—Tens então crenças de inverno
E crenças de primavera?
—Nem outra coisa o talento
A quem faz versos tolera.
—Pelo que vejo ora vòas,
Ora rojas como a cobra?
Nesse caso meu amigo,.
Es um pau para toda a obra!
Publicaram-se as folhas 6.« e 7." do se-
gundo volume da obra Os Crimes dos pa-
pas, editada pelos srs. Barata <fc C.a
Alcançam ao 141." papa, Domnus II.
Juntamente com ellas distribuiram-se
uma gravura Egreja do Santo Sepulchro
em Jerusalem, e a capa do 1.° volume.
Vae ser transferido para o largo do
Contador Mór, o recolhimento da rua da
Rosa.
Grassam com intensidade as pneumo-
nias em Ovar.
Frequentam actualmente o lyceu de
Coimbra, 101 alumnos.
0 marquez de Fronteira e os con-
des da Torre participam aos seus
parentes e amigos qtie foi Deus ser-
vido levar da vida presente a seu
presado sobrinho e primo D. Carlos
Maria Mascarenhas, e pedem que
lhes deem a honra de assistir aos of-
ficios fúnebres que se hão de cele-
brar ámauhã, 27, na egreja de S.
Domingos de Bemfica, ás 11 horas
da manhã.
Por expressa determinação do
fallecido, não ha convites especiaes.
TELEGRAMMAS
MADRID, 25, ás 10 h. e 30 rn. da m.—
Paris, 20.—Aflirma-se que o governo deu
auctorisarào para se abrirem em França
e no estrengeiro subscripçòes para soc-
corro dos feridos hespannoes de todos os
partidos.
Está muito doente a duqueza de Aos-
ta. Fui apprpvada a lei dos maires.
O duque Decazes declarou que o go-
verno quer rodear o papa, auctoridade
espiritual, de respeito filial, e manter com
a Italia, como as círcumstancias o deter-
minarem, relações amigáveis. Terminou
dizendo: «Queremos paz com toda a
Etrop v A interpellaçào Du Temple nào
foi adinittida como questão previa.
Fabra.
MADRID 25 ás 11 h. e 55 m. da m.=
Vienna, 21.—O governo apresentará hoje
ao «reichsrath um projecto abolindo a
concordata ecclesiastica e reformando as
relações das egrejas com o estado.
BERLIM, 22.—Segundo um artigo ofH-
cioso publicado na Gazeta da Allemanh*
do Norte,* Lamarmora alterou completa-
mente o despacho Goyon.
TRIESTE, 22.—Celebrou-se com graa»
de solemnidade o funeral da infanta Ma-
ria Thereza, de Portugal.
ROMA, 22.—Receberam o pallium os
arcebispos de Compostella e Tarragona.
O papa está ligeiramente incommodado.
O conselho federal suisso respondeu à
nova nota do Agnozzi; mantém a ruptura
das relações com a santa sé e mando®
entregar os passaportes a Agnozzi, nún-
cio do papa.
Fabra.
Pelo cabo de FalmotUh
LONDRES, 24 ás 5 h. e 30 m. da L—
Gladstone annuncia um excesso de 5 mi-
lhões na receita.
Ali Pacha, embaixador em Paris, foi
acreditado junto da córte de Lisboa.
LONDRKS 24.—Consolidados inglezot
92 Hespanhol oxt. 181/2, Portuguez 43
J/4.
I Renter
MADBID, 26 ás 10 horas da manha.-—
A Gaceta diz que a guerrilha do cura
Prades foi dispersa na Catalunha perden-
do dois prisioneiros.
Foram restabelecidos o caminho de fer-
ro e o telegrapho entre Tarragona e Bar-
celona.
O ministro da fazenda assignou um
contracto com Elbogen para a renova-
ção do credito do banco de Paris á vis-
ta dos projectos do ministério consentin-
do na creaçào de um grande banco na-
cional bazeado na fusão do banco de Hes-
panha com os bancos das provincias.émit-
tindo bilhetes que hão de circular em to-
da a Hespanha, mas sem curso forçado:
para a reorçmisaçào do svstema de bi-
lhetes hypolhecarios; e para a operação
sobre os tabacos das Philippinas e imposto
do sei lo. Graças a estes novos projectos
o ministério espera prover ás necessida-
des da guerra pagar os coupons, e amor-
tizar a divida fluctuante.
