Post on 18-Jul-2020
CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO
como a biblioteca escolar contribui para a formação de alunos críticos e
geradores de conhecimentos.
AMANDA SOBRINHO FONSECA
Orientador: Mario Luiz Trindade Rocha
Co-orientadora: Gloria Jesus de Oliveira
PARAUAPEBAS
2014
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO
como a biblioteca escolar contribui para a formação de alunos críticos e
geradores de conhecimentos.
AMANDA SOBRINHO FONSECA
PARAUAPEBAS
2014
Monografia apresentada ao Instituto A Vez do Mestre como requisito parcial para obtenção do título de especialista em gestão estratégica da qualidade. Orientador: Mario Luiz Trindade Rocha
Co-orientadora: Gloria Jesus de Oliveira
AGRECIMENTOS
.
Agradeço a Deus por estar no meu lado em todos os momentos
da minha vida, por ter me acompanhado nesse período de pós-
graduação, me encorajando e principalmente não me deixando desistir,
por ter me dado pais maravilhosos Nelma Regina Sobrinho Fonseca e
Luiz Antonio Teixeira Fonseca que estiveram do meu lado. Amo vocês...
Agradeço ao meu irmão Luiz Eduardo Sobrinho Fonseca por todo
apoio.
A meu namorado José Leandro que sempre esteve do meu lado
me incentivando e nunca me deixando desistir.
Agradeço a orientadora Glória de Jesus Oliveira por toda
paciência e motivação, nunca vou esquecer tudo que a Senhora fez por
mim. Tenha certeza que se não fosse por seu apoio eu não teria chego
até aqui
DEDICATÓRIA
À minha família e em especial ao meu Pai.
RESUMO
Este trabalho apresenta uma breve análise de como a gestão estratégica da informação no ambiente da biblioteca escolar contribui para a formação de alunos críticos e independentes. A informação correta é decisiva para boas tomadas de decisões, vive-se na era da informação, o mundo está sem fronteiras, às informações chegam de todos os lugares e a todo o momento, cada vez mais saber diferenciar o que é relevante do que não é, faz toda diferença e o bibliotecário em parceria com professores iram criar projetos para estimular os alunos a desenvolverem as habilidades e competências determinantes para a sua vida escolar até a profissional. Algumas empresas sofrem com o excesso de informação e não pela falta, para que a informação seja aplicada de maneira correta se faz necessário uma gestão da informação, para selecionar o que pode ser utilizado, a informação estratégica é uma forma que a empresa encontra para se torna competitiva, os funcionários responsáveis pela gestão da informação precisam deter de inteligência competitiva, para obter e enviar as informações pertinentes para as tomadas de decisões. Nas bibliotecas a gestão da informação vem sendo atribuída as competências dos bibliotecários, que por terem a informação com seu objeto de trabalho precisam saber conduzi o que é necessário para a pesquisa de seus usuários seja realizada de forma excelente. O bibliotecário acompanhou as mudanças é considerado um gestor que trabalha na disseminação da informação, a gestão estratégica da informação é um diferencial tanto nas bibliotecas como na vida dos alunos.
METODOLOGIA
O presente trabalho fornece os subsídios teóricos para o
desenvolvimento da pesquisa a cerca da gestão estratégica da informação:
como a biblioteca escolar contribui para a formação de alunos críticos e
geradores de conhecimentos.
Com o desenvolvimento de um trabalho com embasamento e
levantamento bibliográfico, realizando a seleção de obras consideradas
relevantes para a compreensão do tema entre elas estão em destaque Eliane
Fioravante Garcez, Alsones Balestrin e Thiago Rodrigues Dantas.
A finalidade é que os leitores possam ao termino da leitura visualizarem
e principalmente entenderem a importância do profissional de biblioteconomia
no ambiente escolar e como hoje a informação é um diferencial dentro e fora
das empresas.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura1- Classes de informação em inteligência competitiva 14
Figura 2- Processo de inteligência competitiva 15
Figura 3- Seção de referência e consulta 19
Figura 4- Seção de circulante 19
Figura 5- Bibliotecas no séc. XXI 20
Figura 6- Bibliotecária do passado 23
Figura 7- Planejamento estratégico 32
Gráfico 1- Todos pela educação 16
Quadro1- Conceitos 13
Quadro 2-Comparação entre os perfis e as atitudes dos tradicionais e dos modernos profissionais da informação 24
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I –GESTÃO DA INFORMAÇÃO
1.1 Informação estratégica 11 1.2 Inteligência competitiva 12
CAPÍTULO II- A BIBLIOTECA ESCOLAR
2.1 Funções da biblioteca escolar 17 2.2 Acervo 17 2.2.1 Seções 18 2.3 Estrutura 20 2.4 Gestão da informação na biblioteca escolar 21
CAPÍTULO III- EVOLUÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO
3.1 Tipo de Bibliotecários 26 3.2 O Bibliotecário como agente da informação 27 3.3 Bibliotecários na formação de alunos 28
CAPÍTULO IV- BIBLIOTECÁRIO COMO GESTOR DA UNIDADE DE
INFORMAÇÃO
4.1 Planejamento Estratégico 31
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 34 WEBGRAFIA 35
8
INTRODUÇÃO
O mundo vem sofrendo transformações desde a pré-história até os dias
atuais e com essas transformações mudanças vem acontecendo de forma
natural no dia-a-dia das pessoas, é normal que o que era visto como
importante ontem, já não seja tão relevante hoje. Com essas transformações o
que mais ganha destaque é como a informação é algo tão valioso nos dias
atuais, tanto isso é verdade que hoje somos considerados como a sociedade
da informação e do conhecimento. Passamos por muitas fases até chegamos
neste ponto, antes os homens viviam de caça e sua socialização era entre a
sua própria comunidade, hoje isso já acontece de forma diferente, o avanço
das tecnologias (computadores, telecomunicação...) possibilitando o contato
com pessoas que estão no outro lado do mundo, vive-se em um mundo
globalizado, consequência disso novas tendências e resultando em uma
mudança cultural.
