Análise jurídica da dívida pública

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Análise jurídica da dívida pública. A ingerência abusiva do setor financeiro no Governo brasileiro. Prerrogativas abusivas do s etor f inanceiro. Deficiência do controle interno feito pelo Banco Central e falta de transparência das operações da Dívida Pública - PowerPoint PPT Presentation

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ANÁLISE JURÍDICA DA DÍVIDA PÚBLICAA ingerência abusiva do setor financeiro no Governo brasileiro

Prerrogativas abusivas do setor financeiro

• Deficiência do controle interno feito pelo Banco Central e falta de transparência das operações da Dívida Pública

• Alteração ilegal do art. 166 no processo constituinte

• Conflito de interesses na atuação dos agentes financeiros

• Imposição de cláusulas abusivas• Controle das condições para emissão dos títulos• Crescimento da dívida por meio da prática de “juros sobre

juros"

Determinação constitucional para realização da auditoria da Dívida

Art. 26, ADCT: No prazo de um ano a contar da promulgação da

Constituição, o Congresso Nacional promoverá, através de Comissão mista,

exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento

externo brasileiro

§1º A Comissão terá a força legal de Comissão parlamentar de

inquérito para os fins de requisição e convocação, e atuará com o auxílio do

Tribunal de Contas da União

§2º Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder

Executivo a declaração de nulidade do ato e encaminhará o processo ao

Ministérios Público Federal, que formalizará, no prazo de sessenta dias, a

ação cabível

Deficiência do controle interno feito pelo Banco Central e falta de transparência das operações da Dívida Pública

• Emissão de títulos da dívida externa brasileira no exterior por

intermédio de bancos privados internacionais e outras instituições

privadas

• Endividamento durante a Ditadura Militar: bancos privados contraíam

empréstimos no exterior a juros baixos e emprestavam ao Governo

brasileiro a juros elevados

• Os bancos privados internacionais credores determinavam as

taxas de juros relativas às operações de crédito externas

brasileiras

EFEITO DA APLICAÇÃO DE JUROS FLUTUANTESDívida Externa Total (Pública e Privada) - US$ BilhõesEfetiva e Projetada (com taxas de juros constantes, de 6% ao ano)Impacto de US$ 223 bilhões

Alteração ilegal do art. 166 no processo constituinte • Dívida para pagar dívida: exceção no art. 166, §3º, II, “b”

• Consequências normativas:• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): elabora parte das

Metas de Superávit Primário, garantindo a atualização automática mensal para a dívida

• Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000): limita os gastos públicos, mas não prevê limites para o custo da Política Monetária, transferindo ao Tesouro Nacional custo quando negativo

Conflito de interesses na atuação dos agentes financeiros

• Participação do setor financeiro em reuniões trimestrais

do Banco Central

• Evidente influência no processo decisório do COPOM

sobre a taxa de juros

• Privilégio concedido aos dealers para a compra prioritária

dos títulos da dívida pública brasileira

Conflito de interesses na atuação dos agentes financeiros

1994: transformação da dívida externa em bônus Brady• Informações do Banco Central: as parcelas de dívida externa

privada que foram transformadas em dívida pública são aquelas

que permaneceram em depósito sob o Acordo MYDFA e foram

trocadas por bônus em abril de 1994

• Esses bônus emitidos em 1994 foram denominados bônus Brady,

utilizados como moeda de troca para a compra de empresas

nacionais estratégicas no processo de privatizações a partir de

1996

Imposição de cláusulas abusivas• Indícios de “Contratos de Renúncia” firmados no Canadá

em 1992

• Os acordos entre o Banco Central e os bancos privados

internacionais eram regidos pelas Leis de Nova Iorque, que previam

a prescrição das dívidas em 6 anos

• Cláusula de Ação Coletiva, a partir de 2003:

• Concentração de poderes em uma maioria de credores, que

detenham 85% do valor da dívida

• Em caso de dificuldade de pagamentos, poderão impor que o Brasil

renuncie à sua soberania

Controle das condições para emissão dos títulos

• Emissão acelerada de títulos da dívida externa entre

1995 e 2002

• Emissão a baixo valor de face e elevadíssima taxa de

juros

• “Over-allot”: permissão para emissões adicionais, feitas

por agentes no exterior e à revelia do país

Crescimento da dívida por meio da prática de “juros sobre juros"• Contabilização de parte dos juros da Dívida como se fosse

amortização – R$ bilhões