PARIS, 23.—As sessões da assemblea
hontem e hoje foram insignificantes.
. BRUXELLAS, 25.—A Etoile e outros jornaes belgas annunciam que Bismark
dirigiu a Bruxellas algumas observações
relativamente á attitude do clero e daW
prensa.
Fabra.
MADRID, 26 ás 9 horas e 55 minutos
da noite.—O conselho de ministros ap-
provou hontem á noite o manifesto ás po-
tencias extrangeiras. A Gaceta publical-Q-
ha provavelmente ámanhà. O conselho
de ministros deve ter tratado hoje da ques-
tão dos governadores das províncias. Cor-
re o boato de que os círculos affonsinos
fechados ultimamente serão em breve an-
ctorisados a reabrir.
CHARADAS
CHARADAS NOVÍSSIMAS
1 ,a—Vôs esta mnlher a correr para a egr
ja.—2—?
í.4—Queima mulher este instrumento!-l-ç
6,"—Mette-te n'esta que esto te indica o ca-
minho do theatro.-?—3
J. C. Massa Junior.
CHARADAS FERHAMKNTAES
A PREMIO
Para os srs. assignantes de Lisboa
PaUBLEHIM E
ris
SANTOS NAZARETH
1.»—Orna ferramenta e quatro letras.—2—2
No homem.
?.•—Tres leiras e uma ferramenta.—1—2
Peixe,
3 »—Duas letras e uma ferramenta. —t—3
Ferramenta.
4.*—Uma ferramenta e trez letras.—2—1
Operário.
C vhmo K Sousa.
EXPLICAÇÕES DO NUMERO ANTECEDENTS
Ch nr«d h Francisco.
espectáculos"
HOJE
Tlicntro de ». liaria BI —0 Paralvtico
—Gost s não se discutam. - \'s 7 y 3|4T
Tl»cairo «la Trindade— A Casa de ora-
tes—Itoas noites sr I). Simào,—A's 8 horas. Theatro do &j-ninn«lo — A Orpllã do
Aldoar — Ao meu amuo banana—Ao calçar das luvas—A dama «lo lajço.
Thea:ro do Principe Renl — Beneficio
da actriz MMU.V JOANW —0 trovador (paro-
dia)—a dama das camélias.
brande espectáculo equestre, ^ymnastico e
comico.
As 8 Ivoras.
AVISO —Tem entrada no baHe do Casino
cepois de acabar os espectáculos as pessoas
que apresoiihreiu os talões «te lus:ar«s supe-
riores, cadeiras e balcão de qualquer thea-
ro por a quaniia de 42óU róis.
TYP. DK J. 0. SOUSA NEVIS
65, Rua tia Atalaya, 67
PnWfiO 100 REIS.—Remette-se franco dé porte a quem mandar a impor-
tância »?m "istampiliiíis a« edu'»r «U
C« iJecção de Probi.-mas. ru* d> 65j 24
ffci. dL A vapor portuguez W » Pedro, ca*
pitão Henrique
franco Gomes,
iSS^ciS5^Saifc sairá no dia 5 de feveri iro as 3 horas da tarde para a
Madeira, S. Vicente, S. Thiago, Princi-
pe, S. Thomé, Ambriz, Loanda, Ben-
guella, $e Mossamedes.
i'ara carga e passagens, trata-se no
escriptorio de Bailey & Leetham, pro-
prietários da empreza Lusitana,rua do
Ferregial de Cima, n.# 4. 25
D ECEBE annuncios, communicados,
It correspondências, assignaturaspa- n o niarlo IHiiNtrndo, Jornal da
AoKr, forrf«pondci»Ha de P«r-
tugai e para os demais periodicos da
capital, e também para a c;a*eta do Algarve. (Lagos) HoHeiom., (\alen-
çaj e Jornal de IWrttelow (Pinta-
0 escriptorio está aberto todos os
dias não santificados das 9 horas da
manhã ás 7 da tarde. 1
D CAROLINA Leonor de
. Miranda Mendes, e D.