Nas empresas a informação correta no memento certo é decisiva para
uma boa tomada de decisão, a informação se tornou elemento essencial no
mundo dos negócios, podendo até ser considerada uma vantagem competitiva.
Segundo Dewey (1979 apud CARVALHO, 2011, p.14) “Ninguém é capaz de
pensar em alguma coisa sem experiência ou informação sobre ela” Para que lá
na frente boas decisões possam ser tomadas dentro e fora do trabalho, é
necessário que haja uma boa formação que vem do ensino infantil até a
universidade, é vendo dessa forma que o bibliotecário se faz necessário, pois,
com o avanço das tecnologias fica evidente que as atividades praticadas pelas
crianças estão cada vez mais distantes dos livros e consequentemente das
bibliotecas e para resgatar o valor da leitura e portanto da pesquisa precisa-se
de um agente da informação para administrar, organizar e compartilhar as
informações relevantes, fazendo o papel de um filtro nesse novo cenário, o
mesmo precisa utilizar uma gestão estratégica buscando moldar e preparar os
usuários no memento da pesquisa, fazendo com que ele através das
informações adquiridas possam gerar conhecimentos precisos para a formação
9
intelectual, que no futuro serão determinantes para uma boa tomada de
decisões na sua vida pessoa e profissional.
Repensando sobre esse novo panorama, nada mais justo utilizar como
tema desse trabalho a gestão estratégica da informação.
Hoje com a grande quantidade de informação que surge a todo o
momento reconhecer o que é relevante e o que não é, faz toda diferença, e a
gestão estratégica da informação no ambiente da biblioteca tem como ponto de
partida transforma dados em informação para que só assim ela possa virar
conhecimento, dessa forma parcerias precisam ser criadas entre professores e
bibliotecários, desenvolvendo projetos que aproximem os alunos da biblioteca,
fazendo que os mesmo criem seus pontos de vista, pensem por si só, a
biblioteca seria um lugar de embasamento teórico para a formação de opinião,
é interessante que alunos, professores e bibliotecários realizem uma interação,
lembrando que esse processo precisa ser continuo.
Diante de todo o exposto, a presente pesquisa buscará responder a
seguinte indagação: como a gestão estratégica da informação na biblioteca
contribui para a formação positiva dos alunos?
Assim, este trabalho tem como objetivo possibilitar uma analise de como
a gestão estratégica da informação contribui para a formação de alunos críticos
e independentes, como destaque temos a importância do profissional
bibliotecário nessa era da informação e do conhecimento, sendo ele um agente
da informação, contribuindo com a formação dos usuários.
A pesquisa apresentada está estruturada em quatro capítulos. No
primeiro capítulo, convém abordar algumas considerações importantes sobre
gestão da informação, no segundo capítulo, observa-se a biblioteca escolar
junto com a gestão da informação, no terceiro capítulo menciona a evolução
do bibliotecário e no quarto e ultimo bibliotecário como gestor da unidade de
informação.
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CAPÍTULO I
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
Antes se vivia na era da sociedade industrial, onde o capital e o trabalho
eram os fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma organização
e hoje na era da informação e do conhecimento, atualmente tudo é movido
pelas noticias e a todo o momento se cria mais informação, o mundo está
interligado com o avanço tecnológico e conseguintemente com o surgimento da
internet, é espantoso a velocidade das informações e interessante lembrar que
agora o mundo está sem fronteiras, e o mercado se tornou muito mais
competitivo, onde o planeta está completamente globalizado, para que a
informação seja aplicada de forma correta se faz necessário uma gestão da
mesma Para Silva (2007, p. 2):
A GI refere-se ao conhecimento que pode ser coletado, processado e administrado, por isso foi incorporada às amplas questões que a gestão do conhecimento compreende. Nesta perspectiva a informação é um importante ativo para o compartilhamento do conhecimento nas organizações.
A gestão da informação (GI) vem para mudar paradigmas, antes as
informações eram guardadas, hoje se tornou muito mais interessante,
transformar essas informações em conhecimento e compartilhar com as
pessoas dentro e fora das empresas, com a concorrência a nível internacional,
as organizações precisam procurar estratégias para se sustentarem nesse
mercado cada vez mais competitivo e a informação se utilizada no momento
certo, com certeza pode ser considerada uma grande vantagem competitiva e
isso faz com que muitas empresas estejam à frente do seu tempo. Segundo
Silva (2007, p.1):
A partir da década de 1980 a GI inicia uma trajetória de crescente importância na vida das organizações; importância que a coloca no mesmo patamar dos demais trabalhos e processos, como a gestão de RH, gestão de processos, gestão de negócios. Assim, a GI passou a ser considerada mais uma
11
atividade essencial, como qualquer outro tipo de trabalho desenvolvido nas organizações.
Percebe-se que a Gestão da informação veio ganhando espaço e
adquirindo importância e hoje é considerada como uns dos processos mais
importantes dentro das organizações, pois, com a globalização o mercado se
tornou muito mais competitivo e o que determina o sucesso são os diferenciais
que as empresas apresentam no momento ideal.
Pode-se dizer que a gestão da informação trabalha focada nos registros,
como, reuniões, experiências práticas, gestão documental entre outras, ela
trabalha com a parte documental, trabalhando e registrando as informações
mais importantes, trabalhando como um filtro.
