Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016

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Leishmanioses Humanas

Paulo Roberto

Leishmanioses Humanas • São endêmicas em 88 países das:

• Américas, África, Ásia , sul da Europa

Leishmaniose Tegumentar Leishmaniose Visceral

Leishmanioses Humanas

Agente etiológico=> Protozoário Leishmania

• Filo Sarcomastigophora

• Ordem Kinetoplastida

• Família Trypanosomatidae

• Gênero Leishmania • Subgênero Viannia (V.)

Leishmania (L.)

Leishmania

Biologia do parasito ( formas evolutivas)

– Amastigota=> hospedeiro vertebrado

– Promastigota metacíclica => intestino e faringe

do inseto fêmea gênero Lutzomyia

– Promastigota procíclica => h. invertebrado

– Ciclo biológico Heteroxeno

Morfologia dos protozoários da ordem Kinetoplastida

tripomastigota

epimastigota

promastigota

amastigota

Leishmania

Formas Evolutivas Leishmanias

Formas Evolutivas da Leishmania

Amastigota Promastigota

Leishmaniose

Agente Transmissor=> Flebotomíneos Inseto fêmea => Lutzomyia Subfamília Phlebotominae

Gênero Lutzomyia

Psychodopigus Phlebotomus

Ciclo Biológico

Leishmania

Classificação das espécies

Complexo Leishmania (Viannia) braziliensis

– L. (V.) braziliensis

– L.( V.) guyanensis

– L.( V.) lainsoni

– L.( V.) naiffi

– L.( V.) shawi

– L.(V) peruviana

Leishmania

Complexo Leishmania (Leishmania)

mexicana

• L.(L.) mexicana

• L.(L.) amazonensis

• L.(L.) pifanoi

Leishmania

Complexo Leishmania (L.) donovani – L.(L.) donovani – L.(L.) infatum (chagasi)

Leishmanias do Velho Mundo – Leishmania tropica – Leishmania major – Leishmania aethiopica

LeishmanioseTegumentar Americana

Leishmaniose Cutânea

Leishmaniose Cutaneomucosa

Leishmaniose Cutânea difusa

Leishmaniose Cutânea

É caracterizada pela formação de úlcera única ou múltiplas na derme

L. (V.) braziliensis L. (V.) guyanensis L. (L.) amazonensis

Leishmaniose CutaneoMucosa

L. (V) braziliensis Úlceras na derme,com lesões de mucosa e cartilagem

Reservatório Urbano=> cão,eqüino

Reservatório silvestre=> roedores

Leishmaniose Cutânea Difusa

Formação de lesões difusas não –ulceradas, por toda pele

Leishmania (L.) amazonensis no

Brasil

Reservatório silvestre=> roedores, marsupiais

Leishmaniose Tegumentar Americana Patogenia

Período de Incubação Duas a três semanas

Evolução

Reação imunoinflamatória no local da picada

Nódulo dérmico => histiocitoma

Hiperplasia histiocitária

Edema com infiltrado celular

Leishmaniose Tegumentar Americana Patogenia

Evolução Necrose desintegração da epiderme=>

formação de uma úlcera

Bordas altas, fundo vermelho

Leishmaniose Tegumentar Americana

Leishmaniose Cutaneomucosa

– Nódulo ínicial no local da picada (Metastases)

– Edema, eritema, inflamação no septo nasal

– Destruição das cartilagens do nariz, faringe e laringe

Leishmaniose Tegumentar Americana

Leishmaniose Cutânea difusa

– Nódulo inicial no local da picada

– Metastases múltiplas não ulceradas por

todo o corpo

– Evolução lenta.

Responsável pela patologia é o estado imunológico do hospedeiro Na maioria dos casos o sistema imunitário reage eficazmente pela produção de

uma resposta citotóxica (resposta Th1 - T helper 1) que destrói os

macrófagos portadores de leishmanias. Nestes casos a infecção é controlada e

os sintomas leves ou inexistentes, curando-se o doente ou desenvolvendo

apenas manifestações cutâneas. No entanto, se o sistema imunitário escolher antes uma resposta (humoral

ou Th2 - T helper 2) com produção de anticorpos, não será eficaz a destruir as

leishmanias que se escondem no interior dos macrófagos, fora do alcance dos

anticorpos. Nestes casos a infecção (apenas L. donovani irá se desenvolver

em leishmaniose visceral), uma doença grave, ou no caso das espécies menos

virulentas, para manifestações mucocutâneas mais agressivas e crónicas.