Julia Candida de Miranda,
agradecem por esle meio. a
todas as pessoas que se di-
gnaram assistir ao funeral
do seu presado marido e
cunhado, Henrique Pereira
Mendes, e bem assim a to-
das as outras pessoas, de
quem receberam provas de
amisade e dedicação, não
só durante, como depois da
dolorosa e curta enfermida-
de. a (iue o mesmo succum-
4^ 1 pARÀ os portos 1 acima sairá no
f Kv dia 7 de fevereiro
0 ?a(luete ,n£le* Jerome que se
espera do Havre em 6.
Para carga ou passagens trata-se
na rua do Alecrim, 10.
Os agentes —- Garland Latdle?
& C.» 26
CONVITE
3 0.4O BIP11MT4 DE
Miiini, pede a todos os
seus pa rentes -e amigos e de seu
íallecido pae o ex.®0 sr. Antonio
Gonçalves de Almeida, o favor
de assistirem na sexla-feira 30
do corrente á<|t0 horas da ma-
nhã, na parochial de Santos, ao
officio e mis*a,que por sua alma
se hade resar. i
SA IR A no dia 10
de fevereiro o
paquete inglez— V Student que se
espera de Liver-
idos os espectáculos—Direitos parochiaes nas
DIÁRIO ILLUSTRADO
ANTIGA AGENCIA
DE
BK
;; Alfredo Valadin
165 ,Travessa de Santa /ws/a, 65
2/andar
tm-se de tanto infortúnio
pagar a renda ao senhorio. Compadeçan
as almas benellcas e caritativas.
íe corno na
pódem en-
viar a sua esmola as pessoas carido-
sas que queiram soccorrer tão des-
graçada famiiia. 8
Tanto n'agueile albergue
administração d esta folha
Companhia Lisbonense
dc illuminaçâo a gaz
¥>0R ordem do ex ■" sr. presidente
l da assemWéa geral da referida
companhia são convocados para se
reunirem em asserabléa geral ordi- ■aria no dia 29 do corrente, pelas G
horas e meia da tarde, no seu escri-
tório á Boa Vista, todos os senhores
accionistas que possuírem 20 ou majs
acções averbadas em seu nome dois
mezes completos antes do 1.° dia do mez actual, afim de ser observado o
disposto nos artigos 19 * e 24 • dos es-
tatutos da mesma companhia
Lisboa. ?3 de janeiro de 1874.—0 secretario da assembléa geral, José
Gregorio da fíosa Araujo. 3
Crimes dos papas
Mysterios e iniquidades
da corte de Roma
PDBLIC0U-SE as folhas 6 — 7 do 2.'
vol, com uma magnifica gravura
iEgreja de S. Sepulch ro em Jerusalem)
que alcançam até ao papa 141 Aos
srs. assignantes das províncias quelfoi
distribuído e 5.* fascículo e o 1." vo .
completo sendo o preço do fascículo
250 rs. e o l .# vol. 1J250 rs.. Kscriptorio da empreza. Barata &
C.1, rua de S Paulo, i92 (á Moeda).
CÍÍÀ
A «.SttOO o kilo
COMBINAÇÃO de differentes qualida-
des que dá um resultado superior
a qualquer chã de 3#>200.
Rua ao Ouro, 290. S
casas m mm
ARRENDA-SE urra casa no sitio da
Qintinha «Strada de Cintra para
Coitares e mais as casas da quinta ta
Cabeça, da quinta de S. Tniago e da
quinta de de S. Bento on do Bosque, listas ultin as lem mobília.
São iodas ninadas na freguezia de
S. Martini»!» em Cintra.
Trata-si do ajuste, em Cintra, com
o Jardineiro da quinta d«- Mousarrate
ou em Lisboa com C. G. Payant, Lar-
go da Magdalena, G, 6
■rrfíSt
D MaRIA Henriqueta Rebello da Sil-
. va. seu filho Rodrigo Felner, sua
mulher D. Maria Maximianna de Gou-
vea Durão Felner e sua filha D. Emi-
lia Candida de Gouvéa Durão Felner, agradecem por este meio em quanto
o não fazem pessoalmente a todas as
pessoas que as acompanharam na sua
tão jusla dôr. pelo falecimento de sua
tia e prima D M ria Candida Teixeira
Coelho de Mello. E eg&lmente agrade-
cem ao ex ■ sr. Maximiano Corrêa o
interesse e dedicação com que a tra-
tou sempre durante a doença de que
uiccumbio. 7
UMA infeliz família residente na rua
de S. Bento, 252, 1.°, lado direito,
está sem ter um lençol nem um co-
bertor, porque tudo tem vendido pa-
xa accudir as nece>sidades da vida,
e á enfermidade de uma das pessoas
de casa.