Nas empresas a informação é um diferencial, mais como saber se
aquela informação é valiosa? Como podemos perceber se estamos
selecionando o que realmente nos interessa em meio a tantas informações? Na
realidade precisa-se ter discernimento, um olhar critico e enxergar á longo
prazo. Observa-se o quanto é válido uma boa formação escolar, por que é
nesse momento que o indivíduo adquire habilidades e competências para lidar
com as tomadas de decisões, onde o mesmo estará sendo preparados para o
convívio em sociedade.
1.1 Informação estratégica
Dentro de uma instituição, nem todo conhecimento pode ser considerado
como conhecimento estratégico, temos informações surgindo a todo o
momento, hoje as empresas sofrem com a sobrecarga de informação, e o que
se tornou mais comum é o fluxo de informações inadequadas e com isso
precisasse ter uma atenção maior na hora de gerenciá-las, segundo Araujo
(2009, p. 1):
A informação estratégia sobre o ambientes externo fornecida a partir do processo de Inteligência Competitiva, por exemplo, auxilia na identificação das ameaças e oportunidades e quando
12
levada em conta, proporciona vantagem competitiva que fará toda a diferença para o sucesso organizacional.
Trabalhar com informações concretas e confiantes, pode significar o
sucesso da empresa até por que uma informação pela metade, ou mal
interpretada pode acarretar muitos prejuízos. Fazer uso da informação
estratégica é importante para que as empresas se tornem competitivas, a
estrutura organizacional precisa estar bem clara e estabelecida, todos precisam
saber fazer bom uso das informações.
Dentro do ambiente organizacional ações estratégicas precisam ser
criadas, e tudo deve ser muito bem planejado, as decisões devem ser
pensadas e analisadas com muita cautela e para isso nada melhor do que
conhecer seus ambientes, tanto externos como internos, pois só conhecendo a
realidade da empresa, mercados, fornecedores entre outros, que a organização
poderá se preparar e procurar trabalhar pontos positivos e negativos, pensando
a longo ou curto prazo nas tomadas de decisão utilizando de informações
estratégicas. Autores como Fischmann e Almeida (1991) relacionam essa
técnica intimamente à análise do ambiente da organização, que objetiva,
justamente, estabelecer o propósito de direção que a organização deverá
seguir para aproveitar oportunidades e evitar riscos do ambiente em que se
insere.
1.2 Inteligência competitiva
Com um mercado extremamente competitivo as empresas, mas do que
nunca precisam estar bem informadas sobre o ambiente externo, e para isso se
faz uso da inteligência competitiva que nada mais é que a produção de
informações para a tomada de decisões, ela começou a ser utilizada no Japão
e na Europa e teve sua origem em atividades militares, Segundo Balestrin
([s.d.], p. 5):
Sinteticamente, as origens da inteligência competitiva (IC), remete à necessidade militar de conhecer o inimigo, identificar seus pontos fortes e fracos, intuir o pensamento dos generais
13
que comandam os exércitos, de forma a escolher e posicionar-se vantajosamente nas batalhas. Ao incorporar o conceito de estratégia, os teóricos da administração trouxeram também o conceito de inteligência, como sendo elemento essencial para a administração estratégica
Nada mais perfeito do que conhecer seus inimigos para poder agir da
melhor forma possível, ter informações estratégicas é estar à frente de seus
concorrentes e para isso acontecer de forma eficaz se faz necessário um
sistema de “inteligência competitiva” Para Kotler e Armstrong (1993 apud
Balestrin, [s.d], p. 6).
Um sistema de inteligência deve primeiro identificar os tipos vitais de informações competitivas e as melhores fontes dessas informações. A parti disto, o sistema deve, continuamente, coletar informações do campo (através da equipe de vendas, dos canais de distribuição, dos fornecedores, de pesquisas de mercado, das associações comerciais, dentre outros) e de dados publicados (publicações governamentais, palestras, artigos, apenas para citar algumas fontes). Em seguida, o sistema deve avaliar a validade e confiabilidade das informações, interpretá-la e organizá-la de forma apropriada e, finalmente, o sistema deve enviar as melhores informações para os diversos níveis decisórios da organização.
Percebe-se que a inteligência competitiva para acontecer de forma
satisfatória depende de uma serie de fatores, e que as pessoas envolvidas
nesse processo necessitam estar preparadas, pois, cada etapa é determinante
para o sucesso nas tomadas de decisões. Dados, informações e
conhecimentos são materiais primas para o processo de inteligência
competitiva.
Quadro1- Conceitos
Dado É uma simples observação sobre o estado do mundo
Informação É o dado dentro de um contexto aplicável.
Conhecimento É o processo de análise de uma informação e sua
utilização para a tomada de decisão.
Fonte: Autor, 2014.
14
Figura1- Classes de informação em inteligência competitiva
Fonte: Soares, 2012, p. 1.
A gestão da informação está totalmente ligada à formação intelectual de
cada individuo, para se realizar uma excelente GI profissionais qualificados
precisam participar do sistema que faz parte a inteligência competitiva, esses
profissionais provavelmente tiveram uma ótima formação escolar, foram
motivados, e estimulados a tirarem suas próprias conclusões, hoje se pode
observar como o incentivo a leitura, projetos de interpretação de texto, debates
e outras atividades realizadas no ambiente escolar são decisivos para o
desenvolvimento de habilidades e competências utilizadas atualmente nas
empresas.
A inteligência competitiva pode ser decisiva e totalmente relevante para as
tomadas de decisões para qualquer nível de empresa, precisa-se aceitar o papel que o
conhecimento está ocupando hoje, se tornando sim, uma fonte de riqueza se bem
utilizada, não deixando de lado a importância dos dados e das informações.