Leishmaniose

Diagnóstico Parasitológico

• Pesquisa do parasito ( direto)

– Material obtido da úlcera (raspagem)

– Esfregaço em lâminas

– Corte histopatológico

– Cultivo do parasito

– Inoculação em animais, hamster

– PCR

Macrófagos infectados com parasitas do subgênero

Viannia contém menos parasitas distribuídos em vários

vacúolos parasitóforos no citoplasma da célula

M

Subgênero Leishmania Subgênero Viannia

Diagnóstico Microscópico (diferencial)

FORMAS AMASTIGOTAS; CULTURA DE CÉLULAS HISTOPATOLÓGICO ESFREGAÇO EM LÂMINAS

FORMAS PROMASTIGOTA

Leishmaniose Tegumentar Americana

Métodos Imunológicos

– Intradermorreação de Montenegro

– ELISA

– Reação de Imunofluorescência Indireta

Leishmaniose Tegumentar Americna Profilaxia

Notificação e tratamento precoce dos casos de infecção humana,

Prevenção do contato com o vetor=> telas nas janelas,

Combate ao inseto flebotomíneo

Construção das casas a 500m da mata,

Controle dos reservatórios,

Leishmaniose Visceral (Calazar)

Agente Etiológico => Leishmania do Complexo donovani

Leishmania ( L.) donovani => Índia

Leishmania ( L.) infantum => Região do mar Mediterraneo,Europa,África e China

Leishmania ( L.) chagasi =>América Latina

Leishmaniose Visceral

Agente Transmissor :Inseto fêmea

• América=> Lutzomyia longipalpis

Lu. longipalpis é um complexo de espécies

• Europa, Ásia , África => Phlebotomus

Leishmaniose Visceral

Morfologia (Formas Evolutivas) do Parasito

Promastigotas Amastigotas

Leishmaniose Visceral

Sintomatologia

Período de incubação=>2 a 7 meses

Fase inicial da doença=> nódulo de

pele,febre, palidez, perda do apetite

Hepato e esplenomegalia

Leishmaniose Visceral

Sintomatologia

– Anorexia

– Apatia (estado emocional indiferente)

– Complicações pulmonares ( tosse)

– Albuminúria

– Caquexia (perda de peso, atrofia muscular,

fadiga)

Manifestações

clínicas

Período

Inicial

Período de

Estado

Período Final

Febre Presente Presente Presente

Emagrecimento Ausente Moderado Acentuado

Palidez Discreta Moderada Acentuada

Hepatomegalia Discreta Moderada Acentuada

Esplenomegalia Discreta Moderada Acentuada

Hemorragias Ausente Incomum Frequente

Evolução clínica da LV

SVS-MS

Leishmaniose Visceral Diagnóstico

Pesquisa do parasito

• Punção da medula óssea

• Punção do baço

• Punção do fígado

Leishmaniose Visceral

Pesquisa do parasito

• Esfregaço em lâminas

• Semear em meio de cultura

• Inoculação em animais (hamster)

• PCR

Leishmaniose Visceral

Leishmaniose canina • Período de incubação=> 3 a 7 meses

– Assintomático (reservatório da doença =>60%) – Sintomático ( evolução da doença => 40% morte)

• Sintoma Local => Descamação da pele, úlceras de

pele,lesões oculares,lesões viscerais

• Sintoma Geral=> Emagrecimento,anemia, febre,apatia e caquexia

Leishmaniose Visceral Canina

Emagrecimento,anemia, febre,apatia e caquexia

Tratamento

• Droga de primeira escolha:

Glucantime, Pentostam

Aplicação: i.v. ou i.m. diária (20 a 28 dias)

Contra-indicações: mulheres gestantes e pacientes

cardíacos

• Drogas de segunda escolha:

Anfotericina B

Aplicação: i.v.

Contra-indicações:

mulheres gestantes, cardiopatas, nefropatas

e hepatopatas

Pentamidina:

Aplicação: i.m.

Menos eficazes e de maior toxicidade

Tratamento

Fort Dodge Saúde Animal Ltda

2004

Vacinas disponíveis contra a leishmaniose visceral canina

Hertape Calier Saúde Animal S/A

2008

Profilaxia

• Diagnóstico precoce

• Combate do vetor no peridomicilio