Accresce a estas penosas circuins-
tancias não ter agora onde se reco-
lher por lhe faltarem os meios para
ALMANACH
DO POVO
luvvro Ac 96 paginas
DECIMO SEXTO 5NN0 DE PUBLICAÇÃO
PREÇO 40 RÉIS
CONTEM:
Administrações dos bairros — Administradores e escrivães, escrivães de
fazenda e freguezia pertencentes a cada um—Bênçãos matrimoniaes—Calen-
dário, procissOes, festividades e indulgências —Caminhos de ferro de norte
e leste, preços e escalas—Caminho de ferro, preços até Pans —Caminho de
ferro, serviço directo para Madrid — Caminho dc ferro, serviço directo com
Tuy e Vigo — Caminho de ferro do Sul, preços e escalas — Caminho de ferro
Larmanjat, preços e escalas—Caminho de ferro americano—Comissariado de
policia - Nomes dos commissarios, escrivães e local das esquadras-Computo
ecclesiastico — Eclipses — Abreviaturas — Conservatórias — Curiosidades do
campo — CORREIO: Correios diários; segundas, quartas e sabbados; cor-
reios diários em circumferencia de Lisboa; posta interna; preço das corres
pondencias para as províncias, Lisboa, ilhas e Brazil, segundo a nova lei—
Terras aonde se segura dinheiro, até 200^000 réis, inclusivè ilhas e continen-
Lisboa—Enchentes e vasantes das marés—Estações do anno— Explicaçs
boa das marés—Família real—Festas moveis—Têmporas—Ferias—Governo
civil de Lisboa (nomes e moradas) Instituto vaccinico — Juizes, delegados e
escrivãesdas varas eiveis e crimes—Juizo do anno (em verso)—Luto, tempo
por que se deve tomar—Mercados e feiras—Moedas hespanholas, valor em
dinheiro portuguez—Modo de pesar cartas, prescindindo de pesos—Nasci-
mento e occaso do sol—Omnibus, preços e escalas—Postos medicos—Sello
que pagam diversos papeis—Signaes de incêndios em Lisboa-Signaes de in-
cêndios em Belem e no Porto—Tabelliães em Lisboa—TELEGRAPHIA ELE-
CTRICA; estações em Lisboa e Belem; preço dos despachos e numero de
palavras para dentro da cidade e terras do reino; para o estrangeiro: paizes
e números de palavras e preços—Trens da praça, preço por hora ou corri-
das por 1 ou 2, 3, 4, 5 e 6 pessoas-Vapores para os Açores, preços e escalas
—Vapores para Alcantara. Belem e Cacilhas, idem—Vapores para Africa, idem
—Vapores para S. Vicente, Pernambuco, Bahia, Kio de Ja-ieiro, Montevideu e
Buenos-Ayres-Yapores semanaes para o Rio de Janeiro, Montevideu, Bue-
nos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Calláo.
Remette-se franco de porte a quem enviar a importância
das estampilhas, a Souza Neves, rua da Atalaya, 65, com
quem se podem entender as pessoas a quem convenha com-
prar para negocio, pois se faz abatimento. n
PHOTOGRAPH O
De suas magestades fidellissimas //sí ss
pHOTOGRAPHIAS desde miniatura até tamanho natural. 0 seu gabinete
acha-se aberto das 9 horas da manhã até á6 4 da tarde.
2, rua do Moinho de Vento. 2
ALfiUHAS
ConiHiercio especial
com a Hcspanha
ôOliRfí AS DIVERSAS FOR-
MAS COMPARATIVAS E
SUPERLATIVAS DA LINGUA P0RTUGUEZA, para auxiliar o ensino da
mesma lingua.—Preço 80 réis.