Atualmente dentro das organizações precisa-se fazer uma investigação,
identificando informações que podem ser relevantes ou não, com o objetivo de
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também identificar possíveis ameaças, para só depois divulgá-las dentro da
organização, permitindo a ação e buscando alcançar bons resultados.
Figura 2- Processo de inteligência competitiva
Fonte: Valentim, 2002, p.1.
A inteligência competitiva será o grande diferencia e tanto dados,
informação e conhecimento são as grandes matérias primas para os
gerenciamentos.
16
CAPÍTULO II
A BIBLIOTECA ESCOLAR
Localizadas nas escolas, devem ser participativas e um complemento
importante para os trabalhos realizados em sala de aula. Sendo atualmente
considerada como uma importante ferramenta para os professores na
formação dos alunos, as bibliotecas escolares tem como definição um
ambiente organizado para integrar-se com a sala de aula e no desenvolvimento
do currículo escolar. Funciona como um centro de recursos educativos,
integrado ao processo ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial
desenvolver e fomentar a leitura e a informação. Os bibliotecários devem está
prontos para atenderem as necessidades de pesquisa de seus usuários,
buscando incentivar a leitura e a busca por novos conhecimentos.
Em uma pesquisa realizada pela Brasil Literário foi identificado que
cerca de 12.800,000 bibliotecas precisavam ser construídas e isso é uma
realidade no Brasil, existem muitas escolas que não possuem bibliotecas e o
poder público precisa dar maior atenção a essa questão, pois, as bibliotecas
tem um papal fundamental na educação básica, formando leitores, trabalhando
habilidades e competências e preparando os alunos para as universidades e
conseguintemente o mercado de trabalho.
Gráfico 1- Todos pela educação
Fonte: Brasil literário, 2012, p.1.
17
Além da criação de novas bibliotecas precisa-se ter uma atenção maior
para as bibliotecas já existentes, pois, de nada adianta simplesmente criar
bibliotecas e não atualizar seu acervo, trocar moveis antigos e sucateados, não
contratar um profissional formado em biblioteconomia que possua as
competências necessárias para deixar o ambiente organizado e bem
administrado. A biblioteca precisar constantemente ser atualizada segundo
Motta (1999, p.21) “dentro de uma instituição deve estar bem definida quanto a
sua organização e funcionamento para que venha facilitar o ensino
aprendizagem” percebe-se que deve ser um lugar bem gerenciado, organizado
e prazeroso.
2.1 Funções da biblioteca escolar
Entre as funções que a biblioteca exerce se destacam:
a) Função informacional: Informação de confiança, acesso rápido e
possibilidade de transferência da informação;
b) Função educacional: Promover educação contínua e ao longo da vida,
promoção da liberdade intelectual;
c) Função cultural: Experiências de natureza cultural, apreciação das artes,
encorajamento da criatividade e desenvolvimento das relações humanas;
d) Função recreativa: Informação recreativa, materiais e programas.
2.2 Acervo
Em relação ao acervo que nada mais é do que a base material sobre a
qual são realizados os serviços da biblioteca pode-se dizer que ele deve
comportar os seguintes matérias:
a) Livros de referências (dicionários, enciclopédias, anuários, atlas,
almanaques, bibliografias);
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b) Livros didáticos e paradidáticos;
c) Livros técnicos e científicos;
d) Livros de cultura geral;
e) Livros de formação pedagógica;
f) Livros de ficção, recreativos e de cunho literário;
g) Biografias;
h) Periódicos;
i) Folhetos;
j) Audiovisuais.
Esses matérias devem estar a disposição dos usuários no momento da
pesquisa, alguns matérias podem ser emprestados atendendo as normais de
empréstimo da instituição, outros como matérias de referências, por exemplo,
podem somente ser consultados.
Todos os recursos precisam constantemente serem atualizados e
revisados, para que os usuários possam lidar com informações confiáveis.
2.2.1 Seções
As bibliotecas em geral precisam ter um alto nível de organização, e
para isso o bibliotecário é peça fundamental. No curso de biblioteconomia ele
tem o embasamento necessário para quando formado e atuante colocar seus
conhecimentos em pratica, um dos pontos importante no gerenciamento das
bibliotecas e organizar das seções que entre elas estão:
a) Sessão de referencia: Encontram-se matérias de consulta, que não podem
ser emprestados, como por exemplo, dicionários e enciclopédias, o
bibliotecário responsável por essa seção deve se deter a orientar os
usuários nas consultas a base de dados do acervo e manter organizado o
acervo.
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b) Sessão de leitura: Localizam-se biografias, livros de recreação e assuntos
específicos, o bibliotecário responsável por essa sessão normalmente é o
mesmo da sessão de referencias, por que ambas as sessões se encontram
no mesmo espaço físico.
Figura 3- Seção de referência e consulta
Fonte: Autor, 2014.
c) Seção de circulantes: Encontram-se materiais de empréstimo, onde o
bibliotecário deve estar totalmente socializado com os livros e suas
respectivas localizações para que na hora que o usuário precisar de
orientação ele esteja preparado para atender da melhor forma possível.
Figura 4- Seção de circulante
Fonte: Autor, 2014.
20
2.3 Estrutura
Ao que se entende por estrutura ela deve proporcionar um ambiente
agradável, que atenda as necessidades de pesquisa, tudo deve ser muito bem
planejado, com moveis próprios para a sala de leitura como mesas e cadeiras,
estantes bem distribuídas pensando na movimentação dos usuários, cabines
de estudos individuais ou em grupo, mesas para os computadores.
É importante lembrar que com o avanço das tecnologias, as bibliotecas
precisam ser equipadas com computadores e internet que possibilite um
acesso rápido as fontes de informação em meios eletrônicos, onde o
bibliotecário precisa ser o mediador criando condições para que os alunos
utilizem os recursos da melhor forma possível, podendo fazer uma seleção do
que é importante para a pesquisa, já que estamos vivendo na era da
informação.
