Post on 13-Jul-2015
Avaliação cardiológica-Medicina Laboratorial- Prof. Léo Sobrinho
Caso Clínico: Paciente, 56 anos, atendido no Pronto-Socorro com queixa de desconforto torácico,
discreta sensação de pressão retroesternal que o acordou do sono há cerca de 3 horas.
Anteriormente estava bem. Tem história de dislipidemia e de tabagismo (um maço por dia) por 40
anos. Exame físico: paciente apresentando diaforese (sudorese) intensa, frequência cardíaca de 95
bpm, pressão arterial de 163 x 102 mmHg, frequência respiratória de 22 ipm, com satO2: 96% ao ar
ambiente. Aparelho respiratório livre, sem alterações. No aparelho cardiovascular, ele estava com
B4.
-Hipóteses Diagnósticas: IAM; tromboembolismo pulmonar; dissecção de aorta.
-Estados dislipidêmicos: fazem lesão arterial, expondo o colágeno, há liberação de fator tecidual e
começa a ter agregação plaquetária.
Critérios diagnósticos para IAM: Alterações eletrocardiológicas, marcadores laboratoriais, CK, CK-MB
e mioglobina elevadas, dor tipo queimor ou constrictiva, dor retroesternal, dor prolongada (duração
>20min).
Heparina: ela vai se conectar a antitrombina(anticoagulante), potencializando-a. Se liga também
trombina (fator IIA), inibindo. Lembrar que ela tem alto poder de se ligar a proteínas plasmáticas.
Heparina não fracionada pode dar alteração da TTPA. Melhor a fracionada, pois não traz alterações
hemorrágicas, porém é mais cara. Ambas podem dar plaquetopenia.
Conduta: Fornecer antiagregante plaquetário; os indicados são AAS(acido acetil salicílico) associado
com clopidogrel. Solicitar um ECG e as provas bioquímicas (CK, CK-MB, mioglobina), sendo que se for
possível pedir dosagem de troponina total ( T e I), excelente, mas é cara e nem todo lugar faz; padrão
ouro. Trombolítico: dar em até 3h.
Mioglobina se eleva na primeira hora. Ser der negativo é alto fator preditivo negativo, mas é pouco
específico. Toponina: elevação em 3h, mais específica. CK-MB (banda miocárdica da
cretatinofosfoquinase) eleva em 3h, acessível. Desidrogenase láctica: eleva em 24h, é barata!
Num lugar sem muitos recursos: Tratar o paciente como IAM e acompanhar a evolução das enzimas
(DHL e AST) sede 6 em 6 horas ou de 8 em 8 horas, até 24 horas (para dar o diagnóstico o mais
precoce possível) e vê se haverá elevação dessas enzimas dando o diagnóstico laboratorial. É
obsoleto!