Kvenda na typographia de Sousa Neves. rua da Atalaya 65 13
■ ^^——— i i——. —— .
Club portuguez
POR ordem do ex.®* sr. presidente,
é convocada a assembléa geral a
reunir-se no dia 28 do corrente ás 8
e meia da noite, para discutir á alte-
ração dos artigos n.° 4 g 2.° n 6, 7,
8 e 9 dos estatutos do mesmo Club,
proposta pela direcção, c bem assim
dois pareceres da commissão reviso-
ra de contas: sendo o l.# sobre o re-
latorio e contas da direcção, e o 2.°
sobre uma proposta apresentada era
sessão dassembléa geral de 16 do
corrente, pelo nosso digno consocio
o ex.1"0 sr. conselheiro Sebastião José
da Costa.
Lisboa. 26 de janeiro de 1874. — 0
1* secretario d'assembléa geral, João
Augusto de Faria. 17
Tenham compaixão
0 INFELIZ carpinteiro, que ficou sem
casa e sem ferramenta em conse-
quência do incêndio, mora na rua do
Val de Santo Antonio, n.#58, loja, aon-
de espera lhe acudam as almas cari-
dosas, por occasião do Natal de Nos .o
Senhor Jesus Christo. 18
nssões, consignações
e transportes
EseripMrU
235, Rua dos Fanqueiros, 1.°
■Emi BOl CHKRkVF
AGENTE commercialda companhia do
caminho de ferro de Ciudad Real
a Badajoz e de Almorahon ás minas
de carvão de Belmez. 14
Lenços da India
BONITO e bom sortimento para algi-
beira, cabeça e cache-nez. bran-
cos e de corés, singelos, tarjados e admaseados.
SOO, rua do Ouro, tOO
CHHISTIM A~i
réis. — Vende-se na typograph»a de
Sousa Neves, rua da Atalaya, 65.
CARLOS da Costa Pereira
Mendes, envolto na mais
profunda dôr pela inespera-
da morte de seu muito pre-
sado e nunca assaz chora-
do irmão Henrique Pereira
Mendes, muito agradece a
todos os seus numerosos
amigos residentes em Lis-
boa, a bondade que tiveram
de acompanhar seu corpo á
derradeira morada; e a este
acto de tanta dedicação e
estima, e a muitos outros
que n'esta Ião triste conjun-
ctura dos mesmos lem rece-
bido, será sempre sobrema •
neira grato e reconhecido.
RAMALHETE
DO S-SRISTlk
rjEMAISARIO religioso dedicado á»
O ÍMiuUlaM caehollea*—director o
rev. padre pregador F. da S. Figuei-
ra. prior da freguezia d'Ajuda.
Publicou-seo n.# 11 do 3.° vol. con-
tendo os seguintes artigos: Simei in-
sulta David (com gravura).—Bispos de
Castello Branco: 2.° bispo D. Fr. Vi-
cente Ferrer da Rocha.- Confidencias
(continuação). — Philippona de Dam-
pierre. — Uma historia verdadeira,
(continuação).-—Quadro chronologico
dos Papas (continuação).—A fé (poe-
sia. —Noticiário.
0 Bamulheto do Chrlntfto, é
uma encyclopedia religiosa util a to-
das as famílias catholicas, e muito
K)pria para dar de premio nas esco-
Vende-se unicamente no escri-
ptorio da empresa—rua d'Atalaya, 65 —Preço aiooo réis cada volume.
0 1.° e 2.° vol. tem 104 bellas *çr«-
vnrft", cófitas de quadros dos melho-
res auclores e perto de 800 artigos
religiosos e moraes, romances, poe-
sias, etc.
Remette-se, FRANCO DE PORTE, a
Suem enviar a import;
0 correio, e na absol
lidade d'estes, em estampilhas.—Re-
cebem-se assignaturas para o 3.° vol.,
sem dependencia do 1.° ou 2.#—Cada
3 mezes ou 13 números 500 réis. Cor-
respondência ao director do jornal,
rua da Atalaya, 65.