Figura 5- Bibliotecas no séc. XXI
Fonte: Mundo bibliotecário, 2014, p. 1.
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Nesse novo cenário que a informação surge a todo instante, a presença
de uma gestão estratégica da informação dentro das bibliotecas escolares se
faz necessário, os usuários precisam saber o que realmente é relevante, além
do bibliotecário seleciona o que importa, ele em parceria com os professores
iram criar projetos para moldarem esses alunos para o futuro.
2.4 Gestão da informação na biblioteca escolar
Ao analisar o ambiente escolar, o que vem a mente é a sala de aula,
mais nesse momento o que vai ser levado em consideração é a biblioteca
escolar. Assim como nas empresas que precisam ter indivíduos especialistas
para lidar com as informações, no ambiente escolar o bibliotecário fica
incumbido dessa função, ele trabalha como um filtro que administra, organiza e
compartilha as informações para que só assim os alunos as transformem em
conhecimento, mais é claro que sozinho ele não conseguiria realizar tal função,
por isso se faz necessário a criação de parcerias, para Campello (2003, p.11):
Trabalhando em conjunto, professores e bibliotecários planejarão situações de aprendizagem que desafiem e motivem os alunos, acompanhando seus progressos, orientando-os e guiando-os no desenvolvimento de competências informacionais cada vez mais sofisticadas.
Na realidade simplesmente passar as informações não é o suficiente,
precisa-se fazer com que os alunos pensem, se motivem, sejam estimulados a
tirar suas conclusões, aprendam a questionar, sejam realmente participativos e
para que isso ocorra, parcerias precisam acontecer entre Professores e
Bibliotecários.
Nesse novo momento a biblioteca escolar precisa está preparada, o
Bibliotecário tem que ser mais participativo, proporcionando um ambiente
agradável, precisa-se mudar a imagem que muitas pessoas tem sobre a
biblioteca, onde a mesma é vista como um local de castigo, o Bibliotecário deve
está atento as mudanças e realmente ser agente transformador no ensino e na
formação dos alunos promovendo projetos. É preciso que uma nova direção
22
seja dada para a biblioteca, onde ela seja um local de troca de experiências e
informação, coisa que não acontece na maioria das vezes em algumas
instituições, existem casos que os alunos acabam tendo que realizar encontros
semanais que os abrigam a emprestar livros, sendo que muitos nem realizam a
leitura dos mesmos, e temos certeza que dessa forma o encontro aluno x
biblioteca não deve ser nada agradável.
É interessante lembrar que os mesmos alunos que hoje estão dentro das
escolas, amanhã quando entrarem no mercado de trabalho serão os
responsáveis pelas possíveis tomadas de decisões nas empresas de acordo
com Garcez (2006, p.63-73) “Capacitar e habilitar o aluno no processo
ensino/aprendizagem é contribuir para que a empresa que um dia irá recebê-lo
como trabalhador seja competitiva”. No futuro muitos alunos serão vistos como
uma vantagem competitiva, pois, a informação pode tanto ser determinante na
hora de fechar grandes contratos como também evitar o desperdiço dentro das
organizações.
Quando se pensa nas habilidades que os alunos precisão desenvolver,
para que lá na frente façam a diferenças aonde quer que estejam, precisa-se
entender que isso depende de um todo, não somente do professor ou da
gestão estratégica que o bibliotecário vai aplicar na biblioteca, mesmo que
esses dois agentes criem projetos, tracem novas direções para a biblioteca à
estrutura da mesma conta muito. Como o aluno poderá realizar uma pesquisa
se os livros estão desatualizados? Como o bibliotecário poderá exerce suas
funções como agente da informação se o acervo não atende as suas
necessidades? E não é uma questão só de acervo, a biblioteca precisa ter
mobiliários que atendam a necessidade estrutural do ambiente.
A falta de tecnologia e estrutura afasta os usuários da biblioteca, é
necessário que os gestores das instituições comecem a olhar a biblioteca de
forma diferente, pois a mesma bem aplicada e conciliada com os professores é
um ótimo recurso para a formação de alunos mais conscientes e capacitados.
23
CAPÍTULO III
EVOLUÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO
O surgimento do bibliotecário está totalmente ligado ao desenvolvimento
do conhecimento, a invenção da maquina de impressão criada por Gutemberg,
fez a popularização dos livros. Muitas pessoas (em sua maioria homens)
assumiram o papel de bibliotecário antes mesmo que a profissão existisse, sua
função era somente arrumar e guarda os livros nas estantes, não detinham de
nenhuma técnica, mais com o passar do tempo o cenário foi mudando e a
própria evolução da sociedade fez com que essa profissão surgisse. O
Bibliotecário tem como objetivo torna acessível a informação a seus usuários,
independente do suporte, pois ele detém de técnicas de organização e
tratamento da informação, o bibliotecário é o agente mediador entre a
informação e sua usuários.
Figura 6- Bibliotecários do passado
Fonte: Bibliotecários sem fronteiras, 2014, p. 1.
24
No Brasil o primeiro curso de biblioteconomia foi criado em abril de 1915
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, depois sendo fundado em várias
universidades federais pelo país.
Assumindo um importante papel na sociedade do conhecimento, hoje o
bibliotecário é visto como profissional da informação que dissemina e transmite
a mesma, pois, antes ele simplesmente guardava e organizava.
Quadro 2-Comparação entre os perfis e as atitudes dos tradicionais e dos modernos profissionais da informação ASPECTOS DO TRADICIONAL PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO
ASPECTOS DO MODERNO PROFISSIONAL DA INFORMAÇAO
• Demasiada atenção às técnicas biblioteconômicas
• atenção às técnicas biblioteconômicas e documentais
• atitudes gerenciais ativas • atitudes gerenciais pró-ativas • desenvolvimento de práticas profissionais em espaços determinados: bibliotecas, centros de documentação
• desenvolvimento de atividades em espaços onde haja necessidade de informação
• tratamento e disseminação de informação impressa em suportes tradicionais
• tratamento e disseminação de infor-mação, independentemente do seu suporte físico
• espírito crítico e bom senso
• espírito crítico e bom senso
• atendimento real ao usuário (relação sujeito x sujeito)
• atendimento real e virtual ao cliente (Sujeito x sujeito, sujeito x máquina)
• uso tímido das tecnologias de informação • intenso uso das tecnologias de informação • domínio de línguas estrangeiras • domínio de línguas estrangeiras • práticas interdisciplinares pouco representativas
• ativas práticas interdisciplinares
• pesquisas centradas nas abordagens Quantitativas
• fusão entre as abordagens qualitativas e quantitativas
• Estudo das necessidades de informação dos usuários e avaliação de coleções de bibliotecas
• Estudo da necessidades de informação dos clientes e avaliação dos recurso dos sistemas de informação
• relação biblioteca e sociedade • relação informação e sociedade • domínio acentuado nos saberes biblioteconômicos
• domínio dos saberes biblioteconômicos e áreas afins
• planejamento e gerenciamento de bibliotecas e centros de documentação
• planejamento e gerenciamento de sistemas de informação
•preocupação no armazenamento e conservação das coleções de documentação e objetos
•preocupação na análise, comunicação e uso da informação
•Educação continuada esporádica • intenso processo de Educação continuada • treinamento em recursos bibliográficos • treinamento em recursos informacionais
• tímida participação em políticas sociais, educacionais, científicas e tecnológicas
• ativa participação em políticas sociais, educacionais, científicas e tecnológicas
Fonte: Castro, 2000, p. 1.
25
Na realidade com o avanço das tecnologias, a sociedade mudou, os
meios de pesquisa mudaram e esse profissional teve que se adequar a essa
nova realidade adquirindo competências. Para Paolinelli (2012, p. 1):
É um profissional com várias possibilidades de atuação. Seja na área do planejamento estratégico, negócios, ensino e pesquisa ou educação e cultura, ele se vale de conhecimentos e técnicas que agregam valor à informação e, consequentemente, ao conhecimento.
Atualmente o bibliotecário deixou de fazer parte só do cenário escolar e
começou a exercer suas funções em outros ambientes, como por exemplo, o
empresarial. No ambiente escolar esse profissional está em constante
crescimento, e até hoje luta para mudar sua imagem que segundo Cunha
(1976, p. 189):
Era comum representar o bibliotecário como um homem silencioso. Oculto entre as pilhas de livros, muitas vezes com poeira secular, ranzinza quando perturbado por algum leitor. Essa imagem quase caricatural representou uma época em que a principal missão do bibliotecário era ser o guardião do acervo existente na biblioteca
Além de ser o guardião dos livros seu papel era determinar o silêncio
absoluto. Pensando em se tornar mais valorizado esse profissional
acompanhou as transformações do mundo e hoje é mais atuante, trabalhando
com a disseminação da informação e desenvolvendo uma gestão estratégica
voltada para melhor atender seus usuários.
Não podermos deixar de lembrar que não é somente o bibliotecário que
precisa mudar, em algumas instituições a biblioteca acaba sendo esquecida,
existem casos que nem é o bibliotecário que é responsável pelo setor, e sim
um professor que está prestes a se aposentar ou alguém que ficou
impossibilitado de exercer sua função dentro da instituição e para não ser
desligado é transferido de função. Os gestores precisam investir e valorizar os
profissionais de biblioteconomia e as bibliotecas que atualmente estão com os
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acervos totalmente desatualizados, livros danificados, sem computadores e
internet.
3.1 Tipo de Bibliotecários
Pode-se dizer que o trabalho do bibliotecário é a informação e hoje em
dia mais do que nunca esse profissional tem que saber fazer bom uso da
mesma. Quando formado o bibliotecário precisa seguir uma linha de
pensamento, focar em alguma área dentro da profissão, podendo escolher uma
especialidade a seguir, entre essas estão:
a) Bibliotecários Virtuais: que trabalham em bibliotecas virtuais administram
bases de dados, para organizar e preservar várias informações que surgem
na internet;
b) Bibliotecário escolar: É em especial um profissional que trabalham em
parceria com os professores no incentivo a leitura;
c) Bibliotecário especializado: Trabalha em bibliotecas com assuntos
específicos, tornando-se um especialista no mesmo, alguns trabalham em
bibliotecas dentro das empresas gerenciando as informações;
d) Bibliotecários de sistemas: Desenvolvem, reparam e mantém os
sistemas de bibliotecas, fornecendo bases para a organização das
informações a partir do computador.
e) Bibliotecários de ação cultural: Normalmente trabalham em escolas
publicas e privadas, voltado para o desenvolvimento de projetos culturais
que envolvam tanto usuários internos como externos, promovendo a leitura
e a aproximação usuário x biblioteca.
Percebe-se que a profissão evolui e se engana quem pensa que o
bibliotecário precise trabalhar só na área escolar, hoje esse profissional
27
trabalha em vários locais e uma entre várias características ele jamais poderá
deixar de ser um agente da informação. Para CRB3, [s.d.].