Pede-se aos srs. assignantes a quem
a empresa tem escnpto ácerca do
atraso de pagamento, que mandem a
sua resposta para governo da admi-
nistrnção. 21
25 de julho
r» RE que não sou ingrato ás provas
1 de amor que me dás todos os dias.
Tu sabes.'e certa estás de que te ado-
ro.—2 4 feira 5 li. e 20 minutos da
tarde.—Muito, muito, maito. 22
uem enviar a importancia em vales
o correio, e na absoluta impossibi-
pooi em 9.
Para carga ou passagens de 1.» Ca-
mara u ^ na rua ao Alecrim, 10
Os agentes — . mod Laldley
& ©.*. 27
Rio de Janeiro, Monte-
video e Bnenos-Âyres.
Recebendo também carga e
passageiros para o Rio
CSranda do Mui.
RA os porto.®
acima saíra no
dia 7 de fevereiro
o paquete mglez
Gaiuieo, qne se
Sera ae Liverpool era 7.
ara carga ou passagens trata-se na
rua do Alecrim, 10.
Os agentes — Clarland Latdlej
& C.» 28
es
Para LONDRES
O vapor Peninsula
AIR.Í qusrta-feira
28 do corrente.
: Para carga e pas-
ír sagens lrata-se no
Caes do Sodré, 64.
Os agentes,
29 K. Pinto IKiiNto & €.»
Para a Bahia
SAÍRA' no dia 2 ou
3 de fevereiro
o paquete inglez
Muruidi, que se
espera de Liver-
pool em 2.
Para carga trata-se na rua do Ale-
crim, 10.
Os agentes — Gartaud l.aldley
& C.* 30
Para Southampton
jAIRA depois de
j pouca demora •
paquete inglez —
Tycho Brake —
que se espera do
Brasil de 5 a 8 de fevereiro.
Para passagens trata-se na rua do
Alecrim 10.—Os agentes «ariand
I.aidle) & C.» 31
CUARGEtRS REUNIS
Para Pernambuco (des-
carregando dentro
do porto), Rio de
Janeiro, Montevi-
deu e Buenos-Ay-
res.
ESPERADO em Lisboa no dia 5
ou 6 de feverei'
ro, o vapor pa-
& quete francez —
Henri if. de 1:500 toneladas, com-
mandante Capel le, que saíra para os
portos acima depois da mdespensa-
vel demora n este porto. Recebe carga e passageiros para
os quaes tem excel lentes acommoda-
ções
Fornece-se vinho aos passageiros
de 3.a classe.
Dào-se todos os mais esclarecimen-
tos no escriptorio dos agentes.
Pereiras & La Rocqne
120, rua dos Capellistas, 2.«
PARA MALAGA E BARCELONA
O vapor hespanhol Valdez
SAÍRA' em 29 de janeiro corrente ás 2 horas da tarde
Para carga e passageiros trata-se na agencia, calçada
do Ferregial, 7, 1.° andar.
0 agente J. M. Alcobla.
THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COIIPANY
0 PAQ0ETE qUe ggjr para og
porto* do Braxii e Paciiico em 28 do corrente tem
muito lugar para carga e passageiros.
Lisboa, 22 de janeiro de 1874.
Os agentes, F,. Pinto HaMto 8c C.»
THE PACIFIC mu. iVIGM COMPANY
Rio de Janeiro, RfSontevidíu, Buenos Ayres,
VaSparaizo, Arica, Islay e Calles.
LINHA SElKANf&L
PAQUETES
(*) BIUTAWI V 28 de janeiro.
PATACioniiA, 4 de fevereiro.
PAQUETES
(*) John Eider, 11 de fevereiro.
Com escala por Pernambuco e Bahia
DE IA EM 15 DIAS
(*) ímiTANSiA a 28 de janeiro-Join elbf.r a 11 de fevereiro.
Para Pernambuco se recebem malas e passageiros.
A velocidade d'estes vapores é já bem conhecida, costumam gastar
Lisboa ao Rio de Janeiro 13 dias.
Para carga e passagens trata-se lo Caes do Sodré, 64.
0 agente no Porto
Tasco Ferreira Pinto lta*to< Os agentes em Lisboa
E. Plnlo IXanto & C.«