A demanda deste profissional está em toda parte: nas áreas de planejamento estratégico, novos negócios e pesquisa de mercado de grandes empresas e agências de publicidade, em bancos de dados especializados, sendo responsável por resumos e thesaurus (dicionário terminológico), para atender a demandas de acesso on-line de bases específicas, muitas vendidas comercialmente. Atua também em acervos especializados, centros históricos de documentação e informação, em organizações governamentais, jurídicas e legais, na estruturação, monitoramento e acompanhamento da evolução legal para jurisprudência e demais decisões, em agências de notícias, bancos de imagens e fotografias, nas bibliotecas públicas, universitárias e escolares - instrumentos essenciais para formar jovens cidadãos - em organizações não governamentais etc....
Percebe-se que essa profissão está em completo crescimento, podendo atuar
em qualquer lugar que precise lidar e gerenciar a informação e consolidada nos
meios de tecnologia, por isso que o bibliotecário precisa estar sempre atualizado.
3.2 O Bibliotecário como agente da informação
O que se entende por agente da informação? Procurando no míni
dicionário Houaiss Agente significa “Pessoa, ou algo que desencadeia ação ou
efeito” e informação “Conjunto de conhecimento sobre determinado assunto”
então se pode dizer que o agente da informação seria alguém que desencadeia
a ação pela busca do conhecimento sobre determinado assunto, e esse
significado é o bibliotecário atual, um profissional que busca pelas informações,
procurando deter o máximo de conhecimento a fim de atender as pesquisas
realizadas na biblioteca.
Com o avanço das tecnologias o agente da informação está cada vez
mais sendo necessário nas bibliotecas, pois, com a facilidade de acesso às
informações, hoje o bibliotecário tem um papel muito importante, ele precisa
selecionar e disseminar as informações da melhor forma possível.
28
Fazendo o papel do agente que vai auxiliar o usuário no momento da
pesquisa, realizando a educação do aluno, o ensinando a pesquisar e
compreender o que realmente é relevante. O agente da informação está
totalmente ligado na formação da autonomia de seus usuários criando
competências e habilidades necessárias para que ele consiga exercer seu
papel de cidadão e para que isso ocorra ele terá que desenvolver projetos que
estimulem a geração do conhecimento, por meio de ações educativas em
parceria com professores.
3.3 Bibliotecários na formação de alunos
Para que os alunos de hoje estejam preparados para a realidade de
amanhã, que é ingressar no mercado de trabalho é necessário que todas as
etapas da vida sejam cumpridas, começando na educação básica, para a
faculdade até a vida profissional.
A educação básica é um momento de iniciação, e tanto professores
como bibliotecários precisam trabalhar em parceria no intuito de melhor
desenvolver seus alunos, quanto a sua prática de leitura, buscando não
somente fazer com que eles emprestem livros da biblioteca, mais que criem o
hábito de ler, uma leitura prazerosa sendo até considerada como uma atividade
de lazer.
O papel do bibliotecário consiste em ser um mediador, atraindo o leitor
para dentro da biblioteca, o colocando em contato direto com os livros já que o
mesmo trabalha com um importante instrumento que é a informação, agindo
como um educador, que contribui no processo ensino aprendizagem de seus
usuários promovendo projetos no desenvolvimento do hábito de ler, os
ingressando no mundo do conhecimento por meio da leitura sendo
corresponsável na formação dos indivíduos. Atualmente o mercado de trabalho
precisa de profissionais preparados para desempenharem suas funções, e
saber lidar com as informações é um diferencial, para se manter em um
ambiente que está cada vez mais competitivo.
29
CAPÍTULO IV
BIBLIOTECÁRIO COMO GESTOR DA UNIDADE DE
INFORMAÇÃO
Percebe-se que o bibliotecário de hoje não é mais o bibliotecário do
início da profissão, que tinha como característica simplesmente de somente
guardar os livros, ele evoluiu juntamente com o desenvolvimento das
tecnologias, que tornou o mundo globalizado e consequentemente atribuindo
mais competências para a execução de suas funções, além de realizar a
indexação, catalogação e classificação, ele exerce outras tarefas diretamente
ligadas a administração da biblioteca também conhecida como unidade de
informação, Para Coelho Neto (1995 apud HOLANDA [s.d.], p.5):
O papel do Bibliotecário na sociedade está se alterando devido às novas tecnologias de informação e comunicação. Novas formas de trabalhar surgiram porque novas ferramentas foram criadas para o controle, organização e disseminação da informação. O profissional não está mais limitado ao espaço físico da biblioteca; agora ele trabalha com vários suportes em que a informação está registrada, onde o usuário passa a ser o foco principal e não mais o acervo, ao mesmo tempo que a disseminação passa a ter mais importância que a preservação da informação.
Os primeiros bibliotecários como foi dito anteriormente, eram
considerados os guardiões dos livros, e preservá-los era fundamental, hoje isso
não é prioridade, a informação precisa ser repassar, disseminada aos usuários
no momento da sua pesquisa, vivesse em um período que a informação vem
de todos os lados, sofresse com o excesso de informação e não pela falta, por
isso se faz tão necessário que o bibliotecário acompanhe as mudanças que
estão acontecendo para só assim recuperar, disseminar e preservar o
conhecimento, Segundo Holanda ([s.d.], p.5):
30
Portanto, não é apenas uma mudança no perfil do profissional tradicional de biblioteconomia ou nos rótulos que a sociedade o coloca, é uma adaptação a novas exigências organizacionais para melhorar assim o seu desempenho profissional...
O bibliotecário assuma a função de gestor ou líder, preocupado em
atender as necessidades de seus usuários, voltado para a informação
independente de seu suporte, entre suas novas funções é responsável por
influenciar de forma positiva as pessoas que fazem parte da sua equipe, como
auxiliares de biblioteca, menores aprendizes e estagiários que precisam ser
profissionais bem capacitadas, motivados, ativos e informadas.
O bibliotecário precisa acompanhar as mudanças e sempre se atualizar
em relação a maneira de gerenciar, especializando-se em como administrar a
biblioteca e tendo consciência de um aprendizado continuo. Quando estudante
de biblioteconomia entre as várias disciplinas do curso encontram-se a
Administração I e Administração II que da direcionamentos básicos de como
aplicar a administração no dia-a-dia da biblioteca, na realidade ele não deixa de
ser o administrador do setor, realizando o gerenciamento de seu
funcionamento, planejando os projetos, resolvendo problemas e lidando com
pessoas. O bibliotecário necessita de competências especificas para realizar
suas atividades profissionais Para Lima (2010, p.5):
EMPREENDEDOR: deve estar atento sobre as necessidades da UI que administra, buscando direcionar os esforços de sua equipe no planejamento e execução de projetos que tragam satisfação para o desenvolvimento da prestação de serviços; LIDER: requer competência para estabelecer e aplicar os objetivos; PLANEJADOR: reunir o grupo e situar o planejamento e metodologia para o cumprimento de metas. O bibliotecário deve ter habilidade necessária para contratar e construir uma equipe atenta as expectativas; ESTRATÉGICO: focar objetivos nos usuários que devem ser o centro da motivação pela qual são desenvolvidos os esforços.
Essas competências são fundamentais para que o mesmo exerça suas
funções, e alcance seus objetivos que é melhor atender seus usuários que
também podemos chamar de clientes, tudo precisa ser planejado de acordo
31
com a realidade de cada instituição, procurando atender suas necessidades de
pesquisa.
4.1 Planejamento Estratégico
Sendo muito utilizado nas empresas o planejamento estratégico é uma
excelente ferramenta para se alcançar os objetivos propostos para o futuro,
nele será definidos os rumos a seguir, buscando aumentar as possibilidades
para que a longo prazo a organização esteja no local planejado. Segundo
Souza (2010, p. 16)
O planejamento estratégico é um processo utilizado para formulação de estratégia organizacional de longo prazo no qual se busca o conhecimento do ambiente ao qual a organização está inserida. Confere maior racionalidade às ações da instituição no alcance da sua visão de futuro e no cumprimento da sua missão institucional.
O planejamento estratégico está totalmente ligado a alcançar a missão
da instituição, pensando no futuro, desenvolvendo projetos, traçando caminhos
e utilizando dentro da instituições todos os recursos existentes para alcançar os
melhores resultados.
No ambiente da biblioteca escolar o planejamento estratégico também
se aplica seguindo os mesmos conceitos das empresas, mesmo não sendo
muito comum mais podendo ser incorporado nas atividades do bibliotecário.
Onde o bibliotecário e sua equipe terão que analisar a realidade da biblioteca, e
traçar metas para alcançar sua missão no futuro, Para Di Foggi ([s.d.], p. 2).
Apesar de não visar ao lucro econômico, as bibliotecas gerenciam verbas da própria instituição e recebidas de agências de financiadoras de projetos de compra de livros, infra-instrutura física, mobiliária, conservação, restauração, entre outras necessidades.
Além de gerenciar essas atividades o bibliotecário pode usar o
planejamento estratégico para se organizar elaborando um programa de como
melhor atender seus us
tecnologias, agilidade n
atual da biblioteca, toma
Figura 7- Planejamento e
Fonte: Seiberg, [s.d.], p. 1
O planejamento
enxergar as deficiências
se pretende chegar e p
utilizando os recursos
sempre no cliente que
procurando proporciona
suas necessidades de p
us usuários, melhorar os suportes de pesquis
ade nas tomadas de decisão, conhecimento s
, tomar decisões conscientes.
nto estratégico
, p. 1.
ento estratégico é observar o cenário de h
iências, os pontos negativos a serem trabalhos
ar e para isso é necessário que se elabore
ursos disponíveis, no caso da biblioteca e
que é o usuário, que determina a existênci
rcionar um ambiente agradável, um ambien
s de pesquisa.
32
esquisa, os meios de
ento sobre a situação
de hoje e conseguir
alhos e definir aonde
bore uma estratégia,
ca escolar pensando
stência da biblioteca,
mbiente que atenda
33
CONCLUSÃO
Nesse trabalho aborda-se a gestão estratégica da informação e como
ela contribui para a formação positiva dos alunos, o bibliotecário pode aplicar a
gestão estratégica dentro do seu local de trabalho, buscando manter seu
usuário sempre bem atendido, proporcionando à satisfação do mesmo no
momento da busca pela informação. O Bibliotecário terá grande participação,
tento a função de disseminar e compartilhar a informação, servindo como um
filtro exercendo a função de agente da informação. Não esquecendo que
parcerias podem ser criadas entre professores e bibliotecário, para criar
habilidade e competência necessárias para que lá na frente esse aluno seja um
diferencial dentro do seu ambiente de trabalho. Hoje a informação no momento
certo faz toda diferença, e é considerada uma vantagem competitiva.
Conclui-se que realmente a gestão estratégica da informação é um
diferencial, tanto na biblioteca no momento da formação do aluno, como na
vida desse aluno pensando em longo prazo, pois, ele estará muito mais
preparado para entrar no mercado de trabalho.
O objetivo foi comprido, pois, aconteceu uma analise de como a gestão
estratégica da informação contribui para a formação de alunos críticos e
independentes.
Esse trabalho foi muito importante para se analisar a importância do
profissional de biblioteconomia, como ele vem sofrendo transformação para
acompanhar a evolução da sociedade é importante resaltar que a biblioteca
tem sim sua importância na formação dos alunos e ela pode ser utilizada como
uma importante ferramenta.
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